algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

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Renato Casali B ão ar Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições Dissertação apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Engenharia Elétrica. São Paulo 1997

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Page 1: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

Renato Casali B ãoar

Algoritmos de controle ótimoquadrático com restrições

Dissertação apresentada à EscolaPolitécnica da Universidade de SãoPaulo para obtenção do título deMestre em Engenharia Elétrica.

São Paulo1997

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Renato Casali B ãoar

Algoritmos de controle ótimoquadrático com restrições

Dissertação apresentada à EscolaPolitécnica da Universidade de SãoPaulo para obtenção do título deMestre em Engenharia Elétrica.

Área de concentração:Engenharia de Sistemas

Orientador:Oswaldo Luiz do Valle Costa

São Paulo1997

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À minha família com muito amor.

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Agradecimentos

Ao meu orientador, professor Oswaldo Luiz do Valle Costa pelo

tempo e dedicação para comigo.

Ao Ricardo Paulino Marques, recém-doutorado, pela sua valiosaajuda, especialmente no campo computacional.

Ao Jorge Amaru Sierra Posadas, mestrando e colega e que embreve voltará ao seu país.

Aos demais colegas e professores do LAC, sempre prontos paraprestar a assistência necessária ao desenvolvimento do trabalho.

Ao meu pai Nemesio, à minha mãe Nice e à minha irmã Eliana,pelo apoio e carinho.

E a todos os que de alguma forma participaram nesta caminhada,meus sinceros agradecimentos.

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Resumo

O objetivo do trabalho é apresentar dois algoritmos para a solução deproblemas de controle ótimo quadrático robusto com restrições, dentro de umcontexto de controladores preditivos (MPC do inglês Model Predictive Control).Inicialmente apresentamos uma breve introdução aos algoritmos MPC, com ênfase naabordagem do controlador linear quadrático. Em seguida são apresentados os doisalgoritmos de interesse, que utilizam técnicas de otimização LMI. Dessa forma asrestrições e as incertezas podem ser colocadas em formas computacionalmentetratáveis. Por fim são realizadas simulações e comparações entre esses algoritmos,bem como com técnicas de MPC encontradas na literatura atual.

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Abstract

The goal of the work is to present two algorithms for the solution of robustquadratic optimal control problems with restrictions, within a model predictivecontrol (MPC) setup. Initially we present a brief introduction of the MPC algorithms,emphasizing the linear quadratic controller approach. Next the two algorithms ofinterest, using LMI optimization techniques, are presented. By using this techniquethe restrictions and uncertainties can be written in a computational way. Finally somesimulations and comparisons between these algorithms, as well as with MPCtechniques found in the current literature, are performed.

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Sumário

1. Introdução 1.1 Controle automático..................................................................9 1.2 Histórico do regulador linear quadrático..................................10 1.3 Restrições e robustez aplicadas aos processos químicos..........11 1.4 Escopo da dissertação.............................................................12

2. Abordagem do regulador linear quadrático em MPC 2.1 Introdução...............................................................................14 2.2 Definindo o controle preditivo.................................................14 2.3 Elementos do algoritmo do MPC............................................15 2.4 Abordagem do regulador linear quadrático sem restrições em MPC.................................................................................18 2.5 Abordagem quadrática robusta com restrições........................23 2.5.1 Incertezas no modelo e robustez.................................24 2.5.2 MPC robusto sem restrições.......................................25 2.5.3 MPC robusto com restrições......................................25 2.6 Conclusões.............................................................................27

3. Controle robusto com restrições[#

3.1 Introdução...............................................................................28 3.2 Subsídios matemáticos............................................................28 3.3 O modelo do sistema...............................................................33 3.4 Objetivos do controlador.........................................................34 3.5 Algoritmo para obtenção da lei de controle.............................35 3.5.1 Proposição dos problemas convexos.........................35 3.5.2 Obtenção dos controladores......................................36 3.6 Conclusões.............................................................................44

4. Exemplos numéricos e simulações 4.1 Introdução ............................................................................. 45 4.2 Sistema proposto.....................................................................45 4.3 Simulação do sistema linearizado em malha aberta..................46

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4.4 Simulação do sistema não linear em malha fechada utilizando um controlador MPC..............................................48 4.5 Simulação do sistema não linear em malha fechada utilizando um controlador LMI1..............................................50 4.6 Simulação do sistema não linear em malha fechada utilizando um controlador LMI2..............................................54 4.7 Conclusões.............................................................................56

5. Considerações Finais 5.1 Comentários e conclusões.......................................................57

Apêndice A Propriedade convexa de matrizes..................................................59

Apêndice B Decomposição de Schur................................................................61

Apêndice C Complemento das provas dos teoremas.........................................63

Apêndice D Programas desenvolvidos..............................................................68

Referências bibliográficas...........................................................80

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Capítulo 1Introdução

1.1 Controle automático O controle automático por realimentação já é conhecido e usado há mais de2000 anos com trabalhos relatados na Grécia, como o relógio de água de Ktsebios.Apesar disso, a palavra realimentação somente foi introduzida por volta de 1920,pelos engenheiros de radiocomunicação. Atualmente os processos químicos e petroquímicos são aqueles que maisdemandam sistemas de controle automático garantindo a sobrevivência das empresasem um mercado extremamente competitivo e caminhando para a globalização. Para que uma empresa seja lucrativa podemos dizer que ela deverá ter, no seuprocesso de fabricação, meios de reagir às variações do mercado em prazos curtos ecom um mínimo de investimento financeiro. Estas imposições do mercado levam aodesenvolvimento de novas técnicas de controle, cada qual mais eficiente para umdeterminado tipo de processo. Embora existam diferenças entre as várias técnicas de controle, todas têm quesatisfazer a várias exigências comuns que são:

ñ Qualidade do produto;ñ Preço competitivo;ñ Restrições de funcionamento dos equipamentos e da planta;ñ Segurança da operação e dos operadores;ñ Emissão de poluentes dentro das normas;ñ Quantidade que atenda à demanda.

Todas essas exigências, e ainda aquelas específicas do processo a sercontrolado, e com as características multivariáveis das plantas atuais, tornam asolução dos problemas de controle impossíveis de serem obtidas analiticamente parasistemas reais nos dias de hoje. Com o desenvolvimento rápido de computadores cada vez mais poderosos,temos uma evolução dos trabalhos de controle no sentido de descobrirem novasteorias que levem a algoritmos que sejam computacionalmente tratáveis. Assim,podemos resolver problemas de controle multivariávies, com restrições nas variáveisda planta, de forma numérica com rapidez e precisão. Modelos preditivos representam uma família de controladores bastanteutilizada na indústria petroquímica, e que satisfazem de um modo geral as exigênciasapresentadas acima. Um grande número de técnicas de projeto para os controladorespreditivos tem sido apresentadas na literatura internacional recentemente, cada umadelas assumindo diferentes tipos de modelos para a planta e funções objetivos a seremminimizadas (vide [3]-[11],[17],[18],[20],[21]). Podemos citar o DMC (DynamicMatrix Control), o MAC (Model Algorithmic Control), o IMC (Internal Model

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Control), e o LQR (Linear Quadratic Regulator) . Para um resumo e comparação1

dessas técnicas, vide [3] ou [8]. Apresentaremos a seguir um histórico do métodoLQR, que servirá de base para os métodos convexos apresentados no capítulo 3.

1.2 Histórico do regulador linear quadrático Como motivação aos estudos de problemas de controle preditivo que faremosno capítulo 2 e principalmente para os resultados obtidos no capítulo 3,, apresentaremos aqui alguns detalhes da evolução do regulador linear quadrático. A idéia de se utilizar um indicador para o desempenho de um sistema que fosseum índice quadrático dos erros de saída e dos esforços de controle foi introduzida porKalman em 1960. Ele usou o cálculo variacional para mostar que o controle ótimo deuma planta é obtido por uma realimentação linear das variáveis de estado. O nome deregulador linear quadrático foi dado posteriormente por Athans. Um indicador de desempenho calculado pelo erro quadrático de saída já haviasido proposto em 1957 por Newton, Gould e Kaiser mas nenhum algoritmo haviasido proposto por eles até então. A teoria de Kalman é aplicável a sistemas lineares variantes no tempo e asistemas MIMO. Kalman também mostrou que a matriz de ganho de realimentação deestados ótima pode ser obtida resolvendo uma equação de atrasos de Riccati paraestados invariantes. Newton, Gould e Kaiser estenderam a idéia do indicador de desempenho porerro quadrático para o caso em que o erro é calculado pela média estatística doquadrado dos erros das estimativas das saídas. Kalman e Bucy mostraram que o ganho do filtro ótimo para análise deharmônicas generalizadas, proposta por Norbert Weiner e G. I. Taylor pode serobtido resolvendo-se uma equação de avanço de Riccati, que ficou conhecida comoestimador linear quadrático ( LQE do inglês Linear Quadratic Estimator ). O LQE usao modelo do sistema na forma de variáveis de estado somado a uma realimentaçãolinear do erro de estimativa calculado pela diferença entre a medida da saída real e ovalor estimado. Pouco tempo depois descobriu-se que realimentando os estados estimados deum LQE com os ganhos de realimentação de um LQR minimiza-se o valor esperadoda integral quadrática se as entradas de ruído branco forem gaussianas. À descobertafoi dado o nome de compensador linear quadrático gaussiano (LQG do inglês LinearQuadratic Gaussian). A programação dinâmica desenvolvida por Bellman com base na teoria deHamilton-Jacobi também pode ser resolvida aproximando-se os problemas tratadospor ela para aqueles do tipo do regulador linear quadrático. A programação dinâmica trata do problema de caminhos extremos queatendem a condições terminais especiais. A função de desempenho ótima nestes casosé definida normalmente por . Associada a está a função controle ótimoZ Bß > Z Bß >a b a b? Bß > B >a b que é uma realimentação do estado atual no instante . A programação dinâmica esbarra no problema conhecido como "maldição dadimensionalidade" que causa o estouro de memória dos computadores para sistemas

1Em português, RLQ (Regulador Linear Quadrático).

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com mais de 2 ou 3 variáveis de estado. Entretanto se o espaço de estados é limitadoa uma região próxima do caminho ótimo, o problema de programção dinâmica podeser aproximado por um problema de LQR, ou seja, um problema de dinâmica linear(variante ou não no tempo) com um índice de desempenho quadrático cujas matrizesde penalização são a segunda derivada do hamiltoniano em relação aos estados e aocontrole. Com base em um algoritmo para solução do regulador quadrático proposto porFrancis, Wilkinson desenvolveu um código para solução das equações de estadosinvariantes de Riccati que tornou-se a base de muitas ferramentas profissionais taiscomo MATLAB, MATRIX-X e CONTROL-C. O algoritmo de Wilkinson foimelhorado substituindo-se o método usado da decomposição do sistema em auto-vetores pela decomposição de Schur.

1.3 Restrições e robustez aplicadas aos processos químicos

Na prática, o problema de controle de processos das indústrias químicas epetroquímicas está sujeito a restrições quanto à amplitude e taxa de variação dasvariáveis manipuladas e controladas (entradas e saídas das plantas). Os atuadores, queno nosso caso podem ser as válvulas de controle, são limitados, por exemplo, pelaabertura ou fechamento totais e pela velocidade, ou taxa, que se pode efetuar aoperação. Razões construtivas e de segurança, como a faixa de operação dossensores, impõem limites nas variáveis de processo, tais como níveis dos tanques evazão nos dutos. Além do mais, na prática, os pontos de operação das plantas sãodeterminados para satisfazer interesses econômicos e normalmente recaem nainterseção de algumas das restrições, operando ainda, próximos dos limites, sendoque a violação das restrições estão sempre na iminência de acontecerem. Os sistemas de controle devem antecipar as violações das restrições e corrigí-las de uma maneira apropriada. As restrições nas saídas são devidas principalmente àsrazões de segurança, e devem ser controladas antecipadamente porque as variáveis desaída são afetadas pela dinâmica do processo. As variáveis de entrada (manipuladas)sempre podem ser mantidas dentro da faixa admissível pelo controlador, limitando aação de controle para valores que satisfaçam as restrições de amplitude e de taxa devariação das entradas. Além das restrições os sistemas sempre apresentam incertezas de modelagemque podem ter sido introduzidas pela simplificação do modelo para facilitar otratamento matemático. Assim, modelos matemáticos de controle descrevem adinâmica do processo de modo apenas aproximado. A maioria das técnicas de projeto de controles necessitam um modelo nominalda planta que é usado durante o projeto. Os processos de controle são normalmenterealimentados para que o sistema funcione, mesmo com perturbações externas eincertezas do modelo que não podiam ser explicitamente consideradas no princípiouma vez que não eram conhecidos todos os seus detalhes. O objetivo do controlerobusto é o de projetar controladores que mantenham a estabilidade e o desempenhodo processo apesar das incertezas e imprecisões do modelo. As técnicas mais comuns de tratamento de incertezas são a de incertezas deresposta em frequência e incertezas paramétricas da função de transferência.Usaremos a segunda técnica no desenvolvimento do trabalho nos capítulos seguintes.

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1.4 Escopo da dissertação

Apresentamos a seguir um pequeno resumo dos tópicos abrangidos em cadacapítulo desta dissertação.

ñ Capítulo 1 Apresentamos neste capítulo um histórico da evolução do controle automáticopor realimentação, os fatores econômicos, de desempenho e qualidade que guiam osprojetistas de controle e a evolução dos estudos no sentido do aprimoramento dasferramentas matemáticas que cada vez mais conduzem a utilização dos computadoresno desenvolvimento dos projetos. É apresentada também a evolução da técnica doregulador linear quadrático como ferramenta de projeto de controladores e suasderivações, aprimoramentos e a relação com a equação algébrica de Riccati. Oproblema de sistemas reais com restrições e incertezas de modelagem é introduzidoantecipando o problema que apresentaremos no capítulo 3.

ñ Capítulo 2 Neste capítulo faremos uma abordagem do regulador linear quadrático dentrode um contexto de controladores preditivos (MPC). Definiremos o que é o controlepreditivo, os elementos que compõem um algoritmo MPC e apresentaremos umexemplo de algoritmo chamado DMC (do inglês Dynamic Matrix Control) que é umdos tipos de algoritmo MPC. Faremos um estudo dos controladores MPC's em espaço de estados, parasistemas sem restrições primeiramente, apresentando uma solução para o problema derastreamento do sistema. Como motivação ao capítulo 3, faremos uma breve introdução ao problema doMPC robusto sem e com restrições, sendo este último o de maior interesse prático emprocessos industriais.

ñ Capítulo 3 Este capítulo apresenta inicialmente uma série de proposições matemáticas queservirão de apoio na elaboração do tema principal do trabalho. A parte mais importante da teoria deste trabalho consiste na formulação de umproblema de controle quadrático robusto com restrições, advindo dos modelospreditivos, em termos de problemas de programação convexa. Dois algoritmosconvexos são propostos para a resolução deste problema. Este problema poderia sertratado pela teoria de controle MPC, mas usando esta técnica não teríamos umasolução invariante no tempo, já que as restrições e incertezas impostas ao problemafazem com que o algoritmo de otimização tenha que ser aplicado a cada instante dotempo. Por outro lado, os algoritmos convexos levam a soluções invariantes notempo, satisfazendo às restrições impostas à planta e atendendo às condições deestabilidade robusta. Note também que, devido às incertezas e restrições, o problemaLQR não possui de um modo geral uma solução analítica que possa ser calculadadiretamente. O termo "convexo" surge do modo com que tratamos as incertezas e restriçõesdo modelo da planta, criando a necessidade do algoritmo desenvolvido apresentar oque chamamos de robustez, ou seja, manter as características de desempenho eestabilidade do sistema mesmo com a presença das incertezas no modelo nominaladotado para a planta.

