alcorao

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Alcorão Fonte digital: Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu http://www.islam.com.br E-mail: [email protected] Versão para RocketEdition TM LCC Publicações Eletrônicas eBooksBrasil.com Em Nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso Disse Deus, O Altíssimo: "Se tivéssemos feito descer este Alcorão sobre uma montanha, te-las-ia visto humilhar-se e fender-se , por temor a Deus. Tais exemplos propomos aos humanos, para que raciocinem" (surat Al Haxr 59:21) INTRODUÇÃO Louvado seja Deus, Senhor do Universo, e que a paz e a misericórdia estejam com o Mensageiro e toda a sua estirpe, seus companheiros e seus seguidores!

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Alcorão, para quem deseja entender

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  • 1. Alcoro Fonte digital: Centro Cultural Beneficente rabe Islmico de Foz do Iguau http://www.islam.com.br E-mail: [email protected] Verso para RocketEditionTM LCC Publicaes Eletrnicas eBooksBrasil.com Em Nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso Disse Deus, O Altssimo: "Se tivssemos feito descer este Alcoro sobre uma montanha, te-las-ia visto humilhar-se e fender-se , por temor a Deus. Tais exemplos propomos aos humanos, para que raciocinem" (surat Al Haxr 59:21) INTRODUO Louvado seja Deus, Senhor do Universo, e que a paz e a misericrdia estejam com o Mensageiro e toda a sua estirpe, seus companheiros e seus seguidores!

2. O Alcoro a palavra de Deus, revelada a Mohammad, desde a Surata da Abertura at a Surata dos Humanos, constituindo o derradeiro dos livros revelados humanidade. Ele encerra, em sua totalidade, diversificadas nuanas, tais como: a felicidade, a reforma entre os homens, a concrdia no presente e no futuro; ele foi revelado, versculo por versculo, surata por surata, de acordo com as situaes e os acontecimentos, no decorrer dos vente e trs ltimos anos da vida do Profeta Mohammad. Uma parte foi revelada antes da Hgira, em Makka, e outra depois, em Madina. Os versculos e as suratas revelados em Makka abrangem as normas da crena em Deus, em Seus Anjos, em Seus Livros, em Seus mensageiros e no Dia do Juzo Final. Os versculos e as suratas revelados em Madina dizem respeito aos rituais e jurisprudncia. Nele h narrativas sobre os nossos antecessores e sobre os nossos sucessores, e um rbitro entre ns. H narrativas de povos anteriores, de sculos passados; h histrias dos profetas, dos Mensageiros, dos povos, dos grupos, das pessoas, dos acontecimentos e do desenrolar da histria da civilizao; nele h explicaes e exemplos para aqueles que por ele queiram pautar suas vidas, e exortao para quem tem corao e est disposto a aceit- la, e a prestar testemunho. Ele revela a Lei imutvel de Deus, quer seja na perdio dos extraviados, quer seja na salvao dos encaminhados. Ele ensina que o mundo dos homens, no decorrer dos sculos, s benfico com a religio de Deus; que a humanidade, o que quer que faa, no alcanar a almejada felicidade se no se iluminar, guiando-se com a Mensagem Divina. Nele h revelaes do futuro sobre o dia da Ressurreio, sobre a vida futura, no dia em que os homens se congregaro junto ao Senhor do Universo. "Aquele que fizer um bem, quer seja do peso de um tomo., v-lo-; e aquele que fizer um mal, quer seja do peso de um tomo, v-lo-."(99 Surata, versculos 7 e 8) Nele h o julgamento dos problemas e das questes onde premente uma explicao e uma diretriz do caminho a seguir, no que diz respeito s questes da 3. crena e do pensamento, do carter e do comportamento, das relaes econmicas, dos ramos doutrinrios, dos julgamentos pessoais ou no: " humanos, j vos chegou uma prova convincente de vosso Senhor e vos enviamos uma translcida Luz."(4 Surata, versculo 174) "Recorda- lhes o dia em que faremos surgir uma testemunha de cada povo para testemunhar contra os seus, e te apresentaremos por testemunha contra os teus. Temos-te revelado, pois, o Livro que uma explanao de tudo, guia, misericrdia e auspcio para os muulmanos."(16 Surata, versculo 89) No h lei religiosa ou um problema, no que diz respeito ao mundo e vida dos homens, que no tenha nele uma soluo; ele um auxlio ao inesgotvel, guia, explicao e orientao para todos, quer seja em partes ou no todo: "J vos chegou de Deus uma Luz e um Livro Lcido."(5 Surata, versculo 15) Sim, este fabuloso Alcoro a luz orientadora para a humanidade. Ele arrancou-a das trevas e transportou-a para luz, para a verdade e para a verdadeira senda. Foi o ponto de transformao na sua longa histria, tirando-a da vida atroz de corrupo e levando-a para a vida de liberdade, de religio e de orientao, e instituiu, no mundo todo, o direito e a compreenso, elevando a humanidade do mais baixo degrau os pncaros da perfeio, de maneira sobranceira. As evidncias e os significados que o Alcoro abrange, j citados, s podem ser entendidos atravs de explicaes do texto alcornico e de seus versculos. Tal explicao uma pesquisa sobre a vontade de Deus, sobre o conhecimento dessa vontade atravs de Suas palavras no Alcoro, de acordo com a capacidade humana. A cincia da exegese nasceu dbil e cresceu paulatinamente at alcanar a maturidade, e seguir formidavelmente neste diapaso que conhecemos hoje. Na poca da revelao do Alcoro, enquanto o Profeta vivia, no havia necessidade para a explicao dos versculos, nem a regulamentao dessa cincia, porque o texto, na sua totalidade, era claro, compreensvel para o Profeta e seus Companheiros. Apesar disso, o Profeta explicava alguns versculos e algumas pronncias que podiam 4. causar ambigidades; tambm os Companheiros do Profeta e alguns adeptos assim o fizeram. Isto porque poderia haver m interpretao, quaisquer que fossem as razes que teriam de se desenrolar na alvorada de um povo progressista, em formao, que iria se expandir atravs de conquistas, enriquecendo sua existncia com acontecimentos histricos, discusses doutrinrias e pesquisas em jurisprudncia e poltica. O Alcoro era e continua sendo o centro da cultura islmica, dos movimentos filosficos e de todas as suas atividades intelectuais; seus versculos estimulam a nele pensarmos. Disse o Altssimo: "Eis o Livro que te revelamos, para que os sensatos recordem seus versculos e neles meditem."(38 Surata, versculo 29) Disse mais: "No meditam, acaso, no Alcoro? Se fosse de outra origem que no de Deus, haveria nele muitas discrepncias."(4 Surata, versculo 82) E disse ainda: "No meditam, acaso, no Alcoro, ou que seus coraes so insensveis?"(47 Surata, versculo 24.) Sua explicao nada mais do que o resultado de meditao e de deliberao. O ponto de vista dos doutos na matria, bem como seus mtodos, so diversificados. Alguns, levados pela simpatia doutrinria, apegaram-se explicao dos versculos, nesse sentido. Outros, levados pela simpatia lingstica, eloqente, estilstica e literria, enredaram-se tambm, nesse particular; o mesmo aconteceu com os simpatizantes da jurisprudncia. Outros, ainda, apegaram-se explicao das narrativas. Nesse particular, houve aqueles que se prolongaram na explicao, at a prolixidade estafante, e outros restringiram-na sucintez chocante, e outros, ainda, quedaram-se no meio-termo. Deles, houve quem tendesse para a explicao pessoal, e outros ainda no estilo esdrxulo; outros em estilo claro. De tudo isso resultou uma grande riqueza cientfica e um movimento intelectual considervel, que elevam glorificam um povo que serve ao Livro de seu Senhor, quer seja em decor-lo, preserv-lo explic-lo, quer seja em examin-lo, elev-lo e consagr-lo ao longo de catorze sculos, que sero seguidos por muitos outros, at que tudo que h no universo comparea 5. perante o Criador: "Ns revelamos a Mensagem e somos Seu Preservador"(15 Surata, versculo 9) "Este o Livro (o Alcoro) veraz por excelncia. A falsidade no se aproxima dele nem pela frente, nem por trs, porque a revelao do Prudente, Laudabilssimo."(41 Surata, versculo 41-42) Todas as importantes religies do mundo so baseadas nos seus Livros Sagrados, os quais so freqentemente atribudos a revelaes divinas. Seria pattico se, por algum infortnio, uma delas viesse a perder o texto original da revelao; a substituio jamais poderia estar em inteira conformidade com o que fora perdido. Os brmanes, os budistas, os judeus, os masdestas e os cristos podem comparar o mtodo empregado para a preservao dos ensinamentos bsicos de suas respectivas religies com o mtodo dos muulmanos. Quem lhes escreveu os livros? Quem lhos transmitiu de gerao a gerao? Ser a transmisso provinda de textos originais ou apenas traduo? No haveriam as guerras fratricidas causado dano s cpias dos textos? No haver contradies internas ou lacunas cujas referencias so encontradas em outro lugar? Estas so algumas das questes que podero ser aventadas, e isso requer respostas satisfatrias. No tempo em que emergiam o que ns chamamos de as Grandes Religies, os homens no apenas confiaram em suas memrias, mas tambm inventaram a arte de escrever, para preservarem sues pensamentos, assinalando, de modo mais premente do que fariam as memrias individuais dos serres humanos que, afinal de contas, tm um limitado ciclo de vida. Mesmo assim, nenhum destes dois meios infalvel quando tomados separadamente. uma questo de experincia cotidiana o ato de que, quando se escreve algo e ento se o revisa, encontram-se mais ou menos erros inadvertidos, omisso de letras ou mesmo de palavras, repetio de relatos, uso de palavras contrrias quelas pretendidas, erros gramaticais etc., sem falar nas mudanas de opinio do escritor, que tambm corrige seu estilo, seus pensamentos, seus argumentos e, s vezes, reescreve todo o documento. O mesmo acontece quanto 6. faculdade da memria. Aqueles que tm obrigao ou habilidade em aprender de cor algum texto, para recit-lo mais tarde, especialmente quando isso envolve longussimas passagens, sabem que s vezes suas memrias falham durante a recitao: pulam passagens, misturam umas com as outras, ou no se lembram de toda a seqncia; s vezes o texto correto permanece na subconscincia e relembrado no ltimo momento, ou no rebuscamento da memria por indicao de outrem, ou ao ser consultado o texto em documento escrito. O Profeta do Islam, Mohammad, de memria privilegiada, empregava ambos os mtodos simultaneamente, um ajudando o outro, reforando a integridade do texto e diminuindo ao mnimo as possibilidades de erro. Os ensinamentos islmicos so baseados no que o Profeta Mohammad disse ou fez. Ele prprio ditou certos textos a seus escribas, o que chamamos de Alcoro; outros textos foram compilados por seus companheiros, na maioria das vezes por iniciativa prpria; e a esses escritos chamamos de Tradio. A palavra Alcoro literalmente significa "leitura por excelncia" ou "recitao". Enquanto o ditava a seus Companheiros, o Profeta lhes assegurava que era a Revelao Divina que ele havia recebido. Ele no ditou tudo de uma s vez: as revelaes chegavam-lhe em fragmentos, de tempos em tempos. To logo ele recebia uma, costumava comunic-la a seus companheiros e pedir-lhes no somente que a prendessem de cor para que a recitassem durante a prtica das oraes -, mas tambm que a escrevessem e que multiplicassem as cpias. Em tais ocasies, ele indicava o lugar preciso da nova revelao no texto; no era dele a compilao cronolgica. No de admirar a precauo e o cuidado tomados para a preciso, levando-se em considerao o padro da cultura dos rabes daquele tempo. razovel acreditarmos que as primeirssimas revelaes recebidas pelo Profeta no foram imediatamente submetidas escrita, pela simples razo de que no havia, ainda, companheiro algum ou aderentes. 