ah - cdl lajeado 50 anos | 23 de junho de 2016

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2| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

A entidade lajeadense chega aos 50 anos com um papel crucial no fortalecimento e no desenvolvimento local e regional. A semente plantada por cerca de dez empresários em 1966 germinou, cresceu e espalha frutos.

Publicação do jornal A Hora.

Vale do Taquari - RS

Textos: Filipe Faleiro, Rodrigo Martinie Thiago Maurique

Diagramação: Fábio Costa

Capa: WO Agência de Marketing

Tiragem desta edição:7.000 exemplares.

Proibida a venda avulsa

Fundado em 1º de julho de 2002

Diretor-geral: Adair WeissDiretor de Conteúdo: Fernando WeissDiretor Administrativo: Fabrício de Almeida

RedaçãoAv. Benjamin Constant, 1034/201Fone: 51 3710-4200CEP 95900-000 - Lajeado - RSwww.jornalahora.inf.br

O associativismo é uma das

principais características

regionais. Entidades e

corporações multipli-

cam as raízes do trabalho coletivo e

consolidam a região como um dos

berços do cooperativismo gaúcho. Em

âmbito nacional, o Vale do Taquari

concentra um dos maiores índices per

capitas de habitantes ligados a alguma

instituição cooperativa ou associativa.

A atuação da Câmara de Dirigentes

Lojistas (CDL ) de Lajeado carrega o es-

pírito cooperativista na veia. Chega aos

50 anos com o histórico de quem reúne

forças e estratégias para prosperar.

Este caderno especial, alusivo ao

meio século de vida da CDL, endossa

a característica da união e do prota-

gonismo. A relevância da soma de

esforços aparece em boa parte das en-

trevistas e depoimentos de quem atua

e acompanha a evolução da entidade.

Lajeado é o polo comercial do

Vale. A consolidação como tal é

fruto do trabalho desenvolvido e

liderado pela CDL. Seu histórico de

crescimento materializa o espírito

de liderança implementado desde as

primeiras diretorias.

As campanhas e promoções, que

hoje conduzem o nome da cidade

para os mais diferentes rincões do

CDL tem a marca do associativismo

Outra marca registrada da enti-

dade cinquentenária é a Campanha

Lajeado Brilha. Promovida a cada

2m de ano, dá saltos de qualidade, de

premiação e de resultados. O que co-

meçou com o sorteio de bicicletas nas

primeiras edições se transforma em

sorteio de carros e até apartamento.

Além de ser suporte técnico e ope-

racional dos seus associados, a CDL

Lajeado participa de outras importan-

tes discussões e bandeiras. Sua 3echa

principal mira o fortalecimento dos

setores comercial e de serviços, mas,

não poucas vezes, a entidade integra

movimentos e lutas a favor do desen-

volvimento de outras áreas.

Essa característica participitiva faz

da CDL uma instituição comprome-

tida e atenta à evolução ordenada do

Vale do Taquari. Se une às entidades

a2ns, como Acil, Sindilojas, CIC e ou-

tras para liderar campanhas capazes de

melhorar ou transformar a sociedade.

O valor social e econômico da CDL

está expresso nos números. Nos muni-

cípios do Vale, o varejo emprega mais

de 17 mil pessoas. Na maior cidade,

Lajeado, os trabalhadores com carteira

assinada representam 42,8% das vagas

nos estabelecimentos comerciais da

região. Conforme o Cadastro Geral de

Empregados e Desempregados (Ca-

ged), do Ministério do Trabalho, cerca

de 7,5 mil pessoas atuam em empresas

desse setor em Lajeado.

Por tudo isso, a entidade lajeadense

chega aos 50 anos com um papel cru-

cial no fortalecimento e no desenvol-

vimento local e regional. A semente

plantada por cerca de dez empresá-

rios em 1966 germinou, cresceu e

espalha frutos. As páginas a seguir

contam histórias e revelam curiosida-

des. Retratam um histórico vencedor,

baseado na atuação cooperativista e

integrada, com foco no fortalecimen-

to do associado e, por consequência,

da cidade e região.

estado, nasceram das ideias e sonhos

de quem teve a coragem e ousadia de

assumir papel de protagonista.

A Convenção Lojista Estadual é a

prova mais contumaz desse trabalho.

Faz anos, Lajeado vira o centro de

debate do varejo gaúcho. Reúne em-

presários e pro2ssionais de dezenas

de cidades do RS, transformando

o evento em um painel de ideias e

oportunidades. Em meio à crise eco-

nômica e política, ignora o discurso

de lamentação e pessimismo, para

despertar a criatividade e a quali2ca-

ção do atendimento, do produto e da

gestão das empresas.

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4| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

As pequenas e médias em-

presas são as mais repre-

sentativas na formação da

economia local. Para forta-

lecer o setor, a Câmara dos Dirigentes

Lojistas (CDL) ajuda na organização

do empresariado local, oferece serviços

de análise de crédito e contribui para a

consolidação de Lajeado como princi-

pal cidade do Vale na oferta de produ-

tos e serviços.

Especial CDLO segmento lojista é uma das prin-

cipais motrizes da economia local. Nos

municípios do Vale, só o varejo empre-

ga mais de 17 mil pessoas. Na maior

cidade, Lajeado, os trabalhadores com

carteira assinada representam 42,8%

das vagas nos estabelecimentos comer-

ciais da região. Conforme o Cadastro

Geral de Empregados e Desemprega-

dos (Caged), do Ministério do Traba-

lho, cerca de 7,5 mil pessoas atuam em

União fortalece comércioe torna Lajeado um polo

empresas desse setor em Lajeado.

A rua Júlio de Castilhos é a princi-

pal via comercial do Vale. Na extensão

da av. Senador Alberto Pasqualini até

a beira rio, os destaques são as lojas

de varejo. Somam-se estabelecimen-

tos para acessórios, calçados, bazares,

mercados, eletrônicos, móveis. Uma

diversidade capaz de atrair clientes de

diversas cidades do Vale.

Para o pedreiro Glacio Schae3er,

54, comprar em Lajeado é uma novi-

dade. Morador de Teutônia, passou a

frequentar as lojas faz um ano e meio,

tudo em razão da namorada natural de

Lajeado. Considera o comércio da ci-

dade muito positivo em razão da varie-

dade de produtos e promoções. “Aqui

eu encontro peças melhores e também

boas condições para comprar. Tem

mais promoções. Lá (em Teutônia),

não tem esse movimento, aqui é bem

mais agitado.”

Acostumada a ir às compras, a ana-

lista de relacionamento com o cliente,

Laura Fauri, 38, elogia a boa relação

com os atendentes. A relação se cria

muito em razão da frequência nas lo-

jas, em especial do varejo. Segundo ela,

a <lha Alice, de 2 anos, é a responsável

por tantas idas às compras. “Eu faço

compras a cada dois meses em razão da

minha <lha. Gosto do comércio local,

por ter diversas lojas e assim podemos

pesquisar bem os preços.”

Essa conquista também passa pela atu-

ação da CDL. Entidade nascida da união

de empresários locais, procura defender

os interesses do segmento, prestando ser-

viços aos associados e participando do

desenvolvimento do comércio.

A entidade criou-se a partir da ini-

ciativa de um grupo de cerca de dez

empresários e logo foi buscando repre-

sentatividade. No começo, o Serviço

de Proteção ao Crédito (SPC), hoje co-

nhecido como Serviço Central de Pro-

teção ao Crédito (SCPC), concentrava

o trabalho principal. Depois, outras

demandas foram surgindo. A CDL é a

testemunha mais próxima da mudança

de per<l do varejo, que viu a substitui-

ção dos grandes estabelecimentos de

departamentos pela multiplicação de

lojas de menor porte. Hoje são mais de

1,9 mil unidades, mais focadas e espe-

cializadas, em sintonia com a tendência

do mercado.

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Lajeado foi fundada em 20 de junho de 1966

Nas últimas três décadas, o município obteve altos índices de desenvolvimento. No comércio, cidade conquistou reconhecimento estadual devido a promoções como o Lajeado Brilha

ARQUIVO A

HORA

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QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016 | 5

Meio século de história A

primeira Câmara de Diri-

gente Lojista do Brasil foi

fundada em 1955. Depois

de 11 anos, em 20 de junho

de 1966, Lajeado abriu a sua própria

entidade. Na época, ainda com o nome

de Clube de Diretores Lojistas.

A CDL Lajeado foi fundada por um

grupo de dez empresários. Entre eles,

estavam Bernardino Pinto, o primeiro

presidente, e Osmar Ehlers, um dos

mais notáveis dirigentes neste meio sé-

culo de história e negócios.

Assim como as demais câmaras es-

palhadas pelo país, a CDL Lajeado foi

criada para promover a união da classe

comerciante e proporcionar o cresci-

mento e aperfeiçoamento do setor lo-

jista. Desde a fundação, a entidade já

foi comandada por 28 presidentes.

Nestes 50 anos, muitos empresários

se destacaram na presidência. Ehlers,

por exemplo, exerceu o cargo da ins-

tituição lojista por três oportunidades,

nas décadas de 60, 70 e 80. Foi dele a

ideia de criar o concurso Melhor Bal-

conista do Ano, movimentando o setor

na época.

Marco Antônio Pinto foi outro a pre-

sidir três vezes a CDL de Lajeado, o

que lhe rendeu, anos mais tarde, o car-

go de presidente da Federação das Câ-

maras de Dirigentes Lojistas (FCDL)

por duas vezes. Mas o “recordista” foi

Sírio Sandri. Ele ocupou a presidência

durante quatro mandatos.

A CDL Lajeado também viu gera-

ções de pais e 4lhos dirigindo a entida-

de. Foi assim com Marco Antônio Pin-

to, que assumiu a presidência 11 anos

após o pai, Bernardino, deixar o cargo

por motivos de saúde.

O mesmo ocorreu com Martin

Hahn, presidente entre 2000 e 2002.

Ele é 4lho de Guenter Hahn, e respon-

sável por presidir a CDL entre 1984 e

1985. Por 4m, e mais recentemente,

a entidade teve no comando Claudir

Dullius e Daniel Dullius.

Hoje, a câmara tem 589 empresas

associadas, número bem superior a

1999, por exemplo, quando o quadro

associativo era formado por 175 in-

tegrantes. Já em 2014 foi registrado

o maior número de sócios, com 613.

As consultas de crédito no SCPC

também aumentam de forma gra-

dativa. Em 2004, foram 120,7 mil, e

no ano passado o montante chegou

a 286,4 mil.

Nestes 50 anos de avanços, a sede da

rua João Batista de Melo conta hoje

com boa estrutura para os associados.

Além de um auditório com espaço

para 50 pessoas, equipado com mesas,

cadeiras, data-show e a4ns, o local

conta com salas de reuniões e de cur-

sos e ainda uma videoteca com gran-

de número de livros, vídeos, revistas e

DVDs disponíveis aos sócios.

Uma das características da CDL é promover grandes eventos durante o período do Natal

ARQUIVO CDL

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6| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Lojistas

enaltecem

atuaçãoEsse reconhecimento dos consu-

midores demonstra a relevância do

segmento comercial. Parte dessa si-

tuação se deve à união voluntária de

empreendedores, fortalecida com a

criação da Câmara de Dirigentes Lo-

jistas (CDL) em 1966. Pelo menos é

o que acredita o proprietário da loja

de confecções Empório, Egon Müller.

