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MATO GROSSO TEM AGENDA PELO TRABALHO DECENTE trabalho decente é crescer com dignidade PELO FIM DOS ACIDENTES FATAIS ERRADICAÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO E DO TRABALHO INFANTIL HO DECENTE trab

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MATO GROSSO TEM AGENDA PELO TRABALHO DECENTE

trabalhodecente é

crescer comdignidade

PELO FIM DOS ACIDENTES FATAIS

ERRADICAÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO E DO TRABALHO

INFANTIL

HO DECENTE

trab

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Em 1999 a Organização Internacional do Trabalho (OIT ) definiu o conceito de Trabalho Decente como a promoção dos direitos no trabalho, mais e melhores empregos para homens e mulheres, extensão da proteção social e diálogo social. Mato Grosso é o segundo Estado da Federação a entrar nessa fase de sustentabilidade social, levando em conta a situação de confl ito entre o seu crescimento econômico e o efetivo desenvolvimento social.Os frutos do crescimento econômico não devem estimular a desigualdade, nem permitir situações de trabalho escravo e trabalho infantil, nem taxas de acidentes do trabalho elevadas. Mato Grosso está comprometido em fortalecer políticas de emprego e formação profi ssional adequadas à realidade e às necessidades do Estado. O Trabalho Decente signifi ca o trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, eqüidade e segurança e capaz de garantir uma vida digna. Por isso, compreendemos a qualidade de vida e a dignidade humana como essência do humanismo que norteia a nossa administração.

Silval Barbosa

Governador de Mato Grosso

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SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO.............................................................................................................05

2 – TRABALHO DECENTE NO MUNDO......................................................................07

3 – TRABALHO DECENTE EM MATO GROSSO........................................................10

4 – PROCESSO DE CRIAÇÃO DA AGENDA PELO TRABALHO DECENTE DE MATO GROSSO......................................................................................19

5 – PRIORIDADES E LINHAS DE AÇÃO DA AGENDA MT....................................285.1 – Erradicação do Trabalho Escravo....................................................................285.2 – Erradicação do Trabalho Infantil.....................................................................335.3 - Prevenção de Acidentes do Trabalho..........................................................36

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1 – INTRODUÇÃO

A Agenda do Trabalho Decente é uma campanha da Organização Internacional do Trabalho (OIT) defi niu o conceito de Trabalho Decente como a síntese do seu mandato histórico de promoção dos direitos no trabalho, mais e melhores empregos para homens e mulheres, extensão da proteção social e diálogo social. Em 2006 o seu Diretor Geral, Juan Somavia, apresentou à XVI Reunião Regional Americana, reunida em Brasília, a proposta de uma Agenda Hemisférica de Trabalho Decente. Na mesma ocasião, o Governo Brasileiro lançou a Agenda Nacional do Trabalho Decente. que busca combater a pobreza, a desigualdade social e a fome. Mato Grosso é o segundo estado brasileiro (o primeiro foi é a Bahia) a construir uma agenda estadual pelo trabalho decente, processo viabilizado pela iniciativa conjunta do Governo Estadual, juntamente com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Mato Grosso (SRTE/MT) e o Conselho Estadual do Trabalho. Entende-se por Trabalho Decente um trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, eqüidade e segurança e capaz de garantir uma vida digna. Para a OIT, a noção de trabalho decente se apóia em quatro pilares estratégicos: a) o respeito às normas internacionais do trabalho, em especial aos seus princípios e direitos fundamentais do trabalho (liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva; eliminação de todas as formas de trabalho forçado; abolição efetiva do trabalho infantil; eliminação de todas as formas de discriminação em matéria de emprego e ocupação); b) a promoção do emprego de qualidade para homens e mulheres; c) a extensão da proteção social e; d) o diálogo social. Em Mato Grosso, o Comitê Estadual do Trabalho Decente, criado em agosto de 2008 pelo governo do Estado com a finalidade de coordenar o processo de construção da Agenda Estadual pelo Trabalho Decente, defi niu três eixos prioritários de ação: A Erradicação do Trabalho Escravo, a Erradicação do Trabalho Infantil e a Redução dos Acidentes Fatais no trabalho.

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Desde o início desse processo, houve um entendimento comum das entidades participantes, sejam públicas e ou privadas, de que a Agenda Estadual só ganharia vida e se concretizaria em políticas públicas se fosse construída de forma coletiva. Esse planejamento conjunto e integrado visa potencializar os recursos e competências que cada ator social tem a oferecer ao processo como um todo. A campanha para a realização da Conferência Estadual do Trabalho Decente foi lançada no dia 5 de março de 2009, no Salão Nobre da Casa Civil. A Conferência, realizada nos dias 14,15 e 16 de abril, no Cenarium Rural da – FAMATO, funcionou como um espaço para que a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae), o Fórum Estadual pela Erradicação do Trabalho Infantil (Fepeti) e o Comitê Estadual de Prevenção de Acidentes do Trabalho, juntamente com diversas instâncias do governo estadual, organizações de empregadores e trabalhadores e da sociedade civil matogrossense, promovessem uma ampla discussão sobre as linhas de ações que pudessem concretizar as três prioridades da Agenda Estadual, através de um processo de diálogo social. O documento que ora apresentamos representa a consolidação desta primeira etapa. Nesse período já foram dados passos importantes, como o reconhecimento, pela sociedade matogrossense, de que o trabalho escravo, o trabalho infantil e os acidentes no trabalho representam os mais graves problemas trabalhistas no Estado. Concomitantemente, está sendo estabelecido um esforço conjunto para saná-los. Esta agenda signifi ca um ponto de partida para o efetivo alcance de relações dignas de trabalho e emprego em Mato Grosso, com o objetivo de que o crescimento econômico seja acompanhado de um desenvolvimento sustentável e efetivo.

