agradecimentos - repositorio-aberto.up.pt · das disciplinas de física e de química, do 7º ao...
TRANSCRIPT
-
AGRADECIMENTOS DEDICATRIA FCUP 3 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
AGRADECIMENTOS
DEDICATRIA
O tempo tudo tira e tudo d; tudo se
transforma, nada se destri
Giordano Bruno 1
(E)ternamente agradecido:
- minha mulher, Zelinda, tambm professora (de Educao Tecnolgica), que me ajudou de
forma insubstituvel em inmeras tarefas, das mais penosamente burocrticas s mais prticas
e interessantes, ao longo de todo o mestrado;
- s amigas Tnia e Andreia pelo apoio na reviso do texto e edio de vdeo;
- aos meus colegas professores da ESAG (Matosinhos), particularmente Beatriz, Alexandra,
Licnia e Deolinda que me ajudaram com as suas experincias profissional e acadmica;
- pelo companheirismo dos colegas, nomeadamente Maria Jos e Helena;
- pelo apoio constante do Doutor Filipe Pires e da restante equipa de divulgao do CAUP,
bem como dos restantes Centros de Cincia que me receberam pessoalmente, particularmente
o palestrante Jos Marques no Planetrio de Lisboa (Marinha, Gulbenkian);
- a todos professores da componente curricular, particularmente ao Professor Doutor Joo
Graa Lima, responsvel pelo despertar do meu interesse pela Astronomia; ao Professor
Doutor Paulo Simeo Carvalho e ao Professor Doutor Jorge Filipe Gameiro que, sempre
disponveis, respetivamente nas qualidades de Diretor de Curso e de Orientador de Projeto,
foram incansveis tanto no apoio cientfico como na pacincia revelada perante o meu
inconstante ritmo de trabalho.
Dedico este trabalho:
- minha famlia, especialmente aos meus filhos Marta, Mariana e Diogo, e aos meus alunos
- anseio que, a diminuio no tempo e na ateno a que vos votei, fruto da sobrecarga de
trabalho dos ltimos anos, se traduza agora num patamar de segurana e mais-valia tambm
para vocs, tanto do ponto de vista profissional como pessoal.
1 Filsofo, astrnomo e matemtico, queimado vivo pela inquisio em 17 de fevereiro de 1600; a frase escolhida percussora do
trabalho mais tarde desenvolvido por Antoine Lavoisier (1743 1794)
Novo abrao, Romero Britto
-
RESUMO ABSTRACT FCUP 4 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
RESUMO
J com cerca de 20 anos de servio docente, tendo j lecionando os vrios anos de escolaridade
das disciplinas de Fsica e de Qumica, do 7 ao 12 ano de escolaridade, decidiu agora
complementar a sua Licenciatura pr-Bolonha com a realizao do 2 ciclo - Mestrado em Fsica
e Qumica em Contexto Escolar. Proporcionou-se, com a presente dissertao, partilhar o fascnio
propiciado no 1 ano curricular pela Astronomia. Esta rea permite aos Professores
(particularmente aqueles que no a tenham estudado na sua formao inicial) um novo potencial
de abordagem / enriquecimento na atividade pedaggica, em praticamente todos os contedos
curriculares das disciplinas de Cincias Fsico-Qumicas (7 ao 9 anos), Fsica e Qumica (10 e
11 anos), ou ainda, Fsica (12 ano) e Qumica (12 ano) separadas e atualmente opcionais.
Alm da recolha de contributos de diversos autores consagrados que descrevem a importncia da
Astronomia para o ensino das demais cincias, estuda-se um conjunto de recursos:
- os contedos programticos, estabelecendo ligaes a complementos tericos e aos
detalhes das sesses de planetrio observadas, tal como de outros centros de cincia de
divulgao abertos ao ensino;
- uma vasta listagem de atividades experimentais, recursos multimdia, software e
simulaes, para utilizar em contexto de sala de aula, em laboratrio ou como
enriquecimento curricular;
- a proposta de divulgao das potencialidades da Astronomia em sesso de planetrio
especfica para professores.
Deseja proporcionar-se uma ferramenta motivadora e que, se possvel, torne ainda mais
aliciante o nobre desempenho do ensino da Fsica e da Qumica nas nossas escolas. O lugar
onde se desenvolvem agora os futuros cientistas, as prximas geraes...
-
RESUMO ABSTRACT FCUP 5 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
ABSTRACT
After teaching Physics and Chemistry for twenty years to different school levels, the decision to
complement the Graduation "pre-Bologna" with the 2nd cycle Masters Degree in Physics and
Chemistry in the School Context was taken only now. This thesis expresses the fascination for
Astronomy enjoyed in the first year of studies, which will be shared by other teachers (especially
those who have not studied this area in their initial training). They will have at their disposal a new
potential approach / enrichment of the pedagogical activity in virtually all the contents of Physics
and Chemistry Sciences (7th to 9th grades) Physics and Chemistry (10th and 11th grades), or
even, Physics (12th grade) and Chemistry (12th grade) "separate" and optional in the present
educational system. Besides collecting various contributions of many renowned authors who
describe the importance of Astronomy in the teaching of other sciences, this study includes a set of
resources:
- theoretical connections to the curriculum items and details of the planetarium sessions
observed, as well as other science institutions cooperating in education;
- an extensive list of experimental activities, multimedia resources, software and
simulations, to use in the classroom, in the laboratory or to improve the curriculum;
- the proposal of showing teachers the potentialities of Astronomy in a planetarium session.
This study will supply teachers with a motivating tool which will make the noble art of teaching
Physics and Chemistry in our schools even more exciting as it is the place where the new
scientists, the future generations are raised
-
NDICE FCUP 6 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
NDICE
O Telescpio pode funcionar como uma
mquina do tempo. Quanto mais longe se
observa mais se v no passado.
[Amaral, 2001]
01 Introduo .........................................................................................................................Pg.11
02 Astronomia em Fsica e Qumica. Do 7 ao 12 ano ..........................................................Pg.18
03 Divulgao da Astronomia em Portugal. Planetrios, Centros Cincia Viva e Ncleos de
Divulgao .............................................................................................................................Pg.27
04 Blocos de Matria: Astrofsica para o Ensino da Fsica e da Qumica ...............................Pg.43
05 Experimentao e Analogias. Foto e Vdeo. Freeware, simulaes e sites interativos ......Pg.91
06 Concluses ..................................................................................................................... Pg.111
07 Bibliografia ...................................................................................................................... Pg.113
08 Anexos (e referncias multimdia) .................................................................................. Pg.118
Natureza Morta, Max Beckman
01_e_introduo_fundamentao.pdf02_a_astronomia_em_FQ_7ao9_10e11_F12_Q12.pdf03_astronomia_Portugal_planetrios_CCVs_outros.pdf03_astronomia_Portugal_planetrios_CCVs_outros.pdf04_Blocos_de_matria.pdf05_1experimentao_analogias.pdf06_concluses.pdf07_bibliografia.pdf09_anexo0_listagens_links.pdf
-
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS LISTA DE QUADROS LISTA DE FIGURAS FCUP 7 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
A cincia nunca teria sido cincia se no tivesse sido
transdisciplinar. Alm disso, a histria da cincia percorrida por
grandes unificaes transdisciplinares marcadas com os nomes de
Newton, Maxwell, Einstein ()
[Morin, 1990]
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AN1 Anexo 1 - estudo_programas_FQ_Astronomia
AN2 Anexo 2 - destaques da observao presencial e detalhada dos Planetrios / CCV
BAnn Bloco (contedos / matrias) de Astronomia nmero nn
CAUP Centro de Astrofsica da Universidade do Porto
CCV Centro(s) Cincia Viva
CFQ Cincias Fsico Qumicas
CTSA Cincia, Tecnologia, Sociedade e Ambiente
ESA European Space Agency Agncia Espacial Europeia
ESO European Southern Observatory Observatrio Europeu (no hemisfrio) Sul
FCUP Faculdade de Cincias da Universidade do Porto
FISUA Associao de Fsica da Universidade de Aveiro
FQ Fsica e Qumica
IAU International Astronomical Union
MEC Ministrio da Educao e Cincia
NUCLIO Ncleo Interativo de Astronomia
ORION Sociedade Cientfica de Astronomia do Minho
O Jardim, Joan Mir
-
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS LISTA DE QUADROS LISTA DE FIGURAS FCUP 8 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
LISTA DE TABELAS
Cap. Pg. Tabela n Sntese
2 20 26 2.1 Sntese de contedos de CFQ, FQ, F e Q, articuladas com Astronomia
4
51 4.1 Satlites ou luas dos planetas do Sistema Solar conhecidos at 1989
52 4.2 Caractersticas dos planetas do Sistema Solar dados do ano 2000
54 4.3 Albedos Bond de alguns astros do Sistema Solar
60 4.4 Leis de Kepler aplicadas ao Sistema Solar (sntese)
70 4.5 Diminuio da magnitude devido extino atmosfrica
80 4.6 Abundncias dos elementos qumicos em estrelas prximas do Sol
4.7 Abundncias relativas dos tomos e molculas no meio interestelar (1980)
81 4.8 Esquematizao dos processos de fuso nuclear dos elementos qumicos
4.9 Esquematizao dos processos de fuso nuclear dos elementos qumicos
LISTA DE FIGURAS
Cap. Pg. Figura n Sntese
1 14 1.1 As dimenses do Universo
17 1.2 Astronomia como potencializadora de diversas cincias
3
28 3.1 Mapas com a localizao dos planetrios e centros de cincia com Astronomia
31
3.2 Logtipo ORION - Sociedade Cientfica de Astronomia do Minho
3.3 Observatrio Astronmico de Gualtar
3.4 Centro de Astrofsica da Un. do Porto / Fundao Cincia e Desenvolvimento
32
3.5 Planetrio do Porto
3.6 Centro Multimeio de Espinho / Fundao Navegar
3.7 Planetrio de Espinho
33 3.8 Logtipo - Fundao Joaquim dos Santos - Viseu