“A CDL contribuiu sobremaneira na

organização das empresas. Esse pro-

cesso trouxe desenvolvimento para o

comércio de Lajeado.”

No mercado faz 24 anos, a Empório

integra o quadro de associados desde

quando foi aberta. “Acredito ser ne-

cessário termos uma instituição para

defender os interesses dos empresá-

rios. Por isso, sempre fiz questão de

participar.”

Müller também integrou a diretoria

da CDL. Lembra a atuação voluntária

dos empresários para contribuir com

o fortalecimento do comércio local.

“Víamos que Lajeado tinha um di-

ferencial. A cidade está em um local

privilegiado. Para ajudar no desen-

volvimento local, o grupo de empre-

sários passou a brigar pelos interesses

de Lajeado.”

Para os próximos 50 anos, acredita

que a atuação da CDL deve seguir os

preceitos de quando foi criada. “Os

pequenos unidos se tornam grande”,

sentencia. Diante da crise econômica

no RS e no país, Müller considera o

Vale um oásis. “Apesar das dificulda-

des, nossa região possibilita cresci-

mento.”

O diretor das lojas Certel, Ilvo Edgar

Persch, também acredita que o cresci-

O Cedelinho

mento do comércio de Lajeado está

ligado à atuação da CDL. Segundo ele,

desde a criação da entidade, a intenção

era estabelecer a união dos lojistas na

busca pelo desenvolvimento do setor.

Lembra que na época Lajeado já

despontava como um polo comercial,

mas destaca a participação da enti-

dade no comércio. “Tanto seu envol-

vimento decisivo nas promoções e

divulgações, em conjuntos especí8cos

como Lajeado Brilha, quanto nas con-

venções regionais, além do fortaleci-

mento das datas comemorativas.”

Ressalta o apoio que a CDL recebe

por parte dos poderes constituídos

O tradicional “Cedelinho” é uma criação da CDL Lajeado da época em que Sírio Sandri era o presidente. Hoje, é conhecido como um dos principais atrativos turísticos do município, levando milhares de lajeadenses e visitantes de fora em um passeio pelas principais ruas e pontos da cidade. O maior período de cir-culação costuma ocorrer no Natal, durante as programações da entidade.

No início, a atração era uma espécie de car-retão puxado por um trator. Com o passar dos anos, ele foi sendo readequado para conduzir mais pessoas. Na gestão de Deoclécio Pedó, entre 1992 e 1993, foi criado o atual modelo do Cedelinho, reformado novamente dez anos depois, e mantendo-se da mesma forma até hoje, com dois andares e espaço para 60 pes-soas sentadas.

Passeio foi instituído durante a gestão de Sírio Sandri para mo-vimentar o Natal

Modelo atual do Cedelinho tem capacidade para 60 passageiros acomoda-dos em dois andares

ANDERSON LOPESARQUIVO CDL

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QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016 | 7

Presidente do Sindicomerciários, Marco Daniel Rockenbach destaca a atuação da CDL neste meio século de história. Para ele, o fortalecimento da economia local vem junto com o cres-cimento urbano de Lajeado visto nas últimas três décadas. “A trajetória da câmara procura dar mais suporte téc-nico aos micros e pequenos empresá-rios, proporcionando-lhes mais segu-rança em seus investimentos.”

Para Rockenbach, é necessário res-saltar no histórico destes 50 anos a “busca incansável de ter um comércio cada vez mais forte e pujante”. Um dos exemplos que contribuiu para essa aná-lise, diz, são as campanhas temáticas, tendo como a mais conhecida a Laje-ado Brilha. Essa iniciativa, a*rma, tem um papel fundamental no sucesso das vendas no período natalino.

Sobre essa questão, o presidente faz uma ressalva: “Entendo que é necessá-rio mais investimento na ornamenta-ção da cidade, pois tem o papel de mo-tivar o público regional e estadual a vir

Apoio ao micro

e pequeno

empreendedor

que, para ele, sempre estiveram de mãos dadas para o engrandecimento de Lajeado. Como instituição voltada ao comércio varejista, ressalta a visão desenvolvimentista dos dirigentes, criando e oferecendo condições de aprimoramento também aos trabalha-dores do setor.

“Neste período de 50 anos, inúme-ras oportunidades se ofereceram para a criação de empreendedores que fa-zem hoje parte da pujança do setor em nosso município”, a*rma. Para Persch, essa atuação tornou a cidade um polo estadual e regional no setor comercial.

“Um aspecto fundamental que não podemos deixar de considerar foi a implantação de processos de*nitivos aplicados nas aprovações e liberações de crédito”, ressalta. Segundo ele, gra-ças à CDL, os métodos implantados continuam ajudando a fortalecer as vendas no crediário.

“É um modelo altamente necessário que fortalece o recebimento garantido, evitando perdas em inadimplência”,

aponta. Conforme Persch, tal estratégia é fundamental diante de períodos de di*culdades na economia, quando os atravessadores intensi*cam suas ações.

Proprietário da loja Lothar Johann, Hans Johann atua no varejo de Laje-ado faz 44 anos. Para ele, o principal mérito é a busca pelo fortalecimento e a organização do comércio, em es-pecial varejista. “Uma das coisas mais importantes são os cursos, atualiza-ções e as orientações quanto às mu-danças na legislação e, principalmen-te, no cenário econômico.”

Johann destaca a grande quantidade de consumidores atraídos para Laje-ado devido à força do comércio lo-cal, destacando a atuação da CDL na transformação da cidade em um polo regional do setor.

“Recebo clientes de todos os muni-cípios do Vale do Taquari e muito dis-so ocorre graças às ações da entidade”, frisa. Ressalta ainda a importância do serviço de consulta aos órgãos de pro-teção ao crédito, oferecido pela CDL.

à nossa cidade.” Com relação à importância de ins-

tituições como a CDL, Rockenbach considera que essas entidades repre-sentativas, sejam patronais ou de tra-balhadores, contribuem para o desen-volvimento local. “São organizações que têm como compromisso o bem -estar dos empresários e trabalha-dores.” Outro aspecto ressaltado é a preocupação na formação dos jovens empreendedores. “O surgimento de novas lideranças nas instituições de classe assim como de novos empreen-dedores se faz necessário para o for-talecimento, a continuidade e a busca de novos desa*os.”

Diante do cenário de volta da in-flação, redução no consumo e insta-bilidade econômica, a CDL, na opi-nião de Rockenbach, tem a missão de fazer a análise da situação regional e do município, para que, em seguida, possa contribuir com sugestões para o fortalecimento de todos empresá-rios e dos trabalhadores. “Porém, o que se observa, é que em momentos de crescimento os trabalhadores são esquecidos. Em momentos mais de-licados como este, são convocados a dar sua cota de sacrifício. Devemos ser parceiros sim, mas em todos os momentos.”

Empresários ao lado do comunicador Lauro Müller mostram a representatividade da CDL

ARQUIVO CDL

Egon Müller, proprietário das lojas Empório

Ilvo Persch, gerente das lojas Certel

Hans Johann, proprietário da Lothar Johann

Marco Rockenbach, do Sindicomerciários

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8| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Cooperação

competitivaPara o presidente do Sindilojas,

Giraldo Sandri, os líderes empresa-riais que estiveram à frente da CDL demonstraram a preocupação com o desenvolvimento econômico da cida-de. Por meio das iniciativas criadas, foi possível chamar atenção de todo o RS. “A Campanha Lajeado Brilha, por exemplo, além dos sorteios, contem-pla shows que atraem pessoas de ou-tras cidades.”

Além dessa visibilidade, Sandri ava-lia a importância de instituições para o crescimento regional. Para ele, a consolidação dos empreendimentos no mercado deve seguir a lógica da cooperação competitiva. “As empresas de um mesmo setor, ao se organiza-rem, se ajudam para enfrentar os de-sa+os da competitividade no mercado globalizado.”

Dentro disso, diz, as instituições de-

li+car os jovens empreendedores. “A partir do exemplar trabalho que vem sendo executado pela CDL em toda sua história, é natural que isso desper-te nos jovens uma atenção especial, além das ações que estrategicamente são desenvolvidas para manter essa força representativa dos comerciantes e prestadores de serviço.”

Para superar a crise pela qual passa o país, Lanius frisa a importância dos organismos sociais para consolidar os empreendimentos locais. “É neste momento que necessitamos das insti-tuições privadas para manter o foco e o otimismo, pois, do contrário, ruiria o conjunto. Portanto, os líderes preci-sam manter as pessoas focadas e infor-madas, mostrando que tudo é cíclico, embora esse ciclo negativo seja um pouco mais profundo.”

Na opinião de Lanius, os 50 anos da CDL devem ser exaltados. “Este é um momento para cumprimentarmos os dirigentes que se dedicam de forma voluntária para o bem coletivo, de for-ma direta para o setor, mas indireta-mente para toda a comunidade. Nós, como lajeadenses, mas também como moradores do Vale do Taquari, preci-samos reconhecer a importante parti-cipação da CDL.”

senvolvem um importante papel de conscientização e +scalização da so-ciedade, porque, por meio das ações, se criam espaços de partilha, de tro-ca de experiências. “É uma escola de vida e um centro de aprendizagem e de partilha de saberes.”

No momento atual, de instabilida-de econômica, a atuação da CDL deve manter os empresários informados e esclarecidos sobre formas de atuação para manter os empreendimentos e superar as di+culdades que são cícli-cas, frisa. “Aprender a fazer mais com menos e continuar combatendo a in-formalidade. O Sindilojas deseja que a parceria que existe entre as entidades locais perdure, pois ela é fundamen-tal no processo de desenvolvimento produtivo, social e político. As verda-deiras mudanças e o futuro que pre-tendemos e sonhamos dependem das nossas ações hoje.”

Força do

associativismo,

diz Ito LaniusPresidente da Câmara da Indús-

tria e Comércio do Vale do Taquari (CIC), Ito Lanius diz que a caracte-rística de atuação associativista das instituições locais, e, neste particular, a CDL, estabeleceu uma relação prós-pera para empresários e trabalhado-res do segmento do comércio e servi-ços. “A iniciativa prosperou, pois seus dirigentes por tradição sempre foram muito ativos e inovadores, permane-cendo até hoje.”

Neste meio século de atuação, realça Lanius, a CDL trabalha para promo-ver e defender os interesses dos asso-ciados no dia a dia. “A CDL tem uma ação para ressaltar, está em constante movimento de melhorias e inovações.”

Como exemplo, cita as promoções. “Precisamos atrair, de alguma for-ma, a atenção dos consumidores. E a CDL faz isso com muita propriedade e comprometimento.” Para ele, insti-tuições de classe vão além de defender interesses. “A visão moderna dos em-presários e da instituição CDL é ho-lística, portanto, avalia os diferentes cenários da região, não apenas o seu crescimento. Se envolve com questões extras, pois se preocupa com a comu-nidade local.”

Esse quadro pode ser veri+cado, na opinião do presidente da CIC-VT, nas iniciativas da CDL que buscam qua-

As empresas de um mesmo setor, ao se organizarem, se ajudam para enfrentar os desa+os da competitividade no mercado globalizado.”

