allam kardec ( leonardo pereira)

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Allan Kardec e Espiritismo Muito se fala de Espiritismo "Kardecista", ou mesmo "Kardecismo", como se venerássemos a pessoa e não suas idéias. É um erro comum, oriundo de nossas origens simples, mas que deve ser evitado. Kardec foi um grande homem, não resta dúvida, mas apenas isto, um homem. Ele certamente reprovaria qualquer veneração a seu nome ou sua pessoa. ALLAN KARDEC O HOMEM E A MISSÃO

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Palestra antiga que fiz sobre Allan Kardec.

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Allan Kardec e Espiritismo

Muito se fala de Espiritismo "Kardecista", ou mesmo "Kardecismo", como se venerássemos a pessoa e não suas idéias. É um erro comum, oriundo de nossas origens simples, mas que deve ser evitado. Kardec foi um grande homem, não resta dúvida, mas apenas isto, um homem. Ele certamente reprovaria qualquer veneração a seu nome ou sua pessoa.

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Leonardo Pereira 01/10/2006

Segundo os anais espíritas fidedignos, Allan Kardec (1804 -1869), o Codificador do Espiritismo, foi a reencarnação de Jan Huss (1369 -1415).

Jan Huss, ou Jean Hus foi sacerdote tcheco, mártir e precursor da Reforma protestante. Nasceu em Husinec (de onde tirou o seu nome), Boêmia, em 1369 (Allan Kardec desencarnou exatamente 500 anos após, em 1869) e morreu em Constança, em 6 de julho de 1415, queimado vivo pela «Santa Inquisição».

Para concluir, lembramo-nos, emocionados, duma passagem contada pelo prestigioso médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco, sobre a morte de Jan Huss, extraída da sua conferência «Deus tem pressa», dizendo que, enquanto seu corpo queimava na fogueira, Jan Huss teria proferido a seguinte frase, antes de morrer cantando: «Hoje vós assais um pato, mas dia virá em que o cisne de luz voará tão alto, que as vossas labaredas não mais alcançarão. Séculos depois Jan Huss volta como Allan Kardec...»

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Divaldo Franco psicografa mensagem de Léon Denis Na solenidade de abertura do IV Congresso Espírita Mundial, o médium Divaldo Pereira Franco psicografou mensagem assinada pelo Espírito Léon Denis. Intitulada “Reconnaissance à Allan Kardec” a mensagem contém um agradecimento ao Codificador e é uma psicografia especular (invertida), um fenômeno raro.

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ÍNTEGRA DA MENSAGEM DE LÉON DENISReconnaissance à Allan KardecLa même année où Napoléon Bonaparte a été sacré l’Empereur des français, Hippolyte Léon Denizard Rivail est né à Lyon le 3 octobre 1804.Transféré du bûcher de Constance le 6 juillet 1415, pour les jours glorieux de l’intellectualité de Paris, Kardec s’est voué à l’apostolat de la Doctrine enseignée et prêchée par Jésus.Sa vie et son ouvrage témoignent sa grandeur. - Missionnaire de la vérité !Nous autres, les bénéficiaires de votre sagesse, vous remercions, émus, et vous demandons humblement : priez pour nous, vous qui êtes déjà dans le royaume des cieux !Léon Denis.

TraduçãoNo mesmo ano em que Napoleão Bonaparte foi consagrado Imperador dos franceses, Hippolyte Leon Denizard Rivail nasceu em Lyon, em 3 de outubro de 1804. Transferido da fogueira de Constança em 6 de julho de 1415, para os dias gloriosos da intelectualidade de Paris, Kardec dedicou-se ao apostoladoda Doutrina ensinada e pregada por Jesus.Sua vida e sua obra testemunham sua grandeza – Missionário da Verdade! Nós, os beneficiários de vossa sabedoria, agradecemos, emocionados, e pedimos humildemente: orai por nós, vós que já estais no Reino dos Céus!Léon Denis

