agrupamento de escol · acções no domínio da gestão e organização do agrupamento ... reduzir...

Monitorização e Avaliação

Projecto Educativo Teip

Excelência (+) Cidadania (+)

AG

RU

PAM

EN

TO

DE E

SCO

LAS D

IOG

O C

ÃO

[E

screver o en

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AG

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58 –

Vila R

eal 259302460 eb2

3.dio

gocao@

escolas.min

-edu.p

t

(+) Excelência (+) Cidadania 2010

2

Índice PREÂMBULO ........................................................................................................ 3 1.Introdução .......................................................................................................... 4 2. Balanço global do projecto ............................................ Erro! Indicador não definido.

2.1. Sucesso/Insucesso ................................................. Erro! Indicador não definido.

2.2. Absentismo/Abandono ...................................................................................... 7

2.3. Avaliação Externa ............................................................................................. 8

2.4. Indisciplina ...................................................................................................11

3.Domínios a avaliar ................................................................................................11 3.1. acções de apoio à melhoria das aprendizagens ...........................................................11

3.1.1. (+)Aprendizagem........................................................................................11 3.1.2.(+)info_inclusão .........................................................................................14 3.1.3. (+) Conhecimento .......................................................................................17 3.1.4. (+)Turma .................................................................................................26

3.2. Acções de Regulação do Clima Escolar e Gestão de Percursos Escolares dos Alunos ..................31

3.2.1. (+) Apoiar_Mediação de Conflitos .....................................................................33 3.2.2. (+) Apoiar_Clube de Competências Pessoais e Sociais ...............................................38 3.2.3 .(+) Proteger..............................................................................................43 3.2.4. (+) Apoiar_Tutorias .....................................................................................47 3.2.5. (+) Intervir ...............................................................................................53 3.2.6.(+) Animação Socioeducativa ...........................................................................62

3.3. Acções no Domínio da Gestão e Organização do Agrupamento .........................................69

3.3.1. + Articular ...............................................................................................69 4. Acções de Relação Escola – Família – Comunidade e Parcerias Educativas ..................................71

4.1. (+) Escola/Clube de Pais ..................................................................................72 4.2.(+) Cidadania ...............................................................................................76

5.Conclusão ..........................................................................................................84


3

PREÂMBULO

A escola nunca mais vai ser a mesma.

Passam alguns minutos, de uma hora perdida atrás do Marão. O calor é quase insuportável, porque estamos em Julho e não há brisa que se faça sentir, nem ares fingidos a fazer ruído. Há pouca gente na escola! Há eco, algum eco que o silêncio teima em trazer, vozes indistinguíveis e uma cantiguinha de rádio. Num gabinete trabalha-se arduamente. Chegaram resultados de uma avaliação qualquer e confirmaram aquilo que já todos sabiam: 1.º e 2.º ciclo podiam ser melhores, 3.º ciclo, muito maus. A conversa repete-se, nos anos que entretanto se vão perdendo! As razões, as causas, as discrepâncias e novamente a “falta de expectativas de sucesso, o empenho, os hábitos de estudo” e toda a lengalenga que se conhece de cor. No gabinete há gente inconformada! É preciso mudar rotinas, criar nos professores predisposição para inovarem, articular, cooperar, inverter, pôr os professores a falar e questionar o que se faz e como se faz. Num rascunho começa um projecto. Numa plataforma nasce o TEIP. E voltamos a Julho de um ano a seguir. De novo o calor, o eco nos corredores vazios e os resultados no gabinete. Desta vez foi diferente! Há quem adiante uma subida de centenas e centenas de lugares no ranking de escolas. Há quem lembre a turma de bons alunos. Há quem fale no trabalho colaborativo, nos projectos que nasceram para mudar o rumo, nesta escola, atrás do Marão. De novo razões, causas e uma certeza: A escola nunca mais vai ser a mesma.


4

1.INTRODUÇÃO O documento que a seguir se apresenta reflecte o trabalho de uma equipa que centrou a sua actividade na avaliação do Projecto TEIP, no seu primeiro ano de implementação. Tarefa difícil dada a complexidade e dimensão de tudo o que se propôs: metas exigentes, mobilização de toda a comunidade educativa, num processo que consideramos de rotura com práticas assentes na tradição. O projecto TEIP teve um impacto forte nas rotinas do agrupamento e neste momento não é fácil de avaliar todos os seus contornos. O que se conseguiu? Muito. O que falta fazer? Imenso. Olhando os resultados numéricos, depois de tantos meios disponibilizados, poder-se-á perguntar se o investimento realizado produziu os melhores resultados. Há, neste relatório, números que falam por si e que deixam uma marca de esperança na evolução desta estrutura escolar. Com efeito, se se encontram evoluções positivas no âmbito do sucesso, disciplina, abandono e absentismo dos alunos, mais notória é a evolução da organização ao nível pedagógico e de gestão. Cada um dos profissionais, pais e encarregados de educação e outros agentes que participam na vida da escola tem um conhecimento muito mais profundo e mais global dos seus aspectos positivos e daquilo que é necessário melhorar. A liderança e gestão da escola estão munidas de instrumentos estratégicos que lhes permitem tomarem decisões muito mais fundamentadas. Alguns documentos estruturantes da escola, foram profundamente reflectidos e adaptados a uma realidade mais precisa porque mais estudada e divulgada por um maior número de pessoas. Naturalmente que ao aprofundar o conhecimento sobre os pontos fortes e os pontos fracos da instituição surgem novos desafios, novos problemas e a exigência de os ultrapassar. Neste período a escola teve oportunidade de criar estruturas organizativas que lhe permitem, agora, responder com maior segurança a esses desafios. Munida de mais e melhores dados, de estruturas intermédias de avaliação, e com uma visão global e estratégica adequadas o futuro está a ser encarado com maior autonomia e segurança.


5

.º CICLO META TEIP: REDUZIR EM 50 % O INSUCESSO NAS DISCIPLINAS DE LÍNGUA PORTUGUESA, MATEMÁTICA, INGLÊS E HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL Língua Portuguesa

Ano lectivo 2008/09 Ano lectivo 2009/10

N.º alunos

N.º Níveis < 3

N.º alunos

N.º Níveis < 3

5.º Ano 289 18 283 8

6.º Ano 331 23 294 11

Matemática


N.º alunos

N.º Níveis < 3

N.º alunos

N.º Níveis < 3

5.º Ano 288 30 282 22

6.º Ano 330 31 292 38

3.º CICLO SUCESSO/INSUCESSO E COMPARAÇÃO COM O ANO LECTIVO ANTERIOR

Língua Portuguesa


N.º alunos

N.º Níveis <3

N.º alunos

N.º Níveis <3

7.º Ano 64 4 29 5

8.º Ano 57 5 45 3

9.º Ano 41 7 54 9

Total 162 16 128 17

Matemática


N.º alunos

N.º Níveis <3

N.º alunos

N.º Níveis <3

7.º Ano 64 16 29 10

8.º Ano 57 16 45 12


6

9.º Ano 41 7 54 27

20Total 162 39 128 49


7

2.2. Absentismo/Abandono 1.º, 2.º E 3.º CEB METAS TEIP: MANTER NULAS AS TAXAS DE ABANDONO E DIMINUIR EM 50% AS TAXAS DE ABSENTISMO.

Absentismo

Ano lectivo 2008/09

Ano lectivo 2009/10 1.º Ano 6 2 2.º Ano 7 5 3.º Ano 9 5 4.º Ano 5 5 5.º Ano 8 5 6.º Ano 3 3 7.º Ano 1 1 8.ºAno 1 0 9.ºAno 4 4 Total 44 30

Abandono

Ano lectivo 2008/09

Ano lectivo 2009/10 1.º Ciclo 0 0 2.º Ciclo 0 0 3.º Ciclo 0 0

CEF 0 2*(Transferidos)


8

2.3. Avaliação Externa 1.º CICLO META TEIP: AUMENTAR EM 15% O NÚMERO DE NÍVEIS A E B NAS PROVAS DE AFERIÇÃO NÍVEIS A


% Níveis A

% Níveis A

Língua Portuguesa

10

18

Matemática

18

38

NÍVEL B


% Níveis B

% Níveis B

Língua Portuguesa 45 38

Matemática 34 32

1.º CICLO META TEIP: REDUZIR EM 50% O NÚMERO DE NÍVEIS D E E NAS PROVAS DE AFERIÇÃO


% Níveis D e E

% Níveis D e E

Língua Portuguesa

5,7

3,5

Matemática

8,3

3


9

2.º CICLO META TEIP: AUMENTAR EM 10% O N.º DE NÍVEIS DE A NAS PROVAS DE AFERIÇÃO


N.º alunos N.º

Níveis A

N.º alunos N.º

Níveis A

Língua Portuguesa 322 45 282 19

Matemática 321 32 286 45

2.º CICLO META TEIP: AUMENTAR EM 10% O N.º DE NÍVEIS B NAS PROVAS DE AFERIÇÃO


N.º alunos

N.º Níveis B

N.º alunos

N.º Níveis B



2.º CICLO META TEIP: REDUZIR EM 25 % O NÚMERO DE NÍVEIS D E E NAS PROVAS DE AFERIÇÃO


N.º alunos N.º

Níveis D e E

N.º alunos N.º

Níveis D e E



3.º CICLO META TEIP: REDUZIR EM 50% O INSUCESSO NOS EXAMES NACIONAIS DE 9.º ANO


N.º alunos N.º

Níveis < 3

N.º alunos N.º

Níveis < 3

Língua Portuguesa 36

25

44

13

Matemática 36

25

44

27


10

META TEIP: DIMINUIR EM 50 % O Nº DE ALUNOS COM DISCREPÂNCIA ENTRE A AVALIAÇÃO INTERNA E EXTERNA NAS DUAS DISCIPLINAS

Língua Portuguesa Ano lectivo 2008/09 Ano lectivo 2009/10

Nível Av. Interna Av. Externa Diferença Av. Interna Av. Externa Diferença Nível 1 0 0 0 1 0 1 Nível 2 8 25 17 8 12 4 Nível 3 28 10 18 36 18 18 Nível 4 3 1 2 7 13 6 Nível 5 1 0 1 4 1 3

Matemática Ano lectivo 2008/09 Ano lectivo 2009/10

Nível Av. Interna Av. Externa Diferença Av. Interna Av. Externa Diferença Nível 1 - 4 4 1 4 3 Nível 2 7 21 14 27 23 4 Nível 3 27 10 17 18 7 11 Nível 4 4 0 4 4 4 0 Nível 5 2 1 1 5 6 1


11

.4. Indisciplina 1.º, 2.º E 3.º CICLOS META TEIP: DIMINUIR EM 50% O NÚMERO DE ALUNOS COM OCORRÊNCIAS DISCIPLINARES

ANO LECTIVO 2008/2009 ANO LECTIVO 2009/2010

OCORRÊNCIAS

ALUNOS

ENVOLVIDOS

N.º Alunos com OCORRÊNCIAS

ALUNOS

ENVOLVIDOS

N.º Alunos com Classe de

idades

TOTAL TOTAL MC1 MDS (2)

TOTAL TOTAL MC1 MDS (2)

6 a 8 anos

0 0 0 0 8 7 6 0

9 a 11 anos

46 6 4 1 108 41 1 2

12 a 14 anos

34 9 9 4 16 15 3 4

15 a 17 anos

225 20 20 13 79 31 7 4

+ de 18 anos

0 0 0 0 0 0 0 0

Total 305 35 33 18 211 94 17 10

3.DOMÍNIOS A AVALIAR 3.1. acções de apoio à melhoria das aprendizagens 3.1.1. (+)Aprendizagem

Introdução

O AE Diogo Cão caracteriza-se por uma grande dispersão geográfica numa área de fraca

oferta de serviço de transportes públicos e onde a rede viária apresenta fragilidades

estruturais (vias estreitas, mal conservadas e com traçado irregular). Esta realidade é

causadora de vários constrangimentos que se repercutem negativamente na organização

do processo educativo, na medida em que dificultam a relação de proximidade necessária

para se operacionalizar uma eficaz articulação pedagógica, funcional e organizativa entre o

mesmo e os diferentes níveis de ensino.

Por outro lado, existem duas escolas, do 1º CEB, no AE Diogo Cão, que integram mais de

250 alunos cada, num total de 25 turmas (12+13), a funcionar em regime de


12

desdobramento, verificando-se aí, dificuldades na implementação de serviços de apoio

educativo e especializado, bem como no desenvolvimento consistente de projectos,

nomeadamente a nível da melhoria de competências pedagógicas, pessoais e sociais.

Os alunos das turmas do 1º CEB de lugar único, pelas características em que se desenvolve

o seu processo de ensino aprendizagem merecem uma especial atenção com vista a

minimizar os efeitos nefastos que o isolamento pode provocar. Os estabelecimentos de 1º

CEB com mais de 150 alunos, necessitam também de atenção especial dada a

heterogeneidade dos alunos que as frequentam.

Recursos utilizados - Neste sentido, foram seleccionas 10 escolas, as quais foram

reforçadas com 5 professores do primeiro ciclo com os seguintes objectivos:

Promover a qualidade das aprendizagens. Reduzir os níveis de insucesso Melhorar a qualidade do sucesso.

Actividades desenvolvidas – Os professores alocados a esta actividade apoiaram os alunos sobretudo nas escolas de lugar único onde se efectuaram diagnósticos detalhados de alunos com dificuldades. Em colaboração com o professor titular definiram-se planos de trabalho adequados aos contextos e à evolução das aprendizagens destes alunos. Teve-se em conta as características pessoais e de formação destes professores, dando resposta a um trabalho colaborativo em que a sua especialidade fosse potencializada. Impacto das actividades - Com esta actividade pretendíamos diminuir em 50% o número de níveis D nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Verificámos uma diminuição de 38,76% dos níveis D e E em língua portuguesa e de 62,95% em matemática, pelo que consideramos que esta meta foi atingida.

Níveis Ano Língua

Portuguesa Matemática D e E 2008/09 5,70% 8,28% D e E 2009/10 3,49% 3,07% Variação 08/09-09/10 -38,76% -62,95% Metas 2,85% -50% 4,14% -50%

Tabela 1 – Diminuição de níveis D e E em Língua Portuguesa e Matemática Pretendíamos também aumentar em 15% o número de níveis A e 15% o número de níveis B nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. O que pela análise dos resultados foi amplamente superado. Assim em Língua Portuguesa registou-se um incremento de 77,98%


13

de níveis A em Língua Portuguesa e de 113,28 em matemática. Quanto aos níveis B verificou-se uma diminuição, que pode resultar do grande aumento de níveis A.

Níveis Ano Língua

Portuguesa Matemática A 2008/09 10,13% 17,83% A 2009/10 18,02% 38,04% Variação08/09-09/10 77,98% 113,28% Metas 15% 11,65% 15% 20,51% B 2008/09 48,10% 36,94% B 2009/10 40,12% 29,45%

Variação08/09-09/10 -

16,60% -20,29% Metas 15% 55,32% 15% 42,48%

Tabela 2 – Evolução dos níveis A e B em língua Portuguesa e Matemática Era também nosso objectivo reduzir em 25% o número de alunos com insucesso no 1º CEB. Esta meta não foi concretizada, tendo-se registado um aumento de 8,33%, o que corresponde a mais um aluno retido no ano 2009/10 d0 que no ano lectivo 2008/09.

Ano Total Alunos Retidos

2008/2009

1. Ano 319 0 0,00% 2. Ano 321 9 2,80% 3. Ano 340 1 0,29% 4. Ano 309 1 0,32% Total 1289 11 0,85%

2009/2010

Ano Total Alunos Retidos 1. Ano 334 0 0,00% 2. Ano 320 8 2,50% 3. Ano 307 1 0,33% 4. Ano 337 3 0,89% Total 1298 12 0,92%

Variação 2008/09-2009/10

2008/2009 2009/2010 1. Ano 0,00% 0,00% Igual 2. Ano 2,80% 2,50% Diminuiu 3. Ano 0,29% 0,33% Aumento 4. Ano 0,32% 0,89% Aumentou


14

Total 0,85% 0,92% 8,33% Tabela 3 – Análise do sucesso no 1º CEB

Grau de satisfação

No final do ano lectivo foi feita uma reunião de avaliação desta actividade com todos os

seus interveneientes, tendo-se concluído que esta teve uma grande incidência no

aproveitamento e no comportamento dos alunos. Também foi considerado um treino de

trabalho colaborativo dos professores que se revelou ao ´nível dos diagnósticos, das

planificações e das práticas pedagógicas.

Reajustamentos/ sugestões para o ano lectivo 2010/2011 - A afectação dos recursos

humanos ano lectivo 2010/2011 será realizada em função das turmas /escolas com taxas

de insucesso mais elevadas com base em diagnósticos e calendários de intervenção

específicos. O apoio deverá ter em consideração programas específicos de intervenção.

3.1.2.(+)info_inclusão Introdução

A elaboração de um projecto que visou promover a integração da utilização das TIC nas

actividades lectivas com base numa política de info-inclusão, é uma das competências a

implementação neste projecto.A prioridade central foi colocar as 25 Escolas EB1 do 1º Ciclo

beneficiando desta acção 35 turmas do 1º, 2º, 3º e 4º anos, no trilho de uma utilização

significativa das TIC.

