alexandre schubert

Denise Garcia Oiliam Lanna

Marcos Vieira Lucas Liduino Pitombeira Alexandre Schubert

Pauxy Gentil-Nunes

Piano contemporâneo brasileiro em Ituiutaba

Piano solo II



Pauxy Gentil-Nunes


Piano solo II

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAISReitora: .Sandra Regina Goulart AlmeidaVice-Reitor: .Alessandro Fernandes Moreira

ESCOLA DE MÚSICA DA UNIVERSIDADE FERAL DE MINAS GERAISDiretor: .Renato Tocantins SampaioVice-Diretor: .Carlos Aleixo dos Reis

Programa de Pós-graduação em Música da UFMG Coordenador: Flavio Barbeitas Subcoordenadora: Luciana Monteiro de Castro Secretária: Geralda Martins Moreira Secretário: Alan Antunes Gomes

SELO DE GRAVAÇÃO E EDIÇÃO MINAS DE SOMCoordenação geral: .Luciana Monteiro de Castro DutraConselho Editorial: .Carlos Aleixo dos Reis

Fausto Borém de Oliveira Flavio Terrigno Barbeitas Luciana Monteiro de Castro Dutra Margarida Maria Borghoff Mauro Camilo Chantal Santos Mônica Pedrosa de Paula

Escola de Música da Universidade Federal de Minas GeraisAv. Antônio Carlos, 6.627, Campus PampulhaCEP 31.270-901 – Belo Horizonte, MG, Brasil

Tel. (31) 3409 4700 – Geral(31) 3409 4719 – Laboratório da Canção Brasileira (sala 2027)



Pauxy Gentil-Nunes


Piano solo II

Editoras: Denise Andrade de Freitas Martins

Luciana Monteiro de Castro

Belo Horizonte Escola de Música da UFMG

2020



Pauxy Gentil-Nunes


Piano solo II




2020



Pauxy Gentil-Nunes


Piano solo II




2020

Título: Piano contemporâneo brasileiro em Ituiutaba - Piano solo IIAutores: Denise Garcia, Oiliam Lanna, Marcos Vieira Lucas, Liduino Pitombeira, Alexandre Schubert, Pauxy Gentil-NunesEditoras: Denise Andrade de Freitas Martins e Luciana Monteiro de Castro Editoração de partituras: Rodrigo Olivárez Revisão musical: Denise Andrade de Freitas Martins e Luciana Monteiro de CastroRevisão de formatação: Luan Mateus Silveira SoaresRevisão de textos: Luíza Monteiro de Castro Dutra AraújoProjeto cultural/proponente: Daniela CarrijoArte da capa: Bráulio OliveiraDiagramação: Roberta Ferreira EtruscoFicha catalográfica: Biblioteca da Escola de Música da UFMGApoio: Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Minas Gerais Programa da Pós-Graduação da Escola de Música da UFMGPatrocinador: Laticínio Canto de MinasRealização: Editora Escola de Música da UFMG – Selo Minas de Som, Belo Horizonte, MGImpressão e acabamento: Gráfica Viena – Santa Cruz do Rio Pardo, SPPublicação digital: Editora Escola de Música da UFMG – Selo Minas de Som, disponível em: http://musica.ufmg.br/selominasdesom

P581

Piano contemporâneo brasileiro em Ituiutaba: piano solo II [recurso eletrônico] / editoras Denise Andrade de Freitas Martins, Luciana Monteiro de Castro. - Belo Horizonte : Escola de Música da UFMG, 2020.

1 recurso on-line (Cadernos musicais brasileiros, v.12, t.II)

Compositores:Denise Garcia, Oiliam Lanna, Marcos Vieira Lucas, Liduino Pitombeira, Alexandre Schubert, Pauxy Gentil-Nunes.

ISBN: 9786588804087

1. Música para piano - Partituras. I. Martins, Denise Andrade de Freitas. II. Dutra, Luciana Monteiro de Castro Silva. III. Garcia, Denise. IV. Lanna, Oiliam. V. Lucas, Marcos Vieira. VI. Pitombeira, Liduino. VII. Schubert, Alexandre. VIII. Gentil-Nunes, Pauxy. IX. Série.

CDD: 786.4

Sumário

Apresentação ..................................................................................................................................................... 07

Sobre os compositores ..................................................................................................................................... 09

Notas sobre as obras ........................................................................................................................................ 11

Obras para piano solo II ................................................................................................................................. 17

Denise Garcia Na lua ............................................................................................................ 18

Cinco por oito .................................................................................................. 19

Rock piano ...................................................................................................... 21

Oiliam Lanna Água e Lua .................................................................................................... 25

Brincando com Nuvens .................................................................................... 26

Marcos Vieira Lucas Três lendas brasileiras

I. O Saci Pererê .............................................................................. 28

II. Iara, mãe d’água ......................................................................... 29

III. O Curupira ................................................................................. 30

As quatro estações - Pequena Suíte

I. Primavera .................................................................................. 32

II. Verão ......................................................................................... 33

III. Outono ....................................................................................... 34

IV. Inverno ...................................................................................... 36

Duas invenções

I. Invenção a duas vozes .................................................................... 38

II. Invenção a três vozes ..................................................................... 40

Relógios ........................................................................................................... 41

