africa berÇo da humanidade

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Da áfrica para outros continentes Jogo da Pré-história http://accao.1001jogos.pt/stoneage-sam.html O surgimento do Homem Evolução Humana: Evolução humana Em oposição ao criacionismo, a teoria evolucionista parte do princípio de que o homem é o resultado de um lento processo de alterações (mudanças). Esta é a idéia central da evolução: os seres vivos (vegetais e animais, incluindo os seres humanos) se originaram de seres mais simples, que foram se modificando ao longo do tempo. Essa teoria, formulada na segunda metade do século XIX pelo cientista inglês Charles Darwin, tem sido aperfeiçoada pelos pesquisadores e hoje é aceita pela maioria dos cientistas. Após abandonar seus estudos em medicina, Charles Darwin (1809 – 1882) decidiu dedicar-se às pesquisas sobre a natureza. Em 1831 foi convidado a participar, como naturalista, de uma expedição de cinco anos ao redor do mundo organizada pela Marinha britânica. Em 1836, de volta à Inglaterra, trazia na bagagem milhares de espécimes animais e vegetais coletados em todos os continentes, além de uma enorme quantidade de anotações. Após vinte anos de pesquisas baseadas nesse material, saiu sua obra prima: A Origem das Espécies através da seleção natural, livro publicado em 1859.

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ORIGEM DOS SERES HUMANOS

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Da frica para outros continentes

Jogo da Pr-histriahttp://accao.1001jogos.pt/stoneage-sam.html

O surgimento do Homem

Evoluo Humana:Evoluo humanaEm oposio ao criacionismo, a teoria evolucionista parte do princpio de que o homem o resultado de um lento processo de alteraes (mudanas). Esta a idia central daevoluo: os seres vivos (vegetais e animais, incluindo os seres humanos) se originaram de seres mais simples, que foram se modificando ao longo do tempo.Essa teoria, formulada na segunda metade do sculo XIX pelo cientista ingls Charles Darwin, tem sido aperfeioada pelos pesquisadores e hoje aceita pela maioria dos cientistas.Aps abandonar seus estudos em medicina, Charles Darwin (1809 1882) decidiu dedicar-se s pesquisas sobre a natureza. Em 1831 foi convidado a participar, como naturalista, de uma expedio de cinco anos ao redor do mundo organizada pela Marinha britnica.Em 1836, de volta Inglaterra, trazia na bagagem milhares de espcimes animais e vegetais coletados em todos os continentes, alm de uma enorme quantidade de anotaes. Aps vinte anos de pesquisas baseadas nesse material, saiu sua obra prima: A Origem das Espcies atravs da seleo natural, livro publicado em 1859.A grande contribuio de Darwin para a teoria da evoluo foi a idia daseleo natural. Ele observou que os seres vivos sofrem modificaes que podem ser passadas para as geraes seguintes.No caso das girafas, ele imaginou que, antigamente, haveria animais de pescoo curto e pescoo longo. Com a oferta mais abundante de alimentos no alto das rvores, as girafas de pescoo longo tinham mais chance de sobreviver, de se reproduzir e assim transmitir essa caracterstica favorvel aos descendentes.A seleo natural nada mais , portanto, do que o resultado da transmisso hereditria dos caracteres que melhor adaptam uma espcie ao meio ambiente. [...]A idia seleo natural no encontrou muita resistncia, pois explicava a extino de animais como os dinossauros, dos quais j haviam sido encontrados muitos vestgios. O que causou grande indignao, tanto nos meios religiosos quanto nos cientficos, foi a afirmao de que o ser humano e o macaco teriam um parente em comum, que vivera h milhes de anos. Logo, porm surgiria a comprovao dessa teoria, medida que os pesquisadores descobriam esqueletos com caractersticas intermedirias entre os humanos e os smios.

As etapas da evoluo humanaPrimatas:Os mais antigos viveram h cerca de 70 milhes de anos. Esses mamferos de pequeno porte habitavam as rvores das florestas e alimentavam-se de olhas e insetos.

Hominoides:So primatas que viveram entre aproximadamente 22 e 14 milhes de anos atrs. Oprocnsul, que tinha o tamanho de um pequeno gorila, habitava em rvores, mas tambm descia ao solo; era quadrpede, isto , locomovia-se sobre as quatro patas. Descendente do procnsul, okenyapitecos vezes endireitava o corpo e se locomovia sobre as patas traseiras.

Homindeos:Famlia que inclui o gnero australopiteco e tambm o gnero humano. Oaustralopiteco afarense, que viveu h cerca de 3 milhes de anos, era um pouco mais alto que o chimpanz. J caminhava sobre os dois ps e usava longos braos se pendurar nas rvores. Mais alto e pesado, oaustralopiteco africanoviveu entre 3 milhes e 1 milho de anos. Andava ereto e usava as mos para coletar frutos e atirar pedras para abater animais.

Homo habilis:Primeiro homindeo do gnero Homo. Viveu por volta de 2 milhes de anos a 1,4 milhes de anos atrs. Fabricava instrumentos simples de pedra, construa cabanas e, provvel,ente, desenvolveu, uma linguagem rudimentar. Seus vestgios s foram encontrados na frica.

Homo erectus:Descente do Homo habilis, viveu entre 6 milhes de anos e 150 mil anos atrs. Saiu da frica, alcanando a Europa, a sia e a Oceania. Fabricava instrumentos de pedra mais complexos e cobria o corpo com peles de animais. Vivia em grupos de vinte a trinta membros e utilizava uma linguagem mais sofisticada. Foi o descobridor do fogo.

Homem de Neandertal:Provvel descendente do Homo erectus, viveu h cerca de 200 mil a 30 mil anos. Habilidoso, criou muitas ferramentas e fabricava armas e abrigos com ossos de animais. Enterrava os mortos nas cavernas, com flores e objetos. Conviveu com os primeiros homens modernos e desapareceu por motivos at hoje desconhecidos.

Homo sapiens:Descendente do Homo erectus, surgiu entre 100 mil e 50 mil anos atrs. Trata-se do homem moderno. Espalhou-se por toda a Terra, deixando variados instrumentos de pedra, osso e marfim. Desenvolveu a pintura e a escultura.

preciso lembrar, porm, que esse painel no est completo. Ele apenas resume o que foi possvel concluir a partir dos fsseis estudados at hoje. Ainda faltam muitas peas no quebra cabea da evoluo humana, por exemplo, o to procurado "elo perdido", aquele espcime com caractersticas de primatas e de humanos, que explicaria um importante passo da humanidade em sua fascinante aventura sobre a Terra.

Parentes pr-histricos:5 etapas da evoluo humanaHomeCuriosidades5 etapas da evoluo humanaMichel Goulartsetembro 26, 2011A espcie humana, como conhecemos, foi resultado de uma longaevoluofsica e biolgica que j dura, aproximadamente, 4 milhes de anos. medida que foi se distanciando de seus ancestrais macacides, os homindeos foram utilizando ferramentas, andando de forma ereta, aumentando a massa cerebral, desenvolvendo a linguagem e adquirindo conscincia.Australopiteco

OAustralopiteco considerado o ancestral mais antigo do ser humano. Viveu na frica h aproximadamente 3 milhes de anos. O volume de seu crnio era de cerca de 500 cm, um pouco maior que o dos atuais macacos. A sua forma de linguagem no era mais elaborada do que a de um chimpanz. Tendo aparecido pelas primeiras vezes no sul de frica, as suas principais caractersticas fsicas englobam a baixa altura (no ultrapassava os 1,40 metros), bipedismo, fronte baixa e maxilares bastante salientes.Homo Habilis

OHomo Habilisinventou as primeiras ferramentas e viveu h aproximadamente 2 milhes de anos. O volume de seu crnio era de 800 cm o dobro do crnio do chimpanz. Levava uma vida nmade nas savanas do leste da frica, alimentando-se de carne, obtida atravs da caa, alm de frutos e outros vegetais. H indcios de que tinha um tipo de linguagem rudimentar. A sua altura seria de aproximadamente 1,27 cm, com um peso de, aproximadamente 45 kg. As fmeas podiam ser menores.Homo Erectus

OHomo Erectusviveu h aproximadamente 1 milho de anos. Sabia utilizar alguns instrumentos feitos de pedra e era um hbil caador. O volume de seu crnio era de 1.100 cm, o que equivale ao dobro do crnio dos macacos atuais. O Homo habilis e todos os Australopitecos foram encontrados somente na frica, mas o Homo Erectus aparece localizado em reas geogrficas mais alargadas, como a sia, Europa e frica. Existem provas que levam a concluir quemanipulavam o fogo, apresentando de igual modo utenslios de pedra mais sofisticados.Homo Sapiens

OHomo Sapiensviveu h aproximadamente 200 mil anos. J era um arteso habilidoso e os seus utenslios eram melhores e mais eficientes do que todos os outros feitos anteriormente. O volume de seu crnio atingia 1.500 cm, o mesmo volume do crnio do ser humano moderno. Atravs da indicao do indcio fssil, esse organismo revelou ser de baixa estatura e musculoso, com um crebro praticamente do mesmo tamanho que o nosso, com regio cerebral correspondente fala bem desenvolvida.Homo Sapiens Neanderthalensis

OHomo Sapiens Neanderthalensis- ou Homem de Neandertal viveu h aproximadamente 100 mil anos . Nesta etapa, o ser humano j tinha preocupaes espirituais e noo damorte. O volume de seu crnio atingia 1.700 cm, levemente maior do que os humanos modernos. Os homens mediam em mdia 1,68 cm. Os ossos eram fortes e pesados, mostrando sinais de uma poderosa estrutura muscular. Foram formidveis caadores e h indcios de que j praticavam rituais funerrios.

