agrupamento de escolas dra. laura ayres, ano xiii, … · criança muito triste e evitava falar....

20
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, Edição IV, março / abril 2017

Upload: lamliem

Post on 09-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, Edição IV, março / abril 2017

Page 2: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

02

[email protected]

Coordenadora: Iolanda Antunes Equipa: Fátima Joaquim, Stella Ferreira

Colaboradores nesta edição: Luís Reis, Luísa Dordio, Miguel Silva, Sérgio Vieira Capa: Foto da aluna Jéssica Almeida do curso de Foto-grafia.

Poesia

Existem dois tipos de Fadas: as fadas más e as fadas boas… São como as pessoas! Ora muito detestáveis, ora muito amáveis. As fadas boas têm uma varinha de condão, as pessoas boas têm magia no coração. As fadas más são muito traiçoeiras, as pessoas más são pouco verdadeiras. As fadas más “atormentam os animais”, as pessoas más atormentam os seus iguais. As fadas boas espalham felicidade, as pessoas boas espalham generosidade. As pessoas más destroem amizades, as fadas más destroem verdades. As pessoas boas ajudam os pobres, as fadas boas ajudam os mais nobres. Mas, afinal qual é a diferença entre fadas e pessoas ? A diferença está em nada e em coisa nenhuma, Porque as pessoas são fadas e as fadas são pessoas, logo, o que muda são as nossas escolhas!

Carolina Figueiras, 12º E, vencedora do 2º lugar do Concurso Literário Sophia de Mello Breyner,

com o poema “Fadas Más e Fadas Boas”

Carolina Figueiras, aluna do nosso agrupamento, recebeu um Prémio, pelo 2º lugar no Concurso Literário Shopia de Mello Breyner, com o poema “Fadas Más e Fadas Boas”. O concurso destinava-se a alunos do 3º ciclo e ensino secundário, com trabalhos de poesia, prosa ou ensaio, em língua portuguesa, ilustrações e fotografia.

Page 3: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

03

Era uma vez uma menina que vivia com a humilde família, numa pequena e bonita localida-de, no campo, onde havia uma enorme cascata e, por perto, uma fábrica de perfumes. Ela era muito bonita e tinha uns longos cabelos loiros e uns olhos grandes da cor do céu. No entanto, era uma criança muito triste e evitava falar. […]

Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ver […] sempre mergulhada naquela tristeza, per-guntou-lhe o que tinha. […] A menina disse-lhe que pouco falava com a sua família porque não a compreendiam, que não tinha amigo algum e que a natureza estava muito bem como estava.

- E ambições de vida? – Quis saber ainda o dono da fábrica.

- O meu maior sonho seria comprar um perfume. – Respondeu a menina. – Quando for grande, espero poder comprar um perfume.

O dono da fábrica disse-lhe que devia tentar ser mais feliz e não sofrer tanto com o futuro incerto. Devia tentar ter um pensamento mais positivo. Aconselhou-a a levar uma vida mais alegre, mais despreocupada e mais tolerante. Talvez, assim, os sonhos dela se concretizassem no momento menos esperado.

- Na vida há dias de magia! […] A menina ainda o contrariou, mas por fim

cedeu às suas palavras, começando a chorar. - Por que choras? A menina desabafou que lhe tinha sido diag-

nosticada, há uns tempos, a diabetes. […] - Nunca posso comer aquilo que quero! –

Protestou a menina – Qualquer gulodice que apa-reça lá por casa se torna num fruto proibido!

Então o dono da fábrica fez ver à menina que, se a impediam de comer essas gulodices, seria apenas para não agravar o seu estado de saú-de.[…]

- Deves ingerir uma quantidade de açúcar

mínima! – Acrescentou o dono da fábrica. Informou-a ainda que a doença não impede

ninguém de fazer a sua vida normal. Contou-lhe ainda algo que a fez arregalar os olhos no meio da frase:

- No mercado, há variedades de alimentos indicados para esses casos, há medicamentos re-volucionários e a última novidade é que os cien-tistas da Universidade dos Estados Unidos da América desenvolveram um “Adesivo de insuli-na” para os doentes não se estarem sempre a picar nos dedos e a injetarem insulina. […]

A menina pobre pensou nas palavras do seu interlocutor. Com o apoio, amor e carinho da fa-

mília extremamente bondo-sa, foi ganhando ânimo e coragem para enfrentar a sua doença com mais realismo e otimismo. Quando a menina atingiu a maioridade, para sua grande surpresa, o dono da fábrica convidou-a para trabalhar na sua empresa. Ela agradeceu-lhe, em pri-

meiro lugar as palavras que a ajudaram a perceber e aceitar a sua doença, e, em segundo lugar, a oportunidade de trabalhar num sítio onde se pro-duziam as fragâncias dos seus sonhos.

