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CONGRESSO ANAMT – GOIÂNIA CURSO: AGROTÓXICOS – O CONTROLE DE SAÚDE DOS TRABALHADORES EXPOSTOS Dr. Francisco Marcos Gonçalves MAIO DE 2004

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  • CONGRESSO ANAMT GOINIA CURSO: AGROTXICOS O CONTROLE DE SADE DOS TRABALHADORES EXPOSTOS

    Dr. Francisco Marcos GonalvesMAIO DE 2004

  • PROGRAMAA- INTRODUO Definio Histrico Agrotxicos ou Praguicidas ou Pesticidas ou Defensivos Agrcolas so substncias qumicas utilizadas para prevenir , combater ou controlar uma praga. Pela definio citada, incluem-se nas pragas: insetos, carrapatos, aracndeos, roedores, fungos, bactrias, ervas daninhas ou qualquer outra forma de vida animal ou vegetal danosa a sade e ao bem estar do homem, a lavoura, a pecuria e seus produtos e a outras matrias primas alimentares. Incluem-se ainda os agentes desfolhantes, os dessecantes e as substncias reguladoras do crescimento vegetal.

  • Excluem-se: vacinas, medicamentos, antibiticos de uso humano e veterinrio e os agentes usados para o controle biolgico das pragas De acordo com Decreto 4.074 de 4 de janeiro de 2002 que regulamenta a lei 7802/1989 DECRETO N 4.074,DE 4 DE JANEIRO DE 2002 Regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispe sobre a pesquisa, a experimentao, a produo, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercializao, a propaganda comercial, a utilizao, a importao, a exportao, o destino final dos resduos e embalagens, o registro, a classificao, o controle, a inspeo e a fiscalizao de agrotxicos, seus componentes e afins, e d outras providncias.

  • Os defensivos agrcolas ou agrotxicos, so produtos e agentes de processos fsicos, qumicos ou biolgicos, destinados ao uso nos setores de produo, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrcolas, nas pastagens, na proteo de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hdricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composio da fauna ou da flora, a fim de preserva-las da ao danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substncias de produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores do crescimento

  • Histrico: uso do enxofre como acaricida e fungicida no ano 1000 c. arsnio branco : usado na Idade Mdia sulfato de cobre e nicotina so usados como pesticidas desde o sculo XVIII piretro sculo XIX, rotenona usada pelos ndios para pesca-Zeidler em 1874 sintetiza o DDT( Dicloro Difenil Tricloroetano), sendo que Muller em 1939 descobre suas propriedades inseticidas

  • - Faraday em 1825 sintetiza o BHC (Hexaclorociclo-hexano HCH ou BHC), sendo que suas propriedades inseticidas so descobertas entre 1933 e 1942 por pesquisadores americanos, franceses e ingleses- Em 1942 Scharader sintetiza o primeiro organofosforado denominado Shradan para fins de gs de guerra e aps a guerra inicia-se seu uso como agrotxico OMPA

  • Organoclorados foram largamente utilizados na agricultura nas 2 dcadas aps a II Guerra Mundial e tambm nos programas de combate a vetores transmissores de endemias como malria e doena de chagas, inseticidas que se acumulam no meio ambiente e nos sistemas biolgicos.B. USO DO AGROTXICO NO BRASIL Polmica -Agrotxicos X Defensivos Agrcolas- Riscos ao Meio Ambiente e ao Homem X Risco do Comprometimento de Safras Agrcolas- Ecologistas e defensores do meio ambiente X indstrias produtora

  • Transformao da Agricultura Brasileira nos ltimos 30 anos Tecnificao da Indstria Agrcola Agro-NegcioInsumos modernos da prtica agrcola: Adubos Fertilizantes Agrotxicos Transgnicos

  • Brasil utilizou na safra 1970/71 cerca de 27 mil toneladas de agrotxicos e j na safra de 1980 passa a usar cerca de 81 mil toneladas, colocando o pas entre os grandes consumidores de agrotxico no mundo Brasil representa hoje um mercado de 2,3 bilhes de dlares em uso de agrotxicos.Estmulos a elevao do consumo: Dcada de 70 programas nacionais de desenvolvimento, entre eles o de defensivos agrcolas

  • Implantao de fbricas para produo nacional de agrotxicos Impulso a monoculturas agrcolas ex. pr-lcool em 1975 Brasil um pas de clima favorvel a desenvolvimento de pragas agrcolas com temperatura elevada e umidade importantes Produtos onde so mais intensamente utilizados os agrotxicos so os de produtos de exportao

  • Publicao de Panorama Brasil de setembro de 2003 indica que a safra de gros do pas atingir 120 milhes de toneladas e a estimativa da indstria de produtos para a defesa agrcola atinja vendas de cerca de 2,3 bilhes de dlares. Uso por Regio e Cultura Agrcola Regies de maior consumo de agrotxicos: Sudeste, Sul e Centro-Oeste, sendo o Estado de So Paulo um dos grandes consumidores com cerca de 36% de inseticida e 59% de fungicidas comercializados no pas.

  • Consumo de defensivos agrcolas no Brasil em 1984 (toneladas) por regio:Regio Inseticidas Fungicidas Herbicidas Total %Norte 310 57 234 601 0.48Nordeste 5.294 1.306 2.723 9.323 7.52Sudeste 7.192 1.577 2.404 11.173 9.0Centro Oeste 3.060 271 2.670 3.736 3.0M. Grosso do Sul 2.556 379 2.833 5.768 5.0So Paulo 21.439 13.723 9.255 44.387 36.0Paran 6.232 4.259 10.565 25.541 21.0S. C. e R. G. do Sul 8.847 1.613 11.902 22.362 18.0Total Brasil 59.415 23.185 42.556 125.156 100.0FONTE: ANDEF, 1984.

  • Em relao aos tipos de culturas agrcolas onde so mais utilizados os agrotxicos esto : 38% para a soja, 11,5% para cana de acar e 9% para algodo. Consumo de defensivos agrcolas em kg ia/ha para as principais culturas no Brasil e variao percentual na rea cultivada.Grupo/Defensivo Agrcola/Cultura Consumo Variao Variao/Percentual Kg. I.a/ha Percentual rea CultivadaHERBICIDA 1984 1990 ConsumoSoja 0,86 0,58 - 32,5 21,87Cana 1,48 1,44 - 2,7 16,82Milho 0,11 0,36 227,2 - 5,23Arroz 0,56 0,83 48,2 - 26,20

  • FUNGICIDASBatata 10,70 16,55 54,7 16,82Citrus 6,40 2,30 - 64,0 44,10Tomate 22,60 28,20 24,8 17,30Caf 0,72 0,41 - 43,0 16,00INSET/ACARICIDASoja 0,38 0,28 - 26,3 16,82Citrus 5,88 9,39 59,7 44,10Algodo 1,24 2,05 65,3 - 14,76Caf 0,21 0,60 185,7 16,00

  • So produtos que tiveram grande expanso de reas cultivadas e passaram por processo de tecnificao agrcola intensa com mecanizao dos processos de plantio, colheita e aplicao de insumos (adubos fertilizantes agrotxicos) Atualmente o Brasil se encontra em 10o. lugar mundial no consumo de agrotxicos com mdia de utilizao de 3,2 quilos por hectare, sendo a Holanda a primeira com 17,5 quilos por hectare(fonte SINDAG)

  • Com aumento do consumo interno houve aumento da importao de produtos, assim no primeiro semestre de 2003 houve importao de 38 mil toneladas desses produtos, 49% a mais que no mesmo perodo de 2002. Entre janeiro a outubro de 2003 foram importados cerca de 78 mil tons de produtos, sendo 46 mil de Herbicidas, 12 mil de fungicidas, 16 mil de inseticidas e 2 mil de acaricidas e cerca de 500 toneladas de outros produtos. Em relao aos tipos de produtos utilizados o maior aumento ficou por conta dos herbicidas com aumento de 88% nas importaes.

  • Assim empresas produtoras observando o aumento de mercado lanam produtos novos destinados principalmente as 2 grandes culturas de exportao : soja e cana de acar. Gazeta Mercantil de 03 de setembro de 2003 informa que empresa produtora de defensivos elege o Brasil como prioritrio no mercado de defensivos. Apresentam como meta lanamento de 2 a 3 produtos novos ao ano.

  • Produtores de agrotxicos querem desburocratizar a concesso de Registro Especial Temporrio RET emitido pelo Ministrio da Agricultura para realizao de pesquisas no pas. Hoje para esse registro necessria a avaliao da ANVISA , do IBAMA e aps do MAPA( MINIST. AGRIC, PECURIA E ABASTECIMENTO) Gazeta Mercantil de 16-12-2003: A supersafra e os defensivos:

  • Soja: face mais visvel do xito do agronegcio no Brasil , sendo nos primeiros 10 meses de 2003 vendas no mercado externo atingiram 7 bilhes de dlares e no geral o agronegcio confirma sua posio de peso no mercado, tendo a balana agropecuria registrado saldo recorde de prximo aos 30 bilhes de dlares, desempenho superior em 20% em relao a 2002.

  • Projees indicam que o Brasil dever tornar-se o maior exportador de soja do mundo, ultrapassando os EUA. Com isso a indstria de defensivos tende a ganhar mais flego, estimando-se participao de 2,3 bilhes de dlares em 2003, nmeros que sinalizam que o mercado de insumos acompanha a evoluo do agronegcio. Assim empresas do setor projetam avanos na produo e diversificao de produtos, com investimentos nas linhas de produo dos pesticidas. Alm da soja, cana e algodo, outros importantes produtos que utilizam os agrotxicos esto o milho e os citrus.

  • Notcia da Gazeta Mercantil de 29-01-04 indica o investimento de empresas do setor no agronegcio brasileiro, com inaugurao de grande centro de produo destinado a rea agrcola. Ainda Gazeta Mercantil de 17-03-2004 indica que o Agronegcio dever garantir saldo positivo na balana comercial do pas.

  • Conforme informaes de associao das indstrias produtoras as previses para 2004 so de vendas de defensivos-agrotxicos da ordem de 2,5 bilhes de dlares, com investimentos no setor de cerca de 390 milhes de dlares, pesquisa e desenvolvimento com aplicaes de cerca de 45 milhes de dlares e exportao em torno de 300 milhes de dlares e gerando cerca de 7000 empregos diretos no setor.

