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AGACHAMENTO PROFUNDO NO FORTALECIMENTO DAS ESTRUTURAS DO JOELHO EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO

Gladston Afonso da Silva* Moisés Simão Santa Rosa de Sousa **

RESUMO O objetivo deste estudo foi analisar o uso do agachamento profundo para o fortalecimento de estruturas articulares e ligamentares que compõe o joelho. Para tanto, realizou-se uma revisão da literatura com uma abordagem qualitativa e exploratória através de um levantamento e seleção de produções através da busca por palavras chaves: agachamento profundo, fortalecimento de joelho e joelho em acervos referente ao tema nos principias artigos, livros e revistas especializadas. Na análise desse conteúdo constatou-se que entre a produção cientifica existem fortes controvérsias na teoria apresentada pelos autores a cerca da aplicação do agachamento profundo, não havendo subsídios científicos suficientes que contra indique a utilização deste exercício no fortalecimento do joelho. Concluímos entretanto, que para esta finalidade, se for considerada experiência anterior com o treinamento e da saúde musculoesquelética do individuo, a utilização do agachamento profundo pode ser extremamente benéfica para a estrutura do joelho. Palavras-chave: Agachamento profundo; Fortalecimento do joelho; joelho.

INTRODUÇÃO

A busca por um estilo de vida mais saudável, longe das mazelas oriundas do

sedentarismo, nos mostra um novo conceito em nossa sociedade, a prática da

atividade física. Devido ao avanço das pesquisas e uma maior informação, os

benefícios que a atividade física trás atinge um número elevado de pessoas por todo

o mundo, levando-as a procurar instituições onde esta prática seja possível.

O treinamento resistido é uma modalidade de atividade física que está se

tornando muito praticado e conhecido por pessoas de diferentes faixas etárias

devido aos benefícios que esse tipo de exercício físico pode proporcionar

(BRANDON et al., 2004; DE VITO et al., 2003). O Colégio Americano de Medicina do

Esporte (2000) indica que a manutenção e o aprimoramento da força muscular

podem trazer benefícios fisiológicos durante toda a vida do praticante. O treinamento

resistido tem sido recomendado visto que pode ser utilizado tanto na reabilitação

como na prevenção de lesões, além de auxiliar no tratamento de algumas doenças

* Graduando do Curso de Licenciatura em Educação Física - UEPA

* * Docente do Curso de Educação Física na UEPA; Mestre em Motricidade Humana

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como artrite, pressão alta, doenças cardiovasculares, osteoporoses e obesidade

(KAMEL, 2004). Fleck e Figueira (2003) salientam a importância da musculação com

fins de oferecer benefícios à aptidão física e à saúde.

Percebemos assim, que são conhecidos os benefícios decorrentes da pratica

do treinamento resistido desde que sua prescrição respeite a individualidade de

cada pessoa, ou seja, respeitar o nível de treinamento, estrutura corporal.

Segundo Frontera et al ( 1998) o treinamento resistido é uma atividade voltada

para o desenvolvimento e melhora das funções musculares, articulares e

ligamentares através da aplicação de sobrecargas.

Dentro do treinamento resistido e em especial no fortalecimento das estruturas

que compõe o joelho em indivíduos saudáveis, não podemos deixar de enfatizar a

utilização do “agachamento” devido sua importância e funcionalidade, por este ser

um movimento comum nas atividades diárias (sentar/levantar). Mesmo assim, ainda

é comum no meio profissional aqueles que sejam contra a aplicação deste exercício.

Nesta pesquisa iremos utilizar uma variação do agachamento, na qual

chamaremos de “agachamento profundo” devido a grande divergência encontrada

sobre a utilização deste tipo de exercício.

Não é de hoje que se discute o agachamento profundo, os primeiros estudos

apontaram para uma inviabilidade em sua aplicação, pois este supostamente

afetaria de forma perigosa as estruturas do joelho devido à sobrecarga utilizada

(RASCH, 1989). Durante muito tempo, profissionais das diversas áreas (médicos,

fisioterapeutas e educadores físicos) recomendavam a execução deste exercício a

uma variação angular que não fosse maior que 90º, por considerarem que o ato de

agachar em amplitudes maiores seria extremamente prejudicial às estruturas de

joelho, por aumentar consideravelmente a tensão exercida sobre a patela como

consequência aumentando o risco de aparecimento de lesões (MAIOR, 2008).

