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CONSELHO EXECUTIVO Décima-oitava Sessão Ordinária 24 - 28 de Janeiro de 2010 Adis Abeba, Etiópia EX.CL/624 (XVIII) Original: Inglês RELATÓRIO DA TRIGÉSIMA SESSÃO DA CONFERÊNCIA MINISTERIAL AFRICANA SOBRE O MEIO AMBIENTE (AMCEN) BAMAKO, MALI DE 23 A 25 DE JUNHO DE 2010 AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA Addis Ababa, Ethiopia P. O. Box 3243 Telephone: 5517 700 Fax: 5517844 Website: www. Africa-union.org

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CONSELHO EXECUTIVO Décima-oitava Sessão Ordinária 24 - 28 de Janeiro de 2010

Adis Abeba, Etiópia

EX.CL/624 (XVIII) Original: Inglês

RELATÓRIO DA TRIGÉSIMA SESSÃO DA CONFERÊNCIA MINISTERIAL AFRICANA SOBRE O MEIO AMBIENTE

(AMCEN)

BAMAKO, MALI DE 23 A 25 DE JUNHO DE 2010

AFRICAN UNION

UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA

Addis Ababa, Ethiopia P. O. Box 3243 Telephone: 5517 700 Fax: 5517844 Website: www. Africa-union.org

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PRIMEIRA PARTE: INTRODUÇÃO 1. Antecedentes

O Segmento Ministerial da décima terceira sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente (AMCEN) foi realizada no Centro Internacional de Conferências de Bamako de 23 a 25 Junho de 2010. As reuniões dos peritos antecederam o segmento Ministerial. O tema da 13ª sessão da AMCEN foi "Reforçar as relações entre as alterações climáticas, biodiversidade e desertificação para o desenvolvimento sustentável".

2. Objectivo da 13ª sessão do AMCEN

A sessão teve como objectivo principal providenciar uma plataforma para os Ministros do Ambiente deliberarem sobre questões importantes para África que devem ser abordadas no contexto da desertificação, da continuidade das negociações sobre as Alterações Climáticas e Biodiversidade. Presenças

Argélia, Benin, Angola, Burkina Faso, Burundi, Camarões, República Centro Africana, Chade, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Djibuti, Egipto, Etiópia, Gâmbia, Gabão, Gana, Guiné Bissau, Guiné, Quénia, Lesoto, Jamahiriya Árabe Líbia, Madagáscar, Malawi, Mali, Mauritânia, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Ruanda, , Senegal, Sierra Leone, Somália, África do Sul, Sudão, Suazilândia, Togo, Tunísia, Uganda, República Unida da Tanzânia, Zimbabwe.

A 13ª sessão da AMCEN contou com a presença dos representantes das organizações regionais e sub-regionais africanas, das agências das Nações Unidas, secretariados de várias Convenções Ambientais e organizações intergovernamentais e não-governamentais 4. Cerimónia de Abertura

O Segmento Ministerial foi oficialmente aberto por S.E. Sr. Amadou Toumani Touré, Presidente do Mali, às 16:15, na Quarta-feira dia 23 de Junho de 2010.

Discursos de abertura foram igualmente proferidos pelos seguintes dignitários: Sra. Buyelwa Sonjica, Ministra do Meio Ambiente da República da África do Sul e Presidente da AMCEN, Sra. Rhoda Peace Tumusiime, Comissária da Comissão da União Africana para a Economia Rural e Agricultura, Sr.Achim Steiner, Director Executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP), Juan Rafael Elvira Quesada, Ministro do Meio Ambiente e Recursos Naturais do México, Sr. Jonathan Pershing, Representante Especial do Presidente dos Estados Unidos da

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América, Sr. Idriss Ndele Moussa, Presidente do Parlamento Pan-Africano, Sr. Jean-Louis Borloo, Ministro do Ambiente, Energia, Desenvolvimento Sustentável e Mares da França, e Sra. Connie Hedegaard, Comissária da União Europeia para a Acção Climática. 4.1 Discursos proferidos pelos representantes de organizações internacionais e

acordos ambientais multilaterais

Foram proferidos discursos pelos Representantes das seguintes organizações internacionais e acordos Ambientais Multilaterais:

Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) Conselho Ministerial Africano sobre a água Organização Mundial da Saúde Convenção sobre a Diversidade Biológica Organizações da Sociedade Civil

5. Questões Organizacionais Eleição de funcionários

Os seguintes países foram eleitos como membros da Mesa da AMCEN para o período 2010 2012:

Sub-região

País Cargo

África Central Chade Vice-presidente

África Oriental República Unidda da Tanzânia

Vice-preside

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nte

África do Norte Argélia Vice-presidente

África Austral Malawi Vice-presidente

África Ocidental Mali Presidente SEGUNDA PARTE: DELIBERAÇÕES E CONCLUSÕES 1. O segmento Ministerial deliberou sobre as seguintes questões

(a) Alterações climáticas-um regime internacional de alterações climáticas pós-2012

(b) Biodiversidade-regime internacional sobre o acesso e partiha de benefícios; (c) Desertificação

A. Alterações climáticas: Regime climático internacional para além de 2012

Nas suas declarações muitos representantes enfatizaram a importância de fazer

com que a adesão de todos os países desenvolvidos os levasse a um regime juridicamente vinculativo. A maioria dos representantes opinaram que as negociações de Cancún não levariam a um resultado juridicamente vinculativo. Contudo, argumentaram que África, deve de qualquer forma, pressionar por um quadro juridicamente vinculativo. As ameaças impostas pelas mudanças

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climáticas são reais e a sobrevivência da África e dos seus povos estavam em jogo. Havia, segundo eles, a necessidade de agir, e um quadro jurdicamente vinculativo seria o mais adequado naquele contexto. A maioria dos representantes disse que seria bom que África estudasse formas de conseguir um instrumento juridicamente vinculativo a longo prazo.

Vários representantes enfatizaram a importância de manter o sistema de duas

vias sob os dois grupos de trabalho da Convenção, tendo todos os intervenientes manifestado a opinião de que o Protocolo de Quioto não deve ser abandonado, embora alguns países desenvolvidos tentem livrar-se dele. Afirmaram igualmente que era essencial fazer pressão para um segundo período de compromisso para as partes do Anexo I sob o Protocolo. Os Representantes divergiram nos seus pontos de vista quando foi abordada a questão das emissões por alguns países em desenvolvimento, como o Brasil, a China e a África do Sul, não tendo sido alcançado nenhum consenso a esse respeito.

No respeita as metas de redução da temperatura, muitos representantes de

países menos desenvolvidos sugeriram que as emissões deveriam ser limitadas a um nível tal, que qualquer aumento de temperatura não deveria exceder 1,5° C. Os representantes acordaram no geral que, qualquer que seja a meta finalmente estabelecida, a temperatura equivalente experimentada em África seria muito maior do que noutras partes do mundo, dado que África é o continente mais vulnerável aos efeitos nocivos das alterações climáticas, uma realidade que já se pode constatar dos vários fenómenos climáticos negativos cujo impacto se tem sentido no continente. No que diz respeito ao financiamento ás actividades de mitigação e adaptação alguns representantes sugeriram que pelo menos 1,5 por cento do produto interno bruto dos países desenvolvidos devia ser canalizado para os países em desenvolvimento através do financiamento público.

Vários representantes salientaram a importância de haver uma comunicação com

os Chefes de Estado e de Governo no processo de negociação. Dado que existiam muitos organismos, organizações e actores envolvidos, era essencial garantir que os líderes de todos os países fossem informados sobre os desenvolvimentos de modo a que estes fossem capazes de reagir rápidamente e também darem a sua opinião relativamente ao processo. Um número de representantes reclamou a mistura de política e ciência, tendo chamado a atenção para o facto desta ser prejudicial para uma distribuição mais equitativa. Nesse contexto, os representantes

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enfatizaram a importância de se ter em conta o princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas.

Um número de representantes apelou que acções voluntárias apropriadas a nível

nacional e programas de acção de adpatação nacionais fossem levadas a cabo e preparados, respectivamente, com vista a melhorar as oportunidades do continente nos seus esforços em combater o flagelo das alterações climáticas.

B. Regime internacional sobre o acesso e partilha repartição de benefícios

Os representantes saudaram a posição comum africana relativamente às

negociações do regime internacional sobre o acesso e partilha de benefícios, conforme adoptado na conferência Ministerial Pan-africano sobre o acesso e partilha de benefícios, realizada em Windhoek, de 8 a 10 Março de 2010. Aceitaram a oferta amável do Governo do Gabão de acolher uma reunião dos Ministros africanos do Meio Ambiente, Finanças, e Economia, a fim de analisar mais profundamente os aspectos do regime internacional, com vista a chegar a um melhor entendimento das questões a serem debatidas durante a próxima, décima, reunião da Conferência das Partes à Convenção sobre a Diversidade Biológica e a sexagésima quinta sessão da Assembleia Geral.

C. Desertificação

Observando os crescentes desafios colocados pela degradação dos solos e a desertificação, os representantes acordaram em prestar maior atenção à degradação dos solos a nível nacional. Aceitaram a visão de que a ligação entre as alterações climáticas, a biodiversidade e a desertificação devem ser tidas em conta e também incluída como uma prioridade nas negociações ambientais multilaterais, tais como as que estão em curso na área das alterações climáticas.