Ela foi então fazendo algumas economias, contando e amealhando todos os seus tostões. Ao fim de algum tempo, comprou finalmente o dito perfume, com o nome “A pradaria”, que por sinal tinha a ver com todo o ambiente que rodeava a fábrica que produzia esses frascos de aromas.

A amizade do patrão para com a menina ge-rou uma grande complexidade e confidência entre ambos sobre a saúde. A atenção, o carinho e a oportunidade que lhe deu, fê-la crescer.

Nesta fábrica de perfumes, houve sempre uma grande solidariedade entre patrão e trabalha-dores. Lá, todos continuaram a viver felizes para sempre.

Perfume Bernardete Farinha, EFA, B3 - C

Conto

Page 4: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

04

Bibliotecas Escolares

Os professores bibliotecários: João Lopes, Almiro Lemos, Madalena Mendes

E terminou mais um perí-odo letivo! Agora que chegou o horá-rio de verão, os dias torna-ram-se mais longos e o

tempo está mais aprazível para as atividades de lazer. Neste contexto, as bibliotecas não poderiam deixar de convidar-vos para também dedicarem algum tempo à leitura. Na ESLA, mantemos em destaque algumas obras cuja leitura se faz em menos de uma hora. Mesmo para quem tem pouco tempo para dispensar, já não há desculpas para não se ler… Na sequência do apuramento dos alunos vencedo-res do Concurso Nacional de Leitura – fase Local, teremos agora a fase Regional, que terá lugar em Olhão. Os alunos do 3º Ciclo Lara Bernardo, Ale-xandre Vieru e Tiago Pereira irão representar a Escola E.B. 2,3 no Concurso Nacional de Leitura e as obras selecionadas foram “Trash - Os Rapazes do Lixo”, de Andy Mulligan e “Diário de Um Adolescente na Lisboa de 1910”, de Alice Vieira. As obras a concurso, ao nível do Ensino Secundá-rio, teremos “Eleanor & Park”, de Rainbow Ro-well e “O pintor debaixo do lava-loiças”, de Afon-so Cruz. Nas quinzenas que nos separam desde a última edição do jornal escolar, tivemos na ESLA os se-guintes autores em destaque: J. M. LeClézio, Ga-briel García Márquez, Florbela Espanca, Bruno Bettleheim, Carl Sagan e Pedro Pereira. Nas bibliotecas do primeiro ciclo - e no sentido de promover hábitos de leitura entre os nossos alunos - decorreram, durante a segunda semana de março, encontros com o autor Alexandre Parafita. Este escritor transmontano é doutorado em Cultura Por-tuguesa e tendo já publicado uma vasta coleção de obras, veio divulgar as suas mais recentes publica-ções: “Uma Andorinha no Alpendre”, “Teodósio o menino guerreiro” e “Contos de Boas Contas”, a

convite da Biblioteca Municipal de Loulé. O dia da mulher celebrou-se no dia 8 de março e foi assi-nalado pela bibliotecária Susana Serpa com a dis-tribuição de um “miminho” poético às mulheres da Escola da Fonte Santa. Também no dia 18 de março se celebrou o dia do pai com a seleção de poesia alusiva ao tema. Proposta pela revista Visão Júnior, na sequência da campanha eleitoral em prol do livro mais fixe e em função das escolhas dos alunos, decorreu du-rante a segunda quinzena de março a votação que elegeu a obra que mais agradou aos leitores de cada escola. Na biblioteca da Escola da Fonte San-ta, “O principezinho” foi o livro que obteve o pri-meiro lugar, sendo seguido de “A menina do Mar” e em terceiro lugar ficaram em simultâneo os li-vros: “Teatro às três pancadas” e “A menina goti-nha de água”. Na biblioteca da Escola da Abelhei-ra, após uma disputada campanha eleitoral levada a cabo por alguns grupos de alunos com a preciosa colaboração da bibliotecária Alexandrina Gonçal-ves, o livro mais votado foi: “O Coelhinho Bran-co”, seguido de “A Menina Gotinha de Água” e em terceiro lugar “Poemas da Mentira e da Verda-de”. A biblioteca da E.B.1 de S.Pedro do Mar foi o lu-gar onde se registou mais afluência de votantes. Aqui, a votação decorreu com a colaboração da bibliotecária Inês Sousa e obteve o primeiro lugar “O Tubarão na Banheira”, em segundo lugar ficou “O Diário de um Banana, Tudo ou nada (Vol.11) e finalmente em terceiro lugar ficaram os livros: “A fada Oriana” e “A girafa que comia estrelas” em simultâneo. Esta iniciativa da RBE em colabora-ção com a revista Visão Junior tem como finalida-de principal o envolvimento dos miúdos na leitura e na participação num processo eleitoral “a sério” Pretende-se formar cida-dãos capazes de ler, ouvir, pen-sar e saber es-colher.