Liduino Pitombeira Lamento .......................................................................................................... 44

Modinha .......................................................................................................... 45

Vila Platina

1. Tijuco .............................................................................................. 46

2. Pio .................................................................................................. 47

3. Guató (Dobrado) ............................................................................. 48

Riachos

1. Araibu ............................................................................................ 49

2. Umburanas ...................................................................................... 50

3. Bananeira ........................................................................................ 51

Alexandre Schubert Nas estrelas ........................................................................................................ 54

Divertimento ....................................................................................................... 55

Fuga ................................................................................................................... 60

Dois Prelúdios Curiosos ...................................................................................... 61

Pauxy Gentil-Nunes Suíte Ituiutaba I

Bolhas ................................................................................................. 63

Game .................................................................................................. 64

Diálogo ................................................................................................ 65

Jongo 1 ................................................................................................ 68

Velum ................................................................................................. 71

Fractus ................................................................................................ 73

Quartzo ............................................................................................... 76

Notas editoriais .................................................................................................................................................... 81

7

Apresentação

Neste segundo tomo do volume 12 de Cadernos Musicais Brasileiros, com obras para piano

solo, apresentamos os compositores e suas obras em ordem cronológica, segundo os anos em que foram

homenageados no Concurso de Piano de Ituiutaba: Denise Garcia (Na lua; Cinco por oito; Rock piano),

Oiliam Lanna (Água e Lua; Brincando com Nuvens), Marcos Vieira Lucas (Três lendas brasileiras: I. O Saci

Pererê, II. Iara, mãe d’água, III. O Curupira; As quatro estações - Pequena Suíte: I. Primavera, II. Verão, III. Ou-

tono, IV. Inverno; Duas invenções: I. Invenção a duas vozes, II. Invenção a três vozes; Relógios), Liduino Pitombeira

(Lamento; Modinha; Vila Platina: 1. Tijuco, 2. Pio, 3. Guató; Riachos: 1. Araibu, 2. Umburanas, 3. Bananeira),

Alexandre Schubert (Nas estrelas; Divertimento; Fuga, Dois Prelúdios Curiosos) e Pauxy Gentil-Nunes (Suíte

Ituiutaba I: Bolhas, Game, Diálogo, Jongo 1, Velum, Fractus, Quartzo).

Integram ainda este tomo, assim como os demais publicados, breves dados biográficos dos

compositores e notas sobre as obras editadas, elaboradas com base em nossos diálogos com os próprios

compositores, nossas impressões pessoais, a de pianistas que se dedicaram às obras e ainda as dos pianis-

tas responsáveis pela realização dos recitais-palestra e pela gravação do CD Piano contemporâneo brasileiro

em Ituiutaba, com obras escolhidas.

Como as obras ora publicadas foram escritas especificamente para jovens de diferentes

idades, por uma contingência do próprio Concurso, optamos por ordená-las segundo este parâmetro.

Observações acerca de aspectos técnico-interpretativos ou sobre a idade indicada estão no tópico Notas

sobre as obras. Estas observações, contudo, valem apenas como sugestões, não tendo a intenção de

traçar um caminho interpretativo definitivo ou de pré-fixar com rigidez a idade exata para o estudo das

obras.

Ressaltamos que a organização destas obras e o seu estudo para inserção em um processo

editorial conduziram-nos a importantes e necessárias decisões. Não optamos por recopiar todo o con-

junto das obras, em processos que poderiam ser classificados como editorações ou transcrições revi-

sadas, nem como edições diplomáticas ou críticas; frente a um grande número de fatores contextuais

e técnicos, optamos pela realização de uma publicação híbrida, associando a apresentação editorial de

fac-símiles de digitoscritos1 autorais, a realização de cópias revisadas de manuscritos autógrafos, e

1 Cambraia (2005, p. 64) afirma que as fontes de uma edição podem ser classificadas em manuscritos (registrados por meio de penas, canetas, lápis etc.) e impressos (registrados por sistemas mecânicos de impressão). Na modernidade surgem duas categorias: os datilos-critos (registrados por meio de máquinas) e os digitoscritos (registrados por meio de computadores), termos dos quais nos valemos nesta coletânea. Consulta: CAMBRAIA, César Nardelli. Introdução à crítica textual. São Paulo: Martins Fontes. 2005, 216 p.

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revisões de arquivos digitoscritos, com interferências mínimas e relevantes, esses dois últimos processos

realizados com a anuência e a revisão dos compositores.

Buscamos ainda homogeneizar as dimensões dos arquivos utilizados, visando obter um

equilíbrio visual entre as partituras, em padrões originalmente diversos, adequando-os às dimensões

gráficas da coleção Cadernos Musicais Brasileiros, da Editora Escola de Música/ Selo Minas de Som.

