agrus: um software para a gestão de sistemas de produção
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AGRUS: UM SOFTWARE PARA A GESTÃO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO
AGROPECUÁRIOS EM REDE
Autores:
Sérgio Luiz Carneiro1; Dimas Soares Júnior2; Ademir Morgenstern Padilha3; Diniz Dias
Doliveira4; Gilmar Mitsuo Doi5; Márcio Miranda6; Milton Satochi Matsushita7; Odílio
Sepulcri8; Rafael Fuentes Llanillo9; Sidnei Aparecido Baroni10
1 Engenheiro Agrônomo. Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – Londrina/PR E-mail: [email protected] 2Engenheiro Agrônomo. Instituto Agronômico do Paraná – Londrina/PR, E-mail: [email protected] 3 Analista de Sistemas, MSc. Ciência da Computação. Megasol Informática - Londrina/PR E-mail: [email protected] 4 Engenheiro Agrônomo. Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – Curitiba/PR. E-mail: [email protected] 5 Tecnólogo Processamento de Dados. Megasol Informática, Londrina-PR. E-mail: [email protected] 6 Engenheiro Agrônomo. Instituto Agronômico do Paraná – Curitiba/PR, E-mail: [email protected] 7 Engenheiro Agrônomo – Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – Curitiba/PR. E-mail: [email protected] . 8 Engenheiro Agrônomo – Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – Curitiba/PR. E-mail: 9 Engenheiro Agrônomo, MSc. Economia Agrícola. Instituto Agronômico do Paraná – Londrina-PR. E-mail: [email protected]
1. INTRODUÇÃO
Gerar referências técnicas e econômicas obtidas em redes de propriedades
representativas, com dados coletados a campo, depois divulgá-las com o objetivo de
promover a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares. Esse é um dos
propósitos das Redes de Referências para a Agricultura Familiar, doravante
denominada de REDES, um projeto desenvolvido, desde 1998, pelo Governo do
Paraná, através do Programa Paraná 12 Meses, executado pela Empresa
Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER-Paraná e pelo
Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR.
Após cinco anos de existência das REDES, a EMATER-Paraná e o IAPAR, junto com
a Megasol Informática, uma empresa privada estabelecida no município de Londrina-
PR, desenvolveram um software para solucionar os seguintes desafios: acompanhar
sistemas de produção agrícolas familiares possibilitando, ao mesmo tempo, gerar
informações facilmente interpretáveis por técnicos e agricultores; possuir interfase na
WEB para a atualização rápida e permanente de um banco de dados central com
informações geradas por técnicos e agricultores de diferentes regiões, bem como
permitir a consulta do grande público envolvido na área rural interessado em analisar
comparativamente as referências técnicas e econômicas disponíveis para os sistemas
de produção agropecuários; oferecer um produto capaz de gerenciar lançamentos de
operações com detalhamento técnico para diferentes atividades rurais e para
multiusuários.
O objetivo deste texto é descrever, resumidamente, o que é, como funciona e o
potencial de uso do referido software, cujo nome é AGRUS.
2. DESCRIÇÃO DO SOFTWARE AGRUS
Para compreender o que é o software AGRUS, fazem-se necessárias algumas
explicações sobre as REDES, um projeto que, atualmente, acompanha e registra
10 Engenheiro Agrônomo – Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – Maringá/PR. E-mail: [email protected]
informações de cerca de 200 propriedades rurais representativas de sistemas de
produção agropecuários da agricultura familiar. Por realizar uma abordagem
sistêmica, todas as atividades econômicas desenvolvidas em uma unidade de
produção precisam ser analisadas. Cada propriedade é acompanhada por um período
mínimo de cinco anos agrícolas para que, nesse período, sejam feitas as intervenções
visando à melhoria desses sistemas de produção, além de passarem pelas variações
características da agricultura, tais como eventos climáticos e os preços pagos e
recebidos pelos agricultores. A partir desse período de acompanhamento, os sistemas
de produção agropecuários são analisados e agrupados em tipos semelhantes,
gerando as referências técnicas e econômicas que são, finalmente, publicadas e
divulgadas. Portanto, trata-se de um projeto que gera e transfere conhecimento
visando o fortalecimento da agricultura familiar, ou seja, nas REDES são produzidas e
divulgadas informações balizadoras de sistemas de produção agropecuários bem
adaptados e viáveis para este segmento da agricultura. Uma outra característica
importante das REDES é a participação de extensionistas, de pesquisadores e dos
agricultores, num processo em que os procedimentos metodológicos estão bem
definidos.