Tendo consciência do relevo que as TIC assumem nas sociedades contemporâneas,

configurando um eixo vital do seu processo de desenvolvimento, o presente projecto

propos-se a minimizar os condicionalismos resultantes da dispersão dos estabelecimentos

de ensino e isolamento das escolas de lugar único e melhorar os serviços de apoio

educativo e especializado, bem como, promover a integração progressiva das TIC nos

vários contextos educativos e no desenvolvimento organizacional do agrupamento no

sentido de uma progressiva desmaterialização de práticas, rotinas e serviços, bem como de

uma utilização efectiva da Internet e do computador como ferramentas pedagógicas,

presentes na sala de aula, e de apoio à pesquisa e ao estudo dos alunos.


15

Actividades desenvolvidas

Nesse sentido salientamos 35 visitas às diversas escolas do Agrupamento de forma a

cooperarmos com os professores no âmbito da aplicação das Tecnologias de Informação e

Comunicação em contexto de sala de aula.

No que diz respeito à criação e manutenção de páginas web’s de Escola/Turma,

vulgarmente denominadas de Blogues, procedemos à construção de 16.

Realizaram-se e editaram-se 4 “Telejornais Escolares” da responsabilidade das escolas

envolvidas nesta actividade, telejornais esses, que foram colocados na Página Web do

Agrupamento de forma a serem partilhados com toda a comunidade educativa.

Recursos mobilizados

Tempo semanal usado nas acções /actividades – 16 horas

N.º total de docentes por grupo de recrutamento – 1 grupo 110

Resultados verificados

A mudança é a motivação fundamental de qualquer projecto. Não mudar apenas por

mudar, mas mudar com um fim, uma intenção. Trata-se de mudar quando existe

incomodidade, preocupação, atraso, quando existe a percepção de muitas pessoas que

algo não está bem e precisa de ser melhorado.

Eis as mudanças após a implementação do presente projecto:

Desmaterialização progressiva de múltiplas práticas e serviços, que passam de suporte de

papel para suporte digital;

Maior utilização dos recursos informáticos, tanto por alunos como por professores, como

ferramentas significativas de ensino e aprendizagem;

Adesão de uma parcela significativa de professores à plataforma de e-learning;

Consolidação do paradigma da Internet como fonte pertinente e significativa de

informação, ensino e aprendizagem;

Aumento do número de projectos elaborados no âmbito das TIC;

Maior dinamismo na formação de professores e pessoal a nível do agrupamento;


16

Aumento da taxa de utilização dos portáteis; Consolidação da ideia de que o computador

pode constituir uma excelente fonte de motivação e de interesse no sentido de melhorar

os padrões de comportamento e aprendizagem dos alunos do agrupamento.

Minimização dos condicionalismos resultantes da dispersão dos estabelecimentos de

ensino e isolamento das escolas de lugar único do Agrupamento.


Foi proposto a 90 Docentes do 1º Ciclo que preenchessem uma ficha de avaliação da

actividade, tendo-se obtido 86 questionários de resposta. O questionário foi construído

com questão fechadas visando os seguinte aspectos:

A utilização das TIC no desenvolvimento da actividade profissional… – Em que a média das

respostas recaiu no MUITO IMPORTANTE (3,5 numa escala de 1 a 4).

A utilização das TIC no desenvolvimento das competências dos alunos…- Em que a média

das respostas recaiu no IMPORTANTE (3,3 numa escala de 1 a 4).

O Apoio dos Prof. 1º Ciclo na Área das TIC… - Em que a média das respostas recaiu no

IMPORTANTE (3,3 numa escala de 1 a 4).

O Blogue como ferramenta de partilha…- Em que a média das respostas recaiu no

IMPORTANTE (3,1 numa escala de 1 a 4).

Edição do Telejornal Escolar…- Em que a média das respostas recaiu no IMPORTANTE (3,1

numa escala de 1 a 4).

Utilização do Telejornal como recurso pedagógico… - Em que a média das respostas recaiu

no IMPORTANTE (3 numa escala de 1 a 4).

Por fim foram ainda convidados a pronunciar-se, em formato de questão aberta, sobre o

seguinte aspecto:

Sugestões

Dos 84 professores inquiridos apenas 28 apresentaram sugestões. É de registar a opinião

mais referida que valoriza a continuidade do Projecto. Como segunda referência salienta-se

a necessidade de apetrechamento das escolas com recursos imprescindíveis para o

desenvolvimento de actividades no âmbito das Tecnologias de Informação e Comunicação.


17

Os professores referem ainda a importâncias de um apoio directo, em contexto sala de

aula, no âmbito das TIC, o que permite um carácter formativo no desenvolvimento deste

projecto.

A abrangência de todas as actividades para todas as escolas do 1º Ciclo é também um

aspecto referido por alguns professores.

3.1.3. (+) Conhecimento Introdução Pretendeu-se aumentar os resultados obtidos na avaliação interna e externa de Língua

Portuguesa e Matemática com este projecto qualificar uma parte do universo escolar,

promover o seu sucesso educativo e dotá-lo de ferramentas que contribuam para a sua

plena integração na sociedade contemporânea.

Ao contribuirmos para o desenvolvimento dos indivíduos intervencionados pelo TEIP,

pretende-se não só garantir a qualidade e universalidade da Educação, mas também evitar

a exclusão social e educacional. Assim, ao combater o insucesso, o abandono precoce, o

absentismo e a indisciplina e/ou violência estamos a formar cidadãos mais conscientes da

sua cidadania e da sua participação como agentes activos e integradores de uma sociedade

mais livre, mais justa e mais humana.

Matemática



18

- No ano lectivo 2009/2010 foram abrangidas pela modalidade de assessorias as turmas A e

B do sétimo ano, as turmas B e C do oitavo ano e turmas B e C do nono ano. A turma C do

oitavo ano e as duas turmas do nono ano usufruíram de assessorias desde o início do ano

lectivo. As restantes a partir do início de Fevereiro de dois mil e dez.

As turmas do 8ºA e do 9ºA, sendo turmas com bom aproveitamento escolar, não

usufruíram de assessorias. No entanto, alguns alunos do 8ºA beneficiaram de 45 minutos

semanais de apoio pedagógico. A turma do 9ºA teve também aulas de preparação para o

exame nacional de Matemática.

É também de referir que os alunos de 9ºano usufruíram de uma aula de 90 minutos

semanais de preparação para o exame de Matemática, no âmbito de Projecto Matemática?

Sou capaz!

O trabalho das docentes centrou-se na planificação de aulas e na sua consecução,

resultando daí um trabalho pedagógico de parceria, colaboração, articulação e avaliação.

Implementaram-se estratégias diversificadas que tinham como objectivo reforçar e

desenvolver as competências acima referidas.

As estratégias foram as seguintes:

- Elaboração de fichas informativas;

- Elaboração de fichas de trabalho;

- Realização de actividades de cálculo mental;

- Realização de actividades de trabalho de grupo;

- Realização de actividades de apoio individualizado.

As assessorias permitiram acompanhar mais individualmente os alunos que revelaram

dificuldades acentuadas na compreensão das matérias. Este acompanhamento também se

fez sentir na ajuda à realização das tarefas propostas na sala de aula, assim como na

supervisão, avaliação e controlo dos cadernos diários. Sempre que necessário,

implementou-se, ainda, a formação de pequenos grupos de trabalho, no sentido de

melhorar a participação e o empenho na realização das tarefas.

No acompanhamento da assessoria, teve-se em consideração a evolução da aprendizagem

dos alunos, sobretudo no que diz respeito à sua autonomia e auto-responsabilização neste

processo. A avaliação teve, por isso, a participação dos alunos nomeadamente na reflexão

por parte deles na gestão no tempo de estudo e de aprendizagem.



19

Resultados verificados

Evolução dos resultados académicos face ao diagnóstico inicial

Os resultados verificados no final do ano lectivo 2008/2009 e ao longo do ano lectivo

2009/2010 são apresentados na tabela que se segue.

Sucesso obtido (avaliação interna)

Ano Lectivo 2008/09 Ano Lectivo 2009/2010

3º Período 1º Período 2º Período 3º Período

7ºAno 75% 54% 61% 66%

8ºAno 70% 73% 64% 73%

9ºAno 83% 60% 57% 49%

Verificou-se um acentuado decréscimo na taxa de sucesso no 9º Ano. Este decréscimo fica

dever-se a uma comparação desfavorável com turmas de anos anteriores que

manifestamente eram diferentes do ponto de vista social e escolar. Dado o reduzido

universo, em análise, qualquer flutuação determina grandes variações.

Os restantes anos sofreram ligeiras alterações.

Posicionamento face às metas estabelecidas

Esta acção, (+) Conhecimento, no que diz respeito à disciplina de Matemática, tem como

metas a atingir, no final do ano lectivo 2010/2011, as seguintes:

- diminuir em 50% o número de alunos com níveis negativos no exame nacional de

Matemática;

diminuir em 50% o número de alunos com discrepância entre a avaliação interna e

externa nas duas disciplinas.

Nos dois últimos anos lectivos, a situação, relativa aos resultados no exame nacional de

Matemática, é a que se apresenta na tabela seguinte:

Níveis Ano Lectivo 2008/09 Ano Lectivo 2009/2010

Negativos (1 e 2) 25 alunos (69,4%) 34 alunos (65%)

Positivos (3, 4 e 5) 11 alunos (30,6%) 18 alunos (35%)

Total de alunos 36 alunos 52 alunos


20

Verificou-se uma diminuição ligeira da percentagem de resultados negativos. No entanto, o

valor está, ainda, longe da meta a atingir. Mais uma vez o limitado número alunos reforça o

peso das características individuais que influenciam definitivamente os resultados.

Relativamente à comparação entre a avaliação interna e externa, no 9º Ano de

escolaridade, apresenta-se a seguinte tabela:


Níveis Avaliação interna Avaliação externa

Avaliação interna Avaliação externa

1 0 alunos 4 alunos 0 alunos 4 alunos




5 2 alunos 1 aluno 5 alunos 6 alunos

No ano lectivo 2008/2009, verifica-se uma discrepância muito elevada entre a avaliação

interna e externa. Essa discrepância atenua-se significativamente no ano lectivo 2009/2010.

A escola, em sede de avaliação interna, foi mais rigorosa na aplicação dos critérios de

avaliação ajustando-a aos mecanismos exigidos pela avaliação.

Impacto das actividades

As novas práticas pedagógicas e organizacionais que as assessorias vieram proporcionar

visaram sobretudo: Momentos de diagnose; Preparação de material didáctico e de aulas,

em conjunto; Partilha de materiais e de experiências; Uma postura por parte dos docentes

e dos alunos mais consentânea com as actuais exigências do processo de

ensino/aprendizagem;

Um trabalho de equipa e de complementaridade; Optimização dos recursos humanos;

Articulação de trabalho entre professores a nível de planificação, organização, consecução,

metodologias, abordagens e avaliação; Implementação de atitudes e posturas que se

considerem pertinentes para a prática de um bom processo de docência e de

aprendizagem; Gestão flexível da aula e dos temas matemáticos do Novo Programa de

Matemática do Ensino Básico, no caso do 7ºAno.

Reajustamentos/ sugestões para o ano lectivo 2010/2011 -

Gestão de recursos

O professor assessor deve reforçar a sua actividade no trabalho individualizado dos alunos,


21

um diagnóstico mais fino das dificuldades dos mesmos e a preparação de estratégias e

actividades consentâneas com a evolução dos elementos da turma. O mesmo deverá

acontecer para os instrumentos de avaliação.

Organização das acções/actividades

Fortalecer, se possível, a relação entre os professores titular e o assessor, nomeadamente

no que se refere à planificação inicial, na articulação das medidas a tomar relativamente às

atitudes, comportamentos, posturas e responsabilidades na sala de aula.

Articulação dos vários intervenientes (professores, técnicos, outros)

Reforçar a articulação entre os alunos, professores, director de turma e encarregado de

educação no sentido de acompanhar os alunos durante o seu percurso escolar.


Formalmente não foi aferido o grau de satisfação dos diferentes elementos da comunidade

educativa relativamente às assessorias. No entanto, as opiniões dos alunos sempre foram

muito positivas e favoráveis à presença de outro professor na sala de aula. Também os

profissionais envolvidos manifestaram vantagens significativas tanto ao nível do

comportamento, atitudes e nas aprendizagens.

Relativamente a este ano lectivo, propõe-se que se dê continuidade à prática das

assessorias e aulas de apoio para as turmas que apresentam mais dificuldades de

aprendizagem.

Língua Portuguesa


As acções/actividades foram dirigidas sobretudo aos alunos e constaram de aulas de apoio

(à totalidade do 9º B), leccionadas pela professora assessora, e assessorias com a mesma

docente às turmas A e B do sétimo ano, A e C do oitavo e B do nono durante 90 minutos

semanais.

As actividades na sala de aula foram principalmente as seguintes:

Actividades de desenvolvimento das competências de leitura, compreensão oral e escrita,

expressão oral e escrita e funcionamento da língua, realização de guiões de leitura,

resolução de fichas de interpretação textual, desenvolvimento de leitura expressiva,

actividades de escrita criativa, debates com expressão e/ou argumentação de opiniões,

análise de fichas formativas e/ou informativas sobre o funcionamento da língua, aulas de


22

enriquecimento vocabular, resolução de fichas de compreensão/interpretação textual,

elaboração de sínteses e de resumos, actividades de escrita criativa, debates com

expressão/argumentação de ideias e de pontos de vista, análise de fichas de gramática nas

vertentes formativa e informativa, audição de textos diversificados, leitura e análise de

textos diversos.

Relativamente às actividades, os professores titulares articularam com os professores

assessores ao nível da planificação, da execução e gestão da aula, bem como nos

momentos de avaliação. Articularam-se atitudes, comportamentos, posturas e

responsabilidades na sala de aula e nos momentos de avaliação e planificação a assessora

contribuiu para as tais estratégias diferenciadas no contexto da turma e no contexto de

alguns alunos da turma.


Promoveu-se a articulação dos recursos endógenos: alunos, professores, directores de

turma, técnicos, professores-tutores, encarregados de educação e pais, no sentido de

acompanhar os alunos durante o seu percurso escolar. Esta articulação fez-se através das

cadernetas escolares, contactos presenciais e/ou telefónicos e relatórios sobre as

dificuldades dos discentes e a sua evolução na superação das mesmas. É de salientar que

todos os contactos levados a cabo tiveram como objectivo o desenvolvimento pessoal,

social e escolar dos alunos. Para isso, contribuiu também as presenças dos pais e dos

encarregados de educação nas reuniões de entrega de notas.

Impacto das actividades

O sucesso dos alunos foi muito positivo, uma vez que as turmas supramencionadas tiveram

resultados acima dos 80%, à excepção do 9º B que se ficou pelos 75%.

Quanto aos outros aspectos, absentismo e indisciplina, nada há a constar, na medida em

que isso não se verificou. Não houve casos de indisciplina, sendo o absentismo residual e

por motivos de força maior como, por exemplo, doença, estando estas faltas justificadas.

Esta acção (+) Conhecimento tem como metas a atingir, no final do ano lectivo 2010/2011,

as seguintes: diminuir em 50% o número de alunos com níveis negativos no exame nacional

de Língua Portuguesa e diminuir em 50% o número de alunos com discrepância entre a

avaliação interna e externa.

Os resultados verificados no final do ano lectivo 2008/2009 e ao longo do ano lectivo

2009/2010 são apresentados na tabela que se segue.


23

Sucesso obtido (avaliação interna)


3º Período (2)

1º Período (2)

2º Período (2)

3º Período (2)

7º Ano 64 Alunos (60 níveis positivos)

28 Alunos (19 níveis positivos)




45 Alunos 38 Níveis positivos)







2) Foram contabilizados os alunos avaliados com Satisfaz e Satisfaz Bem.

Verificou-se que houve uma melhoria significativa ao longo dos três períodos do ano de

2009/2010, havendo uma descida no segundo período relativamente ao primeiro. No que

diz respeito ao 3º período dos dois anos lectivos, é notório que os níveis de sucesso são, na

sua globalidade, idênticos.

Quanto à comparação entre a avaliação interna e externa, apresenta-se a seguinte tabela:


Níveis obtidos Avaliação Interna

(nº de alunos)

Avaliação Externa

(nº de alunos)

Avaliação Interna

(nº de alunos)

Avaliação Externa

(nº de alunos)

1 0 0 1 0

2 7 25 8 13

3 26 10 36 25

4 2 1 6 13

5 1 0 4 1

Nota: no ano de 2009/2010 foram avaliados internamente 55 alunos, tendo só comparecido

a exame 52.