Ressaltamos que a opção pelos fac-símiles justificou-se, sobretudo, pela boa legibilidade e comunicabi-

lidade dos arquivos disponibilizados e pelo fato deste modo de edição eliminar possíveis inserções de

erros, algo frequente em processos de cópia. Mantivemos também, com os fac-símiles, as identidades

de escritas escolhidas por alguns dos compositores, cujos digitoscritos revelaram preocupação estética e

mesmo uma identidade autoral. O processo de editoração de arquivos a partir de manuscritos foi efetua-

do por um pesquisador do Selo Minas de Som, que realizou a digitação em software Finale, com acompa-

nhamento e revisão das editoras. As interferências em digitoscritos abertos, ou seja, em arquivos digitais

disponibilizados por alguns dos compositores, se resumiram à distribuição homogênea de sistemas por

página, compassos por sistema e readequação de espaçamentos entre pautas, além de posicionamento

de títulos e de outras elementos textuais. Todas as ações que envolveram alterações são descritas nas

Notas editoriais, ao final de cada tomo. Algumas alterações de notas ocorreram por decisão dos compo-

sitores, sendo essas também relatadas nas Notas editoriais.

Esperamos que este tomo lhes traga ótimas experiências musicais!

Denise Andrade de Freitas Martins


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Sobre os compositores

2014: Denise Garcia (1955) – Compositora paulista, professora de composição do Instituto de Artes da Unicamp. Bacharel em Música pela USP (1985), Mestre em Artes pela Unicamp (1993) e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP (1998). Realizou estudos de composição na Musikakademie Detmold e na Musikhochshule de Munique (1979-1984). Fez estágio de doutorado junto ao INA-GRM em Paris. Realizou pós-doutorado junto à Escola de Música da UFRJ (2007). Coordenadora associada do CIDDIC – Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural da Unicamp.

2015: Oiliam Lanna (1953) – Graduado em Composição pela Escola de Música da UFMG, Mestrado em Composição, na Faculdade de Música da Universidade de Montréal. Doutor em Linguística, Análise do Discurso, pela Faculdade de Letras da UFMG, com estudos de aperfeiçoamento no Departamento de Linguística da Universidade de Genebra. Professor do curso de Composição da Escola de Música da UFMG, atuando como compositor e regente em diversos eventos dedicados à difusão da música con-temporânea, particularmente brasileira e latino-americana.

2016: Marcos Vieira Lucas (1964) – Nasceu no Rio de Janeiro. Formou-se em Composição e Educação Musical pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO. Mestre pela Escola de Música da UFRJ e Doutor em Composição Musical na University of Manchester, Inglaterra. Membro desde 2005 do Prelúdio 21, grupo de compositores atuantes no cenário da música de concerto no Brasil e exterior.

2017: Liduino Pitombeira (1962) – Nasceu em Russas, Ceará. Professor de Composição da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro do grupo de pesquisa MusMat, da UFRJ. Doutor em Composição e Teoria pela Universidade Estadual de Louisiana (EUA). Durante doze anos (1986-1998) atuou como instrumentista e diretor musical do Syntagma, grupo dedicado à performance e à pesquisa da música antiga e da música nordestina.

2018: Alexandre Schubert (1970) – Natural de Manhumirim, Minas Gerais. Mestrado e Bacharelado em Composição na Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. Doutor em Composição pela UNIRIO. Professor de Composição, Harmonia e Formas Musicais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. Membro do grupo de compositores Prelúdio 21.

2019: Pauxy Gentil-Nunes (1963) – Compositor e flautista. Professor de Harmonia, Análise e Compo-sição na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membro do ABSTRAI Ensemble desde 2011 e do grupo de compositores Prelúdio 21 desde 2019.

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Notas sobre as obras

De Denise Garcia

Na lua..., escrita para crianças de até 9 anos de idade, foi composta com base na escala de tons inteiros (Dó-Ré-Mi-Fá#-Sol#-Lá#) visando familiarizar a escuta infantil a uma sonoridade modal que possa transgredir o universo tonal, aproximando-a de um repertório moderno. Em andamento semínima = 100, apresenta estrutura ternária (ABA), texturas homofônicas em A e polifônica em B, e progressão rítmica e melódica na mão direita. Sugere a dinâmica de meio piano (mp) para toda a peça e trabalha intervalos em terças, quartas e quintas na mão esquerda, finalizando com acordes em arpejo.

Cinco por oito, indicada para crianças de idade entre 10 e 11 anos, traz no título o aspecto que caracteriza a peça, ou seja, o enfoque na questão rítmica, com emprego da fórmula de compasso 5/8, menos usual na música tradicional. A peça também trabalha com a polirritmia entre a mão esquerda e direita. Em andamento de colcheia de 160 a 200 e na tonalidade de Dó Maior, apresenta indicações de diferentes níveis de dinâmica.

Rock piano (12 e 13 anos), peça que se aproxima intencionalmente do repertório pop, limi-ta-se, segundo a autora, a “gestos mínimos para definir um estilo, mas com a forma mais elaborada”. Apresenta andamento de semínima pontuada = 96 e fórmula de compasso 12/8. Faz uso de antecipação do tempo forte no baixo em forma de ostinati e oferece experiência na execução de intervalos de segun-das, terças, quartas, quintas e sextas.

