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Almanaque Cultural Informativo mensal da Fundação Cultural ‘‘Benedicto Siqueira e Silva’’ • Conheça as Comissões Municipais Setoriais • 120 anos de Moçambique em Paraibuna • Festa do Divino Espírito Santo

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O Almanaque Cultural, realizado pela Fundação Cultural "Benedicto Siqueira e Silva", surgiu com o intuito de mostrar um pouco mais sobre a cultura de Paraibuna através de matérias culturais. Trata-se de um informativo mensal que terá a cada mês novas histórias da cultura paraibunense.

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AlmanaqueCultural

Informativo mensal da Fundação Cultural ‘‘Benedicto Siqueira e Silva’’

• Conheça as Comissões Municipais Setoriais• 120 anos de Moçambique em Paraibuna

• Festa do Divino Espírito Santo

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pag.03.....Conheça a Fundação Culturalpag.04.....Comissões Municipais Setoriaispag.06.....Oficinas Culturalpag.07.....Danças Contemporâneaspag.08.....120 anos de Moçambiquepag.10.....História do Sítio Arqueológicopag.12.....Festa do Divino Espírito Santopag.14.....Passatempo / Você Sabia?pag.15.....Prestação de Contas

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Dança da Fita

“Cultivar,Trabalhar a terra para torná-la fértil;

Fazer nascer uma planta;Dedicar-se, interessar-se por;

Formar pela instrução, desenvolver;Formar-se pela educação, desenvolver-se, aperfeiçoar-se,

instruir-se.”

Nesse sentido, convido todos a um olhar aberto para o que temos em nosso dia a dia, nossas amizades, nossos prazeres, nossas necessidades e a importância de viver em harmonia e compartilhar os espaços e atividades que nos enche de alegria. A convivência com a diversidade de gostos, estilos, pensamentos e influências trazem à cada um de nós um constante aprendizado a cada encontro. E é aqui na Fundação Cultural “ Benedicto Siqueira e Silva” que estamos de portas abertas e convidamos você a se manifestar com aquilo que tem de melhor, sua arte. Convido todos a nos ajudar a plantar a semente da alegria, fertilizar a nossa terra com a sua participação, dedicar um pequeno tempo de sua vida sendo artista, público, espectador, fazer rir e aplaudir. Convido a participar de nossas oficinas , buscar na arte de tocar um instrumento, cantar, bailar, pintar, desenhar, filmar, fotografar, ou ainda ser inspiração ou motivador dessas manifestações. Convido a participar das conversas em nossas Comissões, um papo franco, buscando direcionar nossas ações. A Arte que traz felicidade a um povo é o reflexo de um povo que serve de inspiração ao artista. É nessa troca entre a Arte e a Sociedade que buscamos contribuir no processo de educação, no desenvolvimento do cidadão, fazendo com que seja registrado seus, valores, seus costumes, e suas manifestações. Enfim, cultivar a amizade, o respeito e a diversidade.

“Ninguém é mais forte do que todos nós juntos!”

Saudações Culturais

Mathias Neto

Diretor Cultural

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Fundação Cultural ‘‘Benedicto Siqueira e Silva’’

A Fundação Cultural ‘‘Benedicto Siqueira e Silva’’, en�dade cultural sem fins lucra�vos, ins�tuída pela Lei Municipal 1598/94 é formada por três órgãos dirigentes; Diretoria Execu�va, Conselho Delibera�vo e as Comissões Municipais Setoriais. Tem por finalidade o desenvolvimento da cultura, pesquisa e ensino. A Diretoria Execu�va funciona em caráter permanente e é composta pelo Diretor Presidente, Diretor Cultural e Diretor Administra�vo. O Conselho Delibera�vo é presidido pelo Diretor Presidente da Fundação Cultural, e é composto pelos coordenadores das Comissões Municipais Setoriais que tem, dentre outras atribuições, discu�r e aprovar projetos apresentados pelas CMS, aprovar o orçamento anual e fiscalizar a aplicação financeira da Fundação. O obje�vo maior da Fundação Cultural é a democra�zação da cultura através da par�cipação dos cidadãos nas Comissões Municipais Setoriais. As Comissões Municipais Setoriais são: Literatura; Música; Artes Plás�cas; Foto; Cinema e Vídeo; Folclore e Tradições Populares; Arquivo e Patrimônio Histórico e Artes Cênicas. Compostas por membros da sociedade civil as CMS realizam suas reuniões de forma aberta a par�cipação popular. Há ainda os Núcleos de Acompanhamentos das CMS; Núcleo de Comunicação, Criação e Arte; Núcleo de Eventos; Núcleo de Oficinas e Núcleo de Patrimônio Histórico. A Fundação Cultural funciona de segunda a sexta das 08h00 às 22h00 e sábado das 09h00 até o término dos eventos culturais.