Uma grande dificuldade encontrada no desenvolvimento dos trabalhos das REDES,
que também se fazia presente em outros projetos desenvolvidos pela EMATER-
Paraná, foi encontrar no mercado um software que fosse capaz de cumprir as
exigências impostas para alcançar os objetivos do processo descrito. Em resumo, a
solução foi criar um produto com essa finalidade. Assim, o IAPAR e a EMATER-
Paraná, formalizaram uma parceria com a Megasol Informática, empresa particular
especializada em desenvolvimento de software para o agronegócio, visando
desenvolver o produto desejado. As atribuições das organizações foram então
definidas, cabendo ao IAPAR e a EMATER-Paraná, através de seus pesquisadores e
extensionistas, a autoria pelo conteúdo intelectual do software e a Megasol, a autoria
da engenharia do produto.
O AGRUS foi idealizado para gerenciar de maneira centralizada as informações de
propriedades rurais, analisadas individualmente, por grupos, regiões, estados ou pais.
Isso é possível graças à interfase do software na Web. Assim, a utilização do produto
nas empresas de assistência técnica e extensão rural, nas cooperativas agrícolas,
empresas particulares, dentre outras, com os dados acumulados ao longo do tempo,
estará alimentando um banco de dados central que disponibilizará informações
globais de desempenho econômico e técnico de sistemas de produção agropecuários
que servirão de referência para o fortalecimento da agricultura, em especial a familiar.
Para iniciar o processo, os dados estão sendo coletados no campo por produtores
rurais assistidos pela EMATER-Paraná, em formulários específicos. Os
extensionistas, ao final de cada safra, processam as informações em computadores
existentes nos escritórios municipais e remetem, via Internet, os arquivos para o
banco de dados central. Há um mecanismo no banco de dados central protegido por
senha que identifica a origem de cada arquivo recebido, visando organizar as
informações por categoria social dos produtores rurais, por atividade agropecuária,
por município, por região, por estado, etc. O acesso ao banco de dado é feito em um
site, cujo endereço atual é www.agrus.com.br, onde as informações estarão
disponibilizadas para os usuários do sistema, mediante senha de acesso. Por
questões éticas, não estarão disponíveis as informações individualizadas do produtor
consideradas confidenciais, como por exemplo, o nome do produtor, sua renda e seu
endereço. Também não servirá para fins de fiscalização, por exemplo, saber se um
determinado produtor cumpre a legislação ambiental. A função primordial é oferecer
informações balizadoras para comparar resultados econômicos e avaliar o nível de
desempenho obtido em uma exploração agropecuária num determinado contexto.
Cabe informar, que o banco de dados é de propriedade de quem gera as informações.
Assim, as informações geradas pelas Redes de Referências serão gerenciadas pela
EMATER-Paraná e o IAPAR. As informações geradas pelo Processo Café serão
gerenciadas pela EMATER-Paraná / Processo Café. E assim por diante.
O potencial de uso do software vai além do trabalho desenvolvido nas REDES e nos
demais processos desenvolvidos pela EMATER-Paraná em parceria com o IAPAR. O
produto também pode ser utilizado na agricultura empresarial, principalmente nos
casos em que o proprietário precisa gerenciar várias propriedades localizadas em
diferentes regiões. Poderá também ser muito útil para as grandes organizações, as
cooperativas agrícolas, por exemplo, que pretendem estabelecer um processo de
gestão compartilhado com seus clientes ou associados. Enfim, o potencial de uso do
produto é enorme.
