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AERO ESPAÇ Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA N O T Í C I A S - A n o 3 n º 1 4 Torre de Controle do DTCEA-GL / Aeroporto Tom Jobim

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Page 1: Aeroespaço 14

AERO

ESPAÇ

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA

NO

TÍC

IAS - Ano 3 n º 1 4

Torre de Controle do DTCEA-GL / Aeroporto Tom Jobim

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Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA,produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA

Diretor-Geral:Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso VilarinhoAssessor de Comunicação Social e Editor:Paullo Esteves - Cel Av R1Redação:Daisy Meireles (MTB 21286-DRT/RJ)Telma Penteado (RJ 22794-JP)Diagramação & Capa:Filipe Bastos (MTB 26888-DRT/RJ)Fotografia:Luiz Eduardo Perez

Home page: www.decea.gov.br - Intraer: www.decea.intraerE-mail: [email protected] ou [email protected]ço: Av. General Justo, 160 - Centro - 20021-130Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2123-6585 - Fax: (21) 2262-1691Editado em janeiro/2006Fotolito & Impressão: Ingrafoto

Página 2• Índice / Expediente / Cartas dos Leitores

Página 3• Editorial / Nossa Capa

Página 4 • Ten Brig Ar Vilarinho assume a Direção-Geral do DECEA

Página 5 •Sala de Gerenciamento do SISCEAB é inaugurada no DECEA

Página 6• CINDACTA I homenageia militares transferidos• CINDACTA III participa da VI RACOAM• DECEA divulga calendário de passagens de Comando, Chefia e Direção para 2006

Página 7• CCA SJ instala banco de dados visual de Natal no Simulador de Vôo do AT-29 do 2º/5º GAv• Certificação de Qualidade no DTCEA – Fortaleza• D-ATM mantém Certificação ISO 9001:2000

Páginas 8 e 9• “The book is on the table” - (mas os controladores precisam mais do que isso!)

Página 10• CECATI coordena o V Seminário para Implantação do Sistema Mundial de Navegação por Satélites e Novas Tendências nos Ensaios em Vôo• DECEA promove reunião sobre o Sistema de Tecnologia da Informação do Comando da Aeronáutica

Página 11• Seção: Literalmente Falando

Página 12 • 1º GCC realiza estágio na Subdivisão de Operações Militares

Páginas 13, 14 e 15• Seção: Eu não Sabia! - Tema: Tarifas

Página 16• DTCEA Tabatinga inaugura Sala de Apoio ao Aeronavegante Militar• CINDACTA I recebe visita de alunos do CFOE

Página 17• A desativação do SRPV-RJ

Páginas 18 e 19• Seção: Quem é? - Lacyr dos Santos Moraes

Página 20• PAME e ICA realizam Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho

Página 21• Operação Leão II - a participação do 1º GCC

Páginas 22 e 23• Seção: Conhecendo o DTCEA - São Gabriel da Cachoeira - AM

Página 24• I Simpósio Brasileiro de Segurança do Controle do Espaço Aéreo - Controladores de Tráfego Aéreo participam de evento promovido pelo SRPV-SP• Exposição aeronáutica mostra como é realizado o controle do espaço aéreo em São Paulo

Página 25•Brasil sedia a III Reunião da Região Oeste de Distribuição de Dados do Programa COSPAS-SARSAT

Página 26•Ampliação e Modernização do APP-SP

Página 27• Alunos do Centro Universitário Luterano de Manaus conhecem o CINDACTA IV• ICA apresenta seus produtos a alunos do IME

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não expressando,necessariamente, a opinião do DECEA.

Expediente

Cartas dos Leitores ÍndiceGostaria de externar a todos da ASCOM os meus parabéns pela excelente

reportagem a respeito da implantação, no ICEA, da Subdivisão de Operações Militares (EOM), que apresentou um histórico mostrando a real necessidade do empreendimento. A reportagem foi além do esperado quando expôs, em linguagem simples e objetiva, quais são as atividades da EOM. Como Gerente do Projeto, só posso tecer elogios e o meu muito obrigado por retratar a realidade com tanta simplicidade, objetividade e veracidade.

Luis Augusto BORDALLO – Eng Gerente de Projeto - CISCEA

Gostaria de parabenizar aos responsáveis da revista Aeroespaço pelo excelente trabalho que realizam. Os assuntos abordados são sempre muito bem selecionados e colocados de forma clara e objetiva. Aproveitando a oportunidade, sugiro que seja publicado um artigo sobre a utilização de procedimentos RNAV para aproximação.

Alexander SANTOPIETRO de Souza – Cap AvSeção de Operações do GEIV

Fico orgulhoso de ver colegas graduados destacando-se nas páginas do nosso informativo Aeroespaço Notícias. Fico sempre aguardando a próxima edição, pois sei que eles não serão esquecidos. Muitas vitórias profissionais são contadas por nossos colegas, que compartilham experiências e nos encorajam a buscar o crescimento da equipe. Enfim, as páginas da revista são um espaço destinado à troca de idéias e à valorização do homem do SISCEAB.

Marcos WILLIAM de Barros e Melo – SOEncarregado da Secretaria do SDLO

1 - Erramos, no Editorial da edição nº 12, sobre a autoria do Hino do DECEA. O autor é o Brig Eng Roberto (SDTI) e não o Brig Eng Rogé-rio, como foi publicado.

2 - A foto publicada na reportagem DTCEATM comemora 7 anos (pág. 11), da edição nº 13, não refere-se ao texto, e, sim, à pág. 27: DTS come-mora aniversário.

Notas da redação:

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Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso VilarinhoDiretor-Geral do DECEA

Torres de Controle – TWR – As sentinelas dos aeroportosToda vez que a mídia entra em contato conosco, tratando de produzir uma matéria que

diga respeito ao Controle do Espaço Aéreo, invariavelmente, pede permissão para gravar ou fotografar o ambiente da Torre de Controle do Aeroporto local. Isto é muito natural, até porque as Torres de Controle são, de fato, o que há de tangível ou observável pelo público em geral. Visível à longa distância, alta e imponente, passa sempre a sensação, para o leigo, de tratar-se do órgão responsável por todo o controle do espaço aéreo regional. Na verdade, o acesso às Torres de Controle é restrito ao nosso pessoal. A presença de estranhos é totalmente proibida, porque

trata-se de um ambiente operacional permanentemente ativado, além de ser um local pequeno. Equipes de reportagem não têm, portanto, acesso às nossas Torres. Nesta edição, mostramos a imagem de uma delas a do aeroporto Tom Jobim no Rio de Janeiro (colhida pelo nosso fotógrafo oficial o Luiz Perez) para ilustrar mais um dos nossos órgãos operacionais, homenagear os operadores e aplacar as eventuais curiosidades. Esta é a nossa capa deste mês – A Torre do Galeão.

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Estamos nos primeiros dias de um novo ano. E 2006 começa com mudanças de comando em alguns de nossos órgãos operacionais.

O Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) assiste a esses eventos - mudança no calendário anual e substituições de lideranças em seus órgãos - com absoluta tranqüilidade, especialmente porque entende que essas transições, naturais e necessárias, em nada afetam o ritmo da missão atribuída ao DECEA.

Esta certeza está costurada na qualificação e profissionalismo dos integrantes do SISCEAB, civis e militares. No Sistema não nos preocupam os eventuais aspectos personalistas. As escolhas recaem sobre aqueles entendidos como os melhores qua-lificados do ponto de vista técnico, administrativo, moral e profissional. Afinal, todas as indicações para Comando, Chefia e Direção no Comando da Aeronáutica são referendadas pelo Alto-Comando, ascultadas as áreas técnicas específicas. Daí advém, também, a nossa tranqüilidade.

Esta é a 14ª edição do informativo Aeroespaço e a primeira delas sob minha assistência como Diretor-Geral do DECEA. A nossa revista, da mesma forma que o SISCEAB, vem se aperfeiçoando ao longo dos anos. No entanto, cabe destacar o grau de qualidade alcançado, não só tecnicamente, mas - principalmente, pelo grau de abrangência e oportunidade das matérias e, ademais disto, a participação decisiva de nossos leitores na sua confecção. Ao tempo em que parabenizo nosso efetivo por sua valorosa contribuição, incentivo a que sigam colaborando com a revista, porque é este, exatamente, o diferencial que a faz tão apreciada por todos nós. Nela estão espelhadas nossas principais realizações, transformando-se em do-cumento de valor histórico e, além disto, revelando a alma e os valores pessoal e profissional da nossa gente.

A dinâmica do SISCEAB seguirá, naturalmente, produzindo eventos a serem noticiados e esses estarão sendo objeto de publicação na Aeroespaço, mas o que a fará mais rica e agradável é, fora de dúvida, a sua participação.

Desejo que este ano de 2006 seja pleno de realizações e que cada um de nós, cada qual em sua área de atuação, possa, efetivamente, fazer a diferença, empres-tando ao Sistema, como sempre, o melhor de seus esforços.

Obrigado.

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Em suas palavras de despe-dida, o Ten Brig José Amé-rico confessou que foi um interessante desafio dirigir o DECEA, por ser um órgão central do SISCEAB e ter uma enorme responsabilidade perante à sociedade na segu-rança e na fluidez do tráfego aéreo no Brasil.

“Minha alegria é imensa... posso afirmar que a missão foi cumprida” - afirmou o Ten Brig Ar José Américo, citando os objetivos alcançados em sua gestão, entre eles a entrada em operação dos novos simula-res de operações militares, a introdução do novo sistema de Separação Vertical Mínima Reduzida (RVSM), o en-cerramento do Projeto SIVAM e as inau-gurações do CINDACTA IV e da Sala de Gerenciamento do SISCEAB.

Durante a cerimônia, o Comandante da Aeronáutica reconheceu a atuação ativa do Ten Brig Ar José Américo dos Santos à frente da Direção-Geral do DECEA, desde 09 de janeiro de 2004: “A sua preocupação com o aprimoramento técnico-profissional dos recursos humanos postos à disposição

do DECEA, em todos os níveis, refletiu a plena consciência do quão complexa era a missão a ser cumprida, qual seja, o seguro e o eficaz gerenciamento do SISCEAB... Es-teja certo, Brigadeiro José Américo, de que testemunhamos, com satisfação, o irrefutá-vel sucesso obtido durante a sua gerência no DECEA”.

Ao novo Diretor-Geral, o Comandan-te desejou votos de jubiloso regresso à sua área, dizendo: “Invista sua alta capacidade administrativa, seu privilegiado conheci-

mento técnico e seu reconhe-cido pendor pelas causas ae-ronáuticas em prol do cargo em que ora é investido e seja feliz no cumprimento do seu dever”.

Natural de Italva, no nor-te-fluminense, o Ten Brig Vilarinho tem 59 anos, é ca-sado e tem três filhos. Ingres-sou na FAB em 1º de mar-ço de 1963 e foi declarado Aspirante a Oficial Aviador em 28 de fevereiro de 1969. Atingiu o posto de Tenente Brigadeiro do Ar em 25 de novembro de 2005. Seu últi-mo cargo, antes de assumir o

DECEA, foi o de Comandante do COMAR IV (Quarto Comando Aéreo Regional). É Piloto-Inspetor. Dos órgãos do SISCEAB, já foi Subcomandante Operacional do CINDACTA I, Comandante do 1º GCC, Chefe do DPV-Galeão, Chefe da D-COM da DEPV, Comandante do CINDACTA II, Subdiretor de Administração (SDA), Subdi-retor de Operações (SDO), Subdiretor Téc-nico (SDT) da DEPV e Diretor da DEPV. Foi, ainda, Vice-Diretor de Planejamento do DECEA na gestão 2001-2002.

Na manhã do dia 28 de novembro de 2005,o Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinhoassumiu o cargo de Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), substituindo o Ten Brig Ar José Américo dos Santos,em cerimônia militar presidida pelo Comandante da Aeronáutica,Ten Brig Ar Luis Carlos da Silva Bueno.

