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ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA!

Adaptado do Poema da Beata Madre Maria dos Apóstolos

Co-Fundadora das Irmãs Salvatorianas

Estamos profundamente agradecidas ao Divino Salvador por suas graças abundantes

Um tríplice aleluia acende em nós a alegria espiritual!

ALELUIA!

O primeiro aleluia se refere ao passado.

Agradecemos de coração o serviço prestado pela Equipe de

Coordenação Geral das Irmãs do Divino Salvador (Irmãs

Salvatorianas) que durante os últimos onze anos, animaram a nossa

Congregação: Irmãs: Therezinha Joana Rasera - Brasil, Edith

Bamberger - Áustria, Dulcelene de Fátima Ceccato - Brasil,

Rani Fernando – Sri Lanka, Martha Gloria Mesa Garcés -

Colômbia e Grace Mary Croft – USA e colaboradoras/es

Com ele agradecemos ao Senhor por seus inumeráveis

benefícios. Também por todos os erros que cometemos,

e pelos sofrimentos e contratempos; podemos entoar

um alegre aleluia, porque, por meio deles, nos pudemos

conhecer melhor. Esta retrospecção nos deve encher de

nova coragem, de novo fervor.

ALELUIA!

Cantemos, pois, o segundo aleluia para o presente.

Agradecemos a disponibilidade da Equipe de Coordenação Geral eleita

para os próximos seis anos Irmãs: Edith Bramberger- Austria, Ir.

Maria Yaneth Moreno – Colômbia, Lilly Kurien – Índia, Ir. Marion

Etzel – EUA, Teresa Schlackl - Áustria, Martha Gloria – Colômbia.

Mediante a obediência nos é sempre possível conhecer

claramente e cumprir sempre a vontade de Deus. Portanto,

amanhã (e todos os dias), ao nos levantarmos com o

Salvador ressuscitado, lhe prometeremos a nossa adesão

em tudo que a obediência nos pedir.

ALELUIA!

Um terceiro aleluia se dirige ao futuro.

Comprometemo-nos em assumir e viver o Documento do 20° Capítulo

Geral para os próximos seis anos. O Tema Geral deste é: “Nós, mulheres

Salvatorianas assumimos viver em solidariedade com um mundo sofrido,

para que todos tenham vida em plenitude”. Os elementos chave ligados a

este tema são aspectos importantes para nossa vida, os quais nos guiam no

aprofundamento de nossa solidariedade com o mundo sofrido: Identidade

Salvatoriana; Formação Contextualizada; Colaboração – Cultura da

Solidariedade; Estruturas Significativas; e Recursos Financeiros - Auto

Sustentabilidade.

Procuremos progredir sempre mais, e aspirar sempre às

coisas do alto. Esforcemo-nos para sermos eficazes no

apostolado para que a Congregação possa contar conosco. Se procuramos conservar sempre em

nós a alegria espiritual, que o aleluia da Páscoa faz ressoar em nosso coração, então seremos

sempre mais membros capazes e úteis da Congregação.

Não haverá, então, campo algum de trabalho, nem país algum que não seja adequado

aos nossos desejos, porque, aqueles que seguem o Salvador do mundo só têm um desejo:

Fazer a Sua vontade. OBS: As letras em Azul são acréscimos ao poema de Madre Maria dos Apóstolos

Ir Vera Lúcia Palermo SDS

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Mê s dê Novêmbro “Os cristãos Leigos são homens e mulheres da Igreja no coração do mundo, homens e

mulheres do mundo no coração da Igreja”... “os fiéis leigos e leigas, discípulos/as e

missionários/as, são luz do mundo”. DA 210.

No domingo de 25 de novembro a Igreja do Brasil celebra, juntamente com a festa de Cristo Rei, o dia

do Leigo. Convidando toda a comunidade a refletir sobre a identidade e missão desses homens e mulheres – os

cristãos leigos - que formam a imensa maioria do Povo de Deus e são a esperança da Igreja.

Neste boletim traremos alguns artigos dando ênfase a missão dos nossos irmãos e irmãs leigos

lembrando que Pe Jordan nosso fundador desde o início de sua fundação queria fortalecer a fé do leigo em seu

meio ambiente social e cultural, dando-lhe um forte impulso apostólico missionário. Pe Jordan enfatizava que:

A consciência da missão e a confiança em Deus têm suas raízes na constância da sua fé e sua pronta submissão

a Deus. Ele deseja envolver em sua obra fundacional, homens e mulheres, de qualquer condição social, os

quais, sem abandonar sua profissão, se unem à Sociedade (Congregação), comprometendo-se a realizar a

missão da mesma em seu respectivo campo de atividade e/ou meio-ambiente. Vejamos a seguir algumas

experiências significativas da presença e Missão de leigos engajados fazendo a diferença em nossa sociedade e

Igreja.

Queridos leitores/as do ELO, em comemoração aos 25 anos da PASTORAL DA CRIANÇA neste ano de 2012 preparamos nesta edição uma entrevista com MARINA RODRIGUES NASCIMENTO DE CARVALHO. Ela é Leiga Salvatoriana, líder e Coordenadora da Pastoral da Criança da Região Santa Bárbara d´Oeste/SP. Confiram a bela trajetória de Vida e Esperança!

Ir. Renária: Há quanto tempo você está na Pastoral

da Criança e o que lhe despertou para este trabalho de

Liderança junto a Pastoral da Criança?

Marina: Eu estou há doze anos na Pastoral da Criança

e vou dizer como tudo começou. Primeiramente,

penso que foi um toque da Providência Divina, pois

bem, eu havia mudado recentemente para a casa na

qual hoje resido junto com a minha família, então eu

estava na casa de uma vizinha, a dona Nice e ela

recebeu a visita de uma líder da Pastoral da Criança

que a convidou para participar de um Encontrão com

as Líderes da Pastoral, naquele instante, senti como os

discípulos de Emaús, no evangelho de Lucas, o

coração arder, despertando o desejo em participar

desse encontro, assim, perguntei se eu também poderia

ir e ela me disse que sim!