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2 – TRABALHO DECENTE NO MUNDO

O Trabalho Decente, segundo a definição da Organização Internacional do Trabalho (OIT ), Trabalho Decente é um trabalho produtivo e adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, eqüidade, e segurança, sem quaisquer formas de discriminação, e capaz de garantir uma vida digna a todas as pessoas que vivem de seu trabalho. A Agenda do Trabalho Decente expressa um pacto entre governos, empregadores, trabalhadores e outras organizações da sociedade, construído através do diálogo social e que tem como objetivo articu-lar ações, em todo o mundo, voltadas para a construção dessa nova realidade do trabalho. Seus objetivos mais gerais são contribuir para a redução da pobreza e das desigualdades sociais e para a consolidação de um processo de desenvolvimento sustentável com justiça social, cujos benefícios sejam revertidos em melhorias efetivas para todos e todas. A Agenda do Trabalho Decente estrutura-se em torno a quatro eixos centrais: a criação de emprego de qualidade para homens e mulheres, a extensão da proteção social, a promoção e fortalecimento do diálogo social e o respeito aos princípios e direitos fundamentais no trabalho, expressos na Declaração dos Direitos e Princípios Fundamentais no Trabalho da OIT, adotada em 1998. Esses princípios e direitos fundamen-tais são os seguintes: a) :Liberdade de associação e de organização sindical e re co n h e c i m e n to e fe t i vo d o d i re i to d e n e g o c i a ç ã o co l e t i v a (Convenções OIT 87 e 98); b) Eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório (Convenções OIT 29 e 105); c) Abolição efetiva do trabalho infantil (Convenções OIT 138 e 182); e) Eliminação da discrimi-nação em matéria de emprego e ocupação (Convenções OIT 100 e 111).

CONVENÇÃO N°182/OIT Sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação Imediata para a sua Eliminação; CONVENÇÃO N°29/OIT Sobre o Trabalho Forçado ou Obrigatório; CONVENÇÃO N°138/OIT Sobre a Idade Mínima de Admissão ao Emprego; CONVENÇÃO N°111/OIT Sobre a Discriminação em Matéria de Emprego e Profi ssão; CONVENÇÃO N°100/OIT Sobre a Igualdade de Remuneração de Ho-mens e Mulheres por Trabalho de Igual Valor; CONVENÇÃO N°105/OIT – Sobre a Abolição do Trabalho Forçado; CONVENÇÃO N°87/OIT 87 – Sobre a Liberdade Sindical e a Proteção do direito Sindical; CON-VENÇÃO N°98/OIT. Sobre a Aplicação dos Princípios do Direito de Sindicalização e de Negociação Coletiva.

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Segundo a proposta da OIT, essa agenda global de trabalho decente deve ser concretizada em cada país ou região através de agendas ou planos nacionais de trabalho decente. Desde 2003, o governo brasileiro assumiu o compromisso com a promoção do Trabalho Decente através de um Memorando de Entendimento assinado entre o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Diretor Geral da OIT, Juan Somavia. Entre 2003 e 2006, o tema do trabalho decente e os compromissos em torno à sua agenda foram discutidos e defi nidos em várias conferên-cias e reuniões internacionais de grande relevância. Destacaram-se, entre elas, a Conferência Regional de Emprego do Mercosul ( Bueno Aires, abril de 2004), as XIII e a XIV Conferências Internacionais de Ministros do Trabalho realizadas no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA) (Salvador, setembro de 2003 e Cidade do México, setembro de 2005), a Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) (Nova York, setembro de 2005) e a IV Cúpula das Américas (Mar Del Plata, novembro de 2005). Na resolução final da Assembléia Geral da ONU, adotada em setembro de 2005, os chefes de Estado e de Governo defi niram o Trabalho Decente como um objetivo nacional e internacional: “Apoiamos fi rmemente uma globalização justa e resolvemos fazer com que os objetivos do emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos, especialmente para as mulheres e os jovens, sejam uma meta fundamental das nossas políticas nacionais e internacionais e de nossas estratégias nacionais de desenvolvimento, incluindo as estratégias de redução da pobreza, como parte de nossos esforços para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”. O Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) elegeu a “criação de um ambiente no âmbito nacional e internacional que propicie a geração de emprego pleno e produtivo e de trabalho decente para todos, e suas conseqüências sobre o desenvolvimento sustentável”, como tema central da agenda de suas sessões de alto nível realizadas em Nova York, nos dias 4 e 5 de abril de 2006.

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A Agenda Hemisférica de Trabalho Decente e a Agenda Nacional do Trabalho Decente foram lançadas em 2006 em Brasília, respectivamente pelo Diretor Geral da OIT e pelo Ministro do Trabalho e Emprego do Brasil, Luis Marinho. Em 2008 o conceito do trabalho decente e o compromisso tripartite com a sua agenda e com os planos nacionais de trabalho decente foram fortalecidos pela “Declaração sobre a justiça social para uma globalização equitativa” e sua respectiva resolução, adotadas por consenso pelas delegações governamentais, de empregadores e trabalhadores presentes à 97ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho, realizada em Genebra. Nos anos de 2007 e 2008, houve nova intensifi cação dos esforços de construção da agenda do trabalho decente no Brasil e na América Lati-na. Em março de 2007, o estado da Bahia tornou-se o primeiro ente subnacional do mundo a iniciar o processo de construção de uma agenda do trabalho decente, o que deu destaque àquele estado no Brasil e em conferências internacionais. Nesse mesmo ano o tema passou a ser discutido no Fórum Consultivo de Cidades e Regiões (FCCR) do Mercosul, o que resultou na aprovação de um Termo de Compromisso, assinado por 27 governos estaduais e municipais da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai durante a Cúpula do Sauípe, realizada na Costa do Sauípe (Bahia) em dezembro de 2008. Mato Grosso, desde agosto de 2008, decidiu construir da sua agenda, sendo o segundo estado brasileiro a fazê-lo. A Agenda do Trabalho Decente em âmbito subnacional traz um enfoque local à proposta de promoção do trabalho decente, favorecendo, pela proximidade e nível executivo dos atores, melhor operacionalização do projeto. Para o Diretor Geral da OIT, Juan Somavia, a implementação da Agenda do Trabalho Decente só é obtida com “vontade política e compromisso do mais alto nível”. Acrescenta: “uma agenda que é global tem raízes locais”; embora as propostas sejam planejadas em nível global, “é possível colocá-las em prática no espaço no qual vivem as pessoas”.

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3 – Trabalho Decente em Mato Grosso.

A população economicamente ativa (PEA) do Estado de Mato Grosso (uma medida da população que está à disposição do mercado de trabalho) era de 1,66 milhões de pessoas em 2009, o que representava 54,4% da população residente ou 65,5% da população em idade ativa (PIA, formada pelas pessoas de 10 anos ou mais). . Entre 2000 e 2009, a taxa de atividade média do Estado, medida pela relação percentual entre PEA e a PIA, evoluiu de 57,6% para 65,5%. Os dados mostram que a taxa de atividade é relativamente estável entre os homens (em torno de 76,5%) e crescente entre as mulheres. De fato, a PEA feminina aumentou apenas 26,4% no período. Com isso, a taxa de atividade entre as mulheres aumentou de 49,1% para 54,4%. Ainda assim, para se aproximar da taxa de atividade verifi cada entre os homens, outras 274,7 mil mulheres deveriam se incorporar à força de trabalho, o que aumentaria em 40% a PEA feminina atual.