Entretanto, há quem defenda fielmente a idéia de que ele possa ser tranquilamente

aplicado desde que respeitando a especificidade de cada um e ainda sugerem que

este exercício seria mais seguro do que a caminhada, considerando a tensão

produzida no joelho (ESCAMILLA, 2001). Foi também verificado em outros estudos

que a aplicação agachamentos profundos e paralelos não afetaria a estabilidade do

joelho devido a ação dos músculos posteriores da coxa (MEYERS, 1971;

CHANDLER, 1989).

A atual pesquisa teve como problema central entender “Quais as implicações

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do uso do agachamento profundo sobre as estruturas componentes do joelho?”.

A escolha desse tema se deu a partir da vivência nas salas de musculação e a

partir da percepção da grande controvérsia dos profissionais de educação física a

cerca da aplicação do agachamento profundo no fortalecimento das estruturas do

joelho.

Parte dessa discussão resume-se em destacar a importância de um maior

entendimento sobre o que tem sido discutido no meio cientifico, seus prós e contras

em relação ao fortalecimento do joelho com o uso do “agachamento profundo”, Com

isso torna-se necessário que o profissional de educação física tenha acesso a estas

informações, para que o mesmo posso afirmar com comprovações cientificas sobre

a aplicação ou não deste exercício, e não apenas se basear em velhas afirmações

do tipo: “Alguém me disse” ou “Ouviu dizer”.

1. MARCO TEÓRICO

1.1 ESTUDO ANATÔMICO DO JOELHO

O joelho é considerado uma importante articulação do ser humano,

aparentemente simples mais muito complexa devido às estruturas que a compõe e

sua funcionalidade. Sem essa articulação teríamos grandes dificuldades em se

locomover, devido ser esta estrutura a grande responsável por realizar a marcha

(CARPENTER, 2005).

Está articulação considerando sua mecânica é considera fraca, devido à forma

como se organizam suas faces articulares, sendo está dependente dos ligamentos

que unem o fêmur a tíbia (MOORE; AGUR, 1996).

Muitos autores consideram em seus conceitos o joelho como a maior

articulação sinovial1 do corpo humano é também considerada uma dobradiça.

Conclui-se ainda que para ser sinovial uma articulação deva apresentar sete

estruturas básicas: liquido sinovial, cartilagem articular, capsula articular, membrana

sinovial fina, ligamentos capsulares, vasos sanguíneos e nervos sensitivos.

(NEUMANN, 2006).

Basicamente o joelho é dividido em duas articulações: uma entre o fêmur e a

1 Entende-se por sinovial qualquer estrutura que são formados por ligamentos e cápsulas que

juntas formam um compartimento fechado, no qual é encontrado o liquido sinovial (TORTORA, 2007; MIRANDA, 2008).

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patela chamada de Patelofemural e outra entre o fêmur e tíbia chamada de

tibiofemural (CARPENTER, 2005). Estas articulações envolvem três ossos: O

Fêmur, patela e a tíbia. O fêmur é o maior e mais pesado osso do corpo humano, se

insere na articulação do joelho em sua parte distal, onde estão localizados os

grandes côndilos lateral e medial de onde se projetam os epicôndilos lateral e medial

servindo assim como locais de fixação aos ligamentos colaterais, formando um

corredor por onde se entrelaçam os ligamentos cruzados. Esses côndilos se fundem

e forma a fossa intercondilar essa por sua vez se articula com a face posterior da

patela, formando assim a articulação “Patelofemural” (NEUMANN, 2006).

A patela tem como função aumentar cerca de 50% da vantagem mecânica dos

músculos do quadríceps, no sentido de produzir a extensão do joelho, ela amplia a

área de contato entre o tendão patelar e o fêmur, dessa forma passa a reduzir o

estresse de contato. (THOMEÉ, 1999).