Os cumprimentos do Comandante da Aeronáutica ao novo Diretor-Geral

Ten Brig Ar Vilarinho

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assume aDireção-Geraldo DECEA

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O Alto-Comando do DECEA prestigiou a cerimônia de inauguração

No mesmo dia da Passagem de Comando do Diretor-Geral do De-partamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), 28 de novembro, foi inaugurada, no prédio do DECEA, a Sala de Gerenciamento do SISCEAB (Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro).

Sendo uma idéia do ex-DGCEA, Ten Brig Ar José Américo dos San-tos, a Sala de Gerenciamento do SISCEAB tem por missão acessar dados que permitam uma pronta decisão por parte dos Oficiais-Ge-nerais do DECEA – e as conseqüen-tes orientações de procedimento que exijam respostas rápidas – com relação às demandas dentro do uni-verso de tangibilidade do controle do espaço aéreo.

Toda mudança no sistema que necessite uma rápida e eficaz inter-venção será tratada nesta Sala de Gerenciamento, que possui mo-dernos recursos de comunicação on line, tais como videoconferência e

audioconferência para até oito par-ticipantes.

A tarefa de implementar a Sala de Gerenciamento foi delegada ao Chefe do Subdepartamento de Tecnologia da Informação (SDTI), Brig Eng Roberto Souza de Olivei-ra. Prontamente, a equipe de técni-cos daquele Subdepartamento deu início ao projeto e à implantação dos equipamentos e das facilidades de comunicação de dados necessá-rias, a fim de disponibilizar na Sala de Gerenciamento as informações relativas à área operacional (Situ-ação Aérea Geral de Defesa Aérea, Briefing Operacional do Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea – CGNA - etc.) e à área de logística (Sistema de Controle de Inoperân-cias – SCI).

Atualmente, o recém-inaugurado Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aé-reo (CINDACTA IV) e o Centro de Gerenciamento de Navegação

Aérea (CGNA) já estão interliga-dos, por meio de videoconferência, à Sala de Gerenciamento.

O objetivo da próxima etapa do projeto é estender, ainda em 2006, a comunicação por videoconferência em todas as organizações subordina-das ao DECEA e, ainda, identificar novas necessidades de informação a serem atendidas pela infra-estrutura da Sala de Gerenciamento, a fim de apoiar o processo decisório da alta administração do DECEA.

Resumidamente, a Sala de Geren-ciamento do SISCEAB – que será operada por um técnico designado pelo Gabinete do DECEA – per-mite a conjunção em tempo real de informações das áreas operacional e logística, e a conferência com os Comandantes das OM subordina-das ao DECEA, permitindo que a alta administração, constituída pe-los Oficiais-Generais do DECEA, possa deliberar com total segurança sobre as demandas a ela dirigidas.

Sala de Gerenciamento do SISCEAB é inauguradano DECEA

5AEROESPAÇO

Page 6: Aeroespaço 14

Cel Gerarde homenageia os militares do CINDACTA I

6AEROESPAÇO

DECEA divulga calendário de passagens de Comando, Chefia e

Direção para 2006

CINDACTA III participa da VI RACOAM

CCA-BR – 10 de janeiroDo Cel Av Villaça para o Ten Cel Int Gustavo

CINDACTA I – 11 de janeiroDo Cel Av Gerarde para o Cel Av Rivera

CINDACTA II – 12 de janeiroDo Cel Av Aquino para o Cel Av Schultz

CINDACTA IV – 20 de janeiroDo Cel Scariot para o Cel Av Carcavallo

SRPV-SP – 27 de janeiroCel Av Ribeiro para o Ten Cel Bueno

CINDACTA III – 31 de janeiroDo Cel Av Luiz para o Ten Cel Av Candez

Reunidos em Brasília, no período de 05 a 09 de dezembro de 2005, os represen-tantes dos Centros de Operações Militares (COpM), dos Grupos de Comunicação e Controle (GCC), do Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAv) e da Marinha do Brasil participaram da Sexta Reunião Anual dos Controladores de Opera-ções Aéreas Militares (VI RACOAM).

O evento, coordenado pela Divisão de Operações Militares (D-OPM) - subordi-nada ao Subdepartamento de Operações do DECEA, contou com a colaboração do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA).

Após a RACOAM, houve exercícios de in-terceptação simulada, prova teórica e corrida rústica, quando o COpM 3 sagrou-se campeão geral, destacando o nome daquele Centro de Operações e, por conseguinte, do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Contro-le do Tráfego Aéreo (CINDACTA III), a um elevado grau de reconhecimento pelo excelente desempenho apresentado.

O Brigadeiro Pohlmann, Chefe do Subdepar-tamento de Operações (SDOP) do DECEA, entregou o prêmio de Campeão Geral da VI RACOAM aos representantes da equipe do COpM 3: 2º Ten Esp CTA Barcellos, 1S BCT Wilton, 1S BCT Nilo, 3S BCT Ortiz.

CINDACTA I homenageia militares transferidosNa última formatura geral de

2005 do Primeiro Centro Inte-grado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), realizada no dia 16 de dezem-bro de 2005, seu comandante, Cel Av Paulo Gerarde Mattos Araújo, homenageou a todos os militares transferidos da Organi-zação. Na oportunidade, desejou a todos um venturoso Ano Novo, despedindo-se de todo o efeti-vo, já que passará o comando do CINDACTA I ao Cel Av Rivera, no dia 11 de janeiro de 2006.

O Chefe do SDOP, Brig Pohlmann, entrega o prêmio à equipe do COpM3

Page 7: Aeroespaço 14

Certificação de Qualidade no DTCEA – FortalezaO Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de

Fortaleza (DTCEA-FZ) recebeu, nos dias 24 e 25 de novembro de 2005, uma equipe de auditores da Divisão de Certificação de Sistemas de Gestão do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial do Centro Técnico Aeroespacial (IFI/CTA), para confirmação da Certifica-ção ISO 9001:2000 da Sala AIS Civil (Subseções AIS, Meteorologia e Comunicações) e a inclusão, no escopo da citada Certificação, do Controle de Aproximação de Fortaleza (APP-FZ) e da Torre de Controle de Fortaleza (TWR-FZ).

Tal fato, conforme diretrizes e planejamento do Co-mandante do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), Cel Av

Luiz Fernando de Azevedo, compactuado pelo Coman-dante do DTCEA-FZ, Maj Av Mauro Luiz Xavier da Silva, deriva do objetivo de conferir certificação, à luz da Norma NBR ISO 9001:2000, a todos os setores opera-cionais do Destacamento.

Vale salientar que a Sala AIS Civil de Fortaleza já possui a mesma Certificação desde 2001. No âmbito do CINDACTA III, o DTCEA Salvador foi o pioneiro, pois, a partir do dia 23 de março de 2005, tornou-se o primeiro órgão do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro a possuir todos os seus órgãos operacionais (Sala AIS, APP e TWR) certificados.

Para cumprir a proposição, o DTCEA-FZ treinou e conscientizou o efetivo envolvido, organizou os setores,

implementou processos claros e eficientes para dispo-nibilizar, atualizar e tramitar documentação e padro-nizou atividades pertinentes de serviço.

Nesse sentido, após criteriosa avaliação, o grupo de auditores confirmou o alto grau de comprometi-mento do DTCEA-FZ no cumprimento de todas as atividades programadas, com a devida recomendação da Certificação já com o escopo ampliado (APP-FZ e TWR-FZ).

Com a Certificação de todos os órgãos operacio-nais, o DTCEA-FZ tem a certeza de estar oferecen-do um serviço com segurança e qualidade aos seus usuários, buscando sempre a melhoria contínua no atendimento aos mesmos.

D-ATM mantém Certificação ISO 9001:2000No período de 29 de novembro a 01 de dezembro de

2005, uma equipe do Instituto de Fomento e Coorde-nação Industrial (IFI) do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) executou a segunda auditoria de manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade na Divisão de Ge-renciamento de Tráfego Aéreo (D-ATM), mantendo-a Certificada ISO 9001:2000. A Certificação ocorreu em

22 de junho de 2004, sendo possível sua manutenção, contratualmente, até junho de 2007.

A manutenção da certificação se reveste de importân-cia porque vem a atender uma recomendação da OACI (Organização de Aviação Civil Internacional) para que seus signatários tenham um sistema de gestão da qua-lidade em nível mundial, com o foco na resolução de

vários problemas que trazem impactos na qualidade dos Serviços de Tráfego Aéreo (ATS).

A D-ATM tem promovido o contínuo aperfeiçoa-mento dos processos, buscando compreender e adotar os fundamentos da certificação NBR ISO 9001:2000, a fim de que os resultados sejam disponibilizados e ve-nham a satisfazer a comunidade aeronáutica.

7AEROESPAÇO

CCA-SJ instala banco de dados visual de Natal no Simulador de Vôo do AT-29 do 2º/5º GAv

O Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ) entregou ao Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), no dia 20 de dezembro de 2005, a versão 1.0 do Banco de Dados Visual da área de instrução do Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAv - Esquadrão Joker), o VDB_NT. O banco de dados será utilizado no simulador de vôo do A-29 Super Tucano, em Natal (RN).

O objetivo deste programa é for-necer um ambiente mais próximo do vôo real, agregando valor à for-mação operacional e à segurança dos oficiais que realizarão o curso de caça, já a partir de 2006.

Desenvolvido e customizado pelo CCA-SJ, o banco de dados é composto pelo modelo digital de elevação de terreno, por imagens satélites da região, objetos 3-D

(três dimensões) e texturas. Além do ambiente visual, o VDB_NT possibilita também o vôo por instrumento, incluindo meios de auxílios à navegação simulados; a instrução de tráfego

visual; a navegação à baixa altura e o emprego em stand de tiro.

Para o ano de 2006 está prevista a implemen-tação dos cenários visuais da área operacional

do 1º Grupo de Aviação de Caça e do Campo de Provas de Ca-chimbo, conforme priorização do COMGAR.

O CCA-SJ tem envidado esfor-ços no sentido de que esses cená-rios sejam intercambiáveis e uti-lizados por diversos simuladores de aeronaves da FAB, tais como: F-5M, A-1M e C-2A, além do próprio AT-29.

A equipe do CCA-SJ cumpriu o objetivo do programa: ambiente mais próximo do vôo real

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Toda vez que se pensa no ensino do inglês no SISCEAB, logo vem a necessidade do uso de um laboratório de idiomas. Tenho a im-pressão de que está consolidado o pensamen-to de que se ensinar línguas, dentro do Co-mando da Aeronáutica (COMAER), passa necessariamente pela utilização dessa ferra-menta, que é encarada como uma verdadeira panacéia no ensino de línguas estrangeiras.

Com o estabelecimento do American Lan-guage Course (ALC), pelo COMAER, como “método único para todas as Escolas subor-dinadas”, (ICA 73-108, p: 2-1), o uso de la-boratórios ganhou ainda mais força, já que o ALC está fundamentado na sua utilização. Não há como dissociar o ALC do uso de um laboratório.

Não sei se causa estranheza aos usuários do ALC o fato de ele ter sido desenvolvido por um centro lingüístico, que se acha dentro de uma base aérea americana - o Centro de Língua Inglesa do Instituto de Línguas do Departamento de Defesa (DLIELC) da Base Aérea de Lackland, no Texas - mas adianto que isso não é obra do acaso.

Antes da Segunda Guerra Mundial não existia grande interesse na aprendizagem de línguas pelos estadunidenses, diferentemen-te dos europeus, que já estudavam línguas estrangeiras para ter acesso, principalmente, à literatura.

A posição geográfica dos Estados Unidos era um outro agravante, pois não era fácil ir a um outro país para praticar a língua estuda-da, sem vencer grandes distâncias, problema não enfrentado na Europa.

Com a intervenção dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, surgiram duas situações favoráveis ao aprendizado de uma segunda língua: a motivação para aprender línguas européias, assim como algumas lín-guas asiáticas e orientais, e a oportunidade de praticá-las.