Page 5: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

05

Bibliotecas Escolares

Na ESLA, em colaboração com o Departamento de Matemática, como já vem sendo hábito, come-morámos a 14 de Março o Dia do Pai. Na Bibliote-ca, dispusemos nessa data, de algumas atividades lúdicas alusivas ao tema: jogos didáticos, uma ex-posição de trabalhos de alunos e a projeção de epi-sódios da série “Isto é Matemática” para os alunos do Ensino Secundário. Na ESLA, nessa segunda-feira, tivemos uma pa-lestra sobre Alberto Caeiro, com a colaboração da Universidade do Algarve. O prof. João Minhoto Marques brindou-nos com uma abordagem aos aspetos bucólicos de Alberto Caeiro e também a alguns paradoxos na sua obra, deixando-nos maté-ria de reflexão. Na terça, o psicólogo escolar, prof. Manuel Vera Cruz ajudou algumas turmas a com-preenderem o stresse, os vários tipos de stresse existentes e a desenvolverem estratégias para lida-rem com ele. Retomamos as nossas atividades na sexta-feira com uma palestra pelos alunos do Mestrado Inte-grado em Ciências Farmacêuti-cas da Universidade do Algarve sobre a utilização correta de me-dicamentos. Paralelamente, tive-mos uma feira do Livro, com o apoio da papelaria PapelNet, que decorreu na Sala de Professores. A atividade “Todos a ler” integrada no programa da semana da leitura da ESLA. Em termos de con-cursos internos, continuámos na ESLA o concurso multidisciplinar “Cognoscere”, que conta com a participação de todos os departamentos curricula-res. Semanalmente lança-se um desafio. No final, o aluno que tiver acertado no maior número de problemas (e no menor intervalo de tempo) ganha um tablet!! Outro dos concursos ativos é a Caça ao Livro: se-rás capaz de identificar os livros a que dizem res-peito as pistas? No final, haverá prémio para o vencedor... Os alunos do 6º D e do 6ºE, acompanhados pelos professores Manuela Bento, Almiro Lemos, Esme-ralda Campos e Maria José Pereira realizaram no dia 3 de março uma visita de estudo a Sintra. Aí visitaram o Palácio Nacional de Sintra (vulgo pa-lácio da Vila) e a Quinta da Regaleira. O palácio

de grande valor histórico, arquitetónico e artístico foi utilizado pela Família Real até praticamente 1910. Esta construção teve início no séc. XIII aproveitando uma antiga construção da época mu-çulmana. A sua arquitetura apresenta variadas ca-racterísticas nomeadamente: medieval, gótica, ma-nuelina, renascentista e romântica devido às dife-rentes intervenções que beneficiou ao longo dos séculos. Da parte da tarde foi visitada a Quinta da Regalei-ra que contém o Palácio da Regaleira. A quinta é constituída por muitos espaços verdes e com mui-tas esculturas espalhadas pelos jardins. O palácio é o edifício principal da Quinta, situado na encosta da serra e a escassa distância do Centro Histórico de Sintra, estando classificado como Imóvel de Interesse Público desde 2002. No dia 26 de abril irão ter lugar na Biblioteca da EB23 as Olimpíadas de H.G.P. No dia 27 de abril durante a manhã vai-se realizar no mesmo local um desfile de trajes tradicionais a nível mundial organizado pela professora de geografia, Sandra Alves. Este desfile é direcionado para alunos do Pré-Escolar, 2º e 3º Ciclos. É realizada desta forma uma articulação entre a disciplina de História e Geografia. Quanto ao virtual, a Biblioteca Digital da ESLA teve um acréscimo de dez títulos. Deverão solicitar o endereço e as credenciais de acesso na biblioteca da ESLA. No que toca a exposições, a turma Vocacional de Turismo trouxe à biblioteca da ESLA trabalhos sobre o Mundo Atual e o Grupo de Física e Quími-ca solicitou-nos apoio na disponibilização do espa-ço para uma exposição sobre Modelos Atómicos e outra sobre Corrosão, que ainda decorrem. No apoio ao currículo, a Biblioteca da ESLA con-tinuou as suas formações em Citações e Referên-cias Bibliográficas, Como Elaborar um Trabalho Escrito e Como enfrentar a primeira entrevista de emprego. A todos desejamos um terceiro período pleno de energia para continuar a desenvol-ver o enriquecedor hábito da leitura!

