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Aula 3 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
Ol amigos! Como bom estar aqui!
Vamos continuar nossa ampla reviso de AFO. a ltima aula. Est chegando
a prova! Como em qualquer resumo, no trataremos de todos os artigos da
LRF, apenas dos mais cobrados em provas e com maior probabilidade de
aparecerem no nosso concurso.
1. GESTO FISCAL E TRANSPARNCIA
A LRF estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a
responsabilidade na gesto fiscal, a qual pressupe ao planejada e
transparente, em que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar
o equilbrio das contas pblicas, mediante o cumprimento de metas de
resultados entre receitas e despesas e obedincia a limites e condies no
que tange renncia de receita, gerao de despesas com pessoal, da
seguridade social e outras, dvidas consolidada e mobiliria, operaes de
crdito, inclusive por antecipao de receita, concesso de garantia e inscrio
em Restos a Pagar.
As disposies da LRF obrigam a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. Nas referncias Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municpios, esto compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste
abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judicirio e o Ministrio Pblico;
bem como as respectivas administraes diretas, fundos, autarquias,
fundaes e empresas estatais dependentes. Ainda, a Estados entende-se
considerado o Distrito Federal; e a Tribunais de Contas esto includos:
Tribunal de Contas da Unio, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver,
Tribunal de Contas dos Municpios e Tribunal de Contas do Municpio.
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Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal a
instituio, previso e efetiva arrecadao de todos os tributos da competncia constitucional do ente da Federao. No entanto, vedada
a realizao de transferncias voluntrias para o ente que no observe
tal determinao no que se refere aos impostos. Assim, apesar de os re-quisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal contemplarem os
tributos, a vedao quanto s transferncias voluntrias se refere apenas aos
impostos. Ressalto que tal vedao no alcana as transferncias voluntrias
destinadas a aes de educao, sade e assistncia social.
Segundo o art. 48 da LRF, so instrumentos de transparncia da gesto fiscal,
aos quais ser dada ampla divulgao, inclusive em meios eletrnicos de
acesso pblico: os planos, oramentos e leis de diretrizes oramentrias; as
prestaes de contas e o respectivo parecer prvio; o Relatrio Resumido da
Execuo Oramentria e o Relatrio de Gesto Fiscal; e as verses
simplificadas desses documentos.
A transparncia ser assegurada tambm mediante:
incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de
diretrizes oramentrias e oramentos;
liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo
oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico. Os
entes da Federao disponibilizaro a qualquer pessoa fsica ou jurdica
o acesso a informaes, quanto despesa, referentes a todos os atos
praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo da
despesa, no momento de sua realizao, com a disponibilizao mnima
dos dados referentes ao nmero do correspondente processo, ao bem
fornecido ou ao servio prestado, pessoa fsica ou jurdica beneficiria
do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatrio
realizado; e quanto receita, referente ao lanamento e ao recebimento
de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos
extraordinrios;
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adoo de sistema integrado de administrao financeira e controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder
Executivo da Unio.
As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficaro disponveis,
durante todo o exerccio, no respectivo Poder Legislativo e no rgo tcnico
responsvel pela sua elaborao, para consulta e apreciao pelos cidados e
instituies da sociedade.
2. GERAO DE DESPESA
A gerao de despesa se refere ao aumento de despesa por meio de criao,
expanso ou aperfeioamento de ao governamental.
Consoante o art. 16 da LRF, a criao, expanso ou aperfeioamento de ao
governamental que acarrete aumento da despesa ser acompanhado de:
I estimativa, com as premissas e metodologia de clculo utilizadas, do
impacto oramentrio-financeiro no exerccio em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
II declarao do ordenador da despesa de que o aumento tem adequao
oramentria e financeira com a lei oramentria anual e compatibilidade com
o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias.
O referido artigo ainda define despesa adequada com a LOA e despesa
compatvel com PPA e LDO.
Adequada com a LOA: a despesa objeto de dotao especfica e suficiente, ou que esteja abrangida por crdito genrico, de forma que,
somadas todas as despesas da mesma espcie, realizadas e a realizar,
previstas no programa de trabalho, no sejam ultrapassados os limites
estabelecidos para o exerccio;
Compatvel com PPA e LDO: a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos
e no infrinja qualquer de suas disposies.
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Tais normas constituem condio prvia para empenho e licitao de servios,
fornecimento de bens ou execuo de obras, bem como para desapropriao
de imveis urbanos a que se refere o 3.o do art. 182 da CF/1988. A gerao
de despesas ou assuno de obrigaes que no atendam o disposto nos arts.
16 e 17 da LRF sero consideradas no autorizadas, irregulares e lesivas ao
patrimnio pblico.
Ressalva-se dessas determinaes a despesa considerada irrelevante, de
acordo com o que dispuser a lei de diretrizes oramentrias.
3. DESPESA OBRIGATRIA DE CARTER CONTINUADO
Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatria de carter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisria ou ato administrativo
normativo que fixem para o ente a obrigao legal de sua execuo por um
perodo superior a dois exerccios. Por exemplo, o aumento da remunerao de
servidores pblicos.
Muita ateno que nos remeteremos vrias vezes ao art. 17 da LRF, o qual ainda determina que so exigncias para criao ou aumento das despesas
obrigatrias de carter continuado:
atos que criarem as despesas ou as aumentarem devero ser instrudos com estimativas do impacto oramentrio-financeiro, no exerccio que
deva entrar em vigor e nos dois subsequentes;
demonstrao da origem dos recursos para seu custeio; comprovao de que a criao ou o aumento da despesa no afetar as
metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO;
compensao dos seus efeitos financeiros, nos perodos seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela reduo permanente de
despesa.
Considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevao de alquotas, ampliao da base de clculo, majorao ou criao de tributo ou
contribuio. J a prorrogao de despesa criada por prazo determinado considera-se aumento da despesa.