O dia chegou e ao entrar me deparei com mais ou

menos 250 pessoas; fiquei encantada com a alegria

das pessoas que participavam e isso me atraiu e

imediatamente pensei em envolver-me com este

trabalho e foi o que eu fiz a partir daquela data. Outro

aspecto que sempre me cativou foi o de perceber a

ligação entre a oração e a vida nas atividades

desenvolvidas.

Fui conhecendo e me envolvendo na Pastoral

da Criança sempre pensando em devolver a Deus

aquilo que Ele havia um dia me dado, ou seja, ajudar

as famílias e mães, pois também a minha experiência

pessoal foi marcada por muitas dificuldades, tanto

com relação à falta de orientações que a minha mãe

carecia, bem como a minha infância desprovida fez

com que eu sentisse na pele a realidade que hoje

muitas outras crianças vivem. Assim, fui entendendo o

valor de acompanhar as mães carentes de apoio,

presença, autoestima e conhecimento de cuidados

corretos para consigo e sua família.

Ir. Renária: Como que você percebe a

participação das líderes na Pastoral da Criança em

nossa região Santa Bárbara?

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Marina: Nesses doze anos eu vi muitas pessoas

entrarem e não perseverarem na Pastoral da Criança,

mas vejo que aquelas que ficaram são as que

realmente se identificam com o trabalho. Abraçam a

causa com amor e sentem-se como uma extensão da

Pastoral em suas próprias vidas. Vejo ainda que as

líderes desenvolvem os trabalhos com alegria e

participam ativamente de outras pastorais também

vivendo a mística da Pastoral da Criança no dia-a-dia.

Ir. Renária: Marina, em que consiste a Mística da

Pastoral da Criança?

Marina: A Mística é a união entre fé e vida, nós

temos que nos esforçarmos para vivermos a Palavra de

Deus e assim a levarmos com o nosso testemunho de

vida. Desta maneira, a mística essencialmente,

consiste em levar a Palavra de Deus para a dinâmica

da vida de cada dia; não apenas fazermos, mas sermos

para todas as pessoas com as quais encontramos. A

oração que fazemos quando saímos para as visitas e

aquelas que fazemos quando chegamos às casas é o

grande desejo pela paz; rezamos ao saudar as pessoas,

“a paz esteja nesta casa”, desta forma, nossa missão

em viver a Palavra de Deus e propaga-la é com o

desejo de sermos lideranças promotoras da Paz do

Senhor.

Ir. Renária: Conte-nos como foi o início da Pastoral

da Criança na Diocese e como acontece a caminhada,

tanto no âmbito Diocesano como Regional.

Marina: Tudo começou na Diocese de Piracicaba em

08 de abril de 1987 por iniciativa do então Bispo

Diocesano Dom Eduardo Koaik. Um

pequeno grupo de 18 líderes comunitárias

iniciou a caminhada da Pastoral da

Criança na Paróquia São Francisco

Xavier, em Piracicaba. Depois, em

setembro do mesmo ano, foi implantada

na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e

na Capela Curada, hoje Paróquia São

Sebastião, em Santa Bárbara D’Oeste.

Atualmente, a Pastoral da Criança está

implantada em 48 Paróquias e 02 Quase -

Paróquia, com 173 comunidades e 1.200

participantes entre Coordenadores,

Líderes Comunitárias e Equipe de Apoio.

Como Diocese de Piracicaba,

temos a cada 02 anos a Assembleia

Diocesana, onde avaliamos, projetamos a caminhada e

elegemos a coordenação; também uma vez por ano

temos o Encontrão com todas as líderes comunitárias

e uma vez por mês, reunião com todas as

coordenadoras paroquiais, ainda a cada seis meses,

reunião com as coordenadoras comunitárias. A

formação desenvolvida na Diocese consiste no repasse

das orientações vindas da Nacional, para este repasse

fazemos encontros para Formação Contínua, onde

também se dá a troca de experiência entre as regiões;

ainda, primamos por uma formação na dimensão

espiritual, fortalecendo assim a mística da Pastoral da

Criança.

Como Região Santa Bárbara, temos uma vez

por mês, reunião com as coordenadoras e uma vez por

ano o encontrão com todas as líderes e a equipe de

apoio; mensalmente acontece nas Paróquias uma

reunião de reflexão e avaliação dos trabalhos

realizados naquele mês. Há também as muitas visitas

às famílias, bem como as Celebrações da Vida. Temos

ainda orientações para as mães gestantes realizadas

por médicos, dentistas e o pessoal técnico da

Secretaria da Saúde do Município, também há uma

orientação no campo psicológico com profissionais

desta área. Acontece em algumas Paróquias um

encontro de espiritualidade, geralmente conduzido por

um dos nossos Padres ou uma das Irmãs

Salvatorianas.

Em números atuais, na Região,

há 230 líderes; 1.088 famílias sendo

visitadas; 1.350 crianças de 0 a 06 anos

sendo acompanhadas e 74 gestantes

também sendo acompanhadas.

Ir. Renária: Conte-nos como foi a

preparação e realização da Celebração

dos 25 anos da Pastoral da Criança na

Região Santa Bárbara.

Marina: A preparação aconteceu em

conjunto com todas as coordenadoras

paroquiais e eu. Sentamos e vimos

como iríamos comemorar esta bela e

alegre data.

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Decidimos que iríamos começar

com uma Celebração Eucarística e uma

Caminhada no dia 02 de Setembro pelas

ruas da cidade. Como o povo no Deserto,

em travessia, retomamos o início da

Pastoral da Criança, porque de fato,

atravessamos o deserto, os tempos difíceis,

o início com poucos recursos humano e

material, porém aqui chegamos com

muitas vidas salvas, transformadas, nutridas,

alimentadas pela doação e participação de um grande

número de pessoas que se envolveram e se envolvem,

dando de si para os outros.