Nas primeiras promoções lideradas pela CDL, bicicleta era um dos prêmios sorteados

Em 2014, a CDL sorteou como prêmio principal um apartamento no valor de R$ 100 mil

Giraldo Sandri,presidente do Sindiloja

Ito Lanius, presidente da CIC

Giraldo Sandri, presidente do Sindilojas

ARQUIVO CDL

DIVULGAÇÃO

FÁBIO KUHN

ANDERSON LOPES

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10| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Para o presidente da Associação

Comercial e Industrial de Lajeado (Acil),

Miguel Arenhart, o comércio da cida-

de alcançou um patamar de destaque

devido à união de esforços dos empre-

endedores, organizados por instituições

como a CDL.

A Hora – Na sua avaliação, qual foi a

principal contribuição da CDL para forta-

lecimento do comércio local?

Miguel Arenhart – Toda a união de

esforços em prol do bem comum é posi-

tiva e culturalmente relevante. Essa forte

característica cultural do Vale do Taquari

é exteriorizada por meio do associati-

vismo e cooperativismo. Ao longo de

cinco décadas, a CDL *rmou conceito de

entidade séria e profundamente com-

prometida com o fortalecimento de seus

associados. Como decorrência, conse-

guiu unir e robustecer o comércio local,

construindo soluções e melhorias para o

desenvolvimento sinérgico do setor.

O que podemos ressaltar de importância

na atuação da CDL nestes 50 anos?

Arenhart – Lajeado é comumente

conhecida por ter um comércio mui-

to forte, o que, por sinal, é grande e

evidente verdade. Essa imagem forte

que transmite a cidade em todo o Vale

do Taquari, e inclusive além-fronteiras

regionais, deve-se muito ao trabalho que

a CDL vem realizando ao longo deste

meio século de história.

No que as campanhas, como a Lajeado

Brilha, contribuíram para a divulgação do

nome de Lajeado no RS?

Arenhart – Toda e qualquer ação que

“venda” Lajeado, no sentido de alavan-

car e destacar os valores do município, é

bem-vinda. As campanhas promovidas

pela CDL têm como propósito prioritário

fomentar o comércio, sendo isso funda-

mental para o nosso desenvolvimento. Em

decorrência, a entidade fomenta a geração

de riquezas para o município, por meio

do retorno de tributos, assim como para

a comunidade em geral, com a criação

de empregos e o estímulo ao empreen-

dedorismo, com o surgimento de novos

negócios, em ciclo evolutivo crescente.

Qual a importância de instituições como

a CDL para o desenvolvimento regional?

Arenhart – Um dos grandes problemas

do Brasil é que a grande maioria da po-

pulação acredita que as soluções dos nos-

sos problemas precisam ser apresentadas

pelos governos. Isso é um equívoco. O

desenvolvimento de uma localidade está

intimamente atrelado ao engajamento e

à participação da sociedade civil orga-

nizada. Lajeado, nesse ponto, está de

parabéns! Temos inúmeras associações e

entidades, ligadas às mais diversas *nali-

dades, todas elas “pensando”, planejando

e trabalhando para o bem comum. A

CDL, nesse aspecto, é uma das entidades

que constitui referencial como elemento

catalizador do desenvolvimento local

regional, cumprindo em nível de exce-

lência a sua missão.

Entre as iniciativas da CDL, há também

uma preocupação na formação dos jovens

empreendedores. Diante disso, como

entidades de classe podem contribuir para

“CDL *rmou o conceito de entidade comprometida com o associado”

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QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016 | 11

a quali"cação do segmento em que atua?

Arenhart – A CDL, assim como a Acil e outras entidades de Lajeado, têm essa meta como missão em sua $loso$a institucional. A nossa aniversariante mantém, especi$camente, a CDL Jovem, que podemos citar como exemplo na formação e jovens de jovens lideranças. A iniciativa da CDL nesse aspecto revela outro cuidado elogiável de sua diretoria na manutenção e crescimento do celeiro de jovens líderes que, desde agora e em futuro próximo, estarão conduzindo os destinos de nossas entidades empresa-riais e também sociais.

Em um momento de instabilidade

econômica e política no país, o que

instituições como a CDL podem ajudar

na consolidação dos empreendimentos

locais?

Arenhart – Nossas entidades conquis-taram ao longo de suas histórias, mercê do trabalho voluntário, ético e despren-dido de suas lideranças, uma imagem forte perante a comunidade. Sentimos, em muitos momentos de interação social e comunitária, que nossas entida-des são vistas como ilhas, verdadeiros redutos de moralidade. A CDL, com sua belíssima história de cinco décadas dedi-cadas ao fortalecimento e alavancagem do nosso comércio, é um desses balu-artes, com a atuação de suas lideranças pautada exclusivamente sobre elevados valores éticos e morais.

Por "m, abrimos espaço para uma

mensagem sobre os 50 anos da CDL.

Arenhart – Prezados amigos e líderes: continuem com vosso honrado, nobre e fundamental trabalho! A abnega-ção, o devotamento e a capacidade de trabalho voluntário dos senhores é, certamente, uma das razões para o crescimento e consolidação de Lajeado. Contem com a Acil para continuarmos juntos essa caminhada.

Enquete

“Hoje está um pouco parado por causa da crise. Mas o comércio é muito bom. Lajeado tem muitas opções boas de comércio. Além disso, temos um bom atendimen-to, tanto que eu só compro aqui, não preciso ir a outros lugares.”

Silésio André Alves,supervisor operacional

de transporte – Lajeado

Em sua opinião, quais os pontos positivos do comércio de Lajeado?

“É um comércio muito pujante com ampla varieda-de de produtos. Morei um tempo no Vale dos Sinos, e o nosso comércio não deve nada para lá ou para os grandes centros. Em relação às cidades maiores, vejo até uma vantagem, pois aqui temos lojas não lojas tipo “cestão”, mas, sim, as mais quali$cadas.”

Antônio Scusseladvogado, 54 - Lajeado

“Temos bastante variedade e opções e produtos e preços. Se acha tudo aqui na cidade.”

Ana Paula Macedo da Silvaauxiliar administrativo, 32 – Lajeado

“Acho o comércio daqui muito bom por ter muita variedade de produtos e também várias opções de pagamen-to. É possível parcelar se preciso, ou pagar à vista com desconto. Como tem muitas lojas, temos onde pesqui-sar os preços.”

Sueli Weberdiarista, 54 – Lajeado

“Acho o atendimento muito bom, principalmente porque os vendedores me deixam bem à vontade. Não sinto aquela pressão, com o atendente em cima de mim o tempo todo. Eu pre$ro assim, fazer meu próprio atendimento e, quando precisar, solicitar a ajuda. Por isso, gosto muito do comércio de Lajeado.”

Lisani Schüsslerauxiliar de escritório, 38 – Lajeado

“Tem boas opções de produtos, mas o atendimento deixa a desejar. Os atendentes não auxiliam e não se preocupam em vender. Por isso, cos-tumo comprar em Santa Cruz do Sul. Também sinto falta de especialistas, por exemplo, vou numa livraria e os vendedores não conhecem os livros, não sabem indicar boas leituras.”

Marlene Laracomerciante, 46 – Lajeado

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12| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Eleito em dezembro de 2015,

Heinz Rockenbach assumiu

a presidência com a respon-

sabilidade de comandar a

entidade no biênio do cinquentenário

(2016/17). Durante sua posse, em

março, trouxe mensagem de otimismo

em meio à crise econômica e política

enfrentada pelo país.

Recomendando cautela, enalteceu a

força do comércio e do setor de servi-

ços da cidade e lembrou de outras cri-

ses superadas ao longo dos 50 anos de

existência da CDL. Nascido em Picada

Aurora, Cruzeiro do Sul, trabalhou na

lavoura até os 23 anos, atividade que

intercalava com ensaios de bandas.

Já em Lajeado, abriu a primeira loja de

calçados em dezembro de 1991. Lem-

bra do começo difícil, com recursos

escassos e adaptações necessárias para

superar as crises. Segundo ele, a busca

por informações, o acompanhamento

e o esforço asseguraram o desenvolvi-

mento como empresário.

Integrante da CDL faz cerca de 20

anos, atuou nos cargos de vice-presi-

dente de comércio e de administra-

ção da entidade. Destaca o apren-

dizado profissional por meio desse

vínculo, que também assegurou a

preparação necessária para assumir a

presidência.

A Hora – Qual o papel da CDL

para o desenvolvimento de Lajeado?

Heinz Rockenbach – A CDL defende

os interesses dos próprios associados,

propondo produtos e soluções para o

desenvolvimento da economia de Laje-

ado. Entre as principais marcas deixa-

das para a comunidade, estão os even-

tos promovidos pela entidade, como a

nossa convenção, e promoções como

a Lajeado Brilha, Liquida Lajeado, Dia

das Mães, dos Pais e dos Namorados,

entre outras. Todas as iniciativas apre-

sentam resultados positivos, porque

sempre que tratamos as coisas no cole-

tivo temos mais força. A entidade visa

unir o associado, pois uma ação em que

todas participam é mais forte do que

uma iniciativa sozinha.

Lajeado é o centro regional do comér-

cio. Muitas pessoas vêm de outras cida-

des do Vale para comprar nos estabele-

cimentos da cidade. Como se construiu

esse cenário e qual o papel da CDL nesse

contexto?

Rockenbach – Isso veio com o tempo,

desde a criação da entidade. Os pio-

neiros pensaram a CDL Lajeado com

a intenção de transformar a cidade em

um polo comercial. Hoje, o comércio

e a prestação de serviços são os dois

principais propulsores da economia

do município, à frente da indústria. Foi

algo que se construiu ao longo destes

50 anos de entidade.

A CDL também tem a função de pro-

porcionar quali'cação para o empre-

sariado. Um dos eventos mais impor-

tantes é a convenção, que se tornou

referência estadual. Qual a importância

desse investimento em quali'cação?

Rockenbach – Tanto a convenção

quanto os demais cursos proporcio-

nados pela CDL durante todo o ano

visam quali;car o empresário. Para

termos resultados positivos nos nos-

sos negócios, precisamos nos atuali-

zar, quali;car e desenvolver. Isso faz o

empresário ;car mais forte, o colabo-

rador pode trabalhar com mais segu-

rança, o consumidor acaba bene;cia-

do e a economia como um todo cresce.

A informação é fundamental para o

crescimento da CDL, do comércio e

da própria economia.

De que forma a CDL enxerga o mo-

mento econômico e o que é preciso fazer

diante das di'culdades?

Rockenbach – Hoje passamos por

uma crise política, e que também é uma

crise moral, e acabou se instalando

enquanto crise econômica. Neste mo-

mento, a entidade precisa ;car ainda

mais atenta. Não podemos negar que

essa crise afetou a região. Mas, diante

Os pioneiros pensaram a CDL Lajeado com a intenção de transformar a cidade em um polo comercial

Coletividade assegura resultados positivos, diz Rockenbach

Integrante da CDL faz cerca de 20 anos, o atual presidente Heinz Rockenbach foi aclamado em dezem

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QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016 | 13

dessa situação, não podemos esperar alguma coisa pronta lá de cima para re-solver os problemas. A própria entida-de tem que manter suas atividades de formação e também reivindicatórias, para superarmos essa crise. Se os polí-ticos não atrapalharem já é uma gran-de coisa. Não podemos (car sentados esperando. É preciso agir para mudar essa situação.