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A despesa obrigatria de carter continuado no ser executada antes da
implementao das medidas referidas, as quais integraro o instrumento que a
criar ou aumentar. Logo, o administrador pblico dever implementar essas
medidas antes da criao ou aumento das despesas obrigatrias de carter continuado. No entanto, as despesas destinadas ao servio da dvida e ao
reajustamento de remunerao de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da
CF/1988 esto excludas dessas regras. Tal inciso versa sobre a reviso geral
anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices da remunerao dos
servidores e do subsdio de membro de Poder, de detentor de mandato eletivo,
de Ministros de Estado e de Secretrios Estaduais e Municipais.
4. RENNCIA DE RECEITAS
A renncia de receitas compreende anistia, remisso, subsdio, crdito
presumido, concesso de iseno em carter no geral, alterao de alquota
ou modificao de base de clculo que implique reduo discriminada de
tributos ou contribuies, e outros benefcios que correspondam a tratamento
diferenciado.
Ainda, outras situaes podem caracterizar renncia de receitas e no apenas
as listadas, j que o conceito compreende tambm outros benefcios que
correspondam a tratamento diferenciado. Por exemplo, segundo o art. 146 da
CF/1988, cabe lei complementar estabelecer normas gerais em matria de
legislao tributria, especialmente sobre adequado tratamento tributrio ao ato
cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
Segundo o art. 14 da LRF, a concesso ou ampliao de incentivo ou benefcio
de natureza tributria da qual decorra renncia de receita dever estar
acompanhada de estimativa do impacto oramentrio-financeiro no exerccio
em que deva iniciar sua vigncia e nos dois seguintes, atender ao disposto na
lei de diretrizes oramentrias e a pelo menos uma das seguintes condies:
Demonstrao pelo proponente de que a renncia foi considerada na estimativa de receita da LOA e de que no afetar as metas de
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resultados fiscais previstas no anexo prprio da LDO; ou
Estar acompanhada de medidas de compensao, no perodo mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da elevao
de alquotas, ampliao da base de clculo, majorao ou criao de
tributo ou contribuio. Nesse caso, o benefcio s entrar em vigor
quando implementadas as medidas citadas.
Cuidado: a LRF taxativa, logo, medidas como diminuio de despesas ou
aumento de fiscalizao contra a sonegao no so medidas de
compensao.
O disposto acima no se aplica s alteraes das alquotas dos impostos de
importao de produtos estrangeiros (II), de exportao, para o exterior, de
produtos nacionais ou nacionalizados (IE), de produtos industrializados (IPI), de
operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou valores
mobilirios (IOF) e ao cancelamento de dbito cujo montante seja inferior ao
dos respectivos custos de cobrana.
5. RECEITA CORRENTE LQUIDA
Um conceito importante da LRF o de Receita Corrente Liquida (RCL), utilizado como referncia na despesa pblica, como no clculo do limite para as
despesas de pessoal, dvida pblica, operaes de crdito e concesso de
garantia. Ser apurada somando-se as receitas arrecadadas no ms em
referncia e nos onze anteriores, excludas as duplicidades. A RCL
corresponde ao somatrio das receitas tributrias, de contribuies,
patrimoniais, industriais, agropecurias, de servios, transferncias correntes e
outras receitas tambm correntes, deduzidos:
Na Unio: os valores transferidos aos Estados e Municpios por determinao constitucional ou legal, e as contribuies mencionadas na
alnea a do inciso I e no inciso II do art. 195 (relacionadas seguridade
social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP).
Nos Estados: as parcelas entregues aos Municpios por determinao constitucional.
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Na Unio, nos Estados e nos Municpios: a contribuio dos servidores para o custeio do seu sistema de previdncia e assistncia
social e as receitas provenientes da compensao financeira citada no
9.o do art. 201 da CF/1988 (compensao entre os diversos sistemas
previdencirios).
No DF, no Amap e em Roraima: recursos transferidos pela Unio decorrentes da competncia da prpria Unio para organizar e manter o
Poder Judicirio, o Ministrio Pblico e a Defensoria Pblica do DF e
dos Territrios; e organizar e manter a polcia civil, a polcia militar e o
corpo de bombeiros militar do DF, bem como prestar assistncia
financeira ao DF para a execuo de servios pblicos, por meio de
fundo prprio.
6. DESPESAS COM PESSOAL
Segundo o art. 18 da LRF, para os efeitos dessa Lei Complementar, entendese
como despesa total com pessoal: o somatrio dos gastos do ente da
Federao com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos
eletivos, cargos, funes ou empregos, civis, militares e de membros de Poder,
com quaisquer espcies remuneratrias, tais como vencimentos e vantagens,
fixas e variveis, subsdios, proventos da aposentadoria, reformas e penses,
inclusive adicionais, gratificaes, horas extras e vantagens pessoais de
qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuies recolhidas pelo
ente s entidades de previdncia.
As despesas consideradas como indenizatrias no so consideradas espcies
remuneratrias, logo no entram no clculo do percentual de despesas com
pessoal. Exemplo: auxlio-alimentao, assistncia pr--escolar,
auxliotransporte, ajuda de custo para o militar removido para outra cidade, etc.
Ateno: so tambm despesas com pessoal os valores dos contratos
de terceirizao de mo de obra que se referem substituio de ser-
vidores e empregados pblicos. Sero contabilizados como Outras
Despesas de Pessoal.