Para o bom funcionamento do software, recomenda-se um computador com a
seguinte configuração mínima: Pentium II, espaço livre disponível no disco rígido de
10 megabytes, estar instalado o Windows 98 ou superior e é recomendável possuir
128 megabytes de memória RAM. Para as atualizações na Web, a conexão pode ser
ADSL, via Rádio ou linha discada, pois o software trabalha desconectado, só utiliza o
link com a Internet no momento da atualização.
3. DETALHES DO SOFTWARE AGRUS
3.1 Histórico Para a concretização do AGRUS foi necessário vencer várias etapas de negociação,
conforme se demonstra a seguir:
• Julho de 1999 – o grupo de padronização do Projeto REDES identifica a demanda e
a oportunidade para o desenvolvimento do produto e inicia sondagens;
• Dezembro de 1999 – faz-se o primeiro contato com a INTUEL, Universidade
Estadual de Londrina;
• Maio de 2000 – constitui-se um grupo de trabalho para construção do software
(Projeto Redes / Processo Gestão) que define os parâmetros e contata possíveis
parceiros (Celepar- Agrotis - Softplan - Lida do Campo e Nativus);
• Julho e agosto de 2000 – a empresa Lida do Campo conhece o projeto e elabora
uma proposta;
• Outubro e dezembro de 2000 – inicia-se a discussão de aspectos jurídicos da
parceria (AJU/IAPAR e AJUR/Emater e Genorp/UEL);
• Dezembro de 2000 – o grupo de trabalho do software indica formalmente o parceiro
identificado para as diretorias técnicas do IAPAR e EMATER e a coordenação do
Paraná 12 Meses;
• Abril de 2001 – a Lida do Campo formaliza a proposta;
• Agosto de 2001 – a MegaSol Informática incorpora-se na parceria;
• Fevereiro de 2002 – ocorre a assinatura do contrato e início do desenvolvimento do
produto.
3.2 Objetivos O objetivo principal do software AGRUS ficou assim definido:
“Permitir o acompanhamento de sistemas de produção familiares ou de empresas rurais, possibilitando ao mesmo tempo a geração de informações mais facilmente interpretáveis por técnicos e agricultores e a intervenção técnica em seus sistemas de cultivo, atendendo ainda aos requisitos básicos
de apresentar-se como multiproduto e multiusuário”.
Para atingir o objetivo principal, os seguintes objetivos específicos foram definidos:
• Trabalhar em interface Web, permitindo a atualização rápida e permanente do
banco de dados gerado por técnicos em diferentes regiões, bem como a consulta
por produtores interessados em analisar comparativamente as referências técnicas, econômicas, sociais e ambientais disponíveis para o seu sistema de
produção.
• Oferecer ao menos quatro níveis de detalhamento para lançamento de operações permitindo o aprofundamento técnico no acompanhamento e análise
das diferentes atividades.
O desafio maior era criar uma solução para gerenciar de forma integrada as principais
atividades desenvolvidas na agropecuária. No sistema integrador desenvolveram-se
parâmetros para organizar o banco de dados. A Figura 1 retrata esse processo.
Figura 1 – Processo de integração das atividades agropecuárias
3.3 Instalação do AGRUS
Apresenta-se a seguir uma seqüência de procedimentos iniciais para instalar e operar
o programa:
• Cadastro via Internet:
– O administrador cadastra os técnicos que vão operar o programa;
– Os técnicos cadastram os produtores e as propriedades que serão
acompanhadas;
– O usuário tem um login e recebe, via e-mail, uma senha para acesso e download
do cadastro efetuado;
• Download e Instalação do AGRUS no computador local.
– Só é possível instalar o programa com o login e a senha recebida.
– O técnico efetua o download, no portal do AGRUS na Internet, e instala o
programa;
• Atualização dos dados.
– Somente é possível receber atualizações com o login e a senha;
– O técnico efetua a atualização dos dados via Internet.
Apresenta-se, na Figura 2, o portal do AGRUS, uma página que é acessada via
Internet na qual se realizam os procedimentos acima descritos. Além disso, pretende-
se disponibilizar nesse portal as notícias, os artigos, as informações úteis para a
agricultura e, o mais importante, o banco de dados das REDES, com a apresentação
dos indicadores de desempenho dos principais sistemas de produção agropecuários,
ou seja, informações coletadas a campo, portanto, casos concretos.
