alfa-amilase — fisiologia vegetal

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  • 7/31/2019 Alfa-amilase Fisiologia Vegetal

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    Sntese e actividade da

    - amilaseEfeito do cido giberlico, do cidoabscsico e do clcio em sementes de

    Hordeum vulgare L.

    Fisiologia Vegetal

    Joo Rodrigues, Liliana Raeiro, Maria Pires

    Faculdade de Cincias da Universidade do Porto

    Licenciatura em Bioqumica

    Ano lectivo 2011/2012

  • 7/31/2019 Alfa-amilase Fisiologia Vegetal

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    Faculdade de Cincias da Universidade do Porto

    Fisiologia Vegetal

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    IntroduoA -amilase uma enzima induzida pelo embrio das sementes, sendo responsvel

    pela hidrolisao das suas reservas, no endosperma, nomeadamente o amido.

    O cido giberlico (GA), que produzido no embrio das sementes, aps estas

    passarem por um perodo de embebio em gua, transportado at aleurona e

    escutelo, onde induz a sntese da -amilase, entre outras hidrolases.Na presena do GA, os nveis de mRNA total que codificam a -amilase aumentam, o

    que revela uma correlao entre a produo de GA e produo de -amilase.

    O cido abcsico (ABA) uma fito-hormona que, quando presente no embrio induz a

    produo de um inibidor da -amilase, constituindo assim um regulador da taxa de

    crescimento. Alm disso, induz a sntese de inibidores de protase bacteriolgica,

    constituindo o sistema de defesa do embrio.

    A -amilase uma metaloenzima que contm Ca2+. A ligao de um catio Ca2+

    enzima um processo irreversvel e necessrio para manter tanto a actividade como

    a estabilidade desta.

    A cicloheximida um inibidor da sntese proteica que actua ao nvel da transcrio do

    DNA de clulas eucariticas. A presena deste composto nas sementes inibe a

    sntese da -amilase, inibindo o crescimento celular do embrio.

    Assim, a realizao desta experincia tem como objectivo a verificao do papel do

    GA na sntese da -amilase e a aco do GA, do ABA e do Ca2+ nos nveis de

    actividade da dita enzima e consequentemente, no desenvolvimento embrionrio da

    semente.

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    Materiais e Mtodos

    Preparao e tratamento das sementes

    1. Procedeu-se desinfeco de 250 sementes de cevada com lixvia a 10%,

    seguindo-se de lavagens sucessivas com gua destilada. Manteve-se as sementes em

    papel de filtro humedecido, em obscuridade, durante 24h, temperatura de 4C.

    2. Seccionou-se transversalmente as sementes e separou-se as suas metade com e

    sem embrio.

    3. Numeraram-se placas de Petri de 1 a 6, fazendo duplicados, e pipetou-se 5 mL das

    seguintes solues, respectivamente:

    placas 1 e 2: tampo HEPES 0,01 M, pH 6;

    placa 3: GA 10-6 M em tampo HEPES;

    placa 4: GA 10-6 M + CaCl2 10 mM em tampo HEPES;

    placa 5: GA 10-6 M + 1 M em tampo HEPES;

    placa 6: GA 10-6 M + cicloheximida em tampo HEPES;

    4. Colocaram-se em cada uma dessas placas 15 metades de sementes. Na placa 1

    colocaram-se as metades com embrio e nas restantes as sem embrio.

    5. Vedou-se as placas com parafilme e incubou-se na obscuridade durante 48h.

    6. Procedeu-se ao congelamento das amostras at data da extraco.

    Preparao dos extractos para a quantificao de protenas

    1.Em gelo, homogenizou-se as sementes em tampo de cido ctrico-citrato de sdio

    10mM, pH 5.

    2.Transferiu-se e centrifugou-se o extracto a 5000rpm, no frio.

    3.Conservou-se o sobrenadante em gelo.

    Quantificao de protenas pelo mtodo de Bradford

    1.Preparou-se 6 solues de albumina com concentraes crescentes e com o

    intervalo de 0,2 mg/mL entre elas.

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    2. Adicionou-se reagente de Bradford a 100 microL de cada sobrenadante diludo e

    deixar repousar temperatura ambiente.