2. Apresentações de Convidados Em consonância com o tema da 13ª sessão da AMCEN os convidados fizeram as

seguintes apresentações: Aspectos Jurídicos da Convenção Qudro das Nações Unidas sobre as Alterações

Climáticas; As sinergias entre as convenções do Rio, e

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Plataforma Inter-governamental Científica e Política sobre a Biodiversidade e os Serviços Ecossistémicos

3. Declarações e Decisões da 13ª sessão da AMCEN (vide anexos para mais detalhes)

Os Ministros adoptaram a Declaração de Bamako sobre o meio ambiente para o

desenvolvimento sustentável. Adoptaram igualmente nove decisões que podem ser vistas no anexo II do presente relatório. 4. Local da décima-quarta sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o

Meio Ambiente

O representante do grupo dos países da África Oriental informou os representantes que na sequência das consultas entre os Estados da África Oriental, o Governo da República Unida da Tanzânia se tinha oferecido para acolher a décima quarta sessão da AMCEN.

A Conferência confirmou por aclamação a escolha da República Unida da

Tanzânia como país anfitrião da décima quarta sessão da AMCEN. 5. Encerramento da Sessão

Após a habitual troca de saudações, o Presidente declarou o segmento ministerial e a décima terceira sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente encerrada, às 22:15 de sexta-feira, 25 de Junho de 2010.

Declarações e Decisões da 13ª Sessão da AMCEN (Vide Anexos para mais detalhe)

Declarações

Conferência Ministerial Africana sobre a Declaração de Bamako relativa ao Meio

Ambiente para o Desenvolvimento Sustentável

Decisões

1ª Decisão: Implementação do Plano de Acção para a Iniciativa Ambiental da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África

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2ªDecisão: Implementação mais profunda do trabalho da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente relativa às alterações climáticas em África

3ªDecisão: Constituição da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio

Ambiente

4ªDecisão: Situação do uso do fundo fiduciário geral da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente

5ªDecisão: Educação Ambiental e aprendizagem apoiada pela tecnologia

6ªDecision Monitorização Africana do Meio Ambiente para o Desenvolvimento

Sustentável

7ªDecisão: Processo da Perspectiva do Meio Ambiente em África e a Rede de informação sobre o Meio Ambiente em África

8ªDecisão: Posição Comum Africana sobre o regime internacional relativo ao

acesso e partilha de benefícios

9ªDecisão: Plataforma Inter-governamental Científica e Política sobre a Biodiversidade e os Serviços Ecossistémicos

Anexos Anexo 1: Agenda

Os Ministros adoptaram uma agenda com dez pontos

1. Abertura da décima terceira sessão.

2. Questões Organizacionais:

(a) Eleição dos funcionários;

(b) Adopção da agenda;

(c) Organização do trabalho.

3. Apreciação do relatório sobre a implementação das decisões da décima segunda sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente

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4. Apreciação do relatório da reunião do grupo de peritos.

5. Diálogo político ministerial sobre os aspectos da implementação da Convenção do Rio:

(a) Alterações climáticas: regime climático internacional para além de

2012; (b) Regime internacional sobre o acesso e repartição de benefícios;

(c) Desertificação.

6. Apreciação dos assuntos relacionados com a Conferência Ministerial

Africana sobre o processo de Meio Ambiente:

(a) Situação do fundo fiduciário geral da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente;

(b) Alterações ao projecto de Constituição da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente;

(c) Apreciação da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio

Ambiente como parte da Comissão Técnica da União Africana Especializada em Agricultura, Desenvolvimento Rural, Água e Meio Ambiente e assuntos afins.

7. Local da décima quarta sessão da Conferência Ministerial Africana

sobre o Meio Ambiente.

8. Adopção do relatório do segmento ministerial.

9. Outros assuntos.

10. Encerramento da Sessão.

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Anexo 2 Conferência Ministerial Africana sobre a Declaração de Bamako relativa ao Meio Ambiente para Desenvolvimento Sustentável

Nós, os Ministros Africanos Responsáveis pelo Meio Ambiente, Tendo reunido em Bamako de 23 a 25 de Junho de 2010 na décima terceira

sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente Reconhecendo e valorizando a contribuição da Conferência no que concerne a

orientação e liderança política na gestão ambiental de África desde a sua criação em 1987, no Cairo,

Notando com satisfação o apoio prestado pelo Programa das Nações Unidas para

o Ambiente, a Comissão Económica das Nações Unidas para a África, a Facilidade Global para o Meio Ambiente e outros parceiros dos programas ambientais em África,

Exprimindo a nossa gratidão pelo papel de todos os parceiros, incluindo a

Comissão da União Africana, a Comissão das Nações Unidas para África, o Programa das Nações unidas para o Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, o Departamento das Nações Unidas para os Assuntos Económicos e Sociais, em apoiar o processo preparatório regional Africano para a décima oitava sessão da Comissão das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, na qual os representantes analisaram o grupo temático sobre produtos químicos, gestão de resíduos, transporte, mineração e consumo e produção sustentáveis,

Conscientes de que a Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento

Sustentável, incidirá na sua vigésima sessão sobre, entre outros assuntos, o grupo temático de florestas, biodiversidade, biotecnologia, turismo e montanhas, para o qual África fornecerá contribuições colectivas e na qual deve participar de forma eficaz,

Conscientes também de que a Conferência das Nações Unidas sobre o

Desenvolvimento Sustentável será realizada no Rio de Janeiro, Brasil, em 2012, e que África necessita de iniciar um processo regional preparatório para o efeito, com vista a assegurar a prontidão e participação efectiva do continente, Reconhecendo a necessidade de aproveitar as oportunidades oferecidas por uma trajectória de crescimento e desenvolvimento que engloba o modelo da economia verde,

Observando os progressos realizados na implementação da 6ª decisão, sobre educação ambiental e a aprendizagem apoiada pela tecnologia, da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente na sua décima segunda sessão.

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Reconhecendo os resultados da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo dos países sub-saarianos, relacionados com a criação de uma Grande Muralha Verde para a Agência Pan-africana do Saara e do Sahel, realizada em N'Djamena, de 15 a 17 de Junho de 2010, com a objectivo de combater a desertificação e a pobreza, recuperar as terras degradadas e conservar a diversidade biológica,

Reconhecendo a cooperação com organizações não-governamentais e da

sociedade civil na implementação do programa de trabalho da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente,

Afirmando o papel importante que os jovens, o sector privado, outros grandes

grupos e a sociedade civil desempenham no desenvolvimento sustentável, e a necessidade da sua participação efectiva na condução da agenda de desenvolvimento sustentável de África,

Saudando a adopção no dia 01 de Abril de 2010 pela Conferência de

Plenipotenciários da Convenção alterada sobre a Protecção, Gestão e Desenvolvimento dos Ambientes Marinhos e Costeiros para o Oceano Índico ocidental e o Protocolo relativo à Protecção dos Ambientes Marinhos e Costeiros do Oceano Índico Ocidental contra a poluição proveniente de Fontes e Actividades Situadas em Terra,

Saudando igualmente o próximo sétimo Fórum Africano de Desenvolvimento, a

ser realizado em Outubro de 2010 em Adis Abeba, sob o tema geral " Levar a cabo Acções relativas às alteraçções climáticas para o desenvolvimento sustentável em África", organizado pela Comissão da União Africana, Comissão Económica das Nações Unidas para África, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Banco Africano de Desenvolvimento, em colaboração com todos os intervenientes e parceiros,

Saudando ainda o resultado da Conferência Ministerial Pan-Africana,que teve

lugar em Windhoek, de 08 a 10 de Março de 2010, com o objectivo de preparar uma posição comum Africana para ronda de negociações sobre o acesso e partilha de benefícios, realizada em Cali, Colômbia, em Março de 2010;

Manifestando o seu agradecimento pelo resultado da sessão especial sobre

alterações climáticas da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente, realizada em Nairóbi, de 25 a 29 de Maio de 2009, em que foi alcançado um acordo, na forma da Declaração de Nairobi,sobre o Processo Africano de combate às Alterações Climáticas, sobre o trabalho da Conferência relativo às alterações climáticas em África, como uma plataforma para debater o assunto e formar uma visão compartilhada e posição comum para combater os seus efeitos adversos e alcançar o desenvolvimento sustentável,

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Reafirmando a importância do processo da Perspectiva Ambiental de África como uma estrutura de apoio de tomada de decisões para a Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente, para os Governos e outras partes interessadas e, nesse contexto,enaltecendo os esforços envidados na preparação do terceiro relatório da Perspectiva Ambiental de África e saudando a participação da Organização Mundial de Saúde nesse processo,

Tomando nota da decisão colectiva simultaneamente adoptada pela Conferência

das Partes à Convenção de Basileia sobre o Controlo dos Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e sua Eliminação, a Convenção de Roterdão sobre o Procedimento de Consentimento Prévio Informado para o Comércio Internacional de Certas Substâncias Químicas e Agrotóxicos Perigosos e a Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, nas suas reuniões extraordinárias, realizadas em Bali, na Indonésia, de 22 a 24 de Fevereiro de 2010, Reconhecendo o forte compromisso dos países Africanos no que diz respeito à redução do risco de catástrofes e ao desenvolvimento da meteorologia, que foi renovado na primeira conferência dos Ministros Responsáveis pela meteorologia em África, realizada em Nairobi, de 12 a 16 Abril de 2010, na segunda Conferência Ministerial Africana sobre redução dos riscos de catástrofes, realizada em Nairobi de 14 a 16 Abril de 2010, e tendo em conta a estreita relação entre as alterações climáticas, catástrofes naturais e meteorologia,

Cientes da importância da boa gestão ambiental dos produtos químicos e resíduos na gestão ambiental para o desenvolvimento sustentável

Louvando o papel desempenhado pelos países Africanos no fortalecimento de

consultas e coordenação intra-Africanas, através da articulação de posições comuns Africanas nos processos de negociação multilateral sobre alterações climáticas, diversidade biológica e desenvolvimento sustentável, tais como a Declaração de Argel sobre Alterações Climáticas, conforme actualizada e adoptada em Nairobi, através da qual os países Africanos aprovaram uma posição comum para as negociações sobre alterações climáticas, além da posição comum Africana sobre o acesso e a partilha de benefícios,

Considerando a importância vital da redução de emissões da desflorestação e da

degradação florestal e a necessidade de aumentar a absorção de dióxido de carbono pelas florestas

Reafirmando que a adaptação é uma prioridade para a África e que há uma

necessidade urgente de apoio imediato para a implementação de medidas de adaptação pelo continente.