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Para resolver os problemas de controle robusto com restrições que[#

propomos temos que usar técnicas de LMI, tornando os algoritmos obtidos possíveisde serem implementados em programas computacionais. Uma fórmula conhecidacomo decomposição de Schur é a principal ferramenta LMI utilizada na solução dosdois problemas propostos.

ñ Capítulo 4 Neste capítulo apresentaremos algumas simulações numéricas para ilustrar astécnicas desenvolvidas. Faremos uma comparação entre os dois problemas convexospropostos com um controlador MPC tradicional. Para os controladores convexos,utilizaremos o pacote LMI Toolbox do MATLAB. Para o controlador MPCutilizaremos o pacote MPC Toolbox também do MATLAB.

ñ Capítulo 5 A dissertação será concluída com alguns comentários e conclusões finais.

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Capítulo 2Abordagem do regulador linearquadrático em MPC

2.1 Introdução Neste capítulo será analisada a abordagem de reguladores lineares quadráticosdentro de um contexto de controladores preditivos (em inglês, MPC - ModelPredictive Control). Esse tipo de controlador (MPC) tem larga aceitação emaplicações industriais, principalmente processos de dinâmica lenta como os dasindustrias químicas e petroquímicas, por conferir alto desempenho ao sistema eoperar sem intervenção dos engenheiros por longos períodos de tempo. As restriçõestratadas pelos algoritmos de MPC geralmente referem-se às limitações na abertura deválvulas e em variáveis manipuladas na planta do sistema (pressão, temperatura, etc.).Portanto MPC's servem como motivação para sistemas de controle com restrições. A sequência do capítulo apresenta na seção 2.2 a definição de controlepreditivo. A seção 2.3 trata dos elementos que compõem este tipo de controlador. Aseção 2.4 apresenta a abordagem do regulador linear quadrático para modelos MPCsem restrições.Como resultado principal desta seção, e do próprio capítulo, sãoapresentadas condições para a existência de uma solução para o problema linearquadrático associado ao MPC sem restrições ou incertezas. Será verificado que aabordagem do regulador linear quadrático para o MPC recai em uma equação deRiccati, e condições para a existência de uma solução estabilizadora são estabelecidas.Esta abordagem do regulador linear quadrático será reavaliada dentro de um contextode controladores robustos com restrições no capítulo 3. Apresentamos na seção[#

2.5 a descrição de controle robusto, que usamos na representação do modelo donosso sistema, o algoritmo de projeto do MPC para sistemas sem restrições nosparâmetros da planta e o algoritmo MPC para sistemas com restrições. Na seção 2.6temos as conclusões do capítulo.

2.2 Definindo o controle preditivo A metodologia de projeto de controladores do tipo MPC é direcionada parasistemas multivariávies que têm forte interação entre as variáveis manipuladas econtroladas. Essa técnica apresenta um método sistemático para o tratamento das restriçõesfísicas da planta e das variáveis de processo, tanto no projeto quanto naimplementação do controlador. O MPC apresenta vários algoritmos sendo que todos têm como elementobásico um modelo nominal da planta real, gerando assim a denominação de controlepor modelo interno ou IMC (do inglês Internal Model Control).

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Alguns dos algoritmos do MPC são o MAC (Model Algorithmic Control), oDMC (Dynamic Matrix Control) e o GPC (Generalized Predictive Control) (ver [8]). O algoritmo do MPC, qualquer que seja, consiste em efetuar, em um instantede tempo , medidas nas variáveis do processo e com o modelo nominal da5 C 5a bplanta calcular as entradas que serão aplicadas ao sistema num horizonte de ? 5 8a binstantes futuros. Essas entradas são calculadas com a minimização de uma funçãocusto de controle. A função custo normalmente é descrita por

^ ^N 5 œ Ò C 5 � 3Î5 � < 5 � 3 U C 5 � 3Î5 � < 5 � 3 �83œ!

8wa b a b a b a b a b! ˆ ‰ ˆ ‰

? ?? 5 � 3Î5 V ? 5 � 3Î5 Óa b a bw

onde , e ainda?? 5 � 3Î5 œ ? 5 � 3Î5 � ? 5 � 3 � "Î5a b a b a b

C 5 � 3Î5 5 � 3 < 5 � 3^ representa a produção da saída no instante , o sinal dea b a breferência no instante e e matrizes simétricas que representam a5 � 3 U � ! V � !penalização nos erros de predição e controle em um horizonte de instates futuros8do sistema. A minimização do custo do controle é feita em função das entradas futuras? 5 � 3Î5 3 œ !ß "ßá ß > � " 8a b, para o horizonte de instantes e é expressa por

.738 N 5? 5�3Î5 3œ!ß"ßáß>�" 8a b, a b Para a minimização acima podem ser consideradas as restrições nas entradas? 5 � 3Î5 3 œ !ß "ßá ß > � " B 5 � 3Î5 C 5 � 3Î5a b a b a b, , ou estados e saídas ,3 œ !ß "ßá ß8 do sistema. Apesar do algoritmo adotar um horizonte de minimzação de saídas futuras8(normalmente fazendo para garantir a estabilidade do sistema), apenas a8p_entrada do instante seguinte é implementada, quando então serão feitas novas? 5a bmedições na planta e a repetição do algoritmo para a nova situação do processo.Adotando-se esse procedimento minimiza-se o erro entre as saídas prevista e medidadevido a ruídos e incertezas de modelagem da planta.

2.3 Elementos do algoritmo do MPC Todos os algoritmos de controle preditivo têm os elementos comuns citadosabaixo:ñ C responsável por calcular a saída estimada de acordo^Modelo de predição:com o modelo nominal adotado para a planta do sistema. Na forma de espaço de estados, o modelo pode ser escrito como

^œ a b a b a ba b a b

B 5 � 3 œ EB 5 � F? 5

C 5 œ GB 5

cuja função de transferência é descrita por .K D œ G DM � E Fa b a b�"

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Sendo estável, temos pela expansão de Neuman (ver [7])E

, = coeficientes da resposta impulsional.~ ~K D œ GE FD œ L D La b ! !

3œ! 3œ"

_ _3 �3�" �3

3 3

Pela hipótese de que é estável, segue que quando , e portanto~E L p! 3p!3

temos o modelo da resposta impulsional truncada,

.^ ~C 5 ¸ L ? 5 � 3a b a b!

3œ"

R�"

3

Definindo obtemos o modelo de resposta ao degrau truncado~L œ L3

4œ"

3

4!

, .C 5 œ L ? 5 � 3 �L ? 5 �R ? 5 œ ? 5 � ? 5 � "a b a b a b a b a b a b!3œ"

R�"

3 R? ?

Dentro deste trabalho daremos ênfase ao modelo na forma de espaço deestados (vide seção 2.4). Algoritmos DMC, MAC e GPC utilizam modelos na formade resposta ao degrau e resposta impulsional.

ñ função a ser minimizada (que penaliza o esforço de controleFunção objetivo:e o erro de predição do sistema) para encontrarmos o sinal de controle adequado.Vejaa equação na seção 2.2.

ñ algoritmo iterativo utilizado para minimizaçãoObtenção da lei de controle:da função objetivo que levará ao melhor sinal de controle do sistema.

A estrutura de um algoritmo de controle preditivo por modelo interno pode serrepresentado pelo esquema abaixo:

Fig. 2.1 Estrutura do IMC

Neste modelo, é a planta real e é o modelo nominal da planta (modelo de~T T

predição), é o controlador , é a saída medida, é o sinal de referência ou "set-U C <point", é a variável manipulada e representa o efeito de distúrbios de ruídos na? .saída. Como exemplo de um algoritmo MPC genérico apresentamos a seguir o DMCcom restrições (vide [ ]).)

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Exemplo: DMC com restrições

A função custo quadrático ou função objetivo, já apresentada anteriormente,está reescrita abaixo.

^ ^N 5 œ Ò C 5 � 6Î5 � < 5 � 6 U C 5 � 6Î5 � < 5 � 6 �86œ!

8wa b a b a b a b a b! ˆ ‰ ˆ ‰

.? ?? 5 � 6Î5 V ? 5 � 6Î5 Óa b a bw

Minimizamos a função objetivo para a entrada , conforme expressão? 5a babaixo

^ ^738 Ò C 5 � 6Î5 � < 5 � 6 U C 5 � 6Î5 � < 5 � 6 �? ?? 5 ßáß ? 5�>�"a b a b! ˆ ‰ ˆ ‰a b a b a b a b6œ!

8w

2.1? ?? 5 � 6Î5 V ? 5 � 6Î5 Óa b a b a bw

sendo que a estimativa da saída é definida porC 5 � 6Î5a b

C 5 � 6Î5 œ L ? 5 � 6 � 3 � L ? 5 � 6 � 3 �a b a b a b! !3œ" 3œ6�"

6 R�"

3 3? ?

2.2^L ? 5 � 6 � R � . 5 � 6Î5R a b a b a be a estimativa dos distúrbios aditivos do processo dada por. 5 � 6Î5a b

. 5 � 6Î5 œ . 5Î5 œ C 5 � L ? 5 � 3 �L ? 5 � 6 � R^ ^ 2.3a b a b a b a b a b a b!7 3 R

3œ"

R�"

?

onde representa o valor medido de no instante Ainda temos a restriçãoC 5 C 5Þ7a bdefinida por

. (2.4)^! a b a b6œ"

:

C6 ?6w w wG C 5 � 6Î5 � G ? 5 � 6 � " � - Ÿ !

A equação 2.2 , de predição de saída do sistema, apresenta três elementos doa blado direito da igualdade. O primeiro deles representa aŒ �! a b

3œ"

6

3L ? 5 � 6 � 3?

entrada atual e todas as entradas futuras da variável manipulada, no horizonte decontrole definido para o controlador e que são determinadas resolvendo-se aminimização da função objetivo. O segundo termo

Œ �! a b a b3œ6�"

R�"

3 RL ? 5 � 6 � 3 �L ? 5 � 6 � R? representa apenas os valores passados

da variável manipulada e que são completamente conhecidos no instante . O terceiro5

termo representa a previsão da perturbação que é obtida resolvendo-^ ^Š ‹a b. 5 � 6Î5 .

se a expressão 2.3 . A previsão é assumida constante para todos os^a b a b. 5 � 6Î5instante futuros . No instante é processada a estimativa da diferença entre aa b6   ! 5saída medida e prevista de acordo com o modelo. Na figura 2.1, o bloco ^ ~

C 5 C 5 Ta b a b

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em paralelo com o modelo nominal da planta corresponde à equação 2.3 , com oT a bsinal de realimentação resultante sendo dado por . O controlador é. 5Î5a brepresentado pelo bloco na figura 2.1. As equações 2.1 2.4 formam umU �a b a balgoritmo quadrático que é resolvido on-line a cada instante de amostragem .5

2.4 Abordagem do regulador linear quadrático sem restrições emMPC

Apresentaremos a seguir o MPC utilizando o modelo em espaço de estadossem restrições. Os resultados aqui apresentados são adaptações dos que foramobtidos no artigo [8], onde a referência é um degrau unitário. A generalizaçãoapresentada neste trabalho consiste em considerar uma referência que seria a respostaao degrau de um sistema linear estável qualquer. Considere o modelo

œ a b a b a ba b a bB 5 � " œ EB 5 � F? 5C 5 œ GB 5

Consideremos uma matriz , uma matriz e uma matrizE 8 ‚ 8 F 8 ‚7 G: ‚ 8Þ C 5 < 5Desejamos que a saída siga uma trajetória definida dada pora b a b

œ a b a b a ba b a bD 5 � " œ JD 5 � M � J @< 5 œ D 5>

onde é um degrau e uma matriz estável ( de modo que quando e@ J D 5 p@ 5p_a b< 5 p @ 5p_a b > quando ). Define-se

6 5 œ D 5 � @a b a bde modo que

.6 5 � " œ J6 5a b a b A função objetivo a ser minimizada é dada por

N œ ? 5 V ? 5 � C 5 � < 5 U C 5 � < 5_œ!

_w w! c da b a b a b a ba b a b a b a b

k? ?

onde e e DefinindoV � ! U � ! ? 5 œ ? 5 � ? 5 � " Þ? a b a b a b

, ?B 5 œ B 5 � B 5 � " / 5 œ C 5 � < 5a b a b a b a b a b a b

segue que

? ? ?B 5 � " œ E B 5 � F ? 5a b a b a b

C 5 � " œ GB 5 � " œ G B 5 � " � B 5a b a b a ba b a b?

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19_____________________________________________________________________

œ G E B 5 � F 5 � B 5a ba b a b a b? ??

œ GE B 5 � GF 5 � C 5? ?a b a b a b?

e lembrando que

< 5 � " œ D 5 � " œ JD 5 � M � J @a b a b a ba b a b> >

œ � M � J D 5 � M � J @ � D 5>a ba b a b a b a b

œ � M � J D 5 � @ � D 5> >a ba b a ba b

œ � M � J 6 5 � < 5>a b a b a b

segue que

e ya b a b a b5 � " œ 5 � " � < 5 � "

.œ / 5 � GE B 5 � GF 5 � M � J 6 5a b a b a b a b a b? ?? >

Escrevendo as equações acima em uma forma de espaço de estados, temos que

, 2.5e e

Ô × Ô ×Ô × Ô ×Õ Ø Õ ØÕ Ø Õ Ø

a b a ba b a ba b a b a b

a b a b6 5 � " J ! ! 6 5 !

B 5 � " ! E ! B 5 F

5 � " M � J GE M 5 GF

œ � 5? ? ?

>

?

com o funcional

N œ ? 5 V ? 5 � 6 5_

œ!

_w w!Î Ñ

Ï Òa b a b c da bk

? ? ? ?B 5 5

! ! ! 6 5

! ! ! B 5

! ! U 5

a b a bÔ ×Ô ×Õ ØÕ Ø

a ba ba b

a bw wee

2.6.

Este problema pode ser visto como o problema do regulador linear quadráticopadrão. Define-se

E œÔ × Ô × Ô ×Õ Ø Õ Ø Õ Øa b

J ! ! ! ! ! !

! E ! F ! ! !

M � J GE M GF ! ! U

F œ U œ

>

, , .

É fato conhecido que uma condição suficiente para a existência de uma soluçãoestabilizadora para a equação algébrica de Riccati associada ao problema acima,T

dada por

T œ E TE�U�E TF V �F TF F TEw w w w

�"Š ‹

Page 20: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

20_____________________________________________________________________

é que o par , seja estabilizável, e que o par seja detectável.ˆ ‰ ˆ ‰� ‘E F ßE! ! U"

#

Neste caso a lei de controle ótima é dada por uma realimentação de estados, onde a

matriz de realimentação é dada por .O œ � F TF �V F TEŠ ‹w w�"

Passemos a uma análise das condições acima. Vejamos as condições suficientespara a existência de uma solução estabilizante ótima. Essas condições sãogeneralizações dos resultados apresentados por [8].

A) Condição de estabilizabilidade

Proposição 2.4.1

O sistema

Ô × Ô ×Õ Ø Õ Øa b

J ! ! !