De Oiliam Lanna

Água e Lua foi a primeira obra escrita pelo compositor para crianças, sendo indicada para idade de até 9 anos. O título e a imagem que suscita foram inspirados em um dos haicais do livro Grão de arroz da escritora mineira Yeda Prates Bernis: “Na poça d’água/o gato lambe/a gota de lua”. A obra faz uma alusão ao movimento circular da água na poça, evocada musicalmente por arpejos e alargamen-tos – retardando e rallentando nos finais de frase – e pelo emprego constante do pedal, evocando ainda, o movimento e o brilho da lua pela sucessão de harmonias no registro agudo, em textura de coral. Na concepção harmônica há diversos coloridos modais, que terminam pela polarização na tônica Dó.

Brincando com Nuvens, escrita para jovens entre 12 e 13 anos, é uma peça repleta de pequenas alusões ao noturno Nuvens de Claude Debussy, como que em um passeio pelas imagens propostas pelo

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compositor francês. Com um toque impressionista e a transparência da escrita, um claro diálogo entre compositores, ritmicamente simples e sem apelo a uma regularidade métrica, a peça chama a atenção pela harmonia e a sonoridade, também inspiradas na linguagem debussysta.

De Marcos Vieira Lucas

Três lendas brasileiras: I. O Saci Pererê, II. Iara, mãe d’água, III. O Curupira, obra de caráter lúdico, escrita para crianças de até 9 anos de idade, busca alcançar a empatia e ativar a imaginação viva, contribuindo também para o incremento da literatura infantil para o piano, com suas aproximações do folclore nacional. No primeiro movimento, O Saci Pererê, foram empregadas certas figurações e ostinati, na tentativa de facilitar, pela repetição, o movimento de padrões e fôrmas de mão, e certa polirritmia na parte central. O caráter saltitante retrata a figura do Saci Pererê. O segundo movimento, Iara mãe d’água, de caráter mais lírico, modinheiro, retrata a doçura e o encantamento da misteriosa personagem. Em pequena forma ternária, oferece contraste entre os temas, em referência ao canto desta sereia dos rios da Amazônia, apresentados em regiões tonais distantes (Ré menor e Lá bemol). O terceiro movimento, O Curupira, obra mais complexa que as anteriores, propõe contrastes de tempo, textura e caráter. Com bitonalidade, apresenta uma pequena invenção em palíndrome, trecho musical em movimento retrógrado (de trás para frente), em alusão aos pés virados para trás do Curupira, que confundiam os caçadores.

As quatro estações - Pequena suíte: I. Primavera, II. Verão, III. Outono, IV. Inverno foram escritas para crianças como peças de confronto, sendo assim distribuídas: Primavera e Inverno, para 10 e 11 anos, e Outono e Verão para 12 e 13 anos. Primavera, com textura homofônica, apresenta bitonalidade, caráter que possivelmente explica sua dedicatória a Igor Stravinsky. Verão apresenta semicolcheias na mão direita em movimentos ascendente e descendente, criando uma atmosfera de sonoridade densa, enquanto a mão esquerda descreve melodia em oitavas, bem ao estilo de Villa-Lobos, homenageado na peça. Outono, por sua vez, foi dedicada a Ricardo Tacuchian. Com andamento de semínima = 62 e pequena forma ternária, apresenta melodia modal acompanhada de Baixo de Alberti na seção A. Sua sonoridade misteriosa nos sugere a transitoriedade da atmosfera outonal. Inverno, em andamento de mínima = 52 e fórmula de compasso 3/2, apresenta forma ternária e textura homofônica. Com contraponto entre melodia e ostinati em intervalos de terças, quartas, segundas e sextas, e uso do pedal, apresenta sonoridade que remete, nos dizeres do compositor, a uma “paisagem europeia, natureza em estado embrionário invernal e uma certa melancolia, que caracterizam algumas pequenas peças do Kinderszenen ou Álbum para Juventude” de Robert Schumann, a quem a obra é dedicada.

Duas invenções: I. Invenção a duas vozes, II. Invenção a três vozes, escritas para jovens entre 14 e 15 anos, oferecem experiência com diferentes tipos de toque, dinâmicas e agógica. A primeira invenção, em andamento Moderato (semínima = 102), faz uso de linguagem harmônico-melódico quartal (que usa intervalos de quartas), alternância das fórmulas de compasso 5/8 e 6/8 e contraponto imitativo. A segunda invenção, andamento Expressivo (semínima pontuada = 40), oferece maiores dificuldades ao

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pianista e, no melodismo da tonalidade de Si menor, finaliza em cadência perfeita.