  • C. PRINCIPAIS GRUPOS DE AGROTXICOS UTILIZADOSSegundo o SINGAG Sindicato Nacional da Indstria de Produtos para Defesa Agrcola em relao aos defensivos agrcolas em linha de comercializao por ingredientes ativos em 2002 haviam:Total 278 - 100% Herbicidas : 81 - 29%Fungicidas : 72 - 26%Inseticidas : 79 - 28%Acaricidas : 16 6%Outros : 30 - 11%

  • Ainda segundo o SINDAG , em relao a defensivos agrcolas em linha de comercializao por classes toxicolgicas (marcas comerciais/formulaes) em 2003 haviam:Total : 600 100%Classe I : 114 - 19%Classe II : 155 26%Classe III : 192 32%Classe IV : 139 23%

  • 1. Inseticidas: a - Organoclorados Ex. DDT, BHC, Aldrin, Heptacloro, etc... b - Organofosforados Ex. Dissulfoton, Malation, Paration, etc... c - Carbamatos Ex. Aldicarb, Carbaril, etc... d - Piretrides Ex. Permetrina, Deltametrina, etc... e - Fumigantes Ex. brometo de metila, fosfina

  • 2. Fungicidas : a - Compostos Inorgnicos de Cobre (oxicloreto de cobre)b - Mercuriais Orgnicos (aretan tilex)c - Dimetil-ditio Carbamatos (ferban ziran)d -Derivados da Tiouria (tiofanato)e - Compostos Fenlicos dinitrofenis(dinozeb DNOC) Clorofenis (pentaclorofenol)f - Fumigantes (brometo de metila)g - Compostos orgnicos de estanho(brestan duter)h - Etileno-bis-ditio carbamatos (maneb mancozeb)i - Outros grupos qumicos (captan difolatan leo mineral)

  • 3. Herbicidas: a - Arsenicais Inorgnicos (arsenito de sdio) b - Carbamatos (clorprofan) c - Compostos Fenlicos (dinitrofenis e clorofenis) d - Derivados do cido Fenoxiaceticos(2,4-D e 2,4,5-T) e - Triazinas (ametrina simazina) f - Triazlios (amino triazol)

  • g - Derivados da Anilina (trifluralina nitralina) h - Dipiridlios (diquat paraquat) i - Tiol carbamatos (bentio carbe, butilato) j - Derivados da uria ( carbutilato diuron)k - Agentes desfolhantes ( DEF Merfs folex)

  • 4. Raticidas: a - de uso restrito (fluoracticos, fosfatos metlicos, cianeto de clcio e brometo de metila) b - produtos de venda ao pblico: norbormida cila vermelha e anticoagulantes (cumarnicos e indandiona).

  • D. CLASSIFICAO TOXICOLGICAToxidades Classe 1 A: Extremamente txico. Algumas gotas podem matar uma pessoa. DL 50 oral (mg/Kg) < 5 Classe 1 B: Altamente txico. Algumas gotas a uma colher de ch podem matar uma pessoa. DL 50 oral (mg/Kg) 5 - 50 Classe 2: Regularmente txico. Uma colher de ch a duas colheres de sopa podem matar. DL 50 oral (mg/Kg) 50-500

  • Classe 3: Pouco txico. H necessidade de duas colheres de sopa a dois copos para serem letais a uma pessoa. DL 50 oral (mg/Kg) 500-5000 Classe 4: Muito pouco txicos. H necessidade de dois copos a um litro para serem letais. DL 50 oral (mg/Kg) > 5000

  • A classe toxicolgica das substncias qumicas tambm deve ser observada conforme normalizao vigente. Ela vem em forma de faixas coloridas na embalagem e sempre bom advertir que, mesmo sendo um pouco txico, ela continua sendo uma substncia venenosa de qualquer maneira ( Veja o quadro abaixo da classe toxicolgica das substncias qumicas ) . CLASSE TOXICOLGICA COR DA FAIXA I ESTREMAMENTE TXICO VERMELHA II ALTAMENTE TXICO AMARELA III TOXIDADE MDIA AZUL IV POUCO TXICO VERDE

  • Tipos de intoxicao causadas pelos agrotxicos Aguda - onde os sintomas surgem rapidamente, algumas horas aps a exposio excessiva, por curto perodo, a produtos altamente txicos. Podem ocorrer de forma branda, moderada ou grave, dependendo da quantidade do veneno absorvido. Os sinais e sintomas so ntidos e objetivos. Subaguda - ocasionada por exposio moderada ou pequena a produtos altamente txicos ou medianamente txicos. Tem aparecimento mais lento e os principais sintomas so subjetivos e vagos, tais como dor de cabea, fraqueza, mal-estar, dor de estmago e sonolncia.

  • Crnica - caracteriza-se por ser de surgimento tardio, aps meses ou anos de exposio pequena ou moderada a produtos txicos ou a mltiplos produtos, acarretando danos irreversveis como paralisias e neoplasias. Tempo de desativao do agrotxico DDT: 4 a 30 anos Aldrin: 1 a 6 anos Heptacloro: 3 a 5 anos Lindano: 3 a 10 anos Clordano: 3 a 5 anos

  • Classificao de alguns agrotxicos em relao a toxicidade aguda:Organoclorado: Pouco txico medianamente altamenteDodocacloro BHC aldrin DDT dieldrinOrganofosforados:Pouco txico medianamente altamenteBromofs diclorvs paration fention dissulfoton

  • Carbamatos: Pouco txico medianamente altamenteCarbaril ropoxur(baygon) carbofuran(furadan) aldicarb(temik)Piretrides: Pouco txico medianamente altamentePermetrina aletrinadeltametrina

  • Acaricidas : pouco txico medianamente altamente omite dicofol dinocapFungicidas: Pouco txico medianamente altamenteSais de cobre tiran compostos mercuriaisHerbicidas : Pouco txico medianamente altamenteAmetrina bentiocarb arsenito de sdioSimazina 2,4-D e 2,4,5-T paraquat

  • Raticidas: Pouco txico medianamente altamenteCila vermelha cumafeno cianogs Norbormida pindona fluoracetato Na Sulfato de tlio E - QUADRO CLNICO E ALGUMAS INFORMAES SOBRE O USO DOS PRINCIPAIS GRUPOS DE AGROTXICOS UTILIZADOS NO BRASIL Quadro Clnico Diagnstico Tratamento de alguns grupos de Agrotxicos Informaes sobre uso restrio do uso principais grupos de Agrotxicos

  • ORGANOCLORADOS:Usos do produto: Inseticida e acaricida Vias de absoro usual: oral, respiratria e drmica ATUAM SOBRE A MEMBRANA NEURONAL,AXONAL,PRINCIPALMENTE,LENTIFICANDO O FECHAMENTO DOS CANAIS DE SDIO INTERFEREM NO METABOLISMO DE SEROTONINA,NORADRENALINA E ACETILCOLINA DE MANEIRA AINDA NO ESCLARECIDA

  • aspectos toxicolgicos : ao sobre o sistema nervoso central em casos agudos. Estimulante das enzimas microssomias hepticas em casos crnicos Armazenamento em tecidos adiposos e venenos altamente cumulativos.ORGANOCLORADOS QUADRO CLNICO CONVULSES SO AS MANIFESTAES MAIS IMPORTANTES INSUFICINCIA RESPIRATRIA FRAQUEZA MUSCULAR, AGITAO, MIOCLONIAS, PARESTESIAS, CONFUSO MENTAL

  • Cefalia persistente, contraes musculares, tremores, convulses. Parestesias ( lngua, lbio, face e mos), perturbaes no equilbrio. Perda do apetite, mal-estar geral. Hepatomegalia, leses hepticas e renais. Pneumonite qumica.ORGANOCLORADOS: EXAME LABORATORIAL E TRATAMENTO NO VIVEL A DOSAGEM SRICA, RADIOGRAFIA DO ABDOME REVELA MATERIAL RADIOPACO TRATAMENTO: COLESTIRAMINA MAIS EFICIENTE DO QUE O CARVO ATIVADO TRATAMENTO DAS CONVULSES COMO SE FAZ HABITUALMENTE

  • dosagem poderia ser feita por cromatografia como exame rotineiro haveriam dificuldades obteno do exame custos DIAGNSTICO LABORATORIAL Doseamento do teor no sangue por cromatografia de fase gasosaTRATAMENTOS Tratamento sintomtico. Nos casos de excitao neurolgica, Diazepnicos e fenitona. Antibiticos e costicosterides nas paneumonites qumicas.

  • Algumas informaes sobre os produtos organoclorados grande persistncia no meio ambiente armazenam-se por toda a vida no organismo vivo em tecido adiposo devido sua lipossolibilidade planeta foi inundado por DDT e BHC tanto na agricultura como em campanhas de sade pblica no mundo inteiro como estratgia de combate e erradicao de grandes endemias como a malria e particularmente no Brasil Doena de Chagas j em 1948 estudos constatavam presena de DDT em tecido adiposo humano

  • DDT e BHC encontram-se amplamente distribudos pelo meio ambiente e podem ser encontrados freqentemente como contaminantes de alimentos questes ambientais como a magnificao alimentar, transferncia do txico atravs de vrios elos da cadeia alimentar leis que impuseram restrio a uso desses produtos no pas portaria 329 de 02-09-85, tendo o mesmo ocorrido no Estado de So Paulo com lei 4002 de 05-01-84

  • estudo clnico epidemiolgico em trabalhadores de campanhas de sade pblica expostos cronicamente aos inseticidas organoclorados evidenciou no exame citogentico freqncias aumentadas de certos tipos de aberraes cromossmicas estruturais no grupo exposto em relao ao controleORGANOFOSFORADOSCARBAMATOS: Usos: inseticidas e acaridas Vias de absoro: oral, respiratria e drmica. Aspectos toxicolgicos: inibidores da colinesterase.

  • ORGANOFOSFORADOS INIBIDORES IRREVERSVEIS DA ACETILCOLINESTERASE ACMULO DE ACETIL COLINA ESTIMULAO MUSCARNINICA ESTIMULAO NICOTNICA ESTIMULAO DO S.N.C.