Homo sapiens surgiu na fricaAcessar reportagem da Folha de So PauloCINCIAEstudo gentico indica que ser humano moderno surgiu no sul da fricaMark KinverDa BBC News

Grupos africanos ainda mantm a maior diversidade genticaUm novo estudo gentico entrou na discusso sobre as razes da humanidade, fortalecendo a verso de que o ser humano moderno surgiu no sul da frica e no no leste do continente, como indicam pesquisas e descobertas anteriores.Em um artigo divulgado na publicao cientficaProceedings of the National Academy of Sciences, os pesquisadores americanos sustentam que o sul africano provavelmente ofereceu melhores condies para o surgimento do ser humano moderno."A frica apontada como o continente de origem de todas as populaes humanas modernas. Mas os detalhes da pr-histria e da evoluo humana na frica permanecem obscuros devido s trajetrias complexas de centenas de populaes distintas", afirma o estudo.A coautora do estudo Brenna Henn, da Universidade de Stanford, na Califrnia, disse BBC que a equipe encontrou uma "diversidade (gentica) enorme" entre as populaes caadoras e coletoras da frica mais que entre as sedentrias, baseadas na agricultura.Tais populaes eram altamente estruturadas e relativamente isoladas umas das outras, provavelmente retendo grandes variaes genticas entre si, afirmou."Analisamos os padres de diversidade gentica entre 27 populaes africanas atuais, e percebemos um declnio de diversidade que comea de fato no sul da frica e progride medida que a anlise caminha em direo ao norte do continente", contou Henn.MarcoOs modelos usados pela equipe so consistentes com a perda de variedade gentica que ocorre quando um nmero muito pequeno de indivduos estabelece uma nova populao a partir de uma populao original mais numerosa."As populaes no sul da frica tm a maior diversidade gentica de qualquer populao de que temos notcia", afirmou a pesquisadora. "Isso sugere que esta pode ter sido a melhor regio para dar origem aos humanos modernos."O paleontlogo Chris Stringer, do Museu de Histria Natural de Londres, que no faz parte da equipe que elaborou o estudo, disse que a pesquisa um "marco" no seu campo de pesquisa." um marco, que conta com muito mais dados sobre os grupos de caadores e coletores que qualquer outro, mas eu continuo cauteloso em apontar um local de origem (para os primeiros humanos)", afirmou.Jardim do denO professor discorda da viso de que tenha havido uma espcie de "Jardim do den" a partir do qual a humanidade evoluiu."Diferentes populaes da frica antiga provavelmente contriburam com os genes e o comportamento que formam o ser humano moderno."Stringer explicou que, embora a ocorrncia de grupos caadores e coletores seja bastante restrita atualmente, pinturas rupestres atribudas a esses grupos sugerem que no passado eles se espalhavam por uma rea muito maior."O novo estudo sugere que os genes dos Khomani (grupo tnico do sul da frica), dos Biaka (da frica Central) e dos Sandawe (do leste) parecem ser os mais diversos, e por conseqncia estas so as mais antigas populaes deHomo sapiens", argumenta." mais provvel que os grupos sobreviventes de caadores e coletores sejam hoje restos localizados de populaes que em outras pocas se distribuam por toda a frica subsaariana h 60 mil anos", afirmou o paleontlogo.http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/03/110308_africa_humanidade_pu.shtml?print=1 08.03.2011. Mark KinverFolha de So PauloOu:CLIPPING

As matrias e artigos a respeito de escolha profissional e profisses ficam disponveis durante o ms corrente.

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Folha de So Paulo, Cincia, tera-feira, 08 de maro de 2011Homem moderno surgiu no sul da frica, diz estudoResultados do mapeamento gentico de trabalho dos EUA condizem com achados arqueolgicos anterioresPesquisadores dos EUA estudaram 580 mil sequncias genticas de 27 populaes distintas do continente africanoRICARDO BONALUME NETO, DE SO PAULOQue o homem moderno, Homo sapiens, surgiu na frica j um razovel consenso entre os pesquisadores. Mas onde?Um estudo do genoma, o conjunto do material gentico, de 27 diferentes populaes do continente indicou que o "bero" do homem moderno foi a frica do Sul."Geralmente se acredita que os humanos modernos tm origem no leste da frica, onde foram achados os crnios anatomicamente modernos mais antigos", afirmam os autores do estudo, publicado na revista "PNAS", coordenado por Brenna Henn, da Universidade Stanford, Califrnia.Mas os genes contam outra histria. Os pesquisadores analisaram mais de 580 mil sequncias de material gentico conhecidas como "polimorfismos de nucleotdeo simples", ou seja, variaes no genoma.Destaque especial foi dado anlise do DNA de seis populaes de caadores-coletores ainda existentes, duas de pigmeus da frica Central, os Hadza e Sandawe da Tanznia (leste da frica) e duas de bosqumanos da frica do Sul e Nambia."Antes de 5.000 anos atrs, a maior parte da frica subsaariana estava ocupada por uma coleo de populaes de caadores-coletores linguisticamente e culturalmente distintas", afirmam Henn e colegas.DISPERSODesde ento os grupos foram desaparecendo, assimilados por populaes agropastoris ou se extinguiram.Os Hadza, por exemplo, so hoje apenas cerca de mil indivduos. Um estudo anterior indicou que os pigmeus da frica central e seus vizinhos agropastoris divergiram de uma populao comum h 60 mil anos."Os padres observados so consistentes com a origem do ser humano moderno na frica do Sul em vez da frica do Leste,", concluram os autores do estudo.Usando um modelo complexo que inclui estatsticas de localizao geogrfica e variao gnica, eles estimam que um ponto de origem no sul "de 300 a 1.000 vezes mais provvel".A disperso geogrfica dos humanos a partir do sul do continente tambm consistente com achados arqueolgicos de artefatos associados ao homem moderno.Alm disso, h indicaes de que o clima no sul era mais acolhedor entre 60 mil e 70 mil anos atrs.Caar e coletar j foi melhor do que o cultivoDE SO PAULOA criao da agropecuria na pr-histria foi um desenvolvimento to impactante na histria humana, que deixar de ser um caador-coletor nmade para se tornar um agricultor sedentrio sempre foi considerado melhor.Mas o pesquisador Samuel Bowles, , do Instituto Santa F, EUA, e da Universidade de Siena, Itlia, resolveu quantificar o retorno calrico das duas atividades comparado ao gasto energtico delas.A concluso que o cultivo de cereais pelos primeiros agricultores no era mais produtivo do que o forrageamento.Ou seja, em vez de uma explicao "tecnolgica", a passagem para a agricultura precisaria ser esclarecida por fatores sociais.No h dvida de que a agricultura permite maior produtividade por espao. Mas a produtividade do trabalho e o seu fruto so outra histria, lembra Bowles.Ele coletou dados de sociedades recentes que praticavam agricultura muito simples e de caadores-coletores atuais, alm de dados arqueolgicos.O resultado: os primeiros cultivares de cereais, iniciados h 12 mil anos, eram pouco produtivos. J a dieta do caador-coletor era mais variada e com maior teor de protena.(RBN)Agricultura primitiva resultava em dieta pobre em nutrientesDE SO PAULOEm vez de tornar a vida mais fcil com comida mais farta, a deciso de adotar a agricultura e a pecuria pode ter sido motivada por fatores populacionais e mesmo militares, argumenta o pesquisador Samuel Bowles, em um artigo tambm da "PNAS".H quem argumente que o processo de transio da caa e coleta para a agricultura tenha sido gradual.Mas conforme os homens pr-histricos se dedicassem cada vez mais agricultura, acabariam tendo uma queda da qualidade da dieta pela inferior produtividade da agricultura primitiva.Ele argumenta com uma explicao evolutiva. "Mesmo que o estado de sade e a estatura declinassem, a menor mobilidade dos agricultores diminuiria o custo da criao de crianas", diz.O aumento da populao tambm facilitaria o cultivo de maiores reas.E isso tambm estaria vinculado ao aumento de preparativos militares. A riqueza agrcola e pecuria pode ser estocada - e, logo, tambm pode ser saqueada por bandos armados."Isso pode ter induzido grupos de agricultores a investir mais pesadamente em armas e explorar suas maiores densidades populacionais, permitindo a eles invadir e eventualmente substituir grupos vizinhos", concluiu o pesquisador.(RBN)

http://www.nace.com.br/clipping.asp?id_pub=5635&sec=14ou:Toca Raul!!! Blog do Raul MarinhoSomos todos afrodescendentesPosted inEvoluo & comportamento,teoria da evoluoby Raul Marinho on 1 maio, 2009

