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As bases da Dinâmica Molecular - 9
Alexandre Diehl
Departamento de Física - UFPel
IDMSF2017 2
Controle da temperatura em MD
Termostato de Berendsen [J. Chem. Phys. 81, 3684 (1984)]
Não simula o sistema em contato com um banho térmico (temperatura constante).
Não simula o chamado ensemble canônico da Mecânica Estatística.
A reescala das velocidades é feita de forma similar à reescala usando a energia cinética:
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Controle da temperatura em MD
Termostato de Berendsen [J. Chem. Phys. 81, 3684 (1984)]
Não simula o sistema em contato com um banho térmico (temperatura constante).
Não simula o chamado ensemble canônico da Mecânica Estatística.
A reescala das velocidades é feita de forma similar à reescala usando a energia cinética:
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Controle da temperatura em MD
Termostato de Berendsen [J. Chem. Phys. 81, 3684 (1984)]
O termostato de Berendsen assume que as velocidades serão reescaladas admitindo que a taxa de variação na temperatura é proporcional à diferença entre o valor da temperatura instantânea e a temperatura desejada:
Parâmetro de acoplamento do sistema com o banho térmicoParâmetro de acoplamento do sistema com o banho térmico
Termostato é aplicado
(H2O líquida)(H
2O líquida)
(fase condensada)(fase condensada)
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Controle da temperatura em MD
Termostato de Berendsen [J. Chem. Phys. 81, 3684 (1984)]
O termostato de Berendsen assume que as velocidades serão reescaladas admitindo que a taxa de variação na temperatura é proporcional à diferença entre o valor da temperatura instantânea e a temperatura desejada:
Parâmetro de acoplamento do sistema com o banho térmicoParâmetro de acoplamento do sistema com o banho térmico
Termostato nulo Maior mais demorado será a obtenção da temperatura pretendida.
Maior mais demorado será a obtenção da temperatura pretendida.
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Controle da temperatura em MD
Termostato de Berendsen [J. Chem. Phys. 81, 3684 (1984)]
O termostato de Berendsen assume que as velocidades serão reescaladas admitindo que a taxa de variação na temperatura é proporcional à diferença entre o valor da temperatura instantânea e a temperatura desejada:
como
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Controle da temperatura em MD
Termostato de Berendsen [J. Chem. Phys. 81, 3684 (1984)]
O termostato de Berendsen assume que as velocidades serão reescaladas admitindo que a taxa de variação na temperatura é proporcional à diferença entre o valor da temperatura instantânea e a temperatura desejada:
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Controle da temperatura em MD
Termostato de Berendsen [J. Chem. Phys. 81, 3684 (1984)]
O termostato de Berendsen assume que as velocidades serão reescaladas admitindo que a taxa de variação na temperatura é proporcional à diferença entre o valor da temperatura instantânea e a temperatura desejada:
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Controle da temperatura em MD
Termostato de Berendsen [J. Chem. Phys. 81, 3684 (1984)]
O termostato de Berendsen deve ser aplicado como na reescala pela energia cinética, multiplicando as velocidades por com uma dada periodicidade.
O valor da constante de acoplamento deve ser testado, a fim de verificar quão rápido o sistema converge para a temperatura pretendida.
Embora simples, os termostatos com a reescala da velocidade usando a energia cinética (isocinético) ou Berendsen não simulam a temperatura corretamente.
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Controle da temperatura em MD
Termostato de Andersen [J. Chem. Phys. 72, 2384 (1980)]
Neste termostato o sistema está acoplado com um reservatório térmico.
O acoplamento é representado através de colisões aleatórias das moléculas do sistema com o reservatório a uma dada temperatura. Neste sentido, simula o chamado ensemble canônico da Mecânica Estatística.
As moléculas que sofrem estas colisões são selecionadas de forma aleatória com uma dada periodicidade, ou frequência , separadas por um intervalo entre colisões
dado por = 1/.
Uma vez selecionadas as moléculas, as velocidades são modificadas de acordo com uma distribuição do tipo Maxwell-Boltzmann com a temperatura que define o reservatório térmico:
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Controle da temperatura em MD
Termostato de Andersen [J. Chem. Phys. 72, 2384 (1980)]
Algoritmo para aplicação do termostato de Andersen
Durante a dinâmica, integre as equações de movimento a cada intervalo de tempo t.
A cada intervalo de tempo, selecione um dado número de partículas de forma aleatória para sofrerem uma colisão (contato com o reservatório).
A probabilidade que uma partícula seja escolhida num intervalo t é dada por t.
Uma vez selecionada, a partícula sofre uma colisão, tal que a sua nova velocidade é determinada por uma distribuição do tipo Maxwell-Boltzmann (MB) com média zero e variância 2 dada por:
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Controle da temperatura em MD
Termostato de Andersen [J. Chem. Phys. 72, 2384 (1980)]
Algoritmo para aplicação do termostato de Andersen
O parâmetro , que define a frequência de colisões, deve ser fornecido pelo usuário.
