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Luís Carmelo Entrevista ~ página 12 falta em Évora contemporaneidade’ Universidade na região ~ página 7 Alqueva atrai turismo Cultura em Évora ~ página 11 “Picasso Litógrafo” no Fórum Eugénio de Almeida, a partir de dia 5 LER PARA SER SÍTIO DAS LETRAS LIVRARIA A revisão do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão [POAAP] está em fase de discussão pública e deverá abrir caminho a avul- tados investimentos na área do turismo. Previsivelmente, estes investimentos vão influenciar a economia local em con- celhos como Reguengos de Monsaraz, Portel, Moura, Mourão e Alandroal. O plano de ordenamento que estabe- lece as regras de utilização do plano de água e da zona de protecção das albufei- ras de Alqueva e Pedrógão foi muito criticado pelos autarcas da região que o consideravam limitativo para activi- dades ligadas ao recreio, ao lazer e ao turismo relacionado com a fruição do plano de água. No caso de Reguengos de Monsaraz, estão em causa, segundo Vítor Martelo, projectos turísticos com um investimen- to que ronda os mil milhões de euros e a criação de 1200 postos de trabalho. No Alandroal, a autarquia pretende assegurar a navegabilidade do Guadiana, de Monsaraz a Juromenha, e a viabili- dade de um projecto turístico em Juromenha, que pretende aproveitar o es-paço interior da Fortaleza. ~ Páginas 3 e 5 www.noticiasalentejo.pt € 1 Ano I Nº 1 Maio 2006 REGUENGOS DE MONSARAZ

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Page 1: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

Luís Carmelo‘

Entrevista ~ página 12

falta em Évora contemporaneidade’

Universidade na região ~ página 7

Alqueva atrai turismo

Cultura em Évora

~ página 11

“Picasso Litógrafo” no Fórum Eugénio

de Almeida, a partir de dia 5

LER PARA SER

SÍTIO DAS LETRAS LIVRARIA

A revisão do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão [POAAP] está em fase de discussão pública e deverá abrir caminho a avul-tados investimentos na área do turismo. Previsivelmente, estes investimentos vão influenciar a economia local em con-celhos como Reguengos de Monsaraz, Portel, Moura, Mourão e Alandroal.

O plano de ordenamento que estabe-lece as regras de utilização do plano de água e da zona de protecção das albufei-ras de Alqueva e Pedrógão foi muito criticado pelos autarcas da região que o consideravam limitativo para activi-dades ligadas ao recreio, ao lazer e ao turismo relacionado com a fruição do plano de água.

No caso de Reguengos de Monsaraz, estão em causa, segundo Vítor Martelo, projectos turísticos com um investimen-to que ronda os mil milhões de euros e a criação de 1200 postos de trabalho.

No Alandroal, a autarquia pretende assegurar a navegabilidade do Guadiana, de Monsaraz a Juromenha, e a viabili-dade de um projecto turístico em Juromenha, que pretende aproveitar o es-paço interior da Fortaleza.

~ Páginas 3 e 5

www.noticiasalentejo.pt€ 1 Ano I Nº 1 Maio 2006

REGUENGOS DE MONSARAZ

Page 2: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

Impressão: CORAZE, A Folha Fotografia: Susana Rodrigues Luís Carmelo e Rui Namorado Cultural, CRL - Oliveira de Colaboradores: Benjamim Rosa

A edição do "Notícias Alentejo" Azeméis. Formigo, José Frota, Jorge Reis é da responsabilidade da socie- Direcção-Geral: Carlos Trigo (www.lusomotores.com) CONTACTO & PUBLICIDADEdade "Notícias Alentejo ([email protected]) e Rute Marques Telefone/Fax: 266 502 655 Produção de Conteúdos Lda.", Direcção Editorial: Luís Rego Opinião: Afonso de Almeida, Telemóvel: 967 032 441contribuinte 506596816, com ([email protected]) Alberto Magalhães, Antonio Morada: Rua António Janeiro, sede na Rua António Janeiro, 13, Direcção Gráfica: Sáez Delgado, Ferreira Patrício, nº 13 - 7200-337 Reguengos de 7200-337 Reguengos de Mon- David Prazeres João Espinho, Joaquina Monsarazsaraz, capital social de 5000€. ([email protected]) Margalha, José Gabriel Calixto, www.noticiasalentejo.pt

Carlos [email protected]

~destaque

3notícias Maio 2006alentejo~2

Neste espaço, que gida ao Alentejo e que prestigiado www.lusomo- 2+3 de Reguengos de a partir do próximo privilegia as questões de tores.com, e Rute Marques, Monsaraz.número será exclusiva- desenvolvimento regio- jovem jornalista mas já Afonso de Almeida, mente dedicado ao nal e transfronteiriças. com vasta experiência em também professor cate-público, cumpre explicar A actualização da infor- temas culturais. drático da U.E. e mem-as razões desta “aventu- mação considerada rele- Na “Opinião”, o NA bro Instituto Ciências ra” pelo reino das vante para a região vai contar igualmente Agrárias Mediterrânicas, edições impressas. Alentejo é diária em com nomes de referên- edita a página de Ciência Notícias Alentejo www. noticiasalentejo.pt. cia - Manuel Ferreira & Tecnologia, que será (www.noticias alentejo.pt) No arranque desta Patrício, ex-reitor da um dos temas fortes, em está online desde 9 de versão impressa, o NA Universidade de Évora termos de divulgação, Junho de 2003 e, desde tem o prazer de contar e figura conceituada nas deste jornal, e José essa data, tem adiado com colaboradores de letras, na filosofia e na Alberto Ferreira, profes-o formato de papel. referência. Assim e come- pedagogia da educação, sor assistente de Estudos Chegou, porém, o momen- çando pelos jornalistas, Rui Namorado Rosa, Teatrais na U.E., colabo-to de um novo esforço o jornal terá na “primei- professor catedrático de rará na rubrica “Música para completar um pro- ra linha” da informação Física na Universidade e Letras”.jecto, assumindo o com- profissionais como de Évora e no Instituto Por fim, destaque ain-promisso de uma edição o Luís Rego, jornalista Superior Técnico, vice- da para outro professor impressa, no início de da SIC e responsável edi- -presidente do Centro catedrático - Luís cada mês, com uma tira- torial deste jornal, de GeoFísica da Univer- Carmelo (luiscarmelo.-gem igual ou superior a Benjamim Formigo, sidade de Évora e editor blogspot.com), que terá 7500 exemplares. ex-editor do Internacio- da página web “O Olhar uma presença constante

Conforme consta no nal do Expresso, José de um Físico” (www. neste jornal, na versão Estatuto Editorial da edi- Frota, correspondente do janelweb.com/digitais/ online e na versão ção online, trata-se de Expresso para o Alentejo, ruirosa .html), Alberto impressa.uma publicação periódi- Jorge Reis, jornalista espe- Magalhães, psicólogo, E, juntos no mesmo ca de informação geral e cializado em desporto e Joaquina Margalha, barco, tentaremos chegar de âmbito regional, diri- automóvel e director do professora da Escola EB a bom porto.

espaço ~público

NOTA: A partir do próximo número,

este espaço será dedicado a ques-

tões que os leitores (devidamente

identificados perante este jornal,

que respeitará o anonimato quando

solicitado) coloquem. Quer se trate

de uma opinião ou de um protesto.

Textos e imagens devem ser envia-

dos para [email protected]

Uma aventura

Ficha Técnica

Sumário 05.2006

Universidade de Évora marca encontro com autarcas e empresáriospágina 7

O debate sobre a Regionalização em cursopágina 9

Cultura e Espectáculospáginas 10 e 11

Entrevista a Luís Carmelopáginas centrais

Opiniãopáginas 14 e 15

Ciência & Tecnologia, por Afonso de Almeidapágina 16

A Arte de... Luís Ançãúltima página

dp

contar com novos vizinhos. Para as imediações das locali-dades referidas está previsto o “Parque Alqueva”, um comple-xo turístico composto por “três Mais de 18 mil camas, sete espaços independentes”: nove campos de golfe, dezoito alde-aldeamentos, dois hotéis e um amentos, quatro hotéis e 500 espaço para turismo sénior, moradias unifamiliares. Estes num total de cerca de seis mil e são os números de três dos quinhentas camas. Em dois projectos turísticos a construir mil hectares de solo, próximo na região de Alqueva, de acor-do espelho de água, o promotor do com dados e documentos pretende ainda construir qua-aos quais o Notícias Alentejo tro campos de golfe, um centro teve acesso. Os investimentos hípico e uma área de serviços. destes três projectos estão a Uma parte considerável deste ser apreciados pelos técnicos empreendimento dependerá da Comissão de Coordenação e dos resultados da revisão do Desenvolvimento Regional POAAP (ver página 5). Bem (CCDR) do Alentejo. Outros mais modesto é o projecto apre-investidores aguardam apenas sentado para zona “T4”, a conclusão da fase de revisão Herdade do Mercador, no con-do Plano de Ordenamento das celho de Mourão. Três aldea-Albufeiras de Alqueva e mentos turísticos e um hotel. Pedrógão (POAAP) para avan-Mais duas mil e duzentas çar.camas, um campo de golfe, pis-A primeira vaga de projec-cinas, campos de ténis, uma tos turísticos seleccionou área desportiva e uma zona de zonas calmas, relativamente observação da natureza. Dos próximas das margens ou do projectos em apreciação pela paredão do maior lago artifici-CCDR, é aquele que aparenta al da Europa. Um desses casos ter mais cuidado com as regras é o investimento previsto para definidas pelo PROZEA, dado a Herdade da Defesa de S. Brás, que cinquenta por cento da her-concelho de Moura, designada, dade manterá o estatuto rural. no Plano Regional de Ordena-Dos 700 hectares, o promotor mento do Território da Zona destinou para construção 330.Envolvente da Albufeira de

De acordo com o PROZEA, Alqueva (PROZEA), por área foram definidas catorze áreas “T13”. “Numa única proprie-de localização preferencial de dade com mil e cem hectares, equipamentos turísticos “para dos quais 550 por se situarem apoiar os eixos de desenvolvi-na faixa de 500 metros não mento”. Contudo, alertam os serão intervencionados”, o pro-técnicos de ordenamento do motor propõe-se construir território que “não foram deli-“três aldeamentos turísticos, mitadas espacialmente mas um hotel, cerca de 500 moradi-estão descritas com pormenor as unifamiliares, num total de para dar cumprimento às ori-dez mil camas”, lê-se num entações do plano, sem atar documento a que o Notícias esta ou aquela propriedade e Alentejo teve acesso. O mesmo dando oportunidade a vários projecto, caso se concretize promotores para desenvolver totalmente, engloba ainda dois os empreendimentos turísti-campos de golfe, piscinas, seis cos”. O plano em vigor deter-campos de ténis, campo de tiro mina que os equipamentos ao arco, uma área de desportos turísticos deverão ser “edifica-radicais e outra de jogos tradi-ções organizadas de forma con-cionais.centrada/nucleada, respeitan-Mais a norte, no concelho do as características morfoló-de Reguengos de Monsaraz, gicas e paisagísticas da área as aldeias de Campinho e em que se inserem, adaptando S. Marcos do Campo, poderão volumes e cérceas de forma a não criar intrusões na pai-sagem e assegurando a con-formidade formal, funcional e de materiais das característi-cas urbanísticas do Alentejo”. O plano de ordenamento do ter-ritório envolvente da barra-gem de Alqueva foi elaborado por José Sócrates, na altura Ministro do Ambiente do Governo de António Guterres. O agora primeiro-ministro anunciou, em Março, aquando da inauguração da barragem de Pedrógão, a revisão do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão (POAAP)”.

Notícias Alentejo

www.noticias alentejo.ptonline desde 9 de Junho de 2003 ~@

Turismo mergulha em Alqueva

Na capa:

Foto: João Espinho

Vista aérea da bacia de Alqueva

Luís [email protected]

Tema de capa

O maior lago artificial da Europa, aguarda a concretização dos investimentos turísticosFoto: João Espinho

Mapa: INAG

ordenamento em vigor. camas e interdita a constru-O PM admitiu, então, que ção nas ilhas criadas com «os bons projectos seriam o enchimento da albufeira, bem acolhidos». levando muitos autarcas

O POAAP, que vigora desde a considerar o plano de orde-2002, proíbe, na zona de pro- namento como factor de limi-tecção (até 500 metros medi- tação do investimento turísti-

Em Abril de 2005, pouco dos na horizontal a partir do co no concelho.depois de tomar posse como nível pleno de armazenamen- Sócrates, na reunião de Primeiro-Ministro, José Só- to), as actividades industriais Reguengos, recordou que as crates apresentava trabalho, que produzam ou usem pro- regras impostas em em Reguengos de Monsaraz, dutos químicos tóxicos ou 2001/2002 foram proposita-cumprindo a promessa de com elevados teores de fósfo- damente «restritivas» por avançar com a revisão do ro ou azoto, explorações uma questão de segurança e POAAP, tendo em conta a pecuárias e o armazenamento de defesa do potencial natu-necessidade de relançamento ou emprego de pesticidas, ral da região, tendo ficado, de vários projectos turísticos mas é no que se refere a ins- desde logo, prevista uma na zona envolvente da albu- talação de empreendimentos revisão do plano ao fim de feira. Sócrates, recorde- turísticos que as regras de três anos. «Agora podemos -se, satisfez a vontade de ordenamento provocaram avançar com segurança para muitos autarcas da região, polémica. O POAPP, na sua projectos (turísticos) de inte-que consideraram «funda- primeira versão, admite uma resse nacional e regional», mentalistas» as regras de capacidade máxima para 430 disse o primeiro-ministro.

A vontade de Sócrates

ESPANHA

Autarcas convencem o PM

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Impressão: CORAZE, A Folha Fotografia: Susana Rodrigues Luís Carmelo e Rui Namorado Cultural, CRL - Oliveira de Colaboradores: Benjamim Rosa

A edição do "Notícias Alentejo" Azeméis. Formigo, José Frota, Jorge Reis é da responsabilidade da socie- Direcção-Geral: Carlos Trigo (www.lusomotores.com) CONTACTO & PUBLICIDADEdade "Notícias Alentejo ([email protected]) e Rute Marques Telefone/Fax: 266 502 655 Produção de Conteúdos Lda.", Direcção Editorial: Luís Rego Opinião: Afonso de Almeida, Telemóvel: 967 032 441contribuinte 506596816, com ([email protected]) Alberto Magalhães, Antonio Morada: Rua António Janeiro, sede na Rua António Janeiro, 13, Direcção Gráfica: Sáez Delgado, Ferreira Patrício, nº 13 - 7200-337 Reguengos de 7200-337 Reguengos de Mon- David Prazeres João Espinho, Joaquina Monsarazsaraz, capital social de 5000€. ([email protected]) Margalha, José Gabriel Calixto, www.noticiasalentejo.pt

Carlos [email protected]

~destaque

3notícias Maio 2006alentejo~2

Neste espaço, que gida ao Alentejo e que prestigiado www.lusomo- 2+3 de Reguengos de a partir do próximo privilegia as questões de tores.com, e Rute Marques, Monsaraz.número será exclusiva- desenvolvimento regio- jovem jornalista mas já Afonso de Almeida, mente dedicado ao nal e transfronteiriças. com vasta experiência em também professor cate-público, cumpre explicar A actualização da infor- temas culturais. drático da U.E. e mem-as razões desta “aventu- mação considerada rele- Na “Opinião”, o NA bro Instituto Ciências ra” pelo reino das vante para a região vai contar igualmente Agrárias Mediterrânicas, edições impressas. Alentejo é diária em com nomes de referên- edita a página de Ciência Notícias Alentejo www. noticiasalentejo.pt. cia - Manuel Ferreira & Tecnologia, que será (www.noticias alentejo.pt) No arranque desta Patrício, ex-reitor da um dos temas fortes, em está online desde 9 de versão impressa, o NA Universidade de Évora termos de divulgação, Junho de 2003 e, desde tem o prazer de contar e figura conceituada nas deste jornal, e José essa data, tem adiado com colaboradores de letras, na filosofia e na Alberto Ferreira, profes-o formato de papel. referência. Assim e come- pedagogia da educação, sor assistente de Estudos Chegou, porém, o momen- çando pelos jornalistas, Rui Namorado Rosa, Teatrais na U.E., colabo-to de um novo esforço o jornal terá na “primei- professor catedrático de rará na rubrica “Música para completar um pro- ra linha” da informação Física na Universidade e Letras”.jecto, assumindo o com- profissionais como de Évora e no Instituto Por fim, destaque ain-promisso de uma edição o Luís Rego, jornalista Superior Técnico, vice- da para outro professor impressa, no início de da SIC e responsável edi- -presidente do Centro catedrático - Luís cada mês, com uma tira- torial deste jornal, de GeoFísica da Univer- Carmelo (luiscarmelo.-gem igual ou superior a Benjamim Formigo, sidade de Évora e editor blogspot.com), que terá 7500 exemplares. ex-editor do Internacio- da página web “O Olhar uma presença constante

Conforme consta no nal do Expresso, José de um Físico” (www. neste jornal, na versão Estatuto Editorial da edi- Frota, correspondente do janelweb.com/digitais/ online e na versão ção online, trata-se de Expresso para o Alentejo, ruirosa .html), Alberto impressa.uma publicação periódi- Jorge Reis, jornalista espe- Magalhães, psicólogo, E, juntos no mesmo ca de informação geral e cializado em desporto e Joaquina Margalha, barco, tentaremos chegar de âmbito regional, diri- automóvel e director do professora da Escola EB a bom porto.

espaço ~público

NOTA: A partir do próximo número,

este espaço será dedicado a ques-

tões que os leitores (devidamente

identificados perante este jornal,

que respeitará o anonimato quando

solicitado) coloquem. Quer se trate

de uma opinião ou de um protesto.

Textos e imagens devem ser envia-

dos para [email protected]

Uma aventura

Ficha Técnica

Sumário 05.2006

Universidade de Évora marca encontro com autarcas e empresáriospágina 7

O debate sobre a Regionalização em cursopágina 9

Cultura e Espectáculospáginas 10 e 11

Entrevista a Luís Carmelopáginas centrais

Opiniãopáginas 14 e 15

Ciência & Tecnologia, por Afonso de Almeidapágina 16

A Arte de... Luís Ançãúltima página

dp

contar com novos vizinhos. Para as imediações das locali-dades referidas está previsto o “Parque Alqueva”, um comple-xo turístico composto por “três Mais de 18 mil camas, sete espaços independentes”: nove campos de golfe, dezoito alde-aldeamentos, dois hotéis e um amentos, quatro hotéis e 500 espaço para turismo sénior, moradias unifamiliares. Estes num total de cerca de seis mil e são os números de três dos quinhentas camas. Em dois projectos turísticos a construir mil hectares de solo, próximo na região de Alqueva, de acor-do espelho de água, o promotor do com dados e documentos pretende ainda construir qua-aos quais o Notícias Alentejo tro campos de golfe, um centro teve acesso. Os investimentos hípico e uma área de serviços. destes três projectos estão a Uma parte considerável deste ser apreciados pelos técnicos empreendimento dependerá da Comissão de Coordenação e dos resultados da revisão do Desenvolvimento Regional POAAP (ver página 5). Bem (CCDR) do Alentejo. Outros mais modesto é o projecto apre-investidores aguardam apenas sentado para zona “T4”, a conclusão da fase de revisão Herdade do Mercador, no con-do Plano de Ordenamento das celho de Mourão. Três aldea-Albufeiras de Alqueva e mentos turísticos e um hotel. Pedrógão (POAAP) para avan-Mais duas mil e duzentas çar.camas, um campo de golfe, pis-A primeira vaga de projec-cinas, campos de ténis, uma tos turísticos seleccionou área desportiva e uma zona de zonas calmas, relativamente observação da natureza. Dos próximas das margens ou do projectos em apreciação pela paredão do maior lago artifici-CCDR, é aquele que aparenta al da Europa. Um desses casos ter mais cuidado com as regras é o investimento previsto para definidas pelo PROZEA, dado a Herdade da Defesa de S. Brás, que cinquenta por cento da her-concelho de Moura, designada, dade manterá o estatuto rural. no Plano Regional de Ordena-Dos 700 hectares, o promotor mento do Território da Zona destinou para construção 330.Envolvente da Albufeira de

De acordo com o PROZEA, Alqueva (PROZEA), por área foram definidas catorze áreas “T13”. “Numa única proprie-de localização preferencial de dade com mil e cem hectares, equipamentos turísticos “para dos quais 550 por se situarem apoiar os eixos de desenvolvi-na faixa de 500 metros não mento”. Contudo, alertam os serão intervencionados”, o pro-técnicos de ordenamento do motor propõe-se construir território que “não foram deli-“três aldeamentos turísticos, mitadas espacialmente mas um hotel, cerca de 500 moradi-estão descritas com pormenor as unifamiliares, num total de para dar cumprimento às ori-dez mil camas”, lê-se num entações do plano, sem atar documento a que o Notícias esta ou aquela propriedade e Alentejo teve acesso. O mesmo dando oportunidade a vários projecto, caso se concretize promotores para desenvolver totalmente, engloba ainda dois os empreendimentos turísti-campos de golfe, piscinas, seis cos”. O plano em vigor deter-campos de ténis, campo de tiro mina que os equipamentos ao arco, uma área de desportos turísticos deverão ser “edifica-radicais e outra de jogos tradi-ções organizadas de forma con-cionais.centrada/nucleada, respeitan-Mais a norte, no concelho do as características morfoló-de Reguengos de Monsaraz, gicas e paisagísticas da área as aldeias de Campinho e em que se inserem, adaptando S. Marcos do Campo, poderão volumes e cérceas de forma a não criar intrusões na pai-sagem e assegurando a con-formidade formal, funcional e de materiais das característi-cas urbanísticas do Alentejo”. O plano de ordenamento do ter-ritório envolvente da barra-gem de Alqueva foi elaborado por José Sócrates, na altura Ministro do Ambiente do Governo de António Guterres. O agora primeiro-ministro anunciou, em Março, aquando da inauguração da barragem de Pedrógão, a revisão do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão (POAAP)”.

Notícias Alentejo

www.noticias alentejo.ptonline desde 9 de Junho de 2003 ~@

Turismo mergulha em Alqueva

Na capa:

Foto: João Espinho

Vista aérea da bacia de Alqueva

Luís [email protected]

Tema de capa

O maior lago artificial da Europa, aguarda a concretização dos investimentos turísticosFoto: João Espinho

Mapa: INAG

ordenamento em vigor. camas e interdita a constru-O PM admitiu, então, que ção nas ilhas criadas com «os bons projectos seriam o enchimento da albufeira, bem acolhidos». levando muitos autarcas

O POAAP, que vigora desde a considerar o plano de orde-2002, proíbe, na zona de pro- namento como factor de limi-tecção (até 500 metros medi- tação do investimento turísti-

Em Abril de 2005, pouco dos na horizontal a partir do co no concelho.depois de tomar posse como nível pleno de armazenamen- Sócrates, na reunião de Primeiro-Ministro, José Só- to), as actividades industriais Reguengos, recordou que as crates apresentava trabalho, que produzam ou usem pro- regras impostas em em Reguengos de Monsaraz, dutos químicos tóxicos ou 2001/2002 foram proposita-cumprindo a promessa de com elevados teores de fósfo- damente «restritivas» por avançar com a revisão do ro ou azoto, explorações uma questão de segurança e POAAP, tendo em conta a pecuárias e o armazenamento de defesa do potencial natu-necessidade de relançamento ou emprego de pesticidas, ral da região, tendo ficado, de vários projectos turísticos mas é no que se refere a ins- desde logo, prevista uma na zona envolvente da albu- talação de empreendimentos revisão do plano ao fim de feira. Sócrates, recorde- turísticos que as regras de três anos. «Agora podemos -se, satisfez a vontade de ordenamento provocaram avançar com segurança para muitos autarcas da região, polémica. O POAPP, na sua projectos (turísticos) de inte-que consideraram «funda- primeira versão, admite uma resse nacional e regional», mentalistas» as regras de capacidade máxima para 430 disse o primeiro-ministro.

A vontade de Sócrates

ESPANHA

Autarcas convencem o PM

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avançar com projectos, que se encontram em análise na Câmara Municipal e na Comissão de Co-ordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, tendo em vista a sua integração no POAAP e no PROZEA, e para os quais a autarquia terá de produzir pla-nos de pormenor».

O investimento anunciado para «O concelho», explica o au-Reguengos de Monsaraz, parti- tarca, «encontra-se localizado cularmente o que se refere numa das mais bonitas e privi-ao empreendimento, Parque legiadas zonas da albufeira de Alqueva, promovido pela SAIP Alqueva, estando a autarquia – Sociedade Alentejana de a desenvolver esforços para Investimento e Participações, obter vantagens aos mais va-terá grande impacto, a médio riados níveis para Reguengos prazo, ao nível turístico e eco- de Monsaraz, já considerado nómico, no concelho e na o mais importante pólo de região. De acordo com Vítor desenvolvimento dos municí-Martelo, presidente da Câmara pios abrangidos pelo espelho de de Reguengos de Monsaraz, água.este investimento de mil No que se refere ao projecto milhões de euros, a desenvol- Parque Alqueva, a que está liga-ver, ao longo de cerca de seis do o empresário José Roquette, anos, «vai impulsionar a econo- os documentos públicos relati-mia local e criará 1200 postos vos à revisão do POAAP fazem de trabalho, imprescindíveis referência aos investimentos pre-para o desenvolvimento inte- vistos nas herdades Roncão del grado do concelho». Rei e Postouro (cerca de 1200 ha)

Em declarações ao Notícias para unidades hoteleiras, uni-Alentejo, o autarca de Reguengos dades de alojamento, campos refere ainda que «outros peque- de golfe, comércio e serviços, nos e médios investidores vão heliportos e praias fluviais.

~alqueva&turismo

5notícias Maio 2006alentejo~4 notícias Maio 2006alentejo~

Reguengos de Monsaraz aguarda investimentos

A entrada na fase de discussão pública Coordenação e Desenvolvimento da revisão do POAAP foi decidida pela Regional – Alentejo, Direcção Regional Comissão Mista de Coordenação, após de Agricultura do Alentejo, Instituto quatro reuniões em que participaram da Conservação da Natureza, Instituto representantes das câmaras municipa- de Desenvolvimento Rural e Hidráuli-is de Reguengos de Monsaraz, Portel, ca, Instituto Português do Património Moura, Serpa, Alandroal, Évora, Mou- Arquitectónico, Direcção Geral do Tu-rão, Elvas, Vila Viçosa e Vidigueira, rismo e Direcção-Geral dos Recursos assim como do Instituto da Água, Florestais. A fase de discussão pública Empresa de Desenvolvimento e Infra- começou no dia 12 de Abril e vai pro-estruturas de Alqueva, Comissão de longar-se por um período de 45 dias.

Tema de capa

POAAP e o processo de revisão

EDIA, SA OBJECTO SOCIAL: contribuir para Empresa de Desenvolvimento o desenvolvimento sustentável das e Infraestruturas de Alqueva áreas de influência das albufeiras de Presidente - Henrique Troncho Alqueva e de Pedrógão.

GestAlqueva, SA Associação Transfronteiriça das (EDIA, CM Alandroal, Terras do Grande Lago CM Moura, CM Mourão, CM Portel, Alandroal, Reguengos de Monsaraz, CM Reguengos de Monsaraz, Moura, Mourão, Portel, Serpa, CM Serpa, CM Vidigueira). Vidigueira, Alconchel, Cheles, Olivença

e Villanueva del Fresno.

Os «donos» de Alqueva

A propósito das comemo-rações do Dia da Terra (22 de Abril) a Quercus alertou para os cinco «pecados ambientais» de Portugal. Nesta lista está incluído um capítulo para a «perda de biodiversida-de»: «Entre 1985 e 2000 a vegetação natural em Portugal reduziu-se em 101 mil hectares (uma diminuição de cerca de 9% em relação a 1985). Sendo esta uma enorme mais valia de Portugal em termos de conserva-ção da natureza e de pai-sagem no contexto euro-peu, este indicador revela uma ameaça que tem sido consumada ou está pre-vista com a construção de grandes albufeiras como o caso de Alqueva ou de empreendimentos turísticos em zonas muito sensíveis».

EDIA

Mil milhões de Eurose 1200 empregos

1200 hectares na área do POAAP

As freguesias rurais de Reguengos poderão ainda receber investimentos de outros grupos económicos interessados em apostar no turismo em Alqueva Foto: João Espinho

«Pecados ambientais», diz a Quercus

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Page 5: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

avançar com projectos, que se encontram em análise na Câmara Municipal e na Comissão de Co-ordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, tendo em vista a sua integração no POAAP e no PROZEA, e para os quais a autarquia terá de produzir pla-nos de pormenor».

O investimento anunciado para «O concelho», explica o au-Reguengos de Monsaraz, parti- tarca, «encontra-se localizado cularmente o que se refere numa das mais bonitas e privi-ao empreendimento, Parque legiadas zonas da albufeira de Alqueva, promovido pela SAIP Alqueva, estando a autarquia – Sociedade Alentejana de a desenvolver esforços para Investimento e Participações, obter vantagens aos mais va-terá grande impacto, a médio riados níveis para Reguengos prazo, ao nível turístico e eco- de Monsaraz, já considerado nómico, no concelho e na o mais importante pólo de região. De acordo com Vítor desenvolvimento dos municí-Martelo, presidente da Câmara pios abrangidos pelo espelho de de Reguengos de Monsaraz, água.este investimento de mil No que se refere ao projecto milhões de euros, a desenvol- Parque Alqueva, a que está liga-ver, ao longo de cerca de seis do o empresário José Roquette, anos, «vai impulsionar a econo- os documentos públicos relati-mia local e criará 1200 postos vos à revisão do POAAP fazem de trabalho, imprescindíveis referência aos investimentos pre-para o desenvolvimento inte- vistos nas herdades Roncão del grado do concelho». Rei e Postouro (cerca de 1200 ha)

Em declarações ao Notícias para unidades hoteleiras, uni-Alentejo, o autarca de Reguengos dades de alojamento, campos refere ainda que «outros peque- de golfe, comércio e serviços, nos e médios investidores vão heliportos e praias fluviais.

~alqueva&turismo

5notícias Maio 2006alentejo~4 notícias Maio 2006alentejo~

Reguengos de Monsaraz aguarda investimentos

A entrada na fase de discussão pública Coordenação e Desenvolvimento da revisão do POAAP foi decidida pela Regional – Alentejo, Direcção Regional Comissão Mista de Coordenação, após de Agricultura do Alentejo, Instituto quatro reuniões em que participaram da Conservação da Natureza, Instituto representantes das câmaras municipa- de Desenvolvimento Rural e Hidráuli-is de Reguengos de Monsaraz, Portel, ca, Instituto Português do Património Moura, Serpa, Alandroal, Évora, Mou- Arquitectónico, Direcção Geral do Tu-rão, Elvas, Vila Viçosa e Vidigueira, rismo e Direcção-Geral dos Recursos assim como do Instituto da Água, Florestais. A fase de discussão pública Empresa de Desenvolvimento e Infra- começou no dia 12 de Abril e vai pro-estruturas de Alqueva, Comissão de longar-se por um período de 45 dias.

Tema de capa

POAAP e o processo de revisão

EDIA, SA OBJECTO SOCIAL: contribuir para Empresa de Desenvolvimento o desenvolvimento sustentável das e Infraestruturas de Alqueva áreas de influência das albufeiras de Presidente - Henrique Troncho Alqueva e de Pedrógão.

GestAlqueva, SA Associação Transfronteiriça das (EDIA, CM Alandroal, Terras do Grande Lago CM Moura, CM Mourão, CM Portel, Alandroal, Reguengos de Monsaraz, CM Reguengos de Monsaraz, Moura, Mourão, Portel, Serpa, CM Serpa, CM Vidigueira). Vidigueira, Alconchel, Cheles, Olivença

e Villanueva del Fresno.

Os «donos» de Alqueva

A propósito das comemo-rações do Dia da Terra (22 de Abril) a Quercus alertou para os cinco «pecados ambientais» de Portugal. Nesta lista está incluído um capítulo para a «perda de biodiversida-de»: «Entre 1985 e 2000 a vegetação natural em Portugal reduziu-se em 101 mil hectares (uma diminuição de cerca de 9% em relação a 1985). Sendo esta uma enorme mais valia de Portugal em termos de conserva-ção da natureza e de pai-sagem no contexto euro-peu, este indicador revela uma ameaça que tem sido consumada ou está pre-vista com a construção de grandes albufeiras como o caso de Alqueva ou de empreendimentos turísticos em zonas muito sensíveis».

EDIA

Mil milhões de Eurose 1200 empregos

1200 hectares na área do POAAP

As freguesias rurais de Reguengos poderão ainda receber investimentos de outros grupos económicos interessados em apostar no turismo em Alqueva Foto: João Espinho

«Pecados ambientais», diz a Quercus

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BadajozDocumentário sobre Delgado em festival ibérico

Três filmes e um documentá-rio (“Meu pai, Humberto Delgado”, de Francisco Manso) representam Portugal na 12ª edição do Festival Ibérico de Cinema de Badajoz (FICB), o único evento trans-fronteiriço para curtas-metragens da Península Ibérica, que decorrerá de ama-nhã a domingo em Badajoz. Na cerimónia de abertura estarão presentes Ignacio Sánchez Amor, vice-presiden-te da Junta da Extremadura, e Iva Delgado, filha do Gene-ral Humberto Delgado.

Além do documentário “Meu pai, Humberto Delgado”, de Francisco Manso, que fará estreia abso-luta em Espanha, Portugal participará com os filmes ”História trágica com final feliz”, de Regina Pessoa, “O almoço”, de Gideon Nel, e “Tia linnea e o mundo”, de Solveig Nordlund.

Promovido pela Tragaluz Ingeneria Cultural, o FICB conta com o patrocínio da Consejería de Cultura e do Gabinete de Iniciativas Transfronteiriças (GIT) da Junta da Extremadura, Diputación de Badajoz, AISGE, Delta Cafés e Consórcio Teatro López de Ayala.

