África - sístese histórica

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ÁFRICA – SÍNTESE HISTÓRICA

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Page 1: África - sístese histórica

ÁFRICA – SÍNTESE

HISTÓRICA

Page 2: África - sístese histórica

Por que estudar a África?Por que estudar a África?Além de identificar e reconhecer as influências das culturas africanas (sobretudo da chamada África Atlântica) sobre a formação do Brasil, é necessário olhar outros povos, histórias e tradições, indo além do habitual costume que privilegia o estudo do mundo eurocêntrico (que tem a cultura de origem europeia como base ou referência).Imagem: ESEOHE CECILIA EJODAME / Creative

Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported

A África Atlântica

Page 3: África - sístese histórica

O “Berço” da humanidadeO “Berço” da humanidade

O continente é reconhecidamente associado ao surgimento do homem, pois em terras africanas foram identificadas várias e antigas espécies que fizeram parte da evolução humana.

MigraçõesMigrações

Desde os tempos mais remotos, as populações africanas passaram por processos migratórios ou pela formação de grupos isolados pouco numerosos

Formação de vários grupos étnicos e de uma grande diversidade de estruturas sociais, tribos, comunidades e variadas formas de organização política – que, embora utilizemos termos ocidentais como “impérios” ou “reinos”, funcionavam de formas próprias e diferenciadas.

A África Atlântica

Page 4: África - sístese histórica
Page 5: África - sístese histórica

Desertos

Estepes

Savanas

Florestas

Oásis

Vegetação mediterrânea

Diversidade natural que influenciou o desenvolvimento humano.

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.

A África Atlântica

Page 6: África - sístese histórica

Civilizações marcantesCivilizações marcantes

O Antigo Egito é, certamente, a mais conhecida e grandiosa civilização africana, tendo sido cenário de importantes acontecimentos e tendo construído uma formidável cultura.

O Antigo Egito é, certamente, a mais conhecida e grandiosa civilização africana, tendo sido cenário de importantes acontecimentos e tendo construído uma formidável cultura.

Durante mais de 2 mil anos, os egípcios dominaram extensas regiões e promoveram obras fantásticas para honrar seus vários deuses e para produzir através do aproveitamento do Rio Nilo.

Imagem: Jeff Dahl / GNU Free Documentation License

A África Atlântica

Page 7: África - sístese histórica

Civilizações marcantesCivilizações marcantes

Abaixo da região egípcia, onde hoje está o Sudão, civilizações deixaram suas marcas:

O Reino de Kush chegou a ser conhecido como a civilização dos “faraós negros”, tendo como capital a cidade de Meroé. Os kushitas também construíram pirâmides e tiveram relações tensas com os poderosos egípcios. O reino só foi extinto no século IV da Era Cristã.

O Reino de Kush chegou a ser conhecido como a civilização dos “faraós negros”, tendo como capital a cidade de Meroé. Os kushitas também construíram pirâmides e tiveram relações tensas com os poderosos egípcios. O reino só foi extinto no século IV da Era Cristã.

Imagem: Ruinas de Meroé / B N Chagny / CreativeCommons Attribution-Share Alike 1.0 Generic

A África Atlântica

Page 8: África - sístese histórica

Civilizações marcantesCivilizações marcantes

Na região da atual Etiópia, desenvolveu-se o antigo reino Axum, que teve importantes relações comerciais com Israel e a Mesopotâmia. Axum foi também a porta de entrada para o Cristianismo na África.

Na região da atual Etiópia, desenvolveu-se o antigo reino Axum, que teve importantes relações comerciais com Israel e a Mesopotâmia. Axum foi também a porta de entrada para o Cristianismo na África.

Imagem: Parque das estelas de Axum / Pzbinden7 / GNU Free Documentation License

A África Atlântica

Page 9: África - sístese histórica

Civilizações marcantesCivilizações marcantes Os reinos núbios surgiram após os

conflitos entre Kush e Axum No século VI dC, os núbios estavam

reunidos através dos reinos da Nobácia, de Macúria e de Aloa.

