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Ano XLVI • Nº 2415 • quarta-feira, 04 de outubro de 2017 • 50¢ • www.portuguesetimes.com

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Massacre em Las Vegas

Cinquenta e nove pessoas morreram e 527 ficaram feridas nos disparos de domingoà noite num festival de música “country” em Las Vegas, Nevada, naquele que foi otiroteio mais mortífero da História moderna dos Estados Unidos. O autor dos disparos,Stephen Paddock, 64 anos de idade, suicidou-se. Entre as vítimas há uma residentede Tewksbury, Massachusetts: Rhonda LeRocque, 42 anos de idade, não havendoportugueses entre os sinistrados. • 05

Eleiçõesautárquicasem PortugalPartidoSocialistareforçadomínioPSD e PCPperdemcâmarasPS garante158 câmarasPSD 98

• 20

Gustine, CalifórniaFesta de Nossa Senhorados Milagres

Realizaram-se de 01 a 11 de setembro, em Gustine,Califórnia, as festas em honra de Nossa Senhora dosMilagres e Portuguese Times apresenta reportagemsobre uma das maiores festas que se realizam naCalifórnia. O programa incluiu cortejo etnográfico,procissão de velas, desfile de capas do Espírito Santoterminando com uma tourada. As festas foram presi-didas pelo padre Júlio Rocha, pároco de Porto Mar-tins, Terceira. • 14• Foto Portuguese Times/Augusto Pessoa

Falhatentativarepublicanapara acabarcom a ACAObamacaree aumentao movimentoparauniversalizaro Medicare

• 03

CONVÍVIOS REGIONAIS EM OUTUBRO

Este sábado, em PawtucketClube Social Português celebra 99 anos

• 07

Este sábado, em HudsonNaturais Santo Espírito, Santa MariaVila Franca do Campo, dia 21 em SwanseaMangualde, dia 22 em CumberlandRibeira Grande, dia 28 em Swansea

Ler nas interiores

02 Publicidade PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 04 de outubro de 2017

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Falha tentativa republicana para acabarcom Obamacare e aumenta o movimentopara universalizar o Medicare

Polícias no JimmyFund Walk

Milhares de pessoassaíram às ruas de Boston nodia 23 de setembro para ajornada anual do JimmyFund Walk. Os partici-pantes percorreram o tra-jeto da Maratona de Bos-ton, de Hopkinton até Co-pley, para arrecadar dinhei-ro para o tratamento docancro. O Jimmy FundWalk está no seu 29º ano ejá arrecadou mais de 120milhões de dólares.

Este ano, 132 chefes depolícia f izeram a cami-nhada e, entre eles, MichaelAlves, chefe de Acushnet,que angariou $125 e DanielRosa, chefe de Billerica,que angariou $100.

Traficante dedroga condenadopor homicídio

Um traficante de drogasfoi condenado dia 28 desetembro, no TribunalDistrital de Lawrence, até12 anos de prisão por tervendido fentanil a um ho-mem de 37 anos que tevemorte quase imediata deoverdose e deixou doisfilhos menores.

O caso remonta a 2015.Carlos Hunter, 33 anos,estava implicado numainfração que habitualmenteacarreta a sentença de doisanos, e que é a distribuiçãoda droga. Mas a semanapassada foi também consi-derado culpado de homicí-dio involuntário por terfornecido droga que provo-cou uma morte.

Os líderes republicanosno Senado dos EUA deci-diram adiar a votação àrevogação do AffordableCare Act (ACA), popular-mente conhecido comoObamacare, após terempercebido que a medidaseria chumbada na câmara.A decisão foi tomada dia26 de setembro, um diadepois de Susan Collins,senadora republicana doMaine, ter anunciado o seuvoto contra a anulação dosistema de saúde criado porObama em 2010 e queconseguiu reduzir a ummínimo histórico o númerodos que vivem sem cober-tura médica nos EUA dan-do um plano de saúde a 22milhões de americanos.