Page 6: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

06

A nossa Escola

Encontro do DeVIR, 39 criações/39 olhares, cidades utópicas /cidades possíveis - Faro -Quarteira - Loulé- S. Brás de Alportel, neste contexto, foi promovido o Workshop de “Fotografia em Espaço Urbano” por Luís da Cruz. “As paisagens urbanas são geralmente marcadas por edifícios, linhas, dimensões, conceitos ou estilos, que definem não só o espaço envolvente, mas também a identidade da cidade e de quem nela habita. O espaço urbano é uma estrutura física com vida própria, uma superfície cheia de traços, textura, forma e ritmo. A história do(s) lugar(es). A ideia de interesse pelo lu-gar (…)”, jornal DeVIR, 2017. Foi apresentado na Culturgest , na apresentação do festival à comunicação social, as fotografias dos alu-nos do workshop e das alunas do Curso Profissional de Fotografia, que nele participaram e que foram se-lecionadas. No dia 1 de Abril serão apresentadas todas as foto-grafias na festa de abertura, da 3º edição do festival Encontros DeVIR.

Encontro do DeVIR Fátima Joaquim

Page 7: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

07

A nossa Escola

No passado dia 3 de fevereiro, no âmbito das disci-plinas de Área de Integração, Português e Geogra-fia C, os alunos das turmas 11ºE e 12ºC/E , acom-panhados pelos respetivos professores, realizaram uma visita de estudo a Lisboa. A referida atividade teve início com uma visita guiada ao estádio e museu do Sport Lisboa e Ben-fica onde, para além de tomarem contacto com a história do Clube, foi possível recordar/aprofundar diversos acontecimentos históricos do último sécu-lo. Seguidamente, com uma ida ao Centro Comercial Colombo, os alunos puderam inferir da importân-cia do aparecimento de novas centralidades no es-paço urbano. Após o almoço, o grupo deslocou-se de metro des-de Benfica até à Baixa/Chiado, tendo podido con-tactar de perto com o sistema de transportes urba-nos de uma capital europeia, compreendendo a sua importância. Durante o percurso pedestre, o grupo contactou

com o percurso literário queirosiano, tendo visita-do o Chiado, a estátua de Fernando Pessoa situada em frente ao emblemático café “A Brasileira”, o Teatro Nacional de São Carlos, a Rua Augusta e a Praça do Comércio/Terreiro do Paço. Por fim, o grupo visitou a Casa dos Bicos/Fundação José Saramago onde pôde observar um conjunto de estruturas que remonta às primeiras ocupações do espaço, um troço importante da mu-ralha fernandina, tanques romanos de base qua-drangular (destinados à salga e conserva de peixes) e, através de uma visita guiada, foi possível conhe-cer de perto a vida e obra de José Saramago, Pré-mio Nobel da Literatura em 1998. Na referida visita de estudo, os alunos puderam contactar com locais abordados em contexto de sala de aula nas disciplinas de Português, Geogra-fia C e Área de Integração, reconhecer espaços de interesse para a literatura e cultura/sociedade por-tuguesa e fazer a correspondência entre as aprendi-zagens em sala de aula e a realidade.

Visita de Estudo a Lisboa Óscar Ribeiro / Dina Jorge / Luís Romão / Ângela Gonçalves

Page 8: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

08

Fotografia Bruna Veiga

Lara Araújo

Kiah Llewellyn

Jenny Holzer nasceu em 1950, no estado de Ohio (EUA), é uma importante artista contemporânea, que iniciou a sua produção artística exclusivamente com textos. Com as pala-vras, Holzer comunica de uma maneira que a pintura não lhe permitia. Relativamente ao conteúdo dos seus trabalhos, percebemos que possuem uma forte carga poética, social e política. Abordam temáticas sobre sexo, morte, guerra, fe-minismo, amor, individualidade. Jenny tenta fazer com que o público seja confrontado com frases fortemente simbóli-cas, com o objetivo do espectador olhar para dentro de si e enfrentar os seus medos e angústias. Portanto, essas obras interferem claramente com o espaço íntimo de cada indiví-duo. Tendo como base o trabalho da Jenny Holzer, os alunos desenvolveram uma imagem fotográfica cujo fito era o de problematizar uma temática que lhes fosse pertinente. Desta forma, surgem as fotografias com as frases associadas, que acrescentam uma força maior à fotografia.

Fátima Joaquim

Page 9: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina
Page 10: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

10

Artes

“ Trabalhos dos jovens artistas do agrupamento de escolas Dra.Laura Ayres-Quarteira “

Convite

O Presidente da Câmara Municipal de Loulé convida V.ª Ex.ª para a inauguração da exposição “ Trabalhos dos jovens artistas do Agrupamento de Escolas Dra. Laura Ayres Quarteira “ , que terá lugar na Galeria de Arte da Praça do Mar, no dia 29 de Abril de 2017, pelas 18h00

Desenho de observação de Garrafas

Estudo da mão

Estudo da Figura Humana

Ilustração de Fábulas Infantis

Estudo e Ilustração Artes Visuais 11º Ano

Page 11: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

Artes

11

Como comemoração do Dia Mundial da Árvore e da Terra, os alunos do 12º de Artes Visuais realizaram um projecto sobre a árvore. Foram pesquisados vários quadros, das vanguardas do início do século XX, e foram escolhidos pintores como Vicent Van Gogh, Piet Mondrian, Claude Monet, entre outros. O traba-lho foi realizado a pastel a óleo sobre papel e posteriormente será realizado numa escala maior a óleo so-bre tela.