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Estudo realizado pela Secretaria de Planejamento - SEPLAN e Superintendência de Estudos e Informação - SEI.

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Tabela 1 – População residente, população em idade ativa (PIA), população economicamente ativa (PEA) e taxa de atividade (PEA/PIA): Mato Grosso, 2000 a 2009.

Fonte: IBGE: Censo Demográfi co (2000); Pnad (demais anos); PIA (população em idade ativa): popu-lação de 10 anos ou mais; PEA (População Economicamente Ativa): população de 10 anos ou mais

ocupada e desocupada.

A crise de 2009 afetou o mercado de trabalho. Entre 2008 para 2009, a taxa de desemprego aumentou 0,4 pontos percentuais, de 5,8% para 6,2%; e a população desocupada aumentou em 9,5% de 94 mil para 103 mil pessoas. Apesar disso, o desemprego alcançado em 2009 está abaixo da média verificada período 2001-2008 (6,9%) outra observação impor tante é que a taxa de desemprego no Estado tem f icado sistematicamente abaixo da média nacional: 6,8% contra 8,7% (média do período 2001-2009).

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Tabela 2 – População economicamente ativa, população ocupada, popu-lação desocupada e taxa de desocupação: Mato Grosso e Brasil, 2000 a 2009.

Fonte: Censo demográfi co (2000) e Pnad (IBGE) (2001 a 2009); taxa de desocupação calculada pela

SEI/SEPLAN.

O rendimento médio do trabalho alcançou a marca de R$ 1.006,00 em setembro de 2009, segundo a Pnad/IBGE. Esse valor só foi superado, em termos reais, pelo verificado em 2008 (R$ 1.128,00), ano de forte expansão da atividade econômica. Os ciclos econômicos afetam com mais intensidade os rendimentos do que as taxas de ocupação. Em 2009, por exemplo, o rendimento médio do trabalho diminuiu 10,8%, em termos reais (depois de descon-

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tada a infl ação pelo INPC/IBGE), em contraste com a forte expansão de 21,85% ocorrida em 2008. As mulheres tiveram perdas maiores do que os homens: 11,2% contra 9,1%. Em 2008, o rendimento médio das mulheres (R$789,00) era 63% do rendimento dos homens (R$ 1.257); em 2009 essa relação caiu para 61,3%.

Tabela 3 – Rendimento de todos os trabalhos, em moeda corrente e constante, e variação do rendimento real de todos os trabalhos, segundo o sexo: Mato Grosso, 2001 a 2009.

Fonte: Pnad (IBGE) (SIDRA). Variações reais calculadas por SEI/SEPLAN.

A crise econômica de 2009 afetou com mais intensidade os estra-tos mais ricos. Os 10% mais ricos tiveram uma perda real de 21,7% em seus rendimentos; o 9º decil (segundo decil mais rico) teve uma perda de 5,1% entre o 2ºe o 7º decil (60%dos trabalhadores) a tendência foi de aumento do rendimento real. Aparentemente, a crise afetou também os 10% mais

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pobres, que perderam 1,36% (uma variação insufi ciente para ter signifi -cado estatístico). Como os 10% mais ricos se apropriam de 38,9% da renda total do trabalho (2009), a perda de renda desse estrato afetou de forma signifi cativa o rendimento médio global.

Tabela 4 – Rendimento médio do trabalho, variação real do rendimento médio do trabalho e participação no rendimento do trabalho, por decil de renda: Mato Grosso, 2008 e 2009.

(1) PEA de 10 anos ou mais ocupada; inclusive população sem rendimento ou rendimento não real

declarado; FONTE: SEI/SEPLAN – cálculos feitos a partir dos microdados da Pnad (IBGE).

Em 2008 o índice de Gini dos rendimentos do trabalho chegou a 0,5308, marcando uma ruptura na tendência de redução ocorrida nos anos

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anteriores. Em 2009, o achatamento das rendas mais elevadas por conta da crise reduziu o índice para 0,4762, valor mais baixo da série 1996 e 2002-2009. A desigualdade permanece muito elevada à renda média dos 40% mais pobres equivale a 9,2% da renda média dos 10% mais ricos.

Tabela 5 – Desigualdade (rendimento do Trabalho). Índice de Gini e Razão entre a renda média dos 40% mais pobre e dos 10% mais ricos: Mato Grosso, 1996-2008.

FONTE: SEI/SEPLAN – Cálculos feitos a partir dos microdados na Pnad; Nota: o índice de Gini varia

de 0 (ausência de desigualdade) a 1 (desigualdade máxima).

Entre 2004 e 2009 o total de postos de trabalho no mercado formal em mato grosso cresceu 31,7% de 472,6 mil para 622,4 mil. No mesmo

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período, a população economicamente ativa (PEA) e a população residente cresceram 10,5% e 9,3%, respectivamente. Portanto, o mercado formal de trabalho cresceu três vezes acima do crescimento populacional. Em termos relativos, o setor de atividades que mais expandiu o emprego formal foi a construção civil. Neste setor o total de postos de trabalho cresceu 76,1%, passando de 15,8 mil para 27,9 mil (entre 2004 e 2009). Com isso, a participação relativa da construção civil no total de postos de trabalho aumentou de 3,35% para 4,48%.

Tabela 6 – Evolução do quantitativo de empregados (mercado formal): Mato Grosso, 2004 a 2009.

FONTE: RAIS/CAGED – Ministério do trabalho e Emprego M.T.E.

O avanço do emprego formal pode ser constatado em outra fonte estatística, a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Os dados da Pnad são obtidos por amostragem domiciliar e rererem-se ao mês de setembro. Em 2001, os empregados com carteira, os militares e os fun-cionários públicos somavam 373 mil pessoas, ou 52,5% do total de empre-

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gados. Em 2009, essas categorias somavam 605 mil pessoas e represen-tam 67,7% do total de empregados. Inversamente, os empregados sem carteira tiveram sua participação reduzida de 47,4% para 32,35% entre 2001 e 2009. o grau de formalização entre os empregados vem aumentando a um médio de 1,7% ao ano.

Tabela 7 – Empregados de 10 anos de idade, no trabalho principal da semana de referencia, por categoria de emprego: Mato Grosso, 2001 a 2009 (em %).

FONTE: IBGE (Sidra, tabela 1916) (dados Pnad).