No final deste ano lectivo a situação, relativa aos resultados no exame nacional de Língua

Portuguesa, é a que se apresenta na tabela seguinte:


24

Níveis obtidos Ano Lectivo 2008/09 Ano Lectivo 2009/2010

Negativos (1 e 2) 25 alunos (69.4%) 12 alunos (27.2%)

Positivos (3, 4 e 5) 11 alunos (30.5%) 32 alunos (72.7%)

Total de alunos 36 alunos 44 alunos Verificou-se uma diminuição significativa de alunos com resultado negativo na avaliação externa em ambos os anos lectivos, aumentando, por isso, a percentagem de níveis positivos. Novas práticas pedagógicas e organizacionais possibilitadas pela parceria

As novas práticas pedagógicas e organizacionais que as parcerias e/ou assessorias vieram

proporcionar visaram sobretudo: Momentos de diagnose; Preparação de material didáctico

e de aulas, em conjunto; Partilha de materiais e de experiências; Uma postura por parte

dos docentes e dos alunos mais consentânea com as actuais exigências do processo de

ensino/aprendizagem; Um trabalho de equipa e de complementaridade; Optimização dos

recursos humanos; Articulação de trabalho entre professores a nível de planificação,

organização, consecução, metodologias, abordagens, avaliação; Implementação de

atitudes e posturas que se considerem pertinentes para a prática de um bom processo de

docência e de aprendizagem; Gestão flexível da aula e dos conteúdos.

Em suma: pretende-se com todas estas práticas a agilização de toda o processo

didáctico/pedagógico que, naturalmente, tem como objectivo a melhoria significativa dos

resultados internos e externos dos alunos.

Reajustamentos organizacionais introduzidos em função da monitorização e/ou balanços

realizados.

Gestão de recursos

A professora assessora incidiu, essencialmente, a sua actividade no trabalho

individualizado dos alunos, o que permitiu um diagnóstico mais fino e pormenorizado das

dificuldades dos alunos e a preparação de estratégias e actividades consentâneas com a

evolução dos mesmos.

Ainda relativamente à assessoria, esta revelou-se uma mais-valia na elaboração dos

instrumentos de avaliação, uma vez que auxiliou o professor titular a que a fizesse com

mais justiça e justeza.

Organização das acções/actividades


25

Estabeleceram-se contactos entre os professores titulares e a professora assessora, sendo-

lhe dada a conhecer a planificação inicial, permitindo-lhe, eventualmente, intervir na

mesma, caso assim o julgasse pertinente.

Articularam-se atitudes, comportamentos, posturas e responsabilidades na sala de aula e

nos momentos de avaliação e planificação a assessora contribuiu para as tais estratégias

diferenciadas no contexto da turma e no contexto de alguns alunos da turma.

Articulação dos vários intervenientes (professores, técnicos, outros)

Promoveu-se a articulação entre os alunos, professores, directores de turma, técnicos

(sobretudo o serviço de psicologia), professores-tutores (fazendo tutoria, por exemplo, a 7

alunos do 7º ano), encarregados de educação e pais no sentido de acompanhar os alunos

durante o seu percurso escolar. Esta articulação fez-se através das cadernetas escolares,

contactos presenciais e/ou telefónicos e relatórios sobre as dificuldades dos discentes e a

sua evolução na superação das mesmas. É de salientar que todos os contactos levados a

cabo tiveram como objectivo o desenvolvimento pessoal, social e escolar dos alunos. Para

isso, contribuiu também as presenças dos pais e dos encarregados de educação nas

reuniões de entrega de notas.


Ainda não foi verificado de forma normalizada o grau de satisfação uma vez que o projecto

só terminará no corrente ano lectivo.

No entanto, as opiniões dos alunos sempre foram muito positivas e favoráveis à presença

de outro professor na sala de aula. Também os profissionais envolvidos manifestaram

vantagens significativas tanto ao nível do comportamento, atitudes e nas aprendizagens.

Relativamente a este ano lectivo, propõe-se que se dê continuidade à prática das

assessorias e aulas de apoio para as turmas que apresentam mais dificuldades de

aprendizagem.

Reajustamentos/sugestões para o ano lectivo de 2010/11

Relativamente ao 3º Ciclo, propõe-se a continuidade da prática das assessorias. No

entanto, sugere-se para os alunos mais necessitados do 7º C e das duas turmas do oitavo

ano. Esta proposta baseia-se na reduzida dimensão das turmas. Estas aulas de apoio

servem para maximizar a ajuda e o trabalho dos assessores.


26

3.1.4. (+)TURMA Introdução

Com este projecto (+ turma), pretende-se promover a qualidade das aprendizagens dos

alunos, o seu sucesso educativo; apoiar os alunos facilitando o desenvolvimento da sua

identidade, avaliando as suas capacidades, interesses, necessidades e competências;

promover a construção de um projecto pessoal e assegurar a igualdade de oportunidades a

nível do acesso e informação a todos.

Foram criados grupos de nível inclusivos nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática

no 5º ano de escolaridade. Os horários das turmas envolvidas foram elaborados de forma a

fazer coincidir os tempos das disciplinas de Língua Portuguesa e os de Matemática,

identificadas pela sua heterogeneidade. Após diagnóstico foram formados 3 grupos de

alunos em cada turma: os mais avançados, os alunos médios e os alunos mais fracos. Cada

um dos grupos formou, juntamente com os grupos equivalentes das outras duas turmas,

um grupo-turma para cada uma destas disciplinas. No final de cada período ou, sempre

que nas reuniões semanais na equipa considerou justificável, foi feita uma avaliação do

nível de desempenho de cada um dos alunos, podendo, cada um deles passar a integrar

outro grupo. Nos grupos-turma que apresentaram menores competências foram

implementados pares pedagógicos nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

Esta experiência foi devidamente divulgada e explicada aos encarregados de educação,

sendo, por eles aceite.

Inicialmente prevista para o 5º e 6º ano, esta actividade foi implementada apenas no 5º

ano.

No 6º ano, embora fossem realizadas várias reuniões para iniciar o projecto, os professores

concluíram que era muito tarde para formar grupos de nível, dada a proximidade das

provas de aferição, a dificuldade em informar os pais de uma experiência que não iria ter

continuidade no ano lectivo seguinte e da resistência dos professores em abraçar o

projecto, dado todo o trabalho já realizado, desde o início do lectivo, pelos professores de

cada uma das turmas. Neste sentido achou-se preferível por assessorias em um dos blocos

semanais em 3 turmas do 6º ano.


Matemática


27

Esta actividade beneficiou os alunos de 3 turmas de 5ºano (J, L e M), por indicação dos respectivos professores titulares da disciplina de Matemática. Os alunos foram agrupados em 3 grupos de nível, de acordo com o maior ou menor grau de dificuldade que demonstravam na aprendizagem. No grupo de nível I estavam incluídos os alunos com mais dificuldades de aprendizagem, no grupo de nível II os alunos com dificuldades intermédias e no grupo de nível III, os alunos com menores dificuldades. A permanência temporária era possível desde que os alunos demonstrassem uma melhoria no seu sucesso escolar, transitando para um nível superior (no início do 3ºperíodo transitaram 2 alunos do nível para o nível II e 1 aluno do nível II para o nível III). O contrário não se verificou. No 3ºperíodo: a turma de nível I tinha 22 alunos; a turma de nível II tinha 20 alunos e a turma de nível III tinha 21 alunos. Evolução dos resultados académicos A “+TURMA” por razões técnicas não começou no início do ano lectivo, mas apenas em Março. Neste momento verificou-se o inconveniente de uma das turmas ter menos 10 aulas leccionadas do que as outras duas. Os resultados académicos finais foram bons. Houve apenas no grupo de nível I, 7 alunos com níveis negativos a matemática, 6 dos quais possuem adaptações curriculares com apoio do professor do 1ºciclo (32% de insucesso escolar). No grupo de nível II apenas 1 aluno obteve nível 2 (5% insucesso escolar). As metas das turmas são as registadas no quadro. Penso que é muito positivo o resultado, apesar de na turma L não ter sido atingida a meta. Houve assessorias na turma de nível I. Esta estratégia foi muito positiva. A professora titular teve a acompanhá-la duas professoras assessoras. As três professoras reuniam-se semanalmente para trocarem impressões sobre as aulas e prepararem os materiais necessários. Este trabalho de equipa e de co-docência foi muito profícuo.

Turmas Avaliação diagnóstica (Níveis negativos)

Avaliação no final do ano

(Níveis negativos)

Meta (diminuição de níveis negativos

25%) 5ªJ 20% 0% Atingiu 5ºL 40% 25% A meta era 25%

Diminuiu apenas 15% 5ºM 50% 15% Superou a meta

Diminuiu 35%


28

Grupo Turma

Avaliação final (Níveis 2)

Avaliação no final

(Níveis 3)

Avaliação no final (Niveis 4)

Avaliação no final (Níveis 5)

Nível 1 22 alunos

32% 68%

Nível 2 20 alunos

5% 75% 20%

Nível 3 21 alunos

76% 24%

Para além dos resultados terem sido bastante positivos, a motivação de os alunos poderem subir para o grupo de nível superior é muito estimulante, desafiando-os de uma forma muito positiva. Para o próximo ano lectivo (2010/11): - Estão propostos: 4 alunos para transitarem do nível I para o nível II; 2 alunos para transitarem do nível I para o nível III. (As mudanças de nível terão que ser cuidadosas, para que os grupos fiquem com um nº equilibrado de alunos). - Os professores envolvidos acham que deverá continuar a haver reuniões de 45minutos semanais, assim como nas aulas de estudo acompanhado deverão continuar as turmas de nível leccionadas pelo professor de matemática.

Língua portuguesa

Pretendeu-se diversificar as metodologias de acordo com as competências evidenciadas

por grupos de alunos, partindo das suas reais capacidades e conhecimentos. Organizar o

currículo de forma a que os alunos pudessem ultrapassar dificuldades. Promover a auto-

estima e a vontade de superar dificuldades.

Treinar, repetidamente, os conteúdos leccionados para que sejam interiorizados; Não

valorizar, em excesso, os trabalhos de casa; Valorizar as atitudes positivas e “ignorar” as

menos correctas, assumindo-as como resultado de um acto imprevisto, que não se

repetirá; Valorizar as intervenções assertivas e que demonstram conhecimentos; Auxílio

na escrita e na organização; Apoio individualizado de acordo com as necessidades e

limitações de cada aluno; Solicitar uma maior participação na sala de aula, oralmente;

Adequações curriculares e de avaliação individuais; Concretização de um trabalho com

ritmos e metodologias diferenciadas; Utilização do reforço social.


29

RECURSOS MOBILIZADOS

Houve uma articulação entre os alunos, professores, directores de turma, técnicos

(sobretudo o serviço de psicologia e orientação), professores-tutores, encarregados de

educação / pais no sentido de acompanhar os alunos no seu percurso escolar. No grupo-

turma do nível mais baixo as aulas foram dadas por pares pedagógicos.

A nível de sala de aula: Fichas de trabalho com os conteúdos gramaticais; Fichas de

trabalho de compreensão/interpretação de textos; Fichas de leitura; Actas e relatórios das

actividades desenvolvidas; Biblioteca escolar.

IMPACTO DAS ACÇÕES

As assessorias decorreram satisfatoriamente, tendo implicado um maior esforço no

trabalho em equipa das docentes responsáveis e contribuindo também para um ensino

mais efectivo das aprendizagens.

As docentes consideram que os alunos mostraram maior motivação no seu percurso de

aprendizagem ao estarem incluídos num grupo de pares que possuem dificuldades e

competências idênticas, ganharam mais autonomia e demonstraram um maior empenho

nas actividades.

É de referir que o comportamento individual e global da turma (grupo III) foi bastante bom

e alunos que, frequentemente, eram considerados perturbadores, inseridos nestes grupos

deixaram de o ser assumindo, normalmente, uma atitude activa perante as propostas de

trabalho apresentadas.

GRAUS DE SATISFAÇÃO

Considera-se que este projecto (+) Turma foi francamente positivo, pois revelou-se

adequado para o sucesso dos alunos, embora em níveis e qualidades diferentes. Todos os

alunos transitaram para o 6º ano.

REAJUSTAMENTOS/SUGESTÕES PARA O ANO DE 2010/2011

As docentes consideram que este projecto deve continuar no próximo ano lectivo,

podendo, mesmo ser alargado a outras turmas.

Ao nível do trabalho docente, é de referir que este projecto implica um maior trabalho

individual e de equipa, daí que as docentes proponham que lhes seja alargado o tempo

destinado ao trabalho individual, assim como, anexar um bloco de 45 minutos do trabalho

de escola para as reuniões de equipa da + turma. Mais ainda, o grupo I e II, deve ter mais


30

90 minutos de aula semanal, pois o primeiro grupo é constituído por mais de 30% de

alunos com necessidades educativas individuais, e os restantes alunos do mesmo grupo

revelam enormes dificuldades ao nível da leitura e escrita, para que se possam desenvolver

conhecimentos e competências estruturantes e, ao mesmo tempo, leccionar os conteúdos

previstos, torna-se necessário aumentar o número de aulas semanais. O grupo II não revela

o mesmo grau de dificuldades mas, na generalidade, demonstram dificuldades ao nível da

escrita que o tempo solicitado seria favorável no trabalho desta competência.

Assessorias 6º ano

Dado que foi decidido que no 6º ano de escolaridade não foi possível a efecticação do

projecto +turma, pelos motivos apontados anteriormente, o mesmo número de turmas

tiveram um professor assessor.

Com este projecto pretende-se promover a qualidade das aprendizagens dos alunos, o seu

sucesso educativo; apoiar os alunos facilitando o desenvolvimento da sua identidade,

avaliando as suas capacidades, interesses, necessidades e competências; promover a

construção de um projecto pessoal e assegurar a igualdade de oportunidades a nível do

acesso e informação a todos

ACÇÕES/ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS DIRIGIDAS A ALUNOS, DOCENTES,

ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

As acções/actividades foram dirigidas sobretudo aos alunos e constaram de:

aulas de Apoio Pedagógico Acrescido;

assessorias com uma docente às turmas D, H e L do 6º ano (um bloco semanal de

90 minutos).

As actividades na sala de aula foram principalmente as seguintes:

ensino individualizado na sala de aula;

acompanhamento dos alunos referenciados com problemas de aprendizagem;

um maior acompanhamento dos alunos com comportamentos perturbadores;

maior envolvimento dos alunos nas actividades propostas;

treinar exercícios de aplicação.

RECURSOS MOBILIZADOS


31

Houve uma articulação entre os alunos, professores, directores de turma, técnicos

(sobretudo o serviço de psicologia e orientação), professores-tutores, encarregados de

educação / pais no sentido de acompanhar os alunos no seu percurso escolar.

A nível de sala de aula:

Fichas de trabalho com os conteúdos gramaticais;

Fichas de trabalho de compreensão/interpretação de textos;

Fichas de leitura.

IMPACTO DAS ACÇÕES

Apesar dos recursos disponibilizados pelo TEIP terem sido implementadas tardiamente, as

metas foram superadas quer a nível interno, quer a nível externo, à excepção das

propostas para o nível A.

Verificou-se que as assessorias surtiram efeito nas turmas que delas usufruíram como se

pode inferir dos resultados obtidos. Apesar da desmotivação inicial por parte dos alunos,

verificou-se sucesso devido ao trabalho em parceria e a todas as estratégias utilizadas pelas

assessoras e professores titulares.

GRAUS DE SATISFAÇÃO

Quanto ao balanço final de implementação do projecto que teve o seu início em Janeiro de

2010, as docentes Inês Russo (6º D), Guiomar Carmo (6º H) e Olga Barros (6º L) com a

assessoria da professora Cristina Castelo, num bloco de noventa minutos semanais,

consideram que este foi positivo na medida em que se verificou uma melhoria significativa

dos resultados, no final do ano lectivo, em todas as turmas envolvidas (todos os alunos

foram aprovados).

REAJUSTAMENTOS/SUGESTÕES PARA O ANO DE 2010/2011

Concluiu-se que a presença de mais uma docente foi benéfica para os alunos em geral, pelo que esta experiência poderá servir no próximo ano lectivo nesta configuração ou integrada no pprojeco +turma. 3.2. Acções de Regulação do Clima Escolar e Gestão de Percursos Escolares dos Alunos

No âmbito da elaboração do Projecto Excelência (+) Cidadania (+) constatou-se a existência

de uma situação problema identificada como sendo a existência de défices a nível de


32

cidadania responsável e participada, por parte da comunidade discente, facto este

reflectido em níveis relevantes de indisciplina, absentismo e abandono escolar.

Desta forma, numa perspectiva transversal, os objectivos desta Acção prendem-se com a

promoção de uma cidadania responsável e participada, a prevenção de casos de

indisciplina escolar, do absentismo, mantendo nulas as taxas de abandono escolar no 3.º

CEB e intervir de forma diferenciada em situações que envolvam alunos em risco;

Assim, a implementação de acções que visassem a regulação do clima escolar e a gestão de

percursos diferenciados justificava-se tendo em conta os níveis consideráveis de casos de

indisciplina escolar, sobretudo por parte de alguns alunos institucionalizados, de alunos

integrados nos Cef’s e de alunos de risco psico-pedagógico e social, bem como devido ao

número elevado de sinalizações para o SPO, com a identificação de alunos considerados

em risco e /ou que apresentavam défices a nível psico-pedagógico e social, o mesmo se

verificando em relação aos encaminhamentos efectuados para o Gabinete de Apoio ao

Aluno, no qual foi promovida uma intervenção diferenciada e integradora de alunos em

risco, sendo por todos estes factos necessária a concretização de uma estratégia preventiva

no âmbito da cidadania, do absentismo, do insucesso e abandono escolar.