O dia 02 de Setembro foi a data da nossa

celebração, iniciamos a concentração da caminhada no

Terminal Central Urbano. A Coordenadora Diocesana

mais algumas pessoas da Equipe Diocesana da

Pastoral da Criança, líderes comunitárias, familiares,

mães, crianças, jovens do Crisma da Paróquia Nossa

Sra. Auxiliadora, as Irmãs Salvatorianas e diversas

pessoas engajadas e simpatizantes estiveram

presentes. Subimos em direção a Igreja Matriz de

Santa Bárbara às 8hs da manhã, e exatamente às 9hs

iniciamos a Santa Missa celebrada pelo Monsenhor

José Boteon que trouxe a Pastoral para a Região e

concelebrada pelos Padres Jucimar Bittecourt e

Cláudio César de Carvalho. Aproximadamente 400

pessoas participaram desta grande festa, e foi bonito

ver o povo dando glória a Deus por todo o êxito da

Pastoral da Criança e acenando com bandeirinhas

verdes e brancas.

Dois momentos foram marcantes para mim, o

primeiro, quando duas crianças cantaram o Salmo de

Resposta e o outro, quando da

entrada da imagem de Nossa

Senhora Aparecida, Ir. Celeste

ressaltou em seu comentário que

Maria, primeira Missionária

estava sendo trazida pelas mãos

de uma família.

No final da Missa o

Monsenhor Boteon agradeceu e

contou um pouco do início da Pastoral da Criança,

bem como agradeceu a participação de todas as

pessoas presentes. O meu sentimento foi de realização

porque tudo aconteceu como planejamos. Ver o

sorriso das líderes, o envolvimento das pessoas e

alegria que cada uma estava demonstrando era

também a minha alegria. Tudo foi do jeito como Deus

quis, assim, pensei não preciso falar muito, porque o

meu coração está imensamente agradecido.

As celebrações do Jubileu de Prata da Pastoral

da Criança na região Santa Bárbara se estenderá com o

Encontrão de todas as líderes, no dia 30 de

setembro na casa de encontros no Bairro Caiubi, em

Santa Bárbara.

Ir. Renária: E como que a sua família tem lhe

ajudado, facilitando a sua missão junto a Pastoral da

Criança?

Marina: Todos eles me ajudam. O meu marido Edson

é um líder da Pastoral da Criança, ele me ajuda em

tudo o que eu preciso, com o seu apoio, companhia

nos encontros, missas e reuniões, sem reclamar. Ele

fala ainda que esta Pastoral é uma daquelas que dá

resultado, porque vê as coisas acontecerem, portanto é

um simpatizante. Meus filhos Maicon e Maira também

me apoiam com o seu carinho, companhia e

compreensão, o meu filho mesmo diz que em casa

vivemos e respiramos Pastoral da Criança.

Ir. Renária: Como você percebe o seu testemunho de

leiga Salvatoriana diante do trabalho concreto na

Pastoral da Criança?

Marina: Já faz 04 anos que participo do grupo

Emanuel e há 07 anos conheço as Irmãs, e quando eu

conheci as Irmãs Devanira e Auxiliadora, fui me

identificando com o Carisma Salvatoriano porque

apesar do meu envolvimento, via que faltava algo. Por

meio do contato com as Irmãs, fui bebendo mais de

formação cristã, teológica, humana, bíblica e social,

assim, decidi ser leiga salvatoriana para que por meio

do carisma e da intuição de Padre Jordan, pudesse

viver com mais consciência a minha vida de cristã. A

caminhada como leiga salvatoriana tem me feito mais

orante, serena, reflexiva, espiritual e aberta aos apelos

de Deus na vida e nos meus serviços pastorais e,

sobretudo em paz, mesmo nas muitas tribulações de

cada dia; percebo que vou me encontrando mais e

mais como membro da Família Salvatoriana, tanto é

que agora me sinto parte desta Família.

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LEIGOS E LEIGAS SALVATORIANOS/AS GRUPO SÃO MATEUS – BUENO BRANDÃO – MG

No ano de 1997, as Irmãs Salvatorianas realizaram uma missão vocacional na paróquia do Senhor Bom

Jesus em Bueno Brandão,MG à convite do Padre Cézar. A missão foi realizada nos diversos setores da paróquia

e contou com a presença de vinte e um missionários/as, Irmãs, leigos e seminaristas.

No setor São Mateus surgiu um grupo de leigos e leigas, que se identificaram com o Carisma Salvatoriano e

formaram um grupo, com apoio das Irmãs Salvatorianas.

O grupo São Mateus teve inicio no dia vinte e sete

de fevereiro de 1998, com cerca de trinta pessoas.

Hoje, continuam perseverantes doze pessoas, se

encontrando uma vez por mês para refletir, aprender mais

sobre a vida do Padre Jordan, rezar e partilhar a palavra

de Deus. Durante esses catorze anos de convivência,

Irmãs Maria José e Vera Lúcia acompanharam o grupo.

O que a vivência do Carisma Salvatoriano influenciou na

sua vida?

O que mudou em sua vida a convivência em grupo e o

que fez você ser perseverante nesses catorze anos?

Segue o testemunho do grupo São Mateus:

Benedito e Glória

O testemunho de Padre Jordan e Madre Maria me influenciaram a ser perseverante. Ao ler os escritos:

Diário Espiritual e Alocuções, sinto dentro de mim uma força que motiva a ir em frente e não desistir.

Significa partilhar a vida, oração, escutar o outro e interajuda. O que me fez ser perseverante até hoje é o

carisma, o encontro com o grupo e alegria da convivência. A cada encontro realizado voltamos para casa

renovados. O que me motivou também foi o testemunho das Irmãs Salvatorianas.

José e Josefa

Aumentou a nossa fé através dos testemunhos do Padre Jordan e da união do grupo.

Fé, amizade e companheirismo. Nós não pensamos em desistir porque pensamos no grupo. Quando a gente se

encontra com o grupo, volta para casa outra pessoa.

Tereza e Lídia

Mudou muita coisa na minha vida e na convivência

com minha família, fiquei mais religiosa e mais participativa

na comunidade. A convivência com o grupo fez crescer a

amizade. A cada encontro volto para casa mais feliz, eu gosto

muito de participar do grupo. A convivência, estudo e

conhecimento da Palavra de Deus e do Carisma, mudaram o

meu relacionamento com meu marido e com meus filhos.