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Seto

riais A Fundação Cultural “Benedicto Siqueira e Silva” desde 1994, procura estabelecer

programas de atuação nas mais diversas a�vidades culturais dentro das sete Comissões Municipais Setoriais – CMS. Música; Artes Plás�cas; Artes Cênicas; Literatura; Folclore e Tradições Populares; Foto Cinema e Vídeo; Arquivo e Patrimônio Histórico cons�tuem as Comissões Municipais Setoriais. Cada Comissão é dirigida por um coordenador, um vice‐coordenador e um secretário, eleitos por seus membros para o mandato de um ano. As CMS são formadas através da par�cipação da sociedade civil por meio de reuniões e a�vidades decorrentes de discussões em grupo, tendo como finalidade apresentar projetos, trocar experiências e informações per�nentes a cada área. Desta forma, vem incen�vando e contribuindo com a realização de mostras; cursos, palestras, worshops e apresentações que venham es�mular a par�cipação da comunidade nas a�vidades culturais.

Arquivo ePatrimônio Histórico

Desenvolve e es�mula as a�vidades que visam a elaboração da história e reconhecimento da memória do patrimônio material e imaterial do município.

Desenvolve a�vidades fotográficas, cinematográficas e de vídeo, es�mulando o surgimento de novos criadores e produtores, bem como a formação de um público para as a�vidades ligadas à área de fotografia e audiovisual.

Foto,Cinema e

Vídeo

Folclore eTradições Populares

Cria e incen�va projetos que visam o pleno exercício da cidadania em a�vidades sócio‐culturais na área de Folclore e Tradição Popular.

ArtesCênicas

Procura despertar a veia ar�s�ca da população promovendo reuniões onde se discutem assuntos per�nentes ao tema. As oficinas de teatro e a�vidades cênicas que vêm se desenvolvendo durante o ano advém das reuniões desta Comissão.

Literatura

Cria e incen�va projetos que visam o desenvolvimento de a�vidades literárias, contribuindo com a realização de apresentações literárias, cadernos de contos, workshops, oficinas e ciclos culturais. Atuando desta forma, possibilita o surgimento de novos autores e produtores, bem com a formação de público para a�vidades ligadas à área de literatura. Esta CMS ainda desenvolve e es�mula a�vidades voltadas à recuperação da memória literária e cultural do município.

Esta comissão tem como obje�vo criar e incen�var projetos que tendem desenvolver a�vidades musicais no município , como fes�vais, shows, workshop e oficinas que possibilitam a formação e aperfeiçoamento aos músicos paraibunenses.

Música

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Artes Plásticas A Comissão Municipal Setorial de Artes Plás�cas tem o obje�vo de promover, fomentar e difundir as artes plás�cas, incen�vando a formação de público para as frentes ar�s�cas culturais da cidade, levando a arte até

o dia a dia do munícipe e/ou visitante.

Conheça os projetos e a�vidades que vem se realizando através da Comissão Municipal Setorial de Artes Plás�cas junto aos professores e alunos da Fundação Cultural ‘‘Benedicto Siqueira e Silva.

Exposições de Telas: A Fundação Cultural ‘‘Benedicto Siqueira e Silva’’ junto a Comissão Municipal Setorial de Artes Plás�cas realizam todo ano exposições de telas para mostrar o trabalho e conhecimento adquirido pelos alunos. Com temas variados, eles expõem belas obras de arte com diferentes técnicas dando vida à exposição.

Projeto Arte no Caminho: O projeto prevê fomentar os trabalhos de ar�stas plás�cos de diversas expressões, como: Pintura em telas, esculturas, xilogravuras, entre outros, por meio de exposições em espaços públicos e privados com grande circulação de pessoas, como salões, saguões e corredores de agências bancárias, comércios, órgãos públicos, recep�vos, etc.