Os três reinos possuíam grande força militar, desenvolveram intensas atividades de agricultura, mineração e comércio (que incluía negociação de escravos).

O cristianismo também foi difundidos nestes reinos, mas o avanço islâmico acabou modificando definitivamente a situação. Os reinos existiram até o século XVI.

Os reinos núbios surgiram após os conflitos entre Kush e Axum

No século VI dC, os núbios estavam reunidos através dos reinos da Nobácia, de Macúria e de Aloa.

Os três reinos possuíam grande força militar, desenvolveram intensas atividades de agricultura, mineração e comércio (que incluía negociação de escravos).

O cristianismo também foi difundidos nestes reinos, mas o avanço islâmico acabou modificando definitivamente a situação. Os reinos existiram até o século XVI.

Imagem: Faraós Núbios / Wufei07 / public domain

A África Atlântica

Page 10: África - sístese histórica

Civilizações marcantesCivilizações marcantes Na África do Norte (Mediterrânea) formou-se o importante e

poderoso império Cartaginês, que teve a cidade de Cartago (na atual Tunísia) como centro. Os cartagineses desenvolveram intenso comércio pelo Mediterrâneo e rivalizaram com gregos e romanos. Durante as Guerras Púnicas (264-146 aC), contra Roma, os cartagineses chegaram a invadir a Europa, mas acabaram sendo derrotados.

Na África do Norte (Mediterrânea) formou-se o importante e poderoso império Cartaginês, que teve a cidade de Cartago (na atual Tunísia) como centro. Os cartagineses desenvolveram intenso comércio pelo Mediterrâneo e rivalizaram com gregos e romanos. Durante as Guerras Púnicas (264-146 aC), contra Roma, os cartagineses chegaram a invadir a Europa, mas acabaram sendo derrotados.

Imagem: Ruínas de Cártago / Autor desconhecido / Public Domain

A África Atlântica

Page 11: África - sístese histórica

Vários povos e várias etniasVários povos e várias etnias

A diversidade cultural dos povos africanos era tamanha que os especialistas estimam que tenham existido mais de 1.200 línguas diferentes, muitas delas sem qualquer relação ou influência entre elas. As principais famílias linguísticas são:

A diversidade cultural dos povos africanos era tamanha que os especialistas estimam que tenham existido mais de 1.200 línguas diferentes, muitas delas sem qualquer relação ou influência entre elas. As principais famílias linguísticas são:

Afro-Asiáticas (norte e leste): berbere, egípcio antigo, semítico, cushita e chádico;

Afro-Asiáticas (norte e leste): berbere, egípcio antigo, semítico, cushita e chádico;

Niger-Cordofaniana: Cordofaniano e Níger-Congo (ashanti, suaíli, banto, xosa, zulu, iorubá, ibo, etc.);

Niger-Cordofaniana: Cordofaniano e Níger-Congo (ashanti, suaíli, banto, xosa, zulu, iorubá, ibo, etc.);

Nilo-Saariana (norte do Nilo, no Saara e no Sudão): Songai, saariano, mabã, furiã, comã e nilótico;

Nilo-Saariana (norte do Nilo, no Saara e no Sudão): Songai, saariano, mabã, furiã, comã e nilótico;

Coissã (sul): Hadza, sandane e coissã. Coissã (sul): Hadza, sandane e coissã.

A África Atlântica

Page 12: África - sístese histórica

Geralmente os membros das comunidades eram poliglotas, pois dominavam e utilizavam várias línguas, a exemplo daquelas que eram faladas por seus familiares e por línguas dos grupos e comunidades vizinhas.

Geralmente os membros das comunidades eram poliglotas, pois dominavam e utilizavam várias línguas, a exemplo daquelas que eram faladas por seus familiares e por línguas dos grupos e comunidades vizinhas.

Línguas Afro-Asiáticas

Línguas Niger-Cordofanianas

Línguas Nilo-Saarianas

Línguas Coissã

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.