O mercado de trabalho vem passando por transformações positivas nos últimos anos, refl etidas tanto na expansão da PEA quanto na melhoria dos postos de trabalho. Entre 2001 e 2009, enquanto a PEA ocupada cresceu 23,9% (de 1.259 mil para 1.561 mil), o contingente de trabalhadores formais cresceu 66,5% ( de 386 mil para 643 mil). Com isso, o nível de formalização (nível I) aumentou em 10,5 pontos percentuais, passando de 30,7% para 41,2%. Incluindo os trabalhadores conta-própria que contribuem à previdência, o nível de “formalização” (nível II) chegou a 43,6% em 2009. fi nalmente, somando-se a esse grupo os empregadores, obtemos uma me-dida razoável da qualidade das ocupações no mercado de trabalho.

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De acordo com a tabela 8 (ultima coluna) o índice de qualidade das ocupações evolui de 39,4%, em 2002, para 48,6%, em 2009. Portanto, apesar dessa signifi cativa evolução na década de 2000, temos ainda mais de 50% da população trabalhadora em situação relativamente precária quanto à inclusão no mundo do trabalho, com evidentes conseqüências no plano social.

Tabela 8 – População economicamente ativa ocupada, segundo algumas classifi cações ocupacionais, nível de formalização e indicador de qualidade do mercado de trabalho: mato Grosso, 2001 a 2009 (em mil).

(b) Empregados com carteira, trabalhadores domésticos com carteiras, militares e funcionários públicos estatutários; FONTE: SEI/SEPLAN, a partir de tabulações especiais da base de microdados da PNAD

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4 – PROCESSO DE CRIAÇÃO DA AGENDA PELO TRABALHO DECENTE DE MATO GROSSO

Mato Grosso defronta-se com uma situação de confl ito entre o crescimento econômico e o efetivo desenvolvimento social. O acesso aos frutos do crescimento econômico é extremamente desigual, persistem situações de trabalho escravo e trabalho infantil, as taxas de acidentes do trabalho são as mais elevadas do país e há necessidade de fortalecer políticas de emprego e formação profissional adequadas à realidade e às necessidades do Estado. Nesse contexto, a elaboração de uma Agenda de Trabalho Decente é uma iniciativa da maior relevância para os trabalhadores, empregadores e para toda sociedade mato-grossense. Significa um compromisso de construção de uma nova perspectiva do trabalho, o trabalho digno ou, como denomina a OIT, o trabalho decente. O Mato Grosso adota um conceito desenvolvido no âmbito da Organização Internacional do Trabalho e o adapta à sua realidade, assumindo o desafi o de construir um pacto social que permita ao conjunto da a sociedade participar e usufruir do crescimento econômico do estado. No dia 18 de julho de 2008, foi realizado um evento de estruturação do Fórum Estadual Pela Erradicação do Trabalho Infantil, com a presença de vários segmentos importantes do governo, trabalhadores e empregadores, e que contou com a presença do coordenador do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC) da OIT, Renato Mendes e Secretária Executiva do Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, Isa Maria de Oliveira. O encontro teve uma importante repercussão no estado, principalmente junto ao governo que, em seguida, criou o Comitê Estadual do Trabalho Decente instituído pelo então Governador Blairo Maggi, através do Decreto Estadual nº 1.494 de 31 de julho de 2008, tendo como objetivo a construção da Agenda do Trabalho Decente.

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O Comitê foi empossado pelo então governador Blairo Maggi no dia 28 de agosto de 2008, com a presença da diretora do escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, da representante do governo do Estado da Bahia, Tatiana Silva, do Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Valdiney Arruda, além de oito dos secretários do governo estadual membros do Comitê e representantes de empregadores, trabalhadores, técnicos e dirigentes de diversas instituições. Entre agosto de 2008 e março de 2009, o tema do trabalho decente começou a ser progressivamente assumido por diversas instituições no Estado do Mato Grosso, que passaram a apreender e refl etir essa proposta em seus programa, ações e estratégias. As eleições municipais de 2008, que, em Cuiabá, se estenderam até o segundo turno, prejudicaram uma repercussão mais ampla do tema na sociedade. Ainda assim, houve signifi cativos avanços, com a instalação do Comitê Estadual pelo Trabalho Decente, a assistência técnica permanente da OIT através de Paulo Sérgio Muçouçah, e a realização de diversos eventos nos quais o tema foi amplamente debatido, entre os quais se

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Esquerda para direita: (1) Valdiney Arruda - Superintendente Regional de Trabalho e Emprego - SRTE; (2) Tatiana Silva - Representante do Governo do Estado da Bahia; (3) Dr. José Rodrigues Rocha Júnior - Secretário de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social; (4) Homero Pereira - Deputado Federal; (5) Blairo Maggi - Governador do Estado de Mato Grosso; (6) Laís Abramo - Diretora do Escritório da OIT no Brasil; (7) Paulo Sérgio Muçouçah -Técnico da OIT; (8) Dr. Francisco de Assis da Silva Lopes - Secretário Adjunto da Casa Civil.

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destacam: a comemoração do dia internacional pelo trabalho decente (7 de outubro), com uma conferência realizada por Marcio Pochmann, presidente do Institito de Pesquisa Econômica Aplicada- IPEA, que reuniu mais de 200 pessoas, promovida pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE e governo do Estado; a criação pela Universi-dade Federal de Mato Grosso - UFMT de um grupo multidisciplinar para tratar do tema; a iniciativa da Central Única dos Trabalhadores -CUT e Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado de Mato Grosso - Sintep em iniciar uma campanha de sensibilização sobre o tema junto aos trabalhadores do estado. Esse processo integrado de elaboração repercutiu diretamente em fóruns da Univesidade Federal de Mato Grosso - UFMT, Central Única dos Trabalhadores - CUT, Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso - SINTEP, Federação dos Trabalhadores da Indústria de Mato Grosso - FETIEMT, Centro de Refêrencia em Sáude do Trabalhador Estadual-CEREST, movimento pela erradi-cação do trabalho infantil e pela erradicação do trabalho escravo (a COETRAE passou a adequar as ações do Plano Estadual à proposta de Agenda) e de representação patronal - FECOMÉRCIO, FAMATO (que integra o projeto de valorização do trabalho rural) e AMPA, que manifestou o interesse de desenvolver o tema entre seus associados. No dia 05 de Março de 2009 o Comitê lançou a Campanha para a realização da Conferência Estadual pelo Trabalho Decente. A Conferência foi realizada nos dias 14 a 16 de Abril de 2009, no Cenarium Rural – FAMATO e teve como resultado a definição da Agenda pelo Trabalho Decente do Estado de Mato Grosso, estruturada em torno a três prioridades: a erradicação do trabalho escravo e do trabalho infantil até 2015 e a redução dos acidentes de trabalho para patamares aceitáveis, também até 2015. Essa defi nição foi o resultado de um amplo processo de diálogo social. O evento contou com a participação ativa do governo do Estado, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que assinaram um Memorando de Entendimento

