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Onde a personalidade é quem manda. AF No 1 Edição de dezembro R$ 15,00

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Edição de dezembro

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Page 1: AF Magazine

Onde a personalidade é quem manda.

AF

No 1Edição de dezembroR$ 15,00

Page 2: AF Magazine

EditorialPor Isadora Machado

AFDezembro 2014

Seja muito bem-vinda à AF, re-vista que surgiu com o intuito de mudar o pensamento de que a moda é uma regra e que todos temos que segui-la para “estar na moda”. Nesta primeira edição você verá, claro, um resumo completo sobre as principais tendências que apareceram no São Paulo Fashion Week Inverno 2015, e que vão fazer parte das vitrines e ara-ras no próximo inverno. Mas essa análise não é para você sair correndo e comprar tudo que vai ser tendência, mas sim, para ficar por dentro de tudo que rolou na se-mana de moda mais importante do Brasil. A moda é feita para todos, e com a popularização dos blogs de moda, e com o constante crescimento dos “fashion bloggers”, não poderíamos deixar de fa-lar deles aqui na nossa primeira edição. E quem melhor para falar isso do que uma das blogueiras com um estilo dife-renciado, que não segue nem uma regra de tendências, a querida Carol Burgo do Small Fashion Diary, citando uma das mais autenticas personalidades do mun-do da moda e da decoração, Iris Apfel. Esperamos que a AF lhe traga uma experiência nova, com muita moda e sem nenhuma regras. Divirta-se com a moda!

Marilyn Monroe nunca seguiu os padrões de magre-

za, mas sempre foi considerada linda e maravilhosa.

Carol Burgo, a convidada do mês dessa primeira edição.

1 Editorial 2 As tendências do SPFW4 Convidada do Mês 6 AF Recomenda

Sempre Aqui

Page 3: AF Magazine

AF SPFW

O São Paulo Fashion Week In-verno 2015 aconteceu no mês passado, em novembro, entre os dias 3 e 9. Nos 36 desfiles desta edição, muitas tendên-cias foram analisadas. Por isso aqui vai um resumo com as principais tendências que vão aparecer no inverno de 2015.

As tendências do Inverno 2015

As franjas ganharam desta-ques nas coleções de Reinaldo Lou-renço, Amapô, Ellus e Iódice, prin-cipalmente. Em vestidos, bolsas e jaquetas, elas ganham lugar mais uma vez na lista de tendências da estação.

Já o couro, material que vem sendo um dos principais usa-dos pelos estilistas desde as últimascoleções de inverno, ganhou espaço mais uma vez na lista de tendências. Ga-nhou espaços na maioria das coleções, e principalmente na da Pat Pat’s, pois é o principal material usado pela mar-ca nas coleções de todas as estações.Em diferentes cores e modelos, apa-receu como vestidos, jaquetas, cal-ças e até uma jardineira, com a to-nalidade da peça imitando o jeans.

Fique por dentro de tudo que rolou no último SPFW. Por Isadora Machado. Fotos: Zé Takahashi

Page 4: AF Magazine

AF SPFW Enquanto isso, outros estilis-tas, como Lino Villaventura e Gloria Coelho, com muito preto e alguns pon-tos de cor, apostaram na transparência. Já o jeans, que nunca perde seu posto de favorito nas estações, apareceu mais uma vez nas coleções de inverno. A Ellus e a Colcci foram as principais marcas que utilizaram o material, devido ele ser o principal das duas marcas em todas as estações. Apare-ceu em peças como vestidos, jaquetas, jardineiras e calças, principalmente.

O vermelho foi a cor destaque na maioria das coleções, principal-mente nas de Juliana Jabour e Pedro Lourenço, sendo a aposta como a cor do Inverno 2015. Em diferentes va-riações de tons, apareceu tanto nas pe-ças dos desfiles, como em acessórios.

Page 5: AF Magazine

AF Convidada do Mês

Quantas vezes já vesti alguma coisa, na vida ou no blog, e já ouvi: “Carol, não achei bonito/ Não ornou/ Ficou feio/ etc? Inúmeras. E antes que vocês pensem que isso pode abalar minha vontade de ves-tir coisas “estranhas”, eu adianto que não. Sempre gostei do ritual de criar um texto mais interessante para a minha roupa, um discurso que dissesse algo mais consisten-te do que apenas um “nossa, que bonita”. É claro que a moda está aí para elevar nossa autoestima, fazer a gente se sentir bem com o que vê no espelho, mas é preciso deixar claro que beleza e autoestima podem até caminhar jun-tas, mas a autoestima é um processo

É melhor ser felizPor Carol Burgo

de autoaceitação/autoadmiração que ul-trapassa a necessidade de estar/ser, de fato, bonita e, portanto, essas duas va-riáveis podem andar muito bem sepa-radas. E aí o que acontece é que muitas mulheres têm usado a moda como um catalisador de autoestima, mas de um jeito ruim. E isso se tornou uma espécie de maldição: ou você está amaldiçoada pela moda, ou amaldiçoa outras mulhe-res por causa dela. O que isto significa na prática? Que deixamos de saber nos divertir com o que a moda tem de melhor. Deixamos de saber ousar, testar, arris-car, com medo de cara feia. Mas, como diria minha sábia avó: cara feia é fome.

Page 6: AF Magazine

Andamos por aí com dedos em riste dizendo o que pode ou não ser ves-tido. Que proporções devem ser respei-tadas, que cores são ideais, que tipos de roupas servem para essa ou aquela, como se a moda fosse uma espécie de serviço militar, cuja única missão é a de alcançar o aval da maioria e escutar um unânime “você está linda!”. É bom ouvir isso? Cla-ro que sim, mas eu sinto um prazer muito mais visceral quando escuto: “Nossa, que look criativo! Que interessante! Que dife-rente!”, porque isso significa que eu tradu-zi um pedacinho da minha personalidade. Visito dezenas de blogs de moda, sigo e acompanho o estilo de diversas ga-rotas e não deixo de me surpreender com a pasteurização e repetição dos looks do dia. É claro que não é ilegítimo buscar a beleza (acho legítimo demais e busco também), mas às vezes me questiono se essa beleza “que todo mundo tem” traduz a essência das pessoas ou se apenas nos tornamos vitrines passivas do que vemos nas lojas, nos blogs, nas revistas. Ou se todo mundo tem a mesma essência. Ou se andamos com problemas generalizados de autoestima feminina. Ou se eu deve-ria parar de questionar essas coisas…

Um caso a se pensar.

Então me deparei, dia des-ses, com uma entrevista com a desig-ner de interiores e ícone fashion ame-ricana Iris Apfel. A moça de 93 anos é famosa pelo seu estilo über poluído, ultra acessorizado, maxi exagerado.

Iris acredita que o processo de autoconhecimento é o primeiro passo para qualquer mulher encontrar seu esti-lo e, pasmem, aplicá-lo independente do que os outros vão pensar dela.E aqui eu entendo que a moda pode ser uma ferra-menta de liberdade de discurso feminino e deve ser uma espécie de poder através do qual mostramos o quanto somos bonitas, mas acima de tudo, interessantes, cada uma à sua maneira, sem dedos em riste Durante a entrevista, Iris comen-ta que existe uma disparidade entre o que somos e o que enxergamos no espelho. Se-gundo ela, essa incapacidade de ver nosso verdadeiro eu é uma grande falha de quem usa a moda para “seguir padrões”, porque isso nos tira a capacidade de decidir o que realmente nos faz bem, em detrimento da-quilo que os outros vão aprovar. O proces-so de “enfrentar” o olhar alheio pode ser doloroso, mas esse caminho em direção à própria essência é recompensador e se a moda for um fio condutor dessa desco-berta, enfrentaremos esse olhar inquisidor com a plenitude de saber quem somos.

AF Convidada do Mês

Page 7: AF Magazine

AF Recomenda

“A Moda Imita a Vida” de André Carvalhal, gestor de

Marketing e Conteúdo da FARM, trata de comportamento,

construção de percepção, identidade, imagem e posiciona-

mento para marcas de moda.

“Mesmo se nada der certo”

mistura amor e música, e é

aquele filme que você vai

querer ver várias vezes.

“The Little Black Jacket” traz fotos de personalidades,

tirada por ninguém menos que Karl Lagerfeld. É uma

relíquia aos amantes da moda.O filme sobre o estilista Yves Saint Laurent foca

na conturbada relação amorosa entre ole e Pierre

Bergé, responsável por administrar sua carreira.

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