  • ORGANOFOSFORADOS QUADRO CLNICO MUSCARNICO - MIOSE, HIPERSECREO LACRIMAL, SUDORESE, PILOEREO, BRADICARDIA, VMITOS. NICOTNICO - FASCICULAES, ABALOS MUSCULARES, TAQUICARDIA RARA S.N.C. - GRANDE ESTIMULAO

  • Sintomas e sinais clnicos : Sndrome colinrgica : sudorese sialorria miose hiper secreo brnquica bronco espasmo tosse vmitos clicas diarria Sndrome nicotnica : cimbras fasciculao muscular hipertenso arterial transitria Sndrome Neurolgica : confuso mental ataxia convulses depresso centros crdio - respiratrios

  • ORGANOFOSFORADOS-EXAME LABORATORIAL E TRATAMENTO EXAME: DOSAGEM DE ACETILCOLINESTERASE QUE EST DIMINUDA. TRATAMENTO: ATROPINA EM DOSE VARIVEL POR TEMPO INDETERMINADO, RETIRADA LENTA, GRADUAL. PRALIDOXIMA EM DOSE FIXA POR 3 DIAS EM MDIA. Medicaes contra indicadas: morfnicos, aminofilina e tranquilizantes

  • CARBAMATOS INIBIDORES REVERSVEIS DA ACETILCOLINESTERASE ACMULO DE ACETILCOLINA ESTIMULAO MUSCARNICA ESTIMULAO NICOTNICA ESTIMULAO DO S.N.C. DA MESMA FORMA QUE OS ORGANOFOSFORADOS

  • CARBAMATOS QUADRO CLNICO AS MESMAS MANIFESTAES CLNICAS DA INTOXICAO POR ORGANOFOSFORADOS, PORM QUADRO CLNICO DE MENOR DURAO, RARAMENTE ULTRAPASSANDO 3 DIAS. EMBORA DE CURTA DURAO AS INTOXICAES PODEM SER TO GRAVES QUANTO AQUELAS DO ORGANOFOSFORADOS

  • CARBAMATOS-EXAME LABORATORIAL E TRATAMENTO EXAME: DOSAGEM DE ACETILCOLINESTERASE QUE EST DIMINUDA TRATAMENTO: ATROPINA EM DOSE VARIVEL POR TEMPO INDETERMINADO, RETIRADA LENTA GRADUAL. NO USAR PRALIDOXIMA

  • Alguns dados sobre Organofosforados e Carbamatos: Grupos de inseticidas muito utilizados Causam graves intoxicaes agudas, sendo os inseticidas que maior nmero de bitos causam devido a intoxicao

  • Trabalhos mostram que trabalhadores rurais expostos a estes inseticidas apresentam atividade enzimtica de acetil colinesterase rebaixada Ex.: Trabalho rural e fatores de risco associados ao regime de uso de agrotxicos em Minas Gerais, Brasil.W. SoaresI; R. Moritz V. R. AlmeidaII; S. MoroIICentro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, Universidade Federal de Minas Gerais. IIPrograma de Engenharia Biomdica, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Ps-Graduao e Pesquisa de Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. C. P. 68510, Cidade Universitria, Rio de Janeiro, RJ 21945-970, Brasil.

  • RESUMO: O objetivo deste artigo foi caracterizar o processo do trabalho rural em nove municpios de Minas Gerais, considerando indicadores scio-demogrficos, a estrutura agrria dos estabelecimentos rurais, prticas de trabalho relacionadas ao uso de agrotxicos e, a intoxicao associada a seu uso. Os dados foram obtidos de uma pesquisa realizada pela Fundao Jorge Duprat Figueiredo, de Segurana e Medicina do Trabalho, que aplicou um questionrio a 1.064 trabalhadores rurais, entre os anos de 1991 a 2000.

  • Por meio de uma regresso logstica, foram obtidos os fatores de risco associados intoxicao por agrotxicos dos grupos organofosforados e carbamatos. Cerca de 50% dos entrevistados se encontravam ao menos moderadamente intoxicados. Os fatores de risco encontrados foram: ter o ltimo contato a menos de duas semanas com agrotxicos; no usar proteo; ser orientado pelo vendedor; citar organofosforados ou carbamatos como agrotxico principal e trabalhar nos municpios de Tefoli Otoni, Guidoval ou Piraba.

  • Os resultados apontam para o alto grau de risco de agravos sade a que esto sujeitos trabalhadores rurais em contato com agrotxicos. Efeitos crnicos paralisias de nervos perifricos devido processo de desmielinizao Agrotxicos ameaam a vida de agricultores. A cada ano ocorrem cerca de 500 casos de intoxicao em SC. Deste total, 15 morrem devido ao problema Adriano Ribeiro Especial para A Notcia

  • Os agrotxicos so agentes txicos que mais matam no Estado, correspondendo ao maior nmero de bitos registrados no Centro de Informaes Toxicolgicas do Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina. A cada ms so cerca de 30 a 40 casos de intoxicaes. A mdia de casos de intoxicaes chega hoje a 500 casos registrados anualmente. Destes quinze acabam em morte. Muitos so os agentes causadores. Segundo pesquisadores, o produto Tamaron, por exemplo, provoca irritao, depresso, alteraes no sistema nervoso central, impotncia e at m-formao de fetos. Uma bomba qumica.

  • O uso indiscriminado de agrotxico no tomate assusta. Muitos agricultores no usam proteo nenhuma para preparar os produtos, nem sequer para aplic-los na lavoura. De acordo com o extensionista da Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuria (Epagri) Nauro Jos Velho, para cada hectare cultivado a cultura exige 39,5 quilos de agrotxicos. Se calculada a rea cultivada deste ano, conforme a Associao Caadorense de Produtores de Tomate (Acato), que dever ser de 700 hectares, chega-se ao assustador nmero de 27.650 quilos do produto numa s safra. A Acato tambm calcula que cerca de 6 mil pessoas trabalham diretamente com o tomate e os resduos dos txicos.

  • Os rgos da agricultura em Caador no tm controle sobre a venda do produto e sua aplicao. (colaborou Luis Fernando Assuno) Pesticidas podem comprometer venda da cebola - Ituporanga - Os produtores de cebola da regio do Alto Vale do Itaja correm o risco de perder espao no mercado consumidor nacional em razo do uso excessivo e desnecessrio de agrotxicos. A advertncia do gerente regional da Empresa de Pesquisa Agropecuria e de Extenso de Santa Catarina (Epagri), Sebastio Abro, que denunciou a comercializao indiscriminada de coquetis, contendo vrios produtos nocivos sade, inclusive de forma clandestina, sem nota fiscal e receiturio agronmico.

  • O nmero de pessoas intoxicadas pela manipulao incorreta, sem a devida proteo, no tem como ser levantado em razo da maioria das secretarias municipais deixarem de fazer notificao 4 Regional de Sade. Santa Catarina o maior produtor de cebola do Brasil, com a sua produtividade tambm se destacando s custas da aplicao de agrotxicos. Abro disse que impossvel levantar a quantidade utilizada a cada safra. que existem muitas casas comerciais que fazem a comercializao sem o receiturio expedido por um engenheiro agrnomo e muito menos orientao do uso do produto.

  • Inseticidas Piretrides : Piretrinas: inseticidas naturais extrados de flores do gnero chrysanthemun. Os naturais so instveis a exposio a luz e no possuam efeito residual e portanto sem utilidade prtica como praguicida. Indstria desenvolveu a piretrina sinttica, estvel a exposio a luz e com uso como praguicida.

  • Vias de absoro: oral, respiratria e drmica. So substncias com potencial alergizante, expostos podendo desenvolver quadros de asma e bronquite principalmente em crianas. So os inseticidas domsticos mais usados. Mecanismo de ao: ao excitatria intensa do S.N.C.; doses altas acarretam hipersensibilidade aos estmulos excitatrios em nervos perifricos

  • SINTOMAS E SINAIS CLNICOS tremores, hipersensibilidade, hiperexcitabilidade, cimbras musculares e convulses. salivao excessiva, lacrimejamento, hipersecreo nasal, hipersensibilidade, distrbios sensoriais cutneos (formigamento, entorpecimento e sensao de queimao), irritao cutnea (eritema papular), cefalia intensa, perda do apetite, fadiga, tonturas, perda da conscincia, cimbras musculares e convulses

  • DIAGNSTICO LABORATORIAL Resduos no sangue perifrico por cromatografia fase gasosa ou HPLC. TRATAMENTOS Medicao de apoio conforme os sintomas e sua intensidade, anti-histamnicos, diurese alcalina provocada, hemodilise, diazepnicos e fenobarbital. Acetato de tocoferol pode ser til para previnir leses cutneas (uso tpico).

  • PIRETRIDES PROLONGAM O PERODO DE ABERTURA DOS CANAIS DE SDIO VOLTAGEM-DEPENDENTES, COMO OS ORGANOCLORADOS. QUADRO CLNICO GERALMENTE SOB A FORMA DE REAES ALRGICAS. EXAME LABORATORIAL NO FEITO TRATAMENTO SINTOMTICO DE SUSTENTAO.

  • FOSFETOS METLICOS (fosfinas) USOS Inseticidas fumigantes (p/gros armazenados) VIAS DE ABSORO respiratria e drmica (em menor intensidade) ASPECTOS TOXICOLGICOS Destruio dos tecidos. alterao do metabolismo dos carboidratos, lipdios e protenas do fgado.

  • SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Fadiga, sonolncia, tremores, dores abdominais, vmitos, diarria, ictercia, hipotenso arterial, arritmia cardaca, dispnia, ataxia, convulses, edema pulmonar (por vezes de ocorrncia tardia), estado de choque. DIAGNSTICO LABORATORIAL Provas de funo heptica e renal. Radiografia do trax. TRATAMENTOS Administrao de O2 suplementar. Tratar a hipotenso, convulses e edema pulmonar conforme a ocorrncia.

  • Brometo de metila:Usos: inseticida fumigante para gros armazenados e nematicida.Vias de absoro: respiratria e drmica (em menor extenso)Aspectos toxicolgicos: Edema pulmonar no cardiognico. Pneumonite qumica. Insuficincia circulatria. Perturbaes neurolgicas (psicoses e sintomas extrapiramidais).

  • SINTOMAS E SINAIS CLNICO Irritao cutnea com formao de vesculas, queimaduras qumicas. Irritao ocular, do trato respiratrio e pulmonar. Mal-estar, cefalia, nuseas, vmitos, perturbaes visuais, diplopia, nistagno. Bronco espasmo, edema pulmonar, insuficincia renal, coma. Seqelas neurolgicas (psicoses, sintomas extrapiramidais). DIAGNSTICO LABORATORIAL Avaliao do comprometimento pulmonar, heptico e renal. Teor de brometos no soro acima de 1 meq/l indicam exposio.

