Água viva n° 85 (abril á junho de 2014)

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A técnica de captação de água do orvalho já é realizada e estudada em diversos países no mundo e no Brasil a técnica também já foi testada no Estado do Espírito Santo. PÁG 04 Captação de água do orvalho pode tornar-se alternativa hídrica Estudo da equipe técnica do Consórcio PCJ atenta para possibilidade de incremento na disponibilidade hídrica por meio de ações de combate às perdas visíveis, como vazamentos. PÁG 06 Combate às perdas visíveis aumenta disponibilidade de água Informativo www.agua.org.br Água Viva Água Viva Água Viva Água Viva nº 85 2014 Desde 1989 Fechamento autorizado ‘Pode ser aberto pela ECT’ Acesse o novo Água Viva e edições anteriores pelo site: www.agua.org.br ou posicione seu leitor de QR-Code. Água Viva online abril|junho tecnologia tecnologia ampliação ampliação hídrica hídrica A a favor da da oferta +PÁGINA 05 Consórcio PCJ inicia projeto com o objetivo de impulsionar o uso de equipamentos mais inteligentes no trato com a água. www.fsc.org FSC-C115931 100% Proveniente de florestas com boa gestão florestal

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Consórcio PCJ inicia projeto com o obejtivo de impulsionar o uso de equipamentos mais inteligentes no trato com á agua.

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Page 1: Água Viva n° 85 (Abril á Junho de 2014)

A técnica de captação de água do orvalho já é realizada e estudada em diversos países no mundo e no Brasil a técnica também já foi testada no Estado do Espírito Santo. PÁG 04

Captação de água do orvalho podetornar-se alternativa hídrica

Estudo da equipe técnica do Consórcio PCJ atenta para possibilidade de incremento na disponibilidade hídrica por meio de ações de combate às perdas visíveis, como vazamentos. PÁG 06

Combate às perdas visíveis aumentadisponibilidade de água

Informativo

www.agua.org.br

Água VivaÁgua VivaÁgua VivaÁgua Viva nº 852014

Desde 1989

Fechamento autorizado ‘Pode ser aberto pela ECT’

Acesse o novo Água Viva e edições anteriores pelo site: www.agua.org.br ouposicione seu leitor de QR-Code.

Água Viva online

abril|junho

tecnologiatecnologia

ampliaçãoampliação

hídricahídrica

A a favor

da

da oferta

+PÁGINA 05

Consórcio PCJ inicia projeto com o objetivo

de impulsionar o uso de equipamentos

mais inteligentes no trato com a água.

www.fsc.org

FSC-C115931

100%Proveniente de

florestas com boagestão florestal

Page 2: Água Viva n° 85 (Abril á Junho de 2014)

Prefeituras Consorciadas

Empresas Consorciadas

CO SR ID LE OI PRÓ

1948

1899

www.agua.org.br [email protected] 193475-9400

Consórcio PCJ @consorcio_pcj ConsorcioPCJ

@www

2

ExpedienteConsórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí

CNPJ nº 56.983.505/0001-78Entidade de Utilidade Pública (Lei Estadual nº 11.943/05 e Municipal nº 4.202/05)

Presidente: Prefeito de Indaiatuba - REINALDO NOGUEIRA; Vice-Presidente de Política de Recursos Hídricos: Prefeito de Amparo - LUIZ OSCAR VITALI JACOB; Vice-Presidente de Programas de Educação Ambiental: Prefeito de Pedreira - CARLOS EVANDRO POLLO; Vice-Presidente de Integração Regional: Prefeito de Rio Claro - PALMÍNIO ALTIMARI FILHO; Vice-Presidente de Programas Regionais: Prefeito de Cosmópolis - ANTONIO FERNANDES NETO; Vice-Presidente de Programas de Resíduos Sólidos: Prefeito de Hortolândia - ANTONIO MEIRA; Vice-Presidente de Ampliação das Disponibilidades Hídricas: Prefeito de Atibaia - SAULO PEDROSO; Vice-Presidente para Proteção aos Mananciais: Representante da SABESP - HELIO RUBENS GONÇALVES FIGUEIREDO; Vice-Presidente de Tecnologia e Sistema de Gestão: Representante da ODEBRECHT - ROGÉRIO TADEU RAMOS SARRO; Vice-Presidente de Sistema de Monitoramento das Águas: Representante da SANASA - ARLY DE LARA ROMEO

Rafard, São Pedro, Jaguariúna, Piracaia, Camanducaia, Vargem, Americana, Piracicaba, Limeira, Campinas, Rhodia, Arcelor Mittal, Ambev, Nivea e DAE Jundiaí.