Face à situação problema acima identificada, no âmbito da Excelência (+) Cidadania(+)

promoveu-se o desenvolvimento de uma actividade designada como (+)Apoiar na qual foi

desenvolvido um Programa Tutorial, que visava o acompanhamento de alunos com

problemas comportamentais por professores/técnicos, sendo este promovido em estreita

articulação com a implementação um Clube de Competências Pessoais e Sociais

desenvolvido junto de alunos que apresentavam défices nestes domínios e ainda a

constituição de um núcleo de mediação de conflitos operacionalizado junto de alunos que

apresentem comportamento de indisciplina escolar.

Ainda neste domínio, promoveu-se o desenvolvimento uma actividade designada como

(+)Intervir, que visa o acompanhamento psicopedagógico, a alunos dos diferentes níveis de

educação e ensino, bem como a operacionalizado de um conjunto de actividades que

envolveram o acompanhamento e orientação vocacional a alunos de 9º ano de

escolaridade, do ensino regular e a alunos de anos terminais dos cursos Cef’s.

Destaca-se ainda a actividade (+)Proteger que visa a concretização de estratégias de

mitigação das taxas de absentismo e abandono escolar no 2º e 3.º CEB.


33

Prevenção de Comportamentos de Risco e Regulação da Disciplina

3.2.1. (+) Apoiar_Mediação de Conflitos

Introdução

No âmbito do Projecto Excelência(+) Cidadania(+), esteve previsto o desenvolvimento de

uma actividade designada como (+)Apoiar, que visava a constituição de um núcleo de

mediação de conflitos a desenvolver junto de alunos que apresentem défices nestes

domínios.

Objectivos

- Intervenção de forma diferenciada em situações que envolvam alunos em risco.

Enquadramento da Actividade

O núcleo de mediação de conflitos, desenvolveu-se no Gabinete de Apoio ao Aluno (GAA)

e, quando necessário, em qualquer local do meio escolar. Desta forma, sempre que

emergia uma ocorrência disciplinar, o elemento da comunidade escolar participante,

preenchia um documento de “Participação de Ocorrência1”.

Consecutivamente, os alunos envolvidos eram encaminhados para o GAA por um

funcionário, sendo ouvidos pelo professor tutor que se encontrava no Gabinete, dando

início ao preenchimento do documento “Ocorrência Disciplinar2”, com o intuito de que o

aluno tomasse consciência da sua atitude perturbadora e que sugerisse estratégias de

alteração do seu comportamento.

Seguidamente, o professor tutor analisava, juntamente com o aluno, o documento que

este preencheu e tomava uma decisão3, mediante a gravidade da situação. Se fosse

solicitada a coadjuvância de algum técnico que se encontrava no Gabinete, ou que fosse

tutor desse aluno, a decisão poderia ser tomada em conjunto.

A ocorrência era comunicada ao Director de Turma e, se necessário, ao Encarregado de

Educação, mediante a sua gravidade, ocorrendo em seguida todos os trâmites inerentes ao

processo do aluno, de acordo com o estipulado no Estatuto do Aluno, bem, como no

Regulamento Interno do AE Diogo Cão.

Balanço/Conclusão da Actividade


34


Situação de Partida Situação Actual

Total de Ocorrências Disciplinares Total de Ocorrências Disciplinares

315 282

Tabela n.º 1- Total de Ocorrências Disciplinares

Total Referenciações GAA = 282

KPSA

K_VARIOS

K_VIOLENTO

MDS

MDC

MC

MC_ABS

2ºCiclo

86

12

6

10

.

3

.

3ºCiclo

11

3

2

11

3

.

.

3ºCiclo (CEF)

46

14

11

8

35

15

6

Tabela n.º2 – Total de Referenciações do GAA, ano lectivo 2009/2010

De acordo com a tabela acima indicada, pode-se referir que existiram 282 referenciações,

no Gabinete de Apoio ao Aluno.

Relativamente ao 2ºciclo, podemos verificar que 86 referenciações tiveram origem em

Comportamentos Perturbadores de Sala de Aula (KPSA), 12 foram de Comportamentos

Vários (K_Vários) e 6 de Comportamentos Violentos (K_Violentos). No que diz respeito, a


35

Medidas Disciplinares Sancionatórias (MDS), no 2ºCiclo foram registadas 10, não havendo

registo de Medidas Disciplinares Correctivas (MDC). No entanto, registaram-se 3 Medidas

Correctivas (MC) aplicadas por decisão do Conselho de Turma, não se verificando registos

de Medidas Correctivas por Absentismo (MC_ABS).

Relativamente ao 3ºciclo, podemos observar que foram registados 11 Comportamentos

Perturbadores de Sala de Aula (KPSA), 3 Comportamentos Vários (K_Vários), e 2

Comportamentos Violentos (K_Violentos). No que concerne a Medidas Disciplinares

Sancionatórias (MDS) registaram-se 11 no 3ºciclo e 3 Medidas Disciplinares Correctivas

(MDC). Não foram registadas Medidas Correctivas (MC), nem Medidas Correctivas por

Absentismo (MC_ABS) por decisão de Conselho de Turma.

Por último, no que diz respeito ao 3ºCiclo_Turmas CEF, foram registadas 46 referenciações,

originárias de Comportamentos Perturbadores de Sala de Aula (KPSA), 14 de

Comportamentos Vários (K_Vários) e 11 de Comportamentos Violentos (K_Violentos).

Relativamente às Medidas Disciplinares Sancionatórias (MDS), foram registadas 8 medidas

deste tipo e 35 Medidas Disciplinares Correctivas (MDC). Por fim, há o registo de 15

Medidas Correctivas (MC) aplicadas por decisão de Conselho de Turma e 6 Medidas

Correctivas por Absentismo (MC_ABS).

Desta forma, em termos globais, e no que se refere ao 2ºciclo observa-se um registo maior

de ocorrências de comportamentos perturbadores da sala de aula, o que poderá estar

relacionado com o facto de estes alunos vivenciarem um novo processo de adaptação à

Ocorrências Disciplinares

1º Período 2º Período 3º Período

KPSA

K_ vários

K. viol.

MDS

MDC

MC

MC_Abs

KPSA

K_ vários

K. Viol

MDS

MDC MC

MC_

Abs

KPSA

K_ vários

K. viol

MDS

MDC

MC

MC_

Abs

2ºCiclo

15

.

.

.

.

.

.

46

4

.

.

.

.

.

26

.

2

5

.

1

.

3ºCiclo

1

.

.

.

.

.

.

5

.

2

11

.

.

.

5

3

.

.

3

.

.

3ºCiclo (turmas CEF)

12

1

3

2

.

3

.

24

6

8

6

35

3

3

12

9

.

2

.

9

3


36

dinâmica da escola, sendo que em relação ao 3ºCiclo_Regular registou-se um menor

número de ocorrências disciplinares, no entanto o 3ºCiclo_Turmas_CEF apresenta registos

de MDC mais elevados, o que poderá estar relacionado, com o facto de estes alunos

estarem integrados em dinâmicas familiares desestruturadas, bem como devido à

existência de um percurso escolar de repetidas retenções, com consequente abaixamento

das expectativas e investimento face ao contexto de ensino-aprendizagem.

Relativamente à tabela n.º 3, verificam-se diferenças, no que concerne ao número de

ocorrências disciplinares, entre os três períodos escolares.

Assim, pode-se verificar que no 1º Período, o 2ºCiclo registou 15 ocorrências de

Comportamento Perturbador na Sala de Aula. No 2º Período, registaram-se 46 ocorrências

de Comportamentos Perturbadores de Sala de Aula e 4 ocorrências de Comportamentos

Vários. No 3º Período, houve um registo de 26 ocorrências de Comportamento Perturbador

de Sala de Aula, 2 de Comportamento Violento, 5 Medidas Disciplinares Sancionatórias

(MDS) e 1 Medida Correctiva aplicada por decisão do Conselho de Turma.

No que concerne ao 3ºciclo, no 1º Período, registou-se apenas 1 ocorrência de

Comportamento Perturbador de Sala de Aula. No 2º Período, registaram-se 5 ocorrências

de Comportamento Perturbador de Sala de Aula, 2 de Comportamentos Violentos e 11

Medidas Disciplinares Sancionatórias. Quanto ao 3º Período, houve um registo de 5

ocorrências de Comportamento Perturbador de Sala de Aula, 3 de Comportamentos Vários

e 3 Medidas Disciplinares Correctivas.

Relativamente ao 3ºCiclo_Turmas_CEF, no 1º Período, é possível observar 12 ocorrências

de Comportamentos Perturbadores de Sala de Aula, 1 de Comportamentos Vários, 3 de

Comportamentos Violentos, 2 Medidas Disciplinares Sancionatórias e 3 Medidas

Correctivas. No 2º Período, registaram-se 24 Comportamentos Perturbadores de Sala de

Aula, 6 Comportamentos Vários e 8 Comportamentos Violentos. Quanto a Medidas

Disciplinares, há 6 registos de Medidas Disciplinares Sancionatórias, 35 de Medidas

Disciplinares Correctivas, 3 Medidas Correctivas e 3 Medidas Correctivas por Absentismo.

Por último, no 3º Período, registaram-se 12 ocorrências de Comportamento Perturbadores

de Sala de Aula, 9 Comportamentos Vários, 2 Medidas Disciplinares Sancionatórias, 9

Medidas Correctivas e 3 Medidas Correctivas por Absentismo.


37

Um aspecto relevante de análise prendesse com o facto de, no que diz respeito ao

2ºPeríodo, podemos referir que existiu um maior registo de ocorrências disciplinares em

todos os ciclos, sendo que tal facto poderá estar relacionado com a divulgação e tomada de

conhecimento do funcionamento do GAA, por toda a comunidade escolar (professores,

auxiliares, entre outros).

Reflectimos ainda que, de um modo geral, no 3ºPeríodo existiu uma diminuição acentuada

dos registos de ocorrências disciplinares, sendo que tais resultados podem estar associados

à implementação do Programa de Acompanhamento Tutorial.

Em jeito de conclusão, no que concerne ao núcleo de mediação de conflitos, integrado na

actividade (+) Apoiar, registou na totalidade 282 ocorrências, sendo a esmagadora maioria

por comportamentos perturbadores na sala de aula e outros comportamentos (77%),

existindo uma incidência muito menor no que diz respeito a comportamentos violentos,

sendo que um número residual redundou na aplicação de medidas Disciplinares

Correctivas ou Medidas Disciplinares Sancionatórias (33%).

É de salientar que cerca de 80% dos alunos só têm 1ou 2 ocorrências, pelo que se considera

que esta actividade tem contribuído para a diminuição do nº de ocorrências, sendo que

apenas 20% (14 alunos) mantêm um registo disciplinar considerado significativo.

Assim, no que concerne ao balanço desta actividade e concretamente no que se refere à

sua meta em diminuir em 50% o número de alunos com ocorrências disciplinares (50

alunos), esta foi totalmente atingida, pois dos 82 alunos intervencionados pelo GAA,

apenas 15 alunos têm ocorrências disciplinares significativas, sendo que os restantes

apenas se constituem como situações de carácter pontual, e cuja participação se constituiu

como uma medida sancionatória relativamente ao comportamento algo perturbador em

contexto de sala de aula.

Relativamente à diminuição em 25 % as ocorrências disciplinares registadas no ano lectivo

anterior, a meta preconizada não foi atingida dado o facto de do ano lectivo anterior se

terem registado um numero de participações inferior, sendo este facto justificado, não

pelo aumento da indisciplina no contexto escolar, mas sim devido ao facto de, no presente

ano lectivo, face ao anterior, o Gabinete de Apoio ao Aluno se ter, efectivamente

constituído como um suporte funcional à comunidade escolar para a resolução deste tipo

de problemáticas, pelo que existiu assim uma sobre referenciação de casos que, no ano


38

lectivo anterior, eram solucionados por outras interlocutores e consequentemente o seu

registo efectivo não era devidamente documentado.

Reajustamentos e Sugestões

No próximo ano lectivo, considera-se importante, que haja uma maior oferta de formação

para professores, de forma a dar resposta para a resolução de conflitos na sala de aula, o

que poderá originar uma diminuição das sinalizações para o GAA, uma vez que foi possível

constatar que o maior número de ocorrências teve registo em contexto de sala de aula.

3.2.2. (+) Apoiar_Clube de Competências Pessoais e Sociais

Introdução

No âmbito do Projecto Excelência (+) Cidadania (+), promoveu-se o desenvolvimento de

uma actividade designada como (+) Apoiar, que visava na sua dinamização a

implementação de um Clube de Competências Pessoais e Sociais (CCPS) junto de alunos da

escola sede, que apresentassem défices a nível das referidas competências.

Objectivos

- Intervenção de forma diferenciada em situações que envolvam alunos em risco e

promoção de competências pessoais e sociais nos alunos referidos.


No que concerne ao Clube de Competências Pessoais e Sociais esta actividade abrangeu

alunos dos vários Cursos de Educação e Formação de Jovens, nomeadamente: Electrónica

de Manutenção I e II, Informática, Marcenaria, Acção Social e Costura.


39

Gráfico n.º 1: Cursos de Educação e Formação abrangidos pelo CCPS

As sessões foram realizadas em grupo, durante o horário escolar dos alunos e em contexto

de sala de aula (blocos de 45 minutos), semanalmente, sendo que todas as sessões foram

atempadamente planeadas e acompanhadas de um registo de presenças4.

Os conteúdos tiveram como objectivo o desenvolvimento de competências fulcrais no

relacionamento interpessoal, bem como a consciencialização sobre alguns temas sociais.

Neste sentido, considerou-se importante abordar os temas: auto-estima, competências

pessoais e sociais, estilos comportamentais, comunicação assertiva, gestão de conflitos,

violência no namoro, bullying e treino de competências. Durante o decorrer da actividade

há uma preocupação constante em utilizar técnicas diversificadas, nomeadamente o

brainstorming, role-play e casos práticos que envolvam a resolução de problemas do dia-a-

dia.

Balanço/Conclusão da Actividade


Situação de Partida Situação Actual

Total de alunos Total de alunos


40

Como se pode verificar na tabela acima mencionada, no ano lectivo anterior forma

integrados 68 alunos no Clube de Competências Pessoais e Sociais. Desses 68 alunos, 31

frequentam o 1ºano do Curso de Educação e Formação, e 37 frequentam o 2ºano.

40 68

Alunos abrangidos pelo Clube de Competências Pessoais e Sociais

Total: 68

ABS.

AT

Nº

A

T

SPO

OD

MDC/MDS

Sucess

o

N

1ºD

1ºE

1ºF

2ºD

2ºE

2ºF

15

59

3

1º

D

1ºE

1ºF

2ºD

2ºE

2ºF

1º

D

1ºE

1ºF

2ºD

2ºE

2ºF

1º 2º

4

4

6

.

.

2

3

6

8

3

4

3

.

2

6

.

2

.

64 31 37

TToottaall

16

27

10


41

No que diz respeito ao absentismo, terão sido sinalizados 16 alunos no total, sendo 4 do

1ºD, 4 do 1ºE, 6 do 1ºF e 2 do 2ºF. De todos os alunos envolvidos neste Clube, 15 são

abrangidos pelo programa tutorial individual, tendo sido efectuadas 60 sessões pela equipa

técnica.

Dos alunos que frequentam o Clube, apenas 3 foram referenciados para o Serviço de

Psicologia e Orientação (SPO).

Ainda no que diz respeito ao Clube de Competências, pode-se observar na tabela n.º2, o

número de sessões efectuadas em cada turma.

Nº de Sessões do Clube de Competências Pessoais e Sociais Total: 67

1ºD

1ºE

1ºF

2ºD

2ºE

2ºF

14

11

14

9

9

10

Tabela 2 – (+) Apoiar: Nº de Sessões do CCPS

Mediante a tabela acima descrita, pode-se visualizar que na turma do 1ºD e 1ºF os alunos

tiveram 14 sessões do Clube de Competências Pessoais e Socais. O 1ºE teve 11 sessões; o

2ºD e 2ºE 9 sessões; e, por último, o 2ºF beneficiou de 10 sessões.


Situação de partida Situação actual


42

Ano de

escolaridad

e

Total

de

aluno

s

Ocorrências

disciplinare

s

Aluno

s

Total

de

aluno

s

Ocorrências

disciplinare

s

Aluno

s

Alunos

Tutorado

s

3ºCiclo

(CEF)

81

225

20

73

62

31

15

3ºCiclo

(CEF-CCPS)

.

.

.

68

56

27

15

Tabela 3- (+) Apoiar: Ocorrências Disciplinares

Ao longo do ano lectivo verificou-se que o referido Clube de Competências surtiu algum

efeito nos alunos dos Cursos de Educação e Formação, uma vez que se verifica uma

diminuição do número de ocorrências disciplinares no ano lectivo 2009/2010 (tabela n.º3).

Como se pode observar na tabela nº3, no ano lectivo de 2008/2009, o número de alunos

que frequentava os CEF, era de 81, e o número de ocorrências disciplinares era de 225,

envolvendo 20 alunos. No entanto, nesse ano lectivo, os referidos alunos não foram

abrangidos pelo CCPS.