7. Estas primeiras partes no eram nem longas, nem numerosas. No havia risco de que o Profeta pudesse esquec-las, umas vez que ele as recitava freqentemente em suas oraes e em conversar proselticas. Alguns fatos da histria do-nos a idia do que aconteceu. mar Ibn al Khattab considerado a quadragsima pessoa a abraar o Islam. Isso se refere ao ano quinto da Misso (oito antes da Hgira). Mesmo em uma data primordial existiam cpias escritas de certas suratas do Alcoro e, como Ibn Hicham relata, foi devido ao profundo efeito produzido pela leitura acurada de alguns versculos da vigsima Surata que mar abraou o Islam. No sabemos precisamente o tempo em que a prtica de escrever o Alcoro comeou; contudo, h informaes precisas de que durante os remanescentes dezoito anos da vida do Profeta, o nmeros dos muulmanos, como tambm das cpias do texto Sagrado, continuou aumentando dia a dia. Como o Profeta recebia as revelaes em fragmentos, era natural que o texto revelado se referisse aos problemas do dia. Se acontecesse um de seus companheiros morrer, a revelao consistiria em promulgar a lei da herana; no seria de lei penal, tratando de roubo, por exemplo, a ser revelada no momento. As revelaes continuaram durante a inteira vida missionria de Mohammad, treze anos em Makka e dez em Madina. Uma revelao consistia s vezes de uma inteira Surata, curta ou longa, e s vezes de apenas uns poucos versculos. A natureza das revelaes impunha ao Profeta repeti- las constantemente em suas recitaes, e revisar continuamente a forma que as colees dos fragmentos teria que tomar. Todos os doutos afirmam, com autoridade, que o Profeta recitava todos os anos, no ms de Ramadan, perante o anjo Gabriel, aparte do Alcoro at ento revelada, e que no ltimo ano de sua vida Gabriel pediu- lhe que o recitasse inteiro duas vezes. O Profeta concluiu, desde ento, que iria, em breve, despedir-se da vida. O Profeta costumava revisar, nos meses do jejum, os versculos e as suratas, e coloc-las em sua seqncia adequada. Isto era necessrio por causa da continuidade 8. das novas revelaes. tambm sabido que o Profeta tinha o hbito de celebrar uma prtica adicional de orao durante os meses do jejum, todas as noites, s vezes mesmo em congregao, na qual ele recitava o Alcoro do princpio ao fim, tarefa esta que era completada ao cabo de um ms. Esta prtica, chamada de Tarawih, continua a ser observada com grande devoo at estes nossos dias. Quando o Profeta deu seu ltimo suspiro, uma rebelio estava tomando vulto em certas partes do pas. Tentando debel-la, vrias pessoas que conheciam o Alcoro de cor tombaram. O Califa Abu Bakr sentiu a urgncia da codificao do Alcoro, e a tarefa foi cumprida um ms depois da morte do Profeta. Durante seus ltimos anos de vida, o Profeta costumava usar Zaid Ibn Sbet como principal amanuense, para tomar em ditado as revelaes recentemente recebidas. Abu Bakr encarregou a mesma pessoa da tarefa de preparao de uma cpia condizente de todo o texto, em forma de livro. Havia ento em Madina vrios Huffaz (aqueles que sabiam todo o Alcoro de cor), e Zaid era um deles. Sob a direo do Califa, Zaid transcreveu o texto escrito em pergaminhos ou pedaos de couro, nas omoplatas das reses, nos ossos, nas pedras polidas e mesmo em pedaos de porcelana. A cpia condizente, assim preparada, foi chamada de Musshaf (encadernao). Esta foi conservada sob a prpria custdia do Califa Abu Bakr e, depois dele, por seu sucessor, mar Ibn al Khattab. Nesse meio tempo o estudo do Alcoro foi encorajado em toda parte do Imprio Muulmano. O Califa mar sentiu a necessidade de enviar cpias do texto autntico aos centros provincianos a fim de evitar as divergncias; mas foi deixado a seu sucessor, Otman, continuar com a tarefa. Um de seus comandantes, Huzaifa Aliaman, havendo voltado de uma viagem pelas vastas terras conquistadas pelos muulmanos, relatou que havia encontrado divergentes cpias do Alcoro e que havia, s vezes, desentendimento entre os diferentes mestres do Livro, concernente a isso. Otman fez imediatamente com que a cpia preparada para Abu Bakr fosse confiada a uma comisso presidida pelo acima 9. mensionado Zaid Ibn Sbet, para a reproduo de sete cpias; ele autorizou-lhes a reviso da pronncia, se necessrio. Quando a tarefa foi concluda, o Califa efetuou uma recitao pblica da nova edio perante os doutos presentes na capital, perante os companheiros do Profeta, e ento enviou estas cpias aos diferentes centros do vasto mundo islmico, ordenando que dali por diante todas as cpias fossem baseadas na edio autntica. Ele ordenou a destruio das cpias que, de algum modo, se desviassem do texto assim oficialmente estabelecido. concebvel que as grandes conquistas militares dos primeiros muulmanos induzissem alguns espritos hipcritas a proclamarem sua impulsiva converso ao Islam por motivos materiais, e para tentar danific-lo de maneira clandestina. Eles fabricaram verses do Alcoro com interpolaes. As "lgrimas de crocodilo", que foram derramadas pela destruio das cpias no autenticadas do Alcoro, por ordem do Califa Otman, somente poderiam Ter sido de tais hipcritas. sabido que o Profeta s vezes ab-rogava certos versculos que haviam sido comunicados previamente ao povo, e isso era feito para fortificar as novas Revelaes Divinas. Houve Companheiros que aprenderam a primeira verso, sem contudo estarem cientes das ltimas modificaes, tanto por causa da morte do Profeta como por suas residncias fora de Madina. Estes devem Ter deixado cpias a seus descendentes, as quais, embora autnticas, estavam ultrapassadas. Ainda, alguns muulmanos tinham o hbito de pedir ao Profeta que explicasse certos termos empregados no texto sagrado e anotar tais explicaes nas margens de suas cpias do Alcoro, a fim de no esquecerem delas. As cpias feitas mais tarde, com base nesses textos anotados, causariam s vezes confuses na questo do texto e do glossrio. A despeito da ordem do Califa Otman, para que se destrussem os textos inexatos, existia, nos sculos III e IV da Hgira, assunto bastante para a compilao de volumosas obras, constituindo as "variaes do Alcoro". Estas chegaram at ns, mas um apurado estudo mostra-nos que tais variantes eram arbica, que no possua vogais, nem se podia distinguir 10. entre as letras semelhantes, nem davam idia das mesmas, sendo meros pontos, como feito agora. Alm disso existiam diferentes dialetos em diferentes regies, e o Profeta havia permitido aos muulmanos de tais regies recitarem de acordo com suas algaravias, e mesmo substituir as palavras que estavam alm de sua argcia, por sinnimos que conhecessem melhor. Esta foi uma medida imergente de graa e clemncia. No tempo do Califa Otman, contudo, a instruo pblica havia-se desenvolvido suficientemente, e fez-se necessrio que aquelas concesses no fossem mais toleradas, pois o Texto Sagrado seria afetado e as variantes da leitura se radicariam. As cpias do Alcoro enviadas por Otman aos chefes das provncias gradualmente desapareceram nos sculos subseqentes; apenas uma delas, que presentemente se encontra em Tashkent, chegou at ns. O governo czarista da Rssia havia publicado em uma reproduo fac-smile; constata-se haver uma completa identidade entre essa cpia e o texto em uso noutras ocasies. A mesma cpia fiel do manuscrito existente do Alcoro, tanto completo como fragmentado, datando do primeiro sculo da Hgira. O Alcoro dirigido a toda humanidade, sem distino de raa, cor, religio ou tempo. Ainda mais, ele procura guiar a humanidade em todas as sendas da vida: espirituais, materiais, individuais e coletivas. Ele contm diretrizes para a conduta do chefe do Estado, bem como do homem comum; do rico, bem como do pobre; diretrizes para a paz, bem como para a guerra; tanto para a cultura espiritual como para o comrcio e bem-estar material. O Alcoro busca principalmente desenvolver a personalidade do indivduo: Cada ser ser pessoalmente responsvel perante seu Criador. Para tal propsito, o Alcoro no somente fornece ordens, porm tenta ainda convencer. Ele apela para a razo do homem e relata histrias, parbolas e metforas. Descreve os atributos de Deus, que Um, Criador de tudo, Onisciente, Onipotente, Ressuscitador dos mortos e Observador de nosso comportamento terreno; Justo, Clemente.(vide nota da 7 Surata, versculo 180) O Alcoro indica ainda o modo de aprazermos a Deus, 11. apontando quais as melhores oraes, quais os deveres do homem com respeito a Ele, a seus semelhantes e a seu prprio ser; ele d destaque ao fato de que no nos pertencemos, outrossim, pertencemos a Deus. O Alcoro fala das melhores normas relacionadas com a vida social, comercial, matrimonial, com a herana, com o direito penal, com o direito internacional, e assim por diante. Todavia, o Alcoro no um livro, no senso comum; a coleo das palavras de Deus, reveladas de tempos em tempos, durante vinte e trs anos, a Seu Mensageiro, escolhido entre os seres humanos. O Soberano d Suas instrues a Seu vassalo; portanto, h certas nuanas compreendidas e implcitas; h repeties, e mesmo mudanas nas formas de expresso. Deste modo, Deus fala s vezes na primeira pessoa e s vezes na terceira. Ele diz "Eu", bem como "Ns" e "Ele", porm, jamais "Eles". uma coleo de revelaes enviadas de ocasies em ocasies; e devemos, por isso, l-lo mais e mais, a fim de melhor aquilatarmos os seus significados. Ele possui diretrizes para todos, em todos os lugares e para todos os tempos. O estilo e a dico do Alcoro so magnficos e apropriados para a sua qualidade Divina. Sua recitao comove o esprito at daqueles que apenas o ouvem sem entend-lo. Com o passar do tempo, o Alcoro tem, em virtude de sua reivindicao de origem divina, desafiado a todos a criarem, conjuntamente, mesmo uns poucos versculos iguais aos que ele contm. Tal desafio porm tem permanecido sem resposta at os nossos dias. H algumas diferenas intrnsecas entre o Alcoro e os livros precedentes. Tais diferenas podem ser sucintamente estipuladas, como segue: 1. Os textos originais da maior parte dos primitivos Livros Divinos foram em sua quase totalidade perdidos, sendo que somente as suas tradues existem hoje. O Alcoro, por outro lado, existe hoje exatamente como foi revelado ao Profeta; nem uma palavra mais ainda, nem uma letra sequer foi trocada. Encontra-se disposio, em seu texto original, fazendo com que a Palavra de Deus seja preservada agora, bem como por todo o porvir. 12. 2. Nos primitivos Livros Divinos os homens mesclaram suas palavras com as palavras de Deus; porm, no Alcoro encontra-se to-somente as palavras de Deus em suas prstinas purezas. Isto admitido, mesmo pelos oponentes ao Islam. 3. No se pode dizer, com base na autntica evidncia histrica, em relao a nenhum outro Livro Sagrado possudo por diferentes povos, que ele realmente pertence ao mesmo profeta a quem atribudo. No caso de alguns deles, mesmo isto no sabido. Em que poca e a que profeta eles foram revelados? Quanto ao Alcoro, as evidncias que existem de que foi revelado a Mohammad so to vultosas, to convincentes, to slidas e completivas, que mesmo o mais ferrenho crtico do Islam no pode lanar dvidas sobre isso. Tais evidncias so to vastas e detalhadas, que sobre muitos versculos do Alcoro, mesmo a ocasio e o local de suas revelaes, podem ser conhecidos com exatido. 