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1 Curso Livre Alfabetização e Letramento

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Curso Livre

Alfabetizaçãoe

LetramentoMódulo I

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SUMÁRIO

ALFABETIZAÇÃO............................................................................................................04

LEITURA.......................................................................................................................04

APRENDIZADO DA LEITURA NA ESCOLA............................................................................05

Método Fônico..............................................................................................................05

Método Global...............................................................................................................06

MÉTODOS DE ENSINO...................................................................................................07

MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO PREDOMINANTEMENTE SINTÉTICOS................................07

Alfabético ou soletrativo................................................................................................07

Silábicos........................................................................................................................08

Fonéticos......................................................................................................................08

MÉTODOS PREDOMINANTEMENTE ANALÍTICOS...............................................................08

Palavração....................................................................................................................08

Sentenciação.................................................................................................................09

Contos ou historietas....................................................................................................09

Natural.........................................................................................................................09

MÉTODO DE LINGUAGEM TOTAL.....................................................................................09

OS PARÂMETROS NACIONAIS E O MÉTODO CONSTRUTIVISTA..........................................10

MÉTODO PAULO FREIRE..................................................................................................11

Etapas do método...........................................................................................................11

O método......................................................................................................................12

As fases de aplicação do método.......................................................................................12

História...........................................................................................................................13

LETRAMENTO.................................................................................................................13

LETRAMENTO DEFINIDO NUM POEMA...............................................................................14

POR QUE SURGIU A PALAVRA LETRAMENTO?....................................................................16

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ESCREVER....................................................................................................................17

Conceitos imprecisos....................................................................................................18

ANALFABETO – ALFABETIZADO, LETRADO - ILETRADO........................................................21

ANALFABETISMO NO PRIMEIRO MUNDO.........................................................................22

Condições para o letramento........................................................................................23

LETRAMENTO E ESCOLA, LETRAMENTO E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.......................24

O QUE É ALFABETIZAÇÃO? E LETRAMENTO? COMO AS DUAS DE DIFEREM?....................25

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO.....................................................................................26

LETRAMENTO...............................................................................................................26

LETRAMENTO X ALFABETIZAÇÃO, O PAPEL DO EDUCADOR.................................................27

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ALFABETIZAÇÃOpt.wikipedia.org/wiki/Alfabetização

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações.

Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do acto de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento.Todas essas capacidades citadas anteriormente só serão concretizadas se os alunos tiverem acesso a todos os tipos de portadores de textos.

O aluno precisa encontrar os usos sociais da leitura e da escrita. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral. A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais.

A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.

LEITURA

O aprendizado da leitura é um momento importante na educação, que começa na alfabetização e se estende por toda educação básica. Consiste em garantir que o

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estudante/aluno consiga ler e compreender textos, em todo e qualquer nível de complexidade.

Depois da fase inicial de alfabetização, faz-se necessária a prática da leitura e da interpretação de textos. Uma vez alfabetizado, é possível o indivíduo ampliar seu nível de leitura e de letramento, de forma a tornar-se um sujeito autônomo e consciente. Por outro lado, a alfabetização por si só não assegura o desenvolvimento do cidadão, como uma panacéia para todo e qualquer mal oriundo da falta do saber.

APRENDIZADO DA LEITURA NA ESCOLA

A alfabetização formal se fixa no primeiro e segundo anos do ensino básico. A partir daí considera-se que o aluno já é um leitor e começa-se um período de interpretação de textos que parte deste pressuposto. Aqui citamos dois metodos de alfabetização:

Método fônico (ou sintético)

O lingüista americano Bloomfield, propositor do módulo fônico desse método, defende que a aquisição da linguagem é um processo mecânico, ou seja, a criança será sempre estimulada a repetir os sons que absorve do ambiente. Assim, a linguagem seria a formação do hábito de imitar um modelo sonoro.

Os usos e funções da linguagem, neste caso, são descartados por se tratarem de elementos não observáveis pelos métodos utilizados por essa teoria, dando-se importância à forma e não ao significado.

No tocante à aquisição da linguagem escrita, a fônica é o intuito de fazer com que a criança internalize padrões regulares de correspondência entre som e soletração, por meio da leitura de palavras das quais ela, inconscientemente, inferir as correspondências soletração/som.