Figura 2 – O portal do AGRUS na Internet
O usuário do AGRUS, por exemplo, o extensionista da EMATER-Paraná, vai lançar os
dados dos produtores acompanhados no computador desconectado da Internet. Os
cadastros iniciais são obrigatórios, feitos no primeiro ano de lançamento, pois nos
anos seguintes será necessário apenas atualizar as informações. Seguem abaixo, os
principais cadastros exigidos:
• Cadastro do Produtor
– Os dados básicos do produtor.
– A qualidade de vida da família (um diferencial do AGRUS)
– Os dados da família, da mão-de-obra familiar, salário base e rateio.
• Cadastro da Propriedade
– Os dados da propriedade.
– Os talhões e o uso dos talhões (com aspectos qualitativos incluídos)
• Cadastro dos Funcionários
– Os dados da mão-de-obra fixa, o salário base e o rateio.
• Cadastro do Imobilizado
– Os dados das máquinas e equipamentos.
– Os bens imóveis.
– As culturas permanentes.
– Os animais
A Figura 3 ilustra uma das páginas do AGRUS destinada ao cadastramento inicial.
Figura 3 – Página de cadastro de produtores do AGRUS
3. 4 Inovações O software AGRUS, por incorporar novos conceitos que surgiram com as mudanças
de cenários no meio rural, é um produto inovador. Traz uma solução inteligente para
as organizações que compartilham ou pretendem compartilhar um processo de gestão
em rede, voltado para a compreensão do funcionamento e da melhoria do
desempenho de sistemas de produção agropecuários.
Nesse sentido, o AGRUS vai permitir a análise de indicadores técnicos, econômicos, sociais e ambientais. Assim, criou-se um produto capaz de observar a
renda e o índice de qualidade de vida de uma família que explora um determinado
sistema de produção agrícola, sem perder de vista as condições naturais do
estabelecimento rural e do seu entorno. Na prática, o software permitirá analisar se
um sistema de produção agropecuário é viável, se gera boa condição de trabalho e de
vida, se está adequado às legislações vigentes, quais os ajustes necessários, quanto
de recurso será necessário para essa adequação, e assim por diante.
O domínio dessas informações vai contribuir para a formulação de propostas
intervencionistas mais justas e com melhor foco para solução de problemas, tanto no
nível de elaboração de políticas públicas, quanto no planejamento rotineiro de ações
da pesquisa e da extensão rural. Esses ajustes vão refletir, de forma positiva, no
melhor uso dos escassos recursos públicos.
As inovações do AGRUS não param aí. Além da grande variedade de atividades
agropecuárias possíveis de serem acompanhadas (lavouras anuais, culturas perenes,
olericultura, bovino de leite e corte, dentre outras) e de facilitar a operação para
registros de dados, o software aumenta as alternativas de lançamento de uma
determinada operação, incluindo a possibilidade de se registrar informações técnicas. Vale ressaltar que essa é uma grande limitação dos softwares encontrados
no mercado. Essa possibilidade deverá atender as necessidades dos processos de
referências da EMATER-Paraná, pois permitirá gerar referências técnicas. Para
exemplificar, cita-se que no lançamento de um determinado herbicida, além da marca
comercial, da dosagem e do preço, será possível registrar se o produto foi aplicado
em pré-plantio ou pós-plantio e se foi utilizados para controlar ervas de folhas largas
e/ou estreitas. Vários extensionistas que atuam nesses processos participaram de
reuniões organizadas para definir os planos de contas das principais atividades
agrícolas.
Também merece destaque, a facilidade do operador nos registros de dados.
Apresentam-se a seguir, os passos para o lançamento de safra:
• Inicialmente, faz-se a abertura de safra.
• As operações de lançamento são organizadas em “tree view” (ver Figura 4).
• Lançam-se conjuntamente as movimentações de insumos, de mão-de-obra, de
operação mecanizada e os detalhes técnicos. Por exemplo, numa operação de
semeadura/adubação (escolhida no tree view) é possível lançar dados das
sementes, dos adubos, do trator e do implemento usados e de detalhes técnicos,
por bloco de lançamento previamente organizado no programa.