4. Os primitivos Livros Divinos foram revelados em lnguas que esto mortas desde h muito tempo. Na era presente, nao ou comunidade alguma fala tais lnguas e h apenas umas poucas pessoas que se jactam de compreend-las. Destarte, mesmo que tais Livros existissem hoje em suas formas originais e inadulteradas, seria virtualmente impossvel, em nossa era, compreender e interpretar corretamente suas injunes, bem como p- las em prtica em sua forma requerida. A lngua do Alcoro, por outro lado, uma lngua viva; milhes de pessoas falam-na e outro tanto a compreende. Ela est sendo ensinada e aprendida em quase todas as universidades do mundo; todas as pessoas podem aprend-la, e aquele que no tem tempo para isso pode, em qualquer parte, deparar com quem conhea a lngua, que lhe explique o significado do Alcoro. 5. Cada um dos Livros Sagrados existentes, encontrados entre as diferentes naes do mundo, foi dirigido a um povo em particular. Cada um deles contm um nmero de ditames que parece Ter sido dirigido a um perodo da histria em particular e que supria to-somente as necessidades daquela era. Tais necessidades no so 13. vlidas hoje, nem tampouco podem ser aplainadas e propiciamente vertidas para a prtica. Depreende-se disto que tais livros eram dirigidos queles povos em particular e nenhum deles para o mundo. Ademais, eles no foram revelados para serem seguidos permanentemente, mesmo pelo povo para o qual foram revelados; restringiam-se a influenciar somente sobre um certo perodo. Em contraste a isso, o Alcoro dirigido a toda humanidade; no se pode suspeitar que injuno alguma tenha sido dirigida a um povo em especial. Do mesmo modo, todos os ditames e injunes no Alcoro so os mesmos que podem ser aplicados em todos os lugares e em todas as pocas. Este fato vem provar que o Alcoro dirigido ao mundo inteiro, constituindo-se em eterno cdigo para a vida humana. 6. No h negar o fato de que os precedentes Livros Divinos cultuavam o bem e a virtude, ensinavam tambm os princpios da moralidade e da veracidade, e apresentavam uma maneira de viver consentnea com a vontade de Deus. Contudo, nenhum deles era suficientemente compreensivo para englobar tudo quanto fosse necessrio para uma vida humana virtuosa, sem nada suprfluo, sem nada carente. Alguns deles excediam em um aspecto, alguns em outros. o Alcoro, e to- somente o Alcoro, que cultua no apenas tudo o que havia de magnfico nos livros precedentes, porm, ainda, aperfeioa os desgnios de Deus e os apresenta em sua totalidade, delineando uma norma de vida que compreende tudo o que necessrio para o homem nesta terra. Os pensamentos se renovam e as culturas se proliferam; a vida evolui e a colheita intelectual da humanidade aumenta a cada dia, e quanto mais a humanidade evolui, mais unida e mais mesclada fica. Os veculos de comunicao em muito ajudam nisso, como se quisessem corroborar as palavras do Alcoro: " humanos, em verdade, Ns vos criamos de macho e fmea e vos dividimos em povos e tribos para reconhecerdes uns aos outros."(49 Surata, versculo 13) No que diz respeito traduo do Alcoro para outros idiomas, dando oportunidade a que outros povos, na pluralidade de suas lnguas e cores, possam conhecer a 14. Mensagem de Mohammad, os doutos na matria dizem: "a Mensagem de Mohammad para a humanidade em geral, e, sendo ele rabe, essa mensagem pode alcanar os no- rabes, atravs de tradues que substituiro o original. Todavia, deve ser uma traduo impecvel, correta, concordante, para que se possa coibir a trajetria de muitas tradues incorretas e preambuladas de fbulas irreais". Como o Livro de Deus um mar sem porto, com profundeza ignorada, esforamo-nos em Ter como base para a nossa verso uma explicao em estilo contemporneo, fcil, simples, clara, solerte, sucinta, livre das divergncias doutrinrias, dos aparatos artsticos, dos prembulos e dos problemas lingsticos, para que isso nos facilitasse e auxiliasse de uma maneira satisfatria, a traduo. E foi a paixo pelo Islam, o grande desejo de lhe til ns que somos um de seus adeptos -, que nos levou a enfrentar a empresa de traduzir o Alcoro Sagrado. Depois de muito trabalho, de muita perseverana, e de termos vencido o desnimo que chegou a nos invadir por dificuldades vrias, sai este, g raas ao Altssimo. Imbudo de fora de fora de vontade, seguimos avante, derrubando obstculos, vencendo etapas, auxiliado pela graa Divina. Para tanto, tivemos de recorrer vrias fontes, consultar vrias interpretaes, antigas e modernas. Estivemos trabalhando frente a obras como: "Ahcam al Coran" (As Mximas do Alcoro), de Abu Bakr ar Razi; "Ahcam al Coran (As Mximas do Alcoro), de Abu Bakr al Arabi; "Muntakhab Ahcam al Coran" (Coletnea de Mximas do Alcoro), de Abu Abdullah al Kurtubi; "Ahcam al Coran ( As Mximas do Alcoro), de Abul Hassan at Tabari; "At Tafsir al Wdhih" (A Exegese Inteligvel), de Mohammad Mahmud Hijazi; "Al Coran al Mufassar" (O Alcoro Explicado), de Mohammad Farid Wajdi; "Tafsir al Manar" (A Exegese da Luz), de Mohammad Rachid Rida; "Al Muntakhab fi Tafsir al Coran al Carim" ( O Seleto na Exegese do Sagrado Alcoro), publicado pelo Conselho Superior dos Assuntos Islmicos do Cairo; "The Holy Kuran" (O Alcoro Sagrado), traduo de Maulana Abdur- 15. Rahim Tariq; "Safwat al Bayan li Maani al Coran (Gema do Discernimento das Exegeses do Alcoro), de Hassanain Mohammad Makhluf ; "The Meaning of the Glorius Koran" (O Alcoro Glorioso), uma traduo explanatria de Mohammad Marmuduke Pickthall; "Al Mujan al Mufahrass li Alfaz al Coran al Carim" ( ndice dos termos do Sagrado Alcoro), de Mohammad Fuad Abdel Baqui, "The Holy Koran, Translation and Commentary" ( O Alcoro Sagrado, Traduo e Comentrios), de A. Youssef Ali. Na maioria dos casos seguimos as exegeses do Conselho Superior dos Assuntos Islmicos e do Professor Mohammad Mahmud Hijazi, por se situarem entre as que mais se coadunavam com os requisitos necessrios. Por fim, quando ainda na permanncia de dvida a respeito do significado de algum termo, recorremos ajuda inestimvel de S. E. Dr. Abdalla Abdel Chakur Kamel, Diretor do Centro Islmico do Brasil e Coordenador dos Assuntos Islmicos da Amrica Latina, que muito nos auxiliou neste sentido; a ele vo aqui nossos agradecimentos. Queremos render os nossos mais sinceros agradecimentos ao Sr. Jorge Boucher, que lutou conosco, pesquisando, consultando, comparando e encontrando termos que ia ao encontro do sentido preciso, participando tambm conosco das cinco revises que efetuamos dos originais. Finalmente, agradecemos a todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, participaram na compilao deste livro, desde datilgrafos, digitadores, at impressores. O nosso muito obrigado a todos. Samir El Hayek So Paulo, 1415 H. 1994 d.C. NDICE N da Surata Nome Traduo 1 AL-FTIHA 16. Abertura 2 AL BCARA A Vaca 3 AL IMRAN A Famlia de Imran 4 AN NISS As Mulheres 5 AL MIDA A Mesa Servida 6 AL ANAM O Gado 7 AL ARAF Os Cimos 8 AL ANFAL Os Esplios 9 AT TAUBAH O Arrependimento 10 YUNIS Jonas 11 HUD Hud 12 YOUSSIF Jos 13 AR RAD O Trovo 14 IBRAHIM Abrao 17. 15 AL HIJR Alhijr 16 AN NAHL As Abelhas 17 AL ISR A Viagem Noturna 18 AL CAHF A Caverna 19 MRIAM Maria 20 TAHA Taha 21 AL ANBIY Os Profetas 22 AL HAJJ A Peregrinao 23 AL MUMINUN Os Fiis 24 AN NUR A Luz 25 AL FURCAN O Discernimento 26 ACH CHUAR Os Poetas 27 AN NAML As Formigas 28 18. AL CASSAS As Narrativas 29 AL ANKABUT A Aranha 30 AR RUM Os Bizantinos 31 LUCMAN Lucman 32 AS SAJDA A Prostao 33 AL AHZB Os Partidos 34 SAB Sab 35 FTER O Criador 36 YA SIN Y Sin 37 AS SFAT Os Enfileirados 38 SAD A Letra Sad 39 AZ ZMAR Os Grupos 40 GHFER O Remissrio 41 FSSILAT 19. Os Detalhados 42 AX XURA A Consulta 43 AZ ZKHRUF Os Ornamentos 44 AD DUKHAN A Fumaa 45 AL JSSIYA O Genuflexo 46 AL AHCAF As Dunas 47 MOHAMMAD Mohammad 48 AL FATH O Triunfo 49 AL HUJJURAT Os Aposentos 50 CAF A Letra Caf 51 AZ ZRIAT Os Ventos Disseminadores 52 AT TUR O Monte 53 AN NAJM A Estrela 54 AL CAMAR A Lua 20. 55 AR RAHMAN O Clemente 56 AL WQUIA O Eventos Inevitvel 57 AL HADID O Ferro 58 AL MUJDALA A Discusso 59 AL HAXR O Desterro 60 AL MUMTAHANA A Examinada 61 AS SAF As Fileiras 62 AL JUMUA A Sexta-Feira 63 AL MUNFICUN Os Hipcritas 64 AT TAGHBUN As Defraudaes Recprocas 65 AT TALAC O Divrcio 66 AT TAHRIM As Proibies 67 AL MULK A Soberania 68 21. AL CALAM O Clamo 69 AL HCCA A Realidade 70 AL MAARIJ As Vias de Ascenso 71 NUH No 72 AL JIN Os Gnios 73 AL MUZAMIL O Acobertado 74 AL MUDASSIR O Emantado 75 AL QUIMA A Ressurreio 76 AL INSAN O Homem 77 AL MURSALAT Os Enviados 78 AN NABA A Notcia 79 AN NZIAT Os Arrebatadores 80 BAA O Austero 81 AT TAQIR 22. O Enrolamento 82 AL INFITAR O Fendimento 83 AL MUTAFFIFIN Os Fraudadores 84 AL INXICAC A Fenda 85 AL BURUJ As Constelaes 86 AL TRIC O Visitante Noturno 87 AL ALA O Altssimo 88 AL GHXIYA O Evento Assolador 89 AL FAJR A Aurora 90 AL BALAD A Metrpole 91 AX XAMS O Sol 92 AL LAIL A Noite 93 ADH DHUH As Horas da Manh 94 AX XARH O Conforto 23. 95 AT TIN O Figo 96 AL ALAC O Cogulo 97 AL CADR O Decreto 98 AL BAYINAT A Evidncia 99 AZ ZALZALA O Terremoto 100 AL ADYAT Os Corcis 101 AL CRIA A Calamidade 102 AT TACUR A Cobia 103 AL ASR A Era 104 AL HMAZA O Difamador 105 AL FIL O Elefante 106 CORAIX Os Coraixitas 107 AL MUN Os Obsquios 108 24. AL CAUAR A Abundncia 109 AL CFIRUN Os Incrdulos 110 AN NASR O Socorro 111 AL MASSAD O Esparto 112 AL IKHLSS A Unicidade 113 AL FALAC A Alvorada 114 AN NS Os Humanos O SIGNIFICADO DOS VERSCULOS DO ALCORO SAGRADO "AL-FTIHA" (A ABERTURA) (1) 1 SURATA Revelada em Makka; 7 versculos. 1 Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.(2) 2 Louvado seja Deus, Senhor(3) do Universo, 3 Clemente, o Misericordioso, 4 Soberano do Dia do Juzo. 5 S a Ti adoramos e s de Ti imploramos ajuda! 6 Guia-nos senda reta, 7 senda dos que agraciaste, no dos abominados, nem dos extraviados(4) . 25. "AL BCARA" (A VACA) Revelada em Madina, 286 versculos. 2 SURATA Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso. 1 Alef, Lam, Mim(5) . 2 Eis o livro que indubitavelmente a orientao dos temente a Deus; 3 Que crem no incognoscvel, observam a orao e gastam daquilo com que os agraciamos; 4 Que crem no que te foi revelado ( Mohammad), no que foi revelado antes de ti e esto persuadidos da outra vida. 5 Estes possuem a orientao do seu Senhor e estes sero os bem-aventurados. 6 Quanto aos incrdulos, tento se lhes d que os admoestes ou no os admoestes; no crero. 7 Deus selou os seus coraes e os seus ouvidos; seus olhos esto velados e sofrero um severo castigo. 8 Entre os humanos h os que dizem: Cremos em Deus e no Dia do Juzo Final. Contudo, no so fiis(6) . 9 Pretendem enganar Deus e os fiis, quando s enganam a si mesmos, sem se aperceberem disso. 10 Em seus coraes h morbidez, e Deus os aumentou em morbidez, e sofrero um castigo doloroso por suas mentiras. 11 Se lhes dito: No causeis corrupo na terra, afirmaram: Ao contrrio, somos conciliadores. 12 Acaso, no so eles os corruptores? Mas no o sentem. 13 Se lhes dito: Crede, como crem os demais humanos, dizem: Temos de crer como crem os nscios? Em verdade, eles sos os nscios, porm no o sabem. 14 Em quando se deparam com os fiis, asseveram: Cremos. Porm, quando a ss com os seus sedutores, dizem: Ns estamos convosco; apenas zombamos deles. 26. 