agribusiness commodities e especialidades módulo i - fundamentos e oportunidades no agribusiness...
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Agribusiness
commodities e especialidades
Módulo I - Fundamentos e Oportunidades no Agribusiness
Fundação Getulio Vargas
Luiz Antonio Pinazza
2005
Ray Goldberg e John Davis
Elementos que descontrolam a oferta
P&D com marketing e vendas em insumos e
máquinas
Pressões e interesses; indústrias, armazéns e
distribuidores
Unidades pulverizadas e heterogêneas
tomadoras de preços
agricultura não é um fim em si mesma
Importância do conceito de agribusiness
Entender a agricultura no processo de transformação econômica e social
Instrumento de administração: ciência ou arte
Aplicação no campo da administração
planejar
organizar
dirigir
controlar
Função
Primária
Cenários
Análise do ambiente
Planejamento
Estratégico
Operacional
Tático
Definição de missão e valor
visão
Agricultura = estreita Agribusiness = ampliada
Formulação de cenários
conjuntural = curto prazo
estrutural = médio e longo prazos
CADEIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
Fatores controláveis pelo governo
Fatores controláveispela firma
Fatores quase controláveis
Fatores não controláveis
Ambiente macroeconômicoAmbiente institucional
Infra-estruturaEconômica
Infra-estrutura Técnico-científica
Preços dos produtos, custos,qualidade,
tecnologia, produtos, estratégia
competitiva
Condições de demandaPreços dos insumos
Competição entre os agentesAmeaça de novos concorrentes
Política de comércio internacional
Fatores ambientais(temperatura,
pluviosidade, etc).
EFICIÊNCIA EFICÁCIA
COMPETITIVIDADE
Coordenação Eficiência interna Atender demanda
Fatores Determinantes da CompetitividadeFatores Determinantes da Competitividade
Fatores que afetam a competitividade
1.Busca de mercado
§ desenvolvimento de marketing e comercial
§ rastreabilidade, certificação e qualidade
§ negociação internacional
2. Infra estrutura e logística
§ PPP’s e acordo com setor privado
3. Marco legal
§ respeito a contrato
§ direito de propriedade
4. Falta de recursos financeiros
§ pesquisa, defesa sanitária e investimento
Aprimoramento das Técnicas de Gestão: Terceirização: integração: avicultura e suinocultura industrial
Agropolos de desenvolvimento :fruticultura no NE, calçados no Vale dos Sinos /RS, polos florestais,
Parcerias:Fundação Mato Grosso, Fundação Maeda, FUNDEPEC, FUNDECITRUS
Core Business e Diversificação Imagem e Opinião Educação e Treinamento Acesso e Seleção da Informação Logística
Impacto da Revoluções Gerenciais e Tecnológicas
Fatores IndissolúveisA Tecnologia é Incorporada Através da Gestão
Item Especialidades Commodities 1. Produto Qualidade Quantidade 2. Preço Contratos Oferta e demanda3. Propaganda Segmentos e nichos Mercado de massa4. Distribuição Canais especiais e diretos Traders e atacadistas5. Rentabilidade Larga Estreita 5.1. Margem Alta Baixa 5.2. Giro Variável Variável 6. Tecnologia Diferenciada Especializada 7. Cadeia produtiva Agregação de valor Matéria prima8. Estratégias Verticais Horizontais Adaptação de Philip Kotler
Diferenças convencionais
Balanço entre energético, proteína e vitamina
Commodities Especialidades
•Cresce a participação dos serviços no produto
•Logística: lugar, forma e tempo
•Marca, embalagem, divulgação
Produzir commoditie e especialidade
HOJE
•Decisão mais institucional •Desafio de mercado•Garantia de qualidade•Ação da sociedade•Pressão de demanda
ONTEM
•Decisão mais empresarial•Oportunidade de mercado•Garantia de qualidade•Ação mais voluntária•Pressão na oferta
Denominações de origem
champagne - região francesa de Champagne, presunto parma - cidade italiana de Parma , queijo camembert - cidade de Camembert, na Normandiavinho Rioja - região de La rioja, da Espanhaqueijo Roquefort - região de Roqueford, na Françasidra produzida na Bretanhasalmão Clare Island, a County Galway, na República da Irlandamarzipan fabricado na cidade de Lubeckcreme de leite Cornish do condado inglês da Cornuahavinhos Chianti e Baujolais, respectivamente, da Itália e França
Recurso da UE perde em instância na OMC
WiskyCognacRumVodkaPiscoSteinhegerCachaça
PizzaHamburguerMuquecaPaejaPuchero FeijoadaFunghi
De quem é o nome?
