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ALICE! AS MARAVILHAS DE ALICE NA ESCOLA Rafaela Celestina Zanette [email protected] Secretaria Municipal de Educação – Uberlândia – MG Relato de experiência Resumo: O presente trabalho foi realizado na Escola Municipal Guarda Antônio Rodrigues do Nascimento, na cidade de Uberlândia, com alunos do 5º ano turma A, durante as aulas de Arte. O projeto desenvolvido teve como tema principal a história “Alice no país das maravilhas”. Os alunos perceberam de maneira lúdica e criativa, a transição da infância para a adolescência, o encorajamento, a busca por sonhos e ideais na narrativa da personagem principal “Alice”. Exploraram o surrealismo em forma de colagens e construções plásticas tridimensionais. A relação professor e aluno esteve presente em todas as etapas do projeto, integrando os conhecimentos pessoais dos alunos com as propostas plásticas realizadas. Palavra chave: Cinema, Surrealismo, desenho, colagem, imaginação e tridimensional. Esse relato trata de um projeto de ensino desenvolvido em um momento profissional, no qual pensava que deixaria de atuar na sala de aula comum e atuaria apenas no A.E.E (Atendimento Educacional Especializado). No entanto, ser professora me leva a um território fértil em possibilidades de criação e aprendizado. E, naquele momento, andava tomando chá com o Chapeleiro Maluco foi quando decidi trabalhar com a história “Alice no país das maravilhas”. A história aborda muitas questões como o sonho de Alice em um lugar onde coisas extraordinárias acontecem, a relatividade do tempo e a determinação da personagem que comungavam com minhas ansiedades no momento. O ensino de arte favorece conversas extraordinárias e as crianças a partir de um conto, um fato, se encantam e a imaginação flui. Então, convidei Alice para um chá com o 5º ano turma A na E. M. Guarda Antônio Rodrigues do Nascimento. A imaginação tem como um de seus eixos a temporalidade da experiência humana. Portanto, exercitá-la auxilia na construção de formas de comportamento que antecipam e preparam o desenvolvimento cultural e da vida em sociedade. (LIMA, 2003, p.01)

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Page 1: ALICE! AS MARAVILHAS DE ALICE NA ESCOLA · como tal após o seu sucesso com "Alice no País das Maravilhas", ... underground e influenciada pela cultura pop que teve a origem de sua

ALICE! AS MARAVILHAS DE ALICE NA ESCOLA

Rafaela Celestina Zanette [email protected]

Secretaria Municipal de Educação – Uberlândia – MG

Relato de experiência

Resumo: O presente trabalho foi realizado na Escola Municipal Guarda Antônio Rodrigues do Nascimento, na cidade de Uberlândia, com alunos do 5º ano turma A, durante as aulas de Arte. O projeto desenvolvido teve como tema principal a história “Alice no país das maravilhas”. Os alunos perceberam de maneira lúdica e criativa, a transição da infância para a adolescência, o encorajamento, a busca por sonhos e ideais na narrativa da personagem principal “Alice”. Exploraram o surrealismo em forma de colagens e construções plásticas tridimensionais. A relação professor e aluno esteve presente em todas as etapas do projeto, integrando os conhecimentos pessoais dos alunos com as propostas plásticas realizadas. Palavra chave: Cinema, Surrealismo, desenho, colagem, imaginação e tridimensional.

Esse relato trata de um projeto de ensino desenvolvido em um momento profissional,

no qual pensava que deixaria de atuar na sala de aula comum e atuaria apenas no A.E.E

(Atendimento Educacional Especializado). No entanto, ser professora me leva a um território

fértil em possibilidades de criação e aprendizado. E, naquele momento, andava tomando chá

com o Chapeleiro Maluco foi quando decidi trabalhar com a história “Alice no país das

maravilhas”. A história aborda muitas questões como o sonho de Alice em um lugar onde

coisas extraordinárias acontecem, a relatividade do tempo e a determinação da personagem

que comungavam com minhas ansiedades no momento.

O ensino de arte favorece conversas extraordinárias e as crianças a partir de um conto,

um fato, se encantam e a imaginação flui. Então, convidei Alice para um chá com o 5º ano

turma A na E. M. Guarda Antônio Rodrigues do Nascimento.

A imaginação tem como um de seus eixos a temporalidade da experiência humana. Portanto, exercitá-la auxilia na construção de formas de comportamento que antecipam e preparam o desenvolvimento cultural e da vida em sociedade. (LIMA, 2003, p.01)

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Preparamo-nos para receber Alice, assim, o trabalho em sala de aula teve início com a

sondagem aos alunos sobre quem conhecia a história da Alice e todos questionaram: “Qual

Alice?”. Esclareci que seria sobre a Alice do país das maravilhas.