Da mesma forma que o fêmur, a tíbia também é um osso longo, e em sua

epífise proximal estão os côndilos. Oliveira et al. (2007, p. 56) assim descreve sobre

esta estrutura:

Os côndilos repousam no platô tibial, uma superfície medial e lateral separada por uma saliência óssea denominada eminência intercondilar que serve como local de inserção para ligamentos centraliza a articulação e estabiliza os ossos durante a sustentação do peso corporal.

Esta estrutura durante os últimos graus de extensão é responsável por produzir

o “travamento” do joelho. A articulação tibiofemural é formada entre o côndilo medial

e lateral da tíbia e do fêmur (NORKING; LEVANGIE, 2001).

Os principais movimentos presentes nesta articulação são os de flexão e

extensão, são considerados movimentos livres. A flexão do joelho é interrompida

quando a panturrilha faz contato com a coxa e na extensão do joelho é travada

devido à rotação medial do fêmur sobre a tíbia (CARPENTER, 2005; MOORE;

AGUR, 1996).

A cápsula articular é definida como uma bainha fibrosa que contorna a

extremidade inferior do fêmur e a extremidade superior da tíbia, fazendo com que as

mesmas mantenham contato, formando “paredes” (KAPANDJI, 2000). Está cápsula

é reforçada por cinco ligamentos – ligamento patelar, ligamento colateral fibular,

ligamento colateral tibial, ligamento poplíteo obliquo e ligamento poplíteo arqueado

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(MOORE; AGUR, 1996).

Os ligamentos2 cruzados são responsáveis pela união da tíbia com o fêmur, é

responsabilidade destes ligamentos a maior parte da estabilidade articular do joelho.

Eles se estendem da fossa intercondilar do fêmur à tíbia, anterior e posterior à

eminência intercondilar, são chamados de cruzados por se entrecruzarem em

sentido obliquo, como um “X” (CARPENTER, 2005; MOORE, 1996). Estes

ligamentos possuem grande força, localizam-se entre os côndilos medial e lateral,

separados da cavidade articular pela membrana sinovial.

O ligamento cruzado anterior (LCA) impede que a tíbia deslize anteriormente

ao fêmur (gaveta anterior). Quando o joelho está em flexão este ligamento torna-se

“frouxo” e “tenso” quando está em completa extensão. É responsável por cerca de

85% da restrição do movimento anteriormente citado. Quando a articulação é

flexionada em ângulo reto, a tíbia não pode ser tracionada para frente porque é

contida por este ligamento. (MOORE; AGUR, 1996; NEUMANN, 2006).

O ligamento cruzado posterior (LCP) impede que a tíbia deslize para trás em

relação ao fêmur (gaveta posterior), sendo este responsável por 95% da restrição do

movimento, na posição flexionada sustenta o peso corporal, sendo assim

considerado principal estabilizador do fêmur. (CARPENTER, 2005).

Os meniscos têm papel fundamental na articulação do joelho, estes servem

como absorventes de choques e a distribuição do peso exercido sobre a articulação.

São classificados basicamente em medial e lateral, estes são tecidos cartilaginosos

que dão integridade estrutural ao joelho localizam-se entre as superfícies articulares

opostas e estão ligados entre si e a cápsula articular. São formados

predominantemente de colágeno tipo I. Os meniscos tem o formato circunfêrencial,

padrão este ideal para a absorção de cargas compressivas (KAEMPF, 2008).

1.2 O TREINAMENTO RESISTIDO E SUAS FUNÇÕES NO FORTALECIMENTO DAS ESTRUTURAS MUSCULOESQUELÉTICO

Os ossos, as articulações e os músculos que compõe o corpo humano são

conhecidos coletivamente como sistema musculoesquelético, é esse sistema o

2 Ligamentos são faixas de tecido que possuem bastante resistência, conectam as

extremidades ósseas. Possuem uma grande gama de receptores nervosos sensitivos que perceberem a velocidade, o movimento, a posição da articulação e eventuais estiramentos ou dores (KAEMPF, 2008).

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responsável por fornecer o suporte a todo o corpo, vale ressaltar que tais estruturas

se completam mesmo sendo independentes uma da outra.