Outra grande oportunidade também foi dada aos lingüistas: a de utilizarem as con-clusões de seus estudos sobre a língua dos ín-dios americanos, uma linguagem exclusiva-mente oral, e sem qualquer registro escrito. Daí, surgiram inúmeras contribuições para o ensino de línguas estrangeiras, como a ênfase na linguagem oral, na língua falada.

Coincidentemente, um pouco antes da participação dos Estados Unidos no confli-to, já havia se formado um grupo de lingüis-tas, o American Council of Learned Societies (ACLS), em Washington.

Com o advento da Guerra, surgiu a neces-sidade de que um grande número de pessoas falasse e compreendesse as diversas línguas com as quais as tropas teriam contato. En-tretanto, os métodos de ensino tradicionais eram lentos e considerados não muito apro-priados.

Assim sendo, foram chamados alguns lin-güistas renomados para desenhar um progra-ma especial de ensino de línguas estrangeiras para suprir essa necessidade.

Em 1941, antes dos Estados Unidos da América entrarem na Guerra, o ACLS con-feccionou um programa lingüístico para o ASTP (Army Specialized Training Program – Programa de Treinamento Especializado para o Exército), que foi considerado revolu-cionário. Foram os lingüistas que dirigiram o programa de ensino.

Os métodos utilizados no programa não eram novos, mas sim, a sua combinação. O programa combinou a técnica utilizada por Berlitz (um dos maiores representante do Método Direto, que fundou sua primeira es-cola em 1878), ajudas mecânicas e algumas características controversas (as que foram in-corporadas à nova metodologia a partir do estudo das línguas indígenas). O ASTP ensi-nou cerca de cinqüenta línguas estrangeiras, inclusive a francesa e a alemã, a pouco de

mais cem mil membros das forças armadas. Também prepararam livros de frases e discos para a auto-instrução.

Quero chamar a sua atenção para as razões de o DLIELC estar numa base militar, pro-duzindo material para o ensino do inglês até os dias de hoje, no nosso caso, o ALC.

O ASTP atraiu muita publicidade e os jornais falaram dos resultados “milagrosos” do ensino. Surgiu uma controvérsia sobre os méritos ou não do novo sistema, mas a ver-dadeira prova veio depois da guerra, quando foram implantados métodos parecidos nos colégios e nas universidades.

O programa era mais do que intensivo, eram de oito a 12 horas de aula por dia, du-rante um período de seis a oito semanas. Os soldados não fizeram outra coisa a não ser aprender a língua durante esse período. A média de alunos por classe era de dez a 12, e se insistia demasiadamente na aquisição da conversação, excluindo-se parcialmente a leitura, a escrita, a composição e a literatu-ra (foco da aprendizagem dos europeus). A prática da conversação e dos exercícios orais era ministrada exclusivamente por nativos, que não eram necessariamente professores. A instrução gramatical era dada por professores com conhecimento lingüístico, mas que não eram necessariamente nativos.

Chamo a atenção para o fato de o ALC concentrar o seu foco no laboratório, fazen-do o papel do nativo, e as aulas gramaticais ficarem a cargo dos professores ou de instru-tores militares, em uma sala de aula à parte.

Os discos, as transmissões de rádio, os fil-mes estrangeiros e os diversos dispositivos técnicos e mecânicos foram amplamente uti-lizados para o aperfeiçoamento da língua em estudo. A escolha dos alunos para os cursos também era rigorosa, somente eram admi-tidos alunos com conhecimento lingüístico, com alto nível de inteligência e uma moti-

“THE BOOK IS ON THE TABLE”

(mas os controladores precisam mais do que isso!)

Por Eduardo SILVERIO de Oliveira - Cap Esp CTAO autor é Chefe da Subdivisão de Infra-estrutura do ICEA e mestrando em Educação na Universidade de São Paulo (USP), na linha de pesquisa Educação e Linguagem.

8AEROESPAÇO

Page 9: Aeroespaço 14

vação muito forte (por exemplo, a sua pro-moção profissional dependia muitas vezes da aquisição da língua estrangeira). Não é difí-cil, então, entender o sucesso destes alunos.

Depois da Guerra já não se necessitava mais do programa de línguas nas forças ar-madas, mas havia-se obtido uma experiência muito valiosa no ensino de línguas estran-geiras. Assim, os centros mais modernos de ensino de línguas começaram a utilizar, de forma modificada, suas características mais práticas. Naquele momento, a necessida-de de fluidez na conversação se converteu

em um dos objetivos principais do ensino de línguas. A maioria dos colégios e universidades americanas seguiu expe-rimentando, com várias modificações, o curso in-tensivo de línguas, dan-do ênfase a conversação, classes reduzidas, profes-sores nativos e recursos tecnológicos. Isso parece a propaganda utilizada por vários cursos de idio-mas aqui do Brasil!

Mas onde está o labo-ratório de idiomas? Qual a relação do que foi dito com o uso do laborató-rio?

Toda vez que escolhe-mos um curso, adotamos determinada forma para a sua condução, mon-tamos um material ou preparamos nossas aulas, não nos damos conta do que está por trás de todo o nosso comportamento. Há muita teoria envol-vendo esse processo, e

como elas não são explicitadas, não nos da-mos conta. A toda essa teoria interna preferi-mos denominar de crenças ou paradigmas.

As crenças do que seja educação, do que seja o papel do aluno e/ou do professor, do que seja uma prova, do que seja falar uma língua estrangeira, de como se ensina a gra-mática, do que seja proficiência numa de-terminada língua etc. são combustíveis para todas as nossas escolhas em termos educacio-nais.

Ao se adotar a ferramenta-laboratório para o ensino de uma língua estrangeira, me pare-ce coerente a escolha do ALC. E quando se

adota o ALC, os conceitos de língua, a lin-guagem, o aprendizagem de língua etc., que subjazem todo o processo de ensino-apren-dizagem do inglês, podem não ter sido bem compreendidos ou compartilhados por todo mundo.

Daí surge a pergunta: essas crenças nos fa-rão atingir nossos objetivos? Se a resposta for sim, não há o que se questionar, a escolha foi boa. Mas, se a resposta for não, estaremos frente a um grande problema.

Para a adoção de um laboratório de línguas ou de qualquer metodologia, precisamos co-nhecer as suas características, as nossas reais necessidades, o nosso momento histórico, a realidade do nosso público-alvo, nossas limi-tações de tempo etc.

Como não existe um método que atenda a todas as necessidades, vale sempre o velho clichê: cada caso é um caso!

O laboratório de idiomas é considerado o lugar ideal para a prática de exercícios repe-titivos, os chamados drills. Cada aluno, em sua posição, escuta as gravações quantas ve-zes quiser, e se não entende algo, pode parar, voltar e escutar a parte que não entendeu. As fitas são gravadas por nativos, e mesmo que seu professor não seja nativo, o aluno tem a possibilidade de escutar a língua tal como é falada no país de origem, isso sem falar nas diferentes vozes, tons e sotaques das gravações. Outro fator de destaque é que o aluno não se vê obrigado a responder uma pergunta na frente dos seus companheiros, se arriscando a ser zombado, caso cometa uma falha. Ninguém escuta suas respostas, salvo o professor, mas nem sempre o aluno percebe que ele está ouvindo a sua repetição e verificando o seu progresso.

Uma vantagem muito importante do la-boratório é que cada aluno pode trabalhar no seu próprio ritmo. Os alunos mais “rápi-dos” não precisam esperar seus colegas mais “lentos”. Quando acabam os exercícios de uma determinada fita, podem pegar outra na biblioteca ou no próprio laboratório. O laboratório está sempre disponível, diferen-temente do professor. Entretanto, devido à sofisticação e ao custo dos equipamentos, não é isto que temos visto na prática de nos-sas escolas.

Geralmente, neste tipo de metodologia, os diálogos reproduzidos nas gravações são monótonos e artificiais, devido à crença de que a gramática deve ser apresentada numa determinada ordem, do mais simples para o mais complexo. Como conseqüência, os alunos se aborrecem rapidamente com esse

tipo de diálogo e com o material, já que os exercícios também têm o costume de serem chatos e monótonos.

O que se escuta no laboratório, em alguns métodos, muitas vezes está divorciado da re-alidade. Assim, se o aluno sai do laboratório e encontra uma situação lingüística de ver-dade, mesmo que as estruturas lingüísticas sejam muito parecidas com a que ele acabou de aprender, ele não consegue utilizar seus conhecimentos para se comunicar.

Outro ponto que merece atenção é que, sendo o foco do laboratório o desenvolvi-mento da habilidade de escutar, o aluno que tem o objetivo de falar, pode sair frustrado.

Infelizmente, o uso de laboratórios ainda está muito associado à metodologia estrutu-ralista, que pressupõe a formação de hábitos pelo condicionamento, onde a gramática tem um papel extremamente importante e deve ser apresentada dentro de uma seqüên-cia rígida (mas que ninguém sabe, ao certo, de onde surgiu e porquê), e que está funda-mentada na teoria psicológica do behavioris-mo.

Podemos observar que o ALC tem muito do ASTP e sofre das vantagens e desvanta-gens do uso do laboratório. Não cabe simpli-ficar tudo o que foi dito com a afirmação de que o ALC é bom ou ruim, pois adjetivá-lo, pura ou simplesmente, não é o meu objetivo. Mesmo porque ele é extremamente coerente dentro dos princípios metodológicos sob os quais está fundamentado.

A escolha ou a adoção de qualquer mate-rial ou recurso didático para o ensino de lín-guas estrangeiras é um processo científico, e deve ser feito por profissional especializado. Não devemos nos afastar durante o processo de escolha do seguinte questionamento: ele atende às necessidades lingüísticas do públi-co-alvo?

Se as reais necessidades de uso não são contempladas pela metodologia, estaremos cada vez mais reforçando a sátira que é feita aos cursos de inglês através do bordão “the book is on the table!”.

Acrescento que crítica semelhante já foi apresentada anteriormente, em 1980, por Abbott, com o acrônimo TENOR (Teaching English for No Obvious Reason – Ensino do inglês por razões não óbvias).

Não podemos nos esquecer que públi-cos diferentes têm necessidades e propó-sitos diferentes, e a adoção de um méto-do único para o ensino da língua inglesa pode não atender a todas as necessidades. “Viva la diferance!”

Meu objetivo,ao escrever esteartigo, é falar umpouco sobreo surgimentodo métodode ensino deinglês adotadopelo SISCEAB,dos “porquês”de sua proliferaçãonas Forças Armadasde vários países,o uso de laboratóriosde idiomas,enfocandosuas vantagense desvantagens, e – ainda - apontar algumas teorias que estãoassociadas a ele.

9AEROESPAÇO

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O Brasil, através do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, por solicitação do Escritório Regional SAM, da OACI, sediou o V Seminário para Implantação do Sistema Mundial de Navegação por Satélites e Novas Tendências nos Ensaios em Vôo.

O evento foi realizado no período de 30 de novembro a 02 de dezembro de 2005, no Rio de Janeiro, sob a coordenação da Comissão de Estudos e Coordenação de Assuntos Técnicos Internacionais (CECATI).

Este Seminário teve como objetivo principal difundir, entre os países das Regiões CAR/SAM, os aspectos necessários para a implantação da navegação aérea por satélites (GNSS), ressaltando, entre eles, informações técnicas atua-lizadas dos elementos que constituem o GNSS procedimentos de navegação, os serviços de informações aeronáuticas e os sistemas de ensaios em vôo.

Dentre as palestras realizadas, podemos destacar:• as atividades futuras e as atuais nos sistemas de posicionamento

global GPS, GLONASS e GALILEO; • os sistemas de aumentação ABAS, GBAS e SBAS; • a análise sobre o problema da ionosfera no sinal GPS na Região; e• um possível cenário de implantação SBAS tipo WASS.O evento teve uma participação significativa de 70 representantes da

Alemanha, Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Honduras, França, Paraguai, Estados Unidos e Uruguai, além de Organizações Internacionais como AITAL, IATA, OACI e as empresas ALCATEL-ALENIA SPACE, EMBRAER, ATECH, BOEING, INFOLUTION e NIMA.

