afo - material complementar

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Material Complementar Noções de Administração Financeira Profº Carlos Ramos Curso: Analista do INSS www.lfg.com.br/ www.cursoparaconcursos.com.br 1 Módulo Complementar Este material complementa o módulo de Administração Financeira e Orçamentária, abordado ao longo do curso Reta Final, e tem por base os assuntos contidos no edital do concurso mais recente do INSS. 1) Noções Gerais de Administração Financeira Numa perspectiva ampla, podemos dizer que a Administração Financeira se preocupa com questões que dizem respeito a qualquer tipo de empresa pública, privada, grande ou pequena, com ou sem fins lucrativos. Em cada caso, o porte e a relevância da função da administração financeira dependem do tamanho da empresa. Nas pequenas empresas, essa função é geralmente desempenhada pelo departamento de contabilidade. À medida que a empresa cresce, a função financeira se transforma em um departamento separado, diretamente ligado ao presidente da empresa, com a supervisão do diretor financeiro ou cargo equivalente. Podemos encontrar algumas das principais atividades desenvolvidas nessa área particular da Administração: As funções de Tesouraria, englobando o planejamento financeiro (contas a pagar e contas a receber), a obtenção de fundos (fontes de financiamento), as decisões sobre investimentos (aplicações de recursos) de capitais, e a administração de caixa (pagamentos e recebimentos). As funções de Controladoria, abrangendo os registros dos atos e fatos que modificam o patrimônio da entidade a Contabilidade Geral - com reflexos financeiros, bem como as atividades ligadas à contabilidade gerencial, contabilidade de custos, controladoria e outras afins. É comum o uso da expressão “Finanças Corporativas” para tratar das finanças geridas pelas corporações, ou seja, pelas empresas privadas, que buscam lucro. No âmbito das organizações públicas, o termo equivalente é a “Administração Financeira e Orçamentária”, que trata dos assuntos pertinentes ao orçamento público, às receitas e despesas públicas, à Dívida Pública e outros. O campo das finanças está intimamente relacionado ao da Economia. O administrador financeiro precisa compreender o arcabouço econômico dentro do qual atua, para poder reagir às mudanças ou se antecipar a elas. Um dos princípios econômicos fundamentais usados na administração financeira é a análise marginal , segundo a qual uma decisão financeira deve ser tomada apenas quando os benefícios adicionais superam os custos adicionais . Assim, as decisões de captação de recursos financeiros, para o funcionamento da organização, envolvem custos adicionais para a empresa, que necessitam ser cobertos pelos benefícios adicionais a serem gerados pelas decisões de investimento. A Administração Financeira analisa os demonstrativos contábeis, desenvolve dados adicionais, de cunho gerencial, e toma decisões, avaliando o risco e o retorno de cada uma das oportunidades de financiamento e de investimento.

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Módulo Complementar Este material complementa o módulo de Administração Financeira e Orçamentária, abordado ao longo do curso “Reta Final”, e tem por base os assuntos contidos no edital do concurso mais recente do INSS.

1) Noções Gerais de Administração Financeira

Numa perspectiva ampla, podemos dizer que a Administração Financeira se preocupa com questões que dizem respeito a qualquer tipo de empresa – pública, privada, grande ou pequena, com ou sem fins lucrativos. Em cada caso, o porte e a relevância da função da administração financeira dependem do tamanho da empresa. Nas pequenas empresas, essa função é geralmente desempenhada pelo departamento de contabilidade. À medida que a empresa cresce, a função financeira se transforma em um departamento separado, diretamente ligado ao presidente da empresa, com a supervisão do diretor financeiro ou cargo equivalente. Podemos encontrar algumas das principais atividades desenvolvidas nessa área particular da Administração:

As funções de Tesouraria, englobando o planejamento financeiro (contas a pagar

e contas a receber), a obtenção de fundos (fontes de financiamento), as decisões

sobre investimentos (aplicações de recursos) de capitais, e a administração de

caixa (pagamentos e recebimentos).

As funções de Controladoria, abrangendo os registros dos atos e fatos

que modificam o patrimônio da entidade – a Contabilidade Geral - com

reflexos financeiros, bem como as atividades ligadas à contabilidade

gerencial, contabilidade de custos, controladoria e outras afins.