A utilização do exercício com pesos é considerada essencial para o

desenvolvimento e na manutenção de um esqueleto sadio (SANTARÉM, 1998). As

cartilagens articulares, discos intervertebrais, ligamentos e tendões são estruturas

cujas integridades são importantes para a boa função musculoesquelética, que

através do exercício resistido consegue ser estimulada de maneira eficiente e

segura (GRAVES, 2001; POLLOCK, 1996).

Bompa (2000) indica que antes de se estimular a força em praticantes de

musculação deveria ser realizado por parte do profissional o desenvolvimento da

flexibilidade articular, a fim de promover o fortalecimento das estruturas que

posteriormente serão utilizadas. Colaborando com esta afirmação, Fleck e Kraemer

(1999) ressaltam que se deve estimular toda amplitude do movimento a fim de se

conseguir um maior ganho de força articular.

Os exercícios resistidos, quando desempenhados adequadamente são

extremamente seguros, com taxas muito baixas de lesão, se comparados com a

maioria dos outros esportes e atividades recreativas (REEVES et al., 1988 apud

SIMÃO, 2004, p. 28).

Em idosos que praticam exercício com pesos, os benefícios decorrentes já são

amplamente discutidos e comprovados pela literatura cientifica tais como a

diminuição da sarcopenia (perda da massa muscular), melhora das funções vitais

como andar e sentar (GRAVES, 2001; JACOB FILHO, 1998; HURLEY, 2000). Em

indivíduos que apresentam algum tipo de cardiopatia em geral, os benefícios do

exercício físico se baseiam no aumento da massa muscular. Com esse aumento a

musculatura tende a realizar a atividade com menos fibras musculares, diminuindo o

reflexo dos ergoceptores que aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca

(FEATHERSTONE, 1993). Com o aumento da massa muscular, aumenta-se também

a força diminuindo o estresse cardiorespiratorio.

Em estudos realizados Graves (2001) e Carpenter (1996), comprovaram que

as dores articulares de origem degenerativa ou inflamatória com a prática do

exercício resistido eram bastante beneficiadas, explica-se ainda que com o aumento

da força muscular as articulações tendem a se estabilizar, devido a maior quantidade

do tecido conjuntivo, aumentando consideravelmente a capacidade do músculo em

suportar e absorver as forças internas, diminuindo a tensão sobre as articulações.

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Por essas razões, comprovamos a eficiência do exercício resistido tanto para

indivíduos saudáveis, quanto para pessoas debilitadas, visto que pode ser

controlado em todas as suas variáveis como pesos, series, repetições (GRAVES,

2001).

1.3 O AGACHAMENTO

O agachamento é considerado um dos principais exercícios para a estimulação

dos membros inferiores (GUIMARÃES NETO, 1999; RODRIGUES; COSTA, 1999) é

comumente encontrado no treinamento de força. Sua importância se dá

principalmente por ser um exercício que envolve o estimulo de articulações

importantes da movimentação humana, destacando-se o quadril e os joelhos

(EBBEN et al., 2000).

A posição inicial deste exercício é em pé, com a barra apoiada nas costas (não

se deve colocar em cima da vértebra cervical), as mãos devem estar colocadas de

maneira confortável. A partir da posição inicial, realizar a flexão e posteriormente a

extensão de joelho e quadril (CAMPOS, 2002).

Em seu estudo Hirata (2006) fez uma análise da carga mecânica do joelho

durante o agachamento e chegou à conclusão que não passar o joelho da linha

imaginaria dos pés, diminuiria significativamente as forças de compreensão

patelofemural, que segundo Escamilla (2001) é um fator decisivo ao aparecimento

de uma lesão de joelho devido à magnitude das forças impostas a esta articulação.

Existem algumas variações de acordo com a posição dos pés e angulações,

mas neste estudo iremos focar preferencialmente na utilização do agachamento

profundo, ou seja, com ângulos maiores que 90º. O agachamento profundo realiza-

se quando a parte posterior da coxa toca as panturrilhas.

Em vários estudos é proposto que o agachamento seria mais seguro em um

ângulo de 90º (FLECK; FIGUEIRA JUNIOR, 2003; MARCHETTI et al., 2007; LIMA;

PINTO 2006; UCHIDA et al., 2003).