3.9 Planetrio Nair Pereira Bonito Torredeita, Viseu
-
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS LISTA DE QUADROS LISTA DE FIGURAS FCUP 9 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
3
33 3.10 FISUA - Associao de Fsica da Universidade de Aveiro
34
3.11 FISUA exterior do planetrio porttil
3.12 Logtipo - Exploratrio - Centro Cincia Viva - Coimbra
3.13 Exterior do Exploratrio - Centro Cincia Viva - Coimbra
35
3.14 Logtipo - Observatrio Astronmico da Universidade de Coimbra
3.15 Exterior do Observatrio Astronmico da Universidade de Coimbra
3.16 Centro Cincia Viva Parque de Astronomia - Constncia
3.17 Mdulo Esfera Celeste - Parque de Astronomia - Constncia
36 3.18 Logtipo - Planetrio Calouste Gulbenkian (Marinha) - Lisboa
3.19 Exterior e mdulos da exposio do Planetrio Calouste Gulbenkian
37
3.20 Logtipo - Museu de Cincia da Universidade de Lisboa
3.21 Exterior do Museu de Cincia da Universidade de Lisboa
3.22 Logtipo - Centro Cincia Viva de Estremoz
38 3.23 Mdulo o Sol (centro do Sistema Solar escala) na vila de Estremoz
3.24 Exterior do Observatrio Astronmico - Fronteira
39 3.25 Logtipo Ncleo de Astronomia do Centro Cincia Viva do Algarve - Faro
3.26 Logtipo Madeira Magic
40 3.27 Logtipo Obs. Astronomia Santana CC Ribeira Grande So Miguel Aores
3.28 Telescpio - Obs. Astronomia Santana CC Ribeira Grande S. Miguel Aores
4
46 4.1 Aurora polar (austral)
47 4.2 Efeito da rotao do Sol na ejeo de matria / vento solar
48 4.3 Magnetosfera e cintures de van Allen
4.4 Proteo magntica face ao vento solar
49 4.5 Deteo diferenciada na Terra dos efeitos duma exploso solar
4.6 Comparao das dimenses dos astros no Sistema Solar
50 4.7 Linearizao da Lei de Kepler dos perodos
51 4.8 Deimos, satlite natural de Marte
53 4.9 Posicionamento dos astros para o clculo do Albedo
57 4.10 Mars vivas e mars amortecidas
4.11 Coroa solar observvel durante um eclipse
-
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS LISTA DE QUADROS LISTA DE FIGURAS FCUP 10 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
4
58 4.12 Eclipses solares: total e anular
62 4.13 Canho de Newton projteis e velocidade de escape
64 4.14 Esquema de recolha e observao dos espectros de absoro estelar
65 4.15 Emisso de luz visvel por metais previamente aquecidos
4.16 Espectros de emisso contnuos de corpos emissores ideais
69 4.17 Magnitudes de algumas estrelas de constelaes vulgarmente observveis
70 4.18 Extino estelar
71 4.19 Relao (emprica): Massa - Luminosidade
74 4.20 A mo como instrumento de medio de ngulos
75 4.21 Projeto de construo de modelos tridimensionais de constelaes de estrelas
4.22 Sensibilidade da viso humana luz visvel
76 4.23 Fotografia da Nebulosa de Caranguejo
77 4.24 Variaes de Magnitude devido atividade estelar
4.25 Registo fotogrfico de Supernova
78 4.26 Supernova vs. Evoluo para Nebulosa
82 4.27 Estrela jovem (fotografia)
83 4.28 Explicao do Efeito Doppler
86
4.29 Diagrama HR e evoluo da vida estelar
4.30 Diagrama HR realando a (temperatura de cor) da estrela
4.31 Diagrama HR realando a (temperatura de cor) da estrela
87 4.32 Sistemas binrios
88 4.33 Esquematizao de buraco negro e respetivo horizonte de acontecimento
89 4.34 A massa como fonte da energia estelar
5
96 5.1 Determinao de distncias (no laboratrio) por paralaxe
100 5.2 Etimologia dos dias das semanas com base nos nomes dos planetas
101 5.3 Mnemnica sobre os nomes dos planetas do Sistema Solar
102 5.4 Edifcio alberga o planetrio e cinema imax na cidade das cincias em Valncia, Espanha
5.5 Cartaz do AIA 2009 com adaptao em agradecimento aos colaboradores portugueses
-
INTRODUO / FUNDAMENTAO FCUP 11 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
1
INTRODUO / FUNDAMENTAO
Antes do Universo o espao e o tempo no haviam comeado
contudo, havia a Fsica
[Adams, 2002]
1.1 INTRODUO
H 25 anos atrs, no final do ensino secundrio sonhava, como muitos outros jovens, fazer um
curso superior num tema diferente daquele que veio a concretizar. Gostava de Matemtica, de
Qumica e de Fsica, contudo no pensava ficar nessa rea! Mas apenas 2 anos mais tarde, com
pouco mais do que o 1 ano da licenciatura em Fsica completo, face procura de professores
existente na altura, era uma correria da Praa dos Lees para o Padro da Lgua e vice-versa
para conjugar o trabalho com os estudos. E assim o curso no ficou para trs O trabalho
laboratorial que desconhecera no secundrio era agora uma motivao acrescida que reproduzia
aos seus alunos.
Nem na formao de base, nem no secundrio, nem no curso de Fsica, nunca estudou
Astronomia tema que acabou por ter de aprender para lecionar os programas entretanto
reformulados. Era uma rea cinzenta, que parecia mais de decorar do que de perceber e at
a primeira interao com um Planetrio foi j como professor licenciado, em visita proporcionada
aos seus alunos, pois at a nunca tinha tido a oportunidade nem a ousadia de ver nenhuma
sesso no nico planetrio que no seu tempo era em Lisboa. Nos anos seguintes, o pas e,
consequentemente, o ensino da Astronomia evoluram profundamente.
Mas s h um ano atrs, o entretanto professor a tempo inteiro, com a frequncia do Mestrado
para elevar a graduao acadmica e profissional, teve a oportunidade de optar por entrar no
Bia Dria, Takashi Fukushima e Kimi Nii
-
INTRODUO / FUNDAMENTAO FCUP 12 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
estudo desta rea com profundidade e ainda assim com algumas dificuldades (tipicamente
universitrias) de incio (por ex. em disponibilidade de horrio para assistir s aulas tericas).
Portugal oferece atualmente, como se ver mais frente, pelo menos 15 centros de divulgao da
Astronomia, prximos, apelativos, funcionais e relativamente econmicos. E o professor (sem ter
acesso a possvel reduo da componente letiva para terminar o Mestrado) v agora os astros de
forma colorida: um Universo com infinitas possibilidades de explorao pedaggica.
Assumiu, agora, a misso pedaggica de tentar demonstrar que a Astronomia uma rea de
estudo transversal ao currculo que, no caso particular dos programas de Fsica e de Qumica,
pode ser um instrumento enriquecedor e num nmero muito maior de contedos do que aqueles
que em primeira anlise se poderia supor. Levantam-se ento duas questes: Ser o Universo um
autntico laboratrio experimental destas duas cincias? Far sentido uma sesso de divulgao
em suporte de Planetrio especfica para professores?
1.2 FUNDAMENTAO
Afinal o que que o cu ainda tem de novo para nos dar? Para qualquer educador,
particularmente no papel de professor, possuir (alguns) conhecimentos de Astronomia pode
constituir um valor acrescentado, um potencial da atividade docente. No tero que ser
necessariamente conhecimentos vastos nem muito profundos. Apenas se deve privilegiar o rigor
cientfico e manter o esprito aberto para necessariamente atualizar os conhecimentos. Ainda
mais enriquecedor ser constatar que, tambm os conhecimentos que os alunos possuem sobre
os Astros que os rodeiam, podem ser pontos de partida para a construo do conhecimento. Dito
de outra forma, sem ser preciso ser astrnomo, nem profissional nem amador, mas apenas
atendendo abrangncia da Astronomia e ao facto desta ser uma rea pela qual vrias pessoas,
depois de terminarem a sua formao continuam a interessar-se ao longo da vida, trata-se de
uma ferramenta do ensino das cincias. Como se destacar nos captulos seguintes, a
Astronomia serve para enriquecer o processo de ensino e aprendizagem de inmeros captulos de
Fsica e de Qumica nos ensinos bsico1 e secundrio e, no apenas, os itens em que
explicitamente referida / estudada. uma rea absolutamente transversal ao currculo e no
compartimentada, ao contrrio do que em primeira medida somos levados a crer.
1 pelo enquadramento profissional / habilitaes para a docncia e pblico-alvo da presente dissertao, doravante o conceito ensino
bsico ser utilizado para designar (apenas) o 3 ciclo do ensino bsico no qual Cincias Fsico-Qimicas uma unidade curricular
-
INTRODUO / FUNDAMENTAO FCUP 13 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
Por ser to vasta, eventualmente infinita, tambm claro que cada um poder continuar a
aprender Astronomia ao longo da vida, particularmente ao longo das aulas, inclusivamente e como
se disse, com o contributo dos prprios alunos! E neste contexto pedagogicamente bivalente da
Astronomia que se destacam a seguir algumas ideias fortes, inspiradas em fontes bibliogrficas
diversas e at generalistas mas que revelam, alm de respeito e admirao por esta rea do
conhecimento cientfico, tambm o seu vasto potencial. Mas deve alertar-se o seguinte: no ensino,
esta rea pode ser fantstica mas tambm simultnea e autoperigosamente perniciosa: por um
lado, na sua interdisciplinaridade, a Astronomia poder ter uma riqueza pedaggica singular, por
outro lado, por tanto se revelar transdisciplinar, poder ser hipoteticamente e a qualquer momento
considerada descartvel1 do currculo nacional por qualquer equipa ministerial que, semelhana
do que tem acontecido com a eliminao de outras reas disciplinares, se reja meramente por
critrios economicistas, ferindo o ensino da cincia e a prtica das tecnologias.
Recolhem-se aqui, fruto de algumas obras genricas de divulgao cientfica2, ora j conhecidas,
ora disponveis em bibliotecas pblicas e agora consultadas em detalhe, algumas Ideias Fortes
para a contemplao dos fenmenos estudados em Astronomia que assim servem os desgnios
do ensino de toda a Fsica e de toda a Qumica:
1) Atualmente, com o j referido desenvolvimento da instrumentao - na qual se deve
destacar a construo de telescpios modernos, de maior dimenso, multiespectrais
(nomeadamente no tico e tambm no infravermelho), o trabalho desenvolvido por sondas
e satlites ou, em sentido inverso com a microscopia e os laboratrios de aceleradores de
partculas - muito do que era invisvel torna-se agora visvel ou pelo menos observvel.