Ao final do evento, o Vice-Diretor do Escritório de Lima da OACI ressal-tou a importância do evento, na consolidação da implantação do GNSS nas Regiões CAR/SAM, de uma forma homogênea e gradativa, como preconi-zada pela OACI, bem como, reconheceu o esforço do DECEA em colaborar na execução do Programa de Reuniões Anuais do referido Escritório.

CECATI coordena V Seminário para Implantação do Sistema Mundial de Navegação por Satélites

e Novas Tendências nos Ensaios em Vôo

Os temas apresentados no Seminário GNSScontinham informações técnicas atualizadas

Literalmente Falando

DECEA promove reunião sobre o Sistema de Tecnologia da Informação do Comando da Aeronáutica

O Departamento de Controle do Espaço Aé-reo promoveu, nos dias 29 de novembro e 1º de dezembro de 2005, a segunda reunião do órgão central com os elos de coordenação do Sistema de Tecnologia da Informação (STI).

Representantes do Órgão de Direção-Geral e de todos os Órgãos de Direção Setorial participaram do evento.

Durante a reunião, foram apresentadas as mais recentes Normas do Sistema, as realizações de cada Elo de Coordenação, assim como uma análise da situação atual. Além disso, foram debatidos temas como o ciclo de vida de sistemas, a administração de recursos de TI e outros tópicos associados à se-gurança da informação.

10AEROESPAÇO

Representantes de diversos países participaram do Seminário

O Brig Eng Roberto (SDTI) presidiu a reunião

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Pois é... eu tento ser assim... tudo. Não nada, não quase.Não nada, pois o universo é tão imenso em sua dançapulsante, que seria um crime não aceitar a contra-dança. Não quase, pois como nosso escritor bem disse,quem quase vive, já morreu.Talvez eu tenha quase morrido. Talvez eu tenha quase me perdido de mim, quando aindaacreditava que eu não era só eu;que não me bastava e era dois.A vida tem destas coisas... Só não nos pega totalmentedesprevenidos, porque se cansa de dar avisos aos quaisnão queremos atentar. Por medo, talvez...Este medo repleto de quase.Eu quase me afundei em dor.Eu quase me afoguei em lágrimas.Justo, necessário, verdadeiro. Momento meu, de luto, de perda.De perda do que tive, ainda que na minha fantasia pueril.De perda do que não tive, ainda que sonhasse e desejassedescomedidamente ter. Pois é... eu tento ser assim... tudo. Não nada, não quase.Tudo. Mesmo que esse tudo seja apenas eu.Esse ser que acaba de nascer para a vida. Para uma novaconsciência de mim mesma e do mundo que me cerca.Redescoberta, descoberta dos medos e dos quase.Descoberta assombrada diante da incomensurávelgrandeza de possibilidades inerentes ao tudo.Sou tudo e quero tudo.Novos ares, novos olhares. Novos sonhos, novas trilhas.Projetos, atitudes, compromissos, descompromissos.Tudo que já tinha; tudo que tenho e tudo que posso ter. Tudo! Sim! Tudo. Não nada, não quase.Tudo.

Tudo

Literalmente FalandoLiteralmente Falando

11AEROESPAÇO

Telma Penteado - Ascom/DECEA

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O Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) realizou, no período de 12 a 16 de dezembro de 2005, um está-gio sobre a operação do software DA/COM (aplicativo de defesa aeroespacial/circulação operacional militar), que vem sendo larga-mente empregado nas operações militares, no controle do espaço aéreo, utilizando, pela primeira vez, a estrutura da recém-criada Subdivisão de Operações Militares da Divi-são de Ensino do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), que tem por finali-dade a capacitação de recursos humanos no âmbito do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

Uma aspiração de muitos anos, essa nova Subdivisão, inagurada em novembro de 2005, é a responsável pela formação e evo-lução operacional de todos os controladores de tráfego aéreo militar. Uma estrutura to-talmente voltada para a instrução e o treina-mento. Também será possível utilizá-la para a simulação de operações militares em um ambiente inteiramente virtual, uma pode-rosa ferramenta para o treinamento seguro e de baixo custo de nossas equipagens de combate. Isso só foi possível graças ao empe-nho de muitos anônimos, que trabalharam incansavelmente durante anos, e da sensibi-lidade das autoridades do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

O DA/COM, por meio das Estações de Trabalho X-4000, tem sido utilizado em todas as operações militares, onde existe a necessidade da utilização de um Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares Transportável (OCOAM-T) ou de um Cen-tro de Operações Correntes (COC), este empregado para o gerenciamento de uma operação.

Como exemplos dessas operações, só em 2005, temos:

• TORDEFAE (Torneio de Defesa Aérea), realizado na BASC, em abril;

• PRATA III, realizada na Base Aérea de Santa Maria (BASM) e em território ar-gentino, em junho;

• PÉGASUS, realizada na Base Aérea de Natal (BANT), em agosto;

• PAMPA I, realizada na Base Aérea de

Canoas (BACO), em outubro;• LEÃO II, realizada em várias localida-

des do Estado do Rio de Janeiro e em Brasília, em novembro.

O SO Petrônio, graduado altamente gabaritado, pertencente ao efetivo do Pri-meiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), um ícone para todos os controladores aéreos militares do País, foi o responsável

pela coordenação do estágio.Os componentes do 1º GCC estão or-

gulhosos da sua participação no batismo de fogo da Subdivisão de Operações Mili-tares, e têm a certeza de que, no futuro, os laços de integração e amizade serão cada vez mais fortalecidos com a realização de muitos outros estágios/cursos de interesse do Grupo e, acima de tudo, da Força Aé-rea Brasileira.

1º GCC realiza estágio naSubdivisão de Operações Militares

Os controladores de Defesa Aérea do GCC: aula prática em uma das salas de simulação da EOM

12AEROESPAÇO

Encerramento do estágio - orgulho em pertencer as fileiras do 1º GCC

Equipe faz o treinamento STVD com a aula prática

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13AEROESPAÇO

Instituídas em 1973, e controladas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo, as Tarifas de Uso das Comunicações e dos Auxílios à Navegação Aérea em Rota (TAN e TAT) e o adicional ATAERO são a fonte da auto-suficiência do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

Seção:

Tema:Eu não sabia!

TarifasColaboração: WALTER Gonçalves PINTO - Cel Int R1Chefe da Divisão de Faturamento e Cobrança de Tarifas (D-FCT) do DECEA

Na época em que a temática da glo-balização estava em voga, muitos soció-logos analisaram a conjuntura sócio-po-lítica-econômica mundial, chegando a referirem-se ao movimento com a deno-minação “Aldeia Global”. E é justamente dentro destas vertentes que novas formas de relação entre países foram sendo es-truturadas, desenvolvendo, estreitando e intensificando a esfera econômica, refle-tindo, conseqüentemente, em uma in-finidade de setores, inclusive os que, de alguma forma, utilizam-se do transporte aéreo, através da aviação.

Embora não possamos ver simples-mente ao olhar para o céu, a quantidade de aeronaves que cruzam nosso espaço aéreo diariamente é de tal grandeza, que somente um sistema de controle de trá-fego aéreo altamente qualificado pode ter sob sua égide tamanha responsabili-dade.

Segurança na deco-lagem, durante o vôo e no pouso, independente da hora, do dia e do cli-ma, é o que deseja cada passageiro que se utiliza deste meio transpor-te. Há que se pensar, é claro, que esta rede de comunicações, tecnolo-gia e recursos humanos altamente qualificados deve demandar uma grande quantidade de capital investido, não somente na infra-estru-tura, como também em

sua manutenção e no pagamento de todo pessoal envolvido no processo.

HistóricoAs primeiras receitas para dar susten-

tação ao Sistema de Controle do Espa-ço Aéreo no Brasil vieram dos Fundos Aeronáutico e Aeroviário, que recebiam recursos de origem orçamentária, de im-postos, de venda de ativos e até mesmo de doações.

Somente em dezembro de 1973, foram instituídas pelo Artigo 8º da Lei 6.009, as tarifas chamadas de uso das comuni-cações e dos auxílios à navegação em rota, como receita do Fundo Aeronáu-tico referente a indenizações financeiras pelo uso das instalações e dos serviços das comunicações e dos auxílios à navegação aérea em rota, proporcionados pela Ae-ronáutica. Ficou também estabelecido

que as Tarifas de Uso das Comunicações e dos Auxílios à Navegação Aérea em Rota (TAN e TAT), regulamentadas des-de 21 de janeiro de 1982, seriam fixadas pelo, então, Ministério da Aeronáutica, que, posteriormente, passou a ser defini-da pelo Comando da Aeronáutica.

Em 12 de dezembro de 1989, por meio da Lei nº 7.920, foi criado um adicional de 50% sobre todas as tarifas aeropor-tuárias e sobre as Tarifas TAN e TAT. Este adicional, denominado ATAERO, é destinado aos investimentos em insta-lações aeroportuárias e na rede de tele-comunicações e de auxílio à navegação aérea, visando a substituição de antigos equipamentos valvulados por outros de circuitos impressos e transistorizados, por exemplo, de ampliação do sistema de proteção ao vôo no balizamento de novas rotas, com a implantação de novos

equipamentos de auxílios à navegação em rota, de aproximação e ao pouso, em importantes aeropor-tos do País, principalmen-te na região Amazônica, enquanto que os recursos provenientes das tarifas são destinados ao custeio das atividades em cada área, permitindo que os usuários da aviação civil participem direta e efeti-vamente do custeio dos serviços da infra-estrutura aeronáutica.

Ainda é importante relembrar que tarifa não Aferição / manutenção de equipamentos do SISCEAB

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continuação:

Eu não sabia!

se confunde com taxas, pois tarifa nada mais é do que o preço público cobrado pelos serviços facultativos prestados pelo Poder Público aos cidadãos, ou seja, os usuários só se utilizam deles se deseja-rem.

O conceito de Tributo consta no Ar-tigo 3º do Código Tributário Nacional (CTN), sendo considerado de um gê-nero do qual também fazem parte os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria (Artigo 5º).

De acordo com o Artigo 3º, tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa ple-namente vinculada.

Resumindo, a diferença básica entre taxa e preço público é que só a primeira é um tributo e, portanto, compulsória.

Até o ano de 1995, os prestadores de serviços de apoio à navegação aérea eram a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo (DEPV), atual DECEA, e a Em-presa Telecomunicações Aeronáuticas S/A. A partir deste ano, esta Empresa foi

incorporada à INFRAERO, transferin-do-se, também, as suas atribuições.

Durante muito tempo, a cobrança das tarifas foi, e continua sendo, realizada pela INFRAERO, por designação do Comando da Aeronáutica, utilizando-se para tal dos dados fornecidos pelo De-partamento de Aviação Civil (DAC).

No ano de 1981 foi instituído o Sis-tema Unificado de Arrecadação e Co-brança de Tarifas Aeroportuárias e de Uso das Comunicações e dos Auxílios à Navegação Aérea em Rota e em Área Terminal dos Aeródromos, denominado SUCOTAP.

As Tarifas TAN e TAT são cobradas pelo SUCOTAP, em conjunto com as tarifas e seus ATAERO de pouso e per-manência, com base nas informações do movimento aéreo previsto na aviação ci-vil, dos vôos regulares e dos vôos efetiva-mente realizados pela aviação geral.

Em dezembro de 2000, o Comando da Aeronáutica, atendendo a proposta da já extinta DEPV, transferiu a subor-dinação do SUCOTAP do DAC àque-la Diretoria. Atualmente, o SUCOTAP está subordinado ao DECEA.

A INFRAERO está mantida como Agente Executora das atividades de co-brança, de arrecadação, de distribui-ção dos recursos e da administração da inadimplência das empresas aéreas.