! E ! F

M � J GE M GF>

,

sendo uma matriz , uma matriz e uma matriz , éE 8 ‚ 8 F 8 ‚7 G : ‚ 8

estabilizável se, e somente se

a) é estabilizável;a bEßF

b) tem posto completo de linhas.” •E� M F

GE GFÐ8�:Ñ‚Ð8�7Ñ

Prova

Suponha que a) e b) sejam verdadeiras. Se o sistema não é estabilizável, então

para algum e ,@ œ Á ! − ß   "

@

@

@

Î ÑÏ Ò k k"

#

$

- ‚ -

a b a bÔ ×Õ Øa b

@ @ @ ! E ! @ @ @

J ! !

M � J GE M

œ" # $ " # $‡ ‡ ‡ ‡ ‡ ‡

>

-

a bÔ ×Õ Ø@ @ @ F

!

GF

œ !" # $‡ ‡ ‡

portanto

@ J � � @ M � J œ @" $ "‡ ‡ ‡

> -a b @ E � @ GE œ @# $ #

‡ ‡ ‡-

@ œ @$ $‡ ‡

-

.a b@ � @ G F œ !# $‡ ‡

Page 21: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

21_____________________________________________________________________

Então i) ou ii) Suponha primeiro que i) seja válida, ou seja@ œ ! œ "Þ$ -

@ œ !$ . Então

i.1) @ J œ @" "‡ ‡

-

i.2) , @ E œ @ @ F œ !# # #‡ ‡ ‡

-

Desde que e, por hipótese, , temos que i.1) somente pode ser< J � "   "a b k k-verdadeira se . Neste caso i.2) torna-se , que é uma@ œ ! @ E œ @ @ F œ !" # # #

‡ ‡ ‡-

contradição ao fato de ser estabilizável. Suponha agora que ii) seja válida, oua bEßF

seja, . Então- œ "

.a b a bÔ ×Õ Øa b

@ @ @ ! E � M F ! ! !

J � M ! !

M � J GE GF

œ" # $‡ ‡ ‡

>

Como é inversível, devemos terJ � M

a ba b� @ � @ M � J œ ! Í @ œ @" $ " $‡ ‡ ‡ ‡

> >

e da hipótese b)

a b a b” •@ @ ! !œ œ Í @ œ !ß @ œ !E � M F

GE GF# $‡ ‡

# $

portanto , o que é uma contradição com @ œ !ß @ œ ! @ œ !ß @ Á !Þ" # $

Por outro lado, se a) ou b) não forem verdadeira , usando argumentos=

similares aos anteriores, podemos mostrar que o sistema não é estabilizável.

Observação: Note que para que a matriz no item b) da Proposição 2.4.1 acima tenhaposto completo de linhas, é preciso que , o que está de acordo com o fato de: Ÿ 7

que o número de variáveis controladas tem que ser menor que o número de variáveismanipuladas.

B) Condição de detectabilidade

Proposição 2.4.2

O sistema

� ‘! ! U ß"

#

Ô ×Õ Øa b

J ! !! E !

M � J GE M>

é detectável se e somente se é detectável.a bGEßE

Page 22: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

22_____________________________________________________________________

Prova

O sistema é não detectável se, e somente se, para algum e@ œ Á !

@@@

Î ÑÏ Ò

"

#

$

- ‚ -− ß   "k k ,

� ‘! ! U"

#

Î ÑÏ Ò@@@

œ !"

#

$

Ô ×Î Ñ Î ÑÕ ØÏ Ò Ï Òa b

J ! ! @ @! E ! @ @

M � J GE M @ @œ

>

-

" "

# #

$ $

isto é, ( do fato que @ œ !$ U � !Ñ"

# e

J@ œ @" "

-

E@ œ @# #

-

>a bM � J @ � GE@ œ !" #

Da estabilidade de , devemos ter , resultando emJ @ œ !"

E@ œ @# #

-

.GE@ œ !#

Isto só pode ser válido se é não detectável.a bGEßE

C) Condição mais fraca

Uma condição mais fraca que a detectabilidade é apresentada a seguir. Estacondição também garante a existência de uma solução estabilizadora para a equaçãoalgébrica de Riccati, apesar de não garantir unicidade dentre o conjunto de matrizespositivas semi-definidas (vide [23]).

Proposição 2.4.3

não tem nenhum modo observável na circunferência de raio unitário se eˆ ‰GßE

somente se não tem nenhum modo observável dentro da circunferência de raioa bGßE

unitário.

Page 23: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

23_____________________________________________________________________

Prova

não tem nenhum modo observável na circunferência de raioˆ ‰GßE

unitário não existe tal que , não existeÍ @ Á !ß œ " E@ œ @ G@ œ ! Ík k- -

Î ÑÏ Ò k k@

@

@

Á !ß œ ""

#

$

tal que-

, Ô ×Î Ñ Î Ñ Î ÑÕ ØÏ Ò Ï Ò Ï Òa b

J ! ! @ @ @

! E ! @ @ @

M � J GE M @ @ @

œ œ !

>

-

" " "

# # #

$ $ $

� ‘! ! U"

#

Ë

Ì

@ œ ! ß J@ œ @ ß E@ œ @ ß M � J @ � GE@ œ !$ " #" " # #- - >a b

Ë

Ì

@ œ !ß @ œ ! ß GE@ œ G@ ßE@ œ @ ß G@ œ !" $ ## # # #- - -

Í G ß Ea b não tem nenhum modo observável dentro do círculo unitário.

2.5 Abordagem quadrática robusta com restrições

Na seção anterior apresentamos uma análise da abordagem quadrática para oMPC no caso sem restrições e com os parâmetros nominais coincidindo com os reais.Neste capítulo discutimos o caso robusto sem e com restrições como se segue.Consideramos que a entrada definida por represente na verdade a variação da? 5a bvariável manipulada . Poderíamos, na verdade, considerar restrições tanto em?? 5a b? 5 ? 5 ? 5a b a b a b como em , mas, nos restringiremos às restrições em (que? ?

representa a taxa de variação da variável manipulada) por ser de grande importânciaem sistemas químicos, já que está relacionada à velocidade com a qual podemosoperar as variáveis manipuladas. Conforme visto na seção anterior, a abordagem do regulador linear quadráticoem MPC pode ser escrita como um problema LQR padrão, com variáveis de estado efuncional como em (2.5) e em (2.6). A partir de agora, redefiniremos as variáveis deestado , controle e matrizes e , conforme em (2.5) e o funcional comB 5 ? 5 E Fa b a bsuas matrizes de custos conforme em (2.6), isto é, adotaremos a seguinte notação(vide (2.5) e (2.6)):

BÐ5Ñ ÇÔ ×Õ Ø

a ba ba b

6 5 � "B 5 � "5 � "

?

e

?Ð5Ñ Ç ??Ð5Ñ

Page 24: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

24_____________________________________________________________________

E Ç E œÔ ×Õ Øa b

J ! !! E !

M � J GE M>

F F œ

!FGF

ÇÔ ×Õ Ø

U U œ

! ! !! ! !! ! U

ÇÔ ×Õ Ø

V Ç V

2.5.1 Incertezas no modelo e robustez Sempre que recorremos a um processo de identificação de sistemas paraobtenção de um modelo nominal de uma planta real estaremos sujeitos a obtê-lo deforma mais ou menos distante da planta real dependendo do processos utilizado, dasnecessidades do projeto e do nível de detalhes requeridos. É claro que quanto mais próximo o modelo estiver da planta real, melhor será oprojeto do controlador, mas, muitas vezes a complexidade do modelo obtido torna-ode difícil tratamento matemático, sendo mais interessante adotar um modelo maissimplificado. Mesmo que obtivéssemos um modelo que fosse uma réplica fiel da planta, asdiferenças viriam a aparecer com a variação dos parâmetros devido às condições deoperação da planta. Seja então qual for a origem dos erros de modelagem, estaremos sempretrabalhando com um modelo que não descreve fielmente a planta. Apesar disso,estaremos sempre considerando ao menos uma certa região de incertezas onde aplanta pode ser aproximada pelo modelo obtido. Existem alguns modos de se apresentar este intervalo de incerteza. O queusaremos no trabalho é o da incerteza politópica, visto a seguir. Considerando o sistema a seguir (que representaria o modelo visto em (2.5),redefinindo as variáveis de estado e controle de forma apropriada; vide comentáriosno início desta seção):

B 5 � " œ EB 5 � F? 5a b a b a b

podemos admitir que

c dE F − H

onde

.H ! ! ! !œ EßF à E œ E ß F œ F ß   ! ß œ "˜ � ‘ ™! ! !3 œ" 3œ" 3œ"

R R R

3 3 3 3 3 3

Page 25: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

25_____________________________________________________________________

A expressão acima define como sendo uma região onde certamente o parH

c dE F será encontrado. Projetar um controlador robusto significa portanto que, embora não se tenhaum modelo que seja uma réplica fiel da planta, teremos o sistema funcionando dentrodas condições de operação desejáveis para o sistema. Incertezas do tipo apresentada acima foram consideradas principalmente em[12]-[16].

2.5.2 MPC robusto sem restrições Como foi visto anteriormente, a robustez do controlador projetado refere-se àcapacidade dele operar satisfatoriamente mesmo que o modelo nominal obtido para aplanta não represente fielmente a planta real. Vimos também que a base do algoritmo MPC é encontrar um controle ótimominimizando um funcional , e como foi dito, para garantir a estabilidade,N 58a bfazemos , logo o funcional torna-se .8p_ N 5_a b Mas, dadas as condições de incerteza da planta, não basta somenteminimizarmos o funcional. Devemos encontrar o melhor controle possível na piorcondição de modelagem da planta, ou seja, onde os parâmetros c dE F causam o piorvalor do funcional .N 5_a b Devemos então encontrar o pior, ou máximo valor de para os valoresN 5_a bde c dE F3 3 dentro do intervalo definido por , e então procurar o melhor controleH

para esse caso. Chamaremos de minimização da função de performance robusta a

738 7+B N 5? 5�3Î5 3 ! _a b, c dE F − ßH a b

onde (a função custo a seguir deve ser interpretada conforme (2.6), após umaredefinição das variáveis de estado, controle, matrizes de custo)

.N 5 œ B 5 � 3Î5 UB 5 � 3Î5 � ? 5 � 3Î5 V? 5 � 3Î5_

3œ!

w w wa b c d! a b a b a b a b_

O problema de minimização-maximização anterior não é analiticamentetratável por técnicas de programação dinâmica sendo, desta maneira, preciso usartécnicas de LMI, levando às soluções que apresentaremos no capítulo 3.

2.5.3 MPC robusto com restrições Na prática todos os processos apresentam limitações físicas que devem serrespeitadas. Essas limitações podem estar na variável manipulada, na saída, etc. Elasrepresentam as restrições do processo quanto à capacidade de resposta dosequipamentos (abertura de válvulas por exemplo), limites de operação impostos paramanter a segurança do processo, limite de emissão de poluentes, fatores econômicosque visam maximizar o lucro ou minimizar o custo (isto é mais comum em processosda indústria petroquímica onde há produção de vários itens diferentes, direcionando

Page 26: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

26_____________________________________________________________________

todo esforço operacional na produção dos que dêem mais lucro). Problemasindustriais resolvidos com algoritmos MPC podem ser encontrados em [3]. Os algoritmos MPC em geral devem proporcionar uma maneira sistemática detratarmos as restrições tanto no projeto quanto na implementação do sistema decontrole, justificando a variedade de trabalhos encontrados na área. Um algoritmo MPC bem projetado é aquele que calcula novos valores para aentrada quando alguma entrada ou saída prevista pelo controlador viole as restriçõesdo sistema, visando sempre a minimização do funcional. Quando ocorrer umaviolação dos limites das variáveis do sistema, o algoritmo simplesmente pode adotaro valor máximo possível para a entrada, mas neste caso não há garantia que este valorseja o melhor naquela condição de operação, caso não tenha sido calculado um novovalor ótimo para aquela situação. Esse tipo de operação do algoritmo subaproveita opotencial de predição do MPC. Vejamos então como representar as restrições de entrada e saída de uma plantapelo algoritmo MPC.

ñ Restrições na entrada

Lembrando novamente que a variável a seguir representa, na verdade, a? 5a bvariação da lei de controle nos instantes e , apresentamos as restrições da5 5 � "entrada a serem consideradas neste trabalho:

.l la bP? 5 � 3Î5 Ÿ ? ß 3   !##

7+B#

Este tipo de restrição incorpora as restrições quanto à máxima variação dovalor de cada uma das entradas, da seguinte maneira:

k ka b? 5 � 3Î5 Ÿ ? ß 3   ! ß 4 œ "ß #ßá ß84 ?4ß7+B

onde designa a -ésima entrada limitada.4 4 Como foi dito na seção 2.2 com relação a minimização do funcional , asN 5_a brestrições nas entradas também não são analiticamente tratadas por técnicastradicionais de programação dinâmica sendo, desta forma, preciso utilizar ferramentasde LMI para transformarmos o problema em uma forma computacionalmenteadequada. A solução de problemas dessa natureza será apresentada no capítulo 3.

ñ Restrições na saída

Consideramos restrição em uma saída , que leva em conta o erro deD 5 � 3Î5a bpredição (veja capítulo 3). A representação destas restrições é dada por:

l la bD 5 � 3Î5 Ÿ D ß 3   !# 7+B

que da mesma forma que as restrições de entrada só são computacionalmentetratáveis se forem colocadas na forma de LMI.

Page 27: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

27_____________________________________________________________________

2.6 Conclusões

Neste capítulo apresentamos a abordagem do regulador linear quadrático emMPC, que tem grande aplicação em processos de indústrias químicas e petroquímicas.Restrições geralmente ocorrem nesses casos na forma de limites na abertura devalvulas e nas variáveis manipuladas. No caso sem restrições verificamos (seção 2.4)que o problema do regulador linear quadrático em MPC pode ser colocado na formade um regulador linear quadrático padrão. Condições para a existência de umasolução estabilizadora da equação de Riccati foram estabelecidas. Entretanto, conforme mencionado anteriormente, em várias situações práticasdevemos introduzir restrições ao modelo para torná-lo de interesse. Neste casotécnicas de programação quadrática com restrições podem ser utilizadas. Algunsalgoritmos também permitem incorporar algumas incertezas ao modelo (vide [3]). No próximo capítulo serão apresentados dois algoritmos convexos quepermitem introduzir restrições e incertezas ao modelo, tornando-os poderosos paraaplicação em situações reais que sempre estão sujeitas à restrições e incertezas.Simulações e comparações serão realizadas no capítulo 4.

Page 28: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

28_____________________________________________________________________

Capítulo 3Controle robusto com restrições[#

3.1 Introdução

Neste capítulo será desenvolvido o principal resultado deste trabalho, que tratade formular o problema de controle quadrático robusto com restrições, advindo dosmodelos MPC conforme visto no capítulo 2, na forma de dois problemas deprogramação convexa. Inicialmente mostaremos na subseção 3.2, que o problema quadrático robustocom restrições pode ser escrito na forma de um problema de controle robusto[#

com restrições. Também na seção 3.2 serão apresentadas as ferramentas matemáticasque serão úteis para o desenvolvimento dos algoritmos. A seção 3.3 mostra o modelodo sistema que apoiará a proposição dos problemas (que poderia representar omodelo (2.5) com custo (2.6) ). A seção 3.4 traz os objetivos do controlador e asrestrições de controle que deverão ser respeitadas. A seção 3.5 apresenta em 3.5.1 aproposição dos problemas que queremos resolver com base no modelo de sistemaapresentado em 3.3 e nas restrições de 3.4 e em 3.5.2 os algoritmos que solucionamos problemas propostos em 3.5.1, provando que estes respeitam as restrições daseção 3.4. Finalmente na seção 3.6 estão as conclusões do capítulo. Os comentários da subseção 2.5 referentes à notação adotada para , ,BÐ5Ñ ?Ð5Ñetc, também serão válidos neste capítulo.