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Limites
O conceito de RCL, que vimos no tpico anterior, importante porque,
segundo o art. 19, a despesa total com pessoal ser apurada somando-se a
realizada no ms em referncia com as dos onze imediatamente anteriores,
adotando-se o regime de competncia. Para os fins do disposto no caput do
art. 169 da Constituio, a despesa total com pessoal, em cada perodo de
apurao e em cada ente da Federao, no poder exceder os percentuais da
receita corrente lquida:
LIMITES DAS DESPESAS COM PESSOAL EM RELAO RCL
UNIO ESTADOS MUNICPIOS
50% 60% 60%
Na despesa total com pessoal, para fins de verificao dos limites definidos na
LRF, consoante o 1. tambm do art. 19, no ser(o) computada(s) a(s) despesa(s):
com indenizao por demisso de servidores ou empregados; relativas a incentivos demisso voluntria; com convocao extraordinria do Congresso Nacional (a Emenda
Constitucional 50/2006 vedou o pagamento de parcela indenizatria em
razo de convocao do Congresso Nacional);
decorrentes de deciso judicial e da competncia de perodo anterior ao da apurao da despesa total com pessoal somando-se a realizada no
ms em referncia com as dos onze imediatamente anteriores,
adotando-se o regime de competncia. As despesas com pessoal
decorrentes de sentenas judiciais sero includas no limite do
respectivo Poder ou rgo;
com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amap e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela Unio decorrentes da
competncia da prpria Unio para organizar e manter o Poder
Judicirio, o Ministrio Pblico e a Defensoria Pblica do Distrito Federal
e dos Territrios; e organizar e manter a polcia civil, a polcia militar e o
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corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar
assistncia financeira ao Distrito Federal para a execuo de servios
pblicos, por meio de fundo prprio;
com inativos, ainda que por intermdio de fundo especfico, custeadas por recursos provenientes:
da arrecadao de contribuies dos segurados;
da compensao financeira entre os diversos regimes de
previdncia social para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem
recproca do tempo de contribuio na administrao pblica e na atividade
privada, rural e urbana, segundo critrios estabelecidos em lei;
das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado
a tal finalidade, inclusive o produto da alienao de bens, direitos e ativos, bem
como seu supervit financeiro.
Segundo o art. 20 da LRF, a repartio dos limites globais do art. 19 Unio
(50%), Estados (60%), Municpios (60%) no poder exceder os seguintes
percentuais:
LIMITES POR ESFERA
FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
Legislativo (TCU): 2,5% Legislativo (TCE): 3% Legislativo (TCM): 6%
Judicirio: 6% Judicirio: 6%
Executivo: 40,9% Executivo: 49% Executivo: 54%
MPU: 0,6% MPE: 2%
Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municpios, o percentual do Legislativo ser de 3,4% e do Executivo ser de 48,6%.
Controle
Conforme o art. 21 da LRF, nulo de pleno direito o ato que provoque aumento
da despesa com pessoal e no atenda:
as exigncias para a criao das despesas obrigatrias de carter continuado (art. 17). So elas: atos que criarem as despesas ou as
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aumentarem devero ser instrudos com estimativas do impacto
oramentrio--financeiro, no exerccio que deva entrar em vigor e nos
dois subsequentes; demonstrao da origem dos recursos para seu
custeio; comprovao de que a criao ou o aumento da despesa no
afetar as metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas
fiscais da LDO; compensao dos seus efeitos financeiros, nos perodos
seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela reduo
permanente de despesa;
as exigncias de acompanhamento, para a criao, expanso ou aperfeioamento de ao governamental que acarrete aumento da
despesa (art. 16): estimativa do impacto oramentrio-financeiro no
exerccio em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes, e
declarao do ordenador da despesa de que o aumento tem adequao
oramentria e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e
com a LDO;
as exigncias do 1.o do art. 169 da CF/1988 (veremos ainda neste tpico);
o percentual de reserva dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras de deficincia e os critrios de sua admisso
definidos em lei;
o limite legal de comprometimento aplicado s despesas com pessoal inativo.
Tambm nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com
pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do
titular do respectivo Poder ou rgo.
Ainda, consoante o inciso XIII do art. 37 da CF/1988, vedada a vinculao ou
equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para o efeito de
remunerao de pessoal do servio pblico. Logo, nulo o ato aumentativo da
despesa com pessoal que promova a vinculao ou equiparao de quaisquer
espcies remuneratrias.
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Ressalta-se que a CF/1988 veda a transferncia voluntria de recursos e a
concesso de emprstimos, inclusive por antecipao de receita, pelos
Governos Federal e Estaduais e suas instituies financeiras, para pagamento
de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios.
Consoante o art. 22 da LRF, a verificao do cumprimento dos limites
estabelecidos nos arts. 19 e 20 ser realizada ao final de cada quadrimestre.
Limite de alerta: compete aos Tribunais de Contas verificar os clculos dos limites da despesa total com pessoal de cada Poder e rgo e alert-los
quando constatarem que o montante da despesa total com pessoal ultrapassar
90% do limite.
Limite prudencial: se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e
cinco por cento) do limite, so vedados ao Poder ou rgo que houver
incorrido no excesso:
concesso de vantagem, aumento, reajuste ou adequao de remunerao a qualquer ttulo, salvo os derivados de sentena judicial
ou de determinao legal ou contratual, ressalvada a reviso geral
anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices;
criao de cargo, emprego ou funo; alterao de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; provimento de cargo pblico, admisso ou contratao de pessoal a
qualquer ttulo, ressalvada a reposio decorrente de aposentadoria ou
falecimento de servidores das reas de educao, sade e segurana;
contratao de hora extra, salvo no caso das situaes previstas na lei de diretrizes oramentrias e no caso de convocao extraordinria do
Congresso Nacional (relembro que a Emenda Constitucional 50/2006
vedou o pagamento de parcela indenizatria em razo de convocao
do Congresso Nacional).
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Ateno: o limite de alerta ocorre quando os Tribunais de Contas constatam
que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% do limite, no havendo nenhuma sano ou vedao, apenas um alerta. J o limite
prudencial ocorre quando a despesa total com pessoal excede a 95% do limite, incorrendo em diversas vedaes para o Poder ou rgo que incorrer no
excesso.
Limite ultrapassado (caput do art. 23 da LRF): se a despesa total com
pessoal, do Poder ou rgo, ultrapassar os limites definidos no art. 20, sem
prejuzo das medidas previstas no art. 22 citadas acima, o percentual
excedente ter de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo
menos um tero no primeiro, adotando-se, entre outras, as providncias
previstas nos 3.o e 4.o do art. 169 da CF/1988.
