alternativa, nr. 22, julho 2014

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Jornal Alternativa CDS

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  • S. Vicente: mercado local para atrair visitantes P13

    Turismo de Natureza: serras abandonadas foram debate no Parlamento P7

    CDS-M sozinho na defesa do nosso futuro P4 e 5

    Info

    mail

    ALTERNATIVAn22 | julho 2014Delfins descobrema roda P3, 4 e 5

    Os candidatos sucesso de Alberto Joo Jardim na liderana do PSD esto a descobrir a bondade e as virtudes das propostas que o CDS/PP-M tem

    vindo a apresentar no Parlamento Madeirense, nos ltimos anos. Propostas que os delfins apresentam como novas e emblemticas para retirar a Madeira

    da situao em que o partido que querem comandar deixou. Se os chineses no se acautelarem, perdem a patente da inveno da roda.

    Esta ideia paranica, criminosa e economicamente descontrolada de erguer torres adjacentes ao velho hospital, de uma forma atabalhoada, um atentado irreversvel sade pblica, afirma o primeiro subscritor

    da ao popular, o mdico Pedro Cos-ta Neves. O efeito imediato da ao popular, que pretende suspender a ampliao do Hospital para cima de um ribeiro, foi trazer a pblico os cri-trios para aceder empreitada que,

    no dizer do prprio Governo Regional, violavam os princpios da livre con-corrncia e poderiam beneficiar de-terminados adjudicatrios.

    P8 e 9

    Ao popular trava negociatas na ampliao do hospital

    Ter razo antes do tempo P3

  • 02

    O conceito de hospital, actual, comeou a ser desenvolvido e executado, entre ns Portugueses j h 4 dcadas. Lembro-me de ainda estudante de medicina, ouvir uma definio que na altura me colheu de surpresa, e que confirmei ser real: Os hospitais, so hotis que prestam cuidados de sade. Curiosamente, este conceito era partilhado, por um mdico mais velho, com desempenho seu posterior tanto na rea hospitalar como na Governao da sade.O conceito de hospital, evoluiu desde o tempo em que os albergues eram utilizados para abrigar doentes e possibilitar o tratamento. Nessa altura quem buscava o hospital por motivo de doena era o paciente, que deixava de ter vontade prpria, passava a ser passivo, obedecendo a ordens mdicas e de enfermagem. O hospital (quando havia escolha), devia ter mdicos competentes, e ser aparentemente limpo. Esse tempo passou. Hoje so os cidados, conscientes dos seus direitos e responsabilidades, mais diferenciados, que procuram solues para os seus problemas, que tm direito a ser bem atendidos, que vo comprar um produto que o tratamento, e usufruir da assistncia mdica, tcnica e hoteleira e das condies que o hospital oferece.Alm dos servios clnicos competentes, os doentes procuram a hospitalidade . De paciente, passou o hospital a ter um cliente, devendo os hospitais corresponder no s s necessidades do cliente, mas tambm s suas

    expectativas. E o cliente doente, hoje precisa e exige, quer competncia profissional, cincia e tecnologia, mas tambm conforto e segurana. Ele quer continuar em contacto com o mundo, atravs dos udio visuais, da imprensa, e recusa a excluso que at h pouco se vivia nos hospitais O hospital hoje, procura oferecer um ambiente agradvel, humanizado ainda que muito complexo. Todo o acto de bem receber e acolher o doente/

    cliente deve ser partilhado por mdicos, enfermeiros, tcnicos e outros profissionais, que em conjunto com as chefias devem desenvolver a arte de hospitalidade.A nvel dos profissionais destes hospitais importante a enfase na diversidade e igualdade de oportunidades. Sem crebros no existem hospitais de qualidade. Os profissionais devem receber todo o apoio na evoluo e desenvolvimento das suas carreiras A investigao e o ensino, devem ser parte activa nestes hospitais. So actividades humanas que no podem desenvolver-se sem um meio ambiente favorvel. Entender a diversidade em todas as suas facetas, como uma vantagem que contribui para a criatividade e inovao, e a elas garantir as condies materiais necessrias para garantir uma atmosfera de trabalho agradvel. Trabalhadores entusiasmados e motivados interagem melhor com os clientes/ doentes. Tenho visitado muitos hospitais por dever do ofcio, sobretudo na rea Peditrica, tendo colhido como membro do Colgio de Pediatria da OM, vasto conhecimentoTrabalhei 3 meses num Hospital no Sul de Frana, h 22 anos, e j nessa altura em que os jovens internados, alm da parte clnica, tinham opes de entretimento, considerando a sua faixa etria, patologia e tempo de internamento: 1- possibilidade de nadar, ou 2- de fazer percursos em bicicleta na mata do hospital, 3-frequentar a biblioteca e rea de jogos . Os quartos eram individuais. A privacidade, aliada a uma Diminuio das infeces hospitalares em 15%, explicam esta opo Os hospitais dos pases de lngua Inglesa, tm bonitos jardins, cascatas e regatos, e zonas onde possvel relaxar. Os hospitais Portugueses tiveram tambm grande evoluo.E na Madeira? Infelizmente ainda h quem no tenha querido entender que os Madeirenses tambm querem ter o direito de ser tratados num hospital do seculo XXI.

    Precisamos de estabilidade, confiana, responsabilidade, credibilidade e solidariedade para construirmos uma nova

    Madeira presidente do CDS/PP Madeira, Jos Manuel

    Rodrigues, sesso plenria de 17 de junho, numa interveno poltica

    sobre o estado anmico dos madeirenses.

    Ao fim de cinco anos de terem sido diagnosticados, s 38% dos doentes oncolgicos madeirenses esto vivos. Na

    regio sul do pas esto vivos 50% dos doentes. Em Lisboa

    esto vivos 54%. Na regio Norte 60% dos doentes esto vivos ao fim

    de 5 anos. Estes so os dados que o SESARAM forneceu ao Registo Oncolgico Nacional,

    deputado do CDS/PP. Mrio Pereira, intervindo na sesso plenria de quinta-feira, 17 de junho,

    sobre a linha verde para doentes oncolgicos, que a governao do PSD/M continua sem

    implementar.

    No discutimos que nas escolas, encarando-as como

    elementos fundamentais na formao de um povo,

    e para os profissionais que os integram, importante

    a garantia de estabilidade no exerccio da sua actividade.

    Como sabemos, e conforme tm sido pblicas as queixas das vrias entidades ligadas aos

    docentes, bem como dos prprios, tem crescido o recurso figura dos contratos de trabalho a

    termo resolutivo, muitos destes que se prolongam no tempo mais do que deveriam, deputada e

    presidente da Juventude Popular, Lusa Gouveia, sobre a colocao de professores, sesso

    plenria, 16 de julho.

    O senhor deputado [Edgar Silva, PCP] mente neste

    Parlamento quando diz que o CDS votou no Parlamento Europeu contra os apoios

    pesca portuguesa. Quero dizer- lhe que o CDS votou a favor

    do Fundo Europeu dos Assuntos do Mar e Pescas, que ir apoiar os pescadores da UE at

    2020, deputado e secretrio-geral do CDS/PP, Lino Abreu, sesso plenria dia 20 de junho, no

    decurso da discusso sobre a criao do fundo de pesca para os pescadores madeirenses, da

    iniciativa do CDS/PP, e que o PSD chumbou.

    O Sr. Secretrio assegura aqui que as escolas esto em

    condies de proporcionar e criar oportunidades

    educativas de qualidade para todos at ao cumprimento

    da escolaridade obrigatria?, deputado do CDS/PP, Ldio Aguiar,

    sesso plenria de 17 de julho, interpelando o secretrio da Educao.

    opinio

    parlamento

    Quem no quer ser tratado num hospital do seculo XXI?

    Ana Lusa Marques, mdica

    O hospital (quando havia escolha), devia ter mdicos competentes e ser aparentemente limpo. Esse tempo passou. Hoje so os cidados, conscientes dos seus direitos e responsabilidades, mais diferenciados, que procuram solues para os seus problemas, que tm direito a ser bem atendidos.