Relógios, escrita para jovens de 16 e 17 anos, é de tal modo sugestiva que nos convida a acessar um relógio mecânico, a ouvir seu mecanismo. Apresenta alternância de fórmulas de compasso (6/8 e 2/8) e andamentos (Andante, semínima pontuada = 40 e Piú mosso, semínima pontuada = 98). Oferece liberdade de uso do pedal (ad libitum) e faz indicação de dedilhado. Segundo o autor, suas melodias em contraponto, com ênfase em intervalos consonantes de quartas e quintas, fariam “uma possível alusão à catedral submersa do compositor Claude Debussy, a quem a obra é dedicada”.

De Liduino Pitombeira

Lamento foi escrita para crianças de até 9 anos de idade, tendo o autor revelado sua preo-cupação com o idiomatismo do instrumento em sua adequação ao público alvo. Peça simples, de uma página só, com facilidade de execução, apresenta simplicidade rítmica e de textura. Emprega material modal em escala eólia e forma ABA, o que traz a ideia da recorrência, importante no estímulo à memória do estudante.

Modinha, para 10 e 11 anos, com um pouco mais de dificuldade que Lamento, é também uma peça de estrutura simples, em linguagem tonal. Em andamento Tranquilo (semínima = 72), estrutura ABA’C, oferece experiências em dinâmica e em imitação, e faz uso de intervalos sobretudo de terças e quintas. Modinha e Lamento são gêneros brasileiros e foram trabalhados pelo compositor com base em estudos desenvolvidos por sua esposa, a professora e pianista Maria Di Cavalcanti, acerca de elementos de gêneros da tradição oral brasileira presentes nas Brasilianas do compositor Osvaldo Lacerda.

Vila Platina: 1. Tijuco, 2. Pio, 3. Guató (Dobrado), para jovens de 12 e 13 anos, foi escrita a partir de pesquisa histórica sobre a cidade de Ituiutaba, Minas Gerais, por ocasião da homenagem ao compositor na edição do 24º Concurso de piano. Os movimentos Tijuco, Pio e Guató foram concebidos segundo uma estrutura aberta, polissêmica, numa concepção de música abstrata, sem que o aspecto semântico da obra fosse o fim da linguagem. Segundo informa o compositor, trata-se também de um material pandiatônico e triádico não funcional, com incursões pela harmonia quartal. Os três movimen-tos se relacionam à história da cidade. Tijuco, o primeiro movimento, homenageia o nome original da localidade – Arraial de São José do Tijuco; o segundo movimento, Pio, é uma referência a Pio Augusto Goulart Brum, importante figura da vida tijucana, morador do primeiro sobrado construído na cidade; e o terceiro movimento, Guató, é uma homenagem ao maestro Francisco Gonçalves Moreira (Guató), que doou os instrumentos musicais para a primeira banda de música da cidade, fundada em 1886 pelo padre napolitano Ângelo Tardio Bruno, estabelecido no Arraial de São José do Tijuco em 1883.

Riachos: 1. Araibu, 2. Umburanas, 3. Bananeira, para jovens de 14 e 15 anos, é uma peça que presta homenagem a três pequenos riachos que passam próximos à cidade de Russas, Vale do Jaguaribe, interior do Ceará, terra natal do compositor. De natureza modal e alguma inflexão triádica não funcional,

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a suíte em 3 movimentos traz os andamentos Vivo (semínima = 112), Lento (semínima = 60) e Presto (semínima = 120), oferecendo experiências em diferentes tipos de toque, dinâmicas e agógica. Os temas movimentam-se entre as diferentes vozes e não há sugestão de uso do pedal.

De Alexandre Schubert

Nas estrelas, para crianças de até 9 anos, foi considerada pelo compositor como sendo sua peça “mais difícil de escrever”. De uma página apenas e estrutura ABA, faz uso de cinco notas, passando pelos cinco dedos, até que surge uma nota na tecla preta do piano, o Lá bemol, conduzindo harmonica-mente ao modo menor, como uma “harmonia nas estrelas”. Faz uso da repetição, característica impor-tante para iniciantes ao piano, explora várias regiões do instrumento, apresenta diferentes indicações de dinâmicas e emprega uma cadência perfeita.

Divertimento (Allegretto - Lento - Vivo - Lento - Allegro) foi usada como peça de confronto da seguinte forma: Lento-Vivo-Lento para idades de 10 e 11 anos e Allegro para 12 e 13 anos. A peça, escrita ao mesmo tempo como “desafio e coisa de brincar”, apresenta ritmo de certa complexidade e oferece experiência em diferentes tipos de toque, propondo ainda desencontros métricos, mesmo em compasso 2/4, dando a ideia da síncope. O segundo movimento apresenta uma linha melódica muito expressiva e a mão esquerda faz o contracanto. A seção central, Vivo, nos sugere uma brincadeira infantil. O quarto movimento, Lento, assemelha-se ao segundo. O último movimento, Allegro, no modo Mixolídio, ritmo sincopado e o diálogo imitativo remete à música nordestina.

Fuga, em andamento Moderato e compasso 2/2, escrita para jovens de 14 e 15 anos, oferece experiência ao jovem pianista neste importante gênero pianístico, com a exposição e desenvolvimento de um tema de caráter reflexivo e uma estruturação em três vozes. A seção final, em andamento Solene e em oitavas, traz uma reexposição nobre e conclusiva do tema.