A África Atlântica

Page 13: África - sístese histórica

A África teve e ainda tem inúmeros grupos étnicos característicos. Confira alguns:

Sudaneses

Bantos

Bosquinianos

Pigmeus

Hotentotes

NilóticosA área em destaque é reconhecida como África Negra

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.

A África Atlântica

Page 14: África - sístese histórica

Como estudar a África?Como estudar a África?

Há pelo menos quatro formas de abordar o espaço africano conforme fatores ambientais, sociais e culturais:Há pelo menos quatro formas de abordar o espaço africano conforme fatores ambientais, sociais e culturais:

1. África do Norte, África Ocidental, África Oriental, África do Sul e África Central; (*)

2. África do Norte, África Subsaariana e África do Sul;2. África do Norte, África Subsaariana e África do Sul;

3. África Branca (norte) e África Negra (sul);3. África Branca (norte) e África Negra (sul);

4. África Mediterrânea, África Oriental e África AtlânticaÁfrica Atlântica.4. África Mediterrânea, África Oriental e África AtlânticaÁfrica Atlântica.

(*) É a divisão mais utilizada e presente na cartografia estudada didaticamente, apresentando as sub-regiões africanas. Também é oficialmente empregada pela ONU (Organização das Nações Unidas), obedecendo a atual divisão política do continente.

A África Atlântica

Page 15: África - sístese histórica

Oceano Atlântico

África do Norte

África Ocidental

África Central

África Oriental

África do Sul

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.

A África Atlântica

Page 16: África - sístese histórica

A África AtlânticaA África Atlântica

Esta região ocidental do continente, banhada pelo Oceano Atlântico e que teve fortes influências sobre a formação colonial das Américas, foi a origem dos escravos que partiram para o Novo Mundo.

Esta região ocidental do continente, banhada pelo Oceano Atlântico e que teve fortes influências sobre a formação colonial das Américas, foi a origem dos escravos que partiram para o Novo Mundo.

Oceano Atlântico

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.

A África Atlântica

Page 17: África - sístese histórica

A África AtlânticaA África Atlântica

Oceano Atlântico

Para os estudiosos da História da África, a região é formada pelos seguintes países atuais: Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Guiné Bissau, Guiné, Serra Leoa, Libéria, Costa do Marfim, Gana, Togo, Benin, Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Gabão, Congo, República Democrática do Congo e Angola.

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.

A África Atlântica

Page 18: África - sístese histórica

A África AtlânticaA África Atlântica

A região sediou um dos mais importantes reinos históricos da África, o poderoso Império de Gana, que desenvolveu intensa atividade mineradora e comercial que negociava vários produtos e também impulsionou o tráfico de escravos.

Situado numa movimentada rota entre as regiões atlânticas e subsaarianas, o império manteve contatos com vários povos, o que facilitou os negócios envolvendo escravos.

Gana manteve sob seu controle vários reinos na região e entrou em decadência após o domínio de invasores islâmicos, no século XIII.

A região sediou um dos mais importantes reinos históricos da África, o poderoso Império de Gana, que desenvolveu intensa atividade mineradora e comercial que negociava vários produtos e também impulsionou o tráfico de escravos.

Situado numa movimentada rota entre as regiões atlânticas e subsaarianas, o império manteve contatos com vários povos, o que facilitou os negócios envolvendo escravos.

Gana manteve sob seu controle vários reinos na região e entrou em decadência após o domínio de invasores islâmicos, no século XIII.

A África Atlântica

Page 19: África - sístese histórica

A África AtlânticaA África AtlânticaO reino de Mali estava nas proximidades da África Atlântica, por isso era bastante ligado à região. Mali adotou o islamismo e também deveu seu desenvolvimento ao comércio, além de intensa vida urbana, o que ocorria em grandes cidades como Tombuctu.

Imagem: EhavEliyahu / Public Domain

A África Atlântica

Page 20: África - sístese histórica

A África AtlânticaA África AtlânticaA situação geográfica da África Atlântica favoreceu bastante as atividades comerciais, pois são abundantes os rios e os canais naturais navegáveis, facilitando o fluxo de pessoas e mercadorias de várias partes.