Conscientes da contribuição do processo de Perspectiva de Biodiversidade Global

para o futuro, em termos de gestão ambiental em África,

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Saudando a avaliação da implementação do Plano de Acção para a Iniciativa Ambiental da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África pela Agência de Planificação e Coordenação desse organismo, pela Comissão da União Africana e pela Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, da Comissão Económica das Nações Unidas para África, do Banco Africano de Desenvolvimento e outros parceiros, no contexto do mecanismo de coordenação regional das Nações Unidas, em apoio à União Africana e à Nova Parceria para o Desenvolvimento de África,

Observando que o Conselho de Administração do Programa das Nações Unidas

para o Ambiente em 2009 criou, através da sua decisão 25/4, um representante regional, consultivo de ministros ou representantes de alto nível para analisarem as opções para uma ampla reforma do sistema actual de governação ambiental internacional e apresentar os seus contributos à Assembléia Geral das NU,

Saudando o resultado da terceira reunião intergovernamental e de Múltiplos

parcerios ad hoc sobre uma Plataforma Intergovernamental Científica-Política sobre a Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos, realizada em Busan, Coreia do Sul, de 7 a 11 de Junho de 2010, na qual os Governos, conforme solicitado pelo Conselho de Direcção do Programa das Nações Unidas para o Ambiente através da sua decisão de SS.XI/4, concluiu que uma Plataforma Intergovernamental Científica-Política sobre a Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos, deve ser estabelecida para reforçar a interacção Científica-Política sobre a Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos, a conservação e uso sustentável da biodiversidade, bem-estar humano e desenvolvimento sustentável a longo prazo.

Tomando nota da próxima reunião de alto nível da Assembléia Geral das Nações

Unidas sobre a biodiversidade, a ser realizada em Setembro de 2010, a quinta reunião da Conferência das Partes à Convenção sobre Diversidade Biológica, na qualidade de reunião das Partes ao Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança a ser realizada em Nagoya, Japão, de 11 a 15 de Outubro de 2010 e, em particular, a décima reunião da Conferência das Partes à Convenção sobre Diversidade Biológica, a ser realizada imediatamente após a mencionada reunião, em que o representante irá apreciar , entre outros aspectos, o Plano Estratégico para a Convenção sobre Diversidade Biológica e as metas para 2011-2020 e a adopção de um regime internacional juridicamente vinculativo sobre o acesso.

Cientes dos efeitos graves das alterações climáticas causadas pela dessecação

do lago Chade, Conscientes da realização da retomada nona reunião do Grupo de Trabalho

Aberto Ad Hoc sobre o Acesso e Partilha de Benefícios, em Montreal, Canadá, de 10 a 16 de Julho de 2010, e da conferência intitulada "Reforço da biodiversidade em África: problema e património de todos", que teve lugar em Libreville, de 02 a 03 de Junho de 2010,

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Observando que através da sua resolução 62/195 de 17 de Dezembro de 2007, a Assembléia Geral das Nações Unidas decidiu declarar a década 2010-2020 como a Década das Nações Unidas para os Desertos e da Luta contra a Desertificação,

Observando ainda que, através da sua resolução 61/203 de 20 de Dezembro de

2006, a Assembléia Geral das NU declarou 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade, e que a décima terceira sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente é uma das actividades emblemáticas organizadas em África no âmbito do Ano Internacional da Biodiversidade.

Notando ainda que, através da sua resolução 61/193 de 20 de Dezembro de 2006, a Assembléia Geral das Nações Unidas decidiu declarar 2011 o Ano Internacional das Florestas,

Reconhecendo a importância das redes de pesquisa sobre o ecossistema

Africano como infra-estruturas ecológicas de longo prazo, de apoio à gestão ecológica dos ecossistemas, vida sustentável e alterações climáticas em África, Saudando a Declaração de Ouagadougou do sétimo Fórum Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada em Ouagadougou, 09 a 11 de Outubro de 2009 Manifestando satisfação pelos esforços e apoio de todos os parceiros, visando a promoção da gestão ambiental para o desenvolvimento sustentável em África,

Declaramos a nossa determinação em:

1. Comprometermo-nos a reforçar e a implementar as decisões da União Africana e da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente, de modo a garantir a coerência, a transparência, a continuidade e a eficácia da representação política e jurídica de África no processo de negociações, no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas e seu Protocolo de Quioto;

2. Comprometemo-nos igualmente a dar continuidade ao fortalecimento da posição comum de negociação para um regime internacional de alterações climáticas globais, por forma a possibilitar a implementação plena, efectiva e sustentada da Convenção-Quadro sobre as Alterações Climáticas, através da implementação do quadro geral dos programas Africanos sobre alterações climáticas, e fazer igualmente um apelo aos Governos Africanos para apoiarem activamente o processo;

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3. Instar os países a tomarem medidas para resolver os problemas que afligem os grupos vulneráveis, em especial os problemas atribuíveis às alterações climáticas;

4. Participar na reunião de Libreville para finalizar uma posição comum sobre a

biodiversidade, tendo em vista a décima reunião da Conferência das Partes à Convenção sobre Diversidade Biológica;

5. Instar os Estados Africanos a adoptarem e a implementarem uma

abordagem baseada no ecossistema com vista a tratar e a mitigar os impactos das alterações climáticas e instar todos os parceiros bilaterais e multilaterais a apoiarem a referida implementação;

6. Apelar ao Programa das Nações Unidas para o Ambiente e outros parceiros

multilaterais para apoiar a mobilização de recursos financeiros para o Fundo de Adaptação do Protocolo de Quioto e apoiar os países Africanos a terem acesso aos recursos, no âmbito dos vários fundos relacionados com o clima.;

7. Acelerar a implementação do Quadro de Acção de Hyogo 2005-2015 e do

programa de acção para a implementação da estratégia regional Africana para a redução do risco de catástrofes (2005-2015), com vista a aumentar a resiliência do continente relativamente aos impactos negativos das alterações climáticas;

8. Apelar aos países para elaborarem projectos inovadores, a fim de

intensificarem os seus esforços ambientais e beneficiarem do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e de outros mercados de carbono;

9. Apelar aos organismos das Nações Unidas, a Comissão da União Africana,

a Agência de Planificação e Coordenação da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África e outros parceiros a apoiarem o desenvolvimento de uma abordagem estratégica para reduzir a desflorestação e a degradação da terra em todas as áreas ecológicas, especialmente nas regiões semi-áridas e áridas de África;

10. Instar os países a preparar planos nacionais de adaptação para cobrir

necessidades imediatas, de curto, médio e longo prazos, tendo em conta a coordenação e a cooperação para acções de adaptação que tenham um um efeito transfronteiriço;

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11. Apelar às Nações Unidas e outros intervenientes bilaterais e multilaterais a responder às necessidades do país e da indústria relativamente ao que é conhecido como "Prontidão de apoio ao Financiamento da luta contra as questões climáticas", para permitir a implementação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e projectos de tecnologia limpa.