Dois Prelúdios Curiosos (14 e 15 anos). O compositor iniciou a criação desta obra em 1988. Por ocasião de sua homenagem no 25º Concurso de piano de Ituiutaba, concluiu a obra, adequando-a às finalidades do Concurso. Os dois prelúdios: I- Moderato e II- Vivo, concebidos em forma ABA e de escrita pouco densa, evocam uma atmosfera impressionista, utilizando quintas paralelas e escala de tons inteiros. O uso de bemol nos movimentos descendentes e sustenido nos movimentos ascendentes para as mesmas notas são um “estímulo à leitura”.

De Pauxy Gentil-Nunes

A Suíte Ituiutaba é composta por 13 peças, sendo 7 para piano solo (Suíte Ituiutaba I) e 6 para piano a 4 mãos (Suíte Ituiutaba II). Nessas 13 peças o compositor usa a modelagem sistêmica como

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método composicional, a partir do emprego de 3 técnicas: desenvolvimento fractal (aplicação reiterada das mesmas operações de transformação em um determinado material), carrossel (maneira de organizar a harmonia) e uso de operadores lógicos (composição de elementos musicais a partir de outros). As pe-ças têm entre si fortes relações estruturais e motívicas, derivadas de dois elementos básicos: o fragmento de escala Dó-Ré-Mi-Fá-Sol (01234) e sua ordenação Sol-Fá-Ré-Dó-Mi (43102), os quais interagem entre si, funcionando o primeiro como uma base mais estável e o segundo como um gerador de turbulência. Percebe-se assim que a obra estimula, no jovem pianista, a compreensão de uma linguagem nova, distanciada do tradicional uso das escalas tonais e modais. As peças da Suíte Ituiutaba I, piano solo, foram escritas para diferentes idades, como descrito nos parágrafos a seguir.

Bolhas, para crianças de até 9 anos, oferece experiência com diferentes tipos de toque, dinâ-mica e agógica. Dá liberdade de velocidade e autonomia expressiva para o pianista. As teclas do piano, tocadas em diversas durações, nos sugerem muitas bolhas a serem estouradas, uma a uma, sejam peque-nas ou grandes, brancas, negras ou coloridas, até que estourem todas as bolhas (e a diversão continua!).

Game, 10 e 11 anos, como informa o título, é um jogo, uma brincadeira das crianças de hoje, música em formato de game que propõe desafios, do mais fácil ao mais difícil, até que se alcance a fase “Chefão”, a mais difícil de todas. Com texturas próprias a cada fase, acompanhando os diferentes níveis do jogo, a escrita segue um padrão que evolui, o que auxilia na ativação da memória do pianista.

Diálogo, 12 e 13 anos, em andamento Animado (semínima – 144) e compasso ternário (3/4), desenvolve o contraponto imitativo numa linguagem modal e pentatônica. Com estrutura ternária ABA e variada dinâmica sonora, o discurso musical traz a marca estilística do compositor, nas diferentes entonações temáticas e no detalhamento expressivo de suas articulações.

Jongo 1, escrita para jovens de 14 e 15 anos. Em andamento Calmo (semínima pontuada = 60), compasso binário composto (6/8) e forma ABAA´C, oferece experiência em polirritmia, remetendo à forma tradicional do gênero de matriz africana, em que os elementos musicais apresentam a leveza em contradição ao sofrimento retratado nas palavras cantadas. A melodia em A e A´ é em forma de progressão alternada entre as mãos direita e esquerda e em B e C usa melodia e acompanhamento, com uso de cromatismo.

Velum, 14 e 15 anos, usa a técnica do desenvolvimento fractal. Estruturada em pequenos trechos diferentes entre si, a sonoridade sugere um fenômeno físico-atmosférico que acontece ao entar-decer, “de algo meio perdido, como uma nuvem que vai se mexendo devagar”, despertando no pianista a curiosidade para novas escutas.

Fractus, 14 e 15 anos, em andamento Furioso (semínima pontuada = 100), apresenta estruturas fractais da natureza, representadas nos pequenos trechos compartilhados entre as mãos direita e esquerda. Faz uso de contraponto imitativo e de melodia acompanhada, em intervalos de terças e quintas, com experiência em diferentes tipos de toque, dinâmica e agógica.

Quartzo, 16 e 17 anos, com fórmulas de compasso variadas e andamento Vivo (semínima pontuada = 62), apresenta-se em forma ABA, trabalha com a assimetria rítmica e cordal e explora dife-rentes tipos de síncopes em suas seções A, em contraste com lírica melodia acompanhada na seção B.