15 Mas Deus escarnecer deles e os abandonar, vacilantes, em suas transgresses. 16 So os que trocaram a orientao pelo extravio; mas tal troca no lhes trouxe proveito, nem foram iluminados. 17 Parecem-se com aqueles que fez arder um fogo; mas, quando este iluminou tudo que o rodeava, Deus extinguiu- lhes a luz, deixando-os sem ver, nas trevas. 18 So surdos, mudos, cegos e no se retraem (do erro). 19 Ou como (aquele que, surpreendidos por) nuvens do cu, carregadas de chuva, causando trevas, troves e relmpagos, tapam os seus ouvidos com os dedos, devido aos estrondos, por temor morte; mas Deus est inteirado dos incrdulos. 20 Pouco falta para que o relmpago lhes ofusque a vista. Todas as vezes que brilha, andam merc do seu fulgor e, quando some, nas trevas se detm e, se Deus quisesse, priv-los-ia da audio e da viso, porque Onipotente. 21 humanos, adorai o vosso Senhor, Que vos criou, bem como aos vossos antepassados, qui assim tornar-vos- eis virtuosos(7) . 22 Ele fez-vos da terra um leito, e do cu um teto, e envia do cu a gua, com a qual faz brotar os frutos para o vosso sustento. No atribuais rivais(8) a Deus, conscientemente. 23 E se tendes dvidas a respeito do que revelamos ao Nosso servo (Mohammad), componde uma surata semelhante dele (o Alcoro), e apresentai as vossas testemunhas, independentemente de Deus, se estiverdes certos. 24 Porm, se no o dizerdes e certamente no podereis faz-lo temei, ento, o fogo infernal cujo combustvel sero os idlatras e os dolos; fogo que est preparado para os incrdulos. 25 Anuncia ( Mohammad) os fiis que praticam o bem que obtero jardins, abaixo dos quais correm os rios. Toda vez que forem agraciados com os seus frutos, diro: Eis aqui o que nos fora concedido antes! Porm, s o ser na 27. aparncia. Ali tero companheiros imaculados e ali moraro eternamente(9) . 26 Deus no Se furta em exemplificar com um insignificante mosquito(10) ou com algo maior ou menor do que ele. E os fiis sabem que esta a verdade emanada de seu Senhor. Quanto aos incrdulos, asseveram: Que querer significar Deus com tal exemplo? Com isso desvia muitos e encaminha muitos outros. Mas, com isso, s desvia os depravados. 27 Que violam o pacto com Deus, depois de o terem concludo; separam o que Deus tem ordenado manter unido e fazem corrupo na terra. Estes sero desventurados. 28 Como ousais negar a Deus, uma vez que reis inertes e Ele vos deu a vida, depois vos far morrer, depois vos ressuscitar e ento retornais a Ele? 29 Ele foi Quem vos criou tudo quando existe na terra; ento, dirigiu Sua vontade at o firmamento do qual fez, ordenadamente, sete cus, porque Onisciente. 30 (Recorda-te Profeta) de quando teu Senhor disse aos anjos: Vou instituir um legatrio na terra! Perguntaram-Lhe: Estabelecers nela quem al far corrupo, derramando sangue, enquanto ns celebramos Teus louvores, glorificando-Te? Disse (o Senhor): Eu sei o que vs ignorais. 31 Ele ensinou a Ado todos os nomes e depois apresentou-os aos anjos e lhes falou: Nomeai-os para Mim e estiverdes certos(11) . 32 Disseram: Glorificado sejas! No possumos mais conhecimentos alm do que Tu nos proporcionaste, porque somente Tu s Prudente, Sapientssimo. 33 Ele ordenou: Ado, revela-lhes os seus nomes. E quando ele lhes revelou os seus nomes, asseverou (Deus): No vos disse que conheo o mistrio dos cus e da terra, assim como o que manifestais e o que ocultais? 28. 34 E quando dissemos aos anjos: Prostrai-vos ante Ado! Todos se prostraram, exceto Lcifer(12) que, ensoberbecido, se negou, e incluiu-se entre os incrdulos. 35 Determinamos: Ado, habita o Paraso(13) com a tua esposa e desfrutai dele com a prodigalidade que vos aprouver; porm, no vos aproximeis desta rvore, porque vos contareis entre os inquos. 36 Todavia, Sat os seduziu, fazendo com que sassem do estado (de felicidade) em que se encontravam. Ento dissemos: Descei!(14) Sereis inimigos uns dos outros, e, na terra, tereis residncia e gozo transitrios. 37 Ado obteve do seu Senhor algumas palavras de inspirao(15) , e Ele o perdoou, porque o Remissrio, o Misericordioso. 38 E ordenamos: Descei todos aqui! Quando vos chegar de Mim a orientao, aqueles que seguirem a Minha(16) orientao no sero presas do temor, nem se atribularo. 39 Aqueles que descrerem e desmentirem os Nossos versculos sero os condenados ao inferno, onde permanecero eternamente. 40 israelitas, recordai-vos das Minhas mercs, com as quais vos agraciei. Cumpri o vosso compromisso, que cumprirei o Meu compromisso, e temei somente a Mim. 41 E crede no que revelei, e que corrobora a revelao que vs tendes; no sejais os primeiros a neg-lo, nem negocieis as Minhas leis a vil preo, e temei a Mim, somente, 42 E no disfarceis a verdade com a falsidade, nem a oculteis, sabendo-a. 43 Praticai a orao pagai o zakat(17) e genuflecti, juntamente com os que genuflectem. 44 Ordenais, acaso, s pessoas a prtica do bem e esqueceis, vs mesmos, de faz-lo, apesar de lerdes o Livro? No raciocinais? 45 Amparai-vos na perseverana e na orao. Sabei que ela (a orao) carga pesada, salvo para os humildes, 29. 46 Que sabem que encontraro o seu Senhor e a Ele retornaro. 47 Israelitas, recordai-vos das Minhas mercs, com as quais vos agraciei, e de que vos preferi aos vossos contemporneos. 48 E temei o dia em que nenhuma alma poder advogar por outra, nem lhe ser admitida intercesso alguma, nem lhe ser aceita compensao, nem ningum ser socorrido! 49 Recordai-vos de quando vos livramos do povo do Fara, que vos infligia o mais cruel castigo, degolando os vossos filhos e deixando com vida as vossas mulheres. Naquilo tivestes uma grande prova do vosso Senhor. 50 E de quando dividimos o mar e vos salvamos, e afogamos o povo do Fara, enquanto olhveis. 51 E de quando institumos o pacto das quarenta noites de Moiss(18) e que vs, em sua ausncia, adorastes do bezerro, condenando-vos. 42 Ento, indultamo-vos, depois disso, para que ficsseis agradecidos. 53 E de quando concedemos a Moiss o Livro e o Discernimento, para que vos orientsseis! 54 E de quando Moiss disse ao seu povo: povo meu, por certo que vos condenastes, ao adorardes o bezerro. Voltai, portanto, contritos, penitenciando-vos para o vosso Criador, e imolai-vos mutuamente(19) . Isso ser prefervel, aos olhos do vosso Criador. Ele vos absolver, porque o Remissrio, o Misericordioso. 55 E de quando dissestes: Moiss, no creremos em ti at que vejamos Deus claramente! E a centelha vos fulminou, enquanto olhveis. 56 Ento, vos ressuscitamos, aps a vossa morte, para que assim, talvez, Nos agradecsseis. 57 E vos agraciamos, com as sombras das nuvens e vos enviamos o man(20) e as codornizes, dizendo-vos: Comei de todas as coisas boas com que vos agraciamos! (Porm, 30. o desagradeceram) e, com isso, no Nos prejudicaram, mas prejudicaram a si mesmos. 58 E quando vos dissemos: Entrai nessa cidade(21) e comei com prodigalidade do que vos aprouver, mas entrai pela porta, prostrando-vos, e dizei: Remisso! Ento, perdoaremos as vossas faltas e aumentaremos a recompensa dos benfeitores. 59 Os inquos permutaram as palavras por outras que no lhe haviam sido ditas, pelo que enviamos sobre eles um castigo do cu, por sua depravao. 60 E de quando Moiss Nos implorou gua para o seu povo, e lhe dissemos: Golpeia a rocha com o teu cajado! E de pronto brotaram dela doze(22) mananciais, e cada grupo reconheceu o seu. Assim, comei e bebei da graa de Deus, e no cismeis na terra, causando corrupo. 61 E de quando dissestes: Moiss, jamais nos conformaremos com um s tipo de alimento! Roga ao teu Senhor que nos proporcione tudo quanto a terra produz: suas hortalias, seus pepinos, seus alhos, suas lentilhas e suas cebolas! Perguntou-lhes: Quereis trocar o melhor pelo pior? Pois bem: Voltai para o Egito(23) , onde terei que implorais! E foram condenados humilhao e indigncia, e incorreram na abominao de Deus; isso, porque negaram os versculos os versculos de Deus e assassinaram injustamente os profetas. E tambm porque se rebelaram e foram agressores. 62 Os fiis, os judeus, os cristos, e os sabeus, enfim todos os que crem em Deus, no Dia do Juzo Final, e praticam o bem, recebero a sua recompensa do seu Senhor e no sero presas do temor, nem se atribuiro. 63 E de quando exigimos o vosso compromisso e levantamos acima de vs o Monte(24) , dizendo-vos: Apegai- vos com firmeza ao que vos concedemos e observai-lhe o contedo, qui (Me) temais. 64 Apesar disso, recusaste-lo depois e, se no fosse pela graa de Deus e pela Sua misericrdia para convosco, contar-vos-eis entre os desventurados. 31. 65 J sabeis o que ocorreu queles, dentre vs, que profanaram o sbado; a esses dissemos: "Sede smios desprezveis!"(25) 66 E disso fizemos um exemplo para os seus contemporneos e para os seus descendentes, e uma exortao para os tementes a Deus. 67 E de quando Moiss disse ao seu povo: Deus vos ordena sacrificar uma vaca. Disseram: Zombas, acaso, de ns? Respondeu: Guarda-me Deus de contar-me entre os insipientes! 68 Disseram: Roga ao teu Senhor para que nos indique como ela deve ser. Explicou-lhes: Ele afirma que h de ser uma vaca que no seja nem velha, nem nova, de meia- idade. Fazei, pois, o que vos ordenado. 69 Disseram: Roga ao teu Senhor, para que nos indique a cor dela. Tornou a explicar: Ele diz que tem de ser uma vaca de cor jalne que agrade os observadores. 70 Disseram: Roga ao teu Senhor para que nos indique como deve ser, uma vez que todo bovino nos parece igual e, se a Deus aprouver, seremos guiados. 71 Disse-lhes: Ele diz que tem de ser uma vaca mansa, no treinada para labor da terra ou para rega dos campos; sem defeitos, sem manchas. Disseram: Agora falaste a verdade. E a sacrificaram, ainda que pouco faltasse para que no o fizessem. 72 E de quando assassinastes um ser e disputastes a respeito disso; mas Deus revelou tudo quanto ocultveis.(26) 73 Ento ordenamos: Golpeai-o (o morto), com um pedao dela (rs sacrificada). Assim Deus ressuscita os mortos vos manifesta os seu sinais, para que raciocineis.(27) 74 Apesar disso os vossos coraes se endurecem; so como as rochas, ou ainda mais duros. De algumas rochas brotam rios e outras se fendem e delas mana a gua, e h ainda outras que desmoronam, por temor a Deus. Mas Deus no est desatento a tudo quanto fazeis. 32. 75 Aspirais, acaso, a que os judeus creiam em vs, sendo que alguns deles escutavam as palavras de Deus e, depois de as terem compreendido, alteravam-nas conscientemente? 76 Quando se encontram(28) com os fiis, declaram: Cremos! Porm, quando se renem entre si, dizem: Relatar-lhes-eis o que Deus vos revelou para que, com isso, vos refutem perante o vosso Senhor? No raciocinais? 77 Ignoram, acaso, que Deus sabe tanto o que ocultam, como o que manifestam? 78 Entre eles h iletrados que no compreendem o Livro, a no ser segundo os seus desejos, e no fazem mais do que conjecturar. 79 Ai daqueles que copiam o Livro, (alterando-o) com as suas mos, e ento dizem: Isto emana de Deus, para negoci-lo a vil preo. Ai deles, pelo que as suas mos escreveram! E ai deles, pelo que lucraram! 80 E asseveram: O fogo no vos atormentar, seno por dias contados. Pergunta-lhes: Recebestes, acaso, de Deus um compromisso? Pois sabei que Deus jamais quebra o Seu compromisso. Ou dizeis de Deus o que ignorais? 81 Qual! Aqueles que lucram por meio de um mal e esto envolvidos por suas faltas sero os condenados ao inferno, no qual permanecero eternamente. 