3.2 Subsídios matemáticos

Nesta seção estão apresentadas as proposições e definições matemáticas queserão usadas no desenvolvimento da teoria deste capítulo. Será feita também umaverificação que a norma e o custo quadrático são formas equivalentes de[2

representação de custos tratados pelo algoritmo que será desenvolvido no restantedeste capítulo.

Para enunciarmos a proposição 3.2.1 consideremos o sistema linear a tempodiscreto abaixo

comœ a b a b a b a b

a b a bB 5 � " œ E B 5 � NA 5 B ! œ !D 5 œ H B 5

-6

-6

onde designa -6 -69=/. 699:Þ Sendo estável, ou seja, apresenta todos os seus autovalores com móduloE-6

menor que , a função de transferência de para é dada por" K D A 5 D 5a b a b a b K D œ H DM � E Na b a b-6 -6

�"

e a norma é dada por[#

Page 29: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

29_____________________________________________________________________

(veja ref. [14] ou [22]).l l a b a b' ˆ ‰K œ >< K / K / .22 "

# ��4 �4‡

1 1

1= =

=

O seguinte resultado relaciona a norma com os gramianos de[#

controlabilidade e observabilidade (veja ref. [14] ou [22]).a b a bE ßN H ßE-6 -6 -6

ñ Proposição 3.2.1 Norma da função de transferência do sistema[#

A norma da função de transferência do sistema apresentado anteriormente[#

é dada por

l l a b a bK œ >< H P H œ >< N P N22

-6 - 9-6

w w

onde

E P E � P � NN œ !-6 - --6

w w

E P E � P �H H œ ! ç-6 -6

w w9 -6 9 -6

ñ Observação 3.2.1

Vamos verificar agora uma relação entre a norma e o custo quadrático[#

visto na seção 2.4. Vejamos inicialmente que a norma também pode ser escrita[#

como sendo

l l l l! ! a bK œ D 522

5œ ! 3œ"

_ 8

3 #

onde é a saída quando se aplica uma entrada , paraD 5 D 5 A ! œ / A 5 œ !3 3a b a b a b a b5 � ! / / á ß /, e representa um vetor unitário de forma que , formam uma base3 " 8e fortonormal de (veja ref. [22]).d8

Para provar a expressão acima, vamos substituir pela expressão de saídaD 53a bdo sistema, reescrita abaixo .D 5 œ H B 53 3

-6a b a b Obtemos então

.l l a b a b a b a ba bD 5 œ D 5 D 5 œ B 5 H H B 53 3 3 3 w 3# w w

-6 -6

Substituindo agora porH H-6

w-6

H H œ P �E P E-6 -6

w w-6 9 9 -6

que é expressão do graminiano de observabilidade de do sistema, temosa bH ßE-6 -6

D 5 D 5 œ B 5 P � E P E B 53 3 3 w 3w w

9 9 -6-6a b a b a b a b a b

.œ B 5 P B 5 � B 5 E P E B 53 3 3 w 3w w

9 9 -6-6a b a b a b a b

Como para então o estado do sistema nestes casos ficaA 5 œ ! 5 � !a b

Page 30: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

30_____________________________________________________________________

.B 5 � " œ E B 5a b a b-6

Então para 5 � !

.D 5 D 5 œ B 5 P B 5 � B 5 � " P B 5 � "3 3 3 3 3 3w w w

9 9a b a b a b a b a b a b Para temos que e portanto5 œ !ß B ! œ !a b .D ! D ! œ !3 3wa b a b Logo,

= ! ! !l l l l a b a ba b a b5œ! 5œ" 5œ"

R R R

3 3 3 3# # wD 5 œ D 5 D 5 D 5 œ

!c da b a b a b a b5œ"

R

3 3 3 3w w

9 9B 5 P B 5 � B 5 � " P B 5 � "

Note que na somatória acima o termo

, com � B 5 � " P B 5 � " 5 œ 63 3w

9a b a bé cancelado pelo termo

, com .B 5 P B 5 5 œ 6 � "3 3w

9a b a b Sendo assim, resta na expressão apenas o primeiro termo quando e o5 œ "último termo quando , pois os termos intermediários são todos cancelados.5 œ RLogo

.!l l a b a b a b a ba b5œ!

R

3 3 3 3 3w w

9 9D 5 œ B " P B " � B R � " P B R � "

Fazendo e lembrando queRp_

a) é estável , logo E B R � " p!-63a b

b) Para temos e , e portanto neste caso, pela equação do5 œ ! A ! œ / B ! œ !a b a b3

sistema B " œ N/3 3a bsegue que

.!l la b5œ!

R

3 3 w 3w

9D 5 œ / N P N/

Tomando a somatória em , temos que3

Page 31: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

31_____________________________________________________________________

.! ! !l l a b l la b5œ ! 3œ" 3œ"

_ 8 8

3 3 w 3 w# w

9 9 #

#D 5 œ / N P N/ œ >< N P N œ K

Note agora que se ,E œ E�FO-6

,H œ � OU! V

!-6 Œ � Œ �

"

#

"

#

e , e fazendo com que a saída do sistema seja ,? 5 œ �OB 5 D 5 œ H B 53 3 3 3-6a b a b a b a b

temos que

! !l l a b a ba b5œ " 5œ"

_ _

3 3 3# wD 5 œ D 5 D 5

œ B 5 H H B 5! a b a b5œ "

_

3 w 3w

-6 -6

œ B 5 U�O VO B 5!c da b a b a b5œ"

_

3 w 3w

.œ B 5 UB 5 � ? 5 V? 5!c da b a b a b a b5œ"

_

3 3 3 3w w

A expressão acima corresponde a um custo quadrático com condição inicial em5 œ " B " œ N/ K sendo . Portando a norma de pode ser vista como sendo a3 3

#a b [

soma em de custos quadráticos para condição inicial em sendo ,3 5 œ " B " œ N/3 3a bverificando o fato desejado ç

Apresentamos a seguir várias proposições conhecidas na literatura que serãoúteis neste capítulo. Algumas provas são apresentadas nos apêndices para auxiliar nacompreensão do trabalho.

ñ Proposição 3.2.2 Propriedade convexa de matrizes

Se

e !3 œ"

R

3 3! !œ "ß   ! [   !

então

e f e f! ! ! !U � Ð" � ÑU [ U � Ð" � ÑU Ÿ" # " #

w

! !U [U � Ð" � ÑU [U" #" #

w w ç

( Para prova veja apêndice A ).

Page 32: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

32_____________________________________________________________________

ñ Proposição 3.2.3 Decomposição de Schur

Se [ � !"

então

[ œ   ![ [[ [” •" #

#

w$

se, e somente se

.[   [ [ [$#

w �"

" #

Da mesma forma, se

[ � !3

então

[ œ   ![ [[ [” •" #

#

w$

se, e somente se

[   [ [ [" # #

w �" w

( Para prova veja apêndice B ).

ñ Proposição 3.2.4 Seja um vetor unitário em . Temos que/ d8

// Ÿ Mw ç

ñ Proposição 3.2.5 Norma de matriz Seja uma matriz . Segue queE 8 ‚ 8

l l l l l l e f e f˜ ™E œ 7+B EB à B Ÿ " œ E E œ EE# #

7+B 7+Bw w- - ç

( Para prova veja ref. [2] ).

Page 33: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

33_____________________________________________________________________

ñ Proposição 3.2.6 Teorema de Lyapunov

Seja uma matriz . Se para existe tal queE 8 ‚ 8 U � ! T � !

ETE � T Ÿ �Uw

então é estável ( todos os autovalores de têm módulo ) E E � " ç

3.3 O modelo do sistema Para o desenvolvimento do nosso algoritmo consideraremos o sistema 3.1 ,a bem espaço de estados, descrito abaixo

com 3.1.a

3.1.bœ a b a b a b a b a b a ba b a b a b a bB 5 � " œ EB 5 � F? 5 � NA 5 ß B ! œ !D 5 œ IB 5 � J? 5

onde

e .NN ! I J œ !w �w

A ortogonalidade entre e é assumida somente por conveniência, podendoI Jw

ser obtida por uma mudança apropriada de coordenadas. O sistema 3.1 é um modelo nominal de uma planta real na forma MPCa bconforme visto em (2.5), (2.6), no capítulo 2, seção 2.5, e os parâmetros e E Fapresentam incertezas de modelagem que nos levam a um desenvolvimento dealgoritmos de controle que confiram estabilidade robusta ao sistema. Conforme na subseção 2.5.1, consideramos que os parâmetros e doE Fsistema 3.1 , sujeitos a erro de modelagem, podem ser representados como uma bconjunto convexo definido por e descrito porH

H ! ! ! !œ EßF à E œ E ß F œ F ß   ! ß œ "˜ � ‘ ™! ! !3 œ" 3œ" 3œ"

R R R

3 3 3 3 3 3

de modo que

.Ò EF Ó œ ÒE F Ó!3œ"

R

3 3 3!

Note que se o sistema não apresenta incerteza de modelagem.R œ "

Page 34: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

34_____________________________________________________________________

3.4 Objetivos do controlador

Para o sistema 3.1 com realimentação de estados dada pora b ? 5 œ �OB 5a b a b denotaremos por a função de transferência em malha fechada de 3.1 , conformeKO a bvisto na seção 3.2 definida por,

zK œ H M � E Nß E œ E�FOß H œ I � JOO -6 -6 -6 -6

�"a be cuja norma é dada por[#

.l l a b a bK œ >< H P H œ >< N P NO -6 - 9-6

w w

22

O objetivo do algoritmo é encontrar a matriz de realimentação de modo queOo controlador satisfaça às seguintes condições:

i) estabilize o sistema 3.1 ; 3.2? 5a b a b a bii) A norma de , conforme definida acima seja[# OmK m ß

#

#

3.3mK m ŸO#

#

$2 a b para algum 0; $ �

iii Para qualquer impulsoÑ

aplicado a (3.1.a)A 5 ß 5 œ !ß "ßáa b as restrições 3.4mL B 5 � P ? 5 m Ÿ ß 3 œ "ßá ß 6ß3 3 3

#a b a b a b#

0

são satisfeitas para todo . 5 œ !ß "ßá

Note que conforme foi visto na observação 3.2.1 a norma pode ser escrita, [2

como a soma dos custos quadráticos da saída para um conjunto de entradasimpulsionais onde , para , formandoA 5 A ! œ / A 5 œ ! 5 � ! / ßá ß /3 3 3 3 3 8a b a b a b e fuma base ortonormal para . Logo a condição 3.4 impõe que para qualquer qued8 a bseja esta entrada impulsional, as restrições em 3.4 são satisfeitas.a b Note também que a condição (3.4) poderia representar restrições ou nocontrolador ou na variável de saída do sistema pois, fazendo

para algum L œ ! 33

temos que (3.4) fica da forma

Page 35: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

35_____________________________________________________________________

mP ? 5 m3 a b #

que penaliza apenas uma combinação linear das variáveis de controle.

Ou então, fazendo

para algum P œ ! 33

temos

mL B 5 m3 a b #

que penaliza a saída do sistema.L B 53 a b Portanto a condição (3.4) representa uma generalização nas condições quedevem ser respeitadas pelo controlador.

3.5 Algoritmo para obtenção da lei de controle

Nesta seção, inicialmente proporemos dois problemas robustos deprogramação convexa. Mostraremos em seguida que a solução desses dois problemasusando as ferramentas de desigualdade linear de matrizes (LMI do inglês LinearMatrix Inequalities) levarão às leis de controle que satisfazem às condições (3.2),(3.3) e (3.4) impostas na seção 3.4. Estas provas, apresentadas nos teoremas 3.5.1 e3.5.2, são os principais resultados teóricos deste trabalho. Esses resultados podem servistos como uma adaptação dos resultados obtidos por [14] para o caso comrestrições, e também dos resultados em [17], dentro do contexto de normas com[#

restrições.

3.5.1 Proposição dos problemas convexos

Problema 1:

Encontrar uma solução do tipo

[ œ[ [[ [” •" #

#

w$

para o problema de

" œ 738 >< [! !

! !� Ÿ” • ” •E EF F

w

w(3.5)

sujeito às seguintes condições:

a) 3.6E [ E �F [ E �E [ F �F [ F �[ � NN Ÿ ! ß3 " 3 3 3 # 3 $ "3 # 3 3

w w w w w a b para 3 œ "ßá ßR

Page 36: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

36_____________________________________________________________________

b) 3.7 ” • a b[ [

[ [  ! ß [ � !" #

#

w$

"

c) 3.8˜ ™ a bL [ L �P [ L �L [ P � P [ P Ÿ M ß3 " 3 3 # 3 $3 # 3 3 3

w w w w w #

30

para 3 œ "ßá ß 6

Problema 2: Encontrar uma solução em para o problema dea b/ß Z ß ]

738a b/sujeito às seguintes condições:

a) 3.9

Ô ×Ö ÙÖ Ù a bÕ Ø

Z Z E � ] F Z I ] JE Z �F ] Z ! !

IZ ! M !J] ! ! M

  ! ß

3 3

w w w w w w

3 3

/

/

para 3 œ "ßá ßR

b) 3.10” • a bM NN Z

  ! ß Z � ! ß � !w

/

c) ” •03

# w w w w3 3 3 33 3 3

w w

3

M � ÐL Z L � P ]L �L ] P Ñ P ]

] P Z  !

para 3.113 œ "ßá ß 6 a b

3.5.2 Obtenção dos controladores Nesta seção mostraremos que as soluções ótimas dos problemas 1 e 2apresentados na seção 3.5.1 levam aos controladores robustos que satisfazem àscondições (3.2), (3.3) e (3.4) da seção 3.4.