Quase metade das empresas brasilei-

ras fecha em até três anos. Por que isso

acontece e o que é preciso fazer para su-

perar os anos iniciais?

Rockenbach – Antes de abrir um ne-gócio, é importante primeiro montar um projeto e analisar com clareza to-das as questões envolvendo a atividade. Isso vai desde a escolha do ponto até outras questões mais complexas. Mui-

tas vezes, a pessoa saiu do emprego, recebe um dinheiro e resolve montar uma empresa sem planejar, o que cos-tuma dar errado. É importante ir passo a passo para fundamentar o empre-endimento e fazer com que ele possa crescer e prosperar. É preocupante ver que empresas abrem e fecham pouco tempo depois. É ruim para o próprio comércio da cidade. Muito disso passa por gestão, pela quali(cação contínua do empreendedor. Sei que não é fácil, pois estou faz 25 anos no mercado. Mas quem quer ser empresário tem que se preparar, ter foco, trabalhar bastante e se quali(car.

A maior parte das empresas da re-

gião é familiar. Diante disso, como os

empresários devem se preparar para a

sucessão dos seus negócios?

Rockenbach – Vejo que existem muitas barreiras nesse sentido. Passar o bastão para as próximas gerações é difícil porque o empresário está mui-to inserido no seu negócio, mesmo psicologicamente. É complicado para ele ceder ou dar abertura para a pre-paração de uma outra pessoa para o futuro. Mas nós estamos de passagem aqui, e essa é uma forma de preparar a empresa para o futuro. Algumas já trabalham com essa perspectiva, mas a maioria ainda não está pronta. A CDL vai trabalhar em cima disso para também ajudar o empresário durante

o processo de sucessão.

Uma das principais di'culdades da

classe empresarial é a alta carga tribu-

tária. No ano passado, a CDL e outras

entidades do setor integraram protestos

contra a ampliação do ICMS. Como a

entidade se insere nas questões ligadas à

política pública?

Rockenbach – Temos uma atuação po-lítica necessária, porque também depen-demos dos órgãos públicos para obter o retorno sobre o que nós, e os consumi-dores, pagamos em impostos. É uma luta constante, porque não queremos pagar mais tributos, de uma forma geral. Mas eu não me importo de pagar um pouco mais se tiver o retorno compatível. Se tiver segurança, saúde e educação, que é justamente onde nossos governantes deixam a desejar. A CDL sempre vai es-tar com a bandeira dela para reivindicar junto aos órgãos públicos de todas as es-feras, não apenas as causas em prol do setor, mas de toda a comunidade.

O que a comunidade pode esperar da

CDL nos anos vindouros?

Rockenbach – Uma atuação como vi-nha ocorrendo nas outras gestões. Sa-bemos da nossa responsabilidade, de a cada ano prospectar mais atividades e atrações. Sempre vamos criar novos projetos, eventos para fortalecer o as-sociado e reverter em benefício de La-jeado e da região.

Integrante da CDL faz cerca de 20 anos, o atual presidente Heinz Rockenbach foi aclamado em dezembro do ano passado

DIVULGAÇÃO

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14| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Após o evento, outras cidades tentaram criar convenções diferentes, mas sem sucesso. Lajeado se tornou a referência

Deoclécio PedóPresidente durante a 1ª convenção

Consolidada como um dos

principais eventos de for-

mação do empresariado

gaúcho, a convenção CDL

chega à 16ª edição. Com atrações de

renome nacional, é uma das principais

marcas da entidade e visa orientar a

classe empresarial diante das variações

da economia nacional.

Criada em 1993 durante a gestão de

Deoclécio Pedó, a convenção foi rea-

lizada na antiga sede do Clube Tiro e

Caça, e teve como primeiro palestran-

te o especialista em Administração de

Empresas Roberto Palominos, autor

do livro Nem Acaso, Nem Milagre – a

Gestão do Compromisso.

Segundo Pedó, a ideia surgiu a partir

da participação em eventos do movi-

mento lojista no RS e alguns nacionais

durante as décadas de 80 e 90. “Isso me

deu a oportunidades de fazer uma lei-

tura sobre como eram organizadas as

convenções.”

De acordo com ele, foi possível per-

ceber que os eventos eram muito sele-

Convenção lojista coloca Lajeado no cenário estadual

tornava um impeditivo.”

Também foi possível perceber a di-

/culdade em estabelecer conteúdos

focados na atividade empresarial.

Diante dessas constatações, Pedó or-

ganizou um projeto para gestão de

uma convenção em Lajeado e apre-

sentou para a diretoria.

Entre os motivos para a realização do

evento na cidade, estava a avaliação de

que a região tem um varejo dinâmico,

com grande capacidade empreendedo-

ra. Diante da constatação de que Laje-

ado tinha capacidade para abrigar um

evento de grande porte, deu-se origem

à primeira edição.

“Tinha como base a ideia de ser uma

convenção de um dia, realizada de for-

ma objetiva e com assuntos relevantes,

para que os participantes pudessem

agregar informação relevantes para o

desenvolvimento dos negócios.”

Conforme Pedó, o primeiro evento

teve muito sucesso, com participação

da federação das CDLs do RS e de re-

presentantes de entidades de diversos

municípios do estado. “Após o evento,

outras cidades tentaram criar conven-

ções diferentes, mas sem sucesso. Laje-

ado se tornou a referência.”

Segundo ele, naquela época foi criada

a raiz para as futuras convenções, mas

o sucesso de hoje também é resultado

do trabalho dos novos líderes que as-

sumiram a entidade e se propuseram a

aperfeiçoar o evento.

Atrações

de renome

nacionalA 2a edição foi realizada em 2001 du-

rante a gestão de Martin Hann. Realiza-

da no Weiand Hotel com o tema “Dife-

renciar ou desaparecer”, trouxe nomes

conhecidos no cenário brasileiro. Entre

eles, o arquiteto Gilberto Sibemberg,

o autor do livro Vender com Crise ou

sem Ela, Clêider Alfaya, e o consultor

tivos e capazes de agregar um grande

número de lojistas. Porém, por serem

realizados em locais distantes, acaba-

vam restringindo o público. “Além da

questão do tempo, pois às vezes preci-

sávamos sair dois dias antes dos even-

tos, custo de deslocamento também se

Referência em qualificação para setor, evento chega à 16ª edição mantendo como característica a presença de painelistas de renome nacional e temáticas focadas na atividade empresarial

ARQUIVO A HORA

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Page 16: AH - CDL  Lajeado 50 Anos | 23 de junho de 2016

em Gestão, Edmour Saiani.No ano seguinte, ainda sob o co-

mando de Hann, o evento trouxe pa-lestras com o consultor em Desenvol-vimento de Negócios, Xavier Fritsch; o administrador de empresas Eduardo Tevah, autor de quatro livros na área com mais de 200 mil cópias vendidas; e a especialista em Marketing e Ven-das, Carmen Ferrão.

As duas edições seguintes foram con-duzidas pelo ex-presidente da entidade, Modesto Bettio. Com os temas “Rein-ventando o seu negócio” e “Liderando com equilíbrio”, reuniu palestrantes como os empresários Irno Delai, El-vídio Eckert e Claudir Dullius, o ex--presidente da Fecomércio-RS, Flávio Roberto Sabbadini; e o especialista em Marketing, Adroaldo Lamaison.

Durante a gestão de Claudir Dullius, em 2006, o evento foi realizado na Univates e teve como temática o “De-senvolvimento dos relacionamentos”. Entre as atrações, estava o consultor organizacional e especialista em Prepa-ração de Equipes, Eduardo Shinyashi-ki. Também integraram o evento, o especialista em Marketing de Varejo, Clóvis Lummertz, e a atual presidente do Badesul, Suzana Kakuta.

A partir da 7ª edição, durante a ges-tão de Érica Bettio na CDL, o evento passou a ter presidente próprio. Sob o comando de Elton Faleiro, a convenção ocorreu na Univates e teve palestras com o presidente da Comissão de Ética da Associação Brasileira de Franchi-sing, Gustavo Schi*no; o especialista em Moda, Jorge Faccioni; e o econo-mista e advogado Antônio Fraquelli .

Com o tema “Conhecimento à vista!”, a edição de 2008 também foi comanda-da por Faleiro. Primeiro entre os even-tos realizados na atual sede do Clube Tiro e Caça, local onde a convenção ocorre até hoje, teve entre os palestran-tes o arquiteto e designer Norberto J. P. Bozzetti, o especialista em Varejo e consultor empresarial, Xavier Fritsch; e

o hipnólogo Fábio Puentes. A 9ª edição do evento foi a única sob

o comando feminino. Célia Beatriz Paz organizou a convenção com a pre-sença do executivo e especialista em Vendas, Paulo Luppa; o professor de Gestão Visual, Iran Marcon; e o espe-cialista em Varejo e E-commerce, José Roberto Resende.

Em 2010 o município sediou a 41ª edição da Convenção Estadual Lojista, reunindo mais de mil empresários e gestores de todo o RS. Sob a temática “O poder do varejo”, o evento de três dias teve rodadas de negócios e pales-tras, além de um debate com os candi-datos ao governa do RS.

No ano seguinte, ocorreu a 11ª edi-ção do evento lajeadense. Organiza-da por Ricardo Diedrich, sob o tema “Inovação – Um degrau para o suces-so”, a convenção teve palestras com a especialista em Varejo, Simone Terra; o neurocientista, Oswaldo Paleo; e o em-presário e educador, Tiago Mattos.

O presidente das duas convenções

[...]trouxemos a Lajeado os melhores conferencistas e palestrantes do país[...]

seguintes, em 2012 e 2013, foi Daniel Dullius. Com os temas “Brasil – Um mundo de oportunidades”, a 12ª edição teve a presença do psiquiatra autor de best sellers como O Sucesso é Ser Feliz, Roberto Shinyashiki, e a jornalista do Grupo RBS, Carolina Bahia.

No ano seguinte, a convenção teve a temática, “Gestão de pessoas – O segre-do para vencer”. Entre os palestrantes, estiveram o psiquiatra, escritor e cria-dor da escola da inteligência, Augusto Cury; o músico da banda Nenhum de

Nós, =edy Corrêa; e o especialista em Vendas, Erik Penna.

Em 2014, Ricardo Diedrich assumiu novamente a presidência da Conven-ção CDL, cargo que ocupa até hoje. Sob o tema “Equipe vencedoras: a fórmula do sucesso”, teve participação de um dos principais autores da aca-demia brasileira, o *lósofo e educador Mário Sérgio Cortella. Também inte-graram o evento o jornalista Daniel Scola e o especialista em Varejo, José Roberto Resende.

Sob o título “Crie Experiências Úni-cas”, a convenção do ano passado reu-niu quatro dos principais palestrantes do cenário nacional. Os painelistas fo-ram o coaching Gabriel Carneiro Cos-ta, o ex-diretor de RH da Google, Deli Matsuo; o especialista em Liderança e Gestão de Pessoas, Alfredo Rocha; e o advogado, jornalista, escritor e educa-dor, Clóvis de Barros Filho.

Evento

no ano do

cinquentenárioCom a intenção de despertar novas

atitudes para o varejo, a 16ª Conven-ção CDL marca os 50 anos da entida-de. Cerca de 800 pessoas são esperadas para o evento que reúne cinco dos prin-cipais especialistas do setor no Clube Tiro e Caça, sob o tema “O amanhã se faz agora. Você está preparado?”