Das 150 películas portu-guesas e espanholas inicial-mente sujeitas a concurso, foram seleccionadas 25, que concorrem na Secção Oficial. O primeiro e o segundo classi-ficados serão contemplados com um prémio monetário no valor de seis mil Euros e 2400 Euros, respectivamente. O melhor filme escolhido pelo público terá direito a pelícu-las Kodak no valor de 2400 Euros, e o melhor argumento será distinguido com o pré-mio Reyes Abades, no valor de 601 Euros.

6 notícias Maio 2006alentejo~

por parte dos estabelecimen- no Conselho Consultivo tos de ensino, das directivas de empresas, escolas de toda a Bolonha e por um ensino vira- região, associações de pais e do para a empregabilidade. autarquias, recordando que,

Jorge Araújo, reitor da Uni- deste modo, as referidas insti-versidade de Évora, tem refe- tuições poderão influenciar a

A Universidade de Évora inici- rido nas reuniões com autar- estratégia e o investimento da ou, em Abril, uma ronda de con- cas e empresários que a Região Universidade.tactos com autarcas e empre- deve «apropriar-se da Univer- A aposta da U.E. nos próxi-sários do Alentejo, tendo reali- sidade» e ver nela um «instru- mos meses passa por apresen-zado já encontros em Ponte de mento de desenvolvimento e tar em toda a região as mudan-Sôr (21 de Abril) e Sines. Segue- um veículo de redistribuição ças relacionadas com a refor--se na agenda da equipa diri- do conhecimento» - «O nosso ma de Bolonha, com destaque gente da U.E. o concelho de lema é 'Honesto Estudo com para a reestruturação da ofer-Vendas Novas (4 de Maio). Longa Experiência Mistu- ta de licenciaturas, tendo em

A iniciativa denominada rado'. Pretendemos, por tanto, conta factores como a empre-«Reitoria Aberta» tem por ob- incorporar no estudo universi- gabilidade, internacionaliza-jectivo estabelecer «parcerias tário o conhecimento produzi- ção e pós-graduação, e capta-activas» entre a região e a Uni- do na região», explicou. ção de novos públicos, em par-versidade, num período que, Ne st e co nt ex to , Jo rg e ticular da população escolar em termos de ensino superior, Araújo tem admitido que a que não teve acesso ao ensino será marcado pela adopção, U.E. se prepara para integrar superior.

Universidade de Évora ao encontro de autarcas e empresários

7notícias Maio 2006alentejo~

No futuro, a cidade modelo como será? Este foi o desa-fio lançado pela Bayer Portugal a todas as escolas portuguesas. O projecto «Ideias que Mudam o Mundo» teve um investi-mento de cerca de 100 mil euros e já conta com 38 mil alunos de 230 escolas ins-critos a nível nacional.

Em Évora, quatro esco-las aderiram ao projecto envolvendo 1055 alunos do distrito. A iniciativa pro-move a Ciência e a Tecno-logia através do estudo e desenvolvimento de um tra-balho que mostre como vai ser, no futuro, a vida de todos.

O prémio nacional é uma viagem aos laboratórios da Bayer, na Alemanha, onde a equipa vencedora tem a oportunidade de estar em contacto directo com os investigadores. As casas, transportes, alimentação, abastecimento de energia, de água, tratamento de resí-duos, são alguns dos ele-mentos a ter em conta pelo alunos do 2º e 3º ciclos quando estiverem a criar a cidade do futuro.

“Os objectivos da Bayer ao desenvolver esta acção são apelar à imaginação e espírito inventivo e à refle-xão sobre atitudes urgen-tes, e simultaneamente con-tribuir para o aprofunda-mento dos conhecimentos sobre ciência e tecnologia,” afirma João Barroca, Administrador Geral da Bayer Portugal. As escolas do distrito de Évora com mais adesões são o Colégio Laura Vicuña, Esc. Básica de 2º ciclo de D. joão IV- Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa, Esc. EB 2/3 D. Joao de Portel e Esc. Básica com 2º e 3º Ciclo, Conde de Vilalva, juntando 1055 alunos.

O presidente da Microsoft EMEA (Europa, Médio Oriente e África), Neil Holloway, anunciou a aber-tura de um «Centro de Excelência.Net» na Uni-versidade de Évora.

O referido centro funci-onará como laboratório .NET para investigação e desenvolvimento profis-sional de software e será gerido e organizado pela ViaTecla. O projecto surge no âmbito de um conjunto de iniciativas que preten-dem dinamizar a coopera-ção Universidade - Meio Empresarial, por parte da Microsoft, e num momen-to em que a U.E., acompa-nhando as directivas de Bolonha, adopta soluções para relacionar o ensino superior com a empregabi-lidade. Neste projecto, a U.E. apoia a constituição e operação do Laboratório .Net, disponibilizando espaço nas suas instala-ções e assegurando a pro-moção das actividades, projectos e produtos cria-dos no Centro de Excelên-cia. Fica também assegu-rada a participação de alu-nos, como preparação para a sua inserção no mercado de trabalho.

A contribuição da Microsoft passa por dispo-nibilizar à U.E., ao abrigo do programa "MSDN Aca-demic Alliance", as últi-mas versões disponíveis do sistema operativo Windows, do sistema de gestão de bases de dados SQL Server e das ferra-mentas de desenvolvimen-to Visual Studio.NET para fins de ensino e investiga-ção. Irá ainda manter a Universidade e a Via Tecla actualizadas sobre as tecnologias e produtos que vier a desenvolver na área da plataforma.NET e facilitará a realização de contactos científicos entre Investigadores da Univer-sidade e Técnicos de refe-rência e Investigadores da Microsoft. Adicionalmen-te, a Microsoft irá formar um conjunto de docentes da Universidade de Évora, por forma a que possam apoiar o desenvolvimento de trabalhos em tecnologia .NET.

Microsoft com Centro de Excelência na U. E.

Bayer lançou projecto educativo

~notícias

FALÊNCIA DE “CORVALTUR IMOBILIÁRIA E TURISMO, LDA”

pondente ao primeiro andar direito do 1407, concelho de Reguengos de VERBA N.º 34 3ª. - As propostas em carta fechada prédio urbano, sito no Bacelinho, Lote 3, Monsaraz, descrito na CRPRM sob devem ser endereçadas até ao dia 25-na freguesia do Corval, com a S.C. de o Nº. 00744/210493-D, cujo valor base Prédio URBANO sito ao Bacelinho, 05-2006, considerando-se validas as

2VENDA DE IMÓVEIS 17,10 m , inscrito sob o artigo 1407, con- de licitação é de Euro 8.200,00; designado por Lote Nº. 2, composto por que tenham sido expedidas até esse dia, celho de Reguengos de Monsaraz, des- terreno para construção urbana, com a excluindo-se as propostas que não con-

2ALFENIM DA COSTA, Liquidatário crito na CRPRM sob o Nº. 00744/ VERBA N.º 32 área de 193 m , inscrito na respectiva tenham todos os elementos solicitados;Judicial, com escritório na Tapada da 210493-B, cujo valor base de licitação matriz sob o artigo 1237, da freguesia do Alfarrobeira, Lote 2, Ap. 37, 7 250-101 é de Euro 7.000,00; FRACÇÃO autónoma designada pela Corval, concelho de Reguengos de 4ª. - As propostas recebidas pelo Alandroal, nomeado nos autos de letra “E”, destinado a escritório, corres- Monsaraz, descrito na CRPRM sob o Nº. Senhor Liquidatário serão abertas na pre-Falência Nº. 402/03.OTBRMZ, a correr VERBA N.º 30 pondente ao primeiro andar frente 00743/210493, cujo valor base de licita- sença da Comissão de Credores, que termos no Tribunal Judicial da esquerdo do prédio urbano, sito ao ção é de Euro 26.000,00; reunirá para o efeito, no dia 31-05-2006, Comarca de Reguengos de Monsaraz, FRACÇÃO autónoma designada pela Bacelinho, Lote 3, na freguesia do pelas 11 horas, nas instalações do

2em que fo i declarada fa l ida letra “C”, destinado a escritório, corres- Corval, com a S.C. de 23,50 m , inscrito CONDIÇÕES: Tribun al Judi cial da Coma rca de “CORVALTUR - Imobiliária e Turismo, pondente ao primeiro andar esquerdo sob o arti go 14 07, c once lho d e Reguengos de Monsaraz;Lda. “, que teve a sua sede em São do prédio urbano, sito ao Bacelinho, Reguengos de Monsaraz, descrito na 1ª. - As propostas, em envelope fechado Pedro do Corval, concelho de Lote 3, na freguesia do Corval, com a CRPRM sob o Nº. 00744/210493-E, cujo e lacrado, por sua vez introduzido em 5ª. - Todos os proponentes interessados

2Reguengos de Monsaraz, por deter- S.C. de 17,10 m , inscrito sob o artigo valor base de licitação é de Euro carta registada, deverão ser dirigidas ao em estar presentes á abertura das pro-minação do Mº. Juiz de Direito e com o 1407, concelho de Reguengos de 8.800,00; Liquidatário da Falência - Sr. Manuel postas deverão manifestar o seu interes-acordo da Comissão de Credores, foi Monsaraz, descrito na CRPRM sob o Nº. Domingos Alfenim da Costa, com escri- se ao Senhor Liquidatário pelas vias nor-ordenada a venda, por negociação 00744/210493-C, cujo valor base de lici- VERBA N.º 33 tório na Tapada da Alfarrobeira, Lote 2, mais ( Telef., Fax, etc. );particular, dos seguintes bens apre- tação é de Euro 7.000,00; Ap. 37, 7250-101 Alandroal;endidos e identificados no processo Prédio URBANO sito ao Bacelinho, OUTRAS - Para quaisquer esclarecimen-de Falência: VERBA N.º 31 designado por Lote Nº. 1, composto por 2ª. - As propostas deverão conter os ele- to e possível visitas aos imóveis, deverão

terreno para construção urbana, com a mentos de identificação do proponente contactar o Senhor Liquidatário para o 2BENS IMÓVEIS FRACÇÃO autónoma designada pela área de 193 m , inscrito na respectiva (nome, morada, numero de telefone e Telemóvel. 963028616.

letra “D”, destinado a escritório, corres- matriz sob o artigo 1236, da freguesia do /ou telemóvel e numero fiscal de contri-VERBA N.º 29 pondente ao primeiro andar frente direi- Corval, concelho de Reguengos de buinte) e indicar o valor por extenso e o Alandroal, 02 de Maio de 2006

to do prédio urbano, sito ao Bacelinho, Monsaraz, descrito na CRPRM sob o Nº. número da verba a que se propõe, iden-FRACÇÃO autónoma designada pela Lote 3, na freguesia do Corval, com a 00742/210493, cujo valor base de licita- tificando-a claramente; O LIQUIDATÁRIO JUDICIAL

2letra “B”, destinado a escritório, corres- ção é de Euro 26.000,00; ( Alfenim da Costa )S.C. de 22,00 m , inscrito sob o artigo

EDITAL

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE TOPONÍMIA E NUMERAÇÃO DE POLÍCIA DO CONCELHO DE REGUENGOS DE MONSARAZ

Victor Manuel Barão Martelo, Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, faz público, pelo presente, que, nos termos e para os efeitos das disposições conjugadas do artigo 91.º da Lei n.º 169/99 de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de Janeiro, arti-gos 117.º e 118.º do Código de Procedimento Administrativo e na sequência da deliberação da Câmara Municipal de 12 de Abril de 2006, se encontra em fase de apreciação pública, pelo prazo de 30 dias úteis a contar da afixação do presente Edital, o Projecto de Regulamento Municipal de Toponímia e Numeração de Polícia do Concelho de Reguengos de Monsaraz, que constitui anexo ao presente Edital, podendo qual-quer interessado consultar aquele documento na Secção de Expediente Urbanístico, durante o horário nor-mal de expediente.

Qualquer interessado poderá apresentar sobre o mesmo as suas observações ou sugestões que devem ser formuladas por escrito e dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, dentro do período acima estabelecido.

Para se constar se lavrou o presente Edital que vai ser afixado nos locais de Estilo.

Paços do Município de Reguengos de Monsaraz, 13 de Abril de 2006

Afixe-se!Publique-se!

O Presidente da Câmara Municipal,

Victor Manuel Barão Martelo

MUNICÍPIO DE REGUENGOS DE MONSARAZ

CÂMARA MUNICIPAL

Jorge Araújo quer “parcerias activas”

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BadajozDocumentário sobre Delgado em festival ibérico

Três filmes e um documentá-rio (“Meu pai, Humberto Delgado”, de Francisco Manso) representam Portugal na 12ª edição do Festival Ibérico de Cinema de Badajoz (FICB), o único evento trans-fronteiriço para curtas-metragens da Península Ibérica, que decorrerá de ama-nhã a domingo em Badajoz. Na cerimónia de abertura estarão presentes Ignacio Sánchez Amor, vice-presiden-te da Junta da Extremadura, e Iva Delgado, filha do Gene-ral Humberto Delgado.

Além do documentário “Meu pai, Humberto Delgado”, de Francisco Manso, que fará estreia abso-luta em Espanha, Portugal participará com os filmes ”História trágica com final feliz”, de Regina Pessoa, “O almoço”, de Gideon Nel, e “Tia linnea e o mundo”, de Solveig Nordlund.

Promovido pela Tragaluz Ingeneria Cultural, o FICB conta com o patrocínio da Consejería de Cultura e do Gabinete de Iniciativas Transfronteiriças (GIT) da Junta da Extremadura, Diputación de Badajoz, AISGE, Delta Cafés e Consórcio Teatro López de Ayala.

Das 150 películas portu-guesas e espanholas inicial-mente sujeitas a concurso, foram seleccionadas 25, que concorrem na Secção Oficial. O primeiro e o segundo classi-ficados serão contemplados com um prémio monetário no valor de seis mil Euros e 2400 Euros, respectivamente. O melhor filme escolhido pelo público terá direito a pelícu-las Kodak no valor de 2400 Euros, e o melhor argumento será distinguido com o pré-mio Reyes Abades, no valor de 601 Euros.

6 notícias Maio 2006alentejo~

por parte dos estabelecimen- no Conselho Consultivo tos de ensino, das directivas de empresas, escolas de toda a Bolonha e por um ensino vira- região, associações de pais e do para a empregabilidade. autarquias, recordando que,

Jorge Araújo, reitor da Uni- deste modo, as referidas insti-versidade de Évora, tem refe- tuições poderão influenciar a

A Universidade de Évora inici- rido nas reuniões com autar- estratégia e o investimento da ou, em Abril, uma ronda de con- cas e empresários que a Região Universidade.tactos com autarcas e empre- deve «apropriar-se da Univer- A aposta da U.E. nos próxi-sários do Alentejo, tendo reali- sidade» e ver nela um «instru- mos meses passa por apresen-zado já encontros em Ponte de mento de desenvolvimento e tar em toda a região as mudan-Sôr (21 de Abril) e Sines. Segue- um veículo de redistribuição ças relacionadas com a refor--se na agenda da equipa diri- do conhecimento» - «O nosso ma de Bolonha, com destaque gente da U.E. o concelho de lema é 'Honesto Estudo com para a reestruturação da ofer-Vendas Novas (4 de Maio). Longa Experiência Mistu- ta de licenciaturas, tendo em

A iniciativa denominada rado'. Pretendemos, por tanto, conta factores como a empre-«Reitoria Aberta» tem por ob- incorporar no estudo universi- gabilidade, internacionaliza-jectivo estabelecer «parcerias tário o conhecimento produzi- ção e pós-graduação, e capta-activas» entre a região e a Uni- do na região», explicou. ção de novos públicos, em par-versidade, num período que, Ne st e co nt ex to , Jo rg e ticular da população escolar em termos de ensino superior, Araújo tem admitido que a que não teve acesso ao ensino será marcado pela adopção, U.E. se prepara para integrar superior.

Universidade de Évora ao encontro de autarcas e empresários

7notícias Maio 2006alentejo~

No futuro, a cidade modelo como será? Este foi o desa-fio lançado pela Bayer Portugal a todas as escolas portuguesas. O projecto «Ideias que Mudam o Mundo» teve um investi-mento de cerca de 100 mil euros e já conta com 38 mil alunos de 230 escolas ins-critos a nível nacional.

Em Évora, quatro esco-las aderiram ao projecto envolvendo 1055 alunos do distrito. A iniciativa pro-move a Ciência e a Tecno-logia através do estudo e desenvolvimento de um tra-balho que mostre como vai ser, no futuro, a vida de todos.

O prémio nacional é uma viagem aos laboratórios da Bayer, na Alemanha, onde a equipa vencedora tem a oportunidade de estar em contacto directo com os investigadores. As casas, transportes, alimentação, abastecimento de energia, de água, tratamento de resí-duos, são alguns dos ele-mentos a ter em conta pelo alunos do 2º e 3º ciclos quando estiverem a criar a cidade do futuro.

“Os objectivos da Bayer ao desenvolver esta acção são apelar à imaginação e espírito inventivo e à refle-xão sobre atitudes urgen-tes, e simultaneamente con-tribuir para o aprofunda-mento dos conhecimentos sobre ciência e tecnologia,” afirma João Barroca, Administrador Geral da Bayer Portugal. As escolas do distrito de Évora com mais adesões são o Colégio Laura Vicuña, Esc. Básica de 2º ciclo de D. joão IV- Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa, Esc. EB 2/3 D. Joao de Portel e Esc. Básica com 2º e 3º Ciclo, Conde de Vilalva, juntando 1055 alunos.

O presidente da Microsoft EMEA (Europa, Médio Oriente e África), Neil Holloway, anunciou a aber-tura de um «Centro de Excelência.Net» na Uni-versidade de Évora.

O referido centro funci-onará como laboratório .NET para investigação e desenvolvimento profis-sional de software e será gerido e organizado pela ViaTecla. O projecto surge no âmbito de um conjunto de iniciativas que preten-dem dinamizar a coopera-ção Universidade - Meio Empresarial, por parte da Microsoft, e num momen-to em que a U.E., acompa-nhando as directivas de Bolonha, adopta soluções para relacionar o ensino superior com a empregabi-lidade. Neste projecto, a U.E. apoia a constituição e operação do Laboratório .Net, disponibilizando espaço nas suas instala-ções e assegurando a pro-moção das actividades, projectos e produtos cria-dos no Centro de Excelên-cia. Fica também assegu-rada a participação de alu-nos, como preparação para a sua inserção no mercado de trabalho.

A contribuição da Microsoft passa por dispo-nibilizar à U.E., ao abrigo do programa "MSDN Aca-demic Alliance", as últi-mas versões disponíveis do sistema operativo Windows, do sistema de gestão de bases de dados SQL Server e das ferra-mentas de desenvolvimen-to Visual Studio.NET para fins de ensino e investiga-ção. Irá ainda manter a Universidade e a Via Tecla actualizadas sobre as tecnologias e produtos que vier a desenvolver na área da plataforma.NET e facilitará a realização de contactos científicos entre Investigadores da Univer-sidade e Técnicos de refe-rência e Investigadores da Microsoft. Adicionalmen-te, a Microsoft irá formar um conjunto de docentes da Universidade de Évora, por forma a que possam apoiar o desenvolvimento de trabalhos em tecnologia .NET.

Microsoft com Centro de Excelência na U. E.

Bayer lançou projecto educativo

~notícias

FALÊNCIA DE “CORVALTUR IMOBILIÁRIA E TURISMO, LDA”

pondente ao primeiro andar direito do 1407, concelho de Reguengos de VERBA N.º 34 3ª. - As propostas em carta fechada prédio urbano, sito no Bacelinho, Lote 3, Monsaraz, descrito na CRPRM sob devem ser endereçadas até ao dia 25-na freguesia do Corval, com a S.C. de o Nº. 00744/210493-D, cujo valor base Prédio URBANO sito ao Bacelinho, 05-2006, considerando-se validas as

2VENDA DE IMÓVEIS 17,10 m , inscrito sob o artigo 1407, con- de licitação é de Euro 8.200,00; designado por Lote Nº. 2, composto por que tenham sido expedidas até esse dia, celho de Reguengos de Monsaraz, des- terreno para construção urbana, com a excluindo-se as propostas que não con-

2ALFENIM DA COSTA, Liquidatário crito na CRPRM sob o Nº. 00744/ VERBA N.º 32 área de 193 m , inscrito na respectiva tenham todos os elementos solicitados;Judicial, com escritório na Tapada da 210493-B, cujo valor base de licitação matriz sob o artigo 1237, da freguesia do Alfarrobeira, Lote 2, Ap. 37, 7 250-101 é de Euro 7.000,00; FRACÇÃO autónoma designada pela Corval, concelho de Reguengos de 4ª. - As propostas recebidas pelo Alandroal, nomeado nos autos de letra “E”, destinado a escritório, corres- Monsaraz, descrito na CRPRM sob o Nº. Senhor Liquidatário serão abertas na pre-Falência Nº. 402/03.OTBRMZ, a correr VERBA N.º 30 pondente ao primeiro andar frente 00743/210493, cujo valor base de licita- sença da Comissão de Credores, que termos no Tribunal Judicial da esquerdo do prédio urbano, sito ao ção é de Euro 26.000,00; reunirá para o efeito, no dia 31-05-2006, Comarca de Reguengos de Monsaraz, FRACÇÃO autónoma designada pela Bacelinho, Lote 3, na freguesia do pelas 11 horas, nas instalações do

2em que fo i declarada fa l ida letra “C”, destinado a escritório, corres- Corval, com a S.C. de 23,50 m , inscrito CONDIÇÕES: Tribun al Judi cial da Coma rca de “CORVALTUR - Imobiliária e Turismo, pondente ao primeiro andar esquerdo sob o arti go 14 07, c once lho d e Reguengos de Monsaraz;Lda. “, que teve a sua sede em São do prédio urbano, sito ao Bacelinho, Reguengos de Monsaraz, descrito na 1ª. - As propostas, em envelope fechado Pedro do Corval, concelho de Lote 3, na freguesia do Corval, com a CRPRM sob o Nº. 00744/210493-E, cujo e lacrado, por sua vez introduzido em 5ª. - Todos os proponentes interessados

2Reguengos de Monsaraz, por deter- S.C. de 17,10 m , inscrito sob o artigo valor base de licitação é de Euro carta registada, deverão ser dirigidas ao em estar presentes á abertura das pro-minação do Mº. Juiz de Direito e com o 1407, concelho de Reguengos de 8.800,00; Liquidatário da Falência - Sr. Manuel postas deverão manifestar o seu interes-acordo da Comissão de Credores, foi Monsaraz, descrito na CRPRM sob o Nº. Domingos Alfenim da Costa, com escri- se ao Senhor Liquidatário pelas vias nor-ordenada a venda, por negociação 00744/210493-C, cujo valor base de lici- VERBA N.º 33 tório na Tapada da Alfarrobeira, Lote 2, mais ( Telef., Fax, etc. );particular, dos seguintes bens apre- tação é de Euro 7.000,00; Ap. 37, 7250-101 Alandroal;endidos e identificados no processo Prédio URBANO sito ao Bacelinho, OUTRAS - Para quaisquer esclarecimen-de Falência: VERBA N.º 31 designado por Lote Nº. 1, composto por 2ª. - As propostas deverão conter os ele- to e possível visitas aos imóveis, deverão

terreno para construção urbana, com a mentos de identificação do proponente contactar o Senhor Liquidatário para o 2BENS IMÓVEIS FRACÇÃO autónoma designada pela área de 193 m , inscrito na respectiva (nome, morada, numero de telefone e Telemóvel. 963028616.

letra “D”, destinado a escritório, corres- matriz sob o artigo 1236, da freguesia do /ou telemóvel e numero fiscal de contri-VERBA N.º 29 pondente ao primeiro andar frente direi- Corval, concelho de Reguengos de buinte) e indicar o valor por extenso e o Alandroal, 02 de Maio de 2006

to do prédio urbano, sito ao Bacelinho, Monsaraz, descrito na CRPRM sob o Nº. número da verba a que se propõe, iden-FRACÇÃO autónoma designada pela Lote 3, na freguesia do Corval, com a 00742/210493, cujo valor base de licita- tificando-a claramente; O LIQUIDATÁRIO JUDICIAL

2letra “B”, destinado a escritório, corres- ção é de Euro 26.000,00; ( Alfenim da Costa )S.C. de 22,00 m , inscrito sob o artigo

EDITAL

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE TOPONÍMIA E NUMERAÇÃO DE POLÍCIA DO CONCELHO DE REGUENGOS DE MONSARAZ

Victor Manuel Barão Martelo, Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, faz público, pelo presente, que, nos termos e para os efeitos das disposições conjugadas do artigo 91.º da Lei n.º 169/99 de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de Janeiro, arti-gos 117.º e 118.º do Código de Procedimento Administrativo e na sequência da deliberação da Câmara Municipal de 12 de Abril de 2006, se encontra em fase de apreciação pública, pelo prazo de 30 dias úteis a contar da afixação do presente Edital, o Projecto de Regulamento Municipal de Toponímia e Numeração de Polícia do Concelho de Reguengos de Monsaraz, que constitui anexo ao presente Edital, podendo qual-quer interessado consultar aquele documento na Secção de Expediente Urbanístico, durante o horário nor-mal de expediente.

Qualquer interessado poderá apresentar sobre o mesmo as suas observações ou sugestões que devem ser formuladas por escrito e dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, dentro do período acima estabelecido.

Para se constar se lavrou o presente Edital que vai ser afixado nos locais de Estilo.

Paços do Município de Reguengos de Monsaraz, 13 de Abril de 2006

Afixe-se!Publique-se!

O Presidente da Câmara Municipal,

Victor Manuel Barão Martelo

MUNICÍPIO DE REGUENGOS DE MONSARAZ

CÂMARA MUNICIPAL

Jorge Araújo quer “parcerias activas”

Page 8: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

Concretizar de vez uma prioridade de sempre

Torre de 50 metros será «atracção turística» em Reguengos

Reguengos Torre de 50 metros será «atracção turística»

O Programa de Reestruturação da Administração central do Estado (PRACE) trouxe de volta à agenda política o tema da regionalização. Junto com o anúncio de extinção de 187 organismos públicos, o Governo acenou com organização ter-ritorial dos serviços do Estado em função das cinco regiões-plano.

Para o Primeiro-ministro esta seria uma medi-da consensual (o que não se verificou) por se tra-tar de uma orientação que consta no programa de Governo. O ministro das Finanças considerou que se trata da maior reforma da administração pública desde 1974.

As dúvidas relativamente às intenções de José Sócrates surgiram, desde logo, pelo impacto que a extinção de organismos poderá provocar na administração pública, mas também relativa-mente ao momento em que os portugueses deve-rão ser chamados a pronunciar-se, em referen-do, sobre a regionalização.

Para a Direcção da Organização Regional de Évora do PCP, os propósitos governamentais têm por objectivo «dificultar a concretização da Regionalização, pela qual se luta há trinta anos».

No PS de Évora, fica a ideia das vantagens do modelo defendido pelo PRACE, tendo em conta a «melhoria da eficácia na prestação de serviços públicos e na promoção do desenvolvimento das regiões».

~ batde e

9notícias Maio 2006alentejo~

Regionalização em curso?

Recentemente, o governo apresentou um documento designado Programa de Reestruturação da Adminis-tração do Estado (PRACE) deixando passar a ideia que estava a descentralizar em torno das cinco Regiões, enquanto primeiro passo para a Regionalização, tendo mais tarde procurado emendar as afirmações. Na verdade, é que este documento é peça chave no ata-que às funções sociais do Estado e uma alteração ao conceito, papel e natureza do Estado consagrado na Constituição, inserido na continuidade das políticas de direita e constitui uma acção propagandista, con-tribuindo para colocar obstáculos à concretização da Regionalização.

No ano em que se comemoram os 30 anos da apro-vação da Constituição da Republica Portuguesa (CRP), é bom lembrar duas questões, a primeira, é que do edifício político constitucional, o único que não está cumprido é a regionalização tal como está con-signada no IV Capitulo do da CRP, a segunda é que desde 1976 que o PS vem alternando o poder com a di-reita, logo são estes os responsáveis pela não concre-tização das regiões administrativas.

Recordar, porque por vezes a memória é traiçoei-ra, quando do referendo de 8 de Novembro de 1999, Alentejo o SIM à regionalização e o SIM à região Alen-tejo, demonstrando o povo com esse voto a sua matu-ridade e consciência política, a sua postura progres-sista, o seu apoio maioritário às propostas e causas justas.

Por estas razões, as medidas do governo, não podem ter outra classificação que é procurar dificul-tar a concretização da Regionalização, pela qual se luta há trinta anos. O Povo e em particular os Alen-tejanos continuarão a lutar por uma Região Admi-nistrativa tal como está consignada na CRP.

A unidade de todos e em particular daqueles que anseiam pela concretização da Regionalização, não enquanto estrutura centralizador como o Governo fez, mas como estrutura polinucleada que aproxima os serviços das populações, ou seja, no respeito pelas quatro sub-regiões (distritos). Deixo um apelo a todos vamos continuar a lutar por uma Região que una os Alentejanos, contribuindo para o desenvolvimento da mesma da Região no caminho de Abril.

Diamantino DiasPCP

notícias~

8 notícias Maio 2006alentejo~

Extremadura investe no Português...

Junta da Extremadura apro-vou a concessão de subsídios no valor total de 210 mil Euros para financiar cursos de Português na região durante o período de 2006-2007. De acordo com a informação di-vulgada pelo Governo Regio-nal, autarquias e instituições privadas não lucrativas podem candidatar-se a estes subsídi-os, co-financiados pela Comu-nidade estremenha e pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional). O montante destina-se a cur-sos de iniciação ou aperfeiçoa-mento da língua, com a dura-ção de 40 ou 90 horas. A esco-lha dos cursos depende de cri-térios como a qualificação dos docentes, a especialização do curso e o co-financiamento de actividades complementares que favoreçam o conhecimen-to da língua e cultura portu-guesa por outras entidades. Em 2005, das 192 propostas candidatas, foram financiadas 92. A distribuição geográfica dos cursos apoiados permitiu concluir que o interesse pelo português regista-se em toda a Extremadura e não apenas nas localidades fronteiriças. Esta realidade reflecte uma procura de cursos que resulta num aumento anual do núme-ro de estudantes de Português na Extremadura. Entre 1996 e 2004, esse número cresceu de 667 para cerca de 9 mil, ou seja, cerca de 66% do total de estudantes de português existentes em toda a Espanha.

… E na cooperação transfronteiriça

No que se refere projectos de cooperação transfronteiriça com Portugal, em especial nas regiões Centro e do Alentejo, durante 2006, foram anuncia-dos 150 mil euros em apoios. O Gabinete de Iniciativas Transfronteiriças (GIT) admite candidaturas de autarquias, associações não lucrativas e particulares, com iniciativas que «promovam o conheci-mento recíproco e fomentem o desenvolvimento de projectos sociais, económicos, culturais ou outros». «Este valor (150 mil euros) é co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvi-mento Regional (FEDER), atra-vés do INTERREG III A, e des-tina-se a projectos em áreas de interesse comum à Extremadura e a Portugal, que envolvam o maior leque possí-vel de agentes económicos e sociais», refere o GIT.

Marques Mendes critica política económica

Marques Mendes lançou críti-cas à política económica do Governo, dando como exemplo o efeito do aumento de impos-tos nas regiões fronteiriças. Falando na Guarda, ainda no mês de Abril, o líder do PSD referiu que milhares de portu-gueses se deslocam a Espanha para comprar combustíveis e para todo o tipo de compras. O líder do PSD admitiu tratar--se de uma realidade que «está a dar cabo de muitas peque-nas e média empresas do nos-so País e a criar muito mais desemprego em Portugal».

José Sócrates, no Expresso Online

Silva Peneda, no Correio da Manhã

Avante, Abril 2006

Marcelo Rebelo de Sousa, no Portugal Diário

Marques Mendes, no Público Online

«Não compreendo a surpresa de muitos. Essa orientação está escrita num livrinho: chama-se Programa do Governo do PS. Lá está escrito que devemos aproveitar as cinco regiões-plano como espaços territori-ais para toda a desconcentração dos servi-ços públicos do Estado»

«Se dizem que é uma regionalização enca-potada, também aquela (a das Nomenclatu-ras de Unidades Territorais - NUT) era uma regionalização encapotada»

«Falar de regionalização é falar de mais uma história de cedência do PS às reivindi-cações do PSD. Melhor dizendo, da história de sabotagem que este último com mestria tem sabido executar perante um PS colabo-rante com o bloqueio e mais disposto a adiar a questão para as calendas gregas»

«Não tem lógica que se espere por 2010 para perguntar aos portugueses se concordam com um modelo de regionalização que vai avançar agora», afirmou, comparando a ati-tude do Governo à dos restaurantes que apresentam ao cliente apenas «um prato já pronto a servir»

«Primeiro foi o referendo do aborto, que é só para daqui a alguns meses, agora é o referendo da regionalização que é só para depois de 2009. É tudo uma cortina de fumo para desviar as atenções do que é essencial, como a economia que não cresce»

A necessidade de construção tiplos mas coordenados ru- a cidade. Como se de um farol de uma torre de pressão, com mos, num tronco comum que numa ilha no meio do mar se 50 metros de altura, para asse- abre em leque. Estes ponteiros tratasse, será visível até da gurar o abastecimento de água são agulhas metálicas que par- albufeira de Alqueva e dará à cidade de Reguengos de tem do chão numa espécie de uma direcção a toda a planície Monsaraz levou a Câmara espiral que rasga os céus, pro- que o rodeia, a direcção de local a lançar um concurso de pondo diversas direcções à Reguengos de Monsaraz» . arquitectura para transformar desejada modernidade. As 24 A construção deste equipa-a edificação num elemento agulhas simbolizam os 24 fu- mento, no local conhecido por identificativo e valorizador sos em que se divide o mundo, Moinho de Vento, junto ao quer da zona. A autarquia pre- cada um com a sua hora, todos Parque de Feiras e Exposições tende transformar a torre em fazendo parte do mesmo todo, de Reguengos de Monsaraz, «atracção turística», dotando no mesmo mundo. De noite, é da responsabilidade da em-o equ ipa men to com bar - todo o cenário se altera. Para presa Águas do Centro Alen--restaurante, elevador pano- quem está próximo, a torre tejo e está integrada nas obras râmico e plataforma de visita, ilumina-se subtilmente em de reforço do abastecimento no topo, onde se poderá apreci- 24 fios de luz, deles se desta- público de água ao concelho.ar a paisagem da Barragem cando pela cor, a agulha que O abastecimento de água, de Alqueva e do concelho de aponta o Norte. Para quem a partir do final do ano em cur-Reguengos de Monsaraz. está longe, o feixe de luz do so, será assegurado pela barra-

Na descrição do projecto é farol que encima a torre, var- gem do Monte Novo, que, por referido que a «torre terá “pon- rerá os campos em volta, ori- sua vez, ficará ligada à albufei-teiros” que representam múl- entando os forasteiros para ra de Alqueva.