Vejamos a solução obtida para o .problema 1

Teorema 3.5.1

Suponha que o problema 1 tenha uma solução do tipo

[ œ[ [[ [” •" #

#

w$

e é definido por 3.5 ." a b Então as condições 3.2 3.3 e 3.4 da seção 3.4 são satisfeitas paraa b a b a bß

? 5 œ �OB 5a b a b

Page 37: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

37_____________________________________________________________________

onde

e .O œ [ [#w �"

"$2 œ "

Prova do teorema 3.5.1

A prova de (3.2) e (3.3) segue os mesmos passos que aqueles apresentados em[14], e por isto é apresentada no Apendice C. Vamos provar agora a condição 3.4 .a b Tomemos novamente o sistema 3.1 , com sua equação 1.a reescrita abaixo.a b a b B 5 � " œ EB 5 � F? 5 � NA 5a b a b a b a bcom

e .B ! œ ! ? 5 œ �OB 5a b a b a b Assim ? ! œ �OB ! œ !Þa b a b Calculemos então B " B "a b a bw B " œ EB ! � F? ! � NA ! œ NA !a b a b a b a b a blogo

B " œ A ! N Þa b a bw w w

Portanto

.B " B " œ NA ! A ! Na b a b a b a bw w w

Consideremos então um impulso na entrada.A 5 ß 5 œ !ß "ßáa b Logo, para um vetor unitário temos/

A 5 œ/ :+<+ 5 œ !! :+<+ 5 � !

a b œ Da equação c.1 , reescrita abaixo, segue quea b .a b a bE�FO [ E �FO �[ � NN Ÿ !" "

w w

Como e [ � ! NN � !"

w

temos

Page 38: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

38_____________________________________________________________________

a b a bE�FO [ E �FO   !"

w

e da própria expressão c.1 rearranjada, temos quea b [   E�FO [ E �FO � NN" "

w wa b a be podemos concluir que

[   E�FO [ E �FO" "

wa b a be .[   NN"

w

Sendo um vetor unitário e a partir da proposição 3.2.4 temos queA ! œ /a b B " B " œ NA ! A ! N œ N// N œ NN Ÿ [a b a b a b a bw w w w w w

"

e portanto

B " B " Ÿ [ Þa b a bw "

Suponhamos então que a propriedade anterior seja válida para qualquer5 œ !ß "ßá , ou seja

.B 5 B 5 Ÿ [a b a bw "

Tomemos novamente a equação 3.1.a ;a b .B 5 � " œ EB 5 � F? 5 � NA 5a b a b a b a b Como para o sistema é simplificado paraA 5 œ ! 5 � !a b , .B 5 � " œ EB 5 � F? 5 5 � !a b a b a b Substituindo na expressão anterior temos? 5 œ �OB 5a b a b B 5 � " œ EB 5 � FOB 5a b a b a b .œ E�FO B 5a b a b Calculando agora teremosB 5 � " B 5 � "a b a bw B 5 � " B 5 � " œ E�FO B 5 B 5 E �FOa b a b a b a b a b a bw w w

e como supomos inicialmente que , entãoB 5 B 5 Ÿ [a b a bw "

B 5 � " B 5 � " œ E�FO B 5 B 5 E �FO Ÿ E�FO [ E�FOa b a b a b a b a b a b a b a bw w w w

"

e ainda, como vimos anteriormente, para que a equação c.1 seja válida devemos tera b

Page 39: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

39_____________________________________________________________________

.a b a bE�FO [ E �FO Ÿ [" "

w

Logo, concluímos que e assimB 5 � " B 5 � " Ÿ [a b a bw "

para todo B 5 B 5 Ÿ [ 5 œ !ß "ßáa b a bw "

Tomemos agora a expressão

.B 5 [ B 5 B 5 [ B 5 œ B 5 [ B 5a b a b a b a b a ba b a bw w w

" " "

#-1 -1 -1

Como visto anteriormente

B 5 B 5 Ÿ [a b a bw "

logo, se substituirmos por teremos queB 5 B 5 [a b a bw "

B 5 [ B 5 B 5 [ B 5 Ÿ B 5 [ [ [ B 5a b a b a b a b a b a bw w w

" " " ""

-1 -1 -1 -1

œ B 5 [ B 5a b a bw

"

-1

e assim

a b a b a ba b a bB 5 [ B 5 Ÿ B 5 [ B 5w w

" "

#-1 -1

o que só poderá ocorrer caso

.B 5 [ B 5 Ÿ "a b a bw

"

-1

Com isso podemos garantir que

.B 5 − Bà B [ B Ÿ "a b e fw �"

"

Voltemos agora à expressão 3.8 . Desejamosa b max

5

˜ ™l la b a bL B 5 � P ? 5 Ÿ3 3

#03

#

Substituindo

com ?Ð5Ñ œ �OBÐ5Ñ O œ [ [#

w �"

"

temos

max5š ›l la b a bL �P [ [ B 5 Ÿ3 3 #

w

"

�" #

maxB 3 3 #

w

" "

�" w �"#š ›l la bL �P [ [ B àB [ B Ÿ "

Page 40: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

40_____________________________________________________________________

Fazendo agora a seguinte mudança de variável

~B œ [ B"

�"

#

teremos

maxB 3 3 #

w

" "

�" w �"#š ›l la bL �P [ [ B àB [ B Ÿ " œ

.~ ~ ~maxB 3 3" "#

w �#

w~œ �½ ½Š ‹L [ �P [ [ B àB B Ÿ "" "

# #

Pelo que foi exposto na proposição 3.2.5 podemos fazer

~ ~ ~maxB 3 3" "#

w �#

w~œ �½ ½Š ‹L [ �P [ [ B àB B Ÿ " œ" "

# #

-7+B 3 3 3 3" " " "# #

w w� �wŒ �Š ‹Š ‹L [ �P [ [ L [ �P [ [ œ

" " " "

# # # #

-7+B 3 3" " " "# 3 # 3

w � �w wŠ ‹Š ‹Š ‹L [ �P [ [ [ L �[ [ P œ

" " " "

# # # #

-7+B 3 3 3 3 #" 3 # 3 # 3 # 3

w w w w �" ww

"a bL [ L �P [ L �L [ P � P [ [ [ P

Novamente pela proposição 3.2.3 temos que

.[   [ [ [$ ##

w �"

"

Portanto se substituirmos por obteremos[ [ [ [#

w �"

" # $

-7+B 3 3 3 3 #" 3 # 3 # 3 # 3

w w w w �" ww

"a bL [ L �P [ L �L [ P � P [ [ [ P Ÿ

- 07+B 3 3 3 3 $" 3 # 3 # 3 3

w w w w #w

3a bL [ L �P [ L �L [ P � P [ P Ÿ ß 3 œ "ßá ß 6

provando a condição 3.4 .a b Vejamos agora a solução obtida para o .problema 2

Teorema 3.5.2

Suponha que

I I � !w

e que o problema 2 tenha uma solução em

.a b/ß Z ß ]

Page 41: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

41_____________________________________________________________________

Então as condições 3.2 3.3 e 3.4 da seção 3.4 são satisfeitas paraa b a b a bß

? 5 œ �OB 5a b a b

onde

e .O œ � ]Z <�"$

2 œ /

Prova do teorema 3.5.2 As provas de (3.2) e (3.3) seguem os passos dos resultados obtidos em [17], esão apresentadas no apendice C. Vejamos a seguir a prova da condição 3.4 .a b Da eq. c.2 podemos verificar que em particulara b

Z   E �FO Z E�FO�" �"wa b a b

e

Z  �" I�JO I�JOa b a bw

/

já que

Z   E �FO Z E�FO ��" �"w I�JO I�JOa b a b

a b a bw

/

e a b a bE �FO Z E�FO   !

w �"

e ainda

.a b a bI�JO I�JOw

/  !

Portanto pré-multiplicando por e pós-multiplicando por B 5 B 5a b a bw obtemos

.B 5 Z B 5   B 5 E �FO Z E�FO B 5a b a b a b a b a b a bw w w�" �"

Tomemos novamente a equação 3.1.a , reescrita abaixoa b

B 5 � " œ EB 5 � F? 5 � NA 5a b a b a b a bcom e B ! œ ! ? 5 œ �OB 5a b a b a be portanto

.? ! œ �OB ! œ !a b a b Consideremos então um impulso na entrada da seguinteA 5 ß 5 œ !ß "ßáa bforma:

Page 42: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

42_____________________________________________________________________

A 5 œ/ :+<+ 5 œ !! :+<+ 5 � !

a b œ Como para , temos5 � ! A 5 œ !a b B 5 � " œ EB 5 � F? 5 � NA 5 œ EB 5 � FOB 5a b a b a b a b a b a b œ EB 5 � FOB 5a b a b .œ E�FO B 5a b a b Logo, de

.B 5 Z B 5   B 5 E �FO Z E�FO B 5a b a b a b a b a b a bw w w�" �"

obtemos

B 5 E �FO Z E�FO B 5 œ B 5 � " Z B 5 � "a b a b a b a b a b a bw w w�" �"

Da equação 1.a obtemos, para a b 5 œ !

B " œ EB ! � F? ! � NA !a b a b a b a b .B " œ NA !a b a b Isto mostra que

" œ A ! A !   A ! N Z NA ! œ B " Z B "   B 5 Z B 5a b a b a b a b a b a b a b a bw w w ww �" �" �"

para todo . 5 œ !ß "ßá

Portanto

.B 5 − Bà B Z B Ÿ "a b e fw �"

Desejamos que

.max5 0˜ ™l la b a bL B 5 � P ? 5 Ÿ3 3

#

3

#0

Substituindo

com ?Ð5Ñ œ �OBÐ5Ñ O œ � ]Z �"

temos

max5 0š ›l la b a bL �P ]Z B 5 Ÿ3 3

�" #

maxB 3 3�" w �"#š ›l la bL �P ]Z B à B Z B Ÿ "

Page 43: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

43_____________________________________________________________________

Fazendo agora a seguinte mudança de variável

~B œ Z B�"

#

teremos

~ ~ ~maxB 3 3�" w

#

~œ �½ ½a bL �P ]Z Z B à B B Ÿ " œ"

#

.~ ~ ~maxB 3 3� w

#

~œ �½ ½Š ‹L Z � P ]Z B à B B Ÿ "" "

# #

Pelo que foi exposto na proposição 3.2.5 podemos fazer

~ ~ ~maxB 3 3� w

#

~œ �½ ½Š ‹L Z � P ]Z B à B B Ÿ " œ" "

# #

-7+B 3 3 3 3� �

wŒ �Š ‹Š ‹L Z � P ]Z L Z � P ]Z œ" " " "

# # # #

-7+B 3 3� w � w w

3 3Š ‹Š ‹Š ‹L Z � P ]Z Z L � Z ] P œ

" " " "

# # # #

. 3.12- 07+B 3 3 3 33 3 3 3

w w w w �" w w #

3a b a bL Z L � P ]L �L ] P � P ]Z ] P Ÿ

Note agora que a condição 3.11 é equivalente, pela de Schur,a b decomposiçãoa

03

# w w w w �" w w3 3 3 33 3 3 3

M � L Z L � P ]L �L ] P � P ]Z ] P   !a be portanto

L Z L � P ]L �L ] P � P ]Z ] P Ÿ M3 3 3 33 3 3 3

w w w w �" w w #

30

o que implica que

.- 07+B 3 3 3 33 3 3 3

w w w w �" w w #

3a bL Z L � P ]L �L ] P � P ]Z ] P Ÿ M

Este resultado juntamente com a eq. 3.12 mostra quea b l la b a bL B 5 � P ? 5 Ÿ3 3 30

para todo , provando a condição 3.4 .3 œ "ßá ß 6 a b

Page 44: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

44_____________________________________________________________________

3.6 Conclusões

Neste capítulo mostramos que a solução de problemas de controle ótimo denorma robusto com restrições podem ser resolvidos por algoritmos convexos com[#

base na teoria de LMI (Linear Matrix Inequalities), que tem como principalferramenta o teorema da decomposição de Schur. Apresentamos 2 algoritmos queresolvem o problema proposto, baseados em desigualdade linear de matrizes. Essesalgoritmos podem ser utilizados em MPC, conforme visto no capítulo 2.ç

Page 45: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

45_____________________________________________________________________

Capítulo 4Exemplos numéricos e simulações

4.1 Introdução

Neste capítulo descreveremos o sistema físico que iremos adotar paradesenvolvermos as equações em espaço de estados que serão utilizadas para assimulações utilizando as técnicas de MPC e de LMI. Para o problema LMI 1apresentado no capítulo 3 utilizaremos a notação LMI1, enquanto para o problemaLMI 2 do mesmo capítulo utilizaremos a notação LMI2. Adotaremos como sistema físico aquele estudado por Ying [24] e simulado porMorari [19] com a proposta de controlar as variáveis do tanque da injetora de umamáquina de fabricação de papel.

4.2 Sistema proposto

Abaixo apresentamos o desenho esquemático da máquina de papel ondequeremos controlar a composição e nível de líquido do tanque da injetora. O modelodo processo é representado por equações diferenciais ordinárias bilineares. Abaixo apresentamos o esquema da máquina de papel.

Utilizando a mesma nomenclatura dos textos sugeridos acima temos que osestados da planta são designados por onde é o nível doB œ L L R R ß Lw

" # " # "c dlíquido no tanque de alimentação, é o nível do líquido no tanque da injetora, éL R# "

Page 46: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

46_____________________________________________________________________

a consistência (porcentagem de polpa fibrosa em suspensão) no tanque dealimentação e é a consistência no tanque da injetora. Consideramos todos osR#

estados do sistema são mensuráveis, logo o vetor das saídas é dado porC œ L L R R Þ L Rw

" # " # # #c d O objetivo principal de controle é manter as saídas e a bC C# % e em níveis previamente estabelecidos. Existem duas variáveis manipuladasque são onde é a taxa de produto que vem do estoque e é a? œ K K K Kw

: A : Ac dtaxa de produto reciclado, ambos para o tanque de alimentação. Existem ainda duasperturbações, uma mensurável que é designada por e representa a@ œ Rc d:consistência de material vindo do estoque para o tanque de alimentação e uma nãomensurável que é que representa a consistência do produto reciclado que. œ Rc dAtambém entra no tanque de alimentação. Todas as variáveis estão normalizadas demodo que seus valores são zero na condição nominal de operação do sistema evariações em torno da situação nominal são sempre da mesma magnitude. Sabemostambém que o processo é estável em malha aberta.

4.3 Simulação do sistema linearizado em malha aberta

A representação em espaço de estados do sistema linearizado é apresentada aseguir. Vale lembrar que esta representação considera o sistema normalizado emtorno do ponto de operação ou seja , .B œ !ß ? œ !ß @ œ ! . œ !

œB œ EB �F?

C œ GB �H?

Þ

7 7 7

7 7 7

As matrizes e do sistema linearizado em tempo contínuo são asEß Fß G H

seguintes:

E œ

� "Þ*$ ! ! !

!Þ$*% � !Þ%#' ! !

! ! � !Þ'$ !

!Þ)# � !Þ()% !Þ%"$ � !Þ%#'

Ô ×Ö ÙÖ ÙÕ Ø

F œ

"Þ#(% "Þ#(% ! !! ! ! !

"Þ$% � !Þ'& !Þ#!$ !Þ%!'! ! ! !

Ô ×Ö ÙÖ ÙÕ Ø

e G œ H œ

" ! ! !! " ! !! ! " !! ! ! "

! ! ! !! ! ! !! ! ! !

Ô ×Ö ÙÖ ÙÕ Ø

Ô ×Õ Ø

Para simulação faremos a conversão do sistema de tempo contínuo para tempodiscreto, para tanto utilizaremos um perído de amostragem de . Este período#738de amostragem é suficiente uma vez que o tempo de resposta desejado do sistema emmalha fechada é da ordem de ."!738 As matrizes e do sistema em tempo discreto são as mesmas que em tempoG Hcontínuo, já as matrizes e em tempo discreto são as seguintes:E F

Page 47: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

47_____________________________________________________________________

E œ

!Þ!#"" ! ! !!Þ"!'# !Þ%#'' ! !! ! !Þ#)$( !

!Þ"!"# � !Þ'')) !Þ#)*$ !Þ%#''

Ô ×Ö ÙÖ ÙÕ Ø

F œ

!Þ'%'# !Þ'%'# ! !!Þ#)!! !Þ#)!! ! !"Þ&#$( � !Þ($*" !Þ#$!) !Þ%'"'!Þ**#* !Þ"&!( !Þ!)&* !Þ"(")

Ô ×Ö ÙÖ ÙÕ Ø

A seguir apresentamos as respostas do sistema em malha aberta. O arquivo doprograma utilizado para estas simulações é o do (vide [19])PAPMPC.M Matlabque pode ser visto no final do trabalho. Os gráficos seguintes representam as respostas do sistema em malha abertapara um degrau unitário em .?"

0 10 20 300

0.2

0.4

0.6

0.8u1 step response : y1

TIME0 10 20 30

0

0.2

0.4

0.6

0.8u1 step response : y2

TIME

0 10 20 300

0.5

1

1.5

2

2.5u1 step response : y3

TIME0 10 20 30

0

0.5

1

1.5

2

2.5u1 step response : y4

TIME

Na seqüência, temos os gráficos das respostas do sistema em malha aberta paraum degrau unitário em ? Þ#

Page 48: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

48_____________________________________________________________________

0 10 20 300

0.2

0.4

0.6

0.8u2 step response : y1

TIME0 10 20 30

0

0.2

0.4

0.6

0.8u2 step response : y2

TIME

0 10 20 30-1.5

-1

-0.5

0u2 step response : y3

TIME0 10 20 30

-1

-0.5

0

0.5u2 step response : y4

TIME

Pelas respostas aos degraus aplicados à u vemos que existe grande?" 2

interação entre as entradas e as saídas para o sistema em malha aberta portantoß ßajustando e teremos grande efeito sobre as saídas, principalmente sobre e? ? C" # #

C%.