Criada em abril de 1993 pelo Cel Int R1 Jadyr Antonio Pimenta, a Divisão de Tarifas (D-TAR) do DECEA está su-bordinada ao Subdepartamento de Ad-ministração (SDAD) e é chefiada, atu-almente, pelo Cel Av Hélio Severino da Silva Filho.

A partir de 2000, o DECEA iniciou estudos para desenvolver o seu próprio sistema de cobrança, hoje denominado Sistema de Cobrança de Tarifas de Uso das Comunicações e dos Auxílios a Na-vegação Aérea (SICOTAN).

Para o desenvolvimento e a implanta-ção desse sistema, foram transferidos do DAC para o DECEA o Cel Int Walter Gonçalves Pinto e o civil Carlos Augusto Maul de Oliveira, atuais Chefe e Adjun-to da Divisão de Faturamento e Cobran-ça de Tarifas (D-FCT), que foi criada para executar as atividades de cobrança no DECEA.

14AEROESPAÇO

Sala AIS (Informações Aeronáuticas) do Aeroporto Santos-Dumont/RJ - Um dos muitos serviços prestados pelo DECEA

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As TarifasComo explicamos, a receita que man-

tém todo este sistema de controle vem da arrecadação com as tarifas de Nave-gação Aérea (regulamentadas em janeiro de 1982), ou seja, do Controle do Espa-ço Aéreo: TAN e TAT.

A primeira é referente ao uso das co-municações e dos auxílios à navegação aérea em rota e, a outra, para uso das comunicações e dos auxílios em áreas terminais dos aeroportos.

Mais precisamente, a Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios à Na-vegação Aérea (TAN) representa o valor unitário pago pela efetiva utilização dos serviços prestados a uma aeronave em rota, tais como informação aeronáutica, tráfego aéreo, meteorologia, facilidades de comunicações e auxílios à navegação aérea em rota, busca e salvamento e ou-tros serviços auxiliares de proteção ao vôo.

Já a Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios-Rádio e Visuais em Área Terminal de Tráfego (TAT) representa o valor unitário pago pela efetiva utilização dos serviços prestados a uma aeronave em áreas terminais dos aeródromos bra-sileiros, como informação aeronáutica, tráfego aéreo, meteorologia, facilidades de comunicações e auxílios para aproxi-mação, pouso, decolagem e subida em aeródromos públicos.

Portanto, como se vê, a D-TAR e a D-FCT trabalham incansavelmente no sentido de estabelecer um valor justo à tarifa, realizar a cobrança e a arrecada-ção, e mesmo uma cobrança judicial em caso de inadimplência. Como se sabe, no Brasil, o Sistema de Controle do Espaço Aéreo é único, atendendo tanto à avia-ção civil como militar, simultanemente.

A arrecadação reverte para a compra de novos auxílios, contratação de pesso-al, reaparelhamento, revitalização, ma-nutenção e ampliação do Sistema.

Vale ressaltar que todo o processo de monitoração e controle dos vôos na FIR

Atlântico (Região de Informação de Vôo) também é da alçada do Sistema. Sendo assim tão importante, cobra-se ta-rifa para proteção ao vôo sobre o Oceano Atlântico. Ao passar por sobre as águas do Oceano Atlântico poucos imaginam que existem vários equipamentos e ope-radores acompanhando o vôo. Tudo isto tem um custo e o retorno financeiro é importante para que se possa manter em funcionamento todo o processo.

Além desta sistemática atual, que abrange a aviação regular e geral, são re-alizados, ainda, outros processos de co-brança, em casos mais específicos.

O primeiro deles, que é a Cobrança à vista, que se procede da seguinte forma: os vôos não regulares internacionais e os vôos das empresas nacionais que perde-ram a facilidade do pagamento a poste-riori, são cobrados à vista nos aeroportos e os valores são repassados à INFRAERO, em Brasília, e incorporados ao processo de arrecadação normal.

O segundo caso diz respeito aos so-brevôos sem pouso em território nacio-nal. Presentemente, já está em operação o BIMTRA (Banco de Informações de Movimento de Tráfego Aéreo), desen-volvido pelo DECEA, que registra o movimento (em tempo real) dos tráfe-gos aéreos que cruzam nosso espaço aé-reo soberano. Essas informações provêm dos ACC (Centros de Controle de Área) das FIR de entra-da no espaço aéreo brasileiro, que são as FIR Amazônica, FIR Atlântico e FIR Curitiba. Os regis-tros dos sobrevôos, sem pouso, são atu-almente encaminha-dos pelo DECEA à INFRAERO para o devido processo de cobrança.

Quanto ao con-trole dos inadim-

plentes, o sistema faz uma apuração da dívida e envia uma correspondência à empresa ou ao proprietário da aerona-ve, para uma cobrança administrativa. A partir da data de vencimento das notas de cobrança, quando não forem pagas, são calculados e incorporados aos valores os juros de mora previstos em Lei.

Considerações FinaisSomos, no Controle do Espaço Aéreo

no Brasil, um formidável complexo de tecnologia de ponta, máquinas, equi-pamentos, procedimentos operacionais e mais de 13.500 pessoas, mobilizadas permanentemente para assegurar a segu-rança e a fluidez do transporte aéreo em nosso País. Este é o nosso compromisso assumido há mais de 64 anos com o Es-tado Brasileiro e também com inúmeros acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário.

As tarifas é que nos garantem os re-cursos necessários que permitem a auto-sustentação do SISCEAB, que o permite seguir adiante, provendo um dos mais eficazes e modernos serviços de controle de espaço aéreo do mundo.

Aí está, portanto, em linhas gerais, o que são as tarifas, seu amparo legal, os mecanismos de cobrança, a parceria com os demais órgãos envolvidos e sua im-portância para o SISCEAB.

15AEROESPAÇO

Processamentos de planos de vôo

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O Chefe do Quarto Centro Integrado Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV) inaugurou no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Tabatinga (DTCEA-TT), na noite do dia 25 de outubro de 2005, uma sala de apoio ao aeronave-gante militar.

A cerimônia de inauguração contou com a presença de autoridades civis e militares e foi abrilhantada pelas artistas plásticas Maria Quitéria Valadares, esposa do Co-mandante do Destacamento, e Maria do Carmo Montenegro, que doaram dois be-líssimos quadros que, a partir de agora, decoram o interior da sala.

A sala de apoio ao aeronavegante foi al-cunhada de de “Sala VIP”, pois é grande o número de autoridades civis e militares que passam por Tabatinga: ministros, juízes fe-derais, oficiais-generais e outros. Esses, a partir de agora, passam a desfrutar de um ambiente adequado e confortável.

Nesse mesmo dia, o Comandante do DTCEA-TT, Ten Valadares, homenageou o Chefe do CINDACTA IV, emplacando com o seu nome, Cel Av Renato Luiz Scariot, uma das avenidas internas do Destacamento. O objetivo da justa homenagem, segundo o Ten Valadares, reside no unânime e imensu-rável reconhecimento do trabalho que o Cel Scariot tem realizado.

DTCEA Tabatinga inaugura Sala de Apoio ao Aeronavegante Militar

A sala Vip está pronta para receber as autoridades em Tabatinga

16AEROESPAÇO

CINDACTA I recebe visita de alunos do CFOEO Primeiro Centro Integrado

de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) recebeu, no período de 21 a 25 de novembro de 2005, a visita de alunos do Curso de Forma-ção de Oficiais Especialistas

(CFOE), das especialidades de meteorologia, comunicações e controle de tráfego aéreo.

Os alunos tiveram oportu-nidade de conhecer o trabalho desenvolvido pelos profissio-nais do CINDACTA I e visita-

ram as instalações dos seguin-tes Destacamentos: Telecomu-nicações por Satélite (DTS), Controle do Espaço Aéreo de Brasília (DTCEA-BR) e Con-trole do Espaço Aéreo do Gama (DTCEA-GA).

Cel Scariot, em frente à placa da Avenida que leva o seu nome e na inauguração da Sala Vip

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A desativação do SRPV-RJ

“Mais do que enumerar realizações, importo-me em registrar que confiei nos homens e acreditei no ideal que nos uniu. Usamos a mesma linguagem, clara e sem rodeios, onde a simplicidade foi a gran-de constante e a lealdade o único caminho”. Com essas palavras de amizade, o Ten Cel Av Almir San-tos, chefe interino do Serviço Regional de Proteção ao Vôo do Rio de Janeiro, despediu-se dos compa-nheiros da sua Unidade, desativada em cerimônia militar presidida pelo Diretor-Geral do Departa-mento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, no último dia 27 de dezembro de 2005.

Presentes à cerimônia, os primeiros diretores do DECEA, Ten Brig Ar Flávio de Oliveira Lencas-tre (ministro do Supremo Tribunal Militar) e o Ten Brig Ar José Américo dos Santos (chefe da Secretaria de Logística, Mobilização e Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa). Eles foram homenageados, assim como o atual Diretor-Geral, com placas de agradecimento, entregues pelo Ten Cel Av Almir Santos.

Em seu discurso, o Ten Brig Vilarinho falou das fases do Sistema, começando pelas rotas aéreas, passando pela proteção ao vôo e, agora, a efetivação do controle do espaço aéreo. Ressaltou, ainda, que mesmo emocionado com a desativação do SRPV-RJ, sabe que ela representa a contínua evolução do Sistema. Encerrando, parabenizou o efetivo do SRPV-RJ pelo magnífico trabalho realizado.

O Ten Brig Ar Flávio de Oliveira Lencastre incentivou ao efetivo, que não mais pertence ao SRPV-RJ, mas que continua no Sistema de Con-

trole do Espaço Aéreo, a perseverar com entusias-mo, eficiência e vibração em suas jornadas.

A missão institucional do SRPV-RJ, nesses 33 anos de existência, foi prover os serviços de pro-teção ao vôo e telecomunicações do Comando da Aeronáutica. Conduziu também as aeronaves que faziam a manutenção da integridade e da sobera-nia do espaço aéreo brasileiro. E assim, o SRPV-RJ cumpriu a missão com excelência. Suas realizações, dentro das áreas de telecomunicações e do controle de tráfego aéreo, deixaram marcas no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

Hoje, os Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEAs) que estavam sob a sua subordi-nação, estão – agora, sob o comando do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP) e do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aé-rea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), a saber:

SRPV-SP: Galeão, Santa Cruz, Afonsos e Telemática.

CINDACTA I: Con-fins, Barbacena e Lagoa Santa.

O DECEA ficou res-ponsável pela preservação do acervo histórico do SRPV-RJ.

A cerimônia de desativação contou com a presença do atual e dos ex-Diretores do DECEA

Ten Cel Av Almir enalteceu, em seu discurso, o apoio do efetivo do SRPV-RJ

17AEROESPAÇO

O Diretor-Geral do DECEA ressaltou a

evolução do Sistema

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Tranqüilo, simpático e profis-sional altamente capacitado

– principalmente no que diz res-peito aos recebimento, checa-gem e homologação de radares de rota e terminal –, Lacyr dos Santos Moraes é o destaque desta edição.

Casado com Sônia Maria Moraes, Lacyr tem dois filhos e três netos. Sua filha, de 38 anos, Jaqueline, é mãe de Ana Carolina e João Carlos.

Seu filho, Lacyr Júnior, tem 32 anos, é Sargento da Aero-náutica e serve no Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) e é pai

de Sofia, de dois meses.Quando Lacyr decidiu en-

trar para a FAB, seu pai era Capitão Tenente da Marinha

e, surpreendentemente, não desejava que seu filho seguisse a carreira mili-tar. Mas isso não impediu o nosso entrevistado de seguir seus planos pro-fissionais e se tornar um controlador de tráfego aé-reo. Lacyr entrou para o Campo dos Afonsos aos 17 anos como voluntário especial.