Morrison, 2002 destaca que os olhos (apoiados por diversa instrumentao) conseguem
agora ver cuidadosamente como tudo feito. uma enorme evoluo desde do
pensamento de Aristteles, que perante tal diversidade, via j o mundo celeste, diferente
da Terra onde (tinha j conscincia) apenas erramos por um certamente curto intervalo
de tempo. J esse ltimo filsofo e primeiro cientista distinguia os objetos brilhantes, em
rbitas circulares e movimentos perptuos, enquanto aqui, por baixo da Lua a matria
normalmente escura, e o seu movimento no nem gracioso nem duradouro. Na nossa
era, tivemos a espetacular oportunidade de ver estes dois mundos serem explicados pela
mesma cincia, de certa forma transformados num todo. Por exemplo, um satlite
artificial que lanmos torna-se, depois do admirvel impulso fornecido pelo foguete que
lhe permitir escapar da Terra, parte do regime celeste, numa rbita que pode ser to
perfeitamente circular como a de qualquer corpo celeste, onde fica a cintilar em
1 na altura em que est a ser escrita esta dissertao , os currculos do ensino bsico e secundrio em Portugal atravessam alteraes
avulsas, incompletas, inexplicadas e sem fundamento pedaggico nem cientfico, cuja consequncia direta ser o despedimento de vrios milhares de professores 2 a desatualizao de dados e teorias revelaram-se, progressivamente, um constrangimento da utilizao deste tipo de obras
-
INTRODUO / FUNDAMENTAO FCUP 14 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
Fig. 1.1 - Crditos: Karttunen et al., 2007. Pg. 6 - As dimenses do Universo
permanncia, brilhante como uma estrela no cu escuro da noite. O Homem, atravs da
cincia contempornea, deixou de estar circunscrito s estreitas dimenses dos seus
sentidos e tornou-se um cidado do Universo. A Fsica e a Qumica das partculas
elementares confundem-se com a procura da origem do Universo () e da explicao
da vida. Atravs da Cincia o Homem entende cada vez melhor a poesia da Criao,
como escreveu Morrison, 2002.
2) O tamanho dos
fenmenos
numa escala de
base 10 (figura
1.1)
inspirada pela
notao
cientfica e
revela tambm o
carcter
interdisciplinar
das cincias,
nomeadamente
entre a Fsica,
Qumica,
Astronomia,
destacando-se,
por exemplo:
- que na ordem
das dimenses
de 1025 metros
dominam as
galxias e a
radiao
csmica de
fundo do Universo;
- desde incio do sculo XIX que a (lei da) gravitao universal, a espectroscopia e os
conhecimentos de geometria (que remontam h muitos sculos atrs) so usados no
estudo dos movimentos de astros afastados por exemplo 1020 metros da Terra;
- Galileu, no se limitando a observaes de objetos distantes, usava a tica tambm
para entrar no mundo da microscopia, observando abaixo dos visveis 100 metros;
-
INTRODUO / FUNDAMENTAO FCUP 15 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
- o modelo de Bohr (para o invisvel tomo de hidrognio) um modelo de orbitais,
gnero planetrias (com o eletro de massa insignificante em volta do seu massivo
ncleo), o mundo subatmico da ordem dos 10-10 metros;
- a busca / prova da existncia de novas partculas elementares, abaixo de 10-15 metros,
hoje uma realidade num pequeno nmero de sofisticados laboratrios nucleares e
espera-se, caminhando na descoberta do cerne da matria, poder tambm perceber
como / porque decorreram as interaes no que ter sido o princpio do Universo.
3) A Astronomia est a passar por um extraordinrio perodo de descobertas, no qual a
forma, a natureza e a histria do nosso Universo esto a ser reveladas em detalhe pela
primeira vez; o nascimento de planetas, estrelas e galxias est a ser desvendado e
compreendido; e praticamente todas as semanas so descobertos novos planetas em
rbitas de outras estrelas. Ao contrrio da primeira revoluo na Astronomia, h 400 anos
atrs, todas as descobertas tm sido feitas num espao1 de anos, em vez de sculos. A
propsito da recente celebrao do Ano Internacional da Astronomia (em 2009 presume-se
que 400 anos aps a construo do 1 verdadeiro Telescpio - de Galileu), Caraa, 2011
destaca que em apenas 14 anos (entre 1995 e 2009) se realizaram importantes
descobertas. Trata-se de demonstraes baseadas nos dados recolhidos
experimentalmente, unicamente possveis com a instrumentao atual (assuntos que no
se pretendem desenvolver na presente dissertao). Alm dos detalhes atrs referidos
acrescenta-se a determinao cada vez mais credvel da dimenso e da idade do
Universo, a existncia de matria e energia escuras, a observao das galxias mais
jovens formadas cerca de 1000 milhes (1 x 109) anos aps o Big Bang. Complemente-se
que, precisamente os Planetrios e Centros de Cincia - como se destaca no captulo 3
so, por excelncia, locais de divulgao de contedos cientficos significativos. Permitem
navegar de forma ldica entre matrias vastas, cientificamente atualizadas, devidamente
estruturadas e niveladas por faixa etria ou grau de escolaridade de cada pblico.
4) O sentido da viso modifica-se ao longo da vida humana. Tambm se aprende a observar
(com instrumentao ou s vista desarmada)2 e naturalmente olhar para cima algo
intuitivo: primeira vista, o cu estrelado impressiona-nos pela sua desordem. um
amontoado de estrelas, dispersas ao acaso. Mas, olhando outra vez, aparece uma ordem
csmica, imperturbvel cada noite, aparentemente desde sempre e para sempre, o
mesmo cu () Mas vem um terceiro olhar () h injeo de uma nova e formidvel
desordem nesta ordem; vemos um Universo em expanso, em disperso, as estrelas
nascem, explodem, morrem () vemos um Universo que se organiza desintegrando-se
(Morin, 1990). No captulos 5 da presente dissertao, elabora-se a recolha dum conjunto
1 a expresso cientificamente correta seria num intervalo de anos
2 a no ser no caso dos indivduos com limitaes de viso, cegos e amblopes; para eles (curiosa e felizmente) tambm j so
produzidos contedos de divulgao em Astronomia como ser desenvolvido no captulo 3
-
INTRODUO / FUNDAMENTAO FCUP 16 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
diversificado de ferramentas de carter prtico e / ou laboratorial que serviro de
complemento observao direta do cu: experincias, imagens, simulaes e outros
materiais, para tornar o processo de aprendizagem mais sistemtico e significativo.
5) medida que o conhecimento avana, o Universo vai-se revelando uma entidade
harmoniosa onde as quatro foras bsicas e a geometria resultam em galxias, estrelas e
proporcionaram o aparecimento da vida. Adams, 2002, defende que, embora agora possa
parecer bvio, se o cosmos tivesse nascido ligeiramente desafinado, com foras ou
propriedades geomtricas ligeiramente diferentes, a histria da gnese poderia ter tido um
fim marcadamente diferente. Esse fascnio pela singularidade da vida e pelas foras que
governam o Universo partilhada por Scagell, 2004, que destaca que embora a Terra
seja o nico planeta onde (por enquanto) se encontre vida existem mais estrelas no
Universo do que gros de areia em todas as praias da Terra1; conseguimos ver cerca de
5000 estrelas da nossa galxia a olho nu; quatro foras elementares afetam a matria ();
apesar de a gravidade ser a fora mais fraca, a que tem a influncia mais forte sobre os
planetas, as estrelas e as galxias.
6) Utiliza-se ento a cincia, particularmente a Qumica e a Fsica apoiadas pela Matemtica
para mostrar que tudo tem explicao, que tudo o que existe, qualquer sistema, se pode
reduzir ou decompor em algo elementar. Como por exemplo a oscilao de um pndulo
simples. Mas o movimento de oscilao do pndulo ser mesmo simples ou envolver
afinal toda a dinmica do Universo? Reeves, 2001, lana-nos um exerccio mental
complexo baseado no conhecido Pndulo de Foucault:
- imaginemos um pndulo simples, com um comprimento suficientemente grande para
que (sendo pequeno o amortecimento e tambm desprezvel o efeito da toro do fio)
fique a oscilar por vrias horas;
- o pndulo oscila e a Terra roda, o plano de oscilao no roda, mantm-se inalterado;
- seria ento conveniente montar o pndulo num plano de oscilao que contenha o
centro da Terra, por escolha ento, por exemplo, exatamente no Polo Norte geogrfico;
- mas repararamos que iriam acontecer pequenos desvios esperada rotao de 24h,
i.e., no haveria sincronizao absoluta entre a rotao da Terra e a manuteno do
plano de oscilao do pndulo!
- que afinal o nosso pndulo sente a influncia da gravitao da Lua, do Sol e por a
adiante; para no sofrer desvios o pndulo teria que ser colocado a oscilar num plano
alinhado com o centro da nossa Via Lctea ou mesmo das galxias mais distantes?
- e por este processo mental encontrar-se-ia o plano de oscilao () imvel em
relao ao Universo no seu conjunto. E desta forma () eis a tremenda situao que
1 esta ideia no parece ter qualquer possibilidade de demonstrao experimental, presume tratar-se, no bom sentido, pedaggico,
unicamente duma provocao
-
INTRODUO / FUNDAMENTAO FCUP 17 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
Biologia / Antropologia /
Filosofia
Instrumentao / Tecnologias / Multimdia
Qumica
Fsica
Matemtica
Astronomia
Fig. 1.2 - Crditos: [esquema do prprio autor] Astronomia como potencializadora de diversas cincias
se depara ao explorador astrofsico quando recuar no tempo at sua origem ()
ningum at agora soube estabelecer uma teoria coerente que incorpore
simultaneamente a teoria geral da relatividade de Einstein e a mecnica quntica. Nem
sequer saber se tal teoria possvel. Para disfarar a sua ignorncia1, o astrofsico
decreta, ento, que no instante 10-43 do segundo o Universo nasceu;
- ento, e ao contrrio do que os programas escolares podem primeira vista fazer crer,
afinal na Cincia provavelmente nunca tudo estar a caminho de ser totalmente
explicado, percebido, simplificado ou quantificado
- concluindo, repare-se como um pndulo simples pode afinal envolver toda a
complexidade do Universo: O Universo inteiro est presente na grande sala do
Panteo2. ele que orienta o pndulo fixado na abbada.
7) O item anterior revela a complexidade e a densidade da Cincia, mas permite tambm
perceber que o que () milagroso que, as leis da Fsica aplicveis ao mundo do
muito pequeno, tambm se aplicam s primeiras fases da evoluo do prprio Universo
[Gribbin, J. (2000)]; assim, duma forma filosfica, por isso provavelmente metafrica,
exagerada e at antiquada, mas enigmtica, a Astronomia compele a Alma a olhar para
cima e leva-nos deste Mundo para outro (Ridpath, 2006, citando Plato).
Em suma, a Astronomia potencialmente
importante no desenvolvimento dos contedos
curriculares que sero enumerados (numa
perspetiva de uso para a prtica docente) no
captulo 2, e que posteriormente, no captulo 4
sero alvo de alguns tpicos de aprofundamento
cientifico-pedaggico. Defende-se que os
contedos especficos de Astronomia esto, de
forma transversal, ao servio dos contedos de
Fsica e de Qumica no bsico e no secundrio.
Sem se querer reduzir o potencial da Astronomia a
um simples esquema (figura 1.2), nem defender
que uma cincia inclua todas as outras, inspirado
pelo plano estratgico apresentado na revista
CAP da IAU disponvel no anexo AN1, a
Astronomia pode ser vista como uma base de
desenvolvimento de diversa atividade cientfica.