    ALTERNATIVAjulho 2014

    Maqueta do novo hospital que esteve projetado para Santa Rita

  • 03

    O pessimista v dificuldade em cada oportunidade; o otimista v oportunidade em cada dificuldade.Winston Churchil

    Os homens erram, os grandes homens confessam que erraram. Voltaire

    Casar-se significa duplicar as suas obrigaes e reduzir a metade os seus direitos.Arthur Schopenhauer

    Faz hoje 40 anos que o CDS foi fundado por um valoroso conjunto de quadros e personalidades dos meios acadmico, empresarial e poltico das reas democrata-crist e liberal. O CDS nasceu cercado e debaixo de tiro e, talvez por isso, afirmou-se desde logo pela sua coragem e pelas suas convices. Ao longo da sua histria o CDS teve, muitas vezes, razo antes do tempo. Podemos recuar a 1976 quando os seus deputados foram os nicos a votar contra uma Constituio marxista e que, ainda, hoje um empecilho ao desenvolvimento do pas. Se o Pas e a Regio tivessem ouvido mais vezes o CDS, eventualmente, muitas coisas no teriam corrido to mal e a situao seria bem melhor. Veja-se o que se passou e est a passar na Madeira. De repente, os

    candidatos liderana do PSD que durante anos acompanharam, sem qualquer critica, a governao do seu partido e aplaudiram, descobrem que, afinal, houve dvida monstruosa, despesismo incontrolvel e obras inteis. Mais, pem mesmo em causa o modelo de desenvolvimento e as polticas sectoriais prosseguidas na ltima dcada. Outra coisa no disse o CDS, s que o que fez na altura prpria e a tempo de corrigirem o rumo desenfreado, para evitar, precisamente, as

    consequncias nefastas que agora todos conhecemos. Como a Madeira seria diferente se tivessem escutado o CDS quando defendeu no incio deste sculo a necessidade de fechar o ciclo das obras pblicas, sustentado por endividamento e abrir outro, assente no investimento privado e nos sectores produtivos; quando apresentou um Plano de Reduo da Despesa Pblica que se revelava incontrolvel; quando advogou a concentrao de recursos para a promoo turstica, numa nica entidade; quando props a

    criao de uma Agncia para a captao de investimento externo; quando o CDS defendeu que os apoios da Unio Europeia deveriam ser canalizados para apoiar para as empresas e a criao de emprego; quando advertiu para os perigos de uma total liberalizao das ligaes areas o que levaria a menores garantias para os residentes; quando se insurgiu contra as altas taxas porturias e aeroporturias que encarecem o que se importa e dificultam o que exportamos; quando o CDS alertou para os elevados

    custos de contexto para as empresas que retiram competitividade nossa economia; quando avisou para as consequncias da descaracterizao da paisagem e para o abandono das antigas estradas regionais, caminhos, levadas e veredas; quando votou contra a criao das Sociedades de Desenvolvimento que, ironicamente, batizou de Sociedades de Endividamento; quando se ops criao das Vias Litoral e Expresso que se revelaram negcios ruinosos para a Regio; quando o CDS defendeu a ampliao

    do Porto do Funchal (Pontinha) em vez da construo de mais marinas; quando defendeu que as verbas da Lei de Meios deveriam ter como prioridade o realojamento e o reforo de segurana dos cursos de gua e a reflorestao das serras em vez da construo de praias artificiais que descaracterizam a baia do Funchal; quando props a limitao do nmero de mandatos de todos os titulares de cargos polticos executivos; quando quis reduzir, substancialmente, as verbas atribudas pela Assembleia aos grupos parlamentares e partidos; quando advogou a entrega do Jornal da Madeira ao seu legitimo proprietrio, a Diocese; quando defendeu a construo de um Novo Hospital de forma faseada e com apoios do estado e da Unio Europeia; quando o CDS se ops ao Plano de Ajustamento Econmico e Financeiro e ao aumento de impostos. curioso que hoje os candidatos liderana do PSD defendem estas posies, mas seria bom que explicassem porque s agora o fazem! Como tudo teria sido diferente se tivessem apoiado, no tempo prprio, as propostas do CDS. Neste dia do nosso aniversrio, estamos de conscincia tranquila e cientes que o povo dar razo ao CDS no tempo certo.

    grandespensadores

    Jos Manuel Rodrigues

    Se o Pas e a Regio tivessem ouvido mais vezes o CDS, eventualmente, mui-tas coisas no teriam corrido to mal e a situao seria bem melhor.

    editorial

    40 anos Sempre pela Madeira

    ALTERNATIVAjulho 2014

  • ALTERNATIVAjulho 201404 reportagem

    Um hospital novo para a Madeira, construdo de raiz. A reduo do nmero de deputados no Parlamento madeirense, rever a lei eleitoral e garantir a eleio de um deputado pelo crculo da emigrao. Legislar ao nvel da transparncia para os titulares de cargos pblicos e do Regimento da Assembleia Legislativa Regional. Reduzir as subvenes aos partidos. Criar um sistema fiscal prprio. Juntar numa nica entidade a promoo turstica da Madeira. Avanar com uma Agncia de Promoo e Internacionalizao da Economia da Madeira. Definir uma nova poltica para os portos, reduzir os custos das operaes para tornar a economia da Madeira mais competitiva. Alienar o Jornal da Madeira e impedir que os rgos de governo prprio possam ser detentores de rgos de comunicao social. Estabelecer como prioritrio e de interesse pblico, a ligao martima de passageiros Madeira-Continente. Garantir o subsdio de mobilidade.A lista poderia continuar. So propostas, projetos e ideias que o CDS/PP-Madeira apresentou, nos ltimos 15 anos, quer no Parlamento madeirense quer nos diferentes programas de governo submetidos apreciao

    dos madeirenses e portossantenses, quando ningum, na vida poltica regional, admitia que a Regio havia chegado ao fim de um ciclo econmico e que era preciso rejuvenescer a Autonomia, em termos polticos, econmicos, financeiros, sociais e culturais.Anos a fio a apresentar todas aquelas ideias e propostas, sempre proteladas e rejeitadas pelas sucessivas maiorias do PSD/M, que, como do domnio pblico, tem uma prxis poltica baseada na recusa de tudo o que vem das foras da Oposio, reforando muitas vezes essa prtica com a afronta e a ridicularizao da atuao dos partidos com assento parlamentar. Alguns dos que colaboraram para afirmar essa marca inconfundvel do PSD/M so hoje candidatos liderana do partido. E, para espanto geral, surgem em pblico acenando com as propostas que o CDS/PP-M como vlidas e bondosas para vencerem internamente o partido e manterem a liderana governativa da Regio. O palco dos delfins a comunicao social, no se lhes conhece qualquer programa eleitoral, pensado e elaborado. Os diferentes programas so ideias avulsas publicadas na imprensa diria, com base nas propostas do CDS. Ao cabo de anos conformados e coniventes, parece que os delfins inventaram agora a roda, numa lgica revivalista que por certo

    Debate potestativo (11-2013) transportes martimos e taxas porturias

    Reviso do Estatuto Poltico-Administra-tivo / lei das incompatibilidades (04-2007). Nova reviso constitucional para as autonomias (10.2010)

    Subsdio de mobilidade, projecto de lei (01-2011)

    Miguel de Sousa:reduzir a taxa de uso porturio. Estabelecer compromisso sobre a dvida pblica regional.

    Miguel Albuquerque:abrir o partido sociedade. Turismo como vector estratgico. Agncia para o investimento da Regio.

    Ao cabo de anos conformados e coniventes, parece que os delfins inventaram agora a roda, numa lgica revivalista que por certo no lembraria a ningum

    Delfins do PSD an dam a abraar propostas do CDS /PP-M

    Propostas do CDS/PP-M

  • ALTERNATIVAjulho 2014 05reportagem

    no lembraria a ningum, h meia dzia de anos. No h dia que no tragam a pblico propostas que o CDS/PP-M defende h anos, apresentando-as como se fossem novas e suas, mas tambm as melhores para a Madeira, o que de certa maneira bem demonstrativo da virtude e qualidade que tm para resolver os problemas dos madeirenses e portossantenses.Alis, o CDS/PP s lamenta que os candidatos sucesso interna do PSD no tenham feito valer a posio que sempre tiveram na poltica regional para influenciar o partido que agora querem liderar a aprovar as referidas propostas. Tivessem feito h mais anos e a Madeira, a economia, o turismo, o regime fiscal, a sade das empresas e das famlias, em resumo, a vida coletiva dos madeirenses no estaria no acelerado retrocesso que se verifica nos ltimos anos, gerando calamidade social, sofrimento e inrcia governativa.Uma leitura atenta e diria comunicao social que se publica na Regio permite chegar a esta concluso: os candidatos sucesso de Alberto Joo Jardim, que tanto falam de inovao, golpes de asa e afins para retirar a Madeira do afundamento que eles prprios contriburam, o melhor que conseguem no presente verter nos seus programas de candidatura propostas antigas do CDS/PP-Madeira. No fosse a falta de decoro e a maneira pouco curial como os delfins tm trazido a pblico essas propostas e a questo da paternidade no seria aqui escalpelizada. Mas, j diz o povo, quem no se sente, no filho de boa gente, pelo que da mais elementar justia dar o nome s coisas, para evitar que as populaes menos esclarecidas sejam facilmente manobradas. Vejamos apenas trs dos exemplos mais mediticos. Os delfins propem a reduo do Jackpot. O CDS/PP o nico partido que, nos ltimos trs anos, coloca 30% do montante recebido ao dispor das populaes mais carenciadas atravs do CDS Solidrio.Os candidatos sucesso laranja defendem um novo hospital. O CDS/PP-M est nesta luta h vrios anos, desenvolveu trabalho na Assembleia da Repblica, no sentido de pressionar o Estado a classificar a obra de interesse nacional e bastas vezes, na Regio, por fazer a defesa desta ideia alguns dos seus dirigentes tm sido maltratados do ponto de vista poltico-partidrio pelos interesses nesta rea que o PSD/M no consegue disfarar, e nunca, a no ser nos ltimos meses, se ouviu qualquer delfim defender o contrrio do que o pensamento jardinista nesta matria.Os delfins comprometem-se a alienar o JM. O CDS/PP foi o promotor de uma audio na Assembleia da Repblica para resolver esta questo, tem apresentado propostas e alternativas. Em contrapartida por querer corrigir uma situao anmala no panorama da comunicao social nacional, censurado nas suas colunas, onde no aparece ou quando resolvem dizer alguma coisa para atacar o partido e seus dirigentes. Nunca os delfins vieram reclamar respeito, democracia e pluralidade, mas agora queixam-se do tratamento que calaram durante anos. Se os chineses so se apressam, os delfins acabam a roubar-lhes a roda.