Durante muitos anos se discute a aplicabilidade deste exercício, com afirmação

que sua prática poderia pré-dispor o individuo a lesões articulares. Segundo

Chandler (1989) qualquer exercício executado sem o devido aprimoramento da

técnica é passível de lesão, ainda segundo o autor estudos realizados colaboraram

que agachamentos utilizados em até 90º de flexão ou em mais de 90º de flexão não

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afetaria negativamente a estabilidade do joelho.

2 MATERIAL E METÓDOS

A presente pesquisa vincula-se a abordagem qualitativa, de acordo Gil (1999) é

considerado de caráter qualitativo, pois este estudo tenta aprofundar-se na

compreensão dos fenômenos que se quer estudar – ações dos indivíduos, grupos

ou organizações em seu ambiente e contexto social – Analisando-os sem a

preocupação com números, estatísticas. Esse tipo de método além de permitir

desvendar processos sociais ainda pouco conhecidos referentes a grupos

particulares propicia a construção de novas abordagens, revisão e criação de novos

conceitos e categorias durante a investigação (MINAYO, 2008).

Quanto ao tipo de estudo podemos considerar este de caráter exploratório, pois

no seu decorrer busca um maior entendimento sobre o problema de pesquisa

apresentado (GIL, 1999). Este tipo de estudo tem como objetivo aprimorar ideias

constituídas e/ou a descoberta de novas idéias, no caso buscaremos entender de

que forma a utilização do agachamento profundo pode influenciar no fortalecimento

das estruturas componentes do joelho.

O Tipo de pesquisa que orientou este estudo foi a pesquisa bibliográfica, que

segundo Lakatos e Marconi (1987) trata-se do levantamento, seleção e

documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo

pesquisado em livros, enciclopédias, revistas, jornais, folhetos, boletins,

monografias, teses, dissertações e material cartográfico, fazendo com que o

pesquisador esteja a par do que é mais importante sobre o que se quer pesquisar.

Ainda de acordo com Gil (1999) a principal vantagem do levantamento bibliográfico

para este estudo reside no fato de permitir ao investigador um maior contato com o

que foi publicado, ou seja, possibilita a cobertura de uma gama de fenômenos muito

mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente.

Como auxílio na pesquisa foi realizado um levantamento do acervo referente

ao tema estudado realizado no mês de fevereiro a setembro de 2011, em artigos

livros e revistas especializadas e sua seleção foi feita através da busca por palavras

chaves: agachamento profundo, fortalecimento de joelho e joelho além de uma

leitura inicial de seus resumos.

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Foi realizada neste estudo uma análise de conteúdo, este tipo de análise é

utilizado no tratamento de dados que visa identificar o que vem sendo dito acerca de

determinado tema, Moraes (1999, p. 32) assim o descreve:

A análise de conteúdo constitui uma metodologia de pesquisa usada para descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos e textos. Essa análise, conduzindo a descrições sistemáticas, qualitativas ou quantitativas, ajuda a reinterpretar as mensagens e a atingir uma compreensão de seus significados num nível que vai além de uma leitura comum.

Minayo (1992, p. 68) nos atenta para uma análise de dados eficiente deve o

investigador ultrapassar obstáculos, dos quais vale destacar:

Quanto maior for o entendimento do pesquisador sobre o que se deseja pesquisar, maior também pode ser a crença de que os resultados seriam identificados facilmente à primeira vista, podendo levar o pesquisador a

descrever conclusões superficiais ou equivocadas.

Diante do que foi exposto, a escolha por este tipo de analise de dados solicitou

ao investigador um maior critério na leitura dos artigos selecionados, buscando

sempre a imparcialidade, para uma conclusão ética e segura.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Percebemos que há hoje uma grande controvérsia na produção cientifica

acerca da prescrição do agachamento profundo, principalmente quando se refere à

amplitude a que se deve agachar.

Constatamos também que a proibição para utilizar maiores gruas de flexão,

não é algo recente. Klein (1961 apud RASCH, 1984, p. 16) observou em sua

pesquisa que em levantadores olímpicos que costumeiramente utilizavam flexões

mais profundas de agachamento, a incidência de frouxidões nos ligamentos foi

aparente. O que levou o autor a concluir que quanto maiores os gruas de flexão de

joelho, maior seria o efeito lesivo nestas estruturas.