Indústria
Serviço
descendente ascendente
agricultura
Barreiras protecionistas
- tarifas nas importações
- subsídios em crédito e preço
- dumping nas exportações
descendente ascendente
- sanitárias
- ambientais
- sociais
Tendências das Barreiras Protecionistas
Negociações internacionais
1947 - Formação do GATT
1948 - Primeira Rodada - Havana
1949 - Segunda Rodada - Annecy - França
1950-51 - Terceira Rodada -Torquay - Grã-Bretanha
1956 - Quarta Rodada - Genebra
1960-62 - Quinta Rodada - Dillon ( diplomata dos EUA)
1964-1967 - Sexta Rodada - Kennedy
Negociações internacionais
1973-79 - Sétima Rodada Tóquio - 99 países
1986-1993 -Oitava Rodada Uruguai
1995 - Cria-se Organização Mundial do Comércio
1998 - OMC com 134 membros
1999 - Nona Rodada do Milênio - Seatle - EUA
2001-2004 - Décima Rodada Doha- Quatar
Rodada Tóquio - 1974/79 Código de Normas Conformidade e regras técnicasVoluntárioAcordo Geral de Livre Comércio - livre adesão
Rodada Uruguai - 1986/93
Acordo de Medidas Sanitárias e Fitosanitárias ( SPS )Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT)ObrigatórioOMC
Regulamentação internacional
•Comitê de arbitragem
•Painel da discórdia
visibilidade e mensuração do protecionismo
Camarão - EUAAçúcar - UEAlgodão - EUA
Regras da OMC
litígios comerciais
• Sustentabilidade
• Rastreabilidade
• Certificação
• Conformidade
• Inspeção/fiscalização
• Selo
•Creditação
•Marco institucional•Papéis e conceitos•INMETRO•ABNT•MAPA, ANVISA, IBAMA•Garantias mínimas•Informação acompanha o produto
A visão da transversatidade
Quebra de contratos internacionais5 navios de soja foram rejeitados23 exportadores colocados na “lista negra”Paralisação do comércio-perda confiabilidadePerdas significativas para os exportadores brasileiros O Brasil : padrão de qualidade acima do internacional
Semente tratada com carboxin:
Laudo do processo ?
Regulamento interno ?
Exigência de dosagem em produto intermediário e sem consumo humano, fora padrões mundiais
12 anos para ser economia de mercado: OMC:março 2001
Episódio com a China
O que é químico e o que é natural ?
O que é transgênico e o que é convencional ?
São produtos com preços diferenciados?
Quais são os nichos e os segmentos de renda?
•Válidas para a cadeia produtiva
•Certificações: credibilidade e persuasão
Amplitude das exigências
Importância da defesa sanitária
animal e vegetal
Epidemias Globais
febre aftosa, mal da vaca louca, gripe asiática, ferrugem da soja, vassoura de bruxa, bicudo do algodão, etc
Tendências globais
Prioridade de atendimento ao consumidor:
Exigências crescentes nos países ricos (segurança do alimento, qualidade, sanidade, respeito ao ambiente, bem-estar animal).
Redução barreiras tarifárias (negociações multilaterais):Promove e evidencia maior impacto das barreiras sanitárias e técnicas.
Exigências crescentes em termos de organização da defesa :Programas sanitários, serviços de fiscalização e educação
dos agentes de mercado. Normas internacionais:
Papel importante; mas há grandes dificuldades de harmonização e equivalência.
Aumento do comércio internacional:Eleva os riscos de disseminação de pragas e doenças.
Desafios
Impacto de problemas sanitários:
Imediato: recuperação de um “status” sanitário leva um longo período.
Dificuldade de estimar os prejuízos comerciais.
Custos de adequação às normas internacionais:
Às diferentes exigências dos diversos compradores.
Medidas sanitárias:Às vezes, utilizadas para deprimir preços.
Dificuldades em infra-estrutura:
Laboratórios; pessoal; conscientização do setor privado
Dinamismo das questões sanitárias:Exige sistemas ágeis para seu acompanhamento e ações.