Imagem:Jialiang Gao www.peace-on-earth.org / GNU Free Documentation License

A África Atlântica

Page 21: África - sístese histórica

A escravidão é uma característica marcante na vida da África Atlântica, sendo o tráfico humano uma atividade que teve muita importância na região. O escravismo era uma prática muito comum na África e remonta os tempos das civilizações mais antigas do continente.

EscravidãoEscravidão

Imagem: Autor desconhecido / United States Public Domain

A África Atlântica

Page 22: África - sístese histórica

Cenas da escravidão interna na África Atlântica.

Imagem: Autor desconhecido / United States Public Domain

A África Atlântica

Page 23: África - sístese histórica

EscravidãoEscravidão

Cenas da escravidão interna na África Atlântica.

Imagem: Autor desconhecido / Public Domain

A África Atlântica

Page 24: África - sístese histórica

EscravidãoEscravidão

Mulheres e crianças escravas.

Imagem: Autor desconhecido / United States Public Domain

A África Atlântica

Page 25: África - sístese histórica

EscravidãoEscravidãoCom a expansão marítima europeia, a partir do século XV, os contatos entre a Europa e a África tornaram-se intensos e, com eles, a escravidão ganhou mais mercados através do tráfico atlântico, que passou a ter o Novo Mundo como destino.

Os portugueses estabeleceram privilegiadas condições de negociação, estabelecendo grande volume de atividades e possibilitando o aumento das influências externas sobre a África Atlântica.

Os portugueses estabeleceram privilegiadas condições de negociação, estabelecendo grande volume de atividades e possibilitando o aumento das influências externas sobre a África Atlântica.

Tráfico atlântico:Tráfico atlântico:

Fluxo externo para as Américas;

Preferência por escravos homens, por crianças e adolescentes.

Preferência por escravos homens, por crianças e adolescentes.

A África Atlântica

Page 26: África - sístese histórica

EscravidãoEscravidãoAs intensas intromissões externas contribuíram para desestabilizar os reinos africanos, cada vez mais dependentes das potências europeias.

O tráfico atlântico acentuou também os problemas internos na África, pois aumentou as tensões entre os povos e sociedades numa luta entre aqueles que buscavam escravos e aqueles que buscavam resistir à submissão.

O tráfico atlântico acentuou também os problemas internos na África, pois aumentou as tensões entre os povos e sociedades numa luta entre aqueles que buscavam escravos e aqueles que buscavam resistir à submissão.

A África Atlântica

Cerca de 90% dos escravos transferidos para as Américas partiram da África Atlântica;

No caso do fornecimento de escravos para o Brasil, os interesses pelo controle do comércio escravista gerou atritos entre lideranças e grupos africanos, comerciantes portugueses e também brasileiros;

No caso do fornecimento de escravos para o Brasil, os interesses pelo controle do comércio escravista gerou atritos entre lideranças e grupos africanos, comerciantes portugueses e também brasileiros;

Page 27: África - sístese histórica

EscravidãoEscravidão

Esquemas e representações de navios negreiros que faziam as rotas entre a África Atlântica e as Américas.

Esquemas e representações de navios negreiros que faziam as rotas entre a África Atlântica e as Américas.

Imagem: Autor desconhecido / United States Public Domain

A África Atlântica

Page 28: África - sístese histórica

EscravidãoEscravidão O fluxo escravista a partir da África Atlântica acabou também

disseminando, através do êxodo escravo, vários elementos da cultura nativa africana para as Américas, então significativa parte da base sociocultural das sociedades formadas nas Américas receberam influências diretas dos povos da África Atlântica;

O fluxo escravista a partir da África Atlântica acabou também disseminando, através do êxodo escravo, vários elementos da cultura nativa africana para as Américas, então significativa parte da base sociocultural das sociedades formadas nas Américas receberam influências diretas dos povos da África Atlântica;

As populações escravas passaram a constituir a população americana, agindo no processo de produção colonial, mas a devida integração à sociedade ainda não foi concluída mesmo após o fim do trabalho escravo;

A continuidade do tráfico escravo foi trágica para vários reinos, aldeias e povoados africanos, que passaram a ser atacados para obtenção de pessoas que seriam submetidas ao escravismo no Mundo Atlântico.