É comum o uso da expressão “Finanças Corporativas” para tratar das finanças geridas pelas corporações, ou seja, pelas empresas privadas, que buscam lucro. No âmbito das organizações públicas, o termo equivalente é a “Administração Financeira e Orçamentária”, que trata dos assuntos pertinentes ao orçamento público, às receitas e despesas públicas, à Dívida Pública e outros. O campo das finanças está intimamente relacionado ao da Economia. O administrador financeiro precisa compreender o arcabouço econômico dentro do qual atua, para poder reagir às mudanças ou se antecipar a elas. Um dos princípios econômicos fundamentais usados na administração financeira é a análise marginal, segundo a qual uma decisão financeira deve ser tomada apenas quando os benefícios adicionais superam os custos adicionais. Assim, as decisões de captação de recursos financeiros, para o funcionamento da organização, envolvem custos adicionais para a empresa, que necessitam ser cobertos pelos benefícios adicionais a serem gerados pelas decisões de investimento. A Administração Financeira analisa os demonstrativos contábeis, desenvolve dados adicionais, de cunho gerencial, e toma decisões, avaliando o risco e o retorno de cada uma das oportunidades de financiamento e de investimento.

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De modo resumido, podemos elencar as principais atividades desenvolvidas pelo administrador financeiro, no seu dia-a-dia, como se segue: Realizar análises e planejamento financeiro – diz respeito à transformação

dos dados financeiros, de forma que possam ser utilizados para monitorar

a situação financeira da empresa. O administrador financeiro deve avaliar a

necessidade de se aumentar (ou reduzir) a capacidade de produção e, com

base nisso, deve determinar um aumento ou redução dos financiamentos

requeridos.

Tomar decisões de investimento – refere-se ao montante de recursos

aplicados em ativos circulantes e em ativos permanente. O administrador

financeiro deve decidir também quais são os melhores ativos permanentes

a adquirir, e saber quando os ativos existentes precisam ser modificados,

substituídos ou liquidados.

Tomar decisões de financiamento – deve-se estabelecer a combinação

mais apropriada entre financiamento a curto e a longo prazo, analisado as

alternativas de financiamentos disponíveis, seus custos e suas implicações

a longo prazo para a empresa.

O objetivo da Administração Financeira é maximizar a riqueza dos proprietários da empresa. “Maximizar” deve ser entendido como “tornar o máximo, aumentar, fazer crescer, desenvolver”. A expressão “Riqueza”, por sua vez, diz respeito a valor, patrimônio, capital, recursos econômicos e financeiros. E os “Proprietários” correspondem aos acionistas, sócios, enfim, os donos do negócio. Porém, existem diversas outras pessoas interessadas no desempenho da organização, uma vez que mantém algum tipo de vínculo com a mesma. São os chamados “stakeholders”: os clientes, fornecedores, credores, etc. Assim, a administração financeira precisa também gerar valor para os stakeholders, também conhecidos como “grupos de interesse”. Zelar pelos grupos de interesse faz parte da responsabilidade social da empresa e espera-se que proporcione benefícios máximos, de longo prazo, aos proprietários. As diversas Funções Financeiras I – Classificação segundo as Funções clássicas Podem ser relacionadas a seguir:

1) TESOURARIA

a) Administração de caixa;

b) Administração de crédito e cobrança;

c) Câmbio;

d) Captação de recursos financeiros;

e) Decisão de investimento;

f) Planejamento e controle financeiro;

g) Proteção de ativos;

h) Relações com acionistas e investidores;

i) Relações com bancos

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2) CONTROLADORIA

a) Administração de custos e preços;

b) Auditoria interna;

c) Contabilidade;

d) Controle Patrimonial;

e) Orçamento;

f) Planejamento tributário;

g) Relatórios gerenciais;

h) Salários;

i) Sistemas de informação

II – Classificação segundo a visão moderna

1) Funções Financeiras Operacionais

a) Decisões de capital de giro;

b) Planejamento e controle financeiro;

c) Gerenciamento de risco;

d) Relações com bancos e investidores;

e) Custos e preços;

f) Contabilidade;

g) Controles;

h) Planejamento tributário

2) Funções Financeiras Estratégicas

a) Decisões de investimento de longo prazo

b) Decisões de financiamento de longo prazo

c) Decisões de resultados

d) Planejamento e controle financeiros

As principais questões a serem respondidas pela administração financeira, no que diz respeito às decisões de investimento, são:

1) Onde devem ser aplicados os recursos financeiros?

2) Quanto deve ser investido em ativos circulantes?

3) Quanto em ativos permanentes?

4) Quanto investir em estoques?

5) Quanto investir em contas a receber?

6) Qual a melhor composição dos ativos?

7) Qual o risco de cada um dos investimentos específicos?