4.4 Simulação do sistema não linear em malha fechada utilizando umcontrolador MPC

Vamos agora simular o sistema da máquina de papel (modelo bilinear)utilizando para fechar a malha um controlador MPC. O controlador será projetadoconsiderando-se o sistema linear nominal apresentado na seção 4.2. Para o modelobilinear real serão utilizadas matrizes e com uma variação superior de % emE F "&relação aos valores nominais de projeto, ou seja, E œ "Þ"&‡E ß</+6 897

F œ "Þ"&‡F E ß F</+6 897 897 897, onde são os valores apresentados na seção 4.3. Para o projeto do controlador MPC, consideramos os seguintes parâmetros:

ñ "! #!738à Horizonte de predição de períodos de amostragem ou seja ñ $ '738à Horizonte de controle de períodos de amostragem ou seja ñ C C C C Penalização unitária em e e nenhuma penalização em e , quanto ao# % " $

acompanhamento de setpointàñ !Þ' ? ? Penalização de em e ;" #

ñ ? � "!!! "!!! Limites inferior e superior de em e ( na prática é como se nãohouvesse limite para ) e taxa máxima de variação de ;? "ñ C Nenhuma restrição em ;

Page 49: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

49_____________________________________________________________________

ñ Perturbação mensurável nula;ñ Estimador do tipo Kalman;ñ C œ ! C œ " C œ ! C œ � " Setpoints das saídas dados por , , e ;" # $ %

ñ Ruído branco gaussiano aplicado na entrada do controlador e na entrada da planta,com variância de .!Þ" O arquivo do programa utilizado para estas simulações é o doPAPMPC2.MMatlab que pode ser visto no final do trabalho. A seguir apresentamos os gráficos das respostas e , bem como as variáveisC C# %

de controle do sistema para esta situação:

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50-2

-1

0

1

2Outputs

Time

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50-1

0

1

2

3Manipulated Variables

Time

Apresentamos a seguir os ruídos que foram introduzidos no controle e na saídado sistema. Vale lembrar que ambos são ruídos brancos gaussianos de variância .!Þ"

Page 50: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

50_____________________________________________________________________

Distúrbio na saída

0 5 10 15 20 25-0.3

-0.2

-0.1

0

0.1

0.2

0.3

Distúrbio no controle

0 5 1 0 1 5 2 0 2 5- 0 . 3

- 0 . 2

- 0 . 1

0

0 . 1

0 . 2

0 . 3

4.5 Simulação do sistema não linear em malha fechada utilizando umcontrolador LMI1

Apresentamos nesta seção os resultados correspondentes às simulações domodelo visto na seção 4.4, utilizando agora o controlador LMI1. Inicialmentedescrevemos o modelo em espaço de estados, na formulação adequada para MPC(vide equações 2.5 e 2.6), que utilizaremos para a obtenção do controlador LMI1.Note que neste caso a matriz de (2.5) é zero, pois temos apenas resposta aoJdegrau. Desta forma, temos que a equação dinâmica de interesse é

” • ” •” • ” •a b a ba b a b a b a b? ?

?B 5 � " E ! B 5 F/ 5 � " GE M / 5 GF

œ � 5 � NA 5?

onde

/ 5 œ �C Ð5ÑC Ð5Ñ

a b ” • ” •# #

% %

<<

e , é o degrau que se deseja seguir. O nosso funcional é:< 3 œ #ß %ß3

Page 51: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

51_____________________________________________________________________

N œ ? 5 V ? 5 � /! !! U /

!Œ �a b a b c d” •” •kœ!

_w

? ? ??

B 5 5B 55

a b a b a ba bw w

œ DÐ5Ñ!ˆ ‰l lkœ!

_#

com

, V œ U œ!Þ' ! " !! !Þ' ! "” • ” •

D 5 œ I � J ? 5B 5/ 5

a b a b” •a ba b

??

, I œ J œ

! ! ! ! ! !! ! ! ! ! !! ! ! ! ! !! ! ! ! ! !! ! ! ! " !! ! ! ! ! "! ! ! ! ! ! !Þ'! ! ! ! ! !

! !! !! !! !! !! !

Ô ×Ö ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÕ Ø

Ô ×Ö ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÕ ØÈ !

! !Þ'È

e

N œ

" ! ! ! ! !! " ! ! ! !! ! " ! ! !! ! ! " ! !! ! ! ! " !! ! ! ! ! "

Ô ×Ö ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÕ Ø

Portanto as matrizes do nosso sistema, para as variáveis e são:? ?B 5 ß 5 /Ð5Ña b a b?

E œ ” •Ô ×Ö ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÕ Ø

E ! ! ! !Þ#)$( ! ! !GE M !Þ"!"# � !Þ'')) !Þ#)*$ !Þ%#'' ! !

œ

!Þ!#"" ! ! ! ! !!Þ"!'# !Þ%#'' ! ! ! !

!Þ"!'# !Þ%#'' ! ! "Þ! !!Þ"!"# � !Þ'')) !Þ#)*$ !Þ%#'' ! "Þ!

Page 52: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

52_____________________________________________________________________

F œ œF "Þ&#$( � !Þ($*"GF !Þ!!#* !Þ"&!(

!Þ'%'# !Þ'%'#!Þ#)!! !Þ#)!!

!Þ#)!! !Þ#)!!!Þ**#* !Þ"&!(

” •Ô ×Ö ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÖ ÙÕ Ø

Para as restrições, temos

P œ ß P œ ! ß œ œ "ß L œ L œ !Þ" ! "" # " # " #c d c d 0 0

Consideramos incertezas em Eß F do tipo politópica, conforme visto nassubseções 2.5.1 e 3.3, sendo 2 (número de modelos do sistema), onde paraR œ

3 œ " Eß F (vide equação (3.6)) teremos os valores nominais de conforme acima, epara consideramos um aumento de % nos seus valores nominais.3 œ #ß "& Reescrevemos a seguir o problema LMI1 proposto no capítulo 3 (item 3.5.1)utilizando o modelo em espaço de estados anterior. Queremos uma solução em do[tipo

[ œ[ [[ [” •" #

#

w$

para o problema de

" œ 738 >< [I ! I !! J ! J� Ÿ” • ” •w

w

sujeito às seguintes condições:

a) E E E E3 " 3 3 3 # 3 $ "3 3 3

w

#

w ww w

[ �F [ � [ F �F [ F �[ � NN Ÿ ! ß para 3 œ "ß #Þ

b) ” •[ [

[ [  ! ß [ � !" #

#

w$

"

c) ˜ ™L [ L �P [ L �L [ P � P [ P Ÿ M ß3 " 3 3 # 3 $3 # 3 3 3

w w w w w #

30

para .3 œ "ß # Com a solução em deste problema podemos encontrar a matriz de[realimentação de estados tal queO

.O œ [ [#

w �"

"

Para obtenção da matriz e de utilizamos o programa doO " PAPLMI1.MMatlab e para a obtenção dos gráficos da simulação utilizamos o programaSIPAPER5.M Simulink do , que podem ser vistos no final do trabalho. Obtivemos a seguinte solução para o problema LMI1:

O œ!Þ!&'# � !Þ%*#$ !Þ#"$$ !Þ#)$( !Þ!*%' !Þ&')&!Þ!)"% !Þ&$#! � !Þ!(&# � !Þ!)$% !Þ%*&# � !Þ"!)(” •

" œ 'Þ!%%)

e os seguintes gráficos para a saída e o controle da planta:

Page 53: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

53_____________________________________________________________________

Saída

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50-2.5

-2

-1.5

-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

Time (second)

Controle

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50-3

-2

-1

0

1

2

3

Time (second)

Page 54: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

54_____________________________________________________________________

4.6 Simulação do sistema não linear em malha fechada utilizando umcontrolador LMI2

Apresentamos nesta seção os resultados correspondentes às simulações domodelo visto na seção 4.4 utilizando-se o controlador LMI2. O modelo consideradoé o mesmo que visto na seção 4.5. Reescrevemos a seguir o problema LMI2 proposto no capítulo 3 (item 3.5.1)utilizando o modelo em espaço de estados, com incertezas e restrições, conforme aseção anterior . Queremos uma solução em para o problema dea b/ß Z ß ]

738a b/sujeito às seguintes condições:

a) para

Ô ×Ö ÙÖ ÙÖ ÙÕ Ø

Z Z � ] Z I ] J

Z � ] Z ! !IZ ! M !J] ! ! M

  ! ß 3 œ "ß #Þ

E F

E F3 3

ww w w w

w

3 3

/

/

b) ” •M NN Z

  ! ß Z � ! ß � !w

/

c) para ” •03

# w w w w3 3 3 33 3 3

w w

3

M � ÐL Z L � P ]L �L ] P Ñ P ]

] P Z  ! 3 œ "ß #Þ

Para obtenção da matriz e de utilizamos o programa doO / PAPDUAL.MMatlab e para a obtenção dos gráficos da simulação utilizamos o programaSIPAPER5.M Simulink do , que podem ser vistos no final do trabalho. Obtivemos a seguinte solução para o problema LMI2:

O œ� !Þ!!)" � !Þ%)$( !Þ"%#" !Þ"(*# � !Þ!$(( !Þ#'#$!Þ!&*% !Þ&'&' � !Þ"!!" � !Þ"$!* !Þ(#)# � !Þ$#(%” •

/ œ $Þ%&(*

e os seguintes gráficos para a saída e o controle da planta:

Page 55: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

55_____________________________________________________________________

Saída

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50-2.5

-2

-1.5

-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

Time (second)

Controle

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50-3

-2

-1

0

1

2

3

Time (second)

Page 56: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

56_____________________________________________________________________

4.7 Conclusões

Neste capítulo apresentamos na seção 4.3 uma série de gráficos e simulaçõespara o sistema físico de uma máquina de papel. Sabemos que o sistema é estável emmalha aberta o que pode ser verificado pelos gráficos preliminares apresentados noinício do capítulo, para o sistema sem nenhum controle. A seguir projetamos umcontrolador MPC para o sistema. Para as simulações da planta real, consideramosruídos no controle e na saída do sistema, bem como incertezas no valor nominal dosparâmetros. Para o modelo real, consideramos os parâmetros % acima dos valores"&nominais. Os gráficos das simulações para o controlador MPC foram apresentados naseção 4.4. Na seção 4.5 projetamos um controlador LMI para o problema 1apresentado na seção 3.5.1, e realizamos as simulações nas mesmas condições deruído e incertezas adotadas no caso do controlador MPC. Também para esse casoapresentamos os respectivos gráficos das simulações realizadas. Na seção 4.6projetamos um controlador LMI para o problema 2 também apresentado na seção3.5.1, e realizamos as simulações nas mesmas condições de ruído e incertezas docontrolador MPC e do controlador LMI1. Os gráficos das simulações realizadastambém foram apresentados nesta seção. Cabe ressaltar que os problemas LMI1 e LMI2, com restrições e incertezas,podem dar resultados diferentes, conforme verificamos nas seções 4.5 e 4.6. Deantemão, não podemos afirmar nada com relação ao desempenho de cadacontrolador. Vimos pelos exemplos que o problema LMI2 apresentou resultadossemelhantes àqueles obtidos utilizando MPC. Vimos também que o problema LMI1teve um comportamento pior que o LMI2 no que se refere ao tempo de estabilizaçãodas saídas, ou seja, o sistema demorou mais tempo para atingir o valor de referência. No caso sem restrições e sem incertezas temos que os dois problemas devemapresentar a mesma solução, que deve ser a mesma obtida pela equação de Riccati.Realmente, para o problema estudado neste capítulo, obtivemos para o problemaLMI1 sem restrições e incertezas a seguinte solução:

O œ!Þ!&'$ � !Þ&#)# !Þ##&% !Þ#*)& !Þ!'$& !Þ&*"'!Þ"$%" !Þ)%*) � !Þ""&& � !Þ"#'! !Þ))(( � !Þ"'!!PQM" ” •

enquanto que o problema LMI2, nas mesmas condições, forneceu a seguinte solução:

O œ!Þ!&)" � !Þ&$!$ !Þ##'* !Þ$!#$ !Þ!'(" !Þ&*)!!Þ"$%* !Þ)%*' � !Þ""%) � !Þ"#%( !Þ))*# � !Þ"&')PQM# ” •.

Estas soluções podem ser consideradas numericamente iguais para os nossosproblemas.

Page 57: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

57_____________________________________________________________________

Capítulo 5Considerações finais

5.1 Comentários e conclusões

O interesse maior deste trabalho foi o desenvolvimento de dois algoritmos,utilizando a técnica de LMI, para a resolução de um problema de controle ótimoquadrático robusto com restrições, dentro de um contexto de controladorespreditivos. Nos capítulos 1 e 2 apresentamos uma introdução ao controle preditivoe as ferramentas matemáticas necessárias para a formulação e resolução dessa classede problemas. No capítulo 3 formulamos o problema de controle ótimo quadráticocom restrições e incertezas, em uma abordagem de modelos preditívos, como doisproblemas de LMI's e obtivemos portanto algoritmos para sua solução. No capítulo 4apresentamos um sistema físico, chamado de "Máquina de papel", para o qualrealizamos simulações numéricas, utilizando os controladores MPC, em sua formausual, e as abordagens via LMI, com os algoritmos do capítulo 3. Para tal, utilizamoso e o . As condições para as simulações dos 3 controladores foramMatlab Simulinkas mesmas, ou seja, as matrizes do modelo real % superiores às do modelo"&nominal, introdução de ruídos na saída e no controle. Os problemas LMI1 e LMI2,com restrições e incertezas, apresentaram resultados diferentes, conforme verificamosnas seções 4.5 e 4.6. Deve-se ressaltar que, em geral, não é possível prever deantemão o desempenho de cada controlador. O problema LMI2 apresentouresultados semelhantes àqueles obtidos para o controlador MPC, com relação aotempo de estabilização nos valores de referência, e rejeição dos ruídos. Vimostambém que o problema LMI1 teve um comportamento pior que o LMI2 no que serefere ao tempo de estabilização das saídas, ou seja, o sistema demorou mais tempopara estabilizar nos valores de referência. Porém apresentou praticamente a mesmaresposta no que se refere à rejeição de ruídos. No caso sem restrições e sem incertezas, vimos que os dois problemasapresentaram a mesma solução, que deve ser a mesma obtida pela equação deRiccati, ou seja, as matrizes de realimentação e são praticamenteO OPQM" PQM#

iguais. No estudo comparativo entre a solução dos problemas utilizando as técnicas deMPC e LMI podemos ressaltar os seguintes aspectos:

1. A solução do problema utilizando LMI demanda maior esforço computacional queo problema de otimização quadrática com restrições usado pelo MPC. Entretantoesses cálculos são realizados offline, ou seja, apenas uma vez, enquanto nocontrolador MPC, a cada instante de tempo, esses cálculos devem ser refeitos, devidoao fato do problema apresentar restrições. Assim, para o controlador LMI, sabemosde antemão qual a realimentação de controle a ser aplicada, sendo conveniente emprocessos que não permitem cálculos online para a determinação da lei de controle.Neste caso a cada passo o controlador não precisa calcular uma nova solução paraum problema de otimização quadrática com restrições, como é feito pelo controlador

Page 58: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

58_____________________________________________________________________

MPC. O controlador LMI pode ser utilizado para sistemas com dinâmica mais rápida,onde o controlador MPC talvez não seja tão eficiente.