Nova Odessa e Holambra.

Francisco Carlos Castro Lahóz – Secretário Executivo do Consórcio PCJ; Jussara Cordeiro Santos – Subsecretária Executiva do Consórcio PCJ; Andréa Borges - Gerente Técnica; Murilo Ferreira de Sant'Anna – Jornalista Responsável (Mtb 56896)

Mayara Dias Acervo Consórcio PCJ

Av. São Jerônimo, 3100, Bairro Morada do Sol – Americana (SP) – Brasil – CEP 13470-310; Tel./Fax: (19) 3475-9400 - www.agua.org.br

Conselho Diretor:

Conselheiros das Prefeituras Municipais e Empresas:

Agentes de Interlocução Consultiva:

Conselho Editorial:

Diagramação e Arte: Textos Apoio: Fotos:

Secretaria Executiva:

Marlon Cini

Água VivaÁgua VivaÁgua VivaPalavra do Presidente

abr | mai | jun [2014]

A última gota que nos resta

A cidade de Nova Iorque e a região da Califórnia nos Estados Unidos, quando estavam passando por déficit hídrico grave no início dos anos de 1990, ao invés de partir para a construção de reservatórios optaram por assumir técnico e financeiramente a troca das torneiras e descar-gas sanitárias, inicialmente, em organismos públicos e posteriormente a toda a comunidade, o que resultou em economia superior ao volume de água demandada, resultando, ainda, em economia para o bolso do consumidor.Em 2014, na pior crise hídrica dos últimos 90 anos, frente a uma total instabilidade de todos os setores, impactados por um evento extremo de repercussão histórica, provocando ações e restrições, pânico, e bloqueios operacionais, surgiu o Consórcio PCJ, com uma equipe técnica e administrativa, extremamente enxuta, porém, ousado, humilde e parceiro de todos os organis-mos da iniciativa pública e privada, com progra-mas de sensibilização.Diversas ações estão sendo realizadas, como o abraço ao Cantareira, com a participação de 400 pessoas, o lançamento de 25 mandamentos da estiagem e os 39 projetos, visando reverter a atual situação, mesmo com a ocorrência de precipitações abaixo da média histórica. O programa do Consórcio PCJ, “Construindo Sustentabilidade”, transformou-se em uma liderança para toda a comunidade que se espelha em ações e redução das perdas visíveis em sistemas públicos, redução dos consumos de água em todos os níveis, substituições de equipamentos hidráulicos por opções mais econômicas. Em 31 de julho de 2014, o município de Atibaia lançou o pioneiro projeto “Ação Água” que objetiva trocar torneiras e descargas sanitárias por equipamentos mais modernos e de baixo consumo de água. Ao lado do Projeto “Constru-indo Sustentabilidade” do Consórcio PCJ, esperamos que iniciativas como essa se tornem exemplo e sejam replicadas por todos os municípios. É hora de nos unirmos e buscarmos soluções para sobrevivermos à crise hídrica. E uma eficiente gestão gota a gota é o primeiro

Reinaldo NogueiraPrefeito de Indaiatuba SP ePresidente do Consórcio PCJ

Usina Costa Pinto Usina Santa Helena

Page 3: Água Viva n° 85 (Abril á Junho de 2014)

abr | mai | jun [2014] 3

Água VivaÁgua VivaÁgua Viva Crise Hídrica

Consórcio PCJ crisehídrica 39 reivindicações

mobiliza comunidade quanto a

e entrega aos orgãos gestores

O Consórcio PCJ, juntamente com o seu Conselho Fiscal, mobilizou a comunidade no manifesto "Salvem o Cantareira - Água para todos", ocor-rido dentro de um dos braços que formam o reservatório Jaguari/Jacareí, o maior do Sistema Cantareira, no dia 25 de abril, em Piracaia (SP). O ato contou com participação de 400 pessoas e teve como principal objetivo sensibilizar a população e chamar a atenção do poder público sobre o valor econômico da água.Durante o evento, foi entregue documento elaborado pelo Conselho Fiscal do Consórcio PCJ com 39 reivindicações aos órgãos gestores que tiveram representantes presentes no manifesto. O documento alerta "toda a sociedade sobre a crise provocada pela escassez hídrica na região Sudeste Brasileira, sendo irradiada das regiões abastecidas pelo “Sistema Cantareira”, cabeceiras do Rio Piracicaba, ressaltando que a água é um bem finito e possui valor econômico, ao mesmo tempo, propondo solu-