No ano lectivo de 2009/2010, o número total de alunos dos cursos CEF foi de 73, contudo

só 68 é que frequentaram o Clube de Competências. No que diz respeito às ocorrências

disciplinares, estas terão sido 62, efectuadas por 31 alunos, sendo 15 desses alunos sido

referenciados para o acompanhamento tutorial. Ainda relativamente às ocorrências

disciplinares, 56 terão abrangido 27 alunos inscritos no Clube de Competências Pessoais e

Sociais. Destes 27 alunos, 15 terão sido referenciados para acompanhamento tutorial.

Como ainda é possível verificar na tabela nº1, dessas 27 OD, 3 envolveram alunos do 1ºD, 6

alunos do 1ºE, 8 alunos do 1ºF, 3 alunos do 2ºD, 4 alunos do 2ºE e, por último, 3 alunos do

2ºF. Dessas OD, 10 deram origem a MDC (Medidas Disciplinares Correctivas) e a MDS

(Medidas Disciplinares Sancionatórias), sendo elas 2 no 1ºE, 6 no 1ºF e 2 no 2ºE.

No que diz respeito ao sucesso escolar dos alunos, dos 68 inscritos no Clube de

Competências, apenas 4 alunos não tiveram sucesso escolar. Mediante estes resultados e a

adesão significativa por parte dos alunos relativamente ao CCPS, salienta-se a continuidade

do mesmo, sendo portanto uma mais-valia para os alunos.


43

Assim, em jeito de conclusão no que diz respeito ao abranger por um Clube de

Competências Pessoais e Sociais na Escola Sede do AE Diogo Cão, esta meta encontra-se

superada, pois tal como é possível a mesma englobou um total de 62 alunos, sendo que de

um modo geral, se afirma que a adesão ao Clube de Competências Pessoais e Sociais foi

positiva, verificando-se um decréscimo do numero de participações de ocorrências

disciplinares junto destes alunos.


No próximo ano lectivo, considera-se importante a continuidade do Clube de

Competências Pessoais e Sociais, bem como a alteração de alguns procedimentos, de modo

a despertar o interesse dos alunos para o Clube, como por exemplo, a criação de uma mesa

redonda (mensal) com temas sugeridos pelos alunos, ou propostos pela equipa.

Consideramos que seria fulcral a dinamização de pequenas actividades relativas à

comemoração dos Dias Mundiais e ainda a constituição de um grupo de teatro, de modo a

consciencializar os alunos para a promoção de competências pessoais e sociais.

Propõe-se ainda que cada turma seja constituída por pequenos grupos de trabalho, de

modo a rentabilizar os objectivos da sessão.

3.2.3 .(+) Proteger

Introdução

No âmbito do Projecto Excelência(+) Cidadania(+), está prevista a operacionalização da

actividade (+)Proteger que visou, no ano lectivo 2009/2010, a criação de uma equipa

multidisciplinar que, em colaboração com os directores de turma, visando a concretização

de estratégias de mitigação das taxas de absentismo e abandono escolar.

Objectivos

- Diminuir as taxas de absentismo e as taxas de abandono escolar;


44


A operacionalização da actividade (+) Proteger previu a criação de uma equipa

multidisciplinar que, em colaboração com os directores de turma, e os encarregados de

educação visou a concretização de estratégias de mitigação das taxas de absentismo e

abandono escolar.

Desta forma, e como primeiro objectivo desta equipa, procurou-se efectuar o

levantamento dos alunos cujo comportamento configurasse um quadro de absentismo

escolar. Após isto, e por solicitação dos Directores de Turma, sempre que um destes

alunos, identificados com um quadro de absentismo escolar significativo, se encontra a

faltar o professor responsável pela disciplina à qual o aluno se encontra a faltar, promove

uma comunicação da falta de comparência do aluno na sala de aula deste facto ao

Gabinete de Apoio ao Aluno.

Após a referida sinalização, os professores tutores efectuam as diligências consideradas

necessárias, nomeadamente o contacto com os encarregados de educação, ou com outras

estruturas consideradas necessárias, de forma a averiguar o motivo da falta de

comparência do aluno, com o objectivo de que o mesmo ponha cobro a esta situação do

menor curto de espaço de tempo possível, sendo que das diligências efectuadas, é dado

conhecimento, em documento próprio, ao Director de Turma do aluno, para que este

possa adoptar medidas pedagógicas complementares que considere necessárias.

Total de alunos sinalizados=34

Total Tutorias SPO Sucesso Insucesso

2ºCiclo 4 1 2 4 .

3ºCiclo 3 2 1 2 1

3ºCiclo (CEF) 27 10 1 23 3

Tabela n.º2 – (+) Proteger: Alunos Sinalizados com absentismo Escolar

De acordo com os dados apresentados na tabela n.º2, observa-se que houve 34 alunos

sinalizados por absentismo.


45

No que diz respeito ao 2ºCiclo, foram sinalizados 4 alunos, sendo que 1 deles estava a ser

acompanhado pelo programa tutorial e 2 pelo Serviço de Psicologia e Orientação (SPO).

Relativamente ao sucesso escolar, 4 alunos conseguiram alcançá-lo.

Quanto ao 3ºCiclo, foram sinalizados 3 alunos, sendo que 2 beneficiaram do programa de

acompanhamento tutorial e 1 do SPO. Destes 3 alunos, 2 obtiveram sucesso e um outro

não o atingiu.

No que concerne ao 3ºCiclo (CEF), houve um registo de 27 alunos, encontrando-se 10 em

acompanhamento tutorial e 1 em acompanhamento pelo SPO. Verifica-se, ainda, que 23

desses alunos obtiveram sucesso, contudo, 3 não o alcançaram.

Gráfico n.º1 – Total de faltas registadas no ano Lectivo 2009/2010

Como é possível observar pelo gráfico n.º1, existe um total de 2757 faltas registadas ao

longo do ano lectivo, praticadas pelos alunos sinalizados com absentismo escolar. No que

concerne ao 2º ciclo, registaram-se 357 faltas; no 3º ciclo, 519 e, no 3º ciclo (CEF), 1881

faltas.

Balanço/Conclusão



Total de alunos Total de alunos

38 34

Tabela n.º1 – Metas previstas para o ano lectivo 2009/2010


46

Mediante a análise da tabela n.º2, pode-se constatar que os 4 alunos sinalizados para

absentismo neste ano lectivo atingiram sucesso escolar. Relativamente ao 3º ciclo, apenas

1 dos alunos sinalizados para absentismo é que não conseguiu alcançar o sucesso escolar.

No que concerne ao 3º ciclo (CEF), é possível verificar, pela análise da tabela n.º2, que dos

27 alunos sinalizados por absentismo, 23 conseguiram atingir o sucesso. Este aspecto

poderá estar directamente relacionado com o programa de acompanhamento tutorial de

que 10 alunos beneficiaram no presente ano lectivo.

Pela análise do gráfico n.º1, é possível observar que o maior número de faltas incide em

alunos do 3º ciclo (CEF). Tal situação poderá estar relacionada com o facto da maior parte

desses alunos terem percursos de vida diferenciados.

De um modo geral, pôde-se constatar que houve uma diminuição do número de faltas,

tendo em conta que existiu uma preocupação constante em responsabilizar os alunos pelas

mesmas. Neste sentido, foram realizadas pelos alunos actividades de carácter cívico que

tiveram como objectivo principal a consciencialização das suas atitudes e o alcance das

metas inicialmente propostas/previstas.

Assim, em jeito de conclusão, De uma forma simplista podemos afirmar que relativamente

ao número de alunos identificados com um quadro de absentismo escolar significativo,

este configura até à presente data 34 alunos, sendo importante referir que 75 % dos alunos

identificados, para além das medidas adoptadas no âmbito da intervenção do Gabinete de

Apoio ao Aluno e dos Directores de Turma, estão a ser alvo da intervenção do Programa de

Acompanhamento Tutorial.

No que concerne as taxas de abandono escolar, as mesmas mantêm-se nulas para o 2º e 3º

CEB, sendo que relativamente às taxas de absentismo, e após a implementação

consertada, entre todos os agentes envolvidos da actividade (+) Proteger, as mesmas, têm

diminuído face ao ano lectivo anterior, sendo que em cerca de 50% dos alunos

identificados, as taxas de absentismo têm decrescido consideravelmente.


Tendo em conta todo o trabalho efectuado e alcançado no presente ano lectivo, considera-

se necessário haver uma maior persistência e envolvimento, por parte de todos os


47

intervenientes no processo educativo do aluno, nomeadamente os professores tutores,

professores, directores de turma, encarregados de educação e outros serviços técnicos, de

modo a mitigar as taxas de absentismo existentes.

Tutorias

3.2.4. (+) Apoiar_Tutorias

Introdução

No âmbito do Projecto Excelência (+) Cidadania (+), foi desenvolvido o Programa Tutorial -

(+) Apoiar, que teve como principal intuito o acompanhamento de alunos com problemas

comportamentais por técnicos tutores, em articulação com o Conselho de Turma, com o

SPO e com o Gabinete de Apoio ao Aluno.

Objectivos

- Intervir de forma diferenciada junto de alunos em risco.


No que concerne à operacionalização do Programa Tutorial, este envolve diversos

elementos, nomeadamente os alunos sinalizados, professores, directores de turma e

encarregados de educação, no sentido de promover uma melhoria ao nível das atitudes

dos referidos alunos. Assim, e por indicação do Conselho de Turma, e após a obtenção de

uma autorização por parte do Encarregado de Educação5, os alunos são encaminhados

para acompanhamento tutorial.

Mediante a tipologia da solicitação efectuada para a equipa técnica, as sinalizações são

distribuídas pelos diferentes elementos de forma a dar resposta às necessidades sentidas

5 Consultar anexo n.º1


48

em cada aluno, sendo então definido um plano de acompanhamento tutorial, o horário e

periodicidade do mesmo6.

Relativamente às características dos acompanhamentos tutoriais, considerou-se que a

presença dos alunos foi de carácter obrigatório, uma vez que em todos eles, foi efectuada

uma sinalização por parte de outros elementos.

Quanto ao tipo de modalidade utilizado, foi privilegiado o tipo misto, ou seja, uma prática

flexível e simultaneamente regular, de modo a criar uma dinâmica própria. Os

acompanhamentos tutoriais eram agendados com os alunos, de forma regular, tendo

preferencialmente uma periodicidade quinzenal. Contudo, sempre que surgiu a

necessidade de alterar a dinâmica do acompanhamento, houve por parte da equipa, uma

enorme flexibilidade. Este aspecto verificou-se essencialmente em dois momentos,

nomeadamente: sempre que o aluno solicitasse um acompanhamento extra, ou sempre

que o aluno estivesse envolvido em situações excepcionais, era efectuado um

acompanhamento tutorial adequado ao momento experienciado.

Por outro lado, apesar da marcação dos acompanhamentos ser preferencialmente fora do

contexto de sala de aula, houve momentos em que ocorreu uma incompatibilidade entre a

disponibilidade de horários da equipa técnica e dos alunos, e neste sentido, foi necessário

ajustar a prática utilizada. Aqui, os acompanhamentos eram efectuados dentro do horário

escolar do aluno, dando preferência à rotatividade, de modo a não prejudicar o

desempenho escolar do mesmo. De referir que os acompanhamentos tutoriais abrangeram

os alunos que frequentam a escola sede, realizando-se no mesmo local.

De acordo com os dados apresentados observa-se que houve um total de 60 alunos que

beneficiaram de acompanhamento tutorial, tendo sido efectuados 292 acompanhamentos.

Relativamente ao 2.º ciclo, foram abrangidos pelo acompanhamento tutorial 32 alunos,

sendo 13 pertencentes ao 5.º ano e 19 ao 6.º ano de escolaridade. Apenas um aluno se

encontrava com registo de absentismo. Quanto às ocorrências disciplinares, verifica-se um

total de 55 e de 1 registo de medidas disciplinares correctivas, bem como 1 medida

correctiva, não havendo ocorrência de medidas disciplinares sancionatórias.

6 Consultar anexo nº2


49

Dos 32 alunos do 2.º ciclo alvo de acompanhamento tutorial, verifica-se que 20 foram

igualmente acompanhados pelo serviço de psicologia e orientação, e no final do ano

lectivo, 28 alunos tutorados alcançaram sucesso escolar.

No que concerne ao 3.º ciclo, foram abrangidos pelo programa de acompanhamento

tutorial, um total de 13 alunos, sendo 8 pertencentes ao 7.º ano e 5 ao 9.º ano de

escolaridade. Encontram-se dois alunos com registo de absentismo. Relativamente às

ocorrências disciplinares, registou-se um total de 16, havendo 2 registos de medidas

disciplinares correctivas e 1 de medidas disciplinares sancionatórias. Destes 13 alunos

tutorados, 7 foram ainda alvo de acompanhamento psicológico. No final do ano lectivo,

alcançaram o sucesso escolar, 7 alunos.

No que diz respeito às turmas de CEF, foram abrangidos pelo programa de

acompanhamento tutorial, um total de 15 alunos, sendo 10 pertencentes ao 1.º ano e 5 ao

2.º ano. De referir que estes 15 alunos, participaram no CCPS. Encontram-se com registo de

absentismo 9 alunos. Observa-se o registo de 62 ocorrências disciplinares, 3 medidas

correctivas, 1 medida disciplinar sancionatória, 2 medidas disciplinares correctivas e 3

medidas correctivas por absentismo. Do total dos 15 alunos, 3 foram igualmente alvo de

acompanhamento psicológico. No final do ano lectivo verificou-se que 14 alunos

alcançaram o sucesso escolar.

Mediante a tabela n.º 3 pode-se verificar que no 2º Ciclo ocorreram 18 tutorias de tipo

misto, 8 de tipo comportamental e 5 de tipo pedagógico. No 3º ciclo regular, registaram-se

9 tutorias de tipo mista, 3 de tipo comportamental e 2 de tipo pedagógico. No que

concerne ao 3º ciclo (turmas CEF), verificam-se 7 tutorias de tipo misto, 7 de tipo

comportamental e 1 de tipo pedagógico.

Relativamente às sessões de acompanhamento tutorial, foram todas de presença

obrigatória, sendo de modalidade mista em todos os ciclos. Observa-se, ainda, que todos

os acompanhamentos tutoriais foram permanentes.

Balanço/Conclusão



Total de Alunos abrangidos pelo Acompanhamento Total de Alunos abrangidos pelo


50

Tutorial Acompanhamento Tutorial

50 60

Tabela n.º1 – Alunos abrangidos pelo Acompanhamento Tutorial

Tendo em consideração os dados apresentados na tabela n.º 2, pode-se concluir que no 2.º

e no 3.º ciclo turmas CEF, a maioria dos alunos atingiu sucesso escolar, factor que poderá

estar directamente relacionado com o trabalho efectuado junto dos alunos (quer no que

diz respeito aos acompanhamentos tutoriais efectuados, quer ao CCPS).

Tabela n.º 2: (+) Apoiar – alunos tutorados

Pode-se concluir que dos 60 alunos tutorados, a maioria atingiu sucesso escolar (49

alunos), factor que pode igualmente ser associado à assiduidade regular dos alunos nos

acompanhamentos tutoriais (tabela n.º 3).

Características do Acompanhamento

Tipo

Presença

Modalidade

Duração

Assiduidade

Pedagógica

Comportamenta

l

Mist

a

Voluntári

a

Obrigatóri

a

Flexíve

l

Regula

r

Mist

a

Permanent

e

Temporári

a

Regula

r

Não

Regular

2ºCicl

o

5

8

18 .

31

. .

31

31 .

27

3

3ºCiclo

2

3

9

.

14 .

.

14

14 .

12

2

3ºCicl

o CEF

1

7

7

. 15 . . 15 15 .

13

2

Tabela n.º 3: (+) Apoiar – Características do Acompanhamento Tutorial

Alunos Tutoriados=60 Nº de acompanhamentos=292

N CCPS Ano ABS OD MC MDS MDC MC_ABS SPO Suc Ins 5 6 7 8 9 1 2

3ºCiclo (turmas de CEF)

15

15 . . . . .

10

5

9

62

3

1

2

3

3

14

1

3º Ciclo

13 . . . 8 . 5 . .

2

16

.

1

2

.

7

7

6

2ºCiclo

32

.

13

19 . . . . .

1

55

1

.

1

.

20

28

4


51

Relativamente às ocorrências disciplinares (tabela n.º 4), as mesmas foram praticadas por

um total de 82 alunos, sendo que dos 60 alunos em acompanhamento tutorial apenas 32

praticaram ocorrências disciplinares.

Nº de Alunos com ocorrências disciplinares = 82

Alunos sem Ac. Tutorial Alunos com AC. Tutorial

2ºCIclo 20 19

3ºCiclo 8 4

3ºCiclo (turmas

CEF) 22 9

Total 50 32

Tabela nº4: (+) Apoiar – Ocorrências Disciplinares

Pode-se concluir (tabela n.º 5) que no 2.º ciclo, houve um aumento do número de

ocorrências, o que poderá estar associado ao facto de os alunos inscritos no 5.º ano de

escolaridade experienciarem um novo processo de ensino-aprendizagem, o que exige

capacidades de adaptação.