Collins tornou-se a ter-ceira senadora republicanaa votar contra a revogaçãodo Obamacare, juntando-sea Rand Paul e a John Mc-Cain, o que significaria quea anulação seria chumbada.Os três rebeldes republi-canos opuseram-se porrazões diferentes. McCainconsidera que a proposta delei de Trump é uma impro-visação; o conservadorRand Paul considera aproposta tímida demais ea moderada Susan Collinsconsidera-a cruel para osmais pobres, cujo acesso aoatendimento médico serialimitado.

O adiamento da votaçãoé um fracasso tanto doPartido Republicano quan-to de Donald Trump, quetinha feito a sua grandemeta a revogação do Oba-macare, mas foi incapaz deformular um sistema desaúde alternativo capaz dereduzir os custos do aten-dimento de saúde sem ex-cluir ninguém desse sis-tema.

O falhanço veio tambémpôr em evidência que ainfluência do presidente noCongresso é limitada.Trump ameaçou os sena-dores republicanos, masestes não hesitaram emdizer não por temeremmais a reação dos seuseleitores do que a ira de umpresidente pouco interessa-do em resolver os proble-mas do povo e mais preo-cupado em servir os inte-resses dos ricos.

“Os americanos conse-guiram uma grande vitó-ria”, proclamou BernieSanders após ser conhecidoo adiamento. O senadordemocrata do Maine e ex-pré-candidato à Casa

Branca tem um plano: “Étempo de nos unirmos aoresto do mundo industria-lizado e garantir a todos osamericanos o acesso aoatendimento de saúde,graças a um programaMedicare para todos”.

Nos EUA, as pessoascontam com um seguromédico particular, geral-mente pago pelos empre-gadores ou pelo Estadopara as pessoas com pou-cos recursos (o programaMedicaid) ou para os maio-res de 65 anos (Medicare).É precisamente o Medi-care, uma instituição sa-grada nos EUA que San-ders quer estender à todapopulação.

Sanders, antigo adversá-rio de Hillary Clinton nasprimárias democrataspresidenciais de 2016, fezdeste tema a bandeira desua “promessa de revolu-ção”. Hillary, no entanto, oconsiderou pouco realista epreferiu promover umareforma gradual do atualsistema, que combina res-ponsabilidades privadas epúblicas.

A proposta de Sanders éapoiada por Kamala Harris,Cory Booker, Kirsten Gil-librand, Elizabeth Warren eoutros 13 moderados dos48 senadores da bancadademocrata apoiam a ini-ciativa. A proposta nemsequer é nova, foi apre-sentada em 2009, duranteos debates do Obamacare,mas rapidamente margina-lizada pela então maioriademocrata. E num con-gresso controlado pelosrepublicanos nem sequer épossível a proposta ser de-batida, quanto mais apro-vada.

No entanto, os líderesdemocratas têm outrasprioridades antes de apoiarSanders.

Eles vêem com preocu-pação como o Obamacarevem sendo sabotado pelo

governo Trump, que dimi-nuiu significativamente ossubsídios.

Mas além de defender oObamacare, os líderesdemocratas têm outra razãode peso para se distanciarde Sanders: querem sermaioria na Câmara naseleições legislativas denovembro de 2018 e aoposição democrata estálonge de estar unida emtorno à ideia de uma cober-tura de saúde nos moldeseuropeus.

Universalizar a coberturada saúde pública nos EUAé cruzada de Bernie San-ders, que ganha força noPartido Democrata, masainda vai ser longa.

“Hoje lançamos a longae árdua luta para acabarcom uma vergonha interna-cional, o facto de que osEUA são o único grandepaís que não garante a seuscidadãos o acesso aos cui-dados de saúde”, disse San-ders, rodeado por legisla-dores, médicos e ativistasnuma sala do Senado.