12. Apoiar a realização do sétimo Fórum Africano de Desenvolvimento, que

incidirá sobre as alterações climáticas, e instar todos os intervenientes e parceiros a participarem efectivamente na sua organização e subsequente implementação dos seus resultados;

13. Apoiar igualmente a criação de uma rede Africana de pesquisa sobre

ecossistemas que iria melhorar a capacidade dos cientistas e decisores na gestão sustentável dos ecossistemas e meios de subsistência em África;

14. Solicitar os países desenvolvidos e parceiros a aumentar o seu apoio

financeiro para a implementação dos processos relativos à redução das emissões por desflorestação e degradação florestal, incluindo a agricultura e gestão da terra (o que é conhecido como "REDD-plus"), em particular, a segunda fase do programa REDD plus;

15. Solicitar as organizações internacionais, os países desenvolvidos e todos os

parceiros a aumentar o seu apoio para a implementação de estratégias de adaptação e programas em África e prestar apoio total para a implementação dos programas de acção de adaptação nacionais preparados pelos países menos desenvolvidos em África;

16. Comprometemo-nos a desenvolver uma posição comum para a continuação

das negociações sobre os regimes de responsabilidade, indemnização, reparação ambiental nos termos da Convenção sobre Diversidade Biológica e do Protocolo de Cartagena e apelar a União Africana e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente para apoiar os negociadores africanos na negociação de um novo regime internacional sobre o acesso e partilha dos benefícios;

17. Comprometemo-nos a manter a posição comum Africana sobre o

prosseguimento das negociações relativo ao acesso e partilha dos benefícios, conforme aprovado na Conferência Ministerial Pan-africana sobre o tema que teve lugar em Windhoek de 08 a 10 de Março de 2010;

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18. Apelar aos Estados para apoiar, a nível nacional, sub-regional, regional e global o processo de estabelecer uma plataforma intergovernamental científica e política sobre a biodiversidade e os serviços Ecossistémicos, a serem apreciados pela Assembléia Geral das Nações Unidas na sua sexagésima quinta sessão;

19. Comprometemo-nos a implementar as actividades no âmbito da celebração

do Ano de 2010, como o Ano Internacional da Biodiversidade, e as actividades recomendadas no relatório sobre a Persperctiva Global da Biodiversidade;

20. Convidar a comunidade internacional a tomar as medidas necessárias para

evitar acidentes que possam resultar de riscos biotecnológicos e para assegurar a recuperação do meio ambiente nos casos em que ocorram acidentes ;

21. Convidar a Comissão da União Africana e a Agência de Planificação e

Coordenação da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África, com o contínuo apoio do Secretariado da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação nos Países Afectados por Graves Secas e/ou Desertificação, particularmente em África, o Mecanismo Global dessa Convenção, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Fundo para o Meio Ambiente Mundial e outros parceiros, a implementar o plano estratégico e quadro decenal para reforçar a aplicação da Convenção (2008-2018);

22. Convidar os países africanos de produzir e a implementar programas de

acção nacionais no contexto da celebração da Década das Nações Unidas para os Desertos e Luta contra a Desertificação (2010-2020);

23. Reforçar as acções comuns dos países africanos a fim de mobilizar os

recursos financeiros necessários para a implementação da Convenção sobre o Combate à Desertificação e a implementação dos planos de acção nacionais;

24. Instar os parceiros, a Comissão da União Africana e agências das Nações

Unidas a apoiar o desenvolvimento e implementação da Grande Muralha Verde para o Saara e o Sahel Africano, a agência Pan-africana e outras iniciativas sub-regionais com o apoio constante dos mecanismos globais no âmbito das Convenções do Rio;

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25. Fortalecer as consultas e coordenação entre os representantes Africanos no Conselho do Fundo Global para o Meio Ambiente Mundial para garantir que uma maior atenção seja dada ao aumento dos recursos financeiros disponibilizados para os esforços de combate à desertificação dos solos e degradação da floresta, em particular em África, no contexto do quinto aprovisionamento do Fundo Global Para o Meio Ambiente.

26. Instar os países a buscar meios e oportunidades para reforçar as sinergias

na implementação das convenções sobre alterações climáticas, desertificação e biodiversidade aos níveis nacional, sub-regional e global em apoio ao desenvolvimento sustentável para a África, nomeadamente através do desenvolvimento de programas de trabalho conjuntos;

27. Solicitar o desenvolvimento de um fórum regional de sinergias entre as

convenções do Rio, para apoiar o desenvolvimento de propostas de projectos regionais, através da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente

28. Solicitar os secretariados das convenções do Rio a explorar a possibilidade

de elaborar um programa de trabalho conjunto com vista à utilização de recursos de forma eficiente e apresentar o referido programa na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em 2012.

29. Empenhar-nos na implementação efectiva da Convenção das Nações

Unidas de Combate à Desertificação aos níveis nacional, sub-regional e regional;

30. Comprometemo-nos igualmente a reforçar a posição do Grupo Africano,

durante as negociações internacionais no âmbito da Convenção de Combate à Desertificação e para a promoção da gestão sustentável de terras no âmbito de outros processos internacionais pertinentes, tais como fóruns sobre alterações climáticas, biodiversidade e desenvolvimento sustentável

31. Solicitar os secretariados da Convenção de Combate à Desertificação e da

Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente para estabelecer uma parceria formal com um roteiro claro, com base em objectivos relevantes e metas a serem alcançadas e actividades a serem levadas a cabo, apoiar a integração da gestão sustentável de terras e desertificação, degradação dos solos e a seca nas políticas nacionais de desenvolvimento, estratégias e programas e reforçar as posições do Grupo Africano no que diz respeito à gestão sustentável de terras em processos relevantes.

32. Instar os países a apoiar e promover a gestão integrada das bacias

hidrográficas;

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33. Apoiar a implementação da Declaração de Libreville da Conferência Inter-ministerial sobre Saúde e Ambiente em África, realizada em Libreville, em Agosto de 2008, e participar na segunda conferência, a ser realizada em Luanda, 23-26 Novembro 2010

34. Solicitar o Programa da Nações Unidas para o Ambiente e a Organização

Mundial de Saúde, em colaboração com outros parceiros, para apoiar a implementação da Declaração de Libreville, nomeadamente através do desenvolvimento de alianças estratégicas entre os sectores da saúde e do meio ambiente e através de planos de acção conjuntos.

35. Solicitar a Comissão da União Africana, em conjunto com a Programa da

Nações Unidas para o Ambiente, a Comissão Económica das Nações Unidas para a África e outros parceiros, a apoiar a realização em 2011 da primeira reunião da Conferência das Partes à Convenção de Bamaco sobre a Proibição da Importação para a África e o Controlo dos Movimentos Transfronteiriços e Gestão de Resíduos Perigosos em África;

36. Instar os Estados que ainda não tenham feito a ratificarem rapidamente em

2010 a Convenção de Bamako e todos as outras convenções sobre produtos químicos e resíduos;

37. Apelar à Comissão da União Africana e Estados a desenvolverem um

mecanismo para uma posição comum nas negociações em curso, no âmbito do comité de negociação intergovernamental, com vista a prepararem um instrumento global juridicamente vinculativo sobre o mercúrio;

38. Apelar aos Estados, individualmente ou colectivamente a desenvolverem

estratégias ou mecanismos visando proibir ou controlar o comércio e a importação para a África de resíduos de equipamentos electrónicos, incluindo através do desenvolvimento de estratégias para a gestão sustentável dos resíduos de equipamento electrónico;

39. Apelar aos países para continuarem a apoiar a implementação de

declarações, acordos ambientais multilaterais sobre as substâncias perigosas e resíduos e todos os instrumentos relevantes, incluindo a Declaração de Bali sobre Gestão de Resíduos para a Saúde Humana e Meios de Subsistência,aprovada na nona sessão da Conferência das Partes à Convenção de Basileia, realizada em Bali, de 23 a 27 de Junho de 2008;

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40. Instar todas as partes interessadas e parceiros a apoiarem a implementação dos resultados da reunião de avaliação da implementação de África sobre produtos químicos, gestão de resíduos, mineração, transporte e consumo e produção sustentáveis, realizada em Adis Abeba em Outubro de 2009, e as acções prioritárias relacionadas com África nestes clusters (grupos) temáticos de questões identificadas na décima oitava sessão da Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável, e para garantir igualmente que as preocupações e prioridades de África sejam efectivamente articuladas durante a sessão de avaliação, no mesmo mês de Maio de 2011.

41. Fazer um apelo aos Estados para promoverem a implementação da decisão

adoptada pelas conferências das partes à Basileia, Roterdão e Estocolmo nas suas reuniões extraordinárias, realizadas em Bali, de 22 a 24 de Fevereiro de 2010, e convidar o Programa da Nações Unidas para o Ambiente, a FAO, a Organização Mundial de Saúde, o Banco Mundial, o Fundo Global para o Meio Ambiente e outras organizações internacionais a apoiarem os países Africanos na cooperação e coordenação programática a nível nacional, para a implementação desta decisão;

42. Solicitar o Director Executivo do Programa das Nações Unidas para o

Ambiente, o secretário Executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para a África e o Director-Geral da Organização Mundial de Saúde, em parceria com a Comissão da União Africana e outros, para apoiarem e participarem na preparação do relatório da Perspectiva Ambiental de África e na implementação das opções de políticas definidas no referido relatório;

43. Instar todos os países a participarem no desenvolvimento da Aprendizagem

Electrónica Pan-africana para a Rede do Ambiente, designando centros de Aprendizagem Electrónica nacionais para a educação ambiental e através do desenvolvimento de estratégias de Aprendizagem Electrónica para o sector do ambiente;

44. Solicitar o Programa das Nações Unidas para aumentar o seu apoio à

tecnologia e às intervenções de capacitação para apoiar o desenvolvimento da Rede e solicitar a todos os interessados a mobilizar recursos para o seu desenvolvimento futuro;

45. Desenvolver informação, educação e estratégias de comunicação

abrangentes salientando as convenções do Rio;

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46. Instar a Comissão da União Africana em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Ambiente e a Comissão Económica das Nações Unidas para a África e outros parceiros, a desenvolverem uma estratégia para o ambiente marinho e costeiro para a África, tendo em conta os impactos adversos das alterações climáticas e a necessidade de melhorar a vida das comunidades

47. Incentivar os países a desenvolver estratégias e planos de acção nacionais

e sub-regionais sobre alteraões climáticas e o ambiente marinho e costeiro

48. Instar os Estados e as organizações relevantes a agilizar o processo de ratificação, aceitação ou aprovação e implementação da Convenção alterada sobre a Protecção, Gestão e Desenvolvimento dos Ambientes Marinhos e Costeiros do Oceano Índico ocidental e do Protocolo para a Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro do Oceano Índico Ocidental, da Poluição proveniente de fontes e actividades com base na terra, adoptada pela Conferência de Plenipotenciários a 01 de Abril de 2010.