ções a curto, médio e longo prazo, quanto aos efeitos dos eventos extre-mos”. Dentre as propostas apresentadas, se destacam a solicitação da necessi-dade de se decretar “Estado de Calamidade Pública” para as questões hídricas nas Bacias PCJ e do Alto Tietê; a redução drástica do consumo de água; incentivos à fabricação de materiais hidráulicos que otimizem o consumo de água; estimular em construções novas e já existentes a implantação de armazenamento de água de chuva, entre outras ações que você pode conferir posicionando o seu leitor de QR-Code, acima.Além dessas 39 ações, o Consórcio PCJ elaborou em fevereiro os 25 man-damentos da estiagem e, em março, redigiu junto com o Conselho Fiscal da entidade a Carta de Campinas com diversas solicitações, como a

3ampliação para 12 m /s o volume de água vindo do Cantareira para as Bacias PCJ durante o período de estiagem.

Reservatório Jaguari/Jacareí do Sistema Cantareira

Posicione o leitor de QR-Code eleia o texto na íntegra

Manifesto ‘’Salvem o Cantareira’’ reuniu 400 pessoas que juntas ‘’abraçaram’’ o braço seco do reservatório Jacareí, em Piracaia (SP)

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Água VivaÁgua VivaÁgua VivaAmpliação da Oferta Hídrica

abr | mai | jun [2014]

Captação de água nãogarante crise

do orvalho é eficiente, mas abastecimento público durante a

A técnica de captação de água do orvalho já é realizada e estudada em diversos países no mundo, e no Brasil a técnica também já foi implantada em regiões montanhosas, como por exemplo, no mosteiro Zen Morro da Vargem, localizado na cidade de Vitória (ES). Segundo o professor e pes-quisador da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Antônio Carlos Zuffo, por estarem aproximadamente há 200 metros de altitude, os moradores do mosteiro conseguem, quando necessário, adquirir água condensada das paredes de pedras que cercam o mosteiro, mas essa téc-nica ainda que eficiente para determinadas atividades, não seria o sufici-ente para amenizar a crise hídrica que as Bacias PCJ e a Grande São Paulo vivenciam desde o início de 2014. "A captação de água do orvalho é eficiente, somente para atividades como a irrigação no setor rural, que necessita de uma vazão menor do que para o abastecimento público, tanto em nossa Bacia PCJ, quanto na Bacia do Alto Tiête", explica.A técnica, que é mais eficiente em topos de morros, onde tem maior con-centração de neblina e umidade do ar, consiste em captar a água que fica no ar, através de uma superfície metálica ou até mesmo malha de plástico, que esteja com uma temperatura superior a do ar, então a neblina passa por essa superfície, condensa a água do ar, que escorre para o local de armazenamento, podendo captar cerca de 48 litros de água por dia,

segundo experiências aplicadas por arquitetos de Israel. Para o professor Antônio Zuffo, nas Bacias PCJ, a técnica seria bem aplica-da no município de Jundiaí (SP), na Serra do Japi, onde há maior incidên-cia de nuvens, criando a possibilidade de captar maior volume de água através dessa técnica.

Águas subterrâneas hídrica podem tornar-se

alternativaCom o agravamento da crise hídrica e as chuvas abaixo das médias históri-cas, somado a possibilidade de vazões muito restritas para o pico da estia-gem, o Consórcio PCJ produziu estudo sobre a disponibilidade hídrica nos aquíferos presentes nas Bacias PCJ que possam servir como alternativa para captação de água em momentos de escassez severa nos próximos meses. De acordo com os dados levantados pela entidade, há um potenci-al de extração de água desses aquíferos na ordem de 255 metros cúbicos por hora. O estudo do Consórcio PCJ considera, ainda, o levantamento feito pelo Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) de 1997, que diz existirem mais de 138 bilhões de metros cúbicos de água subterrânea nas Bacias PCJ.O volume não é suficiente para permitir à bacia independência de outros sistemas de captação, mas, segundo o Consórcio PCJ, poderá servir de reserva técnica emergencial para municípios e empresas que enfrentem