1aqui o termo ignorncia usado claramente no sentido de limitao ou caminho a percorrer no aprofundamento cientfico e no
na aceo mais bsica da palavra 2 Panteo de Paris onde Foucault (realizando uma demonstrao da rotao da Terra) ter instalado pela primeira vez o seu pndulo
(do qual j existiram rplicas que entretanto no esto (por enquanto e infelizmente) a funcionar, tanto no Departamento de Fsica da FCUP dos Lees (agora Reitoria e Museu) e no Museu de Cincia da Universidade de Lisboa)
anexo_AN1_estudo_programas_FQ_ASTRO.pdf
-
ASTRONOMIA EM FSICA E QUMICA. DO 7 AO 12 ANO FCUP 18 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
2
ASTRONOMIA EM FSICA E QUMICA. DO 7 AO
12 ANO
Sendo a Astronomia uma cincia com forte cariz interdisciplinar, ligada
a vrias reas como a Fsica, a Qumica, a Matemtica, a Biologia, a
Histria, a Geologia, ela torna-se apelativa para professores e alunos,
para desenvolver atividades extracurriculares e complementares de
vrias reas de saber.
[Escudeiro, 2008]
O presente captulo pretende listar os contedos1 dos atuais programas (que provavelmente j
so do conhecimento da maioria dos leitores) do ensino bsico e do secundrio de Cincias
Fsico-Qumicas (CFQ) (7, 8 e 9 anos), Fsica e Qumica (FQ) (10 e 11 anos); Fsica (12 ano)
e Qumica (12 ano). Mas acrescenta-se referida listagem (por ano de escolaridade, para
proporcionar uma consulta sistemtica) uma coluna para colocar, lado a lado, todos os contedos
curriculares da disciplina (s) rea(s) da Astronomia que se julga que podem servir,
potencialmente e como j anteriormente defendido, de fonte de enriquecimento ou
complementaridade das aprendizagens especficas. Claro que nos temas Terra no Espao
[atualmente objeto de ensino (geralmente)2 no 7 ano de escolaridade de Fsica e Das Estrelas
ao tomo atualmente desenvolvido no 10 ano de escolaridade de Qumica] bvia a ligao:
so claramente contedos de Astronomia que fazem parte dos programas curriculares3. A esse
propsito, destaque-se que, a realizao de uma visita ao Planetrio ou a museus / centros de
cincia so experincias educativas sugeridas aos docentes, precisamente e pela respetiva
ordem, nos j referidos programas de CFQ (7 ano) e FQ (10ano).
1 aguarda-se (julho de 2012) a substituio das competncias especficas por metas de aprendizagem, mas pelo contrrio, nos
contedos dos programas no se prev (pelo menos no imediato) nova reformulao 2 a gesto flexvel do currculo permite que as escolas e grupos disciplinares planifiquem os contedos eventualmente por outra
ordem 3 Sacchetti, 2002, na tese A Matemtica da Astronomia, tambm da FCUP tabelas das Pgs. 63 a 66 - j havia apontado para a
relao entre a Astronomia e os contedos: estrutura dos tomos e foras e movimentos do 11 FQ, interao gravitacional 12F e estrutura de tomos e molculas 12Q
A Leitura, Picasso
-
ASTRONOMIA EM FSICA E QUMICA. DO 7 AO 12 ANO FCUP 19 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
Pretende-se que, no sentido positivo e humildemente construtivo do termo, a presente dissertao
constitua um alerta, em tantas perspetivas quanto possvel e em cada captulo da mesma, para o
facto de muitos outros contedos, objetivos, competncias, ou (futuras) metas de aprendizagem
(alm dos relatados no pargrafo anterior) se desenvolverem tambm por via da Astronomia.
Assim, defende-se que os recursos disponibilizados e a componente de divulgao da Astronomia
so uma ferramenta fundamental para o ensino da Fsica e Qumica em Contexto Escolar1.
Claro que seria totalmente enriquecedor, mas na prtica impossvel, como ponto de partida para a
presente dissertao, conhecer pessoalmente todos os centros de cincia, planetrios e
observatrios que se dedicam divulgao da Astronomia. Alis, um dos (ainda existentes)
privilgios de ser professor no bsico ou no secundrio ter a oportunidade de realizar visitas de
estudo com os alunos a estas instituies. Concretamente e, particularmente, para este trabalho,
no captulo 3 so descritas as instituies com as quais houve oportunidade de contatar e, na
maioria dos casos, visitar propositadamente para assistir, participar e experimentar os contedos /
sesses disponveis, das quais se realizam snteses no anexo AN2. Espera-se, assim, que ambos
os instrumentos (captulo 3 e anexo nmero 2) constituam uma ferramenta de consulta funcional e
til ao desempenho docente.
Do ponto de vista, digamos, agora mais terico, apostou-se tambm em articular a Astronomia
com todos os contedos de Fsica e de Qumica, desde o 7 e at ao 12 ano de escolaridade,
tendo por referncia o currculo atual. Pretendeu-se, a partir da bibliografia consultada, apresentar
alguns tpicos de forma resumida (e apenas com o grau de profundidade que se julgue suficiente
para quem tem habilitaes para a docncia nos ensinos bsico e secundrio). Nessa recolha de
contedos, apresentam-se os blocos de matria de Astronomia (BA01,BA02, at BA05) que
podem ser consultados / acedidos das seguintes formas:
- atravs da apresentao interativa: anexo AN1 (na verso digital desta dissertao) na
qual se pode navegar atravs dos contedos organizados por ano letivo;
- clicando (na verso digital nos mesmos blocos BAnn) da tabela a seguir colocada, o que
conduzir de igual modo aos contedos referidos;
- consulta direta do captulo 4, que constitudo pelos j referidos blocos de matria de
Astronomia.
Notas:
1) as inter-relaes Fsica Astronomia Qumica, a seguir estabelecidas, constituem
interpretaes necessariamente subjetivas, consequncia principalmente da experincia
profissional do autor e que, naturalmente, constituem apenas sugestes; o leitor pode
1 este o nome do Mestrado de 3 ciclo cuja dissertao constitui o trabalho de projeto, 2 (e ltimo) ano
anexo_AN2_sesses_planetrios_detalhes_observados_e_sinopses.pptxfile:///C:/Users/c1575/AppData/Local/Microsoft/Windows/Temporary%20Internet%20Files/Content.IE5/INVESTIGAO/02a_astronomia_em_FQ_7ao9_10e11_F12_Q12/estudo_programas_FQ_ASTRO.pptx04_Blocos_de_matria.docx
-
ASTRONOMIA EM FSICA E QUMICA. DO 7 AO 12 ANO FCUP 20 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
naturalmente enriquecer o seu trabalho, encontrando outras ligaes entre matrias ou
simplesmente discordar de algumas das apresentadas; a escolha de recursos por parte do
professor para planificar e concretizar as suas aulas ter sempre um vnculo pessoal, nico
e que, em prol da eficcia do processo de ensino e aprendizagem, dever ser deixado ao
critrio do docente
2) o relato sinttico, da observao pessoal e detalhada, de todas as Sesses de
Planetrio atualmente em exibio em todo o pas e de algumas outras atividades dos
Centros de Cincia que em Portugal, de alguma forma divulgam a Astronomia e que houve
oportunidade de visitar esto disponveis no tambm j referido anexo AN2;
3) pretende-se que, no obstante a consulta das listagens seguintes e respetivos
complementos tericos, os captulos seguintes (3, 4 e 5) sirvam como se defende no
presente trabalho para (re)descobrir instrumentos que proporcionem aos alunos do
bsico e do secundrio uma aprendizagem mais significativa da Fsica e da Qumica.
Listagem de contedos programticos e ligao aos contedos Astronomia
Na tabela seguinte - 2.1 (necessariamente extensa por reportar desde o 7 at ao 12 ano de
escolaridade) - indicam-se em cada uma das colunas os diversos contedos curriculares das
disciplinas CFQ, FQ, Fsica e Qumica (12 ano) cujo estudo pode ser enriquecido pela
abordagem dos temas de Astronomia. Ou seja, dentro do programa curricular , esto j
selecionados (apenas esses so aqui apresentados) os itens nos quais se salienta a
interdisciplinaridade com Astronomia. A tabela est organizada do seguinte modo:
ANO de escolaridade
TEMA ou captulo
(Itens programticos) todos que podem incluir Astronomia
Nome do bloco de matria de Astronomia
BAnn
7 ANO CFQ
TERRA NO ESPAO
Universo: - O que existe no Universo
- Distncias no Universo Sistema Solar:
- Astros do Sistema Solar - Caractersticas dos planetas
Planeta Terra: - Terra e Sistema solar - Movimentos e foras
O Sol e o Sistema Solar BA01
Mecnica Celeste BA02
hip
erlig
ao
anexo_AN2_sesses_planetrios_detalhes_observados_e_sinopses.pptx04BA01_O_Sol_e_o_Sistema_Solar.pdf04BA02_Mecnica_Celeste.pdf
-
ASTRONOMIA EM FSICA E QUMICA. DO 7 AO 12 ANO FCUP 21 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
TERRA EM TRANSFORMAO
Materiais: - Constituio do mundo material
() - Propriedades fsicas e qumicas dos materiais
() Energia:
- Fontes e formas de energia - Transferncias de energia
Espectros Estelares. Radiao. Conceitos
Fotomtricos e Magnitudes BA03
O Meio Interestelar. Galxias e Evoluo Estelar
BA04
Elementos Qumicos. Massa, Luminosidade, Evoluo e
Estrutura Estelares BA05
8 ANO CFQ
SUSTENTABILIDADE NA TERRA
Som e luz: - Produo e transmisso do som
- Propriedades e aplicaes da luz Reaes qumicas:
- Tipos de reaes qumicas (.)