Adriana, Diego e Marlene

Trouxe mais paz na nossa família, mais tranquilidade.

Eu aprendi a ouvir mais as pessoas, e fiquei mais

compreensiva. A união do grupo, a partilha e a convivência foi muito importante para minha convivência

familiar. Senti acolhida depois de ter me afastado por algum tempo.

José e Maria

O grupo foi muito importante na nossa vida. Ele começou numa época em que estávamos passando por

dificuldades na família. No grupo a gente teve oportunidade de falar. Aprendemos a superar as dificuldades.

Tivemos mais facilidades em expor os problemas, com isso eu superei uma depressão.

O testemunho do Padre Jordan, a oração, a fé, a participação do grupo, a partilha da palavra refletida em

cada encontro nos faz sentir gosto de vir e participar do grupo de Leigos Salvatorianos.

Ângelo e Judite

Pegamos gosto pela leitura da Bíblia, aprendemos a ouvir mais as pessoas, praticar mais a palavra de

Deus. O Valor de se reunir e compartilhar ideias, partilhar a palavra de Deus, o incentivo e amizade do grupo

nos faz sentir da mesma família. A amizade, a união, a fé, a luz do Espirito Santo. Incentivo da Palavra de

Deus. O apoio das Irmãs Salvatorianas tudo isso é motivo para sermos perseverantes.

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Jesus é a Palavra que revela Deus a nós, e nós revelamos Deus aos irmãos.

Deixar tudo, minha família, minha vida para viver intensamente

na missão e servir, anunciando o Reino de Deus: esta é minha proposta e

opção por seguir Jesus.

Não importa o lugar, distância, obstáculos, chuvas, lama, malária.

É a resposta do meu coração, muitas vezes não a minha vontade, pela

fraqueza humana. É uma força maior, inspirada e envolvida pelo Espírito

Santo, Deus vai se revelando à medida que você se propõe na

solidariedade e

disponibilidade, a

esperança me fortalece e

me transforma a cada dia,

pois não posso guardar

sem partilhar o que de bom recebo com generosidade de Deus.

Que meus olhos e ouvidos estejam atentos às

dificuldades e realidades deste povo de Guariba MT, com quem

caminho desde 2005, esse povo que me acolheu e cuida de mim

e assim caminhamos juntos dia a dia. Não me preocupo, porque

sei em quem coloquei minha confiança. Deus providenciando o

melhor para as minhas necessidades, nem sempre o que eu

quero, mas o que eu preciso.

A Igreja aqui enfrenta grandes dificuldades, pelas

distâncias e situações climáticas, o tempo de chuva, atoleiros,

algumas comunidades depende de barcos e barqueiros, ora rio

cheio, ora rio vazio, passar por cima de cachoeiras, bancos de

areia impedem o prosseguir da viagem, descemos, liberamos o

barco, e vamos enfrente para levar a boa Nova aos irmãos

ribeirinhos, enfrentamos temporal, árvores caídas nas estradas,

pontes feitas de troncos, outras caídas ou em péssimas

condições. Mas tudo se faz com amor e alegria, pois sabemos

quanto é importante a presença da igreja para celebrar a

Eucaristia, e a preparação da legalização sacramental.

Todos os meses, eu em companhia do Pe. Roberto

visitamos dezesseis comunidades, participamos em comunhão com as famílias que nos hospedam de cama ,

mesa e banho no rio.

Vivo em comunidade com as Irmãs Salvatorianas, Ir. Jeane, Ir. Admir, Ir. Terezinha.

Senhor, envia operários para a sua

messe, temos poucos operários. Jesus ajuda-

me a viver a verdade e passar a tua imagem

aos meus irmãos e irmãs que tanto amas. Ser

testemunha da verdade por meu viver, que

eu tenha atitudes, força e coragem de jamais

desistir. E que possa eu participar de um

mundo melhor, mais justo, mais humano e

feliz. Este é o momento aqui e agora

diretamente de Guariba, lugar tranquilo, de

belezas humanas e naturais, onde o céu se

faz próximo a terra.

“Ide por todo o mundo inteiro e anunciem o evangelho a toda a humanidade”. Mc 18, 15

Longe, muito longe da minha família e de tudo, mas perto do coração de Deus.

Minha missão é servir em Cristo, por Cristo e para Cristo, com carinho e amor!

Fátima Bento Ferreira - Missionária leiga em Guariba MT.

Pertence a Paróquia Nossa Senhora do Carmo - Paranavaí-PR

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JUSTIÇA, PAZ E INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO -JPIC

UM COMPROMISSO DA FAMÍLIA SALVATORIANA

A Comissão Salvatoriana de JPIC (Justiça, Paz e Integridade da Criação), da Família Salvatoriana no

Brasil, esteve reunida, para refletir e partilhar as ações concretas em favor da vida e da justiça realizada por cada

Unidade Salvatoriana (Padres, Irmãs e Leigos).

No cenário da realidade social atual, percebemos que são muitas as situações vividas pelo povo sofrido que

nos interpelam a estarmos a serviço da defesa da vida e da transformação da sociedade nos diversos locais de missão

onde a Família Salvatoriana atua. Somos continuamente desafiados/as e convocados/as para realizarmos ações em

defesa da vida, e a contemplar a presença de Deus em todas as coisas criadas, na perspectiva de transformar as

estruturas injustas, levando-nos a conversão do coração, para um compromisso de promover mais vida. Como

Família Salvatoriana constatamos que estamos contribuindo para fazer acontecer a Justiça, Paz, e Integridade da

Criação através da nossa ação, com gestos solidários e proféticos.

Com base em nosso Carisma constatamos crescimento e seriedade no compromisso de proteger e defender a

Vida. Vimos que a nossa presença Salvatoriana foi significativa na área de Educação, Saúde, Pastoral da Criança,

movimentos na defesa da vida: meninos e meninas de rua, jovens e envolvimento nos projetos sociais promovidos

pela Igreja local, comunidades e meio ambiente. Houve uma

adesão mais comprometida como presença e participação em

outros projetos promovidos pela igreja local e movimentos

sociais.