    3. Leu-se a absorvncia a 595 nm.

    Quantificao da actividade da alfa amilase nos diferentes grupos

    de sementes

    1. Marcar os tubos de acordo com a seguinte tabela:

    Tubos TratamentoVolume

    extracto (mL)

    Volume

    amido (mL)

    Tempo de

    reaco (min)

    1Controlo com

    embrio0,5 1 2

    2Controlo sem

    embrio0,5 1 4

    3 GA 0,5 1 1

    4 GA+Ca2+ 0,5 1 2

    5 ABA+GA 0,5 1 3

    6 Ciclohexamida+GA 0,5 1 37 Controlo T0 0,5 1 0*

    8 Branco 0,5 0**Correco

    A580nm

    *- Adicionar HCl antes de adicionar amido

    **- Adicionar 1 mL de H20 destilada em substituio do amido

    2. Pipetou-se o extracto e a soluo de amido para cada tubo de ensaio. Aps o

    tempo de reaco tabelado adicionou-se HCl a 1M, excepto ao tubo 9.

    Adicionou-se Lugol.

    3. Mediu-se a absorvncia das solues a 580nm.

    4. Determinou-se a quantidade de alfa-amilase e exprimiu-se os resultados

    graficamente.

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    Resultados

    TuboAbs. a

    595nm

    Concentraoproteica(g/mL)

    Tempode

    reaco(min)

    Abs. a580nm

    % de amidohidrolisado/mL/min

    % de amidohidrolisado/min/g de

    protena

    1 0,7296 151,61 2 0,3483 28,46 0,375

    2 0,5902 120,94 4 0,3226 15,03 0,248

    3 0,6106 125,43 2 0,2859 32,32 0,515

    4 0,5416 110,25 2 0,3773 26,67 0,484

    5 0,5720 116,94 2 0,3090 30,89 0,528

    6 0,5771 118,06 3 0,2672 22,32 0,378

    7 - - 0 0,8086 - -

    Discusso dos resultadosAps a execuo laboratorial, obtivemos os resultados anteriores. Porm,

    confrontados com os esperados, estes resultados so ligeiramente diferentes, quer em

    termos de % de amido hidrolisado/min/g de protena (apesar de estarem

    relativamente proporcionais) quer no tubo 5, onde seria de esperar uma menor

    actividade, devido presena do cido abscsico. Isto pode dever-se ao facto

    de____(?).

    No tubo 7, foi adicionado HCl antes do amido para que no ocorresse actividade

    enzimtica e desta forma, o tubo servisse como controlo.

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    No tubo 8, foi adicionada H2O em vez de amido para que no haja substrato para

    hidrolisar, apesar de haver -amilase presente, servindo este tubo para fazer o branco

    (zero) na realizao da espectrofotometria.

    No tubo 1, a percentagem de amido hidrolisado revela que ocorreu a actividade normal

    da -amilase pois este tratamento s continha a parte da semente com embrio.

    No tubo 2, a percentagem de amido hidrolisado foi menor, alis, a menor de todos os

    tratamentos, como seria de esperar, pois continha a parte da semente sem embrio. A

    pequena percentagem deve-se ao facto da semente j ter no seu interior alguma

    quantidade de

    -amilase, que acabou por hidrolisar algum amido.No tudo 3, a actividade da -amilase foi das maiores, pois adicionamos GA, alm do

    que j existia na semente. Desta forma comprovamos a nossa hiptese de como este

    aumenta a actividade da enzima, hidrolisando maiores quantidades de amido,

    induzindo desta forma o crescimento da semente.

    No tudo 4, a actividade enzimtica deveria ter sido muito semelhante do tudo 3

    porm isso no se verificou. Neste tubo adicionamos GA e Ca2+, activador da -

    amilase. Por os resultados serem menores que os esperados podemos assumir ou

    houveram erros na execuo do trabalho ou o tempo de reaco e a quantidade de io

    clcio foram insuficientes. (???)

    No tudo 5, a percentagem de amido hidrolisado foi maior relativamente ao tudo 3, o

    que no seria de esperar. Era de esperar menor actividade da enzima pois foi

    adicionado, alm de GA que produziria os mesmos efeitos que anteriormente, ABA

    que provoca a inibio da -amilase, fazendo diminuir a sua actividade.

    No tubo 6, em que existe a presena de cicloheximida, inibidora da sntese proteica e

    consequentemente, da enzima -amilase, os resultados foram os esperados dado que

    a percentagem de amido hidrolisado foi menor. No poderia ser menor que a do tubo 2

    porque nesse no existia qualquer fito-hormona, ao passo que neste adicionamos na

    mesma GA, levando a que existisse ainda uma pequena quantidade de -amilase.

    Bibliografia

    http://www.plantphysiol.org/content/80/2/350.full.pdfhttp://www.plantphysiol.org/content/91/1/415.full.pdf

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    http://www.jbc.org/content/264/32/19392.full.pdfhttp://www.nature.com/nchembio/journal/v6/n3/full/nchembio.304.htmlhttp://www.sigmaaldrich.com/catalog/product/sigma/c4859?lang=pt&region=PT

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