Assistimos ao filme e as próprias crianças diante de minhas provocações foram

sugerindo propostas referentes ao tema: construção de castelos com cartas de baralho,

construção do chapéu do chapeleiro maluco, fazer as guloseimas da história, montar uma

mesa para o chá com Alice, construir o tapa-olho do personagem Valete, desenhos de portas

com diferentes tamanhos e fechaduras, entre outras.

Os alunos perceberam as relações de tempo e relatividade, as indagações da

personagem referentes à vida, a transição da infância para a adolescência e principalmente a

persistência da personagem em alcançar seu objetivo. Essas percepções foram discutidas e

explanadas em roda de conversa após assistirmos ao filme.

Posteriormente fomos para o Laboratório de Informática assistir a uma apresentação

de slides sobre o Mundo de Alice, os alunos conheceram a biografia do escritor Lewis Carol,

nascido na Inglaterra em 1832, matemático, lógico, fotógrafo e romancista sendo reconhecido

como tal após o seu sucesso com "Alice no País das Maravilhas", falecido em 1898.

Conheceram também um pouco dos trabalhos do cineasta Tim Burton, nascido em 1958 nos

Estados Unidos, quando criança vivia em um universo de fantasia e auto-reflexão, não se

adaptava muito bem ao cotidiano familiar e escolar, passa muito tempo lendo Edgar Allan

Poe e maravilhado com imagens aterrorizantes dos filmes de horror de segunda categoria.

Pontuamos sobre a imaginação de ambos e a capacidade criativa. Nesse momento,

relacionamos o surrealismo apresentado na história com o movimento Surrealista na pintura.

Os alunos aprenderam um pouco sobre a artista visual brasiliense Adriana Peliano1

(Presidente da sociedade Lewis Carrol no Brasil), que trabalha colagens, feitas sobre as

1 Designer e artista visual. Em seu trabalho viaja no universo da colagem em múltiplas manifestações, em diálogo com o vídeo, a fotografia e a instalação. Formada em Comunicação na UnB em Brasília, fez pós-Graduação em Design Gráfico no Senac em São Paulo e Mestrado em New Media Arts no Kent Institut of Arts and Design em Maidstone/UK. Fez um novo mestrado na USP com o tema "Através do Surrealismo e o que Alice encontrou lá", com orientação de Kátia Canton. Adriana é fundadora da Sociedade Lewis Carroll do Brasil. Desde criança mergulha no universo de "Alice no País das Maravilhas" tendo desenvolvido uma série de eventos culturais, promovido oficinas artísticas, lançado livros, publicado artigos e reinventado essa obra na literatura e na arte. Sempre em busca de objetos curiosos, restos de brinquedos e rastros de estórias, Adriana costura monstros, desejos e contos de fadas. Suas colagens e assemblagens são inventários mágicos e múltiplos, onde a lógica do cotidiano é reinventada em novos sentidos e narrativas, criando jogos de linguagem e labirintos de sonhos. Disponível em <http://www.ogritogallery.com.br/adriana-peliano> acesso em jun.2016.

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ilustrações originais de John Tenniel2. Conheceram o trabalho do artista Mark Ryden3, suas

obras envolvem principalmente caricaturas e uma combinação de garotinhas, carne, e

numerologia, é influenciado pela arte fantástica, de Alice no país das maravilhas, e pelo

Surrealismo (Figura 01). E por último estudamos um pouco do Surrealismo de Salvador Dalí,

importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista e por sua imagem,

personalidade exótica e extravagante. O trabalho de Dalí apresenta a combinação de imagens

estranhas, oníricas, e grande qualidade técnica.

Figura 01. Imagens utilizadas no Power Point “Alice”, utilizado na aula de Arte. Fonte: Acervo pessoal.

Foi grande a empolgação dos alunos ao perceberem nas imagens apresentadas acima,

as características surrealistas da história e os elementos que remetem ao artista Salvador Dalí.

Nesse momento percebi um belo entrelaçamento entre, Arte, Cinema e as vivencias

culturais/individuais dos alunos. Eles puderam pontuar suas percepções sobre as “cenas e

falas” surreais do filme, bem como terem explorado a leitura das imagens apresentadas

anteriormente. Eles estavam ansiosos para iniciarem as produções artísticas.

Esta etapa que envolve o processo de criação é de grande importância e a eficácia da

mesma depende das informações, discussões, do repertório do aluno ampliado pelo olhar do

professor. Sobre o processo de criação, Rosa Iavelberg explica como o aluno cresce

artísticamente quando produz algo que tenha interiorizado verdadeiramente o conceito.