    Manuel Annio Correia:reduo do nmero de deputados e da despesa com os partidos. Eleio de um deputado pela emigrao.

    Joo Cunha e Silva:reviso da lei eleitoral para a Madeira e dos poderes legislativos para a Regio. Privatizao do JM

    Reviso da Lei de Finanas Regionais (04-2007)

    Agncia para promoo da RAM (12-2012)

    Restrio posse de meios de comunicao social na Regio(05-2012)

    Srgio Marques:reformar o sistema poltico regional e a lei eleitoral. Pacto de confiana politico-partidrio. Reduzir o jackpot. Operao tipo Naviera Armas.

    Delfins do PSD an dam a abraar propostas do CDS /PP-M

  • 06 sociedadeALTERNATIVAjulho 2014

    A educao foi o tema mais em foco na sesso da passada semana, na ALM, com a estabilidade na comunidade educativa a ser lembrada como fundamental para o sucesso educativos dos alunos. Os concursos para a seleco e recrutamento do pessoal docente, bem como o regime de concurso externo para o ingresso na carreira de docentes preencheram grande parte dos trs dias de discusso e debate.Nesta matria, o CDS/PP-M tem polticas muito claras. A deputada e presidente da Juventude Popular, Lusa Gouveia, sintetizou, na sua interveno, alguns dos pontos com maior relevncia. Desde logo questionou o

    processo de urgncia que acompanhou as propostas, manifestando alguma reserva pelo facto de estar j ali ao virar da esquina mais um ano lectivo. Se verdade que este novo diploma traz algumas novidades relevantes que merecem o selo de concordncia do CDS/PP Madeira, particularmente a garantia da abertura de concursos externos e internos para os anos lectivos de 2014/2015 e 2015/2016, temos algum receio, fundamentado, que as alteraes impostas ao Decreto-Lei 25/2013/M venham at a por em causa a to propalada e propagada estabilidade do corpo de docncia do sistema educacional da Regio

    Autnoma da Madeira, alertou a parlamentar. Lusa Gouveia diz que as alteraes propostas, embora sectoriais, alteram de forma relevante o procedimento concursal, as regras de prioridade, do regime de oposio, at mesmo a prevalncia da autorizao da renovao de contratos, o que obriga a um reajustamento importante, quer dos concorrentes quer do prprio rgo promotor dos concursos e das Escolas. Se tivermos em conta que as disposies transitrias j obrigam sua aplicao a partir de 1 de Setembro de 2014, vemos o quo apertado o tempo para que este ajuste necessrio seja uma realidade.

    Em 1857, o escritor britnico George Eliot escreveu que os animais so amigos muito agradveis, no fazem perguntas, nem manifestam desaprovao. Esse o carcter comum dos animais de estimao. E esto sempre do nosso lado, em todos os momentos.Tem sido pblico o crescente nmero de animais abandonados nas vias pblicas ou nas serras da Madeira, tratando-se na sua grande maioria animais incapazes de se suster por si, idosos, doentes ou feridos. Este nmero aumenta quando a poca balnear chega, especialmente para aqueles a quem frias significa arranjar uma soluo para os seus amigos de companhia que, infelizmente, quase sempre passa pela opo mais fcil e eficaz - o abandono. No ainda de ignorar o crescente nmero de pessoas que, por via do maior aperto e sufoco financeiro que as

    famlias atravessam nos dias que correm, entregam os seus animais a instituies na esperana que exista espao para os alojar. No se trata de uma realidade bonita mas que temos. Apesar de limitados em recursos, financeiros e materiais, so vrias as associaes que se dedicam causa animal e proteco e defesa dos nossos amigos de quatro patas. Porm, se verdade que aumenta a necessidade de assistncia a animais errantes,abandonados, abusados

    ou mal tratados, tambm verdade que aumenta a necessidade de apoio a todas estas associaes que prestam estes servios comunidade madeirense.Nesse sentido, a Juventude Popular da Madeira associa-se a esta causa promovendo uma campanha de recolha de donativos em prol das instituies de ajuda animal. Aceitamos alimentos ou produtos de uso animal, produtos de limpeza, de

    transporte ou acolhimento, que poder entregar em vrios locais espalhados pelos concelhos da Madeira, e que posteriormente sero distribudos pelas vrias associaes que se dedicam diariamente causa animal.Ajude-nos a ajudar.Os nossos amigos de quatro patas agradecem-lhe.

    Lusa Gouveia, deputada e presidente da Juventude Popular (JP)

    500 anos da Diocese

    O Parlamento madeirense aprovou por unanimidade um voto de congratulao pelos 500 anos da Diocese do Funchal, um marco nico na Histria da Regio Autnoma da Madeira e da Igreja Catlica. O voto, da iniciativa do Grupo Parlamentar do CDS/PP, mereceu a unanimidade dos votos dos partidos com assento na Assembleia Legislativa. A grandeza histrica da Diocese do Funchal est refletida nos cinco sculos de existncia e na dimenso planetria que atingiu, no sculo XVI, constituindo-se a maior arquidiocese metropolitana do mundo.A Diocese do Funchal surgiu depois do Rei D. Manuel ter elevado a vila a cidade do Funchal, por alvar rgio de 21 de agostos de 1508. Est associada expanso portuguesa que deu novos mundos ao mundo, tendo como sufragneas as dioceses do imprio colonial portugus nos Aores, Brasil, frica e Oriente.

    Elevador enferrujado A ferrugem est a dar cabo do elevador que a vice-presidncia do Governo Regional, atravs da Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento, inaugurou h oito anos, no centro da cidade de Cmara de Lobos, quando procedeu requalificao da antiga Praa da Repblica, entretanto rebaptizada Praa da Autonomia. O elevador nunca funcionou e toda a estrutura do edifcio revela falta de manuteno e carncia de obras. Foi para alertar para estas situaes que o deputado do CDS/PP Roberto Rodrigues, vereador em Cmara de Lobos e presidente da concelhia local do partido, convocou a comunicao social. O parlamentar exigiu ainda menos publicidade e mais trabalho ao Governo Regional e autarquia liderada pelo social-democrata.

    Forte abandonadoO Forte de S. Joo Baptista, localizado na encosta do Pico do Facho, uma relquia

    do patrimnio histrico da Regio Autnoma da Madeira, com mais de trs sculos de existncia e smbolo da primeira Capitania da Ilha, a de Machico.O edifcio encontra-se classificado como Imvel de Interesse Pblico desde 18 de agosto de 1943 e a seguir Revoluo dos Cravos, em 1974, as suas dependncias alojaram retornados das ex-colnias portuguesas em frica. At 2002 esteve na posse de algumas famlias de Machico, que a viveram por mais de vinte anos.

    Assistiu-se depois a um perodo em que o Governo Regional, a Cmara de Machico e outras entidades anunciaram a recuperao do Forte e a sua adaptao para fins hoteleiros e tursticos.O processo de recuperao iniciou-se em 2004, por iniciativa de um consrcio de empresas que assumiu o desenvolvimento do projecto e a sua concluso, mas na realidade as obras nunca passaram de intenes.Em 2005 a empresa Mare Nostrum apresentou novo projecto na Cmara de Machico. As obras e a aquisio dos respectivos equipamentos estavam oradas entre os 7,5 e os 10 milhes de euros.A ideia era construir 40 aposentos hoteleiros e reas pblicas de serventia reservadas aos hspedes da unidade, nomeadamente uma piscina, mas mantendo parte do Forte aberto ao pblico.O Grupo Parlamentar do CDS/PP quer que o Vice-Presidente do GR venha ao Parlamento explicar o imbrglio.

    IVA e IRS na agricultura

    A concelhia do CDS/PP da Ribeira Brava organizou, sob a orientao de Amrico Silva Dias, advogado, uma aco de formao destinada a esclarecer os agricultores da Ribeira Brava intitulada Os pequenos agricultores e o novo regime do IVA e IRS na agricultura. Esta iniciativa decorreu na Ribeira Brava mas foi aberta a todo o pblico interessado dos concelhos vizinhos.

    curtasAjudar a causa animal

    Contratar a tempo paragarantir estabilidade nas escolas

    Nesse sentido, a Juventude Popular da Madeira associa-se a esta causa promovendo uma campanha de recolha de donativos em prol das instituies de ajuda animal.