Ano de

escolaridade

Total

de

aluno

s

Ocorrência

s Alunos

Tot

al

de

alun

os

Ocorrência

s

Aluno

s

Alunos

Tutorado

s

2ºCiclo 617 46 6 593 55 39 19

3ºCiclo 171 34 9 140 16 12 4


52

3ºCiclo(turma

s CEF) 81 225 20 80 62 31 9

Tabela n.º 5: (+) Apoiar – ocorrências disciplinares 2008/2009 – 2009/2010

Assim, numa perspectiva global, no presente ano lectivo, relativamente ao número de

ocorrências disciplinares, dos 593 alunos inscritos no 2ºCiclo, houve um registo de 39

alunos que praticaram 55 ocorrências disciplinares, sendo que 19 correspondem a alunos

tutorados.

Relativamente ao 3º Ciclo, dos 140 alunos inscritos neste ano lectivo, registaram-se 12


tutorados.

Por último, é ainda possível observar, que nas turmas CEF registaram-se um total de 31


tutorados.Contudo, no 3.º ciclo regular e no 3.º ciclo turmas CEF, observa-se uma melhoria

significante, havendo uma diminuição no número de ocorrências disciplinares praticadas

pelos alunos, o que vai de encontro às metas previstas para o presente ano lectivo.

Pressupõe-se que o acompanhamento tutorial poderá ter tido efeitos positivos na

alteração do comportamento dos alunos, uma vez que, dos 43 alunos do 3.º ciclo regular e

do 3.º ciclo turmas CEF, apenas 13 alunos tutorados praticaram ocorrências disciplinares.

Por último, no que diz respeito à assiduidade, pode-se verificar que no 2º ciclo houve 27

alunos assíduos e 3 alunos não assíduos. No 3º ciclo, verificaram-se 12 alunos com

assiduidade regular e 2 alunos com assiduidade irregular. No 3º ciclo (turmas CEF), houve

13 alunos que apresentaram assiduidade regular, verificando-se apenas 2 alunos com

assiduidade irregular.


No próximo ano lectivo, considera-se importante uma melhor articulação com o Conselho

de Turma, de modo a que os acompanhamentos tutoriais sejam realizados pelos

professores. Neste sentido, a equipa técnica faria intervenções pontuais e de carácter

comportamental, consoante a necessidade sentida pelo Conselho de Turma, de modo a

promover o sucesso escolar do aluno.


53

De igual modo, deveria haver um trabalho conjunto e coordenado entre todos os

intervenientes envolvidos no processo do aluno (família, professores de educação especial,

responsáveis de instituições, entre outros).

Para além disso, considera-se igualmente importante a criação de um espaço de partilha

(gabinete) exclusivo para os alunos, onde possam falar sobre os seus problemas, dúvidas

ou comportamentos, de modo a diminuir possíveis conflitos e promover o sucesso escolar.

3.2.5. (+) Intervir

Introdução

Assumindo o papel da escola no desenvolvimento holístico das crianças e considerando o

papel do psicólogo como um facilitador interagindo e acompanhando o desenvolvimento

cognitivo, emocional, comportamental e social dos alunos, assim como o seu projecto de

vida e aceitando que os alunos, nos diferentes níveis do seu processo de formação,

necessitam de acompanhamento especializado para que a qualidade do ensino

/aprendizagem, a promoção de igualdade de oportunidades e o sucesso escolar sejam de

facto etapas a superar, os objectivos fixados pelo Agrupamento Vertical de Escolas Diogo

Cão, face ao trabalho a desenvolver no âmbito da actividade (+) Intervir foram:

Executar eficazmente as tarefas definidas para o Serviço de Psicologia e Orientação,

nomeadamente as definidas pelo Decreto-Lei nº 300/97.

Cooperar activamente com os diferentes agentes educativos na promoção do sucesso

escolar e na redução das taxas de abandono escolar.

Cooperar na realização das actividades constantes no Plano Anual de Actividades


No âmbito do Projecto Excelência(+) Cidadania(+), está em desenvolvimento uma

actividade designada como (+)Intervir, que visa o acompanhamento psicopedagógico,

mediante sinalização dos Directores de Turma, Professores Titulares de Turma e

Educadores de Infância, a alunos dos diferentes níveis de educação e ensino, sendo que

esta actividade possui como objectivo transversal a intervenção de forma diferenciada em


54

situações que envolvam alunos em risco. Ainda no âmbito do (+) Intervir, está a ser

operacionalizado um conjunto de actividades que envolvem o acompanhamento e

orientação escolar e vocacional a alunos de 9º ano de escolaridade.

Objectivos da Actividade

A actividade (+)Intervir, como objectivo transversal procurou intervir de forma diferenciada

na adequação das respostas educativas aos diferentes alunos do Agrupamento de Escolas

Diogo Cão, sendo que paralelamente, procurou ainda promover os seguintes objectivos:

- Atendimento/acompanhamento e encaminhamento de alunos, ao nível do serviço de

psicologia;

- Avaliação e diagnóstico das dificuldades que condicionam o percurso de

ensino/aprendizagem;

- Prestar apoio de índole psicopedagógica a alunos, tendo em vista o seu sucesso

escolar;

- Desenvolver acções de aconselhamento/orientação escolar, vocacional e profissional;

- Prevenir o abandono escolar, através da adequação/individualização das respostas

educativas;

Balanço / Conclusão da Actividade

No âmbito desta actividade, desde Novembro de 2009 a Maio de 2010, foram sinalizados

para a actividade (+) Intervir cerca de 224 processos (17 processos de Jardins de Infância;

116 processos do 1º CEB; 91 do 2º CEB e 3ºCEB). Destes, após a realização da consulta de

triagem, foram suspensos 17 processos por se encontrarem em avaliação, atendimento ou

acompanhamento em unidades externas à escola.


55

De referir que, no que concerne às referenciações efectuadas, a nível do 1º CEB, o maior

número reporta-se a alunos do 4º ano de escolaridade, prendendo-se este facto com a

situação de este se constituir como um ano terminal de ciclo, pelo que alguns motivos para

a sua sinalização se prendiam com a transição / retenção dos referidos alunos.

A nível do 2º e 3º CEB, o maior número de processos referenciados verifica-se no 5º e 6º

ano, sendo este facto derivado do número elevado de alunos neste nível de ensino, bem

como devido ao facto de muitos destes alunos se encontrarem em situação de análise /

redefinição do seu percurso escolar.

Um outro aspecto relevante, em termos de análise, reveste-se da tipologia de

problemáticas identificadas, a nível das referenciações efectuadas, sendo possível

constatar que a grande maioria dos processos sinalizados se reporta a um quadro misto, ou

seja, alunos que apresentam dificuldades a nível comportamental e pedagógico.


56

No que concerne aos 210 processos que foram alvo de avaliação, e que ao longo do ano

lectivo se mantiveram no Serviço de Psicologia e Orientação, em acompanhamento

psicológico e/ou psicopedagógico, perfizerem neste período cerca de 1080

consultas/apoios efectuados.

Contudo, no decorrer do ano lectivo 2009/2010, no âmbito da Actividade (+) Intervir, e

devido a diversos motivos, forma suspensos 66 processos, sendo 6 afectos a processos dos

Jardins de Infância, 42 processos do 1º CEB e 18 processos do 2º e 3º CEB.


57

De referir ainda que, no âmbito do desenvolvimento da actividade (+) Intervir, promoveu

uma articulação, a nível de respostas educativas, com outros serviços e/ou respostas

educativas de forma a promover uma adequação das respostas pedagógicas e/ou

comportamentais destes alunos. Assim, o Serviço de psicologia e Orientação promoveu

encaminhamentos para o serviço de educação especial, terapia da fala, acompanhamento

pedopsiquiátrico, comissão de protecção de crianças e jovens de Vila Real e para Cursos de

Educação e Formação.

De referir ainda que, no âmbito do plano de actividades do Serviço de Psicologia e

Orientação, encontra-se a colaboração com o Departamento de Educação Especial,

destacando-se aqui a realização de uma reunião semanal entre a Coordenadora do

Departamento de Educação Especial, a Adjunta do Director e o técnico do Serviço de


58

Psicologia e Orientação, sendo que esta possui como principal objectivo a análise conjunta

dos diferentes processos sinalizados, bem como a definição de estratégias a adoptar para a

avaliação/ acompanhamento dos mesmos, sendo que sempre que se justifica o técnico do

SPO participou nas reuniões do Departamento de Educação Especial.

Assim, resultante desta colaboração/acção conjunta foram alvo de avaliação simultânea

cerca de 79 processos sinalizados, para ambos os serviços, promovendo-se de igual forma a

realização de relatórios técnico pedagógicos em relação a todos os processos analisados

em parceria, sendo os mesmos remetidos para as medidas educativas abaixo apresentadas.

De referir ainda que o SPO, participou na implementação do Decreto-Lei nº 3 de 2008,

destacando-se aqui a realização conjunta dos modelos dos instrumentos previstos no DL

n.º 3/2008, nomeadamente a ficha de referenciação, o roteiro para a avaliação, a checklist,

o processo de tomada de decisão, o relatório técnico-pedagógico, Plano Educativo

Individual (PEI) e Plano Individual de Transição (PIT).

De referir ainda que integrados no processo de avaliação/ atendimento/ acompanhamento

a alunos do Agrupamento Vertical de Escolas Diogo Cão, a Actividade (+) Intervir promoveu

o contacto com Educadores de Infância, Professores Titulares de Turma, Directores de

Turma e Encarregados de Educação, nos quais são discutidas estratégias e respostas de


59

carácter pedagógico/educativo a serem implementadas nos diferentes processos visando a

redução das taxas de insucesso e abandono escolar.

Assim, no âmbito deste processo de consultoria, foram realizados contactos presenciais/

reuniões de trabalho/ presenças em reuniões de Conselho de Turma e contactos com

Encarregados de Educação.

Um aspecto importante, e no que se refere ao quadro de sucesso / insucesso, dos alunos

abrangidos pelo acompanhamento da actividade (+) Intervir, apenas 18 alunos não

transitaram, 58 transitaram tendo sido alvo das medidas preconizadas pelo Despacho

Normativo nº 50/2005, sendo que 139 obtiveram um quadro de sucesso, sem a existência

da necessidade de serem aplicadas medidas pedagógicas de carácter excepcional.

No que concerne à existência de ocorrências de carácter disciplinar, e no que diz respeito

aos alunos do JI e do 1º CEB, abrangidos pela actividade (+) Intervir, não existiram

quaisquer ocorrências, sendo que em relação aos alunos da Escola EB 2,3 Diogo Cão, 70

alunos não apresentaram qualquer ocorrências disciplinares, 16 alunos revelaram

problemas de natureza disciplinar, e apenas 5 alunos forma alvo da aplicação de Medidas

Disciplinares Correctivas e/ou Medidas Disciplinares Sancionatórias.


60

Decorrente do facto acima referido, e como estratégia de intervenção articulada, entre a

actividade (+) Intervir e a Actividade (+) Apoiar, foram indicados para Acompanhamento

Tutorial 29 alunos, sendo que destes 15 não apresentaram qualquer ocorrência disciplinar

(OD) e 14 apresentaram OD, dos quais a 11 não forma aplicadas quaisquer Medidas

Disciplinares Correctivas e / ou Disciplinares.

Ainda no Âmbito da actividade (+) Intervir desenvolveu acções de

aconselhamento/orientação escolar, vocacional e profissional aos 51 alunos a frequentar o


61

9º ano de escolaridade, no ano lectivo 2009/2010, de percurso regular, com a realização de

6 sessões por grupo turma, promovendo 3 sessões de orientação e esclarecimento

vocacional por grupo turma aos 28 alunos de CEF’s, em fase terminal do seu processo

formativo.

Assim, e após a realização das diferentes sessões de Orientação Escolar e Vocacional,

promoveu-se a aplicação de inquéritos de satisfação a alunos, tendo sido possível obter os

seguintes resultados:

9º A 9º B


62

9º C 2º D

2º E 2º F


Assumindo o facto de A Actividade (+) Intervir se reportar quase exclusivamente às

actividades promovidas pelo Serviço de Psicologia e Orientação do AE Diogo Cão, no

decorrer dos diferentes anos lectivos, existem poucos aspectos que se prendam com o seu

reajustamento, pois o mesmo foi-se verificando no decorrer dos anos lectivos anteriores.

Contudo, como sugestões para o ano lectivo 2010/2011, pensamos ser relevante promover

uma acção de sensibilização junto do Pessoal Docente, de forma a clarificar a tipologia de

casos que devem ser referenciados para este serviços, evitando desta forma uma sobre

sinalização, como se tem verificado ao longo dos anos.

Animação Socioeducativa

3.2.6.(+) Animação Socioeducativa

Introdução


63

A educação está intimamente ligada ao processo de socialização (à transmissão de valores,

normas, crenças e comportamentos) e de uma forma mais restrita “o termo educação

designa todo o acto ou acção intencional, sistemática e metódica que o educador realiza

sobre o educando para favorecer o desenvolvimento das qualidades morais, intelectuais ou

físicas que toda a pessoa possui em estado potencial” Ander-Egg,1999:31).

No âmbito do Projecto Excelência (+) Cidadania (+) na Acção nº1 nomeadamente na

actividade 1.4 (+) Animação desenvolveram-se projectos de animação socioeducativa,

visando o desenvolvimento de competências pedagógicas, pessoais e sociais, nos

estabelecimentos de ensino.

Objectivos

- Minimizar os condicionalismos resultantes da dispersão dos estabelecimentos de

ensino e isolamento das escolas de lugar único e melhorar os serviços de apoio

educativo e especializado.

- Aprofundar a articulação pedagógica;

- Aumentar e alargar o âmbito de prestação dos serviços de apoio educativo e serviços

de apoio educativo e serviços especializados;

- Fomentar projectos de animação socioeducativa, que visem o desenvolvimento de

competências pedagógicas, pessoais e sociais, nas escolas de lugar único e nas escolas

de maior dimensão (+ de 150 alunos).

Enquadramento da actividade

Agrupamento de Escolas Diogo Cão Escolas Número total de alunos abrangidos

E.B. 2,3 Diogo Cão 706 E.B.1 Nº1 de Vila Real 265


64

E.B.1 Nº2 de Vila Real 260 E.B.1 Benagouro 13

E.B.1 Borbela 10 E.B.1 Couto 15

E.B.1 Gontães/Pena 15 E.B.1 Pousada 15

E.B.1 Vila Seca Nº2 10 E.B.1 Vilarinho da Samardã 15

E.B.1 Samardã 10

Tabela 2 – Número Total de alunos abrangidos pela actividade 1.4 (+) Animação

A Tabela 2 refere-se ao número total de Escolas, bem como o número total de alunos,

abrangidas pela actividade 1.4 (+) Animação, estando incluídas a Escola Sede, bem como 8

Escolas de Lugar Único do 1ºCiclo, e ainda 2 escolas de maior dimensão (E.B.1 Nº1, E.B.1

Nº2) da cidade.

Ao longo de dois períodos lectivos foram desenvolvidas acções de animação com os alunos.

As actividades de animação pressupunham a realização de animação de recreios. Para cada

escola encontrava-se destinado um espaço semanal em que se desenvolvia numa fase

inicial “Dinâmicas de Grupo”, e posteriormente desenvolveram-se diversas actividades de

Expressão Dramática atingindo inclusive o teatro. Na Escola Sede desenvolveram-se

actividades no recreio no intervalo maior da manhã.

No 3º Período deu-se a entrada de mais uma E.B.1 da cidade no Projecto, tendo de se

adaptar o horário à necessidade da escola. Esta entrada foi pontual e apenas para

solucionar um problema de integração/relação de um dos alunos de origem ucraniana com

os colegas de escola.

No Projecto Excelência (+) Cidadania (+), na actividade 1.4 (+) Animação encontrava-se

previsto a realização de Encontros Mensais entre todas as Escolas envolvidas nesta

actividade. Desses encontros resultou uma participação de 100% em todos os Encontros

organizados: Campeonato de Jogos Tradicionais, Torneio de Futsal, Peddy-Paper, e por fim

actividades de Encerramento de Ano Lectivo. Em todos os Encontros a participação foi

activa por parte dos alunos e das Escolas. Estes encontros permitiram a não existência de

várias escolas de 1º ciclo, parecendo que era apenas uma escola, um todo, pois a ligação e

o relacionamento das crianças, umas com as outras foi fantástico e muito salutar.


65

Tabela 3 – Número de Participantes nos Encontros Mensais de 1º Ciclo.

Na Tabela 3 encontram-se os diversos Encontros Mensais de 1º Ciclo, previstos no Projecto

TEIP, no ano lectivo 2009/2010, assim como o número de participantes em cada encontro

realizado. Verifica-se que todas as Escolas participaram, sendo que no primeiro encontro

apenas uma turma das Escolas de maior dimensão não participou devido a imprevistos.

No segundo encontro de Futsal, o número reduziu pois esta actividade encontrava-se

prevista para os alunos do 3º e 4ºanos e as equipas tinham de ser constituídas por 8

elementos.

No terceiro encontro o Peddy-Paper, o número de escolas participantes aumentou. De

referir que 3 turmas das escolas da cidade não compareceram na actividade devido a

impossibilidades pontuais.