- Explicao e representao das reaes qumicas Mudana global:
- Influncia da atividade humana na atmosfera terrestre e no clima Gesto sustentvel dos recursos:
() Proteo e conservao da natureza
Custos, benefcios e riscos das inovaes cientficas e tecnolgicas
Espectros Estelares. Radiao. Conceitos
Fotomtricos e Magnitudes BA03
O Meio Interestelar. Galxias e Evoluo Estelar
BA04
9 ANO CFQ
VIVER MELHOR NA TERRA
Em trnsito: - Segurana e preveno
- Movimento e foras Sistemas eltricos e eletrnicos:
() - Eletromagnetismo
()
Classificao dos materiais: - Propriedades dos materiais e tabela peridica dos elementos
() ()
Mecnica Celeste BA02
O Sol e o Sistema Solar BA01
Elementos Qumicos. Massa, Luminosidade, Evoluo e Estrutura
Estelares
BA05
04BA03_Espectros_Estelares_Mecanismos_de_Radiao_Conceitos_Fotomtricos_e_Magnitudes.pdf04BA04_O_Meio_Interestelar_Galxias_e_Evoluo_Estelar.pdf04BA05_Elementos%20Qumicos_Massa_Luminosidade_Evoluo_e_Estrutura_Estelares.pdf04BA03_Espectros_Estelares_Mecanismos_de_Radiao_Conceitos_Fotomtricos_e_Magnitudes.pdf04BA04_O_Meio_Interestelar_Galxias_e_Evoluo_Estelar.pdf04BA02_Mecnica_Celeste.pdf04BA01_O_Sol_e_o_Sistema_Solar.pdf04BA05_Elementos%20Qumicos_Massa_Luminosidade_Evoluo_e_Estrutura_Estelares.pdf
-
ASTRONOMIA EM FSICA E QUMICA. DO 7 AO 12 ANO FCUP 22 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
10 ANO FQ
QUMICA - UNIDADE 1 DAS ESTRELAS AO TOMO
1.1. Arquitetura do Universo: Breve histria do Universo; Teoria do Big-Bang e suas limitaes; outras
teorias Escalas de tempo, comprimento e temperatura
Unidades SI e outras de tempo, comprimento e temperatura Aglomerados de estrelas, nebulosas, poeiras interestelares, buracos
negros e sistemas solares Processo de formao de alguns elementos qumicos no Universo: As
estrelas como "autnticas fbricas" nucleares Algumas reaes nucleares e suas aplicaes: Fuso nuclear do H e do
He; istopos; Sntese nuclear do C e do O; Fisso nuclear Distribuio atual dos elementos no Universo
O Meio Interestelar. Galxias e Evoluo Estelar
BA04
1.2. Espectros, radiaes e energia: Emisso de radiao pelas estrelas espectro de riscas de absoro
Espectro eletromagntico radiaes e energia Relao das cores do espectro do visvel com a energia da radiao
Anlise elementar por via seca (AL 1.2) Aplicaes tecnolgicas da interao radiao-matria
1.3. tomo de hidrognio e estrutura atmica:
Espectro do tomo de hidrognio Quantizao de energia
Modelo quntico: Nmeros qunticos (n, l, ml e ms); Orbitais (s, p, d) ()
1.4. Tabela Peridica - organizao dos elementos qumicos:
() Propriedades dos elementos e propriedades das substncias elementares
Espectros Estelares. Radiao. Conceitos
Fotomtricos e Magnitudes BA03
Elementos Qumicos. Massa, Luminosidade, Evoluo e
Estrutura Estelares BA05
QUMICA - UNIDADE 2 NA ATMOSFERA DA TERRA: RADIAO, MATRIA E ESTRUTURA
2.1. Evoluo da atmosfera- breve histria: Variao da composio da atmosfera (componentes maioritrios) ao
longo dos tempos e suas causas Composio mdia da atmosfera atual: componentes principais;
componentes vestigiais ()
2.2. Atmosfera: temperatura, presso e densidade em funo da altitude:
Variao da temperatura e estrutura em camadas da atmosfera ()
Densidade de um gs ()
2.3. Interao radiao-matria
Formao de ies na termosfera e na mesosfera A atmosfera como filtro de radiaes solares
Formao de radicais livres na estratosfera e na troposfera ()
2.4. O ozono na estratosfera:
O ozono como filtro protetor da Terra, Filtros solares Formao e decomposio do ozono na atmosfera
A camada do ozono 2.5. Molculas na troposfera - espcies maioritrias e espcies vestigiais:
() Parmetros de ligao: Energia de ligao, Comprimento de ligao,
ngulo de ligao
O Meio Interestelar. Galxias e Evoluo Estelar
BA04
04BA04_O_Meio_Interestelar_Galxias_e_Evoluo_Estelar.pdf04BA03_Espectros_Estelares_Mecanismos_de_Radiao_Conceitos_Fotomtricos_e_Magnitudes.pdf04BA05_Elementos%20Qumicos_Massa_Luminosidade_Evoluo_e_Estrutura_Estelares.pdf04BA04_O_Meio_Interestelar_Galxias_e_Evoluo_Estelar.pdf
-
ASTRONOMIA EM FSICA E QUMICA. DO 7 AO 12 ANO FCUP 23 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
FSICA MDULO INICIAL DAS FONTES DE ENERGIA AO UTILIZADOR
1. Situao energtica mundial e degradao da energia: Fontes de energia ()
Transferncias e transformaes de energia ()
2. Conservao da energia ()
Energia interna, Temperatura Calor, radiao, trabalho e potncia
Lei da Conservao da Energia, Balanos energticos
O Sol e o Sistema Solar BA01
FSICA UNIDADE 1 DO SOL AO AQUECIMENTO
1. Energia do Sol para a Terra: Balano energtico da Terra
Emisso e absoro de radiao. Lei de Stefan Boltzmann. Deslocamento de Wien, catstrofe do UV, potncia mxima - temperatura
de cor ()
Equilbrio trmico. Lei Zero da Termodinmica, estimativas da temperatura ()
2. A energia no aquecimento/arrefecimento de sistemas:
Mecanismos de transferncia de calor: conduo e conveco ()
Espectros Estelares. Radiao. Conceitos
Fotomtricos e Magnitudes BA03
O Sol e o Sistema Solar BA01
FSICA - UNIDADE 2 ENERGIA EM MOVIMENTOS
1. Transferncias e transformaes de energia em sistemas complexos aproximao ao modelo da partcula material:
Transferncias e transformaes de energia em sistemas complexos (meios de transporte)
Sistema mecnico. Modelo da partcula material (centro de massa) Validade da representao de um sistema pelo respetivo centro de massa
Trabalho realizado por foras constantes que atuam num sistema em qualquer direo
()
2. A energia de sistemas em movimento de translao ()
Trabalho realizado pelo peso Peso como fora conservativa
Energia potencial gravtica Conservao da energia mecnica
()
Mecnica Celeste BA02
O Sol e o Sistema Solar BA01
11 ANO FQ
FSICA UNIDADE 1 MOVIMENTOS NA TERRA E NO ESPAO
1.1. Viagens com GPS: Funcionamento e aplicaes do GPS; Posio ; coordenadas geogrficas e cartesianas, latitude, longitude e altitude; Tempo
(diferentes mtodos); Trajetria; Velocidade 1.2. Da Terra Lua: Interaes distncia e de contacto; 3 Lei de Newton;
Lei da gravitao universal; Movimentos prximo da superfcie da Terra; Movimentos de satlites geoestacionrios e planetas
Mecnica Celeste BA02
04BA01_O_Sol_e_o_Sistema_Solar.pdf04BA03_Espectros_Estelares_Mecanismos_de_Radiao_Conceitos_Fotomtricos_e_Magnitudes.pdf04BA01_O_Sol_e_o_Sistema_Solar.pdf04BA02_Mecnica_Celeste.pdf04BA01_O_Sol_e_o_Sistema_Solar.pdf04BA02_Mecnica_Celeste.pdf
-
ASTRONOMIA EM FSICA E QUMICA. DO 7 AO 12 ANO FCUP 24 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
FSICA UNIDADE 2 COMUNICAES
2.1. Comunicao de informao a curtas distncias: () Campo magntico e campo eltrico
() 2.2. () radiao eletromagntica na comunicao; () ondas de rdio ();
Reflexo, refrao, reflexo total, absoro e difrao de ondas ()
Espectros Estelares. Radiao. Conceitos
Fotomtricos e Magnitudes BA03
QUMICA - UNIDADE 1 QUMICA E INDSTRIA: EQUILBRIOS E DESEQUILBRIOS
1. Produo e controlo a sntese industrial do amonaco 1.1. () Hidrognio como fonte de energia; ()
1.2. O amonaco, a sade e o ambiente: Interao do amonaco com componentes atmosfricos; ()
Elementos Qumicos. Massa, Luminosidade, Evoluo e
Estrutura Estelares BA05
QUMICA - UNIDADE 2 Da Atmosfera ao Oceano: Solues na Terra e para a Terra
2.1. gua da chuva, gua destilada e gua pura ()
O Sol e o Sistema Solar BA01
12 ANO FSICA1
UNIDADE I MOVIMENTOS NA TERRA E NO ESPAO
1. Mecnica da partcula 1.1- Cinemtica e dinmica da partcula em movimentos a mais do que uma
dimenso: Referencial; Equaes do movimento e da trajetria; Deslocamento, velocidade mdia e velocidade; Acelerao mdia e
acelerao; Acelerao tangencial e acelerao normal; raio de curvatura; Segunda Lei de Newton; Movimento circular
()
3. Centro de massa e momento linear de um sistema de partculas ()
Velocidade e acelerao do centro de massa; Momento linear; Lei fundamental da dinmica para um sistema de partculas; Lei de conservao
de momento linear ()
4. Mecnica de fluidos 4.1- Hidrosttica: Noo de fluido; Massa volmica, densidade relativa,
presso e fora de presso; Lei fundamental da hidrosttica; Lei de Pascal; Impulso e Lei de Arquimedes; Equilbrio de corpos flutuantes
4.2- Hidrodinmica: Movimento dos fluidos em regime estacionrio; Conservao da massa e equao da continuidade; Conservao de
energia mecnica e equao de Bernoulli; Fora de resistncia em fluidos; coeficiente de viscosidade de um lquido
5. Gravitao
Leis de Kepler; Lei de Newton da gravitao universal; Constante de gravitao universal e experincia de Cavendish; Campo gravtico; Fora
gravtica e peso; imponderabilidade; Energia do campo gravtico; Velocidade orbital; velocidade de escape
Mecnica Celeste BA02
O Sol e o Sistema Solar BA01
1 no ano letivo 2012/13, o MEC diminuiu a carga horria da disciplina (por aluno) de 7 para 4 tempos letivos, sem explicar at ao
momento (Julho 2012) quais as redues a efetuar no programa lecionado (certamente em 3/7 da sua extenso)
04BA03_Espectros_Estelares_Mecanismos_de_Radiao_Conceitos_Fotomtricos_e_Magnitudes.pdf04BA05_Elementos%20Qumicos_Massa_Luminosidade_Evoluo_e_Estrutura_Estelares.pdf04BA01_O_Sol_e_o_Sistema_Solar.pdf04BA02_Mecnica_Celeste.pdf04BA01_O_Sol_e_o_Sistema_Solar.pdf
-
ASTRONOMIA EM FSICA E QUMICA. DO 7 AO 12 ANO FCUP 25 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
UNIDADE II ELECTRICIDADE E MAGNETISMO
()
3. Ao de campos magnticos sobre cargas em movimento e correntes: ()
Espectros de campos magnticos () Campo magntico terrestre
O Sol e o Sistema Solar BA01
UNIDADE III FSICA MODERNA
1. Teoria da Relatividade 1.1 - Relatividade galileana: Referenciais de inrcia e referenciais
acelerados; Validade das Leis de Newton ()
2. Introduo fsica quntica () Dualidade onda-corpsculo para a luz ()
3. Ncleos atmicos e radioatividade
() Fontes naturais e artificiais de radioatividade; () Reaes nucleares: fuso nuclear e ciso