As Árvores - Artes Visuais 12º Ano

Page 12: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

12

A nossa Escola

A turma J tem-se envolvido em projetos coletivos durante o ano letivo, na ESLA. Diariamente, os alunos realizam atividades, como a manutenção das hortas individuais e dos canteiros da escola. Como atividades pontuais, foram realizadas também as seguintes atividades, projetos e trabalhos: Tangram (matemática); “ O mercadinho das plantas”; “ Desperta a semente” e “Mãos floridas” (em conjunto com o PIEF). Os alunos também realizaram visitas de estudo, nomeadamente, ao estádio Algarve, ao Parque Aventura (Albufeira), a um campo de golfe (Vale de Lobo) e a Lisboa. No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa, esta diversidade de atividades foi registada em notícias, que serão publicadas no “100 Comentários” até ao final do ano letivo.

Os alunos da turma J desenvolvem na ESLA, des-de o início do ano letivo, um projeto de construção de hortas nas traseiras da escola, perto do campo sintético. Primeiramente, os alunos equipam-se com luvas e botas com biqueira de aço. Depois de os professo-res distribuírem áreas a cada aluno, as mesmas são limpas e niveladas. Os alunos abrem, em cada área, valas com enxadas, aplicam o estrume com forquilhas, tapam as valas e voltam a nivelar o terreno com um ancinho. Com um plantador, abrem-se buracos com cerca de um palmo de pro-fundidade. De seguida, os alunos plantam legu-mes, verduras e frutos como batatas, batata doce, cebolas, alfaces, tomates, brócolos, rabanetes, cou-ve coração, couve roxa, couve lombarda, couve-flor, espinafres, ervilhas, pimentos, trigo, favas, feijão verde, alhos, morangos, cana de açúcar, va-

riedades de hortelã, chás e ervas aromáticas (alecrim, poejo, salsa, coentros, lavanda, erva prín-cipe). Por fim, as plantações são regadas diaria-mente com regadores e adubadas mensalmente com mini pás ou com as mãos. Os alunos limpam regularmente os seus terrenos com sachos ou anci-nhos. Quase todos os produtos passam pela estufa para enraizarem e só depois são transplantados para as hortas. Os alunos também fazem a manutenção dos can-teiros existentes em toda a escola. Primeiro, po-dam os arbustos com tesouras de poda, corta se-bes, corta ramos e serrotes. Depois limpam e nive-lam o terreno com sachos e enxadas. Sacham a terra e fazem caldeiras à volta das plantas. Por fim, regam.

Atividades da “J” Bruno Revés, Tiago Melo, CEF Jardinagem

Hortas da “J”

Page 13: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

13

A nossa Escola

A turma J realiza, todas as quartas feiras, um mer-cado de plantas na ESLA. Os alunos construíram, a partir de paletes, uma prateleira para exposição e venda das plantas. Já foram vendidas plantas como a erva príncipe, a hortelã, os coentros, bolbo, a professores, funcioná-rios e alunos. Este projeto visa uma recolha de fundos para a tur-ma realizar visitas de estudo.

No início de março, três alunos da turma J construíram um Tangram no canteiro lateral, entre o bar e o campo sintético. O Tangram foi construído com tábuas de paletes em madeira que os alunos reutilizaram, utilizando um transferidor. Depois de construírem o Tangram, os alunos transplantaram vários tipos de plantas carnudas que são bastante resistentes à falta de água.

Prémio de aproveitamento e assiduidade

No dia 30 de março, os alunos da “J” João Cruz e Miguel Go-mes foram premiados pelo bom aproveitamento e assiduidade, realizando uma visita de estudo a Lisboa, em conjunto com o CEF de Fotografia. A partida de autocarro foi dada às 6h30, em direção ao Parque das Nações. Já em Lisboa, o grupo dirigiu-se ao Macdonald’s para comer. Depois, os alunos deram um passeio pelo centro comercial Vasco da Gama. Seguidamente, visitaram o Centro de Ciência Viva, onde estiveram a ver jogos inventados, entre outras atividades. Almoçaram na zona comercial e visitaram o “shopping” até à hora de partida, 18h. A chegada a Quarteira verificou-se às 23h30.