82 Os fiis, que praticam o bem, sero os diletos do Paraso, onde moraro eternamente. 83 E de quando exigimos o compromisso dos israelitas(29) , ordenando-lhes: No adoreis seno a Deus; tratai com benevolncia vossos pais e parentes, os rfos e os necessitados; falai ao prximo com doura; observai a orao e pagai o zakat. Porm, vs renegastes desdenhosamente, salvo um pequeno nmero entre vs. 84 E de quando exigimos nosso compromisso, ordenando- vos: No derrameis o vosso sangue, nem vos expulseis reciprocamente de vossas casas; logo o confirmastes e testemunhastes. 33. 85 No entanto, vede o que fazeis: estais vos matando; expulsais das vossas casas alguns de vs, contra quem demonstrais injustia e transgresso; e quando os fazeis prisioneiros, pedis resgate por eles, apesar de saberdes que vos era proibido bani-los. Credes, acaso, em uma parte do Livro e negais a outra? Aqueles que, dentre vs, tal cometem, no recebero, em troca, seno aviltamento, na vida terrena e, no Dia da Ressurreio, sero submetidos ao mais severo dos castigo. E Deus no est desatento em relao a tudo quanto fazeis. 86 So aqueles que negociaram a vida futura pela vida terrena; a esses no lhes ser atenuado o castigo, nem sero socorridos. 87 Concedemos o Livro a Moiss, e depois dele enviamos muitos mensageiros, e concedemos a Jesus, filho de Maria, as evidncias, e o fortalecemos com o Esprito da Santidade(30) . Cada vez que vos era apresentado um mensageiro, contrrio aos vossos interesses, vs vos ensoberbeceis! Desmenteis uns e assassinveis outros. 88 Disseram: Nossos coraes so insensveis!(31) Qual! Deus os amaldioou por sua incredulidade. Quo pouco acreditam! 89 Quando, da parte de Deus, lhes chegou um Livro (Alcoro), corroborante do seu apesar de antes terem implorado a vitria sobre os incrdulos quando lhes chegou o que sabiam, negaram-no. Que a maldio de Deus caia sobre os mpios! 90 A que vil preo se venderam, ao renegarem o que Deus tinha revelado! Fizeram-no injustamente, inconformados de que Deus revelasse a Sua graa a quem Lhe aprouvesse, dentre os Seus servos. Assim, atraram sobre si abominao aps abominao. Os incrdulos sofrero um castigo afrontoso. 91 Quando lhes dito: Crede no que Deus revelou! Dizem: Cremos no que nos foi revelado. E rejeitam o que est alm disso (Alcoro), embora seja a verdade corroborante da que j tinham. Dize-lhes: Por que, ento, assassinastes os profetas de Deus, se reis fiis? 34. 92 J Moiss vos havia apresentado as evidncias e, em sua ausncia, adorastes o bezerro, condenando-vos. 93 E quando aceitamos o vosso compromisso e elevamos o Monte acima de vs, dizendo-vos: Recebei com firmeza tudo quanto vos concedermos e escutai!, disseram: J escutamos, porm nos rebelamos! E, por sua incredulidade, imburam(32) os seus coraes com a adorao do bezerro. Dize-lhes: Quo detestveis o que vossa crena vos inspira, se que sois fiis! 94 Dize-lhes: "Se a ltima morada, ao lado de Deus, exclusivamente vossa em detrimento dos demais, desejai ento a morte, se estiverdes certos." 95 Porm, jamais a desejariam, por causa do que cometeram as suas mos; e Deu bem conhece os inquos. 96 Tu os achars mais vidos de viver do que ningum, muito mais do que os idlatras, pois cada um deles desejaria viver mil anos; porm, ainda que vivessem tanto, isso no os livraria do castigo, porque Deus bem v tudo quanto fazem. 97 Dize-lhes Quem for inimigo(33) de Gabriel, saiba que ele, com o beneplcito de Deus, impregnou-te (o Alcoro) no corao, para corroborar o que foi revelado antes; orientao e alvssaras de boas novas para os fiis. 98 Quem for inimigo de Deus, de Seus anjos, dos Seus mensageiros, de Gabriel e de Miguel, saiba que Deus adversrio dos incrdulos. 99 Revelamos-te lcidos versculos e ningum ousar neg-los, seno os depravados. 100 Ser possvel que, cada vez que contraem um compromisso, haja entre eles um grupo que o quebre? Em verdade, a maioria no cr. 101 E quando lhes foi apresentado um Mensageiro (Mohammad) de Deus, que corroborou o que j possuam, alguns dos adeptos do Livro (os judeus) atiraram s costas o Livro de Deus, como se no o conhecessem. 102 E seguiram o que os demnios apregoavam, acerca do Reinado de Salomo. Porm, Salomo nunca foi 35. incrdulo, outrossim foram os demnios que incorreram na incredulidade. Ensinaram aos homens a magia e o que foi revelado aos dois anjos, Harut e Marut(34) , na Babilnia. Ambos, a ningum instruram, se quem dissessem: Somos to somente uma prova; no vos torneis incrdulos! Porm, os homens aprendiam de ambos como desunir o marido da sua esposa. Mas, com isso no podiam prejudicar ningum, a no ser com a anuncia de Deus. Os homens aprendiam o que lhes era prejudicial e no o que lhes era benfico, sabendo que aquele que assim agisse, jamais participaria da ventura da outra vida. A que vil preo se venderam! Se soubessem... 103 Todavia, se tivessem acreditado, e temido, teriam obtido a melhor recompensa de Deus. Se o soubessem!... 104 fiis, no digais (ao Profeta Mohammad): "Raina"(35) , outrossim dizei: "Arzurna" e escutai. Sabei que os incrdulos sofrero um doloroso castigo. 105 Aos incrdulos, dentre os adeptos do Livro, e aos idlatras, agradaria que no vos fosse enviada nenhuma merc do vosso Senhor; mas Deus outorga a Sua Clemncia exclusivamente a quem Lhe apraz, porque Agraciante por excelncia. 106 No ab-rogamos nenhum versculo(36) , nem fazemos com que seja esquecido (por ti), sem substitu-lo por outro melhor ou semelhante. Ignoras, por acaso, que Deus Onipotente? 107 Porventura, no sabes que a Deus pertence o reino dos cus e da terra e que, alm de Deus, (vs) no tereis outro protetor, nem defensor? 108 Pretendeis interrogar o vosso Mensageiro, como anteriormente foi interrogado Moiss? (Sabei que) aquele que permuta a f pela incredulidade desvia-se da verdadeira senda. 109 Muitos dos adeptos do Livro, por inveja, desejariam fazer-vos voltar incredulidade, depois de terdes acreditado, apesar de lhes ter sido evidenciada a verdade. Tolerai e perdoai,(37) at que Deus faa cumprir os Seus desgnios, porque Deus Onipotente. 36. 110 Observai a orao, pagai o zakat e sabei que todo o bem que apresentardes para vs mesmo, encontrareis em Deus, porque Ele bem v tudo quando fazeis. 111 Disseram: Ningum entrar no Paraso, a no ser que seja judeu ou cristo. Tais so as suas idias fictcias. Dize-lhes: Mostrai vossa prova se estiverdes certos. 112 Qual! Aqueles que se submeteram a Deus e so caritativos obtero recompensa, em seu Senhor, e no sero presas do temor, nem se atribularo. 113 Os judeus dizem: Os cristos no tm em que se apoiar! E os cristos dizem: O judeus no tm em que se apoiar!, apesar de ambos lerem o Livro. Assim tambm os nscios dizem coisas semelhantes. Porm, Deus julgar entre eles, quanto s suas divergncias, no Dia da Ressurreio. 114 Haver algum mais inquo do que aquele que impede(38) que o nome de Deus seja celebrado em santurios e se esfora por destru-los? Estes no deveriam adentr-los seno, temerosos; sobre eles recair, pois, o aviltamento deste mundo e, no outro, sofrero um severo castigo. 115 Tanto o levante como o poente pertencem a Deus e, aonde quer que vos dirijais, notareis o Seus Rosto(39) , porque Deus Munificente, Sapientssimo. 116 Dizem (os cristos): Deus adotou um filho! Glorificado seja! Pois a Deus pertence tudo quanto existe nos cus e na terra, e tudo est consagrado a Ele(40) . 117 Ele o Originador dos cus e da terra e, quando decreta algo, basta-Lhe dizer: "Seja!" e ele . 118 Os nscios dizem: "Por que Deus no fala conosco, ou nos apresenta um sinal?" Assim falaram, com as mesmas palavras, os seus antepassados, porque os seus coraes se assemelham aos deles. Temos elucidado os versculos para a gente persuadida. 119 Por certo ( Mensageiro) que te enviamos com a verdade, como alvissareiro e admoestador, e que no sers responsabilizado pelos rprobos. 37. 120 Nem os judeus, nem os cristos, jamais esto satisfeitos contigo, a menos que abraces os seus credos. Dize-lhes: "Por certo que a orientao de Deus a Orientao!" Se te renderes aos seus desejos, depois de te Ter chegado o conhecimento, fica sabendo que no ters, em Deus, Protetor, nem Defensor. 121 Aqueles a quem concedemos o Livro recitam-no como ele deve ser recitado. So os que acreditam nele; porm, aqueles que o negarem sero desventurados. 122 israelitas, recordai-vos das Minhas mercs com as quais vos agraciei, e de que vos preferi aos vossos contemporneos. 123 E temei o dia em que nenhuma alma poder advogar por outra alma, nem lhe ser aceita compensao, nem lhe ser admitida intercesso alguma, nem ningum ser socorrido. 124 E quando o seu Senhor ps prova Abrao, com certos mandamentos, que ele observou, disse-lhe: "Designar-te-ei Imam(41) dos homens." (Abrao) perguntou: E tambm o sero os meus descendentes? Respondeu- lhe: Minha promessa no alcanar os inquos. 125 Lembrai-vos que estabelecemos a Casa(42) , para o congresso e local de segurana para a humanidade: Adotai a Estncia de Abrao por oratrio. E estipulamos a Abrao e a Ismael, dizendo-lhes: "Purificai Minha Casa, para os circundantes (da Caaba), os retrados, os que genuflectem e se prostram(43) . 126 E quando Abrao implorou: senhor meu, faze com que esta cidade seja de paz, e agracia com frutos(44) os seus habitantes que crem em Deus e no Dia do Juzo Final! Deus respondeu: Quanto aos incrdulos dar-lhe-ei um desfrutar transitrio e depois os condenarei ao tormento infernal. Que funesto destino! 127 E quando Abrao e Ismael levantaram os alicerces da Casa, exclamaram: Senhor nosso, aceita-a de ns pois Tu s Oniouvinte, Sapientssimo. 38. 128 Senhor nosso, permite que nos submetamos a Ti e que surja, da nossa descendncia, uma nao submissa Tua vontade. Ensina-nos os nossos ritos e absolve-nos, pois Tu o Remissrio, o Misericordiosssimo. 129 Senhor nosso, faze surgir, dentre eles, um Mensageiro, que lhes transmita as Tuas leis e lhes ensine o Livro, e a sabedoria, e os purifique, pois Tu s o Poderoso, o Prudentssimo. 130 E quem rejeitaria o credo de Abrao, a no ser o insensato? J o escolhemos (Abrao), neste mundo e, no outro, contrar-se- entre os virtuosos. 131 E quando o seu Senhor lhe disse: Submete-te a Mim!, respondeu: Eis que me submeto ao Senhor do Universo! 132 Abrao legou esta crena aos seus filhos, e Jac aos seus, dizendo-lhes: filhos meus, Deus vos legou esta religio; apegai-nos a ela, e no morrais sem serdes submissos (a Deus). 133 Estveis, acaso, presentes,(45) quando a morte se apresentou a Jac, que perguntou aos seus filhos: Que adorareis aps a minha morte? Responderam-lhe: Adoraremos a teu Deus e o de teus pais: Abrao, Ismael e Isaac; o Deus nico, a Quem nos submetemos. 134 Aquela uma nao que j passou; colher o que mereceu e vs colhereis o que merecerdes, e no sereis responsabilizados pelo que fizeram. 135 Disseram: Sede judeus ou cristos, que estareis bem iluminados. Responde-lhes: Qual! Seguimos o credo de Abrao, o monotesta(46) , que jamais se contou entre os idlatras. 136 Dizei: Cremos em Deus, no que nos tem sido revelado, no que foi revelado a Abrao, a Ismael, a Isaac, a Jac e s tribos; no que foi concedido a Moiss e a Jesus e no que foi dado aos profetas por seu Senhor; no fazemos distino alguma entre eles, e nos submetemos(47) a Ele. 39. 137 Se crerem no que vs credes, iluminar-se-o; se se recusarem, estaro em cisma(48) . Deus ser-vos- suficiente contra eles, e Ele o Oniouvinte, o Sapientssimo. 