8) Qual o retorno esperado?

9) Quais as novas alternativas de investimentos existentes?

10) Como maximizar a utilização dos investimentos existentes?

11) Quais investimentos deveriam ser descartados, por não acrescentar valor?

E no tocante às decisões de financiamento, temos as seguintes indagações:

1) Qual a estrutura de capital ideal para a empresa?

2) De onde vêm os recursos financeiros?

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3) Qual a participação de capital próprio?

4) Qual a participação de capital de terceiros?

5) Qual o perfil do endividamento?

6) Qual o custo de capital?

7) Como reduzi-lo?

8) Quais as fontes de financiamento utilizadas e seus respectivos custos?

9) Quais deveriam ser substituídas ou eliminadas?

10) Qual o risco financeiro?

11) Qual o sincronismo entre a velocidade de vencimento das dívidas e a velocidade

em gerar meios de pagamentos?

Atividades do Planejamento e Controle financeiros

1) Projeções do fluxo de caixa

2) Capital de giro e gestão de ativos circulantes

3) Administração de estoques

4) Administração de crédito

5) Administração de contas a receber

6) Administração de contas a pagar

7) Captação de recursos de curto prazo

8) Aplicações financeiras de curto prazo

As decisões de investimento de capital são estratégicas para as empresas por envolverem grandes recursos, serem de difícil reversão e por costumarem trazer grandes lucros ou prejuízos para as empresas. Normalmente se utilizam técnicas de projetos de viabilidade econômico-financeira, que envolvem alguns aspectos principais:

Análise de mercado – quem são os consumidores dos bens a serem

produzidos;

Localização física – das instalações industriais, das fontes de matérias-

primas, da rede de distribuição e venda;

Análise de suprimentos – a logística envolvida no recebimento dos

insumos, matérias-primas, peças e componentes;

Análise de custos – custos de mão-de-obra, de gastos gerais de

fabricação, de matéria-prima, etc;

Análise da carga tributária – incidência de impostos, isenções, regimes

especiais de tributação;

Análise de preços a serem praticados – condições de desconto, efeitos

cambiais, etc;

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Análise de financiamento – descrição das fontes de recursos financeiros

– empréstimos bancários, financiamento por instituições públicas,

ofertas públicas de ações;

Elaboração do fluxo de caixa do projeto – projeção do recebimento das

receitas ao longo do tempo em confrontação com o cronograma de

desembolso – os pagamentos a serem realizados;

Determinação do custo de capital – depreciação, distribuição de

dividendos, juros sobre o capital próprio, participações, etc.

As principais técnicas de Avaliação de Projetos de Investimentos são as seguintes:

Payback;

Payback descontado;

Valor Presente Líquido – VPL;

Taxa Interna de Retorno – TIR;

Taxa Interna de Desconto Modificada - TIRM

O Período de Payback é o período de tempo necessário para que as entradas líquidas de caixa recuperem o investimento inicial do projeto. Payback Descontado é o período de tempo necessário para recuperar o investimento inicial, considerando os fluxos de caixa descontados (ou seja, trazidos a “valor presente” mediante o desconto da taxa de juros no período). É uma tentativa de eliminar as falhas do payback simples, que não considera o custo do dinheiro no tempo. O Valor presente líquido é o valor presente das entradas de caixa menos o valor presente das saídas de caixa, descontadas ao custo de capital da empresa. É um dos métodos mais recomendados pelos especialistas. A Taxa Interna de Retorno é a taxa de retorno que iguala os fluxos de caixa das saídas ao das entradas. É o mais utilizado pelas multinacionais e pelas grandes empresas nacionais. A Taxa Interna de Retorno Modificada é a taxa de retorno que iguala o fluxo de caixa das saídas ao fluxo de caixa das entradas, após estas serem levadas ao valor futuro, com taxa de reinvestimento do custo de capital da empresa. Outras Funções das Finanças

Administração de Risco

Fusões, aquisições, incorporações

Gestão de Dificuldades Financeiras

Derivativos financeiros

Administração financeira internacional

Avaliação de Empresas

Gestão de Carteiras de Investimentos

Gestão Bancária

Gestão de Fundos de Pensão

Mercado de Capitais

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2) Evolução das Teorias Administrativas