restrições de captação de água superficial diante de um possível agrava-mento da situação hídrica nos rios da região.O projeto, intitulado “Conscientização, Informação e Prestação de Servi-ços com Relação ao Potencial dos Aquíferos Subterrâneos Nas Bacias PCJ”, está disponível a municípios e empresas associados ao Consórcio PCJ. O projeto pode ser obtido com o coordenador de projetos, José Cezar Saad, pelo e-mail [email protected] Bacias PCJ estão passando por um fenômeno climático extremo sem chuva, prova disso é que desde o início do ano choveu 300 milímetros a menos do que a média histórica e a vazão de água que entra no Cantarei-ra, chamada de vazão de afluência, foi 60% menor que a média histórica para o período. Na cidade de Campinas (SP), por exemplo, choveu no mês de maio apenas 26,1milimetros , sendo que o esperado para o mês são de 63,3 milimetros.

Uso de água do orvalho é estudada em diversos países como Israel

Estudo do Consórcio PCJ diz haver potencial de 255m³/hora de água subterrânea nas Bacias PCJ

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Água VivaÁgua VivaÁgua Viva Capa - Equipamentos inteligentes

abri | mai | jun [2014]

Equipamentos no consumo de

destaque com a

inteligentes água ganham

crise hídricaNão é de hoje que o setor da construção civil sustentável vem ganhando destaque em novos empreendimentos por todo o país. A crise hídrica que assola a região sudeste, com mais evidência no Estado de São Paulo, tem aumentado a atenção dada por construtoras, engenheiros e arquitetos, no que diz respeito à implantação de equipamentos que reduzam o con-sumo de água, tanto em imóveis comerciais como em residenciais. De acordo com Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), atualmente, o Brasil está em terceiro lugar no ranking de solicitação de certificações para construções verdes, ficando atrás apenas de países como Estados Unidos e China. O diretor da unidade de sustentabilidade do CTE, Anderson Beni-te, disse que mais de mil prédios estão em processo de certificação no país, hoje, e que há um aumento da preocupação com a questão hídrica nesses empreendimentos. “Temos sentido nesse ano um aumento da preocupação da eficiência no consumo de água nas novas construções”, atentou.Segundo Benite, o bônus promovido pela Sabesp nas contas de água para quem reduzir o seu consumo despertou nos prédios comerciais o interes-se econômico, já que a economia de água acarretará ganhos financeiros. “O valor pago pela conta de água num imóvel comercial tende a ficar cada vez mais representativo, fazendo os empreendedores e proprietários ver com outro olhar a questão da água”; diz ele.

O assunto tem ganhado tamanho destaque que foi tema do 10º Seminá-rio Tecnologia de Sistemas Prediais, promovido em maio pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com o Sindicato da Habitação (Secovi-SP). “A construção civil sustentável é um tema que precisa ser desenvolvido, porque não é moda; a sociedade precisa tratar do assunto com urgência”, comentou na oca-sião o presidente do SindusCon-SP, Sérgio Watanabe.Eduardo Lacerda, da Techem do Brasil, atentou no seminário para a importância da disseminação da medição individualizada de água e gás nos condomínios. “O que não se mede não se controla. O que não se con-trola não se gerencia”, comentou ele. Segundo Lacerda, “seria uma mudança de cultura; a instalação é bem simples e o marketing das cons-trutoras pode explorar de que a individualização das medições de água e gás reduz em até 45% o consumo do condomínio”.Segundo o professor da Poli-USP, Orestes Gonçalves, a medição individu-alizada tem mudado a topologia da rede de tubulações e alterado as noções de horário de pico. A inclusão de aeradores e reguladores de vazão e a redução do volume e vazão das descargas também têm contribuído para a mudança no traço dos projetistas de sistemas prediais.Para o diretor de sustentabilidade do CTE, as novas construções, atual-