O Mercadinho das Plantas da “J” Alexandre Veríssimo, Florin Obada e Leandro Guerreiro, CEF Jardinagem

O Tangram da “J” Rodrigo Ramos, CEF Jardinagem

Visita de estudo a Lisboa João Cruz, Miguel Gomes, CEF Jardinagem

Page 14: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

14

A nossa Escola

No passado dia 3 de abril, pelas 11 horas, realizou-se um desfile de chapéus de páscoa, que contou com a participação de cerca de 100 alunos, dos 1º e 2º ci-clos. Esta tradição tipicamente Britânica, conhecida como "Easter Bonnet Parade" foi dinamizada pelo grupo de Inglês do 2º ciclo, em articulação com a docente de Inglês do 1º ciclo. Contou ainda com o apoio dos encarregados de educação, na criação dos chapéus alusivos à páscoa e à primavera. Todos os alunos participantes exibiram os seus cha-péus num desfile bastante colorido e criativo, no es-

paço verde da Escola Básica. Os chapéus foram recolhidos e expostos ao longo da semana no espaço interior da escola.

Amanda Cruz, Coordenadora de Inglês do 2º ciclo

"Easter Bonnet Parade"

Page 15: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

15

O grupo disciplinar de Português, do 2º Ciclo, orga-nizou uma exposição de trabalhos realizados no âm-bito das obras literárias estudadas durante o 2º Perío-do, na Biblioteca Escolar da E.B.2,3 de Quarteira. Esta atividade integrou a Semana da Leitura, entre os dias 27 e 31 de março, cujo tema foi “Prazer de Ler”. As turmas do 5º e 6º anos de escolaridade tiveram a oportunidade de visitar a Biblioteca e desfrutar de um momento de leitura individual/autónoma de um livro escolhido a seu gosto. Os trabalhos alusivos às obras “A Viúva e o Papagaio” e “Ulisses” (apresentados em cartolina ou em maque-te) ficaram expostos ao longo da Semana da Leitura. Estas atividades tiveram como principais objetivos: participar em eventos da Escola e da Biblioteca; pro-mover o gosto pela leitura e, consequentemente, fa-vorecer o enriquecimento da comunicação; promover o contacto direto com a variedade de livros existen-tes na Biblioteca e desenvolver a criatividade e a au-tonomia dos alunos na realização dos trabalhos. Esta atividade foi desenvolvida com base no seguinte princípio: “A leitura em contexto escolar dever ser motivada e finalizada, pois ler é um ato livre e um leitor forma-se lendo.”

Magda Gomes

Grupo de Português, 2º Ciclo: Semana da Leitura

Speak Out é um programa, implementado há alguns anos em escolas inglesas, cujo objetivo é ajudar os jovens a desenvolve-rem competências na área do “falar em público”. Esta é uma das áreas em que os jovens, e até muitos adultos, de um modo geral, apresentam grandes dificuldades, sendo amplamente reconheci-da a sua importância. Este projeto realiza-se nas Escolas dos Concelhos de Albufeira, Loulé e Silves. Na nossa escola, o workshop do Speak Out, teve a participação de 31 alunos, das diferentes turmas do 9º ano de escolaridade, e os alunos apurados para a semifinal que irão representar o nosso agrupamento são:

6 Cristiana Isabel G. Vieira 9º A 28 Diangelo Bernardo Pita 9º E

A nossa Escola

Luís Romão

Page 16: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

16

ECO Escolas

A equipa de voluntários da floresta, do Agrupamento de escolas Drª Laura Ayres, associou-se à celebração

deste dia, unindo-se na promoção da defesa e valorização das flores-tas e do desenvolvimento de práticas que tenham em vista um cor-reto uso/planeamento dos territórios. Em colaboração com a C. M. de Loulé, Instituto de Conservação da Natureza, e dos alunos do cur-so vocacional de Jardinagem/Agricultura Biológica, os alunos, pro-fessores, a diretora Conceição Bernardes, os diretores de turma, e os funcionários, plantaram árvores e procederam à fase 2 de arborização do talude, contíguo à nossa escola, plantando árvores autóctones, integradas na biogeografia mediterrânica, em que se inclui a nossa região, tais como: medronheiros, romazeiras, amendoeiras, alecrins, sobreiros.

Brigada de Voluntários da Floresta da EB 1 de Quarteira

Dia Internacional das Florestas 21/03/2017

Berçário de Árvores – JI nº3 Quarteira

Os alunos do pré escolar dão o seu contributo na valorização do meio ambiente criando um berçário de árvores autóctones, na continuidade do projeto Desperta a tua Semente.