A ditadura do politicamente correto decretou que os negros no so mais negros, so afrodescendentes ou seja: descendentes de africanos. Mas, veja que coisa, todo ser humano afrodescendente, como se pode ver pela matria abaixo, do Ricardo Bonalume Neto, da Folha de hoje:Atlas gentico da frica mostra origem do homemEstudo de 121 populaes africanas sugere que todas descendem de 14 grupos. Varredura tambm indica que humanos modernos surgiram entre Angola e Nambia h 200 mil anos e depois colonizaram o globo. Diversidade gentica entre africanos a mais alta do planeta.Levou uma dcada, mas uma equipe internacional de pesquisadores coletou amostras de material gentico de 2.432 africanos de 113 populaes (outras oito j haviam sido estudadas), muitas delas em locais de difcil acesso. O resultado o mais completo atlas da diversidade gentica no continente onde surgiu a humanidade.O estudo confirma muito do que se sabe sobre migraes e distribuio de idiomas, embora traga algumas surpresas. Apesar de existirem mais de 2.000 grupos etnolingusticos diferentes na frica, representando um tero das lnguas faladas na Terra, elas podem ser divididas em quatro grandes famlias. So a Nger-Cordofo (Sudo), Nilo-Saariana, Afro-asitica e Khoisan.Mas, principalmente, a pesquisa uma ferramenta com potencial de esclarecer os fatores de risco genticos para vrias doenas, alm de servir para planejar ensaios clnicos mais representativos.Variao gentica significa tambm diferenas na resistncia a doenas como cncer, Aids ou malria.Os cientistas compararam os padres de variao de 1.327 trechos do cdigo gentico de 3.000 africanos. A pesquisa est publicada hoje no peridico cientfico Science. Foram estudadas 121 populaes africanas, 4 de afroamericanos e 60 de outras partes do mundo.Apesar de hoje existirem grupos de caadores-coletores espalhados pelo continente, a pesquisa mostrou que todos tm ancestrais comuns. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Sarah Tishkoff, da Universidade da Pensilvnia, essa foi uma das maiores surpresas do estudo.Estes grupos teriam uma populao ancestral que comeou a divergir 35 mil anos atrs.Os dados indicam que os africanos de hoje tm origem em 14 grupos populacionais no passado. O ser humano moderno surgiu na frica h 200 mil anos e migrou para o resto do globo nos ltimos 100 mil anos.Por estarem mais tempo em um continente, com populaes de relativamente grandes tamanhos e adaptadas a diferentes nichos ecolgicos, os africanos possuem uma maior variabilidade gentica.Nosso objetivo era coletar DNA de uma gama significativa de populaes etnicamente e geograficamente variadas na frica para que pudssemos estudar a variao gentica para beneficiar os africanos, ao permitir que eles conheam a histria da suas populaes e servir de base para pesquisa biomdica, afirmou Tishkoff em entrevista coletiva.A dificuldade de acesso e de preservao do material era um dos motivos pelos quais a frica era pouco representada nos estudos genticos. Muitas vezes pode ser um desafio conseguir amostras de DNA de pessoas vivendo em lugares geograficamente remotos e s vezes perigosos, disse Tishkoff.A pesquisa envolveu muitas vezes viagens de vrios dias em veculos com trao 4 X 4. Tnhamos de trazer todo nosso equipamento, incluindo centrfugas portteis que precisvamos ligar na bateria do carro, pois frequentemente no havia eletricidade, disse ela.Os dados da variao gentica confirmam ainda que o bero da espcie humana est no sul do continente. A anlise indicou tambm que a migrao do homem moderno se originou no sudoeste africano, perto da fronteira na costa entre Nambia e Angola.J o local de sada da frica teria sido prximo do centro do mar Vermelho.A histria de todo mundo parte da histria africana, porque todos vieram da frica, disse outro autor do estudo, Muntaser Ibrahim, da Universidade de Cartum, Sudo.https://raulmarinhog.wordpress.com/tag/afrodescendente/

ou:HOMEM MODERNO SURGIU NO SUL DA FRICA, DIZ ESTUDO.(comentado)This entry was posted on maro 8, 2011, inCategoria geral,Cincias biolgicas,Primatas e Evoluo Humana. Bookmark thepermalink. Deixe um comentrioResultados do mapeamento gentico de trabalho dos EUA condizem com achados arqueolgicos anteriores.Pesquisadores dos EUA estudaram 580 mil sequncias genticas de 27 populaes distintas do continente africano.RICARDO BONALUME NETODE SO PAULO.Que o homem moderno, Homo sapiens, surgiu na frica j um razovel consenso entre os pesquisadores. Mas onde?Um estudo do genoma, o conjunto do material gentico, de 27 diferentes populaes do continente indicou que o bero do homem moderno foi a frica do Sul.Geralmente se acredita que os humanos modernos tm origem no leste da frica, onde foram achados os crnios anatomicamente modernos mais antigos, afirmam os autores do estudo, publicado na revista PNAS, coordenado por Brenna Henn, da Universidade Stanford, Califrnia.Mas os genes contam outra histria. Os pesquisadores analisaram mais de 580 mil sequncias de material gentico conhecidas como polimorfismos de nucleotdeo simples, ou seja, variaes no genoma.Destaque especial foi dado anlise do DNA de seis populaes de caadores-coletores ainda existentes, duas de pigmeus da frica Central, os Hadza e Sandawe da Tanznia (leste da frica) e duas de bosqumanos da frica do Sul e Nambia.Antes de 5.000 anos atrs, a maior parte da frica subsaariana estava ocupada por uma coleo de populaes de caadores-coletores linguisticamente e culturalmente distintas, afirmam Henn e colegas.

DISPERSODesde ento os grupos foram desaparecendo, assimilados por populaes agropastoris ou se extinguiram.Os Hadza, por exemplo, so hoje apenas cerca de mil indivduos. Um estudo anterior indicou que os pigmeus da frica central e seus vizinhos agropastoris divergiram de uma populao comum h 60 mil anos.Os padres observados so consistentes com a origem do ser humano moderno na frica do Sul em vez da frica do Leste,, concluram os autores do estudo.Usando um modelo complexo que inclui estatsticas de localizao geogrfica e variao gnica, eles estimam que um ponto de origem no sul de 300 a 1.000 vezes mais provvel.A disperso geogrfica dos humanos a partir do sul do continente tambm consistente com achados arqueolgicos de artefatos associados ao homem moderno.Alm disso, h indicaes de que o clima no sul era mais acolhedor entre 60 mil e 70 mil anos atrs.Fonte:http://scienceblogs.com.br/discutindoecologia/2008/10/critica-ao-consenso-cientifico.phpResenha do autor o que eu sempre digo para os criacionistas, existe um consenso na comundiade cientfica. Para os leigos e necessrio compreender como a cincia trabalha e sugiro que ele leia o primeiro texto desde site.O consenso um acordo que ocorre entre os membros de uma comunidade, diferente de um sistema devotao onde todo o grupo entra na tomada deuma determinada deciso. O sistema de votao consiste em estabelecer um ponto que a maioria concorde de forma democrtica, no um consenso porque nem todos os integrantes daquela sociedade concordam com o resultado. Em cincia tambm no h unanimidade. O consenso cientfico um julgamento, umaopinio coletiva dacomunidade cientfica num determinado campo dacincia em um perodo de tempo especfico. um conjunto de teorias que a maioria de cientistas suporta como sendo as melhores nessa mesma rea. O consenso cientfico algo mutvel, no h problema algum em aceitar uma outra resposta, desde que ela seja superior a anterior. No caso da evoluo humana um consenso cientfico que a evoluo de fato ocorra, embora nem todos na cincia concordem, mas grande parte dos cientistas j afirmam ter evidencias o suficientes para dizer que a evoluo um fato.Alguns cientistas discordam, outras pessoas como criacionistas tambm, e no os incluo como cientistas porque no h teorias nem metodologias experimentais que demonstrem que a vida ou o universo sejam criados por um design. Os criacionistas trabalham tentando buscar falhas no consenso da evoluo, propondo idias como a complexidade irredutvel que foi julgada em 2005 diante de Michael Behe e refutada j que at o momento no h sequer um exemplo na natureza, todas so explicadas pela seleo natural. O caso que temos de ter um consenso para nos nortear durante as buscas por respostas.Neste texto vemos um exemplo clssico de consenso, consenso que a evoluo exista, e que o ser humano fruta da evoluo humana e que o seu aparecimento tenha se dado na frica. O que no consenso quais os passos que foram dados, ou quais fsseis esto ligados entre si.Os fsseis que representam os passos da evoluo humana existem e muitos outros so encontrados, o grande problema como remontar a arvore da evoluo humana, difcil remontar dada a quantidade de fsseis e suas semelhanas.Muitos criacionistas diziam antigamente que existiam poucos fosseis que suportavam a evoluo humana, hoje temos muitos e cada dia encontramos mais. Agora a desculpa criacionista que no sabemos ligar uns aos outros, e portanto a evoluo falha. O que era a falta de fosseis como evidencia agora se tornou o contrrio. So desculpas como essa que fazem do criacionismo uma no cincia, a incapacidade de aceitar as evidencias que vo contra os dogmas da religio que geralmente mascarada em forma de cincia. O excesso de fsseis bom, pois temos bastante informao que suportam a teoria, que vem dando peso e no o oposto. Cada fssil que no faz parte da evoluo humana descartado, o caso que em muitos fosseis s temos um exemplar, como o do Orrorin e Sahelanthropus e Ardipithecus. Aguardemos novas descobertas.Scritto da RossettiPalavras chave: Rossetti, Netnature, evoluo humana, consenso, cinciahttps://netnature.wordpress.com/2011/03/08/homem-moderno-surgiu-no-sul-da-africa-diz-estudo-com-resenha/ou:

CINCIA HISTRIAComportamento humano moderno nasceu na frica 30.000 anos antes do que se pensava, diz estudoCompilao de anos de escavao em stios arqueolgicos no sul do continente mostra que comunidades humanas j tinham ferramentas complexas h pelo menos 75.000 anos07/12/2012 s 17:37- Atualizado em07/12/2012 s 17:37Compartilhe no FacebookCompartilhe no TwitterCompartilhe no Google+Enviar por e-mailVer comentrios (0)Ferramentas de ossos da cultura pr-histrica Howiesons Poort. As linhas foram deliberadamente marcadas e podem ter significado simblico(Christopher S. Henshilwood/VEJA)A frica, onde foram encontrados os mais antigos fsseis deHomo sapiens, muito mais do que o bero do homem moderno. A compilao do resultado de diversas escavaes em stios arqueolgicos na frica do Sul, realizada pelo professor Christopher Henshilwood, pesa a favor da teoria segundo a qual o comportamento humano moderno tambm surgiu no continente. De acordo com ele, grupos humanos no sul da frica j se valiam de ferramentas complexas e objetos dotados de carga simblica h pelo menos 75.000 anos.A concluso importante uma vez que existe um debate entre os arquelogos sobre onde teriam aparecido os primeiros sinais do comportamento moderno. Em entrevista ao site de VEJA, Mercedes Okumura, pesquisadora do Museu de Arqueologia e de Etnografia da Universidade de So Paulo (MAE-USP), explica que esse comportamento definido pelo sentido de grupo e identidade, cujos vestgios pr-histricos incluem pinturas em paredes de cavernas, ferramentas lascadas e peas de rituais funerrios primitivos. "So evidncias que mostram que uma determinada populao era formada por gente como ns, o que inclui smbolos, linguagem e identidade de grupo", afirma.Existe uma corrente da arqueologia que defende que esse florescer da capacidade cognitiva humana ocorreu aps a migrao dosHomo sapiens Europa, h cerca de 40.000 anos, no perodo conhecido por Paleoltico Superior. Mas peas encontradas em escavaes nas ltimas dcadas, principalmente na caverna Blombos (costa da frica do Sul) a partir dos anos 90, comearam a oferecer evidncias do contrrio. Em seu artigo publicado nesta quinta-feira no peridicoJournal of World Prehistory, o professor Christopher Henshilwood, do Instituto de Evoluo Humana da Universidade de Witwatersrand, em Johanesburgo, argumenta que havia comportamento moderno pelo menos 30.000 anos antes, em agrupamentos humanos vivendo onde hoje territrio sul-africano.Saiba maisPALEOLTICO SUPERIORO Paleoltico Superior comeou h cerca de 40.000 anos na Europa. Datam do perodo instrumentos rudimentares, como anzis e machados de mo. Os materiais mais utilizados para confeccionar objetos eram ossos, pedras e madeira. Aparecem tambm os primeiros animais domesticados.Henshilwood estudou duas culturas pr-histricas da regio, chamadas Still Bay e Howiesons Poort. A primeira foi formada por grupos humanos que viveram entre 75.000 e 71.000 anos atrs e a segunda, entre 65.000 e 59.000 anos. Ao longo das escavaes, os arquelogos encontraram: pontas de pedra fabricadas com lascamento de presso, uma tcnica de preciso utilizada para dar o retoque final s peas, armamentos complexos como arco e flecha e artefatos de clara carga simblica, como colares de conta e ossos, ovos de avestruz e ocre (um pigmento mineral) marcados com desenhos.CONHEA A PESQUISATtulo original:Late Pleistocene Techno-traditions in Southern Africa: A Review of the Still Bay and Howiesons Poort, c. 75-59 kaOnde foi divulgada:Journal of World PrehistoryQuem fez:Christopher S. HenshilwoodInstituio:Universidade de Witwatersrand, em Johanesburgo, frica do SulResultado:O professor Christopher Henshilwood compilou os achados em stios arqueolgicos na frica do Sul de duas culturas pr-histricas. Pela complexidade dos objetos encontrados, ele afirma que o comportamento humano moderno tambm nasceu na frica dezenas de milhares de anos antes da migrao deHomo sapiens Europa."Todas essas inovaes, alm de muitas outras que estamos descobrindo, claramente mostram que oHomo sapiensdaquele tempo, no sul da frica, era cognitivamente moderno e se comportava em muitas maneiras como ns mesmos", diz Henshilwood.Clima e demografia- Em seu artigo, o professor Henshilwood escreve que ainda h pouco material para saber ao certo o que desencadeou esseboomtecnolgico. "Parece que a demografia e mudanas climticas, particularmente a alterao dos nveis do mar, foram os principais vetores da inovao e da variabilidade cultural e material", relata o arquelogo."A demografia muito importante para a inovao cultural", complementa Mercedes Okumura, do MAE-USP. Ela afirma que, como na pr-histria o domnio de tcnicas era transmitido dentro do grupo a partir de tradio oral, um aumento populacional tinha um efeito multiplicador de conhecimento.O raciocnio vale na direo oposta. O clima aparentemente tambm teve um efeito predominante para o desaparecimento dessas duas tradies, informa o estudo. "O fim da tradio Still Bay corresponde a um perodo de aridez e de baixos nveis do mar", escreve o autor no artigo. Ele pondera, no entanto, que a questo do sumio dessas culturas ainda no foi resolvida. "Uma possibilidade que ela no tenha desaparecido, mas seus integrantes viveram em nmeros reduzidos, o que torna difcil encontrar seus vestgios", conclu.Vestgios de comportamento complexo h 70.000 anosEm seu artigo, o professor Christopher Henshilwood compilou as descobertas de duas culturas pr-histricas que viveram no sul do contiente africano. Os objetos encontrados revelam um comportamento complexo h pelo menos 75.000 anos.01020304050607 1 de 7(Foto: Christopher Henshilwood/VEJA)Pedras da cultura Howiesons Poorta)Pedras com ocre encontradas na caverna Sibudu.b)Artefatos de quartzo achados na caverna Sibudu.c)Instrumentos de caa da cultura Howiesons Poort. 2 de 7(Foto: Christopher Henshilwood/VEJA)OcresObjetos com marcaes da cultura Still Bay, encontrados na caverna Blombos. 3 de 7(Foto: Christopher Henshilwood/VEJA)Ferramentas de ossosa)Ponta de osso encontrado na caverna Peers.b-g)Ferramentas de ossos da cultura Still Bay encontrados na caverna Blombos.b-e)Furadores de osso.f-g)Pontas de ossos.h-i)Linhas marcadas nas ferramentas c e g.j)Fragmento de osso com marcas. 4 de 7(Foto: Pierre-Jean Texier/VEJA)Marcaes em ovos de avestruzCascas de ovo de avestruz com marcaes, da cultura Howiesons Poort. 5 de 7(Foto: Christopher Henshilwood/VEJA)Conhas encontradas em Blombosa.Colar de contas feito de conchas, encontrado em Blombos, da cultura Still Bay. Note as perfuraes feitas com instrumentos de ossos.b.Outro exemplar, encontrado em Sindudu. Os padres de perfurao so visveis nas fotos inferiores. 6 de 7(Foto: Christopher S. Henshilwood/VEJA)Ferramentas de ossos da cultura Howiesons PoortFerramentas de ossos da cultura pr-histrica Howiesons Poort. As linhas foram deliberadamente marcadas e podem ter significado simblico. 7 de 7(Foto: Magnus Haaland/VEJA)Caverna BlombosVista panormica da caverna Blombos, importante stio arqueolgico na frica do Sul.TAGs:Arqueologiafrica do Sulhttp://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/o-comportamento-humano-moderno-nasceu-na-africa-30-000-anos-antes-do-que-se-sabia-diz-estudo/07.12.2012.Ou:Homem moderno nasceu na fricaHomo sapiens no deve ter surgido em vrios locais simultaneamentePor:Thas FernandesPublicado em 05/01/2001| Atualizado em29/09/2009A confirmao da teoria de que o homem moderno teve origem na frica um dos resultados mais recentes da parceria entre gentica e arqueologia. De acordo com um estudo publicado na revistaNatureem 7 de dezembro de 2000, osHomo sapienspartiram do continente africano em algum momento dos ltimos 100 mil anos. Dali, eles seguiram em direo Europa, Oriente Mdio e sia e promoveram a expanso para o resto do mundo.