Embora seja uma prática antiga, a administração tem uma história recente como corpo organizado de conhecimentos, pois, somente nos dois últimos séculos, devido à necessidade de profissionalizar a formação dos gerentes, para aprimorar o processo administrativo, é que surgiram livros, escolas, pesquisadores e consultores de administração. Portanto, o processo de administrar organizações transformou-se em disciplina muito recentemente. A tarefa atual da Administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional através do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas em todos os níveis da organização, a fim de alcançar os objetivos da maneira mais adequada à situação. Hoje em dia, a TGA (Teoria Geral da Administração) estuda a Administração das empresas e demais tipos de organização do ponto de vista da interação e interdependência entre cinco variáveis principais, cada qual objeto específico de estudo por parte de uma ou mais correntes da teoria administrativa. Estas cinco variáveis básicas são: • Tarefas – compreende as atividades que devem ser executadas para que os objetivos da organização sejam alcançados; • Estrutura – refere-se ao modo pelo qual serão organizados os recursos e de que maneira devem ser distribuídas as tarefas e o poder de comando dentro da empresa; • Pessoas – diz respeito às considerações sobre o comportamento humano dentro da empresa e de que maneira suas motivações subjetivas devem ser levadas em conta; • Tecnologia – compreende o “estado da arte”, ou seja, os padrões técnicos a serem observados para que se alcance os melhores níveis de produtividade possíveis. • Ambiente – significa os impactos das ações da organização sobre as outras organizações que convivem com a mesma no quadro econômico-institucional, bem como o impacto dessas forças externas sobre a mesma. Estas cinco variáveis constituem os principais componentes no estudo da Administração das empresas. O comportamento desses componentes é sistêmico e complexo: cada qual influencia e é influenciado pelos outros componentes. Modificações em um provocam modificações em maior ou menor grau nos demais. O comportamento do conjunto desses componentes é diferente da soma dos comportamentos de cada componente considerado isoladamente. A adequação entre essas cinco variáveis constitui o principal desafio da Administração e do administrador. MODELOS E EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO As grandes organizações que surgiram há muito tempo, como o Império Romano, a Igreja Católica e os exércitos, tinham tanta necessidade de administração como hoje têm o Governo Federal, a ONU, as universidade ou a prefeitura de uma cidade. Por causa dessa necessidade, há muito tempo os gerentes e outros tipos de profissionais vêm desenvolvendo teorias (técnicas e conhecimentos) que os ajudem em sua tarefa de tomar decisões sobre recursos para atingir objetivos.

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As teorias da administração espelham o momento histórico em que são produzidas. No início do século XX, as teorias administrativas refletiam as necessidades das grandes empresas que estavam surgindo. Naquele momento, a ênfase da administração estava na produção eficiente de bens, para atender um mercado sempre crescente, aparentemente inesgotável. Havia poucos concorrentes fazendo automóveis, pneus, lâmpadas elétricas e telefones. A tônica era fazer sempre mais, de maneira eficiente. No final do mesmo século, as teorias são influenciadas por circunstâncias diferentes. Os mercados não crescem da mesma forma e há muitos concorrentes. Os recursos e os consumidores são escassos. A ênfase da administração deslocou-se para a competitividade. Administração Científica A passagem para o século XX marcou o início de um grande avanço para a administração, em relação às antigas formas de organização do trabalho. Esse avanço foi impulsionado pela Revolução Industrial na Europa e na América, que criou uma nova realidade tecnológica e econômica para as organizações em geral. Essa escala de operações exigiu o desenvolvimento de métodos totalmente novos de Administração, para o que contribuíram os trabalhos de diversas pessoas, dentre as quais se destaca Frederick Winslow Taylor. Ele e seus seguidores transformaram a administração da eficiência do trabalho em um corpo de conhecimentos com vida própria. Taylor desenvolveu um sistema de administração de tarefas também conhecido como Taylorismo e, finalmente, Administração Científica – basicamente um sistema que economiza trabalho, produzindo mais em menos tempo. Em decorrência do sistema de pagamento vigente na época (pagamento por dia de trabalho ou por peça produzida), os trabalhadores acreditavam que seu esforço beneficiava somente o seu patrão, razão pela qual não se empenhavam no trabalho o quanto era esperado. Para resolver esse problema Taylor, vislumbrou a possibilidade dos empregados começarem a ter participação nos lucros. Para isso seria necessário ter uma idéia concreta do nível máximo de produtividade de cada trabalhador. O tempo necessário para a execução de cada atividade deveria ser cronometrado, para se descobrir o tempo máximo de trabalho necessário para cada tarefa. Também o espaço físico que o trabalhador precisava para executar uma tarefa com eficiência deveria ser dimensionado de forma otimizada. Esse sistema foi a base para o começo da administração de tarefas, influenciando a seleção dos trabalhadores e modificando a sua forma de remuneração, dentro de um programa de incentivos. A seleção de trabalhadores determinava a adequação entre postos de trabalho e perfil ou habilidade técnica. Iniciava-se o processo de padronização das tarefas dentro da empresa. Essa fase se caracteriza pela definição dos princípios de administração do trabalho. Compreende o estudo Shop Management (Administração de Fábricas), obra na qual Taylor defende os seguintes princípios:

• Uma boa administração deve pagar salários altos, e ter baixos custos de

produção;

• A administração deve aplicar métodos de pesquisas para determinar a

melhor maneira de executar as diversas tarefas dentro da empresa;

• Os empregados devem ser selecionados e treinados de uma maneira

qualificada, e para que as tarefas sejam compatíveis com suas

capacidades;

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• Deve haver uma relação mais informal entre trabalhador e patrão para

garantir um ambiente mais cordial e favorável à aplicação desses

princípios, resultando em maior qualidade.

Taylor sintetiza os objetivos da Administração Científica: 1. Desenvolver uma ciência para substituir as práticas empíricas;

2. Organizar racionalmente o trabalho, pela seleção, treinamento e orientação

ao trabalhador;

3. Promover Estudos de tempos e movimentos;

4. Padronizar as ferramentas e demais instrumentos de trabalho;

5. Proceder a padronização de movimentos;.

6. Sistema de pagamento de acordo com o desempenho;

7. Redução de custos.

A Administração Científica na época foi considerada uma revolução mental; o aumento da produtividade seria gerado pela maior eficiência, não pela exploração do trabalhador, mas sim da otimização do seu trabalho. A Administração Científica rapidamente ganhou popularidade nos Estados Unidos e depois em todo o mundo, expandindo-se metodicamente pelas décadas seguintes. Em 1917, os franceses estavam aplicando intensamente os princípios de Taylor no esforço de guerra. Nos anos 50, os japoneses retomaram as idéias de Taylor para renovar sua indústria e criaram o conceito de kaizen (aprimoramento contínuo), uma adaptação do taylorismo. Os resultados alcançados com a aplicação dessas técnicas ainda fazem os princípios da Administração Científica continuar desfrutando de grande interesse na virada do milênio. A Escola Clássica Fayol é um dos contribuintes mais importantes ao desenvolvimento do conhecimento administrativo moderno. Fayol chegou a diretor geral de uma empresa de mineração em 1888. A empresa estava à beira da falência, mas quando ele se aposentou, em 1918, a situação financeira era sólida. Esse resultado ele atribuiu a seu sistema de administração, uma idéia que se dividia em três partes principais:

I - A administração é uma função distinta das demais funções, como finanças, produção e distribuição.

II - A administração é um processo de planejamento, organização, comando, coordenação e controle.

III - O sistema de administração pode ser ensinado e aprendido. De acordo com Fayol, a administração é uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos (família, negócios, governo), que sempre exigem algum grau de planejamento, organização, comando, coordenação e controle. Portanto, todos deveriam estudá-la, o que exigiria uma teoria geral da administração que pudesse ser ensinada. Para responder a essa necessidade, Fayol criou e divulgou sua própria teoria. Fayol foi o pioneiro no reconhecimento de que a administração deveria ser vista como uma função separada das demais funções da empresa. O maior impacto dessa idéia está na identificação do trabalho dos gerentes como distinto das operações técnicas da empresa. Os gerentes que não conseguem perceber essa distinção envolvem-se com os detalhes técnicos da produção e prestação de

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serviços, negligenciando as funções de administrar toda a empresa. Ao apontar essa distinção, Fayol ajudou a tornar mais nítido o papel dos executivos - os administradores de nível mais alto na hierarquia da organização. Fayol considerava a empresa uma entidade abstrata, conduzida por um sistema racional de regras e de autoridade, que justifica sua existência à medida que atende ao objetivo primário de fornecer valor, na forma de bens e serviços, a seus consumidores. Uma idéia que se aplica a qualquer tipo de organização, embora se tivesse usado como ponto de partida uma empresa industrial. O trabalho do dirigente consiste em tomar decisões, estabelecer metas, definir diretrizes e atribuir responsabilidades aos integrantes da organização, de modo que as atividades de planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar estejam numa seqüência lógica. Uma vez organizada a empresa, seus colaboradores necessitam de ordens para saber o que fazer, e suas ações precisam de coordenação e controle gerencial. Combater o excesso de regulamentos, a burocracia e a papelada, é responsabilidade do gerente. . Fayol completa sua teoria com a proposição de 14 princípios que devem ser seguidos para que a administração seja eficaz:

1) Divisão de trabalho, a designação de tarefas específicas para cada indivíduo,

resultando na especialização das funções e separação dos poderes.