Page 17: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

ECO Escolas

17

Na EB1/JI da Fonte Santa nasceram, no dia da primavera, 9 Chapins Azuis. Foi sem dúvida um grande dádiva da natureza e uma grande alegria para as nossas crianças. Ver o crescimento dos nossos chapins azuis foi uma grande bênção que proporcionou novas aprendizagens na área do conhecimento do mundo. Para sempre recordaremos, as várias etapas da vida dos nossos Chapins Azuis... eternamente gratos à na-tureza por aquilo que nos proporcionou! Com a ajuda de muitos investigadores e interessados neste acon-tecimento, descobrimos que os passarinhos são filhotes de uma ave chamada CHAPIM-AZUL, que pode ser encontrada na zona da Quinta do Lago.

O nascimento dos Chapins Azuis

Celebração do Dia Mundial da Água 22/03/2017

No dia 22 de março, os alunos do 1º ciclo da escola da Abe-lheira participaram em atividades lúdico-desportivas dinami-zadas na praia pelo Curso do Vocacional de IAT, sob a orien-tação do professor Paulo Matos. Estas atividades tiveram o intuito de alertar todos os envolvidos para a urgente necessi-dade de preservação e poupança deste recurso natural tão valioso. Em contexto sala de aula, as Professores Titulares de Turma deram continuidade à temática e sensibilizaram os alunos quanto à gestão dos recursos de água.

Na EB1/JI da Fonte Santa comemora-mos o "Dia Mundial da Água" com a realização de vários trabalhos. Um dos objetivos foi a tomada de consciência de como preservar os recursos naturais, como a água, adquirindo hábitos de pou-pança, e cuidados a ter. Também foi abordada a importância da água para o nosso planeta.

Projeto “Andar sobre Rodas” EB1/JI da Abelheira

Faz como nós.

Dia da Bicicleta Sempre ao dia 9 de cada mês

Page 18: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

18

Clube de Arqueologia

No dia 16 de março, quinta feira, o clube de Arque-ologia participou num Workshop de Conservação e restauro no Museu de Arqueologia de Loulé, estu-dando algumas fases do trabalho dos arqueólogos como: escavação, lavagem, marcação, puzzle.

Às 14:30 iniciou a visita guiada pelo local de esca-vações dos banhos islâmicos. O clube verificou, não só, como os muçulmanos viviam naquela altura, a importância de que se revestiam os banhos públicos naquela época, mas também, como os arqueólogos trabalham e os desafios que se lhes colocam aquan-

do dos trabalhos de escavação – levantamento de hipóteses, cruzamento de dados para conseguirem per-ceber o contexto político, económico e social do local onde estão a escavar.

Depois de explorar os banhos islâmicos, os alunos foram encaminha-dos para um espaço onde aprenderam a catalogar os pequenos frag-mentos, achados no terreno de exploração. Procederam à marcação de fragmentos cerâmicos, trabalho de grande importância uma vez que a mesma irá indicar o lugar onde o fragmento ou objeto foi encontrado; o ano de escavação; e a camada estratigráfica* em que se encontrava, para mais tarde poderem estudá-los e restaurá-los, se possível. (*A uni-dade estratigráfica é uma forma de identificarmos e interpretarmos ca-da camada de escavação arqueológica, para conseguirmos chegar ao contexto histórico de cada camada que os arqueólogos estão a escavar, conhecendo assim o passado das populações.) Ao clube foi permitido não só ver como se trabalhava na marcação e na limpeza das centenas

de fragmentos, como também pôde participar na atividade!

De seguida, dirigiram-se para o Departamento de Conservação e Res-tauro tendo a técnica de Restauro, Maria João, referido que, pelo facto de haver, muitas vezes, poucos fragmentos de determinada peça, aquando do restauro desta, temos de a completar com argila, o que de-nota que cada fragmento é precioso. Vimos no seu local de trabalho, um cântaro islâmico a ser restaurado, através das peças que tinham sido catalogadas (sala anterior) assim como o material de restauro - a argila.

Workshop nos Laboratórios de Conservação e Restauro do Museu de Arqueologia de Loulé

Page 19: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

19

Clube de Arqueologia

Saindo da sala, seguindo o trajeto de pesquisa, as alunas e o professor constata-ram a limpeza mecânica dos metais, com lupa/microscópio, para observar mi-nuciosamente e evitar uma limpeza em excesso, com o bisturi, e assim, evitar-se a danificação da peça.

Para finalizar, o grupo dialogou com os trabalhadores, e des-cobriu, através de histórias e fotografias, algumas das escava-ções feitas pelos arqueólogos, nomeadamente o estudo realiza-do na Quinta da Boavista (perto do terminal rodoviário de Loulé), onde existia o cemitério islâmico da cidade. Mesmo antes de sair, testemunhou-se uma das mais recentes peças arqueológicas encontradas, em Quarteira, pró-ximas da praia de Loulé Velho: duas ânforas, incompletas (só a parte superior das mesmas) repletas de biodiversidade fóssil.