  • TRATAMENTOS Atmosfera de O2 ou de CO2 no comprometimento pulmonar. Respirao artificial se ocorrer parada respiratria. Tratar as convulses (diazepnicos, fenitona), broncoespasmo e edema pulmonar conforme surgirem. Manter o paciente aquecido em repouso, sob observao no mnimo por 24 horas (para detectar possvel edema pulmonar tardio).

  • Herbicidas:Paraquat:Uso: herbicidaVias de absoro: principalmente via oralAspectos toxicolgicos: fibrose e parenquimatizao pulmonar

  • PARAQUAT FORMA RADICAIS SUPERXIDOS E RADICAIS HIDROXILA QUE REAGEM COM LIPDEOS DAS MEMBRANAS CELULARES,PROTENAS, ENZIMAS E MOLCULAS DE DNA. H DESARRANJO DE TODAS AS FUNES CELULARES E MORTE. HERBICIDA DE GRANDE POTNCIA TXICA E MUITO SOLVEL EM GUA

  • PARAQUAT QUADRO CLNICO MANIFESTAES LOCAIS COM ESTOMATITE GASTROENTEROCOLITE PERODO DE SILNCIO CLNICO QUE PODE DURAR DE 3 A 4 DIAS, PODE OCORRER. FALNCIA SIMULTNEA DE VRIOS RGOS E MORTE RPIDA, EM POUCOS DIAS.

  • EVOLUO PROTRADA, COM INSUFICINCIA DE VRIOS RGOS, SIMULTNEAMENTE OU NO, COM DURAO DE SEMANAS, HAVENDO RECUPERAO, OU BITO POR FIBROSE PULMONAR. TODOS OS CASOS SO CONSIDERADOS GRAVES.

  • PARAQUAT EXAME LABORATORIAL PODE SER DOSADO NO SANGUE E NA URINA DOSAGEM DE ENZIMAS HEPTICAS E EXCRETAS NITROGENADAS RADIOGRAFIA DE TRAX MONITORIZAO RESPIRATRIA

  • PARAQUAT TRATAMENTO TERRA DE FLLER OU CARVO ATIVADO HEMODILISE OU HEMOPERFUSO OXIGNIO PODE POTENCIALIZAR OS EFEITOS TXICOS-USAR COM CAUTELA. CORTICOSTERIDES, VITAMINA C, VITAMINA E.

  • PARAQUAT PROGNSTICOEXISTEM REFERNCIAS DE SERVIOS COM 75% DE BITOSTODOS O PACIENTES INTOXICADOS DEVEM SER TRATADOS COM O MAIOR EMPENHO E RIGOR MESMO QUE AS MANIFESTAES INICIAIS NO SEJAM EXUBERANTES, POIS SABEMOS DA EXISTNCIA DO SILNCIO CLNICO EM MUITOS CASOS.

  • Outros Herbicidas:Clorofenxis : 2,4-D e 2,4,5-TUso: herbicidaVias de absoro: oral ou respiratria Aspectos toxicolgicos: no tem ao hormonal em animais, podem acarretar quadros de neurites perifricas e transitrias, leses hepticas e renais, irritaes cutneas e gastrointestinais.

  • Sinais e sintomas: vmitos fraqueza muscular bradicardia sudorese oligria - dificuldade respiratria. Produz quadro de hiperglicemia e glicosria transitrias e neuropatia perifrica. Diagnstico laboratorial: pesquisa de glicemia e glicosria Tratamento sintomtico e de suporte

  • OUTROS HERBICIDAS DIQUAT, GLIFOSATO, AMETRINA, BROMACIL, SIMAZINA, 2,4-D, E OUTROS DE POUCA IMPORTNCIA NA TOXICOLOGIA HUMANA. TAIS PRODUTOS NO DETERMINAM INTOXICAES GRAVES, COMO REGRA GERAL.Alguns aspectos relacionados ao uso de herbicidas : Uso ampliado desses produtos nos ltimos com a substituio da capina mecnica nas atividades de agricultura, manuteno de ferrovias e vias pblicas em geral.

  • Grupos mais utilizados : paraquat clorofenxis e dinitro fenisParaquat: altamente txico doses fatais em torno de 50 ml do produto ingerido pode levar a bito em prazo de 3 a 10 dias.Provoca leses locais, renais e aps quadro de fibrose pulmonar irreversvel. Utilizado na agricultura e vias pblicas , sendo herbicida de contato.

  • Clorofenxis: herbicidas mais utilizados so o cido 2,4 dicloro fenoxiactico e o cido tricloro fenoxiactico. Tem persistncia no ambiente, podem ter como contaminante a dioxina, substncia de grande toxicidade. Agentes utilizados como desfolhantes na guerra do Vietn agente laranjaCLOROFENXIS (2,4-D2,4,5-T, diclofop metlico, metilclorofenxipropionato-mcpp)

  • USOS Herbicidas VIAS DE ABSORO Oral, drmica e respiratria em menos intensidade ASPECTOS TOXICOLGICOS Leses heptica e renais. Neurite perifrica transitria. Leses musculares. Estes herbicidas atuam como hormnios de crescimento nos vegetais, mas no tm ao hormonal em animais

  • SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Em doses altas: fraqueza, mal-estar, miose, vmitos, dificuldades respiratria, bradicardia, hipotenso arterial, hipertermia, sudorese, oligria. Enfraquecimento muscular, paralizia intercostal, dores musculares com fibrilao. Neuropatia perifrica, condies diabetifrmes ( hiperglicemia e glicosria transitria). Alteraes hepticas e renais.

  • DIAGNSTICO LABORATORIAL Mioglobina e hemoglobina podem ser encontradas na urina. Teores altos de desidrogenase ltica (LDH), SGOT, SGPT e aldolase indicam a extenso das leses musculares. O ECG deve ser monitorado para deteco de anormalidades cardacas. Hiperglicemia e glicosria podem ser encontradas.

  • TRATAMENTOS Lidocana 50-100 mg I.V., continuando com 1- 4 mg/min. , para controlar a irritabilidade muscular. Eletrlitos para compensar as perdas por vmito. Bicarbonato de sdio 10-15 g/dia para manter a urina alcalina durante a mioglobinemia. Dinitro fenis e pentaclorofenol: utilizados como herbicidas, acaricidas, fungicidas e inseticidas. Penta clorofenol utilizao como conservante de madeira p da china.

  • Aumentam a atividade metablica. H aumento de temperatura corprea. So venenos cumulativos. Dinitrofenis pode acarretar metemoglobinemia.SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Irritao cutnea, ocular e do trato respiratrio. Cefalia, mal-estar, nuseas, hipertermia, sudorese, taquicardia, colapso, convulses, edema pulmonar, hepatite, pancreatite, glicemia aumentada e glicosria. Colorao amarela da pele e das conjuntivas (por ao direta do produto).

  • DIAGNSTICO LABORATORIAL Pesquisa de compostos no sangue e na urina. Nveis sanguneos de 1 mg/l indicam exposio. TRATAMENTOS No provocar vmito, carvo ativado e lavagem gstrica, catrticos. Banhos com gua fria, oxigenoterapia, restabelecer eletrlitos. Tratar as convulses, hipotenso arterial, hipertermia e metemoglobinemia conforme ocorrem

  • GLIFOSATOUSOS HerbicidasVIAS DE ABSORO Oral e drmicaASPECTOS TOXICOLGICOS Irritante drmico e ocular. Pode causar danos hepticos e renais, quando ingerido em doses altas.

  • SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Dermatite de contato. Sndrome txica apos ingesto de doses altas: epigastralgia, ulcerao ou leso de mucosa gstrica, hipertermia, anria, oligria, hipotenso, conjuntivite , edema orbital, choque cardiognico, arritmias cardacas, edema pulmonar no cardiognico, pneumonite, necrose tubular aguda, elevao de enzimas hepticas, leuccitos, acidose metablica, hipercalemia.

  • DIAGNSTICO LABORATORIAL Pesquisa do composto do material gstrico. Enzimas hepticas, funo renal, eletrlitos, gasometria, urina I, raio x de trax em pacientes sintomticos.TRATAMENTOS No recomendado emese. O vmito pode ocorrer espontaneamente. Oferecer lquidos para diluio. Carvo ativado e catrtico. Tratamento sintomtico e de manuteno. No administrar atropina (no inseticida osrganofosforado).

  • Projeto reduz limite de uso do agrotxico glifosato 8/1/2004 O limite mximo de resduos do agrotxico glifosato no solo - herbicida considerado extremamente forte - pode ser reduzido para garantir a sade dos agricultores brasileiros. A indicao est prevista no Projeto de Decreto Legislativo 499/03, do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que ser votado pela Comisso de Constituio e Justia e de Redao. A proposta susta a Portaria 764/98, da Secretaria da Vigilncia Sanitria, que permitiu a elevao, de 0,02 ppm para 2.0 ppm, do limite mximo de resduos no solo de agrotxico glifosato.

  • Dr. Rosinha afirma que a medida ter dois efeitos positivos. O primeiro, com relao sade das pessoas e proteo do meio ambiente, j que, em sua avaliao, a portaria em vigor "aumenta de forma abusiva e irresponsvel o limite mximo de resduos de veneno no solo", podendo comprometer, inclusive, o lenol fretico, rios, crregos, lagos e nascentes. "Por outro lado, no da competncia da Vigilncia Sanitria legislar sobre esse assunto, que depende de estudos de impacto ambiental e deve ter acompanhamento prvio do Ministrio do Meio Ambiente", garantiu o parlamentar.

  • Aumento de 100 vezesO glifosato empregado para combater ervas daninhas em culturas de ameixa, banana, ma, nectarina, pra e pssego, assim como nas plantaes de caf, cacau, soja, trigo e cana-de-acar. No caso da cana-de-acar, tambm utilizado como maturador. A substncia, de acordo com legislao do Ministrio da Sade, tem ao txica sobre animais e plantas e est autorizada para utilizao em atividades agropecurias.

  • Dr. Rosinha explica que o efeito do agrotxico glifosato forte e, por esse motivo, o limite de 0,02 ppm era tido como o mximo possvel de acordo com Relatrio de Impacto ao Meio Ambiente (Rima). "Imaginem isso aumentado em 100 vezes. Sem entrar no mrito do interesse que envolveu a citada portaria, o ato abusivo e intolervel para um governo tico e transparente, que tem por princpio a defesa da vida, da sade, do meio ambiente e do consumidor", concluiu o parlamentar. Na Comisso de Constituio e Justia e de Redao, a proposta aguarda a designao de um relator. Depois, dever ser votada tambm pelo Plenrio da Cmara. (Patrcia Roedel)

  • Caos sobre uso de agrotxicos deve-se ao Poder Pblico por Paulo Afonso Brum VazA limitao de uso do herbicida glifosato, contra-indicado pelos rgos governamentais competentes, para aplicao posterior ao nascimento da planta, cria um impasse de difcil soluo para o governo. Segundo dispe a Lei n 7.802/89, um agrotxico somente pode ser usado conforme as recomendaes contidas no seu registro, ato que depende da anuncia dos Ministrios da Sade, Meio Ambiente e Agricultura. O glifosato (Roundup Ready) tem seu registro limitado ao uso pr-emergente, ou seja, anterior ao nascimento da planta, e, portanto, no pode ser usado na fase ps-emergente (depois do nascimento da planta).