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expressando o compromisso com a construção da Agenda. A presença do Governador do Estado e do Ministro do Trabalho, expressam a importân-cia conferida a essa iniciativa. O acompanhamento da Conferência pela OIT e a consultoria prestada pela Organização durante o processo de construção da Agenda deram visibilidade internacional ao Estado. A participação de representantes de 11 Estados brasileiros, cerca de 90 municípios e de mais de 30 represen-tações de classe evidenciam a assimilação da importância do tema pela sociedade. A realização da Conferência Estadual do Trabalho Decente repre-sentou a a consolidação do processo de construção da agenda com ampla participação social. A Conferência atende os objetivos previstos na construção da Agenda do Trabalho Decente, que vem sendo implementada nas diversas esferas governamentais, partindo do fortalecimento do diálogo social, fomentando ações articuladas através de um pacto a ser fi rmado entre os vários atores sociais congruentes com os eixos centrais da Agenda. Através desse evento a sociedade matogrossense foi convocada, para refl etir sobre os efeitos e conseqüências do Trabalho Infantil e Escravo para o crescimento econômico e desenvolvimento social do nosso Estado, bem como que políticas e ações serão necessárias para atingir o objetivo de reduzir o trabalho infantil e aumentar a freqüência escolar. Idênticas e importantes se fazem essas ações para o combate ao trabalho escravo, que, como o trabalho infantil, trazem sérias e contundentes prejuízos à sociedade. Os acidentes fatais por sua vez, fulminam a pessoa humana, interferindo efetivamente nas questões econômicas, políticas e sociais. O processo de criação da Agenda do Trabalho Decente deve respeitar criteriosamente seis etapas fundamentais: a) diagnóstico sobre a atual situação do Estado com relação ao Trabalho Decente; b) def in ição de prioridades; c) definição de resultados; d) definição linhas de ação; e) elaboração de um plano de implementação e execução; f) estabeleci-mento de mecanismos de monitoramento e avaliação. O diagnóstico necessário à elaboração da Agenda foi desenvolvido

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por uma equipe multidisciplinar da UFMT, a partir das prioridades consensuadas: erradicação do Trabalho Escravo e do Trabalho Infantil. O diagnóstico relativo à, redução dos acidentes fatais de trabalho foi realizado pela Superintêndencia Regional de Trabalho Emprego - SRTE. Esse trabalho foi apoiado pela Secretaria de Planejamento do Estado, da OIT. A construção de um diagnóstico preliminar vem justificar à importância da ATD para o Estado de Mato Grosso junto às principais entidades do governo e representações de classe para avaliação, críticas e sugestões, elencando também proposta de linhas de ação. O intuito é identifi car lacunas, sobreposições, possibilidade de parcerias, além de proporcionar uma visão ampla, tanto dos problemas como das ações encetadas para seu enfrentamento. É importante frisar que um dos principais objetivos da agenda é integrar ações que por vezes já ocorrem de forma dissociadas e fragmentada, for talecendo a integração das polít icas e ações governamentais e da sociedade civil. As principais instituições que participaram desse processo forão as seguintes:Conselho Estadual do Trabalho, responsável pela preparação e articulação das entidades que participaram da conferência. Composto por representantes do setor Governamental (Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social - SETECS/MT, -Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso – SRTE/MT, Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia – SECITEC/MT, Secretaria de Desenvolvi-mento Rural – SEDER/MT), dos Eempregadores: (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso – FIEMT, Federação do Comércio do Estado de Mato Grosso – FECOMÉRCIO, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso – FAMATO e Federação das Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros dos Estados de MT, MS e RO – FETRAMAR) e dos Trabalhadores (Central Única dos Trabalhadores – CUT, Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso – SINTEP, Federação dos Trabalhadores da Agricultura do estado de Mato Grosso – FETAGRI

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e Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado de Mato Grosso – SEEB). A Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAE), vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP, criada pelo governador do Estado de Mato Grosso, através do Decreto no 985, de 07 de Dezembro de 2007. A COETRAE é um órgão colegiado, composto por 21 (vinte e um) membros, e que tem por função apreciar as questões relacionadas à erradicação do trabalho em condições análogas à de escravo no âmbito do Estado do Mato Grosso, efetuando avaliações, monitoramentos, recomendações e proposições. Compete à COETRAE: • Elaborar e acompanhar o cumprimento das ações constantes do Plano Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo, propondo as adaptações que se fi zerem necessárias; • Acompanhar e avaliar os projetos de cooperação técnica fi rmados entre o Governo do Estado e os organismos nacionais e internacionais; • Propor a elaboração de estudos e pesquisas e incentivar a realização de campanhas relacionadas à erradicação do trabalho escravo. A COETRAE é composta por representantes dos seguintes órgãos: –Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública- SEJUSP; –Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social – SETAS; –Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA; –Secretaria de Estado de Educação – SEDUC; –Secretaria de Estado de Saúde – SES; –Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar– SEDRAF; –Tribunal Regional do Trabalho – TRT; –Tribunal de Justiça – TJ; –Ministério Público do Trabalho – MPT; –Ministério Público Federal – MPF; –Ministério Público Estadual – MPE; –Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso – SRTE/MT; –Polícia Federal – PF;

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–Polícia Rodoviária Federal – PRF; –Polícia Militar do Estado de Mato Grosso – PM/MT; –Policia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso; –Centro Burnier Fe e Justiça – CBFJ; –Central Única dos Trabalhadores – CUT; –Comissão Pastoral da Terra – CPT; –Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho – AMATRA; –Pastoral do Migrantes e -Defensoria Pública.