2. O controlador LMI permite calcular soluções estabilizadoras para sistemas queapresentam incertezas nos parâmetros.

3. Para o controlador LMI devemos admitir conhecidos os estados do sistema o quenão é necessário para o controlador MPC já que este pode ser resolvido utilizando-seum estimador de estados.

Como perspectiva para estudos futuros fica a evolução deste trabalho paracontroladores LMI sem a premissa dos estados serem conhecidos, ou seja, apossibilidade de utilizarmos estimadores de estados como no caso MPC.

Page 59: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

59_____________________________________________________________________

Apêndice APropriedade convexa de matrizesInicialmente recordamos a definição de conjuntos convexos.

ñ Definição : Conjunto convexo

O conjunto é convexo se para quaisquer o pontoH H© d U ßU −7‚7" #

U œ U � " � U − − !ß "! ! H !" #a b c d para todo .

Considerando pontos com , então a definição pode ser estendida daR R � #seguinte maneira

U − ß 3 œ "ß #ßá ßRi H

e a convexidade de implica queH

U œ U −!3œ"

R

3 3! H

para todos os escalares de tal forma que!3ß 3 œ "ß #ßá ßR

! !3 3

3œ"

R

  !ß œ "! ç

Apresentamos agora a prova da proposição 3.2.2.

Prova da proposição 3.2.2

Como é convexo, ec d c d! !E F E Fœ ß œ "ß   ! ß3œ" 3œ"

R R

3 3 33 3! ! !

utilizando a notação abaixo façamos:ß

e U œ U œE F E F! ! ! !3

3 3” • ” •ñ 3 œ # Para

U œ U � Ð" � ÑU! !" #

Aplicando uma propriedade do conjunto convexo podemos escrever: e f e f! ! ! ! ! !U � Ð" � ÑU [ U � Ð" � ÑU Ÿ U [U � Ð" � ÑU [U" # " # " #

w

" #

w w

ñ 3 œ R Para

Page 60: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

60_____________________________________________________________________

U œ U � U � U � á � U! ! ! !" " # $ $ R R2

Aplicando a mesma propriedade do conjunto convexo podemosescrever: e f e f! ! ! ! ! !1 1U � U �á � U [ U � U �á � U Ÿ" # # R R " # # R R

w

! ! !" " # # R R" # R

w w wU [U � U [U �á � U [Uç

Page 61: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

61_____________________________________________________________________

Apêndice BDecomposição de Schur

Prova da proposição 3.2.3

Pela decomposição de Schur temos que se

, com (b.1)

[ œ   ! [ � ![ [[ [” •" #

#

w$

"

se, e somente se

. (b.2)[   [ [ [$#

w �"

" #

Para provar a decomposição acima façamos com b.1 a seguinte operação:a b .c d” • ” •B C

[ [ B[ [ C

  !‡ ‡ " #

#

w$

Efetuando a operação acima e prosseguindo com algumas manipulaçõesalgébricas teremos:

B [ B � B [ C � C [ B � C [ C œ‡ ‡ ‡ w ‡" # $#

B [ �[ [ [ B� B [ [ [ B�‡ �" ‡ �" w" # # #$ $ #

‡a b B [ [ [ C� C [ [ [ B� C [ C œ‡ �" ‡ �" ‡

# $ $ # $$ $

b.3B [ �[ [ [ B� C �[ [ B [ C �[ [ B‡ �" �" �"" # # # $$ $ $ #

a b a b a b a bw

Vamos provar que se [ � !

então .[ �[ [ [   !" # $

�"

#

w

Se então[ � !

, c d ” • ” •B C [   ! a Á !B BC C

‡ ‡

Assim voltando a expressão b.3 , temos a b B [ �[ [ [ B� C �[ [ B [ C �[ [ B   !‡ �" �" �"

" # # $$ $ $# #a b a b a bw

Page 62: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

62_____________________________________________________________________

Como a expressão acima é válida quaisquer que sejam e diferentes de zero,B Centão, em particular, ela também é válida no caso em que

.C œ �[ [ B$

�"#

Substituindo este valor de em b.3 temosC a b B [ �[ [ [ B�‡ �"

" # #$a b

a b a b�[ [ B�[ [ B [ �[ [ B�[ [ B   !$ $ $ $

�" �" �" �"# $ ## #

w

e que simplificando fica

, .B [ �[ [ [ B   ! a B‡ �"" # #$

a b Logo

.[ �[ [ [   !" # #$

�"

Vamos fazer agora a prova no sentido contrário, ou seja, se

.[ �[ [ [   !" # #$

�"

então .[   !

Voltando ao que fizemos na prova anterior

c d” • ” •B C[ [ B[ [ C

œ‡ ‡ " #

#

w$

B [ �[ [ [ B�‡ �"" # #$

a b , .a b a b ” •C �[ [ B [ C �[ [ B   ! a

BC$ $

�" �"

# #$

w

Assim

c d” • ” •B C[ [ B[ [ C

  !‡ ‡ " #

#

w$

somente se [   !

ou seja

” •[ [[ [

  !" #

#

w$

ç

Page 63: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

63_____________________________________________________________________

Apêndice CComplemento das provas dos teoremas

Complemento da prova do teorema 3.5.1 - condições (3.2) e (3.3)

Vamos admitir o par para algum 0 , onde, porÒ EF Ó œ ÒE F Ó  !3œ"

R

3 3 3! !i

hipótese Podemos então reescrever a equação 3.6 da seguinte forma! a b3œ"

R

3! œ "Þ

.E[ E �F[ E�E[ F �F[ F �[ � NN Ÿ !" # $ "w w w w w

#

Como

[ œ[ [[ [” •" #

#

w$

é solução do problema, e pela equação 3.7a b

” •[ [

[ [  !" #

#

w$

podemos então reescrever a expressão anterior na forma seguinte

.c dœ � œ �” •! !” • ” •M !E � F E ! M! ! � F ! !

[ �[ � NN Ÿ !3œ" 3œ"

R R

3 3 "

3 3 3

w

3

ww

! !

Utilizando a propriedade convexa de matrizes exposta na proposição 3.2.2temos que

c dœ � œ �” •! !” • ” •M !E � F E ! M! ! � F ! !

[ �[ � NN3œ" 3œ"

R R

3 3 "

3 3 3

w

3

ww

! !

Ÿ [ �[ � NNM !E �F E ! M! ! � F ! !

! c d” • ” •” •3œ"

R

3 "

3 3 3

w

3

ww

!

Substituindo e efetuando-se as multiplicações chegamos a[

! c d” •” •” •” •3œ"

R

3 "

3 3 " #

# 3

w w$

3

w

w! M !

E � F [ [ E ! M! ! [ [ �F ! !

�[ � NN œ

! c d” •” •3œ"

R

3 "

" 3 # 3 # 3 $3 3 3 3 w

w w w ww

! M !E [ E �F [ E �E [ F �F [ F !

! !

M!

�[ � NN œ3

Page 64: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

64_____________________________________________________________________

!3œ"

R

3 " 3 3 # 3 $ "3 # 3 3 3

w w w w w w! ÐE [ E �F [ E �E [ F �F [ F Ñ �[ � NN Ÿ !

3

Note que é indiferente colocarmos os termos ( dentro ou fora da�[ � NN Ñ"w

somatória já que

!3œ"

R

3 " "w w

! Ð �[ � NN Ñ œ �[ � NN

pois

!3œ"

R

3! œ " Þ

Para uniformizar a notação vamos colocá-los dentro dos parenteses, e assimficamos com

) .!3œ"

R

3 " 3 3 # 3 $ "3 # 3 3 3

w w w w w w! ÐE [ E �F [ E �E [ F �F [ F �[ � NN Ÿ !

3

Como está exposto na proposição 3.2.3 que trata da decomposição de Schur,temos que

.[   [ [ [$ ##

w �"

"

Se na somatória anterior substituirmos pelo seu valor mínimo que é[$

[ [ [#

w �"

" #, garantimos ainda a validade da expressão. Vejamos então o resultadoobtido:

)!3œ"

R

3 " 3 3 # 3 $ "3 # 3 3 3

w w w w w w! ÐE [ E �F [ E �E [ F �F [ F �[ � NN œ

3

) .!3œ"

R

3 " 3 3 # 3 "3 # 3 3 3

w w w w w w! ÐE [ E �F [ E �E [ F �F F �[ � NN Ÿ !

3[ [ [

#

w �"

" #

somatória e agrupando osSendo resolvendo a c d c d!E F E Fœ ß3œ"

R

3 3 3!

termos comuns temos

E[ E �F[ E �E[ F �F F �[ � NN œ" # "w w w w w w

#[ [ [

#

w �"

" #

E [ E � [ F �F [ E �[ [ [ F �[ � NN Ÿ !a b a b" # # "w w w w w �" w w

# # "

Queremos mostrar que O œ [ [

#

w �"

"

resolve o nosso problema.

Page 65: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

65_____________________________________________________________________

Com base nesta solução proposta de faremos as seguintes substituições naOexpressão obtida

, [ œ O[ [ œ [ O# "

w w w" #

chegando a

E [ E � [ F �F [ E �[ [ [ F �[ � NN œa b a b" # # "w w w w w �" w w

# # "

E [ E � [ F �F O[ E �O[ F �[ � NN œa b a b" # " # "w w w w w

E [ E � [ F �FO [" E �[ F �[ � NN œa b a b" # # "w w w w w w

a ba bE�FO [ E �[ F �[ � NN œ" # "w w w

a ba bE�FO [ E �[ O F �[ � NN Ÿ !" "w w w w w

"

Como segue [ œ [" "

w

a ba bE�FO [ E �[ O F �[ � NN œ" " "w w w w

a b a bE�FO [ E � O F �[ � NN œ" "w w w w

. c.1a b a b a bE�FO [ E �FO �[ � NN Ÿ !" "

w w

Assim, a desigualdade de Lyapunov acima, como vista na proposição 3.2.6, mostra que estabiliza (lembrando que e ). Isto prova aO EßF [ � ! NN � !a b "

w

condição 3.2 .a b Como é estável, existe uma solução única para o gramiano dea bE�FOcontrolabilidade

.a b a bE�FO P E�FO �P � NN œ !- -

w w

Mais ainda, temos que da equação c.1 . Da proposição 3.2.1P œ [- " a b l l a ba b a bK œ >< I � JO P I � JO ŸO -

w

22

>< I � JO [ I � JO œa ba b a b"

w

>< I[ I � JO[ O J œa b" "w w w

>< I[ I � J[ [ [ O J œa b" #w w �" w w

# "

>< [ œI ! I !! J ! JŒ �” • ” •w

w"

provando a condição 3.3 .a b

Page 66: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

66_____________________________________________________________________

Complemento da prova do teorema 3.5.2 - condições (3.2) e (3.3)

Vamos admitir o par para algum 0 , onde, porÒ EF Ó œ ÒE F Ó  !3œ"

R

3 3 3! !i

hipótese Podemos então reescrever a equação 3.9 da seguinte forma! a b3œ"

R

3! œ "Þ

!3œ"

R

3!

Ô ×Ö ÙÖ ÙÕ Ø

Z Z E � ] F Z I ] JE Z �F ] Z ! !

IZ ! M !J] ! ! M

œ

3 3

w w w w w w

3 3

/

/

Ô ×Ö ÙÖ ÙÕ Ø

Z Z E � ] F Z I ] JEZ �F] Z ! !

IZ ! M !J] ! ! M

  !

w w w w w w

/

/

e da proposição 3.2.3 temosß

.Z   Z E � ] F Z EZ �F] � �a b a bw w w �" Z I IZ ] J J]w w w

/ /

Sendo O œ � ]Z �"

solução do nosso problema, então

.] œ �OZ

Substituindo na inequação anterior e como , temos] Z œ Z w

Z   Z E � Z O F Z EZ �FOZ �a b a bw w w �" Z I IZ Z O J JOZa bw w w + /

Prosseguindo com as algumas manipulações algébricas teremos

Z   Z E �O F Z E�FO Z �a b a bw w w �" Z I I O J JO Za bw w w + /

  Z E �FO Z E�FO Z �a b a bw �" Z I I O J JO Za bw w w +/

.  Z E �FO Z E�FO � Z’ “a b a bw �" I I O J JOa bw w w + /

Como admitimos, por hipótese, que

I J œ !w

então o numerador do último termo da inequação pode ser rearranjado como

Page 67: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

67_____________________________________________________________________

+ a b a b a bI I O J JO œ I � JO I � JOw w w w

pois a b a b a ba bI � JO I � JO œ I �O J I � JO œ

w w w w

I I �I JO �O J I �O J JOw w w w w w

e como entãoI J œ !w

.I I �I JO �O J I �O J JO œ I I �O J JOw w w w w w w w w

Logo, a inequação fica

.Z   Z E �FO Z E�FO � Z’ “a b a bw �" I�JO I�JOa b a bw

/

Finalizando, pré e pós-multiplicamos a expressão acima por , ficando comZ �"

Z Z Z   Z Z E �FO Z E�FO � Z Z�" �" �" �" �"w I�JO I�JO’ “a b a b a b a bw

/

c.2Z   E �FO Z E�FO ��" �"w I�JO I�JOa b a b a ba b a bw

/

Assim, a desigualdade de Lyapunov acima, como vista na proposição 3.2.6, juntamente com a hipótese de que mostra que estabiliza provandoI I � ! O EßFw a ba condição 3 2 .a bÞ Da condição 3.10 reescrita abaixoa b , , ” •M N

N Z  ! Z � !

w

/ � !

obtemos a seguinte decomposição de Schur :

.M   N Z Nw �"

Da proposição 3.2.1 temos que

l lK Ÿ ŸO #

#/ / />< N Z N >< M œ <a b a bw �"

provando a condição 3.3 .a b

Page 68: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

68_____________________________________________________________________

Apêndice DProgramas desenvolvidos

PAPMPC.M% Renato Casali Barão 16.10.97% Simulação do problema da máquina de papel% em malha aberta usando MPC (sem controle)

clcclear

% Matrizes do sistema em tempo contínuoA=[-1.93 0 0 0; .394 -.426 0 0; 0 0 -.63 0; .82 -.784 .413 -.426];B=[1.274 1.274 0 0;0 0 0 0;1.34 -.65 .203 .406;0 0 0 0];C=eye(4);D=zeros(4,4);

% Discretização do modelodt=2;[PHI,GAM]=c2dmp(A,B,dt);minfo=[dt,4,2,1,1,4,0];imod=ss2mod(PHI,GAM,C,D,minfo);

% Gráficos da resposta ao degrau do sistema especificadoplotstep(mod2step(imod,30))

Page 69: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

69_____________________________________________________________________

PAPMPC2.M

% Renato Casali Barão 16.10.97% Simulação do problema da máquina de papel% usando controle MPC

clcclear all

% Matrizes do sistema em tempo contínuoA=[-1.93 0 0 0; .394 -.426 0 0; 0 0 -.63 0; .82 -.784 .413 -.426];B=[1.274 1.274 0 0;0 0 0 0;1.34 -.65 .203 .406;0 0 0 0];C=eye(4);D=zeros(4,4);

% Discretização do modelodt=2;[PHI,GAM]=c2dmp(A,B,dt);minfo=[dt,4,2,1,1,4,0];imod=ss2mod(PHI,GAM,C,D,minfo);