49. Instar o Programa da Nações Unidas para o Ambiente e parceiros a apoiar a

implementação do programa de acção estratégico para a protecção do ambiente costeiro e marinho do Oceano Índico Ocidental da Poluição proveniente de fontes e actividades com base na terra, que foi endossado na sexta reunião das Partes Contratantes à Convenção para a Protecção, Gestão e Desenvolvimento dos Ambientes Marinhos e Costeiros da Região Oriental de África , realizado a 31 de Março de 2010 em Nairobi.

50. Instar os países e organizações relevantes a desenvolver parcerias com os

potenciais beneficiários da Convenção para a Cooperação na Protecção e Desenvolvimento dos Ambientes Marinhos e Costeiros das Regiões Ocidental e Central de África, com vista à mobilização de recursos técnicos e financeiros para a implementação da Convenção

51. Instar os Estados que ainda não o tenham feito acelerar a sua adesão à

Convenção para a Cooperação na Protecção e Desenvolvimento dos Ambientes Marinhos e Costeiros das Regiões Ocidental e Central de África.

52. Apelar os Estados costeiros a apoiarem um projecto de gestão do

ecossistema que está a ser orientado pela Rede Africana de Mangais e a ser financiado pelo Fundo Global para o Ambiente;

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53. Instar os representantes nas reuniões conjuntas anuais da Conferência da União Africana dos Ministros da Economia e das Finanças e da Conferência dos Ministros Africanos de Planificação,Finanças e Desenvolvimento Económico da Comissão Económica das Nações Unidas para a África para que tomem medidas específicas na integração das questões ambientais na planificação do desenvolvimento;

54. Instar os parceiros de desenvolvimento de África para apoiar a Comissão da

União Africana, a Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente, a Agência de Planifiicação e Coordenação da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África e as comunidades económicas regionais na implementação dos seus planos de acção ambiental.

55. Instar todos os países, como um compromisso político dos Chefes de Estado

da União Africana, a ratificar ou a aderir e implementar a Convenção Africana Revista para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, além de outras convenções e acordos ambientais regionais e globais, incluindo a Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Selvagens, o mais rapidamente possível

56. Solicitar o Presidente da União Africana da Comissão a desenvolver uma

estratégia para promover a ratificação e a implementação da Convenção Africana Revista para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais;

57. Instar a Comissão Económica das Nações Unidas para a África, o Programa

da Nações Unidas para o Ambiente e outras agências das Nações Unidas, a Comissão da União Africana, o Banco Africano de Desenvolvimento, as Comunidades Económicas Regionais, as organizações da sociedade civil Africana, outras partes intervenientes e parceiros, a colaborar de forma eficaz no processo preparatório Africano para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, com vista a assegurar que as preocupações e as prioridades de África sejam tratadas com eficácia nos resultados da Conferência, incluindo através da prestação de apoio adequado e apropriado para a implementação da agenda do desenvolvimento sustentável de África

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58. Instar a Comissão Económica das Nações Unidas para a África, o Programa da Nações Unidas para o Ambiente, a Convenção sobre a Diversidade Biológica, a FAO, a Organização Mundial do Turismo, a Comissão da União Africana, o Banco Africano de Desenvolvimento, as Comunidades económicas regionais, as organizações da sociedade civil Africana, outros intervenientes e parceiros a trabalhar em conjunto para garantir um processo preparatório regional eficaz para a vigésima sessão da Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável, na qual os representantes irão analisar, entre outros aspectos, o Cluster (grupo) temático sobre as florestas, biodiversidade, turismo, biotecnologia e montanhas, com vista a fazer contribuições que reflictam adequadamente as preocupações e as prioridades de África;

59. Encorajar os países a reforçar as sinergias com outros acordos ambientais

globais e mutilateriais que dizem respeito à biodiversidade, tais como a Convenção sobre o Wetlands, de importância Internacional, especialmente o Habitat Waterfowl, a Convenção sobre as Espécies Migratórias, o Acordo sobre a Conservação de Aves Aquáticas Migratórias Africanas-Eurasiáticas e a Convenção de Basileia, na implementação do programa de trabalho da Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente

60. Convidar a Agência de Planificação e Coordenação da Nova Parceria para o

Desenvolvimento de África, em colaboração com o Secretariado da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente, a facilitar a implementação de programas no âmbito do plano de acção para a iniciativa do ambiente e apoiar mecanismos que melhorem a coordenação da implementação;

61. Apelar a Comissão da União Africana, a Comissão Económica das Nações

Unidas para a África e o Banco Africano de Desenvolvimento, no âmbito do Programa Clima para o Desenvolvimento em África, a trabalhar em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, a Convenção sobre a Diversidade Biológica, a Convenção de Combate à Desertificação, a Convenção-Quadro sobre Alterações Climáticas e outros parceiros para promover a implementação sinérgica das Convenções do Rio

62. Instar a sociedade civil Africana, o Parlamento Pan-Africano, as instituições

do governo, incluindo as agências de segurança, e outros intervenientes a apoiar medidas que visem a gestão e a protecção do ambiente;

63. Instar os países a continuarem a apoiar os processos que visem melhorar o

sistema de governação ambiental internacional;

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64. Convidar os secretariados dos acordos e programas ambientais multilaterais relevantes, incluindo a Convenção-Quadro sobre as Alterações Climáticas, a Convenção de Combate à Desertificação, a Convenção sobre a Diversidade Biológica e a Convenção de Estocolmo, em parceria com o Fundo Global para o Ambiente a estudar as interligações entre as alterações climáticas, degradação do solo, poluentes orgânicos persistentes e outras substâncias e resíduos perigosos para um melhor entendimento dos seus impactos combinados no bem-estar humano, biodiversidade e ecossistemas e recomendar medidas específicas destinadas a reduzir a vulnerabilidade dos grupos e das comunidades afectadas;

65. Continuar a apoiar a implementação da iniciativa TerrAfrica para a gestão

sustentável da terra na África subsaariana;

66. Concordar em realizar uma cimeira Africana sobre a economia verde, de modo a apoiar a mobilização de investimentos e um crescimento económico acelerado, juntamente com o desenvolvimento sustentável;

67. Apoiar a iniciativa de economia verde e trabalhar com o Programa das

Nações Unidas para o Ambiente e outros parceiros no processo de reconfiguração dos negócios e infra-estrutura de modo a oferecer melhor retorno sobre os investimentos de capital natural, humano e económico, reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa, aumentando o uso eficiente de recursos naturais, criando menos resíduos e reduzindo as disparidades sociais;

68. Instar todos os países a explorar plenamente as oportunidades para a

construção de economias verdes, através, entre outras coisas, do desenvolvimento de tecnologias limpas, energias renováveis, serviços de água, transportes ecológicos, gestão de resíduos, prédios ecológicos e agricultura e florestas sustentáveis;

69. Instar o Programa das Nações Unidas para o Ambiente, a Comissão

Económica para a África, o Banco Africano de Desenvolvimento e a Comissão da União Africana, a realizar um estudo sobre a economia verde, no contexto da redução da pobreza e desenvolvimento sustentável, no âmbito do processo preparatório para Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

70. Envolver de forma construtiva a juventude, a sociedade civil, o Parlamento

Pan-africano, Assembleia Nacionais e instituições governamentais e outros intervenientes para apoiar medidas que visem a gestão ambiental;

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71. Instar os Governos a tomarem as medidas necessárias para assegurar que o fundo fiduciário geral da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente seja aprovisionada entre sessões;

72. Mandatar o Presidente da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio

Ambiente a apresentar o relatório da décima terceira sessão da Conferência, incluindo as recomendações da Declaração de Bamako e seus outros anexos, ao Conselho Executivo da União Africana;

73. Prestar homenagem ao Presidente e povo de Mali pela recepção e

hospitalidade calorosa oferecida aos participantes, pelas excelentes instalações disponibilizadas e seu generoso apoio à Conferência Ministerial Africana sobre Ambiente na sua décima terceira sessão,o que contribuiu grandemente para o seu sucesso

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ANEXO III

Decisões adoptadas pela Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente, na sua décima terceira sessão

Decisão 13/1: Implementação do plano da acção para o iniciativa do ambiente da Nova Parceria para o Desenvovlvimento de África

Nós, os ministros Africanos responsáveis pelo meio ambiente,

Tendo reunido em Bamako de 23 a 25 de Junho de 2010, a décima terceira

sessão da Conferência Ministerial Africano sobre o Meio Ambiente,

Reconhecendo que a iniciativa ambiental da Nova Parceria para o Desenvolvimento da África abrange a primeira década do século XXI e tem vindo a ser implementada desde Julho de 2004,