Assim, a CF/1988 tambm trata do assunto despesas com pessoal. Segundo o
art. 169, a despesa com pessoal ativo e inativo da Unio, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municpios no poder exceder os limites estabelecidos
em lei complementar, que exatamente o que estudamos na LRF, por isso
comeamos o estudo da Lei antes da CF/1988.
De acordo com o 1. do art. 169 da CF/1988, a concesso de qualquer
vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos, empregos e
funes ou alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso ou
contratao de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da
administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo
poder pblico, s podero ser feitas se houver:
prvia dotao oramentria suficiente para atender s projees de despesa de pessoal e aos acrscimos dela decorrentes;
autorizao especfica na lei de diretrizes oramentrias, ressalvadas as empresas pblicas e as sociedades de economia mista.
Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base no que estudamos na
LRF, a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios adotaro as
seguintes providncias (so os 3.o e 4.o do art. 169 da CF/1988):
reduo em pelo menos 20% (vinte por cento) das despesas com cargos
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em comisso e funes de confiana;
exonerao dos servidores no estveis; exonerao de servidor estvel, desde que ato normativo motivado de
cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o rgo ou
unidade administrativa objeto da reduo de pessoal. O servidor que
perder o cargo far jus a indenizao correspondente a um ms de
remunerao por ano de servio e o cargo objeto da reduo ser
considerado extinto, vedada a criao de cargo, emprego ou funo com
atribuies iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
No alcanada a reduo no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o
excesso, o ente no poder ( 3. do art. 23 da LRF):
receber transferncias voluntrias, ressalvadas as destinadas sade, educao e assistncia social;
obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; contratar operaes de crdito, ressalvadas as destinadas ao
refinanciamento da dvida mobiliria e as que visem reduo das
despesas com pessoal.
Excees aos prazos do art. 23 para reduo das despesas com pessoal
Reduo para um quadrimestre: as restries so aplicadas imediatamente
se a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do
ltimo ano do mandato dos titulares de Poder ou rgo.
Suspenso de prazo: na ocorrncia de calamidade pblica reconhecida pelo
Congresso Nacional, no caso da Unio, ou pelas Assembleias Legislativas, na
hiptese dos Estados e Municpios, enquanto perdurar a situao sero
suspensas a contagem dos prazos e as disposies estabelecidas no artigo.
Duplicao: j em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto
Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por perodo igual ou superior
a quatro trimestres, os prazos do artigo sero duplicados. Entende-se por
baixo crescimento a taxa de variao real acumulada do PIB inferior a 1%, no
perodo correspondente aos quatro ltimos trimestres.
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7. DESTINAO DE RECURSOS PBLICOS PARA O SETOR PRIVADO
Segundo o art. 26 da LRF, a destinao de recursos para, direta ou
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas fsicas ou dficits de pessoas
jurdicas dever ser autorizada por lei especfica, atender s condies
estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias e estar prevista no oramento ou em seus crditos adicionais. Tal regra se aplica a toda a
administrao indireta, inclusive fundaes pblicas e empresas estatais,
exceto, no exerccio de suas atribuies precpuas, as instituies financeiras e
o Banco Central do Brasil.
Compreende-se includa a concesso de emprstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogaes e a composio
de dvidas, a concesso de subvenes e a participao em constituio ou
aumento de capital.
J de acordo com o caput do art. 27, na concesso de crdito por ente da
Federao a pessoa fsica, ou jurdica que no esteja sob seu controle direto
ou indireto, os encargos financeiros, comisses e despesas congneres no
sero inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captao.
Ainda, dependem de autorizao em lei especfica as prorrogaes e
composies de dvidas decorrentes de operaes de crdito, bem como a
concesso de emprstimos ou financiamentos em desacordo com o caput do
art. 27, sendo o subsdio correspondente consignado na lei oramentria.
Salvo mediante lei especfica, no podero ser utilizados recursos pblicos,
inclusive de operaes de crdito, para socorrer instituies do Sistema
Financeiro Nacional, ainda que mediante a concesso de emprstimos de
recuperao ou financiamentos para mudana de controle acionrio. Isso
significa que o Poder Executivo no pode socorrer os bancos sem passar pelo
parlamento. No entanto, tal vedao no probe o Banco Central do Brasil de
conceder s instituies financeiras operaes de redesconto e de
emprstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.
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8. REGRA DE OURO
A legislao atual atribui uma srie de restries para a aplicao de
determinadas origens da receita de capital em despesas correntes. A CF/1988,
em seu art. 167, III, estabelece:
Art. 167. So vedados:
III a realizao de operaes de crditos que excedam o montante das
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo
Poder Legislativo por maioria absoluta.
Essa norma, conhecida como regra de ouro, objetiva dificultar a contratao de emprstimos para financiar gastos correntes, evitando que o ente pblico
tome emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal, juros ou
custeio.
Importante: segundo o 2.o do art. 12 da LRF:
2.o O montante previsto para as receitas de operaes de crdito no poder
ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei
oramentria.
Repare que tal pargrafo da LRF descarta as excees constitucionais. Por
isso, foi proposta uma Ao Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal, o qual suspendeu liminarmente a eficcia deste dispositivo.
Porm, a regra de ouro e suas excees continuam em pleno vigor devido ao dispositivo constitucional.
Importante: segundo a LRF, as operaes de crdito por antecipao de
receita no sero computadas para efeito da regra de ouro, desde que
liquidada, com juros e outros encargos incidentes, at o dia dez de dezembro.
A LRF tambm traz restries para a aplicao de receitas provenientes de
converso em espcie de bens e direitos, tendo em vista o disposto em seu
art. 44, o qual veda o uso de recursos de alienao de bens e direitos em
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despesas correntes, exceto se aplicada aos regimes de previdncia, mediante
autorizao legal, conforme transcrito a seguir:
Art. 44. vedada a aplicao da receita de capital derivada da alienao de
bens e direitos que integram o patrimnio pblico para o financiamento de
despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdncia social,
geral e prprio dos servidores pblicos.