O Meio Interestelar. Galxias e Evoluo Estelar
BA04
Elementos Qumicos. Massa, Luminosidade, Evoluo e Estrutura
Estelares
BA05
12 ANO QUMICA*
UNIDADE 1 METAIS E LIGAS METLICAS
1.1 Metais e Ligas Metlicas 1.1.1. A importncia dos metais na sociedade atual: () pilhas no quotidiano
e do futuro: pilhas de combustvel ou a combusto distncia ()
1.3. Metais, Ambiente e Vida ()
1.3.2. Metais, complexos e cor: () A cor nos complexos e a composio quantitativa de solues com ies metlicos (AL1.5)
()
Espectros Estelares. Radiao. Conceitos
Fotomtricos e Magnitudes BA03
UNIDADE 2 Combustveis, Energia e Ambiente
2.1. Combustveis fsseis: o carvo, o crude e o gs natural: ()
2.1.2.Os combustveis gasosos, lquidos e slidos: compreender as diferenas: () foras intermoleculares e os estados fsicos das substncias
() 2.1.4. Combustveis alternativos e algumas alternativas: () clulas
fotovoltaicas e aerogeradores; energia nuclear 2.2. De onde vem a energia dos combustveis
() 2.2.2. Equivalncia massa-energia: () Emisses radioativas: partculas alfa
e beta e radiaes gama; Perodo de decaimento ou tempo de meia vida; (); Medidores (detetores) de radioatividade; Reaes nucleares: a fuso
nuclear e a fisso (ciso) nuclear; Equivalncia massa-energia e as reaes nucleares
O Meio Interestelar. Galxias e Evoluo Estelar
BA04
Elementos Qumicos. Massa, Luminosidade, Evoluo e
Estrutura Estelares BA05
04BA01_O_Sol_e_o_Sistema_Solar.pdf04BA04_O_Meio_Interestelar_Galxias_e_Evoluo_Estelar.pdf04BA05_Elementos%20Qumicos_Massa_Luminosidade_Evoluo_e_Estrutura_Estelares.pdf04BA03_Espectros_Estelares_Mecanismos_de_Radiao_Conceitos_Fotomtricos_e_Magnitudes.pdf04BA04_O_Meio_Interestelar_Galxias_e_Evoluo_Estelar.pdf04BA05_Elementos%20Qumicos_Massa_Luminosidade_Evoluo_e_Estrutura_Estelares.pdf
-
ASTRONOMIA EM FSICA E QUMICA. DO 7 AO 12 ANO FCUP 26 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
UNIDADE 3 PLSTICOS, VIDROS E NOVOS MATERIAIS
() 3.2. Os plsticos e os materiais polimricos: () nomeadamente nos
espaciais; () ()
3.5. Novos materiais: () materiais de base sustentvel
O Meio Interestelar. Galxias e Evoluo Estelar
BA04
[sntese de contedos de CFQ, FQ, Fsica e Qumica, articuladas com Astronomia; uma verso detalhada dos contedos dos
programas curriculares atuais [Julho de 2012] poder ser consultada no Anexo AN1]
Tabela 2.1 - Sntese de contedos de CFQ, FQ, F e Q, articuladas com Astronomia
04BA04_O_Meio_Interestelar_Galxias_e_Evoluo_Estelar.pdfAnexo01_estudo_programas_FQ_ASTRO.pdf
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 27 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
3
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS,
CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE
DIVULGAO
A Astronomia mais do que as simples histrias das
constelaes, a ordem dos planetas e o nmero de luas ou anis
que eles possuem; o estudo de como a nossa vida afetada
pelas coisas que existem na e para alm da atmosfera terrestre
bem como os corpos celestes se afetam uns aos outros.
[VanCleave, 1993]
O processo de ensino e aprendizagem, particularmente na sala de aula e nas disciplinas de Fsica
e de Qumica, pode, semelhana do que acontece em qualquer outra rea do conhecimento,
recorrer aos conhecimentos prvios dos alunos. Felizmente e na atualidade, o nosso pas tem em
funcionamento um conjunto de centros de cincia, maioritariamente interativos. Alguns so ainda
conhecidos por museus1 e planetrios, mas, em qualquer dos casos, todos eles oferecem uma
vasta oferta de atividades: dentro das suas prprias instalaes, nas idas s escolas e em vrias
outras iniciativas como Comemoraes ou no programa Cincia Viva no Vero. Alm de
continuar a organizar em conjunto e para os alunos a participao neste gnero de atividades,
ser expectvel que o professor, em cada ano letivo e em cada turma, recolha a informao sobre
os locais e iniciativas que os seus alunos j frequentaram e integre essas experincias educativas
e conhecimentos, promovendo o construtivismo do conhecimento cientfico. Os 3 mapas parciais
(de Portugal) que foram produzidos de raiz e aqui seguidamente representados podem ser
consultados e manipulados na verso digital desta tese, aqui: Continente; Madeira; Aores; ou
ento pela mesma ordem - nos seguintes endereos eletrnicos:
1 o termo museu est atualmente (2012) em desuso; talvez por ser (ainda) associado a uma perspetiva esttica e no interativa;
ser mesmo uma moda pois: museus, centros de cincia ou de explorao, etc. todos podem / devem integrar atividades prticas, laboratoriais
Alguns Crculos, Kandinsky
file:///C:/Users/ARZF/AppData/Roaming/Microsoft/Word/:%20https:/maps.google.pt/maps/ms%3fie=UTF8&hl=pt-PT&oe=UTF8&msa=0&msid=209335092531170317022.0004c892caff99b243907https://maps.google.pt/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&oe=UTF8&msa=0&msid=209335092531170317022.0004c8b671a8b68dc9ddfhttps://maps.google.pt/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&oe=UTF8&msa=0&msid=209335092531170317022.0004c8b696e941b3e9f03
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 28 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
- Continente: https://maps.google.pt/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&oe=UTF8&msa=0&msid=209335092531170317022.0004c892caff99b243907
- Madeira: https://maps.google.pt/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&oe=UTF8&msa=0&msid=209335092531170317022.0004c8b671a8b68dc9ddf
- Aores: https://maps.google.pt/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&oe=UTF8&msa=0&msid=209335092531170317022.0004c8b696e941b3e9f03
Realiza-se neste captulo
uma viagem pelos
planetrios e centros de
cincia viva. Nota: no se
apresentam aqui os
detalhes dos contedos
(sesses de planetrio e
outros Centros de Cincia)
que foram observados e
estudados na sua maioria
de forma presencial; essa
informao disponibilizada
para consulta no anexo AN2
desta dissertao.
Apresentam-se apenas
algumas informaes de
interesse prtico, como
localizao geogrfica,
capacidade, nmero e
tipologia / pblicos-alvo das
sesses e tambm
detalhes, como o nmero
atual mdio de visitantes
por ano, tipo de
equipamento utilizado,
utilizao de telescpios e
realizao de sesses de
observao, etc. uma
recolha exaustiva mas
certamente incompleta
Fig. 3.1 - Crditos: Google Maps Mapas com a localizao dos planetrios e centros de cincia onde so tratados temas de Astronomia
A existncia de centros de divulgao (de Astronomia e outros) um processo dinmico, vo
abrindo novos espaos mas tambm, pelo contrrio, vo encerrando algumas instituies. A
presente recolha dever ser reportada no tempo, a julho de 2012. Deve destacar-se, ainda, a
existncia (provavelmente fruto da paixo dos astrnomos amadores) de diversas associaes
https://maps.google.pt/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&oe=UTF8&msa=0&msid=209335092531170317022.0004c892caff99b243907https://maps.google.pt/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&oe=UTF8&msa=0&msid=209335092531170317022.0004c8b671a8b68dc9ddfhttps://maps.google.pt/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&oe=UTF8&msa=0&msid=209335092531170317022.0004c8b696e941b3e9f03anexo_AN2_sesses_planetrios_detalhes_observados_e_sinopses.pptxhttps://maps.google.pt/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&oe=UTF8&msa=0&msid=209335092531170317022.0004c892caff99b243907https://maps.google.pt/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&oe=UTF8&msa=0&msid=209335092531170317022.0004c8b671a8b68dc9ddfhttps://maps.google.pt/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&oe=UTF8&msa=0&msid=209335092531170317022.0004c8b696e941b3e9f03
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 29 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
que organizam tanto mais de forma gratuita diversas iniciativas de anlise, discusso e
divulgao na rea. Estas podem revelar interesse para serem frequentadas tanto pelos alunos
(para, por exemplo, efetuar um primeiro contato com a rea) como pelos professores (como
aprofundamento ou meramente atualizao cientfica). A ttulo de exemplo, permita-se realar que
nos anos de 2011 e 2012 houve oportunidade de participar na qualidade de professor e sempre
gratuitamente:
- no XXI Encontro Nacional de Astronomia e Astrofsica (sesso PRO AM, realizada no
observatrio astronmico de Coimbra) - como observador;
- apresentao e sesso de trabalho do projeto sun4all (Sol para todos) na Universidade
de Coimbra - Departamento de Matemtica
- jornada do projeto discover the cosmos dinamizada pelo NUCLIO de Astronomia no
Estoril, Lisboa;
- diversas palestras e sesses de observao realizadas pelo CAUP, ORION e FISUA -
no mbito do j referido programa Cincia Viva no Vero.
Ser interessante sublinhar que este tipo de atividades se adequa a todos os professores de
Fsica e Qumica nas quais podem participar (escolhendo naturalmente quer os temas pelos
quais j revelam maior interesse quer outros em que sintam lacunas e, por isso, necessidade
de aprofundamento cientfico). Sublinhe-se que os colaboradores dos Centros de Cincia se
tornam assim cooperantes, disponveis para a atividade do docente!
Como j referido, destaca-se que, em anexo a esta dissertao, no anexo AN2, se encontram
(organizadas numa lgica de consulta interativa, por instituio e grau de escolaridade) as
snteses dos contedos especficos das instituies visitadas, que podero ser utilizadas como
motivao, recurso ou apoio didtico atividade do professor / educador. Anualmente e em
funo do servio letivo distribudo, sem querer dar nenhuma receita ou protocolo, julga-se
importante refletir / ponderar questes tais como:
- quantos dos alunos de cada turma j foram ao planetrio assistir a sesses ou realizar
outras atividades?