“Servi em diversos luga-res, como em Centros de Aproximação e Controle (APP), Torres Radar, Base Aérea de Santa Cruz, mas foi no Controle de Tráfego Aéreo que me encontrei profissionalmente”, decla-rou Lacyr.

Assim que começou sua carreira, foi trabalhar no Controle de Aproximação

do Rio de Janeiro (APP-RJ), que ficava localizado no Aeroporto Santos-Dumont. “Quando o APP mudou-se para o aeropor-to do Galeão, ficou meio ‘contramão’ para mim. Na época eu morava no Engenho de Dentro e servir na Base Aérea de Santa Cruz era uma opção melhor, o que acabou acontecendo”.

Ao servir na Base Aérea de Santa Cruz, Lacyr teve a oportunidade de galgar todas as posições operacionais na Torre (TWR) daquela Base, chegando a assumir a Che-fia.

Em seguida, após realizar capacitação em Sistemas de Controle Radar, foi chefiar o Centro de Controle de Aproximação de Precisão (PAR), responsável pelo controle das aproximações (recolhimento) das ae-ronaves de alta performance F-5, sediadas naquela Base Aérea.

Em 1984, foi chamado para chefiar o Destacamento de Proteção ao Vôo de Ja-carepaguá. Concomitantemente, foi convi-dado por seu saudoso amigo, o Cap CTA César Bartolomeu, para ingressar na ESCA - Empresa de Engenharia de Sistemas de Controle e Automação. Hoje extinta, a Esca era uma empresa privada prestadora de serviços ao então Ministério da Aero-náutica. E sua escolha foi feita. Entrou para a reserva e foi trabalhar na ESCA.

Seu último trabalho para a Aeronáutica foi na Comissão para Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA). Atuava como técnico e contro-le de trágego aéreo na Gerência de Opera-ções.

Os serviços prestados por Lacyr à Ae-ronáutica foram de suma importância para o controle do espaço aéreo. Por suas mãos passaram todos os radares dos Segundo, Terceiro e Quarto Centros In-tegrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTAs). Foi ele quem recebeu e homologou os radares do Sistema de Vigilância da Amazônia, que

Quem é?

Lacyr dos Santos Moraes

18AEROESPAÇO

“Profundo conhecedorde radar, conseguiu

se encontrarprofissionalmente

no controle doespaço aéreo”

Page 19: Aeroespaço 14

hoje fazem parte do CINDACTA IV. Por conta de suas atividades, Lacyr viajou

por todo o Brasil, por localidades conside-radas inusitadas pelas distância e logísticas necessárias, como Tiriós (PA) e São Gabriel da Cachoeira (AM). As demandas de seu serviço foram tantas, que – em algumas ocasiões, ele viajava de 15 em 15 dias, fi-cando, em média, uma semana fora de casa em cada missão realizada.

De todos os radares que Lacyr recebeu, os mais importantes, segundo ele, foram os seis Radares 3D do Projeto SIVAM, ins-talados em Sinop (MT), Tefé (AM), Porto Espiridião (MT), Cruzeiro do Sul (AC), Eirunepé (AM) e Guajará-Mirim (RO).

O Cel Ferreira, chefe da Divisão de Ra-diodeterminação do DECEA, manifestou sua satisfação em ter conhecido e trabalha-do com Lacyr na CISCEA. “Felizmente fui contemplado com a oportunidade de participar de vários processos de avaliação radar, lado a lado, com o controlador Lacyr e pude comprovar o criterioso e eficiente trabalho realizado durante as avaliações dos radares. São milhares de anotações realiza-das durante essa fase e basta um erro para comprometer o resultado de um trabalho que irá determinar se o radar reúne condi-ções técnicas e operacionais para ser aceito contratualmente e se ele pode prestar o ser-viço ao Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), para o qual foi concebido. Além de ser um excelente profissional, o Lacyr é um ser humano ma-ravilhoso e eu me sinto gratificado por tê-lo como amigo”.

Seu colega de trabalho, Ten Cel CTA R1 Ademir Freitas, que o conhece há anos, elogia este profissional de alto gabarito: “Conheci Lacyr em 1985, durante o rece-bimento do CINDACTA II. Lembro que ele apareceu em Curitiba, levando o video-mapa que deveríamos usar no ACC (Cen-tro de Controle de Área). Excelente profis-sional, sempre colaborou comigo de forma

incondicional. Profundo conhecedor de ra-dar, sempre que eu necessitava de algo nesta área, a ele recorria. Tive a oportunidade de acompanhar, também, o seu desempenho humano. Devotado pai e marido dedicado, sempre demonstrou por seu familiares o maior carinho e disponibilidade. Acredito que o Lacyr, agora, deverá dedicar-se de corpo e alma aos seus familiares e amigos, num merecido descanso”.

Sempre muito reservado, Lacyr não gosta de homenagens. No entanto, não pôde es-capar da acolhedora despedida realizada na sala de reuniões da Diretoria de Operações da CISCEA, ocorrido em 14 de dezembro de 2005.

Ao final da homenagem, Lacyr recebeu uma placa com o mapa do Brasil, ressaltan-do as regiões pelas quais passou e, ainda, uma cópia do primeiro manual de Inspeção em Vôo do Sistema Radar TRS 2230 e RS 870 feito por ele.

Seu amigo, o Maj CTA R1 Monteiro,

comenta que Lacyr sempre foi uma pessoa simples e aplicada nos seus trabalhos. Com essas características marcantes em sua vida profissional, realizou muito bem inúmeras atividades em benefício do SISCEAB.

Neste ano de 2006, seus planos também incluem viagens, mas desta vez a passeio e ao lado de sua esposa Sônia. Para começar a curtir sua aposentadoria, Lacyr vai visitar a família em Belém. “Fui inúmeras vezes à Belém para receber radares. Agora vou passear”. Outros planos para o futuro? Ele responde: viver.

Lacyr mora em Copacabana e aos fins de semana costuma ir para o sítio, em Sepe-tiba. Agora, o processo irá se inverter. Vai morar no sítio com sua mulher e ir à Copa-cabana só de vez em quando. E deste sítio, que é um refúgio, Lacyr pode ver o radar da Base Aérea de Santa Cruz. “É emocionante saber que estão controlando vôos com o radar que eu recebi”, finaliza.

Lacyr dos Santos Moraes“Suas inúmeras

atividadesrealizadas foram

em benefício doSistema de Controle

do EspaçoAéreo Brasileiro”

19AEROESPAÇO

Page 20: Aeroespaço 14

PAMEA Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT)

2005 no Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica (PAME) foi realizada no período de 6 a 8 de dezembro de 2005.

As palestras apresentadas foram multidisciplinares, buscando abordar os diversos assuntos de interesse do efetivo do PAME.

O conteúdo das palestras e a qualificação dos palestrantes enriqueceram o evento, despertando grande interesse dos militares e civis do PAME e de outras unidades convidadas.

ICA

O Instituto de Cartografia Aeronáutica fez uma programação especial para incentivar a participação do efetivo na primeira SIPAT da organização, realizada nos dias 29 de novembro a 02 de dezembro.

O evento contou com a participação de funcionários de outras unidades, interessados nos temas divulgados.

No ICA, a SIPAT foi organizada com afinco pela CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), que é composta por nove militares e dois civis.

Na programação foram exibidos dois filmes: Saúde Mental no Trabalho e Segurança no Escritório, editados pelo SENAC.

Outros temas de interesse foram abordados nas palestras:

A SIPAT também apresentou uma programação cultural com poesia e humor, que contou com a participação da Ten Fabiana Borgia (AJUR-DECEA) e dos convidados Gladis Lacerda e Trio Los Tres.

Tanto a abertura quanto o encerramento foram realizados pelo Diretor do ICA, Cel Eng Rodrigues, que tem incentivado o efetivo a realizar eventos que promovam o interesse coletivo.

PAME e ICA realizamSemana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho

20AEROESPAÇO

Prevenir éreduzir perdasSegurançano TrânsitoPrimeirosSocorros

DependênciaQuímica

Ergonomia

Gerenciamentodo Estresse

DoençasSexualmenteTransmissíveis/AIDSBiossegurança

RiscosQuímicosProteçãoRespiratória

ProteçãoVisual eAuditiva

Atitudes deSegurançaPrevenção deAcidentes/Incidentes no Controle doEspaço Aéreo

Cap ASS Rita

Gilberto Cytryn

2º Ten BM Enf FrankRonaldo

1ª Ten Med Fernanda

SO Blair

Maj QSO Márcia

Paulo Starling

Prof Pedro Teixeira

Carlos Eduardo Almeida

SO Galvão

1S SCF Castro

Pedro Paulo

1º Ten Esp CTA Nobre

Base Aérea do Galeão

DETRAN-RJ (coordenador deEducação)Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (pós-graduado em En-fermagem do Trabalho)PAME (especializada em Derma-tologia pela Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ)PAME (fisioterapeuta formado pela UCB e mestre em Psicomotricidade pela UTL Lisboa/Portugal)Instituto de Psicologia da Aero-náutica (professora do Curso de Especialização de Engenharia de Segurança do Trabalho da UFRJ)Núcleo de Saúde do Trabalhador do Instituto Estadual de Infectolo-gia São Sebastião-RJ (sanitarista e psicólogo do trabalho)FIOCRUZ (especialista em Bio se-gurança pela INSERN na França e Mestre em Gestão de Saúde com foco em Saúde e TecnologiaCentro de Tecnologia Ambiental do SESI (Téc Segurança Trabalho)Técnico em Segurança do Traba-lho da SDEE-DIRINT (Diretoria de Intendência)Instituto de Cartografia Aeronáu-tica (Engenheiro de Segurança do Trabalho e professor do ILA, SENAC e Gama Filho)COMLURB (Coordenador de Se-gurança do Trabalho)Chefe da Seção de Controle de Auditorias de Segurança doDECEA – ASEG-4

CIPA, uma realidade no COMAER

Primeiros Socorros

Gerenciamento do Estresse

no Trabalho

Acidentes Domésticos

Atendimento Inicial ao Trauma

Procedimentos de Segurança

SO Galvão – DIRINT

Patrulha Civil Voluntária

Psicóloga Cíntia – IPA

Maj Castro – CBERJ

3S Costa – CEMAL

Simulação de resgate eprimeiros socorros e

palestras multidisciplinares na SIPAT do PAME

Page 21: Aeroespaço 14

O Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) participou, no período de 20 a 30 de novembro de 2005, em diversas localidades do Estado do Rio de Janeiro e em Brasília, da Operação Leão II. Esta Operação foi planejada e coordenada pelo Ministério de Defesa (MD) e contou com a participação efe-tiva, em todas as fases, das três Forças Armadas. Foi uma das maiores operações no ano de 2005, com grande envolvimento de equipamentos e de pessoal.

O objetivo principal da Operação era o treinamento da ação conjunta da Marinha, Exército e Aeronáutica, sob um Comando úni-co, em um desembarque anfíbio, em território inimigo. Falar a mesma língua, atualmente, não é apenas uma questão de entendimento, mas acima de tudo a diferença entre o sucesso e o fracasso em um conflito.

Foram instalados e operados pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunica-ções e Controle (1º/1º GCC - Esquadrão Pro-feta) Postos de Comunicações (PCom) em São Pedro D’Aldeia (RJ), Itaperuna (RJ), Campos (RJ), Ilha do Governador e Praça Mauá (Rio de Janeiro, RJ), Brasília (DF) e no Navio de De-sembarque (NDD) Rio de Janeiro, da Marinha do Brasil. Por meio desta rede de comunicações foi possível realizar o comando e o controle de toda a Operação.

Além desses postos, o 1º GCC montou na Segunda Força Aérea (FAE II), na Ilha do Go-vernador, um Centro de Operações Correntes (COC), possibilitando o acompanhamento em tempo real da evolução da Campanha Aérea. Nos telões instalados no COC, os chefes das diversas células, puderam visualizar e controlar a execução de todas as missões planejadas, per-mitindo um melhor gerenciamento das ações.