O escândalo é que osEUA são, de longe, o paísque mais gasta em saúde,tanto em parcela do PIBcomo em gastos per capita.De acordo com o FundoCommonwealth, baseadoem dados da Organizaçãopara Cooperação e Desen-volvimento Económico(OCDE), os EUA gastammais em cuidados de saúdedo que as 13 nações demais alto rendimento domundo: Austrália, Canadá,Dinamarca, França, Ale-manha, Japão, Holanda,Nova Zelândia, Noruega,Suécia, Suíça, Reino Uni-do. Mas, em termos deresultados de saúde, osindicadores norte-ameri-canos de expectativa devida e de taxas de morta-lidade infantil são muitopiores.

Dados da OCDE de 2013mostram que os EUA

gastaram em cuidados desaúde 17,1% do ProdutoInterno Bruto (P IB) , umamedida de toda a atividadeeconómica no país,. Essevalor é 47% maior do queos 11,6% gastos pela Fran-ça, segundo país no ran-king, que tem um modelode sistema universal eíndices de saúde larga-mente superiores. É tam-bém 60% maior do que apercentagem do PIB gastaem cuidados de saúde pelovizinho Canadá, que temum sistema universaltambém chamado Medi-care e que alavanca quaseo dobro do custo do Sis-tema Nacional de Saúdebritânico (NHS), um mo-delo semelhante ao sistemada US Veterans Admi-nistration, que efetiva-mente emprega traba-lhadores médicos e detémos hospitais, e que dedicaparcos 8,8% do PIB inglêspara os gastos em saúde.Somando as despesaspúblicas de saúde pelos 50

estados, governos locais eo governo nacional com osgastos do empregador e osgastos dos indivíduos efamílias, o gasto anual percapita em saúde nos EUA(em 2013), segundo aOCDE, foi $9.086. Opróximo na lista era a Suíça(ironicamente outro dospaíses que se baseiam nasseguradoras privadas paracobrir a maior parte de seuscidadãos, embora ali sejaproibido obter lucros sobreos planos básicos, quetodas as seguradoras devemofertar), com $6.325 porpessoa - apenas dois terçosdo que os americanos gas-tam. Na França, o valor erade $4,361 e, no Canadá,$4,569. Ambos esses nú-meros se aproximam dametade da despesa percapita em saúde dos EUA.

Resumindo, quem lucracom a inexistência de umserviço nacional de saídenos EUA? As seguradoras,as farmacêuticas, os hos-pitais e os médicos.

A lagoa de Sassaquin passoua ter a água filtrada

O mayor Jon Mitchell, de New Bedfdord, anuncioumelhorias tecnológicas nas infraestruturas da lagoaSassaquin, incluindo a conclusão de um filtro de águaspluviais que irá manter os contaminantes fora da lagoa.

Localizado na esquina da Leroy Street e da MortonAvenue, o sistema de filtração — conhecido como filtrode águas-vivas — melhorará significativamente a quali-dade da água, removendo uma série de poluentes doescoamento das águas pluviais.

Além do novo sistema de filtragem das águas pluviais,o Departamento de Infraestrutura Pública instalou 16poços de árvores e atualizou dois pontos de referênciaem redor da lagoa, aumentando a proteção da lagoa.

O novo sistema de filtração da Contech EngineeredSolutions trata 154 litros por minuto e melhora a qualidadeda água, removendo 99% do lixo, 89% dos sólidossuspensos totais (como óleo), mais de 80% de cobre eoutros poluentes que podem afetar a qualidade da água, eapós o tratamento a água sai do filtro para a lagoa.

Um espaço de transbordo de emergência no sistema éativado no caso de grandes tempestades para evitarinundações na área.

04 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 04 de outubro de 2017

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Festa do 26.º aniversário da Casados Açores da Nova Inglaterra

A Casa dos Açores da Nova Inglaterra, atualmentepresidida por Nélia Alves-Guimarães e com sede em 232South Main Street, Fall River, leva a efeito a festa do seu26.º aniversário a ter lugar no domingo, 15 de outubro,no Lusitano Restaurant, em Fall River.

O programa consta de hora social, a partir das 12:30PM, seguindo-se almoço e entretenimento pelos artistasManuel Cabral, David Loureiro e Dionísio Garcia eentrega de bolsas de estudo (ver notícia abaixo).