A atração principal é o maestro João Carlos Martins, reconhecido mundial-mente por sua história de vida e por integrar projetos sociais que levam a música erudita para as camadas mais pobres da população.

No ano do cinquentenário, cinco palestrantes abordarão estratégias para o desenvolvimento empresarial em um cenário de adversidades

Ricardo DiedrichPresidente da 16ª Convenção CDL

RODRIGO MARTINI

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QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016 | 17

A Hora – Como é o desa#o de estar

à frente da Convenção CDL e o que o

evento representa para os lojistas da

região?

Ricardo Luís Diedrich – Estar à fren-

te da convenção, além de ser uma tre-

menda responsabilidade, é um prazer

enorme. Pensar e projetar o evento,

durante todo um ano, é lidar com a

expectativa e o propósito de conti-

nuarmos realizando um evento que

faz com que as pessoas saiam muito

satisfeitas, realizadas e com o 'rme

propósito de voltar a participar no

ano seguinte. Trabalhamos com uma

grande equipe de amigos que discu-

tem ideias e, de acordo com os princí-

pios da entidade, buscam oferecer ao

nosso associado e à comunidade em

geral o acesso a grandes palestrantes e

a um evento diferenciado. Hoje nossa

convenção, que passou por diver-

sos formatos, encontrou um sólido

e agradável modelo. Ela não é mais

regional, tampouco lojista, passou a

ser a Convenção da CDL Lajeado, que

atende a todos os pro'ssionais que

buscam o seu aprimoramento.

A convenção se tornou uma das

principais referências da Região Sul em

termos de quali#cação e discussão de

assuntos pertinentes ao setor. De que

forma ocorreu esse processo e como o

evento posiciona Lajeado e a CDL local

no cenário gaúcho?

Diedrich – Há alguns anos, toma-

mos a decisão de fazer algo grandioso

e trazer os melhores, obviamente cor-

rendo riscos de não termos o retorno

e a presença de público que os investi-

mentos careciam. Mas, desde o prin-

cípio, pudemos contar com o apoio

de grandes parceiros patrocinadores e

apoiadores, além da maciça presença

de público, que em alguns momentos

esgotou a venda. Isso ocorre por conta

de alguns segredos de sucesso, sem-

pre pensando em primeiro lugar na

qualidade e em atender à expectativa

sinalizada na pesquisa de satisfação

do ano anterior. Hoje, nosso evento

é referência em todo o estado e nos

orgulhamos muito disso.

Diante das dimensões do evento,

quais são os desa#os para manter a

excelência da convenção a cada ano?

Diedrich – Este é o grande desa'o,

pois trouxemos a Lajeado os melhores

conferencistas e palestrantes do país

nos últimos anos. Falamos de Roberto

Shinyashiki, de Mário Sérgio Cortella,

de Clóvis de Barros Filho, de Augusto

Cury, entre tantos outros ícones que

aqui estiveram. E eles não participa-

ram aqui pelo seu nome, estiveram

sim pelo seu conteúdo, por tudo aqui-

“Hoje, nosso evento é referência em todo o estado e nos orgulhamos”

lo que podiam e puderam repassar e

tentar transformar nas pessoas.

Pessoalmente, o que as palestras e

formações dos eventos agregaram ao seu

processo de gestão empresarial?

Diedrich – Eu participei nos últimos

anos de muitas palestras, convenções,

treinamentos e tudo aquilo que, no

meu entendimento, pudesse me trazer

novos horizontes, diferentes maneiras

de pensar e, principalmente, novos re-

lacionamentos. Sem sombra de dúvida,

me considero uma pessoa melhor e um

pro'ssional mais preparado para tudo

o que o nosso dia a dia nos oferece de

desa'os, bem como de oportunidades.

Qual a expectativa para a convenção

2016?

Diedrich – Agora o que temos a fazer

é 'nalizar as vendas, que estão num

ótimo nível, pois o dia já está pronto e

fechado. Temos, como sempre, algu-

mas surpresas que estão guardadas e

que trarão aquele sentimento positivo,

a cereja do bolo. Esperamos que cada

palestra seja única e especial e que as

pessoas que tomaram a feliz decisão

de acreditar em nosso chamamento e

dedicar o dia 23 a si mesmo, a lapidar

a sua pedra bruta, saiam ao 'm da jor-

nada satisfeitas, felizes e, como sempre

falo, “de mochila cheia”.

Aos 75 anos, Martins é conside-

rado o maior pianista brasileiro de

todos os tempos, tendo tocado com

as principais orquestras norte-ame-

ricanas e gravado a obra completa

de Bach para piano. Enfrentou di-

versas adversidades para continuar

no ramo da música. Em 1965, teve

três dedos da mão direita atro'ados

após um acidente em jogo de fute-

bol. Continuou tocando, apesar das

di'culdades, e ainda sofreu distúr-

bios osteomusculares.

Em 1995, foi assaltado na Bulgá-

ria. Sofreu um golpe na cabeça cau-

sando a perda dos movimentos das

mãos. Na palestra “Tocando uma

Empresa”, o maestro conta sua his-

tória de superações e faz uma ana-

logia entre o funcionamento de uma

orquestra e o de uma organização.

O arquiteto e especialista em De-

sign Estratégico Adriano Braga

apresenta o painel “Inovação e es-

tratégia para obter melhores resul-

tados”. Nele, aborda fatores e ações

capazes de gerar resultados no va-

rejo diante do cenário econômico

adverso.

Cientista de dados, Ricardo Cap-

pra apresenta a palestra “Marketing

hacking: utilizando a informação

para agregar valor e construir rela-

cionamentos”. O painelista mostra

como as estratégias de comunicação

e decodi'cação do comportamento

do consumidor podem colaborar

para os resultados empresariais.

O cenário econômico nacional

será abordado pela jornalista Giane

Guerra e o economista do sistema

Fecomércio Lucas Schi'no, no pai-

nel “Rumos da economia pós-crise”.

Jornalista da RBS, Giane é repórter

e colunista na Rádio Gaúcha, Zero

Hora e Diário Gaúcho.

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18| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

É praxe. Quem costuma se comuni-car com mais frequência com a CDL certamente já conversou com Sorai-de Graf, atuando faz 15 anos como diretora-executiva da entidade lajea-dense. É aquela que sempre é chamada para resolver problemas, apresentar dados, consultar informações, atender os associados. En(m. Qualquer galho, fala com a Soraide!

O que a CDL representa na sua vida?

Soraide Graf – Muitos desa(os, realização pro(ssional, e uma rede de contatos que vale ouro.

Qual foi o momento mais especial

nessa sua caminhada dentro da enti-

dade?

Soraide – Os momentos são espe-ciais se os (zermos e sentirmos espe-ciais. Só o fato de viver já é especial. Todo ano, ver a convenção aconte-cendo é muito emocionante. Traba-lhamos muito para aquele espetáculo acontecer. É um grande espetáculo porque é uma engrenagem perfeita entre diretoria, equipe, fornecedores,

Problemas?Informações?Fala coma Soraide

As pessoas que passam em nossas vidas sempre deixam alguma marca. Cabe a nós tirarmos o melhor de cada relação.”

palestrantes e os atores principais: o público. Tudo é feito para e pelo público. Uma mistura de orgulho, sen-timento de dever cumprido, carinho e gratidão pelas pessoas que acreditaram na nossa proposta. O Lajeado Brilha e, especialmente a Chegada do Papai Noel, são uma sequência de momentos especiais. Ver o brilho nos olhinhos das crianças quando veem o Papai Noel não tem preço.

Qual foi o momento mais difícil?

Soraide – Quando tivemos a situação de fraude nas raspadinhas do Lajeado Brilha, em 2010. Tínhamos pensado em tudo com muito carinho e res-ponsabilidade, (zemos vários testes e simulações. Quando percebemos a fraude, (camos muito decepcionados e nos sentimos injustiçados. O que era para ser uma coisa bacana foi transfor-mado em um monstro que ameaçava a credibilidade da entidade.

Lembra de alguma personalidade cha-

mada pela CDL que tenha lhe marcado

de forma positiva?

momentos, desde a contratação até o retorno. Ele realmente faz o que fala.

Qual a importância da entidade para

o desenvolvimento de Lajeado?

Soraide – A CDL Lajeado fomenta o desenvolvimento dos associados, de Lajeado e da região. Isso acontece de várias formas: na representatividade junto aos poderes constituídos, no Serviço Central de Proteção ao Cré-dito, na quali(cação, nas campanhas promocionais, na formação de novos líderes. É um espaço para troca de ideias e experiências.

Quais são os desa%os da CDL para os

próximos 50 anos?

Soraide – Uau! Continuar sendo fomentadora do desenvolvimento. Por Lajeado ser polo e ter a vocação de co-mércio e serviços, esses são os setores que mais crescerão nos próximos anos. Acredito que o turismo de eventos ou negócios possa ser uma mola pro-pulsora. Para isso, precisamos fazer o nosso “tema de casa”. Se eu puder, quero participar disso (risos).

Soraide – As pessoas que passam em nossas vidas sempre deixam alguma marca. Cabe a nós tirarmos o melhor de cada relação. O Mário Sérgio Cor-tella é uma (gura que marca a gente de forma positiva. Ele foi excelente não só na palestra que fez, mas em todos os

Soraide Graf atua faz 15 anos como diretora-executiva da entidade representante dos lojistas

RODRIGO MARTINI

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20| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

O que lhe motivou a assumir o cargo de

presidente da CDL Jovem?

Henrique Haas Oliveira – Acredito que

todas ações que são feitas em grupo são

mais completas, têm mais força e êxito,

e como forma de contribuir de forma

direta, estar como vice-presidente jo-

vem me possibilita contribuir de forma

mais presente.

Quais as principais conquistas da CDL

Jovem até hoje?

Oliveira – Vejo que a integração de

jovens empresários da nossa cidade é

um dos principais feitos, pois isso per-

mite uma troca de experiências muito

rica, e já vai nos preparando para num

segundo momento colaborar de outras

forma junto à CDL. Também cito o En-

contro Estadual de Jovens Empresários,

que foi criado há quatro anos e já está se

tornando um evento referência. Lem-

brando que o objetivo é trabalhar dois

temas: inovação e empreendedorismo.

O que ainda é possível e necessário

alcançar com a CDL Jovem?

Oliveira – Nosso desa)o tem sido au-

“Nosso desa)o é aumentaro número de participantes”

mentar o número de participantes, pois

estamos no momento da vida em que

o estudo, cursos e o trabalho ocupam

grande parte da nossa agenda, e torna a

participação em atividades paralelas um

segundo plano.

Como você avalia a juventude empre-

endedora de Lajeado? Onde ela acerta? E

onde ela costuma falhar?

Oliveira – Considero a turma jovem

de Lajeado e região uma turma de ouro,

com grande espírito inovador e empre-

endedor, com muitas ideias e aspirações

de aprimorar seus negócios. Ela busca

muitas referências de mercado, se quali-

)ca, mas acredito que uma oportunida-

de de viabilizar mais ideias e ações seja

aprimorar a etapa de plani)car, planejar,

colocar o racional em primeiro plano,

para, quando partir para a execução,

tudo se desdobrar da melhor forma.

Em Lajeado, é comum os 'lhos toca-

rem negócios e empresas dos pais e avós.