Eborae Mvsica:Semana da Porta Aberta

De hoje a sábado, decorre a Semana da Porta Aberta, ini-ciativa da responsabilidade da Eborae Mvsica – Associação Musical /Conser-vatório Regional de Évora, que tem por objectivo dar a conhecer as actividades desenvolvidas pela associa-ção. Programa: No dia 2 de Maio, pelas 18,30 horas decorre uma Conferência/Concerto “Scar-latti em Espanha” apresenta-da pela professora Patrizia Giliberti; No dia 5, às 18,00 horas terá lugar um Concerto pelos alunos avançados de cla-rinete, da classe do professor Rui Travasso; No dia 6 de Maio às 21,30 horas um Concerto pelos professores que irão apresentar-se na sua faceta de intérpretes. Piano, Saxofone, Trompa, Trompete, Clarinete, Canto, Violoncelo ouvir-se-ão por Tito Gonçalves, Patrizia Giliberti, Sandra Medeiros, Mauro Dilema, Coraddo Floriddia, Fabrizio Nasetti, Sérgio Pliz, Rui Travasso e outros.

Cendrev estreiapeça de Marivaux

O Cendrev vai estrear quinta--feira a sua 151ª produção - A Segunda Surpresa do Amor, de Marivaux. A Segun-da Surpresa do Amor foi cria-da em Dezembro de 1727 e até ao fim do século XIX foi representada 260 vezes na Comédie Française de cujo repertório fazia já parte. A peça irá estar em cena até dia 27 de Maio, no Teatro Garcia de Resende, de Terça a Sábado, às 21h30, e conta com Encenação de Mário Barradas, Cenografia e Figu-rinos de Manuela Bronze, Iluminação de João Carlos Marques e Interpretação de Álvaro Corte Real, Figueira Cid, Jorge Baião, Maria Marrafa, Rosário Gonzaga e Rui Nuno.

Évora expande Parque Industrial

A Câmara Municipal de Évora iniciou a obra de expansão do Parque Industrial e Tecnológi-co (PITE), com o objectivo de dar uma resposta à cada vez maior procura de lotes por parte de empresas que se pre-tendem instalar na cidade. De acordo com a informação da CME, a área de interven-ção tem um total de 22 hecta-res que depois de devidamen-te infraestruturados darão lugar a um total de 153 lotes terreno, 20 dos quais destina-dos ao sector terciário e os res-tantes a indústria/equipamen-tos. A obra de expansão do Parque Industrial e Tecnológi-co de Évora, que surge no seguimento da política da edi-lidade em captar investimento para o concelho, significa um esforço financeiro de aproxi-madamente três milhões de euros, tendo um prazo de adju-dicação de 730 dias.

O Partido Socialista de Évora sempre teve como ban-deira política a concretização do preceito constitu-cional da Regionalização Administrativa. Uma regio-nalização em nome de projectos de desenvolvimento sustentável de base territorial, capazes de articular potencialidades, aproveitar os recursos endógenos e mobilizar as pessoas para um futuro melhor.

Ao longo dos anos fomos desenvolvendo uma base programática robusta para o desenvolvimento do Distrito e do Alentejo. Sempre defendemos que a cria-ção duma Região Alentejo, condição necessária para garantir viabilidade e peso económico, social e políti-co ao território, deve implicar um modelo multipolar que respeite a diversidade dos vários territórios que a constituem, a sua identidade e as suas característi-cas específicas, promovendo sinergias e garantindo vantagens mútuas.

Batemo-nos árdua e convictamente pela vitória do Sim no referendo à regionalização. Não obstante a vitória do Sim no Alentejo, o resultado nacional não permitiu a concretização do processo. No entanto, nunca desistimos duma prioridade que consideramos boa para Portugal, para o Alentejo e para os alenteja-nos. Por isso nos revemos em absoluto no programa do actual Governo, que interpretando a vontade popu-lar expressa no anterior Referendo, adopta uma estratégia de demonstração prévia das vantagens da descentralização, antes da realização doutra con-sulta popular.

Apoiamos por isso a estratégia de reorganização dos serviços desconcentrados e descentralização de competências que o Governo está a realizar tendo por base as cinco regiões plano. Estamos convictos que as vantagens deste modelo e a melhoria da eficácia na prestação de serviços públicos e na promoção do desenvolvimento das regiões, levará a que os portu-gueses, chamados a votar de acordo com o compro-misso programático do PS, no início da próxima legis-latura, darão desta vez um vigoroso sim à criação das regiões administrativas em geral e da Região Alentejo em particular.

Norberto PatinhoPS

dp

Com honras de visita presidencial, a edição 2006 da Ovibeja prossegue até domingo. Fora da agenda de visitas está o ministro da Agricultura, Jaime Silva, que no último mês tem sido violentamente criticado pela Confederação de Agricultores de Portugal (CAP). O governante foi inicialmente convida-do pela organização do certame mas Castro e Brito, presidente da comissão organizadora e da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo, afirmou recentemente que Jaime Silva não faria falta depois da «falta de solidariedade durante a seca de 2005 e o incumprimento dos contratos relativos às agro-ambientais».

O ministro da Agricultura, Desenvolvi-mento Rural e Pescas tem sido o alvo dos pro-testos dos agricultores, que tem promovido

pre que saia do Terreiro do Paço. «O senhor várias manifestações, a última das quais ministro não é bem-vindo ao mundo rural e, decorreu em Évora. Cerca de duas centenas de para além da vigília que temos marcada para o agricultores e uma centena de tractores parti-próximo mês à porta do ministério, sempre ciparam na concentração de Évora, a menos que sair vamos atrás dele», disse aos jornalis-participada de todas. A CAP diz que durante o tas João Machado, presidente da CAP.mês de Maio «vai perseguir» o Jaime Silva sem-

Ovibeja em tempo de contestação

Agricultores protestam em Évora Imagem SIC

Uma região que unaos alentejanos

Page 9: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

Concretizar de vez uma prioridade de sempre

Torre de 50 metros será «atracção turística» em Reguengos

Reguengos Torre de 50 metros será «atracção turística»

O Programa de Reestruturação da Administração central do Estado (PRACE) trouxe de volta à agenda política o tema da regionalização. Junto com o anúncio de extinção de 187 organismos públicos, o Governo acenou com organização ter-ritorial dos serviços do Estado em função das cinco regiões-plano.

Para o Primeiro-ministro esta seria uma medi-da consensual (o que não se verificou) por se tra-tar de uma orientação que consta no programa de Governo. O ministro das Finanças considerou que se trata da maior reforma da administração pública desde 1974.

As dúvidas relativamente às intenções de José Sócrates surgiram, desde logo, pelo impacto que a extinção de organismos poderá provocar na administração pública, mas também relativa-mente ao momento em que os portugueses deve-rão ser chamados a pronunciar-se, em referen-do, sobre a regionalização.

Para a Direcção da Organização Regional de Évora do PCP, os propósitos governamentais têm por objectivo «dificultar a concretização da Regionalização, pela qual se luta há trinta anos».

No PS de Évora, fica a ideia das vantagens do modelo defendido pelo PRACE, tendo em conta a «melhoria da eficácia na prestação de serviços públicos e na promoção do desenvolvimento das regiões».

~ batde e

9notícias Maio 2006alentejo~

Regionalização em curso?

Recentemente, o governo apresentou um documento designado Programa de Reestruturação da Adminis-tração do Estado (PRACE) deixando passar a ideia que estava a descentralizar em torno das cinco Regiões, enquanto primeiro passo para a Regionalização, tendo mais tarde procurado emendar as afirmações. Na verdade, é que este documento é peça chave no ata-que às funções sociais do Estado e uma alteração ao conceito, papel e natureza do Estado consagrado na Constituição, inserido na continuidade das políticas de direita e constitui uma acção propagandista, con-tribuindo para colocar obstáculos à concretização da Regionalização.

No ano em que se comemoram os 30 anos da apro-vação da Constituição da Republica Portuguesa (CRP), é bom lembrar duas questões, a primeira, é que do edifício político constitucional, o único que não está cumprido é a regionalização tal como está con-signada no IV Capitulo do da CRP, a segunda é que desde 1976 que o PS vem alternando o poder com a di-reita, logo são estes os responsáveis pela não concre-tização das regiões administrativas.

Recordar, porque por vezes a memória é traiçoei-ra, quando do referendo de 8 de Novembro de 1999, Alentejo o SIM à regionalização e o SIM à região Alen-tejo, demonstrando o povo com esse voto a sua matu-ridade e consciência política, a sua postura progres-sista, o seu apoio maioritário às propostas e causas justas.

Por estas razões, as medidas do governo, não podem ter outra classificação que é procurar dificul-tar a concretização da Regionalização, pela qual se luta há trinta anos. O Povo e em particular os Alen-tejanos continuarão a lutar por uma Região Admi-nistrativa tal como está consignada na CRP.

A unidade de todos e em particular daqueles que anseiam pela concretização da Regionalização, não enquanto estrutura centralizador como o Governo fez, mas como estrutura polinucleada que aproxima os serviços das populações, ou seja, no respeito pelas quatro sub-regiões (distritos). Deixo um apelo a todos vamos continuar a lutar por uma Região que una os Alentejanos, contribuindo para o desenvolvimento da mesma da Região no caminho de Abril.

Diamantino DiasPCP

notícias~

8 notícias Maio 2006alentejo~

Extremadura investe no Português...

Junta da Extremadura apro-vou a concessão de subsídios no valor total de 210 mil Euros para financiar cursos de Português na região durante o período de 2006-2007. De acordo com a informação di-vulgada pelo Governo Regio-nal, autarquias e instituições privadas não lucrativas podem candidatar-se a estes subsídi-os, co-financiados pela Comu-nidade estremenha e pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional). O montante destina-se a cur-sos de iniciação ou aperfeiçoa-mento da língua, com a dura-ção de 40 ou 90 horas. A esco-lha dos cursos depende de cri-térios como a qualificação dos docentes, a especialização do curso e o co-financiamento de actividades complementares que favoreçam o conhecimen-to da língua e cultura portu-guesa por outras entidades. Em 2005, das 192 propostas candidatas, foram financiadas 92. A distribuição geográfica dos cursos apoiados permitiu concluir que o interesse pelo português regista-se em toda a Extremadura e não apenas nas localidades fronteiriças. Esta realidade reflecte uma procura de cursos que resulta num aumento anual do núme-ro de estudantes de Português na Extremadura. Entre 1996 e 2004, esse número cresceu de 667 para cerca de 9 mil, ou seja, cerca de 66% do total de estudantes de português existentes em toda a Espanha.

… E na cooperação transfronteiriça

No que se refere projectos de cooperação transfronteiriça com Portugal, em especial nas regiões Centro e do Alentejo, durante 2006, foram anuncia-dos 150 mil euros em apoios. O Gabinete de Iniciativas Transfronteiriças (GIT) admite candidaturas de autarquias, associações não lucrativas e particulares, com iniciativas que «promovam o conheci-mento recíproco e fomentem o desenvolvimento de projectos sociais, económicos, culturais ou outros». «Este valor (150 mil euros) é co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvi-mento Regional (FEDER), atra-vés do INTERREG III A, e des-tina-se a projectos em áreas de interesse comum à Extremadura e a Portugal, que envolvam o maior leque possí-vel de agentes económicos e sociais», refere o GIT.

Marques Mendes critica política económica

Marques Mendes lançou críti-cas à política económica do Governo, dando como exemplo o efeito do aumento de impos-tos nas regiões fronteiriças. Falando na Guarda, ainda no mês de Abril, o líder do PSD referiu que milhares de portu-gueses se deslocam a Espanha para comprar combustíveis e para todo o tipo de compras. O líder do PSD admitiu tratar--se de uma realidade que «está a dar cabo de muitas peque-nas e média empresas do nos-so País e a criar muito mais desemprego em Portugal».

José Sócrates, no Expresso Online

Silva Peneda, no Correio da Manhã

Avante, Abril 2006

Marcelo Rebelo de Sousa, no Portugal Diário

Marques Mendes, no Público Online

«Não compreendo a surpresa de muitos. Essa orientação está escrita num livrinho: chama-se Programa do Governo do PS. Lá está escrito que devemos aproveitar as cinco regiões-plano como espaços territori-ais para toda a desconcentração dos servi-ços públicos do Estado»

«Se dizem que é uma regionalização enca-potada, também aquela (a das Nomenclatu-ras de Unidades Territorais - NUT) era uma regionalização encapotada»

«Falar de regionalização é falar de mais uma história de cedência do PS às reivindi-cações do PSD. Melhor dizendo, da história de sabotagem que este último com mestria tem sabido executar perante um PS colabo-rante com o bloqueio e mais disposto a adiar a questão para as calendas gregas»

«Não tem lógica que se espere por 2010 para perguntar aos portugueses se concordam com um modelo de regionalização que vai avançar agora», afirmou, comparando a ati-tude do Governo à dos restaurantes que apresentam ao cliente apenas «um prato já pronto a servir»

«Primeiro foi o referendo do aborto, que é só para daqui a alguns meses, agora é o referendo da regionalização que é só para depois de 2009. É tudo uma cortina de fumo para desviar as atenções do que é essencial, como a economia que não cresce»

A necessidade de construção tiplos mas coordenados ru- a cidade. Como se de um farol de uma torre de pressão, com mos, num tronco comum que numa ilha no meio do mar se 50 metros de altura, para asse- abre em leque. Estes ponteiros tratasse, será visível até da gurar o abastecimento de água são agulhas metálicas que par- albufeira de Alqueva e dará à cidade de Reguengos de tem do chão numa espécie de uma direcção a toda a planície Monsaraz levou a Câmara espiral que rasga os céus, pro- que o rodeia, a direcção de local a lançar um concurso de pondo diversas direcções à Reguengos de Monsaraz» . arquitectura para transformar desejada modernidade. As 24 A construção deste equipa-a edificação num elemento agulhas simbolizam os 24 fu- mento, no local conhecido por identificativo e valorizador sos em que se divide o mundo, Moinho de Vento, junto ao quer da zona. A autarquia pre- cada um com a sua hora, todos Parque de Feiras e Exposições tende transformar a torre em fazendo parte do mesmo todo, de Reguengos de Monsaraz, «atracção turística», dotando no mesmo mundo. De noite, é da responsabilidade da em-o equ ipa men to com bar - todo o cenário se altera. Para presa Águas do Centro Alen--restaurante, elevador pano- quem está próximo, a torre tejo e está integrada nas obras râmico e plataforma de visita, ilumina-se subtilmente em de reforço do abastecimento no topo, onde se poderá apreci- 24 fios de luz, deles se desta- público de água ao concelho.ar a paisagem da Barragem cando pela cor, a agulha que O abastecimento de água, de Alqueva e do concelho de aponta o Norte. Para quem a partir do final do ano em cur-Reguengos de Monsaraz. está longe, o feixe de luz do so, será assegurado pela barra-

Na descrição do projecto é farol que encima a torre, var- gem do Monte Novo, que, por referido que a «torre terá “pon- rerá os campos em volta, ori- sua vez, ficará ligada à albufei-teiros” que representam múl- entando os forasteiros para ra de Alqueva.

Eborae Mvsica:Semana da Porta Aberta

De hoje a sábado, decorre a Semana da Porta Aberta, ini-ciativa da responsabilidade da Eborae Mvsica – Associação Musical /Conser-vatório Regional de Évora, que tem por objectivo dar a conhecer as actividades desenvolvidas pela associa-ção. Programa: No dia 2 de Maio, pelas 18,30 horas decorre uma Conferência/Concerto “Scar-latti em Espanha” apresenta-da pela professora Patrizia Giliberti; No dia 5, às 18,00 horas terá lugar um Concerto pelos alunos avançados de cla-rinete, da classe do professor Rui Travasso; No dia 6 de Maio às 21,30 horas um Concerto pelos professores que irão apresentar-se na sua faceta de intérpretes. Piano, Saxofone, Trompa, Trompete, Clarinete, Canto, Violoncelo ouvir-se-ão por Tito Gonçalves, Patrizia Giliberti, Sandra Medeiros, Mauro Dilema, Coraddo Floriddia, Fabrizio Nasetti, Sérgio Pliz, Rui Travasso e outros.

Cendrev estreiapeça de Marivaux

O Cendrev vai estrear quinta--feira a sua 151ª produção - A Segunda Surpresa do Amor, de Marivaux. A Segun-da Surpresa do Amor foi cria-da em Dezembro de 1727 e até ao fim do século XIX foi representada 260 vezes na Comédie Française de cujo repertório fazia já parte. A peça irá estar em cena até dia 27 de Maio, no Teatro Garcia de Resende, de Terça a Sábado, às 21h30, e conta com Encenação de Mário Barradas, Cenografia e Figu-rinos de Manuela Bronze, Iluminação de João Carlos Marques e Interpretação de Álvaro Corte Real, Figueira Cid, Jorge Baião, Maria Marrafa, Rosário Gonzaga e Rui Nuno.

Évora expande Parque Industrial

A Câmara Municipal de Évora iniciou a obra de expansão do Parque Industrial e Tecnológi-co (PITE), com o objectivo de dar uma resposta à cada vez maior procura de lotes por parte de empresas que se pre-tendem instalar na cidade. De acordo com a informação da CME, a área de interven-ção tem um total de 22 hecta-res que depois de devidamen-te infraestruturados darão lugar a um total de 153 lotes terreno, 20 dos quais destina-dos ao sector terciário e os res-tantes a indústria/equipamen-tos. A obra de expansão do Parque Industrial e Tecnológi-co de Évora, que surge no seguimento da política da edi-lidade em captar investimento para o concelho, significa um esforço financeiro de aproxi-madamente três milhões de euros, tendo um prazo de adju-dicação de 730 dias.

O Partido Socialista de Évora sempre teve como ban-deira política a concretização do preceito constitu-cional da Regionalização Administrativa. Uma regio-nalização em nome de projectos de desenvolvimento sustentável de base territorial, capazes de articular potencialidades, aproveitar os recursos endógenos e mobilizar as pessoas para um futuro melhor.

Ao longo dos anos fomos desenvolvendo uma base programática robusta para o desenvolvimento do Distrito e do Alentejo. Sempre defendemos que a cria-ção duma Região Alentejo, condição necessária para garantir viabilidade e peso económico, social e políti-co ao território, deve implicar um modelo multipolar que respeite a diversidade dos vários territórios que a constituem, a sua identidade e as suas característi-cas específicas, promovendo sinergias e garantindo vantagens mútuas.

Batemo-nos árdua e convictamente pela vitória do Sim no referendo à regionalização. Não obstante a vitória do Sim no Alentejo, o resultado nacional não permitiu a concretização do processo. No entanto, nunca desistimos duma prioridade que consideramos boa para Portugal, para o Alentejo e para os alenteja-nos. Por isso nos revemos em absoluto no programa do actual Governo, que interpretando a vontade popu-lar expressa no anterior Referendo, adopta uma estratégia de demonstração prévia das vantagens da descentralização, antes da realização doutra con-sulta popular.

Apoiamos por isso a estratégia de reorganização dos serviços desconcentrados e descentralização de competências que o Governo está a realizar tendo por base as cinco regiões plano. Estamos convictos que as vantagens deste modelo e a melhoria da eficácia na prestação de serviços públicos e na promoção do desenvolvimento das regiões, levará a que os portu-gueses, chamados a votar de acordo com o compro-misso programático do PS, no início da próxima legis-latura, darão desta vez um vigoroso sim à criação das regiões administrativas em geral e da Região Alentejo em particular.

Norberto PatinhoPS

dp

Com honras de visita presidencial, a edição 2006 da Ovibeja prossegue até domingo. Fora da agenda de visitas está o ministro da Agricultura, Jaime Silva, que no último mês tem sido violentamente criticado pela Confederação de Agricultores de Portugal (CAP). O governante foi inicialmente convida-do pela organização do certame mas Castro e Brito, presidente da comissão organizadora e da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo, afirmou recentemente que Jaime Silva não faria falta depois da «falta de solidariedade durante a seca de 2005 e o incumprimento dos contratos relativos às agro-ambientais».

O ministro da Agricultura, Desenvolvi-mento Rural e Pescas tem sido o alvo dos pro-testos dos agricultores, que tem promovido

pre que saia do Terreiro do Paço. «O senhor várias manifestações, a última das quais ministro não é bem-vindo ao mundo rural e, decorreu em Évora. Cerca de duas centenas de para além da vigília que temos marcada para o agricultores e uma centena de tractores parti-próximo mês à porta do ministério, sempre ciparam na concentração de Évora, a menos que sair vamos atrás dele», disse aos jornalis-participada de todas. A CAP diz que durante o tas João Machado, presidente da CAP.mês de Maio «vai perseguir» o Jaime Silva sem-

Ovibeja em tempo de contestação

Agricultores protestam em Évora Imagem SIC

Uma região que unaos alentejanos

Page 10: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

10 notícias Maio 2006alentejo~ 11notícias Maio 2006alentejo~

~ &cultura oespectácul s

A Fundação Eugénio de passado. Ela é uma ilustra-Almeida associou-se às come- ção perfeita da transição do morações do 125º aniversá- “período azul” para o “perío-rio do nascimento de Picasso do rosa”. Esta mudança cro-e inaugura, no dia 5 de mática é reflexo de uma Maio, pelas 18.00 horas, no outra mudança, substantiva, Fórum Eugénio de Almeida, ao nível dos temas tratados. em Évora, uma exposição de O sentimentalismo e a litografias do artista, repre- melancolia dão lugar ao dina-sentativas de algumas das mismo e à alegria nos retra-fases mais significativas do tos de cenas e personagens seu processo criativo. No circenses, que haveriam de núcleo mais extenso é possí- fascinar Picasso e habitar a vel admirar várias das séries sua obra até ao fim.que integraram a Colecção Picasso, além de pintor, Jan Lohn, considerada a escultor e ceramista, foi tam-segunda grande colecção bém um notável gravador, mundial de litografias de tendo explorado de forma Picasso, agora pertencente à apaixonada e inventiva as Fundación Picasso - Museo mais diversas técnicas de Casa Natal. De entre estas gravação, numa linha temá-séries, realizadas na sua mai- tica e estética muitas vezes oria na década de 40 do sécu- paralela à da sua pintura. lo XX, destacam-se, entre Conhecer a obra gráfica de outras, Mulheres de Argel Picasso é também apreender segundo Delacroix, e David e a inquestionável unidade Bethsabé. que atravessa e dá coerência

A selecção das obras em a um universo artístico tão exposição, refere a Fundação plural como o seu. Eugénio de Almeida, procura A exposição tem visitas realçar a relação do artista guiadas, de 2ª a 6ª feira para com as mulheres e o fascínio grupos, mediante marcação. e influência que exerceram Em complemento à exposi-tanto na sua vida como na ção, a FEA editou um catálo-sua obra. go bilingue (Português -

Outro grande atractivo Espanhol), que inclui ima-desta exposição é a série Os gens das obras, um texto de Saltimbancos, realizada por Marina Bairrão Ruivo e uma Picasso no início do século biografia do artista.

Picasso Litógrafo

As obras de um génio das artes plásticas do século XX no Fórum Eugénio de Almeida, em Évora - de 5 de Maio a 11 de Setembro, diariamente, entre as 9.30 e as 18.30

ÉVORA

REGUENGOS DE MONSARAZ

Escultura | “Medo” de violino | Sérgio Pliz, violoncelo Encenação: Mário BarradasMargarida Ribeiro Convento dos Remédios | Av. S. Elenco: Álvaro Corte Real | 13 a 27 de Maio Sebastião Figueira Cid | Maria Marrafa | Galeria do INATEL | Rua Serpa Horário: 21h30 Jorge Baião | Rosário Gonzaga | Pinto, 4 Rui NunoHorário: 2ª a 6ª feira das 14h00 Concerto Rock | “Phazer” Estreia: 21h30 | Horário: 3ª

Exposição | Homenagem às 18h30 6 de Maio | Av. S. Sebastião | feira a Sábado às 21h30Póstuma a Paulo Ramos Chafariz das BravasAté 13 de Maio | Rua da Filatelia | Homenagem ao Horário: 22h00 Teatro de Marionetas | “Auto Misericórdia, 9 Poeta Popular Jorge Rouxinol da Barca do Inferno”Horário: 2ª a 6ª feira das 9h00 20 a 27 de Maio | Salão Nobre Ciclos de Música | Melodea - 2 de Maio a 4 de Junho às 13h00 e das 14h00 às 18h00 do INATEL | Rua Serpa Pinto, 6 Promenade Romântica: Biblioteca Pública de Évora | Fim-de-semana das 10h00 às Inauguração: 11h30 | Horário: “Uma Noite em Viena com Largo Conde de Vila Flor13h00 e das 15h00 às 19h00 2ª a 6ª feira das 10h00 às 17h30 Guitarra” Horário: Maio às 16h00 (Esco-

6 de Maio las) excepto Sábados, Domingos Pintura | Gonçalo Ruivo Exposição | “O Mundo dos Concerto Comentado por Dejan e FeriadosAté 14 de Maio | Rua do 3 e 4 de Junho às 18h30Insectos” Ivanovic e a sua guitarra condu-Salvador, 1 25 de Maio a 18 de Junho | zem um passeio pela Viena do Horário: 3ª a Domingo feira das Palácio de D. Manuel | Jardim Século XIX. Teatro de Marionetas | “Tal-15h00 às 19h0 Público Fórum Eugénio de Almeida | vez Haja Espectáculo”

Horário: 3ª a 6ª feira das 10h00 Rua Vasco da Gama, 13 Maio e JunhoPintura | Ana Marchand às 12h00 e das 14h00 às 18h00 Horário: 21h30 Café-Concerto, um Espectáculo Até 19 de Maio | Rua Manuel do para Adultos.Olival, 22 Galeria - OficinadaTerra Encontro de Tunas | XVII Casa dos Bonecos | Largo de Horário: 2ª a 6ª feira das 15h00 Machede Velho (Beco) Artesanato Contemporâneo Noite de Tunas da Queima das às 19h00 | Sábados das 15h00 Horário: 5ª, 6ª feiras e Sábados de Tiago Cabeça e Magda Fitas da Universidade de às 18h00 a partir das 22h00 Ventura. Évora

Rua do Raimundo, 51 A 24 de MaioPintura e Desenho | “Ponto de Encontro com o Escritor Horário: 10h00 às 19h00 A Tradicional Noite de Tunas da Vista das Árvores”, de Queima das Fitas decorre mais Gonçalo M. TavaresJacobien de Rooij 27 de Maio | Largo Conde de O Mundo do Trabalho e a uma vez nos Claustros da Até 21 de Maio | Igreja de S. Vila Flor | Biblioteca Pública de Oficina de Aferição Universidade, contando com a Vicente | Largo de S. Vicente ÉvoraNúcleo Museológico Metrologia presença de tunas nacionais e Horário: 3ª a 6ª feira das 10h00 Horário: 21h30 | Largo do Chão das Covas, 15 internacionais, num cenário de às 12h00 e das 15h00 às 19h00 Projecto no Campo da História elevado valor estético.Fim de Semana e Feriados das da Metrologia em Portugal - Claustros do Colégio do Espírito 15h00 às 19h00 Casa da Balança. Santo

Horário: 2ª a 6ª feira das 9h30 Horário: 22h00 Exposição | Homenagem às 13h00 Póstuma a Paulo Ramos Encerrado aos Sábados, Projecto 3 CulturasAté 13 de Maio | Rua da Domingos e Feriados 27 e 28 de Maio

Campeonato Nacional de Misericórdia, 9 O Projecto "3 Culturas" é o resul-Orientação | 6 e 7 Maio Horário: 2ª a 6ª feira das 9h00 Atelier Aberto | Artes tado da parceria que as Câmaras Dia 06 - Sábadoàs 13h00 e das 14h00 às 18h00 Municipais de Évora, Idanha-a-Plásticas13.00 horas - Abertura do Fim de Semana das 10h00 às Nova e Mértola estabeleceram Escola André de Resende | Secretariado (Monte Barrocal); 13h00 e das 15h00 às 19h00 para a Programação em Rede. Atelier da AGE15.00 horas - Início da Prova Integrado no âmbito da “Feira Horário: 2ª feira das 16h00 às Distância Média; 19.30 horas - Pintura | Gonçalo Ruivo do Livro”, esta programação 20h00Cerimónia de entrega de Até 14 de Maio | Rua do integra componentes eruditas e Prémios.Salvador, 1 tradicionais: música medieval Museu de Carruagens do Dia 07 - DomingoHorário: 3ª a Domingo feira das de influência árabe, judia e cris-Século XVIII e XIX08.30 horas - Abertura 15h00 às 19h0 tã por Eduardo Paniagua e “A Museu de Carruagens | Largo Secretariado (Pç Liberdade); Toque do Adufe” de Idanha-a-Dr. Mário Chicó, 4/609.00 horas Campeonato Sprint; Pintura | Ana Marchand Nova.Horário: 2ª a 6ª feira das 10h00 12.30 horas - Cerimónia de Até 19 de Maio | Rua Manuel do Praça do Giraldoàs 12h30 e das 14h30 às 18h00 entrega de Prémios .Olival, 22 Sábado das 10h00 às 12h30 e

Horário: 2ª a 6ª feira das 15h00 Crianças | Dança na Escoladas 14h30 às 18h00 Exponáutica - 5ª Mostra de às 19h00 | Sábados das 15h00 1 e 19 de Maio | Atelier Encerrado aos Domingos e Equipamentos Náuticos de às 18h00 Itinerante de Dança Criativa.FeriadosRecreio e Lazer (barcos, canoa-Direcção Artística: Nélia gem, jardinagem e pesca)Pintura e Desenho | “Ponto de PinheiroUnidade Museológica CEA Parque de Feiras e Exposições Vista das Árvores” Escolas EB1 do Concelho e (Antiga Central Elevatória de de Reguengos de Monsaraz - 12 de Jacobien de Rooij InfantáriosÁguas da Cidade de Évora)A 15 de Maio Até 21 de Maio Itinerário Expositivo -

Igreja de S. Vicente | Largo de S. Espectáculo para Crianças | Arqueologia Industrial e FEIRA DE MAIO 2006Vicente “Na Floresta”Património Hidráulico.Feira Tradicional, Comércio Horário: 3ª a 6ª feira das 10h00 2 a 6 de Maio | Espectáculo de Unidade Museológica CEA | Rua de Produtos, Exposição de às 12h00 e das 15h00 às 19h00 Dança para a Infância.do Menino JesusActividades Económicas e de Fim de Semana e Feriados das De Rafael Leitão | Cerografia: Horário: 2ª a 6ª feira das 14h00 Máquinas Agrícolas, 15h00 às 19h00 Joana Simõesàs 17h30Diversões - 13 a 15 de MaioInfantários e Escolas EB1 do Encerrado aos Sábados, Actividades Equestres Exposição | Arte Concelho de ÉvoraDomingos e Feriados- Dia 12 (Sexta-feira) - Picadeiro 1 a 15 de Maio Horário: 2ª a 6ª feira das 10h3 e disponível para os expositores; Galeria do INATEL | Rua Serpa 14h30 (secções para escolas)Eborae Mvsica- Dia 13 (Sábado) - Concurso de Pinto, 4 Maio | Concertos Escolares | Saltos Nacional de Obstáculos - Horário: 2ª a 6ª feira das 14h00 Dança | “The Hospital”“Concertos Didácticos”Nível C e Jornada do às 18h30 13 de Maio | Coreografia: Jo Um quarteto de cordas constitu-Campeonato Nacional de horse-Strømgren (Noruega)ído por professores do ball; Litografias | Picasso Litógrafo Intérpretes: Guri Glans | Conservatório Regional de - Dia 14 (Domingo) - Concurso 5 de Maio a Setembro | Fórum Gunhild Aubert Opdal | Ingri Évora “Eborae Mvsica” apresen-de Saltos Nacional de Obstácu-Eugénio de Almeida | Rua Vasco Enger Damontarão de forma lúdica e interac-los - Nível C Jornada do Cam-da Gama, 13 Pessoas esquecidas em lugares tiva os vários instrumentos e peonato Nacional de horsebal.Nesta exposição estão reunidas esquecidos e as histórias imagi-executarão pequenos trechos

62 litografias de Picasso, per- nárias relacionadas com uma tal musicais acompanhados pelos I Passeio BTT Inter Freguesias tencentes a diferentes épocas, possível miséria têm sido um alunos.do Concelho de Reguengos de desde as primeiras incursões no dos maiores tópico do repertório Escolas do 1º Ciclo, EB2, 3 e Monsarazmundo da gravura, em 1904, até da Jo Strømgren.SecundáriasSábado, 27 Maio | à série “As Mulheres de Argel”, Teatro Municipal “Garcia de Concentração: Bairro 25 de de 1955, numa fase de plena Resende” | Praça Joaquim 2 de Maio - “Scarlatti em Abril - S. Pedro do Corval - 9.00 maturidade artística. António de AguiarEspanha”HorasHorário: Diariamente das 9h30 Horário: 21h30 Convento dos Remédios | Av. S.