138 Eis aqui a religio(49) de Deus! Quem melhor que Deus para designar uma religio? Somente a Ele adoramos! 139 Pergunta-lhes: Discutireis conosco sobre Deus. Apesar de ser o nosso e o vosso Senhor? Somos responsveis por nossas aes assim como vs por vossas, e somos sinceros para com Ele. 140 Podeis acaso, afirmar que Abrao, Ismael, Isaac, Jac e as tribos eram judeus ou cristos? Dize: Acaso, sois mais sbios do que Deus o ? Haver algum mais inquo do que aquele que oculta um testemunho recebido de Deus? Sabei que Deus no est desatento a quanto fazeis. 141 Aquela uma nao que j passou; colher o que mereceu vs colhereis o que merecerdes, e no sereis responsabilizados pelo que fizeram. 142 Os nscios dentre os humanos perguntaro: Que foi que os desviou de sua tradicional quibla(50) ? Dize-lhes: S a Deus pertencem o levante e o poente. Ele encaminhar senda reta a quem Lhe apraz. 143 E, deste modo, ( muulmanos), contribumo-vos em uma nao de centro(51) , para que sejais, testemunhas da humanidade, assim como o Mensageiro e ser para vs. Ns no estabelecemos a quibla que tu ( Mohammad) seguis, seno para distinguir aqueles que seguem o Mensageiro, daqueles que desertam, ainda que tal mudana seja penosa, salvo para os que Deus orienta. E Deus jamais anularia vossa obra, porque Compassivo e Misericordiosssimo para a humanidade. 144 Vimos-te ( Mensageiro) orientar o rosto para o cu(52) ; portanto, orientar-te-emos at a quibla que te satisfaa. Orienta teu rosto (ao cumprir a orao) para a Sagrada Mesquita (de Makka)! E vs (crentes), onde quer que vos encontreis, orientai vossos rosto at ela. Aqueles que receberam o Livro, bem sabem que isto a verdade de seu Senhor; e Deus no est desatento a quanto fazem. 40. 145 Ainda que apresentes qualquer espcie de sinal ante aqueles que receberam o Livro, jamais adotaro tua quibla nem tu adotars a deles; nem tampouco eles seguiro a quibla de cada um mutuamente. Se te rendesses aos seus desejos, apesar do conhecimento que tens recebido, contar-te-ias entre os inquos. 146 Aqueles a quem concedemos o Livro, conhecem-no como conhecem a seus prprios filhos, se bem que alguns deles ocultam a verdade, sabendo-a. 147 (Esta a) Verdade emanada de teu Senhor. No sejas dos que dela duvidam! 148 Cada qual tem um objetivo traado por Ele. Empenhai- vos na prtica das boas Aes, porquanto, onde quer que vos acheis, Deus vos far comparecer, a todos, perante Ele, porque Deus Onipotente. 149 Aonde quer que te dirijas ( Mohammad), orienta teu rosto para a Sagrada Mesquita, porque isto a verdade do teu Senhor e Deus no est desatento a quanto fazeis. 150 Aonde quer que te dirijas, orienta teu rosto para a Sagrada Mesquita. Onde quer que estejais ( muulmanos), voltai vossos rostos na direo dela, para que ningum, salvo os inquos, tenha argumento com que refutar-vos. No temais! Temei a Mim, a fim de que Eu vos agracie com Minhas mercs, para que vos ilumineis. 151 Assim tambm escolhemos(53) , dentre vs, um Mensageiro de vossa raa para vos recitar Nossos versculos, purificar-vos, ensinar-vos o Livro e a sabedoria, bem como tudo quanto ignorais. 152 Recordai-vos(54) de Mim, que Eu Me recordarei de vs. Agradecei-Me e no Me sejais ingratos! 153 fiis, amparai-vos na perseverana e na orao, porque Deus est com os perseverantes. 154 E no digais que esto mortos aqueles que sucumbiram(55) pela causa de Deus. Ao contrrio, esto vivos, porm vs no percebeis isso. 155 Certamente que vos poremos prova mediante o temor, a fome, a perda dos bens, das vidas e dos frutos. 41. Mas tu ( Mensageiro), anuncia (a bem-aventurana) aos perseverantes 156 Aqueles que, quando os aflige uma desgraa, dizem: Somos de Deus e a Ele retornaremos 157 Estes sero cobertos pelas bnos e pela misericrdia de seu Senhor, e estes so os bem encaminhados. 158 As colinas de Assafa e Almarwa(56) fazem parte dos rituais de Deus e, quem peregrinar Casa(57) , ou cumprir a umra(58) , no cometer pecado algum em percorrer a distncia entre elas. Quem fizer espontaneamente alm do que for obrigatrio, saiba que Deus Retribuidor, Sapientssimo. 159 Aqueles que ocultam as evidncias e a Orientao que revelamos, depois de as havermos elucidado aos humanos, no Livro, sero malditos por Deus e pelos imprecadores(59) , 160 Salvo os que se arrependeram, emendaram-se e declararam (a verdade); a estes absolveremos porque somos o Remissrio, o Misericordiosssimo. 161 Sobre os incrdulos, que morrem na incredulidade, cair a maldio de Deus, dos anjos e de toda humanidade. 162 Que pesar sobre eles eternamente(60) . O castigo no lhes ser atenuado, nem lhes ser dado prazo algum. 163 Vosso Deus e Um s. No h mais divindade alm dEle, o Clemente, o Misericordiosssimo(61) . 164 Na criao dos cus e da terra; na alterao do dia e da noite; nos navios que singram o mar para o benefcio do homem; na gua que Deus envia do cu, com a qual vivifica a terra, depois de haver sido rida e onde disseminou toda a espcie animal; na mudana dos ventos; nas nuvens submetidas entre o cus e a terra, (nisso tudo) h sinais para os sensatos(62) . 165 Entre os humanos h aqueles que adotam, em vez de Deus, rivais (a Ele) aos quais professam igual amor que a Ele; mas os fiis s amam fervorosamente a Deus. Ah, se 42. os inquos pudessem ver (a situao em que estaro) quando virem o castigo (que os espera!), concluiro que o poder pertence a Deus e Ele Severssimo no castigo. 166 Ento, os chefes negaro os seus proslitos, viro o tormento e romper-se-o os vnculos que os uniam. 167 E os proslitos diro: Ah, se pudssemos voltar ( terra), repudi-los-amos como eles nos repudiaram! Assim Deus lhes demostrar que suas aes so a causa de seus lamentos, e jamais se salvaro do fogo infernal. 168 humanos, desfrutai de todo o lcito(63) e do que a terra contm de salutar e no sigais os passos de Satans, porque vosso inimigo declarado. 169 Ele s vos induz ao mal e obscenidade e a que digais de Deus o que ignorais. 170 Quando lhes dito: Segui o que Deus revelou! Dizem: Qual! S seguimos as pegadas dos nossos pais! Segui-las- iam ainda que seus pais fossem destitudos de compreenso e orientao? 171 O exemplo de quem exorta os incrdulos semelhante ao daquele que chama as bestas, as quais no ouvem seno gritos e vozerios. So surdos, mudos, cegos, porque so insensatos. 172 fiis, desfrutai de todo o bem com que vos agraciamos e agradecei a Deus, se s a Ele adorais. 173 Ele s vos vedou a carnia(64) , o sangue, a carne de suno e tudo o que for sacrificado sob invocao de outro nome que no seja de Deus(65) . Porm, quem, sem inteno nem abuso, for impelido a isso, no ser recriminado, porque Deus Indulgente, Misericordiosssimo. 174 Aqueles que ocultam o que Deus revelou no Livro, e o negociam a vil preo, no saciaro suas entranhas seno com fogo infernal. Deus no lhes falar no Dia da Ressurreio nem dos purificar, e sofrero um doloroso castigo. 43. 175 So aqueles que trocam a Orientao pelo extravio, e o perdo pelo castigo. Que resistncia havero de ter suportar o fogo infernal! 176 Isso, porque Deus revelou o Livro com a verdade e aqueles que disputaram sobre ele incorreram em profundo cisma. 177 A virtude no consiste s em que orientais vossos rostos at ao levante ou ao poente. A verdadeira virtude a de quem cr em Deus, no Dia do Juzo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas; de quem distribuiu seus bens em caridade por amor a Deus, entre parentes, rfos, necessitados, viajantes, mendigos e em resgate de cativos (escravos). Aqueles que observam a orao, pagam o zakat, cumprem os compromissos contrados, so pacientes na misria e na adversidade, ou durante os combates, esses so os verazes, e esses so os tementes (a Deus). 178 fiis, est-vos preceituado o talio(66) para o homicdio(67) : livre por livre, escravo por escravo, mulher por mulher. Mas, se o irmo do morto perdoar o assassino,(68) devereis indeniz-lo espontnea e voluntariamente. Isso uma mitigao e misericrdia de vosso Senhor. Mas quem vingar-se, depois disso, sofrer um doloroso castigo. 179 Tendes, no talio, a segurana da vida, sensatos, para que vos refreeis. 180 Est-vos prescrito que quando a morte se apresentar a algum de vs, se deixar bens, que faa testamento eqitativo em favor de seus pais e parentes; este um dever dos que temem a Deus. 181 E aqueles que o alterarem, depois de o haverem ouvido, estaro cometendo (grave) delito. Sabeis que Deus Onipotente, Sapientssimo. 182 Mas quem, suspeitando parcialmente ou injustia(69) da parte do testador, emendar o testamento para reconciliar as partes, no ser recriminado porque Deus Indulgente, Misericordiosssimo. 44. 183 fiis, est-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito(70) a vossos antepassados, para que temais a Deus. 184 Jejuareis(71) determinados dias; porm, quem de vs no cumprir jejum, por achar-se enfermo ou em viagem(72) , jejuar, depois, o mesmo nmero de dias. Mas quem, s custa de muito sacrifcio, consegue cumpri-lo, vier a quebr-lo, redimir-se-, alimentando um necessitado; porm, quem se empenhar em fazer alm do que for obrigatrio, ser melhor. Mas, se jejuardes, ser prefervel para vs, se quereis sab-lo. 185 O ms de Ramadan foi o ms em que foi revelado o Alcoro, orientao para a humanidade e vidncia de orientao e Discernimento. Por conseguinte, quem de vs presenciar o novilnio deste ms dever jejuar; porm, quem se achar enfermo ou em viagem jejuar, depois, o mesmo nmero de dias. Deus vos deseja a comodidade e no a dificuldade, mas cumpri o nmero (de dias), e glorificai a Deus por ter-vos orientado, a fim de que (Lhe) agradeais. 186 Quando Meus servos te perguntarem de Mim, dize- lhes que estou prximo e ouvirei o rogo do suplicante quando a Mim se dirigir. Que atendam o Meu apelo e que creiam em Mim, a fim de que se encaminhem. 187 Est-vos permitido, nas noites de jejum, acercar-vos de vossas mulheres, porque elas so vossas vestimentas(73) e vs o sois delas. Deus sabe o que vs fazeis secretamente; porm, absorveu-vos e vos indultou. Acercai-vos agora delas e desfrutai do que Deus vos prescreveu. Comei e bebei at alvorada, quando podereis distinguir o fio branco do fio negro. Retornai, ento ao, jejum, at ao anoitecer, e no vos acerqueis delas enquanto estiverdes retrados nas mesquitas. Tais so as normas de Deus; no as transgridais de modo algum. Assim Deus ilucida os Seus versculos aos humanos, a fim de que O temam. 188 No consumais as vossas propriedades em vaidades, nem as useis para subornar os juizes, a fim de vos 45. apropriardes ilegalmente, com conhecimento, de algo dos bens alheios(74) . 189 Interrogar-te-o sobre os novilnios(75) . Dize-lhes: Servem para auxiliar o homem no cmputo do tempo e no conhecimento da poca da peregrinao. A virtude no consiste em que entreis nas casas pela porta traseira; a verdadeira virtude a de quem teme a Deus, para que prospereis(76) . 190 Combatei,(77) pela causa de Deus, aqueles que vos combatem; porm, no pratiqueis agresso, porque Deus no estima os agressores. 191 Matai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguio mais grave do que o homicdio. No os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada(78) , a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal ser o castigo dos incrdulos. 192 Porm, se desistirem, sabei que Deus Indulgente, Misericordiosssimo. 193 E combatei-os at terminar a perseguio e prevalecer a religio de Deus. Porm, se desistirem, no haver mais hostilidades, seno contra os inquos. 