O homem moderno surgiu na frica - entre 130 mil e 465 mil anos atrs - e, nos ltimos 100 mil anos, iniciou sua expanso

Os pesquisadores, dirigidos pelo bilogo e geneticista Ulf Gyllensten, da Universidade de Uppsala, na Sucia, analisaram o DNA mitocondrial (DNAmt) de 53 pessoas de diversas localidades. A anlise, feita pela primeira vez em todas as seqncias do DNAmt (pesquisas anteriores se baseavam em menos de 7% da molcula), permitiu estabelecer com preciso os laos de parentesco de vrias geraes por meio da identificao das seqncias desse DNA que sofreram mutaes. Os resultados apontam que o ancestral comum do homem moderno viveu na frica h 171.500 anos e parte de sua descendncia comeou a emigrao.

OHomo erectus, surgido na frica h dois milhes de anos, deslocou-se em uma primeira onda de emigrao que originou o Homem de Java, o Homem de Pequim e o Homem de Tautavel (sul da Frana). Esses homens pr-histricos so a base da teoria multiregional, que sustenta que, a partir de um ancestral arcaico comum, o homem moderno teria evoludo simultaneamente em diferentes partes do mundo. Segundo essa teoria, na Europa, por exemplo, oHomo erectusteria originado o Homem de Neandertal, adaptado ao rigoroso clima da era glacial, que posteriormente deu origem aoHomo sapiens.

No entanto, escavaes feitas nos ltimos anos indicam que neandertalianos e homens modernos conviveram durante dezenas de milhares de anos. Em Java, fsseis deHomo erectus(espcie que, acredita-se, desapareceu h 200 mil anos) apresentaram datao de apenas 27 mil anos. Alm disso, fsseis encontrados na Europa e na sia apontam que homindeos j habitavam o planeta antes da emigrao africana doHomo sapiens.

Esses achados levaram hiptese de que o homem moderno conviveu com homens de Neandertal e Homo erectus. Os resultados da pesquisa de Gyllensten so compatveis com essa hiptese e contradizem a teoria multiregional. OHomo sapiensnasceu na frica e, durante sua expanso, encontrou os neandertalianos no continente europeu e uma forma mais arcaica deHomo erectusna sia - grupos que desapareceram devido a alteraes climticas ainda no identificadas pelos cientistas.

Thas FernandesCincia Hoje On-line05/01/01

http://cienciahoje.uol.com.br/especiais/genetica-e-arqueologia-de-maos-dadas/homem-moderno-nasceu-na-africa

ou:ORIGEMEstudo gentico diz que homem moderno surgiu no sul da fricaForam analisadas 580 mil amostras de genes de 27 povos africanos atuais

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Foram analisadas 580 mil amostras de genes de 27 povos africanos atuaisPUBLICADO EM 08/03/11 - 19h58Londres, Reino Unido. Um novo estudo gentico entrou na discusso sobre as razes da humanidade, fortalecendo a verso de que o ser humano moderno surgiu no sul da frica e no no leste do continente, como indicam pesquisas e descobertas anteriores.

Agora, pesquisadores norte-americanos sustentam que o sul africano provavelmente ofereceu melhores condies para o surgimento do ser humano moderno. "A frica apontada como o continente de origem de todas as populaes humanas modernas. Mas os detalhes da pr-histria e da evoluo humana na frica permanecem obscuros devido s trajetrias complexas de centenas de populaes distintas", afirma um estudo da Universidade de Stanford, na Califrnia.

Os cientistas, coordenados pela geneticista Brenna Henn, encontraram uma "diversidade (gentica) enorme" entre as populaes caadoras e coletoras da frica - mais que entre as sedentrias, baseadas na agricultura.

Tais populaes eram altamente estruturadas e relativamente isoladas umas das outras, provavelmente retendo grandes variaes genticas entre si, afirmou Brenna. "Analisamos os padres de diversidade gentica de 580 mil amostras de 27 populaes africanas atuais, e percebemos um declnio de diversidade que comea de fato no sul da frica e progride medida que a anlise caminha em direo ao norte do continente", diz Brenna.

Os modelos usados so consistentes com a perda de variedade gentica que ocorre quando um nmero muito pequeno de indivduos estabelece uma nova populao a partir de uma populao original mais numerosa. "As populaes no sul da frica tm a maior diversidade gentica de qualquer populao de que temos notcia. Isso sugere que essa pode ter sido a melhor regio para dar origem aos humanos modernos", diz Brenna.

O paleontlogo Chris Stringer, do Museu de Histria Natural de Londres, que no faz parte da equipe que elaborou o estudo, disse que a pesquisa um "marco" no seu campo de pesquisa. " um marco, que conta com muito mais dados sobre os grupos de caadores e coletores que qualquer outro, mas eu continuo cauteloso em apontar um local de origem (para os primeiros humanos)", afirmou o professor, que discorda da viso de que tenha havido uma espcie de "Jardim do den" a partir do qual a humanidade evoluiu.

http://www.otempo.com.br/capa/brasil/estudo-gentico-diz-que-homem-moderno-surgiu-no-sul-da-frica-1.352699

ou:Estudo gentico indica que ser humano moderno surgiu no sul da fricaPesquisa contraria verso que o homem teria ser originado no leste do continenteBBC Brasil|08/03/2011 13:35 A+ A-Compartilhar:selo

Foto: Getty ImagesCaador da tribo Khomani, do Sul da frica: estudo gentico afirma que tribos da regio so as mais antigasUm novo estudo gentico entrou na discusso sobre as razes da humanidade, fortalecendo a verso de que o ser humano moderno surgiu no sul da frica e no no leste do continente, como indicam pesquisas e descobertas anteriores.

Em um artigo divulgado na publicao cientfica Proceedings of the National Academy of Sciences, os pesquisadores americanos sustentam que o sul da frica provavelmente ofereceu melhores condies para o surgimento do ser humano moderno.

"A frica apontada como o continente de origem de todas as populaes humanas modernas. Mas os detalhes da pr-histria e da evoluo humana na frica permanecem obscuros devido s trajetrias complexas de centenas de populaes distintas", afirma o estudo.

A coautora do estudo Brenna Henn, da Universidade Stanford, na Califrnia, disse BBC que a equipe encontrou uma "diversidade (gentica) enorme" entre as populaes caadoras e coletoras da frica - mais que entre as sedentrias, baseadas na agricultura.

Tais populaes eram altamente estruturadas e relativamente isoladas umas das outras, provavelmente retendo grandes variaes genticas entre si, afirmou. "Analisamos os padres de diversidade gentica entre 27 populaes africanas atuais, e percebemos um declnio de diversidade que comea de fato no sul da frica e progride medida que a anlise caminha em direo ao norte do continente", contou Henn.

MarcoOs modelos usados pela equipe so consistentes com a perda de variedade gentica que ocorre quando um nmero muito pequeno de indivduos estabelece uma nova populao a partir de uma populao original mais numerosa. "As populaes no sul da frica tm a maior diversidade gentica de qualquer populao de que temos notcia", afirmou a pesquisadora. "Isso sugere que esta pode ter sido a melhor regio para dar origem aos humanos modernos."

O paleontlogo Chris Stringer, do Museu de Histria Natural de Londres, que no faz parte da equipe que elaborou o estudo, disse que a pesquisa um "marco" no seu campo de pesquisa. " um marco, que conta com muito mais dados sobre os grupos de caadores e coletores que qualquer outro, mas eu continuo cauteloso em apontar um local de origem (para os primeiros humanos)", afirmou.

'Jardim do den'O professor discorda da viso de que tenha havido uma espcie de "Jardim do den" a partir do qual a humanidade evoluiu. "Diferentes populaes da frica antiga provavelmente contriburam com os genes e o comportamento que formam o ser humano moderno."

Stringer explicou que, embora a ocorrncia de grupos caadores e coletores seja bastante restrita atualmente, pinturas rupestres atribudas a esses grupos sugerem que no passado eles se espalhavam por uma rea muito maior.