às 18h30 Sebastião Feira de VelhariasCiclo de Cinema | Ciclo Horário: 18h30Monsaraz, 28 Maio | Adro da Exposição Colectiva | “Blanck Gutenberg, Lumière & Cª5 de Maio - Conserto pelos IgrejaCanvas” Maio a Junho | Filmes projecta-Alunos de Clarinete

6 a 28 de Maio | Palácio de D. dos relacionados com obras lite-Convento dos Remédios | Av. S. XII Festa Ibérica da Olaria e Manuel | Jardim Público rárias.Sebastiãodo Barro - Salvatierra de Los Horário: 3ª a 6ª feira das 10h00 Largo Conde de Vila Flor | Horário: 18h00Barros | 25 a 28 de Maioàs 12h00 e das 14h00 às 18h00 Biblioteca Pública de Évora6 de Maio - Concerto pelos Horário de funcionamento - Horário: Durante a “Feira do Professores11.00 horas - 22.00 (hora espa-Pintura | Sara Domingues Livro” Mauro Dilema, Tito Gonçalves e nhola).12 a 31 de Maio | Rua de Santa Patrizia Giliberti, piano | Organização: Câmara Municipal Maria, 21 Teatro | “Segunda Supressa Corrado Floriddia, saxofone | de Reguengos de Monsaraz / Horário: 2ª feira a Sábado das do Amor”Fabrizio Nazetti, trompete | Ayuntamiento de Salvatierra de 18h00 às 20h00 | Encerra 4 a 27 de Maio | Teatro José Farinha, viola dedilhada | Los BarrosDomingos e feriados Municipal “Garcia de Resende” Susana Nogueira e Luís Rufo,

agenda~

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Martinho da Vila em Reguengos As festas de Santo António, em Reguengos de Monsaraz (Junho), abrem com música popu-lar brasileira. Martinho da Vila, promete deixar a «tristreza pra lá» e can-tar forte os seus sam-bas. O programa de espectáculos incluirá ainda, entre outros, a portuguesa Rita Guerra. Em 1995, Martinho da Vila, que já era um dos artistas com mais discos vendidos no Brasil, tor-nou-se o primeiro sam-bista a ultrapassar a marca de um milhão de cópias com o CD “Tá delícia, Tá gostoso”.

"O Castelo em Imagens”Fotografia, Desenho, Pintura e Vídeo3º Concurso Nacional Escolar e 4º Festival de Cinema (direcção de Lauro António)Portel, 7 a 13 de MaioOrganização: Câmara Municipal de Portel

Receita doce em MontemorMisture pão, doçaria conventual ou de inspi-ração mais actual e cria-tiva, acrescente-lhe uma feira centenária com entretenimentos varia-dos, e uma pitada de arte. Envolva tudo muito bem e por fim adi-cione animação popular e delicie-se durante três dias. Esta é a receita da III Feira do Pão e da Doçaria de Montemor-o-Novo – 5 a 7 de Maio no Parque de Exposições| www.cm-montemornovo.pt

Page 11: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

10 notícias Maio 2006alentejo~ 11notícias Maio 2006alentejo~

~ &cultura oespectácul s

A Fundação Eugénio de passado. Ela é uma ilustra-Almeida associou-se às come- ção perfeita da transição do morações do 125º aniversá- “período azul” para o “perío-rio do nascimento de Picasso do rosa”. Esta mudança cro-e inaugura, no dia 5 de mática é reflexo de uma Maio, pelas 18.00 horas, no outra mudança, substantiva, Fórum Eugénio de Almeida, ao nível dos temas tratados. em Évora, uma exposição de O sentimentalismo e a litografias do artista, repre- melancolia dão lugar ao dina-sentativas de algumas das mismo e à alegria nos retra-fases mais significativas do tos de cenas e personagens seu processo criativo. No circenses, que haveriam de núcleo mais extenso é possí- fascinar Picasso e habitar a vel admirar várias das séries sua obra até ao fim.que integraram a Colecção Picasso, além de pintor, Jan Lohn, considerada a escultor e ceramista, foi tam-segunda grande colecção bém um notável gravador, mundial de litografias de tendo explorado de forma Picasso, agora pertencente à apaixonada e inventiva as Fundación Picasso - Museo mais diversas técnicas de Casa Natal. De entre estas gravação, numa linha temá-séries, realizadas na sua mai- tica e estética muitas vezes oria na década de 40 do sécu- paralela à da sua pintura. lo XX, destacam-se, entre Conhecer a obra gráfica de outras, Mulheres de Argel Picasso é também apreender segundo Delacroix, e David e a inquestionável unidade Bethsabé. que atravessa e dá coerência

A selecção das obras em a um universo artístico tão exposição, refere a Fundação plural como o seu. Eugénio de Almeida, procura A exposição tem visitas realçar a relação do artista guiadas, de 2ª a 6ª feira para com as mulheres e o fascínio grupos, mediante marcação. e influência que exerceram Em complemento à exposi-tanto na sua vida como na ção, a FEA editou um catálo-sua obra. go bilingue (Português -

Outro grande atractivo Espanhol), que inclui ima-desta exposição é a série Os gens das obras, um texto de Saltimbancos, realizada por Marina Bairrão Ruivo e uma Picasso no início do século biografia do artista.

Picasso Litógrafo

As obras de um génio das artes plásticas do século XX no Fórum Eugénio de Almeida, em Évora - de 5 de Maio a 11 de Setembro, diariamente, entre as 9.30 e as 18.30

ÉVORA

REGUENGOS DE MONSARAZ

Escultura | “Medo” de violino | Sérgio Pliz, violoncelo Encenação: Mário BarradasMargarida Ribeiro Convento dos Remédios | Av. S. Elenco: Álvaro Corte Real | 13 a 27 de Maio Sebastião Figueira Cid | Maria Marrafa | Galeria do INATEL | Rua Serpa Horário: 21h30 Jorge Baião | Rosário Gonzaga | Pinto, 4 Rui NunoHorário: 2ª a 6ª feira das 14h00 Concerto Rock | “Phazer” Estreia: 21h30 | Horário: 3ª

Exposição | Homenagem às 18h30 6 de Maio | Av. S. Sebastião | feira a Sábado às 21h30Póstuma a Paulo Ramos Chafariz das BravasAté 13 de Maio | Rua da Filatelia | Homenagem ao Horário: 22h00 Teatro de Marionetas | “Auto Misericórdia, 9 Poeta Popular Jorge Rouxinol da Barca do Inferno”Horário: 2ª a 6ª feira das 9h00 20 a 27 de Maio | Salão Nobre Ciclos de Música | Melodea - 2 de Maio a 4 de Junho às 13h00 e das 14h00 às 18h00 do INATEL | Rua Serpa Pinto, 6 Promenade Romântica: Biblioteca Pública de Évora | Fim-de-semana das 10h00 às Inauguração: 11h30 | Horário: “Uma Noite em Viena com Largo Conde de Vila Flor13h00 e das 15h00 às 19h00 2ª a 6ª feira das 10h00 às 17h30 Guitarra” Horário: Maio às 16h00 (Esco-

6 de Maio las) excepto Sábados, Domingos Pintura | Gonçalo Ruivo Exposição | “O Mundo dos Concerto Comentado por Dejan e FeriadosAté 14 de Maio | Rua do 3 e 4 de Junho às 18h30Insectos” Ivanovic e a sua guitarra condu-Salvador, 1 25 de Maio a 18 de Junho | zem um passeio pela Viena do Horário: 3ª a Domingo feira das Palácio de D. Manuel | Jardim Século XIX. Teatro de Marionetas | “Tal-15h00 às 19h0 Público Fórum Eugénio de Almeida | vez Haja Espectáculo”

Horário: 3ª a 6ª feira das 10h00 Rua Vasco da Gama, 13 Maio e JunhoPintura | Ana Marchand às 12h00 e das 14h00 às 18h00 Horário: 21h30 Café-Concerto, um Espectáculo Até 19 de Maio | Rua Manuel do para Adultos.Olival, 22 Galeria - OficinadaTerra Encontro de Tunas | XVII Casa dos Bonecos | Largo de Horário: 2ª a 6ª feira das 15h00 Machede Velho (Beco) Artesanato Contemporâneo Noite de Tunas da Queima das às 19h00 | Sábados das 15h00 Horário: 5ª, 6ª feiras e Sábados de Tiago Cabeça e Magda Fitas da Universidade de às 18h00 a partir das 22h00 Ventura. Évora

Rua do Raimundo, 51 A 24 de MaioPintura e Desenho | “Ponto de Encontro com o Escritor Horário: 10h00 às 19h00 A Tradicional Noite de Tunas da Vista das Árvores”, de Queima das Fitas decorre mais Gonçalo M. TavaresJacobien de Rooij 27 de Maio | Largo Conde de O Mundo do Trabalho e a uma vez nos Claustros da Até 21 de Maio | Igreja de S. Vila Flor | Biblioteca Pública de Oficina de Aferição Universidade, contando com a Vicente | Largo de S. Vicente ÉvoraNúcleo Museológico Metrologia presença de tunas nacionais e Horário: 3ª a 6ª feira das 10h00 Horário: 21h30 | Largo do Chão das Covas, 15 internacionais, num cenário de às 12h00 e das 15h00 às 19h00 Projecto no Campo da História elevado valor estético.Fim de Semana e Feriados das da Metrologia em Portugal - Claustros do Colégio do Espírito 15h00 às 19h00 Casa da Balança. Santo

Horário: 2ª a 6ª feira das 9h30 Horário: 22h00 Exposição | Homenagem às 13h00 Póstuma a Paulo Ramos Encerrado aos Sábados, Projecto 3 CulturasAté 13 de Maio | Rua da Domingos e Feriados 27 e 28 de Maio

Campeonato Nacional de Misericórdia, 9 O Projecto "3 Culturas" é o resul-Orientação | 6 e 7 Maio Horário: 2ª a 6ª feira das 9h00 Atelier Aberto | Artes tado da parceria que as Câmaras Dia 06 - Sábadoàs 13h00 e das 14h00 às 18h00 Municipais de Évora, Idanha-a-Plásticas13.00 horas - Abertura do Fim de Semana das 10h00 às Nova e Mértola estabeleceram Escola André de Resende | Secretariado (Monte Barrocal); 13h00 e das 15h00 às 19h00 para a Programação em Rede. Atelier da AGE15.00 horas - Início da Prova Integrado no âmbito da “Feira Horário: 2ª feira das 16h00 às Distância Média; 19.30 horas - Pintura | Gonçalo Ruivo do Livro”, esta programação 20h00Cerimónia de entrega de Até 14 de Maio | Rua do integra componentes eruditas e Prémios.Salvador, 1 tradicionais: música medieval Museu de Carruagens do Dia 07 - DomingoHorário: 3ª a Domingo feira das de influência árabe, judia e cris-Século XVIII e XIX08.30 horas - Abertura 15h00 às 19h0 tã por Eduardo Paniagua e “A Museu de Carruagens | Largo Secretariado (Pç Liberdade); Toque do Adufe” de Idanha-a-Dr. Mário Chicó, 4/609.00 horas Campeonato Sprint; Pintura | Ana Marchand Nova.Horário: 2ª a 6ª feira das 10h00 12.30 horas - Cerimónia de Até 19 de Maio | Rua Manuel do Praça do Giraldoàs 12h30 e das 14h30 às 18h00 entrega de Prémios .Olival, 22 Sábado das 10h00 às 12h30 e

Horário: 2ª a 6ª feira das 15h00 Crianças | Dança na Escoladas 14h30 às 18h00 Exponáutica - 5ª Mostra de às 19h00 | Sábados das 15h00 1 e 19 de Maio | Atelier Encerrado aos Domingos e Equipamentos Náuticos de às 18h00 Itinerante de Dança Criativa.FeriadosRecreio e Lazer (barcos, canoa-Direcção Artística: Nélia gem, jardinagem e pesca)Pintura e Desenho | “Ponto de PinheiroUnidade Museológica CEA Parque de Feiras e Exposições Vista das Árvores” Escolas EB1 do Concelho e (Antiga Central Elevatória de de Reguengos de Monsaraz - 12 de Jacobien de Rooij InfantáriosÁguas da Cidade de Évora)A 15 de Maio Até 21 de Maio Itinerário Expositivo -

Igreja de S. Vicente | Largo de S. Espectáculo para Crianças | Arqueologia Industrial e FEIRA DE MAIO 2006Vicente “Na Floresta”Património Hidráulico.Feira Tradicional, Comércio Horário: 3ª a 6ª feira das 10h00 2 a 6 de Maio | Espectáculo de Unidade Museológica CEA | Rua de Produtos, Exposição de às 12h00 e das 15h00 às 19h00 Dança para a Infância.do Menino JesusActividades Económicas e de Fim de Semana e Feriados das De Rafael Leitão | Cerografia: Horário: 2ª a 6ª feira das 14h00 Máquinas Agrícolas, 15h00 às 19h00 Joana Simõesàs 17h30Diversões - 13 a 15 de MaioInfantários e Escolas EB1 do Encerrado aos Sábados, Actividades Equestres Exposição | Arte Concelho de ÉvoraDomingos e Feriados- Dia 12 (Sexta-feira) - Picadeiro 1 a 15 de Maio Horário: 2ª a 6ª feira das 10h3 e disponível para os expositores; Galeria do INATEL | Rua Serpa 14h30 (secções para escolas)Eborae Mvsica- Dia 13 (Sábado) - Concurso de Pinto, 4 Maio | Concertos Escolares | Saltos Nacional de Obstáculos - Horário: 2ª a 6ª feira das 14h00 Dança | “The Hospital”“Concertos Didácticos”Nível C e Jornada do às 18h30 13 de Maio | Coreografia: Jo Um quarteto de cordas constitu-Campeonato Nacional de horse-Strømgren (Noruega)ído por professores do ball; Litografias | Picasso Litógrafo Intérpretes: Guri Glans | Conservatório Regional de - Dia 14 (Domingo) - Concurso 5 de Maio a Setembro | Fórum Gunhild Aubert Opdal | Ingri Évora “Eborae Mvsica” apresen-de Saltos Nacional de Obstácu-Eugénio de Almeida | Rua Vasco Enger Damontarão de forma lúdica e interac-los - Nível C Jornada do Cam-da Gama, 13 Pessoas esquecidas em lugares tiva os vários instrumentos e peonato Nacional de horsebal.Nesta exposição estão reunidas esquecidos e as histórias imagi-executarão pequenos trechos

62 litografias de Picasso, per- nárias relacionadas com uma tal musicais acompanhados pelos I Passeio BTT Inter Freguesias tencentes a diferentes épocas, possível miséria têm sido um alunos.do Concelho de Reguengos de desde as primeiras incursões no dos maiores tópico do repertório Escolas do 1º Ciclo, EB2, 3 e Monsarazmundo da gravura, em 1904, até da Jo Strømgren.SecundáriasSábado, 27 Maio | à série “As Mulheres de Argel”, Teatro Municipal “Garcia de Concentração: Bairro 25 de de 1955, numa fase de plena Resende” | Praça Joaquim 2 de Maio - “Scarlatti em Abril - S. Pedro do Corval - 9.00 maturidade artística. António de AguiarEspanha”HorasHorário: Diariamente das 9h30 Horário: 21h30 Convento dos Remédios | Av. S.

às 18h30 Sebastião Feira de VelhariasCiclo de Cinema | Ciclo Horário: 18h30Monsaraz, 28 Maio | Adro da Exposição Colectiva | “Blanck Gutenberg, Lumière & Cª5 de Maio - Conserto pelos IgrejaCanvas” Maio a Junho | Filmes projecta-Alunos de Clarinete

6 a 28 de Maio | Palácio de D. dos relacionados com obras lite-Convento dos Remédios | Av. S. XII Festa Ibérica da Olaria e Manuel | Jardim Público rárias.Sebastiãodo Barro - Salvatierra de Los Horário: 3ª a 6ª feira das 10h00 Largo Conde de Vila Flor | Horário: 18h00Barros | 25 a 28 de Maioàs 12h00 e das 14h00 às 18h00 Biblioteca Pública de Évora6 de Maio - Concerto pelos Horário de funcionamento - Horário: Durante a “Feira do Professores11.00 horas - 22.00 (hora espa-Pintura | Sara Domingues Livro” Mauro Dilema, Tito Gonçalves e nhola).12 a 31 de Maio | Rua de Santa Patrizia Giliberti, piano | Organização: Câmara Municipal Maria, 21 Teatro | “Segunda Supressa Corrado Floriddia, saxofone | de Reguengos de Monsaraz / Horário: 2ª feira a Sábado das do Amor”Fabrizio Nazetti, trompete | Ayuntamiento de Salvatierra de 18h00 às 20h00 | Encerra 4 a 27 de Maio | Teatro José Farinha, viola dedilhada | Los BarrosDomingos e feriados Municipal “Garcia de Resende” Susana Nogueira e Luís Rufo,

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Martinho da Vila em Reguengos As festas de Santo António, em Reguengos de Monsaraz (Junho), abrem com música popu-lar brasileira. Martinho da Vila, promete deixar a «tristreza pra lá» e can-tar forte os seus sam-bas. O programa de espectáculos incluirá ainda, entre outros, a portuguesa Rita Guerra. Em 1995, Martinho da Vila, que já era um dos artistas com mais discos vendidos no Brasil, tor-nou-se o primeiro sam-bista a ultrapassar a marca de um milhão de cópias com o CD “Tá delícia, Tá gostoso”.

"O Castelo em Imagens”Fotografia, Desenho, Pintura e Vídeo3º Concurso Nacional Escolar e 4º Festival de Cinema (direcção de Lauro António)Portel, 7 a 13 de MaioOrganização: Câmara Municipal de Portel

Receita doce em MontemorMisture pão, doçaria conventual ou de inspi-ração mais actual e cria-tiva, acrescente-lhe uma feira centenária com entretenimentos varia-dos, e uma pitada de arte. Envolva tudo muito bem e por fim adi-cione animação popular e delicie-se durante três dias. Esta é a receita da III Feira do Pão e da Doçaria de Montemor-o-Novo – 5 a 7 de Maio no Parque de Exposições| www.cm-montemornovo.pt

Page 12: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

bio

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Luís Carmelo, como gosta de dizer nas-ceu na Judiaria de Évora no mês de Agosto de 1954. As marcas que lhe fica-ram devem-se à paisagem plana, à opu-lência da Sé, aos claustros austeros do liceu (nos dias de hoje de novo univer-sidade) e ao silêncio espesso dos verões «muito quentes que pareciam querer abençoar uma graça incomum».

Na auto-biografia que inseriu na sua página pessoal (http://luiscarmelo.net), Luís Carmelo confessa que, desde pequeno, entende Évora como uma caixa de surpresas - «Dela se alimen-tam as sacadas solares, as cornijas voa-doras, os brasões sem memória, as ombreiras de tom ocre, os ameados entre sebes, as clarabóias coloridas, as escadarias abismadas, as frestas simu-ladas, as amarras manuelinas, as águas-furtadas ao vento, os jardins oblíquos, as janelas namoradeiras, os logradouros de ervas aromáticas, os espectros dos frisos, os balaústres fugi-tivos, os mármores enleados e os ter-raços presos à névoa crepuscular».

O final da adolescência foi vivido em Tomar e seguiu-se um período que o próprio considera «rico de ruptura, de transição, de ímpeto», «on the road» Europa fora. Depois, os estudos de soci-ologia, a experiência como professor do secundário (em Reguengos de Monsaraz), até, chegado aos anos 80, voltar a atravessar a fronteira para regressar à Holanda, onde viveu durante uma dezena de anos e onde desenvolveu, em termos académicos, uma intensa actividade - estudos na área literária e também na área da filo-sofia escritural islâmica (anos antes estudou árabe), doutoramento na Universidade de Utreque, em Semiótica da Comunicação Profética.

Em 1990, regressou a Portugal e pas-sou a viver em Lisboa. Cinco anos depo-is iniciou uma intensa actividade lite-rária, acabando por ter a capital como local de trabalho (professor universi-tário) e Évora como habitat.

As tecnologias, diz, tornaram possível o sonho de «viver em Évora, auscul-tando as virtualidades da periferia do mundo, mas, ao mesmo tempo, respi-rando os vários centros da nossa pequena galáxia global» mas permiti-ram-lhe ainda uma presença constan-te na rede, de que o blogue «Miniscen-te» é um exemplo - - http://luiscarmelo.blogspot.com.

José M. Rodrigues; 2002, Casa do Sul, (2005, Publicações Europa-América, ~ Poesia ~Évora), Lisboa);Músicas da Consciência A Viragem Profética Fio de Prumo (com prefácio de António Damásio; (2005, Publicações Europa-América, (1981, Terramar, Torres Vedras);2002, Publicações Europa-América, Lisboa). Vão Interior do Rio Lisboa), (1982, Atelier 18, Amesterdão); Órbitas da Modernidade ~ Drama e Argumento ~ Ângulo Raso (2003, Editorial Mareantes, Lisboa); (1983, Atelier 18, Amesterdão).Semiótica - Uma Introdução Nefertiti ~ Crónica ~(2003, Publicações Europa-América, (libretto de drama musical de José Do Milénio e Outras Crónicas Lisboa); Júlio Lopes, 2000, Edisardo, Lisboa); (2000, Casa do Sul, Évora);Manual de Escrita Criativa A Falha Quase a Respirar (2005, Publicações Europa-América, (argumento para a longa metragem (Um ano de biografia poética aos cin-Lisboa); homónima de João Mário Grilo, 2002, quenta anos de idade; 2004, Edição A Novíssima Poesia Portuguesa Lisboa). de autor, Évora).e a Experiência Estética Contemporânea

do livro”). Ao lado de tal caminhada um universo autista. Mas sinto ainda um conjunto de conferências que se rea-meio experimental meio metafísica hoje uma grande influência pelo que lizaram na Universidade de Harvard há (lembro-me de Nietzsche ser proibido!), Deleuze escreveu acerca do nomadismo já duas décadas (mais concretamente, o material 'on the road' acompanhar- na literatura anglo-saxónica (retenho, a foi no ano lectivo 1985/86). O modo -me-ia até à revolução de 74. Já na propósito, Faulkner e o modo como aí transversal de pensar o devir do Holanda, nos anos oitenta, tive várias apreendo a raiz de Lobo Antunes), para Ocidente e a perdição dos seus textos é paixões, de que destaco o Guimarães além de não poder esquecer aqui a adu- notável ao longo dos cinco inesquecíveis Rosa, o Borges, o Durrell dos Quartetos e lação por Kafka, a luminosidade de capítulos que enformam o livro: “Leve-toda a grande literatura do pós-Primeira Christian Bobin e a nitidez sempre pre- za”, “Rapidez”, “Exactidão”, “Visibilida-Grande Guerra Mundial (essa grande sente de João Cabral de Melo Neto. de” e “Multiplicidade”. Volto a ele mui-'viragem' onde Proust, Zvevo, James, Actualmente, como últimos livros bem tas, muitas vezes.Woolf e Joyce aparecem a par). Nunca devorados, deixo os nomes de Filipa deixei de lado a leitura cruzada e propri- Melo, Rubem Fonseca, Paul Auster, Enquanto escritor, a blogosfera amente portuguesa: desde a poética de Amos Oz ou Philip Roth (o último tornou-se numa nova experiência. Carlos de Oliveira, à geometria de romance que li foi mesmo “A Cons- É para continuar?Almeida Faria, ao ritmo do Padre piração Contra a América”). Gosto muito de blogar. É um novo ofício António Vieira. De facto, hoje em dia, diário, vai quase para três anos (estou no prefiro a ordem e a claridade ao prolixo Mas, há obras que ficam como refe- “Miniscente”, passe a publicidade). (de que já fui, aliás, praticante). Li imen- rência especial. Há sempre um livro Trata-se de uma nova forma de nos sa literatura profética por causa do meu que deixa marcas mais profundas … sabermos a partilhar a “segunda nature-doutoramento, até há doze anos, e, depo- Escolher um livro é difícil. Felizmente, za”, tal como Roy Ascott a caracterizou. is, saciei-me de ensaísmo sobre as gran- no Ocidente, superámos a compreensão Este novo “being-in-common” - a des derivas contemporâneas (as coisas do mundo a partir do “Livro” único e expressão é de Alec McHoul - não une ligam-se, como tenho tentado demons- anterior a tudo e a todos. Não podendo “cyborgs”, mas ainda e apenas fantas-trar em vários livros meus). Com excep- ficar-me pela pluralidade, resta-me, por- mas que se sonham uns aos outros. Seja ção do material que acompanhou a tanto, escolher um livro onde, já no como for, o fenómeno dos blogues ilus-escrita de um dos meus ensaios do pas- final, se reflecte, aliás com muito brilho, tra um novo sentido de comunidade sado Outono - sobre a “Novíssima” poe- acerca de “incipits” e desenlaces de nar- 'aterritorial' e de agenciamento comuni-sia porrtuguesa -, abandonei há muito a rativas. Refiro-me ao livro de Italo cacional: os dados que se cruzam pela leitura de metatextos que visam exclusi- Calvino, “Seis Propostas para o próximo blogosfera estão, de facto, a transformar vamente a literatura. Como se tivesse milénio” (que inclui o tal texto, “Come- serenamente a estabilidade e o fecha-deixado de valer a pena. Como se fosse çar e Acabar”). O livro tem como base mento do espaço público.

‘Ao lado de algum excessivo e doentio culto patrimonial, falta em Évora contemporaneidade, permutas permanentes e gestão profissional para certas estruturas como por exemplo para o Teatro Municipal’

Luís Carmelo

notícias Maio 2006alentejo~12

entrevista~

Os Livros A Falha Sete Ceús ção e tradução inglesa, Ontology Of (1998, Editorial Notícias, Lisboa; 2ª (No prelo, 2007). The South, Sul, Edição dos Encontros edição, 2001, Planeta Agostini, de fotografia de Coimbra, 1996);

~ Romance ~ Lisboa; 3ª edição, Editorial Notícias, ~ Ensaio ~ Anjos e Meteoros. Ensaio Sobre Lisboa; tradução espanhola, La a Instantaneidade

Entre o Eco do Espelho Grieta, 2002, Hiru Argitaletxea, A Tetralogia Lusitana de (1999, Editorial Notícias, Lisboa); (1986, Peregrinação, Baden-Lisboa; Hondarribia, Espanha; romance adap- Almeida Faria Os Jardins da Voyance tradução inglesa parcial, Revista New tado ao cinema por João Mário Grilo (1989, Universidade de Utreque, tradução inglesa, The Gardens of visi-Wave, 20, Universidade do Colorado, em 2002); Holanda; Prémio da Ensaio da on and the bright Ofélias of the Douro Boulder, USA); As Saudades do Mundo Associação Portuguesa de Escritores, (álbum-encomenda Os Jardins de Cortejo do Litoral Esquecido (1999, Editorial Notícias, Lisboa); 1988); Cristal, edição da Porto-2001 e (1988, Vega, Lisboa); O Trevo de Abel, La Représentation du Réel dans Roterdão-2001, com o fotógrafo José No Princípio era Veneza (2001, Editorial Notícias, Lisboa); des Textes Prophétiques M. Rodrigues), (1990, Vega; 2ª edição, 1997, Vega, Máscaras de Amesterdão (1995 - Tese de Doutoramento -, Islão e Mundo Cristão Lisboa); (2002, Editorial Notícias, Lisboa; Universidade de Utreque, Holanda); (2001, Editora Hugin, Lisboa), Sempre Noiva O Inventor de Lágrimas Sob o Rosto da Europa Água de Prata (1996, Vega); (2004, Editorial Notícias, Lisboa); (1996, Pendor, Évora-Lisboa; 2ª edi- (sobre a obra do Prémio Pessoa,

«A regionalização é sobretudo uma burocracia politicamente útil para alguns e um contraponto simétrico à centralidade lisboeta para outros». Com estas palavras, Luís Carmelo avança para a explicação dos motivos que o levam a posicio-nar-se contra a divisão do País em regiões. Nesta entrevista ao Notícias Alentejo, Luís Carmelo fala da sua vida profissional, da univer-sidade aos livros, e da sua relação com a cidade onde nasceu - Évora.

Luís Carmelo é professor universi-tário, escritor que já passou pelo ensaio, pelo romance e pela poesia, e um activo criador de conteúdos na blogosfera. No Miniscente (http://luiscarmelo.blogspot.com) deixa diariamente a sua impressão digital e nesta entrevista aceitou saltar, ao ritmo da Internet, da polí-tica para a cidade e de livro em livro para nos falar da sua vida e das sua opções.

conjuntural e da demagogia da proximi- Muitas destas coisas dependeriam dade. Portugal não tem de facto escala, essencialmente de vontade política. nem necessidade para um tal desafio. Mas nem sempre a vontade é livre, Quando não há causas, inventam-se como um dia Hobbes e outros autores simulacros. tão bem explicaram.

A regionalização que actualmente se A sua relação com a cidade passa tam-debate tem surgido associada à ne- bém pela opção de residência. Para cessidade de desburocratização, mas quem faz v ida profissional em também no Poder Local o excesso de Lisboa, Évora fica reservada ao espa-burocracia, passados todos estes ço de trabalho e à relação com os anos, é um problema por resolver… livros? Ou o escritório resume-se a O nosso poder local é frágil. Os proces- um espaço para recuperar a harmo-sos são demorados, a lei exige tramita- nia e saborear o bem-estar?ções sem fim, o funcionalismo é picui- Na relação com o meu espaço de traba-nha, os políticos vivem sob pressão ime- lho, há um misto de desarrumação e de diata, os meios são pequenos, as pessoas bem-estar. Mas nem sempre impera a conhecem-se e, pelo meio, há partidos harmonia entre ambos. Para um nóma-que funcionam como células meio da como eu, sempre que chego ao escri-desintegradas da democracia. O caso do tório (a biblioteca, se assim lhe puder-PDM de Évora é emblemático: o tipo de mos chamar, reparte-se por mais do que desentendimentos, intrigas e descon- uma parte da casa), é como se tudo come-certos, a diluição de competências entre çasse de novo. E muitas vezes a arru-eleitos, não eleitos e técnicos e, sobretu- mação é que paga. A alma, afinal, vive do, o desalento de quem quer investir destes desencontros e é por isso que exis-aqui mas se vê impedido de construir tirá.por causa de tanto onanismo político é, no mínimo, dramático. Diria que se Para quem andou a «saltar» de Évora trata de um dramatismo grotesco, para Lisboa, passando por Tomar, sem

O que se ganha (ou perde) com a divi- pequenino, no fundo tão frágil como são esquecer o «on the road» pela Europa, os pequenos poderes e algumas ambi-são do País em regiões, uma ideia isso significa muitos livros perdidos? ções acacianas. Pelo meio, há gente que, de resto, no Alentejo, tem sido Eu vivi em imensas casas e em mais do extremamente bem intencionada, gente defendida por políticos de vários qua- que um país. Para além disso, há ainda a que deseja apenas servir, mas que acaba drantes? singular natureza dos divórcios. Como estriada pelas circunstâncias.Não sou regionalista. Adoro o Alentejo e sou excessivamente despegado dos

sei que é irrevogavelmente a minha ter- objectos que me rodeiam, perdi pelo Évora tem sido nas últimas décadas ra, mas não me identifico com os movi- caminho muita coisa que hoje gostaria uma cidade associada a uma ideia de mentos telúricos exageradamente cen- de ter ao meu lado. Incluindo romances, cultura. Mas, retirando-lhe a ver-trados sobre si próprios. Nem sei bem ensaios e até livros meus. De alguns

qual seria o papel de um “Parlamento tente do Património, será que resta deles, tenho uma única cópia e há anto-Alentejano”, nem para o que serviria. A assim tanta actividade cultural? logias, onde entrei há mais de vinte democracia é um modelo inteligente A cultura está a tornar-se num pala- anos, de que não tenho um único exem-que salvaguarda as liberdades e que vrão. Serve para tudo e para nada. plar. Imperdoável. Se eu pudesse agora deve alimentar-se das iniciativas da soci- Modo de vida para uns, crença desmedi- espreitar as minhas prateleiras de há edade, de baixo para cima. O que quer da para outros, propaganda para os trinta anos, creio que não encontraria dizer que as instituições, para além das mais calculistas, sacralização para algu- um único livro dos que hoje me cobrem já canonizadas, deverão ser o resultado ma inocência e via lúdica para os mais as paredes.desses movimentos de liberdade e inici- desinibidos. Não é tema que hoje em dia ativa e não o contrário. E o que eu cons- me encante, a não ser na perspectiva da Há livros que marcam épocas.

teoria da cultura. Seja como for, ao lado tato é que a regionalização é sobretudo No caso do leitor Luís Carmelo, o que de algum excessivo e doentio culto patri-uma burocracia politicamente útil para ficou como referência?

alguns e um contraponto simétrico à monial, falta em Évora contemporanei- Tive uma adolescência tardia, pelo que centralidade lisboeta para outros. dade, permutas permanentes e gestão fiz uma transição pouco pacífica entre Sinceramente, a regionalização parece- profissional para certas estruturas Hergé, o Major Alvega e Fernando me um artifício desnecessário, embora como por exemplo para o Teatro Pessoa (nessa memória, guardo largas o debate político tenda a impô-la atra- Municipal (ainda vítima de tricas politi- horas de leitura que, a seu tempo, ainda vés de palavras de ordem, da apologia queiras com trinta anos de idade). enquadravam a chamada “civilização

“A regionalização é um artifício desnecessário”

‘O caso do PDM de Évora é emblemático: o tipo de desentendimentos, intrigas e desconcertos, a diluição de competências entre eleitos, não eleitos e técnicos e, sobretudo, o desalento de quem quer investir aqui mas se vê impedido de construir por causa de tanto onanismo político é, no mínimo, dramático’

Texto Fotografia Carlos Trigo David Alexandre

Page 13: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

bio

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Luís Carmelo, como gosta de dizer nas-ceu na Judiaria de Évora no mês de Agosto de 1954. As marcas que lhe fica-ram devem-se à paisagem plana, à opu-lência da Sé, aos claustros austeros do liceu (nos dias de hoje de novo univer-sidade) e ao silêncio espesso dos verões «muito quentes que pareciam querer abençoar uma graça incomum».

Na auto-biografia que inseriu na sua página pessoal (http://luiscarmelo.net), Luís Carmelo confessa que, desde pequeno, entende Évora como uma caixa de surpresas - «Dela se alimen-tam as sacadas solares, as cornijas voa-doras, os brasões sem memória, as ombreiras de tom ocre, os ameados entre sebes, as clarabóias coloridas, as escadarias abismadas, as frestas simu-ladas, as amarras manuelinas, as águas-furtadas ao vento, os jardins oblíquos, as janelas namoradeiras, os logradouros de ervas aromáticas, os espectros dos frisos, os balaústres fugi-tivos, os mármores enleados e os ter-raços presos à névoa crepuscular».