2) Autoridade e responsabilidade, sendo a primeira o direito de mandar e o poder de

se fazer obedecer, e a segunda, a sanção - recompensa ou penalidade - que

acompanha o exercício do poder.

3) Disciplina, o respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa e seus agentes.

4) Unidade de comando, de forma que cada indivíduo tenha apenas um superior.

5) Unidade de direção, um só chefe e um só programa para um conjunto de

operações que visam ao mesmo objetivo.

6) Subordinação do interesse individual ao interesse geral.

7) Remuneração do pessoal, de forma eqüitativa e com base tanto em fatores

externos quanto internos.

8) Centralização, o equilíbrio entre a concentração de poderes de decisão no chefe,

sua capacidade de enfrentar suas responsabilidades e a iniciativa dos

subordinados.

9) Cadeia de comando (linha de autoridade), ou hierarquia, a série dos chefes desde

o primeiro ao último escalão, dando-se aos subordinados de chefes diferentes a

autonomia para estabelecer relações diretas (a ponte de Fayol).

10) Ordem, um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar.

11) Eqüidade, o tratamento das pessoas com benevolência e justiça, não excluindo a

energia e o rigor quando necessários.

12) Estabilidade do pessoal, a manutenção das equipes como forma de promover seu

desenvolvimento.

13) Iniciativa, que faz aumentar o zelo e a atividade dos agentes.

14) Espírito de equipe.

Com o processo administrativo, complementam-se as duas abordagens mais importantes para a compreensão das responsabilidades dos dirigentes. Enquanto Ford e Taylor cuidaram da empresa de baixo para cima, com base no chão-de­fábrica, Fayol cuidou da empresa de cima para baixo, a partir do nível do executivo. Algumas de suas idéias estão ligadas a uma noção de empresa hierárquica, em que o dirigente é a principal fonte de energia para as operações.

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Mesmo que essa noção viesse a ser aprimorada mais tarde, com os grupos inteligentes e autogeridos, as idéias fundamentais continuam válidas em qualquer espécie de organização ou sistema de administração. Teoria da Burocracia Max Weber, importante cientista social, ocupou-se de inúmeros aspectos das sociedades humanas. Weber não tentou definir as organizações, nem estabelecer padrões de administração que elas devessem seguir. Seu tipo ideal de burocracia não é um modelo prescritivo, mas uma abstração descritiva. É um esquema que procura sintetizar os pontos comuns à maioria das organizações formais modernas, que ele contrastou com as sociedades primitivas e feudais. Weber descreveu as organizações burocráticas como máquinas totalmente impessoais, que funcionam de acordo com regras que ele chamou de racionais - regras que dependem de lógica e não de interesses pessoais. Weber estudou e procurou descrever o alicerce formal-legal em que as organizações reais se assentam. Sua atenção estava dirigida para o processo de autoridade-obediência (ou processo de dominação) que, no caso das organizações modernas, depende de leis. No modelo de Weber, organização formal e organização burocrática são sinônimos. A dominação, segundo a análise que Weber fez da burocracia, começa com a discussão dos processos interligados de dominação (ou autoridade) e obediência. Dominação ou autoridade, segundo Weber, é a probabilidade de haver obediência dentro de um grupo determinado. Há três tipos puros de autoridade ou dominação legítima (aquela que conta com o acordo dos dominados): a dominação de caráter carismático, a dominação de caráter tradicional, e a dominação de caráter racional. Esta última decorre da legalidade de ordenações instituídas racionalmente e dos direitos de mando das pessoas a quem essas ordenações responsabilizam pelo exercício da autoridade. A autoridade racional fundamenta-se em leis que estabelecem direitos e deveres para os integrantes de uma sociedade ou organização. Por isso, a autoridade que Weber chamou de racional é sinônimo de autoridade formal. Uma sociedade, organização ou grupo que depende de leis racionais tem estrutura do tipo legal-racional ou burocrática. É uma burocracia. Weber dedica-se a analisar a fundo as características da dominação ou autoridade racional - as chamadas características da burocracia. Essas características estão presentes em todas as organizações da sociedade moderna e são o germe do estado moderno. A autoridade legal-racional ou autoridade burocrática substituiu as fórmulas tradicionais e carismáticas nas quais se baseavam as antigas sociedades. As características da burocracia, identificadas por Weber, agrupam-se em três categorias: formalidade, impessoalidade e profissionalismo. Weber conclui que a administração burocrática é a forma mais racional de exercer a dominação. A burocracia, ou organização burocrática, possibilita o exercício da autoridade e a obtenção da obediência com precisão, continuidade, disciplina, rigor e confiança. A burocracia é mais racional porque é mais capaz de atender ao objetivo da organização social (por meio da dominação-obediência) do que o carisma ou a tradição. Para Weber, a burocracia é tão racional que "mesmo no caso de revolução ou guerra, continua a funcionar exatamente como o fazia no governo legal anterior". Para Weber, a sociedade e as organizações modernas são sistemas de normas impessoais que regem o comportamento das pessoas. Essa idéia estimulou a