Arte na Praça: Exposição onde os alunos das Oficinas Culturais de Pintura em Tela e Desenho e Graffi� expõe à população todo o trabalho desenvolvido em sala de aula. O evento acontece em um domingo do mês contando com a�vidade de pintura e aula aberta.

Venha fazer parte das Comissões Municipais Setoriais!

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A Fundação Cultural ‘‘Benedicto Siqueira e Silva’’ realiza diversas oficinas culturais para atender toda as manifestações ar�s�cas. São mais de 20 oficinas gratuitas toda semana: pintura em tela, bateria, violão, guitarra, contra‐baixo, saxofone, flauta transversal, gaita, trompete, jazz, sapateado, dança contemporânea, ballet, teclado, desenho e grafite, teatro, dança popular, prá�cas corporais chinesas, viola caipira, técnica vocal.

Teclado

ViolãoSopros

Pintura em Tela

Ballet

Bateria

Desenho e GrafitePráticas Corporais Chinesas

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A Oficina Cultural de Dança Contemporânea ministrada pela professora Mônica Alvarenga irá se apresentar na 16ª edição do Litoral Dance Fes�val em São Sebas�ão realizado pela Allegro Studio & Produções. É um fes�val de caráter compe��vo, aberto a par�cipação de bailarinos amadores e profissionais e tem como obje�vo principal valorizar, difundir, reciclar, complementar aprendizado, es�mular e revelar talentos; um intercâmbio cultural e ar�s�co entre os par�cipantes.

Em uma entrevista com a professora, ela nos conta um pouco do projeto que está sendo realizado.

Fundação Cultural: Qual a importância e finalidade das Oficina de Dança Contemporânea?Mônica Alvarenga: Resgatar o jovem, levar cultura e conhecimento de uma modalidade nova.

Fundação Cultural: O que se pretende despertar no aluno através desta oficina?Mônica Alvarenga: Principalmente a curiosidade, pois a mesma desenvolve o interesse e a vontade de fazer a arte.

Fundação Cultural: O que se desenvolve durante as aulas?Mônica Alvarenga: Alongamento, aquecimento, aulas técnicas, coordenação motora, improvisação e auto conhecimento.

Fundação Cultural: Quanto ao Fes�val de Dança, qual espetáculo será apresentado e qual a sua expecta�va e a do grupo?Mônica Alvarenga: Será apresentado ‘‘Cálice’’ e ‘‘A Bela e a Fera’’. A expecta�va do grupo é a ansiedade de estarem indo ao fes�val e a minha é a vivência e a troca de experiência.

Fundação Cultural: Qual a importância do Fes�val para o grupo?Mônica Alvarenga: Por ser o primeiro, você tem a oportunidade de sair do micro e ir para o macro. Meu obje�vo será sempre levar o grupo para fes�vais, colocando‐os em evidência e incen�vando‐os a formar uma companhia profissional em Paraibuna.

O fes�val acontecerá no dia 25 de maio no Teatro Municipal e Ginásio do Tebar Praia Clube em São Sebas�ão a par�r das 16h00 horas.

Mônica Alvarenga - Monitora daOficina Cultural de Dança Contemporânea

DRT 31.842SP

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O Moçambique é uma manifestação folclórica que louva a São Benedito, sendo este uma derivação da dança de Congada. É composto basicamente por mestre, contramestre, Rei, Capitão, tocadores de caixa e penengoma, formando assim, o Batalhão de Moçambique. No passado, era permi�da a par�cipação de mulheres somente como rainhas e porta‐bandeiras.

Temos como exemplo, a caixa, os paiás, pequenos sinetes feitos de bronze amarrados com fitas de couro nas pernas dos integrantes, a penengoma, instrumento de percussão feita em madeira com pedras de rio em seu interior e bastões confeccionados com três �pos diferentes de madeiras; ipê, guatambu e piúva.

Um dos versos cantados são:

‘‘‐ No chegar da sua casa, vi a caixa cuá,festeiro me dá licença, que a Bandeira vai chegar...’’

próprios moçambiqueiros.

A apresentação se inicia com uma saudação religiosa.

‘‘‐ Oooi com Deus e a Virgem MariaNosso Rei São Benedito

Óh meu Senhor!...’’