194 Se vos atacarem um ms sagrado, combatei-os no mesmo ms(79) , e todas as profanaes sero castigadas com a pena de talio. A quem vos agredir, rechaai-o, da mesma forma; porm, temei a Deus e sabei que Ele est com os que O temem. 195 Fazei dispndios(80) pela causa de Deus, sem permitir que as vossas mo contribuam para vossa destruio, e praticai o bem, porque Deus aprecia os benfeitores. 196 E cumpri a peregrinao e a Umra(80-a) , a servio de Deus. Porm, se fordes impedidos disso, dedicai uma oferenda do que vos seja possvel e no corteis os vossos cabelos at que a oferenda tenha alcanado o lugar destinado ao seu sacrifcio. Quem de vs se encontrar enfermo, ou sofrer de alguma infeco na cabea, e a raspar, redimir-se- mediante o jejum, a caridade ou a 46. oferenda. Entretanto, em condio de paz, aquele que realizar a Umra antes da peregrinao, dever, terminada esta, fazer uma oferenda daquilo que possa. E quem no estiver em condies de faz-lo, dever jejuar trs dias, durante a peregrinao, e sete, depois do seu regresso, totalizando dez dias. Esta penitncia para aquele que no reside prximo ao recinto da Mesquita Sagrada. Temei a Deus e sabei que Severssimo no castigo. 197 A peregrinao realiza em meses determinados(81) . Quem a empreender, dever abster-se das relaes sexuais, da perversidade e da polmica. Tudo o que fizerdes de bom Deus o saber. Equipai-vos de provises, mas sabei que a melhor proviso a devoo. Temei-Me, pois, sensatos. 198 No serei censurados se procurardes a graa do vosso Senhor (durante a peregrinao). Quando descerdes do monte Arafat, recordai-vos de Deus perante os Monumento Sagrado(82) e recordai-vos de como vos iluminou, ainda quando reis, antes disso, dos extraviados. 199 Descei, tambm, de onde descem(83) os demais, e implorai perdo de Deus, porque Indulgente, Misericordiosssimo. 200 Quando celebrardes os vossos ritos, recordai-vos de Deus como vos recordar dos vosso pais(84) , ou com mais fervor. Entre os humanos h aqueles que dizem: " Senhor nosso, concede-nos o nosso bem-estar terreno!" Porm,, no participaro da ventura da outra vida. 201 Outros dizem: " Senhor nosso, concede-nos a graa deste mundo e do futuro, e preserva-nos do tormento infernal!" 202 Estes, sim, lograro a poro que tiverem merecido, porque Deus Destro em ajustar contas. 203 Recordai-vos de Deus em dias contados(85) . Mas, quem se apressar em (deixar o local) aps dois dias, no ser recriminado; tampouco pecar aquele que se atrasar, se for temente a Deus. Temei a Deus, pois, e sabei que sereis reunidos perante Ele. 47. 204 Entre os homens h aquele que, falando da vida terrena, te encanta, invocando Deus por Testemunha de tudo quanto encerra o seu corao embora seja o mais encarniado dos inimigos (dEle). 205 E quando se retira, eis que a sua inteno percorrer a terra para causar a corrupo, devastar as semeaduras e o gado, mesmo sabendo que a Deus desgosta a corrupo. 206 Quando lhe dito que tema a Deus, apossa-se dele a soberbia, induzindo-o ao pecado. Mas o inferno ser-lhe- suficiente castigo. Que funesta morada! 207 Entre os homens h tambm aquele que se sacrifica para obter a complacncia de Deus, porque Deus Compassivo para com os servos. 208 fiis, abraai o Islam na sua totalidade e no sigais os passos de Satans, porque vosso inimigo declarado. 209 Porm se tropeardes, depois de vos terem chegado as evidncias, sabei que Deus Poderoso, Prudentssimo. 210 Aguardam eles que lhes venha o Prprio Deus, na sombra dos cirros, juntamente com os anjos e, assim, tudo esteja terminado? Sabei que todo retornar a Deus(86) . 211 Pergunta aos israelitas(87) quantos sinais evidentes lhes temos mostrado. Mas quem deturpa conscientemente as mercs de Deus, depois de lhas terem chegado, saiba que Deus Severssimo no castigo(88) . 212 Foi abrilhantada a vida terrena aos incrdulos e, por isso, zombam dos fiis; porm, os tementes prevalecero sobre eles no Dia da Ressurreio, porque Deus agracia imensuravelmente quem Lhe apraz(89) . 213 No princpio os povos constituam uma s nao. Ento, Deus enviou os profetas como alvissareiros e admoestadores e enviou, por eles, o Livro, com a verdade, para dirimir as divergncias a seu respeito, depois de lhes terem chegado as evidncias, por egostica contumcia. Porm, Deus, com a Sua graa, orientou os fiis para a verdade quanto quilo que causa das suas divergncias; Deus encaminha quem Lhe apraz senda reta. 48. 214 Pretendeis, acaso, entrar no Paraso, sem antes terdes de passar pelo que passaram os vossos antecessores? Aoitaram-nos a misria e a adversidade, que os abalaram profundamente, at que, mesmo o Mensageiro e os fiis, que com ele estavam, disseram: Quando chegar o socorro de Deus? Acaso o socorro de Deus no est prximo? 215 Perguntam-te que parte devem gastar (em caridade). Dize-lhes: Toda a caridade que fizerdes, deve ser para os pais, parentes, rfos, necessitados e viajantes (desamparados). E sabei que todo o bem que fizerdes, Deus dele tomar conscincia. 216 Est-vos prescrita a luta (pela causa de Deus), embora o repudieis. possvel que repudieis algo que seja um bem para vs e, qui, gosteis de algo que vos seja prejudicial; todavia, Deus sabe todo o bem que fizerdes, Deus dele tomar conscincia. 217 Quando te perguntarem se lcito combater no ms sagrado(90) , dize-lhes: A luta durante este ms um grave pecado; porm, desviar os fiis da senda de Deus, neg- Lo, privar os demais da Mesquita Sagrada e expulsar dela (Makka) os seus habitantes mais grave ainda, aos olhos de Deus, porque a perseguio pior do que o homicdio. Os incrdulos, enquanto puderem, no cessaro de vos combater, at vos fazerem renunciar vossa religio; porm, aqueles dentre vs que renegarem a sua f e morrerem incrdulos tornaro as suas obras sem efeito, neste mundo e no outro, e sero condenados ao inferno, onde permanecero eternamente. 218 Aqueles que creram, migraram e combateram pela causa de Deus podero esperar de Deus a misericrdia, porque Deus Indulgente, Misericordiosssimo. 219 Interrogam-te a respeito da bebida inebriante(91) e do jogo de azar HREF="#92">92); dize-lhes: Em ambos h benefcios e malefcios para o homem; porm, os seus malefcios so maiores do que os seus benefcios. Perguntam-te o que devem gastar (em caridade). Dize- lhes: Gastai o que sobrar das vossas necessidades. Assim 49. Deus vos elucida os Seus versculos, a fim de que mediteis, 220 Nesta vida e na outra. Consultar-te-o a respeito dos rfos; dize-lhes: Fazer-lhes o bem o melhor. E se misturardes vossos assuntos com os deles, sero vossos irmos; sabei que Deus distingue o corrupto do benfeitor. Porm, se Deus quisesse, Ter-vos-ia afligido, porque Poderoso, Prudentssimo. 221 No desposareis as idlatras at que elas se convertam, porque uma escrava fiel prefervel a uma idlatra, ainda que esta vos apraza(93) . Tampouco consintais no matrimnio das vossas filhas com os idlatras, at que estes se tenham convertido, porque um escravo fiel prefervel a um livre idlatra, ainda que este vos apraza. Eles arrastam-vos para o fogo infernal; em troca, Deus, com Sua benevolncia, convoca-vos ao Paraso e ao perdo e elucida os Seus versculos aos humanos, para que Dele recordem. 222 Consultar-te-o acerca da menstruao; dize-lhes: uma impureza(94) . Abstende-vos, pois, das mulheres durante a menstruao e no vos acerqueis delas at que se purifiquem; quando estiverem purificadas, aproximai-vos ento delas, como Deus vos tem disposto, porque Ele estima os que arrependem e cuidam da purificao. 223 Vossas mulheres so vossas semeaduras. Desfrutai, pois, da vossa semeadura, como vos apraz; porm, praticai boas obras antecipadamente, temei a Deus e sabei que compareceis perante Ele. E tu ( Mensageiro), anuncia aos fiis (a bem-aventurana). 224 No tomeis (o nome de) Deus como desculpa, em vosso juramento, para no serdes benevolentes, devotos e reconciliardes os homens, porque Deus Oniouvinte, Sapientssimo. 225 Deus no vos recriminar por vossos juramentos involuntrios(95) ; porm, responsabilizar-vos- pelas intenes dos vossos coraes. Sabei que Deus Tolerante, Indulgentssimo. 50. 226 Aqueles que juram abster-se das suas mulheres devero aguardar um prazo de quatro meses. Porm, se ento voltarem a elas, saibam que Deus Indulgente, Misericordiosssimo. 227 Mas se revolverem divorciar-se, saibam que Deus Oniouvinte, Sapientssimo(96) . 227 As divorciadas aguardaro trs menstruao e, se crem em Deus e no Dia do Juzo Final, no devero ocultar o que Deus criou em suas entranhas. E seus esposos tm mais direito de as readmitir, se desejarem a reconciliao(97) , porque elas tem direitos equivalentes aos seus deveres, embora os homens tenham um grau sobre elas(98) , porquanto Deus Poderoso, Prudentssimo. 228 O divrcio revogvel(99) s poder ser efetuado duas vezes. Depois, tereis de conserv-las convosco dignamente ou separar-vos com benevolncia. Est-vos vedado tirar-lhes algo de tudo quanto lhes haveis dotado, a menos que ambos temam contrariar as leis de Deus(100) . Se temerdes (vs juizes) que ambos as contrariem, no sero recriminados, se ela der algo pela vossa liberdade. Tais so os limites de Deus, no os ultrapasseis, pois; aqueles que os ultrapassarem sero inquos. 229 Porm, se ele se divorciar irrevogavelmente dela,(101) no lhe ser permitido tom-la de novo por esposa legal at que se tenha casado com outro e tambm se tenha divorciado deste; no sero censurados se se reconciliarem, desde que sintam que podero observar as leis de Deus. Tais so os limites de Deus, que Ele elucida para os sensatos. 230 Quando vos divorciardes(102) das mulheres, ao terem elas cumprido o seu perodo prefixado, tomai-as de volta eqitativamente, ou liberta-as eqitativamente. No as tomeis de volta com o intuito de injuri-las injustamente, porque quem tal fizer condenar-se-. No zombeis dos versculos de Deus e recordai-vos das Suas mercs para convosco e de quanto vos revelou no Livro, com sabedoria, mediante o qual vos exorta. Temei a Deus e sabei que Deus Onisciente. 51. 231 Se vos divorciardes das mulheres, ao terem elas cumprido o seu perodo prefixado, no as impeais(103) de renovar a unio com os seus antigos maridos, se ambos se reconciliarem voluntariamente. Com isso se exorta a quem dentre vs cr em Deus e no Dia do Juzo Final. Isso mais puro e mais virtuoso para vs, porque Deus sabe e vs ignorais. 233 As mes (divorciadas) amamentaro os seus filhos durante dois anos inteiros, aos quais desejarem completar a lactao, devendo o pai mant-las e vesti-las eqitativamente. Ningum obrigado a fazer mais do que est ao seu alcance. Nenhuma me ser prejudicada por causa do seu filho, nem tampouco o pai, pelo seu. O herdeiro do pai tem as mesmas obrigaes; porm, se ambos, de comum acordo e consulta mtua, desejarem a desmama antes do prazo estabelecido, so sero recriminados. Se preferirdes tomar uma ama para os vossos filhos, no sereis recriminados, sempre que pagueis, estritamente, o que tiverdes prometido. Temei a Deus e sabe que Ele v tudo quanto fazeis. 234 Quanto queles, dentre vs, que falecerem e deixarem vivas, estas devero aguardar quatro meses e dez dias(104) . Ao cumprirem o perodo prefixado, no sereis responsveis por tudo quanto fizerem honestamente das suas pessoas, porque Deus est bem inteirado de tudo quanto fazeis. 