No dia 27 de março, os alunos do 8ºA e 8ºB tiveram oportunidade para aprender um pouco mais sobre a história da cidade, onde vivem/estudam, descobrindo, no museu, muitos dos artefactos que desenharam na aula de Educação Visual, procedendo à sua identifica-ção e registo da ficha técnica. Também descobriram, na muralha do castelo de Loulé, as marcas de canta-ria registadas aquando do seu processo de edificação. Fica aqui o mote, para quem as quiser descobrir com amigos ou a família!

Visita de Estudo ao Museu de Arqueologia e percurso histórico na área envolvente ao

Castelo de Loulé.

Page 20: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIII, … · criança muito triste e evitava falar. […] Certo dia, o dono da fábrica, cansado de a ... sendo seguido de “A menina

Quinta Flor do Lácio

Estamos no ano 2017. Desde o século 6, toda a Europa de Les-te foi ocupada pelos povos eslavos... Toda? Não! Uma antiga província ro-mana povoada por irredu-tíveis Dácios resiste ainda

e sempre aos invasores linguistas. E a vida não é nada fácil para as guarnições de línguas esla-vas que a rodeia… É a antiga província romana da Dácia, que ocu-pava os territórios das atuais Moldávia e Roménia, que fazem fronteira com a Ucrânia, Sérvia, Bulgá-ria (línguas eslavas) e Hungria (língua urálica co-mo o Finlandês e o Estónio). A personagem Drá-cula era da Transilvânia, que faz parte da atual Roménia e é vizinha da Moldávia. Em 106 DC, o Império Romano anexou o Reino Dácio. Mas nem to-da a Dácia foi ocupado por colonos romanos: a nordeste da colónia ro-mana, viviam ainda Dácios fora do controlo romano (na atual Moldávia). Estes revol-taram-se e lutaram contra os romanos e atacaram a Dácia romana. Causaram tantas dificuldades e pro-blemas que a Dácia foi a primeira colónia romana a ser abandonada (em 270), o primeiro passo do caminho que, após 200 anos, levaria à queda do Império Romano do Ocidente (em 476). Mas, ape-sar disso, a região, a língua e a cultura continuam a identificarem-se com os romanos e a cultura latina (razão porque escolheram, em 1866, chamar o país de Roménia. O nome Moldávia vem do rio Moldova que atravessa o país). As 4 línguas latinas mais conhecidas são o Espa-nhol (410 milhões de falantes), Portu-guês (250 milhões), Francês (80 mi-lhões) e Italiano (60 milhões). Mas o Rome-no (25 milhões), falado na Roménia e Moldá-via, é também uma "flor do Lácio" (no soneto “Língua Portuguesa”, o poeta brasileiro Olavo

Bilac (1865-1918) descreve a língua portuguesa como a “última flor do Lácio, inculta e bela”. Lácio é a região em Itália onde se situa a cidade de Roma e de onde eram originários os Romanos e Olavo Bilac foi um dos fundadores da Academia Brasileira das Le-tras, que tanta falta faz que haja em Portugal). Da mesma forma que o Português falado no Brasil conservou algumas características da língua que já se perderem em Portugal (como o nome da cor "marrom"), também o Rome-no (Moldavo e Romeno) preservou características do Latim que as outras línguas românicas em parte perderam, como as declinações. O vocabulário da língua é 63% latino, 11,5% eslavo e o restante de diversas línguas da região (turco, grego, húngaro, alemão), ainda que, das 2500 palavras mais usadas, 76% sejam de origem latina e 15% de origem eslava. Vendo a estrutura, gramática e ortogra-fia da língua, é fácil verificar que é tão latina como o Português, apesar do seu isolamento geográfico em relação a outras línguas latinas: é 77% seme-lhante ao Italiano, 69% ao Françês, 63% ao Espa-nhol e 62% ao Português. Uma característica par-ticular do Português é a cedilha que se coloca de-baixo da letra C alterando-a para Ç e mudando o som para um "S" (mas só é usada antes de "A", "O" ou "U", uma vez que C antes de "E" ou "I" se lê sempre co-mo "S"). E também há o uso da cedilha em Romeno debaixo das letras S e T > Ș e Ț, mudando tam-bém o som das letras. Assim, há Bom dia é Bună dimineaţa (Buna diminaTSa) e Quiosque é Chioșc

(QuióSC). Existe, em Roma, uma coluna com cerca de 40 metros de altura que o imperador Trajano mandou construir para celebrar a sua difícil vitória sobre os Dácios. Chama-se Coluna de Trajano e todo o seu exterior é coberto com cenas dos combates entre os Romanos e os Dácios.

Mauro Maia

Cultura