A continuidade do tráfico escravo foi trágica para vários reinos, aldeias e povoados africanos, que passaram a ser atacados para obtenção de pessoas que seriam submetidas ao escravismo no Mundo Atlântico.

A África Atlântica

Page 29: África - sístese histórica

A África pré-colonial

• A África possuiu uma História anterior a sua exploração colonial iniciada nos séculos XV e XVI;

• Era um local onde existiam grandes e importantes civilizações;

Page 30: África - sístese histórica

O Darwinismo

• Inspirados pelo Darwinismo os europeus passaram a ver o continente como um lugar de pessoas inferiores;

• A África e seus moradores não deveriam ser levados, mesmo que a força, a um estágio mais elevado de “cultura”.

Page 31: África - sístese histórica

• A África foi habitada por comerciantes, ferreiros, ourives, guerreiros, reis e rainhas;

• Algumas civilizações são conhecidas desde o século IV, como a primeira dinastia de Gana;

Os bérberes eram nômades e viviam em caravanas que cortavam o deserto do Saara.

Dentre os primeiros povos da África podemos destacar os bérberes e os bantos.

Page 32: África - sístese histórica

• Os bantos habitavam o noroeste da África, (atuais Estados da Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões);

• Eram agricultores e faziam da pesca e da caça atividades suplementares, dominavam a metalurgia, fato que possibilitou conquistarem povos vizinhos e assim formarem um grande reino, que abrangia grande parte do noroeste do continente, o reino do Congo.

• Durante os séculos V a XV, na África ocidental, os impérios de Gana e de Mali, e reinos da África central e oriental, como os Luba e Lunda, se chocaram entre os séculos XVI e XIX, sendo considerados semelhantes aos Estados de modelo monárquico ou imperial;

• Um dos motivos deste choque era o tráfico de africanos para serem escravizados na América.

Page 33: África - sístese histórica

Áfricas

• O continente africano era habita por povos distintos em “estágios evolutivos” distintos;

• Por isso não é correto pensar na África como um continente habitado por pessoas todas iguais;

• Cada tribo, ou civilização africana tinha sua própria língua, costumes, leis e deuses.

Page 34: África - sístese histórica

Grupos Étnico-linguísticos:

• Em amarelo: semítico;

• Em verde: bantu;• Em rosa: mande,

mandinga• Em marron-escuro:

nilótico;

Page 35: África - sístese histórica

Os produtos do comércio africano: o vidro.

Page 36: África - sístese histórica

O marfim:

Page 37: África - sístese histórica

Os bronzes:

Page 38: África - sístese histórica

Bronzes do Benin, século XV

Page 39: África - sístese histórica

O ouro:

Page 40: África - sístese histórica

A África no Brasil

• Os africanos no Brasil, durante o período da escravidão, eram tratados como mercadoria;

• Eram explorados e sua cultura tida como inferior;

• Mas mesmo assim conseguiram manter um pouco de seus costumes vivos.

Page 41: África - sístese histórica

Religião

• Através da religiosidade os africanos preservaram parte de sua cultura;

• O catolicismo no Brasil é totalmente atípico; • Só aqui existe o católico não praticante;• O candomblé é a maior prova deste sincretismo;• Nesta religião, criada no Brasil, mistura-se o

cristianismo e as crenças africanas;• Apesar de não parecer o candomblé é uma

religião monoteísta.

Page 42: África - sístese histórica

Relações

Nossa Senhora da Conceição Iemanjá

Page 43: África - sístese histórica

Outras influências

• O português falado no Brasil é prova viva da contribuição africana: Abadá, Babá, Banguela, Cachimbo, Dengoso, Farofa, Garapa, Hum-hum, Inhaca, Lambada, etc.

• Na música o samba;• Na culinária a feijoada e o arroz doce• Nas festas a congada, o maracatu e o

carnaval.