Saudando a realização e os esforços envidados feitos pela Agência de Planificação e Coordenação da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África, a Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente, a União Africana e todos os parceiros,

Decidimos: (a) Solicitar a Comissão da União Africana

(i) a continuar a prestar apoio à implementação do Plano de Acção para a

Iniciativa Ambiental da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África;

(ii) Reforçar o Departamento de Agricultura, Economia Rural e do Meio Ambiente e prestar apoio às comunidades económicas regionais de forma a permitir que estes cumpram as suas responsabilidades no âmbito do plano de acção;

(b) Solicitar à Comissão da União Africana, o Programa das Nações Unidas

para o Ambiente e a Comissão Económica das Nações Unidas para África a prestar apoio técnico às comunidades económicas regionais na implementação de seus planos de acção sub-regional, no âmbito da iniciativa ambiental da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África, incluindo aquelas sobre as alterações climáticas;

(c) Solicitar à Agência de Planificação e Coordenação da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África, em estreita cooperação com todos os parceiros

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relevantes, a prestar apoio à coordenação, a avaliar a implementação do plano de acção e a assegurar a criação de uma plataforma para a implementação revigorada do plano de acção;

(d) Instar os parceiros de desenvolvimento a proporcionar os recursos

necessários para a implementação, em especial as comunidades económicas regionais, dos aspectos do plano de acção relativos às alterações climáticas, biodiversidade, desertificação e zonas húmidas (wetlands);

(e) Manter uma comunicação eficaz entre a Conferência Ministerial Africana

sobre o Meio Ambiente e os órgãos relevantes da União Africana, incluindo a Agência de Planificação e Coordenação da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África e as Comunidades Económicas Regionais;

(f) Promover a ratificação e a implementação da Convenção Africana Revista

sobre a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais e outras convenções regionais relevantes para a gestão eficaz dos recursos naturais;

Decisão 13/2: Aprofundar o trabalho da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente realtiva às alterações climáticas em África

Nós, os Ministros Africanos Responsáveis pelo Meio Ambiente Tendo reunido em Bamako de 23 a 25 de Junho de 2010, na décima terceira

sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente,

Evocando os resultados da sessão especial sobre as alteraçoes climáticas da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente, realizada em Nairóbi, em Maio de 2009, incluindo a adopção de uma posição de negociaçao comum nas negociações sobre alterações climáticas,visando fortalecer o regime internacional de alterações climáticas, além de um esboço conceitual de um quadro geral de programas africanos de alterações climáticas,

Evocando igualmente os resultados da segunda reunião extraordinária sobre a

alterações climática da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente, realizada em Copenhaga em Dezembro de 2009, incluindo a adopção dos resultados da segunda reunião do painel africano de peritos de alto nível sobre as alterações climáticas, realizada em Adis Abeba em Outubro de 2009, Reafirmando todas as decisões e declarações da União Africana, incluindo a Declaração de Argel sobre as Alterações Climáticas de 19 de Novembro de 2008 e da Declaração de Nairobi sobre o Processo Africano de Combate às Alterações Climáticas de 29 de Maio de 2009,

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Reforçando o papel desempenhado pela Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente, como uma comissão técnica especializada da União Africana que visa garantir a liderança na gestão e defesa ambiental em África,

Manifestando a preocupação relativamente às conclusões científicas contidas no quarto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climática, especialmente as que se referem aos impactos sociais, económicos e ambientais das alterações climáticas em África, e observando que, embora África tenha contribuído menos para a crescente concentração de gases com efeito estufa na atmosfera, é o continente mais vulnerável aos impactos das alterações climáticas e o que tem menor capacidade de adaptação,

Reafirmando que as prioridades de África são a de implementar programas e projectos no domínio das alterações climáticas para atingir as metas de desenvolvimento, incluindo os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, em particular para aliviar a pobreza, com ênfase na consecução da segurança alimentar, especialmente para os grupos mais vulneráveis,

Reafirmando também que a adaptação é prioridade para a África e que existe uma necessidade de apoio urgente para implementação imediata das medidas de adaptação de África,

Manifestando o nosso apreço pelos esforços dos peritos Africanos, incluindo o

presidente do Grupo Africano de negociadores, juntamente com o painel africano de peritos de alto nível sobre as alterações climáticas, em colaboração com Conferência Ministerial sobre Meio Ambiente, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, as Comunidades Económicas Regionais, a Comissão Económica das Nações Unidas para a África e outras instituições intergovernamentais relevantes no desenvolvimento de um quadro geral de programas africanos de alterações climáticas e no desenvolvimento de uma posição comum africana nas negociações sobre alterações climáticas, visando fortalecer o regime internacional de alterações climáticas,

Enfatizando a vulnerabilidade de África relativamente aos efeitos das alterações climáticas e observando a necessidade urgente de todos os países tomarem novas medidas, incluindo reduções mais rigorosas e obrigatórias de emissões por todos os países desenvolvidos, e sublinhando a importância de um bom resultado destas negociações e da necessidade essencial de África continuar a participar activamente e estratégicamente nas negociações, por forma a garantir que as suas necessidades, interesses e exigências sejam satisfeitas,

Decidimos:

(a) Reafirmar que a décima sexta sessão da Conferência das Partes à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, e a

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sexta sessão da Conferência das Partes, servindo como Reunião das Partes ao Protocolo de Quioto, a ser realizada em Cancún, México, em Novembro e Dezembro de 2010, deve ter um resultado de duas vias, em conformidade com o Plano de Acção de Bali, no que diz a respeito à acção de cooperação de longo prazo para reforçar a implementação da Convenção, e o artigo 3º, parágrafo 9, do Protocolo de Quioto sobre as novos compromissos de mitigação dos países do Anexo I, para um segundo período de compromisso de 2013 a 2017, ao abrigo do Protocolo de Quioto;

(b) Reafirmar igualmente que uma barreira de protecção deve ser mantida entre os compromissos de mitigação dos países desenvolvidos partes, que sejam juridicamente vinculativos por natureza, e acções voluntárias de mitigação apropriadas realizadas pelos países em desenvolvimento;

(c) Reafirmar ainda que o processo de medição e verificação deve ser aplicado

apenas aos compromissos de mitigação dos países desenvolvidos, às acções de mitigação apoiadas dos países em desenvolvimento e aos meios de apoio prestados pelos países desenvolvidos;

(d) Reiterar a posição de África de que os países desenvolvidos partes devem

conceder apoio financeiro com base em contribuições estatutárias que constituam pelo menos 1,5 por cento do produto interno bruto dos países desenvolvidos, por forma a combater de forma eficaz os efeitos adversos das alterações climáticas, salientando que as finanças públicas devem ser a principal fonte de financiamento, de modo a garantir a sustentabilidade, a previsibilidade e a adequação do financiamento, tendo em conta que o financiamento privado e de mercado podem desempenhar um papel complementar;

(e) Instar os países a elaborar planos nacionais de adaptação e estratégias para

cobrir necessidades imediatas, de curto, médio e longo prazos, tendo em conta as acções de coordenação e cooperação para a adaptação, que tenham um efeito transfronteiriço;

(f) Solicitar os países desenvolvidos e parceiros a prestar todo o apoio para a

implementação de estratégias de adaptação em África, em particular a implementação de programas de acção de adaptação nacionais, preparados pelos países menos desenvolvidos de África;

(g) Solicitar o estabelecimento de instituições eficazes e responsáveis, sob a

autoridade e orientação da Conferência das Partes à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas em relação à adaptação, financiamento e transferência de tecnologia, em conformidade com as propostas apresentadas pelo grupo de países Africanos, pelo Grupo dos 77 e pela China;

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(h) Salientar que o grau de implementação pelos países em desenvolvimento

partes, incluindo os países africanos, dos seus compromissos, ao abrigo da covenção, irá depender da implementação efectiva dos países desenvolvidos partes dos seus compromissos, ao abrigo da Convenção relativa aos recursos financeiros e transferência de tecnologia, tendo em conta o princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas e as respectivas capacidades, incluindo em relação ao artigo 4º, parágrafos 1, 5 e 7, da Convenção;

(i) Implementar as recomendações apresentadas no quadro geral de

programas africanos de alterações climáticas, para assegurar a coordenação e a coerência na implementação e avaliação das iniciativas em matéria de alterações climáticas e planos de desenvolvimento sustentável em África, aos níveis nacional, sub-regional e regional;

(j) Tomar nota da Declaração de Ouagadougou do sétimo Fórum Mundial sobre

Desenvolvimento Sustentável de Outubro de 2009 e fazer um apelo à comunidade internacional para explorar a possibilidade de criação de uma agência de seguros internacional do clima, no contexto do artigo 4º, parágrafo 8, da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas;

(k) Apelar aos parceiros de desenvolvimento de África para apoiar, com

assistência técnica e financeira, através da cooperação multilateral Norte-Sul e Sul-Sul, a implementação das decisões acordadas no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, no que diz respeito às alterações climáticas em África e solicitar as instituições financeiras multilaterais e outros doadores relevantes a apoiarem a implementação de um quadro geral de programas Africanos de alterações climática;

(l) Enfatizar que África necessita de um aumento proporcional de

financiamento, tecnologia e capacitação para adaptação e gestão de risco;

(m) Reafirmar o convite à Comissão da União Africana, à Agência de Coordenação da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente, a Comissão Económica das Nações Unidas para África, o Banco Africano de Desenvolvimento e outros parceiros para prosseguirem a sua cooperação, com vista a providenciarem apoio político, financeiro e técnico efectivo a todos os Estados-membros e às Comunidades Económicas Regionais na implementação de medidas que visam combater as alterações climáticas.