  • A soja transgnica, de plantio liberado pela MP n 131/03, uma modalidade de cultivar resistente ao glifosato, um herbicida de amplo espectro (um "mata-tudo"), mas sensvel aos efeitos de outros herbicidas. Assim, a proibio do glifosato, que tambm produzido pela Monsanto, torna invivel a plantao transgnica.Aplicar agrotxico em desacordo com as exigncias estabelecidas na legislao pertinente crime punido com a pena de recluso de 2 a 4 anos, e multa, nos termos do art. 15 da Lei n 7.802/89. Portanto, o uso do glifosato diretamente na planta transgnica, contrariando as limitaes do registro do produto, poder trazer srios problemas para os agricultores, na rbita penal.

  • Esta advertncia exige do Poder Executivo maior ateno e cautela no trato da matria. Por sua vez, a Monsanto, que detm a patente das sementes transgnica, agiu aodadamente em t-las disponibilizado para comercializao, conhecedora que era das limitaes do registro e estando pendente de exame autorizao de uso menos restrito. Os agricultores, de sua parte, agiram de forma imprevidente, sujeitando-se ao risco de no poderem usar o indispensvel agrotxico.

  • Espera-se que a soluo para o impasse no torne a violar os princpios da precauo e do desenvolvimento sustentvel, que norteiam o processo de controle fitossanitrio de agrotxicos, como parece ter ocorrido com a edio da MP 131/03, colocando em risco a sade pblica e o meio ambiente. O governo do Estado j anuncia que no tem condies de fiscalizar o uso do agrotxico, por falta de recursos humanos. Alis, isto no novidade.

  • O caos que se instalou quanto ao uso indiscriminado de agrotxicos -- inclusive de produtos proibidos no pas e contrabandeados de outros pases do Mercosul -- deve-se exatamente omisso do Poder Pblico em cumprir sua funo constitucional de coibir as atividades nocivas ao meio ambiente e sade pblica.Revista Consultor Jurdico, 17 de outubro de 2003

  • USOS Fungicidas, herbicidas e inseticidas.VIAS DE ABSORO Oral, drmica e respiratria.ASPECTOS TOXICOLGICOS Ingesto de doses altas podem acarretar leses em rgos onde o produto metabolizado (fgado) e em rgos de excreo (rins). Eventualmente depresso do S.N.C.

  • SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Irritao da pele e das mucosas. Mal-estar, fadiga, tontura, tremores, cefalia, nuseas, vmito, dores abdominais, taquipnia. Sinais de leses hepticas e renais. Em casos de aspirao: pneumonite qumica.DIAGNSTICO LABORATORIAL Provas de funo heptica e urinria. Deteco do produto em vmito coletado ou em lavado da pele. Doseamente de resduos do produto no sangue.TRATAMENTOS Tratar as ocorrncias clnicas conforme surgirem e segundo sua gravidade.

  • Herbicida trifluralina: Pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) apontou a presena de resduos de agrotxicos em trs marcas de arroz comercializadas no Pas. A anlise de 12 marcas de arroz foi encaminhada Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. Em um dos lotes, valido at junho de 2000, havia resduos do herbicida Trifluralina, em quantidade trs vezes maior que o limite permitido pela legislao. O secretrio da Agricultura e Abastecimento, Jos Hermeto Hoffmann, teme que as denncias acabem prejudicando a lavoura gacha.Fungicidas :DITIOCARBAMATOS (maneb, mancozeb, zineb e tiram)

  • USOS Fungicidas.VIAS DE ABSORO Oral, drmica e respiratria .ASPECTOS TOXICOLGICOS Dermatite de contato. Sensibilidade ocasional.SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Por ingesto de grandes doses: Nuseas, vmitos, dores abdominais.

  • Alterao nas provas de funo heptica. Exposio intensa por vias respiratrias: Rinite, faringite, bronquite e sndrome parkinsoniana (manganismo nas exposies ao maneb e mancozeb). Efeito antabuse na exposio ao tiram.DIAGNSTICO LABORATORIAL Eletrlitos, urina I, funo renal, Nas exposies ao maneb e mancozeb, doseamento do mangans no sangue e na urina (nveis normais 20 a 80 ug/l no sangue e 1 a 8 ug/l na urina).

  • SAIS DE COBRE (oxicloreto de cobre e outros)USOS Fungicidas.VIAS DE ABSORO Oral e respiratria .ASPECTOS TOXICOLGICOS Leso capilar, leso renal, gastrenterite hemorrgia, excitao do S.N.C.. A ao emtica faforece sua eliminao. Pneumonite qumica.

  • SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Irritao da pele e mucosas (leses necrticas em contatos prolongados ). Nuseas, vmitos, diarrias. Hipertermias, convulses, ictercia, hepatomegalia, oligria, anria. No caso de ingesto, se no houver vmito, h absoro progressiva e envenenamento sistmico, podendo ocorrer a morte em poucos dias.DIAGNSTICO LABORATORIAL Dosagem do cobre srio (normal 1mg/l). Nveis acima de 5 mg/l so considerados muito txicos.

  • TRATAMENTOS Hemodilise ou dilise peritoneal nos casos graves. Quelao (penicilinamina) nos casos agudos e crnicos. Tratamento de outras ocorrncias conforme surgirem.

  • ANTICOAGULANTES (derivados da cumarina e da indadiona)USOS RaticidasVIAS DE ABSORO Oral e drmicaASPECTOS TOXICOLGICOS Inibem a formao de protrombina e lesam as paredes dos capilares sanguneos.

  • SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Vmitos iniciais. Hemorragias nasal e gstrica. Hematria e enterorragia. Erupo cutnea petequial.DIAGNSTICO LABORATORIAL Tempo de protrombina reduzido. Tempo de coagulao aumentado.TRATAMENTOS Vitamina K: 20 a 60 mg, 3 vezes ao dia. Transfuses sanguneas nos casos graves.

  • Aes ou leses causadas por agrotxicos no homem: Leses hepticas: inseticidas organoclorados Leses renais: fungicidas fenil mercricos Neurite perifrica: organofosforados e herbicidas clorofenxis Atrofia testicular: fungicida tridemorfo calixim Oligospermia: DCBP nemagon

  • Cisitite hemorrgica: acaricida clordimeforme - galegron Fibrose pulmonar: paraquat Reaes de hipersensibilidade: inseticidas piretrides Teratognese: dioxina fungicidas mercuriais Metagnese: inseticida organoclorados

  • Se, no geral, o Brasil registra marcas preocupantes com relao aos acidentes do trabalho, no setor rural a situao muito pior, alm do que na rea agrcola que o nmero de acidentes no-registrados muitssimo maior do que nos centros urbanos, porque, naturalmente, l o ndice de trabalhadores sem registro em carteira consideravelmente maior, a ponto de a

  • OIT - Organizao Internacional do Trabalho - afirmar que os trabalhadores agrcolas correm, pelo menos, o dobro de riscos de morrer no local de trabalho do que os empregados dos demais setores ("O Globo", pg. 25, de 17.2.98). Afirma, ainda, aquela organizao, que a situao mais grave nos pases em desenvolvimento, devido aos baixos ndices educacionais.

  • Lamentavelmente, no meio rural brasileiro, em especial, temos importantes ndices de analfabetismo, falta de instruo e alto ndice de misria, que contribuem para a manuteno das precrias condies de trabalho desses irmos brasileiros que produzem o feijo e o arroz da mesa de milhes de brasileiros.

  • As principais causas de acidentes no campo so a falta de treinamento para lidar com maquinrio, com agrotxicos e, ainda, inexistncia, em muitos casos, de equipamentos adequados de proteo individual e coletiva. Segundo Eduardo Garcia, engenheiro agrnomo e pesquisador da FUNDACENTRO, os maiores problemas com intoxicao ocorrem nas culturas de melancia, soja, batata, algodo e tomate (entrevista no jornal "O Globo", de 17.02.98).

  • "Dados de pesquisa entre produtores e trabalhadores rurais mostram o alto risco do uso de agrotxicos na agricultura paulista, que pode estar trazendo srios prejuzos sade pblica e ao meio ambiente. O levantamento o primeiro resultado de um convnio assinado no ano passado, entre a FUNDACENTRO e a Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de So Paulo, para implementao do Programa de Segurana e Sade do Trabalhador Rural" (Revista da FUNDACENTRO, ano II, n 7, pg.23).

  • Conforme essa pesquisa, o Brasil consome 1/5 de todo o agrotxico utilizado pelo terceiro mundo, dado esse alarmante, levando-se em conta que, entre 1995 e 1996, houve um aumento de 16,7%, o que ensejou o seguinte comentrio do j mencionado engenheiro agrnomo da FUNDACENTRO: "A falta de orientao e controle sobre o uso de agrotxico, alm da carncia de informaes sobre outras tcnicas de manejo fitossanitrio, que reduzam a necessidade do produto, tm impacto direto na sade e segurana dos trabalhadores rurais, no meio ambiente e na qualidade dos alimentos que so levados mesa do consumidor".

  • O pior que o uso de agrotxicos vem aumentando no campo, sem controle. Alm dos adultos, vem sofrendo suas conseqncias tambm os menores que manuseiam com a mais absoluta normalidade qualquer tipo de defensivo agrcola, conforme temos constatado em Inquritos Civis Pblicos que apuram irregularidades do trabalho do menor e do meio ambiente do trabalho - irregularidades essas mostradas vez por outra pelas redes de televiso do pas.

  • As conseqncias do uso dos agrotxicos pelos trabalhadores rurais podem acompanh-los pelo resto de suas vidas. Como prova disso, lembramos que o pas inteiro foi tomado por comoo nacional, quando da morte de Leandro, integrante de uma das mais conceituadas duplas sertanejas.