Os bilhetes, ao preço de $30 para adultos e de $15 paracrianças dos 6 aos 12 anos de idade, devem ser adquiridosaté ao dia 12 de outubro através de Francisco Viveiros(774-301-1267), Lúcia Correia (774-488-9504) e Colum-bia Jewelers (508-672-1390).

Bolsas de estudo da CANIA Casa dos Açores da Nova Inglaterra aceita

candidaturas para bolsas de estudo “Sócios da CANI2017”. A data limite para entrega das mesmas e respetivosdocumentos é a 10 de outubro deste ano.

A Bolsa Sócios da CANI será atribuída a um ou maisjovens que tenham nascido em Portugal ou sejam luso-descendentes, até à 3.ª geração, e que reúnam os requisitosexigidos nos regulamentos de candidatura, que estãopublicados no site da CANI (www.casadosacoresni.org)e estão disponíveis na sede desta presença culturalaçoriana, em 232 South Main Street, Fall River, MA02721. Os interessados devem contactar os membros dadireção: Lúcia Correia (774-488-9504) e FranciscoViveiros (774-301-1267).

A entrega de bolsas de estudo ocorrerá na festa do26.º aniversário da Casa dos Açores da Nova Inglaterra, a15 de outubro.

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Em benefício de NelsonReis, acometido de gravedoença, realiza-se dia 15 deoutubro, no New BedfordSports Club (190 AcushnetAvenue), um almoço apartir da 1:00 da tarde, cujaementa consta de sopa,salada, galinha assada,filetes de peixe, arroz ebatata, pastelaria variada ecafé e música para dançarao som do DJ “Fast Eddie”.

Os bilhetes, ao preço de$25 para adultos e $12.50para crianças dos 6 aos 12anos de idade, devem seradquiridos pelos númerostelefónicos 774-488-2076 e508-441-8430.

Nasceram no mesmo dia e casaram um com outroJessica Gomes e Aaron Bairos casaram dia 9 de

setembro na Holy Family Church em East Taunton eacontece que nasceram no mesmo dia e na mesmamaternidade (Morton Hospital, Taunton), há 27 anos.

Aaron e Jessica foram os dois únicos bebés nascidosno Hospital Morton no sábado, 28 de abril de 1990.Aaron é filho Ernesto e Idelta Moniz Bairos. Jessica éfilha de Bradford e Maria Valadão Gomes.

É um caso de amor à segunda vista, pois estiveramjuntos no berçário e só voltariam a encontrar-se muitodepois, apresentados por amigos comuns. Ela cresceuem Raynham, os pais mudaram-se para Taunton quandoela tinha 10 anos e frequentou a Coyle & CassidySchool. Ele frequentou a Taunton High School. Hoje,ele trabalha em vendas e marketing em Hopkinton e elaé enfermeira em Marion.

O vestido da noiva foi fornecido pela amiga DoloresMilho, proprietária da New York Lace, de Taunton.

O casamento foi na Holy Family Church por decisãoda Jessica. É que a mãe, Maria Gomes, e a avó, Maria

Isabel Correia, casaram na mesma igreja.Desejamos as maiores venturas ao novo casal e uma

coisa é certa: nunca vão esquecer-se do dia de anos umdo outrto.

Conselho deDireitos Humanosda ONU

No último dia do DebateGeral da 72ª sessão daAssembleia Geral da ONU,o representante permanentede Angola junto da ONU,embaixador Ismael Mar-tins, pediu o apoio dos esta-dos membros da ONU àcandidatura do seu país aum assento no Conselho deDireitos Humanos para otriénio 2018/2020, cujaeleição está marcada parao dia 16 de outubro. Angolaé candidata a um dos quatrolugares a esse órgão dasNações Unidas, baseadoem Genebra, a par da Ni-géria, República Democrá-tica do Congo e Senegal.

Homem ferido a tiro em TauntonUma discussão no apar-

tamento 205 do Edifício Ado complexo de aparta-mentos de Taunton Woods,no 840 County St., emTaunton, deixou um ho-mem de Raynham emestado grave e um homemde Middleboro acusado detentativa de homicídio.