As composições apresentadas durante a m a n i f e s t a ç ã o d o M o ç a m b i q u e assemelham‐se a um cantar declamado, o n d e o s s o n s s ã o e m i � d o s p o r instrumentos feitos manualmente pelos

Moçambiqueiro Lirino Lopes

Paiás (pequenos sinetes feitos de bronze)Caixa

120 anos de Moçambique em Paraibuna120 anos de Moçambique em Paraibuna120 anos de Moçambique em Paraibuna120 anos de Moçambique em Paraibuna

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‘‘‐ Eu faço a despedida com dor no coraçãoQuem tem seu boné abana

Quem não tem abana a mão.’’

Na dança, o mestre alinha seu Batalhão para o manejo do bastão, puxando os versos em louvor a São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. U�lizam ves�mentas simples e brancas, adornadas com fitas coloridas e usando sobre a cabeça, o casquete.

Registros orais nos revelam que tal manifestação iniciou‐se em Paraibuna através da família Cassiano no ano de 1892, tendo como seu primeiro Mestre o Sr. José Cassiano, que devido as graças recebidas, fez promessas a São Benedito de formar o Grupo de Moçambique ‘São Benedito e Nossa Senhora do Rosário’. Essa manifestação vem se passando de pai para filho há quatro gerações, sendo hoje representada pelo bisneto do citado Sr. José Cassiano, o Sr. Ronnie dos Santos ‐ atual mestre do grupo. Nesta cidade, a dança folclórico‐religiosa apresenta‐se em frente as Capelas nas festas de bairros e na zona urbana, louvando o Santo padroeiro local. Atualmente, o Batalhão de Moçambique ‘São Benedito e N. S. do Rosário’ é composto por 32 moçambiqueiros, sendo eles; Lirino, Silvino, José Brás, Edilce, Raimundo, Margarida, Joaquim da Viola, Sergina, Olinda, Nelson, José Nunes, Maria Aparecida, Marcos Vinícius, Geisly, Ericles, Bárbara, Bruna, José Faria, José Carreiro, José Aparecido, Zani, Miro Cassiano, Dito Lúcio, Dito Ramos, José Anjo, Ares, Toninho, José Rodrigues, Benedita Souza, Clara, Adélia e Dona Rosa.

Batalhão de Moçambique ‘São Benedito e N. S. do Rosário’

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Em setembro de 2007 depois de fortes chuvas, encontrou-se depositado numa grande vala nos fundos da Fundação Cultural, sediada num casarão de 1878, um depósito de inservíveis, já que no século XIX não havia coleta de lixo domiciliar. Contratou-se um arqueólogo, o qual homologou o sítio junto ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN - com a denominação sítio casarão dos Camargo. O aumento do poder aquisitivo devido a alta cotação do café no mercado internacional proporcionou aos cafeicultores valeparaibanos uma significativa melhora de padrão social. Passam a comprar ou encomendar de tropeiros e mascates, garrafas de conhaque, champanhe, cerveja da Holanda em botijas de grés, perfumes, relógios de bolso e de parede, tecidos finos e medicamentos. Produtos de luxo que atingiam altos valores devido as taxas de importação, frete e ainda a margem de lucro de comerciantes e atravessadores. Eram igualmente apreciados os vinhos e licores da Itália, açúcar refinado das Antilhas, doces, sopas e sardinhas enlatadas da Inglaterra, condimentos e pimentas do Oriente, azeitona, bacalhau, azeite de oliva de Portugal e da França perfumes, água mineral, geléias e compotas. Em Paraibuna, na segunda metade do século XIX já encontramos à venda em certa Loja na rua do meio, jogos de louça de porcelana de origem inglesa, que deveria ser composta de pratos rasos, fundos e de sobremesa, canecas, xícaras e pires para chá e café, açucareiro, bule para leite, cafeteira, mantegueira, travessa, molheira e sopeira. Os jogos de mesa com detalhes azuis eram os mais apreciados, por isso são frequentemente encontrados nos fundos, próximo às cozinhas de casas urbanas e próximo às sedes de fazendas. Eram geralmente decorados com motivos florais, geométricos e outros, que representavam cenas do cotidiano com as diferentes atividades no zona rural.

