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Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E.

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Agência para o Investimento e

Comércio Externo de Portugal, E.P.E.

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Índice 1. Identificação da Organização ............................................................................................. 3 2. Visão e Missão da Organização ......................................................................................... 6 3. Modelo de Negócio ............................................................................................................. 7 

3.a Descrição do mercado/área de actuação ...................................................................... 7 3.b. Descrição das actividades desenvolvidas .................................................................... 9 3.c. Descrição do modelo operacional .............................................................................. 12 

4. Fase do Ciclo de vida das Actividades ............................................................................. 19 5. Descrição dos mecanismos de definição e medição dos objectivos ................................ 33 

5.a Da Organização .......................................................................................................... 33 5.b Por Actividade/Projecto ............................................................................................... 34 5.c Resultados Atingidos ................................................................................................... 35 

6. Análise SWOT da Organização ........................................................................................ 37 7. Coordenação de actividades com outras entidades ......................................................... 38 

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1. Identificação da Organização

Natureza Legal: A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal E.P.E. é uma pessoa colectiva de direito público com natureza empresarial, dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial e dos poderes de autoridade pública administrativa inerentes à prossecução do seu objecto, estando sujeita à superintendência do membro do Governo responsável pela área da economia, em articulação com o membro do Governo responsável pela área dos negócios estrangeiros, regendo-se pelo disposto no Decreto-Lei nº 245/2007.

Localização: Dispõe de uma estrutura em Portugal, com sede no Porto e os restantes serviços localizados em Lisboa. A sua estrutura no estrangeiro encontra-se distribuída por quatro continentes, apresentando um grau de maior concentração na Europa.

As estruturas no estrangeiro: Em estreita articulação com os órgãos e serviços do Estado no estrangeiro, particularmente com a rede diplomática e consular, em sintonia com orientações estratégicas estabelecidas com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, e visando o reforço da eficácia da representação externa de Portugal, os pontos de rede da AICEP actuam em três áreas: Comércio, Investimento e Turismo (neste caso, mediante protocolo específico com o Turismo de Portugal). Em função das prioridades nos mercados, algumas representações externas asseguram os três domínios, enquanto outras apenas operam num deles.

Em diferentes mercados por todo o mundo, os Centros de Negócios, os Escritórios e as Representações da AICEP posicionam-se como centros de dinamização de negócios internacionais e apoio local às empresas portuguesas.

No que respeita à organização interna, a rede AICEP articula-se segundo um modelo com três tipologias de pontos de rede, correspondendo à importância dos mercados: Centros de Negócio, Escritórios e Representações.

A rede da AICEP acha-se como indicado na tabela seguinte, sendo, sempre que possível, co-localizada em estruturas de representação externa do Estado Português. A modalidade de co-localização é prevalecente, com uma expressão de cerca de 70%.

ÁFRICA

Centro de Negócios em Angola Angola (CN)

Centro de Negócios de Moçambique Moçambique (CN)

Joanesburgo (R)

Praia (E)

AMÉRICA DO NORTE

Centro de Negócios em Nova Iorque Nova Iorque (CN)

São Francisco (E)

Cidade do México (E)

Toronto (E)

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AMÉRICA DO SUL

Centro de Negócios em São Paulo São Paulo (CN)

Santiago do Chile (R)

Buenos Aires (R)

Caracas (R)

ÁSIA E PACÍFICO

Centro de Negócios em Singapura Singapura (CN) Tóquio (E) Kuala Lumpur

(R) Jacarta (R)

Centro de Negócios em Pequim Pequim (CN) Xangai (E) Macau (E)

Nova Deli (E)

EUROPA OCIDENTAL

Centro de Negócios em Madrid Madrid (CN) Barcelona (E) Mérida (R) Vigo (R)

Centro de Negócios em Paris Paris (CN) Haia (E) Bruxelas (E)

Centro de Negócios em Berlim Berlim (CN) Viena (E) Zurique (E)

Centro de Negócios em Londres Londres (CN) Dublin (R)

Centro de Negócios em Milão Milão (CN)

Centro de Negócios Estocolmo Estocolmo (CN) Copenhaga (R) Helsínquia

(R)

Atenas (R)

Istambul (E) Ancara (R)

EUROPA CENTRAL E ORIENTAL

Centro de Negócios na Varsóvia Varsóvia (CN) Budapeste (E) Praga (E) Bucareste

(E)

Centro de Negócios em Moscovo Moscovo (CN)

MAGREB E MÉDIO ORIENTE

Centro de Negócios em Rabat Rabat (CN) Argel (E)

Tunis (E) Tripoli (R)

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Abu Dhabi (E)

CN - (Cento de Negócios)

E - (Escritório)

R - (Representação)

O grupo AICEP Portugal Global inclui ainda uma Sociedade de Capital de Risco e uma Sociedade Gestora de Parques Industriais.

A AICEP Capital Global toma participações no capital social de empresas com projectos sustentáveis, promovidos por empreendedores com capacidade, que se enquadrem nos objectivos de desenvolvimento da Economia Nacional, intervindo em operações de internacionalização das empresas e fomento da respectiva capacidade exportadora, com especial destaque para as Pequenas e Médias Empresas.

A AICEP Capital Global dá prioridade à promoção de investimentos de consolidação do tecido económico, nomeadamente a projectos de expansão e operações de reestruturação e concentração de empresas.

A AICEP Global Parques procura ser reconhecida como a empresa/parceira nacional de referência, no apoio a estratégias e acções de localização empresarial. Esta empresa gere actualmente a Zona Industrial e Logística de Sines, o parque Bluebiz em Setúbal e o Albiz, em Albarraque. A Global Parques disponibiliza serviços de apoio à localização empresarial: o Global Find e o Global Force.

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2. Visão, Missão e Elementos Chave da Actuação da Organização

Constituir-se referência para o desenvolvimento de um ambiente de negócios competitivo que contribua para a inserção internacional das empresas portuguesas é a visão da AICEP.

A missão da Agência é contribuir para o aumento da competitividade e da notoriedade de Portugal, através da dinamização de investimento estruturante e da internacionalização das empresas, com especial destaque para as pequenas e médias.