Defesa agropecuária no Brasil
Plano Agrícola e Pecuário: Define estratégias
Instrumentos importantes:l Plano Nacional de Segurança e Qualidade dos Produtos de Origem
Vegetal – PNSQV (2003)
l Programas da área animal e vegetal• Análise de Riscos de Pragas (ARP)
Participação da iniciativa privada: como as certificações. Ex: PIF (frutíferas)
Promover ações de prevenção, controle e erradicação de pragas e
doenças;
Reconhecimento e manutenção de áreas livres de pragas e doenças;
Aplicação de medidas dos Programas Nacionais de Controle de
Resíduos nos Produtos Agropecuários;
Certificação da produção orgânica de alimentos;
Fiscalização de OGM;
Minimizar risco de introdução de pragas e dooenças e garantir a qualidade dos produtos
agropecuários
Papel estratégico do MAPA
Expansão do Sistema de Análise de Riscos e Controle de Pontos
Críticos ao longo das cadeias agroprodutivas;
Execução de ações voltadas à educação em defesa agropecuária;
Ampliação das exigências do Padrão de Identidade e Qualidade
dos Produtos de Origem Animal e Vegetal;
Aprimoramento do Sistema de Segurança Fitozoossanitária nos
trânsitos nacional e internacional de produtos agropecuários.
Papel estratégico do MAPA
As questões sanitárias e os acordos
internacionais
Acordos multilaterais
Organização Mundial do Comércio(OMC)
Acordo para Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias
(AMSF ou SPS – Sanitary and Phytosanitary )
Acordo de Barreiras Técnicas sobre Comércio (TBT)
Instituições científicas internacionais
Codex Alimentarius
International Plant Protection Convention (IPPC)
Office International des Epizooties - OIE
Observações sobre a aplicação
do acordo AMSF (STF)
Harmonização: medidas divergentes entre países aumentam os custos de transação no
comércio
▪ Exemplo da dificuldade de harmonizar as diversas normas dos Estados
norte-americanos
Equivalência: acordos de equivalência permitem que produtos sejam comercializados
com controles aduaneiros mínimos.
▪ Acordo de equivalência sanitária Brasil x China: carne suína
Regionalização
▪ Exemplo: permite o reconhecimento de zonas com diferentes status para a febre aftosa:
carne bovina no Brasil
Princípios
•Proteger a saúde dos consumidores •Assegurar práticas equitativas no comércio de alimentos
Finalidades
Codex Alimentarius
Código de alimentos
O acordo SPS
•Consistentes com a evidência científica.
•Baseadas em uma adequada avaliação de risco.
•Aditivos
•Contaminantes
•Resíduos de pesticidas e de medicamentos veterinários
•Métodos de análise e amostragem
•Códigos e guias para práticas de higiene
Requisitos do CODEXreconhecidos pelo acordo SPS
Cenário atual
§ Avaliação independente do programa
§ Ritmo acelerado de elaboração e aprovação das normas
§ Maior exigência aos países em desenvolvimento
Fonte: http://www.agricultura.gov.br
Febre aftosa – Brasil
Participação dos países membros
nos acordos internacionais
Nas Américas:
- de um total de 34 países, 32 integram o Codex Alimentarius, 30 o IPPC e 24 a OIE.
Henson et al. (1999): 10 estudos de caso com questionários:
- os países em desenvolvimento (PEDs) estão cientes das exigências mas não têm recursos para adotá-las
Lista,em ordem decrescente,dos problemas dos países em
desenvolvimento na adoção do AMSF na exportaçàoo de produtos
agrícolas para a A UE (HENSON ET AL, 1999):
1.Acesso insuficiente à “expertise” científica/técnica requeridas;2.Incompatibilidade das exigências do AMSF com métodos de produção e comercialização domésticos prevalecentes;3.Dificuldade de acesso a recursos financeiros;4.Período insuficiente para adequação a normas;5.Limitações na estrutura administrativa do próprio país para atender às exigências do AMSF;6. Pouco conhecimento quanto ;- às exigências do AMSF entre órgãos oficiais;- às exigências AMSF dentro da agricultura e da indústria de alimentos;- pouco acesso à informação sobre as exigências do AMSF.
• Medidas Sanitárias –
Suínos – febre aftosa e peste suína (EUA, UE, Japão, China, Coréia), Carne Bovina – febre aftosa (EUA, Canada, Japão, Coréia), Carne de frango (EUA) e fungicidas na soja. Medida Fitossanitária – manga (Japão); Falta de Acordo Sanitário – Carne de frango e bovina (EUA); Morosidade na Aplicação dos Acordos – Mamão (EUA), de 1993 a 1998.