Matthew da Silva, 36anos, de Raynham, foiencontrado caído no chãocom um tiro no tronco edeu entrada no RI Hospital,em Providence.

Kenneth D. Monty, 47anos, de Middleboro, foidetido, sem oferecer resis-tência, no seu camião GMCà porta do prédio e tinhauma pistola no veículo.Confessou que a mulherresidente no apartamentolhe telefonara a pedir paravir ajudá-la e que tinha sidoagredido por Silva.

Segundo o ralatório, apolícia tinha sido chamadaao apartamento uma horaantes por vizinhos que sequeixaram do barulho eencontrou evidências “douso consistente de drogasintravenosas” como “várias

colheres queimadas eagulhas na cozinha, na casade banho e no quarto”.Durante essa visita, Silvadisse à polícia que ele e asua amiga são toxicode-pendentes e estão recu-perando do vício e que osvizinhos provavelmente sequeixaram por causa daspessoas que entram e saemdo apartamento.

Monty foi presente noTribunal Distrital deTaunton e ficou detido semfiança até ser agendadauma audiência sobre aperigosidade do suspeito.


CalifórniaFeira do Condado de Tularecom presença portuguesa

Durante 4 dias milharesde pessoas frequentam aFeira do Condade deTulare no centro da Cali-fórnia. O certame traz aesta cidade milhares epessoas de todo o centro daCalifórnia. Mais uma vezhouve uma presença por-tuguesa com os alunos doscursos de Português 4/5das escolas secundárias deTulare.

Após, cerca de quatrosemanas de breves ensaios,os jovens alunos, natotalidade 43, estiveram nafeira do condado com uma

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Cabo Verde promove Gala Diásporade Sucesso de homenagema imigrantes cabo-verdianos

O presidente da República de Cabo Verde, Jorge CarlosFonseca, deslocou-se aos EUA para participar, ao lado doprimeiro-ministro José Ulisses Correia da Silva, na I GalaCabo-Verdianos de Sucesso na Diáspora realizada dia 2de outubro no Shaw’s Center, em Brockton, de homena-gem a emigrantes cabo-verdianos que se distinguiram nasmais diversas áreas, com destaque para o desporto, culturae o mundo dos negócios.

A gala é uma iniciativa dogoverno cabo-verdiano e,segundo Correia da Silva, ameta é permitir ao país ummelhor conhecimento da suadiáspora e captar recursos ecompetências dos imigrantesno desenvolvimento de CaboVerde. Além dos EUA, hácabo-verdianos espalhadospela Europa, Ásia e África.A próxima gala será emPortugal, onde vivem cercade 80.000 cabo-verdianos.

Nesta deslocação aosEUA, o presidente JorgeCarlos Fonseca visitou aAssociação Cabo-Verdianade Bridgeport, Connecticut, fundada em 1982. Estevetambém em Exeter, RI, onde assistiu ao lançamento daprimeira pedra do memorial dedicado aos veteranos cabo-verdianos e em Pawtucket asistiu à atribuição do nomede Cabo Verde Way a uma artéria daquela cidade.

Primeiro-ministro de Cabo Verdevisitou New Bedford

José Ulisses Correia eSilva, primeiro-ministro deCabo Verde, visitou NewBedford dia 27 de setembroe o mayor Jon Mitchell fezas honras da casa.

“Cabo Verde fez de NewBedford um lugar muitomais rico e estamos muitoorgulhosos da tradiçãocabo-verdiana na cidade”,disse Mitchell.

“Temos mais de 200 anosde relacionamento com osEUA, particularmente emcidades onde o nosso povoestá estabelecido, nomea-damente New Bedford”,disse Silva. “A indústria dacaça à baleia ainda nos tocae o Museu da Baleia si-gnifica simbolismo paraCabo Verde”.

O mayor Mitchell desta-cou a frota de pesca de NewBedford antes de levar oprimeiro-ministro ao ter-minal de comércio maríti-mo para discutir o projetode energia eólica offshore.