mente, têm investido no combate a vazamentos e na implantação de aparelhos redutores de vazão. “É possível haver uma redução de 30% no consumo de água apenas com a medição individualizada e a detecção de vazamentos”, comentou Benite.Atento a tudo isso, o Consórcio PCJ deu início ao Projeto Construindo Sustentabilidade com o objetivo de apresentar as novidades no setor de construção civil sustentável, com foco em equipamentos de baixo con-sumo de água e energia elétrica. No hotsite, produzido para o projeto, é possível fazer um tour virtual pela Casa Modelo, construída pela entidade em 2009, e encontrar diversos equipamentos tecnológicos que diminu-em o consumo de água, sua faixa de preço e contato de fornecedores e endereços de onde podem ser encontrados.O Consórcio PCJ está empenhado, desde o início da crise hídrica, em sensibilizar os governos sobre a importância de se incentivar o setor de equipamentos que reduzam o consumo de água e energia elétrica,com a redução de impostos motivando a população a atualizar suas residênci-as. Estudos da entidade atestam que uma construção de 190 m², como a Casa Modelo, construída e decorada de forma sustentável, pode acarre-tar uma economia de até 60% no consumo de água e energia elétrica.Na opinião de Anderson Benite do CTE, a implantação de uma cultura de isenção fiscal para materiais sustentáveis e equipa-mentos inteligentes no consumo de água, intensificaria a deman-da por esses produtos e sua popular ização. “Poderiam adotar o modelo dos Estados Unidos, no qual quanto mais as empresas inse-rem material reciclável em seus produtos paga-se menos impostos. Se ao comprar uma tornei-ra ou vaso sanitário eu puder escolher pelo mesmo valor entre um econômico e um não econômico é claro que vou escolher o equipa-mento mais econômi-co”, comentou.

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Água VivaÁgua VivaÁgua VivaAções e Cooperações

O ator, músico, humorista e jornalista, Rafael Cortez, ex-integrante do programa Custe o Que Custar (CQC) da TV Bandeirantes, será o mestre de cerimônia do evento de comemoração de 25 anos do Consórcio Intermu-nicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), que será realizado no dia 18 de novembro, na Red Eventos localizada na Avenida Antarctica, Nº 1530 - Jaguariúna (SP).Para marcar o início das festividades a Assessoria de Comunicação do Consórcio PCJ produziu um vídeo institucional de 30 segundos que foi lançado no dia primeiro de janeiro nas mídias sociais da entidade (youtu-be, facebook e twitter), que atenta para o desperdício de água no dia a dia e apresenta os 25 anos de trabalho do Consórcio PCJ no gerenciamento gota a gota no trato com água.Os interessados em participar como parcei-ros nas atividades de 25 anos do Consórcio PCJ podem contribuir com cotas de patrocínio ou aderirem a projetos específicos. Ypê estão patroci-nando o “Evento de 25 anos” as empresas Ajinomoto, Invista, Odebrecht, Águas do Mirante, Arcelor Mittal, Ambev, DAE Jundiaí, Rhodia, Petrobras - Replan, Ypê, Caixa Econômica Federal e Prefeitura de Jaguariúna. Para saber mais sobre o evento, entre em contato pelo e-mail: [email protected]

Combate às perdas visíveis aumentaa disponibilidade de água

Rafael Cortez25 anos do Consórcio PCJ

será o mestre de cerimônia

do evento de

Equipe técnica do recebe prêmio

de em Foz do Iguaçu (PR)

Consórcio PCJ LIDEMeio Ambiente,

Cobrança pelo uso da água em rios de Domínio da União é atualizada

A equipe técnica do Consórcio PCJ foi premiada no dia 05 de junho com o Prêmio Lide de Meio Ambiente, na categoria Recursos Hídricos pelo traba-lho com o trato com a água. A cerimônia de entrega aconteceu no Hotel Mabu, em Foz do Iguaçu (PR) e teve a presença do secretário executivo da entidade, Francisco Lahóz, que recebeu das mãos do governador do Para-ná, Beto Richa, o troféu desenhado pela artista plástica, Bia Doria.O governador Beto Richa, em seu discurso, atentou sobre a importância do debate da temática ambiental e que fenômenos climáticos são uma reação às ações do homem. "Temos o dever de possuirmos novos hábitos e conceitos de conservação do meio ambiente, temos a obrigação de deixarmos a natureza melhor para nossas futuras gerações", comentou.Além do governador estadual, o prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira, o jornalista e empresário, João Doria Jr a atriz Bruna Lombardi, e o ator Vitor Fasano também estavam no evento. Fundado em junho de 2003, o LIDE - Grupo de Líderes Empresariais é uma organização de caráter privado, que reúne empresários em treze países e quatro continentes. Atualmente tem 1.620 empresas filiadas, que representam 52% do PIB privado brasileiro, o

