agentes ambientais nr 15

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Agentes Ambientais Agentes Ambientais, são elementos ou substâncias presentes nos diversos ambientes humanos que, quando encontrados acima dos limites de tolerância, podem causar danos à saúde das pessoas. Esses agentes ambientais são estudados por uma ciência conhecida como Higiene Industrial que tem como objetivo promover a saúde dos trabalhadores através do estudo de diversos meios. Engenharia de Segurança a avaliação, ou quantificação desses agentes no ambiente de trabalho que servirá para subsidiar o estudo do risco a que se expõem os trabalhadores. Os agentes ambientais assim são definidos: Agentes Mecânicos Agentes Físicos. Agentes Químicos Agentes Biológicos Agentes Ergonômicos Agentes Físicos. São os riscos gerados pelos agentes que têm capacidade de modificar as características físicas do meio ambiente. Os riscos físicos se caracterizam por: a) Exigirem um meio de transmissão (em geral o ar) para propagarem sua nocividade. b) Agirem mesmo sobre pessoas que não têm contato direto com a fonte do risco. c) Em geral ocasiona lesões crônicas, mediatas.. Alguns exemplos de riscos físicos ruídos (que podem gerar danos ao aparelho auditivo, como a surdez, além de outras complicações sistêmicas); iluminação (que podo provocar lesões oculares), calor, vibrações, radiações ionizantes (corno os Raios-X) ou não-ionizantes (com a radiação ultravioleta), pressões anormais, etc. De acordo com a definição dada pela Portaria n.º 25, que alterou a redação da NR-09, são as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído; vibrações; pressões anormais; temperaturas extremas; radiações ionizantes e não ionizantes; infra-som; ultra-som. Radiações Ionizantes: para quem precisa se submeter a exames radiológicos, os riscos da exposição a radiações ionizantes são mínimos. Mas para os profissionais que trabalham com raios x, a radiação pode trazer graves problemas à saúde. Radiações não-ionizantes: o que podem ter em comum atividades tão diversas como o trabalho em pistas de aeroportos, agricultura, siderurgia e telefonia celular? a resposta é: exposições a radiações não ionizantes, as quais provocam os riscos à saúde resultantes devido a ação invisível dos raios ultravioleta, infravermelho, microondas e das ondas de

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Page 1: Agentes ambientais nr 15

Agentes Ambientais

Agentes Ambientais, são elementos ou substâncias presentes nos diversos ambientes

humanos que, quando encontrados acima dos limites de tolerância, podem causar danos

à saúde das pessoas. Esses agentes ambientais são estudados por uma ciência conhecida

como Higiene Industrial que tem como objetivo promover a saúde dos trabalhadores

através do estudo de diversos meios.

Engenharia de Segurança a avaliação, ou quantificação desses agentes no ambiente de

trabalho que servirá para subsidiar o estudo do risco a que se expõem os trabalhadores.

Os agentes ambientais assim são definidos:

Agentes Mecânicos

Agentes Físicos.

Agentes Químicos

Agentes Biológicos

Agentes Ergonômicos

Agentes Físicos.

São os riscos gerados pelos agentes que têm capacidade de modificar as características

físicas do meio ambiente. Os riscos físicos se caracterizam por:

a) Exigirem um meio de transmissão (em geral o ar) para propagarem sua nocividade.

b) Agirem mesmo sobre pessoas que não têm contato direto com a fonte do risco.

c) Em geral ocasiona lesões crônicas, mediatas..

Alguns exemplos de riscos físicos ruídos (que podem gerar danos ao aparelho auditivo,

como a surdez, além de outras complicações sistêmicas); iluminação (que podo

provocar lesões oculares), calor, vibrações, radiações ionizantes (corno os Raios-X) ou

não-ionizantes (com a radiação ultravioleta), pressões anormais, etc.

De acordo com a definição dada pela Portaria n.º 25, que alterou a redação da NR-09,

são as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais

como:

ruído;

vibrações;

pressões anormais;

temperaturas extremas;

radiações ionizantes e não ionizantes;

infra-som;

ultra-som.

Radiações Ionizantes: para quem precisa se submeter a exames radiológicos, os riscos

da exposição a radiações ionizantes são mínimos. Mas para os profissionais que

trabalham com raios x, a radiação pode trazer graves problemas à saúde.

Radiações não-ionizantes: o que podem ter em comum atividades tão diversas como o

trabalho em pistas de aeroportos, agricultura, siderurgia e telefonia celular? a resposta é:

exposições a radiações não ionizantes, as quais provocam os riscos à saúde resultantes

devido a ação invisível dos raios ultravioleta, infravermelho, microondas e das ondas de

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radiofreqüência e baixa freqüência.