Nas apresentações de final de ano tiveram de ser divididas por três dias. Nestas actividades

de encerramento todas as escolas, os alunos participaram activamente, com abertura aos

Encarregados de Educação.

Estas actividades abrangeram uma faixa etária dos 6 aos 10 anos do 1º Ciclo, e dos 11 aos

15 anos na Escola Sede.

Encontros Mensais 1º Ciclo

Encontros Mensais de 1º ciclo Número de

Escolas Participantes

Número de Alunos

Participantes

Número de Professores e

Auxiliares 1º Encontro – Campeonato de

Jogos Tradicionais 10 355 34

2º Encontro – Torneio de Futsal 7 171 20 3º Encontro Peddy-Paper / Caça

ao Tesouro 11 398 38

Dia 14 de Junho – encerramento do ano lectivo

4 76 6


4 178 14


3 163 16


66

Todos estes alunos têm formas diferentes de ser e de estar, tendo diferentes

comportamentos e atitudes. Foram desenvolvidas competências pessoais e sociais

melhorando os comportamentos dos alunos.

Nas Escolas de 1º ciclo verificou-se uma grande receptividade por parte dos alunos, bem

como uma grande abertura e articulação por parte dos professores para esta nova

actividade / dinâmica. Essa receptividade é visível nos resultados dos inquéritos. Considera-

se pertinente a continuação destas actividades em todas as escolas do 1º Ciclo, sendo que

esta mesma actividade pode ser uma mais-valia em termos de motivação para os alunos,

bem como contribui para uma diminuição de ocorrências disciplinares nos recreios.

Balanço / Conclusão

Tabela 1 – Número de Ocorrências Disciplinares nos anos lectivos 2008/2009 e no ano

lectivo de 2009/2010.

A Tabela 1 refere-se às Ocorrências Disciplinares do ano lectivo 2008/2009 e do ano lectivo

2009/2010, sendo que o número de ocorrências verificadas no 1º Ciclo diminui

consideravelmente.

No ano lectivo 2008/2009 ocorreram 50 casos, e no período lectivo 2009/2010, apenas se

verificaram 9 casos de ocorrências disciplinares, sendo que desses mesmos casos apenas se

encontram envolvidos 8 alunos, visto que 2 das ocorrências foram cometidas pelo mesmo

aluno, que têm uma deficiência mental moderada, tendo comportamentos por vezes

inadequados, encontrando-se a ser acompanhado pelo Ensino Especial, e pelo SPO.

Ano Lectivo 2008/2009 Ano Lectivo 2009/2010 Situação de Partida Situação actual

Ano de escolaridade

Total de alunos

Ocorrências Alunos Total de alunos

Ocorrências Alunos

1º Ciclo 1345 50 50 1312 9 8


67

Tabela 4 – Absentismo escolar relativo ao ano lectivo 2008/2009 e do ano lectivo

2009/2010

Na tabela 4 encontra-se referenciado o Absentismo Escolar no 1º ciclo relativo ao ano

lectivo 2008/2009 e 2009/2010. Verifica-se que no caso do Absentismo Escolar do 1º Ciclo

no ano lectivo 2009/2010 aumentou significativamente. Este aumento deveu-se

essencialmente ao surto de Gripe A que se verificou durante o ano lectivo, bem como à

quarentena gripal a que os alunos se encontravam sujeitos ao primeiro sinal de possível

infecção.

A quarentena gripal pressupunha o isolamento da criança entre 7 a 8 dias, mesmo não

estando diagnosticada a possibilidade de Gripe A. As directrizes do cumprimento de

quarentena gripal provinham de indicações vindas do Ministério da Educação. Esse é um

dos motivos para o aumento considerável do absentismo escolar, no 1º ciclo. As faltas que

surgiram encontram-se devidamente justificadas pelos encarregados de educação dos

alunos em causa.

Gráfico 1 – Representa a questão 1 dos Inquéritos de Satisfação dos Alunos do 1ºciclo

Absentismo Escola Agrupamento de Escolas Diogo Cão Curso Ano de

Escolaridade Situação em 2008/2009

Situação em 2009/2010

1º Ciclo

1ºano 6 187 2ºano 7 49 3ºano 9 58 4ºano 5 10


68

O Gráfico 1 refere-se à Questão 1 dos Inquéritos de Satisfação aplicado aos alunos do 1º

Ciclo. Verifica-se que relativamente à Questão 1, numa população de 68 alunos de 1º Ciclo

inquiridos, todos eles responderam de forma positiva tendo uma opinião favorável no que

diz respeito às actividades feitas ao longo dos períodos lectivos nas diversas escolas. Não

existindo nenhuma resposta negativa para as actividades desenvolvidas.

Gráfico 2 – Representa a questão 2 dos Inquéritos de Satisfação dos Alunos do 1º Ciclo

O Gráfico 2 ilustra a Questão 2 do referido Inquérito de Satisfação. No que concerne a esta

questão, 61 alunos responderam de forma positiva à mesma, ou seja, gostaram dos

Encontros mensais realizados. Apenas um aluno não compareceu a nenhum dos Encontros,

e 6 alunos responderam de forma negativa a esta questão.


No que concerne a propostas, para continuidade da acção, considera-se pertinente a sua

realização nas escolas do 1º Ciclo, dado que contribui para o crescimento saudável das

crianças, bem como para o desenvolvimento de competências sociais e pessoais das

mesmas. O trabalho de animação nas Escolas de 1º Ciclo deve continuar a abordar

actividades lúdicas e atractivas.

Na Escola Sede será útil a criação de um “Clube de Dança”, para uma melhor ocupação dos

tempos livres dos alunos. E a continuação de animação de recreio, permitindo uma

continuidade com os alunos do 4º ano das E.B.1 que vieram para o 5º ano. As actividades


69

permitem evitar situações de conflito, de isolamento, e proporcionar dinâmicas de

intervalo diferentes.

Também seria interessante a criação de uma Rádio Escola para que os recreios se

tornassem mais dinâmicos, incutindo uma responsabilidade aos alunos para a sua

concretização e organização. Este projecto contaria com a articulação e participação da

Associação de Estudantes.

3.3. Acções no Domínio da Gestão e Organização do Agrupamento

3.3.1. + Articular Introdução:

+ Articular prende-se, na sua essência, com a mudança de práticas e atitudes quanto à

forma de trabalho dos professores. Pediu-se aos professores trabalho colaborativo como

melhor resposta à integração e diversidade sociocultural da população escolar e vinculou-

se o trabalho inter-áreas como um campo fundamental.

Esta colaboração/articulação colidiu com um problema essencial que foi a gestão dos

conteúdos programáticos. A gestão dos conteúdos é muito complexa; não se pode

descurar o cumprimento integral dos programas nem a diversidade de disciplinas e a

exigência de um novo trabalho de reflexão.

No Agrupamento Diogo Cão a aproximação entre a Pré e o 1.º Ciclo está condicionada à

proximidade do espaço escolar. Entre o 1º ciclo e os seguintes esta aproximação aumentou

num ritmo considerável; em anos anteriores foi pontual e é, no ano lectivo que entretanto

começou (2010/2011), um facto relevante no Plano Anual de Actividades.

Relativamente ao 2º e 3º ciclo a aproximação é facilitada por um lado pela organização

pedagógica e curricular e, por outro, pela partilha de espaço físico e órgãos de estrutura

pedagógica disciplinar (os Departamentos curriculares).

Em Setembro de 2010 os horários entregues aos professores do Agrupamento contemplam

90 minutos em simultâneo para reuniões. É, de todo, o passo mais importante que se

poderia dar para fomentar e desenvolver a articulação.

+ Avaliar nasce da necessidade de monitorizar todas as acções e actividades de forma a

controlar os seus efeitos e retirar em tempo útil as respectivas ilações.


70

Acções/Actividades

Reuniões trimestrais entre a Coordenadora do Plano Anual de Actividades, Coordenadores

de Departamento e Coordenadora da Biblioteca Escolar para elaboração e articulação do

Plano Anual de Actividades, discussão de projectos e construção de cartazes ou outros

documentos de apoio à sua planificação, realização e avaliação conjunta.

Cumprindo as metas da actividade, foram planificadas em conjunto:

- Semana da Ciência/Laboratórios Abertos;

- Promoção e Educação para a Saúde / Corrida Solidária por Timor, Semana da Alimentação

e outras;

- Clube de Protecção Civil;

- Actividades dinamizadas pela Biblioteca no âmbito do Plano Nacional de Leitura;

- Torneios, concursos de escola e concursos de âmbito nacional;

- Concursos promovidos pela escola e concursos de âmbito nacional;

- Actividades alusivas aos dias festivos / comemorativos;

- Exposições e visitas;

- Semana da Floresta

- Sessões sobre Ambiente

- Clube da Meteorologia;

- Clube da Solidariedade;

- Clube “O Cientista Júnior;

- Clube da “Protecção Civil”

- Clube da Reciclagem;

- Clube “Ao ritmo da poesia” (blogue na internet).

Foi constituída a equipa de avaliação interna que se debruçou sobretudo nos pontos

considerados fracos dos relatórios de avaliação interna/externa anteriores, a partir dos

quais fez a avaliação das medidas entretanto tomadas para obviar esta realidade. Foi

informando a direcção sobre a necessidade de introduzir medidas imediatas.

A sua principal função foi a de verificar a cultura de avaliação da escola, nomeadamente no

controlo das planificações, execuções e avaliações levadas a efeito nos vários patamares da

gestão da escola.


71

Reajustamentos

Foram sugeridas e estão já em funcionamento as mudanças seguintes:

Estão contemplados nos horários, tempos e espaços em comum, de forma a facilitar o

trabalho colaborativo entre docentes de diferentes áreas disciplinares bem como entre

níveis e ciclos de ensino. Assim, no Ano lectivo 2010/2011, os professores dos grupos

disciplinares de Língua Portuguesa e Matemática têm, no seu horário, 45 minutos para

Reuniões de Articulação (terça-feira das 15h.45 às 16h.30). Por outro lado, todos os

Professores do Agrupamento têm, nos seus horários, 90 minutos, em simultâneo, na Escola

Sede, para reuniões de Departamento, Grupo ou outras de interesse aos professores

(terça-feira das 16h.45 às 18h.15).

O POPTE em vigor no Agrupamento promove, significativamente, a articulação. Criou

condições para o efectivo cumprimento dos programas e obrigou a uma reflexão conjunta

dos professores na organização de actividades de enriquecimento e complemento

curricular. O professor com intenção de faltar às actividades lectivas deve comunicar tal

facto junto do Director de forma que sejam desenvolvidos mecanismos que permitam a

leccionação de aulas mediante a sua substituição. A substituição deverá ocorrer,

preferencialmente por permuta de docentes e disciplinas da mesma turma ou, pela

leccionação da aula através de outro docente devidamente habilitado e mediante plano de

execução de aula da responsabilidade do professor titular da disciplina em situação de

ausência.

O Plano Anual de Actividades mereceu uma grande reflexão, tendo no presente ano lectivo

sofrido alterações na sua estrutura. Tentou-se que o conjunto das actividades se tornasse

num projecto. Por efeito de uma sistemização do PAA mais clara e efectiva se tornará a sua

avaliação.

4. ACÇÕES DE RELAÇÃO ESCOLA – FAMÍLIA – COMUNIDADE E PARCERIAS EDUCATIVAS

No âmbito da elaboração do Projecto Excelência (+) Cidadania (+) constatou-se a

existência de uma situação problema identificada como sendo o reduzido envolvimento

das famílias e da comunidade envolvente na vida escolar. Esta acção justificou-se


72

atendendo ao contexto socioeconómico envolvente desfavorecido, onde persistem

agregados familiares com baixas qualificações, sendo esta realidade mais patente ao nível

da EB 2,3 Diogo Cão, e das EB1 pertencentes aos núcleos rurais ou que têm na sua área de

influência bairros sociais, o que de forma directa ou indirecta se reflectia numa

desarticulação escola -família - comunidade, registando-se reduzidos níveis de participação

dos pais nas diferentes actividades do Agrupamento.

Face à situação problema acima identificada, no âmbito do Projecto Excelência (+)

Cidadania(+) promoveram-se o desenvolvimento de oficinas formativas direccionadas para

Pais e Encarregados de Educação designadas por (+)Escola / (+)Clube de Pais, que tiveram

como objectivo transversal estimular o envolvimento das famílias nas actividades do

Agrupamento e no acompanhamento escolar e integração social dos seus educandos.

De forma a dar resposta ao contexto socioeconómico envolvente desfavorecido

desenvolveu-se um Gabinete de Apoio Sociofamiliar, que visou promover a relação escola -

família, possibilitando aos encarregados de educação, uma participação activa no

desenvolvimento escolar dos seus educandos, bem como um acompanhamento sistémico

ao nível familiar e social, capacitando as famílias para a resolução de situações

problemáticas diversificadas.

Desta forma, numa perspectiva transversal, podemos afirmar que no âmbito destas acções

procuramos valorizar a escola envolvendo as famílias, estimular o envolvimento das

famílias no acompanhamento da vida escolar, aumentar a qualificação das famílias,

desenvolver competências parentais e incentivar o desenvolvimento de parcerias com a

comunidade.

4.1. (+) Escola/Clube de Pais

Introdução

A participação das famílias dos alunos do AE Diogo Cão na vida escolar dos seus educandos

limita-se, na maioria dos casos, à participação nas reuniões de entrega da avaliação e à

resposta às solicitações do director de turma. No entanto, a participação em iniciativas que

decorram do plano anual de actividades/projectos curriculares de turma é diminuta.


73

Também se verifica a prevalência de baixos níveis de qualificação dos agregados familiares,

notando-se alguns casos de baixas competências parentais.

Nota-se ainda uma desarticulação escola – família - comunidade, registando-se reduzidos

níveis de participação dos pais nas diferentes actividades do Agrupamento (reuniões

intercalares, acções de sensibilização, actividades de carácter cultural, lúdico e desportivo

realizadas no âmbito do Plano Anual de Actividades e dos Projectos curriculares de Turma,

etc.) No intuito de reverter esta situação foi pensada a realização de oficinas formativas

dirigidas aos pais/encarregados de educação.


Para a operacionalização desta actividade começámos por propor uma parceria à

Associação de Pais do Agrupamento, que prontamente aceitou associar-se a esta iniciativa.

Posteriormente, foi idealizado um modelo de questionário para fazer o levantamento de

necessidades de formação / inventariar interesses dos encarregados de educação quanto

aos temas a tratar, quanto ao local onde se desenvolveriam as sessões e quanto ao horário.

Estes questionários foram distribuídos aos pais pelos professores titulares de turma /

directores de turma nas reuniões de entrega de avaliação do segundo período.

O tratamento dos dados recolhidos permitiu concluir que a maioria dos encarregados de

educação sugeria como local de realização a EB 2,3 Diogo Cão e que as acções decorressem

ao Sábado. Quanto ao horário as opiniões foram mais divergentes, predominando,

contudo, os períodos da manhã e da tarde em detrimento da noite. Relativamente aos

temas apresentados - Educação para os média; Estilos de educação parental; Competências

pessoais e sociais; Educação sexual; Consumo de Substâncias Psicoactivas; Mediação /

Gestão de conflitos; Educação ambiental – aqueles que despertaram mais interesse foram:

Mediação e Gestão de Conflitos, Consumo de Substâncias Psicoactivas, Competências

Pessoais e Sociais e Educação Ambiental.


Valorizar a escola envolvendo as famílias e a comunidade envolvente, estimular o

envolvimento das famílias na vida escolar e promover a aquisição de conhecimentos sobre

temáticas diversificadas.


74


No decurso do ano lectivo 2009/2010 foram realizadas três sessões ligadas à temática da

educação ambiental. Estas foram realizadas no auditório do Centro de Interpretação do

Parque Natural do Alvão, com duração aproximada de duas horas – entre as 21 e as 23

horas.

A primeira teve lugar no dia 22 de Março, tendo como prelectora a professora Guilhermina

Marques da UTAD. O tema escolhido para esta sessão foi Líquenes e Cogumelos –

Importância para o Ambiente e para a Sociedade, e nela participaram 36 elementos da

comunidade escolar.

A avaliação desta actividade foi feita a partir de um questionário distribuído aos

participantes, tendo-se registado uma média de avaliação de Bom /Muito Bom em todos os

itens.

A segunda sessão, realizada no dia 22 de Abril – Dia da Terra -, teve como tema central a

Compostagem e como dinamizadores o Dr. Paulo Lisboa – Câmara Municipal de Vila Real –

e a professora Eugénia Pereira – AEDC – tendo sido também apresentados trabalhos das

crianças de Jardins-de-infância do Agrupamento. Esta actividade mereceu também uma

avaliação muito positiva por parte dos 49 participantes.

A terceira sessão, subordinada ao tema da água – “Água… Um bem a preservar”, realizou-

se no dia 25 de Maio, tendo como dinamizadora a Eng. Andreia Cabral e na qual

participaram 54 participantes. Também nesta sessão foram apresentados trabalhos das

crianças dos Jardins-de-Infância do agrupamento. A avaliação que foi feita da sessão

revelou um elevado grau de satisfação por parte dos participantes.