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos aprovou no dia nove de junho por um placar apertado de 19 votos a favor e 13 contra, a atuali-zação dos valores da Cobrança pelo uso das águas em Rios de domí-nio da União, nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), conforme proposto pela Deliberação 160 de 2012 dos Comitês PCJ.De acordo com a Deliberação 160, a atualização da Cobrança será escalonada, com o reajuste dividido, anualmente, até 2016. Pelo cro-nograma, em 2014, os valores são os seguintes: para captação de água bruta passará dos atuais R$ 0,01/m³ para R$ 0,0108/m3; para consumo de água bruta passará de R$ 0,02/m³ para R$ 0,0217; para o lançamento de DBO passará de R$ 0,10 para R$ 0,1084; para a trans-5,20

posição de bacias os valores passarão de R$ 0,015 para R$ 0,0163. Para obter os demais valores para os próximos anos, acesse o site dos Comi-tês PCJ (www.comitespcj.org.br).

As perdas hídricas físicas, onde se enquadram também os vazamen-tos visíveis, se não combatidas podem impactar a disponibilidade de recursos hídricos superficiais e os custos de produção de água trata-da. A equipe técnica do Consórcio PCJ produziu pesquisa sobre o tema com o objetivo de conscientizar a população e também convo-cá-la a participar efetivamente do Projeto de Combate as Perdas Visí-veis. No documento, disponível a todos os associados à entidade, é possível conhecer o pioneiro projeto piloto de combate às perdas, realizado por meio do Programa de Investimento da Bacia do Rio Jaguari, no ano 2000, além de dicas para se identificar vazamentos no dia a dia. Atualmente, as Bacias PCJ possui uma média de perdas hídri-cas de 37%. Para o Consórcio PCJ, fica evidente que é possível melho-rar incentivando investimentos em estudos e pesquisas voltados para a minimização das perdas com a participação da comunidade.

que demonstra a importância da premiação concedida à equipe técnica do Consórcio PCJ.

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Água VivaÁgua VivaÁgua Viva Entrevista e Notícias PCJ

Vice-Presidente de Tecnologia e Sistemas de Gestão, Rogério Tadeu,a crise hídrica diz que é preciso ações técnicas e não políticas para

Natural do estado do Rio de Janeiro (RJ), o engenheiro e vice-presidente do Consórcio PCJ de Tecnologia e Sistema de Ges-tão, o diretor da Odebrecht Ambiental Limeira, Rogério Tadeu Ramos, é o entrevistado da edição Nº 85 do Jornal Água Viva. Na entrevista, ele diz que é preciso ter investimento em perdas hídricas no orçamento de cada município como forma de ampliar a disponibilidade hídrica. Tadeu Ramos apresenta também soluções para que os municípios passem pela pior estia-gem vivenciada nos últimos 90 anos nas Bacias PCJ, como a realização de revisão do plano diretor de cada cidade e ações conjuntas entre poder público e privado. O vice-presidente do Consórcio PCJ afirma, ainda, que é necessário agir de forma técnica e não política perante a atual situação, para que os reflexos da estiagem sejam solucionados com maior facilidade.

Água Viva: A crise hídrica que assola o Estado de São Paulo intensificou ainda mais a importância de redução das perdas hídricas nos serviços de abastecimento. Nas Bacias PCJ esse índice está em média de 37%. O custo para reduzir perdas é o que emperra avançarmos mais nesse tema?Rogério Tadeu: Sim. A redução de perdas deveria ser vista como investimento e não como custo, pois investir na redução de perdas, além de gerar economia para a companhia de saneamento, a j u d a n a d i s p o n i b i l i d a d e h í d r i ca . E s s e investimento deveria ser previsto nos orçamentos e isso tem sido um desafio, principalmente para a iniciativa pública.

Água Viva: A média de perdas na Europa está em 15% e no Japão em 11%, regiões consideradas referências no setor. Em sua o p i n i ã o , e s t a m o s m u i t o d i s t a n t e s tecnologicamente desses países? Rogério Tadeu: Não, já temos municípios abaixo de 20%, é o exemplo de Limeira que já atingiu a marca de 14,8%, mostrando nossa capacidade tecnológica.