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(n) Continuar a acompanhar a implementação dos trabalhos da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente relativamente às alterações climáticas em África;

(o) Apelar aos Governos Africanos, organizações internacionais e Comunidades

Económicas Regionais para agilizar a implementação dos programas e iniciativas existentes sobre as alterações climáticas em África a todos os níveis, e fortalecer e mobilizar as capacidades das instituições relevantes existentes em África de enfrentar os desafios prementes das alterações climáticas na região;

(p) Instar as instituições financeiras multilaterais e outros parceiros de

desenvolvimento a ter em conta as necessidades especiais de África nos processos de tomada de decisão, no âmbito dos regimes internacionais de financiamento, incluindo os fundos de adaptação, os fundos do clima do Banco Mundial, os fundos do Banco Africano de Desenvolvimento e as iniciativas das Nações Unidas, bem como racionalizar os seus procedimentos com vista a melhorar o acesso ao financiamento.

(q) Reafirmar o nosso apoio no que refere a criação de um centro da política

climática na Comissão Económica das Nações Unidas para a África, destacando seu papel em apoiar a integração das alterações climáticas no processos de desenvolvimento e planificação económica em África, e apelar ao Programa das Nações Unidas para o Ambiente, a Organização Meteorológica Mundial e outras instituições relevantes a desempenharem um papel activo nesta iniciativa;

Decisão 13/3: Constituição da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente

Nós, os Ministros Africanos Responsáveis pelo Meio Ambiente Tendo reunido em Bamako de 23 a 25 Junho de 2010, na décima terceira sessão

da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente,

Cientes do mandato conferido à Conferência de Ministros na oitava sessão da Conferência, realizada em Abuja, de 03 a 06 de Abril de 2000, conforme consta no parágrafo 31° do relatório da sessão ministerial

Cientes também do mandato conferido à Conferência de Ministros na nona

sessão da Conferência, realizada em Kampala de 04 a 05 de Julho de 2002, conforme consta na decisão quatro da sessão,

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Conscientes da solicitação efectuada ao secretariado pelos Ministros na décima sessão da Conferência, realizada em Sirte, Líbia, de 29 a 30 de Junho de 2004, conforme consta na decisão 3 da sessão

Conscientes, igualmente do pedido apresentado ao secretariado pelos Ministros na décima primeira sessão da Conferência, realizada em Brazzaville, de 25 a 26 de Maio de 2006, conforme consta na decisão nº 3 da referida sessão,

Tomando conhecimento do pedido apresentado ao secretariado pelos Ministros, na décima segunda sessão da Conferência, realizada em Joanesburgo, África do Sul, de 10 a 12 Junho de 2008, conforme consta na decisão nº3 da referida sessão, Observando que a evolução de outras iniciativas relevantes no âmbito da União Africana referidas nas decisões acima mencionadas foi concluída através de novas consultas intergovernamentais no âmbito da União Africana,

Reconhecendo que a Conferência é uma comissão técnica especializada da União Africana,

Decidimos solicitar o Secretariado, em consulta com a Mesa, a continuar a revisão da Constituição da Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente, tendo em conta a evolução institucional da União Africana, e submeter o texto revisto à Conferência na sua décima quarta sessão. Decisão 13/4: Estatuto e uso do fundo fiduciário geral para a Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente

Nós, os Ministros Africano responsáveis pelo Meio Ambiente,

Tendo reunido em Bamako de 23 a 25 de Junho de 2010, na décima terceira sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente,

Evocando as decisões sobre os recursos financeiros adoptadas pela Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente na sua sessão extraordinária em Nairobi, a 16 de Outubro de 2001 e nas suas oitava, nona, décima, décima primeira e décima segunda sessões

Tomando conhecimento do facto de que as funções reforçadas do secretariado e a implementação dos programas da Conferência, em especial o seu trabalho sobre as alterações climáticas em África, vai exigir recursos humanos e financeiros adicionais,

Manifestando o seu agradecimento aos Governos que têm contribuído para financiar a fundo fiduciário geral da Conferência e ao Programa das Nações Unidas para o Ambiente e parceiros pelo seu apoio, Reconhecendo a necessidade da Conferência financiar as suas actividades essenciais,

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Reconhecendo igualmente a ineficiência do sistema de contribuição voluntária e a necessidade de estabelecer uma nova e eficiente modalidade de mobilização de recursos

Decidimos:

(a) Exortar os Governos a envidar todos os esforços para pagar as suas contribuições ao fundo fiduciário geral;

(b) Exortar igualmente os Governos a efectuar uma contribuição anual mínima obrigatória de dez mil dólares dos Estados Unidos para o fundo fiduciário geral para permitir que a conferência realize as suas actividades;

(c) Exortar os Governos que podem pagar mais do que a participação anual

mínima para o fundo fiduciário geral, a fazê-lo, para permitir que a Conferência aumente as suas actividades;

(d) Concordamos em investir 2 milhões de dólares dos Estados Unidos do

capital do fundo fiduciário geral como um investimento mínimo absoluto;

(e) Solicitar a Mesa a criar um grupo de trabalho para analisar métodos e modalidades novas e mais eficientes de mobilização de recursos;

(f) Solicitar ao Presidente da Conferência a enviar lembretes regulares aos

Estados membros para que estes efectuem as suas contribuições;

(g) Usar os juros gerados pelo fundo fiduciário geral e o restante do capital que não for investido para realizar actividades da Conferência, pagar as despesas das reuniões da Mesa e pagar as despesas das sessões ordinárias da Conferência e solicitar ao secretariado a submeter as propostas para o referido uso, para aprovação pela Mesa antes da sua implementação;

(h) Concordar que o fundo fiduciário geral deve continuar a ser gerido pelo

Programa das Nações Unidas para o Ambiente, desde que o secretariado da Conferência permaneça com a referida organização;

(i) Solicitar ao Secretariado que continue a informar sobre a situação e utilização do fundo fiduciário geral nas sessões da Conferência;

(j) Manifestar o nosso apreço ao Progama das Nações Unidas para o Ambiente e instar o seu Director Executivo a continuar a prestar apoio à Conferência.

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Decisão 13/5: Educação Ambiental e aprendizagem apoiada pela tecnologia

Nós, os Ministros Africanos Responsáveis pleo Meio ambiente,

Tendo reunido em Bamako de 23 a 25 Junho de 2010, na décima terceira sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente,

Cientes do compromisso assumido pela Nova Parceria para o Desenvolvimento de África, visando o reforço dos recursos humanos em África, através da disponibilização de mais e melhor educação e formação, especialmente em tecnologias de informação e comunicação e outras habilidades fundamentais para um mundo globalizado,

Cientes da solicitação relativa à educação ambiental e à aprendizagem apoiada pela tecnologia, efectuada pelos Ministros na décima segunda sessão da Conferência, realizada em Joanesburgo, África do Sul, de 10 a 12 de Junho de 2008, conforme consta na decisão nº6 da referida sessão,

Saudando o relatório do Secretariado sobre a implementação da decisão n°6 e o resumo efectuado pelo presidente da segunda reunião do Comité Directivo Aberto da Aprendizem Electrónica Pan-africana para a Rede do Ambiente, realizada em Lusaka, a 26 de maio de 2010,

Notando com satisfação os progressos realizados na implementação da decisão n° 6,

Decidimos: (a) Solicitar os países Africanos a participar activamente na Aprendizagem

Electrónica Pan-africana para a Rede do Ambiente e também encorajar a colaboração entre os sectores do ambiente e da educação através da criação de um comité nacional para programas de aprendizagem electrónica para o meio ambiente que inclua todos os intervenientes;

(b) Solicitar igualmente os países africanos a auxiliar na mobilização de recursos para o futuro desenvolvimento da Aprendizagem Electrónica Pan-Áfricana para a Rede do Ambiente;

(c) Solicitar os centros sub-regionais da rede a realizar as actividades acordadas, tais como o desenvolvimento de sub-componentes da rede, de acordo com os termos de referência acordados para os centros, auxiliando os centros nacionais no desenvolvimento de estratégias e planos de acção da Aprendizagem Electrónica e incentivar parcerias com as redes existentes na região;

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(d) Solicitar a União Africana, a Agência de Planificação e Coordenação da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África, o Banco Africano de Desenvolvimento, o Programa da Nações Unidas para o Meio Ambiente e outros parceiros a apoiarem medidas para a implementação de programas e projectos no âmbito da Aprendizagem Electrónica Pan-Africana para a Rede do Ambiente;

(e) Solicitar os países Africanos a desenvolver estratégias nacionais de Aprendizagem Electrónica no domínio do meio ambiente, através de um processo consultivo, que envolva todos os sectores relevantes.