  • Acometido por um tumor cancergeno, de espcie rara, veio a bito, cujas causas esto sendo hoje discutidas na classe mdica, com, inclusive, suspeitas de que o mal tenha sido gerado quando ele trabalhava na lavoura do tomate, em meio a intensivo uso de agrotxicos, segundo veiculado no dia 1.7.98, pela jornalista Marlia Gabriela, no Programa/SBT- Reprter.

  • OIT ESCREVE CONVENO SOBRE SST NA AGRICULTURA Texto da Organizao serve de trilha para o governo redesenhar as NRs que tratam do setor rural no Brasil O trabalho agrcola uma das atividades laborais mais antigas que se tem registro. Desde que os nossos ancestrais se fixaram na terra e dela passaram a tirar sua subsistncia, as tcnicas de plantio e trato com os animais, passadas de pai para filho, na grande maioria das vezes no contemplam a segurana e sade daqueles que trabalham nesta atividade.

  • Mesmo com modernas formas de cultivo introduzidas nas grandes plantaes, associadas aos novos equipamentos, a agricultura vista pela Organizao Internacional do Trabalho (011) como um dos trs setores mais perigosos no mundo em matria de segurana e sade no trabalho, junto com os setores da Construo Civil e Minerao.

  • Lamentvel, pois ns, aldeia global, dependemos muitssimo desses trs setores. Portanto, preservar a qualidade de vida daqueles que cultivam e colhem o alimento colocado em nossas mesas deveria ser meta nmero um para qualquer nao.

  • A OIT estima que de um total de 335 mil acidentes fatais que ocorrem no mundo por ano, 170 mil envolvem trabalhadores da agricultura. Mais de 1,3 milho de trabalhadores deste setor so gravemente feridos em acidentes ocupacionais com equipamentos e produtos txicos. Vale lembrar que quando estamos falando em agricultura, corresponde tambm s atividades ligadas agropecuria.

  • A situao to sria que a OIT j preparou um esboo de projeto para a criao de uma conveno contemplando a segurana e sade no trabalho na agricultura, que dever ser ratificada pelos pases membros. Na sua ltima reunio, em junho de 2000, em Genebra, a organizao apresentou aos representantes dos pases membros este esboo para que governos fizessem uma anlise e encaminhassem suas sugestes.

  • A OIT pediu que os governos compartilhassem com as entidades de classe envolvidas com o setor, como os sindicatos de trabalhadores e patronais, bem como instituies especialistas em agricultura, este documento, seguindo o conceito tripartite defendido pela organizao.

  • Novas NRRNo Brasil, esta movimentao da 011 para a criao de uma conveno para o setor est sendo observada e incorporada pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MIE), atravs do seu Departamento de Segurana e Sade no Trabalho (DSST), o qual criou um Grupo Tripartite de Trabalho (GTI) que est elaborando a atualizao das Normas Regulamentadoras Rurais. As atuais NRR no reproduzem a complexidade das tarefas desenvolvidas no campo,

  • Mas, se a falta de cultura e instruo do trabalhador rural contribuem para o aumento dos acidentes de trabalho, por outro lado, patres inconseqentes tm colocado em risco a sade e segurana de milhares de bias-frias catadores de laranja, "pulverizando-os", antes de entrarem nas fazendas, com um agrotxico chamado QUATERMON, cuja autorizao pelo Ministrio da Sade destina-se apenas pulverizao da lavoura, veculos e equipamentos agrcolas e, jamais, do ser humano.

  • Esse tipo de atitude descabida e desumana tem rendido ensejo instaurao de Inquritos Civis Pblicos pelo Ministrio Pblico do Trabalho, com embasamento na atuao fiscalizatria do Ministrio do Trabalho e at o ajuizamento de Aes Civis Pblicas para coibi-las, como ocorreu no processo n 1925/97, da 2 JCJ de Araraquara, quando, liminarmente, foi determinada, mediante cominao de multa, a suspenso dos "banhos" de defensivos agrcolas que vinham tomando os trabalhadores pela manh, antes de adentrarem os pomares de laranja, como se instrumentos fossem. Ministrio Pblico do Trabalho Procuradoria Regional do Trabalho da 15 Regio

  • Notificao dos casos deficiente no Pas - Apesar disso, Ministrio da Sade constata que pessoas entre 20 e 49 anos so mais atingidasVigilncia epidemiolgica do Estado de So Paulo est implantando a notificao compulsria de agravos intoxicaes relacionados a exposio a agrotxicos neste incio de ano de 2004.Menezes et ali (1987) em trabalho realizado no Centro de Controle de Intoxicaes de Ribeiro Preto, aponta no perodo de maio de 1983 a junho de 1987 um total de 5.044 casos assim distribudos: 3.841 (70%) assistidos clinicamente e 1.203 (24%) atendidos por consulta telefnica (Tabela 27).

  • Volume de casos de intoxicao registrado pelo Centro de Controle de Intoxicao de Ribeiro Preto, SP. Perodo 1983-1987.Classes Atendimento Informaes Total %AnimaisPeonhentos 2074 0 2074 41,0Medicamentos 1153 19 1172 23,0Defensivos Agrcolas 793 21 814 16,0Produtos Qumicos 311 7 318 6,5Domissanitrios 201 1 202 4,0Plantas 151 4 155 3,0Raticidas 121 0 121 2,5Outros 179 9 188 4,0Total 4983 61 5044 100,0FONTE: MENEZES et ali, 1987.

  • A natureza das intoxicaes, relacionada na Tabela 27, evidencia a prevalncia de 3 grandes grupos: animais peonhentos, medicamentos e defensivos, com 80% das ocorrncias. Com relao aos defensivos agrcolas, no mesmo perodo, no mesmo Centro, ocorreram 793 (15,7%) casos conseqentes intoxicao por diversos grupos (Tabela 28). Observa-se pelos dados apresentados que o maior volume envolveu a tentativa de suicdio (353 casos) principalmente pela utilizao dos clorados. As intoxicaes ocupacionais ficaram em terceiro lugar com 250 casos.

  • Com relao ao nmero de bitos, ocorreram 18 casos, totalizando um percentual de 1,98%, o que est de acordo com o apresentado por outros trabalhos onde as intoxicaes se caracterizam por serem mais fatores de morbidade.Volume de intoxicaes com defensivos agrcolas ocorridas na regio de abrangncia do Centro de Controle de Intoxicaes de Ribeiro Preto, SP. Perodo 1983-1987

  • Defensivos Agrcolas Total Circunstncias bitos Ts Ac AcP DP IgClorados 230 107 55 59 3 6 1Fosforados 224 81 53 83 3 4 11Clorofosforados 173 91 66 13 - 3 1Carbamatos 96 37 33 24 1 1 1Piretrides 71 22 42 5 1 1 -Herbicidas 43 8 7 26 2 - 4Fungicidas e Acaricidas 36 3 7 25 - 1 -Outros eIgnorados 33 4 9 15 2 3 -Total 906 353 272 250 12 19 18FONTE: MENEZES et alii, 1987.TS - Tentativa de suicdio DP - Doena Profissional Ac Acidente Ig - Ignorada AcP - Acidente Profissional

  • Em relao a faixa etria dos envolvidos, 36,4% corresponde a de 21-35 anos, seguida pela de 13-21 anos com 19,9%. Em relao aos medicamentos, que predominaram como causa de intoxicaes exgenas, no tocante s circunstncias nas quais ocorreram estes acidentes, as tentativas de suicdio representaram 52% do total, 27% acidentes, 15% acidentes teraputicos, 4% vrias causas (toxicomania, abuso, etc.) e 2% circunstncias ignoradas (Tabela 28).

  • Luis Fernando Assuno e Adriano RibeiroJoinville/Caador - A notificao e investigao das intoxicaes por agrotxicos no Brasil so precrias. Na maioria dos Estados, as notificaes no so objeto dos sistemas de vigilncia epidemiolgica e sanitria. A ausncia de equipamentos de sade pblica e a precariedade do sistema de atendimento ambulatorial contribuem para o subregistro dessas intoxicaes. Nos casos registrados, segundo o Ministrio da Sade, a faixa etria entre 20 e 49 anos concentra mais de 50% dos registros de intoxicao por pesticidas agropecurios.

  • Em alguns Estados, pesquisas comprovaram os malefcios causados pelos agrotxicos. Em Caador, mesmo a atividade do tomate desprendendo significativa quantidade de agrotxico na regio, as autoridades no dispem de estudos cientficos sobre suas interferncias - nocivas ou no - sade humana e ao meio ambiente. De acordo com a Secretria da Sade de Caador, nos ltimos anos no foram registrados casos de intoxicao por agrotxicos.

  • Agrotxicos vm causando infertilidade e cncer01 Dez 2003Fonte: Cmara dos DeputadosA infertilidade humana e animal tem relao com o uso de agrotxicos. A declarao, do pesquisador titular da Fundao Oswaldo Cruz (Fiocruz), Srgio Koiffmann, baseada em estudos preliminares da entidade. Ele participou hoje de seminrio na Comisso de Agricultura e Poltica Rural sobre o uso de agrotxicos e seus efeitos sobre a sade da populao e o meio ambiente.

  • Segundo o pesquisador, foram coletados dados que demonstram que os pesticidas esto atuando no organismo e podem estar mexendo na cadeia hormonal. Ao serem analisados espermogramas, o levantamento sugere uma tendncia de queda na quantidade e qualidade dos espermas dos homens e dos animais mamferos. CNCER Outro alerta do pesquisador com relao ao crescimento do ndice de pessoas com cncer, que pode estar relacionado ao uso de agrotxicos, basicamente atravs da alimentao. "No so s as pessoas que manipulam que esto sujeitas a adquirir doenas causadas pelo uso do agrotxico; a populao geral

  • tambm est", afirmou. Koiffmann citou diversos tipos de cncer que tm aumentado na populao, como o de prstata, testculos, mama, ovrio e tireide. O pesquisador da Fiocruz afirmou que, alm de ter crescido o nmero de pessoas que fazem tratamento para fertilizao, tambm foi diagnosticado um nmero excessivo de crianas com m-formao, doenas congnitas e abortos. Ele revelou, ainda, que ao mesmo tempo em que esto nascendo mais homens do que mulheres, eles tambm esto morrendo em maior nmero, o que pode ser constatado por meio de consultas junto aos cartrios de registro civil.