• Técnicas – Dioxina na Polpa Cítrica, Nitrofurano no Frango.• Ambientais – Soja na Amazônia e Madeira sem certificação.• Sociais – trabalho “escravo”, trabalho informal e trabalho infantil
Barreiras - Sanitárias e fitossanitárias
Doenças consideradas: Febre aftosa (foot and mouth disease - FMD); Febre suína clássica (classical swine fever); Mal de Augeszky; Doença de Newcastle; Vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina – EEB); encefalopatias espongiformes transmissíveis – EETs).
SPS (Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias) da OMC
Medidas sanitárias no mercado de carnes brasileiro
UE
RÚSSIA
CHINA
JAPÃOAUSTRÁLIA
ESTADOSUNIDOS
CANADÁ
BRASIL
Principais países que aplicam medidassanitárias no setor de carne
ArgentinaAustráliaCanadáCEChileChinaColômbiaEstados UnidosIndonésiaJapãoRomêniaRússia
Taiwan Suiça
Febre aftosa – países que notificaram medidas
Países 2002 2003 2004 2005EUA 1.460 1.293 1.556 1.588 ●Japão 707 825 885 893 ●Rússia 638 700 705 725 ●União Européia 518 520 530 530 ●México 489 500 510 538Coréia do Sul 430 430 435 425Canadá 307 280 250 255 ●Egito 162 100 100 93Filipinas 126 120 125 142Taiwan 89 93 97 98 ●Europa Oriental 61 52 65 71
Total (11 maiores) 4.987 4.913 5.258 5.358Fonte: USDA (USDA Agricultural Baseline Projection Tables February, 2004)
Principais países importadores de carne bovina em mil t (carcaça)
Mercados potenciais – carne bovina
▀ Mercados fechados para o Brasil (58% do total mundial)
Febre suína clássica – países que notificaram medidas
ArgentinaÁfrica do SulSuíçaEslováquiaRomêniaFinlândiaRússiaCoréia do Nortemercados abertos
CanadáEstados UnidosGuatemalaVenezuelaCEChinaJapãoTaiwan Austrália mercados fechados
Mal de Aujeszky – países que notificaram medidas
Rússia mercado aberto
AustráliaEstados UnidosCEChinaJapãoTaiwan, Venezuela mercados fechados
Países 2002 2003 2004 2005
Japão 1.162 1.150 1.150 1.167 ●
Rússia 800 600 530 538 EUA 486 557 624 649 México 325 335 345 376 ●Hong Kong 275 280 283 292Coréia do Sul 155 155 160 164Canadá 91 77 84 87 ●
China 60 56 70 77 ●
Total (8 maiores) 3.354 3.210 3.246 3.350
Principais países importadores de carne suína em mil t (carcaça)
Fonte: USDA (USDA Agricultural Baseline Projection Tables February, 2004
● Países que notificaram medidas relativas a febre suína e mal de Aujeszky
▀ Mercados fechados para o Brasil (57% do total mundial)
Newcastle – países que notificaram medidas
AustráliaCanadáCEChinaEstados UnidosJapãoTaiwanRússia
Países que notificaram medidas relativas a newcastle
Países 2002 2003 2004 2005
Rússia 1.373 1.260 1.050 1.055 ●
UE 485 528 460 464 ●
Japão 744 700 745 750 ●
Hong Kong 171 170 175 178China 435 415 400 409 ●
Coréia do Sul 103 98 105 111Arábia Saudita 380 390 395 370México 412 435 458 467Canadá 84 93 98 104 ●
Total 4.187 4.089 3.886 3.908
Principais países importadores de frango, em mil t.
Fonte: USDA (USDA Agricultural Baseline Projection Tables February, 2004
Impactos no mercado – oportunidades
Vaca Louca e Aftosa Influenza Aviária e NewCastle Ferrugem da Soja Mancha Branca do Camarão
-
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
Brasil China Tailândia EUA
2001 2002 2003 2004
2003 – alastramento da epidemia de IA na Ásia
FRANGO – Influenza Aviária – Evolução das Exportações (1.000 t)
Fonte: USDA
-200400600800
1.0001.2001.4001.600
Brasil Argentina CE EUA
2000 2001 2002 2003 2004
2001 – Febre Aftosa
na Argentina2000 – Vaca Louca e Aftosa na UE
2003 – Um caso de EEB
no Estado de Washington
BOVINOS – EEB (Vaca Louca) – Exportação de carne - principais países
Fonte: USDA