Quais os principais cuidados para quem

se aventura dessa forma?

Oliveira – Os )lhos têm uma boa

oportunidade de se preparar, viver outras

experiências, com isso oxigenando e

trazendo novidades para o negócio. Mas

para que isso ocorra de forma positiva

é necessário um processo de integração,

para que união das gerações seja realiza-

da de forma gradual e amistosa.

Por 'm, qual a importância da CDL

para a cidade e o desenvolvimento de

Lajeado?

Oliveira – A CDL é formada pelos

empresários da cidade, hoje contando

com aproximadamente 600 associados,

ou seja, ela é parte da cidade. Ela visa

colaborar para um ambiente favorável

ao trabalho do comércio e serviços, ofe-

recendo cursos e tendo representação

junto à entidade de classes e mantendo

uma comunicação ativa e construtiva

com a prefeitura e câmara de verea-

dores.Tudo isso com objetivo claro de

oferecer produtos e serviços mais quali-

)cados e com ótimas possibilidades aos

consumidores da nossa região.

Os )lhos têm uma boa oportunidade de se preparar, viver outras experiências, com isso oxigenando e trazendo novidades para o negócio.”

Henrique Oliveira, presidente CDL Jovem

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Foi na gestão dele que a CDL passou a incrementar a decoração natalina da cidade. No primeiro ano de mandato, Lajeado foi enfeitada pela primeira vez e ganhou lâmpadas coloridas ao longo das principais ruas do centro. Suas ideias eram sempre dinâmicas e muito contribuíram para o crescimento do comércio local. A maior preocupação da diretoria na época era a 'delização do SCPC, buscando conquistar uma maior con'ança dos lojistas em relação ao serviço.

Erny Sthalschmidt (in memoriam)(Gestão 1969/1970)

Em 50 anos, 28 presidentes comandaram a CDL

22| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

De grande atuação comunitá-ria, fez parte – entre outras – da primeira diretoria da Fates, em 1973. Também foi dele a honra de ser o primeiro presidente da CDL. Criada com o nome de Clube de Diretores Lojistas, a entidade tam-bém instalou em Lajeado o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Bernardino adoeceu durante o mandato e precisou se afastar para o tratamento.

Bernardino Pinto (in memoriam)

(Gestão 1966)

Osmar é um dos fundadores da entidade. Foi vice-presidente na primeira gestão e assumiu a presidência quando Bernardino Pinto se afastou. Nos primeiros anos de atuação, coordenou a participação dos asso-ciados na convenção nacional, sediada em Porto Alegre. Entre as principais ações, está a realização do concurso Melhor Balconista do Ano, realizado para valorizar os traba-lhadores do comércio. A escolha era feita pelos consumidores por meio de recortes em jornal local. Os prêmios costumavam ser eletrodomésticos.

Osmar Fernando Ehlers(Gestões 1966/1967, 1974/1975 e 1983/1984)

O terceiro presidente buscou aper-feiçoar o destaque e a importância da CDL, com atenção especial às me-lhorias do sistema do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que foi determinante para a expansão mais segura das vendas no crediário no já concorrido mercado lojista de Lajeado. Entre suas ações, manteve foco no auxílio aos associados que buscavam quali'cação, principal-mente com participações nas mais diversas convenções direcionadas aos empresários lojistas.

Nestor Arthur Hexsel (in memoriam) (Gestões 1968/1969 e 1975/1976)

O quinto presidente buscou incentivar a participação dos as-sociados em várias convenções nacionais, além de se fazer pre-sente e apoiar eventos no estado com a presença de pro'ssionais do varejo de grandes centros. Focou suas atividades no debate e levantamento de alternativas para as di'culdades do comér-cio da época. O principal obje-tivo daquela gestão era atualizar e ampliar o conhecimento dos empresários locais.

Alindo Ahlert (in memoriam)(Gestões 1970/1971 e 1980/1981)

O sexto presidente sempre esteve ativo na entidade, desde a fundação. Em 1971, assumiu o comando da CDL. Enquanto presidente, atuou para aproximar empresários concorrentes para que todos trabalhassem em prol do desenvolvimento do comércio. Ele também se destacou ao reno-var, pela primeira vez, a decoração natalina de Lajeado, com peças decorativas feitas por estudantes acompanhados pela entidade.

Donald Sebastião Johann (Gestões 1971/1972 e 1976/1977)

Presidente da CDL em três oportunidades, e 'lho do primeiro “comandante” da entidaede, o atual CEO da empresa Brasil Varejo esteve presen-te em momentos marcantes da câmara. Entre eles, a inauguração da sede, em 1986, e no início o'cial da campanha Lajeado Brilha, em 1994. Também foi nessa época que se estabeleceu o formato das promoções de 'm de ano, com shows e sorteios. Na gestão, ainda foi realizada a primeira conven-ção distrital da Federação das Câmaras de Diri-gentes Lojistas (FCDL).

Marco Antônio Pinto(Gestões 1977/1978,

1985/1987 e 1993/1995)

A família Pinto faz parte da história da CDL.

Seu pai foi o primeiro presidente, mas não pôde

concluir o mandato. Qual foi a sua motivação para

se tornar presidente da CDL?

Sempre acreditei na importância do associati-vismo. Lajeado tratado como um centro comercial regional, inclusive com promoções conjuntas e eleva-ção do nível técnico dos lojistas. A imagem constru-ída pela CDL de Lajeado me levou à presidência da Federação das CDLs do Estado, por dois mandatos.

Quais as semelhanças entre o comércio atual e o

que prevalecia na sua primeira gestão?

O varejo se encontra em di'culdade pela perda do poder aquisitivo dos consumidores e acirra-mento da concorrência, inclusive de redes de fora. Esse fato obriga a um permanente aperfeiçoamento dos empresários e suas equipes. Atualmente me dedico em levar grupos de lojistas brasileiros para a convenção americana de varejo em Nova York, onde são apontados os rumos do setor para os próximos anos, inclusive com as ferramentas tecnológicas disponíveis.

Quais problemas recorrentes na década de 80

ainda se perpetuam entre lojistas e comerciantes?

Com certeza, o excesso da carga tributária e o custo dos 'nanciamentos ainda di'cultam em muito o crescimento do varejo.

Para você, qual foi a principal conquista da CDL

e qual a sua importância para a cidade?

O estaciomento rotativo, o Cedelinho, a conven-ção regional lojista, inclusive superando a convenção estadual, as promoções conjuntas de Natal e outros eventos. Também acho muito importante a união dos lojistas da cidade, que permanece e aumenta até hoje.

Escolha do melhor balconista era definida pelos clientes

Posse do primeiro presidente, Bernardino Pinto

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ARQUIVO CDL

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QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016 | 23

A gestão de Mário Betti foi marcada pela inovação. Era essa uma das principais características do empresário. O dirigente atuou em prol do desenvolvimento do comércio da cidade e pelo fortaleci-mento ainda maior da CDL, dois anos após a inauguração da primeira sede. Ele morreu vítima de acidente de trânsito, na BR-386, quando retornava de evento da classe lojista realizado em Porto Alegre.

É o presidente que mais vezes assumiu a entidade. A primeira gestão foi marcada pela compra de equipamentos para aperfeiçoamento do SCPC. Entre os investimentos, estão a criação do primeiro Cedeli-nho, que na época era uma simples carreta adaptada com assentos e cuja tração era feita por um trator. Tam-bem foi o responsável pela colocação de um imponente sino na cobertura do Edifício Metrópole, que chamava atenção entre o restante da decora-ção natalina, inclusive para quem passasse na BR-386.

Como outros presidentes, manteve a atenção focada no aperfeiçõamento do SCPC. Realizou ainda uma série de atividades para conscien-tizar sobre a importância da ferramenta. O trabalho dele tinha como objetivo envolver um número cada vez maior de empresários, principalmente daqueles que se sensibilizassem com a utilidade do SCPC.

Mário Antônio Jaeger Betti(in memoriam)

(Gestão 1978/1979)

Sírio Sandri (Gestões 1979/1980,

1987/1988, 1991/1992 e 1995/1996)

André Guilherme Sander(Gestão 1981/1982)

Foi o primeiro funcioná-rio da CDL. Na época da presidência de Bernardino Pinto, exercia a função de atendente do SCPC e secretário-executivo da entidade. Mais tarde, já como lojista, assumiu a presidência e coordenou as tratativas de aquisição do terreno da rua João Batista de Mello, onde hoje está instalada a sede da CDL de Lajeado.

Tarcísio Kunzler Godoy(in memoriam)

(Gestão 1982/1983)

Trabalho focado na união dos lojistas de Lajeado para troca de informações e conheci-mentos. Buscou conquis-tar reconhecimento ao SCPC, como principal forma de restrição aos inadimplentes e acesso ao crédito liberado para os bons consumidores.

Raimundo Weimer(Gestão 1972/1973)

Darcy Nivaldo Schmidt(Gestão 1973/1974)

Suas ações costumavam bus-car o aprimoramento do SCPC. Naquela época, a ferramenta enfrentava bastante resistência do público consumidor. As deci-sões de Schmidt eram tomadas em reuniões periódicas com os cerca de 20 associados no antigo prédio da Acvat, que emprestava o espaço para a CDL. Em 1974, sob sua presidência, a entidade realizou o primeiro concurso Comerciário do Ano.

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24| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Durante a gestão, o empresário lajeadense acompanhou de perto o começo a construção da sede da CDL, no terreno adquirido na gestão ante-rior. Naquele ano, também ocorreu o último concurso Comerciário do Ano. Já em 1986, o mesmo evento passou a ser realizado em parceria com o Sin-dicato dos Comerciários, juntamente com o tradicional baile. O dirigente morreu vítima de acidente de trânsito na BR-386, quando retornava de um evento patronal da classe lojista, em Porto Alegre.

Guenter Hahn (in memoriam)

(Gestão 1984/1985)

O dia 8 de abril de 1988

)cará marcado como

uma das mais tristes datas

da história da CDL. Ou,

mesmo, o mais doloroso fato na cin-

quentenária história da entidade.

Era madrugada quando o ex-

-presidente da entidade – e diretor na

época –, Guenter Hahn, voltava com

o próprio carro de uma convenção lo-

jista realizada em Porto Alegre. Ao seu

lado, no banco do caroneiro, estava

Mário Antônio Jaeger Betti, gerente

da Casa Americana na época. Ambos

foram ao encontro para representar a

CDL Lajeado.

Betti também fora presidente da

CDL entre 1978 e 1979. Entre suas

principais virtudes, amigos destaca-

vam a visão inovadora sobre o co-

mércio da época. A mesma referência

era designada a Hahn, que presidiu

a entidade entre 1984 e 1985. E tudo

isso foi interrompido de forma brusca

sobre a pista da BR-386.

O carro da marca Wolkswagen diri-

1988, o ano de luto para a CDLforte para seguir cuidando sozinha

dos )lhos, um homem e uma mulher,

frutos da longa relação com Guenter.

“Foi uma fatalidade. Ele sempre me

dizia, e disse também alguns dias antes

do acidente, que se ocorresse algo não

seria ele o culpado. Pois costumava ser

cuidadoso, e não bebia ou corria com

o carro. Parecia que ele estava preven-

do a morte.”