Quanto ao modo de actuação da Agência, os seus elementos distintivos e as diferentes etapas que o integram e caracterizam podem ser subsumidos na figura que adiante se apresenta.

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3. Modelo de Negócio

3.a Descrição do mercado/área de actuação

A AICEP, na vertente de promoção da internacionalização de empresas portuguesas, actua como descrito na figura seguinte:

Como ilustrado, a AICEP proporciona um acompanhamento integrado aos processos de internacionalização das empresas Portuguesas, visando os seguintes objectivos estratégicos:

• Diversificar os mercados de destino dos produtos e serviços nacionais; • Alargar a base exportadora portuguesa, integrando cada vez mais PME’s nas

carteiras de clientes e nos processos de internacionalização; • Facilitar o aprofundamento das actividades das empresas nos mercados externos,

em particular as de produtos e serviços de elevado valor acrescentado tecnológico.

Para assegurar o cumprimento de tais objectivos, a actividade da AICEP associada à vertente de internacionalização passa pelo acompanhamento personalizado das empresas, pela realização de acções de capacitação e conhecimento, pela promoção de iniciativas que visam maior e melhor penetração internacional dos bens e serviços Portugueses e ainda pela dinamização de programas de apoio, designadamente financeiro (Incentivos e

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instrumentos Financeiros) e de qualificação de recursos humanos (Inov Contacto, Inov Export).

Adicionalmente, a AICEP apoia associações empresariais e outros agentes institucionais (câmaras do comércio, pólos de competitividade, etc.) nas suas iniciativas nos mercados externos, quer através do seu conhecimento sobre mecanismos de funcionamento dos mercados e listas de potenciais clientes, quer através de apoio logístico da sua rede externa presente em cerca de 50 locais em todo o mundo. Através dos Sistemas de Incentivos, designadamente da medida SI Qualificação e Internacionalização de PME (Projectos Conjuntos de Internacionalização), a AICEP tem também apoiado financeiramente os projectos de internacionalização das associações.

Finalmente, a AICEP apoia a organização da vertente económica das iniciativas realizadas por órgãos de Soberania Portugueses nos mercados externos, bem como de missões de órgãos de Soberania Estrangeiros a Portugal.

No que respeita ao investimento, a AICEP promove o País como destino de projectos de investimento estrangeiro e proporciona um serviço integrado aos processos de decisão de investimento, através do acolhimento, apoio e acompanhamento do investidor, desde a intenção de investir até à concretização do investimento, assegurando todas as fases do ciclo de vida do projecto, como adiante ilustrado:

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A atracção e desenvolvimento de investimento estruturante acham-se focados nas empresas produtoras de bens e serviços internacionalmente transaccionáveis, susceptíveis de contribuir para o aumento das exportações e para a criação de emprego e/ou com capacidade de arrastamento de empresas locais, possibilitando o aumento do valor acrescentado nacional.

Assim, os objectivos estratégicos que a AICEP prossegue na vertente de investimento são:

• Aumentar o investimento contratado e os postos de trabalho por este gerados; • Reforçar o posicionamento estratégico de Portugal como destino de projectos de

investimento; • Promover estratégias de crescimento das empresas Portuguesas, designadamente

através da cooperação inter-empresarial, que proporcionem um aumento do valor acrescentado nacional.

De salientar as sinergias entre as vertentes de investimento e de internacionalização. Com efeito, verifica-se que os maiores exportadores são, simultaneamente, os maiores investidores, pelo que, reforçando o investimento em sectores de bens e serviços transaccionáveis, se alcança também o aumento das exportações. Complementarmente, fomentar o negócio entre as empresas e a eficiência colectiva dos clusters nacionais, proporciona não apenas o aumento do valor acrescentado nacional, mas também o reforço da competitividade das empresas nacionais e, consequentemente, da sua capacidade de afirmação nos mercados internacionais. Este funcionamento interligado e em rede pode ser visualizado pela figura junta:

3.b. Descrição das actividades desenvolvidas

No âmbito do apoio à internacionalização das empresas Portuguesas, as principais actividades desenvolvidas encontram-se vertidas na figura seguinte:

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Na vertente de promoção do investimento, as principais actividades desenvolvidas são:

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Para além destas actividades dirigidas à comunidade empresarial Portuguesa e aos investidores internacionais, a AICEP realiza ou co-organiza eventos institucionais em Portugal e no estrangeiro, prestando também o seu apoio às iniciativas das associações empresariais.

Adicionalmente, visando a dinamização de inteligência competitiva, promovemos, na área do conhecimento e em conjunto com Universidades e Pólos Tecnológicos, inúmeras iniciativas com vista à qualificação profissional das empresas e dos intervenientes no processo de internacionalização, à criação de condições para a partilha de conhecimento e ao estabelecimento de redes de contactos entre empresas.

Paralelamente, no âmbito do grupo de trabalho constituído ao abrigo do Acordo de Parceiros entre a AICEP e o GPEARI do Ministério das Finanças, a Agência integra o mecanismo de acompanhamento das multilaterais financeiras, que pretende garantir adequado retorno para a economia nacional da participação do Estado no capital das Instituições Financeiras Internacionais. Pretende ainda afirmar-se como dinamizador das oportunidades de negócio geradas pela intervenção das multilaterais financeiras, nos diferentes mercados.

De realçar ainda que, mediante um conjunto de suportes comunicacionais, a AICEP procura responder de forma eficiente e pró-activa à necessidade de informação dos seus stakeholders. Neste contexto destacam-se algumas actividades desenvolvidas:

• Assessoria de Imprensa; • Revista digital PortugalGlobal – Edição mensal, dedicada aos temas actuais da

actividade económica e empresarial, do investimento nacional e estrangeiro, da

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internacionalização das empresas, das exportações portuguesas, do comércio e de mercados, bem como das actividades da AICEP em Portugal e no estrangeiro;

• PortugalNews – clipping noticioso diário, adaptado ao perfil de cada utilizador; • NewsRoom (com envio de newsletter semanal) edição e divulgação semanal das

notícias editadas em língua estrangeira, com particular atenção à divulgação de marcas portuguesas e casos de sucesso de empresas portuguesa no estrangeiro;

• Canais Web (Portal, Facebook e Twitter); • Comunicação Interna.