O Fórum Estadual pela Erradicação do Trabalho Infantil (FEPETI) A missão do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FEPETI/MT) – é “ser um espaço permanente e democrático de articulação, sensibilização e mobilização das instituições governamentais e da sociedade civil para a prevenção e erradicação do trabalho infantil no Estado de Mato Grosso”. Sua articulação ocorreu por iniciativa da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Cuiabá (SRTE/MT), com o apoio do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, tendo em vista o fato de Mato Grosso ser um dos dois estados do Brasil cujo Fórum Estadual não estava ativo. Dessa forma, a partir de maio de 2008, o Fórum foi tomando corpo, por meio da articulação entre órgãos governamentais, representantes de empregadores e de trabalhadores, sociedade civil organizada e operadores do Direito. Em junho do mesmo ano, foi lançada a bandeira do FEPETI/MT e fi rmado compromisso moral entre os participantes para a reativação do Fórum em Mato Grosso. A partir de setembro de 2008, discutiu-se a criação de um planejamento estratégico de ações do FEPETI/MT, para o período compreendido entre 2009 e 2012, sendo este fi nalizado em março de 2009. Tal planejamento passou a fazer parte da Agenda do Trabalho Decente e foi apresentado na Conferência Estadual pelo Trabalho Decente, com o objetivo de sensibilizar a sociedade, buscando sua efetiva participação

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nas ações planejadas de combate ao trabalho infantil em Mato Grosso. O Fórum é aberto a todos os interessados e atualmente a sua coordenação compete à “Coordenação Colegiada”, composta da seguinte forma: Composição:Representantes dos Trabalhadores:-Central Única dos Trabalhadores – CUT e - Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso – SINTEP;

Representantes dos Empregadores: -Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso – FIEMT e- Federação do Comércio do Estado de Mato Grosso – FECOMÉRCIO;

Representantes Governamentais: -Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso – SRTE; -Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social – SETAS; -Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso – SEDUC e-Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado de Saúde – CEREST;

Representantes da Sociedade Civil: -Associação de Mulheres em Ação de Mato Grosso – AMAMT, -Associação EDUCAR, -Faculdades UNIRONDON e -Fórum Estadual das ONGs de Assistência Social;

Representantes dos Operadores de Direito: - Ministério Público do Trabalho – MPT e - Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.

Comitê Estadual de Prevenção de Acidentes do Trabalho: Encarregado do estudo e elaboração de uma agenda de trabalho decente

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para a prioridade Acidentes Fatais, através das ações defi nidas e discutidas na conferência. Composto por representantes das seguintes instituições: -Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE/MT;-Instituto Nacional de Seguro Social – INSS; -Ministério Público do Trabalho – MPT;-Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social -SETAS;-Secretaria de Estado da Saúde - SES; -Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado de Saúde – CEREST;- Serviço Social da Indústria – SESI;- Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil; - Federação das Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros dos Estados de MT, MS e RO – FETRAMAR;- Força Sindical;- Central Única dos Trabalhadores – CUT;- Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/MT; - Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT;- Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho; - Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada; - Federação dos Trabalhadores na Indústria do Estado de Mato Grosso – FETIEMT; - Instituto Tecnológico – CEFET; - Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos.

Comitê Estadual do Trabalho Decente (CETD): O Comitê Estadual do Trabalho Decente foi instituído pelo então Governador Blairo Maggi, através do Decreto Estadual nº 1.494 de 31 de julho de 2008. Composto por doze secretarias. -Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social – SETAS;

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-Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia – SICME; -Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo – SEDTUR; -Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA;-Secretaria de Estado de Fazenda – SEFAZ; -Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral – SEPLAN; –Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural – SEDER; –Secretaria de Estado de Comunicação Social – SECOM; -Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso – SEDUC; -Secretaria de Estado da Saúde – SES; -Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia – SECITEC; -Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP) e coordenado pela SETECS e tem a função de fazer a coordenação geral do processo de construção da Agenda de Trabalho Decente no Estado. O processo de elaboração da agenda também contou com aparticipação ativa Comunidade Acadêmica, tendo como âncora da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT. Sua contribuição para a elaboração da Agenda é o estudo e elaboração de ferramentas de acompanhamento através de diagnósticos previamente observados e avaliados para a construção de uma agenda de trabalho decente, e da construção de um observatório do trabalho para dar visibilidade e agilidade às informações relativas ao mundo das relações do trabalho.

5 - PRIORIDADES E LINHAS DE AÇÕES DA AGENDA PELO TRABALHO DECENTE DO ESTADO DO MATO GROSSO

A Conferência Estadual pelo Trabalho Decente foi realizada em três dias. Cada um dos três temas que haviam sido definidos como prioritários no processo de preparação foi discutido em meio turno para sua sistematização. Na ocasião, as entidades presentes entraram em acordo sobre linhas de ação prioritárias em cada um desses três eixos.

5.1 PRIORIDADE: Erradicação do Trabalho Escravo

Erradicação do Trabalho Escravo: A erradicação defi nitiva do trabalho escravo em Mato Grosso obedece a

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dois imperativos: um de ordem ética, que expressa a necessidade de coibir a exploração de trabalhadores em condições de vulnerabilidade, e outro de ordem econômica, pelo risco do boicote que o Estado pode sofrer por parte de outros países, em especial os europeus, em relação às suas exportações.

OBJETIVO I: Eliminar progressivamente a utilização do Trabalho análogo a escravo no Estado de Mato Grosso até 2015.As ações do presente Plano encontram-se distribuídas em quatro eixos: a) • Ações gerais; • Prevenção; • Repressão; • Assistência e apoio às vítimas.

AÇÕES GERAIS: Buscam a integração das ações dos atores sociais com interesse na erradicação do trabalho escravo. Resultado Esperado relativo às AÇÕES GERAIS: Aprimorar as ações INTEGRADAS entre instituições Estadual, Federal e entidades civis que proporcionem maior efetividade no resultado pela erradicação ao trabalho escravo.

Linhas de Ação relativas às AÇÕES GERAIS:• Instituição e instalação da COETRAE, revisão do Plano Estadual e declaração da erradicação do trabalho escravo contemporâneo como prioridade do Estado.• Indicação discriminada das dotações orçamentárias suficientes para a implementação do Plano Estadual, às ações de responsabilidade do Estado do Mato Grosso e seus órgãos e entidades. • Criação do Fundo Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo, tendo a COETRAE por conselho gestor.• Construir Pactos Interestaduais com os Estados nos quais se veri-fique maior incidência de aliciamento e ocorrência de trabalho Escravo.

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• Criação de um site na internet (link na página da SEJUSP na internet) para a COETRAE, com a disponibilização de ampla informação sobre a atuação da Comissão, as ações tomadas e o tema trabalho escravo.• Inclusão das ações do Plano Estadual na revisão do Plano Plurianual.• Realização anual de Conferências Regionais de Combate ao Trabalho Escravo, em número não inferior a 5 (cinco), em municípios do interior, e de uma Conferência Estadual, em Cuiabá.• Instalação de um Sistema Público de Intermediação de Mão de Obra, com capilaridade em todos os municípios do estado – “Marco Zero”.