A LRF ainda contempla restries para a conservao do patrimnio pblico.
Inmeras vezes observamos rodovias carssimas tornadas intransitveis pela
falta de manuteno, edifcios semidestrudos pela ausncia de recursos para
sua preservao, equipamentos mdicos ou cientficos inutilizados por inexistir
peas de reposio. justamente isso que se pretende evitar. O dispositivo da
LRF estabelece que a lei oramentria e as de crditos adicionais s incluiro novos projetos aps adequadamente atendidos os em andamento e
contempladas as despesas de conservao do patrimnio pblico, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes oramentrias.
9. LIMITAO DE EMPENHO E DE MOVIMENTAO FINANCEIRA
o previsto de maneira explcita no caput do art. 9. da LRF, o qual dispe
que, se verificado, ao final de um bimestre, que a realizao da receita poder
no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministrio Pblico
promovero, por ato prprio e nos montantes necessrios, nos trinta dias
subsequentes, limitao de empenho e movimentao financeira, segundo os
critrios fixados pela lei de diretrizes oramentrias.
A limitao de empenho tambm ser promovida pelo ente que ultrapassar o
limite para a dvida consolidada, para que obtenha o resultado primrio
necessrio reconduo da dvida ao limite.
O gestor pblico s tem permisso legal para proceder limitao de empenho
quando a realizao da receita (e no a execuo da despesa) comprometer
as metas fiscais, como o supervit primrio. Outra observao que alm do
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Poder Executivo, h a extenso da limitao de empenho aos Poderes
Legislativo e Judicirio e ao Ministrio Pblico.
No sero objeto de limitao as despesas que constituam obrigaes
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do servio da dvida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes oramentrias.
No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a
recomposio das dotaes cujos empenhos foram limitados dar-se- de forma proporcional s redues efetivadas. At o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo
demonstrar e avaliar o cumprimento das metas fiscais de cada
quadrimestre, em audincia pblica na comisso mista referida na
Constituio ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.
Consoante o art. 65 da LRF, no caso de estado de defesa e/ou de stio,
decretado na forma da Constituio, ou na ocorrncia de calamidade
pblica reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da Unio,
ou pelas Assembleias Legislativas, na hiptese dos Estados e Munic-
pios, enquanto perdurar a situao sero dispensados o atingimento dos
resultados fiscais e a limitao de empenho prevista no art. 9.o.
Ateno: limitao de empenho no corresponde a contingenciamento. Na
limitao de empenho anula-se parcela da dotao oramentria, sendo que
a recomposio ser proporcional s redues efetivadas. J o
contingenciamento equivale a um congelamento, pois se deixa de efetuar o
empenho, mas permanece a dotao.
Cabe ressaltar que, em relao ao 3. do art. 9., foi proposta uma Ao
Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) perante o Supremo Tribunal Federal, o
qual suspendeu liminarmente a eficcia deste dispositivo:
3.o No caso de os Poderes Legislativo e Judicirio e o Ministrio Pblico no
promoverem a limitao no prazo estabelecido no caput, o Poder Executivo
autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critrios fixados pela lei
de diretrizes oramentrias.
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Ateno: atualmente, devido ADIN, o Poder Executivo no autorizado a limitar os Poderes Legislativo e Judicirio e o Ministrio Pblico caso estes no
promovam a limitao no prazo estabelecido no caput do art. 9.. H a
extenso da limitao de empenho aos Poderes Legislativo, Judicirio e
Ministrio Pblico, mas ela deve ser efetuada por ato prprio.
10. DESCENTRALIZAO ORAMENTRIA E FINANCEIRA
Este tpico no se refere LRF, porm o tema importante para a
compreenso da execuo oramentria e financeira dentro do Ciclo
Oramentrio.
Descentralizao de crditos
As descentralizaes de crditos oramentrios ocorrem quando for efetuada
movimentao de parte do oramento, mantidas as classificaes institucional,
funcional, programtica e econmica, para que outras unidades administrativas
possam executar a despesa oramentria.
As descentralizaes de crditos oramentrios no se confundem com
transferncias e transposio, pois no modificam o valor da programao ou
de suas dotaes oramentrias (crditos adicionais); tampouco alteram a
unidade oramentria (classificao institucional) detentora do crdito
oramentrio aprovado na lei oramentria ou em crditos adicionais.
Na descentralizao, as dotaes sero empregadas obrigatria e
integralmente na consecuo do objetivo previsto pelo programa de trabalho
pertinente, respeitadas fielmente a classificao funcional e a estrutura
programtica. Portanto, a nica diferena que a execuo da despesa
oramentria ser realizada por outro rgo ou entidade.
Assim, a movimentao de crditos, a que chamamos habitualmente de
descentralizao de crditos, consiste na transferncia, de uma unidade
gestora para outra, do poder de utilizar crditos oramentrios que lhe tenham
sido consignados no Oramento ou lhe venham a ser transferidos
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posteriormente. A descentralizao pode ser interna, se realizada entre UGs do mesmo rgo (proviso); ou externa, se efetuada entre rgos distintos (destaque).
Movimentao de recursos
A primeira fase da movimentao dos recursos a liberao de cota e deve ser realizada em consonncia com o cronograma de desembolso aprovado
pela Secretaria do Tesouro Nacional. Assim, cota o montante de recursos
colocados disposio dos rgos Setoriais de Programao Financeira
OSPF pela Coordenao-Geral de Programao Financeira COFIN/STN
mediante movimentao intra-SIAFI dos recursos da Conta nica do Tesouro
Nacional.
A segunda fase a liberao de repasse ou sub-repasse.
Repasse a movimentao de recursos realizada pelos OSPF para as unidades de outros rgos ou ministrios e entidades da Administrao
Indireta, bem como entre estes; e sub-repasse a liberao de recursos dos
OSPF para as unidades sob sua jurisdio e entre as unidades de um mesmo
rgo, ministrio ou entidade.
Ateno: a UG que recebe crditos descentralizados por destaque, receber recursos por repasse. A UG que recebe crditos descentralizados por proviso, receber recursos por sub-repasse.