Foi ainda proposta outra acção sobre educação ambiental agendada para o dia 5 de Junho

às 15 horas, na EB23 Diogo Cão, cuja dinamização estava a cargo da coordenadora do

projecto eco escolas, não tendo, contudo, comparecido nenhum encarregado de educação.

Relativamente aos temas que mereceram maior número de manifestações de interesse por

parte dos pais/encarregados de educação foram agendadas 3 sessões em dois sábados –

29 de Maio e 5 de Junho – para as quais foi enviado convite individual aos destinatários.

Assim, no dia 29 de Maio entre as 10:00 e as 11:30 foi realizada uma sessão subordinada

ao tema Mediação e Gestão de Conflitos e Biblioterapia na qual participaram 7

encarregados de educação. Esta acção mereceu uma avaliação muito positiva por parte dos


75

elementos que nela participaram. No mesmo dia da parte da tarde estava prevista uma

sessão sobre Consumo de Substâncias Psicoactivas, que não chegou a realizar-se por não

ter comparecido nenhum encarregado de educação, bem como a sessão agendada para o

dia 5 de Junho no período da manhã sobre Competências Pessoais e Sociais também não

foi realizada pelo mesmo motivo.

Assim, numa perspectiva global, nesta actividade pretendia-se envolver 140 pais /

encarregados de educação do agrupamento, tendo-se verificado que na globalidade das

propostas apresentadas se contou com 146 presenças. Embora o número de participações

seja aproximado do universo que se pretendia abranger, consideramos que o nosso

propósito não foi totalmente alcançado, dado que a adesão do público-alvo não foi

uniformemente distribuída pelas diferentes temáticas abordadas.

Notámos que, não obstante termos procurado corresponder a todas as preferências

manifestadas pelos pais/encarregados de educação no questionário individual que lhes foi

distribuído, quanto a espaço, tempo e temas a tratar e termos enviado o convite ao

Presidente e outros elementos da Associação de Pais e Encarregados de Educação

previamente à realização destas sessões, solicitando-lhes a desmultiplicação da informação

junto dos destinatários, a adesão ficou muito aquém das nossas expectativas. Verificámos

também que as sessões que surgiram no âmbito das actividades das turmas verificaram

uma adesão significativa de encarregados de educação. No entanto, aquelas cuja proposta

decorreu da auscultação aos encarregados de educação sobre necessidades de formação

contaram com uma adesão nula ou próxima do nulo.

Conclui-se ainda que os pais/encarregados de educação das crianças dos Jardins de

Infância registam uma maior participação nestas actividades, facto que pensamos estar

relacionado com a maior proximidade que se verifica entre estes e as Educadoras de

Infância, decorrente do contacto diário na entrada e saída.

Reajustamentos e sugestões

Atendendo aos diferentes níveis de participação registados consideramos que serão de

manter as sessões que decorram dos projectos curriculares de turma. Quanto a outras

formações, pensamos que a sua organização/realização deverá decorrer da solicitação

explícita da Associação de Pais/encarregados de educação.


76

4.2.(+) Cidadania

Introdução

No âmbito do Projecto Excelência (+) Cidadania (+), promoveu-se o desenvolvimento de

um Gabinete de Apoio Sociofamiliar, que visou promover a relação escola - família,

possibilitando aos encarregados de educação, uma participação activa no desenvolvimento

escolar dos seus educandos, bem como um acompanhamento sistémico ao nível familiar e

social, capacitando as famílias para a resolução de situações problemáticas diversificadas.

A operacionalização do gabinete (+) Cidadania, dinamizado por uma técnica de Serviço

Social, promoveu um trabalho articulado com os Serviços de Acção Social Escolar, bem

como com outras estruturas sociais da comunidade envolvente, procurando deste modo

intervir, em termos sociais, na resolução de situações problemáticas apresentadas pelas

famílias do Agrupamento de Escolas Diogo Cão.


A operacionalização das actividades propostas para o desenrolar do trabalho a ser

efectuado no Gabinete de Apoio Sociofamiliar, teve numa primeira etapa, como objectivos

a caracterização dos alunos do Agrupamento de Escolas Diogo Cão e o levantamento das

suas necessidades, no sentido de estudar quais as famílias que, potencialmente, poderiam

beneficiar do acompanhamento sociofamiliar.

Numa segunda fase, os objectivos prenderam-se com a pertinência de criar contactos com

as instituições locais que, de forma directa, prestam acompanhamento às famílias, no

sentido de fomentar o trabalho em rede e promovendo uma maior eficácia e prontidão no

âmbito da intervenção.

Após a elaboração do diagnóstico social, é realizada a planificação dos

procedimentos/diligências a serem activados, no sentido de dar resposta aos sintomas

apresentados.

O Gabinete de Apoio Sociofamiliar teve início da sua actividade, a partir do mês de

Fevereiro, estando disponível para atendimento às famílias num horário definido

atentamente, considerando as vicissitudes dos sistemas familiares, de modo a que os


77

mesmos tenham disponibilidade para se deslocarem ao referido Gabinete - 3.ª e 5.ª feira

das 16h45m às 18h00m e 4.ª feira das 9h00m às 13hr00m.

A operacionalização da presente actividade exigiu um trabalho conjunto entre as diversas

estruturas sociais, que colaboraram com o Gabinete de Apoio Sociofamiliar na análise,

diagnóstico e acompanhamento das situações sinalizadas. Tendo em consideração que na

grande maioria dos casos os alunos e as suas famílias já se encontram em

acompanhamento pelas diversas instituições com quem foi estabelecida uma parceria,

privilegiou-se esta metodologia não directiva, de modo a não haver uma sobrecarga na

prestação de serviços, incidindo na intervenção colaborativa entre os diversos elementos,

aspecto que se revelou positivo na intervenção efectuada.

Tabela 1: Alunos sinalizados ao Gabinete de Apoio Sociofamiliar para avaliação.

Tabela 2: Parcerias estabelecidas, contactos e reuniões realizadas entre o Gabinete de

Apoio Sociofamiliar e instituições locais.

Alunos Sinalizados

Jardim-de-Infância 1

EB1 39

EB2/3 35

Total 75

Parcerias estabelecidas Contactos Reuniões

CPCJ . .

Segurança Social 4 2

Câmara Municipal 3 1

Encarregados de Educação . 1


78

Elementos Sinalizadores

Director de Turma

Segurança Social

SPO

Tabela 3: Elementos que sinalizaram situações para acompanhamento por parte do

Gabinete de Apoio Sociofamiliar.

Problemáticas identificadas N Situação social instável 25 Conflitos familiares 1 Desinteresse e absentismo escolares 1 CPCJ 10 Habitação social 1 Situação familiar instável 3 Regulação da Responsabilidade Parental 11 Acompanhamento Segurança Social 7 Institucionalização 5 Adopção 2 Acolhimento familiar 6 Situação social precária 5 Processo em análise 6 Problemas de natureza étnica 5 Comportamento aditivo 1 Abandono escolar 1 Total 90

Tabela 4: Problemáticas identificadas dos 75 alunos sinalizados ao Gabinete de Apoio

Sociofamiliar.

Situação processual N Em análise 66 Concluído 2 Em acompanhamento 7

Tabela 5: Situação processual relativamente aos 75 alunos sinalizados ao Gabinete de

Apoio Sociofamiliar.


79

Como é possível observar pelos dados apresentados anteriormente, existe um total de 75

alunos que foram sinalizados ao Gabinete de Apoio Sociofamiliar, sendo que 39 alunos

pertencem ao 1.º Ciclo do Ensino Básico, 35 alunos ao 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico e 1

aluno do Jardim-de-Infância.

Para dar resposta a todas as situações apresentadas e tendo em consideração a tipologia

das 90 problemáticas identificadas, foram estabelecidas parcerias com diversas instituições

locais, nomeadamente a Segurança Social, a Câmara Municipal, a CPCJ, o Serviço de

Psicologia e Orientação, o Serviço de Acção Social Escolar e foi ainda efectuado um

trabalho conjunto com os Encarregados de Educação.

O trabalho em rede, realizado pelo Gabinete de Apoio Sociofamiliar em conjunto com as

diversas entidades e serviços sociais, foi fruto das situações sinalizadas pelos Directores de

Turma, pelo Serviço de Psicologia e Orientação e pela Segurança Social. O desenvolvimento

da actividade, incidiu essencialmente num acompanhamento sistémico e sistemático das

situações, uma vez que as mesmas prestam apoio à grande maioria dos alunos. Em termos

operacionais/funcionais as situações eram sinalizadas ao GASF, que posteriormente

procedia à averiguação e análise dos dados sociais e familiares necessários para análise e

diagnóstico7.

Especificamente, foi efectuada uma articulação com o Serviço de Acção Social Escolar

através da análise e supervisão dos apoios prestados, identificação e diagnóstico das

necessidades sentidas e colaboração no planeamento de projectos de intervenção com as

restantes parcerias estabelecidas.


A presente actividade tem como principal objectivo desenvolver competências parentais

junto das famílias.

A actividade (+) Cidadania tem como principal objectivo promover a relação escola-família,

através da implementação de um Gabinete de Apoio Sociofamiliar (GASF), dirigido às

famílias dos alunos do Agrupamento de Escolas Diogo Cão, para acompanhamento de

situações problema. O trabalho desenvolvido apresenta o intuito de capacitar as famílias


80

para a resolução de situações problemáticas diversificadas, promovendo igualmente uma

participação activa entre todos os elementos.

As metas propostas incidem no atendimento de 100% das famílias do Agrupamento que se

desloquem ao referido Gabinete, bem como atingir em 75% das famílias intervencionadas

um grau de satisfação positiva relativamente ao GASF.

Pressupõe-se como pilar fundamental a colaboração de toda a comunidade que participa

directa e indirectamente no projecto de vida dos alunos, englobando a comunidade

discente e não discente, bem como a articulação activa com as estruturas sociais da

comunidade envolvente.


Alunos

(N = 75)

CPCJ Segurança

Social

Câmara

Municipal

Suplemento

alimentar

SASE

Escalão A Escalão B

12 9 14 15 29 1

Tabela 6: Total de alunos sinalizados ao Gabinete de Apoio Sociofamiliar e em

acompanhamento por outros serviços de apoio.

Alunos 1.º Ciclo

(39 alunos)

CPCJ Segurança Social Câmara Municipal

3 3 7


81

Tabela 7: Alunos do 1.º Ciclo, sinalizados ao Gabinete de Apoio Sociofamiliar e em


Alunos 2.º

e 3.º Ciclo

(35 alunos)

CPCJ Segurança

Social

Câmara

Municipal

Suplemento

alimentar

SASE

Escalão A Escalão B

9 6 7 15 29 1

Tabela 8: Alunos do 2.º e 3.º Ciclo, sinalizados ao Gabinete de Apoio Sociofamiliar e em


1.º Ciclo

(N = 39)

SPO 38

Sucesso escolar 38

Tabela 9: Alunos do 1.º Ciclo sinalizados ao Gabinete de Apoio Sociofamiliar e outras

variáveis.

2.º e 3.º Ciclo

(35 alunos)

SPO 33

Acompanhamento tutorial 14

Sucesso escolar 31

Ocorrências disciplinares 12

Absentismo 2

Tabela 10: Alunos do 2.º e 3.º ciclo sinalizados ao Gabinete de Apoio Sociofamiliar e

outras variáveis.

Tendo em consideração os objectivos inicialmente propostos, relativamente à actividade

(+) Cidadania, pode-se verificar que, de forma geral, os mesmos foram alcançados, tendo


82

em conta que, dos 75 alunos sinalizados ao Gabinete de Apoio Sociofamiliar, um número

considerável atingiu o sucesso escolar – 69 alunos e o número de alunos encaminhados

para o Gabinete de Apoio ao Aluno, em virtude de problemas de indisciplina (ocorrências

disciplinares), não se revela preocupante – 12 alunos.

No que concerne à prestação de serviços de apoio social e psicológico, verifica-se que um

número significativo de famílias encontra-se abrangido pelos mesmos, concretamente no

que se refere ao acompanhamento por parte da CPCJ, da Segurança Social, da Câmara

Municipal, Serviço de Psicologia e Orientação, Serviço de Acção Social Escolar e ainda de

um Acompanhamento Tutorial, este último, direccionado para os alunos.

Como balanço extremamente positivo, constataram-se as reuniões com os técnicos

responsáveis pelo domínio da acção social, nomeadamente do Centro Distrital de

Segurança Social, da Câmara Municipal de Vila Real e da Comissão de Protecção de

Crianças e Jovens de Vila Real, no sentido de ser agilizado o trabalho em parceria,

facultando deste modo as condições necessárias para a melhoria das situações

apresentadas e permitindo a partilha de informação relativamente aos alunos/famílias alvo

de acompanhamento/intervenção.

De referir ainda que o Gabinete de Apoio Sociofamiliar (+) Cidadania foi divulgado à

Comunidade Escolar, bem como à Comunidade Envolvente para que, autonomamente, as

famílias dos alunos se desloquem às instalações do referido Gabinete, o que pensamos que

se irá verificar no decurso do próximo ano lectivo, reflexo da visibilidade do trabalho

desenvolvido pela Técnica de Serviço Social, concretamente no que concerne ao trabalho

de levantamento de necessidades e articulação com outras entidades que intervêm no

domínio social.


A presente actividade tem como principal objectivo, desenvolver competências parentais

junto das famílias. Neste sentido, para além da necessidade de dar continuidade ao

trabalho efectuado no presente ano lectivo, junto das diversas instituições e serviços locais,

propõe-se que no próximo ano lectivo, a intervenção efectuada pelo Gabinete de Apoio

Sociofamiliar incida de forma mais directa nas famílias dos alunos do Agrupamento, tendo

em conta o trabalho anteriormente já efectuado.


83

Considera-se que seria uma mais-valia o acompanhamento individual às famílias e aos

alunos do nosso Agrupamento, conforme as necessidades sentidas pelos mesmos e ainda a

criação de um Grupos de Pais, com o intuito de promover um espaço direccionado

especialmente a eles, onde pudessem ver debatidas e reflectidas questões fulcrais para o

acompanhamento dos seus educandos, impulsionando deste modo a proximidade da

relação entre a escola e as famílias e simultaneamente um maior envolvimento parental.

Apesar de a maioria dos alunos beneficiar de um acompanhamento externo, considera-se

de extrema importância a relação estabelecida entre o Gabinete de Apoio Sociofamiliar e

as instituições locais, no sentido de rentabilizar os serviços de apoio já prestados, bem

como a colaboração com os mesmos na criação de projectos, concepção e elaboração de

planos de intervenção, contribuindo desse modo para uma resposta mais sistémica.

Será relevante referir que relativamente à disposição no espaço escolar do Gabinete de

Apoio Sociofamiliar (que se encontra na escola sede), a mesma não oferece as condições

necessárias ao desenvolvimento da actividade. A partilha de situações problemáticas quer

seja por parte das famílias ou de outros intervenientes, bem como igualmente por parte

dos alunos, exige uma confidencialidade relativamente às informações prestadas, aspecto

que se revela comprometedor, tendo em conta a carência sentida de um espaço próprio

para o efeito.

Propõe-se ainda a alteração dos procedimentos no que concerne ao acompanhamento

familiar, podendo o mesmo apresentar um cariz mais constante, devendo para o efeito ser

aumentada a articulação entre o Gabinete de Apoio Sociofamiliar e os Directores de Turma

dos alunos do Agrupamento, efectuar reuniões periódicas com os encarregados de

educação, realizar visitas domiciliárias (sempre que se justifiquem), participar em reuniões

da comunidade escolar (nomeadamente com a Associação de Pais, Forças de Segurança e

Centro de Saúde), com o intuito de colaborar na resolução de situações problemáticas ou

que careçam de um acompanhamento individualizado, promovendo igualmente as suas

competências, recursos e potencialidades.

O desenvolvimento das actividades acima propostas tem como principal objectivo

promover o encontro entre as famílias e a escola, estimulando as potencialidades de todos

os intervenientes no sentido de os capacitar, através da participação activa na cidadania,

de forma a encontrarem eles próprios as respostas aos seus problemas.


84

O trabalho realizado pelo Gabinete de Apoio Sociofamiliar entre os diferentes

protagonistas do contexto escolar e as suas redes de apoio social, através da metodologia

colaborativa e do trabalho em rede (que envolve a sinalização, a recolha de informação, o

diagnóstico, a planificação, a intervenção e o acompanhamento), constitui-se um aspecto

relevante na prevenção de situações de risco, exclusão, indisciplina, absentismo e

insucesso escolar.

5.CONCLUSÃO

Independentemente de qualquer avaliação, o Agrupamento de Escolas Diogo Cão, nunca mais será o mesmo. O efeito TEIP na organização, estrutura e filosofia de escola está a produzir mudanças significativas que convem futuramente monitorizar e avaliar. Trata-se de um saber fazer e um saber estar aferido por novas práticas assentes num diagnóstico mais apurado e tecnicamente mais válido, em práticas colaborativas e estruturadas e num sistema de avaliação ao mesmo tempo mais facilitado, mas mais rigoroso. Há uma maior nitidez na estratégia e sobretudo um envolvimento de maior número de agentes da comunidade educativa. Ficou mais clara a missão da escola.

agrupamento de escol · acções no domínio da gestão e organização do agrupamento ... reduzir...

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