Para cada partícula, uma variável aleatória e uniforme entre 0 e 1 deve ser calculada (usando rotina ran2).
Se esta variável aleatória for menor do que t a velocidade da partícula deve ser redefinida, usando a distribuição de MB com a temperatura pretendida.
A intensidade do acoplamento com o reservatório é dada pela frequência
colisões infrequentes: as flutuações na energia serão lentas e o termostato não funcionará de forma apropriadacolisões frequentes: flutuações dominadas por colisões, como esperado.
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Controle da temperatura em MD
Termostato de Andersen [J. Chem. Phys. 72, 2384 (1980)]
Algoritmo para aplicação do termostato de Andersen
As colisões podem ser feitas dentro da rotina de integração de velocity-Verlet:
gasdev: gerador de números aleatórios com distribuição normal (gaussiana), com variância unitária e média zero (Numerical Recipes).
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Controle da temperatura em MD
Produz dois números aleatórios, com distribuição uniforme, num quadrado de -1 a +1
Transformação Box-Muller para obter duas distribuições normais a partir de distribuições uniformes
IDMSF2017 15
Controle da temperatura em MD
Uso da rotina GASDEV, para diferentes números de chamadas (calls)
IDMSF2017 16
Controle da temperatura em MD
Uso da rotina GASDEV, para diferentes números de chamadas (calls)
IDMSF2017 17
Controle da temperatura em MD
Uso da rotina GASDEV, para diferentes números de chamadas (calls)
IDMSF2017 18
Cálculo de propriedades termodinâmicas
Capacidade térmica e calor específico (V constante)
Capacidade térmica
1a Lei de TermodinâmicaV constante
Calor específico
= 0
IDMSF2017 19
Cálculo de propriedades termodinâmicas
Capacidade térmica e calor específico (V constante)
Capacidade térmica
Relação da Mecânica Estatística
Variância ou dispersão em energia interna
Variância ou dispersão em energia interna
Média do observável A, calculada numa simulação com N, V e T constantes
Média do observável A, calculada numa simulação com N, V e T constantes
IDMSF2017 20
Cálculo de propriedades termodinâmicas
Pressão do sistema
Teorema do virial da Mecânica Estatística: 2a equação do virial
Força total: externas e internas ao sistema
IDMSF2017 21
Cálculo de propriedades termodinâmicas
Pressão do sistemaPressão do sistema
Pressão do sistema
Teorema do virial da Mecânica Estatística: 2a equação do virial
Força total: externas e internas ao sistema
IDMSF2017 22
Cálculo de propriedades termodinâmicas
Pressão do sistema
Teorema do virial da Mecânica Estatística: 2a equação do virial
Força total: externas e internas ao sistema
IDMSF2017 23
Cálculo de propriedades termodinâmicas
Pressão do sistema
Teorema do virial da Mecânica Estatística: 2a equação do virial
Força total: externas e internas ao sistema
Pressão do sistemaPressão do sistema
IDMSF2017 24
Cálculo de propriedades termodinâmicas
Pressão do sistema
3a lei de Newton:
IDMSF2017 25
Cálculo de propriedades termodinâmicas
Pressão do sistema
3a lei de Newton:
IDMSF2017 26
Cálculo de propriedades termodinâmicas
Pressão do sistema
Usando equipartição da energia:
Forças de pares, derivadas a partir do potencial de interação de paresForças de pares, derivadas a partir do potencial de interação de pares
IDMSF2017 27
Cálculo de propriedades termodinâmicas
Pressão do sistema
Supondo um potencial do tipo Lennard-Jones (LJ):
IDMSF2017 28
Cálculo de propriedades termodinâmicas
Pressão do sistema
Supondo um potencial do tipo Lennard-Jones (LJ):
IDMSF2017 29
Cálculo de propriedades termodinâmicas
Pressão do sistema
Supondo um potencial do tipo Lennard-Jones (LJ):
IDMSF2017 30
Cálculo de propriedades termodinâmicas
TAREFA 7:
Considere um sistema com N partículas monoatômicas, que interagem através de um potencial do tipo LJ. Tomando o parâmetro de distância
ij = 1.0 e de energia
ij = 1.0,
obtenha o que se pede:
1) Calcule a capacidade térmica a volume constante, para diferentes temperaturas do sistema, e compare com o valor esperado para um gás ideal.
2) Calcule a pressão do sistema, para uma dada temperatura, e compare com o resultado esperado para um gás ideal.
A análise acima deve ser feita usado os termostatos de Berendsen e Andersen.
Os resultados acima (gráficos, tabelas, valores obtidos, etc) devem ser apresentados num texto em PDF. Figuras devem ser preparadas com legendas, identificação de eixos, etc. A análise dos resultados é livre.
Data limite de entrega: 15/08/2017 (mandar o arquivos do programa e o PDF do texto para o email [email protected])
Data limite de entrega: 15/08/2017 (mandar o arquivos do programa e o PDF do texto para o email [email protected])