A FAB participou, ainda, com aeronaves de asa fixa F-5, R-99A, P-95 e C-130, e helicóp-teros UH-50 (Esquilo) e H-34 (Super Puma). Aeronaves A-4 e diversos helicópteros da Mari-nha, também integraram o componente aéreo da Operação.

O lema do 1º GCC - “DESTREZA EM CONTROLAR... ARTE DE COMUNI-CAR” - mais uma vez foi confirmado no cumprimento eficiente e eficaz da missão, graças ao esforço e dedicação de seus milita-res, sempre com o apoio irrestrito e impres-cindível do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

OPERAÇÃO LEÃO II

O Comandantedo 1º GCC,

Ten Cel Av Xavier, é entrevistado pela equipe da Comunicação

Social doMinistérioda Defesa

21AEROESPAÇO

A Operação Leão II é uma operação militar do Ministério da Defesa (MD) que possibilitou a atuação combinada da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB) com a finalidade de realizar um adestramento combinado de evacuação de cidadãos e materiais e contribuir para a manutenção dos interesses nacionais no Exterior. Na Operação Leão II, a FAB destinou meios aéreos, de detecção e de controle e comunicações, com objetivo de adestrar seus participantes no planejamento e na

execução de Operações Combinadas, com ênfase nas atividades de Comando e Controle, de Logística, de Segurança de Vôo e de ligações e coordenações locais entre Forças executantes. A FAB esteve representada pela Segunda Força Aérea - FAE II (H-34, H-50, P-95 e EAS), pela Terceira Força Aérea – FAE III (F-5 E/F e R-99 A/B) e Quinta Força Aérea - FAE V (C-130, C-95), que com a adição de outros meios aéreos, operou com a denominação de Força Aérea Componente (FAC). Fontes MD e FAB.

A participação do 1º GCC

Estrutura de Comando eControle montada pelo 1º GCC na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia - RJ

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22

A história do DestacamentoCom a missão de assegurar a vigilância e o controle do tráfego aéreo

na região Noroeste do Amazonas, fornecendo informações RADAR, Meteorológicas e de Telecomunicações ao Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de São Gabriel da Ca-choeira (DTCEA-UA) integra o Sistema de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (SISDACTA), através do serviço de manutenção do Radar LP23M e do sistema de comunicação. Proporciona, ainda, ao Centro de Controle Aéreo de Manaus (ACC-MN) e ao Centro Ope-racional de Defesa Aérea (CODA), em Brasília, a visualização da mo-vimentação aérea na área conhecida como “Cabeça do Cachorro”.

O Destacamento foi inaugurado em 09 de outubro de 1995, com o título de DPV (Destacamento de Proteção ao Vôo), passando – pos-teriormente, ao título de DTCEA. Já passaram pelo Destacamento de São Gabriel cinco comandantes.

Distante 4 km do Centro da cidade de São Gabriel da Cachoeira, a localização geográfica do DTCEA-UA é de extrema importância para a vigilância de nossas fronteiras ao extremo norte do País. As regiões próximas à Colômbia e à Venezuela são extremamente tensas por con-ta da rede internacional de tráfico de drogas.

A única grande cidade próxima é Manaus, que fica distante, apro-ximadamente, 1200 Km - o equivalente a duas horas de avião ou três dias de barco. Vale ressaltar que não há estradas até Manaus.

O Radar LP23M do DTCEA-UA foi um dos equipamentos de detecção utilizados durante a Operação Cobra I. Com 200 milhas de alcance, o radar foi um dos primeiros a entrar em operação na Amazô-nia, juntamente com o de Boa Vista e de Tabatinga, ainda em 1990,

na fase do Pré-Sivam, quando ainda não havia o Projeto do Sistema de Vigilância da Amazônia – SIVAM.

Como declarou o Comandante do DTCEA-UA: “nossa unidade é o sentinela dos céus do noroeste do Brasil”.

O ComandanteNatural da cidade do Rio

de Janeiro, o 2º Tenente Especialista em Comuni-cação Alexandre Lopes dos Santos, de 33 anos, ingres-sou na Força Aérea em fe-vereiro de 1991. Formado na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) em julho de 1992, o Ten Lo-pes foi promovido ao atual posto em dezembro de 2004, após ter prestado serviço no Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (2º/1º GCC). em Canoas–RS. e no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR).

Em seu currículo militar constam o Curso de Formação de Oficiais Especialistas; o Curso Básico de Radar; o Curso Básico de Micropro-cessadores; o Curso do SISCOMIS; o Estágio de Controle de Car-gas Eletrostáticas; os Cursos nos Radares MRCS-403 e MARS-402; o Curso de Padronização de Monitores; o Curso de Supervisor de Guerra Eletrônica e o Estágio de Comunicação de Dados.

Dentre as principais funções desempenhadas estão a de Técnico em

Conhecendo o DTCEA

São Gabrielda Cachoeira - AM

AEROESPAÇO

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Manutenção RADAR; Instrutor Prático e Teórico dos radares MRCS-403 e MARS-402 e Instrutor de Guerra Eletrônica.

Em seu currículo civil estão a Licenciatura Plena de Matemática e a Especialização de Derivadas Parciais.

Casado com Cíntia dos Santos e pai de Maria Laura, ele declara que sua família é “uma benção de Deus, e agradeço todos os dias por ter me dado uma.”

A Vila MilitarSão Gabriel da Cachoeira possui nove PNR (Próprio Nacional Re-

sidencial). As casas foram construídas com um excelente estilo arqui-tetônico, que oferece conforto e segurança aos moradores. São tão bem feitas, que chegam a chamar a atenção de quem passa pelo local.

São Gabriel não possui hotel de trânsito. Para hospedar militares comissionados ou em missão há uma casa, que, apesar das boas aco-modações, não comporta muitos militares.

A cidadeLazer, cultura e educação são aspectos marcantes em São Gabriel da

Cachoeira, não pelas opções e ofertas, mas pela forte carência destes setores. Não há clubes, teatros ou outro tipo de diversão.

Quanto à educação, há a Escola Adventista, que oferece ensino nas séries fundamentais (1ª à 4ª series). Já o ensino publico é muito defi-ciente, e não há muitos professores. Atualmente existe uma corrente que visa implantar o ensino indígena em toda a cidade. Ou seja, a

prioridade de ensino seria a educação através da língua indígena.São Gabriel possui um clima muito quente de dia. No entanto, as

noites são frescas e agradáveis.A economia da cidade gira em torno do comércio, que é movimen-

tado 90% pelos militares que habitam a cidade, principalmente os do Exército, que estão em maior número.

Numa visão mais crítica, a cidade carece de infra-estrutura básica, como tratamento de água e esgoto. A geração de energia é feita por termoelétrica e os geradores entram em pane com freqüência – por isso é comum a queima de aparelhos domésticos.

O Hospital do Exército possui, atualmente, as especialidades de cardiologia, cirurgia geral, radiologia, pediatria, ginecologia, otorrino e ortopedia. O problema é que os médicos viajam bastante a serviço, o que deixa o hospital muitas vezes sem condições de atender certos casos. Vale salientar que o Hospital do Exército atende a toda popu-lação da cidade.

Não há Corpo de Bombeiros ou Defesa Civil. Também não há transporte urbano coletivo, somente lotações.

A cidade possui um custo de vida alto, os alimentos custam o dobro ou até mais, comparando-se com a cidade de Manaus. Isto se deve aos valores dos fretes pagos no transporte de barco de Manaus até a cida-de. Por conta desta dependência, quando as águas do rio estão baixas, o alimento demora a chegar.

Os poucos imóveis disponíveis na cidade custam caro, tanto para compra quanto para o aluguel. O comércio de roupas e demais utensí-lios domésticos são caros e não possuem muita variedade de escolha.

O que se pode ressaltar de qualidade de vida na cidade são a segu-rança, as belas paisagens, o contato com a natureza e a paz da locali-dade.

O efetivoO DTCEA-UA conta com 29 militares do efetivo mais a presen-

ça de dois militares comissionados, que são trocados a cada 50 dias, após completarem as necessidades de pessoal no Destacamento. Entre os profissionais, estão o próprio Comandante, que é Especialista em Comunicações, técnicos em eletrônica e administração.

Entre os 22 soldados, nove são especializados (S1) e treze não espe-cializados (S2).

Os dois comissionados têm especialidade em elétrica, eletromecâ-nica ou eletrônica.

Os militares possuem um bom relacionamento com a sociedade em geral. São firmadas diversas parcerias com órgãos públicos e entidades socioculturais, a fim de tornar mais agradável a vida na cidade.

Há um ambiente familiar bastante proveitoso com uma grande tro-ca de informações e conhecimentos entre as famílias, o que torna o dia-a-dia mais saudável e harmonioso.

A vila de São Gabriel é muito bem estruturada

Ao fundo da Cidade e do Rio Negro, a “Bela Adormecida”.

O efetivo do DTCEA-UA em dia de festa

23AEROESPAÇO

Page 24: Aeroespaço 14

Controladores de Tráfego Aéreo participam de evento promovido pelo SRPV-SP

I Simpósio Brasileiro de Segurança doControle do Espaço Aéreo

O Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP) promo-veu, no dia 23 de novembro de 2005, o Primeiro Simpósio Brasileiro de Segu-rança do Controle do Espaço Aéreo.

O evento, realizado no campus Cen-tro da Universidade Anhembi Morum-

bi, localizado na cidade de São Paulo, contou com a participação de cerca de 500 espectadores, a maioria forma-da por controladores de tráfego aéreo provenientes dos mais variados órgãos operacionais e localidades do Brasil.

Participaram ativamente com pales-

tras o Centro de Investigação e Pre-

venção de Acidentes Aeronáuticos

(CENIPA), a Agência Nacional de Te-

lecomunicações (ANATEL) e o Esqua-

drão de Demonstração Aérea (Esqua-

drilha da Fumaça).

24AEROESPAÇO

Exposição aeronáutica mostra como érealizado o controle do espaçoaéreo em São Paulo

Como parte das comemorações alu-sivas à Semana da Asa 2005, em São Paulo, foi inaugurada no dia 17 de outubro de 2005, a Exposição Aero-náutica no saguão central do Aero-porto Internacional de Congonhas.

A organização da Exposição ficou a cargo do Serviço Regional de Prote-ção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP) e teve sua cerimônia de inaugura-ção presidida pelo Comandante do Quarto Comando Aéreo Regional (COMAR IV), contando, ainda, com a presença de diversas autoridades ci-vis e militares.

Até o dia 21 de outubro, os visitan-tes da mostra tiveram oportunidade de ver como é realizado o controle em um dos espaços aéreos mais movi-mentados do mundo.

O destaque da cerimônia ficou por conta do encerramento do Concurso Literário 2005, onde alunos de Es-colas Públicas Estaduais, subordina-das às Diretorias de Ensino Centro e Centro-Oeste da cidade de São Paulo, vinculadas à Secretaria Estadual de Educação, receberam prêmios pelos seus trabalhos sobre o tema : “A Força Aérea Brasileira como fator de inte-gração nacional”.

O saguão doAeroportode Congonhasfoi palco daEsposição que contou com a presença de diversasautoridades

Alunos recebem prêmios pelos

trabalhossobre a FAB

Page 25: Aeroespaço 14

A partir da solicitação de países da América do Sul nas reuniões internacionais de trabalho do Programa COSPAS-SARSAT, proposta da representação brasileira e aprovação do Diretor-Geral, o DECEA, em mais uma realização de sucesso da Comissão de Estudos, Coopera-ção e Atualização Técnica Internacional (CECATI), com o apoio da Divisão de Busca e Salvamento (D-SAR) do Sub-departamento de Operações (SDOP) e sob a coordenação dos membros da delegação brasileira; deu um exemplo de visão, competência e profissionalismo.