De acordo com esse pensamento, o significado não entraria na vida da criança antes que ela dominasse a relação, já descrita, entre fonema e grafema. Nesse caso, a escrita serviria apenas para representar graficamente a fala. Assim, a função seria precedida pela forma; os ditames viriam dos autores das cartilhas, como se esses fossem os detentores do significado, sobrepondo-se ao leitor; o texto serviria somente para ser destrinchado, absorvendo aquele significado cristalizado contido nele; e o erro visto com elevada severidade.

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Com relação à prática, observa-se que os mestres decidem como e quando as crianças devem aprender; ensina-se de padrões regulares, considerados mais fáceis, passando para os irregulares, considerados mais difíceis; supõe-se que a criança deva dominar o modo correto, levando-se em consideração a variedade lingüística; a criança deve ter pré-requisitos muito bem estabelecidos para ser considerada apta à língua escrita.

Método global (ou analítico)

Opunha-se ao método sintético, questionando dois argumentos dessa teoria. Um que diz respeito à maneira como o sentido é deixado de lado e outro que supunha que a criança não reconheceria uma palavra sem antes reconhecer sua unidade mínima.

A principal característica que diferencia o método sintético do analítico é o ponto de partida. Enquanto o primeiro parte do menor componente para o maior, o segundo parte de um dado maior para unidades menores.

Justificando o método analítico, Nicolas Adam, responsável por suas bases, vai utilizar-se de uma metáfora, dizendo que, quando se apresenta um casaco a uma criança, mostra-se ele todo, e não a gola, depois os bolsos, os botões etc. Adam afirma que é dessa forma que uma criança aprende a falar, portanto deve ser da mesma forma que deve aprender a ler e escrever, partindo do todo, decompondo-o, mais tarde, em porções menores. Para ele, era imprescindível ressaltar a importância que a criança tem de ler e não decifrar o que está escrito, isso quer dizer que ela tem a necessidade de encontrar um significado afetivo e efetivo nas palavras.

O método analítico se decompõe em:

1.Palavração: diz respeito ao estudo de palavras, sem decompô-las, imediatamente, em sílabas; assim, quando as crianças conhecem determinadas palavras, é proposto que componham pequenos textos;

2.Sentenciação: formam-se as orações de acordo com os interesses dominantes da sala. Depois de exposta uma oração, essa vai ser decomposta em palavras, depois em sílabas;

3.Conto: a idéia fundamental aqui é fazer com que a criança entenda que ler é descobrir o que está escrito. Da mesma maneira que as modalidades anteriores, pretendia-se decompor pequenas histórias em partes cada vez menores: orações, expressões, palavras e sílabas.

Notas e referências

1.↑ Soares, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003.

LETRADO. In: MICHAELIS Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em <http://michaelis.uol.com.br/>. Acesso em: 07 mar. 2008.

Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

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SENNA, Luiz Antonio Gomes (Org.) Letramento - princípios e processos. Curitiba: IBPEX, 2007.

MÉTODOS DE ENSINOTatianaalfabetizacao.blogspot.com/.../alfabetizao-o-termo-que-usamos-quando.html

São vários os métodos para se alfabetizar. Falaremos sobre os mais

utilizados: 1- Métodos de alfabetização predominantemente sintéticos

2- Métodos de alfabetização predominantemente analíticos

MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO PREDOMINANTEMENTE SINTÉTICOS

São métodos que levam o aluno a combinar elementos isolados da língua: sons, letras e sílabas. Os métodos predominantemente sintéticos podem ser:

•alfabéticos ou soletrativos

•silábicos

•fonéticos

Alfabéticos ou soletrativos

O aluno aprende:

•o nome das letras nas formas maiúscula, minúscula, manuscrita, etc.

•a seqüência do alfabeto.

•a combinar as letras entre si, formando sílabas e palavras.

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Silábicos

O aluno aprende inicialmente a sílaba, a combinação entre elas e chega à palavra.

Fonéticos

O aluno aprende inicialmente os sons das letras isoladas e depois reúne em sílabas que formarão as palavras.

MÉTODOS PREDOMINANTEMENTE ANALÍTICOS

São métodos que levam o aluno a analisar um todo (palavra) para chegar às partes que o compõem. Os métodos predominantemente analíticos podem ser:

•palavração

•sentenciação

•contos ou historietas

•natural

Palavração

O aluno aprende algumas palavras associadas às suas imagens visuais. É usada a memória visual. Depois que o aluno já reconhece algumas palavras, estas são divididas em sílabas para formar outras palavras.