Obras para piano solo II

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cinco por oito

Denise Garcia2013

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de 160 a 200

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cinco por oito

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Brincando com NuvensHomenagem a Debussy

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Brincando com NuvensHomenagem a Debussy

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28

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Vivo q = 144

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14

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27

39

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rall.48

Três Lendas BrasileirasI - O Saci Pererê

Marcos Lucas

mf

Vivo q = 144

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14

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f

rall.48


Marcos Lucas

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rall.48


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rall.48


Marcos Lucas

29

p

Molto cantabile q = 681

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accel. Poco più mosso q = 8010

mf

rall.17

Tempo primo q = 6824

p

mf p

31

II - Iara, mãe d´água

simile

pedal a cada compasso

2

p


mf p mf


mf

rall.17


p

mf p

31


simile


2

p


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mf

rall.17


p

mf p

31


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2

p


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mf

rall.17


p

mf p

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mf

rall.17


p

mf p

31


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2

30

mp p p mp

Allegretto q = 1201

p p mp

9

mf

Movido q. = 7217

mf

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Vivo q = 14223

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27

III - O Curupira3

mp p p mp

Allegretto q = 1201

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Movido q. = 7217

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III - O Curupira3

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III - O Curupira3

mp p p mp

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27

III - O Curupira3

31

mf

Con moto q. = 7232

mf

36

mp p p mp


p p

49

mp p mf

54

4

32

f p

Allegretto q = 92

mf

Meno mosso q = 8611

18

mp mf


poco acel.. A tempo31

Marcos Lucas

As Quatro Estações - Pequena SuíteI-Primavera

( a Igor Stravinsky)

f p

Allegretto q = 92

mf

Meno mosso q = 8611

18

mp mf



Marcos Lucas



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Allegretto q = 92

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Meno mosso q = 8611

18

mp mf



Marcos Lucas



33

mf

Vivo q = 90

1

f

7

13

18

ff

24

m.d.: legato sempre

II - Verão(a Heitor Villa-Lobos)

(pedal simile)

3 3 3

3

3 3 3 3 3

3 3 3

3

3

3

5 6

3

3

3 3

2

mf

Vivo q = 90

1

f

7

13

18

ff

24

m.d.: legato sempre


(pedal simile)

3 3 3

3

3 3 3 3 3

3 3 3

3

3

3

5 6

3

3

3 3

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Vivo q = 90

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24

m.d.: legato sempre


(pedal simile)

3 3 3

3

3 3 3 3 3

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3

3

3

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mf

Vivo q = 90

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24

m.d.: legato sempre


(pedal simile)

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m.d.: legato sempre


(pedal simile)

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3

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3

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2

34

p mp p

q = 82

0

mf p

acell.4

mf

Più mosso q = q.

8

14

(A Ricardo Tacuchian)

III - Outono

mudança de pedal a cada compasso

3

p mp p

q = 82

0

mf p

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Più mosso q = q.

8

14


III - Outono


3

p mp p

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III - Outono


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III - Outono


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III - Outono


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III - Outono


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III - Outono


3

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20

26

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37

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40

4

36

p

h = 521

mf

mf

7

p

p

13

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IV - Inverno (a Robert Schumann)

5

p

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mf

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p

p

13

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24

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29

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p

f

43

6

38

Piano mp mf

Moderato q = 102

mp mf

5

mp

9

mp

cresc.

13

Marcos Lucas

Duas InvençõesI - Invenção à duas Vozes

(a Edino Kriegger)

Piano mp mf

Moderato q = 102

mp mf

5

mp

9

mp

cresc.

13

Marcos Lucas


(a Edino Kriegger)

Piano mp mf

Moderato q = 102

mp mf

5

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mp

cresc.

13

Marcos Lucas


(a Edino Kriegger)

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mf

Meno mosso q = 8611

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Marcos Lucas



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mp

21

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mf

ff

31

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mf

17

mp

21

mp

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17

mp

21

mp

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mf

17

mp

21

mp

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ff

31

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40

mp mf mp

Expressivo q. = 40

1

6

mf

11

cresc.

16

f

19

(à J.S. Bach)

II - Invenção à 3 Vozes 3

mp mf mp

Expressivo q. = 40

1

6

mf

11

cresc.

16

f

19

(à J.S. Bach)

II - Invenção à 3 Vozes 3

41

Pianof mf p mf p mf

Andante q. = 40

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p

Più mosso q. = 98

9

mf

Pno.

15

Pno.

20

3

à Claude Debussy

Marcos Lucas

Relógios

Pedal ad libitum3

5*

* sugestão de dedilhado

4 1 1 5

1 2

Pianof mf p mf p mf

Andante q. = 40

Pno.p mf f mf

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15

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à Claude Debussy

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15

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Relógios

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Più mosso q. = 98

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à Claude Debussy

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Allegretto q = 92

mf

Meno mosso q = 8611

18

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Marcos Lucas



42

Pno.

24

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28

p

Pno.mp mf mf

rall.34

Pno.f mf p mf p mf

Tempo primo q. = 40

38

3

3

2

Pno.

24

Pno.mp mf mf f

28

p

Pno.mp mf mf

rall.34

Pno.f mf p mf p mf

Tempo primo q. = 40

38

3

3

2

Pno.

24

Pno.mp mf mf f

28

p

Pno.mp mf mf

rall.34

Pno.f mf p mf p mf

Tempo primo q. = 40

38

3

3

2

43

Pno.p mf f cresc.

acell. Più mosso q. = 72

46

Pno.ff f p mf mp p mf mp

Tempo primo q. = 40

53

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Più mosso q. = 72 Tempo primo q. = 40

63

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3

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mp cresc.