AÇÕES PREVENTIVAS: São ações de caráter principalmente informativo, no intuito de esclarecer a população sobre as causas e os meios de combate ao trabalho escravo.Resultado Esperado relativo às AÇÕES PREVENTIVAS: Estabelecer e melhorar mecanismo que propicie a efetivação do cumprimento dos Direitos Fundamentais do Trabalho.

Linhas de ação realtivas às AÇÕES PREVENTIVAS:• Buscar a efetivação da Lei Estadual n° 8.600/2006, que veda a formalização de contratos e convênios de quaisquer espécies pela Administração Pública Estadual e por entidades por ela controladas, direta ou indiretamente, com empresas ou seus fornecedores diretos que, comprovadamente, utilizem mão-de-obra escrava na produção de bens e serviços.• Apresentar projeto de lei impedindo a concessão, por órgãos ou entidades estaduais, de empréstimos, incentivos fi scais ou creditícios a pessoas que, comprovadamente, utilizem mão-de-obra em condições análogas à de escravo.• Estimular a inclusão nos currículos escolares da rede de ensino pública e privado, nos cursos técnicos profissionalizantes e de Formação de Professores e nas atividades de estágio curricular e de extensão, conteúdos e práticas educativas que contribuam para a erradicação do trabalho escravo.• Realização e promoção de pesquisas científi cas sobre a temática trabalho

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escravo e problemas relacionados ao trabalhador rural.• Elaboração de campanhas estaduais na mídia sobre o trabalho escravo.• Elaboração e confecção de cartilhas e material informativo sobre o tema.• Inclusão, quando couber, de marketing de combate ao trabalho escravo nas mídias produzidas pelos membros da COETRAE.• Realizar trabalho de divulgação, articulação e palestras visando à dis-seminação das ações institucionais de prevenção e erradicação do trabalho análogo ao de escravo.• Implantar o projeto “escravo nem pensar” visando a capacitação de professores e lideranças comunitárias em torno do tema em parceria com a Repórter Brasil.• Promover prioritariamente a regularização fundiária nas regiões de maior incidência de trabalho escravo ou de maior tensão social.• Articular rede de apoio para recebimento de denúncias.• Diagnosticar as formas de trabalho precário nas esferas administrativas do Executivo estadual e dos municípios.

AÇÕES REPRESSIVAS: Têm o objetivo de, através de um planejamento conjunto, otimizar os recursos dos órgãos públicos responsáveis pelo combate ao trabalho escravo.

Resultado Esperado relativo às AÇÕES REPRESSIVAS: Assegurar a efetiva reprimenda dos infratores.

Linhas de Ação realtivas às AÇÕES REPRESSIVAS:• Criação de um Grupo de Enfrentamento Interinstitucional, visando à troca de informações permanente e planejamento de ações conjuntas.• Monitorar e acompanhar deslocamento dos trabalhadores entre a origem e destino.• Disponibilização de acesso via internet às bases de dados da Secretaria Estadual de Fazenda - SEFAZ, Secretaria Estadual de Segurança Pública - SESP, Secretaria Estadual de Meio Ambiente - SEMA, Instituto Nacional de

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Colonização e Reforma Agrária - INCRA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA, Super intendência Regional do Trabalho e Emprego-SRTE, Ministerio Público Federal - MPF, Ministerio Público Estadual - MPE e Ministerio Público do Trabalho - MPT.• Exigência de implantação, em caráter de urgência, de duas novas Gerências Regionais do Trabalho em MT, sendo uma na região norte do Estado, com a nomeação de servidores sufi cientes.• Cursos de capacitação nas áreas estratégicas e de operação, destinado a Juízes de Direito e Promotores de Justiça; Conselhos Tutelares; Fiscais da Secretaria Estadual e Meio Ambiente - SEMA, Instituto Nacional de Meio Ambiente - IBAMA, Bombeiros Militares; Policiais Civis, Militares, Federais e Rodoviário Federais, entre outros órgãos.• Fiscalização, pela Polícia Rodoviária Federal e Estadual, da Certidão Liberatória do Ministerio do Trabalho e Emprego - MTE.• Criação de Programa estadual para proteção de vítimas e testemunhas, visando à elucidação e condenação nos casos mais graves.

AÇÕES DE ASSISTÊNCIA E APOIO ÀS VÍTIMAS: Objetivam proporcionar ao trabalhador resgatado, além do atendimento imediato após a libertação, oportunidades de reinserção e qualifi cação profi ssionais, a fi m de que ele não mais seja submetido a condições degradantes de trabalho.

Resultado Esperado relativo às AÇÕES DE ASSISTÊNCIA E APOIO ÀS VÍTIMAS: Buscar apoio de Entidades Governamentais e não governamentais para criação de políticas voltadas a assistência e apoio às vítimas.

Linhas de Ação realtvas às AÇÕES DE ASSISTÊNCIA E APOIO ÀS VÍTIMAS:• Atendimento dos trabalhadores resgatados pela Defensoria Pública Estadual, inclusive para questões trabalhistas. (obs: ação que depende da concordância da Defensoria Pública, em respeito à independência da instituição).• Elaboração de projetos de qualifi cação voltados para trabalhadores

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egressos do trabalho em condições análogas às de escravo e encaminhamento aos conselhos municipal e estadual de trabalho.• Promover junto ao governo Federal e governos municipais a criação de Centros Estaduais de Referência em Saúde do Trabalhador - CEREST, priorizando regiões com maior incidência de trabalho escravo.• Criação e manutenção mediante convênios com entidades da sociedade civil, de no mínimo duas casas de apoio para trabalhadores resgatados, com recursos reservados para todas as despesas inclusive de transporte.• Estabelecer os Centros de Referência de Assistência Social - CRAS como unidade de referência no atendimento às vítimas do trabalho escravo.• Direcionar prioritariamente os programas de apoio a agricultura familiar para regiões de maior aliciamento e incidência.

5.2 - PRIORIDADE: Erradicação do Trabalho Infantil O problema do trabalho infantil é multifacetado: associa-se à pobreza e à desigualdade, mas é determinado também a fatores de ordem cultural e de organização econômica. Daí a necessidade do envolvi-mento de múltiplas instituições para combatê-lo, cada uma delas com sua competência específi ca.

OBJETIVO II: Erradicar a utilização do Trabalho Infantil no Estado de Mato Grosso até 2015.

Resultado Esperado 1: DIAGNÓSTICO Criar um banco de dados atualizado periodicamente sobre a realidade do Trabalho Infantil no Estado de Mato Grosso.