Agradecemos o empenho e a dedicação de todos/as

envolvidos/as que trabalharam e organizaram atividades que

beneficiaram pessoas necessitadas, promovendo a

transformação e a mudança em diversas áreas de nossos locais

de missão, através de todos os meios e modos conforme o

espírito universal de nossos fundadores. Que sejamos

iluminados/as e fortalecidos/as pela graça divina para darmos

continuidade nesta missão salvatoriana. Comissão da JPIC - Pe Selvino, Ir. Filomena e Ir. Noemi

28 de Novembro - Dia Mundial de Ação de Graças

A virtude da gratidão está em toda a Bíblia. É próprio das almas nobres agradecerem sempre e por todas as

coisas. O salmista exclama: "Bom é render graças ao Senhor..." E outra vez: "Entrai por suas portas com ações de

graças..." (Sl 92.1 e 100.4). Assim, o render graças a Deus, é tão antigo quanto a humanidade. Vem dos tempos

bíblicos e reflete-se ao longo da história.

O costume do "Dia de Ação de Graças" vem dos Estados Unidos. Em 1620,

saindo da Inglaterra, navega os mares o "Mayflower", levando a bordo muitas

famílias. São peregrinos puritanos que, fugindo da perseguição religiosa, vão

buscar a terra da liberdade. Chegando ao continente americano, fundam treze

colônias, semente e raiz dos Estados Unidos da América do Norte.

O primeiro ano foi doloroso e difícil para aquelas famílias. O frio e as feras

eram fatores adversos. Não desanimaram. Todos tinham fé em Deus e nas suas

promessas. Cortaram árvores, fizeram cabanas de madeira, e semearam o solo,

confiantes. Os índios, conhecedores do lugar, ensinaram a melhorar a produção.

E Deus os abençoou. No outono de 1621, tiveram uma colheita tão

abençoada quanto abundante. Emocionados e sinceramente agradecidos, reuniram

os melhores frutos, e convidaram os índios, para juntos celebrarem uma grande festa de louvor e gratidão a Deus.

Nascia o "Thanksgiving Day", (Dia de Ação de Graças) celebrado até hoje nos Estados Unidos, na quarta

quinta-feira de novembro, data estabelecida pelo Presidente Franklin D. Roosevelt, em 1939, e aprovada pelo

Congresso em 1941.

O embaixador brasileiro Joaquim Nabuco, participando, em Washington, da celebração do Dia Nacional de

Ação de Graças, falou em tom profético: "Eu quisera que toda a humanidade se unisse, num mesmo dia, para um

universal agradecimento a Deus". Estas palavras moveram consciências no Brasil. No governo do Presidente Eurico

Gaspar Dutra, o Congresso Nacional aprovou a Lei 781, que consagrava a última quinta-feira do mês de novembro

como o Dia Nacional de Ação de Graças.

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Porém, em 1966, o Marechal Humberto Castelo Branco modificou esta Lei, dizendo que não a última, mas a

quarta quinta-feira do mês de novembro seria o Dia Nacional de Ação de Graças, para coincidir com esta celebração

em outros países.

Sim, aquelas palavras de Joaquim Nabuco, grande estadista brasileiro, encontraram eco em muitos corações.

Hoje, são muitas as comunidades que, como num grande coro universal de gratidão a Deus, celebram nacionalmente

o Dia de Ação de Graças, na quarta quinta-feira de novembro. Em tudo e por tudo devemos dar graças a Deus! Fonte: www.saf.org.br

No dia 20 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem à morte de

Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. O quilombo era uma localidade situada na Serra da Barriga, onde escravos

se refugiavam. Com o passar dos anos, chegou a atingir uma

população de vinte mil habitantes, em razão do aumento das fugas dos

escravos.

O dia da consciência negra é uma forma de lembrar o

sofrimento dos negros ao longo da história, desde a época da

colonização do Brasil, tentando garantir seus direitos sociais.

Hoje temos várias leis que defendem esses direitos, porém a

discriminação continua ainda hoje como um retrato estampado na

história de nosso país.

Na época da escravidão os negros não tinham direito ao estudo

ou a aprender outros tipos de trabalho que não fossem os braçais,

ficando presos a esse tipo de tarefa. Hoje continuando e perpetuando a discriminação faz-se “cotas universitárias ou

até bônus para as empresas admitirem negros” para garantir o que já é garantido desde o nascimento para todo o

brasileiro seja ele descendente de qualquer etnia.

Muitos deles, estando libertos, continuaram na mesma situação de vida por não terem condições de se

sustentarem. O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial, contra a inferioridade da

classe, perante a sociedade. Além desses assuntos, enfatizam sobre o respeito enquanto pessoas humanas, além de

discutir e trabalhar para conscientizar as pessoas da importância da raça negra e de sua cultura na formação do povo

brasileiro e da cultura do nosso país. Redação do Elo

Mê s dê Dêzêmbro Dezembro é um mês especial para nós da Família Salvatoriana, pois no dia 8/12 comemoramos a fundação

da Congregação, dia 25/12 a festa do nascimento de Jesus Salvador e o nascimento de nossa Co-fundadora Madre

Maria dos Apóstolos para a eternidade.

FUNDAÇÃO DA FAMILIA SALVATORIANA 8 DE DEZEMBRO Aos 8 de dezembro (Festa da Imaculada Conceição) de 1881 Pe. Jordan fundou

em Roma a Sociedade do Divino Salvador. O seu desejo último foi envolver homens e

mulheres de todas as idades, raças e níveis sociais para trabalhar juntas em favor do

desenvolvimento da fé religiosa. Ele acreditava no serviço da Igreja local e também no

crescimento da fé através de missões em outros países.