O final da adolescência foi vivido em Tomar e seguiu-se um período que o próprio considera «rico de ruptura, de transição, de ímpeto», «on the road» Europa fora. Depois, os estudos de soci-ologia, a experiência como professor do secundário (em Reguengos de Monsaraz), até, chegado aos anos 80, voltar a atravessar a fronteira para regressar à Holanda, onde viveu durante uma dezena de anos e onde desenvolveu, em termos académicos, uma intensa actividade - estudos na área literária e também na área da filo-sofia escritural islâmica (anos antes estudou árabe), doutoramento na Universidade de Utreque, em Semiótica da Comunicação Profética.

Em 1990, regressou a Portugal e pas-sou a viver em Lisboa. Cinco anos depo-is iniciou uma intensa actividade lite-rária, acabando por ter a capital como local de trabalho (professor universi-tário) e Évora como habitat.

As tecnologias, diz, tornaram possível o sonho de «viver em Évora, auscul-tando as virtualidades da periferia do mundo, mas, ao mesmo tempo, respi-rando os vários centros da nossa pequena galáxia global» mas permiti-ram-lhe ainda uma presença constan-te na rede, de que o blogue «Miniscen-te» é um exemplo - - http://luiscarmelo.blogspot.com.

José M. Rodrigues; 2002, Casa do Sul, (2005, Publicações Europa-América, ~ Poesia ~Évora), Lisboa);Músicas da Consciência A Viragem Profética Fio de Prumo (com prefácio de António Damásio; (2005, Publicações Europa-América, (1981, Terramar, Torres Vedras);2002, Publicações Europa-América, Lisboa). Vão Interior do Rio Lisboa), (1982, Atelier 18, Amesterdão); Órbitas da Modernidade ~ Drama e Argumento ~ Ângulo Raso (2003, Editorial Mareantes, Lisboa); (1983, Atelier 18, Amesterdão).Semiótica - Uma Introdução Nefertiti ~ Crónica ~(2003, Publicações Europa-América, (libretto de drama musical de José Do Milénio e Outras Crónicas Lisboa); Júlio Lopes, 2000, Edisardo, Lisboa); (2000, Casa do Sul, Évora);Manual de Escrita Criativa A Falha Quase a Respirar (2005, Publicações Europa-América, (argumento para a longa metragem (Um ano de biografia poética aos cin-Lisboa); homónima de João Mário Grilo, 2002, quenta anos de idade; 2004, Edição A Novíssima Poesia Portuguesa Lisboa). de autor, Évora).e a Experiência Estética Contemporânea

do livro”). Ao lado de tal caminhada um universo autista. Mas sinto ainda um conjunto de conferências que se rea-meio experimental meio metafísica hoje uma grande influência pelo que lizaram na Universidade de Harvard há (lembro-me de Nietzsche ser proibido!), Deleuze escreveu acerca do nomadismo já duas décadas (mais concretamente, o material 'on the road' acompanhar- na literatura anglo-saxónica (retenho, a foi no ano lectivo 1985/86). O modo -me-ia até à revolução de 74. Já na propósito, Faulkner e o modo como aí transversal de pensar o devir do Holanda, nos anos oitenta, tive várias apreendo a raiz de Lobo Antunes), para Ocidente e a perdição dos seus textos é paixões, de que destaco o Guimarães além de não poder esquecer aqui a adu- notável ao longo dos cinco inesquecíveis Rosa, o Borges, o Durrell dos Quartetos e lação por Kafka, a luminosidade de capítulos que enformam o livro: “Leve-toda a grande literatura do pós-Primeira Christian Bobin e a nitidez sempre pre- za”, “Rapidez”, “Exactidão”, “Visibilida-Grande Guerra Mundial (essa grande sente de João Cabral de Melo Neto. de” e “Multiplicidade”. Volto a ele mui-'viragem' onde Proust, Zvevo, James, Actualmente, como últimos livros bem tas, muitas vezes.Woolf e Joyce aparecem a par). Nunca devorados, deixo os nomes de Filipa deixei de lado a leitura cruzada e propri- Melo, Rubem Fonseca, Paul Auster, Enquanto escritor, a blogosfera amente portuguesa: desde a poética de Amos Oz ou Philip Roth (o último tornou-se numa nova experiência. Carlos de Oliveira, à geometria de romance que li foi mesmo “A Cons- É para continuar?Almeida Faria, ao ritmo do Padre piração Contra a América”). Gosto muito de blogar. É um novo ofício António Vieira. De facto, hoje em dia, diário, vai quase para três anos (estou no prefiro a ordem e a claridade ao prolixo Mas, há obras que ficam como refe- “Miniscente”, passe a publicidade). (de que já fui, aliás, praticante). Li imen- rência especial. Há sempre um livro Trata-se de uma nova forma de nos sa literatura profética por causa do meu que deixa marcas mais profundas … sabermos a partilhar a “segunda nature-doutoramento, até há doze anos, e, depo- Escolher um livro é difícil. Felizmente, za”, tal como Roy Ascott a caracterizou. is, saciei-me de ensaísmo sobre as gran- no Ocidente, superámos a compreensão Este novo “being-in-common” - a des derivas contemporâneas (as coisas do mundo a partir do “Livro” único e expressão é de Alec McHoul - não une ligam-se, como tenho tentado demons- anterior a tudo e a todos. Não podendo “cyborgs”, mas ainda e apenas fantas-trar em vários livros meus). Com excep- ficar-me pela pluralidade, resta-me, por- mas que se sonham uns aos outros. Seja ção do material que acompanhou a tanto, escolher um livro onde, já no como for, o fenómeno dos blogues ilus-escrita de um dos meus ensaios do pas- final, se reflecte, aliás com muito brilho, tra um novo sentido de comunidade sado Outono - sobre a “Novíssima” poe- acerca de “incipits” e desenlaces de nar- 'aterritorial' e de agenciamento comuni-sia porrtuguesa -, abandonei há muito a rativas. Refiro-me ao livro de Italo cacional: os dados que se cruzam pela leitura de metatextos que visam exclusi- Calvino, “Seis Propostas para o próximo blogosfera estão, de facto, a transformar vamente a literatura. Como se tivesse milénio” (que inclui o tal texto, “Come- serenamente a estabilidade e o fecha-deixado de valer a pena. Como se fosse çar e Acabar”). O livro tem como base mento do espaço público.

‘Ao lado de algum excessivo e doentio culto patrimonial, falta em Évora contemporaneidade, permutas permanentes e gestão profissional para certas estruturas como por exemplo para o Teatro Municipal’

Luís Carmelo

notícias Maio 2006alentejo~12

entrevista~

Os Livros A Falha Sete Ceús ção e tradução inglesa, Ontology Of (1998, Editorial Notícias, Lisboa; 2ª (No prelo, 2007). The South, Sul, Edição dos Encontros edição, 2001, Planeta Agostini, de fotografia de Coimbra, 1996);

~ Romance ~ Lisboa; 3ª edição, Editorial Notícias, ~ Ensaio ~ Anjos e Meteoros. Ensaio Sobre Lisboa; tradução espanhola, La a Instantaneidade

Entre o Eco do Espelho Grieta, 2002, Hiru Argitaletxea, A Tetralogia Lusitana de (1999, Editorial Notícias, Lisboa); (1986, Peregrinação, Baden-Lisboa; Hondarribia, Espanha; romance adap- Almeida Faria Os Jardins da Voyance tradução inglesa parcial, Revista New tado ao cinema por João Mário Grilo (1989, Universidade de Utreque, tradução inglesa, The Gardens of visi-Wave, 20, Universidade do Colorado, em 2002); Holanda; Prémio da Ensaio da on and the bright Ofélias of the Douro Boulder, USA); As Saudades do Mundo Associação Portuguesa de Escritores, (álbum-encomenda Os Jardins de Cortejo do Litoral Esquecido (1999, Editorial Notícias, Lisboa); 1988); Cristal, edição da Porto-2001 e (1988, Vega, Lisboa); O Trevo de Abel, La Représentation du Réel dans Roterdão-2001, com o fotógrafo José No Princípio era Veneza (2001, Editorial Notícias, Lisboa); des Textes Prophétiques M. Rodrigues), (1990, Vega; 2ª edição, 1997, Vega, Máscaras de Amesterdão (1995 - Tese de Doutoramento -, Islão e Mundo Cristão Lisboa); (2002, Editorial Notícias, Lisboa; Universidade de Utreque, Holanda); (2001, Editora Hugin, Lisboa), Sempre Noiva O Inventor de Lágrimas Sob o Rosto da Europa Água de Prata (1996, Vega); (2004, Editorial Notícias, Lisboa); (1996, Pendor, Évora-Lisboa; 2ª edi- (sobre a obra do Prémio Pessoa,

«A regionalização é sobretudo uma burocracia politicamente útil para alguns e um contraponto simétrico à centralidade lisboeta para outros». Com estas palavras, Luís Carmelo avança para a explicação dos motivos que o levam a posicio-nar-se contra a divisão do País em regiões. Nesta entrevista ao Notícias Alentejo, Luís Carmelo fala da sua vida profissional, da univer-sidade aos livros, e da sua relação com a cidade onde nasceu - Évora.

Luís Carmelo é professor universi-tário, escritor que já passou pelo ensaio, pelo romance e pela poesia, e um activo criador de conteúdos na blogosfera. No Miniscente (http://luiscarmelo.blogspot.com) deixa diariamente a sua impressão digital e nesta entrevista aceitou saltar, ao ritmo da Internet, da polí-tica para a cidade e de livro em livro para nos falar da sua vida e das sua opções.

conjuntural e da demagogia da proximi- Muitas destas coisas dependeriam dade. Portugal não tem de facto escala, essencialmente de vontade política. nem necessidade para um tal desafio. Mas nem sempre a vontade é livre, Quando não há causas, inventam-se como um dia Hobbes e outros autores simulacros. tão bem explicaram.

A regionalização que actualmente se A sua relação com a cidade passa tam-debate tem surgido associada à ne- bém pela opção de residência. Para cessidade de desburocratização, mas quem faz v ida profissional em também no Poder Local o excesso de Lisboa, Évora fica reservada ao espa-burocracia, passados todos estes ço de trabalho e à relação com os anos, é um problema por resolver… livros? Ou o escritório resume-se a O nosso poder local é frágil. Os proces- um espaço para recuperar a harmo-sos são demorados, a lei exige tramita- nia e saborear o bem-estar?ções sem fim, o funcionalismo é picui- Na relação com o meu espaço de traba-nha, os políticos vivem sob pressão ime- lho, há um misto de desarrumação e de diata, os meios são pequenos, as pessoas bem-estar. Mas nem sempre impera a conhecem-se e, pelo meio, há partidos harmonia entre ambos. Para um nóma-que funcionam como células meio da como eu, sempre que chego ao escri-desintegradas da democracia. O caso do tório (a biblioteca, se assim lhe puder-PDM de Évora é emblemático: o tipo de mos chamar, reparte-se por mais do que desentendimentos, intrigas e descon- uma parte da casa), é como se tudo come-certos, a diluição de competências entre çasse de novo. E muitas vezes a arru-eleitos, não eleitos e técnicos e, sobretu- mação é que paga. A alma, afinal, vive do, o desalento de quem quer investir destes desencontros e é por isso que exis-aqui mas se vê impedido de construir tirá.por causa de tanto onanismo político é, no mínimo, dramático. Diria que se Para quem andou a «saltar» de Évora trata de um dramatismo grotesco, para Lisboa, passando por Tomar, sem

O que se ganha (ou perde) com a divi- pequenino, no fundo tão frágil como são esquecer o «on the road» pela Europa, os pequenos poderes e algumas ambi-são do País em regiões, uma ideia isso significa muitos livros perdidos? ções acacianas. Pelo meio, há gente que, de resto, no Alentejo, tem sido Eu vivi em imensas casas e em mais do extremamente bem intencionada, gente defendida por políticos de vários qua- que um país. Para além disso, há ainda a que deseja apenas servir, mas que acaba drantes? singular natureza dos divórcios. Como estriada pelas circunstâncias.Não sou regionalista. Adoro o Alentejo e sou excessivamente despegado dos

sei que é irrevogavelmente a minha ter- objectos que me rodeiam, perdi pelo Évora tem sido nas últimas décadas ra, mas não me identifico com os movi- caminho muita coisa que hoje gostaria uma cidade associada a uma ideia de mentos telúricos exageradamente cen- de ter ao meu lado. Incluindo romances, cultura. Mas, retirando-lhe a ver-trados sobre si próprios. Nem sei bem ensaios e até livros meus. De alguns

qual seria o papel de um “Parlamento tente do Património, será que resta deles, tenho uma única cópia e há anto-Alentejano”, nem para o que serviria. A assim tanta actividade cultural? logias, onde entrei há mais de vinte democracia é um modelo inteligente A cultura está a tornar-se num pala- anos, de que não tenho um único exem-que salvaguarda as liberdades e que vrão. Serve para tudo e para nada. plar. Imperdoável. Se eu pudesse agora deve alimentar-se das iniciativas da soci- Modo de vida para uns, crença desmedi- espreitar as minhas prateleiras de há edade, de baixo para cima. O que quer da para outros, propaganda para os trinta anos, creio que não encontraria dizer que as instituições, para além das mais calculistas, sacralização para algu- um único livro dos que hoje me cobrem já canonizadas, deverão ser o resultado ma inocência e via lúdica para os mais as paredes.desses movimentos de liberdade e inici- desinibidos. Não é tema que hoje em dia ativa e não o contrário. E o que eu cons- me encante, a não ser na perspectiva da Há livros que marcam épocas.

teoria da cultura. Seja como for, ao lado tato é que a regionalização é sobretudo No caso do leitor Luís Carmelo, o que de algum excessivo e doentio culto patri-uma burocracia politicamente útil para ficou como referência?

alguns e um contraponto simétrico à monial, falta em Évora contemporanei- Tive uma adolescência tardia, pelo que centralidade lisboeta para outros. dade, permutas permanentes e gestão fiz uma transição pouco pacífica entre Sinceramente, a regionalização parece- profissional para certas estruturas Hergé, o Major Alvega e Fernando me um artifício desnecessário, embora como por exemplo para o Teatro Pessoa (nessa memória, guardo largas o debate político tenda a impô-la atra- Municipal (ainda vítima de tricas politi- horas de leitura que, a seu tempo, ainda vés de palavras de ordem, da apologia queiras com trinta anos de idade). enquadravam a chamada “civilização

“A regionalização é um artifício desnecessário”

‘O caso do PDM de Évora é emblemático: o tipo de desentendimentos, intrigas e desconcertos, a diluição de competências entre eleitos, não eleitos e técnicos e, sobretudo, o desalento de quem quer investir aqui mas se vê impedido de construir por causa de tanto onanismo político é, no mínimo, dramático’

Texto Fotografia Carlos Trigo David Alexandre

Page 14: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

opinião~

14 notícias Maio 2006alentejo~

A. Sáez Delgado

em pátriaoutra

Joaquina [email protected]

José [email protected]

Crescemos e vivemos em No entanto, não são a nível nacional que fun-organizações. A primeira só os factores externos ciona da mesma forma organização social com que influenciam a esco- em todos os contextos que contactamos é a fa- la. Sendo uma organiza- escolares, independente-mília e evoluímos num ção, ela é composta por mente das característi-processo que associa actores que se movi- cas e necessidades espe-a nossa vida à das orga- mentam num determi- cíficas de cada escola nizações a que pertence- nado contexto e intera- e dos seus actores. mos desde a infância à gem entre si criando cli- Os modelos, na plena idade adulta. De entre mas específicos que acepção da palavra, são estas, a escola é uma das decorrem, entre outros limitativos porque res-mais importantes porque aspectos, das formas de tringem, não apenas as configura o futuro da edu- trabalhar individuais e possibilidades de se ser cação e, por consequên- colectivas. Neste proces- feliz no que se faz, como cia, o da sociedade - todos so, seria natural que os também a igualdade de os membros das várias actores analisassem e oportunidades entre ele-organizações estabelecem discutissem em conjunto mentos de uma mesma relações, em determina- os fins colectivos. No comunidade - quem não dos momentos das suas entanto, o que acontece se integra no sistema é vidas, com a escola. é que as pessoas descar- por ele segregado. Desta forma, a sua regam, frequentemente, Numa sociedade em importância social fica na classe política o cui- permanente mudança, associada à função de pro- dado de determinar os importa que esta visão ceder à tarefa educativa, fins da comunidade. monolítica da escola influenciando o desenvol- Mas, a preocupação dos e da educação seja alte-vimento da sociedade. políticos nem sempre é rada. Para o efeito, urge Por outro lado, e porque coincidente com a inten- repensar a escola actual está integrada num siste- cionalidade da escola e a partir de uma tomada ma social mais abrangen- do saber. Por este moti- de consciência face à te - a comunidade, a ins- vo, a organização escola, função social que ela tituição escolar vê a sua gerida e orientada por deve cumprir, transfor-acção condicionada pelos directrizes centraliza- mando-a numa estrutu-fenómenos sociais do das, tende a transfor- ra mais ajustada à reali-ambiente circundante. mar-se num modelo dade actual.

Função social da escola

Podia vê-lo da minha casa. O posto fronteiriço que existia no Caia era composto por várias cabi-nas em que se coloca-vam os polícias para observarem os carros que passavam por cada faixa da estrada, num jogo de ruas semelhante à portagem das auto-estradas. Por essas ruas, junto a essas cabinas, passámos muitas vezes, no carro do meu pai, com o interior do banco traseiro, sobre o qual íamos o meu irmão e eu, cheio de café português. A minha mãe nunca o tomava, fazia-lhe subir a tensão. Agora essa fron-teira, essa paragem obri-gatória, já não existe. Alguém diria que já nin-guém desenha uma linha no fundo da paisagem.

Os dias em que cons-truíram a auto-estrada que atravessa agora essa passagem do Caia, observei com atenção a desmontagem dos pos-tos fronteiriços, das tor-res metálicas, das cabi-nas. Os topógrafos fazi-am o seu trabalho na dis-tância: o traçado da auto-estrada seria mais elevado que o da velha estrada. Por isso, quan-do iam encher com ter-ras o subsolo dessa auto-estrada que eu atra-vesso quase todos os dias, os operários opta-ram por enterrar algu-mas cabinas, submetê-las ao decoro silencioso do esquecimento com umas toneladas de terra. Observei as manobras do terraço da minha casa, quase conseguia ouvir a confusão dos camiões.

Hoje passamos por cima, a toda velocidade, das cabinas enterradas. Da fronteira. Do cheiro a café no carro do meu pai. Do olhar do meu irmão que se cruza com o meu, sem que digamos nada.

Os discursos redondos nação em preencher um estão a herdar uma daqueles que nunca tive- espaço destinado aos ver- ordem internacional

Comemoramos há dias ram e dificilmente que- dadeiros servidores de com um significativo mais um aniversário da rerão assumir responsa- causas públicas; aqueles número de extremismos nossa democracia. bilidades ao serviço dos que têm como ambição - terroristas, imperialis-

Muitos discursos evo- seus povos, são meras fundamental poder colo- tas, políticos, religiosos caram a liberdade que inconsequências dema- car o seu poder - sempre e sociais - em regra cor-Abril nos deu; foram gógicas. relativo e dependente da respondentes a estágios relembrados os princípi- Há alguns meses atrás vontade colectiva dos degradantes para a inte-os fundamentais dum sis- todos podemos ler as povos - ao serviço de cau- ligência humana. tema político que desde afirmações do então sas nobres e da satisfa- Estamos perfeitamente cedo pretendeu orientar Director do maior sema- ção das necessidades dos avisados acerca dos peri-a sociedade portuguesa nário nacional. José mais desfavorecidos. gos destes dramas.pelos caminhos da justiça António Saraiva escrevia Arranjar uma habita- Queremos acreditar social e do desenvolvi- que '... na política as pes- ção digna para todos que o verdadeiro espíri-mento económico e soci- soas não podem dizer o aqueles que ainda pas- to de Abril continuará a al, até então institucio- que pensam mas o que é sam graves privações a ser cumprido através de nalmente cerceado. conveniente que digam este nível, salvar uma novas gerações de políti-

A alegria que senti- em cada momento.' criança vítima de maus- cos para os quais os prin-mos na evocação daque- É um facto que mui- tratos, minorar o flagelo cípios de competência, le dia de Abril, no qual a tos responsáveis políti- social resultante das ele- rigor, humildade e coragem de alguns cos tentam respeitar vadas taxas de desem- honestidade correspon-Capitães nos devolveu a este e outros dogmas da prego,... devem ser os dam a verdadeiras coor-liberdade, não nos pode suposta 'ciência política' verdadeiros objectivos denadas práticas da sua fazer esquecer os maus assim definida. daqueles políticos inte- acção política.momentos que grande No entanto, este cinis- ressados em fazer cum- Tudo o resto são dis-parte da humanidade mo 'quase institucional' prir 'Abril'. cursos... de Abril ou de está a viver. reforça a nossa determi- As gerações actuais um qualquer outro mês!

Alberto Magalhã[email protected]

Rui Namorado [email protected]

Primeiro foi o sequer cá vive. Falta tam- nascer na cidade? Já Multibanco, já lá vão uns bém um disfibrilhador e para não falar na possibi-anos. A aldeia tomou logo um ventilador, indispen- lidade, sempre presente, outro modo, outro con- sáveis para manter vivo do nascimento se poder forto. De seguida, sem um pobre de Cristo, dar na estrada, dentro do ninguém esperar, nasceu- enquanto não chega a táxi ou da ambulância, lhe uma pequena rotunda ambulância - ainda são caso a mãe se distraia mesmo à entrada. Dizem mais de uma dúzia de qui- vendo a telenovela e não que custou 10 mil contos, lómetros de Évora até cá! se ponha a caminho de mas longe de mim questi- Claro que o ideal, na falta Évora com a devida ante-onar o dinheiro gasto ou de um serviço de urgên- cedência.sequer a necessidade da cia, seria termos na alde- Felizmente a escola pri-obra. Se esta se fez foi ia uma ambulância do mária da aldeia está segu-decerto porque havia INEM, toda equipada e ra. Crianças não faltam dinheiro e a sua necessi- com a respectiva equipa- por cá. O que não impede dade é indiscutível, já gem sempre a postos. No que me sinta solidário que mal parecia não ter a mínimo devia existir um com as aldeias onde vai minha aldeia uma rotun- helicóptero no Hospital deixar de haver escola e, da. Depois surgiram de Évora, pronto a vir portanto, onde vão dei-outros sinais claríssimos buscar-me ou a algum xar de se ouvir as risadas de modernidade: A vizinho, em caso de vida sadias de cinco ou seis cri-Internet de banda larga e ou de morte. anças, que até agora aque-as lombas disfarçadas de Outra coisa que seria ciam o coração dos mais passadeiras para peões muito importante, desco- velhos. Apesar do insu-foram aquisições recen- bri eu nas últimas sema- cesso escolar desses peti-tes, mas seguras. nas, era termos aqui na zes ser um pouco demasi-

Porém, nem tudo por aldeia uma maternidade. ado.cá são rosas. Por exem- Pois realmente - e con- O que fazia também plo, não temos urgência a forme tem sido salienta- muita falta na aldeia era funcionar na aldeia 24 do por muitas e desvaira- um quartel de bombeiros horas por dia. Nem das gentes - como que- e um posto da GNR. Para sequer 12 horas. Em rem manter habitantes prevenir qualquer even-suma, não temos urgên- no interior desertificado tualidade. Ah, uma cia. Nem temos Centro de se depois, com enorme rotunda à saída dava jei-Saúde. Só temos um médi- desprezo pela identidade to! Para compor o rama-co de família, que nem local, fazem as crianças lhete com a da entrada.

Também queremosM. Ferreira Patrí[email protected]

Conhecemos o termo “gávea”. A gávea foi uma peça fundamental das caravelas e das naus em que os portugueses reali-zaram a gesta das Descobertas marítimas. Dava-se esse nome a uma plataforma colocada no alto do mastro princi-pal do navio. Na gávea, de olhos perfurantes a sondar o oceano sem fim, o gajeiro, o marinheiro encarregado de vigiar e dirigir os trabalhos do mastro. Há inimigo à vis-ta? O gajeiro grita a informação. Há amigo à vista? O gajeiro grita a informação. Há terra à vista? O gajeiro grita a notícia. O gajeiro foi um personagem nuclear nos navios portugueses. A gávea foi uma espécie de ninho de cegonha, de cegonha colocada alto, atenta a tudo em redor, garantia de segurança para toda a marinhagem.

Somos todos marinhei-ros. Navegamos em pleno golfão. São muitos os perigos, mas também as promessas da ilha dos amores a alcançar.

Precisamos da gávea no navio. Tentarei ser o gajeiro. Olharei para o mundo imenso, para informar e dar notícia do que de relevante houver. O mastro está em pleno Alentejo. A gávea é como o Alentejo, não tem som-bra senão a que vem do céu. O Alentejo é mar de terra. Mar de perigo e abismo, ele também. Mas, como escreveu pro-feticamente Fernando Pessoa, “Deus ao mar o perigo e o abismo deu/ mas nele é que espelhou o céu”.

De ora em diante, nesta coluna que é um mastro, vou estar na gávea. Para vigiar o mun-do, mar encapelado, que está perigoso. Contudo, a ilha da utopia fica algu-res. É essa que procura-mos. É essa que eu quero anunciar.

O preço do barril de petró- principal esteio material vocar esse efeito. O que a OPEP) em 1977, no Reino leo excedeu de novo os 70 para esse grande salto, notícia propalada faz é Unido em 1999; etc.dólares por barril. Isto sem paralelo na história. desencadear um fenómeno O problema não é reso-reflecte o facto de o dólar Esse esteio seguro e abun- financeiro, não económico, lúvel pela oferta/procura ser a moeda em que é tran- dante deixou de o ser. em que uns perdem e do mercado. É um proble-saccionado perto de dois Como manter o consumo outros ganham dinheiro, ma de escassez de petróleo terços do comércio mundi- global, ao menos ao seu mas a realidade física não na Natureza (embora ocor-al, isto é, a hegemonia de presente nível, no eminen- muda. ram muitos outros depósi-uma potência mundial. te cenário de escassez de A razão de fundo para a tos de hidrocarbonetos Significa que um bem de hidrocarbonetos que tendência de agravamento porém técnica ou economi-utilização universal está representam 2/3 do aprovi- do preço do petróleo (e dos camente não utilizáveis caro (pouco acessível aos sionamento energético combustíveis dele deriva- como fonte de energia). mais destituídos). mundial? E como reduzir dos) é o declínio da capaci- O consumo de energia e Proporciona lucros fabulo- as assimetrias sociais e dade de incrementar a sua de derivados do petróleo sos às companhias petrolí- regionais mantendo o volu- taxa de extracção. As em particular tem de feras e grossas receitas em me de consumo ao nível “International Oil abrandar. taxas para os cofres dos global já atingido? São Companies” como a Shell, Independentemente do pre-estados. duas equações de dificíli- BP e ExxonMobil, que ço, manifestar-se-á a sua

De 1948 a 1972 o consu- ma resolução. detêm um quarto das falta no aprovisionamento. mo mundial de petróleo A subida do preço dos reservas mundiais, já não Os transportes, em especi-cresceu cinco vezes, dupli- combustíveis não resulta dispõem de capacidade al, terão de ser readapta-cou de 6,5 em 6,5 anos. do agravamento do custo para incrementar a extrac- dos a esta realidade, com Esse período de acelerado de extracção. Um qualquer ção. Alguma capacidade de recurso a melhores redes crescimento económico, agente em qualquer incremento existe ainda, de transportes de passage-transformou o panorama momento pode invocar um mas num já reduzido núme- iros, a veículos individuais das relações internaciona- acontecimento na Nigéria ro de países, enquanto que mais eficientes, a estilos de is, o estilo e nível de vida ou na Venezuela ou no na maioria deles a produ- vida mais consentâneos nos países mais desenvol- Irão, ou então uma projec- ção entrou em declínio. com os limitados recursos vidos, e sustentou o rápido ção do consumo da R.P. Nos EUA a capacidade disponíveis, à redução do crescimento da população China, ou ainda uma ten- máxima de extracção ocor- tráfego insensato de mer-mundial. A disponibilidade dência de queda nos reu em 1971; na Indonésia cadorias de um lado para de energia abundante foi o stocks nos EUA, para pro- (um dos fundadores da outro.

15notícias Maio 2006alentejo~

Na Gávea

O preço do barril

notas aldeiadaSem Fronteiras

Espírito de Abril

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opinião~

14 notícias Maio 2006alentejo~

A. Sáez Delgado

em pátriaoutra

Joaquina [email protected]

José [email protected]

Crescemos e vivemos em No entanto, não são a nível nacional que fun-organizações. A primeira só os factores externos ciona da mesma forma organização social com que influenciam a esco- em todos os contextos que contactamos é a fa- la. Sendo uma organiza- escolares, independente-mília e evoluímos num ção, ela é composta por mente das característi-processo que associa actores que se movi- cas e necessidades espe-a nossa vida à das orga- mentam num determi- cíficas de cada escola nizações a que pertence- nado contexto e intera- e dos seus actores. mos desde a infância à gem entre si criando cli- Os modelos, na plena idade adulta. De entre mas específicos que acepção da palavra, são estas, a escola é uma das decorrem, entre outros limitativos porque res-mais importantes porque aspectos, das formas de tringem, não apenas as configura o futuro da edu- trabalhar individuais e possibilidades de se ser cação e, por consequên- colectivas. Neste proces- feliz no que se faz, como cia, o da sociedade - todos so, seria natural que os também a igualdade de os membros das várias actores analisassem e oportunidades entre ele-organizações estabelecem discutissem em conjunto mentos de uma mesma relações, em determina- os fins colectivos. No comunidade - quem não dos momentos das suas entanto, o que acontece se integra no sistema é vidas, com a escola. é que as pessoas descar- por ele segregado. Desta forma, a sua regam, frequentemente, Numa sociedade em importância social fica na classe política o cui- permanente mudança, associada à função de pro- dado de determinar os importa que esta visão ceder à tarefa educativa, fins da comunidade. monolítica da escola influenciando o desenvol- Mas, a preocupação dos e da educação seja alte-vimento da sociedade. políticos nem sempre é rada. Para o efeito, urge Por outro lado, e porque coincidente com a inten- repensar a escola actual está integrada num siste- cionalidade da escola e a partir de uma tomada ma social mais abrangen- do saber. Por este moti- de consciência face à te - a comunidade, a ins- vo, a organização escola, função social que ela tituição escolar vê a sua gerida e orientada por deve cumprir, transfor-acção condicionada pelos directrizes centraliza- mando-a numa estrutu-fenómenos sociais do das, tende a transfor- ra mais ajustada à reali-ambiente circundante. mar-se num modelo dade actual.

Função social da escola

Podia vê-lo da minha casa. O posto fronteiriço que existia no Caia era composto por várias cabi-nas em que se coloca-vam os polícias para observarem os carros que passavam por cada faixa da estrada, num jogo de ruas semelhante à portagem das auto-estradas. Por essas ruas, junto a essas cabinas, passámos muitas vezes, no carro do meu pai, com o interior do banco traseiro, sobre o qual íamos o meu irmão e eu, cheio de café português. A minha mãe nunca o tomava, fazia-lhe subir a tensão. Agora essa fron-teira, essa paragem obri-gatória, já não existe. Alguém diria que já nin-guém desenha uma linha no fundo da paisagem.

Os dias em que cons-truíram a auto-estrada que atravessa agora essa passagem do Caia, observei com atenção a desmontagem dos pos-tos fronteiriços, das tor-res metálicas, das cabi-nas. Os topógrafos fazi-am o seu trabalho na dis-tância: o traçado da auto-estrada seria mais elevado que o da velha estrada. Por isso, quan-do iam encher com ter-ras o subsolo dessa auto-estrada que eu atra-vesso quase todos os dias, os operários opta-ram por enterrar algu-mas cabinas, submetê-las ao decoro silencioso do esquecimento com umas toneladas de terra. Observei as manobras do terraço da minha casa, quase conseguia ouvir a confusão dos camiões.

Hoje passamos por cima, a toda velocidade, das cabinas enterradas. Da fronteira. Do cheiro a café no carro do meu pai. Do olhar do meu irmão que se cruza com o meu, sem que digamos nada.

Os discursos redondos nação em preencher um estão a herdar uma daqueles que nunca tive- espaço destinado aos ver- ordem internacional

Comemoramos há dias ram e dificilmente que- dadeiros servidores de com um significativo mais um aniversário da rerão assumir responsa- causas públicas; aqueles número de extremismos nossa democracia. bilidades ao serviço dos que têm como ambição - terroristas, imperialis-

Muitos discursos evo- seus povos, são meras fundamental poder colo- tas, políticos, religiosos caram a liberdade que inconsequências dema- car o seu poder - sempre e sociais - em regra cor-Abril nos deu; foram gógicas. relativo e dependente da respondentes a estágios relembrados os princípi- Há alguns meses atrás vontade colectiva dos degradantes para a inte-os fundamentais dum sis- todos podemos ler as povos - ao serviço de cau- ligência humana. tema político que desde afirmações do então sas nobres e da satisfa- Estamos perfeitamente cedo pretendeu orientar Director do maior sema- ção das necessidades dos avisados acerca dos peri-a sociedade portuguesa nário nacional. José mais desfavorecidos. gos destes dramas.pelos caminhos da justiça António Saraiva escrevia Arranjar uma habita- Queremos acreditar social e do desenvolvi- que '... na política as pes- ção digna para todos que o verdadeiro espíri-mento económico e soci- soas não podem dizer o aqueles que ainda pas- to de Abril continuará a al, até então institucio- que pensam mas o que é sam graves privações a ser cumprido através de nalmente cerceado. conveniente que digam este nível, salvar uma novas gerações de políti-

A alegria que senti- em cada momento.' criança vítima de maus- cos para os quais os prin-mos na evocação daque- É um facto que mui- tratos, minorar o flagelo cípios de competência, le dia de Abril, no qual a tos responsáveis políti- social resultante das ele- rigor, humildade e coragem de alguns cos tentam respeitar vadas taxas de desem- honestidade correspon-Capitães nos devolveu a este e outros dogmas da prego,... devem ser os dam a verdadeiras coor-liberdade, não nos pode suposta 'ciência política' verdadeiros objectivos denadas práticas da sua fazer esquecer os maus assim definida. daqueles políticos inte- acção política.momentos que grande No entanto, este cinis- ressados em fazer cum- Tudo o resto são dis-parte da humanidade mo 'quase institucional' prir 'Abril'. cursos... de Abril ou de está a viver. reforça a nossa determi- As gerações actuais um qualquer outro mês!