11. TRANSFERNCIAS VOLUNTRIAS
So operaes especiais em que ocorre a entrega de recursos correntes ou de
capital a outro ente da Federao, a ttulo de cooperao, auxlio ou
assistncia financeira, que no decorra de determinao constitucional, legal
ou os destinados ao Sistema nico de Sade.
So exigncias para a realizao de transferncia voluntria, alm das
estabelecidas na LDO:
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a) Existncia de dotao especfica;
b) Observncia do disposto no inciso X do art. 167 da CF, o qual veda a
transferncia voluntria de recursos e a concesso de emprstimos, inclusive
por antecipao de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas
instituies financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo,
inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.
c) Comprovao, por parte do beneficirio, de:
que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, emprstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto
prestao de contas de recursos anteriormente dele recebidos;
cumprimento dos limites constitucionais relativos educao e sade; observncia dos limites das dvidas consolidada e mobiliria, de
operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita, de inscrio
em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;
previso oramentria de contrapartida.
vedada a utilizao de recursos transferidos em finalidade diversa da
pactuada. At mesmo eventuais receitas financeiras auferidas com
rendimentos de aplicao de recursos de convnios sero obrigatoriamente
computadas a crdito do convnio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de
sua finalidade, devendo constar de demonstrativo especfico que integrar as
prestaes de contas do ajuste.
Para fins da aplicao das sanes de suspenso de transferncias voluntrias
constantes da LRF, excetuam-se aquelas relativas a aes de educao, sade e assistncia social.
Transferncias voluntrias e descentralizao
A execuo de despesas mediante descentralizao a outro ente da
Federao processar-se- de acordo com os mesmos procedimentos adotados
para as transferncias voluntrias, ou seja, empenho, liquidao e pagamento
na unidade descentralizadora do crdito oramentrio e incluso na receita e
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na despesa do ente recebedor dos recursos objeto da descentralizao,
identificando-se como recursos de convnios ou similares.
No entanto, ao contrrio das transferncias voluntrias realizadas aos demais
entes da Federao que, via de regra, devem ser classificadas como
operaes especiais, as descentralizaes de crditos oramentrios devem ocorrer em projetos ou atividades. Assim, nas transferncias voluntrias
devem ser utilizados os elementos de despesas tpicos destas: 41-
Contribuies e 42-Auxlios; enquanto nas descentralizaes devem ser
usados os elementos denominados tpicos de gastos: 30-Material de Consumo,
39-Outros Servios de Terceiros Pessoa Jurdica, 51-Obras e Instalaes,
52-Material Permanente, etc.
12. DVIDA PBLICA
A dvida pblica a decorrncia natural dos emprstimos. So consideradas
fundamentais para o equilbrio entre receitas e despesas, em virtude de seu
potencial para causar danos s contas pblicas. O assunto to importante
que o art. 34 da CF/1988 dispe que a Unio no intervir nos Estados nem no Distrito Federal, exceto, entre outros motivos, para reorganizar as finanas da unidade da Federao que suspender o pagamento da dvida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de fora maior; ou deixar de
entregar aos Municpios receitas tributrias fixadas na Constituio, dentro dos
prazos estabelecidos em lei.
A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu regras mais rgidas para o
endividamento pblico, at mesmo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964 e
do Decreto 93.872/1986. A LRF adota no art. 29 as definies relacionadas ao
crdito pblico e ao endividamento.
A dvida pblica consolidada ou fundada corresponde ao montante total,
apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao,
assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao
de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses.
Tambm ser includa na dvida pblica consolidada da Unio a relativa
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emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil - BACEN e
as operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham
constado do oramento. Ainda, para fins de aplicao dos limites ao
endividamento, os precatrios judiciais no pagos durante a execuo do
oramento em que houverem sido includos integram a dvida consolidada.
A dvida pblica mobiliria a dvida pblica representada por ttulos emitidos pela Unio, inclusive os do BACEN, Estados e Municpios. uma
especificao da dvida consolidada geral para que ocorra um maior controle.
Considera-se operao de crdito o compromisso financeiro assumido em razo de mtuo, abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo, aquisio
financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda
a termo de bens e servios, arrendamento mercantil e outras operaes
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. Equiparam-se
operao de crdito a assuno, o reconhecimento ou a confisso de dvidas
pelo ente da Federao, sem prejuzo do cumprimento das exigncias dos arts.
15 e 16 da LRF, relacionados gerao de despesa.
A concesso de garantia corresponde a compromisso de adimplncia de obrigao financeira ou contratual assumida por ente da Federao ou
entidade a ele vinculada.
O refinanciamento da dvida mobiliria corresponde emisso de ttulos
para pagamento do principal acrescido da atualizao monetria.
O refinanciamento do principal da dvida mobiliria no exceder, ao trmino
de cada exerccio financeiro, o montante do final do exerccio anterior, somado
ao das operaes de crdito autorizadas no oramento para este efeito e
efetivamente realizadas, acrescido de atualizao monetria.
Nas restries s despesas de pessoal, se no alcanada a reduo no prazo
estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente no poder contratar,
entre outros, operaes de crdito, ressalvadas as destinadas ao
refinanciamento da dvida mobiliria e as que visem reduo das
despesas com pessoal.
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Reconduo da dvida aos limites
Consoante o art. 31 da LRF, se a dvida consolidada de um ente da Federao
ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, dever ser a ele
reconduzida at o trmino dos trs subsequentes, reduzindo o excedente em
pelo menos 25% no primeiro.
Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se submeter
s seguintes sanes:
I estar proibido de realizar operao de crdito interna ou externa, inclusive
por antecipao de receita, ressalvado o refinanciamento do principal
atualizado da dvida mobiliria. Tais restries so aplicadas imediatamente se
o montante da dvida exceder o limite no primeiro quadrimestre do ltimo ano
do mandato do Chefe do Poder Executivo.