  • O deputado do CDS/PP-M na Assembleia da Repblica foi quem colocou o tema na agenda poltica regional ao questionar o ministro da Solidariedade sobre a candidatura da Regio ao programa da Comisso Europeia Garantia Jovem (GJ). Rui Barreto quis saber, nomeadamente, o montante global das verbas que seriam alocadas Madeira e a resposta que recebeu deixa o Governo Regional muito

    mal na fotografia. Na realidade, a discrepncia de valores distribudos pelas duas regies autnomas, com vantagem clara para os Aores, so a prova de que o Governo Regional, mais uma vez, no fez o trabalho de casa, como lhe competia. Mesmo assim, e numa prtica a que todos os madeirenses j se habituaram, que a de

    arranjar sempre um inimigo externo para justificar a inrcia e incompetncia governativa, a bancada do PSD na Assembleia Legislativa da Madeira e a secretaria regional dos Assuntos Sociais alinharam-se nas crticas ao Governo da Repblica: No verdadeiro que o montante atribudo Regio estivesse dependente do nmero de medidas apresentadas uma vez que, reafirma-se, as mesmas s foram equacionadas depois de se saber do apoio com que se podia contar e no ao contrrio.Para o cabal esclarecimento da opinio pblica, transcreve-se a nota que

    o Instituto de Emprego fez publicar na imprensa local, no dia 14 de abril: A Secretaria dos Assuntos Sociais esclarece que se trata [programa Garantia Jovem] de uma iniciativa promovida pela Comisso Europeia, destinada a combater o desemprego jovem que (...) tem como parceiros, entre outros, a Direo Regional

    de Qualificao Profissional (DRQP), a Direo Regional de Educao (DRE), a Direo Regional de Juventude e Desporto (DRJD) e o Instituto de Segurana Social da Madeira (ISSM).A evidente contradio fora uma pergunta objetiva: como possvel uma equipa to vasta no se ter apercebido das diferentes variveis a que poderiam candidatar a Regio, num programa que no se fecha apenas no domnio do emprego (nica rea onde a Madeira se candidatou) mas permite arrecadar mais verbas noutras duas reas, de enorme interesse, como a

    educao e formao?A resposta do Ministrio da Solidariedade ao deputado Rui Barreto clara quanto ao descuido do Governo Regional: A Regio Autnoma da Madeira optou num primeiro momento por apresentar um universo limitado de medidas no mbito da GJ. Os montantes da Iniciativa Emprego Jovem, linha destinada ao financiamento parcial da GJ, so distribudos pelas NUTII em funo da taxa de desemprego jovem de cada uma mas tambm do PIB de cada regio, semelhana do procedimento tido pela Unio Europeia.Resumindo, se a Madeira tivesse apresentado mais planos nas outras duas medidas previstas no GJ, teria reforado o volume de transferncias financeiras.Resulta deste pingue-pongue Lisboa-Funchal uma ideia muito precisa: foi graas ao deputado do CDS/PP Madeira que ficamos a saber da distrao do Governo Regional. Mas o trabalho de casa que Rui Barreto fez, tem ainda outro mrito: a Regio fica a saber que, afinal, e pese embora se tenha candidato apenas a um dos trs vetores do

    programa, o ministrio da Solidariedade no lhe fecha a porta e fica em aberto a possibilidade de o combate ao desemprego jovem na Regio (a maior taxa do pas) vir a beneficiar de mais verbas. Uma ltima pergunta impe-se: o que fizeram nesta matria os quatro deputados do PSD-M na Assembleia da Repblica?

    O GJ gerido pelo Instituto de Emprego da Madeira e destina-se a jovens que estejam desempregados e procurem um emprego, um estgio, formao ou regressar ao sistema de ensino. A Madeira vai receber 90 milhes de euros at 2020. Apesar de ter a maior taxa de desemprego jovem do pas 51,5%, bastante acima da mdia nacional que se cifrou segundo o organismo de estatstica europeu Eurostat em 37,7% o ano passado a Regio recebe cerca de 1/3 dos Aores. No mesmo horizonte aquele arquiplago vai receber mais de 250 milhes de euros. No total Portugal vai investir mais de 4600 milhes nesta iniciativa.

    07poltica ALTERNATIVAjulho 2014

    A garantia foi feita ao deputado do CDS/PP-M pelo secretrio de Estado das Infra-Estruturas, Transportes e Comunicaes: o subsdio de mobilidade pago aos madeirenses nas suas deslocaes entre a Regio e o continente no vai diminuir. Srgio Silva Monteiro respondia assim a um conjunto de questes colocadas por Rui Barreto: No est na inteno do Governo a reduo do subsdio, afirmou, para garantir que no dar seguimento sugesto da Inspeo Geral de Finanas, que recomendava, num relatrio, a diminuio de 30 para 24 euros por percurso, alegando uma diminuio das tarifas mdias.

    O ministro da Defesa garantiu na Madeira que at ao vero o helicptero da Fora Area, baseado no Porto Santo, voltar a ter piloto. O hlio encontra-se inoperacional h dois meses devido sada inopinada do comandante. A garantia do ministro Jos Aguiar Branco surge depois do deputado do CDS/PP-M na Assembleia da Repblica ter feito um requerimento a questionar a inoperacionalidade do helicptero EH 101, pondo em causa as misses de busca e salvamento e a evacuao para o Funchal de naturais do Porto Santo em caso de acidentes graves ou problemas de sade que carecem de assistncia imediata.

    O Parlamento madeirense ir discutir no prximo dia 29 de julho a degradao e abandono das serras da Madeira, a ausncia de um plano florestal, a falta de limpeza e preservao dos percursos, bem como os milhes de euros investidos em projetos de reflorestao, sem que sejam visveis resultados consentneos com o valor dos investimentos que so anunciados pela secretaria regional do Ambiente.O debate potestativo, agendado a pedido do Grupo Parlamentar do CDS/PP-Madeira, pretende chamar responsabilidade a governao PSD e sensibilizar a opinio pblica para a necessidade das boas prticas ambientais, preservao do meio natural como fator de

    rentabilidade turstica, capaz de garantir aos madeirenses qualidade e segurana ambiental, melhorar a economia da Regio e gerar empregos.Nos ltimos quatros anos as serras da Madeira foram fustigadas por trs grandes incndios (agosto de 2010, julho de 2012 e agosto de 2013). Passados quatro anos, a secretaria do Ambiente no foi capaz de diligenciar no sentido de promover ao menos a remoo dos detritos queimados, sendo por isso responsvel pela imagem de abandono e degradao da Madeira, que no plano da afirmao exterior se apresenta ao mundo como uma Ilha de turismo da natureza.

    Desemprego jovem com mais verbasdepois do trabalho de casa de Rui Barreto

    Mobilidadegarantida

    Piloto atao vero

    Serras em debate dia 29

    Fica em aberto a possibilidade de o combate ao desemprego jovem na Regio (a maior taxa do pas) vir a beneficiar de mais verbas.

  • Um grupo de pessoas pretende suspender todos os actos que tenham por fundamento a Resoluo do Governo Regional n. 547/2014, de 5 de Junho, que decidiu suspender parcialmente o Plano Director Municipal do Funchal, na rea a oeste do Hospital Dr. Nlio Mendona e junto estrada de ligao Via Rpida, pelo prazo de dois anos [] para a realizao da operao urbanstica denominada Nova Unidade Hospitalar junto ao Hospital Dr. Nlio Mendona.

    A prpria Cmara Municipal do Funchal (CMF) deu parecer negativo suspenso do PDM e considerou que no foram fornecidos todos os elementos necessrios, salientando no existir estudos de impacto ambiental, nem os demais relacionados com a segurana da edificao.

    Todos reconhecem que as atuais instalaes reflectem trs dcadas de contnuas remodelaes e ampliaes, com vrios edifcios, muitos dos quais mal estruturados e pouco funcionais, por no terem intercomunicao e, portanto, sujeitos a custos a desnecessrios custos de manuteno.

    A deciso de avanar com a aco popular est, portanto, alicerada em fortes argumentos tcnicos e jurdicos bem como ter o apoio de inmeras personalidades de inegvel valia tcnica da sade e ambiente e tem, indiscutivelmente, o apoio da generalidade da populao da RAM.

    Os signatrios no esto com esta aco para impedir as obras de ampliao do referido Hospital. O que achamos que os parcos recursos financeiros disponveis devem ser aloucados a um hospital que sirva a Regio, de forma segura e eficiente, mas tambm sustentvel do ponto de vista ambiental. Para ns, a soluo apresentada pelo Governo Regional no de modo algum segura.

    Nos regimes tendencialmente totalitrios, tende-se supresso ou restrio da democracia participativa e, por maioria de razo, das aes populares, de forma a excluir a participao dos cidados na vida pblica.

    O mdico, o cidado e o contribuinte querem certamente saber quem o responsvel por esta opo [ampliao do Hospital Dr. Nlio Mendona]. Quem assina por baixo desta deciso? O Senhor Presidente do Governo Regional? O Senhor Secretrio dos Assuntos Sociais? A Senhora e o Senhor Presidente do Conselho de Administrao do SESARAM? Os quatro? s para que amanh a culpa no morra solteira. Outra vez

    A Madeira necessita de um hospital de conceo moderna, corretamente dimensionado, de execuo faseada e com custos controlados.Esta ideia paranica, criminosa e economicamente descontrolada de erguer torres adjacentes ao velho hospital, de uma forma atabalhoada, um atentado irreversvel sade pblica e de ndole paisagstica a custos incalculveis, mas sobretudo ir inviabilizar qualquer futuro projeto credvel para uma sade de qualidade na Regio,

    Pedro Costa Neves,mdico, primeiro subscritorda ao popular.

    Manuel Brito,mdico, segundo subscritorda ao popular.

    A volumetria prevista na operao urbanstica em causa exige estudos de aptido do uso do solo e outros pareceres tcnicos, de ordem geolgica, que a sua localizao exige. A ausncia destes procedimentos prvios, conduz nulidade das decises de suspenso do PDM do Funchal e de planeamento urbanstico para a rea em questo.