Alberto Magalhã[email protected]

Rui Namorado [email protected]

Primeiro foi o sequer cá vive. Falta tam- nascer na cidade? Já Multibanco, já lá vão uns bém um disfibrilhador e para não falar na possibi-anos. A aldeia tomou logo um ventilador, indispen- lidade, sempre presente, outro modo, outro con- sáveis para manter vivo do nascimento se poder forto. De seguida, sem um pobre de Cristo, dar na estrada, dentro do ninguém esperar, nasceu- enquanto não chega a táxi ou da ambulância, lhe uma pequena rotunda ambulância - ainda são caso a mãe se distraia mesmo à entrada. Dizem mais de uma dúzia de qui- vendo a telenovela e não que custou 10 mil contos, lómetros de Évora até cá! se ponha a caminho de mas longe de mim questi- Claro que o ideal, na falta Évora com a devida ante-onar o dinheiro gasto ou de um serviço de urgên- cedência.sequer a necessidade da cia, seria termos na alde- Felizmente a escola pri-obra. Se esta se fez foi ia uma ambulância do mária da aldeia está segu-decerto porque havia INEM, toda equipada e ra. Crianças não faltam dinheiro e a sua necessi- com a respectiva equipa- por cá. O que não impede dade é indiscutível, já gem sempre a postos. No que me sinta solidário que mal parecia não ter a mínimo devia existir um com as aldeias onde vai minha aldeia uma rotun- helicóptero no Hospital deixar de haver escola e, da. Depois surgiram de Évora, pronto a vir portanto, onde vão dei-outros sinais claríssimos buscar-me ou a algum xar de se ouvir as risadas de modernidade: A vizinho, em caso de vida sadias de cinco ou seis cri-Internet de banda larga e ou de morte. anças, que até agora aque-as lombas disfarçadas de Outra coisa que seria ciam o coração dos mais passadeiras para peões muito importante, desco- velhos. Apesar do insu-foram aquisições recen- bri eu nas últimas sema- cesso escolar desses peti-tes, mas seguras. nas, era termos aqui na zes ser um pouco demasi-

Porém, nem tudo por aldeia uma maternidade. ado.cá são rosas. Por exem- Pois realmente - e con- O que fazia também plo, não temos urgência a forme tem sido salienta- muita falta na aldeia era funcionar na aldeia 24 do por muitas e desvaira- um quartel de bombeiros horas por dia. Nem das gentes - como que- e um posto da GNR. Para sequer 12 horas. Em rem manter habitantes prevenir qualquer even-suma, não temos urgên- no interior desertificado tualidade. Ah, uma cia. Nem temos Centro de se depois, com enorme rotunda à saída dava jei-Saúde. Só temos um médi- desprezo pela identidade to! Para compor o rama-co de família, que nem local, fazem as crianças lhete com a da entrada.

Também queremosM. Ferreira Patrí[email protected]

Conhecemos o termo “gávea”. A gávea foi uma peça fundamental das caravelas e das naus em que os portugueses reali-zaram a gesta das Descobertas marítimas. Dava-se esse nome a uma plataforma colocada no alto do mastro princi-pal do navio. Na gávea, de olhos perfurantes a sondar o oceano sem fim, o gajeiro, o marinheiro encarregado de vigiar e dirigir os trabalhos do mastro. Há inimigo à vis-ta? O gajeiro grita a informação. Há amigo à vista? O gajeiro grita a informação. Há terra à vista? O gajeiro grita a notícia. O gajeiro foi um personagem nuclear nos navios portugueses. A gávea foi uma espécie de ninho de cegonha, de cegonha colocada alto, atenta a tudo em redor, garantia de segurança para toda a marinhagem.

Somos todos marinhei-ros. Navegamos em pleno golfão. São muitos os perigos, mas também as promessas da ilha dos amores a alcançar.

Precisamos da gávea no navio. Tentarei ser o gajeiro. Olharei para o mundo imenso, para informar e dar notícia do que de relevante houver. O mastro está em pleno Alentejo. A gávea é como o Alentejo, não tem som-bra senão a que vem do céu. O Alentejo é mar de terra. Mar de perigo e abismo, ele também. Mas, como escreveu pro-feticamente Fernando Pessoa, “Deus ao mar o perigo e o abismo deu/ mas nele é que espelhou o céu”.

De ora em diante, nesta coluna que é um mastro, vou estar na gávea. Para vigiar o mun-do, mar encapelado, que está perigoso. Contudo, a ilha da utopia fica algu-res. É essa que procura-mos. É essa que eu quero anunciar.

O preço do barril de petró- principal esteio material vocar esse efeito. O que a OPEP) em 1977, no Reino leo excedeu de novo os 70 para esse grande salto, notícia propalada faz é Unido em 1999; etc.dólares por barril. Isto sem paralelo na história. desencadear um fenómeno O problema não é reso-reflecte o facto de o dólar Esse esteio seguro e abun- financeiro, não económico, lúvel pela oferta/procura ser a moeda em que é tran- dante deixou de o ser. em que uns perdem e do mercado. É um proble-saccionado perto de dois Como manter o consumo outros ganham dinheiro, ma de escassez de petróleo terços do comércio mundi- global, ao menos ao seu mas a realidade física não na Natureza (embora ocor-al, isto é, a hegemonia de presente nível, no eminen- muda. ram muitos outros depósi-uma potência mundial. te cenário de escassez de A razão de fundo para a tos de hidrocarbonetos Significa que um bem de hidrocarbonetos que tendência de agravamento porém técnica ou economi-utilização universal está representam 2/3 do aprovi- do preço do petróleo (e dos camente não utilizáveis caro (pouco acessível aos sionamento energético combustíveis dele deriva- como fonte de energia). mais destituídos). mundial? E como reduzir dos) é o declínio da capaci- O consumo de energia e Proporciona lucros fabulo- as assimetrias sociais e dade de incrementar a sua de derivados do petróleo sos às companhias petrolí- regionais mantendo o volu- taxa de extracção. As em particular tem de feras e grossas receitas em me de consumo ao nível “International Oil abrandar. taxas para os cofres dos global já atingido? São Companies” como a Shell, Independentemente do pre-estados. duas equações de dificíli- BP e ExxonMobil, que ço, manifestar-se-á a sua

De 1948 a 1972 o consu- ma resolução. detêm um quarto das falta no aprovisionamento. mo mundial de petróleo A subida do preço dos reservas mundiais, já não Os transportes, em especi-cresceu cinco vezes, dupli- combustíveis não resulta dispõem de capacidade al, terão de ser readapta-cou de 6,5 em 6,5 anos. do agravamento do custo para incrementar a extrac- dos a esta realidade, com Esse período de acelerado de extracção. Um qualquer ção. Alguma capacidade de recurso a melhores redes crescimento económico, agente em qualquer incremento existe ainda, de transportes de passage-transformou o panorama momento pode invocar um mas num já reduzido núme- iros, a veículos individuais das relações internaciona- acontecimento na Nigéria ro de países, enquanto que mais eficientes, a estilos de is, o estilo e nível de vida ou na Venezuela ou no na maioria deles a produ- vida mais consentâneos nos países mais desenvol- Irão, ou então uma projec- ção entrou em declínio. com os limitados recursos vidos, e sustentou o rápido ção do consumo da R.P. Nos EUA a capacidade disponíveis, à redução do crescimento da população China, ou ainda uma ten- máxima de extracção ocor- tráfego insensato de mer-mundial. A disponibilidade dência de queda nos reu em 1971; na Indonésia cadorias de um lado para de energia abundante foi o stocks nos EUA, para pro- (um dos fundadores da outro.

15notícias Maio 2006alentejo~

Na Gávea

O preço do barril

notas aldeiadaSem Fronteiras

Espírito de Abril

Page 16: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

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faça chuvaou faça sol

notícias Maio 2006alentejo~

ciência&tecnologia~

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A palavra biotecnologia é formada por três termos de origem grega: bio, que quer dizer vida; logos, conhecimento e tecnos, que designa a utilização prática da ciência. As apli-cações da biotecnologia na área animal são múltiplas, estão em diferentes etapas de desenvolvimento, e são menos conhecidas do gran-de público que as aplica-ções resultantes da biotec-nologia vegetal. O ambien-te é efervescente e fasci-nante, e, certamente, irá contribuir para a melhor qualidade de vida das pes-soas.

Eis alguns exemplos:Animais transgenicos

- Enxertos de genes alhei-os à espécie, permitem que os nossos animais domés-ticos possam produzir substâncias de interesse para o homem. Já há vacas, cabras e porcos a produzirem substâncias utilizadas para combater a SIDA ou o cancro, hemo-globina para transfusão sanguínea, etc.

Engenharia de tecidos - Métodos e técnicas muito promissoras utilizam célu-las vivas para produzir órgãos e tecidos substitu-tos. A pele pode hoje ser substituída por esses méto-dos, mas o desenvolvimen-to de válvulas de coração e de órgãos funcionais (fígado, rins, etc.) por bio engenharia, é algo ainda muito longínquo.

Xenotransplantes - É a denominação dada ao transplante de órgãos entre diferentes espécies (a barreira que define a espécie vai até onde a re-produção natural é possí-vel). O transplante de um órgão de um cão para um porco é denominado de xenotransplante. Estudam--se actualmente meios para modificar genetica-mente órgãos de animais (o porco é o melhor candi-dato), a fim de verificar a possibilidade de utilização em transplantes para hu-manos (fígado e rim são, para já, os mais almejados).

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Afonso de [email protected]

emdia

Biotecnologia Animal

A colaboração entre os Viveiros Um caso paradigmático menos interessantes. Não fica-Plansel (Montemor-o-Novo) e a daquele sucesso tem sido o da ram, pois, por aí, os trabalhos. Universidade de Évora celebra “criação” de videiras resisten- Avançaram então com outra as bodas de prata. tes a fungos. Actualmente, 80% estratégia. Passaram a isolar,

O sucesso daquela colabora- dos fungicidas utilizados na das castas resistentes a fungos, ção tem sido contínuo: Intro- Europa são apli cados nas os genes responsáveis por aque-dução de novas tecnologias de vinhas, o que dá uma boa ideia la resistência, e só esses, e a “en-fermentação de vinhos, em da importância económica do xertá-los”, em células das cas-ambiente controlado; classifi- problema em presença. Face a tas de interesse enológico. As cação de castas nacionais de esta realidade, começaram por células das castas “boas” assim elevado valor enológico e sua criar castas híbridas mais “clonadas” com o gene da resis-adaptação ao Alentejo; homo- resistentes, fazendo cruza- tência a fungos são multiplica-logação oficial (DGPC) de mais mentos entre castas de elevado das em laboratório até produ-de 40 clones de castas portu- valor enológico com castas zirem plantas com raízes e pos-guesas; criação e introdução de mais resistentes a fungos. tas então à disposição dos viti-variedades resistentes a fungos Contudo, esta tecnologia cultores. de podridão e investigação em apresenta um inconveniente: é Eis um bom exemplo de bio-diversos projectos de propaga- que os híbridos herdam não só tecnologia, e da colaboração ção de espécies de interesse os genes da resistência, mas Universidade-Empresa, ao ser-para o Alentejo: sobreiros, oli- também os genes responsáveis viço dos interesses económicos veiras e nogueiras. por outras características da região e do país.

Tomate que combate o cân- desenvolvido pela Universi- O segundo organismo cer foi o principal avanço da dade de Purdue (EUA) e pelo geneticamente modificado biotecnologia em 2002. Esse Departamento de Serviço de definido como mais impor-é o resultado de uma pes- Pesq ui sa Ag rí co la do s tante pelos entrevistados quisa, recentemente divul- Estados Unidos. Com um (61%) foi a batata-doce resis-gada nos Estados Unidos, nível três vezes mais alto do tente a vírus, desenvolvida sobre as cinco principais antioxidante licopeno, pode no Quênia (África) e que contribuições da biotecno- diminuir o risco de câncer deve ser disponibilizada logia, em 2002, no entender de próstata e de mama, para comercialização em dos norte-americanos. O ins- além de prevenir doenças poucos anos. Batata e bana-tituto Roper Center, que rea- cardíacas. na com vacinas contra o lizou o levantamento, entre- papi lomavirus humano vistou mil pessoas, das (HPV), que provoca o câncer quais cerca de 65% citaram do colo do útero, ficaram o tomate que previne certos em terceiro lugar, com 56%, tipos câncer como a mais e já estão na fase de testes. importante invenção bio- Em quarto lugar no ranking, tecnológica. verduras e frutas mais fres-

A pesquisa também abor- cas desenvolvidas pela dou questões genéricas Universidad e de Leeds sobre organismos genetica- (Reino Unido), citadas por mente modificados. O uso 54% dos entrevistados. E, da biotecnologia na agricul- por último, com 52%, ficou tura conta com a aprovação a pesquisa da Universidade da ampla maioria america- de Sheffield (Reino Unido) na – com índice superior que está criando milho, ba-a 60% dos entrevistados. tata e outros produtos com

O tomate transgenico, maior resistência ao calor citado na pesquisa, foi e à luminosidade.

Literacia científica

A China acaba de anunciar um plano para 15 anos de desenvolvimento da literacia cientifica. Os grupos alvo deste plano são as crianças, comunidades rurais, traba-lhadores urbanos e funcioná-rios públicos, incluindo res-ponsáveis governamentais. Num inquérito aplicado a 8500 chineses, verificou-se que apenas 2% tinham conhe-cimentos básicos de ciência e tecnologia. A literacia cientí-fica é também baixa nos paí-ses industrializados. Um estu-ado realizado em 2004 pela Fundação para a Ciência dos Estados Unidos concluiu que menos de um quinto dos cida-dãos americanos atingiam um “padrão mínimo” de literacia científica.

Cerveja engorda?

Um copo de cerveja possui a mesma quantidade de calori-as que um bife. A barriga avantajada dos bebedores de cerveja faz crer que esta bebi-da engorda. A ciência não con-firma o mito. O problema é outro. Um copo de cerveja tem 70 calorias, a mesma coisa que um bife saudável. Ninguém come 10 bifes de uma assentada, mas engole 10 copos de cerveja, conver-sando com os amigos no bar.

Cuidado com as moscas

Uma mosca doméstica vive entre três a oito semanas. Nesse meio tempo, ela produz de 400 a mil ovos. Toda essa fertilidade faz com que uma fêmea possa ter o seu número de descendentes, enquanto viva, escrito com treze dígitos (ou seja, cerca de um quatri-lião de parentes, entre filhos, netos e bisnetos). Além de ter famílias muito grandes, a mosca também é muito suja para alguém do seu tamanho. Um único espécime pode car-regar consigo aproximada-mente 1.250 milhões de bac-térias.

curtas Universidade e economia

Tomate em destaque no combate a doenças cancerígenas

Os clientes da TMN podem, a empresa anunciou ainda excepção dos canais desde meados deste mês, outros canais como o Playboy e Blue TV, que terão acompanhar no telemóvel a Bloomberg, Nickelodeon, um custo adicional de 3,50 emissão de 21 canais de tele- Game One, =race TV, euros por dia.visão, acessível 24 horas por Extreme Sports Channel, Os clientes TMN que dia. A oferta anunciada pela Biography Channel e subscreverem este serviço operadora foi alargada a con- História. em Abril ou Maio pagam teúdos ainda únicos no mer- No início de Março a apenas o primeiro mês só cado das telecomunicações TMN tinha disponibilizado, voltando a pagar pelo servi-móveis, a nível mundial, gra- também em estreia nacio- ço em Julho.ças à parceria estabelecida nal, os canais CNN e A TMN é o operador de com a TV Cabo (TV na TMN Cartoon Network. telecomunicações móveis by TV Cabo). Os clientes podem optar nacional com a oferta mais

Em comunicado, a TMN por uma subscrição mensal, alargada de canais de TV, refere o alargamento da ofer- no valor de 7, 5 euros, ou disponibilizando uma varie-ta de TV do portal móvel i9 por uma utilização pontual dade de opções suficiente-3G, passando a disponibili- do serviço, por 0,90 euros mente abrangente para cor-zar um pacote de 21 canais por dia (24 horas). Qualquer responder aos mais diferen-portugueses e estrangeiros, dos tarifários permite o aces- tes tipos de interesses dos entre os quais o AXN. so à totalidade dos canais seus mais de 5.000.000 de No capítulo das estreias, disponibilizados, com clientes.

Telecomunicações

TMN alarga oferta de TV

Patinho lidera PS/Évora

Norberto Patinho, autarca socialista de Portel, é o novo líder distrital do PS e surge num momento em que a estrutura distrital do partido do Governo parecia adormeci-da desde que Sócrates tomou posse como Primeiro-minis-tro. É certo que Henrique Troncho deixou o cargo quan-do foi nomeado para a EDIA e que Carlos Zorrinho está ocu-pado com o Plano Tecnológico, mas tanta apatia já parecia mal. A entrada em cena de um autarca poderá dar um novo ânimo à política no Alentejo Central. Pode até contagiar outros partidos, também eles muito adormecidos nos últi-mos tempos.

Sinogas e a lógica do euro

“As autarquias estão a ser con-secutivamente usadas como bode expiatório dos insuces-sos orçamentais do Executivo central quando, com apenas 10 por cento do orçamento do Governo, são responsáveis por 30 por cento do investi-mento público”. Num simples comunicado, o presidente da Câmara Municipal de Mora, José Sinogas (CDU), disse tudo aquilo que todos os autarcas, independentemen-te, da sua cor política pen-sam. O presidente da Câmara de Mora disse ainda que “as autarquias representam 28 por cento do emprego em Portugal» e que têm, inclusi-vamente, assumido responsa-bilidades que não são da sua competência, nomeadamente, os postos da GNR, escolas e centros de saúde. Para con-cluir que “um euro gasto pelas autarquias produz mais investimento, do que um euro gasto pelo poder central”.

Democracia sem qualidade

Sem vergonha na cara, alguns dirigentes partidários dão tudo por tudo para manter o poder. Algures por este Alentejo, determinada secção de determinado partido con-tava com 35 militantes com as quotas pagas, mas na véspera do encerramento dos cader-nos eleitorais esse mesmo número apontava para 236 militantes eleitores. O expedi-ente é, infelizmente, corrique-iro numa Democracia que ainda é de «baixa qualidade».

O regresso de Jorge Araújo pela permanência na «I Divi- em força da equipa escolhida como reitor da Universidade são» do Ensino Superior e as por Jorge Araújo.de Évora fica marcado por mais recentes notícias apon- Jorge Araújo tomou posse duas novidades – a iniciativa tam para uma reentrada em Março. Doutorado em «Reitoria Aberta», para con- Biologia pela Universidade tactos com autarcas e empre- Livre de Bruxelas, regressou sários, e pela instalação na este ano a um cargo que exer-cidade de um «Centro de cera no período 1994/2002. Excelência» da Microsoft. Na eleição realizada em Feve-

Já se conheciam as inten- reiro, o novo reitor obteve 40 ções de colocar a U.E. na luta dos 59 votos expressos.

Cavaco Silva, logo após a toma- O Primeiro-ministro teceu, da de posse como Presidente da inclusivamente, elogios. «Não República, terá desiludido algu- posso estar mais de acordo ma esquerda ao deixar o PCP de com o senhor Presidente da fora do Conselho de Estado. De República, ao chamar a aten-alguma forma, o PR voltou a sin- ção do país para a necessidade tonizar à esquerda com o dis- de fazer mais no que respeita curso proferido na Assembleia à justiça social e relembrar da República durante a sessão o quanto há para fazer para solene comemorativa do 32º ani- que Portugal seja um país mais versário do 25 de Abril de 1974. justo, mais solidário e mais Mereceu aplausos de PS, PSD e igual», disse José Sócrates aos CDS-PP e o silêncio de PCP e BE. jornalistas.

Discurso directo:«A comemoração do 25 de Abril seria uma oca-sião propícia para reflec-tir sobre o que desejamos do nosso sistema políti-co, o que esperamos do papel e do funcionamen-to dos partidos, o que é exigível do comporta-mento dos eleitos e de-mais agentes políticos, o que deve ser feito para que os cidadãos ganhem uma nova confiança e res-peito pela actividade polí-tica e para que a demo-cracia se revitalize e sus-cite na juventude portu-guesa maior motivação e entusiasmo»

«Quero propor um com-promisso cívico, um com-promisso para a inclusão social, um compromisso que envolva não só as forças políticas, mas que congregue as instituições nacionais, as autarquias, as organizações da socie-dade civil, dos sindicatos às associações cívicas e às instituições de soli-dariedade»

«A elaboração do pró-ximo Plano de Acção Nacional para a Inclusão pode ser aproveitada para uma mobilização geral, uma verdadeira campanha em prol da inclusão social»

«Os portugueses esperam dos políticos, que livre e democraticamente ele-geram, que estejam à altura dessa exigência, que se empenhem em dar uma nova esperança aos mais desfavorecidos da nossa sociedade, que cooperem no sentido de mais facilmente poderem superar as dificuldades e naturais divergências ideológicas», apelou.

«A melhoria da justiça social, o combate à pobreza e à exclusão exigem que o país volte a ganhar a batalha do investimento, do cresci-mento económico, da criação de riqueza, sem que o sonho continuará adiado». «Muito progre-dimos na modernização da economia e na afirma-ção de novos estilos de vida, mas ficámos muito aquém na concretização dessa ambição de uma sociedade com maior justiça social»

Um PR à procura do consenso

Universidade

Araújo de regresso

De novo no comando da U. E.

COMUNICADO

Influenza Aviária -“Gripe Aviária”

Eu, Rui Manuel dos Santos Silva Aleixo, Médico Veterinário

Municipal do Concelho de Reguengos de Monsaraz, sou a

comunicar, a propósito da gripe aviária, o seguinte:

Pelo disposto no Aviso n.º 4 da Direcção Geral de Veterinária

(DGV) sobre a gripe aviária, de 20/04/06, o prazo para entrega

das declarações de existência de aves, foi prolongado até ao

dia 21 de Maio de 2006.

Assim, os detentores de aves de todas as espécies que ainda

não efectuaram a sua declaração, poderão ainda fazê-lo até

esta data.

Neste sentido, volto a apelar à colaboração de todos, uma vez que

esta acção se enquadra no âmbito da prevenção e controlo da

gripe aviária.

O incumprimento destas obrigações será punível nos termos

da Lei. A acção de fiscalização fica a cargo do Médico

Veterinário Municipal e da Guarda Nacional Republicana.

Reguengos de Monsaraz, 21 de Abril de 2006

O Médico Veterinário Municipal

Dr. Rui M. Santos Aleixo

MUNICÍPIO DE REGUENGOS DE MONSARAZ

CÂMARA MUNICIPAL

Apartado 6 | 7200-370 Reguengos de Monsaraz | Contribuinte 507 040 589 | Telefone 266 508 040 | Fax 266 508 059

E-mail [email protected] | Internet www.cm-reguengos-monsaraz.pt

Page 17: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

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faça chuvaou faça sol

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A palavra biotecnologia é formada por três termos de origem grega: bio, que quer dizer vida; logos, conhecimento e tecnos, que designa a utilização prática da ciência. As apli-cações da biotecnologia na área animal são múltiplas, estão em diferentes etapas de desenvolvimento, e são menos conhecidas do gran-de público que as aplica-ções resultantes da biotec-nologia vegetal. O ambien-te é efervescente e fasci-nante, e, certamente, irá contribuir para a melhor qualidade de vida das pes-soas.

Eis alguns exemplos:Animais transgenicos

- Enxertos de genes alhei-os à espécie, permitem que os nossos animais domés-ticos possam produzir substâncias de interesse para o homem. Já há vacas, cabras e porcos a produzirem substâncias utilizadas para combater a SIDA ou o cancro, hemo-globina para transfusão sanguínea, etc.

Engenharia de tecidos - Métodos e técnicas muito promissoras utilizam célu-las vivas para produzir órgãos e tecidos substitu-tos. A pele pode hoje ser substituída por esses méto-dos, mas o desenvolvimen-to de válvulas de coração e de órgãos funcionais (fígado, rins, etc.) por bio engenharia, é algo ainda muito longínquo.

Xenotransplantes - É a denominação dada ao transplante de órgãos entre diferentes espécies (a barreira que define a espécie vai até onde a re-produção natural é possí-vel). O transplante de um órgão de um cão para um porco é denominado de xenotransplante. Estudam--se actualmente meios para modificar genetica-mente órgãos de animais (o porco é o melhor candi-dato), a fim de verificar a possibilidade de utilização em transplantes para hu-manos (fígado e rim são, para já, os mais almejados).

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Afonso de [email protected]

emdia

Biotecnologia Animal

A colaboração entre os Viveiros Um caso paradigmático menos interessantes. Não fica-Plansel (Montemor-o-Novo) e a daquele sucesso tem sido o da ram, pois, por aí, os trabalhos. Universidade de Évora celebra “criação” de videiras resisten- Avançaram então com outra as bodas de prata. tes a fungos. Actualmente, 80% estratégia. Passaram a isolar,

O sucesso daquela colabora- dos fungicidas utilizados na das castas resistentes a fungos, ção tem sido contínuo: Intro- Europa são apli cados nas os genes responsáveis por aque-dução de novas tecnologias de vinhas, o que dá uma boa ideia la resistência, e só esses, e a “en-fermentação de vinhos, em da importância económica do xertá-los”, em células das cas-ambiente controlado; classifi- problema em presença. Face a tas de interesse enológico. As cação de castas nacionais de esta realidade, começaram por células das castas “boas” assim elevado valor enológico e sua criar castas híbridas mais “clonadas” com o gene da resis-adaptação ao Alentejo; homo- resistentes, fazendo cruza- tência a fungos são multiplica-logação oficial (DGPC) de mais mentos entre castas de elevado das em laboratório até produ-de 40 clones de castas portu- valor enológico com castas zirem plantas com raízes e pos-guesas; criação e introdução de mais resistentes a fungos. tas então à disposição dos viti-variedades resistentes a fungos Contudo, esta tecnologia cultores. de podridão e investigação em apresenta um inconveniente: é Eis um bom exemplo de bio-diversos projectos de propaga- que os híbridos herdam não só tecnologia, e da colaboração ção de espécies de interesse os genes da resistência, mas Universidade-Empresa, ao ser-para o Alentejo: sobreiros, oli- também os genes responsáveis viço dos interesses económicos veiras e nogueiras. por outras características da região e do país.

Tomate que combate o cân- desenvolvido pela Universi- O segundo organismo cer foi o principal avanço da dade de Purdue (EUA) e pelo geneticamente modificado biotecnologia em 2002. Esse Departamento de Serviço de definido como mais impor-é o resultado de uma pes- Pesq ui sa Ag rí co la do s tante pelos entrevistados quisa, recentemente divul- Estados Unidos. Com um (61%) foi a batata-doce resis-gada nos Estados Unidos, nível três vezes mais alto do tente a vírus, desenvolvida sobre as cinco principais antioxidante licopeno, pode no Quênia (África) e que contribuições da biotecno- diminuir o risco de câncer deve ser disponibilizada logia, em 2002, no entender de próstata e de mama, para comercialização em dos norte-americanos. O ins- além de prevenir doenças poucos anos. Batata e bana-tituto Roper Center, que rea- cardíacas. na com vacinas contra o lizou o levantamento, entre- papi lomavirus humano vistou mil pessoas, das (HPV), que provoca o câncer quais cerca de 65% citaram do colo do útero, ficaram o tomate que previne certos em terceiro lugar, com 56%, tipos câncer como a mais e já estão na fase de testes. importante invenção bio- Em quarto lugar no ranking, tecnológica. verduras e frutas mais fres-

A pesquisa também abor- cas desenvolvidas pela dou questões genéricas Universidad e de Leeds sobre organismos genetica- (Reino Unido), citadas por mente modificados. O uso 54% dos entrevistados. E, da biotecnologia na agricul- por último, com 52%, ficou tura conta com a aprovação a pesquisa da Universidade da ampla maioria america- de Sheffield (Reino Unido) na – com índice superior que está criando milho, ba-a 60% dos entrevistados. tata e outros produtos com

O tomate transgenico, maior resistência ao calor citado na pesquisa, foi e à luminosidade.

Literacia científica

A China acaba de anunciar um plano para 15 anos de desenvolvimento da literacia cientifica. Os grupos alvo deste plano são as crianças, comunidades rurais, traba-lhadores urbanos e funcioná-rios públicos, incluindo res-ponsáveis governamentais. Num inquérito aplicado a 8500 chineses, verificou-se que apenas 2% tinham conhe-cimentos básicos de ciência e tecnologia. A literacia cientí-fica é também baixa nos paí-ses industrializados. Um estu-ado realizado em 2004 pela Fundação para a Ciência dos Estados Unidos concluiu que menos de um quinto dos cida-dãos americanos atingiam um “padrão mínimo” de literacia científica.

Cerveja engorda?

Um copo de cerveja possui a mesma quantidade de calori-as que um bife. A barriga avantajada dos bebedores de cerveja faz crer que esta bebi-da engorda. A ciência não con-firma o mito. O problema é outro. Um copo de cerveja tem 70 calorias, a mesma coisa que um bife saudável. Ninguém come 10 bifes de uma assentada, mas engole 10 copos de cerveja, conver-sando com os amigos no bar.

Cuidado com as moscas

Uma mosca doméstica vive entre três a oito semanas. Nesse meio tempo, ela produz de 400 a mil ovos. Toda essa fertilidade faz com que uma fêmea possa ter o seu número de descendentes, enquanto viva, escrito com treze dígitos (ou seja, cerca de um quatri-lião de parentes, entre filhos, netos e bisnetos). Além de ter famílias muito grandes, a mosca também é muito suja para alguém do seu tamanho. Um único espécime pode car-regar consigo aproximada-mente 1.250 milhões de bac-térias.

curtas Universidade e economia

Tomate em destaque no combate a doenças cancerígenas

Os clientes da TMN podem, a empresa anunciou ainda excepção dos canais desde meados deste mês, outros canais como o Playboy e Blue TV, que terão acompanhar no telemóvel a Bloomberg, Nickelodeon, um custo adicional de 3,50 emissão de 21 canais de tele- Game One, =race TV, euros por dia.visão, acessível 24 horas por Extreme Sports Channel, Os clientes TMN que dia. A oferta anunciada pela Biography Channel e subscreverem este serviço operadora foi alargada a con- História. em Abril ou Maio pagam teúdos ainda únicos no mer- No início de Março a apenas o primeiro mês só cado das telecomunicações TMN tinha disponibilizado, voltando a pagar pelo servi-móveis, a nível mundial, gra- também em estreia nacio- ço em Julho.ças à parceria estabelecida nal, os canais CNN e A TMN é o operador de com a TV Cabo (TV na TMN Cartoon Network. telecomunicações móveis by TV Cabo). Os clientes podem optar nacional com a oferta mais

Em comunicado, a TMN por uma subscrição mensal, alargada de canais de TV, refere o alargamento da ofer- no valor de 7, 5 euros, ou disponibilizando uma varie-ta de TV do portal móvel i9 por uma utilização pontual dade de opções suficiente-3G, passando a disponibili- do serviço, por 0,90 euros mente abrangente para cor-zar um pacote de 21 canais por dia (24 horas). Qualquer responder aos mais diferen-portugueses e estrangeiros, dos tarifários permite o aces- tes tipos de interesses dos entre os quais o AXN. so à totalidade dos canais seus mais de 5.000.000 de No capítulo das estreias, disponibilizados, com clientes.

Telecomunicações

TMN alarga oferta de TV

Patinho lidera PS/Évora

Norberto Patinho, autarca socialista de Portel, é o novo líder distrital do PS e surge num momento em que a estrutura distrital do partido do Governo parecia adormeci-da desde que Sócrates tomou posse como Primeiro-minis-tro. É certo que Henrique Troncho deixou o cargo quan-do foi nomeado para a EDIA e que Carlos Zorrinho está ocu-pado com o Plano Tecnológico, mas tanta apatia já parecia mal. A entrada em cena de um autarca poderá dar um novo ânimo à política no Alentejo Central. Pode até contagiar outros partidos, também eles muito adormecidos nos últi-mos tempos.

Sinogas e a lógica do euro

“As autarquias estão a ser con-secutivamente usadas como bode expiatório dos insuces-sos orçamentais do Executivo central quando, com apenas 10 por cento do orçamento do Governo, são responsáveis por 30 por cento do investi-mento público”. Num simples comunicado, o presidente da Câmara Municipal de Mora, José Sinogas (CDU), disse tudo aquilo que todos os autarcas, independentemen-te, da sua cor política pen-sam. O presidente da Câmara de Mora disse ainda que “as autarquias representam 28 por cento do emprego em Portugal» e que têm, inclusi-vamente, assumido responsa-bilidades que não são da sua competência, nomeadamente, os postos da GNR, escolas e centros de saúde. Para con-cluir que “um euro gasto pelas autarquias produz mais investimento, do que um euro gasto pelo poder central”.

Democracia sem qualidade

Sem vergonha na cara, alguns dirigentes partidários dão tudo por tudo para manter o poder. Algures por este Alentejo, determinada secção de determinado partido con-tava com 35 militantes com as quotas pagas, mas na véspera do encerramento dos cader-nos eleitorais esse mesmo número apontava para 236 militantes eleitores. O expedi-ente é, infelizmente, corrique-iro numa Democracia que ainda é de «baixa qualidade».

O regresso de Jorge Araújo pela permanência na «I Divi- em força da equipa escolhida como reitor da Universidade são» do Ensino Superior e as por Jorge Araújo.de Évora fica marcado por mais recentes notícias apon- Jorge Araújo tomou posse duas novidades – a iniciativa tam para uma reentrada em Março. Doutorado em «Reitoria Aberta», para con- Biologia pela Universidade tactos com autarcas e empre- Livre de Bruxelas, regressou sários, e pela instalação na este ano a um cargo que exer-cidade de um «Centro de cera no período 1994/2002. Excelência» da Microsoft. Na eleição realizada em Feve-

Já se conheciam as inten- reiro, o novo reitor obteve 40 ções de colocar a U.E. na luta dos 59 votos expressos.