II obter resultado primrio necessrio reconduo da dvida ao limite,
promovendo, entre outras medidas, limitao de empenho.
Vencido o prazo para retorno da dvida ao limite, e enquanto perdurar o
excesso, o ente ficar tambm impedido de receber transferncias voluntrias
da Unio ou do Estado. Ressalto que, para fins da aplicao das sanes de
suspenso de transferncias voluntrias constantes da LRF, excetuam-se
aquelas relativas a aes de educao, sade e assistncia social.
As normas sero observadas nos casos de descumprimento dos limites da
dvida mobiliria e das operaes de crdito internas e externas.
Excees aos prazos do art. 31 para reconduo da dvida aos limites
Suspenso: na ocorrncia de calamidade pblica reconhecida pelo Congresso
Nacional, no caso da Unio, ou pelas Assembleias Legislativas, na hiptese
dos Estados e Municpios; e em caso de estado de defesa ou de stio
decretado na forma da constituio, enquanto perdurar a situao, sero
suspensas a contagem dos prazos e as disposies estabelecidas no artigo.
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Duplicao: j em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por perodo igual ou superior
a quatro trimestres, os prazos do artigo sero duplicados. Entende-se por
baixo crescimento a taxa de variao real acumulada do PIB inferior a 1%, no
perodo correspondente aos quatro ltimos trimestres.
Ampliao: ainda, na hiptese de se verificarem mudanas drsticas na
conduo das polticas monetria e cambial, reconhecidas pelo Senado
Federal, o prazo poder ser ampliado em at quatro quadrimestres.
13. OPERAES DE CRDITO
Regras gerais para as operaes de crdito
O Ministrio da Fazenda verificar o cumprimento dos limites e condies
relativos realizao de operaes de crdito de cada ente da Federao,
inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indiretamente. O ente
interessado formalizar seu pleito fundamentando-o em parecer de seus
rgos tcnicos e jurdicos, demonstrando a relao custo-benefcio, o
interesse econmico e social da operao e o atendimento das seguintes
condies:
I existncia de prvia e expressa autorizao para a contratao, no texto da
lei oramentria, em crditos adicionais ou lei especfica;
II incluso no oramento ou em crditos adicionais dos recursos provenientes
da operao, exceto no caso de operaes por antecipao de receita;
III observncia dos limites e condies fixados pelo Senado Federal;
IV autorizao especfica do Senado Federal, quando se tratar de operao
de crdito externo;
V atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988);
VI observncia das demais restries estabelecidas na LRF.
Ateno: os contratos de operao de crdito externo no contero clusula
que importe na compensao automtica de dbitos e crditos.
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A instituio financeira que contratar operao de crdito com ente da
Federao, exceto quando relativa dvida mobiliria ou externa, dever
exigir comprovao de que a operao atenda s condies e limites
estabelecidos.
A operao realizada com infrao do disposto na LRF ser considerada nula,
procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devoluo do principal,
vedados o pagamento de juros e demais encargos financeiros. Se a devoluo
no for efetuada no exerccio de ingresso dos recursos, ser consignada
reserva especfica na lei oramentria para o exerccio seguinte.
Enquanto no efetuado o cancelamento, a amortizao, ou constituda a
reserva, aplicam-se as sanes previstas nos incisos do 3.o do art. 23 (as
mesmas para despesas com pessoal). Tambm se constituir reserva, no
montante equivalente ao excesso, se no atendido o disposto na LRF sobre a
regra de ouro.
Das operaes de crdito por antecipao de receita oramentria
Segundo o art. 38 da LRF, a operao de crdito por antecipao de receita
destina-se a atender insuficincia de caixa durante o exerccio financeiro e
cumprir as exigncias para as operaes de crdito (tpico anterior) e as
seguintes:
I realizar-se- somente a partir do dcimo dia do incio do exerccio;
II dever ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, at o dia dez
de dezembro de cada ano;
III no ser autorizada se forem cobrados outros encargos que no a taxa de
juros da operao, obrigatoriamente prefixada ou indexada taxa bsica
financeira, ou que vier a esta substituir;
IV estar proibida enquanto existir operao anterior da mesma natureza no
integralmente resgatada, bem como no ltimo ano de mandato do Presidente,
Governador ou Prefeito Municipal.
As operaes de crdito por antecipao de receita oramentria no sero
computadas para efeito do que dispe a regra de ouro, desde que liquidadas
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com juros e outros encargos incidentes, at o dia 10 de dezembro de cada ano.
As operaes de crdito por antecipao de receita realizadas por Estados ou
Municpios sero efetuadas mediante abertura de crdito junto instituio
financeira vencedora em processo competitivo eletrnico promovido pelo
Banco Central do Brasil, o qual manter um sistema de acompanhamento e
controle do saldo do crdito aberto e, no caso de inobservncia dos limites,
aplicar as sanes cabveis instituio credora.
14. VEDAES
Segundo o art. 34 da LRF, o Banco Central do Brasil no emitir ttulos da
dvida pblica a partir de dois anos aps a publicao da LRF, o que significa
que tal determinao j est produzindo efeitos h vrios anos.
Consoante o art. 35, vedada a realizao de operao de crdito entre um
ente da Federao, diretamente ou por intermdio de fundo, autarquia,
fundao ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da
administrao indireta, ainda que sob a forma de novao, refinanciamento ou postergao de dvida contrada anteriormente. Essa vedao no impede
Estados e Municpios de comprar ttulos da dvida da Unio como aplicao de
suas disponibilidades.
Excetuam-se da vedao citada as operaes entre instituio financeira
estatal e outro ente da Federao, inclusive suas entidades da administrao
indireta, que no se destinem a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes; e a refinanciar dvidas no contradas junto prpria instituio concedente.
Segundo o art. 36, proibida a operao de crdito entre uma instituio
financeira estatal e o ente da Federao que a controle, na qualidade de
beneficirio do emprstimo. Essa vedao no probe instituio financeira
controlada de adquirir, no mercado, ttulos da dvida pblica para atender
investimento de seus clientes, ou ttulos da dvida de emisso da Unio para
aplicao de recursos prprios.