Finalmente, salientamos que, no sentido de promover uma maior mobilização para a internacionalização da Economia Portuguesa, a AICEP, em 2010, concebeu o Programa Internacionalizar para Crescer lançado no Porto dia 27 de Outubro: Este programa contém um conjunto de iniciativas específicas, apresentadas na figura abaixo:

3.c. Descrição do modelo operacional

Enquanto Entidade Pública Empresarial, a AICEP é constituída pelos seguintes órgãos sociais:

A Assembleia Geral

No caso do capital da AICEP Portugal Global ser detido por outras entidades públicas, para além do Estado, seria constituída uma mesa da Assembleia Geral composta por um presidente e um secretário. Não se verificando a constituição da mesa da Assembleia Geral

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(como é o caso hoje em dia), as respectivas competências serão exercidas mediante despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Economia.

O Conselho de Administração

O conselho de administração da AICEP Portugal Global é composto pelo presidente e oito vogais. O presidente e os vogais do conselho de administração são nomeados mediante resolução do Conselho de Ministros.

A Comissão Executiva

O conselho de administração delega a gestão corrente da AICEP Portugal Global numa comissão executiva, constituída por cinco administradores. O presidente do conselho de administração é por inerência o presidente da comissão executiva.

O Fiscal Único

A fiscalização da AICEP Portugal Global cabe a um Fiscal único, que deve ser Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, designado pelo Ministro das Finanças.

A organização encontra-se estruturada de acordo com o seguinte organograma funcional:

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Abaixo apresentamos a descrição das responsabilidades de cada unidade orgânica:

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De referir ainda que a organização rege-se pelos valores de orientação para a Empresa, Selectividade e Excelência.

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4. Ciclo de Vida das Actividades

Vertente de Internacionalização

A AICEP, enquanto entidade pública empresarial responsável pela promoção da oferta nacional e pela captação de investimento, tendo em vista o reforço da internacionalização da economia Portuguesa, desenvolveu e aprofundou em 2010 um conjunto de iniciativas em Portugal e no estrangeiro. De salientar, desde logo, o lançamento do Programa “Internacionalizar para Crescer”, em 27 de Outubro, o qual estabelece uma estratégia mobilizadora para que mais empresas exportem, para mais mercados e com mais valor acrescentado.

Paralelamente, e apesar do cenário de contenção orçamental, a Agência, em 2010, manteve a sua política de elevada proximidade às empresas Portuguesas e às oportunidades que os mercados externos proporcionam, numa lógica de dinamização de negócios em rede.

Neste contexto, e reconhecendo a vital importância da Rede Externa, foram realizados alguns ajustes na sua configuração, orientados por objectivos de racionalização de custos e de adaptação à nova geografia da economia mundial.

No que respeita ao apoio prestado aos clientes em Portugal, especialmente às PME, em 2010 introduzimos inovações com impacto positivo no acompanhamento das empresas. Na base destas melhorias estão diversos projectos estruturantes, sendo o principal, a criação de um novo canal de relacionamento com as PME: as Lojas da Exportação. De facto, ao abrigo da RCM nº 115/2009, de 15 de Dezembro, o Governo determinou a criação de 14 Lojas da Exportação, espalhadas pelo país. Nestes termos, entre finais de Março e meados de Maio foram abertas lojas em Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Covilhã, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Viseu, Torres Novas e Sines.

A AICEP tem nestas Lojas um colaborador com funções de apoio técnico e informativo ao processo de Internacionalização. As Lojas da Exportação têm como clientes-alvo as empresas não exportadoras ou em fase inicial do processo de exportação permitindo, assim, uma maior proximidade a este segmento com vista ao alargamento da base exportadora nacional. Neste contexto, foi reestruturada a segmentação dos clientes e reorganizada a carteira de clientes. Refira-se que o conceito das Lojas de Exportação mereceu da Comissão Europeia a distinção como boa prática internacional no apoio a PME.

Com a criação deste novo canal de relacionamento com os clientes encetou-se também uma reformulação da nossa oferta de produtos e serviços, aplicando-se uma lógica integrada do ciclo de vida do processo de internacionalização, assente em 4 fases: Saber, Agir, Promover e Vender.

Por fim, e num sentido de assegurar um acompanhamento personalizado e contínuo ao longo de dois anos, no âmbito do programa “Internacionalizar para Crescer”, foi desenvolvido o serviço “pme mais mercados”, o qual apoia empresas na elaboração e implementação de um Plano de Negócios para 3 novos mercados de diversificação. Este serviço foi desenhado para empresas com volume de exportação anual superior a 600 mil euros.

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No âmbito das Grandes Empresas, foi dada continuidade ao processo de acompanhamento e colaboração com as empresas, realizando reuniões e visitas com as empresas clientes, no sentido de promover os produtos e serviços disponibilizados pela Agência, quer em acções realizadas em Portugal quer no estrangeiro, procurando apoiá-las no desenvolvimento de novas oportunidades de negócio internacional e ajudando-as a solucionar situações perturbadoras do seu normal funcionamento. Aprofundou-se o Programa Qualificar para Exportar, que tem como principal objectivo criar condições para que as empresas nacionais possam competir internacionalmente visando a promoção das exportações e substituição das importações. O programa passa pela cooperação entre grandes empresas, portuguesas ou multinacionais a operar em Portugal, com fornecedores nacionais (maioritariamente PMEs). Destaque-se como exemplo a parceria com a CGD e a Mota-Engil.

Na vertente de Capacitação refira-se que em 2010 se iniciou um novo paradigma, direccionando a sua actividade para uma abordagem mais técnica e focalizada para realidades específicas dos mercados, desenvolveram-se novos produtos que, não obstante continuarem a ter nas PME o seu alvo tradicional, enveredam por outro tipo de aproximação ao cliente, privilegiando a fase do processo de internacionalização em que aqueles se encontram.

Os novos produtos são o “Mais Exportadores para...” direccionado para empresas não exportadoras, o “Encontros AICEP” acções de capacitação preparatórias de missões empresariais, e o “Encontro com o Embaixador”, aquando da nomeação do dignitário para um novo cargo.