Cavaco Silva, logo após a toma- O Primeiro-ministro teceu, da de posse como Presidente da inclusivamente, elogios. «Não República, terá desiludido algu- posso estar mais de acordo ma esquerda ao deixar o PCP de com o senhor Presidente da fora do Conselho de Estado. De República, ao chamar a aten-alguma forma, o PR voltou a sin- ção do país para a necessidade tonizar à esquerda com o dis- de fazer mais no que respeita curso proferido na Assembleia à justiça social e relembrar da República durante a sessão o quanto há para fazer para solene comemorativa do 32º ani- que Portugal seja um país mais versário do 25 de Abril de 1974. justo, mais solidário e mais Mereceu aplausos de PS, PSD e igual», disse José Sócrates aos CDS-PP e o silêncio de PCP e BE. jornalistas.

Discurso directo:«A comemoração do 25 de Abril seria uma oca-sião propícia para reflec-tir sobre o que desejamos do nosso sistema políti-co, o que esperamos do papel e do funcionamen-to dos partidos, o que é exigível do comporta-mento dos eleitos e de-mais agentes políticos, o que deve ser feito para que os cidadãos ganhem uma nova confiança e res-peito pela actividade polí-tica e para que a demo-cracia se revitalize e sus-cite na juventude portu-guesa maior motivação e entusiasmo»

«Quero propor um com-promisso cívico, um com-promisso para a inclusão social, um compromisso que envolva não só as forças políticas, mas que congregue as instituições nacionais, as autarquias, as organizações da socie-dade civil, dos sindicatos às associações cívicas e às instituições de soli-dariedade»

«A elaboração do pró-ximo Plano de Acção Nacional para a Inclusão pode ser aproveitada para uma mobilização geral, uma verdadeira campanha em prol da inclusão social»

«Os portugueses esperam dos políticos, que livre e democraticamente ele-geram, que estejam à altura dessa exigência, que se empenhem em dar uma nova esperança aos mais desfavorecidos da nossa sociedade, que cooperem no sentido de mais facilmente poderem superar as dificuldades e naturais divergências ideológicas», apelou.

«A melhoria da justiça social, o combate à pobreza e à exclusão exigem que o país volte a ganhar a batalha do investimento, do cresci-mento económico, da criação de riqueza, sem que o sonho continuará adiado». «Muito progre-dimos na modernização da economia e na afirma-ção de novos estilos de vida, mas ficámos muito aquém na concretização dessa ambição de uma sociedade com maior justiça social»

Um PR à procura do consenso

Universidade

Araújo de regresso

De novo no comando da U. E.

COMUNICADO

Influenza Aviária -“Gripe Aviária”

Eu, Rui Manuel dos Santos Silva Aleixo, Médico Veterinário

Municipal do Concelho de Reguengos de Monsaraz, sou a

comunicar, a propósito da gripe aviária, o seguinte:

Pelo disposto no Aviso n.º 4 da Direcção Geral de Veterinária

(DGV) sobre a gripe aviária, de 20/04/06, o prazo para entrega

das declarações de existência de aves, foi prolongado até ao

dia 21 de Maio de 2006.

Assim, os detentores de aves de todas as espécies que ainda

não efectuaram a sua declaração, poderão ainda fazê-lo até

esta data.

Neste sentido, volto a apelar à colaboração de todos, uma vez que

esta acção se enquadra no âmbito da prevenção e controlo da

gripe aviária.

O incumprimento destas obrigações será punível nos termos

da Lei. A acção de fiscalização fica a cargo do Médico

Veterinário Municipal e da Guarda Nacional Republicana.

Reguengos de Monsaraz, 21 de Abril de 2006

O Médico Veterinário Municipal

Dr. Rui M. Santos Aleixo

MUNICÍPIO DE REGUENGOS DE MONSARAZ

CÂMARA MUNICIPAL

Apartado 6 | 7200-370 Reguengos de Monsaraz | Contribuinte 507 040 589 | Telefone 266 508 040 | Fax 266 508 059

E-mail [email protected] | Internet www.cm-reguengos-monsaraz.pt

Page 18: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

1º prémio »

» 12ºA

2º prémio »

» 9ºA

3º prémio »

» 7ºA

Vontades…

Lénia Rodrigues / Sara Rosada / Susete Pereira

Se eu fosse uma folha de papel branco cavalinho, gostava de passar pelas mãos de grandes escritores portugueses e que a tinta fluindo das suas canetas corresse sobre o meu ser inanimado.

Depois de redigida transportarei em mim a alma de quem tem o talento de fazer florir os sentimentos mais profundos numa simples folha de papel.

Serei lida por muitos? Ignorada por todos? Quem sabe?!

Depois…quero ser levada pelo vento, por ruas e caminhos, andar de mão em mão, transmitir a esses seres ignorantes a essência da vida que corre em minhas veias.

Quero ter o poder de ser tudo, não sendo nada…

Agora, usada e rasgada, tenho ânsia de renascer, de ter o privilégio de transportar em mim uma nova alma. E quem sabe, desta vez, ter o poder de transformar o mundo? Ou então servir apenas como espelho que reflecte a alma do mais puro inocente?

Não sei! Apenas ambiciono ser usada pelas mãos que se erguem pelo mundo…

Reclamações

Daniel Dias / Jorge Fradinho / Mário Ramalho

Querida escola secundária, que mal me deixas dormir tenho que vir para aqui às 8 e só me apetece ganir; as aulas de 90 minutos são uma seca a valer mais valia faltar e o meu pai não saber; aulas de substituição só servem para atrapalhar, alunos e professores ficam a olhar para o ar; salas geladas “tá” um frio de rachar! Estou quase a congelar; o bar cada vez mais caro está a ficar! A sim não dá para aguentar! Balneário que estás cheio de mais, só me apetece ir tomar banho a casa dos meus pais; nos intervalos dos blocos não podemos ficar, a contínua está sempre a ralhar; durante as aulas à casa de banho não podemos ir, temos de levar fralda para não sair.

Depois deste dia cansativo chego a casa e vou-me deitar, mas no fundo penso para mim: é nesta escola que eu gosto de estar!

Verde

Rute Agulhas / Tatiana Rodrigues

Verde: cor da esperança e da natureza.A cor que significa dizer:Vai em frente,Sem medo do que possas encontrar.É a cor da vida.Que está prestes a acabar,Por isso vamos salvar a natureza,Antes que venha o cinzentoPara a natureza dominar.

Reguengos de Monsaraz

Escrita criativa na escola

«Escrita Criativa: Vamos dar jornais, revistas e fotografias - vens, a família e a comunidade. Prosseguindo o mesmo asas à nossa imaginação» é o os alunos elaboram textos que

lema da iniciativa promovida objectivo, aquela Biblioteca foram analisados por um júri pe la B ib l io teca Esco lar promoveu a semana do conto, que seleccionou os melhores Professor Manuel Talhante da trabalhos, aos quais será atri- até 24 de Abril. Escola Secundária de Reguen- A iniciativa designou-se buído um prémio, quarta-feira, gos de Monsaraz, que decorreu

«Era uma vez um conto» e os na Sítio das Letras. Os traba-entre 2 e 8 de Março, envolven-

lhos distinguidos ficarão jovens alunos analisaram a do cerca de 150 alunos do ter-expostos na livraria. obra da escritora Ilse Losa e ceiro ciclo e do ensino secundá-

A iniciativa, inserida no âm- escreveram um conto. rio e que contou com o apoio da bito das actividades extracur- Os melhores contos seleccio-Livraria Sítio das Letras. riculares, visa promover a lei- nados serão lidos na Livraria A partir de material diverso -

textos literários, excertos de tura e a escrita e envolver os jo- Sítio das Letras.

~educação

19notícias Maio 2006alentejo~

LER PARA SERLIVRARIA SÍTIO DAS LETRAS

REGUENGOS DE MONSARAZ

Vencedores Lénia Rodrigues, Sara Rosada e Susete Pereira; Daniel Dias, Jorge Fradinho e Mário Ramalho; Rute Agulhas e Tatiana Rodrigues

pub

18 notícias Maio 2006alentejo~

publicidade~

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1º prémio »

» 12ºA

2º prémio »

» 9ºA

3º prémio »

» 7ºA

Vontades…

Lénia Rodrigues / Sara Rosada / Susete Pereira

Se eu fosse uma folha de papel branco cavalinho, gostava de passar pelas mãos de grandes escritores portugueses e que a tinta fluindo das suas canetas corresse sobre o meu ser inanimado.

Depois de redigida transportarei em mim a alma de quem tem o talento de fazer florir os sentimentos mais profundos numa simples folha de papel.

Serei lida por muitos? Ignorada por todos? Quem sabe?!

Depois…quero ser levada pelo vento, por ruas e caminhos, andar de mão em mão, transmitir a esses seres ignorantes a essência da vida que corre em minhas veias.

Quero ter o poder de ser tudo, não sendo nada…

Agora, usada e rasgada, tenho ânsia de renascer, de ter o privilégio de transportar em mim uma nova alma. E quem sabe, desta vez, ter o poder de transformar o mundo? Ou então servir apenas como espelho que reflecte a alma do mais puro inocente?

Não sei! Apenas ambiciono ser usada pelas mãos que se erguem pelo mundo…

Reclamações

Daniel Dias / Jorge Fradinho / Mário Ramalho

Querida escola secundária, que mal me deixas dormir tenho que vir para aqui às 8 e só me apetece ganir; as aulas de 90 minutos são uma seca a valer mais valia faltar e o meu pai não saber; aulas de substituição só servem para atrapalhar, alunos e professores ficam a olhar para o ar; salas geladas “tá” um frio de rachar! Estou quase a congelar; o bar cada vez mais caro está a ficar! A sim não dá para aguentar! Balneário que estás cheio de mais, só me apetece ir tomar banho a casa dos meus pais; nos intervalos dos blocos não podemos ficar, a contínua está sempre a ralhar; durante as aulas à casa de banho não podemos ir, temos de levar fralda para não sair.

Depois deste dia cansativo chego a casa e vou-me deitar, mas no fundo penso para mim: é nesta escola que eu gosto de estar!

Verde

Rute Agulhas / Tatiana Rodrigues

Verde: cor da esperança e da natureza.A cor que significa dizer:Vai em frente,Sem medo do que possas encontrar.É a cor da vida.Que está prestes a acabar,Por isso vamos salvar a natureza,Antes que venha o cinzentoPara a natureza dominar.

Reguengos de Monsaraz

Escrita criativa na escola

«Escrita Criativa: Vamos dar jornais, revistas e fotografias - vens, a família e a comunidade. Prosseguindo o mesmo asas à nossa imaginação» é o os alunos elaboram textos que

lema da iniciativa promovida objectivo, aquela Biblioteca foram analisados por um júri pe la B ib l io teca Esco lar promoveu a semana do conto, que seleccionou os melhores Professor Manuel Talhante da trabalhos, aos quais será atri- até 24 de Abril. Escola Secundária de Reguen- A iniciativa designou-se buído um prémio, quarta-feira, gos de Monsaraz, que decorreu

«Era uma vez um conto» e os na Sítio das Letras. Os traba-entre 2 e 8 de Março, envolven-

lhos distinguidos ficarão jovens alunos analisaram a do cerca de 150 alunos do ter-expostos na livraria. obra da escritora Ilse Losa e ceiro ciclo e do ensino secundá-

A iniciativa, inserida no âm- escreveram um conto. rio e que contou com o apoio da bito das actividades extracur- Os melhores contos seleccio-Livraria Sítio das Letras. riculares, visa promover a lei- nados serão lidos na Livraria A partir de material diverso -

textos literários, excertos de tura e a escrita e envolver os jo- Sítio das Letras.

~educação

19notícias Maio 2006alentejo~

LER PARA SERLIVRARIA SÍTIO DAS LETRAS

REGUENGOS DE MONSARAZ

Vencedores Lénia Rodrigues, Sara Rosada e Susete Pereira; Daniel Dias, Jorge Fradinho e Mário Ramalho; Rute Agulhas e Tatiana Rodrigues

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18 notícias Maio 2006alentejo~

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~prazeres

21notícias Maio 2006alentejo~20 notícias Maio 2006alentejo~

Aproximam-se os dias cheios possa depois chegar ao com-de luz e de horizontes sem putador, descarregar o que névoa. O céu vai ficar mais a máquina gravou e, em famí-azul e a noite, até ao final de lia, apreciaram-se os locais Junho, regressará sempre onde os nossos olhos se deti-mais tarde. veram.

É nesta ocasião que esco- É precisamente nesta oca-lhemos saborear as paisagens sião que uma enorme frustra-que a planície nos oferece. ção nos assalta. Não consegui-

É agora que os campos mos registar fielmente aquilo assumem uma variedade de que a visão abrangeu e tão cores e tons que leva os artis- pouco as cores se parecem tas a dedicar-lhes versos e com aquilo que vimos. livros, pinturas e fotografias. Rogamos pragas às máquinas,

Quero hoje falar-vos um dizemos mal da definição de pouco desta Arte, que tantas cores do monitor, flagelamo-vezes é esquecida, apesar de -nos com a nossa falta de nestes tempos de tecnologias técnica.adiantadas todos nós termos Porém, na maior parte das nos monitores dos nossos com- vezes, foi a nossa ânsia de putadores uma fotografia “rou- encher com o maior número bada” algures na Internet. possível de elementos um

Como dizia, vivemos um pequeno rectângulo onde só tempo de avançadas tecnolo- deviam caber 2 ou 3 compo-gias. Que chegaram também nentes. Ou mesmo só um. ao mundo da Fotografia. A era Fica então este meu pri-do digital veio revolucionar a meiro conselho. Não queiram escrita com luz e em todos os meter numa só fotografia um lares está sempre preparada olival, uma seara, um campo uma máquina para registar de papoilas, dezenas de cha-todos os momentos festivos e parros e, como acontece amiú-outras celebrações, captar ima- de, um rebanho de dispersas gens nas viagens ao campo, ovelhas. Estas vão-se confun-à praia, ao estrangeiro ou dir com as próprias caganitas mesmo tão só até ao jardim da que soltam e árvores pare-nossa terra. Não interessa se cerão cogumelos. Cada coisa há luz a mais ou a menos, de sua vez e podem ter a cer-se há sombras demasiadas teza que o resultado será ou se o enquadramento não é bem melhor.o ideal. O importante é que se Votos de… “Boas Imagens”!

...dafotografia

João [email protected]

Boas imagens

Especialidades: Cabrito assado no forno; Bacalhau de tomada em forno de lenha; Bochechas de porco preto no forno; Ensopado de borrego; Leitão à moda do CachetePreço médio: 15,00 €

Proibido proibir…E sem pensar neles cantou Caetano Veloso:

A mãe da virgem diz que não E o anúncio da televisão escrito no portão E o maestro ergueu o dedo e além da porta Ao porteiro, sim e eu digo sim E eu digo não ao não Eu digo é proibido proibir É proibido proibir, é proibido proibir... Me dê um beijo meu amor Eles estão nos esperando Os automóveis ardem em chamas Derrubar as prateleiras, as estantes, as estátuas, as vidraças, louças, livros sim E eu digo sim, e eu digo não ao não E eu digo é proibido proibir É proibido proibir, é proibido proibir Caí no areal e na hora advertis que Deus concede aos seus para o intervalo em que Esteja a alma imersa em sonhos, que são Deus o que importa o areal, a morte, a desventura Se com Deus me guardei é o que me sonhei Que me sonhei que eterno dura é esse que regressarei Me dê um beijo...

Nissan apresentaMicra C+C by JAT

Com a abertura das portas do Salão Internacional do Automóvel de Lisboa cada vez mais próxima, vão sendo conhecidas as novidades que cada construtor prepara para o certame. Assim, a Nissan, que na última edição não este-ve representada, promete um regresso em força com a apre-sentação de um protótipo exclusivo do modelo Micra C+C criado em parceria com o estilista português José António Tenente, ao qual será dado o nome de C+C by JAT.

Os carros mais económicos

Gasolina1 - Honda Insight IMA (2 portas) 995cc - 3,4 litros/100 Km2 - Toyota Prius Hybrid Synergy Drive (4 portas) 1497cc - 4,3 litros/100 Km3 - Opel Corsa First 1.3 CDTI Easytronic (3 portas) 1248cc - 4,3 litros/100 Km4 - Renault Clio III Privilége (5 portas) 1461cc - 4,4 litros/100 Km5 - Citroen C1 1.0 (5 portas) 998cc - 4,6 litros/100 Km6 - Toyota Aygo 1.0 VVT-i (3 portas) 998cc - 4,6 litros/100 Km7 - Peugeot 107 Urban (3 por-tas) 998cc - 4,6 litros/100 Km8 - Smart City Coupé Pure (2 portas) 599cc - 4,7 litros/100 Km9 - Smart fortwo Coupé 50cv (2 portas) 698cc - 4,7 litros/100 Km10 - Smart City Cabrio Coupé Pure (2 portas) 599cc - 4,7 litros/100 Km

Gasóleo1 - Volkswagen Lupo 1.2 TDI 3 Litros (3 portas) 1191cc - 3.0 litros/100 Km2 - Smart City Coupé Pure CDI (Softouch) (2 portas) 799cc - 3,4 litros/100 Km3 - Smart City Cabrio Pure CDI (Softouch) (2 portas) 799cc - 3,4 litros/100 Km4 - Smart fortwo Coupé CDI (2 portas) 799cc - 3,4 litros/100 Km5 - Citroen C2 1.4 HDI (3 por -tas) 1398cc - 4,1 litros/100 Km6 - Citroen C1 1.4 HDI (3 por -tas) 1398cc - 4,1 litros/100 Km7 - Peugeot 107 Trendy 1.4 HD1 (5 portas) 1398cc - 4,1 litros/100 Km8 - Citroen C3 1.4 HDI (5 por -tas) 1398cc - 4,2 litros/100 Km9 - Kia Picanto 1.1 CRDI 4 lug (5 portas) 1120cc - 4,2 litros/100 Km10 - Peugeot 206 Color Line 1.4 HDi (5 portas) 1398cc - 4,3 litros/100 Km

... de acordo com o www.lusomotores.com

Com um forte estilo SUV uma atitude vanguardista, a marcar a abordagem da destacando-se facilmente da marca alemã a um segmento multidão graças às jantes de que se revela cada vez mais 17 polegadas, às secções espe-em expansão, acaba de chegar cíficas da carroçaria, com ao mercado nacional o novo cores emotivas e combinadas Volkswagen CrossPolo, um com a restante carroçaria, modelo que surge com preços e aos novos pára-choques in-de venda ao público a partir teiramente redesenhados ao dos 18.380 euros para a ver- estilo todo-o-terreno. O inte-são a gasolina, e dos 22.900 rior revela tecidos específicos euros para quem optar pela nos bancos desportivos e ele-versão Diesel, e que promete mentos cromados.fortes argumentos para ven- Para quem vai esquiar, cer no “seu” mercado. andar de BTT, passear na mon-

Reforçando consideravel- tanha ou simplesmente se mente o posicionamento da aventura na selva urbana, o Volkswagen na classe dos CrossPolo promete estar à von-pequenos SUV, o novo tade em todas as situações. CrossPolo surge com uma visí- Na verdade, são os carros vel versatilidade conferida pouco convencionais, como o pela carroçaria de cinco por- CrossPolo, desenvolvido pela tas, a qual convida a uma uti- Volkswagen Individual, que lização muito prática, ideal marcam as novas tendências.para um dia-a-dia urbano e O prazer de condução, descontraído numa condução a consistência do produto citadina. Graças ao chassis e uma boa relação entre o 15 mm mais alto, e contando preço e a qualidade, num com tracção dianteira, o modelo equipado com moto-CrossPolo está preparado para res particularmente económi-enfrentar todo o tipo de pisos, cos, são igualmente vantagens incluindo os caminhos mais reconhecidas do CrossPolo, exigentes. um modelo que sobressai da

Em termos visuais, o actual “multidão” de modelos Volkswagen CrossPolo adopta compactos.

breves

Um leitão estaladiço, um tinto da casa e o atendi-mento profissional são factores suficientes para uma visita a um dos res-taurantes emblemáticos do Concelho de Reguengos de Monsaraz. No forno de lenha está, de resto, um dos segre-dos do sucesso deste restaurante, localizado no maior centro oleiro da Península Ibérica - S. Pedro do Corval.

S. Pedro do Corval, Reguengos de Monsaraz | Rua do Grave, 9E-mail: [email protected] Telef. 266 549 568 | Fax. 266 519 896 | Tlm. 969 067 073 | www.aloendroeadegadocache-te.com

Adega do Cachete

Jorge [email protected]

CrossPolo sucede ao Polo Fox na gama Volkswagen

Citadino com espírito aventureiroA Volkswagen acaba de introduzir no mercado um novo elemento para a gama Polo, o CrossPolo, um pequeno automóvel disposto a enfrentar os grandes obstáculos citadinos

Muitos de vocês, os verdadei- Porsche Cayman, passando ros amantes dos videojogos, pelo Mazda RX-8, Ford dirão que este jogo que hoje Mustang ou Mitsubishi aqui trago nem é propriamen- Eclipse.te novo, isto porque chegou Refira-se que a Electronic ao mercado nacional no últi- Arts lançou uma edição para mo Natal, época em que as coleccionadores - Need for editoras inundam o mercado Speed, Most Wanted Black de propostas impedindo por Edition -, disponível apenas vezes a melhor atenção a cada para Playstation2, com uma uma delas. Foi o que aconte- versão na qual se incluem car-ceu ao “Need for Speed, Most ros e corridas exclusivas, um Wanted”, porventura o mais DVD adicional com arte con-popular videojogo de corridas ceptual, vídeos exclusivos e de automóveis que se resume imagens dos bastidores da no mais fantástico desafio actriz, modelo e estrela do para os amantes da velocida- jogo Josie Maran.de e do tuning. Já em relação à versão

Chegar ao topo da “lista deste jogo para a XBox 360, negra”, ou fugir dos severos e oferece toques de realismo astutos polícias que patru- estupendos, desde os salpicos lham a cidade de Rockport, de tinta nos veículos até à são apenas algumas das mis- envolvente altamente porme-sões que se colocam aos apai- norizada do mundo das corri-xonados das corridas ilegais. das ilegais. Já na edição para

Disponível para todas as PSP é possível encontrar, em plataformas, desde a exclusivo, o modo “tuner take-Playstation2 à XBox 360, pas- down”, ou a possibilidade de sando pela Nintendo DS, inverter os papéis e saltar Game Boy Advanced, PSP ou para o volante do carro da simplesmente para o seu PC polícia em defesa da lei.(em breve este jogo vai estar É caso para dizer que se disponível também para tele- pretende ser o piloto mais pro-móvel), Need for Speed, Most curado de sempre, não hesite: Wanted inclui mais de 36 car- avance para o Need For ros, desde o BMW M3 ao Speed, Most Wanted.

Need for Speed, Most Wanted… O desafio!

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~prazeres

21notícias Maio 2006alentejo~20 notícias Maio 2006alentejo~

Aproximam-se os dias cheios possa depois chegar ao com-de luz e de horizontes sem putador, descarregar o que névoa. O céu vai ficar mais a máquina gravou e, em famí-azul e a noite, até ao final de lia, apreciaram-se os locais Junho, regressará sempre onde os nossos olhos se deti-mais tarde. veram.

É nesta ocasião que esco- É precisamente nesta oca-lhemos saborear as paisagens sião que uma enorme frustra-que a planície nos oferece. ção nos assalta. Não consegui-

É agora que os campos mos registar fielmente aquilo assumem uma variedade de que a visão abrangeu e tão cores e tons que leva os artis- pouco as cores se parecem tas a dedicar-lhes versos e com aquilo que vimos. livros, pinturas e fotografias. Rogamos pragas às máquinas,

Quero hoje falar-vos um dizemos mal da definição de pouco desta Arte, que tantas cores do monitor, flagelamo-vezes é esquecida, apesar de -nos com a nossa falta de nestes tempos de tecnologias técnica.adiantadas todos nós termos Porém, na maior parte das nos monitores dos nossos com- vezes, foi a nossa ânsia de putadores uma fotografia “rou- encher com o maior número bada” algures na Internet. possível de elementos um

Como dizia, vivemos um pequeno rectângulo onde só tempo de avançadas tecnolo- deviam caber 2 ou 3 compo-gias. Que chegaram também nentes. Ou mesmo só um. ao mundo da Fotografia. A era Fica então este meu pri-do digital veio revolucionar a meiro conselho. Não queiram escrita com luz e em todos os meter numa só fotografia um lares está sempre preparada olival, uma seara, um campo uma máquina para registar de papoilas, dezenas de cha-todos os momentos festivos e parros e, como acontece amiú-outras celebrações, captar ima- de, um rebanho de dispersas gens nas viagens ao campo, ovelhas. Estas vão-se confun-à praia, ao estrangeiro ou dir com as próprias caganitas mesmo tão só até ao jardim da que soltam e árvores pare-nossa terra. Não interessa se cerão cogumelos. Cada coisa há luz a mais ou a menos, de sua vez e podem ter a cer-se há sombras demasiadas teza que o resultado será ou se o enquadramento não é bem melhor.o ideal. O importante é que se Votos de… “Boas Imagens”!

...dafotografia

João [email protected]

Boas imagens

Especialidades: Cabrito assado no forno; Bacalhau de tomada em forno de lenha; Bochechas de porco preto no forno; Ensopado de borrego; Leitão à moda do CachetePreço médio: 15,00 €

Proibido proibir…E sem pensar neles cantou Caetano Veloso:

A mãe da virgem diz que não E o anúncio da televisão escrito no portão E o maestro ergueu o dedo e além da porta Ao porteiro, sim e eu digo sim E eu digo não ao não Eu digo é proibido proibir É proibido proibir, é proibido proibir... Me dê um beijo meu amor Eles estão nos esperando Os automóveis ardem em chamas Derrubar as prateleiras, as estantes, as estátuas, as vidraças, louças, livros sim E eu digo sim, e eu digo não ao não E eu digo é proibido proibir É proibido proibir, é proibido proibir Caí no areal e na hora advertis que Deus concede aos seus para o intervalo em que Esteja a alma imersa em sonhos, que são Deus o que importa o areal, a morte, a desventura Se com Deus me guardei é o que me sonhei Que me sonhei que eterno dura é esse que regressarei Me dê um beijo...

Nissan apresentaMicra C+C by JAT

Com a abertura das portas do Salão Internacional do Automóvel de Lisboa cada vez mais próxima, vão sendo conhecidas as novidades que cada construtor prepara para o certame. Assim, a Nissan, que na última edição não este-ve representada, promete um regresso em força com a apre-sentação de um protótipo exclusivo do modelo Micra C+C criado em parceria com o estilista português José António Tenente, ao qual será dado o nome de C+C by JAT.

Os carros mais económicos

Gasolina1 - Honda Insight IMA (2 portas) 995cc - 3,4 litros/100 Km2 - Toyota Prius Hybrid Synergy Drive (4 portas) 1497cc - 4,3 litros/100 Km3 - Opel Corsa First 1.3 CDTI Easytronic (3 portas) 1248cc - 4,3 litros/100 Km4 - Renault Clio III Privilége (5 portas) 1461cc - 4,4 litros/100 Km5 - Citroen C1 1.0 (5 portas) 998cc - 4,6 litros/100 Km6 - Toyota Aygo 1.0 VVT-i (3 portas) 998cc - 4,6 litros/100 Km7 - Peugeot 107 Urban (3 por-tas) 998cc - 4,6 litros/100 Km8 - Smart City Coupé Pure (2 portas) 599cc - 4,7 litros/100 Km9 - Smart fortwo Coupé 50cv (2 portas) 698cc - 4,7 litros/100 Km10 - Smart City Cabrio Coupé Pure (2 portas) 599cc - 4,7 litros/100 Km

Gasóleo1 - Volkswagen Lupo 1.2 TDI 3 Litros (3 portas) 1191cc - 3.0 litros/100 Km2 - Smart City Coupé Pure CDI (Softouch) (2 portas) 799cc - 3,4 litros/100 Km3 - Smart City Cabrio Pure CDI (Softouch) (2 portas) 799cc - 3,4 litros/100 Km4 - Smart fortwo Coupé CDI (2 portas) 799cc - 3,4 litros/100 Km5 - Citroen C2 1.4 HDI (3 por -tas) 1398cc - 4,1 litros/100 Km6 - Citroen C1 1.4 HDI (3 por -tas) 1398cc - 4,1 litros/100 Km7 - Peugeot 107 Trendy 1.4 HD1 (5 portas) 1398cc - 4,1 litros/100 Km8 - Citroen C3 1.4 HDI (5 por -tas) 1398cc - 4,2 litros/100 Km9 - Kia Picanto 1.1 CRDI 4 lug (5 portas) 1120cc - 4,2 litros/100 Km10 - Peugeot 206 Color Line 1.4 HDi (5 portas) 1398cc - 4,3 litros/100 Km

... de acordo com o www.lusomotores.com

Com um forte estilo SUV uma atitude vanguardista, a marcar a abordagem da destacando-se facilmente da marca alemã a um segmento multidão graças às jantes de que se revela cada vez mais 17 polegadas, às secções espe-em expansão, acaba de chegar cíficas da carroçaria, com ao mercado nacional o novo cores emotivas e combinadas Volkswagen CrossPolo, um com a restante carroçaria, modelo que surge com preços e aos novos pára-choques in-de venda ao público a partir teiramente redesenhados ao dos 18.380 euros para a ver- estilo todo-o-terreno. O inte-são a gasolina, e dos 22.900 rior revela tecidos específicos euros para quem optar pela nos bancos desportivos e ele-versão Diesel, e que promete mentos cromados.fortes argumentos para ven- Para quem vai esquiar, cer no “seu” mercado. andar de BTT, passear na mon-

Reforçando consideravel- tanha ou simplesmente se mente o posicionamento da aventura na selva urbana, o Volkswagen na classe dos CrossPolo promete estar à von-pequenos SUV, o novo tade em todas as situações. CrossPolo surge com uma visí- Na verdade, são os carros vel versatilidade conferida pouco convencionais, como o pela carroçaria de cinco por- CrossPolo, desenvolvido pela tas, a qual convida a uma uti- Volkswagen Individual, que lização muito prática, ideal marcam as novas tendências.para um dia-a-dia urbano e O prazer de condução, descontraído numa condução a consistência do produto citadina. Graças ao chassis e uma boa relação entre o 15 mm mais alto, e contando preço e a qualidade, num com tracção dianteira, o modelo equipado com moto-CrossPolo está preparado para res particularmente económi-enfrentar todo o tipo de pisos, cos, são igualmente vantagens incluindo os caminhos mais reconhecidas do CrossPolo, exigentes. um modelo que sobressai da

Em termos visuais, o actual “multidão” de modelos Volkswagen CrossPolo adopta compactos.

breves

Um leitão estaladiço, um tinto da casa e o atendi-mento profissional são factores suficientes para uma visita a um dos res-taurantes emblemáticos do Concelho de Reguengos de Monsaraz. No forno de lenha está, de resto, um dos segre-dos do sucesso deste restaurante, localizado no maior centro oleiro da Península Ibérica - S. Pedro do Corval.

S. Pedro do Corval, Reguengos de Monsaraz | Rua do Grave, 9E-mail: [email protected] Telef. 266 549 568 | Fax. 266 519 896 | Tlm. 969 067 073 | www.aloendroeadegadocache-te.com

Adega do Cachete

Jorge [email protected]

CrossPolo sucede ao Polo Fox na gama Volkswagen

Citadino com espírito aventureiroA Volkswagen acaba de introduzir no mercado um novo elemento para a gama Polo, o CrossPolo, um pequeno automóvel disposto a enfrentar os grandes obstáculos citadinos

Muitos de vocês, os verdadei- Porsche Cayman, passando ros amantes dos videojogos, pelo Mazda RX-8, Ford dirão que este jogo que hoje Mustang ou Mitsubishi aqui trago nem é propriamen- Eclipse.te novo, isto porque chegou Refira-se que a Electronic ao mercado nacional no últi- Arts lançou uma edição para mo Natal, época em que as coleccionadores - Need for editoras inundam o mercado Speed, Most Wanted Black de propostas impedindo por Edition -, disponível apenas vezes a melhor atenção a cada para Playstation2, com uma uma delas. Foi o que aconte- versão na qual se incluem car-ceu ao “Need for Speed, Most ros e corridas exclusivas, um Wanted”, porventura o mais DVD adicional com arte con-popular videojogo de corridas ceptual, vídeos exclusivos e de automóveis que se resume imagens dos bastidores da no mais fantástico desafio actriz, modelo e estrela do para os amantes da velocida- jogo Josie Maran.de e do tuning. Já em relação à versão

Chegar ao topo da “lista deste jogo para a XBox 360, negra”, ou fugir dos severos e oferece toques de realismo astutos polícias que patru- estupendos, desde os salpicos lham a cidade de Rockport, de tinta nos veículos até à são apenas algumas das mis- envolvente altamente porme-sões que se colocam aos apai- norizada do mundo das corri-xonados das corridas ilegais. das ilegais. Já na edição para

Disponível para todas as PSP é possível encontrar, em plataformas, desde a exclusivo, o modo “tuner take-Playstation2 à XBox 360, pas- down”, ou a possibilidade de sando pela Nintendo DS, inverter os papéis e saltar Game Boy Advanced, PSP ou para o volante do carro da simplesmente para o seu PC polícia em defesa da lei.(em breve este jogo vai estar É caso para dizer que se disponível também para tele- pretende ser o piloto mais pro-móvel), Need for Speed, Most curado de sempre, não hesite: Wanted inclui mais de 36 car- avance para o Need For ros, desde o BMW M3 ao Speed, Most Wanted.

Need for Speed, Most Wanted… O desafio!