    Mais cedo do que seria expectvel, a ao popular para anular os efeitos da deciso de o Governo Regional suspender o Plano Diretor Municipal do Funchal (PDM) e avanar com a ampliao do Hos-pital Dr. Nlio Men-dona, tem vindo a revelar surpre-sas escondidas da opinio pblica, como a violao dos princpios da

    livre concorrncia e a possibilidade de beneficiar deter-minados adjudica-trios, situaes que so assumi-das, imagine-se, em comunicado, pela prpria secre-taria regional dos Assuntos Sociais. Na realidade, um grupo de pessoas, de distintas origens profissionais e formao, mas que partilham de um mesmo interesse comum, segundo o qual a Regio Autnoma da Madeira (RAM) deve ter as melhores instala-

    es hospitalares, em respei-to pela segurana dos cuida-dos assistenciais de sade, pelo melhor compromisso ambiental e urbanstico, bem como pela mais racional uti-lizao dos escassos recur-sos financeiros da Madeira, no respeito integral da legis-lao vigente, pretende pedir a suspenso da Resoluo emanada do Governo Re-gional que decidiu avanar com as obras de ampliao do Hospital Dr. Nlio Men-dona para cima do Ribeiro Seco.A notcia ainda estava a fazer caminho e j ecoavam publi-camente os efeitos da ao popular, com a secretaria re-gional dos Assuntos Sociais a forar o SESARAM a anu-lar a primeira fase do concur-

    08 em foco: sadeALTERNATIVAjulho 2014

    Ao popular impede negociatas na ampliaodo hospital para cima de um ribeiro

  • Os subscritores entendem que a soluo apresentada pelo Governo Regional, de ampliar o hospital sobre um ribeiro, arriscada porque contraria as mais elementares normas de segurana vigentes para este gnero de edificaes, coloca em causa um bem como o da sade pblica, no garante a eficcia hospitalar desejada, quer para os utentes quer para os profissionais de sade, pois surge como uma evidncia que se trata de um soluo de remendo.

    Mantendo as atuais e inadequadas instalaes, com mais ou menos ampliaes e remodelaes, no ser possvel conjugar o respeito pela dignidade que devem merecer os utentes e profissionais. Muito menos se poder assegurar a eficincia, a expanso com a flexibilidade, a segurana com a adaptao a novas ameaas e a fluidez com o controle.

    J em 2011, as organizaes sindicais e profissionais dos Mdicos e Enfermeiros da RAM, na observncia das suas competncias e atribuies ticas, legais e sociais, reuniram, no sentido de refletir acerca do estado da atual estrutura hospitalar e das reais limitaes da sua remodelao/ampliao hospitalar, tendo ento destacado os benefcios da construo de um novo edifcio que contemple os mais recentes conceitos de engenharia e arquitectura hospitalar.

    As obras no hospital esto envoltas numa neblina de secretismo e compadrio que parecem um fato medida dos interesses (ilegtimos) do regime jardinista. Nada tem a ver com o melhor uso dos dinheiros pblicos em benefcio dos doentes,

    Mrio Pereira, mdico

    As classes profissionais, mdicos, enfermeiros e tcnicos hospitalares, identificaram os seguintes pontos a considerar:Ausncia de condies mnimas de segurana fsica e biolgica para os doentes e profissionais de sade;Existncia de elevado risco de incn-dio, sem condies adequadas para a sua preveno e combate, bem como para a evacuao das eventuais vti-mas;Carncia de condies de funcionali-dade, ergonomia, salubridade, clima-tizao, tratamento do ar, humanismo e respeito pelos direitos dos doentes;Impossibilidade estrutural para insta-lao de corredores tcnicos;Exiguidade de espao, nmero insu-ficiente e impossibilidade de instala-o de mais elevadores;Evidente insuficincia e impossibili-dade de construo de novas instala-es sanitrias para os doentes;Impossibilidade estrutural para dotar o Hospital de espaos necessrios para salas de trabalho, de formao/investigao ou de reunio para os profissionais e estudantes prximo do ponto de cuidados, bem como de es-paos para arrumao;Inviabilidade de criao de espaos para vestirios dignos para os profis-sionais e estudantes de sade;Impossibilidade de instalao dos servios actualmente sediados no Hospital dos Marmeleiros num local

    contguo e facilmente acessvel aos restantes servios hospitalares;Dificuldade na acessibilidade rodoviria e area, ao actual Hospital Dr. Nlio Mendona e distanciamento do Servio de Radioterapia de Santa Rita.Assim uma nova unidade hospitalar deve:Estar integrada no ambiente, pro-porcionar espaos verdes e de con-tacto com o meio ambiente, longe de rudos, possuir tecnologias que res-peitem o ambiente e energeticamente eficientes;Acompanhar a evoluo cientfica e tecnolgica;Beneficiar da experincia adquiri-da, com unidades modernas em condies similares disponveis noutras regies do pas e do mundo;Prever o aumento da longevidade das populaes, que necessitaro de cuidados mais diferenciados e em maior nmero;Agregar um modelo holstico nas vrias componentes estruturais e na prestao de cuidados, aprofundando as abordagens multidisciplinares ten-do em vista a progressiva melhoria da qualidade;Antecipar o aparecimento de novas doenas e eventuais acidentes ou catstrofes, susceptveis de ocorrer no meio insular atlntico acidentado, ligado ao resto do Pas e do Mundo por vias area e martima exclusivas.

    so, alegando precisamente aquilo que o CDS/PP Madei-ra sempre defendeu em ma-tria de contratao pblica: transparncia e rigor.Num repente, o concurso internacional para a obra foi anulado, a tutela do SESARAM criticou severa-mente os critrios constantes do caderno de encargos, as-sumindo que era suscetvel de beneficiar determinados adjudicatrios.Seja como for, os propsitos dos subscritores esto a ter a expresso prtica desejada, isto , evitar a ampliao do Hospital Dr. Nlio Mendon-a para cima de um ribeiro, numa encosta e sobre um conjunto de pilares.A ao interposta um instrumento das democra-

    cias modernas colocado ao dispor dos cidados que, em conscincia e com responsab-ilidade, se preocupam com o bem coletivo e com a forma como o Estado investe os im-postos dos contribuintes. E todos ns sabemos o preo que essa questo tem acar-retado para os nossos prpri-os bolsos. Os madeirenses merecem o novo hospital. A Autonomia do PSD no considerou essa prioridade. por isso que o CDS/PP-M, coerente com o que tem sido o seu percur-so nesta matria da sade, no podia deixar de apoiar e prestar ao grupo de cidados subscritores toda a logstica jurdica e organizacional que requer uma ao deste jaez.

    09em foco: sade ALTERNATIVAjulho 2014

    Ao popular impede negociatas na ampliaodo hospital para cima de um ribeiro

    A ter em conta

  • Desde a entrada de Portugal na Unio Europeia (UE), a Madeira tem vindo a dispor, nos sucessivos quadros co-munitrios de apoio, de ver-bas avultadas para recuperar do atraso e se preparar para o futuro. Recordo que s entre 2000 a 2006, o total de fundos de apoio da UE para a Madeira ultrapassou os 900 milhes de euros. A utilizao desses recursos revelou-se, em muitos casos, desastrosa. Passado todo este tempo, verifica-se que as opes do Governo Re-gional do PSD no tiveram o retorno social ou econmico que seria de esperar.

    Esses tempos deram-nos uma oportunidade que apeli-daria mesmo de histrica, mas que foi perdida e que todos ns gostaramos que no se repetisse na vigncia do novo quadro comunitrio 2014-2020. O programa estratgico Eu-ropa 2020, um plano de desenvolvimento social, se-lectivo e rigoroso. Com pro-postas e prioridades muito bem definidas. Na Madeira, a esse nvel, deve existir concertao en-tre partidos polticos, gov-erno, parceiros estratgicos e sociais, instituies (Uni-versidade, Autarquias, As-sociaes Comerciais/Indus-triais), de forma a optimizar e a rentabilizar os recursos financeiros que sero dis-ponibilizados. Esta poder ser para a Ma-deira a derradeira oportuni-dade para preparar o nosso futuro coletivo. Adotando uma poltica que

    v ao encontro dos princpios plasmados no programa Eu-ropa 2020, como seja o fo-mento da empregabilidade, incluso social, manuteno do equilbrio ambiental, no-vas polticas pblicas estra-tgicas e que exista fomento da produo e exportao regional, entre outras priori-dades importantes. Sendo a Madeira uma regio ultraperifrica, necessrio

    ter presente nas opes a protagonizar a oportunidade para traar um novo rumo de aproximao e no de dis-tanciamento da UE.Na poltica, como no resto da vida, necessrio fazer op-es cientes e conscientes de que no existir a possi-bilidade de acabar todas as obras iniciadas. necessrio priorizar, por isso devem ser concludos os troos entre a

    Raposeira-Ponta do Pargo ou entre S. Jorge-Boaventura. Deve existir a alocao de verbas do prximo quadro co-munitrio para a construo de um novo hospital, j que a sua edificao estrutural e fundamental para o futuro dos Madeirenses e da Ma-deira. Porque a preocupao maior deve ser resolver os problemas das pessoas, e sendo as Cmaras Municipais o poder mais prximo delas, deviam existir verbas dos fundos comunitrios destinados Madeira, consignadas aos municpios, atravs da Associao de Municpios da RAM. fundamental a total aber-tura para o DILOGO para subscrever COMPROMIS-SOS e preparar o FUTURO.