Quanto aos produtos já consolidados (ABC Mercado, Conhecer Mais Mercado e Como Vender em), evoluíram do conceito de produto massivo e genérico para uma oferta desenvolvida segundo as especificidades e necessidades de cada empresa que pretende iniciar/consolidar um processo coerente e sustentado de internacionalização. De referir também, que foram realizadas, pela primeira vez, acções sobre Itália, Canadá, Malásia, Indonésia, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial, com base em potenciais oportunidades de negócio identificadas.

No que respeita à actividade promocional, o ano de 2010 foi de intensa actividade. De salientar, desde logo, que em 2010 testámos um novo formato de acções promocionais. Estas acções consubstanciaram-se na vinda a Portugal de importadores de referência dos mercados externos e decorreram durante o 2º semestre de 2010, tendo abrangido o mercado da Rússia. Dada a boa receptividade do formato e na sequência da estratégia definida no Programa “Internacionalizar para Crescer”, no sentido de aproximar a procura dos mercados externos à oferta nacional, em 2011 estamos a aprofundar estas acções, que passaram a assumir a designação “Mais Procura”.

Ainda no tocante à actividade promocional, desenvolvemos, também em 2010, diversos eventos de cariz sectorial, especialmente orientados para fileiras de elevada incorporação tecnológica, designadamente Automóvel e Aeronáutica. De salientar, a participação no 1º Encontro Ibérico do Sector Aeronáutico (Sevilha), em que estiveram presentes cerca de 90 empresas portuguesas e andaluzas, a Feira Internacional Aeronáutica de Farnborough (Reino Unido) com a participação de 41 entidades portuguesas e a Feira Automóvel IZB (Alemanha) em que participaram 11 empresas, fornecedoras de 1ª e 2ª linha no âmbito da Indústria automóvel.

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Paralelamente, mantivemos a aposta na organização da participação oficial portuguesa em 3 feiras multisectoriais, cujos certames constituem em cada um dos mercados de realização, o evento de natureza comercial com maior expressão. A saber, Feira Internacional de Argel (FIA), onde estiveram representadas 30 empresas portuguesas de distintos sectores de actividade com especial enfoque na área da consultoria, serviços de engenharia e bens de equipamento; Feira Internacional de Luanda (FILDA), na qual participaram 105 empresas portuguesas, em representação de mais de 20 sectores de actividade; Feira Internacional de Moçambique (FACIM) onde participámos com um pavilhão nacional que contou com a representação de 40 empresas e 3 associações empresariais. Pelo segundo ano consecutivo, o Pavilhão de Portugal foi galardoado com a melhor representação oficial estrangeira. Apresenta-se de seguida o quadro resumo de avaliação da participação das empresas nas 5 feiras referidas:

Nº total de Empresas e entidades Participantes

Grau de Satisfação do ponto de vista Comercial (Média)

% de empresas participantes com negócio perspectivado na feira

% de empresas com negócios efectuados na feira

Grau de satisfação com a organização da AICEP

226 53,6% 71,4% 12,8% 74,0%

Nota: Universo médio de respostas aos questionários de avaliação – 67%

Adicionalmente, sempre em complemento das acções promovidas pelas Associações e quando identificada uma falha de mercado, a AICEP desenvolve as suas próprias acções de promoção que visam dar maior notoriedade às marcas e serviços nacionais, em especial, em mercados de diversificação.

No que respeita a missões empresariais, a AICEP realizou uma missão empresarial ao México, que contou com a participação de 14 empresas para as quais foram preparados programas individuais de encontros com potenciais clientes, tendo em conta a especificidade de cada empresa, e uma missão empresarial à África do Sul, que envolveu 12 empresas de vários sectores, no âmbito da qual foram organizados um seminário económico e uma bolsa de contactos bilaterais em Joanesburgo. Para além dos Escritórios da AICEP em Maputo e Joanesburgo, a organização desta missão contou ainda com a colaboração da Whatana, entidade com a qual a AICEP mantém um protocolo de cooperação.

Das diversas acções promocionais desenvolvidas pela Rede Externa em 2010, destacamos as seguintes:

• Seis importadores russos deslocaram-se ao nosso país para contactarem bilateralmente 49 produtores portugueses; Um importador passou a comprar a Portugal e prevê-se que mais três importadores comecem a comprar ao nosso país ainda em 2011.

• A semana de produtos portugueses organizada numa cadeia de hipermercados em Budapeste e nas principais cidades da Hungria contou com a participação de 20 empresas portuguesas; para 17 destas 20 empresas, a acção representou a primeira abordagem ao mercado. A acção teve uma excelente adesão e visibilidade (por exemplo, mais de 1 milhão de lares receberam informação do nosso país e da oferta portuguesa) e congratulamo-nos com o facto de haver três empresas que

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começaram a vender no hipermercado, prevendo-se que o número possa aumentar significativamente.

• A participação, com um Pavilhão Nacional, na EXPO 2010 SHANGHAI. Pela 1ª vez no âmbito de uma Exposição Mundial, o Pavilhão Nacional contou com um Centro de Negócios que funcionou como uma plataforma de informação e de divulgação de marcas e de empresas portuguesas para um público especializado chinês; a AICEP assumiu a dinamização dos 14 eventos temáticos aí realizados ao longo de 6 meses, chegando a 1.150 convidados chineses (decisores, opinion leaders, especialistas em cada tema abordado), para além dos 50.000 visitantes da exposição de Design

• Três conferências Innovating Portugal realizadas no Reino Unido. Ainda, neste mercado, organizou-se dois outros seminários: Doing Business in Portugal e Business in Portuguese.

• O seminário “Sociedade de Informação e Inclusão Digital – As boas práticas em Portugal” que teve lugar em Varsóvia, com o objectivo de dar a conhecer à Polónia a oferta portuguesa em sectores da alta-tecnologia, nomeadamente energias renováveis, e-government e e-learning. O seminário teve uma excelente adesão, contando com 150 participantes. Baseando-se na experiência portuguesa, as autoridades polacas pretendem em 2011 avançar com um projecto de 240 MEUROS em e-learning, encontrando-se as empresas portuguesas particularmente bem posicionadas

• Diversos encontros sectoriais de energia e obras públicas com decisores marroquinos foram organizados, no quais participaram 25 empresas portuguesas. Adicionalmente organizou-se um encontro com decisores marroquinos do projecto TGV Marrocos onde participaram 8 empresas nacionais, bem como dinamizou-se o conhecimento sobre o projecto de reabilitação duma zona de Rabat.