Page 44: África - sístese histórica

ÁFRICAASPECTOS SOCIAIS

Page 45: África - sístese histórica

ÁFRICA, O ESPAÇO DAS“FRONTEIRAS ARTIFICIAIS”

CONFERÊNCIA DE BERLIM: Os europeus na partilha mudaram as fronteiras nativas incitando a rivalidades étnicas, pois quando as fronteiras foram estabelecidas, devido à diversidade cultural, muitos grupos rivais ficaram juntos e outros se separaram; houve uma mudança produtiva, pois deixaram o cultivo de subsistência para atender aos interesses europeus, que introduziram a monocultura e a extração mineral. Em todo esse processo os europeus não tiveram respeito com os africanos, pois não levaram em conta a identidade cultural do povo.

CONFERÊNCIA DE BERLIM: Os europeus na partilha mudaram as fronteiras nativas incitando a rivalidades étnicas, pois quando as fronteiras foram estabelecidas, devido à diversidade cultural, muitos grupos rivais ficaram juntos e outros se separaram; houve uma mudança produtiva, pois deixaram o cultivo de subsistência para atender aos interesses europeus, que introduziram a monocultura e a extração mineral. Em todo esse processo os europeus não tiveram respeito com os africanos, pois não levaram em conta a identidade cultural do povo.

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Page 47: África - sístese histórica
Page 48: África - sístese histórica

ÁFRICA, O ESPAÇO DAS“FRONTEIRAS ARTIFICIAIS”

•A colonização africana fortaleceu-se em conseqüência do Racismo.

•O racismo nasceu da exploração capitalista: a escravatura, as relações senhor-servo, mão-de-obra barata – Estratégias para manter a superioridade branca sobre as demais raças.

•A colonização africana fortaleceu-se em conseqüência do Racismo.

•O racismo nasceu da exploração capitalista: a escravatura, as relações senhor-servo, mão-de-obra barata – Estratégias para manter a superioridade branca sobre as demais raças.

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O PROCESSO DE DESCOLONIZAÇÃO

• A descolonização africana aconteceu num processo iniciado após a II GM.

• A estratégia de alguns países, para não perder de vez o domínio, negociou a transferência de poder para elites locais, criadas artificialmente, em troca da manutenção de laços econômicos. Essa estratégia é chamada de neocolonialismo, o que resulta em conflitos até os dias de hoje. Dessa forma, muitos países africanos obtiveram apenas uma independência formal.

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Page 51: África - sístese histórica
Page 52: África - sístese histórica

AtividadeAtividade Texto 1

“Se definirmos o escravo como alguém que é propriedade de outro – que pode ser pessoa, grupo social, instituição ou cargo político –, e cuja propriedade é reconhecida por leis e costumes, temos que concluir que a ‘prisão social’ do cativo doméstico constituía uma forma de escravidão. Essa definição de escravo vale tanto para a escravidão ‘de linhagem’ como para a utilização comercial em larga escala de escravos, esta também encontrada na África em lugares e períodos específicos”.

João José Reis, “Notas sobre a escravidão na África pré-colonial”

A África Atlântica

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AtividadeAtividade Texto 2

“Dado fundamental do sistema escravista, a dessocialização, processo em que o indivíduo é capturado e apartado de sua comunidade nativa, se completa com a despersonalização, na qual o cativo é convertido em mercadoria na sequencia da reificação, da coisificação, levada a efeito na sociedade escravista”.

Luiz Felipe Alencastro, “O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul”

Vamos debater!Vamos debater!Como podemos identificar as definições de escravidão nos textos lidos? É possível comparar as formas de escravidão existentes na antiguidade e aquela que existia na África?

A África Atlântica

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AtividadeAtividade

Por que podemos falar na existência de “várias Áfricas”?

Costumamos empregar nossos conceitos sobre as instituições sociais para entender a sociedade africana, mas o funcionamento dos “reinos”, “impérios” e o “Estado” na África não ocorre exatamente como indicam nossos conceitos. Discuta como ocorrem estas variações.

A África Atlântica