Água Viva: A capacidade total dos Sistemas produtores de água instalados no País é de, aproximadamente, 587 m³/s, bem próxima das demandas máximas atuais, projetadas pelo Atlas da Agência de Águas (ANA) que está em torno de 543 m³/s. Falta visão mais estratégica para a água por parte dos governos estaduais e federal?Rogério Tadeu: Devemos separar capacidade instalada e disponibilidade hídrica. O que vemos hoje na nossa região é a falta de disponibilidade de água para captação. Falta planejamento de médio e longo prazo, tanto para as demandas como para infraestrutura, em todos os setores, não somente no saneamento. Particularmente, para o saneamento à medida que a orientação deixa de ser política e passa a ser técnica, os problemas serão solucionados. Água Viva: O Atlas da ANA estima que serão necessários R$ 70 bilhões em investimento em água e esgoto até 2025. Na sua visão, os municípios estão se preparando e planejando investimentos para essa área buscando a segurança hídrica para o abastecimento futuro?Rogério Tadeu: Vejo cada vez menos capacidade do

poder público em direcionar seus recursos para o saneamento, com outras prioridades, como saúde, educação e segurança. Os municípios estão com seus orçamentos cada vez mais comprometidos e receitas menores. Uma alternativa que tem se mostrado eficiente é a parceria entre o poder público e a iniciativa privada, por meio de concessões ou de PPP (Parceria Público-Privada). Essa parceria tem apresentado bons resultados nesse segmento, pois reúne a capacidade de investimento da iniciativa privada a uma área carente de investimento, que é o saneamento.

Água Viva: Até 2015, de acordo com a ANA, 55% dos municípios poderão ter abastecimento deficitário. O que os municípios devem fazer para evitar essa crise?Rogério Tadeu: É necessário que os municípios revejam seus planos diretores, avaliem sua capacidade de investimentos e planejem suas ações para a construção dos ativos necessários, de forma a se antecipar ao problema, garantindo que não haverá desabastecimento e consequente prejuízo às pessoas, tanto em suas residências como em seus trabalhos, hospitais, escolas, etc.

abri | mai | jun [2014]

ESTRE apresenta à municípios eempresas tecnologias na gestão

e destinação de resíduos

A Estre, uma das empresas associadas ao Con-sórcio PCJ, apresentou no dia 10 de abril, duran-te encontro com visita técnica às dependências de seu aterro sanitário, em Paulínia (SP), o traba-lho da empresa e tecnologias na gestão e desti-nação de resíduos. O evento contou ainda com a presença de diversos associados ao Consórcio PCJ, entre representantes de municípios e empresas. O secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, disse que a operação da Estre na gestão de resíduos é um exemplo para o país. A coordenadora de projetos Lígia Cepeda, falou sobre a importância do atendimento à nova legislação e os encontros técnicos de capa-citação sobre o tema que o Grupo das Empresas do Consórcio PCJ está realizando há dois anos.

Conselho Fiscal propõe moção de repúdio às vazões atuais do

Cantareira para as Bacias PCJ

O presidente do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ e vereador de Rio Claro (SP), José Júlio Lopes de Abreu (Julinho Lopes), encaminhou no mês de maio ofício a todos os vereadores membros do conselho solicitando a elaboração de Moções de Repúdio aos órgãos gestores pelo volume de água enviado às Bacias PCJ, que nessa época estava sendo destinado para as

3Bacias PCJ 3 m /s, enquanto à Grande São Paulo estava recebendo 17,90 m³/s. No ofício enca-minhado, Lopes chama a atenção para caso seja consumida toda a reserva técnica do Siste-ma Cantareira, a Grande São Paulo ainda teria como fonte de abastecimento o Sistema inte-grado dos reservatórios do Alto Tietê, ao passo que as Bacias PCJ não possuem outra alternati-va a não ser o Sistema Cantareira.

Consórcio PCJ doa 50 mil saquinhos e 45 kg de sementesno primeiro semestre de 2014

O Consórcio PCJ, por meio do Programa de Pro-teção aos Mananciais, distribuiu nesse primeiro semestre de 2014, 50 mil saquinhos e 45 kg de sementes de 28 espécies nativas distintas aos viveiros parceiros da entidade. Nessa primeira etapa do ano, o Consórcio também realizou o plantio de 20 mil mudas junto a proprietários rurais, empresas e prefeituras associadas a enti-dade. Em 2013 o Programa doou, aos viveiros municipais parceiros, 70 kg de sementes de 49 espécies diferentes e cerca de 100 mil saquinhos que servem para produção das mudas. A parce-ria com viveiros municipais, permitiu o plantio de 4 milhões de mudas em áreas de matas cilia-res dos rios das Bacias PCJ, em 22 anos de atua-ção do programa.