A Figura 4 apresenta a página de lançamento das operações agropecuárias,
organizadas em tree view. Figura 4 – Uma das paginas de lançamento de operações agropecuárias do AGRUS, organizada em
tree-view
Outra inovação muito importante embutida no AGRUS é o controle de ocupações rurais não-agrícolas (ORNAs). Será possível acompanhar os resultados econômicos
advindos de atividades extras as agrícolas, tais como: transformações de produtos de
origens animais e vegetais, artesanato, turismo rural, venda de serviços, alugueis,
eficiência na comercialização de produtos, dentre outras.
3.5 Banco de Dados O banco de dados gerado pelas informações coletadas a campo é de propriedade
exclusiva da(s) organização(ões) responsável(is) pelo trabalho.
Como foi mencionado anteriormente, os usuários cadastrados terão acesso ao portal
de informação do AGRUS na Internet. Esses usuários receberão senhas
diferenciadas, e estão classificados da seguinte maneira:
• Acessos Individualizados
– Administrador: vai realizar a manutenção, os ajustes ou as alterações que forem
necessárias para o bom funcionamento do software;
– Técnico: terá acesso às informações dos vários produtores que ele acompanha,
sem restrições, e das informações globais dos produtores atendidos por outros
técnicos (não estarão disponíveis as informações consideradas confidenciais);
– Produtor: terá acesso aos dados da sua propriedade e poderá fazer comparações
com os dados globais disponíveis no portal.
Poderão ser criados e disponibilizados os mais diversos relatórios, através das
combinações dos dados existentes, gerando as informações desejadas. Pode-se citar,
a título de exemplo, os seguintes relatórios:
– Gráficos de indicadores técnicos e econômicos;
– Gráficos de qualidade de vida, com índice de desenvolvimento;
– Margem de contribuição das atividades agropecuárias;
– Lançamentos e operações realizados, com detalhes técnicos;
– Custo de produção; – Comparações entre safras.
– Monitorar preços e oferecer informações que auxiliem na tomada de decisão da
comercialização.
A Figura 5 apresenta um exemplo de relatório que deverá estar disponível no portal do
AGRUS
Figura 5 – Um exemplo de relatório do AGRUS
Na figura acima, apresenta-se um relatório sobre a fonte de água utilizada para
consumo (qualidade de vida) em uma determinada região, num determinado ano
agrícola.
4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES O software AGRUS é um produto inovador que traz uma solução inteligente para as
organizações que compartilham ou pretendem compartilhar um processo de gestão
em rede, voltado para a compreensão do funcionamento e da melhoria do
desempenho de sistemas de produção agropecuários. Com a utilização do produto ao
longo do tempo, acumulam-se informações úteis para a elaboração de referências
técnicas, econômicas, sociais e ambientais, possibilitando análises mais confiáveis e
intervenções mais precisas.
Para as lideranças do setor agrícola, oferece informações indispensáveis para a
formulação de diretrizes e para melhor alocação de recursos.
Para organismos certificadores oferece um acompanhamento detalhado dos sistemas
de produção que, uma vez inseridos em uma cadeia produtiva, pode certificar a
origem dos produtos.
Para departamentos e secretarias do setor público, oferece informações estatísticas
colhidas diretamente no campo sobre indicadores de produção devidamente
tabulados.
Para a pesquisa agrícola, as referências servem de diagnóstico do comportamento a
campo de uma determinada tecnologia gerada em área experimental, gerando
informações que auxiliam na demanda de novas pesquisas.
Para a extensão rural, essas informações são essenciais na elaboração de propostas
de desenvolvimento rural, nos planos de ocupação de áreas rurais, ou simplesmente
para propor intervenções pontuais objetivando a melhoria da renda e das condições
de trabalho do agricultor, em especial o público da agricultura familiar. Em breve, o
software deverá ser utilizado na implantação de um Sistema de Informação da
Assistência Técnica e Extensão Rural Paranaense, que contribuirá nas formulações
de políticas públicas e de programas de governo, além de integrar agentes de
desenvolvimento e socializar as informações.