"O novo estudo sugere que os genes dos Khomani (grupo tnico do sul da frica), dos Biaka (da frica Central) e dos Sandawe (do leste) parecem ser os mais diversos, e por conseqncia estas so as mais antigas populaes deHomo sapiens", argumenta. " mais provvel que os grupos sobreviventes de caadores e coletores sejam hoje restos localizados de populaes que em outras pocas se distribuam por toda a frica subsaariana h 60 mil anos", afirmou o paleontlogo. Leia mais sobre: gentica origem humana

http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/estudo+genetico+indica+que+ser+humano+moderno+surgiu+no+sul+da+africa/n1238143156525.htmlou:S EXISTE UMA RAA, E ELA SURGIU NA FRICA

Nem branca, nem negra, amarela ou vermelha. Na face da Terra existe uma nica raa: a humana. Todos ns fazemos parte dela28 DE DEZEMBRO DE 2012 S 17:59H alguns anos o racismo voltou a assombrar o mundo e a encontrar expresso poltica, justamente na Europa, onde no se imaginaria que poderia ressurgir. Na Frana, as idias racistas professadas pela Frente Nacional de Jean-Marie Le Pen e sua filha, Marine Le Pen, atraram parcela considervel do eleitorado. Em vrios outros pases europeus, partidos da direita, e at mesmo de movimentos neofascistas conquistaram numerosas cadeiras nos parlamentos. Na mesma medida em que aumenta o nmero de refugiados e de imigrantes vindos de naes do Terceiro Mundo, aumenta o sentimento de ancestral xenofobia de muitos europeus, que rapidamente encontra seus canais de expresso poltica. interessante se observar como, ao longo da histria, as polticas racistas nunca deixaram de pedir cincia que legitimasse sua hierarquizao social, seus preconceitos e excluses. Muitos foram os cientistas que prontamente se puseram a conceber teorias, instrumentos de medio, critrios e teses que supostamente definiam as caractersticas das diferentes raas humanas e formulavam a base de sustentao de uma srie de eventos que marcaram a histria do homem, da expanso colonial europeia ao apartheid sul-africano, do segregacionismo norte-americano ao nazismo.Nos ltimos anos, a palavra raa, alis, desapareceu discretamente dos livros escolares e as antigas classificaes foram desacreditadas. Isso aconteceu graas s descobertas da paleontologia, da gentica, da etnologia. Mesmo assim, ainda existem alguns pesquisadores isolados que professam a existncia de raas. Quando, em 1994, os psiclogos Charles Murray e Richard Herrnstein publicaram nos Estados UnidosThe bell curve, com 800 pginas de grficos e anlises que demonstravam que o QI de negros era inferior ao dos brancos, a obsesso racista que inspirou o livro no deixou margem para dvidas. Seu objetivo poltico foi claramente percebido: abolir os programas sociais, colocados em prtica h 30 anos por Washington, em favor dos mais pobres.O que se pergunta, nos dias de hoje, se um cientista pode se interessar por raas humanas sem procurar demonstrar sua desigualdade. Na verdade, cada um de ns tem sua prpria definio do termo, assim como os idelogos do racismo sempre encontram defensores para proclamar que o politicamente correto cientificamente incorreto.

A evoluoNo sculo 18, o botnico sueco Carl von Linn criou o sistema de classificao dos seres vivos ainda hoje utilizado e estabeleceu o nome cientfico deHomo sapienspara a espcie humana. Mas, sem contrariar o pensamento dominante na poca, dividiu a humanidade em subespcies de acordo com a cor da pele, o tipo fsico e pretensos traos de carter: os vermelhos americanos, geniosos, despreocupados e livres; os amarelos asiticos, severos e ambiciosos; os negros africanos, ardilosos e irrefletidos; e os brancos europeus, ativos, inteligentes e engenhosos. Essa classificao da diversidade humana em grandes raas no s foi totalmente aceita como tambm serviu de base para classificaes futuras, que alteravam a de Linn e oscilavam entre uma variedade que ia de trs a 400 raas.No sculo 19, as descobertas arqueolgicas destruram explicaes simplistas para a origem do homem na Terra, a origem do planeta que habitamos. EmA origem das espcies,Charles Darwin formulou a teoria da mutao das espcies. Observou que, por meio da mutao, as espcies se adaptam ao meio natural, geram criaturas diferentes de si mesmas e do origem a novas espcies. Concluiu, ento, que algumas espcies se extinguiam dando lugar a outras: esse processo seria o da seleo natural. Mais tarde, Darwin estendeu essa teoria para o surgimento do homem, classificando-o como descendente dos antropides. A comunidade cientfica e outros setores da sociedade opuseram-se a essa concluso, pois no podiam admitir que o homem branco, superior, descendesse de macacos. Na verdade, sabe-se hoje que o homem parente do macaco e no seu descendente. As descobertas de Darwin foram muito importantes, mas no definitivas, pois as pesquisas continuam, lanando sempre novas luzes sobre as origens do homem.

A mais antiga espcie de homindeo foi oAustralopithecus,que surgiu no sul da frica h cerca de 3 milhes de anos. Este nosso provvel ancestral tinha algumas caractersticas semelhantes ao homem moderno e criou o primeiro instrumento. Quando um dos nossos ancestrais passou a andar sobre os dois ps, ficou com as mos livres para fazer e usar objetos. O trabalho com as mos foi sofisticando a sua capacidade de manipular, estimulando o crescimento do seu crebro e a sua capacidade intelectual e dotou-o de cultura, diferenciando-o dos animais.A expansoO homem comeou a se diversificar muito cedo, l pelos 2,5 milhes de anos, quando saiu de seu lugar de nascimento, a frica oriental. Ele se propagou atravs de todo o mundo antigo, isto , frica, Europa e sia. Mas as glaciaes produziram dois isolados pontos geogrficos: a Europa, na qual o norte foi inteiramente recoberto por glaciares; e a Indonsia, que era unida ao continente asitico e dele foi separada no final das glaciaes. Esses dois isolamentos levaram a um derivado gentico e moldaram dois grupos: oPitecantropona Indonsia e o homem deNeandertalna Europa, muito diferentes anatomicamente de nosso ancestral, o homem moderno que j vivia algures. Este, oHomo sapiens sapiens,h 500 mil anos expandiu suas fronteiras em todas as direes, a partir de uma segunda onda de povoamento na Europa, na sia, na Austrlia e na Amrica.Segundo o paleontlogo Yves Coppens, diretor do Laboratrio de Antropologia do Museu de Histria Natural de Paris, oNeandertale nosso ancestral, oCro-Magnon,ao que se sabe constituram na Europa duas raas distintas. Mas ainda no sabemos se essas populaes se inter-fecundaram, isto , se geraram descendncia fecunda. Tambm no sabemos se o homem deNeandertal,desaparecido h uns 30 mil anos, como o pitecantropo indonsio, se fundiu com a populao deHomo sapiens,ou se extinguiu.Para o paleontlogo, talvez seja essa a nica questo sobre raa que hoje interessa cincia. Em um sculo de descobertas, vimos se delinearem outras fronteiras no seio da humanidade. Se retomarmos o sentido zoolgico do termo uma subespcie diferenciada mas que se inter-fecunda com outras subespcies , no existe na superfcie da terra seno uma nica raa humana conhecida, a doHomo sapiens sapiens.A pesquisa paleontolgica e seu prolongamento antropolgico tentam estabelecer, dentre outras coisas, quais so as filiaes, os laos de parentesco que unem esses humanos. Mas, para Pierre Darlu, geneticista no Laboratrio de Epidemiologia Gentica de Paris, todas as classificaes tentadas at hoje tiveram como ponto comum a ocultao do carter evolutivo do homem.Andr Langanney, diretor do Laboratrio de Antropologia biolgica do Museu do Homem, Paris, acredita que existem dois conceitos diferentes de raa humana: um inclui as particularidades imediatamente perceptveis entre os indivduos (lngua, cultura, aparncia fsica), devido s diferenas de suas populaes de origem; outro o conceito cientfico, igualmente emprico, aquele que foi estabelecido por Linn no sculo 18, o das quatro raas. Essa formulao foi contestada, algumas dcadas mais tarde, pelo filsofo alemo Johann Gottfried Herder, que afirmava no existirem nem quatro nem cinco raas humanas, ao contrrio, havia a continuidade da variao nas populaes.