Outro grande debate que nos foi apresentado se dá sobre a pressão exercida

sobre a patela e o fêmur, a tíbia e o fêmur e subsequente aos ligamentos posterior e

anterior durante o agachamento com maiores graus de flexão (ANDERSON, 1998;

MAIOR; 2008; ESCAMILLA; 2001).

Por outro lado Carpenter (2005) afirma que nenhum estudo razoável e

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publicado em revista científica confirmou que, executar agachamentos com

amplitudes maiores a 90º de joelho, seja de fato prejudicial à articulação envolvida.

Ainda segundo o autor a “proibição” da utilização do agachamento profundo se deu

exclusivamente por interpretações tendenciosas de seus idealizadores.

Concordando com o conceito de que o “agachamento profundo” pode ser

usado com segurança, Oliveira e Gentil (2012) indicam que a execução com

amplitudes máximas de agachamento são muito importantes para a segurança e

eficiência do exercício, ainda segundo os autores quanto maior for à flexão dos

joelhos, maior também será o trabalho muscular, consequentemente menor seriam

as pressões exercidas nas estruturas articulares e ligamentares. Colaborando com

essas afirmações, temos também Sakane et al. (1997) e Li et al. (1999), que

concluíram através de seus respectivos estudos que as forças de compressão para

o ligamento cruzado anterior (LCA) tem seu pico em 15º e 30º de flexão, sendo que

o mesmo diminuía até 60º de flexão, tornando-se estável em flexão maiores. Nissell

e Ekholm (1986) por sua vez afirmaram que a tensão produzida neste ligamento não

chega nem a ¼ da capacidade do mesmo a resistir a tal (aproximadamente de

2000N), mesmo com cargas elevadas.

A tensão no ligamento cruzado posterior tende aumentar conforme se aumenta

o grau de flexão (ESCAMILLA et al., 2001). Para indivíduos jovens saudáveis e

ativos a tensão máxima seria de 4000N, ou seja, o estimulo produzido pelo

agachamento profundo não chegaria a 50% da capacidade deste ligamento em

suportar tensão (RACE; AMIS, 1994).

Em relação à tensão exercida no tendão patelar, Maior (2008, p.155) assim o

descreve:

Durante a realização do agachamento profundo, é observada maior inclinação do tronco à frente. Dessa maneira, ocorre o deslocamento da massa corporal horizontalmente para uma posição mais próxima da articulação do joelho, afastando-se, assim, da articulação coxofemoral.

Partindo desta posição a um maior recrutamento dos músculos do glúteo e

posterior da coxa, em contrapartida aumentando a tensão exercida nesse tendão

(MAIOR, 2008; ESCAMILLA et al., 2001). Buscando um maior entendimento sobre a

força e o torque exercido no tendão patelar durante o agachamento, Hirata e Duarte

(2007) investigaram indivíduos com pelo menos três anos de pratica de

agachamentos e sem histórico de lesões, o objetivo do estudo foi verificar a posição

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do joelho em relação à linha dos pés, com o joelho passando a linha dos pés foi

verificado um aumento considerável na articulação patelofemural, sugerindo um

possível aparecimento de lesões com a adoção de tal procedimento.

Com base nesse conceito, muitos autores acreditam estar ai a não utilização

do agachamento profundo, a tensão produzida tanto nos ligamentos quanto nas

articulações, em contradição com este achado, Escamilla (2001), conceitua que não

existem estudos esclarecedores que comprovem o quanto de tensão estas

estruturas podem suportar.

Muitos pesquisadores discutem o “agachamento profundo” como fator de

influência direta na estabilidade do joelho, supostamente sua utilização afetaria

negativamente as estruturas do joelho (RASCH, 1989). Contrapondo tal opinião

Chandler (1989) realizou um estudo de oito semanas com cem estudantes

universitários de ambos os sexos utilizando meio-agachamento e agachamentos

profundos, para medição da estabilidade foi utilizado um artrômetro durante nove

testes de estabilidade. Como conclusão do estudo o autor cita que não foram

encontrados indícios de instabilidade no joelho em nenhum dos dois grupos que

realizaram os agachamentos em comparação aos que não utilizavam nenhum dos

tipos de agachamento. Ainda verificaram-se os efeitos do agachamento em longo

prazo como parte integrante no treinamento de levantadores olímpicos, para isso

foram estudados vinte e sete atletas de levantamento e conclui que a utilização do

agachamento profundo não causavam efeitos negativos na estabilidade do joelho.