A também lajeadense, Maria Berna-

dete Heemann Betti, mulher de Mário,

)cou responsável pelos três )lhos

após a morte do marido. Ex-Miss Rio

Grande do Sul e ex-Miss Brasil Inter-

nacional – distinções conquistadas na

década de 70 – e conhecida na cidade

como “Tia Beti”, Maria morreu 26

anos depois, no dia 8 de abril de 2014,

vítima de câncer no pâncreas.

gido por Hahn foi esmagado por um

caminhão descontrolado. Estavam em

Triunfo, a menos de uma hora de casa.

O violento choque não deu chance

alguma aos ocupantes. Ambos morre-

ram no local.

“O caminhão capotou em cima do

carro. Eles morreram amassados”,

conta a viúva, Wally Hahn, hoje com

83 anos. Quem lhe avisou sobre a

morte do marido foi a mulher de Betti.

A ligação chegou de madrugada, por

volta das 2h.

- Olha, Wally. Eles se acidentaram.

- Mas não estão mortos – respondeu,

ainda com esperanças.

- Sim. Eles morreram.

A curta conversa foi interrompida pelo

choro. E também pela tristeza que se

perpetua nestes 28 anos. “A cidade

parou. Havia muita gente nos velórios.

Houve muitos comentários também”,

lembra a viúva.

Wally teve que se acostumar e ser

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QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016 | 25

Foi responsável pela informati-zação do SCPC. Para tal, adquiriu equipamento para processamento de dados, pois até então o fun-cionamento era com o sistema de &chários. Naquela gestão, foi consolidado o Conselho das Entidades Empresariais, que integrou as atividades das organi-zações existentes. Também houve renovação da decoração natalina durante aqueles dois anos. Me-lhorias na BR-386, investimentos em energia elétrica e incentivos à Expovale também foram áreas de atuação daquela diretoria.

Nilton Roque Zen (in memoriam)

(Gestão 1990/1991)

Foi nessa gestão que surgiu uma das mais importantes ações da CDL em seus 50 anos. Pedó promoveu a 1ª Convenção Regional Lojista, com grande repercussão e como alterna-tiva ao evento estadual, mostrando todo o potencial de Lajeado. A participação de empresários foi expressiva. Também foi nessa gestão que ocorreu a construção do atual Cedelinho, em substituição ao trator com carreta que circulava pela cida-de. Entre os feitos mais marcantes, está uma inserção em mídia nacional da cidade de Lajeado, que ocorreu no Jornal Nacional, destacando a decoração natalina daquele ano.

Deoclécio Pedó(Gestão 1992/1993)

O décimo quinto presidente trabalhou na busca da apro-ximação da entidade com as instituições &nanceiras, para que houvesse maior controle na abertura de contas. Isso porque, naquela época, o comércio era alvo de grande emissão de cheques sem fundo. Rocha foi um grande

apoiador e participante dos eventos do movimento lojista no estado.

Rogério Cunha Rocha(Gestão 1988/1989)

en (in memoriam

Foi durante a presidência de Bolsi que, junto com a Rádio Independente, a CDL realizou a 1ª Rústica de Natal, evento que se manteve ativo durante vários anos, tornando-se um dos mais tradicionais do período na cidade. Também buscou a expansão da entidade, criou o estacionamento rotativo e buscou melhorias no SCPC.

Antonio Jacob Bolsi(Gestão 1989/1990)

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26| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Foi durante sua passagem pela presidência que Lajeado sediou a 36ª Convenção Estadual Lojista. No perío-do, a CDL de Lajeado virou case da 45ª Convenção Nacional do Comércio Lojis-ta, realizada no Rio de Janeiro. Dullius iniciou obras de reforma no prédio, e reformulou a decoração natalina com a confecção de arcos para colocação das luzes. O Liquida Lajeado apresentou re-cordes de vendas, virando referência em atração de consumidores para as lojas. Pela primeira vez, o Lajeado Brilha con-tou com o sorteio de um apartamento.

Claudir Dullius(Gestões 1998/2000 e 2004/2006)

Érica Bettio(Gestões 2006/2007 e 2007/2008)

Foram quatro décadas até que a presidência da CDL fosse ocupada por uma mulher. Érica Bettio assumiu em agosto de 2006, para um primeiro mandato de um ano. Ela foi reeleita em 2007. Junto da diretoria, criou o Projeto Expertise – Escola de Varejo. Em sua gestão, também instituiu a reunião mensal Ideias que Alimentam. O período ainda foi marca-do pela reforma da sede da entidade e pela aquisição do primeiro veículo para o depar-tamento comercial.

Filho do presidente Guen-ter Hahn, Martim se mostrou preocupado com a quali(-cação pro(ssional do setor e, para isso, retomou com a realização da Convenção Regional Lojista. O dirigente fortaleceu (nanceiramente a entidade e concluiu obras in-ternas na sede. Nesse período, houve ampliação da parceria com as demais entidades liga-das ao comércio, como Acil, Sesc, Senac e Sindilojas.

Martim Hahn(Gestão 2000/2002)

Em acordo com o gover-no municipal, a diretoria reformou o Cedelinho, preservando as caracterís-ticas originais e oportu-nizando ainda uma vista panorâmica da cidade. Foi neste ano também que, por iniciativa e organização da CDL, com participação do poder público e de proprie-tários de imóveis, ocorreu a reformulação da rua Júlio de Castilhos e ampliação de um dos lados da calçada.

Foi nessa gestão que a CDL atingiu a marca histórica de 500 sócios. Faleiro também investiu na área de comunicação, com a criação do site e do jornal CDL Lajeado em Notícias, em que são compartilhadas notícias do trabalho da entidade. Além disso, instituiu uma coluna de notícias do SCPC na imprensa local. Sediando a 41ª Conven-ção Estadual Lojista, em agosto de 2010, Lajeado atraiu a aten-ção de mais de mil empresários varejistas do RS.

Essa diretoria foi responsável pela criação do “Outlet Lajeado”, uma campanha promocional ca-racterizada por uma feira de pontas e pioneira no comércio da região. A dirigente ainda descentralizou as ações da CDL Lajeado para os bair-ros. Foi responsável por ampliar a comunicação das promoções da entidade para as redes sociais. Além disso, deu início à reforma e ampliação da sede da CDL Lajeado, que passou a ocupar também o an-dar térreo, melhorando a prestação dos serviços e oferecendo acessibi-lidade aos de(cientes físicos.

O presidente buscou avanços com o processo de coaching realizado com os integrantes da diretoria, o que oportunizou a quali(cação para os líderes e ajudou a envolver a CDL. O Cedelinho recebeu nova reforma, trazendo mais confor-to e segurança aos passageiros, além de iluminação especial para os passeios noturnos durante a Campanha Lajeado Brilha. Também foi em 2013 que a cidade inovou e criou o 1º Encontro Estadual de Jovens Empresários. Realizado no dia

anterior à Convenção Lojista, foi uma excelente oportunidade para troca de ideias e relacionamento entre jovens empresários.

Já com mais de 600 sócios cadastrados, a gestão de Daniel – (lho do ex--presidente, Claudir – teve ações de destaque como o incremento de campanhas. No Dia da Criança, além de premiação, a CDL Lajeado promoveu evento de inte-gração e arrecadou mais de 500 quilos de alimentos. Em 2015, a CDL Lajeado lançou a Campanha Lajeado Tem Tudo, com objetivo de valorizar o comércio local. Foi sob a presidência de Da-

niel que o 3º Encontro Estadual de Jovens Empresários ganhou nova dimensão. O evento foi desvinculado da Convenção CDL Lajeado, tornando-se uma programação independente e reuniu cerca de 700 pessoas no Teatro do Centro Cultural Univates.

Modesto Bettio(Gestão 2002/2004)

Elton Faleiro(Gestão 2008/2010)

Célia Beatriz Paz (Gestão 2010/2011)

Ricardo Luís Diedrich(Gestão 2012/2013)

Daniel Dullius(Gestão 2013/2014)

Assim como Zen, trabalhou na modernização do sistema de tecnologia da informação. Também buscou melhorar as relações com o Executivo. Foi durante essa gestão que a CDL desenvolveu intenso treinamento de lojistas e comerciários. Em seu período à frente da entidade, lançou a campanha Em Lajeado sua Nota Vale Mais.

Luiz Henrique Hemmann(Gestão 1996/1998)

O que foi determinante para você ser eleita a primeira presidente mulher da CDL?

A CDL de Lajeado sempre foi uma entidade inovadora e ousada. A minha indicação se deu de forma muito tranqui-la e sem preconceitos. Eu era bastante ativa junto à entida-de, o que fez com que meu nome fosse lembrado.

Por que, na sua opinião, demorou 40 anos para que uma mulher assumisse a presidência?

A participação da mulher ainda é bastante recente. Até pouco tempo, a mulher ainda ia para casa fazer o almoço, enquanto o marido participava das reuniões.

Qual foi o principal diferencial dessa gestão feminina?Por ter sido a primeira mulher na presidência da enti-

dade, alguns detalhes femininos talvez tenham sido mais notados. O que hoje já não faz mais tanta diferença até porque homens e mulheres andam lado a lado na maioria dos setores.

A participação feminina na CDL é satisfatória ou

poderia melhorar?A participação feminina é de acordo com o interesse

das mulheres em participar. Se a mulher se faz presente, ela tem seu espaço. As oportunidades quem faz são as pessoas. Não é de(nido por sexo.

O que você destacaria em seu mandato, e o que se arrepende de não ter feito?

Eu me surpreendi de forma positiva na minha ges-tão com as pessoas que participaram junto comigo. O que eu destacaria foi a aquisição do primeiro carro, a Expertise e o Ideias que Alimentam. Não tenho arrepen-dimentos porque (z o que eu tinha capacidade de fazer na época. Foi uma experiência que me trouxe muito conhecimento e crescimento pessoal e pro(ssional.

Por -m, qual a importância da entidade para o desenvolvimento da cidade?

“Uma andorinha sozinha não faz verão.” A entidade trabalha em prol do coletivo, defendendo e fortalecendo os interesses do todo.

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28| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Presidente

Heinz Rockenbach

Vice-presidente de Serviços

Ademir Kronbauer

Vice-presidente AdministrativoFabiano Bladt

Vice-Presidente de Comércio

Aquiles Mallmann

Vice-Presidente de Capacitação

Ricardo Luís Diedrich

Vice-Presidente Institucional

e de Responsabilidade Social

Marcos Mallmann

DiretorNilton Colombo

Diretoria da CDLna gestão 2016/17

1999191919999999 17517175

2000 226

2001 284

2002 314

2003 329

200404 395

2005 389

200606 403

2007 411

200808 489

2009 500

201010 523

2011 535

201212 560

2013 592

201414 613

2015 607

201616 589

Sócios

Diretor AdministrativoEvandro Fascina

Diretor FinanceiroLuiz Delavald

Vice-Diretor FinanceiroElton Fischer

Diretor SecretárioRicardo Brunetto

Vice-Diretor SecretárioTony Ademo

Diretoria de ComércioDaniel Dullius

Rômulo Xavier Vier

Edson Bertozzi

Fabiano Bladt

Maurel Lenz

Humberto Koerbes

Ricardo Brunetto

Rodrigo HerrmannSimone P. Schons

Diretoria de CapacitaçãoDaniel DulliusFabiano BladtGustavo BozettiGuilherme MarderInês DecianJean JaquesFernanda BertuolDaniel H. BothHelena BergamaschiGustavo AdamiRicardo Brunetto

Vice-Presidente Jovem

Carlos Henrique Haas Oliveira

Diretoria JovemFernando Bergesch

Fernando Bornholdt

Josiane da Costa

Maurício Polita Zanon

Conselho Fiscal – Titular

Modesto Bettio

Conselho Fiscal – SuplentesVera Scheibel

Vandro Künzel

Elton Faleiro

ARQUIVO CDL

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30| QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016

Nestes 50

anos, a CDL

foi ferramenta

fundamental no

desenvolvimento

dos setores do co-

mércio e serviços.