  • EMBALAGENS VAZIAS O diretor do departamento de Defesa e Inspeo Vegetal do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, Girabis Evangelista Ramos, disse que o Brasil j avanou muito no controle da aplicao de agrotxicos devido legislao que protege o meio ambiente. Ele admite, entretanto, que ainda h falhas que precisam ser corrigidas, entre elas, a destinao final das embalagens vazias. Segundo Ramos, a questo j foi includa na legislao, mas a fiscalizao precisa ser mais rigorosa, pois h uma preocupao com a toxidade das embalagens que so altamente poluentes.

  • O diretor esclareceu que seu setor est capacitado a acompanhar a venda e o local onde est sendo aplicado o produto, mas no consegue controlar o destino das embalagens vazias. "Os prejuzos para a sade dos trabalhadores rurais so incalculveis". O gerente-geral de toxicologia da Anvisa, Luiz Cludio Meirelles, afirmou que o mau uso do agrotxico est relacionado a uma srie de doenas graves, entre elas, o cncer e a intoxicao por quem manipula, porque no se protege.

  • MINISTRIO PBLICO O procurador da Repblica Francisco Guilherme Bastos destacou que o papel do Ministrio Pblico da Unio (MPU) sobre os agrotxicos de fiscalizao. Para ele, a falta de estrutura dos rgos competentes leva ao agravamento dos problemas causados pelos pesticidas. Segundo Bastos, os setores responsveis pelo controle do uso de agrotxicos no tm atendimento especializado e, muito menos, capacitao. Ele alertou que as normas vigentes precisam ser mais rgidas no controle desses produtos. O convidado ressaltou a ao pblica do MPU que conseguiu erradicar do mercado o conhecido DDT, usado para matar formigas e que era vendido indiscriminadamente pelos supermercados.

  • "O Ministrio Pblico no contra agrotxicos, mas v seu uso como um mal necessrio. preciso buscar alternativas tecnolgicas para diminuir a dependncia desses produtos". Francisco Bastos esclareceu que muitos agrotxicos que ainda esto no mercado brasileiro tm registro com base em um decreto de 1934. O procurador disse que, de l para c, j foram editadas novas normas e, por isso, defende a revogao do decreto e que os produtos autorizados por esse instrumento sejam todos reavaliados.

  • O deputado Z Geraldo (PT-PA), autor do requerimento para a audincia, ressaltou que a expanso da fronteira agrcola no Brasil vem aumentando o uso dos defensivos agrcolas a despeito das conseqncias malficas sade e ao meio ambiente. Entre os prejuzos causados, o deputado cita a morte de mais de quatro mil toneladas de peixes no rio Guapor (RO), em janeiro deste ano. O parlamentar considera a fiscalizao deficiente e lamenta a ausncia de uma poltica pblica de rastreamento de resduos de agrotxicos em produtos, principalmente, de consumo "in natura". Z Geraldo ainda adverte que os defensivos so usados por pessoas sem preparo. Fonte: www.biotecnologia.com.br

  • A Associao de Pais e Amigos dos Deficientes (Apae) est preocupada com o aumento de casos de bebs com atrasos no desenvolvimento. Para tentar identificar a causa - se por uso de agrotxicos, gentica ou outras razes - a entidade almeja, atravs de uma parceria com a Universidade do Contestado (UnC), detectar qual a causa do crescimento da incidncia.

  • No comeo de 1999 funcionava uma turma de estimulao precoce. Quase dois anos depois h seis salas, entre estimulao e maternal, abrangendo 39 alunos de um a sete anos. So atendidos 17 casos de crianas de zero a trs anos com atrasos. Isso equivale a aproximadamente 10% do total de alunos da instituio, que de 150.

  • A falta de notificao dos casos de pessoas internadas, ou atendidas em ambulatrio, em razo da aplicao de agrotxicos, sem a devida proteo, um problema para levantar os nmeros da contaminao. A maioria dos hospitais ou postos de sade no do a devida importncia, deixando de informar 4 Regional de Sade. Mas a maior quantidade mesmo de pessoas que sentem mal estar, tontura, nsia de vmitos, entre outros sintomas. Depois de um perodo de recuperao, voltam a trabalhar normalmente. muito comum, que com o simples cheiro, os agricultores j passem mal. Abro alertou que com o tempo isso pode tornar-se uma intoxicao crnica. (OP)

  • Notcia diz que a Agncia de Vigilncia Sanitria constatou que 22% das verduras, frutas e legumes vendidos nos mercados tm excesso de agrotxico. A presena de agrotxico no organismo provoca tontura, perturbao da vista, nusea, vmito, dor de cabea. A longo prazo, o acmulo pode causar problemas renais, cardacos e respiratrios. Alm disso, pode estimular o aparecimento de doenas degenerativas graves, como tumores.

  • Para retirar o excesso de agrotxico, uma alternativa utilizar uma soluo de bicarbonato de sdio. Coloque 1 colher de sopa para 1 litro de gua. Deixe de molho por 20 min e enxge as folhas. A soluo retira de 80% a 90% do agrotxico impregnado nas folhas.

  • Uma das atividades agrcolas mais desumanas a pulverizao de lavouras com o uso de avies agrcolas. H a necessidade de uma ou pessoas sinalizarem as linhas por onde o avio dever passar e, estas, pessoas geralmente levam um arrepiante banho de agrotxicos

  • Devido sua ao danosa ao meio ambiente, os agrotxicos so objeto de discusso em muitos pases e tm a comercializao proibida os organoclorados, considerados de alta periculosidade e persistncia. Dados da OMS indicam que a cada ano morrem cerca de 137 mil pessoas por causa dos agrotxicos, no mundo: 100 mil vtimas diretas de pesticidas e 37 mil por ingesto de alimentos contaminados.

  • Agrotxico sujo: Designao dada (originalmente no Rio Grande do Sul) aos agrotxicos mais nocivos: o DDT, os Drins (Endrin, Aldrin e Dieldrin), clordane e heptacloro, Lindane, Gama BHC, parathion, os monocrtofos (Azodrin, Nuvacron), Aldicarb (Temik), Clordimeform (Galecron, Fundal), 2-4-5-T; o EDB, o DBCP e os fungicidas base de mercrio e o Paraquat. [At meados de 1985 j estavam proibidos em meia centena de pases. O mesmo que doze sujos, dzia suja e dirty dozen.Valor Econmico: 23-03-2004 Avano em Agrotxico

  • O Brasil est liderando o ranking mundial de recolhimento e destinao final de embalagens vazias de agrotxicos, informou ontem o Ministrio da Agricultura. Em 2004 a previso de que o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV) deve retirar do meio ambiente 11,7 mil toneladas de embalagens.

  • Embalagens contaminam:Um dos exemplos da utilizao excessiva de agrotxicos pode ser constado na barragem Sul, em Ituporanga. Com a elevao do nvel em razo das chuvas das ltima semanas, as embalagens destes produtos vieram parar nas grades que protegem as comportas, onde permanecem com os demais entulhos, contaminando o meio ambiente.

  • Para o gerente regional da Epagri, isto significa que os fabricantes ainda no esto cumprindo a legislao vigente, que obriga que faam o recolhimento aps o uso. Ele observou que os lixos txicos que foram implantados em diversos municpios catarinenses, atravs de parceria entre prefeituras, Epagri e agricultores, tambm no surtiram o efeito desejado, havendo a necessidade de um reestudo.

  • F. NDICES BIOLGICOS COMO MTODO PARA AVALIAO E CONTROLE DA EXPOSIO HUMANA A AGROTXICOS Apenas para alguns grupos de agrotxicos-defensivos existem parmetros que permitam avaliar o grau de exposio antes de surgirem sinais e sintomas txicos - atuao na fase patolgica pr clnica da histria natural da doena. As anlises devero fazer parte do exame peridico de sade ocupacional componente do PCMSO Ente os ndices conhecidos podemos destacar

  • 1. determinao quantitativa de agrotxicos e/ou seus metablitos no sangue ou no soro sanguneo:- organoclorados ( DDT BHC Lindane Endrin Heptacloro)- dinitrofenis pentaclorofenol- paraquat- fungicidas mercuriais orgnicos

  • 2. determinao quantitativa de agrotxicos-defensivos e/ou seus metablitos na urina : paraquat arsenicais inorgnicos dinitrofenis e penta cloro fenol 3. Dosagem da colinesterase nos glbulos vermelhos ou no sangue total plasma inseticidas organofosforados e carbamatos 4. Dosagem de glicemia e glicosria: herbicidas fenoxiacticos 2,4-D e 2,4,5-T

  • 5. determinao do tempo de protrombina e de coagulao raticidas cumarnicos e indandiona6. dosagem de enzimas fosfatase alcalina aldolase inseticidas organoclorados

  • 7. Determinao de outros parmetros bioqumicos em sangue, urina e outros exames frente a exposio mltipla a agrotxicos:- provas bioqumicas na urina-provas bioqumicas no sangue enzimas TGP TGP -bilirrubinas-fosfatase alcalina DHL- uria creatinina-eletroforese de protenas- protena total no soro- ECG - EEG

  • G. INTEGRAO ENTRE PROGRAMA DE CONTROLE DE RISCOS OCUPACIONAIS PPRA NRR E PROGRAMA DE CONTROLE MDICOIntegrao entre o PPRA NRR - PCMSO para o levantamento dos produtos agrotxicos utilizados na rea agrcola em que se realizar o controle mdico dos trabalhadores expostosReceita agronmicaA aquisio de qualquer agrotxico s pode ser feita mediante a apresentao da receita agronmica ao comerciante. A receita agronmica emitida por engenheiro agrnomo ou florestal e contm orientaes relacionadas quantidade, poca de aplicao, cultura indicada, perodo de carncia, trplice lavagem, proteo ao trabalhador e ao meio ambiente.

  • NRR 5 - Produtos Qumicos (155.000- 4)5.1. Esta Norma trata dos seguintes produtos qumicos utilizados no trabalho rural: agrotxicos e afins, fertilizantes e corretivos. 5.1.1. Entende-se por agrotxicos as substncias ou misturas de substncias de natureza qumica quando destinadas a prevenir, destruir ou repelir, direta ou indiretamente, qualquer forma de agente patognico ou de vida animal ou vegetal que seja nociva s plantas e animais teis, seus produtos e subprodutos e ao homem. Sero considerados produtos afins os hormnios, reguladores de crescimento e produtos qumicos e bioqumicos de uso veterinrio.