Linhas de Ação para Diagnóstico:• Mapeamento do trabalho infantil no estado de Mato Grosso;• Sistematização dos dados pré-existentes;• Levantamento de dados sobre focos de incidência do trabalho infantil em Mato Grosso.

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Resultado Esperado 2: POLÍTICAS PÚBLICAS Adoção de Políticas Públicas que garantam a efetividade da aplicação de recursos nas áreas que necessitam de atenção. Tais políticas são voltadas para as seguintes áreas: a) orçamento; b) educação; c) saúde; d) assistência social.

Linhas de Ação relativas ao Orçamento:• Garantir a existência e a execução de recursos para as ações de combate e prevenção do trabalho infantil.• Participação no orçamento público

Linhas de Ação relativas à Educação:• Implantar a educação em tempo integral para crianças em situação de vulnerabilidade, com garantia de condições físicas adequadas, com espaço para esporte, lazer e cultura.• Implantação de projeto-piloto de educação em tempo integral.• Implantação de equipes multidisciplinares para atendimento nas escolas. • Implantação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI em municípios em que for constatado trabalho infantil e que não exista o programa.• Empoderamento da escola para melhor assistência a crianças e adolescentes.• Garantir o acesso de crianças de 0 a 5 anos à educação infantil.• Garantir o atendimento da demanda de vagas na educação infantil através de articulação com o poder público.• Garantir a formação/qualificação dos profissionais da educação (implantação de programa de atualizações periódicas).• Implantação de programas de atualizações periódicas.• Conscientizar a comunidade escolar sobre o trabalho infantil.•Abordar a questão do trabalho infantil nas instituições de ensino.Linhas de Ação realtivas à Saúde:• Garantir atenção integral à saúde da criança e do adolescente em

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situação de trabalho infantil.• Garantir atendimento qualificado às crianças e aos adolescentes retirados do trabalho infantil.Linhas de Ação relativas à Assistência Social:• Geração de emprego e renda para as famílias de forma a inibir a utilização do trabalho infantil.• Qualifi cação profi ssional de pais de crianças e adolescentes de 0 a 18 anos.• Garantir a participação em programas sociais às famílias em situação de vulnerabilidade.• Evitar a desestruturação familiar, que leve ao trabalho infantil através de informação sobre planejamento familiar.• Disseminar os conceitos de planejamento familiar em instituições de ensino e sociedade civil organizada.

Resultado Esperado 3: ARTICULAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS E ENTIDADES Garantir a atuação efetiva e integrada de toda a rede de proteção à criança e ao adolescente.

Linhas de Ação relativas à Articulação entre Órgãos e Entidades:• Auxílio à organização de fóruns municipais ou regionais.• Implantação e adequado funcionamento dos Conselho Municipal de Defesa da Criança e Adolescente e Conselhos Tutelares. • Organizar um cadastro unifi cado das famílias em situação de vulnerabilidade social, auxiliadas pelo poder público ou por entidades da sociedade civil.

Resultado Esperado 4: MOBILIZAÇÃO DA SOCIEDADE. Sensibilizar a sociedade para as conseqüências do trabalho infantil.

Linhas de Ação relativas à Mobilização da Sociedade:• Disseminar os conceitos e conseqüências do trabalho infantil (orien-tação).

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5.3 - PRIORIDADE: Prevenção de Acidentes do Trabalho: Conforme o art. 19 da lei nº 8.213, de 24/07/91 (Previdência Social), acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. O planejamento abaixo objetiva articular medidas para redução dos acidentes de trabalho no Estado, proporcionando um ambiente de trabalho mais seguro e saudável aos trabalhadores.

OBJETIVO III: Reduzir a taxa de mortalidade por acidente de trabalho em 30%

até 2011 e em 50% até 2015; e Reduzir a taxa de incidência de acidentes de trabalho em 10% até 2011 e em 20% até 2015.

Resultado Esperado de Prioridades de para Ações de Prioridades Gerais: Buscar o estabelecimento de uma cooperação permanente entre os setores público e privado, com o objetivo de proporcionar condições de trabalho mais seguras e saudáveis, especialmente nos setores com maiores índices de acidentes fatais.

Linhas de Ações de Prioridades Gerais: • Priorizar ações conjuntas de melhoria das condições de saúde e segurança no trabalho nos setores com maior número de acidentes fatais;• Fomentar e fi rmar termos de compromisso com segmentos econômicos como ferramenta auxiliar de prevenção dos acidentes do trabalho graves e fatais;• Executar a política estadual de Saúde do Trabalhador e incorporá-la ao plano de ação do Comitê Estadual de Prevenção de Acidentes do Trabalho – MT.

Resultado Esperado relativos às para Ações Gerais: Articulação interinstitucional dedicada ao cumprimento das metas com base nas informações geradas pelas empresas constantes

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nos bancos de dados do Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS e Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.Linhas de Ações Gerais• Estruturar o Comitê Estadual de Prevenção de Acidentes do Trabalho – MT, articulando representação das principais entidades sindicais de trabalhadores e empresariais e instituições governamentais, além de universidades, profi ssionais da área e pessoas interessadas, desenvolvendo ações de forma descentralizada e regionalizada;• Estruturar sistema integrado de informação, consolidando as informações existentes no Instituto Nacional Seguridade Nacional - INSS e Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, fortalecendo o observatório de acidentes do trabalho implantado no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador;• Criação de site na internet com informações sobre acidentes do trabalho no estado, assegurando links nas páginas das instituições integrantes do comitê;

Resultado Esperado relativo às para Ações Preventivas: Desenvolver de modo contínuo processos de educação em saúde e segurança no trabalho, de caráter preventivo, buscando a conscientização sobre a importância da adoção de hábitos laborais compatíveis com a manutenção da integridade física e mental dos trabalhadores.

Linhas de Ações Preventivas• Criar e desenvolver campanha estadual de prevenção de acidentes do trabalho, com ênfase em setores de grande incidência;• Anal isar e aprofundar o conhecimento sobre os acidentes do trabalho fatais;• Implantar Centros de Referência em Saúde do Trabalhador - Cerest previstos no interior de Mato Grosso - MT; • Implantar comissões e políticas de saúde e segurança no setor público;• Ampliar e consolidar Rede Sentinela de notifi cação de agravos á saúde do trabalhador em todos os municípios de Mato Grosso.

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Secretaria Estadual de Trabalhoe Assistência Social

MPFMinisterio Público Federal

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro do Estado de

Mato Grosso

Ministério público do trabalhoProcuradoria Regional do Trabalho

da 23º RegiãoFETAGRI-MT

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Realização:

Secretaria Estadual de Trabalhoe Assistência Social