Encontramos também nesta vala, fragmentos de faiança em padrão ‘Blue Edge’ espécie de louça fina fabricada na Inglaterra desde 1780 que caracterizava-se pela decoração limitada apenas a borda, apresentando ranhuras e delicado friso azul ou verde.

Achados Arqueológicospor Célio de Abreu.

Matéria de capa do JornalValeparaibano, 02/10/2007

Educação PatrimonialProspecçãoFragmento de faiança inglesa

Fragmento encontrado próximo à Cafúa

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etajeres, buffets, consoles, marquesas e oratórios. Da Inglaterra vinham os jogos de louça, casacos, assessórios de couro, como malas, cintos, luvas chapéus e artigos de cutelaria, da Bélgica importavam lustres, copos e taças de cristal, óculos e lentes dos Estados Unidos. Mas os escravos, assim como empregados e agregados caipiras, faziam uso de potes e vasilhames de argila aos moldes dos índios. Utilizavam-se da cestaria de taquara, da cabaça, redes e esteiras de cipó embira e de tabôa para uso nas senzalas e nos porões das casa da cidade, bebiam em cuias e canecas em folhas de lata preparando eles próprios seu alimento em rústicos fogões á lenha.

Vidros de Remédio

Caneca

Nestas Lojas ou mesmo em armazéns, encontravam-se jogos de talheres de metal barato, prata ou alpaca, compostos de colheres de sopa, colherinhas para chá, café e sobremesa, facas, garfos, espetos para carne, serras para bolo e pão. Os boticários - antigos farmacêuticos - encomendavam substâncias importadas como glicerina, aromatizantes, alcalóides, corantes, essências, produtos químicos em pó, vidros de elixires, balanças, maceradores e outros utensílios para manipulação. O alto preço do café proporcionava aos agricultoresadquirem pianos, camas, cadeiras de palhinha, mesas, tapetes, armários para cozinha, berços para crianças,

A Fundação Cultural ‘‘Benedicto Siqueira e Silva’’, atenta quanto a preservação da memória e dos bens culturais do município vem, através de seu Núcleo de Patrimônio Histórico e do arqueólogo Plácido Cali, expor periodicamente ao público este rico acervo arqueológico, que nos remete à época em que Paraibuna foi, sem dúvida, uma das cidades mais prósperas do país.

Botijas de Grés

Tampa de Mantegueira

Botica Fidelidade

Blue Edge

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Realizada há 35 anos, a Festa do Divino Espírito Santo se tornou uma das principais festas de Paraibuna e também uma das mais an�gas e difundidas prá�cas do catolicismo popular. An�gamente a festa ocorria no perímetro urbano e depois foi transferida para o Bairro Espírito Santo onde eram celebradas as festas de Santa Cruz e São Vicente. A Cultura popular do bairro sempre foi muito rica. As principais atrações realizadas durante os três dias da festa eram o jongo, as fogueiras, o pau de sebo, café com biscoito, futebol na lama; até hoje mantêm‐se algumas tradições como a procissão, novena, cavalaria, o afogado, distribuição de doces e apresentações ar�s�cas realizadas no dia de Pentecostes (cinquenta dias após a Páscoa).

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Fotos: João Rural

Fotos: João Rural

Fotos da festa na década de 70

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A Fundação Cultural ‘‘Benedicto Siqueira e Silva’’ junto a Comissão Municipal Setorial de Foto, Cinema e Vídeo em parceria com o Ins�tuto H&H Fauser realizou o documentário ‘‘Festa Popular do Divino Espírito Santo ‐ História de Devoção’’ em homenagem à festa e sua importância para a cidade. Foram entrevistadas pessoas importantes que es�veram trabalhando deste o seu início e se assim não o fosse pela inicia�va deles, talvez não teria a importância que ela tem hoje.

Neste ano, 2013, sem perder sua história e tradição, a Festa do Divino Espírito Santo será realizado entre os dias 10 a 19 de maio com o tema ‘‘A Paróquia: lugar da propragação da fé, ano da fé’’ e terá em sua programação os torneios de futebol e truco, jantar acompanhado por tutu com torresmo, bingo, leilão de prendas vivas, afogado, apresentação de moçambique, cortejo e celebração Eucarís�ca.