    Martinho Cmara, deputado e presidente da concelhia do CDS/PP da Calheta

    10 concelhiasALTERNATIVAjulho 2014

    Como todos sabemos, vivemos tempos de crise financeira, econmica e social. Tempos esses que exigem respostas globais, srias, inovadoras que possam fazer com que todos atravessemos da melhor forma possvel este perodo.Como autarca eleito para Assembleia Municipal do Funchal, eleito nas listas do CDS/PP-Madeira, defendo que estamos empenhados e comprometidos a trabalhar em prol dos mais desfavorecidos, dos desempregados, dos comerciantes, enfim de todos aqueles cidados annimos

    que esto a passar por momentos mais difceis e que esperam dos polticos uma resposta eficaz com vista resoluo dos seus problemas quotidianos.O CSD / PP tem sido a voz da esperana, tem sido a voz da estabilidade poltica, muitas vezes contestada por outras foras polticas, inclusive aquelas que deram a vitria ao projeto da Mudana, a voz dos eleitores que esperam dos polticos e dos seus executivos atitudes, posicionamentos e atos que defendam o interesse pblico e no os interesses pessoais.Dou-vos alguns exemplos prticos em que todos ficamos a perceber a marca CDS nesta legislatura de 6 meses na Assembleia Municipal do Funchal:- Devoluo de 1% IRS das receitas provenientes do IMI, a todos os cidados que descontam por via fiscal os seus impostos no Concelho do Funchal. Conseguimos esta primeira medida aps

    a nossa eleio por via do dilogo, colocando os interesses das pessoas em primeiro lugar aprovado em Assembleia Municipal- Apoio aos Pequenos e Mdios Empresrios, atravs da reduo nas taxas de publicidade em 50%, pos-sibilitando aos empresrios reduzir custos das empre-sas, permitindo melhores condies financeiras a es-ses, incentivando ao investi-mento privado no Concelho do Funchal - Elaborao de um projeto

    de resoluo na criao do Conselho Municipal de Juventude. Esta medida visar essencialmente Cmara Municipal do Funchal munir-se de instrumentos atravs de um rgo consultivo com vista a garantir a auscultao das associaes e organismos representativos dos jovens funchalenses. Este Conselho traar objetivos gerais, como os de incentivar e apoiar os jovens na criao de emprego, de projetos assentes no microcrdito e

    no empreendedorismo.- Voto de Louvor ao atleta Marcos Freitas pelo feito histrico de ganhar uma Taa da Europa na modalidade de tnis de mesa.-Proposta para reforar as verbas no oramento da Cmara no apoio s habitaes sociais que precisam obras de interveno urgentes, e que estejam na dependncia da SOCIAHABITAT.Por ltimo mas no menos importante, gostaria de salientar que o nosso rumo est definido e tudo faremos para levar este barco a bom porto, as dificuldades que nos so colocadas diariamente, vamos ultrapass-las com o trabalho de todos os autarcas eleitos nas 10 Assembleias de Freguesia, pois pensamos que estamos no bom caminho e nada nem ningum pode impedir que trabalhemos para que o partido e as pessoas principalmente continuem a crescer em todos os aspetos.

    Gonalo Nuno Pimenta Camacho,deputado Municipal Funchal

    Um compromisso sriocom os funchalenses

    Madeira: Dilogo, Compromisso e Futuro

    Reforo de verbas para habitao social

    Fundos comunitrios deveriam ser consignados s autarquias

  • 11concelhias ALTERNATIVAjulho 2014

    Se no espantoso, no mnimo caricata esta opinio, vinda do lder do PSD-Madeira.Mandato aps mandato, ano aps ano, at 2005, ano em que a Lei se alterou, nunca se viu a liderana do PSD-M preocupar-se com a representatividade dos pequenos partidos nos concelhos rurais. Ora, isto mais parece uma opinio vinda de um lder de um pequeno partido, que s

    est preocupado com a distribuio de tachitos vez, meia dzia que por ali orbita, e que mais nada sabem fazer na vida.No caso do PSD-M, cujo espectro de implantao eleitoral sempre abrangiu todos os concelhos,

    freguesias e stios da Madeira, de considerar at desprestigiante para os seus militantes que o seu lder venha ter uma opinio destas.Talvez o lder do PSD-M desconhea que presidentes de camaras municipais na RAM, da sua cor politica, se refiram ao deputado

    natural do concelho, como o nosso deputado, numa clara manifestao de que a mudana da lei efetivada em 2007 nunca foi intimamente aceite, nem pelos seus correligionrios.Alis, quem melhor pode apresentar, bem estruturar

    propostas, e defender a resoluo de problemas especficos dos concelhos na assembleia legislativa regional, que os deputados naturais e conhecedores desses mesmos concelhos e dessas mesmas realidades?Percebe-se que o regresso aos crculos eleitorais concelhios possa trazer

    constrangimentos nos puzzles de interesses instalados no interior dos partidos polticos! Mas, o que que o eleitorado tem que ver com isso? Ento algum daria, por exemplo, a vitria eleitoral para o cargo de presidente de camara a um forasteiro!?A assembleia legislativa da madeira o frum dos representantes do povo, das suas vontades, e das suas necessidades especficas, intimamente ligadas s especificidades de cada concelho e de cada freguesia da Madeira e do Porto Santo. Ao divrcio entre eleitores e eleitos, expresso nos nmeros da absteno a que se assiste, no alheia a distancia com os centros de deciso e debate, e com os seus decisores polticos.

    Deixemo-nos de promiscui-dades, aproveitemos as mu-danas que o contexto social e econmico atual impe, para corrigir tambm esta assimetria. O regresso aos crculos eleitorais concelhios uma questo to premente, e na observncia das opinies favorveis vindas a pblico, transversalmente da esquerda direita, que se foras de bloqueio houver a esta alterao na Lei eleitoral, para evitar que a questo se arraste em discusses incuas, deve ser dada a palavra ao povo na forma de um referendo.

    Jos Aguiar, presidente da concelhia do CDS/PP da Ponta do Sol

    Crculos concelhios so uma fraude.Ento, porqu?!

    A substituio do piso da Via Expresso, entre a sada da via rpida para Ribeira Brava e a rotunda do tnel de acesso Ponta do Sol, , no mnimo, incompreen-svel, se tivermos em conta que o pavimento que est a ser substitudo, encontra-se ainda um bom estado para a circulao automvel muito melhor, a quilmetros de distncia, de outros que diariamente a populao ma-deirense tem de enfrentar ao volante, um pouco por toda a Regio. Trata-se de um gasto incon-cebvel se pensarmos, por exemplo, no estado calamito-

    so em que se encontra a es-trada regional entre a Ribeira Brava e o Campanrio, inclu-sivamente at freguesia da Quinta Grande, j no concel-ho de Cmara de Lobos.Este desperdcio despudo-rado de dinheiros pblicos, substituindo o bom estado da

    Via Expresso em detrimento do esburacado piso da Es-trada Regional, est a provo-car a indignao dos ribeira-bravenses. O bom inimigo do timo, e, neste caso, significa des-perdcio de recursos pblicos e falta de planeamento na manuteno e substituio dos pavimentos das estradas regionais do Concelho.Quem tem, no Governo Re-

    gional, a tutela das estradas regionais, no definiu nem planificou as prioridades para as reparaes e repavimen-taes das vias que superin-tende?O CDS-PP Ribeira Brava per-gunta ao Governo Regional o que que deve ser pri-

    oritrio: substituir o que est bom, caso da Via Expresso, ou repavimentar o que est pssimo, caso da Estrada Regional que liga a Ribeira Brava Quinta Grande?Em resposta aprovao, por unanimidade, em sesso da Assembleia Municipal, recomendando, ao Governo Regional, a pavimentao do troo da estrada regional que liga a Ribeira Brava ao

    Campanrio, a promessa do Governo Regional foi a de re-solver o problema at ao fim de junho, falhou estamos a atingir j o final de julho. Como um mal nunca vem s, a obra de substituio do pavimento na Via Expresso encontra-se parada e ina-cabada. Mais uma.Da que seja importante sa-

    ber, perante esta realidade: qual a posio do presi-dente da Cmara da Ribeira Brava? A pergunta h muito que seguiu, mas at hoje o CDS-PP Ribeira Brava no recebeu qualquer resposta.

    Rafael Sousa, vereador

    Tapete novo em piso bomirrita populao do Campanrio

    Ento algum daria, por exemplo, a vitria eleitoral para o cargo de presidente de cmara a um forasteiro!?

    Substituir o que est bom, caso da Via Expresso, ou repavimentar o que est pssimo, caso da Estrada Regional que liga a Ribeira Brava Quinta Grande?