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Sentenciação

O aluno parte de uma frase que a turma está discutindo, visualiza e memoriza as palavras e depois analisa as sílabas para formar novas palavras.

Contos ou historietas

É uma ampliação do método de sentenciação. O aluno parte de pequenas histórias para chegar nas palavras, sílabas e com estas sílabas formar novas palavras.

Natural

O método natural parte de um pré-livro que contém registros de conversas da classe sobre determinado assunto. É apresentado aos alunos aos poucos para a sua visualização. Depois dessa fase, passa-se para a leitura sonorizada de cada sílaba da palavra. A partir destas sílabas, o aluno forma novas palavras e novas frases.

MÉTODO DA LINGUAGEM TOTAL

Também conhecido como “whole language”, a Linguagem Total, criada pelos lingüistas Keneth e Yetta Goodman, tem como principal tese a idéia de que se “aprende lendo”, e que, portanto, a utilização de imagens e sons deve ser evitada. Por este método, o professor apresenta textos para os alunos e os lê em voz alta, fazendo com que os estudantes acompanhem. A partir daí, a criança começa a conhecer a linguagem escrita, aprendendo as palavras, as sílabas e as letras.

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OS PARÂMETROS NACIONAIS E O MÉTODOCONSTRUTIVISTA

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, também conhecido como PCN´s, são uma espécie de manual para as escolas sobre como deveria ser a orientação para o ensino, de acordo com o Ministério da Educação.

Criado em 1998, este documento tem como função orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menor contato com a produção pedagógica atual.

Os PCNs propõem um currículo baseado no domínio das competências básicas e que esteja em consonância com os diversos contextos de vida dos alunos. "Mais do que reproduzir dados, denominar classificações ou identificar símbolos, estar formado para a vida, num mundo como o atual, de tão rápidas transformações e de tão difíceis contradições, significa saber se informar, se comunicar, argumentar, compreender e agir, enfrentar problemas de qualquer natureza, participar socialmente, de forma prática e solidária, ser capaz de elaborar críticas ou propostas e, especialmente, adquirir uma atitude de permanente aprendizado", diz o documento.

Os PCN´s foram estabelecidos a partir de uma série de encontros, reuniões e de discussão realizados por especialistas e educadores de todo o país, de acordo com as diretrizes gerais estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases. Segundo o MEC, estes documentos foram feitos para ajudar o professor na execução de seu trabalho, servindo de estímulo e apoio à reflexão sobre a sua prática diária, ao planejamento das aulas e, sobretudo, ao desenvolvimento do currículo da escola, formando jovens brasileiros para enfrentar a vida adulta com mais segurança.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais defendem a linha construtivista como método de alfabetização. Surgida na década de 80, a partir de estudiosas da área como Ana Teberowsky e Emília Ferreiro, esta linha defende que a escola deve valorizar o conhecimento que a criança tem antes de ingressar no estabelecimento. A sua ênfase é na leitura e na língua escrita.

Os construtivistas são contra a elaboração de um material único para ser aplicado a todas as crianças, como as cartilhas, e rejeitam a prioridade do processo fônico. Por este

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método, as escolas, durante o processo de alfabetização, devem utilizar textos que estejam próximos do universo da criança.

Os defensores do método fônico culpam o construtivismo, base dos Parâmetros Curriculares Nacionais, pelos problemas de alfabetização no Brasil. Segundo os críticos, a concepção construtivista, em muitos casos, ignora que os estudantes de classe baixa, vindos de famílias menos letradas, trazem de casa uma bagagem cultural muito pequena, dificultando a sua adaptação a este método.

MÉTODO PAULO FREIREpt.wikipedia.org/wiki/Método_Paulo_Freire

Método Paulo Freire: alfabetização pela conscientizaçãoO Método Paulo Freire consiste numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo educador Paulo Freire, que criticava o sistema tradicional, o qual utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensino da leitura e da escrita.

As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo Eva viu a uva, o boi baba, a ave voa, dentre outros.

Etapas do método

1.Etapa de Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive.

2.Etapa de Tematização: momento da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais dos temas e palavras.

3.Etapa de Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada.

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