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imaginação de muitos cientistas que se propuseram a explicar as organizações e o comportamento das pessoas. A análise que Weber fez da burocracia é ponto de partida para a maioria desses cientistas, para concordar ou discordar do cientista alemão. Portanto, todas as organizações formais são burocracias. A palavra burocracia identifica precisamente as organizações que se baseiam em regulamentos. Há uma razão extremamente importante para entender o que é a burocracia: a sociedade organizacional é, também, uma sociedade burocratizada. Todas as organizações que as quais você está ligado de alguma forma são burocracias, regidas por regulamentos que criam direitos e obrigações. A burocracia é um estágio na evolução das organizações. Apesar das vantagens inerentes nessa forma de organização, as burocracias podem muitas vezes apresentar também uma série de disfunções, conforme a seguir:

Particularismo - Defender dentro da organização os interesses de grupos

extremos, por motivos de convicção, amizade ou interesse material;

Satisfação de Interesses Pessoais - Defender interesses pessoais dentro da

organização;

Excesso de Regras - Multiplicidade de regras e exigências para a obtenção de

determinado serviço;

Hierarquia e individualismo - A hierarquia divide responsabilidades e atravanca o

processo decisório. Realça vaidades e estimula disputas pelo poder;

Mecanicismo - Burocracias são sistemas de cargos limitados, que colocam

pessoas em situações alienantes.

A abordagem humanística – a Escola de Relações Humanas Essa abordagem constituiu-se na mais ferrenha oposição à Teoria Clássica de Fayol e ao Taylorismo, pois apresentou evidências da existência de outros aspectos envolvendo a produtividade humana nas organizações, de natureza não mecanicista ou operacional. Abordou-se o lado humano das organizações. Suas origens são as seguintes: a) a necessidade de humanizar e democratizar a administração; b) o desenvolvimento das chamadas ciências humanas (Sociologia, Psicologia, Antropologia, etc.), e c) as conclusões da experiência de Hawthorne. A Experiência de Hawthorne aconteceu na Western Electric Company, no final da década de 20, visando determinar qual a relação existente entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários (produtividade). A empresa fabricava componentes telefônicos, e desenvolvia na época uma política de pessoal bastante voltada para o bem estar de seus funcionários. Em sua fábrica, situada no bairro de Hawthorne, Chicago, havia um departamento de montagem de relês de telefone, composto basicamente por operárias, que executavam um trabalho manual de montagem, dependendo intensamente de sua velocidade manual para a produção. A experiência aconteceu nas seguintes fases: 1a Fase: Nessa fase, foram estudados dois grupos de trabalho, que operando em condições idênticas, tiveram sua produção constantemente avaliada. Um dos grupos teve suas condições ambientais de trabalho mantidas constantes, enquanto o outro teve sua iluminação intensificada, propositalmente.