Dona Lia, Sr. Ne, Dona Zi, Sr. Li, Sr. Santo, Dona Nega e Geraldo contam toda a história da festa, sua gastronomia, seus momentos de ‘‘milagre’’ citado por Dona Lia e a diversão durante o evento.

Imagem do Documentário Imagem do Documentário

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Que antigamente em Paraibuna um vidro vazio dava acesso às sessões de cinema ?

Até bem pouco tempo atrás, era comum as famílias paraibunenses irem ao cinema onde acompanhavam a programação de acordo com a idade; filmes para juventude, comédias, filmes de aventura, dramas, filmes românticos etc. O cinema sempre teve muitos donos, e em 1943 quem o administrava era o farmacêutico Benedicto Nogueira Santos que como todos sabem, os farmacêuticos manipulavam substâncias químicas e estavam sempre precisando de vidros para envasar os medicamentos que eles preparavam. Quem ia à Farmácia Santo Antônio deparava-se com um cartaz que fazia uma oferta: 'Tragam vidros vazios de medicamentos e troquem por entradas para às sessões de cinema'.

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1) Qual era o instrumento que o Benedicto Siqueira e Silva tocava?

2) Que festa popular brasileira se comemora no dia 22 de agosto?

3) Qual a dança que louva a São Benedito sendo esta uma derivação da dança de congada?

4) Qual Comissão Municipal Setorial desenvolve e es�mula a�vidades que visa e recuperação da memória literária e cultural do município?

5) Uma das Oficinas Culturais mais procuradas!

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Reforma do telhado da Fundação Cultural Aquisição de novos instrumentos musicais

Aquisição de Estantes de Partitura

Aquisição de Amplificadorpara Contra-Baixo

Aquisição de Microfone de Mão

Aquisição de Arcodeon

Veja abaixo as reformas e aquisições que a Fundação Cultural ‘‘Benedicto Siqueira e Silva’’ vem realizando para melhorar sua infra‐estrutura, dando mais conforto e qualidade para as oficinas e eventos culturais e receber novas visitas.

www.culturaparaibuna.org.brCMS

Comissão Municipal Setorial

PREFEITURA DE

PARAIBUNA

Textos: Vânia SilvaArte: Gustavo Barbosa

Acesse: www.culturaparaibuna.org.br

Dia 25 - SábadoSERENATA DA LUA, às 21h00Saída da Fundação Cultural

Dia 26 - DomingoDOMINGUEIRA DA VIOLAàs 9h00 no Mercado Municipal

Dia 24 - Sexta - Exibição doDocumentário ‘‘Festa Populardo Divino Espírito Santo - História de Devoção’’, às 19h00 na Fundação Cultural

Dia 24 - Sexta - Exibição doDocumentário ‘‘Marombo -Dança da Devoção, às 19h30na Fundação Cultural

Dia 05 - Domingo DOMINGUEIRA DA VIOLAàs 9h00 no Mercado Municipal

Dia 12 - DomingoMUTIRÃO CULTURAL A partir das 17h00‘‘Microfone Aberto’’Às 20h00Banda D’água PretaNo Largo do Mercado

Dia 11 - Sábado - ARRASTAPÉGrupo Orgulho Caipira,de Lagoinha, às Às 20h00na Fundação Cultural

Dia 17 - Sexta - WORKSHOP‘‘UP THE IRONS II’’com Ítalo Junqueira eJuliano Cardoso, às 20h00na Fundação Cultural

Dia 19 - DomingoARTE NA PRAÇA, às 10h00No Largo do Mercado

Dia 03 - SextaSARAU LITERO-MUSICALÀs 20h00 na Fundação Cultural

Dia 04 - SábadoPAÇOCA AO VIVOÀs 9h00 no Mercado Municipal

facebook.com/cultura.paraibuna

Diretor Presidente: Fábio RochaDiretor Cultural: Mathias Neto

Diretor Administrativo: Marcio Mayo

CULTURALAGENDA

Fundação Cultural ‘‘Benedicto Siqueira e Silva’’ - Maio de 2013

ULTURA

Dia 12 - Domingo - TEATRO‘‘A Farsa dos Opostos’’,com o Grupo Imbuaça, Aracaju/SE

Às 16h00 na Praça da MatriPrograma Circuito Cultural 2013

Realização: UFCPF da Sec. do Estado da Cultura e APAA