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© 2016 Liduino Pitombeirahttp://www.pitombeira.com

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3Riachos

3. Bananeira

52

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4 Riachos

63

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Sem compasso, toque na velocidade mais confortável e que você achar mais bonita.Seguindo as distâncias relativas com liberdade e as dinâmicasda forma mais expressiva que puder.

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Pauxy Gentil-Nunes

©2018 Pauxy Gentil-Nunes

Suíte Ituiutaba IBolhas

&?Piano

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64

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O mais rápido que puder

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41 ∑

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86

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Pauxy Gentil-Nunes


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43

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74

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Pauxy Gentil-Nunes


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43

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Quartzo

Pauxy Gentil-Nunes


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81

Notas editoriais

Dentre as peças que compõem o tomo II do volume 12, a maior parte corresponde a

edições fac-símile de digitoscritos autorais. Exceções são Água e Lua e Brincando com Nuvens, de Oi-

liam Lanna, obras que foram digitalizadas em software Finale, a partir dos manuscritos autorais, com

posterior revisão pelas editoras e pelo próprio compositor. Na peça Água e Lua, durante o processo

de revisão, o compositor optou por acrescentar à nota Dó, c. 8, 4º tempo, um sinal de “deixar soar”,

presente em outras notas da peça. Outra alteração solicitada foi a mudança de Dó natural para Dó

bemol no c. 9, na pauta inferior do piano. A peça Brincando com Nuvens não sofreu qualquer alteração

no texto musical, exceto pelas modificações formais próprias à diagramação da partitura no novo

formato digitalizado, o que ocorreu também em Água e Lua.

As obras de Denise Garcia, Marcos Vieira Lucas, Liduino Pitombeira e Alexandre Schubert

foram publicadas segundo documentos fac-símile dos respectivos digitoscritos, tendo sido efetuadas

exclusivamente alterações nas dimensões dos documentos, visando adequação de suas imagens às pági-

nas padronizadas da coletânea.

Do compositor Pauxy Gentil-Nunes, as obras publicadas nesse tomo foram as para piano

solo que compõem a Suíte Ituiutaba (I). De fato, o compositor incluiu ou identificou como pertencentes

à Suíte obras para piano a quatro mãos, mas nesta coletânea tais obras estão publicadas no volume 13,

sob a designação Suíte Ituiutaba (II), junto das demais obras para piano a quatro mãos. O compositor

disponibilizou para o trabalho editorial do Selo Minas de Som arquivos abertos de seus digitoscritos,

permitindo a realização de pequenas alterações de caráter formal. As alterações realizadas nos digitos-

critos das obras para piano solo incidiram na disposição do número de compassos por sistema e de

sistemas por páginas, sem alteração em notas ou outros signos musicais. Manteve-se ainda a preocupa-

ção com as viradas de páginas. Apenas na peça Bolhas o compositor optou pela retirada da indicação,

originalmente inserida, de fórmula de compasso, considerando que a obra, de fato, não se estrutura

segundo este padrão.

83

Notas biográficas das editoras

Denise Andrade de Freitas Martins: Licenciada em Educação Artística pela Universidade

Federal de Uberlândia (1983), Licenciada em Música (1985) e Bacharel em Piano (1987) pela Faculdade

Mozarteum de São Paulo, Mestre em Educação Musical pelo Conservatório Brasileiro de Música no

Rio de Janeiro (2000), Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (2015), residente

Pós-Doutoral em Música na Universidade Federal de Minas Gerais (2019- ). Professora na Universidade

do Estado de Minas Gerais, UEMG, (2005-2019) e professora aposentada do Conservatório Estadual

de Música “Dr. José Zóccoli de “Andrade” (1984-2014). Coordenadora do Concurso de piano “Prof.

Abrão Calil Neto” de Ituiutaba/MG e organizadora do livro Música contemporânea brasileira: contribuições do

Concurso de piano “Prof. Abrão Calil Neto” (2018). Contato: [email protected]

Luciana Monteiro de Castro: Formada em Canto pelo Conservatório Nacional de Lisboa

(1992) e bacharel em Música/Canto pela UFMG (1996). Possui Mestrado em Performance (2002) e

Doutorado em Literatura Comparada pela UFMG (2009), com enfoque na semiótica da canção. Solista

em diversas obras sinfônicas e óperas, dedica-se a um repertório variado, que inclui ainda a música de

raiz brasileira e a música de câmera nacional e internacional. Lecionou na UEMG de 1996 a 2001 e

desde 2002 é professora na UFMG, atuando na graduação e na pós-graduação. Nessa instituição integra

o grupo de pesquisa “Resgate da canção brasileira” e coordena os Projetos de Extensão “VivaMúsica”,

de palestras e concertos, e o “Selo Minas de Som”, voltado para a gravação fonográfica e a edição de

partituras de música brasileira de concerto. Contato: [email protected]

alexandre schubert

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