Decisão 13/6: Monitorização do Meio Ambiente Africano para o Desenvolvimento Sustentável

Nós, os Ministros Africanos Responsáveis pelo Meio Ambiente Tendo reunido em Bamako de 23 a 25 Junho de 2010, na décima terceira sessão

da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente, Cientes da importância dos dados de observação da Terra nos esforços de planificação e desenvolvimento nacionais dos Estados-membros,

Igualmente cientes do importante papel desempenhado pela Comissão da União Africana na coordenação do programa Africano de Monitorização do Meio Ambiente para o Desenvolvimento Sustentável,

Reconhecendo a necessidade dos Estados-membros fortalecerem o quadros de política e de tomada de decisões que iriam assegurar a sua participação activa e sustentável nas iniciativas de vigilância ambiental,

Destacando a necessidade de facilitar o intercâmbio de informações, conhecimentos e experiências que iriam melhorar a governação ambiental através do uso extensivo de dados, produtos e serviços gerados pelo programa Africano de Monitorização do Meio Ambiente para o Desenvolvimento Sustentável

Entendendo a importância de apoiar os mecanismos regionais com vista a reforçar a capacidade dos Estados-membros de utilizar produtos e serviços de observação da Terra e integrá-los nos processos de desenvolvimento.

Decidimos: (a) Institucionalizar e integrar o uso de dados climáticos e informações na

construção de resiliência e adaptação às mudanças climáticas na planificação nacional, sub-regional e regional e nos esforços de desenvolvimento;

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(b) Solicitar o Programa da Nações Unidas para o Ambiente a trabalhar com a União Africana de modo a elaborar um sistema de informação ambiental e outras ferramentas para aumentar a capacidade de monitorização de informação na região e forjar sinergias nesta área.

Decisão 13/7: processo de Perspectiva Ambiental em África e a rede de informação sobre ambiente

Nós, os Ministros Responsáveis pelo Meio Ambiente Africano

Tendo reunido em Bamako de 20 a 25 de Junho de 2010, na décima terceira sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente,

Notando com satisfação a produção da publicação Atlas do nosso Meio Ambiente em mudança em países Africanos piloto, no âmbito do processo Perspectiva Ambiental de África e dos progressos a serem realizados pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente na preparação do terceiro relatório da Perspectiva Ambiental de África.

Reafirmando nosso compromisso relativamente ao processo da Perspectiva Ambiental de África, como uma ferramenta para a monitorização do desenvolvimento sustentável em África e um quadro para a informação periódica sobre o ambiente a nível nacional e sub-regional,

Cientes da implementação da rede de informação ambiental de África e a sua crescente contribuição na capacitação, para a implementação de programas de desenvolvimento nacionais, incluindo estratégias de redução da pobreza, no âmbito dos Quadros das Nações Unidas de Assistência ao Desenvolvimento e a introdução de tecnologia de ponta, como a teledetecção, visando monitorar as alterações climáticas em África e apoiar a tomada de decisão.

Reconhecendo os esforços da sociedade civil, organizações não-governamentais e outros intervenientes na elaboração do terceiro relatório da Perspectiva Ambiental de África,

Decidimos: (a) Reforçar a implementação dos resultados e recomendações do processo da

Perspectiva Ambiental de África, através da inclusão de aspectos relevantes do programa de trabalho da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente;

(b) Solicitar ao Director Executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, em parceria com a Comissão da União Africana, a Comissão Económica das Nações Unidas para África e outros, a apoiarem a

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elaboração e a produção do terceiro relatório sobre a Perspectiva Ambiental de África;

(c) Incentivar todos os Estados-membros a integrarem as conclusões do

referido relatório nas políticas nacionais, planos e estratégias de desenvolvimento

(d) Reforçar a cooperação e convidar a sociedade civil, as organizações não-

governamentais e outros intervenientes a participar na elaboração do terceiro relatório;

(e) Solicitar o Director Executivo do Programa das Nações Unidas para o

Ambiente a continuar a prestar apoio à rede de informação sobre ambiente em África de modo a criar capacidade de monitorização e informação ambiental na região.

Decisão 13/8: Posição Comum Africana sobre o regime internacional relativo ao acesso e partilha de benefícios

Nós, os Ministros Africanos Responsáveis pelo Meio Ambiente.

Tendo reunido em Bamako de 23 a 25 Junho de 2010, na décima terceira sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente,

Evocando o apelo por parte dos Governos na Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo, África do Sul, de 26 de Agosto a 4 de Setembro de 2002, para a negociação de um regime internacional que promova a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos,

Evocando igualmente a decisão do Grupo Africano, durante a oitava reunião da Conferência das Partes à Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada em Curitiba, Brasil, de 20 a 31 de Março de 2006, para eleger a Namíbia como o negociador chefe e coordenador das sessões intercalares do Grupo Africano até à adopção do regime internacional sobre acesso e partilha de benefícios, na décima reunião da Conferência das Partes, que será realizada em Nagoya,Japão, em 2010,

Evocando ainda a Conferência Ministerial Pan-africana sobre o acesso e partilha de benefícios, realizada em Windhoek, Março de 2010, com vista a aperfeiçoar e a endossar a posição comum Africana nas negociações contínuas de um regime internacional sobre acesso e partilha de benefícios,

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Decidimos:

(a) Assumir o compromisso relativamente à posição comum do Grupo Africano, conforme adoptada de endossada na Conferência Ministerial mencionada acima;

(b) Instar os Estados-membros para que continuem a negociar como um bloco no que refere ao regime internacional sobre acesso e partilha de benefícios, com vista a assegurar que o regime internacional tenha em consideração as necessidades específicas de África;

(c) Instar todos os Estados-membros a participar na conferência ministerial

sobre o tema, previsto para ter lugar em Libreville, como uma importante reunião consultiva em preparação para a décima reunião da Conferência das Partes.

Decisão 13/9: plataforma Intergovernamental científica e política sobre biodiversidade e os serviços ecossistémicos

Nós, os Ministros Africanos Responsáveis pelo Meio ambiente Tendo reunido em Bamako de 23 a 25 de Junho de 2010, na décima terceira

sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente,

Tomando nota da Avaliação Ecossistémica do Milénio e seu processo de acompanhamento, o processo consultivo para um mecanismo internacional de conhecimentos científicos sobre a biodiversidade e a decisão IX/15, de 09 de Outubro de 2008, da Conferência das Partes à Convenção sobre a Diversidade Biológica,

Evocando a decisão 25/10 de 20 de Fevereiro do Conselho de Administração do Programa das Nações Unidas para o Ambiente /Fórum Ministerial Mundial do Ambiente, através da qual, o Director Executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, foi solicitado a levar a cabo um processo mais profundo para apoiar os esforços de Governos e organizações relevantes na exploraração de mecanismos para melhorar e fortalecer a interacção Ciência e Política sobre a Biodiversidade e os serviços Ecossistémicos para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, bem-estar humano e desenvolvimento sustentável a longo prazo,

Evocando igualmente a decisão SS.XI/4, de 26 de Fevereiro de 2010 do Conselho de Administração do Programa das Nações Unidas para o Ambiente /Fórum Ministerial Mundial do Ambiente, através da qual, o Director Executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, foi solicitado a convocar, em Junho de 2010, uma terceira e última reunião intergovernamental e multissectorial ad hoc para negociar e chegar a um acordo sobre a possibilidade de estabelecer uma Plataforma Intergovernamental Científica e Política sobre a Biodiversidade e os Serviços Ecossistémicos,

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Saudando o resultado dessa terceira e última reunião que foi realizada em Busan,

Coréia do Sul, de 7 a 11 de Junho de 2010,

Manifestando a nossa gratidão ao Programa das Nações Unidas para o Ambiente, por ter facilitado a negociação da Plataforma Intergovernamental Científica e Política sobre a Biodiversidade e os Serviços Ecossistémicos,

Decidimos: 1. Endossar o "resultado Busan", no qual os representantes dos Governos

concordaram que uma Plataforma Intergovernamental Científica e Política sobre a Biodiversidade e os Serviços Ecossistémicos deve ser estabelecida pela Assembléia Geral das Nações Unidas, na sua sexagésimo quinta sessão, como um mecanismo para o fortalecimento da interacção Ciência e Política sobre a Biodiversidade e os Serviços Ecossistémicos para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, bem-estar humano e desenvolvimento sustentável a longo prazo;

2. Tomar as medidas necessárias, aos níveis nacional, sub-regional e regional, conforme apropriado, para apoiar a criação da Plataforma Intergovernamental Científica e Política sobre a Biodiversidade e os Serviços Ecossistémicos pela Assembleia Geral, na sua sexagésima quinta sessão;

3. Solicitar o Director Executivo do Programa das Nações Unidas para o

Ambiente, em conformidade com o resultado de Busan e o mandato concedido através da decisão SS.XI/4, para prosseguir os seus esforços com vista a facilitar qualquer processo subsequente de elaboração e implementação da Plataforma Intergovernamental Científica e Política sobre a Biodiversidade e os Serviços Ecossistémicos, até a altura em que um secretariado for estabelecido;

4. Convidar os Governos e os organismos, fundos e programas relevantes das

Nações Unidas, outras organizações e entidades intergovernamentais, incluindo os acordos ambientais multilaterais, organizações não-governamentais, organizações científicas e do sector privado a participar activamente, e a contribuir para a Plataforma Intergovernamental Científica e Política sobre a Biodiversidade e os Serviços Ecossistémicos, logo que