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Kardec e Napoleão "Logo após o 18 Brumário, (09 de novembro de 1799), quando Napoleão se fizera Primeiro-Cônsul da República Francesa, reuniu-se, na noite de 31 de dezembro de 1799, no coração da latinidade, nas Esferas Superiores, grande assembléia de Espíritos sábios e benevolentes, para marcarem a entrada significativa do novo século.Antigas personalidades de Roma imperial, pontífices e guerreiros das Gálias, figuras notáveis da Espanha, ali se congregavam à espera do expressivo acontecimento.Legiões dos Césares, com os seus estandartes, falanges de batalhadores do mundo gaulês e grupos de pioneiros da evolução hispânica, associados a multiplos representantes das Américas, guardavam linhas simbólicas de posição de destaque.Mas não somente os latinos se faziam representar no grande conclave. Gregos ilustres, lembrando as confabulações da Acrópole gloriosa, israelitas famosos, recordando o Templo de Jerusalém, deputações eslavas e germânicas, grandes vultos da Englatera, sábios chineses, filósofos hindus, teólogos budistas, sacrificadores das divindades olímpicas, renomados sacerdotes da Igreja Romana e continuares de Maomet ali se mostravam como em vasta convocação de forças da ciência e da cultura da Humanidade.No concerto das brillhantes delegações que ali formavam, com toda a sua fulguração representativa, surgiam Espíritos de velhos batalhadores do progresso que voltariam à liça carnal ou que a seguiriam, de perto, para o combate à ignorância e à miséria, na laboriosa preparação da nova era da freternidade e da luz.No deslumbrante espetáculo da Espiritualidade Superior, com a refulgência de suas almas, achavam-se Sócrates, Platão, Aristóteles, Apolônio de Tiana, Orígenes, Hipócrates, Agostinho, Fénelon, Giordano Bruno, Tomás de Aquino, S. Luís de França, Vicente de Paulo, Joana D'Arc, Tereza D'Avila, Catarina de Siena, Bossuet, Spinoza, Erasmo, Mílton, Cristóvão Colombo, Gutemberg, Galileu, Pascal, Swedenborg e Dante Aliguieri, para mencionar apenas alguns heróis e paladinos da renovação terrestre; e, em plano menos brilhante, encontravam-se no recinto maravilhoso, trabalhadores de ordem inferior, incluindo muito dos ilustres guilhotinados da Revolução, quais Luís XVI, Marie Antoinette, Robespierre, Danton, Madame Roland, André Chenier, Bailly, Camille Desmoulins, e grandes vultos como Voltaire e Rousseau. Depois da palavra rápida de alguns orientadores eminentes, invisíveis clarins soaram na direção do plano carnal, e, em breves instantes, do seio da noite, que velava o corpo ciclópico do mundo europeu, emergiu, sob a custódia de esclarecidos mensageiros, reduzido cortejo de sombras, que pareciam estranhas e vacilantes, confrontadas com as feéricas irradiações do palácio festivo.Era um grupo de almas, ainda encarnadas, que, constrangidas pela Organização Celeste, remontavam à vida espiritual, para a reafirmação de compromissos.À frente, vinha Napoleão, que centralizou o interesse de todos os circunstantes. Era bem o grande corso, com os seus trajes habituais e com o seu chapéu característico.Recebido por diversas figuras da Roma antiga, que se apressavam em oferecer-lhe apoio e auxílio, o vencedor de Rivoli ocupou radiosa poltrona que, de antemão, lhe fora preparada.