Num grande esforço de final de ano, o DECEA, deu oportunidade ao Brasil de sediar a 3ª Reunião da Região Oeste de Distribuição de Dados do Programa COSPAS-SARSAT (WDDR Meeting), no Rio de Janeiro, de 07 a 09 de dezembro de 2005. Numa iniciativa da representação brasileira, a Western Data Distribution Region (WDDR) Meeting foi, ainda, precedida de um esclarecedor Seminá-rio SAR sobre o Programa COSPAS-SARSAT, nos dias 05 e 06 de dezembro de 2005, quando os países detentores de Centros de Controle de Missão (MCC) - Argentina, Brasil, Canadá, Chile e EUA – e pertencentes à Região, apresentaram palestras sobre suas atividades, organiza-ção e distribuição de dados aos Pontos de Contato SAR (SPOCs) nas Américas.

O SAR/COSPAS-SARSAT SEMINAR (SEMINÁRIO SAR/COSPAS-SARSAT) teve como objetivo proporcio-nar aos participantes uma oportunidade de contato direto com membros e representantes do Programa COSPAS-SARSAT, nos seus vários aspectos, tais como: homologa-ção, certificação, planejamento, aquisição, codificação, registro, operação e demais procedimentos relacionados à utilização de Radio balizas de Emergência (ELT, PLB e EPIRB).

Já a WDDR Meeting prosseguiu com seu objetivo de manter e aperfeiçoar a gestão e operação dos Segmentos

Terrestres e Espaciais dos países já citados anteriormente e participantes do Programa COSPAS-SARSAT. Como o Brasil, cada um desses países soberanos desenvolve ações no sentido de manter seus sistemas operando nas Amé-ricas, em harmonia funcional com todos os sistemas no mundo e nos mais altos níveis exigidos por essa organiza-ção internacional.

A abertura dos trabalhos foi presidida pelo Cel Av Jorge Antonio Souza Marques, Chefe da ASEGCEA que se fez acompanhar do Cel R1 Ronaldo Ney Telles Belchior Oli-veira, Secretário Executivo da CECATI e do Ten Cel Av Paulo Roberto Sigaud Ferraz, Chefe da D-SAR e represen-tante brasileiro para o Programa COSPAS-SARSAT.

Ambos eventos foram realizados no Hotel Excelsior Copacabana, sendo que no SAR/COSPAS-SARSAT SE-MINAR participaram 100 pessoas dos mais variados seg-mentos de usuários de Balizas de Emergência (aeronáuti-cos, marítimos e terrestres), do Brasil e da América do Sul, e na WDDR MEETING participaram 50 pessoas, dentre elas os expertos dos países que possuem MCC.

A Venezuela participou como convidado especial e o Brasil aproveitou para dar oportunidade de atualização e treinamento aos vários especialistas que trabalham na D-SAR, no “Brazilian Mission Control Center” (BRMCC) e nas Estações “Local User Terminal” (LUT), existentes nos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreos (CINDACTAs) e pertencentes ao Segmento Pro-vedor Terrestre Brasileiro COSPAS-SARSAT.

O encerramento dos trabalhos foi presidido pelo Che-fe da D-SAR e representante brasileiro para o Programa COSPAS-SARSAT, Ten Cel Av Paulo Roberto Sigaud Fer-raz, acompanhado do representante da Marinha, Cap Fgt Luiz Roberto Gabriele e do Chefe do BRMCC COSPAS-SARSAT, Maj Av Flávio Raimundo Feres.

O Ten Cel Ferraz, Chefe do D-SAR, presidiu o encerramento dos trabalhos

Brasil sedia a III Reunião da RegiãoOeste de Distribuição de Dados doPrograma COSPAS-SARSAT

25AEROESPAÇO

O SAR/COSPAS-SARSAT SEMINAR foi palco do despertar da consciência coletiva de que o Brasil e as Américas são possuidores de uma capacidade excepcional para detecção e localização de Radiobalizas de Emergência (ELT, PLB e EPIRB). Esta tecnologia já está disponível para quaisquer usuários aeronáuticos, marítimos ou terrestres, e que basta o estabelecimento de contato com um MCC COSPAS-SARSAT, para quaisquer esclarecimentos.

No Brasil, o BRMCC COSPAS-SARSAT atende no e-mail [email protected] e nos telefones (61) 3364-8395 e 3365-2964.

Também a WDDR Meeting atingiu plenamente seus objetivos. Além de receber emocionados elogios com relação à organização dos eventos, o Brasil firmou posição forte, perante a WDDR, apresentando o Segmento Provedor Terrestre Brasileiro plenamente operacional e comissionado junto ao Programa, disponibilizando, assim, toda a sua capacidade de processamento em benefício da comunidade SAR internacional. O estabelecimento de novas ações para os países da WDDR manteve em foco os objetivos permanentes do Programa COSPAS-SARSAT de aperfeiçoamento, integração, harmonia e qualidade na prestação de um Serviço de Alerta, cada vez mais preciso e rápido, apoiado em seu Sistema Internacional de Satélites de Busca e Salvamento.

“... Para que outros possam viver!”

Page 26: Aeroespaço 14

26AEROESPAÇO

O investimento tecnológico realizado em São Paulo pelo DECEA mostra a preocupação eo profissionalismo dos elementos do SISCEAB, atuando estrategicamente

na região de tráfego aéreo mais intenso do País.

Desde 1942, o Controle de Aproximação de São Paulo (APP-SP) esteve na vanguarda dos acontecimentos aeronáuticos do País. O atendimento à demanda de aeroportos signifi-cativos no cenário nacional, como o Aeroporto Internacional de São Paulo/Congonhas, o Aeroporto Internacional de São Paulo/Gua-rulhos, o Aeroporto de Viracopos/Campinas e Campo de Marte impôs, ao longo do tempo, que a estrutura e o modus operandi desse órgão do SISCEAB acompanhasse o desenvolvi-mento do tráfego aéreo em busca de respostas convenientes, face às necessidades dos usuários, sempre com foco em sua missão: fluidez e se-gurança.

No dia 27 de junho de 2005, além de come-morar seu 58º aniversário, o Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP) comemorou, também, o início da operação pa-ralela dos novos equipamentos do APP-SP.

Mantendo a filosofia de excelência no atendimento ao usuário, o APP-SP foi am-pliado e modernizado, baseado na Concepção Operacional elaborada pela Comissão de Im-plantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA). As últimas quatro consoles operacionais foram entregues no início do mês de novembro, passando o APP a contar com 14 setores, duplicando a capacidade anterior-mente instalada. Estará disponível, ainda, a visualização do radar meteorológico de São Roque, possibilitando o acompanhamento das condições meteorológicas da área de jurisdição. A concepção prevê a absorção dos APPs de Campinas e de São José dos Campos, além da ressetorização da atual Área de Controle Terminal de São Paulo (TMA-XP).

A modernização do APP envolveu a substituição com-pleta das consoles operacionais, dos postos de operadores SITTI, das workstations e software do Sistema X-4000. As novas consoles são amplas, possibilitando ao Controlador de Tráfego Aéreo um ambiente de trabalho confortável. Os postos de operador SITTI foram trocados por outros de maior capacidade de canais e possibilidade de opera-ção de freqüências em clímax. As workstations Spark 20 foram substituídas por Sun Blade e os monitores Sony por equipamentos Barco de tela plana de 29 polegadas.

Antes da implementação do novo Sistema X-4000 no

APP-SP, o software foi testado e aprimorado anteriormen-te nos APP de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro, com o intuito de evitar transtornos operacionais na área de maior fluxo de tráfego aéreo do Brasil.

As alterações vão além do design arrojado das conso-les e do fato de dobrarem a possibilidade de ativar po-sições operacionais em relação às anteriores. A ATECH (Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas), empresa contratada para o desenvolvimento e manutenção do sof-tware do sistema, entregou ao APP-SP o novo programa operacional o qual ajusta-se aos novos equipamentos de hardware que guarnecem as novas instalações e possibili-tam a operação simultânea de 14 setores operacionais.

Até a presente data, toda a engenharia de software estava voltada para concentrar as in-formações do tratamento radar em duas peças chaves: o concentrador e a estação supervisora. Esses equipamentos eram responsáveis por centralizarem as informações de pistas radar, tratamento de planos de vôo, revisualização e vídeo bruto. Ainda que operassem em sistema de equipamento principal e reserva (Hot stand-by) eram susceptíveis de falhas, o que gerava situações inconvenientes. As alterações deter-minadas pelos estudos e empregadas no desen-volvimento do atual software nos permitem, hoje, ter a partição das tarefas anteriormente confiadas ao concentrador e estação supervi-sora. Agora, são direcionadas a pares de servi-dores autônomos, exclusivos para as diferentes funções e utilizáveis alternadamente, a saber: servidores de radar; servidores de tratamento de plano de vôo, servidores de gravação de da-dos. Duas redes interligam os sistemas às con-soles operacionais e, uma terceira rede, de ca-ráter emergencial, fornecerá as informações de vídeo bruto, quando este se fizer necessário.

Alargam-se os horizontes operacionais do APP-SP. O movimento de tráfego superior a 400 mil movimentos, verificado em 2004, poderá ser incrementado na medida das ne-cessidades dos usuários e, ainda assim, outros encargos poderão ser assumidos. O aeroporto de Viracopos/Campinas poderá ser diretamen-te assistido com visualização radar a partir do

APP-SP. Ainda nessa linha de ação, aos usuários de São José dos Campos será prestada o serviço radar. Nessa concepção entraram em operação os radares STAR 2000 de Campinas, São José dos Campos e Mombaça, além do novo radar de Congonhas. Acrescenta-se, ainda a esse cenário, a implantação das estações de comunicação em VHF de Congonhas, São Roque, Santos, Campinas, São José dos Campos e Guaratinguetá, que totalizam 15 fre-qüências operando em clímax. A conjugação das novas consoles com a cobertura proporcionada pelos novos radares e estações de VHF ampliarão, de forma segu-ra, a capacidade operacional do Controle de Aproxi-mação de São Paulo.

Desde 1942, o Controle de Aproximação

Ampliação e Modernização do APP-SP

Em 1942, o

APP-SP esteve na vanguarda dos acon-

tecimentos Aeronáuticos. Hoje, 2006, alargam-se os horizontes operacio-

nais para um tráfego superior a 400 mil

movimentos

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Alunos do ULBRA em frente aoprédio doCINDACTA IV

Ten Elias (ICA) no ambiente de exposição do IME

27AEROESPAÇO

Alunos do Centro Universitário Luterano de Manaus conhecem o CINDACTA IV

O Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV) recebeu, no dia 03 de dezembro de 2005, uma turma composta de 18 alunos do Curso de Tecnologia em Gestão de Redes de Computadores do Centro Universitário Luterano de Manaus (ULBRA).

Durante a visita, os alunos assistiram a uma palestra proferida pelo Ten

Cel Av Silnei Correia, chefe da Divisão Técnica do CINDACTA IV, sobre as atividades exercidas pela organização militar e as perspectivas dentro do contexto de Controle do Espaço Aéreo na região. Além disso, tiveram a oportunidade de conhecer o Centro de Controle de Área Amazônico (ACC-AZ), o Centro Meteorológico de Vigilância (CMV-AZ) e a Sala Técnica.

ICA apresenta seus produtos a alunos do IMENo último dia 31 de outubro, o

2º Ten QCOA CGR Elias Ribei-ro de Arruda Junior, Engenheiro Cartógrafo do Instituto de Carto-grafia Aeronáutica - ICA, apresen-tou aos alunos do 1º e 2º ano do ensino básico de Engenharia do Instituto Militar de Engenharia - IME, produtos confeccionados pelo ICA.

Dentre os materiais apresenta-dos, estavam vários tipos de cartas e publicações aeronáuticas (tais como AIP-Brasil, ROTAER etc.) e projetos na área de Cartografia.

A palestra realizada faz parte de um projeto do IME que visa auxi-liar os seus alunos de engenharia na escolha da opção de curso de graduação (carreira), no qual, uma das opções é a Engenharia Cartográfica.

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