- quais as sesses / atividades e de que nveis?
- e que outros centros de cincia foram visitados?
- ser ento relevante, neste contexto, organizar para este ano letivo visita(s) de estudo;
qual ou quais?
Esta metodologia poder constituir uma mais-valia pedaggica como ferramenta de anlise
diagnstica, potenciadora do processo de ensino e aprendizagem.
file:///C:/Users/ARZF/Desktop/FCUP_11_12/INVESTIGAO/03astronomia_Portugal_planetrios_CCVs_outros/00sessesTpicosImp
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 30 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
3.1 PLANETRIOS E OUTROS CENTROS DE DIVULGAO ESPECFICA
So um recurso pedaggico permanente e uma valncia transversal a todas as instituies a
seguir relatadas (e que geralmente encerram 2 feira): estas desenvolvem ou participam em
projetos de forma regular, recebendo as turmas com o respetivo professor ou outros grupos,
escolares ou no. Regra geral, estes centros incluem ncleos de divulgao que - sob marcao e
transportando os seus prprios meios materiais, nomeadamente planetrios portteis e
telescpios - se deslocam at s escolas. Destaca-se, ainda, atualmente em todos estes Centros,
o facto de promoverem as j anteriormente referidas iniciativas diversas de que so exemplo a
comemorao de efemrides ou datas cientficas marcantes, alm do programa Cincia Viva
nas Frias de Vero. De forma autnoma ou em parceria, proporcionam tambm, regularmente,
unidade de formao complementar aos professores (dos grupos disciplinares que as pretendam
frequentar), na iniciao ou no aprofundamento de conhecimentos sobre Astronomia. Possuem,
tambm, geralmente, astrnomos profissionais / docentes do ensino superior em atividade de
investigao (em nmero diferente consoante a dimenso da instituio e os respetivos
financiamentos que no sero aqui abordados), mas que podem ser timos colaboradores em
determinadas interaes com a escola (palestras, por exemplo).
Indica-se, conforme a legenda apresentada no pargrafo seguinte, a informao considerada mais
relevante1. O objetivo da recolha elaborada a partir dos contactos (pessoal e telefonicamente ou
por correio eletrnico) o de facilitar ao leitor / professor o processo de ponderao, escolha e,
posteriormente, partir para um primeiro contacto / abordagem (s) instituio(es) com que julgue
ser mais adequado interagir. No querendo, de forma deliberada porque no existe esse intento,
fazer qualquer tipo de anlise comparativa, pretendeu-se tambm dar uma ideia do nmero de
pblico que, em mdia e no ltimo ano, cada instituio recebeu. Os pormenores especficos de
cada sesso ou programa, nomeadamente o preo2, a durao aproximada e os contedos
especficos das mesmas, no caso das instituies e sesses que houve oportunidade de estudar
presencialmente, esto disponveis para consulta no j referido anexo AN2.
Legenda da informao disponibilizada:
Local (cidade, vila ou regio, se relevante para melhor identificao)
Instituio (tambm indicadas as parcerias, caso seja aplicvel)
Local Fsico / Edifcio / Designao
1 o endereo eletrnico dos stios (sites) das instituies embora aqui indicado propositadamente, sublinhe-se, uma informao muito
voltil (por exemplo, vrias delas esto atualmente a desenvolver novos stios com endereos diferentes), o que poder recorrentemente obrigar a nova pesquisa mas certamente fcil de obter 2 destaque-se, priori, que h, tipicamente, inmeras sesses a partir de 1,50 por aluno
anexo_AN2_sesses_planetrios_detalhes_observados_e_sinopses.pptx
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 31 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
Endereo eletrnico / site [a funcionar em julho 2012]
Responsvel Cientfico / Tcnico / Responsvel pelas Marcaes
N de visitantes (mdia anual)
Outras informaes relevantes, do ponto de vista da ponderao do desenvolvimento
duma atividade para alunos
Braga
ORION - Sociedade Cientfica de Astronomia do Minho
Observatrio Astronmico de Gualtar
http://orion.gualtar.com/
Joo Vieira [email protected] 935589069
N mdio de visitantes / interaes com pblico = 10mil*
Atividades principais:
Observao astronmica com telescpio, cursos, palestras e
workshops em parceria com a Universidade do Minho; projetos
na rea da espectroscopia estelar e respetivas aplicaes
(deteo da composio qumica de estrelas, clculo de
distncias, temperatura, dimetro e classificao das suas
fases de "vida").
Nas observaes noturnas com o pblico, utilizam-se
telescpios Dobsonianos de abertura de 10 e de 12 polegadas.
Apresentam boa relao entre abertura e preo, so fceis de
manipular, permitindo percecionar o efeito de rotao aparente da esfera celeste. Em sesses de
observao solar, os telescpios possuem uma montagem GOTO para fazer o acompanhamento
solar e o "tubo tico" por norma um refrator apocromtico de 4 ou 5 polegadas.
Porto
CAUP - Centro de Astrofsica da Universidade do Porto /
Fundao Cincia e Desenvolvimento
Planetrio do Porto
http://www.astro.up.pt/
Filipe Pires - [email protected] - 226089800
* estimativa mnima e face aos dados fornecidos pelas instituies, no se tratam de nmeros definitivos e apenas interessa a ordem
de grandeza
Fig. 3.2 - Crditos: http://orion.gualtar.com/ Logtipo ORION
Fig. 3.4 - Crditos: [email protected] Centro de Astrofsica da Un. do Porto / Fundao
Cincia e Desenvolvimento
Fig. 3.3 - Crditos: Google imagens Observatrio Astronmico de Gualtar
http://orion.gualtar.com/mailto:[email protected]://www.astro.up.pt/mailto:[email protected]
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 32 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
N mdio de visitantes / interaes com pblico = 23 mil*
(excetuando iniciativas exteriores mais difceis de contabilizar)
Atividades principais:
Planetrio com atualmente 5 sesses disponveis, 4 laboratrios de astronomia (hands-on).
Caractersticas tcnicas do planetrio: lotao: 93
lugares reclinveis e 3 para cadeiras de rodas; Projetor
Zeiss Spacemaster com 104 projetores centrais e 18
projetores auxiliares, 22 projetores de slides e 2
projetores de vdeo; sistema de som de 6 canais; Cu:
Campo estelar e Via Lctea, enxames de estrelas,
nebulosas e galxias, constelaes, Sol, Lua, Mercrio,
Vnus, Marte, Jpiter e Saturno, cometas, 3 sistemas de
coordenadas; iluminao de horizonte; rosa-dos-ventos,
eclipses do Sol e da Lua; projetor: 3,20m de altura,
comprimento do brao de 1,98m, potncia de 10kW; cpula de 12,5m dimetro.
Observaes com telescpios catadiptricos de 6 e 8 polegadas em montagens equatoriais.
Biblioteca / Espaos com material permanente e para Exposies temporrias. Ncleo de
divulgao permanente disponvel para as mais diversas iniciativas. Equipa de investigadores
internacional constituda por astrnomos da FCUP e convidados.
Espinho
Centro Multimeio de Espinho / Fundao Navegar
Planetrio de Espinho
http://www.multimeios.pt/pt/
Antnio Pedrosa - [email protected] - 227331190
N mdio de visitantes / interaes com pblico = 15 mil*
[estimativa, nmero oficial no foi fornecido]
(excetuando iniciativas no exterior e mais difceis de
contabilizar).
Atividades principais: 7 sesses de planetrio, incluindo 2
que estrearam recentemente: Qumica do Universo e
Astronomia para cegos e amblopes; 7 diferentes
astroatividades do gnero laboratrio / atelier, tambm
numa perspetiva de complemento ao planetrio. Biblioteca,
espao de exposies e sala de cinema de grande formato.
Fig. 3.5 - Crditos: Google imagens Planetrio do Porto
Fig. 3.6 - Crditos: www.multimeios.pt/ Centro Multimeio de Espinho
Fig. 3.7 - Crditos: Google imagens Planetrio de Espinho
http://www.multimeios.pt/pt/mailto:[email protected]
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 33 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
Caractersticas tcnicas do planetrio: 80 lugares sentados, com cadeiras reclinveis, Dimetro da
abbada 12,2m, Projetor Minolta Cosmoleap, 6500 estrelas projetadas at magnitude 6.55,
Projetores de Planetas, Vdeo, Slides e All-Sky; sistema de som digital multipista.
Viseu
Planetrio Nair Pereira Bonito
Fundao Joaquim dos Santos
http://www.fjs-torredeita.com.pt/planetario/planetario/contactos
Comendador Arcides Simes / Raquel Costa - [email protected] - 232990200
N mdio de visitantes / interaes com pblico = 6 mil*
Atividades principais:
4 tipos de programas diferenciados: pr-escolar, 1
ciclo, 2 e 3 ciclo, secundrio com diversas
atividades complementares sesso do planetrio
(durao total da visita de cerca de 2,5 h).
Funciona em estreita colaborao com a Escola
Profissional de Torredeita cuja Fundao, a que
pertence, promove regularmente outras atividades
cientficas e museolgicas. Registe-se a
particularidade de ser uma unidade central no pas
(ao contrrio da tendncia para litoralizao dos
centros de cincia).
Possui projetor 3D e material complementar para uso do tato para disponibilizar aos cegos e
amblopes que assistam sesso. Cpula de 6,2 m de dimetro e 60 lugares de capacidade.
Aveiro
FISUA - Associao de Fsica da Universidade de Aveiro
http://sweet.ua.pt/~fisua/
Jos Augusto Matos [email protected] - 234370356
N mdio de visitantes / interaes com pblico = 8 mil* (excetuando
iniciativas do gnero feiras de cincia e outras mais difceis de
contabilizar)
Fig. 3.8 - Crditos: http://www.fjs-torredeita.com.pt/planetario Logtipo - Fundao Joaquim dos Santos - Viseu
Fig. 3.9 - Crditos: http://www.lifecooler.com/lifecooler Planetrio Nair Pereira Bonito Torredeita, Viseu
Fig. 3.10 - Crditos: Google imagens FISUA - Associao de Fsica Universidade Aveiro
http://www.fjs-torredeita.com.pt/planetario/planetario/contactosmailto:[email protected]://sweet.ua.pt/~fisua/mailto:[email protected]://www.fjs-torredeita.com.pt/planetario
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 34 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
Fig. 3.12 - Crditos: http://www.exploratorio.pt Logtipo - Exploratrio - Centro Cincia Viva - Coimbra
Fig. 3.13 - Crditos: http://www.exploratorio.pt Exterior do Exploratrio - Centro Cincia Viva - Coimbra
Atividades principais:
Planetrio porttil STARLAB para realizao de sesses nas escolas para os alunos e professores
(vrios aspetos do cu noturno e do Universo) complementadas por palestras em funo da idade
e ano de escolaridade frequentado pelos participantes.