Pe Jordan era convencido de que todos os meios e profissões deveriam ser

direcionados a fortalecer a fé do povo, deste modo, o objetivo primário seria o de chegar

a “conhecer Jesus Cristo” a fim de experimentar o Deus que é Amor e Vida. Jordan

esperava envolver os leigos e leigas como iguais atores na missão apostólica dentro da

Igreja e na sociedade. Estas convicções fizeram nascer o espírito de universalidade que

agora nos marca a todos os salvatorianos e salvatorianas, nome comum usado tanto

pelos religiosos, religiosas, leigos e leigas da Família Salvatoriana.

A Congregação das Irmãs do Divino Salvador foi a segunda fundação estabelecida por Pe. Francisco da Cruz

Jordan. Theresa von Wüllenweber, uma baronesa alemã, encontrou-se com Pe. Jordan e partilhou com ele a mesma

visão, o mesmo anseio, o mesmo carisma. A Congregação das Irmãs do Divino Salvador começou no dia 8 de

dezembro de 1888 em Tívoli-Itália. Theresa von Wüllenweber passou a se chamar Maria dos Apóstolos e foi a Co-

fundadora e primeira superiora Geral das Irmãs Salvatorianas. Por volta de 1890 Pe. Jordan enviou Padres e Irmãos

para servir no Nordeste da Índia. Em 1891 Madre Maria dos Apóstolos enviou Irmãs para trabalhar com mulheres e

crianças na missão na Índia.

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Madre Maria dos Apóstolos amava as missões além-

fronteiras. Ela sentia-se fortemente impelida pela missão e tinha

firme convicção de que as mulheres deveriam ser capazes de servir

como verdadeiras colaboradoras em todos os tipos de trabalhos

apostólicos, especialmente dando atenção às necessidades de

mulheres e crianças. Madre Maria dos Apóstolos voltou para a casa

de Deus Pai-Mãe no dia 25 de dezembro de 1907 e foi beatificada

em 13/10/1968. Atualmente as Irmãs Salvatorianas contam com

cerca de 1.200 membros com compromissos religiosos e vivem e

trabalham em 30 diferentes países.

Nossa Missão é Universal:

“Porque Nosso Senhor e Salvador morreu por todos, nossa

caridade apostólica se estende a todas as pessoas, sem distinção.

Nosso Fundador nos deixou uma herança que compromete nossa

congregação com a universalidade em sua missão, meios

apostólicos, membros e lugares de atuação. Fiéis a esta tradição,

estamos prontas, para a glória de Deus, a servir em qualquer parte do

mundo. ”

Toda a nossa vida é apostólica. Ela é a expressão do amor de

Cristo que nos impulsiona a doar-nos como os Apóstolos, para que

outros possam ter vida... Esforçamo-nos para sermos testemunhas credíveis da Boa Nova por nossa bondade, justiça

e amor para com todos. Servindo aos outros, servimos ao próprio Senhor.

Nosso comprometimento com a promoção da justiça social e nosso respeito pela dignidade humana inclui a

promoção da pessoa no seu todo. Por aquilo que somos e fazemos, ajudamos as pessoas a se libertarem da

ignorância, da doença, da pobreza e de toda forma de opressão, e a abrirem o coração à bondade e ao amor de Deus,

nosso Salvador. Servimos a todos com espírito de gratidão, conscientes de que recebemos mais do que damos.

Como mulheres salvatorianas, onde quer que estejamos em missão, nós nos abrimos á cultura na qual

vivemos, respeitando seus valores e agindo contra tudo aquilo que ameaça a vida. Nosso desejo que todos conheçam

o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, e de promover a vida

integral, nos impele a entrar em diálogo ecumênico e inter-religioso,

bem como a unir as forças com outros, para promover todos os

aspetos da justiça social, incluindo um especial respeito por toda a

criação. (Constituições e Estatutos Gerais).

Nossa missão é tornar conhecido e amado Jesus Salvador a

todos os povos, sem distinção de raça, credo ou condição social,

para que todos aqueles e aquelas que conheçam a Jesus, O amem e

amando-O se comprometam com uma sociedade mais justa e

fraterna onde todos vivam dignamente. "A vida eterna é esta: que

eles conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e aquele que tu

enviaste Jesus Cristo." (João 17,3).

Nossa espiritualidade Salvatoriana é caracterizada pelos

seguintes elementos:

fazer a experiência de Deus como centro de nossa vida

confiar na Divina Providência

viver a santidade como vocação e ajudar outros a fazer o mesmo

manifestar a bondade e o amor de Deus nosso Salvador

ser pessoas orantes, simples e pobres, ter zelo apostólico

viver a verdade, a justiça, a solidariedade e a fidelidade

estar disposto/a a carregar a cruz por amor à missão

amar de maneira inclusiva

seguir o exemplo de Maria em tornar conhecido o Salvador

amar a Igreja

viver a simplicidade dos filhos e filhas de Deus.

Jesus, como salvador do Mundo, é o centro e a fonte da

nossa vida. Dele aprendemos a viver em busca constante da glória do Pai, a exemplo de nossos Fundadores. Nosso

desejo de sermos totalmente dele e de colaborar em sua obra salvífica, nos impulsiona a conhecê-lo intimamente, a

amá-lo e servi-lo sem reserva. “Nós mulheres Salvatorianas assumimos a solidariedade com um mundo sofrido, para que todos tenham vida em plenitude”.

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“E a Palavra se fez “humana” e habitou no “mundo”.

E nós contemplamos a sua glória: glória do Filho único do Pai, cheio de amor e fidelidade” (Jo 1, 14).

Natal é tempo de encontro, caminhos que se cruzam, sonhos que se

abraçam, amor que se une, desejos que se realizam, esperanças que

renascem...

O Natal não é a festa de aniversário de Jesus de Nazaré, mas a

celebração de um acontecimento histórico que marcou a história da

humanidade: a encarnação do Filho de Deus. Conforme diz as Escrituras, “na

cidade de Davi nasceu para nós um Salvador, que é o Messias, o Senhor” (cf.