Uma s espcieDizer, hoje em dia, que existem raas humanas, implica em demonstrar a existncia de grupos distintos, possuidores de traos comuns entre si e de particularidades que no se encontraram em nenhum outro grupo. claro que entre um senegals, um cambojano e um italiano existem, evidentemente, diferenas fsicas visveis: cor da pele e dos olhos, tamanho, textura dos cabelos etc. Mas hoje em dia j sabemos que o patrimnio gentico dos trs extremamente prximo. A descoberta dos grupos sanguneos, da variao das enzimas, das sequncias de DNA, dos anticorpos e tantas outras, puseram em evidencia o parentesco dos homens entre si, assim como sua extraordinria diversidade. Uma combinao de genes, frequente numa populao e rara em outra, , assim mesmo, potencialmente presente em toda parte.A comprovao se deu em 2002, quando uma equipe de sete pesquisadores dos Estados Unidos, Frana e Rssia comparou 377 partes do DNA de 1056 pessoas originrias de 52 populaes de todos os continentes. O resultado mostrou que entre 93% e 95% da diferena gentica entre os humanos encontrada nos indivduos de um mesmo grupo e a diversidade entre as populaes responsvel por 3% a 5%. Ou seja, dependendo do caso, o genoma de um africano pode ter mais semelhanas com o de um noruegus do que com algum de sua prpria cidade na frica! O estudo tambm mostrou que no existem genes exclusivos de uma populao, nem grupos em que todos os membros tenham a mesma variao gentica.Muitas diferenasNa sua longa evoluo at atingir a sua forma humana final, nosso ancestral foi se adaptando fisicamente s condies ambientais. Perdeu os pelos do corpo, provavelmente h pouco menos de 2 milhes anos, por que comeou a fazer longas caminhadas e precisava esfriar o corpo. Sem pelo, ficou com o corpo exposto e as clulas que produziam melanina se espalharam por toda a pele. A mudana na colorao da pele foi descoberta em 1991pela antroploga Nina Joblonski, da Academia de Cincias da Califrnia, Estados Unidos, ao encontrar estudos que mostravam que pessoas de pele clara expostas forte luz solar tinham nveis muito baixos de folato. Como a deficincia dessa substncia em mulheres grvidas pode levar a graves problemas de coluna em seus filhos, e como o folato essencial em atividades que envolvam a proliferao rpida de clulas, tais como a produo de espermatozides, a antroploga concluiu que nos ambientes prximos linha do Equador, a pele negra era uma boa forma de manter o nvel de folato no corpo, garantindo assim a descendncia sadia. Para provar suas teorias a respeito de cor da pele, Nina Joblonski usou um satlite da NASA e criou um mapa de padres de radiao ultravioleta em nosso planeta, mostrando que o homem evoluiu com diferentes cores de pele para se adaptar aos diferentes meio-ambientes.Assim, o homem saiu da frica e chegou sia, e de l foi para a Oceania, a Europa e por fim para a Amrica. Nas regies menos ensolaradas, a pele negra comeou a bloquear demais os raios ultravioleta, sabidamente nocivo mas essencial para a formao da vitamina D, necessria para manter o sistema imunolgico e desenvolver os ossos. Por isso, as populaes que migraram para regies menos ensolaradas desenvolveram uma pele mais clara para aumentar a absoro de raios ultravioleta. Portanto, a diferena de colorao da pele, da mais clara at a mais escura, indicaria simplesmente que a evoluo do homem procurou encontrar uma forma de regular nutrientes.

Ao se espalhar pelo mundo, os humanos s tinham uma arma para enfrentar uma grande variedade de ambientes: sua aparncia. Para enfrentar o calor excessivo, a altura ajuda a evaporar o suor, como o caso dos quenianos. O cabelo encarapinhado ajuda a reter o suor no couro cabeludo e a resfri-lo; o oposto vale para as populaes das regies mais frias do planeta. O corpo e a cabea dos mongis, que se desenvolveram por l, tendem a ser arredondados para guardar calor, o nariz, pequeno para no congelar, com narinas estreitas para aquecer o ar que chega aos pulmes, e os olhos, alongados e protegidos do vento por dobras de pele.Cada um de ns nico, e sabemos disso por que podemos identificar perfeitamente um indivduo por seu cdigo gentico, a no ser que tenha um gmeo idntico. Mas, em se tratando de grupos, sabe-se que as diferenas no escondem diferenas genticas. As populaes da frica Central e da Papua-Nova Guin, parecidos fisicamente, pois viveram no mesmo tipo de meio ambiente, tem os patrimnios genticos mais diferenciados no mundo.Na atual guerra contra o terrorismo, muitos pases chegaram a pensar num teste que determinasse a origem magrebina ou europia de um indivduo a partir de seu cdigo gentico, uma vez que as populaes do Maghreb (Tunsia, Arglia, Marrocos, Mauritnia e Lbia), que trocam migrantes entre si desde a pr-histria, tm de85 a90 % de genesem comum. Mas, para Andr Langanney, diretor do Laboratrio de Antropologia Biolgica do Museu do Homem, Paris, a idia absurda, a no ser que se queira chegar a 6 bilhes de categorias, ou o tanto de homens que vivem no planeta.Racismo cientficoA noo de raa foi desacreditada pelos bilogos que, bem antes de 1960, determinaram a variabilidade gentica nos grupos humanos. Mas um grande nmero de antroplogos continuaram, at os anos 1970-1980 (um sculo depois dos trabalhos antropomtricos do neurologista e antroplogo francs Paul Broca, que deu origem disciplina), a aplicar os cnones descritivos e classificadores herdados da era colonial. Eles acreditavam em raa, um conjunto de traos fsicos e psicolgicos distintos, hereditrios.No sculo19, apartir de pseudo-medies de crnios, afirmava-se que os negros da frica e os australianos eram naturalmente inferiores aos europeus. O fisiologista alemo Friedrich Tiedemann demonstrou, nos anos 1830, que o tamanho do crebro dos homens negros era equivalente ao dos brancos. Mas como era abolicionista, foi tachado de preconceituoso sentimental.O racismo cientfico data dessa mesma poca. As idias reformistas dos iluministas professavam a tese de uma grande corrente ininterrupta ligando os povos da terra. Os selvagens eram considerados aperfeioveis, pois a humanidade caminharia num movimento conjunto em direo civilizao.

Claude Blanckaert, historiador da cincia no Museu Nacional de Histria Natural, Paris, acredita que a teoria das raas demonstra que a cincia jamais neutra. A tese da grande corrente tornou-se, com o tempo, uma escala rgida de raas, dominada pelos europeus..A partir de 1860, as cincias naturais e pr-histricas concordam que o homem tem uma histria bem mais antiga do que se supunha at ento. Mas as teorias se adaptam s idias darwinistas: ao se admitir que as raas so diferentes quase desde a origem da humanidade, sugere-se que certos povos foram submetidos a uma interrupo de desenvolvimento.No sculo 20, as mitologias nacionalistas foram dominadas pelos clichs, tudo para justificar as polticas colonialistas. O auge desse pensamento foi a ideologia da raa ariana, uma tremenda enganao cientfica, que justificava a eliminao da anti-raa, o judeu.O sculo 21 fez sua estria sob a sombra da diviso entre o bem, simbolizado por povos ocidentais (americanos e europeus) e o mal, personificado pelos povos do oriente. Que as idias racistas no criem mais nenhuma explicao cientfica para provar mais nada!Vdeo:O canal francs ARTE de televiso produziu este vdeo primoroso sobre a frica como bero da humanidade. Embora seja narrado em francs, as imagens so belssimas, e vale a pena v-lo.

http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/89206/S-existe-uma-raa-e-ela-surgiu-na-frica.htm

Infogrfico: Diversidade do continente africanohttp://revistaescola.abril.com.br/swf/animacoes/187_africa_info.swf

Expanso do homem moderno para outros continentes:Homem moderno nasceu na fricaHomo sapiens no deve ter surgido em vrios locais simultaneamentePor:Thas FernandesPublicado em 05/01/2001| Atualizado em29/09/2009A confirmao da teoria de que o homem moderno teve origem na frica um dos resultados mais recentes da parceria entre gentica e arqueologia. De acordo com um estudo publicado na revistaNatureem 7 de dezembro de 2000, osHomo sapienspartiram do continente africano em algum momento dos ltimos 100 mil anos. Dali, eles seguiram em direo Europa, Oriente Mdio e sia e promoveram a expanso para o resto do mundo.

O homem moderno surgiu na frica - entre 130 mil e 465 mil anos atrs - e, nos ltimos 100 mil anos, iniciou sua expanso

Os pesquisadores, dirigidos pelo bilogo e geneticista Ulf Gyllensten, da Universidade de Uppsala, na Sucia, analisaram o DNA mitocondrial (DNAmt) de 53 pessoas de diversas localidades. A anlise, feita pela primeira vez em todas as seqncias do DNAmt (pesquisas anteriores se baseavam em menos de 7% da molcula), permitiu estabelecer com preciso os laos de parentesco de vrias geraes por meio da identificao das seqncias desse DNA que sofreram mutaes. Os resultados apontam que o ancestral comum do homem moderno viveu na frica h 171.500 anos e parte de sua descendncia comeou a emigrao.

OHomo erectus, surgido na frica h dois milhes de anos, deslocou-se em uma primeira onda de emigrao que originou o Homem de Java, o Homem de Pequim e o Homem de Tautavel (sul da Frana). Esses homens pr-histricos so a base da teoria multiregional, que sustenta que, a partir de um ancestral arcaico comum, o homem moderno teria evoludo simultaneamente em diferentes partes do mundo. Segundo essa teoria, na Europa, por exemplo, oHomo erectusteria originado o Homem de Neandertal, adaptado ao rigoroso clima da era glacial, que posteriormente deu origem aoHomo sapiens.

No entanto, escavaes feitas nos ltimos anos indicam que neandertalianos e homens modernos conviveram durante dezenas de milhares de anos. Em Java, fsseis deHomo erectus(espcie que, acredita-se, desapareceu h 200 mil anos) apresentaram datao de apenas 27 mil anos. Alm disso, fsseis encontrados na Europa e na sia apontam que homindeos j habitavam o planeta antes da emigrao africana doHomo sapiens.