Vale aqui destacar que a gravidade (e até mesmo a existência) de riscos deste tipo

depende de sua concentração no ambiente de trabalho. Uma fonte de ruídos, por

exemplo, pode não se constituir num problema (e, por vezes, é até solução contra

inconvenientes como a monotonia), mas pode vir a se constituir numa fonte geradora de

uma surdez progressiva, e até mesmo de uma surdez instantânea (por exemplo, um

ruído de impacto que perfure o tímpano), tudo depende da intensidade e demais

características físicas do ruído por ela gerado.

Agentes Químicos.

De acordo com a definição dada pela Portaria n.º 25, que alterou a redação da NR- 09,

são as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via

respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que,

pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo

organismo através da pele ou por ingestão.

São os riscos gerados por agentes que modificam a composição química do meio

ambiente. Por exemplo, a utilização de tintas á base de chumbo introduz no processo de

trabalho um risco do tipo aqui enfocado, já que a simples inalação de tal substância

pode vir a ocasionar doenças como o saturnismo

Tal como os riscos físicos, os riscos químicos podem atingir também pessoas que não

estejam em contato direto com a fonte do risco, e em geral provocam lesões mediatas

(doenças). No entanto, eles não necessariamente demandam a existência de um meio

para a propagação de sua nocividade, já que algumas substâncias são nocivas por

contato direto.

Tais agentes podem se apresentar segundo distintos estados: gasoso, líquido, sólido, ou

na forma de partículas suspensas no ar, sejam elas sólidas (poeira e fumos) ou líquidas

(neblina e névoas). Os agentes suspensos no ar são chamados de aerodispersóides.

As substâncias ou produtos químicos que podem contaminar um ambiente de trabalho

classificam-se, em:

Aerodispersóides;

Gases e vapores.

As principais vias de penetração destas substâncias no organismo humano são : O

aparelho, respiratório, a pele, e o aparelho digestivo.

Agentes Biológicos.

De acordo com a definição dada pela Portaria n° 25, que alterou a redação da NR-09,

são as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

Os riscos biológicos são introduzidos nos processos de trabalho pela utilização de seres

vivos (em geral microorganismos) como parte integrante do processo produtivo, tais

como vírus, bacílos, bactérias, etc, potencialmente nocivos ao ser humano.

Tal tipo de risco pode ser decorrente também, de deficiências na higienização do

ambiente de trabalho. Tal problema pode viabilizar por exemplo, a presença de animais

transmissores de doenças (ratos, mosquitos, etc) ou de animais peçonhentos, (cobras)

nos locais de trabalho.

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Agentes Mecânicos

São os riscos gerados pelos agentes que necessitam de contato físico direto com a

vítima para manifestar a sua nocividade. Por exemplo, a existência de uma gilete sobre

uma mesa de escritório (para ser usada em atividades como apontar lápis ou cortar

papéis) introduz no ambiente de trabalho um risco do tipo aqui estudado. Afinal, ao se

utilizar tal instrumento há o risco de que o fio da lâmina entre em contato com alguma

parte do corpo (dedo, por exemplo), podendo assim provocar cortes.

Os riscos mecânicos se caracterizam por:

Atuarem em pontos específicos do ambiente de trabalho;

Geralmente atuarem sobre usuários diretos do agente gerador do risco;

Geralmente ocasionarem lesões agudas e imediatas.

Alguns outros exemplos de agentes geradores de riscos mecânicos são os seguintes:

materiais aquecidos (que provocam queimaduras), materiais perfuro- cortantes (que

provocam cortes), partes móveis de máquinas ou materiais em movimento (que

provocam contusões), materiais ou instalações energizados (que provocam choques),

etc.

São também rotulados como riscos mecânicos os provocados, por exemplo, por buracos

no piso. A rigor, o contato com este agente não provoca nenhuma lesão. Como, no

entanto, ele pode provocar uma queda (esta sim geradora de lesão), as irregularidade no

pisa e os obstáculos nas vias de circulação são considerados como geradores de riscos

mecânicos. O mesmo se dá com as elementos que introduzem riscos de incêndio no

local de trabalho.

Agentes Ergonômicos.

Por definição dos radicais temos Ergon que significa trabalho e Nomos que significa

leis. A palavra origina-se do latim e significa leis que regem o trabalho. Do ponto de

vista técnico, com base no que determina a Portaria n.º 3.751 , de 23 de novembro de

1990, que alterou a NR-17, entende-se por ergonomia o conjunto de parâmetros que

devam ser estudados e implantados de forma a permitir a adaptação das condições de

trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar

um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

Os riscos ergonômicos, são riscos introduzidos no processo de trabalho por agentes

(máquinas, métodos, etc) inadequados às limitações dos seus usuários.

Os riscos ergonômicos se caracterizam por terem uma ação em pontos específicos do

ambiente, e por atuarem apenas sobre as pessoas que se encontram utilizando o agente

gerador do risco (isto é, exercendo sua atividade). Em geral, os riscos ergonômicos

provocam lesões crônicas, que podem ser de natureza psicofisiológica.