Lc 2, 11). O mercado que promove o consumismo tenta ofuscar e

marginalizar esta Boa Notícia. Há muita alegria e comemoração, mas sem ou

pouca referência com o mistério da encarnação de Jesus de Nazaré. Na

Sociedade atual há uma certa deturpação do verdadeiro sentido do Natal. É importante tomar consciência de que Jesus nasceu pobre entre os

pobres para evangelizar os pobres. Desde o Antigo Testamento, Deus prometeu,

por meio dos profetas, o envio do Messias servidor. Jesus nasceu na pobreza de Belém, terra de Judá, deitado numa

manjedoura. Não houve lugar na cidade para que ele nascesse. Ele nasceu na periferia do mundo, ou seja, Deus

escolheu se encarnar na pobreza e marginalidade deste mundo. Toda a sua vida foi marcada pela pobreza material.

Deus desceu para libertar seu povo a partir do estado de miséria, exploração e pobreza deste mesmo povo. Desceu

aos porões da humanidade.

Crer em Jesus de Nazaré pobre e indefeso requer assumirmos uma postura e um compromisso mais radical: a

postura de pobre, ser como os pobres, viver pobremente, despojando-nos de tudo aquilo que nos impede de

testemunhar livremente o grande amor que o Deus Pai-Mãe tem por toda a humanidade. O Reino de Deus é o centro

da mensagem Jesus e sentido último da promessa divina “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundancia”

Jo 10,10. Comprometer-se com o Reino de Deus significa opor-se a toda forma de mentira e exploração que fere o

povo de Deus; e colocar-se a serviço da libertação integral da pessoa humana neste mundo que sofre denunciando as

injustiças e anunciando a Boa Notícia que salva e liberta.

Jesus se encarnou em nossa humanidade para restituir a vida e a liberdade ao ser humano. Todas as palavras

e gestos de Jesus promoveram a vida e a liberdade para toda a humanidade. Nada nem ninguém têm o direito de

agredir e matar a vida e tirar-lhe a liberdade. A vida humana se realiza na liberdade: esta é um bem inalienável e um

valor imprescindível a ser permanentemente buscado e desejado. Jesus é o Salvador de toda a humanidade porque é

o Libertador, ou seja, Ele nos salva nos libertando do medo e do poder da morte. Por isso, o compromisso de toda

pessoa que se dispõe a seguir Jesus é centrar todo o esforço na promoção e na defesa da vida e da liberdade.

Jesus se encarnou para nos ensinar que no amor está a salvação do ser humano. O mundo atual está

profundamente marcado pelo desamor. Este se manifesta nas guerras, nas diversas formas de violência, na

intolerância, no preconceito, na fome, na prostituição, no desrespeito, na indiferença etc. Todos estes males são

atitudes e fatos realizados por quem se esqueceu de que é o amor que verdadeiramente confere sentido à

existência humana, pois Natal é: tempo de encontros: caminhos que se cruzam, sonhos que se abraçam, amor

que se une, desejos que se realizam, esperanças que renascem... Natal é tempo... de dar um toque na vida com as cores do arco-íris da esperança, da fé, da paz e do amor. É

tempo de agradecer as manifestações de Deus, deixarmo-nos extasiar por esse Divino Amor que, na fragilidade de

uma Criança, nos braços de Maria de Nazaré, veio iluminar toda a face da terra.

Natal é tempo... de olhar para o mundo que sofre, alimentar a chama do amor e apreciar o milagre da vida

acontecendo nos pequenos gestos de solidariedade entre os povos. É tempo de seguir com atenção e humildade os

passos dos pastores e os daqueles que têm coração simples e, em gestos de ternura, sintonizar mentes e aconchegar

corações deixando a compaixão falar mais alto que a voz da dor.

Natal é tempo... de pensar no irmão próximo e distante e de colaborar para o renascer do amor, da

solidariedade, da justiça. É tempo de, amorosamente, recompor a vida, perdoar e abraçar, com a ternura e a

misericórdia do Coração Materno do Deus Pai-Mãe, os registros de nossa infância e dos anos já vividos.

Sejamos Natal, Sim sejamos Natal... Dádivas do Deus amor nas relações humanas e ecológicas. Eis uma rica

oportunidade que vale a pena abraçar. Cada pessoa, todas/os nós assumamos um compromisso de lutar pela vida na

construção de uma cultura de paz e da justiça, inserindo na História algo do Deus Amor, Salvador e libertador de

toda a humanidade, comprometido, encarnado na Fraternidade Universal.

Feliz Natal a você e sua família. Ir Vera Lucia Palermo SDS

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Janeiro de 2013

RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?)

Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Assembleia Capitular

De 17 a 22 de janeiro de 2013 estaremos dando continuidade a 2ª Faze da Assembleia Capitular Eletiva

das Irmãs Salvatorianas da Província São Paulo. “Nós, mulheres Salvatorianas assumimos viver em solidariedade com

um mundo sofrido, para que todos tenham vida em plenitude”

Este é um tempo da graça de Deus para nós Irmãs do Divino

Salvdor, pois é uma oportunidade de reavivar nosso compromisso de

sermos dispcipulas missionárias do Divino Salvador testemunhando

através da vivencia fraterna o amor de Deus que nos une e fortalece na

certeza de que Jesus é, o centro e a fonte de nossa vida e missão.

Convido você para estar em comunhão conosto neste tempo

especial pedindo ao Espirito Santo que nos conduza e ilumine. Recebam

o nosso abraço amigo e Fraterno desejando a todos um Novo ano com as

Bençãos do Divino Salvador. Redação do Elo

IRMÃ HELENA MARQUES VIEIRA ... UMA VIDA A SERVIÇO DA VIDA ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

TESTEMUNHA VIVA DO TRIPÉ DA VIDA RELIGIOSA SALVATORIANA.

Na vida consagrada, três elementos estão bem alinhados: a intimidade com Deus; a vida comunitária e a

Missão Evangelizadora. Quando cada um destes três elementos tem a devida proporção e quando estão bem integrados e

harmonizados entre si, a pessoa goza de uma grande riqueza e maturidade humana e cristã.