• No âmbito da colaboração institucional entre a AICEP e a Gauteng Economic Development Agency, esta entidade sul-africana realizou uma missão a Portugal, no âmbito da qual participou num seminário económico na AICEP e manteve contactos com cerca de 25 empresas e entidades nacionais, com vista ao aproveitamento de oportunidades comerciais e de investimento na África do Sul.

• Um dos maiores grupos empresariais turcos, a Zorlu, cuja facturação equivale a 7% do PIB do nosso país, deslocou-se a Portugal, numa visita organizada pelo Escritório em Istambul, contactando com vários dos mais destacados agentes económicos e institucionais portugueses ligados às energias renováveis.

• Foram realizados 12 seminários em Espanha que tiveram uma enorme adesão por parte de empresários espanhóis e portugueses, bem como figuras relevantes do Estado Português: salientando-se o "I Forum Ibérico de Barcelona", subordinado ao tema "O Mercado Ibérico da Energia", que reuniu 450 participantes e contou ainda com a presença de S. Exa. o Presidente da República Portuguesa. O Portugal Inovador, sobre os sectores Aeronáutica e TICs foi outra das iniciativas que permitiu mostrar Portugal moderno e teve uma larga adesão dos principais intervenientes Espanhóis nestes sectores.

Em Portugal, destacamos a participação na 4ª edição do Portugal Tecnológico, em conjunto com as Participadas, onde divulgámos às empresas os produtos e serviços da AICEP. No âmbito da cooperação com outras entidades e com o objectivo de proporcionar às empresas portuguesas, a informação e contactos necessários ao seu processo de exportação a AICEP participou também na 5ª edição do “Portugal Exportador”.

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No que respeita aos apoios financeiros dirigidos ao tecido empresarial Português, sublinhe-se que, em 2010, a operacionalização da 1ª edição do Programa INOV-EXPORT, colocando 165 estagiários em 125 empresas, na sequência da medida aprovada em Conselho de Ministros de 19 de Novembro de 2009. Adicionalmente, deu-se continuidade à realização do INOV-Contacto, assegurando a realização de duas edições em 2010, com cerca de 550 estagiários cada.

Em 2010 foram contratualizados em 67,3 milhões de euros de incentivo à internacionalização, correspondentes a um volume de investimento da ordem dos 173 milhões de euros (dos quais 142 milhões de euros de investimento elegível).

Registe-se a introdução de alterações aos Concursos do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME, visando: i) implementar as Estratégias de Eficiência Colectiva; ii) focalizar os apoios nas actividades transaccionáveis e nas empresas exportadoras; iii) a promoção da internacionalização das PME.

No âmbito dos serviços de informação disponibilizados pela Agência, sublinhe-se os milhares de respostas a pedidos de Informação sobre potenciais importadores e o apoio prestado pela rede externa na abordagem e/ou consolidação nos mercados.

Apresentamos de seguida um quadro resumo, com os principais indicadores referentes à actividade desenvolvida em 2010 e no anterior, permitindo-nos assim uma análise comparativa a 2 anos.

Área Indicador 2009 2010 ∆ (%)

Rede

Externa

Apoio a empresas portuguesas 3.419 3.216 -5,9

Oportunidades de negócio 4.206 4.762 13,2

Contactos com importadores 4.077 5.133 25,9

Apoio a Associações 181 254 40,3

Nº de Empresas com Gestor de Cliente 6.052 6.969 15,2

Comercial Reuniões/ Visitas a Empresas em Portugal 1.893 2.344 23,8

Nº de Listas de Clientes Estrangeiros entregues às Empresas

2.082 2.777 33,4

Informação Oportunidades comerciais divulgadas 5.516 5.668 2,8

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Promoção

Número de acções de promoção (Feiras Internacionais, Missões ao estrangeiro e auto-sustentáveis)

4 17 325,0

Número de participações em acções de promoção 182 324 78,0

Número mercados abrangidos 4 9 125,0

Institucionais Nº de acções institucionais em Portugal 25 27 8,0

Nº de Missões institucionais ao estrangeiro 4 11 175,0

Capacitação

Número de acções 59 53 -10,2

Número de participações 2.043 2.272 11,2

Número mercados abrangidos 28 23 -17,9

Inov Contacto Número estagiários aceites 552 551 -0,2

Número estágios integrados 395 552 39,7

Incentivos à Internacionalização

Número projectos individuais 283 303 7,1

Número projectos conjuntos 60 37 -38,3

Investimento promocional contratado (Milhões Euros)

218 173 -20,7

Incentivo concedido (Milhões Euros) 82 67 -17,3

Vertente de investimento

Apesar das questões de enquadramento macro-económico, as condições de atractividade a nível micro continuam a ser favoráveis e a justificar o arranque de um número significativo de processos de avaliação de Portugal como possível destino de investimento. A disponibilidade de recursos humanos qualificados, a competitividade global em custos, a disponibilidade e qualidade das infra-estruturas e o nosso posicionamento geo-estratégico continuam a atrair a atenção de potenciais investidores estrangeiros.

Em 2010, no âmbito da actividade de Angariação, é de assinalar o aumento das respostas a pedidos de informação para efeitos de competição de Portugal como destino possível da expansão de multinacionais, bem como a preparação e acompanhamento de visitas de potenciais investidores ao nosso País. A situação de incerteza quanto à evolução da zona Euro, associada à percepção global sobre a situação em Portugal, teve como consequência uma morosidade acrescida nos processos de decisão por parte dos investidores. Para alguns destes projectos ainda se mantém uma perspectiva de concretização em 2011.

Em 2010 aprofundou-se a colaboração com os gabinetes de apoio ao investimento dos municípios e as entidades gestoras de parques empresariais, de que resultou uma melhoria

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no tempo e na qualidade de resposta a pedidos de informação, bem como numa melhoria da capacidade de receber as missões de recolha de informação de potenciais investidores.