Esses achados levaram hiptese de que o homem moderno conviveu com homens de Neandertal e Homo erectus. Os resultados da pesquisa de Gyllensten so compatveis com essa hiptese e contradizem a teoria multiregional. OHomo sapiensnasceu na frica e, durante sua expanso, encontrou os neandertalianos no continente europeu e uma forma mais arcaica deHomo erectusna sia - grupos que desapareceram devido a alteraes climticas ainda no identificadas pelos cientistas.

Thas FernandesCincia Hoje On-line05/01/01

Diviso da Pr-histria:A Pr-Histria

Pr-histria o nome que os pesquisadores do ao perodo compreendido entre 3 e 2 milhes a.C. a 4000 ou 3500 a.C. As dataes so sempre aproximadas e chegam a variar em milhares de anos.Apesar dos avanos, nossos conhecimentos sobre a pr-histria so ainda bastante precrios, pois estamos falando de um perodo remoto, com centenas de milhares de anos de durao.Os primeiros estudos sobre as origens da humanidade s apareceram no sculo XVIII: graas intensificao das viagens martimas, ao encontro de civilizaes diferentes das conhecidas na Europa e ao desenvolvimento das cincias naturais, descobriu-se que nosso planeta passara por numerosas transformaes que modificaram a crosta terrestre, a configurao dos continentes, a fauna e a flora.No sculo XIX, importantes achados arqueolgicos na frica, Europa, Amrica e sia revelaram novos dados sobre a pr-histria, possibilitando aprofundar nosso conhecimentos sobre o perodo.A diviso tradicional entre Pr-histria e Histria, tem recebido crticas da historiografia moderna, pois o termo Pr-histria, pode sugerir que o homem desse perodo no faz parte da Histria. O que no verdadeiro. O homem um ser histrico, desde o seu surgimento na Terra.Para reconstruir esse passado to remoto da humanidade, os historiadores utilizam-se das fontes histricas. Muitas dessas fontes so descobertas arqueolgicas como: restos de esqueletos, utenslios, armas, vestimentas, construes, objetos de arte,etc.

DIVISO DA PR-HISTRIA

Paleoltico ou Idade da Pedra LascadaDo aparecimento do homem at cerca de 10 mil a.C.

Neoltico ou Idade da Pedra PolidaDe 10 mil a.C. at cerca de 4 mil a.C.

Idade dos MetaisDe 4 mil a.C. at cerca de 3500 a.C.Neste perodo que se d a passagem da pr-histria para a histria com os primeiros registros escritos e o incio da civilizao.

25/05/05

Trs fases da Pr-histria:3 fases da pr-histriaHomeCuriosidades3 fases da pr-histriaMichel Goulartsetembro 19, 2011APr-Histriacorresponde a um longo perodo de 3,6 milhes de anos. Termina com o surgimento da escrita, h 4 mil anos. importante conhecer a fundo este perodo histrico, pois foi naqueletempoque as mudanas tecnolgicas transformaram a forma com que o ser humano se relacionava com a natureza. Esta lista ajuda a conhecer um pouco mais desta trajetria.Paleoltico

OPaleoltico tambm denominado Idade da Pedra Lascada, e abrange um perodo que vai de 4 milhes a 10 mil anos, aproximadamente. Neste perodo, os seres humanos eram nmades, ou seja, deslocavam-se de um lugar para outro em busca de alimentos. Viviam da caa e da coleta. Alimentavam-se basicamente de frutos, razes, peixes e pequenosanimais. medida que os utenslios foram se aperfeioando, passaram a caar grandes animais.Neoltico

ONeoltico tambm denominado Idade da Pedra Polida, e abrange um perodo que vai de 10 mil a 5 mil anos, aproximadamente. Neste perodo, a relao com omeio-ambientemudou. O homem j no vivia s da caa, pesca e coleta. Passou a semear as terras frteis e a aguardar a poca das colheitas. Surgiu, portanto, a agricultura e a criao de animais. Os seres humanos passaram a morar permanentemente num s lugar, tornando-se sedentrio.Idade dos Metais

AIdade dos Metais o ltimo perodo da Pr-Histria, e abrange um perodo que vai de 6000 a.C. a 4000 a.C., aproximadamente. Este perodo se refere ao momento em que o ser humano adquiriu seus primeiros conhecimentos sobre a tcnica de fundir, ou derreter, metais. Este processo se denomina metalurgia. O primeiro metal utilizado foi o cobre. Mais tarde, o homem descobriu a liga do cobre com o estanho, obtendo o bronze. Com o uso de forjas e foles, a metalurgia melhorou, atingindo o ferro.

Idade dos Metais:Idade dos MetaisPublicado por:Rainer Gonalves SousaemPr-Histria31 comentriosArtefatos em metal produzidos na Antigidade.Esse ltimo perodo da Pr-Historia demarca o conjunto de transformaes que do incio ao aparecimento das primeiras civilizaes da Antigidade. Nessa poca os primeiros utenslios formados pelo manuseio de ligas metlicas deram lugar aos instrumentos feitos de pedra. Os primeiros materiais utilizados foram o cobre e o bronze. Tempos depois foram dominadas as tcnicas de fundio do ferro.

Por volta de 3000 a.C., o bronze era produzido no Egito e na Mesopotmia. Tempos mais tarde o mesmo material passou a ser manuseado em rgios da Pennsula Ibrica. Na sia Menor, por volta de 1500 a.C., o ferro comeou a ser fundido. Devido a sua difcil obteno, o uso desse minrio se propagou lentamente. A sua maior resistncia foi de grande importncia para que os materiais de guerra fossem adotados. A fabricao de armas de ferro possibilitou, at mesmo, a supremacia de alguns povos do perodo.

Com o manuseio dos metais, um novo tipo de ocupao surgia: o artesanato. Ao logo do tempo, essa nova atividade se estabeleceu juntamente com os primeiros centros urbanos da Antigidade. As comunidades agrcolas auto-suficientes transformam-se em cidades, realizando a chamada Revoluo Urbana. De acordo com alguns estudos, os primeiros centros urbanos surgiram na parte sul da Mesopotmia, onde posteriormente surgiu a civilizao sumeriana.

O desenvolvimento de sociedades complexas acabou exigindo uma nova configurao poltica. A autoridade familiar e patriarcal j se mostrava insuficiente para controlar os diferentes e amplos grupos sociais das cidades. Foi ento que o Estado surgiu como uma instituio poltica responsvel por definir as aes a serem empreendidas em favor das populaes citadinas. As obras pblicas, a regulamentao do comrcio e a organizao das atividades agrcolas passaram a ser geridas pelos poderes estatais.Por Rainer SousaMestre em Histria

Arte rupestre:Arte Rupestre

PorThais PacievitchArte Rupestre o mais antigo tipo de arte da histria. Tambm conhecida como gravura oupintura rupestre. Esse tipo de arte teve incio no perodo Paleoltico Superior. A arte rupestre encontradaem todos os continentes.

Arte Rupestre em rocha nos EUA. Foto: Mark Herreid / Shutterstock.comO estudo da arte rupestre favoreceu o conhecimento de pesquisadores em relao aos hbitos dos povos da antiguidade e a sua cultura. As matrias primas utilizadas para a expresso artstica dos povos da antiguidade eram: pedras, ossos e sangue de animais. O sangue, assim como o extrato de folhas de rvores era utilizado para tingir. Silhuetas de mo e ps, portanto, devem ser as mais primitivas expresses artsticas.As principais obras eramdesenhose pinturas, tendo como tela as paredes e tetos de cavernas. Eram representados, principalmente, animais selvagens, linhas, crculos e espirais. Seres humanos eram mais representados em situaes de caa. Ossos, pedras e madeiras eram utilizados em esculturas.A idia de que a arte rupestre obra dos homens pr-histricos foi aceita por especialistas apenas em 1902.

Arte rupestre. Foto: Janelle Lugge / Shutterstock.comNa Amrica, alm da arte rupestre pr-histrica, encontrada a arte chamada de pr-colombiana, fruto do trabalho de astecas, maias e incas. So esculturas, pinturas, e grandes templos construdos com pedras.No territrio brasileiro existem vrios stios de arte rupestre pr-histrica. Existem pesquisadores que defendem a tese de que a arte rupestre, noBrasil, no seria obra dos ndios, e sim de gregos, vikings ou fencios que teriam passado por aqui. O maior stio brasileiro de arte rupestre fica no estado do Piau, precisamente na Serra da Capivara.No Brasil, os desenhos de diferentes pocas sugerem rituais, cenas de sexo, animais, cenas de luta ou mesmo representaes geomtricas. Estudos tm apontado a possibilidade de alguns desenhos representarem algumas noes de astronomia.A arte rupestre brasileira, diferente do que ocorre em outros pases, no preservada devidamente. Apesar de tratar-se de um patrimnio histrico (ou pr-histrico) o descuido, queimadas, a ao deempresasde minerao, e as depredaes tpicas de turistas (como carregar lembranas) e dos pichadores (vndalos), uma ameaa a esse patrimnio de valor inestimvel.Leia tambm: