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Aula 02 RETA FINAL - 1000 Questões Comentadas de Execução Orçamentária e Financeira p/ TCU - Técnico Professor: Sérgio Mendes

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Execução orçamentaria e financeira

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    RETA FINAL - 1000 Questes Comentadas de Execuo Oramentria e Financeira p/TCU - Tcnico

    Professor: Srgio Mendes

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    AULA 2: Lei de Responsabilidade Fiscal - Parte III APRESENTAO DO TEMA

    SUMRIO

    APRESENTAO DO TEMA ........................................................................ 1

    1. GESTO FISCAL E TRANSPARNCIA ...................................................... 3

    1.1 Gesto Fiscal..................................................................................... 3

    1.2 Transparncia ................................................................................... 4

    1.3 Conselho de Gesto Fiscal .................................................................. 5

    1.4 Tribunais de Contas na LRF ................................................................. 5

    2. RELATRIOS ..................................................................................... 12

    2.1. Relatrio de Gesto Fiscal ................................................................. 12

    2.2. Relatrio Resumido de Execuo Oramentria ................................... 13

    3. ESCRITURAO, CONSOLIDAO E PRESTAO DAS CONTAS ................ 19

    3.1 Escriturao das Contas .................................................................... 19

    3.2 Consolidao das Contas ................................................................... 20

    3.3 Prestao das Contas ........................................................................ 20

    4. GESTO E PRESERVAO DO PATRIMNIO PBLICO.............................. 24

    4.1 Alienao de Bens e Direitos .............................................................. 24

    4.2 Conservao do Patrimnio Pblico ..................................................... 24

    4.3 Desapropriao de Imvel Urbano ...................................................... 24

    4.4 Empresas Controladas pelo Setor Pblico ............................................. 25

    4.5 Conta nica na LRF ........................................................................... 25

    5. DESTINAO DE RECURSOS PBLICOS PARA O SETOR PRIVADO ............ 28

    6. RESTOS A PAGAR NA LRF .................................................................... 31

    MAIS QUESTES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE ............................ 35

    MEMENTO II .......................................................................................... 46

    LISTA DE QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ...................................... 51

    GABARITO ............................................................................................. 61

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    Ol amigos! Como bom estar aqui! Os temas desta aula so: Gesto Fiscal e Transparncia; Relatrios; Escriturao, Consolidao e Prestao das Contas; Gesto e Preservao do Patrimnio Pblico; Destinao de Recursos Pblicos para o Setor Privado e Restos a Pagar na LRF. E vamos prosseguir no estudo da Lei de Responsabilidade Fiscal!

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    1. GESTO FISCAL E TRANSPARNCIA 1.1 Gesto Fiscal Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal a instituio, a previso e a efetiva arrecadao de todos os tributos da competncia constitucional do ente da Federao. No entanto, vedada a realizao de transferncias voluntrias para o ente que no observe tal determinao no que se refere aos impostos. Assim, apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal contemplarem os tributos, a vedao quanto s transferncias voluntrias se refere apenas aos impostos.

    Apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal contemplarem os tributos, a vedao quanto s transferncias voluntrias se refere apenas aos impostos.

    Ressalto que tal vedao no alcana as transferncias voluntrias destinadas a aes de educao, sade e assistncia social. A LRF trata da fiscalizao da gesto fiscal no art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxlio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministrio Pblico, fiscalizaro o cumprimento das normas da LRF, com nfase no que se refere a:

    x Atingimento das metas estabelecidas na LDO. x Limites e condies para realizao de operaes de crdito e inscrio

    em restos a pagar; x Medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal.

    x Providncias tomadas para reconduo dos montantes das dvidas consolidada e mobiliria aos respectivos limites. x Destinao de recursos obtidos com a alienao de ativos.

    x Cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver.

    Compete privativamente ao Presidente da Repblica prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de 60 dias aps a abertura da sesso legislativa, as contas referentes ao exerccio anterior.

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    1.2 Transparncia Segundo o art. 48 da LRF, so instrumentos de transparncia da gesto fiscal, aos quais ser dada ampla divulgao, inclusive em meios eletrnicos de acesso pblico: os planos, oramentos e leis de diretrizes oramentrias; as prestaes de contas e o respectivo parecer prvio; o Relatrio Resumido da Execuo Oramentria e o Relatrio de Gesto Fiscal; e as verses simplificadas desses documentos. A Lei Complementar n 131/2009 acrescentou dispositivos Lei de Responsabilidade Fiscal. A transparncia ser assegurada tambm mediante (art. 48, pargrafo nico e art. 48-A): I) Incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos. II) Liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico. Os entes da Federao disponibilizaro a qualquer pessoa fsica ou jurdica o acesso a informaes, quanto despesa, referentes a todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo da despesa, no momento de sua realizao, com a disponibilizao mnima dos dados referentes ao nmero do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao servio prestado, pessoa fsica ou jurdica beneficiria do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatrio realizado; e quanto receita, referente ao lanamento e ao recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinrios. III) Adoo de sistema integrado de Administrao Financeira e controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da Unio. O no atendimento, at o encerramento dos prazos previstos na LRF, das determinaes contidas nos itens II e III acima sujeita o ente sano de no poder receber transferncias voluntrias (art. 73-C da LRF). O maior objetivo das regras de transparncia na LRF viabilizar o controle social, ou seja, a participao da sociedade no acompanhamento e na verificao da execuo das polticas pblicas, avaliando os objetivos, os processos e os resultados, visando assegurar que os recursos pblicos sejam bem empregados em benefcio da coletividade.

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    1.3 Conselho de Gesto Fiscal O acompanhamento e a avaliao, de forma permanente, da poltica e da operacionalidade da gesto fiscal sero realizados por conselho de gesto fiscal CGF. O CGF instituir formas de premiao e reconhecimento pblico aos titulares de Poder que alcanarem resultados meritrios em suas polticas de desenvolvimento social, conjugados com a prtica de uma gesto fiscal pautada pelas normas da LRF. O Conselho ser constitudo por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministrio Pblico e de entidades tcnicas representativas da sociedade, visando a:

    x Harmonizao e coordenao entre os entes da Federao. x Disseminao de prticas que resultem em maior eficincia na alocao e

    execuo do gasto pblico, na arrecadao de receitas, no controle do endividamento e na transparncia da gesto fiscal. x Adoo de normas de consolidao das contas pblicas, padronizao

    das prestaes de contas e dos relatrios e demonstrativos de gesto fiscal de que trata a LRF, normas e padres mais simples para os pequenos municpios, bem como outros, necessrios ao controle social. x Divulgao de anlises, estudos e diagnsticos.

    A edio de normas gerais para consolidao das contas pblicas caber ao rgo central de contabilidade da Unio, enquanto no implantado o Conselho de Gesto Fiscal. Ainda, a LRF determinou que lei ordinria deve dispor sobre a composio e a forma de funcionamento do conselho. 1.4 Tribunais de Contas na LRF De acordo com o 1 do art. 59, os Tribunais de Contas alertaro os Poderes ou rgos quando constatarem:

    x A possibilidade da realizao da receita no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais. x Que o montante da despesa total com pessoal e das dvidas consolidada

    e mobiliria, das operaes de crdito e da concesso de garantia se encontram acima de 90% dos respectivos limites (limites de alerta). x Que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite

    definido em lei. x Fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou

    indcios de irregularidades na gesto oramentria.

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    Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os clculos dos limites da despesa total com pessoal de cada Poder e rgo. Ao Tribunal de Contas da Unio compete acompanhar o cumprimento das determinaes seguintes referentes ao Banco Central do Brasil e ao Tesouro Nacional:

    x O Banco Central s poder comprar diretamente ttulos emitidos pela Unio para refinanciar a dvida mobiliria federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda, tal operao dever ser realizada taxa mdia e condies alcanadas no dia, em leilo pblico. x vedado ao Tesouro Nacional adquirir ttulos da dvida pblica federal

    existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com clusula de reverso, salvo para reduzir a dvida mobiliria.

    Qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato parte legtima para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao rgo competente do Ministrio Pblico o descumprimento das prescries estabelecidas nesta Lei Complementar (art. 73-A da LRF).

    1) (CESPE Analista Administrativo Direito - ANTT 2013) Conforme a LRF, os oramentos so considerados instrumentos de transparncia da gesto fiscal. Segundo o art. 48 da LRF, so instrumentos de transparncia da gesto fiscal, aos quais ser dada ampla divulgao, inclusive em meios eletrnicos de acesso pblico: os planos, oramentos e leis de diretrizes oramentrias; as prestaes de contas e o respectivo parecer prvio; o Relatrio Resumido da Execuo Oramentria e o Relatrio de Gesto Fiscal; e as verses simplificadas desses documentos. Resposta: Certa 2) (CESPE - Analista de Planejamento, Gesto e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gesto Financeira - INPI 2013) De acordo com a LRF, a transparncia na gesto fiscal assegurada mediante o incentivo participao popular e a realizao de audincias pblicas durante a discusso e elaborao do plano plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) e da Lei Oramentria Anual (LOA). A transparncia ser assegurada tambm mediante, entre outros, incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos (art. 48, pargrafo nico, I, da LRF). Resposta: Certa

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    3) (CESPE Analista Judicirio Administrativa TRT/10 Prova cancelada - 2013) estabelecido pela LRF que devero ser disponibilizadas, em tempo real, para assegurar a transparncia, informaes relacionadas aos empenhos, liquidaes e pagamentos realizados pelas unidades gestoras, em meios eletrnicos de acesso pblico. A transparncia ser assegurada mediante liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico (art. 48, pargrafo nico, II, da LRF). Resposta: Certa 4) (CESPE - Analista de Planejamento, Gesto e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gesto Financeira - INPI 2013) De acordo com a LRF, a transparncia na gesto fiscal assegurada mediante a liberao das informaes sobre a execuo da receita e da despesa ao conhecimento pblico. A transparncia ser assegurada tambm mediante, entre outros, liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico (art. 48, pargrafo nico, II, da LRF). Resposta: Certa 5) (CESPE Analista Judicirio - Administrativa STF 2013) Os entes da Federao tero de disponibilizar a qualquer pessoa fsica ou jurdica o acesso a informaes referentes a todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo da despesa, no momento de sua realizao, e, quando for o caso, disponibilizar minimamente os dados referentes ao procedimento licitatrio realizado. A transparncia ser assegurada tambm mediante, dentre outros, a liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico. Os entes da Federao disponibilizaro a qualquer pessoa fsica ou jurdica o acesso a informaes, quanto despesa, referentes a todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo da despesa, no momento de sua realizao, com a disponibilizao mnima dos dados referentes ao nmero do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao servio prestado, pessoa fsica ou jurdica beneficiria do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatrio realizado; e quanto receita, referente ao lanamento e ao recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinrios.

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    Resposta: Certa 6) (CESPE Auditor de Controle Externo TCE/ES 2012) A destinao de recursos obtidos com a receita de capital oriunda da alienao de ativos um dos objetos de fiscalizao dos tribunais de contas. A LRF trata da fiscalizao da gesto fiscal no art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxlio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministrio Pblico, fiscalizaro o cumprimento das normas da LRF, com nfase no que se refere a: _ atingimento das metas estabelecidas na LDO; _ limites e condies para realizao de operaes de crdito e inscrio em Restos a Pagar; _ medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal; _ providncias tomadas para reconduo dos montantes das dvidas consolidada e mobiliria aos respectivos limites; _ destinao de recursos obtidos com a alienao de ativos; _ cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver. Resposta: Certa 7) (CESPE TFCE TCU 2012) O TCU, atuando na fiscalizao da gesto fiscal, deve acompanhar o cumprimento da proibio, imposta ao Tesouro Nacional, de adquirir ttulos da dvida pblica federal existentes na carteira do Banco Central do Brasil. Ao Tribunal de Contas da Unio compete acompanhar o cumprimento das determinaes seguintes referentes ao Banco Central do Brasil e ao Tesouro Nacional (art. 59, 3, da LRF): _ O Banco Central s poder comprar diretamente ttulos emitidos pela Unio para refinanciar a dvida mobiliria federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda, tal operao dever ser realizada taxa mdia e condies alcanadas no dia, em leilo pblico. _ vedado ao Tesouro Nacional adquirir ttulos da dvida pblica federal existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com clusula de reverso, salvo para reduzir a dvida mobiliria. Resposta: Certa 8) (CESPE Analista Contabilidade - ECB 2011) No h necessidade de se incluir, nas informaes que sero tornadas pblicas pelos mecanismos de transparncia da gesto pblica, o nmero do processo que tenha gerado determinada despesa.

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    A transparncia ser assegurada tambm, entre outros, mediante liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico. Os entes da Federao disponibilizaro a qualquer pessoa fsica ou jurdica o acesso a informaes, quanto despesa, referentes a todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo da despesa, no momento de sua realizao, com a disponibilizao mnima dos dados referentes ao nmero do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao servio prestado, pessoa fsica ou jurdica beneficiria do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatrio realizado; e quanto receita, referente ao lanamento e ao recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinrios. Resposta: Errada 9) (CESPE Analista Contabilidade - ECB 2011) A adoo de sistema integrado de administrao financeira e de controle que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da Unio requisito essencial para se assegurar a transparncia da gesto fiscal nos municpios. A transparncia ser assegurada tambm, entre outros, mediante adoo de sistema integrado de administrao financeira e controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da Unio. Resposta: Certa 10) (CESPE - Analista Judicirio - Administrativo - STM - 2011) Os municpios que no institurem a taxa municipal de iluminao pblica, bem como os que no a tenham previsto em seus oramentos e no a estejam arrecadando, esto proibidos de receber transferncias voluntrias de outros entes, ressalvadas aquelas destinadas a aes com sade, educao e assistncia social. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal a instituio, previso e efetiva arrecadao de todos os tributos da competncia constitucional do ente da Federao. No entanto, vedada a realizao de transferncias voluntrias para o ente que no observe tal determinao no que se refere aos impostos. Assim, apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal contemplarem os tributos, a vedao quanto s transferncias voluntrias se refere apenas aos impostos. Os municpios que no institurem a taxa municipal de iluminao pblica no esto proibidos de receber transferncias voluntrias, pois no se trata da instituio de impostos. Resposta: Errada

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    11) (CESPE Procurador ALES 2011) As normas gerais para consolidao das contas pblicas nacionais so atualmente editadas pelo Conselho de Gesto Fiscal, rgo criado pela LRF. A edio de normas gerais para consolidao das contas pblicas caber ao rgo central de contabilidade da Unio, enquanto no implantado o Conselho de Gesto fiscal. Resposta: Errada 12) (CESPE Analista Judicirio Administrao e Contbeis TJ/CE 2014) A participao popular deve restringir-se s fases de discusso, aprovao e controle dos planos e oramentos. A transparncia ser assegurada tambm mediante, entre outros, incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos (art. 48, pargrafo nico, I, da LRF). Resposta: Errada 13) (CESPE Analista Tcnico-Administrativo - SUFRAMA 2014) O municpio que isentar seus moradores do pagamento da taxa de iluminao pblica ser proibido de receber transferncias voluntrias da Unio. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal a instituio, a previso e a efetiva arrecadao de todos os tributos da competncia constitucional do ente da Federao. No entanto, vedada a realizao de transferncias voluntrias para o ente que no observe tal determinao no que se refere aos impostos. Assim, apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal contemplarem os tributos, a vedao quanto s transferncias voluntrias se refere apenas aos impostos. Os municpios que no institurem a taxa municipal de iluminao pblica no esto proibidos de receber transferncias voluntrias, pois no se trata da instituio de impostos. Resposta: Errada 14) (CESPE Analista Judicirio Administrao e Contbeis TJ/CE 2014) A adoo de um sistema integrado de administrao financeira e controle obrigatria para todos os municpios. A transparncia ser assegurada tambm, entre outros, mediante adoo de sistema integrado de administrao financeira e controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da Unio. Resposta: Certa

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    15) (CESPE Analista Judicirio Administrao e Contbeis TJ/CE 2014) As informaes pormenorizadas sobre a execuo financeira devem constar dos meios eletrnicos de acesso pblico no prazo mximo de dez dias teis. A transparncia ser assegurada mediante liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico (art. 48, pargrafo nico, II, da LRF). Resposta: Errada

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    2. RELATRIOS 2.1. Relatrio de Gesto Fiscal O Relatrio de Gesto Fiscal RGF ser emitido, a cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e rgos, assinado pelo Chefe do Poder Executivo; Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou rgo decisrio equivalente, conforme regimentos internos dos rgos do Poder Legislativo; Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administrao ou rgo decisrio equivalente, conforme regimentos internos dos rgos do Poder Judicirio; Chefe do Ministrio Pblico, da Unio e dos Estados. O relatrio tambm ser assinado pelas autoridades responsveis pela Administrao Financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato prprio de cada Poder ou rgo. facultado aos municpios com populao inferior a 50 mil habitantes optar por divulgar semestralmente o Relatrio de Gesto Fiscal. De acordo com o art. 55, o Relatrio de Gesto Fiscal conter comparativo com os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes:

    x despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas; x dvidas consolidada e mobiliria; concesso de garantias; e operaes de

    crdito, inclusive por antecipao de receita (tais demonstrativos estaro apenas no RGF do Poder Executivo).

    Se ultrapassado qualquer dos limites, o RGF conter tambm a indicao das medidas corretivas adotadas ou a adotar. Apenas no ltimo quadrimestre, o RGF conter demonstrativos:

    x do montante das disponibilidades de caixa em 31/12; x da inscrio em restos a pagar, das despesas liquidadas; empenhadas

    e no liquidadas; empenhadas e no liquidadas, inscritas at o limite do saldo da disponibilidade de caixa; no inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados; e x do cumprimento do disposto no inciso II e na alnea b do inciso IV do art.

    38, que trata das operaes de crdito por antecipao de receita. O relatrio ser publicado at 30 dias aps o encerramento do perodo a que corresponder, com amplo acesso ao pblico, inclusive por meio eletrnico. O descumprimento do prazo impedir, at que a situao seja regularizada, que o ente da Federao receba transferncias voluntrias e contrate operaes de crdito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria.

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    2.2. Relatrio Resumido de Execuo Oramentria De acordo com o 3 do art. 165 da CF/1988, o Poder Executivo publicar, at 30 dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria RREO. A finalidade dessa periodicidade permitir que a sociedade conhea, acompanhe e analise o desempenho da execuo oramentria de cada ente ainda durante o exerccio financeiro. O RREO ser elaborado e publicado pelo Poder Executivo de cada ente: da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. Os arts. 52 e 53 da LRF regulamentam o tema. O RREO abranger todos os Poderes e o Ministrio Pblico e ser composto pelo balano oramentrio e por demonstrativos de execuo de receitas e despesas:

    x Balano oramentrio, que especificar, por categoria econmica, as receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previso atualizada; as despesas por grupo de natureza, discriminando a dotao para o exerccio, a despesa liquidada e o saldo. x Demonstrativos da execuo das receitas, por categoria econmica e

    fonte, especificando a previso inicial, a previso atualizada para o exerccio, a receita realizada no bimestre, a realizada no exerccio e a previso a realizar; e das despesas, por categoria econmica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotao inicial, dotao para o exerccio, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exerccio. x Despesas, por funo e subfuno.

    Os valores referentes ao refinanciamento da dvida mobiliria constaro destacadamente nas receitas de operaes de crdito e nas despesas com amortizao da dvida. Da mesma forma que na escriturao e consolidao das contas e no RGF, o descumprimento do prazo impedir, at que a situao seja regularizada, que o ente da Federao receba transferncias voluntrias e contrate operaes de crdito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria. De acordo com o art. 53 da LRF, acompanharo o RREO demonstrativos relativos a:

    x Apurao da receita corrente lquida e sua evoluo, assim como a previso de seu desempenho at o final do exerccio. x Receitas e despesas previdencirias.

    x Resultados nominal e primrio. x Despesas com juros.

    x Restos a Pagar, detalhando, por Poder e rgo, os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar.

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    facultado aos municpios com populao inferior a 50 mil habitantes optar por divulgar semestralmente os demonstrativos do RREO (citados acima). No entanto, o RREO deve ser divulgado bimestralmente em todos os entes, j que este perodo o previsto no 3 do art. 165 da CF/1988, conforme estudamos no incio deste tpico. J o RREO referente ao ltimo bimestre do exerccio ser acompanhado tambm de demonstrativos do atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988 e disposies da LRF no 3 do art. 32); das projees atuariais dos regimes de previdncia social, geral e prprio dos servidores pblicos; e da variao patrimonial, evidenciando a alienao de ativos e a aplicao dos recursos dela decorrentes. Quando for o caso, sero apresentadas justificativas da limitao de empenho e da frustrao de receitas, especificando as medidas de combate sonegao e evaso fiscal, adotadas e a adotar, e as aes de fiscalizao e cobrana.

    RGF RREO

    RGF: ser emitido, a cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e rgos. RREO: publicado, at 30 dias aps o encerramento de cada bimestre, pelo Poder Executivo.

    16) (CESPE Analista - Planejamento e Oramento - MPU 2013) O relatrio de gesto fiscal, institudo pelo artigo 54 da LRF, conter a indicao de medidas corretivas quando os limites definidos na lei forem ultrapassados. Se ultrapassado qualquer dos limites, o RGF conter tambm a indicao das medidas corretivas adotadas ou a adotar. Resposta: Certa 17) (CESPE Auditor de Controle Externo TCU 2013) No relatrio de gesto fiscal, um instrumento de transparncia da gesto fiscal elaborado e divulgado ao final de cada quadrimestre, devem constar, em relao ao ms de dezembro, as despesas inscritas em restos a pagar empenhadas e liquidadas bem como as empenhadas e no liquidadas, estas at o limite das disponibilidades de caixa, pois, acima do saldo das disponibilidades, os empenhos sero cancelados.

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    O relatrio de gesto fiscal um instrumento de transparncia da gesto fiscal elaborado e divulgado ao final de cada quadrimestre. Apenas no ltimo quadrimestre, o RGF conter demonstrativos: _ do montante das disponibilidades de caixa em 31/12; _ da inscrio em restos a pagar, das despesas liquidadas; empenhadas e no liquidadas; empenhadas e no liquidadas, inscritas at o limite do saldo da disponibilidade de caixa; no inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados; e _ do cumprimento do disposto no inciso II e na alnea b do inciso IV do art. 38, que trata das operaes de crdito por antecipao de receita. Resposta: Certa 18) (CESPE Auditor de Controle Externo TCU 2013) Acerca das disposies da Lei de Responsabilidade Fiscal sobre dvida pblica e restos a pagar, escriturao e consolidao das contas, relatrio resumido da execuo oramentria e relatrio de gesto fiscal, julgue o item que se segue. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio e o Ministrio Pblico devem publicar o demonstrativo da disponibilidade de caixa e o demonstrativo da despesa com pessoal, no primeiro e no segundo quadrimestres de cada exerccio. No RGF, os Poderes o Ministrio Pblico devem publicar comparativo com os limites de que trata a LRF, entre outros, dos montantes da despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas, a cada quadrimestre. Entretanto, o demonstrativo da disponibilidade de caixa em 31/12 ser publicado apenas no RGF do ltimo quadrimestre. Resposta: Errada 19) (CESPE - Analista de Planejamento, Gesto e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gesto Financeira - INPI 2013) O acompanhamento da execuo oramentria fundamental para o controle do gasto e avaliao da efetividade do planejamento. Nesse sentido, no Brasil, o Poder Executivo deve elaborar relatrios bimestrais resumidos da execuo oramentria. O Poder Executivo publicar, at 30 dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria (art. 165, 3, da CF/1988). Resposta: Certa 20) (CESPE - Analista de Planejamento, Gesto e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gesto Financeira - INPI 2013) O relatrio resumido de execuo oramentria de que trata a LRF deve ser publicado em at trinta dias aps o encerramento de cada bimestre.

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    O Poder Executivo publicar, at 30 dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria (art. 165, 3, da CF/1988). Resposta: Certa 21) (CESPE - Analista de Planejamento, Gesto e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gesto Financeira - INPI 2013) O relatrio resumido de execuo oramentria de que trata a LRF no abrange as entidades da administrao indireta. O RREO abranger todos os Poderes e o Ministrio Pblico. Isso inclui as respectivas administraes diretas, fundos, autarquias, fundaes e empresas estatais dependentes. Resposta: Errada 22) (CESPE - Analista de Planejamento, Gesto e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gesto Financeira - INPI 2013) O relatrio resumido de execuo oramentria de que trata a LRF deve indicar, obrigatoriamente, as justificativas para limitao de empenho e frustrao de receitas. Quando for o caso, sero apresentadas justificativas da limitao de empenho e da frustrao de receitas, especificando as medidas de combate sonegao e evaso fiscal, adotadas e a adotar, e as aes de fiscalizao e cobrana (art. 53, 2, da LRF). Logo, o RREO deve indicar, quando for o caso (e no obrigatoriamente), as justificativas para limitao de empenho e frustrao de receitas. Resposta: Errada 23) (CESPE - Analista de Planejamento, Gesto e Infraestrutura em Propriedade Industrial Gesto Financeira - INPI 2013) O relatrio resumido de execuo oramentria de que trata a LRF acompanhado do demonstrativo relativo aos resultados nominal e primrio. De acordo com o art. 53 da LRF, acompanharo o RREO demonstrativos relativos a: _ Apurao da receita corrente lquida e sua evoluo, assim como a previso de seu desempenho at o final do exerccio. _ Receitas e despesas previdencirias. _ Resultados nominal e primrio. _ Despesas com juros. _ Restos a Pagar, detalhando, por Poder e rgo, os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar. Resposta: Certa

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    24) (CESPE Tcnico FNDE 2012) O balano oramentrio discriminar as receitas por fonte e as despesas por grupo de natureza. O RREO abranger todos os Poderes e o Ministrio Pblico e ser composto pelo balano oramentrio e por demonstrativos de execuo de receitas e despesas. O balano oramentrio especificar, por categoria econmica, as receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previso atualizada; as despesas por grupo de natureza, discriminando a dotao para o exerccio, a despesa liquidada e o saldo. Resposta: Certa 25) (CESPE Analista Contabilidade - ECB 2011) O relatrio de gesto fiscal do Ministrio Pblico da Unio bem como o do Ministrio Pblico nos estados no integram o relatrio apresentado pelos titulares do Poder Executivo de cada ente. O Relatrio de Gesto Fiscal RGF ser emitido, a cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e rgos, assinado pelo Chefe do Poder Executivo (...) e pelo Chefe do Ministrio Pblico, da Unio e dos Estados. Resposta: Certa 26) (CESPE Analista Contabilidade - ECB 2011) Caso determinado estado pretenda publicar relatrio resumido da execuo oramentria referente aos meses de maio e junho, ele no estar obrigado a incluir o demonstrativo da variao patrimonial com a alienao de ativos e a aplicao dos recursos dela decorrentes. O RREO referente ao ltimo bimestre do exerccio ser acompanhado tambm de demonstrativos do atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988 e disposies da LRF no 3 do art. 32); das projees atuariais dos regimes de previdncia social, geral e prprio dos servidores pblicos; e da variao patrimonial, evidenciando a alienao de ativos e a aplicao dos recursos dela decorrentes. Logo, os RREOs dos demais bimestres no esto obrigados a incluir os demonstrativos acima. Resposta: Certa 27) (CESPE Analista em Cincia e Tecnologia - CNPq - 2011) Se um ente federativo deixar de publicar, no prazo legal, relatrio resumido de execuo oramentria, ficar impossibilitado de receber transferncias voluntrias e de contratar operaes de crdito, excetuando-se as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria.

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    O descumprimento do prazo de publicao no RREO impedir, at que a situao seja regularizada, que o ente da Federao receba transferncias voluntrias e contrate operaes de crdito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria. Resposta: Certa 28) (CESPE Assistente - CNPq - 2011) De forma a se aprimorar a evidenciao das receitas e despesas pblicas na divulgao do Relatrio Resumido da Execuo Oramentria, os valores referentes ao refinanciamento da dvida mobiliria devem constar em destaque nas receitas de operaes de crdito e nas despesas com amortizao da dvida. Os valores referentes ao refinanciamento da dvida mobiliria constaro destacadamente nas receitas de operaes de crdito e nas despesas com amortizao da dvida (art. 52, 1, da LRF). Resposta: Certa 29) (CESPE Assistente - CNPq - 2011) O Relatrio de Gesto Fiscal divulga as dvidas consolidada e mobiliria, a concesso de garantias e as operaes de crdito, exceto as advindas de antecipao de receita. De acordo com o art. 55, o Relatrio de Gesto Fiscal conter comparativo com os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes: _ despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas; _ dvidas consolidada e mobiliria; concesso de garantias; e operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita (tais demonstrativos estaro apenas no RGF do Poder Executivo). Resposta: Errada 30) (CESPE Analista Finanas e Controle - MPU 2015) facultado aos municpios com populao inferior a cinquenta mil habitantes optar por divulgar, semestralmente, o relatrio de gesto fiscal. A divulgao do relatrio e demonstrativos fiscais dever ser realizada em at trinta dias aps o encerramento do semestre. facultado aos Municpios com populao inferior a cinquenta mil habitantes optar por divulgar semestralmente o Relatrio de Gesto Fiscal (art. 63, II, b, da LRF). O relatrio ser publicado at trinta dias aps o encerramento do perodo a que corresponder, com amplo acesso ao pblico, inclusive por meio eletrnico (art. 55, 2, da LRF). Resposta: Certa

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    3. ESCRITURAO, CONSOLIDAO E PRESTAO DAS CONTAS 3.1 Escriturao das Contas De acordo com o art. 50 da LRF, alm de obedecer s demais normas de contabilidade pblica, a escriturao das contas pblicas observar as seguintes:

    x A disponibilidade de caixa constar de registro prprio, de modo que os recursos vinculados a rgo, fundo ou despesa obrigatria fiquem identificados e escriturados de forma individualizada. x A despesa e a assuno de compromisso sero registradas segundo o

    regime de competncia, apurando-se, em carter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa. x As demonstraes contbeis compreendero, isolada e conjuntamente,

    as transaes e as operaes de cada rgo, fundo ou entidade da Administrao direta, autrquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente. x As receitas e despesas previdencirias sero apresentadas em

    demonstrativos financeiros e oramentrios especficos. x As operaes de crdito, as inscries em Restos a Pagar e as demais

    formas de financiamento ou assuno de compromissos junto a terceiros, devero ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variao da dvida pblica no perodo, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor. x A demonstrao das variaes patrimoniais dar destaque origem e ao

    destino dos recursos provenientes da alienao de ativos. Ainda temos as seguintes observaes: Demonstraes conjuntas: no caso das demonstraes conjuntas, excluir-se-o as operaes intragovernamentais (dentro do mesmo governo). Normas gerais: a edio de normas gerais para consolidao das contas pblicas caber ao rgo central de contabilidade da Unio, enquanto no implantado o conselho de gesto fiscal. Sistemas de custos: a Administrao Pblica manter sistema de custos que permita a avaliao e o acompanhamento da gesto oramentria, financeira e patrimonial.

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    3.2 Consolidao das Contas Consoante o art. 51, o Poder Executivo da Unio promover, at o dia 30 de junho, a consolidao, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federao relativas ao exerccio anterior, e a sua divulgao, inclusive por meio eletrnico de acesso pblico. Para isso, os estados e os municpios encaminharo suas contas ao Poder Executivo da Unio nos seguintes prazos: os municpios, com cpia para o Poder Executivo do respectivo Estado, at 30 de abril; e os Estados, at 31 de maio.

    Consolidao das Contas

    Envio dos Municpios: 30/04

    Envio dos Estados: 31/05 Consolidao da Unio: 30/06

    O descumprimento dos prazos previstos impedir, at que a situao seja regularizada, que o ente da Federao receba transferncias voluntrias e contrate operaes de crdito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria. Relembro que para fins da aplicao das sanes de suspenso de transferncias voluntrias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a aes de educao, sade e assistncia social (art. 25, 3, da LRF). 3.3 Prestao das Contas Os principais dispositivos da LRF que tratam sobre o assunto esto com eficcia liminarmente suspensa devido a uma Ao Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. O primeiro dispositivo com eficcia suspensa o caput do art. 56, o qual dispe que as contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluiro, alm das suas prprias, as dos Presidentes dos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio e do Chefe do Ministrio Pblico, as quais recebero parecer prvio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas. O STF entendeu que qualquer prestao de contas por rgo no vinculado ao Executivo somente poderia ser objeto de julgamento pelo respectivo Tribunal de Contas e que a incluso das contas referentes s atividades financeiras dos Poderes Legislativo, Judicirio e do Ministrio Pblico, dentre aquelas prestadas anualmente pelo Chefe do Governo, tornaria incua a distino efetivada pelos incisos I e II do art. 71 da CF/1998 (entre apreciar e julgar as contas), j que

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    todas as contas seriam passveis de controle tcnico, a cargo do Tribunal de Contas, e poltico, de competncia do Legislativo. O segundo dispositivo suspenso todo o art. 57: $UW2V7ULEXQDLVGH&RQWDVHPLWLUmRSDUHFHUSUpYLRFRQFOusivo sobre as contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro no estiver estabelecido nas constituies estaduais ou nas leis orgnicas municipais. 1 No caso de Municpios que no sejam capitais e que tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo ser de cento e oitenta dias. 2 Os Tribunais de Contas no entraro em recesso enquanto existirem contas de PoderRXyUJmRUHIHULGRQRDUWSHQGHQWHVGHSDUHFHUSUpYLR 267)FRQVLGHURXTXHDUHIHUrQFLDQHOHFRQWLGDDFRQWDVGHSRGHUestaria a HYLGHQFLDUDDEUDQJrQFLDQRWHUPRFRQWDVFRQVWDQWHGRcaput desse artigo, daquelas referentes atividade financeira dos administradores e demais responsveis por dinheiros e valores pblicos, que somente poderiam ser objeto de julgamento pelo Tribunal de Contas competente, nos termos do art. 71, inciso II, da CF/1988. Aduziu que essa interpretao seria reforada pelo fato de essa regra cuidar do procedimento de apreciao das contas especificadas no aludido art. 56, onde tambm se teria pretendido a submisso das contas resultantes da atividade financeira dos rgos componentes de outros poderes manifestao opinativa do Tribunal de Contas. O Tribunal de Contas da Unio entende que a medida cautelar concedida pelo Supremo Tribunal Federal em que foi suspensa a eficcia do caput do art. 56 e do art. 57 da LRF no alterou a estrutura do relatrio sobre as contas do Governo da Repblica, haja vista que continua contemplando a gesto e o desempenho dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico da Unio. No entanto, o parecer prvio exclusivo para o Chefe do Poder Executivo, cujas contas sero julgadas posteriormente pelo Congresso Nacional. Nada obsta, contudo, que o Tribunal de Contas da Unio aprecie, em processo especfico, o cumprimento, por parte dos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio, das disposies da Lei de Responsabilidade Fiscal. Permanecem valendo as demais determinaes da LRF sobre as prestaes de contas:

    x As contas do Poder Judicirio sero apresentadas no mbito da Unio, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos respectivos tribunais; dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justia, consolidando as dos demais tribunais. x A prestao de contas evidenciar o desempenho da arrecadao em

    relao previso, destacando as providncias adotadas no mbito da fiscalizao das receitas e combate sonegao, as aes de recuperao de crditos nas instncias administrativa e judicial, bem

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    como as demais medidas para incremento das receitas tributrias e de contribuies. x Ser dada ampla divulgao dos resultados da apreciao das contas,

    julgadas ou tomadas. x Para evitar que as Cortes de Contas emitam parecer sobre suas prprias

    contas, a Comisso Mista de Oramento prevista na CF/1988, ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais, emitir parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas.

    A prestao de contas da Unio conter demonstrativos do Tesouro Nacional e das agncias financeiras oficiais de fomento, includo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social, especificando os emprstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos oramentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agncias financeiras, avaliao circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exerccio. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficaro disponveis, durante todo o exerccio, no respectivo Poder Legislativo e no rgo tcnico responsvel pela sua elaborao, para consulta e apreciao pelos cidados e instituies da sociedade. No que tange aos Chefes do Poder Executivo Municipal, o 3 do art. 31 da CF/1988 exige que as contas fiquem, durante 60 dias, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. Assim, a LRF ampliou o prazo constitucional de 60 dias para todo o exerccio tambm para as contas municipais.

    31) (CESPE Analista Judicirio Administrativo - TRE/GO 2015) As prestaes de contas dos dirigentes dos poderes da Unio, como instrumentos de transparncia, controle e fiscalizao, so objeto de um nico parecer prvio do Tribunal de Contas da Unio, embora este contemple a gesto e o desempenho dos trs poderes da Unio e do Ministrio Pblico da Unio. O Tribunal de Contas da Unio entende que a medida cautelar concedida pelo Supremo Tribunal Federal em que foi suspensa a eficcia do caput do art. 56 e do art. 57 da LRF no alterou a estrutura do relatrio sobre as contas do Governo da Repblica, haja vista que continua contemplando a gesto e o desempenho dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico da Unio. No entanto, o parecer prvio exclusivo para o Chefe do Poder Executivo, cujas contas sero julgadas posteriormente pelo Congresso Nacional. Nada obsta, contudo, que o Tribunal de Contas da Unio aprecie, em processo especfico, o cumprimento, por parte dos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio, das disposies da Lei de Responsabilidade Fiscal. Resposta: Certa

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    32) (CESPE Auditor de Controle Externo TCU 2013) Na consolidao das contas nacionais, a Secretaria do Tesouro Nacional excluir as operaes intergovernamentais, para evitar dupla contagem de despesas, receitas, ingressos e dispndios do setor pblico. De acordo com o art. 50, 1, da LRF, no caso das demonstraes conjuntas, excluir-se-o as operaes intragovernamentais (dentro do mesmo governo). Resposta: Errada 33) (CESPE Analista Judicirio Administrao e Contbeis TJ/CE 2014) No caso do governo federal, a disponibilizao das contas do chefe do Poder Executivo a todos os cidados desnecessria. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficaro disponveis, durante todo o exerccio, no respectivo Poder Legislativo e no rgo tcnico responsvel pela sua elaborao, para consulta e apreciao pelos cidados e instituies da sociedade. Resposta: Errada 34) (CESPE Analista Tcnico-Administrativo MDIC 2014) O impacto fiscal das atividades das agncias financeiras oficiais de fomento dever ser objeto de avaliao circunstanciada, que, por sua vez, ser includa na prestao de contas da Unio. A prestao de contas da Unio conter demonstrativos do Tesouro Nacional e das agncias financeiras oficiais de fomento, includo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social, especificando os emprstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos oramentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agncias financeiras, avaliao circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exerccio (art. 49, pargrafo nico, da LRF). Resposta: Certa 35) (CESPE Analista Judicirio Administrao e Contbeis TJ/CE 2014) Os emprstimos do BNDES e as respectivas avaliaes circunstanciadas devem integrar a prestao de contas da Unio. A prestao de contas da Unio conter demonstrativos do Tesouro Nacional e das agncias financeiras oficiais de fomento, includo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social, especificando os emprstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos oramentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agncias financeiras, avaliao circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exerccio. Resposta: Errada

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    4. GESTO E PRESERVAO DO PATRIMNIO PBLICO 4.1 Alienao de Bens e Direitos A LRF tambm traz restries para a aplicao de receitas provenientes de converso em espcie de bens e direitos, tendo em vista o disposto em seu art. 44, o qual veda o uso de recursos de alienao de bens e direitos em despesas correntes, exceto se aplicada aos regimes de previdncia, mediante autorizao legal, conforme transcrito a seguir:

    $UW e vedada a aplicao da receita de capital derivada da alienao de bens e direitos que integram o patrimnio pblico para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdncia social, geral e prprio dos servidores S~EOLFRV

    4.2 Conservao do Patrimnio Pblico A LRF ainda contempla restries para a conservao do patrimnio pblico. Inmeras vezes observamos rodovias carssimas tornadas intransitveis pela falta de manuteno, edifcios semidestrudos pela ausncia de recursos para sua preservao, equipamentos mdicos ou cientficos inutilizados por inexistir peas de reposio. justamente isso que se pretende evitar. O art. 45 da LRF estabelece que a lei oramentria e as de crditos adicionais s incluiro novos projetos aps adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservao do patrimnio pblico, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes oramentrias. O Poder Executivo de cada ente encaminhar ao Legislativo, at a data do envio do projeto de lei de diretrizes oramentrias, relatrio com as informaes necessrias ao cumprimento do disposto sobre a conservao do patrimnio pblico, ao qual ser dada ampla divulgao. 4.3 Desapropriao de Imvel Urbano De acordo com o art. 46 nulo de pleno direito ato de desapropriao de imvel urbano expedido sem a prvia e justa indenizao em dinheiro ( 3 do art. 182 da CF/1988), ou prvio depsito judicial do valor da indenizao. Tal dispositivo visa garantir que existam recursos para a desapropriao antes da expedio do ato, ainda que para depsito judicial em eventual contencioso.

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    4.4 Empresas Controladas pelo Setor Pblico De acordo com o art. 47 da LRF, a empresa controlada que firmar contrato de gesto em que se estabeleam objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, dispor de autonomia gerencial, oramentria e financeira, sem prejuzo do oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (inciso II do 5 do art. 165 da CF/1988). Relembro que uma empresa controlada uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertena, direta ou indiretamente, a ente da Federao. A empresa controlada incluir em seus balanos trimestrais nota explicativa em que informar:

    x Fornecimento de bens e servios ao controlador, com respectivos preos e condies, comparando-os com os praticados no mercado. x Recursos recebidos do controlador, a qualquer ttulo, especificando valor,

    fonte e destinao. x Venda de bens, prestao de servios ou concesso de emprstimos e

    financiamentos com preos, taxas, prazos ou condies diferentes dos vigentes no mercado.

    4.5 Conta nica na LRF A Conta nica destinada a acolher, em conformidade com o disposto no art. 164 da CF/1988, as disponibilidades financeiras da Unio que se encontram disposio das UGs on-line, nos limites financeiros previamente definidos. O referido artigo determina que as disponibilidades de caixa da Unio sero depositadas no banco central; as dos estados, do Distrito Federal, dos municpios e dos rgos ou entidades do Poder Pblico e das empresas por ele controladas, em instituies financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. A LRF determina que as disponibilidades de caixa dos regimes de previdncia social, geral e prprio dos servidores pblicos, ainda que vinculadas a fundos especficos a que se referem os arts. 249 e 250 da CF/1988, ficaro depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condies de mercado, com observncia dos limites e condies de proteo e prudncia financeira. vedada a aplicao de tais disponibilidades em:

    x Ttulos da dvida pblica estadual e municipal, bem como em aes e outros papis relativos s empresas controladas pelo respectivo ente da Federao.

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    x Emprstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Pblico, inclusive a suas empresas controladas.

    36) (CESPE Auditor de Controle Externo TCE/ES 2012) A receita obtida com a alienao de um imvel que integre o patrimnio pblico poder ser utilizada para o financiamento de despesa corrente do ente da Federao que procedeu venda ou para a aquisio de outro imvel, para uso pblico. vedada a aplicao da receita de capital derivada da alienao de bens e direitos que integram o patrimnio pblico para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdncia social, geral e prprio dos servidores pblicos (art. 44 da LRF). Logo, a regra geral a vedao para a aplicao da receita de capital derivada da alienao de bens e direitos que integram o patrimnio pblico para o financiamento de despesa corrente. De qualquer forma, a questo foi mal elaborada, pois a receita da alienao de bens pode excepcionalmente ser utilizada em despesa corrente, desde que destinada por lei aos regimes de previdncia social, geral e prprio dos servidores pblicos. Resposta: Errada 37) (CESPE Auditor Substituto de Conselheiro TCE/ES 2012) Os governos estaduais esto autorizados a alienar parte de seus ttulos de crdito perante outras instituies, no intuito de pagar juros e servios referentes ao estoque de dvida contratada. Devemos saber que a alienao de ttulos de crditos receita de capital e o pagamento de juros e servios da dvida despesa corrente. vedada a aplicao da receita de capital derivada da alienao de bens e direitos que integram o patrimnio pblico para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdncia social, geral e prprio dos servidores pblicos (art. 44 da LRF). Resposta: Errada 38) (CESPE Analista Legislativo Contabilidade ALCE 2011) Conforme o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o item abaixo, no que se refere preservao do patrimnio pblico. A receita de capital derivada da alienao de bens e direitos que integram o patrimnio pblico, que foi destinada por lei aos regimes

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    de previdncia social, geral e prprio, pode ser aplicada no financiamento de despesa corrente. vedada a aplicao da receita de capital derivada da alienao de bens e direitos que integram o patrimnio pblico para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdncia social, geral e prprio dos servidores pblicos (art. 44 da LRF). Resposta: Certa 39) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) As disponibilidades de caixa dos regimes de previdncia geral e prprio dos servidores pblicos devem ficar depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente. De acordo com o 1 do art. 43 da LRF, as disponibilidades de caixa dos regimes de previdncia social, geral e prprio dos servidores pblicos, ainda que vinculadas a fundos especficos, ficaro depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condies de mercado, com observncia dos limites e condies de proteo e prudncia financeira. Resposta: Certa 40) (CESPE - Analista Ambiental - Administrao e Planejamento - MMA - 2008) O atendimento das despesas de conservao do patrimnio pblico est entre as condies que limitam a incluso de novos projetos na lei oramentria e nas de crditos adicionais. A LRF estabelece que a lei oramentria e as de crditos adicionais s incluiro novos projetos aps adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservao do patrimnio pblico, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes oramentrias. Resposta: Certa 03373595126

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    5. DESTINAO DE RECURSOS PBLICOS PARA O SETOR PRIVADO Segundo o art. 26 da LRF, a destinao de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas fsicas ou dficits de pessoas jurdicas dever ser autorizada por lei especfica. Alm disso, devem atender s condies estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias e estar prevista no oramento ou em seus crditos adicionais. Tais regras se aplicam a toda a Administrao indireta, inclusive fundaes pblicas e empresas estatais, exceto, no exerccio de suas atribuies precpuas, as instituies financeiras e o Banco Central do Brasil. Compreende-se includa a concesso de emprstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogaes e a composio de dvidas, a concesso de subvenes e a participao em constituio ou aumento de capital. J de acordo com o caput do art. 27, na concesso de crdito por ente da Federao, a pessoa fsica ou jurdica que no esteja sob seu controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comisses e despesas congneres no sero inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captao. Ainda, dependem de autorizao em lei especfica as prorrogaes e composies de dvidas decorrentes de operaes de crdito, bem como a concesso de emprstimos ou financiamentos em desacordo com o caput do art. 27, sendo o subsdio correspondente consignado na lei oramentria. Salvo mediante lei especfica, no podero ser utilizados recursos pblicos, inclusive de operaes de crdito, para socorrer instituies do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concesso de emprstimos de recuperao ou financiamentos para mudana de controle acionrio. Isso significa que o Poder Executivo no pode socorrer os bancos sem passar pelo Congresso. No entanto, tal vedao no probe o Banco Central do Brasil de conceder s instituies financeiras operaes de redesconto e de emprstimos de prazo inferior a 360 dias.

    Salvo mediante lei especfica, no podero ser utilizados recursos pblicos, inclusive de operaes de crdito, para socorrer instituies do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concesso de emprstimos de recuperao ou financiamentos para mudana de controle acionrio. A Lei de Responsabilidade Fiscal probe o socorro s instituies do Sistema Financeiro Nacional, prevendo, porm, a criao de fundos para a cobertura

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    destas instituies em situao de insolvncia. A LRF dispe que a preveno de insolvncia e outros riscos ficar a cargo de fundos, e outros mecanismos, constitudos pelas instituies do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei.

    41) (CESPE Analista Administrativo Direito - ANTT 2013) A destinao de recursos pblicos para o setor privado deve ser autorizada por lei especfica, devendo, ainda, atender ao disposto na LDO e estar prevista no oramento ou em crditos adicionais. Segundo o art. 26 da LRF, a destinao de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas fsicas ou dficits de pessoas jurdicas dever ser autorizada por lei especfica. Alm disso, devem atender s condies estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias e estar prevista no oramento ou em seus crditos adicionais. Resposta: Certa 42) (CESPE Auditor de Controle Externo TCU 2013) A simples prorrogao de um financiamento ao setor privado por empresa pblica federal no financeira considerada uma modalidade de destinao de recursos pblicos para o setor privado. Segundo o art. 26 da LRF, a destinao de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas fsicas ou dficits de pessoas jurdicas dever ser autorizada por lei especfica. Alm disso, devem atender s condies estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias e estar prevista no oramento ou em seus crditos adicionais. Tais regras se aplicam a toda a Administrao indireta, inclusive fundaes pblicas e empresas estatais, exceto, no exerccio de suas atribuies precpuas, as instituies financeiras e o Banco Central do Brasil. No conceito de destinao de recursos pblicos para o setor privado, compreende-se includa a concesso de emprstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogaes e a composio de dvidas, a concesso de subvenes e a participao em constituio ou aumento de capital (art. 26, 2, da LRF). Resposta: Certa 43) (CESPE Tcnico Cientfico Direito Banco da Amaznia - 2012) Em regra, no podero ser utilizados recursos pblicos, incluindo-se os provenientes de operaes de crdito, para socorrer instituies do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concesso de

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    emprstimos de recuperao ou financiamento para mudana de controle acionrio. Salvo mediante lei especfica, no podero ser utilizados recursos pblicos, inclusive de operaes de crdito, para socorrer instituies do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concesso de emprstimos de recuperao ou financiamentos para mudana de controle acionrio. Isso significa que o Poder Executivo no pode socorrer os bancos sem passar pelo Congresso. Resposta: Certa 44) (CESPE Procurador ALES 2011) A LRF atribuiu s LDOs o disciplinamento de novos temas. Esses novos temas disciplinados incluem autorizar a destinao de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoa fsica ou dficits de pessoa jurdica. Segundo o art. 26 da LRF, a destinao de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas fsicas ou dficits de pessoas jurdicas dever ser autorizada por lei especfica. Alm disso, devem atender s condies estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias e estar prevista no oramento ou em seus crditos adicionais. Logo, a LDO estabelece condies, porm a autorizao para a destinao de recursos dever ser realizada por lei especfica. Resposta: Errada 45) (CESPE Procurador ALES 2011) A LRF Lei Complementar n. 101/2000 contribuiu para a atual estabilidade das finanas pblicas, ao introduzir vrias normas para a boa gesto fiscal. O STF, ao apreciar a ADI 2.238-5 e seus apensados, suspendeu cautelarmente alguns desses preceitos. Um exemplo de preceito suspenso pelo STF aquele que exige lei especfica para o uso de recursos pblicos, inclusive de operaes de crdito, para socorrer instituies do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concesso de emprstimos de recuperao ou financiamentos para mudana de controle acionrio. Salvo mediante lei especfica, no podero ser utilizados recursos pblicos, inclusive de operaes de crdito, para socorrer instituies do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concesso de emprstimos de recuperao ou financiamentos para mudana de controle acionrio (art. 28, caput, da LRF). O STF, ao apreciar a ADI 2.238-5 e seus apensados, suspendeu cautelarmente alguns dispositivos da LRF. No foi o caso do dispositivo acima. Resposta: Errada

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    6. RESTOS A PAGAR NA LRF Antes mesmo da vigncia da LRF, o legislador j se preocupava com as transferncias de encargos na transio de mandatos. Na Lei 4.320/1964, uma das vedaes aplicveis aos municpios o empenho, no ltimo ms do mandato do prefeito, de mais do duodcimo da despesa autorizada para o oramento vigente. Art. 59. O empenho da despesa no poder exceder o limite dos crditos concedidos. 1 Ressalvado o disposto no art. 67 da Constituio Federal, vedado aos Municpios empenhar, no ltimo ms do mandato do Prefeito, mais do que o duodcimo da despesa prevista no oramento vigente. 2 Fica, tambm, vedado aos Municpios, no mesmo perodo, assumir, por qualquer forma, compromissos financeiros para execuo depois do trmino do mandato do Prefeito. Apesar de no ser expressa a revogao dos pargrafos citados, considera-se superado seu comando pelo art. 42 da LRF, o qual visa a coibir abusos com os recursos pblicos em fim de mandato: $UW2. vedado ao titular de Poder ou rgo referido no art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Pargrafo nico. Na determinao da disponibilidade de caixa sero considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar at o final do H[HUFtFLR

    Para coibir abusos com os recursos pblicos em fim de mandato, a LRF, em seu art. 42, determina:

    $UWeYHGDGRDRWLWXODUGH3RGHURXyUJmRUHIHULGRno art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Pargrafo nico. Na determinao da disponibilidade de caixa sero considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar at o final do exerFtFLR

    A LRF veda ao Poder ou rgo nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Assim, possvel contrair obrigao de despesa para ser paga no mandato

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    subsequente, desde que haja suficiente disponibilidade de caixa para o pagamento das parcelas no exerccio seguinte. E por que este artigo est dentro da Seo VI Dos Restos a Pagar? Relembro que consideram-se restos a pagar (RAP) ou resduos passivos as despesas empenhadas, mas no pagas dentro do exerccio financeiro, logo, at o dia 31 de dezembro. Os restos a pagar, excludos os servios da dvida, constituem-se em modalidade de dvida pblica flutuante e so registradas por exerccio e por credor, distinguindo-se as despesas processadas (empenhadas, liquidadas e no pagas) das no processadas (empenhadas, no liquidadas e no pagas). A origem dos RAP est ligada ao princpio da continuidade dos servios pblicos, pois visa adequar o fim do exerccio financeiro ao pagamento de despesas que extrapolem esse perodo, de forma a no prejudicar o bom andamento da Administrao Pblica, tampouco causar interrupes nos servios pblicos. No entanto, com o decorrer do tempo, os RAP passaram a ser usados para a URODJHPGH GtYLGDV'H DFRUGR FRP1DVFLPHQWR H'HEXV D IDOWD GHsincronia entre oramento e execuo financeira e a ausncia de medidas corretivas ocasionava uma sobra de pagamentos que no podiam ser atendidos no mesmo exerccio e eram transferidos para o exerccio seguinte sob a forma de restos a pagar. O oramento do exerccio seguinte, por sua vez, frequentemente no contemplava espao para os restos a pagar que, para serem atendidos, ocasionavam deslocamento de outras despesas. Estas, por sua vez, seriam tambm transferidas sob a forma de restos a pagar para o terceiro exerccio, configurando-se ento a rolagem extraoramentria de GtYLGDV Tal situao se agravava principalmente no ltimo ano do mandato dos Chefes do Executivo, pois alm da presso pela realizao de mais despesas que SRGHULDP FXOPLQDU HP PDLV GLYLGHQGRV HOHLWRUDLV D FRQWD das despesas transformada em restos a pagar seria herana fiscal para seu sucessor, que levaria boa parte do seu mandato pagando as dvidas daquele que o antecedeu. A fim de se evitar tal herana fiscal, o principal foco do art. 42 da LRF so os restos a pagar. Se a despesa no for paga at o trmino do exerccio financeiro, dia 31 de dezembro, o crdito poder ser inscrito em restos a pagar, com o pagamento a realizar-se no exerccio subsequente. No entanto, os restos a pagar do ltimo ano do mandato, processados ou no processados, sofrem a restrio do art. 42 visando ao equilbrio financeiro do mandato subsequente. O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico - MCASP observa que, embora a Lei de Responsabilidade Fiscal no aborde o mrito do que pode ou

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    no ser inscrito em restos a pagar, veda contrair obrigao no ltimo ano do mandato do governante sem que exista a respectiva cobertura financeira, desta forma, eliminando as heranas fiscais. Assim, o art. 42 visa evitar que o novo governo seja imobilizado logo no incio do mandato, por ter que pagar dvidas e honrar compromissos financeiros deixados pelo antecessor. No entanto, vale ressaltar que mesmo em caso de reeleio a regra do art. 42 dever ser atendida. Outro aspecto que vale ser destacado que o art. 5 da Lei 8.666/1993 determina que, no pagamento das obrigaes relativas ao fornecimento de bens, locaes, realizao de obras e prestao de servios, deve ser obedecida, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem cronolgica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes razes de interesse pblico e mediante prvia justificativa da autoridade competente, devidamente publicada. Assim, o gestor pblico no pode burlar a regra do art. 42 dando prioridade ao pagamento de despesas dos oito meses do fim do mandato e deixando as dos meses anteriores para o sucessor, por no serem atingidas explicitamente pela referida regra.

    46) (CESPE TFCE TCU 2012) vedado ao presidente da Repblica contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte, sem que haja disponibilidade de caixa para tanto. vedado ao titular de Poder ou rgo, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito (art. 42, caput, da LRF). Resposta: Certa 47) (CESPE Analista Judicirio Contabilidade - TRE/RJ 2012) As despesas realizadas pelos municpios a partir de maio de 2012 podero ser inscritas em restos a pagar no final do ano, desde que tenham sido liquidadas at o encerramento do exerccio financeiro. A regra no essa. Sabemos que o ano de 2012 o ltimo ano do mandato do Prefeito. E se o ms de maio, j estamos nos ltimos dois quadrimestres. Na LRF: Art. 42. vedado ao titular de Poder ou rgo referido no art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem

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    pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Assim, as despesas realizadas pelos municpios a partir de maio de 2012 podero ser inscritas em restos a pagar no final do ano, desde que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Resposta: Errada 48) (CESPE Procurador ALES 2011) A LRF vedou a inscrio de restos a pagar nos dois ltimos quadrimestres do mandato de titular de poder ou rgo. A LRF veda ao Poder ou rgo nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Assim, possvel contrair obrigao de despesa para ser paga no mandato subsequente, desde que haja suficiente disponibilidade de caixa para o pagamento das parcelas no exerccio seguinte. Resposta: Errada 49) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Existe possibilidade legal para que o presidente da Repblica contraia despesa que no seja paga integralmente no ltimo ano de seu mandato. Existe possibilidade legal para que o presidente da Repblica contraia despesa que no seja paga integralmente no ltimo ano de seu mandato: basta que exista a respectiva cobertura financeira. Resposta: Certa 50) (CESPE Analista Finanas e Controle - MPU 2015) O titular do Poder no pode contrair obrigao de despesa, nos dois ltimos quadrimestres do seu mandato, que no possa ser cumprida integralmente nesse perodo, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para esse efeito. vedado ao titular de Poder ou rgo referido no art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito (art. 42, caput, da LRF). Resposta: Certa

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    MAIS QUESTES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE

    51) (CESPE - Assessor Tcnico de Controle e Administrao - TCE/RN - 2009) A liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas acerca da execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico, uma das formas de assegurar a transparncia da gesto fiscal. A transparncia ser assegurada, entre outros, mediante liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico. Resposta: Certa 52) (CESPE - Assessor Tcnico de Controle e Administrao - TCE/RN - 2009) vedada a realizao de transferncias voluntrias para o ente que no observe os requisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal em relao aos impostos de sua competncia constitucional. A regra geral dispe que vedada a realizao de transferncias voluntrias para o ente que no promover a instituio, previso e efetiva arrecadao de todos os impostos de sua competncia constitucional. Assim, apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na gesto fiscal contemplarem os tributos, a vedao quanto s transferncias voluntrias se refere apenas aos impostos. Ressalto que tal vedao no alcana as transferncias voluntrias destinadas a aes de educao, sade e assistncia social. Resposta: Certa 53) (CESPE Analista Judicirio Administrao TJCE - 2008) O legislador brasileiro, ao incluir na LRF dispositivos que tratam da transparncia da gesto fiscal, relacionou o assunto Constituio Federal, que estabelece a obrigatoriedade de lei complementar para dispor sobre finanas pblicas. Por essa razo, as normas da LRF sobre transparncia se aplicam a todos os entes da Federao, e respectivos rgos e entidades, e se caracterizam como de carter geral. A Constituio Federal estabelece a obrigatoriedade de lei complementar para dispor sobre finanas pblicas, a qual a Lei de Responsabilidade Fiscal, de aplicao a todos os entes da federao.

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    O maior objetivo das regras de transparncia na LRF viabilizar o controle social, ou seja, a participao da sociedade no acompanhamento e verificao da execuo das polticas pblicas, avaliando os objetivos, processos e resultados, visando assegurar que os recursos pblicos sejam bem empregados em benefcio da coletividade. Resposta: Certa 54) (CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) Afronta o conceito de responsabilidade fiscal da receita o fato de, at a presente oportunidade, a Unio no ter institudo o imposto sobre grandes fortunas. O que caracteriza a responsabilidade na gesto fiscal a instituio, previso e efetiva arrecadao de todos os tributos da competncia constitucional do ente da Federao. Segundo o art. 153 da CF/1988, compete Unio instituir, entre outros, o imposto sobre grandes fortunas - IGF. Logo, afronta o conceito de responsabilidade fiscal o fato de, at a presente oportunidade, a Unio no ter institudo o IGF. Resposta: Certa 55) (CESPE - Administrador Min Sade 2010) O Poder Executivo de cada ente da Federao ter de publicar, at trinta dias aps o encerramento do trimestre, o relatrio resumido da execuo oramentria. De acordo com o 3 do art. 165 da CF/1988, o Poder Executivo publicar, at 30 dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria. Resposta: Errada 56) (CESPE - Tcnico Administrativo - MPU - 2010) O relatrio resumido da execuo oramentria necessrio para todos os rgos da administrao direta e indireta dos poderes da Repblica. Segundo o art. 52 da LRF, o relatrio resumido de execuo oramentria abranger todos os Poderes e o Ministrio Pblico. No entanto, tal artigo deve ser combinado com o artigo 1 da LRF, o qual dispe que a LRF no se aplica a todos os rgos da administrao indireta. As disposies da LRF obrigam a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. Nas referncias Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, esto compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judicirio e o Ministrio Pblico; bem como as respectivas administraes diretas, fundos, autarquias, fundaes e empresas estatais dependentes. Dessa forma, a LRF no alcana as empresas estatais no

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    dependentes, apesar de tais empresas tambm integrarem a administrao indireta. Assim, o relatrio resumido da execuo oramentria no necessrio para todos os rgos da administrao direta e indireta dos poderes da Repblica. O CESPE optou por anular o item, pois considerou que dificultava um julgamento objetivo por parte do candidato. No entanto, para efeitos de estudos, o item est errado. Resposta: Errada 57) (CESPE Assessor Tcnico de Controle e Administrao TCE/RN 2009) As justificativas para limitao de empenho e de frustrao de receitas devero acompanhar o relatrio de gesto fiscal a ser publicado com a periodicidade quadrimestral. Quando for o caso, no relatrio resumido da execuo oramentria, de periodicidade bimestral, sero apresentadas justificativas da limitao de empenho e da frustrao de receitas, especificando as medidas de combate sonegao e evaso fiscal, adotadas e a adotar, e as aes de fiscalizao e cobrana. Resposta: Errada 58) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) O governador do estado de Pernambuco dispe de at trinta dias, aps o final de cada quadrimestre, para publicar o relatrio de gesto fiscal. O descumprimento desse prazo impede o estado de receber transferncias constitucionais e contratar operaes de crdito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria estadual. O Relatrio de Gesto Fiscal RGF ser emitido, a cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e rgos. O relatrio ser publicado at 30 dias aps o encerramento do perodo a que corresponder, com amplo acesso ao pblico, inclusive por meio eletrnico. O descumprimento do prazo impedir, at que a situao seja regularizada, que o ente da Federao receba transferncias voluntrias (e no constitucionais) e contrate operaes de crdito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria. Resposta: Errada 59) (CESPE Procurador de Contas TCE/ES 2009) Compete ao Poder Executivo publicar o relatrio resumido da execuo oramentria no prazo de at trinta dias aps o encerramento de cada bimestre.

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    De acordo com o 3 do art. 165 da CF/1988, o Poder Executivo publicar, at 30 dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria RREO. Resposta: Certa 60) (CESPE Analista Judicirio Contabilidade TJCE - 2008) No mbito do Poder Judicirio estadual, o relatrio de gesto fiscal ser elaborado pelo tribunal de justia e assinado pelo presidente desse rgo e demais membros de conselho de administrao ou rgo decisrio equivalente, conforme respectivo regimento interno. O RGF ser emitido, a cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e rgos, assinado pelo Chefe do Poder Executivo; Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou rgo decisrio equivalente, conforme regimentos internos dos rgos do Poder Legislativo; Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administrao ou rgo decisrio equivalente, conforme regimentos internos dos rgos do Poder Judicirio; Chefe do Ministrio Pblico, da Unio e dos Estados. O relatrio tambm ser assinado pelas autoridades responsveis pela administrao financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato prprio de cada Poder ou rgo. Resposta: Certa 61) (CESPE - Tcnico de Controle Interno - MPU - 2010) A LRF estabelece prazos para estados e municpios encaminharem suas contas ao Poder Exe