Procedemos também ao levantamento das empresas nacionais e estrangeiras relevantes no sector dos Centros de Serviços Partilhados em Portugal, com vista ao acompanhamento dos respectivos projectos de investimento e análise dos desafios ao seu desenvolvimento e expansão no nosso país, bem como aos principais constrangimentos que identificam. As conclusões irão certamente apoiar acções de angariação de novos projectos, bem como sugerir medidas públicas de apoio específicas ao sector.

O número de novos contratos de investimento assinados, em 2010, foi superior ao do ano anterior e o volume de investimento contratado mais que duplicou.

Apresentamos de seguida um quadro resumo da actividade no âmbito do Investimento, onde se faz a comparação com a actividade do ano anterior:

Área Indicador 2009 2010 ∆ (%)

PIN

Nº de Projectos PIN em acompanhamento 53 50 -5,7

Nº de novos Projectos PIN reconhecidos 11 6 -45,5

Novos PIN - Investimento Total (Milhões de Euros)*

17.571*

506 -96,6

Rede Externa Reuniões com potenciais investidores 196 257 31,1

Comercial

Empresas em acompanhamento 1.395 1.420 1,8

Número de contratos investimento 73 79 8,2

Volume de investimento contratado 868 2.032 134,1

Postos de trabalho criados 2.907 3.970 36,6

Postos de trabalho mantidos 20.097 16.677 -17,0

Incentivos

Candidaturas recebidas 61 74 21,3

Candidaturas analisadas 82 72 -12,2

Incentivo concedido (Milhões de Euros) 273 307 12,5

Incentivo Pago (Milhões de Euros) 299 179 -40,1

* Inclui o PIN 183– PlanIT Valley o qual envolve um montante de 15.000 milhões de euros

A AICEP assegura a coordenação da CAA-PIN (Comissão de Avaliação e Acompanhamento dos Projectos de Potencial Interesse Nacional). Os 6 novos projectos reconhecidos como de interesse nacional em 2010 totalizam 506 milhões de euros e representam a criação de mais 1.424 empregos, pertencendo aos sectores da pasta de

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papel (dois projectos), turismo, produtos de origem animal, componentes para a indústria e produtos químicos. De salientar que este continua a ser um instrumento fundamental de acompanhamento do processo de licenciamento de novos projectos de investimento, como é o caso da nova fábrica da Nissan em Cacia e dos investimentos da Embraer em Évora.

Os 87 projectos PIN em acompanhamento e execução, representam um investimento de 35.072 milhões de euros, significam 77.514 novos postos de trabalho, distribuem-se pelas 5 Regiões do Continente (NUTs II) e Madeira, abrangem mais de 50 concelhos e incluem 22 sectores económicos, conforme se comprova pelo mapa seguinte.

10 Projectos

15.541M€

22 Projectos

3.261 M€

30 Projectos

9.680 M€ 9 Projectos

2.904 M€

1 Projecto

113 M€

120 PT

15 Projectos

3.573 M€

Do total dos PIN, 37 projectos já obtiveram todos os licenciamentos e autorizações administrativas necessárias ao seu arranque, correspondendo a um investimento de 7.846 milhões de euros, envolvendo a criação de 16.134 novos postos de trabalho directos.

No âmbito das actividades de promoção do investimento, é competência da AICEP também a criação de um contexto de eficiência e de competitividade através da resolução de custos de contexto que afectem o normal desenvolvimento da actividade empresarial. Neste sentido, acompanhámos, em 2010, 174 situações, das quais cerca de 32% forma resolvidas ou arquivadas ao longo do ano, as restantes continuam e acompanhamento (118).

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Evolução tratamento casos 2008-2010

131

164 174

59 53 5672

112 118

0

50

100

150

200

2008 2009 2010

Nº c

asos

Total situaçõesacompanhadas no ano

Situações resolvidas ouarquivadas no ano

Situações ainda emacompanhamento em 31de Dezembro

O gráfico seguinte ilustra a tipologia das situações que continuam pendentes no final de cada ano:

Tipologia CC casos registados no termo de cada ano

922

8 924

72

9

37

9 12

44

111

10

38

3

20

47

118

020406080

100120140

Ambiente

e Orde

namen

to do

...

Fiscalid

ade

Vistos

Licen

ciamen

tosOutr

os

Total a

compan

hado

s

Casos activos em 31 Dezembro

Nº c

asos

200820092010

Apoio a Clientes Institucionais e Associações

Em 2010, a AICEP realizou ou co-organizou 72 eventos institucionais em Portugal e no estrangeiro. A maioria destes eventos foram visitas oficiais aos mercados externos ou de entidades oficiais estrangeiras a Portugal.

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No que respeita à actividade da área das Multilaterais Financeiras, em 2010, deu-se continuidade aos trabalhos com o grupo de trabalho constituído ao abrigo do Acordo de Parceiros entre a AICEP e o GPEARI. No âmbito Mecanismo de Acompanhamento das Multilaterais Financeiras realizaram-se 8 acções e divulgaram-se 240 oportunidades às empresas.

No que se refere ao acompanhamento das Associações Empresariais Portuguesas, reforçou-se um acompanhamento de proximidade com base figura do gestor de cliente. No domínio financeiro o apoio materializou-se num conjunto de projectos aprovados ao abrigo do QREN e no apoio a cerca de 53 acções das Associações nos mercados.

Conhecimento

Promovemos, na área do Conhecimento, sob o lema da dinamização de inteligência competitiva, inúmeras iniciativas com vista à qualificação profissional das empresas e dos intervenientes no processo de internacionalização, à criação de condições para a partilha de conhecimento e criação de redes de contactos entre empresas. Neste contexto, destacamos algumas das acções desenvolvidas:

• Portugal Constrói 2010; • Diálogos de Internacionalização AICEP (debates com personalidades proeminentes

sobre temáticas da actualidade que concorrem directa ou indirectamente para a competitividade das empresas portuguesas nos mercados externos);

• Seminário “Reflexão sobre cenários possíveis, pós crise”; • Seminário “Valor Económico da Língua Portuguesa”; • Seminário “L’État, les Entreprises et L’Internationalisation”; • Seminário “Mercado do Carbono e da Energias Renováveis”; • 11 Acções do tipo Formando Conhecimento; • 5 Acções formativas dirigidas aos quadros da Agência, visando reforçar

competências específicas em áreas como “Marketing e Vendas”, “Diplomacia Económica”, “Inglês”, “Informática Excel e SharePoint”;

• Desenvolvimento e gestão do Campus INOV Contacto; • Desenvolvimento do Campus INOV Export; • Em colaboração com o ISCTE desenvolvemos o “Estudo sobre o grau de satisfação

dos clientes/utentes da AICEP”.