Page 22: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

Devia ser pescador som e outras a ressoar naquele momento, reme- aquilo que os teóricos do reformado, andarilho de entre a brisa; imagino-o tia para realidades e dis- Iluminismo definiam ondas, mergulhador de a brindar delicada e pau- cursos que eram os dele, como sendo o estético histórias de sereias e sadamente com a sua ali recriados, ali postos e o não estético. Seja naufrágios. Contornava própria corrente de cons- em cena, embora, como for, creio que a marginal e deslizava ciência sem fim; imagi- é claro, misturados com a arte se iniciará nesse de cabeça baixa entre no-o a ser percorrido memórias truncadas, estado de desapego radi-a nuvem de gaivotas por assuntos fragmentá- com a luz do fim da cal que o passeio solitá-que, atenta ao tejadilho rios, por recortes memo- tarde e até com o trajec- rio do pescador de Peni-da lota, vigiava a mare- riais, por encruzilhadas to habitualmente percor- che me deu a ver neste sia e outros vestígios do do que pode ser dito rido. Por outras pala- ainda vizinho dia de imenso mosto com que e por secretas tentações vras: o mundo imaginá- Páscoa. É nesse discor-o mar brinda os seus. do que é, ao longo da rio inventado pelo pes- rer que é paralelo ao Era um homem colorido vida, o universo do não cador, naquele monólogo dique da racionalidade, pelo sal, seco de feições, dito. E lá vai ele, o pes- sem rumo linear, era, da intenção e da decisão moreno pelas cíclicas cador solitário, neste cor- ele mesmo, um aconte- que fervilha o mundo saudades do Rife, rupio de discursos e de cimento. Um aconteci- das formas em labora-romântico talvez na ima- realidades, sempre mento único, descontí- ção. Até porque qual-ginação de um Raul sobrevoado por gaivotas nuo, grandioso, descen- quer mensagem começa Brandão. E lá ia ele, esta- bem alimentadas, de trado e traduzido apenas por ser uma espécie de mos em Peniche durante olho claro, patas em sus- pelo maior dos desapegos. coisa não formada até a Páscoa, e confesso que, penso e asas tão brancas A maior parte da adquirir, depois, contor-da esplanada onde por quanto a espuma que se nossa vida é passada nos, reconhecimento acaso me sento, o vejo aninha junto ao barco assim, até ao momento e sentidos.ainda a monologar, a pra- das Berlengas. em que somos obrigados Não sei que o que me guejar e a inventariar E ao vê-lo desaparecer a criar diques na torren- contaria o pescador acer-este e outros mundos. pelo arqueado da ponte, te de imagens que habita ca do seu passeio pascal,

Possuído por este dis- concluí que a leveza era ininterruptamente mas sei que nele residia curso sem fim, vejo-o o seu destino e que a a casa-mãe da consciên- o âmago grandes voos. seguir, passo a passo, ao liberdade em que seguia cia. E criamo-los para Porventura, tal como longo do muro esbran- não tinha descrição pos- podermos nortear, orga- aqueles que a vida lhe quiçado da velha alvena- sível, nem se referiria nizar ou responder terá doado, um dia, ria que liga a marginal fosse ao que fosse. à ordem do quotidiano. entre vagas disformes, à ponte. Imagino-o Significa isto que tudo Talvez seja aí, nesse súbi- visões miríficas e mos-a deglutir palavras sem o que nele se passava, to dique, que se dissocia trengos doutros tempos.

La Torada, por Pablo Picasso

LER PARA SERLIVRARIA SÍTIO DAS LETRAS

REGUENGOS DE MONSARAZ

telefone | fax266 502 655

moradaRua S. João de Deus, 18

~ letramúsica&

23notícias Maio 2006alentejo~

crónica~

22 notícias Maio 2006alentejo~

Os passeios do pescador solitário tópicos

Luís [email protected]

‘E ao vê-lo desaparecer pelo arqueado da ponte, concluí que a leveza era o seu destino e que a liberdade em que seguia não tinha descrição possível’

bilhete postal

livro um dos mais fascinantes per-sonagens da sua já longa e bem povoada galeria de retratos.

Verão no AquárioLygia Fagundes Telles

Editor: Editorial PresençaColecção: Grandes Narrativas ProfeciasAno de Edição: 2006 Leonardo da VinciPreço: 15,00€

Editor: Europa-AméricaGalardoada com a mais recente Colecção: Clássicosedição do prémio Camões, Lygia Ano de Edição: 2006Fagundes Telles deixa-nos ante- Preço: 14,50€ver na sua prosa a força arrebata-dora do seu espírito. Brasileira de «Parecerá aos Homens que cha-origem, encontra em Portugal o mas subirão aos céus e dele des-país irmão para dar a conhecer o cerão em terror.»seu trabalho literário, fruto de Leonardo Da Vinci é famoso uma longa carreira cada vez mais em todo o mundo como criador de consolidada. Autora de contos é obras de arte únicas.porém no romance que o seu esti- No entanto, poucos conhecem lo mais se evidencia através do a sua faceta de escritor. Uma obra desenvolvimento psicológico das literária - profecias, aforismos, personagens, da descrição dos fábulas, pensamentos e contos ambientes e de uma realidade fantásticos - que revela a dimen-povoada pelas relações humanas, são e a textura das suas reflexões profundas e contraditórias na sua sobre a humanidade, a natureza e essência. A solidão, o desejo, a o divino.rejeição, a dor, a saudade, são sen- Contendo escritos num estilo, timentos revisitados por Lygia género e tom fenomenal, as Fagundes Telles, através de um Profecias de Leonardo são um tom irónico e satírico que põe em raro e fascinante reflexo da vida confronto a existência e a ausên- intelectual de um dos mais notá-cia. Publicado em 1963, Verão No veis artistas da nossa História.Aquário é uma história de desen- Tal como Guiseppe Pontiggia contros, personificada na relação comentou, «A Antiguidade dei-atribulada entre uma mãe e uma xou-nos fragmentos de obras, filha, Patrícia e Raíza. Ambas se Leonardo deixou-nos uma obra de confrontam pela atenção do exte- fragmentos.» Pedaços fascinantes rior, dos outros, sobretudo daque- de génio de um grande cérebro, les que lhes podem dar amor, pai- quase esmagadoramente eclécti-xão e conforto. A segurança no co, as Profecias de Leonardo dão-próprio ser é encontrada na apro- nos uma visão preciosa do funcio-vação de conhecidos e amigos que namento de um homem e de uma com elas privam como um jovem mente singulares.que se prepara para seguir a vida eclesiástica. Cansada de lutar pela vida é no calor e no tédio de um Verão prolongado que Raíza se sente aprisionada como um peixe num aquário. Quando che-gará a libertação? Mais um romance da grande senhora das letras brasileiras.

À Primeira VistaNicholas Sparks

Editor: Editorial PresençaColecção: Grandes Narrativas Ano de Edição: 2006Preço: 17,50€

Eva Em À Primeira Vista Sparks recu-Germano Almeida pera uma personagem a que deu

vida em Quem Ama Acredita. Jeremy Marsh tem convicções Editor: Editorial Caminhoprofundas sobre aquilo que não Colecção: «Outras Margens», n.º 52pretende que lhe aconteça: nunca 1.ª edição: Abril 2006deixar a cidade de Nova Iorque, Preço: 13,65€nunca se entregar a um grande amor depois de ter vivido um Uma mulher e três homens cons-casamento falhado, e, acima de tituem o núcleo duro deste novo tudo nunca ter filhos. Mas o des-romance de Germano Almeida. tino parecia não estar de acordo A história arranca nos anos 60, com os seus planos e neste em Lisboa, transfere-se para Cabo momento Jeremy vive numa Verde após a independência e ter-pequena cidade da Carolina do mina em Lisboa numa longa Norte, casou-se com Lexie investigação às origens. Que Darnell e aguarda o nascimento motor impulsiona estes persona-da sua primeira filha. Um estado gens?de graça apenas ensombrado pela O que move estes homens - recepção de estranhas mensagens sabemos - a paixão por Eva, abus-sobre a verdadeira identidade da ca tenaz e persistente que cada sua esposa. Será ela aquilo que um deles desenvolve para a parece à primeira vista? fechar na sua própria teia. Mas

Mais um romance destinado a qual o motor que faz mover Eva? revelar-se um enorme sucesso de Isso, em última instância, não popularidade da autoria do "gol-saberemos nunca. Não o sabe o den boy" da ficção americana. próprio autor, que nos dá neste

Cecilia Bartoli LuraOpera Proibita Di Korpu Ku AlmaPreço: 22.50€ Preço: 18.85€Formato: CD (2005) Formato: 2 CD Editora/Origem: Editora/Origem: Decca / EU Lusafrica / EUGénero: CLASSICAL Género: WORLDwww.artmusic.com.pt www.artmusic.com.pt

dução do olhar do Outro no qua-dro das representações de A viagem poder comporta consequências que ainda não estão esgotadas.da teoria O ensaio de Hal Foster com que a antologia se encerra (e

J. Alberto Ferreira que, à força de faltarem tradu-ções, foi traduzido e publicado em Portugal 2 vezes no espaço de um ano), equaciona o lugar Deslocalizar a Europa. do «Artista como etnógrafo», Antropologia, Arte, originalmente integrado no seu Literatura e História Retorno do real (1996). A pers-na Pós-Colonialidadepectiva é ainda a de uma deslo-

Lisboa, Cotovia, 2005cação: o artista supera as dico-

Organização de Manuela tomias arte-política / forma-Ribeiro Sanches conteúdo, marcante nos deba-

tes da primeira metade do sécu-os estudos pós-coloniais Há livros capazes de desarru- lo XX, perfilhando o ponto de encontram aqui o seu território mar o mundo. Foucault disse-o vista da alteridade: «é em de eleição. É isso que deslocali-quando lembrou a permeabili- nome do outro cultural e/ou za a Europa e é disso que o volu-dade do pensamento moderno étnico que o artista comprome-me aqui em apreço se faz.a pensar o impensável e a per- tido luta» (261). Num debate

manentemente deslocar os limi- Não é de estranhar que a que ainda está em aberto, as tes. São muitas as radicais for- Antropologia detenha um tão razões desta deslocação pas-mulações que durante o século central lugar neste contexto, sam largamente pela antropo-X X o c o n f i r m a r a m . disciplina da condição do Outro logização das práticas artísti-Deslocalizar a Europa, editado por excelência. Veja-se o texto cas (mas também políticas e teó-pela Cotovia (no final de 2005), de James Clifford (1988) que ricas) e pela profunda revisita-com organização de Manuela discute a legitimação da “auto- ção crítica do lugar da antropo-Ribeiro Sanches (Centro de ridade etnográfica” e evidencia logia na arte (literatura, teoria, Estudos Comparatistas), é um as suas fundações retóricas, história) contemporânea.desses livros. Pela direcção teó- pondo em destaque as cone- Abordo por último o primei-rica e pela amplitude das suas xões coloniais de certas etapas ro dos textos antologiados: «Re-consequências, Deslocalizar a da etnografia. Ou o de considerando a teoria itineran-Europa faz o que promete no Johannes Fabian, atento ao te» (1994), de Edward Said. título e submete este território modo como na Antropologia as Como o título faz ver, é um de tantas ideias e ideários, de representações do Outro se fun- texto de regresso, onde Said tantas relações e teorias, a uma dam em convenções de discur- revê «Teoria itinerante», o seu deriva: já não estamos aqui. so, com particular ênfase para ensaio de 1983, e pondera as

os da temporalidade historici-Precedidos de uma excelen- suas consequências. Onde zada («o Outro é forçosamente te introdução da organizadora, antes equacionava as viagens parte do passado do sujeito cog-programática e minuciosa, são da teoria como razão de perda noscente»), processo que, com nove os textos editados, todos (a itinerância de uma teoria recurso a instrumentos de aná-datados do último quartel do comportaria uma perda de radi-lise linguística, o autor des-século XX, entre 1976 (o mais calidade, por via do diverso con-monta minudentemente.antigo, um ensaio de Hayden texto de recepção), Said subli-

White onde se evidencia a pro- Mas a perspectiva é plural. nha agora as virtualidades ximidade das estratégias dis- Homi K. Bhabha (1994), um dos dessa viagem: «lugares, sítios e cursivas dos universos ficcio- maiores teóricos do Pós- situações [são] activamente nal e historiográfico) e 2000, colonialismo, parte preferenci- diferentes para a teoria, sem u m t e x t o d e D i p e s h almente do campo dos Estudos universalismos fáceis ou totali-Chakrabarty onde se aborda a Literários e da literatura com- zações generalizadoras.» (42). A questão das minorias e do seu parada, dando a Lacan e à psi- exemplificação, que não posso lugar enquanto 'subalternos' canálise um lugar capital (indi- aqui resumir, explora o modo excluídos da história. Pelo meio ano de origem, formação britâ- como Fanon leu Lukács, ou ficam textos de Edward Said, nica e actualmente nos EUA). como Adorno leu Schönberg, Homi K. Bhabha ou Hal Foster, No texto antologiado («A ques- Alban Berg ou Webern (o outro entre outros, e cruzam-se hori- tão Outra»), Bhabha ocupa-se contexto) também a partir da zontes disciplinares que vão da da representação do Outro no recepção de Lukács (a teoria iti-arte à historiografia, da antro- discurso colonial, a partir da lei- nerante). A concluir, Said evi-pologia à literatura no traveja- tura de Pele negra, máscaras dencia o lugar privilegiado da mento de um campo novo reco- brancas, o texto emblemático teoria como exílio: o próprio da nhecível sob a designação de da luta contra o colonialismo, teoria é viajar «para além dos pós-colonialidade. de Franz Fanon (de 1952). seus limites, emigar, permane-

Deslocalizar é conceito que Mary Louise Pratt, também cer em certo sentido no exílio» as vicissitudes da economia glo- ela vinda do campo dos estudos (41). Não o universalismo das bal nos forçam frequentemente literários, opera no seu ensaio grandes narrativas, mas o desa-a usar, reportando-se à trans- (de 1994) uma inversão, ao fio da viagem e das suas conse-ferência de empresas para paí- introduzir um ponto de vista quências.ses onde a mão-de-obra abun- radical e literalmente do Outro Livro dos que desarrumam da barata e mal paga. É concei- no debate. A partir de um epi- o mundo, como disse, este to de mobilidade e trânsito, por- sódio da história colonial peru- Deslocalizar a Europa é-o em tanto. Mas aqui é a Europa que ana, Pratt confronta as formas primeiro lugar por constituir se deslocaliza, isto é, se coloca de presença colonial no Perú e em português um primeiro cor-face a povos, culturas e lugares as formas de auto-etnografia: pus de referência incontorná-que frequentemente tratou forma de auto-representação vel do pensamento contempo-como periféricos ou subalter- «alternativa» reclamada por râneo, mesmo perante aqueles nos, que dominou imperial- um grupo subordinado perante que por vezes recusam como mente ou cuja história subme- um grupo dominante (256- importação do academismo teu à sua ordem do discurso. E 257). Pratt conclui pela perma- americano a agenda pós-que faz a Europa nesse trânsi- nência dessas formas de «cons- colonial (como outras). É que, to? Encontra-se a braços com ciência cultural de si mesmo» mesmo que assim fosse, a via-os pontos de vista do Outro, (257), mesmo que apenas com gem é inevitável. O desafio é o reformula-se e debate os seus efeitos dentro da comunidade de, como disse ainda Said, ima-discursos, métodos e posições: que as produziu. Mas a intro- ginar para onde a teoria viaja.

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O fecho das comportas da barragem de Alqueva aconteceu a 8 de Fevereiro de 2002 e, com o enchimen-to à sua cota máxima (152), a albufeira irá constituir o maior lago artificial da Europa, com 250 quilóme-tros quadrados de área. Foto João Espinho

Page 23: Alqueva atrai turismodemos.cpidt.pt/publishing/img/home_104/diversos/NA1.pdfAlbufeiras de Alqueva e celho de Mourão. Três aldea-Pedrógão (POAAP) para avan-mentos turísticos e

Devia ser pescador som e outras a ressoar naquele momento, reme- aquilo que os teóricos do reformado, andarilho de entre a brisa; imagino-o tia para realidades e dis- Iluminismo definiam ondas, mergulhador de a brindar delicada e pau- cursos que eram os dele, como sendo o estético histórias de sereias e sadamente com a sua ali recriados, ali postos e o não estético. Seja naufrágios. Contornava própria corrente de cons- em cena, embora, como for, creio que a marginal e deslizava ciência sem fim; imagi- é claro, misturados com a arte se iniciará nesse de cabeça baixa entre no-o a ser percorrido memórias truncadas, estado de desapego radi-a nuvem de gaivotas por assuntos fragmentá- com a luz do fim da cal que o passeio solitá-que, atenta ao tejadilho rios, por recortes memo- tarde e até com o trajec- rio do pescador de Peni-da lota, vigiava a mare- riais, por encruzilhadas to habitualmente percor- che me deu a ver neste sia e outros vestígios do do que pode ser dito rido. Por outras pala- ainda vizinho dia de imenso mosto com que e por secretas tentações vras: o mundo imaginá- Páscoa. É nesse discor-o mar brinda os seus. do que é, ao longo da rio inventado pelo pes- rer que é paralelo ao Era um homem colorido vida, o universo do não cador, naquele monólogo dique da racionalidade, pelo sal, seco de feições, dito. E lá vai ele, o pes- sem rumo linear, era, da intenção e da decisão moreno pelas cíclicas cador solitário, neste cor- ele mesmo, um aconte- que fervilha o mundo saudades do Rife, rupio de discursos e de cimento. Um aconteci- das formas em labora-romântico talvez na ima- realidades, sempre mento único, descontí- ção. Até porque qual-ginação de um Raul sobrevoado por gaivotas nuo, grandioso, descen- quer mensagem começa Brandão. E lá ia ele, esta- bem alimentadas, de trado e traduzido apenas por ser uma espécie de mos em Peniche durante olho claro, patas em sus- pelo maior dos desapegos. coisa não formada até a Páscoa, e confesso que, penso e asas tão brancas A maior parte da adquirir, depois, contor-da esplanada onde por quanto a espuma que se nossa vida é passada nos, reconhecimento acaso me sento, o vejo aninha junto ao barco assim, até ao momento e sentidos.ainda a monologar, a pra- das Berlengas. em que somos obrigados Não sei que o que me guejar e a inventariar E ao vê-lo desaparecer a criar diques na torren- contaria o pescador acer-este e outros mundos. pelo arqueado da ponte, te de imagens que habita ca do seu passeio pascal,

Possuído por este dis- concluí que a leveza era ininterruptamente mas sei que nele residia curso sem fim, vejo-o o seu destino e que a a casa-mãe da consciên- o âmago grandes voos. seguir, passo a passo, ao liberdade em que seguia cia. E criamo-los para Porventura, tal como longo do muro esbran- não tinha descrição pos- podermos nortear, orga- aqueles que a vida lhe quiçado da velha alvena- sível, nem se referiria nizar ou responder terá doado, um dia, ria que liga a marginal fosse ao que fosse. à ordem do quotidiano. entre vagas disformes, à ponte. Imagino-o Significa isto que tudo Talvez seja aí, nesse súbi- visões miríficas e mos-a deglutir palavras sem o que nele se passava, to dique, que se dissocia trengos doutros tempos.

La Torada, por Pablo Picasso

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REGUENGOS DE MONSARAZ

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23notícias Maio 2006alentejo~

crónica~

22 notícias Maio 2006alentejo~

Os passeios do pescador solitário tópicos

Luís [email protected]

‘E ao vê-lo desaparecer pelo arqueado da ponte, concluí que a leveza era o seu destino e que a liberdade em que seguia não tinha descrição possível’

bilhete postal

livro um dos mais fascinantes per-sonagens da sua já longa e bem povoada galeria de retratos.

Verão no AquárioLygia Fagundes Telles

Editor: Editorial PresençaColecção: Grandes Narrativas ProfeciasAno de Edição: 2006 Leonardo da VinciPreço: 15,00€

Editor: Europa-AméricaGalardoada com a mais recente Colecção: Clássicosedição do prémio Camões, Lygia Ano de Edição: 2006Fagundes Telles deixa-nos ante- Preço: 14,50€ver na sua prosa a força arrebata-dora do seu espírito. Brasileira de «Parecerá aos Homens que cha-origem, encontra em Portugal o mas subirão aos céus e dele des-país irmão para dar a conhecer o cerão em terror.»seu trabalho literário, fruto de Leonardo Da Vinci é famoso uma longa carreira cada vez mais em todo o mundo como criador de consolidada. Autora de contos é obras de arte únicas.porém no romance que o seu esti- No entanto, poucos conhecem lo mais se evidencia através do a sua faceta de escritor. Uma obra desenvolvimento psicológico das literária - profecias, aforismos, personagens, da descrição dos fábulas, pensamentos e contos ambientes e de uma realidade fantásticos - que revela a dimen-povoada pelas relações humanas, são e a textura das suas reflexões profundas e contraditórias na sua sobre a humanidade, a natureza e essência. A solidão, o desejo, a o divino.rejeição, a dor, a saudade, são sen- Contendo escritos num estilo, timentos revisitados por Lygia género e tom fenomenal, as Fagundes Telles, através de um Profecias de Leonardo são um tom irónico e satírico que põe em raro e fascinante reflexo da vida confronto a existência e a ausên- intelectual de um dos mais notá-cia. Publicado em 1963, Verão No veis artistas da nossa História.Aquário é uma história de desen- Tal como Guiseppe Pontiggia contros, personificada na relação comentou, «A Antiguidade dei-atribulada entre uma mãe e uma xou-nos fragmentos de obras, filha, Patrícia e Raíza. Ambas se Leonardo deixou-nos uma obra de confrontam pela atenção do exte- fragmentos.» Pedaços fascinantes rior, dos outros, sobretudo daque- de génio de um grande cérebro, les que lhes podem dar amor, pai- quase esmagadoramente eclécti-xão e conforto. A segurança no co, as Profecias de Leonardo dão-próprio ser é encontrada na apro- nos uma visão preciosa do funcio-vação de conhecidos e amigos que namento de um homem e de uma com elas privam como um jovem mente singulares.que se prepara para seguir a vida eclesiástica. Cansada de lutar pela vida é no calor e no tédio de um Verão prolongado que Raíza se sente aprisionada como um peixe num aquário. Quando che-gará a libertação? Mais um romance da grande senhora das letras brasileiras.

À Primeira VistaNicholas Sparks

Editor: Editorial PresençaColecção: Grandes Narrativas Ano de Edição: 2006Preço: 17,50€

Eva Em À Primeira Vista Sparks recu-Germano Almeida pera uma personagem a que deu

vida em Quem Ama Acredita. Jeremy Marsh tem convicções Editor: Editorial Caminhoprofundas sobre aquilo que não Colecção: «Outras Margens», n.º 52pretende que lhe aconteça: nunca 1.ª edição: Abril 2006deixar a cidade de Nova Iorque, Preço: 13,65€nunca se entregar a um grande amor depois de ter vivido um Uma mulher e três homens cons-casamento falhado, e, acima de tituem o núcleo duro deste novo tudo nunca ter filhos. Mas o des-romance de Germano Almeida. tino parecia não estar de acordo A história arranca nos anos 60, com os seus planos e neste em Lisboa, transfere-se para Cabo momento Jeremy vive numa Verde após a independência e ter-pequena cidade da Carolina do mina em Lisboa numa longa Norte, casou-se com Lexie investigação às origens. Que Darnell e aguarda o nascimento motor impulsiona estes persona-da sua primeira filha. Um estado gens?de graça apenas ensombrado pela O que move estes homens - recepção de estranhas mensagens sabemos - a paixão por Eva, abus-sobre a verdadeira identidade da ca tenaz e persistente que cada sua esposa. Será ela aquilo que um deles desenvolve para a parece à primeira vista? fechar na sua própria teia. Mas

Mais um romance destinado a qual o motor que faz mover Eva? revelar-se um enorme sucesso de Isso, em última instância, não popularidade da autoria do "gol-saberemos nunca. Não o sabe o den boy" da ficção americana. próprio autor, que nos dá neste

Cecilia Bartoli LuraOpera Proibita Di Korpu Ku AlmaPreço: 22.50€ Preço: 18.85€Formato: CD (2005) Formato: 2 CD Editora/Origem: Editora/Origem: Decca / EU Lusafrica / EUGénero: CLASSICAL Género: WORLDwww.artmusic.com.pt www.artmusic.com.pt

dução do olhar do Outro no qua-dro das representações de A viagem poder comporta consequências que ainda não estão esgotadas.da teoria O ensaio de Hal Foster com que a antologia se encerra (e

J. Alberto Ferreira que, à força de faltarem tradu-ções, foi traduzido e publicado em Portugal 2 vezes no espaço de um ano), equaciona o lugar Deslocalizar a Europa. do «Artista como etnógrafo», Antropologia, Arte, originalmente integrado no seu Literatura e História Retorno do real (1996). A pers-na Pós-Colonialidadepectiva é ainda a de uma deslo-

Lisboa, Cotovia, 2005cação: o artista supera as dico-

Organização de Manuela tomias arte-política / forma-Ribeiro Sanches conteúdo, marcante nos deba-

tes da primeira metade do sécu-os estudos pós-coloniais Há livros capazes de desarru- lo XX, perfilhando o ponto de encontram aqui o seu território mar o mundo. Foucault disse-o vista da alteridade: «é em de eleição. É isso que deslocali-quando lembrou a permeabili- nome do outro cultural e/ou za a Europa e é disso que o volu-dade do pensamento moderno étnico que o artista comprome-me aqui em apreço se faz.a pensar o impensável e a per- tido luta» (261). Num debate

manentemente deslocar os limi- Não é de estranhar que a que ainda está em aberto, as tes. São muitas as radicais for- Antropologia detenha um tão razões desta deslocação pas-mulações que durante o século central lugar neste contexto, sam largamente pela antropo-X X o c o n f i r m a r a m . disciplina da condição do Outro logização das práticas artísti-Deslocalizar a Europa, editado por excelência. Veja-se o texto cas (mas também políticas e teó-pela Cotovia (no final de 2005), de James Clifford (1988) que ricas) e pela profunda revisita-com organização de Manuela discute a legitimação da “auto- ção crítica do lugar da antropo-Ribeiro Sanches (Centro de ridade etnográfica” e evidencia logia na arte (literatura, teoria, Estudos Comparatistas), é um as suas fundações retóricas, história) contemporânea.desses livros. Pela direcção teó- pondo em destaque as cone- Abordo por último o primei-rica e pela amplitude das suas xões coloniais de certas etapas ro dos textos antologiados: «Re-consequências, Deslocalizar a da etnografia. Ou o de considerando a teoria itineran-Europa faz o que promete no Johannes Fabian, atento ao te» (1994), de Edward Said. título e submete este território modo como na Antropologia as Como o título faz ver, é um de tantas ideias e ideários, de representações do Outro se fun- texto de regresso, onde Said tantas relações e teorias, a uma dam em convenções de discur- revê «Teoria itinerante», o seu deriva: já não estamos aqui. so, com particular ênfase para ensaio de 1983, e pondera as

os da temporalidade historici-Precedidos de uma excelen- suas consequências. Onde zada («o Outro é forçosamente te introdução da organizadora, antes equacionava as viagens parte do passado do sujeito cog-programática e minuciosa, são da teoria como razão de perda noscente»), processo que, com nove os textos editados, todos (a itinerância de uma teoria recurso a instrumentos de aná-datados do último quartel do comportaria uma perda de radi-lise linguística, o autor des-século XX, entre 1976 (o mais calidade, por via do diverso con-monta minudentemente.antigo, um ensaio de Hayden texto de recepção), Said subli-

White onde se evidencia a pro- Mas a perspectiva é plural. nha agora as virtualidades ximidade das estratégias dis- Homi K. Bhabha (1994), um dos dessa viagem: «lugares, sítios e cursivas dos universos ficcio- maiores teóricos do Pós- situações [são] activamente nal e historiográfico) e 2000, colonialismo, parte preferenci- diferentes para a teoria, sem u m t e x t o d e D i p e s h almente do campo dos Estudos universalismos fáceis ou totali-Chakrabarty onde se aborda a Literários e da literatura com- zações generalizadoras.» (42). A questão das minorias e do seu parada, dando a Lacan e à psi- exemplificação, que não posso lugar enquanto 'subalternos' canálise um lugar capital (indi- aqui resumir, explora o modo excluídos da história. Pelo meio ano de origem, formação britâ- como Fanon leu Lukács, ou ficam textos de Edward Said, nica e actualmente nos EUA). como Adorno leu Schönberg, Homi K. Bhabha ou Hal Foster, No texto antologiado («A ques- Alban Berg ou Webern (o outro entre outros, e cruzam-se hori- tão Outra»), Bhabha ocupa-se contexto) também a partir da zontes disciplinares que vão da da representação do Outro no recepção de Lukács (a teoria iti-arte à historiografia, da antro- discurso colonial, a partir da lei- nerante). A concluir, Said evi-pologia à literatura no traveja- tura de Pele negra, máscaras dencia o lugar privilegiado da mento de um campo novo reco- brancas, o texto emblemático teoria como exílio: o próprio da nhecível sob a designação de da luta contra o colonialismo, teoria é viajar «para além dos pós-colonialidade. de Franz Fanon (de 1952). seus limites, emigar, permane-

Deslocalizar é conceito que Mary Louise Pratt, também cer em certo sentido no exílio» as vicissitudes da economia glo- ela vinda do campo dos estudos (41). Não o universalismo das bal nos forçam frequentemente literários, opera no seu ensaio grandes narrativas, mas o desa-a usar, reportando-se à trans- (de 1994) uma inversão, ao fio da viagem e das suas conse-ferência de empresas para paí- introduzir um ponto de vista quências.ses onde a mão-de-obra abun- radical e literalmente do Outro Livro dos que desarrumam da barata e mal paga. É concei- no debate. A partir de um epi- o mundo, como disse, este to de mobilidade e trânsito, por- sódio da história colonial peru- Deslocalizar a Europa é-o em tanto. Mas aqui é a Europa que ana, Pratt confronta as formas primeiro lugar por constituir se deslocaliza, isto é, se coloca de presença colonial no Perú e em português um primeiro cor-face a povos, culturas e lugares as formas de auto-etnografia: pus de referência incontorná-que frequentemente tratou forma de auto-representação vel do pensamento contempo-como periféricos ou subalter- «alternativa» reclamada por râneo, mesmo perante aqueles nos, que dominou imperial- um grupo subordinado perante que por vezes recusam como mente ou cuja história subme- um grupo dominante (256- importação do academismo teu à sua ordem do discurso. E 257). Pratt conclui pela perma- americano a agenda pós-que faz a Europa nesse trânsi- nência dessas formas de «cons- colonial (como outras). É que, to? Encontra-se a braços com ciência cultural de si mesmo» mesmo que assim fosse, a via-os pontos de vista do Outro, (257), mesmo que apenas com gem é inevitável. O desafio é o reformula-se e debate os seus efeitos dentro da comunidade de, como disse ainda Said, ima-discursos, métodos e posições: que as produziu. Mas a intro- ginar para onde a teoria viaja.

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O fecho das comportas da barragem de Alqueva aconteceu a 8 de Fevereiro de 2002 e, com o enchimen-to à sua cota máxima (152), a albufeira irá constituir o maior lago artificial da Europa, com 250 quilóme-tros quadrados de área. Foto João Espinho

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aartede~

De Lisboa a Reguengos de Monsaraz

Luis Ançã licenciou-se em Artes Plásticas / Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, em 1980.

Actividades desenvolvidas

Exposições realizadas (selecção)

Outras realizações

Professor de Desenho no AR.CO, Centro de Arte e Comunicação, Lisboa, de 1987 a 1991.

Professor de Educação Visual, desde 1978.

1975 - Encontro Livre da Arte, colectiva, Galeria de Arte Moderna de Belém, Lisboa.

1977 - O Papel como Suporte, colectiva, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa.

1978 - Pintura, Desenho e Gravura, colectiva, Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.

1980 - Colectiva, Galeria S. Francisco, Lisboa.1984/85 - Homenagem dos Artistas Plásticos

a Almada Negreiros, colectiva, Galeria Almada Negreiros, Lisboa.

1986 - Desenhos, Sociedade Portuguesa de Autores, Reguengos de Monsaraz.

1994 - Pintura, Biblioteca Municipal do Barreiro.

1995 - ArtExpo - New York 1995, colectiva, Nova Iorque, E.U.A.

1995 - Pintura, Igreja de Santiago, Monsaraz.1998 - Peixes e Outras Histórias, Pintura,

Centro Cultural Português, Luanda, Angola.

1998 - Peixes, Pintura, Pavilhão da Associação Internacional da Conservação da Natureza, Expo'98, Lisboa.

1998 - Monsaraz Museu Aberto,colectiva, Igreja de Santiago, Monsaraz.

1999 - Cobras e Lagartos, Pintura, com Luís França, Galeria S. Bento 34, Lisboa.

2003 - Histórias no Alentejo, Centro Cultural Português, Luxemburgo.

2003 - Histórias no Alentejo, Pavilhão Multiusos, Parque de Feiras e Exposições, Reguengos de Monsaraz.

2004 - O Mar Atrás da Porta, Livraria «Sítio das Letras», Reguengos de Monsaraz.

2004 - Representações da Memória, Monsaraz Museu Aberto, Monsaraz.

2004 - Ágora, Exposición Colectiva Extremeño-Alentejana, Diputación de Badajoz, Espanha.

1989 - Friso de Desenhos Gravados na Parede, Espaço Comercial (24 m x 0,27 m), Leiria.

1992 - Conferência «Ver Pintura», Angra do Heroísmo, Açores

2002 - 101 Azulejos, Numeração da Urbanização Tapada do Carapetal, Cooperativa de Habitação Habijovem, Reguengos de Monsaraz.

2002 - Escultura Conceptual «Passado e Presente», Urbanização Tapada do Carapetal, Cooperativa de Habitação Habijovem, Reguengos de Monsaraz.

Luís Ançã

notícias Maio 2006alentejo~

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REGUENGOS DE MONSARAZ

telefone | fax266 502 655

moradaRua S. João de Deus, 18

A pintura de Luís Ançã entrou online em http:// luisanca.com.sapo.pt. Natural de Lisboa (1955), Luís Ançã vive actualmente em Reguengos de Monsaraz. Concluiu a licenciatura em Artes Plásticas / Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, em 1980, foi professor de dese-nho no AR.CO - Centro de Arte e Comunicação, de 1987 a 1991, e é professor de Educação Visual desde 1978.

Num catálogo editado pelo Instituto Camões, Ançã é retratado como «inquieto, sereno e ainda por cima sincero pintor de fábulas, sentimen-tos, de encontros».