Page 8: Água Viva n° 85 (Abril á Junho de 2014)

abri | mai | jun [2014]8

Folha de S.PauloJornal Folha de S.Paulo noticiou, no dia 26 de abril, o Manifesto ‘’Salvem o Cantareira’’ - Água para todos’’, organizado pelo Consórcio e representantes do Conselho Fiscal da entidade, ocorrido no dia 25 de abril

ONDE CONSÓRCIO PCJ FOI NOTÍCIA

Revista ÉpocaConsórcio PCJ foi capa da revista Época - Edição Verde, do mês de abril. A matéria abordou a crise hídrica do estado de São Paulo.

TV Globo Em maio, o Consórcio PCJ participou de entrevista no Jornal Nacional, sobre a redução do consumo de água e a recuperação dos mananciais, antes mesmo do uso da água do volume morto.

TVB/RecordNo mês de abril o Consórcio PCJ participou de matéria sobre ações que devem ser colocadas em prática para amenizar a estiagem.

CBN CampinasA Rádio destacou a capacitação de municípios e empresas associados, em junho, sobre as experiências de alocação negociada de água no Estado do Ceará.

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Edson Silva: Parabéns a equipe do PCJ peloPrêmio LIDE, e que venham outros prêmios

Tribuna PCJ

Luiz A. de Arruda Diretor de Negócios

da ArcelorMittal

namídia

Rolou

Água VivaÁgua VivaÁgua VivaMídias

nas Redes

Jorge Wiendl: Deveria ter sido decretado ‘’Estado de Calamidade pública’’ faz tempo. Parabéns ao Consórcio PCJ pela iniciativa

Assista ao Vídeo: Sobre o projetoConstruindo Sustentabilidade da Casa

Modelo, que visa apresentar equipamentoscom tecnologias que promovem o usoadequado da água e energia elétrica.

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Singular Agronegócio Meio Ambiente: Muita força para continuar na luta eque seja longa sua permanência na proteção hídrica

@GiattiLuciana - @consorcio_pcj vamos continuar economizando !!

@Pdralex - Você mora no estado de SP e não sabe o que é @consorcio_pcj?

@FernandoGuida - @consorcio_pcj em Niteroí (RJ) implantamos reuso de água cinza por lei

“ Consórcio PCJ prevê que água útil do Sistema Cantareira

acabará em dez dias >> Portal UOL’’ - Rosângela S.Soares, Lu

Savoi, José Rios e mais 50 pessoas compartilharam no facebook.

"Toda a crise gera oportunidade para repensar a nossa forma de atua-ção como sociedade. A atual escassez hídrica reforça a adoção de práti-cas de redução no consumo de água, muitas já conhecidas porém não incluídas na rotina da sociedade. Em 2004, a ArcelorMittal Piracica-ba duplicou a sua capacidade produtiva, de 500.000 para 1 milhão de toneladas de aço por ano, sem necessidade de aumentar a vazão de captação outorgada. A ArcelorMittal Piracicaba investe em campa-nhas internas de conscientização, acreditando que os empregados tornam-se multiplicadores com potencial para influenciar a comuni-dade na qual estão inseridos."

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Rodrigo ProençaPrefeito de

Capivari (SP)

A crise na disponibilidade hídrica acarretou a necessidade de se intensificar campanhas de uso racional de água na comunidade. Em sua opinião, a crise demonstrou que é preciso melhorar a forma como conscientizar a população sobre a água e seu consumo, tendo em vista que ainda gastamos muito esse recurso hídrico?

"Sim, temos plena ciência de que a população precisa se conscientizar sobre o uso racional da água. Felizmente, não estamos em processo de racionamento, entretanto, desenvolvemos campanhas educativas sobre o uso correto da água. Trata-se de um recurso escasso. Muitos municípios estão sofrendo com a escassez e os impactos do desabas-tecimento são fortes. A água não é usada unicamente para abasteci-mento humano. Indústrias e o setor agrícola, que geram muitos empregos, por exemplo, também são afetados. Ninguém fica imune."