Um estudo mais recente, realizado por Stanica (2006) confirmou as

informações obtidas por Chandler em 1989, foram estudados 20 atletas da seleção

brasileira e do Rio de janeiro de levantamento de pesos, no qual frequentemente

utilizavam o agachamento profundo e concluiu não haver incidência de graves

lesões no tendão patelar.

CONCLUSÃO

Considerando as ideias desenvolvidas ao longo do texto podemos concluir que

não há evidencias suficientes para não viabilizar o uso do agachamento profundo no

fortalecimento das estruturas componentes de joelho em indivíduos saudáveis e que

sua prescrição depende de uma análise cuidadosa sobre a individualidade do

praticante.

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Percebemos que não há subsídios necessários na literatura cientifica nas

teorias construídas contra a utilização do agachamento profundo para sua

confirmação, existindo autores que demonstram haver um aumento da tensão

produzida na articulação patelofemural, tornando-se esta tensão como fator de risco

ao aparecimento de lesões; e outros que por sua vez levam em consideração que o

corpo é uma estrutura que se adapta as sobrecargas impostas, desde que

obedecidas as leis adaptativas, já que a sobrecarga é o aumento da função e é

necessária para gerar estímulos adaptativos nas diversas estruturas que compõe o

joelho.

Em relação aos maiores graus de flexão e o risco da aplicação do

agachamento profundo, verificou-se que muitos autores defendem a utilização dos

exercícios com a maior amplitude articular possível, neste caso o agachamento

profundo seria extremamente útil, pois em sua realização aumenta-se a amplitude

do movimento em detrimento ao aumento da sobrecarga, consequentemente

solicitando novas adaptações a estrutura do joelho.

Conclui-se ainda que o aumento do grau de flexão esteja amplamente dentro

dos limites aceitáveis do corpo humano, respeitando-se também na prescrição deste

exercício, itens importantes como nível de treinamento, saúde e aptidão física.

Seguindo esta lógica, identificamos como essencial a atuação do professor de

educação física neste processo, sendo necessário para isso que este profissional

use fundamentações científicas consistentes.

Em relação a sua funcionalidade, podemos considerar o agachamento

profundo fundamental para o fortalecimento das estruturas do joelho, pois este copia

quase que fielmente movimentos básicos do dia-a-dia de qualquer individuo (sentar/

levantar/ pegar algo ao chão). Partindo daí a conclusão deste trabalho, na qual

viabilizamos o uso do agachamento profundo, desde que seja prescrito e realizado

com inteligência, respeitando os limites do corpo.

Consideramos o presente estudo como inicial, servindo de base para

pesquisas mais complexas, por possuir um caráter bibliográfico não foi possível a

comprovação dos resultados in loco, abrindo assim possibilidades para pesquisas

experimentais futuras acerca da temática apresentada.

Tornam-se necessárias pesquisas que envolvam maiores períodos de

treinamento a cerca da execução do agachamento, pois assim o autor acredita que

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as evidencias que comprovam a utilização do agachamento profundo seriam muito

mais eficazes.

SQUAT DEEP IN STRENGTHENING OF THE KNEE JOINT IN PRACTITIONERS OF STRENGTH

ABSTRACT The aim of this study was to critically analyze the scientific production on the prescription of the squat for strengthening of structures that make up the knee. To this end, we carried out a review of the literature with a qualitative and exploratory approach through a survey and selection of products by searching for keywords: deep squat, knee and knee strengthening of the acquis concerning the issue at major banks and theses dissertations. In this content analysis found that there is strong controversy between the authors' idea about the application of deep squat, without sufficient scientific support to indicate against the use of this exercise to strengthen the knee. It is however that for this purpose, in addition to previous experience and training musculoskeletal health, their use may be beneficial if the observed biological limits.

Keywords: Squat deep. Strengthening the knee. Knee.

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