235 Tampouco sereis censurados se fizerdes aluso a uma proposta de casamento e estas mulheres, ou pensardes em faz-lo. Deus bem sabe que vos importais com elas; porm, no vos declareis a elas indecorosamente; fazei-o em termos honestos e no decidais sobre o contrato matrimonial at que haja transcorrido o perodo prescrito; sabei que Deus conhece tudo quanto ensejais. Temei-O, pois, e sabeis que Ele Tolerante, Indulgentssimo. 236 No sereis recriminados se vos divorciardes das vossas mulheres antes de as haverdes tocado ou fixado o dote; porm, concedei-lhes um presente; rico, segundo as 52. suas posses, e o pobre, segundo as suas, porque conceder esse presente obrigao dos benfeitores. 237 E se vos divorciardes delas antes de as haverdes tocado, tendo fixado o dote, corresponder-lhes- a metade do que lhes tiverdes fixado, a menos que, ou elas abram mo (disso)(105) , ou faa quem tiver o contrato matrimonial em seu poder(106) . Sabei que o perdo est mais prximo da virtude e no esqueais da liberalidade entre vs, porque Deus bem v tudo quanto fazeis. 238 Observai as oraes, especialmente as intermedirias,(107) e consagrai-vos fervorosamente a Deus. 239 Se estiverdes em perigo, orai andando ou cavalgando; porm, quando estiverdes seguros, invocai Deus, tal como Ele vos ensinou o que no sabeis. 240 Quanto queles, dentre vs, que faleceram e deixarem vivas, a elas deixaro um legado para o seu sustento durante um ano, sem que sejam foradas a abandonar suas casas. Porm, se elas voluntariamente as abandonarem, no sereis responsveis pelo que fizerem, moderadamente, de si mesmas, porque Deus Poderoso, Prudentssimo. 241 Proporcionar o necessrio s divorciadas (para sua manuteno) um dever dos tementes. 242 Assim Deus vos elucida os Seus versculos para que raciocineis. 243 No reparastes naqueles que, aos milhares, fugiram das suas casas por temor morte? Deus lhes disse: Morrei! Depois os ressuscitou, porque Agraciante para com os humanos; contudo a maioria no Lhe agradece. 244 Combatei pela causa de Deus e sabei que Ele Oniouvinte, Sapientssimo(108) . 245 Quem estaria disposto a emprestar a Deus, espontaneamente, para que Ele se multiplique infinitamente? Deus restringe ou prodigaliza a Sua graa, e a Ele retornareis. 246 No reparastes ( Mohammad) nos lderes dos israelitas que, depois da morte de Moiss(109) , disseram ao 53. seu profeta: Designa-nos um rei, para combatermos pela causa de Deus. E ele perguntou: Seria possvel que no combatsseis quando vos fosse imposta a luta? Disseram: E que escusa teramos para no combater pela causa de Deus, j que fomos expulsos dos nossos lares e afastados dos nossos filhos? Porm, quando lhes foi ordenado o combate, quase todos o recusaram, menos uns poucos deles. Deus bem conhece os inquos. 247 Ento, seu profeta lhes disse: Deus vos designou Talut(110) por rei. Disseram: Como poder ele impor a sua autoridade sobre ns, uma vez que temos mais direto do que ele autoridade, e j que ele nem sequer foi agraciado com bastantes riquezas? Disse-lhes: certo que Deus o elegeu sobre vs, concedendo-lhe superioridade fsica e moral. Deus concede a Sua autoridade a que Lhe apraz, e Magnificente, Sapientssimo. 248 E o seu profeta voltou a dizer: O sinal da sua autoridade consistir em que vos chegar a Arca da Aliana(111) , conduzida por anjos, contendo a paz do vosso Senhor e algumas relquias, legadas pela famlia de Moiss e de Aaro. Nisso terei um sinal, se sois fiis. 249 Quando Saul partiu com o seu exrcito, disse: certo que Deus vos provar, por meio de um rio. Sabei que quem nele se saciar no ser dos meus; s-lo- quem no tomar de suas guas mais do que couber na concavidade da sua mo. Quase todos se saciaram, menos uns tantos. Quando ele e os fiis atravessaram o rio, (alguns) disseram: Hoje no podemos com Golias e com seu exrcito. Porm, aqueles que creram que deveriam encontrar Deus disseram: Quantas vezes um pequeno grupo venceu outro mais numeroso, pela vontade de Deus, porquanto Deus est com os perseverantes! 250 E quanto se defrontaram com Golias e com o seu exrcito, disseram: Senhor nosso, infunde-nos constncia, firma os nossos passos e concede-nos a vitria sobre o povo incrdulo! 251 E com a vontade de Deus os derrotaram; Davi matou Golias(112) e Deus lhe outorgou o poder e a sabedoria e lhe 54. ensinou tudo quanto Lhe aprouve. Se Deus no contivesse aos seres humanos, uns, em relao aos outros, a terra se corromperia; porm, Ele Agraciante para com a (Est incompleto no Alcoro) 252 Tais so os versculos de Deus que realmente te ditamos, porque s um dos mensageiros. 253 De tais mensageiros preferimos uns aos outros. Entre eles, se encontram aqueles a quem Deus falou, e aqueles que elevou em dignidade. E concedemos a Jesus, filho de Maria, as evidncias, e o fortalecemos com o Esprito da Santidade. Se Deus quisesse, aqueles que os sucederam no teriam combatido entre si, depois de lhes terem chegado as evidncias. Mas discordaram entre si; uns acreditaram e outros negaram. Se Deus quisesse, no teriam digladiado; porm, Deus dispe como quer. 254 fiis, fazei caridade com aquilo com que vos agraciamos, antes que chegue o dia em que no haver barganha, amizade, nem intercesso. Sabei que os incrdulos so inquos. 255 Deus(113) ! No h mais divindade alm dEle, Vivente, Subsistente(114) , a Quem jamais alcana a inatividade ou o sono; dEle tudo quanto existe nos cus e na terra. Quem poder interceder junto a Ele, sem a Sua anuncia? Ele conhece tanto o passado como o futuro, e eles (humanos) nada conhecem a Sua cincia(115) , seno o que Ele permite. O Seu Trono(116) abrange os cus e a terra, cuja preservao no O abate, porque o Ingente, o Altssimo. 256 No h imposio quanto religio(117) , porque j se destacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor e crer em Deus, Ter-se- apegado a um firme e inquebrantvel sustentculo, porque Deus Oniouvinte, Sapientssimo. 257 Deus o Protetor dos fiis; Quem os retira das trevas e os transportam para a luz; ao contrrio, os incrdulos, cujos protetores so os sedutores, para que os arrastam da luz, levando-os para as trevas, sero condenados ao inferno onde permanecero eternamente. 55. 258 No reparaste naquele que disputava com Abrao(118) acerca de seu Senhor, por lhe haver Deus concedido o poder? Quando Abrao lhe disse: Meu Senhor Quem d a vida e a morte! retrucou: Eu tambm dou a vida e a morte. Abrao disse: Deus faz sair o sol do Oriente, faze-o tu sair do Ocidente. Ento o incrdulo ficou confundido, porque Deus no ilumina os inquos.(119) 259 Tampouco reparastes naquele que passou por uma cidade em runas(120) e conjecturou: Como poder Deus ressuscit-la depois de sua morte? Deus o manteve morto durante cem anos; depois o ressuscitou e lhe perguntou: Quanto tempo permaneceste assim? Respondeu: Permaneci um dia ou parte dele. Disse-lhe: Qual! Permaneceste cem anos. Observa a tua comida e a tua bebida; constata que ainda no se deterioraram. Agora observa teu asno (no resta dele mais do que a ossada); isto para fazer de ti um exemplo para os humanos. Observa como dispomos os seus ossos e em seguida os revestimos de carne. Diante da evidncia, exclamou: Reconheo que Deus Onipotente! 260 E de quando Abrao implorou: Senhor meu, mostra- me como ressuscitas os mortos; disse-lhe Deus: Acaso, ainda no crs? Afirmou: Sim, porm, faze-o, para a tranqilidade do meu corao. Disse-lhe: Toma quatro pssaros, treina-os para que voltem a ti, e coloca uma parte deles(121) sobre cada montanha; chama-os, em seguida, que viro, velozmente, at ti; e sabe que Deus Poderoso, Prudentssimo. 261 O exemplo daqueles que gastam os seus bens pela causa de Deus como o de um gro que produz sete espigas, contendo cada espiga cem gros. Deus multiplica mais ainda a quem Lhe apraz, porque Munificente, Sapientssimo. 262 Aqueles que gastam os bens pela causa de Deus, sem acompanhar a sua caridade com exprobao ou agravos, tero a sua recompensa ao lado do Senhor e no sero presas do temor, nem se atribularo. 56. 263 Uma palavra cordial e uma indulgncia so preferveis caridade seguida de agravos, porque Deus , por Si, Tolerante, Opulentssimo. 264 fiis, no desmereais as vossas caridades com exprobao ou agravos como aquele que gasta os seus bens, por ostentao, diante das pessoas que no cr em Deus, nem no Dia do Juzo Final. O seu exemplo semelhante ao de uma rocha coberta por terra que, ao ser atingida por um aguaceiro,(122) fica a descoberto. Em nada se beneficiar, de tudo quanto fizer, porque Deus no ilumina os incrdulos. 265 Por outra, o exemplo de quem gasta os seus bens espontaneamente, aspirando complacncia de Deus para fortalecer a sua alma, como um pomar em uma colina que, ao cair a chuva, tem os seus frutos duplicados; quando a chuva no o atinge, basta-lhe o orvalho. E Deus bem v tudo quanto fazeis. 266 Desejaria algum de vs, possuindo um pomar(123) cheio de tamareiras e videiras, abaixo das quais corressem os rios, em que houvesse toda espcie de frutos, e surpreendesse a velhice com filhos de tenra idade(124) , que o aoitasse e consumisse um furaco ignfero? Assim Deus elucida os versculos, a fim de que mediteis. 267 fiis, contribu com o que de melhor tiverdes adquirido, assim como com o que vos temos feito brotar da terra, e no escolhais o pior para fazerdes caridade, sendo que vs no aceitareis para vs mesmos, a no ser com os olhos fechados. Sabei que Deus , por Si, Opulento, Laudabilssimo. 268 Satans vos atemoriza com a misria e vos induz obscenidade; por outro lado, Deus vos promete a Sua indulgncia e a Sua graa(125) , porque Munificente, Sapientssimo. 269 Ele concede sabedoria a quem Lhe apraz, e todo aquele que for agraciado com ela, sem dvida ter logrado um imenso bem; porm, salvo os sensatos, ningum o compreende. 57. 270 De cada caridade que dispensais e de cada promessa que fazeis, Deus o sabe; sabei que os inquos jamais tero protetores. 271 Se fizerdes caridade abertamente, quo louvvel ser! Porm, se a fizerdes, dando aos pobres dissimuladamente, ser prefervel para vs, e isso vos absolver de alguns dos vossos pecados, porque Deus est inteirado de tudo quanto fazeis. 272 A ti ( Mensageiro) no cabe gui-los; porm, Deus guia a quem Lhe apraz. Toda a caridade que fizerdes ser em vosso prprio benefcio, e no pratiqueis boas aes seno com a aspirao de agradardes a Deus. Sabei que toda caridade que fizerdes vos ser recompensada com vantagem, e no sereis injustiados. 273 (Concedei-a) aos que empobrecerem empenhados na causa de Deus, que no podem se dar a negcios na terra, e que o ignorante no os cr necessitados, porque so reservados. Tu os reconhecers por seus aspectos, porque no mendigam impertinentemente. De toda a caridade que fizerdes Deus saber. 274 Aqueles que gastam dos seus bens, tanto de dia como noite, quer secreta, quer abertamente, obtero a sua recompensa no Senhor e no sero presas do temor, nem se atribularo. 275 Os que praticam a usura(126) s sero ressuscitados como aquele que foi perturbado por Satans; isso, porque disseram que a usura o mesmo que o comrcio(127) ; no entanto, Deus consente o comrcio e veda a usura. Mas, quem tiver recebido uma exortao do seu Senhor e se abstiver, ser absolvido pelo passado, e seu julgamento s caber a Deus. Por outro lado, aqueles que reincidirem, sero condenados ao inferno, onde permanecero eternamente. 276 Deus abomina a usura e multiplica a recompensa aos caritativos; Ele no aprecia nenhum incrdulo, pecador. 277 Os fiis que praticarem o bem, observarem a orao e pagarem o zakat, tero a sua recompens