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Entre aqueles que o seguiam, na singular excursão, encontravam-se respeitáveis autoridades reencarnadas no Planeta, como Beethoven, Ampère, Fúlton, Faraday, Goethe, João Dálton, Pestalozzi, Pio VII, além de muitos outros campeões da prosperidade e da independência do mundo.Acanhados no veículo espiritual que os prendia à carne terrestre, quase todos os recém vindos, banhavam-se em lágrimas de alegria e emoção.O Primeiro-Cônsul da França, porém, trazia os olhos enxutos, não obstante a extrema palidez que lhe cobria a face. Recebendo o louvor de várias legiões, limitava-se a responder com acenos discretos, quando os clarins ressoaram, de modo diverso, como se se pusessem a voar para os cimos, no rumo do imenso infinito...Imediatamente uma estrada de luz, à maneira de ponte levadiça, projetou-se do Céu, ligando-se ao castrelo prodigioso, dando passagem a inúmeras estrelas resplendentes.Em alcançando o solo delicado, contudo, esses astros se transformavam em seres humanos, nimbados de claridade celestial.Dentre todos, no entanto, um deles avultava em superioridade e beleza. Tiara rutilante brilhava-lhe na cabeça, como que a aureolar-lhe de bençãos o olhar magnânimo, cheio de atração e doçura. Na destra, guardava um cetro dourado, a recamar-se de sublimes cintilações.Musicistas invisíveis, através dos zéfitos que passavam apressados, prorromperam num cântico de hosanas, sem palavras articuladas.A multidão mostrou profunda reverência, ajoelhando-se muitos dos sábios e guerreiros, artistas e pensadores, enquanto todos os pendões dos vexilários arriavam, silenciosos, em sinal de respeito.Foi então que o grande corso se pôs em lágrimas e, levantando-se, avançou com dificuldade, na direção do mensageiro que trazia o báculo de ouro, postando-se, genuflexo, diante dele.O celeste emissário, sorrindo com naturalidade, ergueu-o, de pronto, e procurava abraçá-lo, quando o Céu pareceu abrir-se diante de todos, e uma voz enérgica e doce, forte como a ventania e veludosa como a ignorada melodia da fonte, exclamou para Napoleão, que parecia eletrizado de pavor e júbilo, ao mesmo tempo:- Irmão e Amigo ouve a Verdade, que te fala em meu espírito! Eis-te à frente do apóstolo da fé, que, sob a égide do Cristo, descerrará para a Terra atormentada um novo ciclo de conhecimento...César ontem, e hoje orientador, rende o culto de tua veneração, ante o pontífice da luz! Renova, perante o Evangelho, o compromisso de auxiliar-lhe a obra renascente!...Aqui se congregam conosco lidadores de todas as épocas. Patriotas de Roma e das Gálias, generais e soldados que te acompanharam nos conflitos da Farsália, de Tapso e de Munda, remanescentes das batalhas de gergóvia e de Alésia aqui

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te surpreendem com simpatia e expectação... Antigamente, no trono absoluto, pretendias-te descendente dos deuses para dominar a Terra e aniquilar os inimigos... Agora, porém, o supremo Senhor concedeu-te por berço uma ilha perdida no mar, para que não te esqueças da pequenez humana e determinou voltasses ao coração do povo que outrora humilhaste e escarneceste, a fim de que lhe garantas a missão gigantesca, junto da Humanidade, no século que vamos iniciar..."...Cânticos de alegria e esperança anunciaram nos céus a chegada do século XIX e, enquanto o Espírito da Verdade, seguido por várias coortes resplandecentes, voltava para o alto, a inolvidável assembléia se dissolvia.O apóstolo que seria Allan Kardec, sustentando Napoleão nos braços, aconchegou-o de encontro ao peito e acompanhou-o, bondosamente, até religá-lo ao corpo de carne, no próprio leito....Em 3 de outubro de 1804, o mensageiro da renovação renascia num abençoado lar de Lião, mas o Primeiro-Cônsul da República Francesa, assim que se viu desembaraçado da influência benéfica e protetora do Espírito de Allan Kardec e de seus cooperadores, que retomavam, pouco a pouco, a integração com a carne. confiantes e otimistas, engalanou-se com a púrpura do mando e, embriagado de poder, proclamou-se Imperador, em 18 de maio de 1804, ordenando a Pio VII viesse coroá-lo em Paris. Napoleão, contudo, convertendo celestes concessões em aventuras sanguinolentas, foi apressadamente situado, por determinação do Alto, na solidão curativa de Santa Helena, onde esperou a morte, enquanto Allan kardec, apagando a própria grandeza, na humildade de um mestre-escola, muita vez atormentado e desiludido, como simples homem do povo, deu integral cumprimento à divina missão que trazia à Terra, inaugurando a era espírita-cristã, que, gradativamente, será considerada em todos os quadrantes do orbe como a sublime renascença da luz para o mundo inteiro." (Cartas e Crônicas, 28, I rmão X, F. C. Xavier, edição FEB)