Mitchell também faloucom Silva sobre possíveisoportunidades de negóciosentre a cidade e Cabo Verdena indústria de pesca etransporte marítimo, entreoutros.

“Há oportunidades denegócios signif icativasaqui que são inexploradasentre Cabo Verde e NewBedford, especialmente noprocessamento de peixe”,disse Mitchell.

Para o primeiro-ministro“é notória a proximidadeque a cidade tem com CaboVerde, unidos por laçoshistóricos e culturais”, de-vido à pesca da baleia e àsrelações de geminaçãoentre New Bedford e acidade da Praia, sendo umpronúncio que leva a crerque as parcerias têm tudopara dar certo. Ulisses Cor-reia e Silva esteve de tam-bém de visita à Bridge-water State University e àMassachusetts MaritimeAcademy. Em relação àBridgewater State Uni-versity, o chefe do Governocabo-verdiano avançouque, sendo uma instituiçãoque já colabora com o paíshá vários anos, através daUniversidade de CaboVerde, a possibilidade é“ainda maior” para alargara parceria, por forma a queesta universidade possareceber mais estudantescabo-verdianos.

Com a Massachusetts

Maritime Academy, ficouacordado, já no primeirotrimestre do próximo ano,

o Governo cabo-verdianoassinar um protocolo paraformação, ao mais altonível, de fuzileiros e agen-tes da guarda costeira. Umamissão da MassachusettsMaritime Academy deverávisitar Cabo Verde, breve-mente. O primeiro-minis-tro Ulisses Correia e Silvae o presidente da Repúblicade Cabo Verde, JorgeCarlos Almeida Fonsecaencontram-se de visitaoficial aos EUA desde o dia18 de setembro, tendorepresentando Cabo Verdena 72ª Sessão da Assem-bleia Geral das NaçõesUnidas.

José Ulisses Correia e Silva,primeiro-ministro de CaboVerde.

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Jorge Carlos de Almeida Fon-seca, presidente da Repúblicade Cabo Verde.

59 pessoas mortas e 527 feridosem festival de Las Vegas

Pelo menos 59 pes-soas morreram e 527f icaram feridas nosdisparos de domingo ànoite num festival demúsica ‘country’ emLas Vegas, Nevada,disse o xerife local. Emconferência de im-prensa, o xerife iden-tif icou o autor dosdisparos como StephenPaddock, 64 anos deidade, um habitante dacidade e acrescentouque as autoridades lo-calizaram a sua com-panheira, que eraprocurada pela polícia.

Mais de 40 mil pes-soas assistiam ao festi-val de música countryque decorria numespaço ao ar livre juntoao casino MandalayBay, de Las Vegas.

Pelo menos doisagentes da polícia quese encontravam defolga morreram no

apresentação na quarta-feira, 13 de setembro. Pe-rante uma audiência cal-culada em cerca de 600pessoas, os jovens alunos, devarias etnicidades, apre-sentaram cinco modas donosso folclore, incluindofolclore dos Açores, da Ma-deira e de Portugal conti-nental. A nossa presença noseventos do mundo ameri-cano é imperativa. Neste anoletivo de 2017-18, um totalde 43 alunos estão inscritosno curso de Português 4/5.Este projeto cultural, emque os alunos aprendem ao

longo do ano escolar 18modas do folclore dosAçores, da Madeira e dePortugal continental, fazparte do currículo há 14anos.

Ao longo desse espaço detempo mais de 550 alunosjá participaram nesteprojeto único numa escolado ensino secundário ame-ricano. Para além da Feirado Condado de Tulare, departiciparem em eventoscomunitários, esta turmaapresenta e ensina modasdo nosso folclore em umadúzia de escolas do ensinoprimário e secundário nazona de Tulare, cidadeirmã de Angra do Heroís-mo. As escolas secundáriasde Tulare, com 428 alunosinscritos nos seus cursos delíngua e cultura portu-guesas, é o distrito escolarcom o maior número dealunos inscritos em cursosde língua e cultura portu-guesas a nível do ensinosecundário em todo oestado da Califórnia.

ataque.Testemunhas relatam

que na parte final doconcerto do músico Ja-son Aldean ouviram-se“disparos de armas au-tomáticas” e que muitaspessoas que se encon-travam no local fugirampara a cave do edifíciovizinho ao recinto doconcerto.