  • 5.2. expressamente proibido o uso de qualquer produto qumico industrializado que no esteja registrado e autorizado pelos rgos governamentais competentes. (155.001-2/ I4) 5.3. Manipulao, preparo e aplicao. 5.3.1. de responsabilidade do empregador rural e seus prepostos a orientao dos trabalhadores na utilizao e manuseio dos produtos, sendo que a manipulao, preparo e aplicao de agrotxicos e afins somente podero ser feitos por pessoas previamente treinadas. (155.002-0/I3)

  • 5.3.2. O empregador ou contratante de trabalhadores rurais ou seus prepostos sero co-responsveis na ocorrncia de intoxicao humana ou animal, prejuzo em lavoura e contaminao inaceitvel de coleo de gua ou do meio ambiente, provocados por manipuladores ou aplicadores de agrotxicos e afins, fertilizantes ou corretivos, sob sua responsabilidade, ainda que com eles no mantenham, explicitamente, qualquer vnculo empregatcio.

  • 5.3.3. A utilizao das formulaes enquadradas pelos rgos competentes como de uso exclusivo por aplicador certificado s poder ser feita por profissional habilitado, obedecida a legislao relativa classificao toxicolgica, registro e comercializao desses produtos. (155.003-9 / I3)5.3.3.1. Sero considerados profissionais habilitados os portadores de certificados expedidos pelos Ministrios da Sade, da Agricultura e do Trabalho, ou por rgos pelos mesmos delegados.

  • 5.3.3.2. A formao, atuao, atribuies e responsabilidade do aplicador devero atender a normas a serem estabelecidas pelos Ministrios da Agricultura, da Sade e do Trabalho. (155.004-7 / I2)5.3.3.2.1. A partir da data de vigncia da presente norma, dar-se- o prazo de 180 (cento e oitenta dias) dias para o cumprimento do disposto no item 5.3.3.2 e de 1(um) ano para incio da exigncia do certificado.

  • 5.3.4. O trabalhador que apresentar sintomas de intoxicao ser imediatamente afastado das atividades e encaminhado a atendimento mdico, levando os rtulos das embalagens ou relao dos produtos com os quais tenha tido contato. (155.005-5 / I4)5.3.5. A manipulao e preparo dos produtos sero feitos em locais abertos e ventilados. (155.006-3 / I2)

  • 5.3.6. Sero respeitados os intervalos entre uma aplicao e a entrada de pessoas desprotegidas ou animais domsticos dentro dos perodos de risco estabelecidos pelos Ministrios da Agricultura, da Sade e do Trabalho. (155.007-1 / I2)5.4. Equipamentos de aplicao. 5.4.1. Os equipamentos de aplicao dos produtos qumicos sero: a) mantidos em bom estado de conservao e funcionamento; (155.008-0 / I2)b) inspecionados antes de cada aplicao; (155.009-8 / I2)

  • c) utilizados para a finalidade indicada; (155.010-1 / I2) d) enquadrados nos limites indicados pelo fabricante. (155.011-0 / I2)5.4.2. A conservao, limpeza e utilizao dos equipamentos s podero ser realizadas por pessoas previamente treinadas. (155.012-8 / I2) 5.4.2.1. A limpeza dos equipamentos ser executada de forma a no contaminar poos, rios, crregos e quaisquer outras colees de gua. (155.013-6 / I2)

  • 5.4.2.2. A gua utilizada na lavagem dos equipamentos no poder retornar fonte de abastecimento, devendo ser conduzida fossa especial de inativao do produto. (155.014-4 / I2) 5.4.3. Os equipamentos s sero submetidos a reparos quando estiverem perfeitamente limpos, por pessoas aptas, protegidas por EPI. (155.015-2/I2) 5.5.1. Os produtos qumicos sero rotulados, conforme dispe a legislao vigente. (155.017-9 / I2)5.5.2. Os produtos sero conservados em suas embalagens originais. (155.018-7 / I2)

  • 5.5.2.1. Quando os produtos ou restos de produtos tiverem de ser conservados em embalagens diferentes das originais, estas devero ser identificadas contendo, pelo menos, o nome comercial do produto e suas especificaes.(155.019-5/I2) 5.5.3. proibido utilizar para acondicionamento de produtos qumicos recipientes que possam ser confundidos com outros usados para alimentos, raes, medicamentos, cosmticos ou produtos domissanitrios. (155.020-9/ I3)

  • 5.5.4. As embalagens vazias sero destrudas e enterradas, observando as normas tcnicas do Ministrio da Agricultura. (155.021-7 / I2) 5.5.5. Para a realizao de trabalhos de destruio e descarte de embalagens, sero utilizados os mesmos EPI recomendados para aplicaes de produto. (155.022-5 / I2) 5.5.6. Os restos de calda diluda sero descartados em fossa seca ou em bacia de reteno e desativao. (155.023-3 / I3)

  • 5.7.4. O empregador rural e/ou seus prepostos so responsveis pelo armazenamento dos produtos qumicos e pelas conseqncias decorrentes da estocagem inadequada e da contaminao, em qualquer nvel, de seres vivos e do meio ambiente.5.8.Transporte. 5.8.1. Os produtos qumicos sero transportados em recipientes claramente rotulados, hermticos e resistentes. (155.038-1 / I3)

  • Definio de uma equipe de aplicadores de agrotxicos conforme a propriedade agrcola o uso pode ser sazonal ou durante o ano inteiro.Podendo haver equipes fixas ou sazonais. Questo de qualificao da equipe.Treinamento da equipe de aplicadores:-conscientizao do risco -uso correto dos produtos agrotxicos ler com ateno as instrues da receita agronmica e a bula do produto; regular corretamente o equipamento de aplicao;

  • Os agrotxicos entram no organismo pela pele, pelo nariz ou pela boca. Quem estiver manipulando agrotxico, tem tem que se previnir adequadamente com o uso de EPIs (Equipamentos de\Proteo Individuas) adequados, que s no mnimo:- Mscara com filtro - culos para produtosqumicos - Luvas de plstico, comprida - Avental de plstico - Botas de borracha

  • Para o uso destes equipamentos, o trabalhador deve receber treinamento especfico de seu empregador, visandous-los adequadamentehigieniz-los e conserv-los. Alm disto, treinamento de primeiros socorros com substncias qumicas, deve ser estabelecido periodicamente. Vrias substncias do grupo dos agrotxicos so cancergenas e mutagnicas, portanto, mulheres grvidas devem ser afastadas do trabalho com as mesmas. no fumar, beber ou comer durante a aplicao;

  • - menores de 18 anos, gestantes e idosos no podem manusear ou aplicar agrotxicos - proibido por lei; e - respeitar os perodos de carncia para colher o produto, abater animais, liberar o leite para consumo, para a entrada de pessoas ou animais na rea etc.- correto armazenamento , transporte e condies de uso apropriado dos produtos agrotxicos- orientao sobre correto programa de manuteno de equipamentos - seja para aplicadores de bomba costal e tambm para os equipamentos de aplicao mecanizados

  • -buscar a maneira de aplicao que traga o menor contato do aplicador com o agrotxico mecanizar automatizar as operaes para o menor contato com o produto- buscar junto ao responsvel pela prescrio do uso do produto agrotxico o uso daqueles produtos de menor grau de toxicidade possvel-orientaes de manuseio e aplicao dos produtos agrotxicos em condies de campo

  • - avaliar e propor juntamente com os responsveis pela rea de engenharia de segurana do trabalho a adoo de equipamentos de proteo adequados, confortveis e com possibilidade de opo em caso de no adaptao de algum tipo de equipamento pelo trabalhador Equipamento de Proteo Individual O uso do EPI equipamento de proteo individual obrigatrio durante o manuseio, preparao e aplicao do agrotxico, porque protege o aplicador contra o risco da intoxicao. Exemplos: mscara, culos, avental e luvas impermeveis, botas de borracha, camisa de mangas compridas e calas (tratadas com produto repelente a calda txica).

  • - superviso sobre a aplicao e seguimento das normas de segurana adotadas para o processo de aplicao- avaliao dos equipamentos de proteo a serem implantados mscaras respiradores com filtros adequados- proteo para cabea e corpo capuz avental- proteo para mos e ps luvas botas- proteo para os olhos culos de segurana

  • - implantao de fluxo de sistema de lavagem dos equipamentos de proteo em local e pessoal definido na propriedade, sendo que o conjunto de proteo utilizado pelo trabalhador dever ser trocado diariamente, havendo um mnimo de 3 conjuntos de proteo disponveis para cada aplicador na propriedade-implantao de sistema de informaes entre os encarregados da rea de aplicao de agrotxicos e o SESMT responsvel pela rea sistema de vigilncia epidemiolgica notificando qualquer acidente ou doena relacionado a operao de aplicao dos produtos agrotxicos fluxo dirio de informaes

  • H- PROGRAMA DE CONTROLE MDICO DE SADE OCUPACIONAL PARA APLICADORES DE AGROTXICOSRealizao dos exames ocupacionais previstos pela NR7 com periodicidade semestral

  • steres Sangue Acetil Determinar 30% de NC SCOrganofos- Colinesterase a atividade depresso NC SCForados e Eritrocitria ou pr- da Carbamatos Colinesterase ocupacional atividade NC SC Plasmtica ou inicial Colinesterase 50% de Eritrocitria e depresso Plasmtica (sangue total) da atividade inicial 25% de depresso da atividade inicial Pentaclo- Urina Pentaclo-rofenol rofenol 2mg/g CG FS EE creat. CLAD +

  • Observar que pela norma so poucos exames de monitorizao biolgica referentes a exposio a agrotxicos obrigatrios constantes dos Quadros I e II da norma.Prope-se que de posse da relao de produtos utilizados na propriedade e do tipo de exposio ocupacional os exames de monitoramento biolgico de exposio em que haja disponibilidade tcnica de realizao sejam efetuados , mesmo que no constem na relao da norma.

  • Realizao de exame clnico periodicidade semestralExames de monitoramento biolgico disponveis tecnicamente conforme tipo de produtos utilizadosDemais exames complementares para monitoramento indireto da exposio ocupacional a agrotxicos tais como:-hemograma completo-glicose

  • Exames de funo heptica(TGO-TGP-GGT-Bilirrubinas-DHL)-uria creatinina-urina rotina- parasitolgico de fezes-ECG-EEG

  • TABACARIA - FERNANDO PESSOA No sou nada, nunca serei nada, no posso querer ser nada parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu Estou hoje dividido entre a lealdade que devo tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora, e sensao de que tudo sonho. Como coisa real, por dentro.

  • Ribeiro Preto, 20 de abril de 2004Francisco Marcos Gonalves Mdico do Trabalho Professor Curso de Medicina UNAERP Medicina Preventiva