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Rivail era um homem de média estatura. Segundo Canuto Abreu, tinha 1,65 m, claro, de olhos castanhos e penetrantes, sério e compenetrado, mas jovial na intimidade. Mantinha um bigode e cavanhaque, bem típicos para um francês de seu tempo.

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Desde a juventude, Allan Kardec, pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em 3 de outubro de 1804, em Lyon, na França, já manifestava uma profunda preocupação com a educação da sociedade. Chegou a substituir o mestre Pestalozzi na escola de Yverdun, na Suiça e retornou a Paris, em 1828, cheio de sonhos e de projetos.

Lecionou diversas disciplinas e popularizou o método pedagógico do mestre, revolucionário para a época. Fundou escolas e reformou o ensino francês com seus livros e manuais didáticos.

Foi um dos pioneiros, na França, no campo do ensino para ambos os sexos, especialmente para as mulheres, relegadas a segundo plano pelo sistema de ensino. Chegou a ministrar vários cursos gratuitos em sua residência, fundou escolas e dedicou toda sua vida à educação.

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Membro de várias sociedades sábias, notadamente da Academia Real de Arras, foi premiado, por concurso, em 1831, com a monografia Qual o sistema de estudo mais em harmonia com as necessidades da época? Dentre as suas obras, destacam-se: Plano apresentado para o melhoramento da instrução pública (1828); Curso prático e teórico de aritmética (1829, segundo o método de Pestalozzi); e Gramática francesa clássica (1831).

Rivail, o educadorFundou em Paris – com sua esposa Amélie Gabrielle Boudet – um estabelecimento semelhante ao de Yverdun. Escreveu gramáticas, aritméticas, estudos pedagógicos superiores; traduziu obras inglesas e alemãs. Organizou, em sua casa, cursos gratuitos de química, física, astronomia e anatomia comparada.

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AMÉLIA BOUDET A senhorita Amélia Boudet tinha, pois, mais nove anos que o Sr. Rivail, mas na aparência dir-se-ia ter menos dez que ele, quando, em 6 de fevereiro de 1832, se firmou em Paris o contrato de casamento de Hippolyte-Léon-Denizard Rivail, diretor do Instituto Técnico à rua de Sèvres (Método de Pestalozzi), filho de Jean-Baptiste Antoine e senhora, Jeanne Duhamel, residentes em Château-du-Loir, com Amélie-Gabrielle Boudet, filha de Julien Louis e senhora Julie Louise Seigneat de Lacombe, residentes em Paris, 35 rua de Sèvres.

Madame Rivail nasceu em Thiais, Val-de-Marne, França, dia 02 de novembro de 1795. Desde cedo revelou grande vivacidade e forte interesse pelos estudos. Fez a Escola Norma em Paris, diplomando-se professora de 1ª classe. Foi professora de Belas Artes e de Letras, poetisa e pintora. Culta e inteligente, escreveu três obras: Contos Primaveris (1825); Noções de Desenho (1826) e O Essencial em Belas – Artes (1828).