A polícia bloqueou otrânsito no centro dacidade e alguns voos doaeroporto internacionalMcCarran foram des-viados para outros des-tinos.

Autoridadesencontram 23armas no hotele 19 em casado autor

Entretanto, as autori-dades norte-americanasencontraram 23 armas

no quarto do hotelMandala Bay, em LasVegas, usado pelo ati-rador e 19 outras nacasa onde morava, emMesquite (Nevada). Oassistente do xerife docondado de Clark,Todd Fasulo, disse queos investigadores acre-ditam que o autor domassacre agiu sozinho,mas ainda não identi-ficaram o motivo doataque. Líderes reli-giosos, funcionárioseleitos reuniram-se emvárias vigílias de ora-ção em Las Vegas.

A polícia federalnorte-americana (FBI)indicou que o autor doataque não tinha qual-quer relação com gru-pos terroristas.

Segundo a agênciaAssociated Press, estefoi o tiroteio mais mor-tífero da História mo-derna dos EstadosUnidos da América,ultrapassando o nú-mero de vítimas doataque numa discotecade Orlando, em junhode 2016, que fez 49mortes.

De referir ainda queentre as vítimas há umamulher de Tewksbury,M a s s a c h u s e t t s :Rhonda LeRocque, 42anos de idade.


Trump veio agravar racismo no desportoe as equipas de Boston tentam combater

Há racismo e o desporto não foge à regra. Em 2014, emEspanha, durante um jogo de futebol, um adepto doVilarreal lançou uma banana para o jogador Daniel Alvesdo Barcelona. Alves, que é brasileiro, pegou na banana,comeu e marcou o canto que deu o terceiro golo da suaequipa. A ótima reação de Alves levou outro brasileiro doBarcelona, Neymar, a fotografar-se comendo banana como filho e lançar a foto nas redes sociais com a campanha“Somos todos macacos” (e somos). Dias depois, em Itália,o primeiro-ministro Matteo Renzi fez-se fotografar acomer bananas ao lado de Cesare Prandelli, técnico daAzzurra, e foi uma das muitas celebridades que tiraramfoto comendo banana como forma de protestar contra oracismo.

Mas comer banana ou entrar em campo com faixas daFIFA com a frase “say no to racism” (“diga não ao racis-mo”) é apenas a abordagem inicial do problema do pre-conceito racial, que surge onde menos se espera. Em 2014,Donald Sterling, um bilionário judeu dono da equipa debasquete Los Angeles Clippers, foi banido da NBA, amaior liga de basquetebol profissional, e multado em 2,5milhões de dólares, por se ter declarado “incomodado”com a fotografia da sua amante, a modelo Vivian Stiviano,ao lado do astro negro Magic Johnson. Sterling acaboupor vender a equipa por 2,4 biliões de dólares.

Mais recentemente, o presidente Donald Trump veioagravar os problemas raciais ao exigir que os donos dasequipas desportivas da NBA e da NFL (ligas de basquetee de futebol americano, respetivamente) demitissem osjogadores que fizerem protestos nos dias de jogos emdefesa dos direitos da população negra.

Esses protestos tornaram-se emblemáticos em 2016,quando Colin Kaepernick, quarterback do San Francisco49ers, ajoelhou quando era cantado o hino nacional dosEstados Unidos. “Eu não vou ficar de pé e mostrar respeitopara a bandeira de um país que oprime pessoas negras eoutras minorias”, declarou Kaepernick. Desde entãomuitos jogadores vêm repetindo o gesto de Kaepernick, adiferença é que, desta vez, o alvo das manifestações é opresidente Donald Trump e os protestos foram além doscampos desportivos.