2 Sir John Tenniel foi um ilustrador inglês. Seu trabalho mais reconhecido são as ilustrações para as obras de Lewis Carroll: Alice no País das Maravilhas e Through the Looking Glass. Nascido em 28 de fevereiro de 1820, faleceu em 25 de fevereiro de 1914, Londres/Reino Unido. 3 Pintor norte-americano. Ryden é um dos mais renomados artistas do movimento de surrealismo-pop, uma arte underground e influenciada pela cultura pop que teve a origem de sua cena na década de 1970, no sul da California. Nasceu em 20 de janeiro de 1963.

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Cada um sentirá confiante em relação a sua arte à medida que aprender efetivamente, atendendo aos três eixos de aprendizagem significativa: fazer, interpretar e refletir sobre arte, sabendo contextualizá-la como produção social e histórica (IAVELBERG, 2003, p.03).

A aula realizada no Laboratório de Informática foi enriquecida com os comentários

dos alunos que conheciam alguns filmes e personagens do cineasta (Figura 02), entre eles,

Coraline, Frank Wine, Noiva Cadáver e Edward Mãos de Tesoura, todo esse movimento

deixou os alunos ainda mais entusiasmados e motivados ao projeto. Assim, destaco a

importância desse sentimento de motivação:

É a crescente integração do sistema de sentimento com outros sistemas desenvolventes, e em particular seu funcionamento em conjunção com o processamento simbólico, o que faz com que o sistema de sentimentos desempenhe um papel essencial na produção e percepção artísticas (GARDNER, 1997, p.97).

Figura 02. Imagens utilizadas no Power Point “Alice”, utilizado na aula de Arte. Fonte: Acervo pessoal.

Foram utilizadas diversas estratégias de ensino, exibição de vídeo, apresentação de

slides, pesquisa na internet, leitura fruitiva do primeiro capítulo do livro, o que desencadeou a

procura pelo mesmo na biblioteca da escola e produções plásticas bi e tridimensionais,

coletivas e individuais.

Para desenvolver as produções plásticas, a princípio utilizaria as páginas amarelas de

um dicionário velho, mas não querendo danificar o livro busquei uma alternativa. Foi quando

encontrei uma publicação virtual da história a qual pude imprimir uma página do livro em

inglês, um dos alunos se propôs a traduzi-la.

Na sequência, mostrei ilustrações do livro feitas por John Tenniel, cada um escolheu a

que gostaria de trabalhar e associei à proposta a imagem de um artista que trabalhou com

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novas mídias, apropriação de imagem e colagem digital. Essa foi a referência para o processo

criativo que resultou nas imagens a seguir (Figura 03):

Figura 03. Imagens produzidas pelos alunos, utilizando imagens xerocadas, recorte e colagem. Fonte:

Acervo pessoal.

Dentre todas as propostas elencadas pelas crianças, juntos selecionamos as que seriam

possíveis de realizar – a idéia de construir o chapéu do Chapeleiro Maluco encantou a todos.

Alguns conteúdos trabalhados foram a experimentação de materiais e suas possibilidades até a

construção de objetos tridimensionais - os chapéus - passando por momentos em que os

alunos vivenciaram propostas com ênfase nos elementos de linguagem - cor, forma, textura;

nos elementos de composição - dimensão; a linguagem do desenho teve destaque. Segundo

França (2006),

O desafio para as professoras de Artes é despertar no aluno o interesse pelo conhecimento e não só pelo prazer experiência do nas vivências com o fazer artístico. O aluno desenha, e tal ação é prazerosa para ele, mas ele precisa ter acesso ao conhecimento e compreender o desenho como uma linguagem, uma forma de expressão e como se apropriar dela (FRANÇA, 2006, p.19).

Foi muito prazeroso fazer chapéus com os alunos, pensar nos materiais, no tamanho,

nas cores, chapéus bi e tridimensionais.

Retomando a construção do chapéu, primeiro relatei uma breve história sobre o

surgimento do “Chapéu” e algumas de suas simbologias, em seguida realizamos desenhos nos

cadernos de arte, e posteriormente iniciamos a criação/confecção do chapéu (Figura 04).

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Figura 04. Processo criativo da construção dos chapéus. Fotografias, arquivo pessoal das

professoras Rafaela Celestina Zanette e Poliana Lemes (Professora do Laboratório de informática).

Fonte: Acervo pessoal.

A cada etapa da produção os alunos aumentavam seu repertório artístico, suas

habilidades com o manuseio dos materiais e também as proposições do que fazer ao

terminarem os chapéus, muito levaram o chapéu para terminar em casa, tendo assim, ajuda da

família. Envolvidos nessa dinâmica de aprendizagem e construção os alunos propuseram,

fotografias divertidas, dança do passo maluco do personagem do filme, e desfile pela escola.