Por meio de suas ações e campanhas,

congrega e alinha as diversas forças dos

setores que representa, potencializan-

do os resultados e contribuindo com a

melhoria da qualidade de vida da nossa

gente, por meio do desenvolvimento

sustentável.

Alex Schmitt – Advogado

A ação e

importância

da CDL Lajeado

transcendem a sua

simples existência

como entidade

empresarial. Ela

é a evidência da capacidade de união,

sinergia e articulação da comunidade

lojista em busca de elevados objetivos.

Ascende, assim, ao status de organismo

social vivo, construtor e catalizador do

desenvolvimento municipal e regional.

Parabéns a todos que inscreveram seus

nomes na epopeia de cinco décadas

de fomento do progresso econômico e

social e àqueles que, hoje, pelo trabalho,

liderança e inovação, continuam a cons-

trução da pujança diária dessa singular

e elogiável história de associativismo

empresarial e institucional.

Antonio Juarez Mathias Corrêa

da Silva – Gerente da Acil

Desde a sua

fundação,

nos idos de 1966, a

CDL tem sido uma

grande parceira na

promoção do de-

senvolvimento so-

cioeconômico do município e também da

região. Muitas iniciativas relevantes para o

fortalecimento do comércio e em benefí-

cio de toda a comunidade alí nasceram e

se consolidaram ao longo destes 50 anos.

Hoje, Lajeado é um dos principais polos de

comércio e serviços do estado e a entidade

também contribuiu muito para chegarmos

a essa posição de destaque. Parabéns a to-

dos que colaboraram na construção dessa

valorosa história e a todos que estão dando

continuidade a ela.

Carlos Alberto Martini

Ex-secretário municipa

de Indústria e Comércio

Grandes

responsá-

veis pela força de

Lajeado e região

são as suas enti-

dades de classe.

A CDL Lajeado é

exemplo para todo o RS pela sua atuação

incansável, inovadora e responsável em

defesa dos interesses dos seus associados

e dos consumidores lajeadenses. Como

cidadão e associado, sinto orgulho de

sua história que é feita de conquistas e,

principalmente, parceria entre todos os

envolvidos.

Fabiano Bladt – Empresário

Sobre a CDL CDL, 50 anos.

Transparên-

cia, união, ética,

integridade e

simplicidade. Jun-

te esses adjetivos

com uma grande

e esforçada equipe. Essa é a CDL Lajeado.

Preocupada em ajudar, fortalecer e desen-

volver todos os associados. De fato, tem

sido a constância dos dias na CDL Lajeado.

Muita entrega. Aqui também estamos

fazendo grandes e valiosos amigos. Muito

bom sempre estar envolvido. Fica o abraço

a todos que prestaram seus serviços a essa

tão querida e importante entidade. Com

toda certeza, estamos fazendo de tudo para

honrar nosso passado e garantir o futuro

daqueles que virão.

Romulo Xavier Vier – Empresário

Eu vejo a CDL

de Lajeado

como uma enti-

dade forte, ativa

e transparente.

Forte pela sua

história, são 50

anos defenden-

do os interesses do comércio. Ativa, pois

agrega conhecimento aos empresarios e

colaboradores com cursos de quali2cação.

A convenção que ocorre todos os anos

sempre apresenta os melhores palestrantes

do país. Transparente, pois demonstra

com clareza a todos os assosciados suas

ações. Com o serviço do SCPC, o risco

de inadimplencia diminui, trazendo mais

con2anca para as operacões de venda. Por

meio da CDL Jovem, tive a oportunidade

de compartilhar experiências com outros

pro2ssionais. A CDL é um aliado impor-

tante para o lojista tocar o seu negócio.

Patricia Weiand – Empresária

Nos cumpre o

dever de ren-

der homenagens

a essa importante

organização do

município de

Lajeado: parabéns

à CDL pelos seus 50 anos. Com certeza, o

protagonismo de nossa cidade como cen-

tro de compras do Vale do Taquari se deve

ao trabalho incansável de todos os líderes

que estão, ou estiveram, à frente dessa

instituição que envida contínuos esforços

para dinamizar o varejo de nosso municí-

pio com iniciativas como o Lajeado Brilha

e a Convenção Lojista. Parabéns a todos

os integrantes da grande família CDL

Lajeado, de ontem e de hoje, que sejam os

primeiros 50 anos de muitos que virão.

Carlos Cyrne

Pró-reitor da Univates

Há quem de-

fenda na teo-

ria que instituições

fortes promovem

o desenvolvimento

das sociedades

onde estão inseri-

das. Em se tratando da CDL de Lajeado,

a prática con2rma a teoria e reforça a

perspectiva de que esse é um jogo de

ganha-ganha. A comunidade de Lajeado

ganha e as instituições e seus representa-

dos ganham. São poucas as entidades que

se mantêm por 50 anos e esse é mérito da

articulação, da participação, da dedicação

e empenho de cada um dos membros da

CDL ao longo do tempo. Instituições que

efetivamente representam os seus são fei-

tas de pessoas dedicadas e que acreditam

na participação e na articulação conjunta.

Parabéns à CDL, parabéns a todos que

fazem parte desta caminhada e que con-

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QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2016 | 31

tinuem fortes, articulados e atuantes por

muitos anos mais.

Cíntia Agostini

Presidente do Codevat

A CDL Laje-

ado é uma

referência para o

pujante setor co-

mercial de nossa

cidade. O Vale do

Taquari converge

a Lajeado como referência de comércio e

serviços. Nossos lojistas atendem não só

à nossa população, mas pessoas de toda

a região buscam o comércio local, que

detém parte signi(cativa do nosso PIB,

da geração de empregos e renda para as

famílias. Isso faz da CDL historicamente

uma das associações mais importantes

de toda a nossa região, com grande pres-

tígio no estado. Seus gestores marcaram

história e a entidade sempre foi motivo

de orgulho para toda a população laje-

adense. Os eventos organizados, como

a Lajeado Brilha ou suas convenções, já

são parte da agenda cultural do muni-

cípio, marcado pelo empreendedorismo

de sua população, fazendo com que

Lajeado mantenha o protagonismo

regional histórico.

Marcelo Caumo

Pré-candidato a prefeito

Nos últimos

anos, a

Federação das

Indústrias do

Rio de Janeiro

coloca Lajeado no

topo do ranking

do Índice de Desenvolvimento Municipal

em três quesitos: saúde, educação e renda e

emprego. Em 2015, Lajeado manteve-se em

primeiro lugar no estado e passou de 15ª

para 13ª no Brasil. Essa tem sido a lógica da

cultura empreendedora que se estabeleceu

no município há 125 anos e, por que não

dizer, incrementada nestes últimos 50 anos

com o surgimento da CDL. Não por menos

que Lajeado se tornou um polo comercial.

Estamos orgulhosos por ter entidades fortes

como a CDL, que ajudam a colocar Lajeado

entre as cidades mais desenvolvidas do país;

como a cidade gaúcha com maior número

de franquias instaladas, e como cidade polo

de uma região que tem os menores índices

de inadimplência e de desemprego no esta-

do. Isso é fruto de um trabalho comunitário

que envolve também a CDL.

Luís Fernando Schmidt

Prefeito, pré-candidato àreeleição

O comércio é

uma das ati-

vidades que destaca

Lajeado no cenário

regional e estadu-

al. Prova disso é

a quantidade de

carros com placas de outros municípios

que circulam no centro. Por certo que a

maioria dos visitantes vem atraída pelas

sortidas lojas e mercados. A CDL é uma

entidade de fundamental importância

para a organização e representação do

setor comercial. É nesse espaço que os

líderes se encontram para deliberar ideias,

organizar atividades e promoções. Promo-

ções que surpreendem pela criatividade.

Também se deve destacar o papel social.

Seus dirigentes sempre estão envolvidos

nas causas lajeadenses. Sendo na condição

de atores principais ou como coadjuvan-

tes, a entidade está presente em ações

que visam melhorar a segurança pública,

em atividades de educação, turismo, e na

preocupação com a melhoria estrutural e

humanização dos locais públicos.

Márcia Scherer

Pré-candidata à prefeita

Ter uma CDL

forte é crucial

para o desenvolvi-

mento de qualquer

cidade. Lajeado,

em especial, teve

a bênção de ter

uma CDL atuante e preocupada com o

crescimento do comércio e do município

como um todo. A história da entidade

demonstra o papel fundamental para

tornar Lajeado eum polo comercial, onde

se encontra praticamente tudo. Além

disso, a CDL é um celeiro de líderes. Em

particular, a CDL Jovem atua de uma

forma importante dando oportunidade

para o desenvolvimento de novos líderes

e trazendo uma visão renovada para a

entidade e o setor.

Tony Ademo

Ex-presidente CDL Jovem

O CDL é uma

entidade de

vital importância

para o desenvol-

vimento de nossa

cidade, e a cada

ano e adminis-

tração que passa,

tem mostrado cada vez mais essa força,

especialmente na busca do crescimento

e desenvolvimento de seus associados.

O CTC é um parceiro dessa entidade e,

assim como a CDL, entende que tem o

dever de participar e ajudar no desenvol-

vimento da comunidade, fazendo com

que nossa cidade se desenvolva com mais

qualidade, sendo tal fato comprovado

pelas já esperadas e concorridas con-

venções, que têm se realizado e lotado o

clube. A troca de experiências e informa-

ções, e a quali(cação de seus associados

certamente farão com que o CDL tenha,

cada vez mais, importância e relevância

em nossa comunidade, e o CTC para-

beniza essa entidade pela data especial,

colocando-se ao lado desse parceiro sem-

pre que necessário. Vida longa à CDL!

André Bucker

Advogado e presidente do Clube

Tiro e Caça (CTC)

A CDL lajeado

sempre teve

papel importante

no desenvolvimen-

to das atividades

dos lojistas. Como

entidade catali-

zadora de ações promocionais de varejo

em Lajeado, onde a união por meio

da entidade fez e faz com que todos os

participantes consigam ganhos de escala

e visibilidade conjunta, o que individual-

mente sería difícil, especialmente para as

pequenas empresas. Isso também gerou

um efeito positivo para a cidade, criando

um conceito de comércio pujante, diver-

si(cado, alinhado as exigências do consu-

midor, trazendo clientes de toda a região

para cá. Do ponto de vista da formação

pessoal do comerciante, a CDL propicia o

crescimento do empreendedor, por meio

de seus encontros, reuniões e eventos

aperfeiçoando sua capacidade de gestão,

estabelecendo aprendizados, vínculos e

parcerias. Tenho uma visão muito positi-

va da CDL Lajeado e além de tudo uma “

escola” de líderes empreendedores para a

comunidade.

Rogério Wink – Empresário

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