Actividades de Apoio e Suporte

A actividade de apoio e suporte centrou-se na produção e disponibilização de produtos e serviços de apoio ao negócio concebidos considerando sempre as necessidades efectivas dos clientes da Agência.

O quadro seguinte ilustra de forma quantitativa alguma da actividade desenvolvida:

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Produtos/ Serviços 2009 2010 Variação

2009/2010

Produtos Informação País (Portugal) 20 23 15,0%

Produtos Informação Sectorial (Portugal) 25 45 80,0%

Produtos Informação Estatística (Portugal) 134 175 30,6%

Prestação Serviços Informação Estatística (Portugal) 722 1.036 43,5%

Prestação Serviços Informação Empresarial (Portugal) 2.094 2.079 -0,7%

Informação sobre Mercados (abordados 98 mercados) 406 523 28,8%

Consultoria Regulamentar 769 1.057 34,5%

Oportunidades de Negócio (publicadas e divulgadas) 5.516 5.668 2,8%

Listas de Clientes Estrangeiros (pedidos) 3.903 3.761 -3,6%

Feiras Internacionais (publicadas e divulgadas) 2.847 1.636 -42,5%

Informação Sectorial de Mercado 249 294 18,1%

Revista digital PortugalGlobal (mensal) 11 11 0,0%

PortugalGlobal Assinantes 11.300 13.400 18,6%

Portugal News Assinantes 9.200 11.250 22,3%

No âmbito da Comunicação com os seus Stakeholders, a AICEP procurou responder de forma eficiente e pró-activa a todos os desafios que considerou importantes para apoio ao negócio dos mesmos. Neste contexto destacam-se algumas actividades desenvolvidas:

• Assessoria de Imprensa; • Revista digital PortugalGlobal – Edição mensal, dedicada aos temas actuais da

actividade económica e empresarial, do investimento nacional e estrangeiro, da internacionalização das empresas, das exportações portuguesas, do comércio e de mercados, bem como das actividades da AICEP em Portugal e no estrangeiro;

• PortugalNews; • NewsRoom (com envio de newsletter semanal) edição e divulgação semanal das

notícias editadas em língua estrangeira, com particular atenção à divulgação de marcas portuguesas e casos de sucesso de empresas portuguesa no estrangeiro;

• Comunicação Interna.

No que se refere aos canais web da AICEP, o ano de 2010, foi marcado por uma assinalável evolução qualitativa e quantitativa. O site www.portugalglobal.pt ganhou o estatuto de portal com a adição de outros sites da Agência como o www.inovcontacto.pt, o www.inovexport.pt e criação de vários micro sites. Do ponto de vista qualitativo esta

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reorganização traduz-se num aumento da atractividade do portal. Do ponto de vista quantitativo, no aumento do seu tráfego que atingiu quase um milhão de visitantes em 2010.

Foi também intensificado o esforço de Marketing dos produtos e serviços da Agência através do site, trazendo à sua página principal, de forma atractiva, alguns dos conteúdos inseridos nas suas páginas interiores.

O site portugalglobal.pt foi colocado on-line em Julho de 2009.

Em 2010 fizemos também um esforço considerável no reforço dos conteúdos do site. Especialmente, do site internacional e pela introdução de novas funcionalidades indutoras de produtividade na Agência, nomeadamente, a migração para o on-line das inscrições de empresas em acções realizadas pela AICEP e que atingiram as 1974 inscrições.

Nos canais web merece referência o reforço de conteúdos nas Redes Sociais onde a AICEP está presente como o Facebook, Youtube, Flickr e Twitter que têm vindo a assistir a um aumento sustentado de seguidores da actividade desenvolvida pela Agência. Merecem especial referência os caso da página da AICEP no Facebook que regista 6 mil fãs e o canal da Agência no Youtube que conta com 10948 visualizações de vídeos.

Relativamente ao Pagamento de Incentivos PME, para além dos pagamentos efectuados, é de realçar que durante 2010 deu-se início ao Processo dos Encerramentos. Neste sentido, foram aprovados em Comissão Executiva 62 Encerramentos, designadamente de 17 Projectos Conjuntos e de 45 Projectos Individuais.

Por outro lado, e no âmbito dos Projectos QREN contratados, de acordo com o definido no Manual de Procedimentos do QREN, é competência da AICEP enquanto Organismo intermédio, proceder a diferentes verificações físicas e processuais dos projectos das empresas e Associações. Neste contexto, foram realizadas 7 Visitas de Verificação a empresas e 12 a Associações. Os principais Indicadores resumem-se no quadro abaixo:

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Principais Indicadores

Pagamentos Acumulados 2010

Encerramentos Acumulados 2010

Número OP Valor (€) Número

S. I. Qualificação PME - Projectos Conjuntos 51 12.792.291,27 17

S. I. Qualificação PME - Projectos Individuais e de Coop. 252 12.005.420,52 45

TOTAL 303 24.797.711,79 62

Ainda em matéria de apoio e suporte, refira-se a actividade desenvolvida em torno dos Incentivos às Grandes Empresas (GE). Em 2010 foram analisadas 58 candidaturas ao QREN/SI Inovação de projectos em regime geral, de 9 candidaturas ao SI Inovação regime especial, de 2 ao SI Inovação regime de Interesse Estratégico e de 3 candidaturas ao SI I&DT em regime especial. Desta forma, foram analisadas 72 candidaturas, correspondendo a um investimento total 1.932,8 milhões de euros, e um total de incentivo 307,4 milhões de euros.