  • 12 concelhias

    Ao contrrio do que seria de esperar e em sentido con-trrio ao que foi anunciado e prometido pelo PSD antes das eleies autrquicas, afinal no haver reviso do Plano Director Municipal de Cmara de Lobos (PDM) an-tes de 2017, portanto, s l para o fim do presente man-dato autrquico. Teremos assim mais uma promessa falhada, feita aos cmara-lobenses em perodo eleitoral, tal como aquela outra do Porto de Pescas, que tambm foi adiada no tempo, isto porque o PSD ainda vai estudar o que fazer,

    mantendo-se, no entretanto, o caos urbanstico e esquecendo as boas prticas do planeamento, porque querem continuar a praticar a velha forma de governao desta terra, que definir o caminho a seguir em funo dos interesses eleitorais, deixando o resto para ser resolvido de forma avulsa. Ao que parece, o actual executivo municipal do PSD tem averso ao planeamento, tal como aconteceu no anterior mandato da mesma

    cor poltica. Agora afirmam que o PDM s dever avanar depois de acertarem um outro suposto documento estratgico, que apelidam de Autonomia XXI, e que, segundo referem, ser um documento que perspectivar o futuro em todas as reas da governao que pretendem para o Municpio.Na verdade, assiste-se mais uma vez ao adiar da reviso de um instrumento fundamental para o futuro de Cmara de Lobos,

    pois os problemas e as oportunidades do Municpio j so conhecidos, estando muitos deles j estudados e convenientemente pagos. Alias, importa lembrar que o PSD sempre disse estar preparado e conhecedor da realidade que queria para o concelho, mas, pelos vis-tos e passados todos estes anos em que esto no poder, revelam-se inseguros. Das duas, uma: ou pretendem enganar mais uma vez os eleitores ou estamos a as-sistir a um filme de market-ing poltico utilizado por um Executivo impreparado e que no est altura dos desafi-os. Seja como for, mau que isto esteja a acontecer em Cmara de Lobos, concelho onde o PSD volta a adiar o futuro para 2017.

    Roberto Rodrigues, deputa-do e presidente da concelhia do CDS/PP de Cmara de Lobos

    O Governo Regional, lidera-do pelo PSD, e o Executivo camarrio, liderado pelo PS, utilizam a mquina do tem-po em Machico, eis o que parece ser a soluo encon-trada por ambos para es-quecerem os problemas que prejudicam as populaes da freguesia do Porto da Cruz, de Santo Antnio da Serra e os pescadores que utilizam o porto de abrigo de Machico. Governo e Cmara pararam no tempo. Desde que em no-vembro do ano passado a tempestade natural fustigou aquelas localidades, nada se mudou. As populaes con-tinuam a abandonadas, a in-segurana permanece. Quem se desloca s zonas

    atingidas pelos temporais, constata que os danos pro-vocados esto no mesmo estado em que se encontra-vam nas horas seguintes aos trgicos acontecimentos. As populaes no se es-quecem dos anos em que o PSD e o Governo Regional apregoavam aos sete ventos que construam para bene-fcio da populao e para o desenvolvimento da Regio, agora j perceberam da grande iluso que foi isso, pois gastaram tudo o que

    tinham e o que no tinham, endividaram geraes e hi-potecaram o futuro de todos.Durante anos assistimos a um ciclo de construo de-senfreada, como se o tem-po fosse acabar, e nisso o Governo Regional acertou: o tempo parou, da pior ma-neira, nas zonas afectadas

    e onde antes foram gastos milhes em infraestruturas e equipamentos de utilidade duvidosa e deixados ao abandono, e x i s t i n d o vrios exemplos no concelho de Machico. Agora, quando o Governo chamado a agir em prol da populao, deixa-a ao abandono e parada na marca do tempo.Assistimos a coisas impensveis. Alguns dos atuais vereadores do PSD, j desempenhava o mesmo cargo no mandato anterior,

    estavam portanto a par da situao financeira da Cmara, mas mesmo assim prometeram fazer mais e melhor e utilizar os dinheiros pblicos, de modo a servir a populao. Hoje verifica-se como no falaram verdade e revelam agora toda a sua incapacidade para ajudar

    a resolver os problemas do seu concelho. Refugiam-se na falta de apoio do Governo Regional e assim provocam a desiluso das populaes.Para o CDS-PP, o mais urgente ajudar quem mais necessita e quem quer reconstruir as suas vidas, como tal, o dinheiro tem que ser utilizado primeiro para esse fim. Reconstruir as habitaes danificadas, as veredas e os acessos pedonais aos terrenos agrcolas, corrigir as levadas, as margens das ribeiras, os taludes e as estradas danificadas, s deste modo a populao pode reconstruir as suas vidas em segurana,

    seguir em frente e limpar as imagens negativas dos trgicos acontecimentos. Sem isso, o Governo Regional e a Cmara Municipal esto a obrigar a populao a reviver diariamente estes acontecimentos marcantes. preciso acreditar em quem coerente, responsvel, solidrio e fivel e no em quem apenas promete, mas nada faz e j se conhece, h anos, do que capaz.

    Marco Pires, presidente da concelhia do CDS/PP Machico

    PDM de Cmara de Lobos s em 2017

    Governo e Cmara iludempopulao de Machico

    ALTERNATIVAjulho 2014

    Para o CDS-PP, o mais urgente ajudar quem mais necessita e quem quer reconstruir as suas vidas, como tal, o dinheiro tem que ser utilizado primeiro para esse fim.

    Comisso paraa descoberta da MadeiraA proposta j foi depositada nos servios da Assembleia Legislativa da Madeira e prope a criao de uma comisso para os 600 anos da descoberta da Madeira. Estamos a escassos quatro anos de completar os 600 anos da descoberta do Arquiplago (Porto Santo, 1419, Madeira, 1420) e importa atalhar este acontecimento nico, em consonncia com a grandeza do nosso povo, a dimenso histrica, econmica, social e cultural que comportam os seis sculos de vida, a nossa secular relao de e para o Mundo, a incontornvel dispora madeirense, a nossa identidade singular, que nos forou a moldar a vida de todos os dias aos rochedos e ao relevo agreste mas ao mesmo tempo belo da Ilha, fundamenta a proposta que o Grupo Parlamentar do CDS/PP-M entregou para que seja criada uma Comisso Eventual para a Celebrao dos 600 anos da Descoberta da Madeira. Essa forma de ser homem fechado mas ao mesmo tempo disperso no infinito, como escreveu o escritor Ferreira de Castro reflectindo sobre a condio insular, acaba por emprestar ao povo madeirense uma feio cultural muito prpria.

  • 13concelhias ALTERNATIVAjulho 2014

    No passado dia 1 de Junho teve lugar a primeira Expo Agrcola no Concelho de So Vicente, uma iniciativa

    h muito ambicionada pelos agricultores, agora tornada

    realidade. O evento tem periodicidade mensal e uma organizao da Cmara Municipal de So Vicente em conjunto com as trs Juntas de Freguesia do Concelho, So Vicente, Ponta Delgada e Boaventura.Este evento d a possibilidade aos agricultores de expor os produtos agrcolas das suas produes e vend-los a preos mais justos, atravs da venda direta ao consumidor e sem a interveno de intermedirios.

    O certame uma oportunidade para mostrar

    a variedade de produtos agrcolas locais e uma atrao extra para os visitantes do concelho de So Vicente. Nesta exposio

    agrcola possvel encontrar as hortalias e os frutos da poca, os produtos derivados como o vinho, a cidra, o mel de abelhas e o po caseiro,

    e as ferramentas e mquinas agrcolas. Para completar os servios disponveis aos visitantes existem algumas barraquinhas com iguarias regionais.A prxima Exposio Agrcola dia 20 de Julho, portanto, amanh, domingo, a tempo ainda de se decidir por uma visita. Uma nova oportunidade para os residentes conhecerem o evento e um complemento vasta oferta de atraes que o concelho de So Vicente tem para os seus visitantes e com as quais se quer projetar no plano regional mas tambm ao nvel turstico.

    Miguel Neves, presidente da concelhia do CDS/PP deS. Vicente.

    Passados nove meses da minha eleio nas listas do Movimento Juntos pelo Povo (JPP), o balano que fao da minha ao oscila entre dois vectores essenciais.Se por um lado tenho hoje uma melhor conscincia da importncia do poder local no cumprimento de uma poltica de proximidade que tem nas pessoas a sua razo de ser e o seu mote de agir, por outro lado tenho o conhe-cimento por dentro da catica situao financeira em que se encontram muitos os mu-nicpios. Falo, em concreto, do Municpio de Santa Cruz, que, fruto da gesto danosa e irresponsvel levada a cabo pelo PSD ao longo de mais de 30 anos, encontra-se hoje

    numa situao de falncia real. Alis, a Cmara de San-ta Cruz foi gerida imagem e semelhana do modelo re-gional, hoje esgotado e com uma alta factura a ser cobra-da a todos os madeirenses.Se do ponto de vista finan-ceiro e legal o que foi feito as-sume contornos criminosos, do ponto de vista da ao au-trquica o resultado do des-

    vario e da irresponsabilidade ainda mais gravoso. Os erros do passado condicio-nam a ao do presente, no-meadamente num momento em que as populaes mais precisam da interveno das

    autarquias em muitas reas da vida social.Contudo, e apesar da pesada herana recebida, o balano que fao destes nove meses claramente positivo, na medida em que estamos a conseguir saldar dvida, au-mentar a receita e reorgani-zar os servios camarrios. Tudo isto est a ser feito no sentido deste movimento de cidados conseguir colocar em prtica o ambicioso e ne-cessrio programa social que foi sufragado pela populao. Este caminho no est isento de dificuldades e ainda hoje nos debatermos com muitas barreiras que vo desde a fal-ta de liquidez financeira, fal-ta de meios humanos e ma-teriais. No vamos, contudo, baixar os braos porque acr-editamos que ser possvel fazer mais e melhor, nome-adamente quando conseguir-mos colocar ordem casa do ponto de vista financeiro.