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Ainda, de acordo com o art. 37, I a IV, da LRF:
Art. 37. Equiparam-se a operaes de crdito e esto vedados:
I captao de recursos a ttulo de antecipao de receita de tributo
ou contribuio cujo fato gerador ainda no tenha ocorrido, sem pre-
juzo do disposto no 7.o do art. 150 da Constituio;
II recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Pblico
detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto,
salvo lucros e dividendos, na forma da legislao;
III assuno direta de compromisso, confisso de dvida ou operao
assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou servios, mediante
emisso, aceite ou aval de ttulo de crdito, no se aplicando esta vedao a
empresas estatais dependentes;
IV assuno de obrigao, sem autorizao oramentria, com fornecedores
para pagamento a posteriori de bens e servios.
O inciso I acima faz referncia ao 7.o do art. 150 da CF/1988, o qual dispe
que a lei poder atribuir a sujeito passivo de obrigao tributria a condio de
responsvel pelo pagamento de imposto ou contribuio, cujo fato gerador
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituio
da quantia paga, caso no se realize o fato gerador presumido.
15. BANCO CENTRAL DO BRASIL
Quanto s operaes com o Banco Central do Brasil, a LRF dispe que nas
suas relaes com ente da Federao, o BACEN est sujeito s vedaes do
art. 35 (estudamos no tpico sobre vedaes) e s seguintes:
emisso de ttulos da dvida pblica; compra de ttulo da dvida, na data de sua colocao no mercado. S
poder comprar diretamente ttulos emitidos pela Unio para refinanciar
a dvida mobiliria federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda,
tal operao dever ser realizada taxa mdia e condies alcanadas
no dia, em leilo pblico;
permuta, ainda que temporria, por intermdio de instituio financeira
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ou no, de ttulo da dvida de ente da Federao por ttulo da dvida
pblica federal, bem como a operao de compra e venda, a termo,
daquele ttulo, cujo efeito final seja semelhante permuta. No se aplica
ao estoque de Letras do Banco Central do Brasil, Srie Especial,
existente na carteira das instituies financeiras, que pode ser
refinanciado mediante novas operaes de venda a termo;
concesso de garantia.
vedado ao Tesouro Nacional adquirir ttulos da dvida pblica federal existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com clusula de
reverso, salvo para reduzir a dvida mobiliria.
16. GARANTIA E CONTRAGARANTIA
Consoante o art. 40 da LRF, os entes podero conceder garantia em
operaes de crdito internas ou externas, observados o disposto neste artigo,
as normas do art. 32 (so as normas sobre operaes de crdito previstas na
LRF) e, no caso da Unio, tambm os limites e as condies estabelecidos
pelo Senado Federal.
O 1. do art. 40 determina que a garantia estar condicionada ao
oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser
concedida, e adimplncia da entidade que a pleitear relativamente a suas
obrigaes junto ao garantidor e s entidades por este controladas, observado
o seguinte:
no ser exigida contragarantia de rgos e entidades do prprio ente; a contragarantia exigida pela Unio a Estado ou Municpio, ou pelos
Estados aos Municpios, poder consistir na vinculao de receitas
tributrias diretamente arrecadadas e provenientes de transferncias
constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para ret-las e
empregar o respectivo valor na liquidao da dvida vencida.
No caso de operao de crdito junto a organismo financeiro internacional, ou
a instituio federal de crdito e fomento para o repasse de recursos
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externos, a Unio s prestar garantia a ente que atenda, alm do disposto
no 1.o, as exigncias legais para o recebimento de transferncias
voluntrias (estudada no tpico Transferncias Voluntrias). Ainda, nula a
garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal.
Quando honrarem dvida de outro ente, em razo de garantia prestada, a
Unio e os Estados podero condicionar as transferncias constitucionais ao
ressarcimento daquele pagamento. O ente da Federao cuja dvida tiver
sido honrada pela Unio ou por Estado, em decorrncia de garantia
prestada em operao de crdito, ter suspenso o acesso a novos crditos
ou financiamentos at a total liquidao da mencionada dvida.
vedado s entidades da administrao indireta, inclusive suas empresas
controladas e subsidirias, conceder garantia, ainda que com recursos de
fundos. Tal vedao no se aplica concesso de garantia por:
I empresa controlada a subsidiria ou controlada sua, nem prestao de
contragarantia nas mesmas condies;
II instituio financeira a empresa nacional, nos termos da lei.
Excetua-se das regras dispostas na LRF a garantia prestada por instituies
financeiras estatais, que se submetero s normas aplicveis s instituies
financeiras privadas, de acordo com a legislao pertinente; bem como a
prestada pela Unio, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira
por ela controladas, direta e indiretamente, quanto s operaes de seguro de
crdito exportao.
E assim terminamos nosso curso - resumo. E voc que chegou aqui j um
vitorioso, pela persistncia e fora de vontade.
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Segui estritamente o edital do MPU aprofundando nos temas de acordo com o
que vem aparecendo nos concursos, para levar ao estudante o que h de mais
importante e as maiores possibilidades de exigncias na nossa prova.
Agradeo sinceramente os elogios, as crticas e as sugestes. dessa forma
que o professor aprimora seu trabalho, enfatizando o que est dando certo e
melhorando o que no est bom.
Desejo a voc timos estudos e uma excelente prova!
Lembro que estarei com voc no frum at o fim de semana da prova e sempre
que necessitar no e-mail [email protected].
Para aqueles que querem se aprofundar nos estudos, indico a leitura dos meus
artigos na parte aberta do site e os outros cursos on-line de minha autoria no
Ponto dos Concursos. Ainda, relembro o lanamento do Livro Administrao Financeira e Oramentria Teoria e Questes, Srgio Mendes, Editora Mtodo.
E aguardo voc no servio pblico federal, buscando contribuir para o
desenvolvimento de nosso pas.
Forte abrao!
Srgio Mendes