No respeita ao Pagamento de Incentivos GE, o quadro seguinte resume os pagamentos efectuados:

Principais Indicadores

2010

QREN

Número 22

Valor 164.146.773,59€

QCAIII (verbas reembolsos)

Número 7

Valor 14.412.948,75 €

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5. Descrição dos mecanismos de definição e medição dos objectivos

5.a Da Organização

Os objectivos de gestão da AICEP são regidos pelo estipulado no Contrato Programa estabelecido com o Estado Português, representado pelo Ministro de Estado e das Finanças e pelo Ministro da Economia e Inovação. Adiante se apresenta a execução dos respectivos indicadores à data de 31 Agosto de 2010:

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5.b Por Actividade/Projecto

Para além dos objectivos organizacionais, as unidades comerciais (GE, PME, Rede) têm objectivos claramente definidos por Actividade/Projecto. Todos os meses é assegurado um processo de controlo de gestão através do qual é acompanhada a execução global das actividades da AICEP e assinalados os eventuais desvios. Apresenta-se a seguir o reporte referente a Junho de 2011:

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Para além destes indicadores quantitativos é também monitorizada a satisfação dos clientes com os serviços da AICEP. Neste âmbito, sempre que um cliente participa numa acção de capacitação ou promoção é solicitado o preenchimento de um questionário no qual é requerida a avaliação de um conjunto de parâmetros.

5.c Resultados Atingidos

Como verificável pelos indicadores quantitativos, aumentou consideravelmente o apoio prestado às empresas Portuguesas, na vertente da informação, de capacitação, de promoção e, bem ainda, nos incentivos atribuídos. Para além deste incremento da actividade, a Agência aprofundou a sua interacção com as empresas, melhorando o seu posicionamento, aperfeiçoando os seus serviços e apostando em novas áreas, de que são exemplos o lançamento do programa “Internacionalizar para Crescer”, a criação das lojas de exportação, o aprofundamento da segmentação e orientação das carteiras, a focalização das acções de capacitação e as novas acções de promoção.

A Agência continua a apostar na diversificação de mercados. Reflexo desta aposta é a percentagem de acções relativas a mercados extra-comunitários, que em 2010 foi de cerca de 81%, enquanto em 2009 tinha sido de 68%. No que respeita especificamente às acções de promoção, para além do reforço exponencial do número de iniciativas, de salientar o novo formato alicerçado na vinda de importadores a Portugal, que permite o contacto presencial com os compradores.

De realçar, também, os resultados alcançados em termos de mobilização empresarial para as acções de capacitação. Com efeito, nas 53 acções realizadas contámos com a participação de 2.300 empresas. Todas estas acções obtiveram graus de satisfação acima dos 75%, sendo o produto melhor avaliado (95%) o “Como Vender em...”.

As Lojas de Exportação acompanham actualmente cerca de de 2.000 empresas, o que representa mais de 30% dos clientes PME da Agência. As Lojas permitiram também um processo de transferência de clientes entre Gestores de Cliente e as Lojas, passando os Gestores de Clientes de uma carteira média de 178 empresas para 120, o que tem permitido um aumento da eficácia do acompanhamento prestado às empresas.

Relativamente ao Programa Inov Contacto, note-se que 91% dos estagiários classificou o estágio no estrangeiro de forma Positiva, sendo que as entidades receptoras fizeram uma Avaliação Global dos Estágios Muito Positiva.

Refira-se também a estreita articulação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, de que são exemplos as sessões “Encontro com o Embaixador”, visando a aproximação dos diplomatas ao tecido empresarial Português, as missões diplomáticas, bem como, as interacções havidas na dinamização de oportunidades nos sectores Públicos dos mercados externos, em especial nos PALOP e Magreb.

Neste quadro e em termos de impacto do seu trabalho, a AICEP regista com apreço o bom comportamento das exportações portuguesas em 2010, mais expressiva na componente de bens (15,7%) do que nos serviços (7,7%).

Adicionalmente, torna-se também especialmente relevante auscultar as necessidades do tecido empresarial Português, e nesse sentido em 2010, o ISCTE desenvolveu, em colaboração com a AICEP, um “Estudo sobre o grau de satisfação dos clientes/utentes da AICEP”, o qual teve como objectivo, melhorar os serviços prestados aos clientes internos e

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externos da Agência e, gerar conhecimento sobre o modo como os clientes/utentes da AICEP avaliam os serviços prestados pela Agência. Apresentamos de seguida as principais conclusões:

• A competência dos profissionais, a confiança nos gestores e a imagem da Agência foram avaliadas favoravelmente;

• A AICEP continua a ser um parceiro privilegiado para futuras iniciativas; • Os indicadores globais de satisfação e de lealdade apresentam valores médios de

66/100, indicando contudo, um considerável potencial, para melhorar os referidos indicadores;

• Os clientes com índices de satisfação e lealdade mais elevados são, as grandes empresas, as quais são, igualmente, mais sensíveis ao funcionamento e desempenho globais da agência e à contribuição desta, para o seu próprio empreendedorismo;

• A avaliação aponta para que a AICEP deve melhorar o desempenho global e melhorar a comunicação sobre as suas actividades, junto dos seus clientes.

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6. Análise SWOT da Organização

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7. Coordenação de actividades com outras entidades

Nesta matéria, seria essencial assegurar que a vertente económica, cultural, diplomática, etc., fossem programadas em conjunto, de forma a assegurar a coerência global da intervenção em cada mercado. Esta coordenação incluiria:

• AICEP; • MNE (acções institucionais, cooperação e promoção da Língua); • Turismo de Portugal; • Associações empresariais; • Secretaria de Estado da Cultura (promoção cultural);

Esta coordenação de esforços contribuiria para:

• Assegurar a coerência da imagem externa do País; • Aumentar a eficácia da alocação de fundos a actividades de promoção; • Aumentar a visibilidade das iniciativas;

No mesmo sentido, seria importante assegurar uma maior coordenação dos instrumentos de apoio financeiro à internacionalização das empresas, em que se incluem, entre outros:

• Linhas concessionais de crédito; • Seguros de crédito à exportação; • Fundo de Apoio à Internacionalização; • Instrumentos de apoio da SOFID; • Outros fundos de capital de risco ao abrigo do SAFPRI; • Garantias Mútuas.