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OBRAS DE ALLAN KARDEC

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OUTRAS PUBLICAÇÕES DE SEUS TEXTOS

REVISTA ESPÍRITA 12 VOLUMES

O QUE É O ESPIRITISMO O PRINCIPIANTE ESPÍRITA

A PRECE

DEFINIÇÕES ESPÍRITAS

COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS

INICIAÇÃO ESPÍRITA

A OBSESSÃO

VIAGEM ESPÍRITA EM 1862

DA COMUNHÃO DO PENSAMENTO

A HISTÓRIA DE UM ESPÍRITO

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A preocupação com o poder também não ficou de fora das conjecturas de Allan Kardec. Ele defendia a tese de que no seu exercício é fundamental, além do preparo intelectual, a moralidade. Em termos práticos, essa idéia consubstancia-se no que denominou de aristocracia intelecto-moral, composta por um corpo dirigente animado por sentimentos de justiça e de caridade. Segundo Kardec, o Espiritismo é o precursor dessa aristocracia do futuro em função de seu poder de moralização: “Sendo uma potência como filosofia, o Espiritismo, neste nosso século da razão, só teria a perder se pretendesse transformar-se em poder temporal. Não será portanto ele que irá organizar as instituições sociais do mundo regenerado, mas os próprios homens, levados por suas idéias de justiça, de caridade, de fraternidade e solidariedade desenvolvidas por efeito de sua nova crença.” (Questões e Problemas, Obras Póstumas).

Nos últimos anos de sua vida, preocupado com a continuidade do Espiritismo, elaborou todo um programa organizacional de estruturação e propagação da Doutrina, que ainda hoje serve de modelo para os espíritas seguidores de suas idéias. Um de seus últimos desejos foi a estruturação de uma espécie de comunidade espírita, que seria construída em um terreno de sua propriedade, que deixou para tal empreendimento.

Kardec foi, portanto, um intelectual orgânico, ou seja, um pensador humanista voltado para a práxis, empreendedor e ativista. Fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, a Revista Espírita, escreveu cerca de 30 obras num curto espaço de 12 anos. Viajou por toda a França divulgando a idéia espírita através de conferências e incentivou a criação de grupos de estudos espíritas por toda a Europa. Foi um grande idealista, comprometido com a educação e a construção de uma nova sociedade, alicerçada em bases morais. Desencarnou em Paris, em 31 de março de 1869, deixando uma obra que ainda está por ser integralmente assimilada pelas novas gerações.

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HOMENAGEM A KARDECAmaral Ornellas

“Trouxeste, Allan kardec, à longa noite humana,O Cristo em nova luz – revivescida aurora! – E onde estejas serás, eternidade afora,A verdade sublime, em que o mundo se irmana. Em teu verbo solar, a justiça se ufana De aclarar, consolando, o coração que chora,A fé brilha, o bem salva, a estrada se aprimora. E a vida, além da morte, esplende soberana!... Escuta a gratidão da Terra... Em toda parte. A alma do povo freme e canta ao relembrar-teA presença estelar e a serena vitória. Gênio, serviste! Herói, exterminaste as trevas!...Recebe com Jesus, na glória a que te elevas,Nosso preito de amor nos tributos da História.

Soneto recebido pelo médium Francisco C. Xavier“O Franco Atirador” – Outubro de 2000

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Reconhece-se o verdadeiro

Espírita pela sua transformação moral e pelos

esforços que faz para domar as

suas más inclinações "

....Allan Kardec 

 

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Mensagem de Emmanuel sobre Kardec Lembrando o Codificador da Doutrina Espírita é imperioso estejamos alerta em nossos deveres fundamentais. Convençamos-nos de que é necessário:Sentir Kardec;Estudar Kardec;Anotar Kardec;Meditar Kardec;Analisar Kardec;Comentar Kardec;Interpretar Kardec;Cultivar Kardec;Ensinar Kardec eDivulgar Kardec.Que é preciso cristianizar a humanidade é afirmação que não padece dúvida; entretanto, cristianizar, na Doutrina Espírita, é raciocinar com a verdade e construir com o bem de todos, para que, em nome de Jesus, não venhamos a fazer sobre a Terra mais um sistema de fanatismo e de negação.

EMMANUELPágina recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier  "Reformador", março de 1961, FEB.

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