% Definição dos parâmetros do controlador

% Horizonte de prediçãoP=10;

% Horizonte de controleM=3;

% Penalização igual em y2 e y4 e nenhuma penalização em y1 ey3ywt=[0,1,0,1];

% Penalização igual para u1 e u2 uwt=0.6*[1 1];

% Os valores -1000 e 1000 para restrição em u representam na% prática nenhuma restriçãoulim=[-1000*[1 1] 1000*[1 1] 1*[1 1]]; % Nenhuma restrição em y ylim=[];

% Projeto do estimadorQ=30;R=1*diag([1 1 1 1]);Kest=smpcest(imod,Q,R);

% Simulação usando modelo não linear para controle das saíday2 e y4

% Programa auxiliar para simulação não linearpmod='papmach3';

% Setpoint em y2setpts=[0 1 0 -1];

Page 70: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

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% Tempo de simulaçãotend=50;

% Ruído gaussiano mensurável na saída da plantarandn('seed',23341);z1=0.1*randn(25,1);randn('seed',33345);z2=0.1*randn(25,1);randn('seed',65443);z3=0.1*randn(25,1);randn('seed',35667);z4=0.1*randn(25,1);z=[z1 z2 z3 z4];

% Nenhum distúrbio mensurávelv=[]; % Distúrbio gaussiano não mensurável na entrada da plantarandn('seed',23341);d=0.1*randn(25,1);

% Nenhum distúrbio não mensurável nas entradas nas variáveismanipuladasdu=[]; % Estado inicial da planta não linearx0=zeros(4,1);

% Estado inicial das variáveis manipuladasu0=zeros(2,1);

% Intervalo de integração numéricastepsize=0.05;

% Ignorar as mensagens seguintes devido à simulação nãolinear

[y,u,ym,x]=scmpcnl(pmod,imod,ywt,uwt,M,P,tend, ... setpts,ulim,ylim,Kest,z,v, ... d,du,x0,u0,stepsize);

y24=[y(:,2) y(:,4)];y13=[y(:,1) y(:,3)];

plotall(y24,u,dt)

pausefigureplotall(y13,u,dt)

Page 71: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

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PAPMACH3.M

function [sys,x0,xstr]=papmach2(t,x,u,flag)

% SIMULAB representation of the paper machine processdescribed% by Ying, Rao, and Sun, Chem. Eng. Communications, 1992.(See% also, Proceedings of American Control Conference, SanDiego,% pp 1917, 1990). The model is bilinear. Using nomenclaturein% the paper, process variables are:%% Manipulated variables: Gp, Gw% Measured disturbance: Np% Unmeasured disturbance: Nw% Measured outputs: H1, H2, N1, N2% States: H1, H2, N1, N2%% Accepts standard SIMULAB inputs for a system model.% The initial state is zero. The model expects the inputvector (u)% to contain [Gp, Gw, Np, Nw] (in that order). The outputswill be% H1, H2, N1, N2 (in that order).

% Copyright by N. L. Ricker, December, 1991.% $Revision: 1.1 $ $Date: 1994/05/09 15:45:55 $

% Initialization

if nargin == 0 flag=0;end

if flag == 0

x0=zeros(4,1); sys=[4 0 4 4 0 0]; xstr=['H1';'H2';'N1';'N2'];

% state update if ABS(FLAG) == 1

elseif abs(flag) == 1

A0=1.15*[-1.93 0 0 0; .394 -.426 0 0; 0 0 -.63 0; .82 -.784 .413 -.426]; B0=1.15*[1.274 1.274;0 0;1.34 -.65;0 0]; U=u(1:2,1); % Manipulated variables W=u(3:4,1); % Measured and unmeasured disturbanceinputs.

sys=A0*x+B0*U; sys(3)=sys(3)-.327*x(3)*sum(U)+[.203 .406]*W;

% Output update if FLAG == 3.

Page 72: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

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elseif flag == 3

iy=[1,2,3,4]; % Picks out correct states to use as outputvariables. sys=x(iy,1);

% For all other FLAG values, return an empty matrix.

else sys=[];end

Page 73: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

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PAPLMI1.M

% Renato Casali Barão 07.09.97% Simulação da máquina de papel% Determinação do ganho K usando LMI% para o exemplo 1 da tese

clearclc

% Matrizes linearizadas da máquina de papel em tempo contínuoA=[-1.93 0 0 0; 0.394 -0.426 0 0; 0 0 -0.63 0; 0.82 -0.7840.413 -0.426];B=[1.274 1.274;0 0;1.34 -0.65;0 0];C=[0 1 0 0; 0 0 0 1];D=zeros(2,4);

% Discretização das matrizes

% Tempo de amostragemdt=2;

% Conversão de tempo contínuo para discreto[PHI,GAM]=c2dmp(A,B,dt);

A1=[PHI zeros(4,2); C*PHI eye(2)];B1=[GAM; C*GAM];R1=[0.6 0; 0 0.6];Q1=[zeros(4,6);0 0 0 0 1 0; 0 0 0 0 0 1];C1=[sqrtm(Q1); zeros(2,6)];D1=[zeros(6,2); sqrtm(R1)];J1=eye(6);

setlmis([]);

W1=lmivar(1,[6,1]);W2=lmivar(2,[6,2]);W3=lmivar(1,[2,1]);

% Condição da equação (6) do item 3.5.1 da teselmiterm([1 1 1 W1],A1,A1');lmiterm([1 1 1 W2],-A1,B1','s');lmiterm([1 1 1 W3],B1,B1');lmiterm([1 1 1 W1],-1,1);lmiterm([1 1 1 0],J1*J1');

% Para uma condição de 15% de incerteza em A e BAC2=1.15*[-1.93 0 0 0; 0.394 -0.426 0 0; 0 0 -0.63 0; 0.82 -0.784 0.413 -0.426];BC2=1.15*[1.274 1.274;0 0;1.34 -0.65;0 0];

% Conversão de tempo contínuo para discreto[PHI2,GAM2]=c2dmp(AC2,BC2,dt);

A2=[PHI2 zeros(4,2); C*PHI2 eye(2)];

Page 74: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

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B2=[GAM2; C*GAM2];

% Condição da equação (6) do item 3.5.1 da teselmiterm([2 1 1 W1],A2,A2');lmiterm([2 1 1 W2],-A2,B2','s');lmiterm([2 1 1 W3],B2,B2');lmiterm([2 1 1 W1],-1,1);lmiterm([2 1 1 0],J1*J1');

% Condição da equação (7) do item 3.5.1 da teselmiterm([-3 1 1 W1],1,1);lmiterm([-3 1 2 W2],1,1);lmiterm([-3 2 2 W3],1,1);

% Limite superior para a equação (8) para restrições% em u(k) qsi1=((qsi^2)*I)qsi1 = 1;

% Condição 1 da equação (8) do item 3.5.1 da teseL1=[1 0];H1=zeros(1,6);

lmiterm([4 1 1 W1],H1,H1');lmiterm([4 1 1 W2],-H1,L1','s');lmiterm([4 1 1 W3],L1,L1');lmiterm([-4 1 1 0],qsi1);

% Condição 2 da equação (8) do item 3.5.1 da teseL2=[0 1];H2=zeros(1,6);

lmiterm([5 1 1 W1],H2,H2');lmiterm([5 1 1 W2],-H2,L2','s');lmiterm([5 1 1 W3],L2,L2');lmiterm([-5 1 1 0],qsi1);

% Limite superior para a equação (8) para restrições% em y(k) qsi1=((qsi^2)*I). Assumimos um valor alto% que na prática representa nenhum limiteqsi2 = 1000;

% Condição 3 da equação (8) do item 3.5.1 da teseL5=zeros(1,2);H5=[0 1 0 0 0 0];

lmiterm([6 1 1 W1],H5,H5');lmiterm([6 1 1 W2],-H5,L5','s');lmiterm([6 1 1 W3],L5,L5');lmiterm([-6 1 1 0],qsi2);

% Condição 4 da equação (8) do item 3.5.1 da teseL6=zeros(1,2);H6=[0 0 1 0 0 0];

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lmiterm([7 1 1 W1],H6,H6');lmiterm([7 1 1 W2],-H6,L6','s');lmiterm([7 1 1 W3],L6,L6');lmiterm([-7 1 1 0],qsi2);

% Condição 5 da equação (8) do item 3.5.1 da teseL7=zeros(1,2);H7=[0 0 0 1 0 0];

lmiterm([8 1 1 W1],H7,H7');lmiterm([8 1 1 W2],-H7,L7','s');lmiterm([8 1 1 W3],L7,L7');lmiterm([-8 1 1 0],qsi2);

% Condição da equação W1 > 0 do item 3.5.1 da teselmiterm([-9 1 1 W1],1,1);

% Formulação da função objetivo% Beta = min { tr [ C1 0 * W * [ C1' 0% 0 D1] 0 D1'] }

LMISIS=getlmis;n=decnbr(LMISIS);c=zeros(n,1);

M=[C1 zeros(8,2); zeros(8,6) D1];

for j=1:n [W1j,W2j,W3j]=defcx(LMISIS,j,W1,W2,W3); c(j)=trace(M*[W1j W2j; W2j' W3j]*M'); end

% Solução do problema para as restrições e funçãon objetivodesejadas[Copt,Xopt]=mincx(LMISIS,c);

W1opt = dec2mat(LMISIS,Xopt,W1)

W2opt = dec2mat(LMISIS,Xopt,W2)

W3opt = dec2mat(LMISIS,Xopt,W3)

% Matriz de realimentação de estados% K = W2' * W1^-1

K = W2opt'*inv(W1opt)Beta = Copt

Page 76: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

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PAPDUAL.M

% Renato Casali Barão 05.11.97% Simulação da máquina de papel% Determinação do ganho K usando LMI% para o exemplo 2 da tese% Controle robusto H2 (formulacao dual)

% Discretização das matrizesdt=2;

% Modelo 1 para o sistemaA1=[-1.93 0 0 0; 0.394 -0.426 0 0; 0 0 -0.63 0; 0.82 -0.7840.413 -0.426];B1=[1.274 1.274;0 0;1.34 -0.65;0 0];C1=[0 1 0 0; 0 0 0 1];D1=zeros(2,4);

[PHI1,GAM1]=c2dmp(A1,B1,dt);Ax1=[PHI1 zeros(4,2); C1*PHI1 eye(2)];Bx1=[GAM1;C1*GAM1];Rx1=[0.6 0; 0 0.6];Qx1=[zeros(4,6);0 0 0 0 1 0; 0 0 0 0 0 1];Cx1=[sqrtm(Qx1); zeros(2,6)];Dx1=[zeros(6,2); sqrtm(Rx1)];Jx1=eye(6);

% Modelo 2 para o sistema (15% de aumento nos% parâmetros A e B)A2=1.15*[-1.93 0 0 0; 0.394 -0.426 0 0; 0 0 -0.63 0; 0.82 -0.784 0.413 -0.426];B2=1.15*[1.274 1.274;0 0;1.34 -0.65;0 0];C2=[0 1 0 0; 0 0 0 1];D2=zeros(2,4);

[PHI2,GAM2]=c2dmp(A2,B2,dt);Ax2=[PHI2 zeros(4,2); C2*PHI1 eye(2)];Bx2=[GAM2;C2*GAM2];Rx2=[0.6 0; 0 0.6];Qx2=[zeros(4,6);0 0 0 0 1 0; 0 0 0 0 0 1];Cx2=[sqrtm(Qx2); zeros(2,6)];Dx2=[zeros(6,2); sqrtm(Rx2)];Jx2=eye(6);

% Restricoes em DELTA_uqsi1=1;L1=[1 0];H1=zeros(1,6);

qsi2=1;L2=[0 1];H2=zeros(1,6);

% Restricoes em Yqsi5=1000;L5=zeros(1,2);H5=[0 1 0 0 0 0];

Page 77: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

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qsi6=1000;L6=zeros(1,2);H6=[0 0 1 0 0 0];

qsi7=1000;L7=zeros(1,2);H7=[0 0 0 1 0 0];

setlmis([]);

Q=lmivar(1,[size(Ax1,1),1]);Y=lmivar(2,[size(Bx1,2), size(Ax1,1)]);nu=lmivar(1,[1,0]);

% Inequacao 1: (9) pag.29lmiterm([-1 1 1 Q],1,1);lmiterm([-1 1 2 Q],1,Ax1');lmiterm([-1 1 2 -Y],1,Bx1');lmiterm([-1 1 3 Q],1,Cx1');lmiterm([-1 1 4 -Y],1,Dx1');lmiterm([-1 2 2 Q],1,1);lmiterm([-1 3 3 nu],1,1);lmiterm([-1 4 4 nu],1,1);

% Inequacao 2: (10.1) pag.29lmiterm([-2 1 1 0],1);lmiterm([-2 1 2 0],Jx1');lmiterm([-2 2 2 Q],1,1);

% Inequacao 3: (10.2) pag.29lmiterm([-3 1 1 Q],1,1);

% Inequacao 4: (10.3) pag.29lmiterm([-4 1 1 nu],1,1);

% Inequacao 5: (11.1) pag.29lmiterm([-5 1 1 0],qsi1^2);lmiterm([-5 1 1 Q],-H1,H1');lmiterm([-5 1 1 Y],-L1,H1','s');lmiterm([-5 1 2 Y],L1,1);lmiterm([-5 2 2 Q],1,1);

% Inequacao 6: (11.2) pag.29lmiterm([-6 1 1 0],qsi2^2);lmiterm([-6 1 1 Q],-H2,H2');lmiterm([-6 1 1 Y],-L2,H2','s');lmiterm([-6 1 2 Y],L2,1);lmiterm([-6 2 2 Q],1,1);

% Inequacao 7: (11.5) pag.29lmiterm([-7 1 1 0],qsi5^2);lmiterm([-7 1 1 Q],-H5,H5');lmiterm([-7 1 1 Y],-L5,H5','s');lmiterm([-7 1 2 Y],L5,1);lmiterm([-7 2 2 Q],1,1);

% Inequacao 8: (11.6) pag.29lmiterm([-8 1 1 0],qsi6^2);

Page 78: Algoritmos de controle ótimo quadrático com restrições

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lmiterm([-8 1 1 Q],-H6,H6');lmiterm([-8 1 1 Y],-L6,H6','s');lmiterm([-8 1 2 Y],L6,1);lmiterm([-8 2 2 Q],1,1);

% Inequacao 9: (11.7) pag.29lmiterm([-9 1 1 0],qsi7^2);lmiterm([-9 1 1 Q],-H7,H7');lmiterm([-9 1 1 Y],-L7,H7','s');lmiterm([-9 1 2 Y],L7,1);lmiterm([-9 2 2 Q],1,1);

% Inequacao 10: (9) pag.29lmiterm([-10 1 1 Q],1,1);lmiterm([-10 1 2 Q],1,Ax2');lmiterm([-10 1 2 -Y],1,Bx2');lmiterm([-10 1 3 Q],1,Cx2');lmiterm([-10 1 4 -Y],1,Dx2');lmiterm([-10 2 2 Q],1,1);lmiterm([-10 3 3 nu],1,1);lmiterm([-10 4 4 nu],1,1);

Sistema=getlmis;n=decnbr(Sistema);c=zeros(n,1);

for j=1:n [Qj,Yj,nuj]=defcx(Sistema,j,Q,Y,nu); c(j)=nuj; end

[upH2,xopt]=mincx(Sistema,c);

Qopt = dec2mat(Sistema,xopt,Q)Yopt = dec2mat(Sistema,xopt,Y)

K= -Yopt*inv(Qopt)

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