Sobre a abrangência do repertório dos alunos França (2006) nos diz que:

Para manter esse processo de criação, o artista necessita de um repertório, um tempo próprio, como também de uma motivação interior, em que o contexto no qual está inserido e a sua forma de agir no mundo interferem, influenciam, determinam o ato de criar (FRANÇA, 2006, p.34).

As criações com o personagem Chapeleiro Maluco continuaram, e para minha

satisfação e alegria dos alunos não se esgotaram em repetição. No livro didático de Arte

doado aos alunos pelo MEC4, explora o tema “maquiagem artística” que comungou com

nosso aprendizado decorrente.

Pintar o rosto é uma prática nas linguagens da dança, teatro e cinema. Maquiagens podem transformar as expressões dos atores e criar personagens

4 FERRARI, Solange dos Santos Utuari e outros. Porta Aberta 4º e 5º ano Arte. Coleção Porta Aberta, São Paulo: Editora FTD, 2014.

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fantásticos. [...] Alguns casos são tão impressionantes que fica quase impossível reconhecer os atores (FERRARI, 2014, p. 148-149)

Como no caso do ator Johnny Deep maquiado e com figurino composto para

representar o Chapeleiro Maluco do filme Alice no País das maravilhas, 2010. Dentro do

projeto trabalhamos com o rosto do personagem, explorando o desenho e a colagem. Na aula

seguinte ao início da proposta um aluno levou o estojo de maquiagem de sua mãe, para

criarmos a maquiagem do Chapeleiro Maluco. Todos os alunos ficaram muito entusiasmados

com essa possibilidade de criação. Fomos novamente ao Laboratório de Informática e com a

ajuda da Laboratorista, assistirmos alguns vídeos de maquiagem artística com o referido

personagem (Figura 05). Voltamos para a sala e iniciamos as pinturas faciais, eu pintei o

primeiro aluno e posteriormente eles pintaram os colegas, o ambiente foi de respeito e muita

alegria. Ao final desfilaram pela escola e ainda fizeram a dança do “passo maluco” do

chapeleiro.

Figura 05. Pintura com tinta facial, maquiagem artística do personagem “Chapeleiro Maluco”. Imagens

produzidas pelos alunos, utilizando imagens xerocadas, recorte e papel crepom. Fonte: Acervo pessoal.

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O fechamento do projeto ainda não aconteceu, mas o sabor literário de Lewis Carrol

estará presente no “Chá com Alice” que pretendemos realizar. Montaremos um espaço

expositivo com o trabalho dos alunos e a mesa de “chá” com quitandas tragas pelos alunos.

Nesse momento acreditamos que será possível retomar os conteúdos explorados nesse projeto

e dialogar de uma maneira criativa sobre Arte, Cinema, processos criativos, desenhos,

colagens, e é claro as fantasias surreais de Alice.

Ostrower nos fala sobre essas interligações que os processos criativos proporcionam:

A natureza criativa do homem se elabora no contexto cultural. Todo indivíduo se desenvolve em uma realidade social, em cujas necessidades e valorações culturais se moldam os próprios valores de vida. No indivíduo confrontam-se, por assim dizer, dois pólos de uma mesma relação: a sua criatividade que representa as potencialidades de um ser único, e sua criação que será a realização dessas potencialidades já dentro do quadro de determinada cultura (OSTROWER, 1977, n/p).

Ao final, registro a relevância de propostas para o ensino de Arte nas quais os alunos

possam se colocar como co-autores, pensantes, criativos e propositores de ações no espaço

escolar. No projeto aqui relatado pode-se constatar o envolvimento no processo de ensino

aprendizagem, pela participação inclusive quando fora do espaço escolar continuavam ligados

ao projeto, esse interesse é fundamental para efetivar a aprendizagem de um novo conteúdo,

no caso, o conhecimento em Arte.

Referências bibliográficas FERRARI, Solange dos Santos Utuari e outros. Porta Aberta 4º e 5º ano Arte. Coleção Porta Aberta, São Paulo: Editora FTD, 2014. FRANÇA, Léa Carneiro de Zumpano. O Ensino do Desenho. Saberes e práticas das professoras de artes: um olhar... muitas possibilidades... Dissertação de mestrado. Faculdade de Educação – Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, 2006. GARDNER, Howard. As artes e o desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação de professores. Porto Alegre: Artmed, 2003. LIMA, Elvira de Souza. A imaginação e a escola. Nova Escola nº 166. Editora Abril. Outubro, 2003.

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OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1977. Referências digitais

http://www.infoescola.com/biografias/tim-burton/ acessado em 22.03.2016 http://profpredro.blogspot.com.br/2008/11/2-aprendizagem-artstica-trabalhada-em.html