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Para frustração dos pesquisadores, dentre eles Elton Mayo (um dos grandes expoentes da Escola das Relações Humanas), ambos os grupos apresentaram variações semelhantes de produtividade, independente da intensidade da luz existente, levando os pesquisadores à verificação da existência de outras variáveis; era descoberto o fator psicológico, preponderante sobre o fator fisiológico. 2a Fase: Com a introdução de novas variáveis (horários de descanso, lanches, reduções no período de trabalho, sistema de pagamento) buscava-se identificar aquela que mais se relacionava com a produtividade. Após diversas variações nas condições de trabalho, que resultaram em crescimento da produtividade, retornaram o trabalho às condições originais, e mesmo assim presenciou-se um crescimento na produtividade das pessoas. 3a Fase: Programa de entrevistas buscando maior conhecimento sobre as atitudes e sentimentos do trabalhador, tendo sido entrevistas mais de 20 mil operários. Revelou-se a existência da “organização informal”. Por meio dessa organização informal, os operários se mantinham unidos com uma certa lealdade entre si e para com a empresa; essa lealdade “dividida” entre o grupo e a companhia eventualmente poderia trazer conflito, tensão, inquietação e descontentamentos. 4a Fase: Foi montado um grupo experimental que passou a ser observado, sendo reveladas as “artimanhas” utilizadas por esses operários para reduzir seu trabalho, de acordo com padrões que o próprio grupo considerava ideal; aqueles trabalhadores que não o fizessem eram punidos simbolicamente pelo grupo. Nessa última fase da experiência, foi possível o estudo das relações entre a organização informal dos operários e a organização formal da fábrica. Dentre as principais conclusões da experiência de Hawtorne, pode-se destacar as seguintes: a) O Nível de produção é resultante da integração social: a capacidade social do trabalhador estabelece seu nível de competência e eficiência, e não a sua capacidade de executar movimentos eficientes dentro de um tempo previamente estabelecido. Quanto mais integrado socialmente no grupo de trabalho, tanto maior será sua disposição para o trabalho; b) Comportamento social dos empregados: os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas como membro de grupos. A Teoria Clássica não chegou a perceber que não são os trabalhadores que definem sua capacidade máxima de produção, mas sim os grupos com os quais ele interage. A qualquer desvio de comportamento pelo indivíduo, este será retaliado simbolicamente pelo grupo que participa; c) Recompensas e sanções sociais: as pessoas são avaliadas pelos grupos que participam, de acordo com as normas de comportamento que o grupo cria para si. São tomadas como boas companheiras e colegas se o seu comportamento se ajusta a essas normas e padrões de comportamento e são avaliadas como péssimas colegas ou desleais se o seu comportamento transgride aquelas normas e padrões. Essas recompensas são simbólicas e não-materiais, porém influenciam decisivamente na motivação e na felicidade do trabalhador; d) Grupos informais: a empresa passa a ser visualizada como uma organização social composta de diversos grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal da empresa. Os grupos informais constituem a organização humana da empresa, muitas vezes em contraposição à

Material Complementar Noções de Administração Financeira

Profº Carlos Ramos

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organização formal estabelecida pela direção. Esses grupos informais definem suas regras de comportamento, suas formas de recompensas ou sanções sociais, seus objetivos, suas escalas de valores sociais, suas crenças e expectativas, que cada participante vai assimilando e integrando em suas atitudes e comportamento; e) As relações humanas: para poder explicar e justificar o comportamento das pessoas na empresa passou-se a estudar intensamente essas interações sociais surgidas dentro das organizações, em face do grande número de grupos e das interações necessariamente resultantes; é exatamente a compreensão da natureza dessas relações humanas que permite ao administrador melhores resultados de seus subordinados; f) A importância do conteúdo de cargo: a maior especialização (maior fragmentação) do trabalho não é a forma mais eficiente de divisão do trabalho, pois não cria, necessariamente, a organização mais eficiente. Durante a experiência, percebeu-se que os operários mudavam de lugar várias vezes para variar a monotonia. Percebeu-se então que o conteúdo e a natureza do trabalho têm enorme influência sobre o moral do trabalhador; g) Ênfase nos aspectos emocionais: os elementos emocionais não-planejados e mesmo irracionais do comportamento humano passam a merecer a atenção de quase todas os estudiosos da Teoria das Relações Humanas. Daí o fato de serem denominados sociólogos da organização, por alguns autores.

3) Bibliografia sugerida

BRIGHAM, Eugene F.; EHRHARDT, Michael C. Administração financeira – teoria e prática. São Paulo: Thomson Pioneira.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Ed. Campus.

CURY, Antonio. Organização & Métodos. Uma Visão Holística. Perspectiva Comportamental & Abordagem Contingencial. Ed. Atlas.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 10ed. São Paulo: Pearson Brasil.

LACOMBE, Francisco. Administração Princípios e Tendências. Ed. Saraiva.

MAXIMIANO, Antonio C.A. Teoria Geral da Administração. Da Revolução Urbana à Revolução Digital. Ed. Atlas.

PADOVEZE, Clóvis. Introdução à Administração Financeira. Ed. Cengage Learning.

WESTERFILD, RAndolfh W.; ROSS, Stephen A. Princípios de administração financeira. 2ed. São Paulo: Atlas.