É dentro desses três elementos que quero descrever a Irmã Helena como testemunho

vivo de Vida Religiosa Consagrada como Salvatoriana.

INTIMIDADE COM DEUS: É imprescindível saber combinar a experiência de

Deus vivida, com a vida comunitária e a apostolicidade, dando a todas as coisas o tempo

necessário para ter sempre mais a mística que os próprios desafios se apresentam. Era

visível esta qualidade em Ir. Helena, ela tinha um carinho todo especial pela oração

pessoal e um compromisso muito sério com a oração comunitária, mesmo na fadiga, ela

aparecia na capela, para estar junto da comunidade para rezar. A Palavra de Deus era a sua

companhia, bem como livros que ajudam a fortalecer a sua fé. Louvamos e agradecemos a

Deus por ter uma Irmã, como a Ir. Helena, que viveu essa intimidade com Deus, tornando-

a livre e se colocando a cada instante nas mãos de Deus. Ela sempre cantava com o

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coração: Eu me entrego Senhor em tuas mãos e espero pela tua salvação. E constantemente estava dizendo baixinho: Pai

querido! Querido Pai! Minha Mãe querida me ajuda! Muitas são as expressões de

fé e de intimidade com Deus que ela expressava ao longo do dia. Nós, Irmãs da

Comunidade bebemos essa santidade conquistada ao longo dos seus 89 anos de

idade.

VIDA COMUNITÁRIA: A vida comunitária feliz e fraterna é vivida

por pessoas livres, que vão assumindo viver se transcendendo, fazendo

experiência sempre maior do carisma, e se deixando encher da liberdade que

nasce do ser de Deus, na fé.

Percebemos sensivelmente essa dimensão da Vida Religiosa Salvatoriana

em nossa Ir. Helena. Era evidente seu empenho em estar presente em todos os

momentos comunitários. Ela sempre dizia: “Me sinto bem na comunidade”.

Mesmo com grande sacrifício ela queria servir a comunidade, mesmo nas

pequenas coisas. Era edificante o sentido de pobreza que ela tinha, através do seu

desprendimento e de sua preocupação em economizar. Muitas vezes ela se

apresentava à mesa para a refeição, pálida, frágil, debilitada, então dizíamos para ela: Vai para cama, lá você fica mais

confortável. E ela mais do que depressa dizia: “É aqui, junto de vocês que eu me sinto bem”. Não é de se agradecer

sempre essa presença viva comunitária no nosso meio? Deus seja louvado por essa oportunidade que Deus nos deu de

aprender muito com a Ir. Helena esse testemunho vivo de espírito comunitário.

MISSÃO APOSTÓLICA:

O sofrimento faz parte da carreira missionária dos que seguem os passos e o ministério de Jesus. Foi assim com nosso

mestre e Ele nos advertiu de que também sofreríamos e nos chamou a calcular os custos para ver se estamos dispostos a ir

até ao fim (Lucas 9:23, 57-62; 14:25-33). Jesus não facilitou a vida dos seus seguidores.

IR. Helena, foi sempre uma pessoa apostólica, através das CEBs, Catequese, Liturgia, grupo de Jovens, enfim

onde se dizia anunciar o Evangelho ela lá estava de coração e alma.

Um pequeno detalhe de sua vida apostólica na fragilidade: O Padre Osvaldo, vigário da

Paróquia veio em casa administrar Unção dos Enfermos e conversar com ela com o

objetivo de animá-la. E ela disse ao Padre: - “Eu estou nas mãos de Deus, pronta, quando

Ele quiser que eu vá, eu vou.” O Padre ficou encantado! Nunca tinha visto uma pessoa

tão profundamente preparada para morrer. Ele saiu fortalecido e quis compartilhar essa

experiência com os paroquianos. Durante todas as missas do domingo ele citou a vida da

Ir. Helena como exemplo de pessoa de oração e de intimidade com Deus. E teve uma

grande repercussão, as pessoas comentavam conosco sobre isso, que o Padre falou da

Irmã. Que alegria! Vejam! Sem sair de sua cama ela foi presença apostólica para todas as

pessoas que ouviram o Padre falar com carinho sobre a fé e confiança em Deus de Irmã

Helena.

CONCLUSÃO

IRMÃ HELENA NÃO FOI UMA PESSOA DOENTE,

ELA APENAS TEVE UMA ESTENOSE DA AORTA E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA GRAVE.

ELA FOI UMA PESSOA QUE INCORPOROU PELA FORMAÇÃO RELIGIOSA SALVATORIANA

A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO PESSOAL E COMUNITÁRIA E A MISSÃO

DE UMA FORMA MUITO RESPONSÁVEL.

Ir. HELENA MARQUES VIEIRA nasceu (Deus soprou vida sobre

ela) aos 19 de março de 1923, em Bom Jesus/ Ceará. Aos 20 de Fevereiro de

1942 ela entrou na Congregação em Videira/SC onde também fez seu pré-

noviciado. Em 05 de janeiro de 1943 ingressou no noviciado também em

Videira/SC, onde fez sua primeira profissão em 06 de janeiro de 1944. Seus

votos definitivos foram feitos em 06 de janeiro de 1950 em Americana/SP.

No dia 15 de setembro de 2012 aos 89 anos, na Santa Casa de

Misericórdia de São Joaquim da Barra/SP, Ir. Helena faleceu (deu o seu sim

definitivo a Deus). Depois de passar 7 dias internada com febre altíssima e

falta de ar, naquela noite de sábado, a pessoa que a acompanhava no hospital

telefonou e disse: Rezem irmãs, pois a Ir. Helena está partindo: E a

comunidade se reuniu na capela e rezamos muito. E por graça de Deus

conseguimos uma licença para ir uma irmã passar com ela esse seu último

momento doloroso. Ir. Eliane foi e, segurando com uma mão a mão dela e

com a outra sua cabeça e cantou: Eu me entrego Senhor em tuas mãos e

espero pela tua salvação. Assim nessa entrega ela foi aspirada por Deus.

Ir. Eliane de Calis -SDS