Sesses de observao com 3 telescpios
catadiptricos orientveis por computador: um de 3,5
polegadas e dois de 8 polegadas; tambm 1
telescpio Dobsoniano de 11 polegadas. Todos os
instrumentos so versteis, de fcil transporte e
montagem, para serem utilizados com diversos
pblicos e em diferentes locais.
Palestras de Astronomia na Universidade de Aveiro e
dinamizao de sesses de formao para
professores; Centro de Recursos (livros e digital).
Coimbra
Exploratrio - Centro Cincia Viva
http://www.exploratorio.pt/
Drio Fonseca [email protected] - 239703897
N mdio de visitantes / interaes com pblico = 25
mil*
Atividades principais:
Fundamentalmente adequado para
estudantes at ao 3 ciclo. Possui mdulos
interativos com simulaes e analogias
sobre a gravitao na Lua, uma exposio
permanente sobre a luz e a multiplicidade
do interesse do uso da espetroscopia.
Sesses de observao noturna com 2
telescpios de 6 polegadas um Skywatcher
do tipo Newton, outro Meade do tipo
Schmidt-Newton, ambos em montagem
equatorial; tambm um Coronado PST em
montagem altazimutal.
Fig. 3.11 - Crditos: Google imagens FISUA exterior do planetrio porttil
http://www.exploratorio.pt/http://www.exploratorio.pt/mailto:[email protected]
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 35 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
Fig. 3.16 - Crditos: http://constancia.cienciaviva.pt Centro Cincia Viva Parque de Astronomia - Constncia
Fig. 3.17 - Crditos: Google imagens Mdulo Esfera Celeste - Parque de Astronomia
Os programas de visita incluem sesses de planetrio em funo da idade e do percurso escolar.
O projetor do tipo porttil, mas est montado a funcionar numa estrutura fixa e instalado numa
tenda de lona moderna e recentemente montada no exterior ao lado do edifcio (foto da Fig. 3.13).
Coimbra
Observatrio Astronmico da Universidade de Coimbra
( propositadamente fora do centro, a Sudoeste do
Mondego mas ainda prximo, junto ponte de Sta. Clara)
http://www.astro.mat.uc.pt/novo/observatorio/site/index.html
Joo Fernandes - [email protected] -
239802370
N mdio de visitantes / interaes com pblico
= mil* (visitantes do observatrio)
Atividades principais:
Disponibilizao de dados e observao de
efemrides astronmicas, imagens solares e um
arquivo de espectros de estrelas. Esplio de
grande nmero de instrumentos de observao e
medio astronmica. Dinamizao (junto das
escolas) do projeto sol para todos (sun4all).
Constncia
Centro Cincia Viva de Constncia
Parque de Astronomia
http://constancia.cienciaviva.pt/home/
Nuno Milagaia - [email protected] - 249 739 066 - 911588984
N mdio de visitantes / interaes com pblico = 18 mil* (excetuando iniciativas no exterior e mais
difceis contabilizar)
Atividades principais:
Planetrio do gnero porttil, mas instalado no interior de
uma cpula fixa quase completamente soterrada, com
projetor que permite simular o cu observvel em
qualquer hora, data ou latitude. Acompanhamento na
explorao e dinamizao de 5 mdulos interativos,
instrumentos de dimenso aprecivel de forma a serem
Fig. 3.14 - Crditos: http://www.astro.mat.uc.pt Logtipo - Observatrio Astronmico
Fig. 3.15 - Crditos: Google imagens Exterior Observatrio Astronmico Universidade de Coimbra
http://www.astro.mat.uc.pt/novo/observatorio/site/index.htmlmailto:[email protected]://constancia.cienciaviva.pt/home/mailto:[email protected]
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 36 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
robustos e para os visitantes manipularem, instalados ao ar livre (para interagir diretamente com
o Sol, a Lua e os outros astros durante a noite): Esfera Celeste, Relgio Analemtico, Sistema
Solar, Globo, Carrocel do Zodaco. No interior, em instalaes cobertas existe um Laboratrio de
estudo de decomposio da luz solar e um moderno telescpio que a instituio obteve num
concurso pblico, que tem grande abertura e poder de resoluo, alm de ser controlvel
remotamente. Geograficamente, trata-se dum local de observao privilegiado. Podem selecionar-
se ou construir diferentes programas em funo do tempo disponvel para a visita, nvel de
escolaridade e objetivos pretendidos. Todos os mdulos funcionam complementarmente.
[este Centro de Cincia tem ainda a particularidade de se localizar na zona central em termos
geogrficos do Continente Portugus]
Lisboa
Planetrio Calouste Gulbenkian (Marinha)
http://planetario.marinha.pt
Jos Marques - [email protected] -
213620002
N mdio de visitantes / interaes com pblico
= 75 mil* (excetuando iniciativas no exterior e mais difceis contabilizar)
Atividades principais:
Planetrio com inmeras e diversificadas sesses tanto para pblico em geral como sesses
escolares. Horrio de funcionamento alargado, inclusive, durante o fim-de-semana (manh /tarde).
o maior do pas, com uma cpula de 23 m de dimetro e 320 lugares reclinveis. o mais
moderno e o que projeta maior nmero de imagens por sesso. Projetor principal: modelo
Universarium IX Carl Zeiss com 32 projetores de estrelas fixas, mais de 9 000 estrelas em
ambos os hemisfrios celestes, Via Lctea, cmulos estelares e nebulosas, figuras das
Fig. 3.19 - Crditos: [fotos prprias] - Exterior e mdulos da exposio do Planetrio Calouste Gulbenkian
Fig. 3.18 - Crditos: http://planetario.marinha.pt Logtipo - Planetrio Calouste Gulbenkian (Marinha) - Lisboa
http://planetario.marinha.pt/mailto:[email protected]://planetario.marinha.pthttp://planetario.marinha.pt
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 37 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
Fig. 3.21 - Crditos: Google imagens Exterior do Museu de Cincia da Universidade de Lisboa
constelaes e linhas didticas auxiliares; as fibras ticas conseguem um brilho nas estrelas,
usando lmpadas de apenas 100 W (contra os equipamentos convencionais que requeriam
lmpadas de 1 000 a 4 000 W reduzindo assim a potncia gasta mas mantendo a potncia til na
projeo). Biblioteca / Espao de Exposies / Exposio permanente de equipamento de
astrofsica (foto da figura 3.19).
Lisboa
Museu de Cincia da Universidade de Lisboa
Planetrio
http://www.mc.ul.pt/
Vasco Teixeira Joo Duarte - [email protected] -
213921808
N mdio de visitantes / interaes com pblico = 6 mil* (apenas no planetrio)
Atividades principais:
Planetrio fixo (tm vrias tipologias para diferentes
pblicos), instalado numa sala da ex-escola politcnica,
agora museu, reconvertida e equipada com 40 cadeiras
reclinveis. A cpula foi uma estrutura construda
especificamente para a projeo e est suspensa do teto
do edifcio. Oficinas: observao solar e elaborao de
medidor de alturas (idntico ao astrolbio). As sesses
escolares realizam-se especificamente mediante
marcao antecipada; para o pblico em geral, h uma sesso na primeira tarde de sbado de
cada ms. O Pndulo de Foucault (dispositivo existente entrada do museu) continua a no
estar em funcionamento (aguarda reparao).
O Observatrio Astronmico (de Lisboa) est atualmente a aguardar obras mediante um projeto
de recuperao e restauro semelhante ao que teve lugar no Laboratrio Chimico da Escola
Politcnica para ser devolvido ao uso do pblico e das prprias universidades de Lisboa.
Alentejo
Centro Cincia Viva de Estremoz
http://estremoz.cienciaviva.pt/home/
Raquel Sousa [email protected] - 268334285
N mdio de visitantes / interaes com pblico = 9 mil*
(excetuando iniciativas no exterior e difceis de contabilizar)
Atividades principais:
Fig. 3.20 - Crditos: http://www.mc.ul.pt Logtipo - Museu de Cincia da Universidade de Lisboa
Fig. 3.22 - Crditos: http://estremoz.cienciaviva.pt Logtipo - Centro Cincia Viva de Estremoz
http://www.mc.ul.pt/mailto:[email protected]://estremoz.cienciaviva.pt/home/mailto:[email protected]://estremoz.cienciaviva.pt/home/
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 38 A Astronomia no desenvolvimento dos contedos de Fsica e Qumica no ensino bsico e no secundrio
Apesar de se vocacionar fundamentalmente para as reas da
geologia, este centro apostou, como motivao turstica para o
conhecimento da regio, numa representao do Sistema
Solar ( escala de 1:414 milhes (1:414x106)). Partindo do Sol
junto ao Centro de cincia, pode visitar-se (a p) e em redor
cada um dos planetas interiores representados por uma placa
(marco) com fotografia e dados inscritos; para visitar os
planetas exteriores so necessrios percorrer alguns km em
torno da vila (recomendando-se bicicleta ou outro meio mvel).
Esta instalao permite perceber assim a dimenso relativa
desta regio do Universo - o nosso Sistema Solar.
Fronteira
Observatrio Astronmico
http://www.cm-
fronteira.pt/educacao/observatorio.html
Ana Talhinhas observatorio@cm-
fronteira.pt
245 605 090 - 245 600 070
N mdio de visitantes / interaes com pblico = 6 mil* (excetuando iniciativas no exterior e mais
difceis contabilizar)
Atividades principais:
O observatrio astronmico inaugurado em 2008 com a colaborao direta do CAUP, equipado
com tecnologia de ponta e atualmente (2012) o mais moderno no pas em termos tecnolgicos
e de capacidade para executar fotografias de qualidade superior ao espao astral; Fronteira tem
como projeto a concluso do parque de cincias onde existe j (alm do observatrio), uma
biblioteca e sala de leitura, alm de espaos para os investigadores / pblico visitante
pernoitarem. A concluso da obra prev a construo dum jardim de astronomia, um planetrio
fixo e uma rea de energias renovveis - biofsica, geologia e arqueologia.
Realizam-se sesses de observao do cu regulares todas as quartas, sextas e sbados a partir
das 21h.
Fig. 3.23 - Crditos: Google imagens Mdulo o Sol (Sistema Solar escala)
Fig. 3.24 - Crditos: www.cm-fronteira.pt Exterior do Observatrio Astronmico - Fronteira
http://www.cm-fronteira.pt/educacao/observatorio.htmlhttp://www.cm-fronteira.pt/educacao/observatorio.htmlmailto:[email protected]:[email protected]://www.cm-fronteira.pt/educacao/observatorio.html
-
ASTRONOMIA EM PORTUGAL. PLANETRIOS, CENTROS CINCIA VIVA E NCLEOS DE DIVULGAO FCUP 39