    Miguel Aves, vice-presidente da Cmara de Santa Cruz e dirigente do CDS/PP

    A atribuio de bolsas de estudo para o ano letivo 2013/2014, foi um com-promisso do atual execu-tivo da Cmara Municipal de Santana, liderado pelo democrata-cristo, Tefilo Cunha. Em respeito pelo prometido aumento do valor da bolsa de estudo para os estudantes de todo o municpio que frequen-

    tam o ensino superior, a autarquia atribuiu, no ano letivo 2013/2014, o valor global de 38.000,00 euros, beneficiando 80 alunos. No ano lectivo de 2012/2013, o valor despendido foi de 22 mil euros. Com o ano lectivo fechado para frias, abre-se a poca balnear. Num ato simblico de grande significado, a au-tarquia de Santana proce-deu ao hastear da Bandeira Azul na Zona Balnear da Ribeira do Faial, cerimnia que contou com a presen-a do Diretor Regional do Ordenamento do Territrio e Ambiente e do Adjunto do Capito do Porto do Funchal.

    Esta praia galardoada com Bandeira Azul desde 2005 e Praia Acessvel des-de 2009.

    Agricultores de S. Vicente acolhem com entusiasmo Feira Agrcola mensal

    30 anos de gesto danosa do PSD Santanaduplica verbaspara bolseirosdo concelho

    Prximo domingo realiza-se a segunda edio do mercado.

    Uma nova oportunidade para os residentes conhecerem o evento e um complemento vasta oferta de atraes que o concelho de So Vicente

  • 14 passatemposALTERNATIVAjulho 2014

    procure os nomes dos 11 municpios que compem a Regio Autnoma da Madeira

    Solues: Funchal, Cmara de Lobos, Ribeira Brava, Ponta do Sol, Calheta, Porto Moniz, So Vicente, Santana, Machico, Santa Cruz e Porto Santo

    Sopa de letras

    Por duas vezes, agum cravou a sua imbecilidade no patrimnio regional. Em vez do cdigo de estrada, devia haver cdigo de conduta e cidadania. (foto e texto Ricardo Pereira)Envie-nes tambm as suas sugestes por e-mail.

    Descubra as 7 diferenas entre os dois desenhos

    Anedotas

    Curiosidades

    Na Madeira, chega um menino beira da professora e diz: - Sra. Professora, a minha coelha teve cinco coelhinhos e so todos P.S.D.! - Muito bem! Olha, amanh vem c o Sr. Alberto Joo Jardim e tu contas-lhe essa histria. Est bem? - Est bem! - Responde o menino. No dia seguinte, o Alberto Joo Jardim vai visitar a escola e, como combinado, a professora chama o menino. O menino dirige-se beira do presidente e diz: - Sr. Presidente, a minha coelha teve cinco coelhinhos e dois so do P.S.D.! - Ento, - diz intrigada a professora - no eram os cinco? - Eram, ...mas trs j abriram os olhos!

    Cerca de 40% dos textos no Twitter so inteis. A categoria mensagens inteis domina os textos publicados no servio de microblog Twitter, segundo a empresa de pesquisa Pear Analytic. Num recente estudo, a companhia divulgou que aquele tipo de mensagem (pointless babble - em ingls) corresponde a 40,55% de todas as publicaes no site. Para chegar a essa concluso, foram analisados 2 mil tweetts escritos em ingls, durante duas semanas.

    A senhora Augusta estava a lavar os vidros de um edifcio de escritrios, bastante alto, quando escorregou de uma escada de 0 degraus e cau no passeio. Estranhamente, no se magoou?

    Como foi possvel?

    Num carro vo 4 romanos e 1 ingls.Como se chama a senhora que vai a guiar?

    O pai de Maria tem 5 filhas,Nan, Nen, Nini, Non e ....Como se chama a outra filha?

    Domingo de Sol. Joozinho e Maria tomam banho de mangueira no quintal, nus. Cansada de ver o Joozinho a brincar com o seu brinquedo, a Maria diz: - Joozinho, tambm quero mexer no teu brinquedo! Olhando desconfiado, o Joozinho responde: - Nem pensar! J partiste o teu, agora queres partir o meu...

    Charadas

    Flagrante

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 151 T R O P I E I S N M U Z S V X2 S F R E S T B Z X N M A E R Y3 A B R U A F D E V L P D W I A4 O D P O N T A D O S O L R B J5 V T D G T E H F N E R X C E F6 I G T V A T B R Y E T O U I E7 C R F U N C H A L T O N H R S8 E W A G A T F H R D S E N A M9 N R C E R C X G T E A U D B D10 T M Z X D R H A B E N F G R E11 E U V H T S X D A B T E I A U12 I L Q R M A C H I C O T X V Y13 J M S Z A N B E H J N O P A Q14 K N P O R T O M O N I Z R T U15 M O S V W A F G I Z B T E R U16 U P A C M C E F H Z M N Q P T17 V C A M A R A D E L O B O S S18 B M R C H U K I W Z A F D E H19 M A V C T Z O U C A L H E T A20 B E I M N Z R F X Z T H K J L

    Solues: 1 - Ela encontrava-se no primeiro degrau de baixo ; 2 - IVONE. Porque 4 em letra romana IV e 1 em ingls ONE ; 3 - Maria

  • 15social ALTERNATIVAjulho 2014

    500 anos da Diocese do Funchal levamdeputados ao Museu de Arte Sacra

    Visita ExpomadeiraDia da Regio no Porto Moniz

    Secretrio de EstadoLeonardo Mathias na Regio

  • ltima

    Propriedade:Grupo Parlamentar do CDS/PP-MadeiraRua da Alfndega, n 71 - 1 andar - FunchalTel. 291 210 500e-mail: [email protected]

    Impresso:Imprinews - Empresa grfica

    Design e paginao: Grupo Parlamentar do CDS/PP-Madeira

    CDS na internet:site: www.cdsppmadeira.com

    facebook:facebook/groups/ideiasclarasfacebook/cdsppmadeira

    Colaboraram neste nmero:Jos Manuel Rodrigues, Mrio Pereira, Isabel Torres, Roberto Rodrigues, Martinho Cmara, Lusa Gouveia, Ana Lusa Marques, Antnio Jorge Pinto, Nelson Mendona, Amlcar Figueira.

    Cmara aprova voto de protesto contra GR

    A Cmara Municipal do Funchal aprovou um voto de protesto pela deciso arbitrria do Conselho do Governo Regional em suspender parcialmente o Plano Diretor Municipal do Funchal sem qualquer parecer da autarquia e em desrespeito pela deliberao camarria de 3 de abril de 2014 sobre o projecto de ampliao do Hospital Dr. Nlio Mendona.Mudana, CDS/PP e CDU votaram a favor, tendo o PSD votado contra. A proposta foi apresentada pelo vereador e presidente do CDS/PP-M, Jos Manuel Rodrigues, que, no essencial, sublinha o carter abusivo do Governo Regional ao concluir que a deliberao da CMF emite parecer favorvel alterao do uso do solo para ampliar o Hospital Dr. Nlio Mendona. A Resoluo desrespeita a Cmara, o seu presidente e vereadores legitimados pelo voto popular e desconsidera os poderes e competncias do municpio, escreve o presidente do CDS/PP-M.

    ALTERNATIVAjulho 2014

    Abril de 2011. Ano de eleies regionais. H muito que a crise fazia ressoar as sinetas de alarme mas na Madeira o Governo Regional continuava a fingir que no ouvia o gongo. A fobia por obras pblicas, muitas das quais comprovadamente desnecessrias e sem retorno econmico e social (o buraco financeiro que aqui trazemos hoje disso um excelente exemplo), era, data, o lenitivo que alimentava a j desastrosa governao do PSD. Os madeirenses estavam a ser arrastados para o precipcio financeiro mas tambm eram incapazes de esboar um nico sinal de repulsa ou crtica. Sem contestao e com o campo aberto tambm

    pela falta de qualidade da nossa cidadania, o Governo Regional, em romaria, subiu at ao Curral das Freiras e inaugurou, em clima de festana, as piscinas locais, com um custo de 2.433.967,16 de euros. As portas abriram-se naqueles instantes de foguetrio para fecharem logo depois. At aos dias de hoje. Perdo! Dizem que desde ento, mas apenas por escassos dias, foi possvel medir a temperatura da gua. Tirando esse momento histrico e carssimo (mais de dois milhes e 400 mil euros), a nica temperatura que os madeirenses conseguem medir bem, todos os dias, aquela em que o termmetro do PSD colocou a Regio - um escaldo que tem abrasado as nossas vidas.

    Ups! Tropecei num

    Piscina do Curral das Freiras

    Uma ampla ao de rua, com-posta por trs equipas, estabele-ceu contatos com as populaes, apresentou algumas das iniciati-vas legislativas que ajudariam a melhorar a qualidade de vida dos madeirenses, das empresas e instituies (caso no fossem sistematicamente reprovadas pela maioria) e denunciaram o bloqueio legislativo que o PSD/M vem impondo s inicia-tivas do CS/PP-M, nos ltimos anos. A mobilizao foi geral, inclui os deputados democratas-cristos, principais dirigentes do partido, regionais e concelhios. A jornada decorreu por todo o municpio de Santa Cruz. Foram

    constitudas trs equipas de tra-balho, divididas em outros tantos grupos, que passaram por Gaula, Canio, Camacha, Santo da Ser-ra, Assomada, Rocho e Eiras. Iniciativas legislativas do CDS/PP-M para as reas da sade, economia, turismo, fiscalidade, social, agricultura, pescas, ambi-ente, etc esto engavetadas h anos por deciso do que PSD/M.

    Ouvir a ruaPrxima jornada em S. Vicente