Dia 22 de setembro, durante um comício no Alabama,Trump classificou o protesto dos atletas como “antipatrió-tico” e considerou-os “filhos da mãe”. Perante as críticasde Trump, as manifestações espalharam-se ainda mais ecentenas de jogadores de futebol americano não participa-ram na cerimónia do hino do passado fim de semana, in-cluindo a equipa dos New England Patriots. Roger Goodell,comissário da NFL, divulgou um comunicado dizendo que

“comentários separatistas como esse (de Trump) demons-tram falta de respeito”.

As manifestações também ecoaram noutros desportos.Na noite de sábado, Bruce Maxwell tornou-se o primeirojogador da liga de beisebol MLB a ajoelhar-se durante ohino nacional. Também no sábado, Trump retirou o convitepara o Golden State Warriors, atual campeão da liga ameri-cana de basquete (NBA), visitar a Casa Branca, depoisque Stephen Curry, um dos astros da equipa, dizer quenão queria ir em protesto pelas declarações do presidente.Músicos como Stevie Wonder, John Legend e PharrellWilliams também demonstraram solidariedade para comos atletas e aderiram aos protestos, fazendo manifestaçõesdurante os seus espetáculos no fim de semana. “Esta noite,eu me ajoelho pela América”, disse Stevie Wonder, ficandode joelhos no palco.

Esta guerra de Trump contra os jogadores das váriasligas que protestam em defesa dos direitos da populaçãonegra mostra a enorme tensão social nos EUA. Obvia-mente, Trump não insulta nem sequer repreende os neo-nazistas que se manifestaram em Charlottesville, na Virgí-nia, exigindo a “pureza da raça”. Guarda os seus insultospara os negros, os hispânicos e outros imigrantes. E a suabase social, entre a qual se encontra a grotesca Ku KluxKlan, organização supremacista branca que perpetrouinúmeros assassinatos, exige que ele siga esta batalha.

A situação pode complicar-se e as cinco principais equi-pas desportivas profissionais de Boston tomaram a ini-ciativa de combater o racismo e o discurso de ódio: RedSox, Patriots, Celtics, Bruins e Revolution lançaram oprojeto “Take the Lead” no Fenway Park na passada quinta-feira. A iniciativa incluiu um vídeo apresentado no Fenway,Gillette Stadium e TD Garden, com jogadores das cincoequipas opondo-se ao racismo e à discriminação. A mensa-gem do vídeo é simples: “Fique em posição para as nossasequipas, mas não defenda o racismo”. O CEO do Red Sox,Sam Kennedy, disse que o esforço foi motivado por inci-dentes racistas no Fenway Park. O primeiro incidenteaconteceu em maio, quando o outfielder de BaltimoreOrioles, Adam Jones, foi insultado por um espectador.

No início de setembro, manifestantes penduraram umalegenda no Fenway; “O racismo é tão americano como obeisebol”.

Na passada sexta-feira, em Swansea, Mark Shane decidiuprotestar contra os protestos dos atletas negros e convidouuns amigos para queimarem camisolas dos jogadores dosPatriots que se ajoelharam durante o jogo com os HoustonTexans. Mas esqueceu-se de tirar licença para a queima eagora os bombeiros querem processá-lo.

Homem condenado por agressãoO procurador do condado de Bristol, Thomas M. Quinn

III, anunciou a condenação de Manuel Mathias, 30 anos,de New Bedford, a uma pena de cinco a sete anos de prisãopor agressão. Mathias foi sentenciado a semana passadano Tribunal Superior de Fall River e declarou-se culpado.

Em 15 de outubro de 2014, a vítima estava a trabalharnuma loja de bebidas na County Street e o réu tentou entrarjá em cima da hora de encerramento. A vítima opôs-se eos dois tiveram uma pequena briga dentro da loja. Horasdepois, quando a vítima falava com amigos na WashingtonStreet, foi atacada violentamente pelo réu e deu entradano RI Hospital devido à gravidade dos ferimentos.

Cinco anos de prisão por perjúrioUm homem de New Bedford acusado de perjúrio foi

condenado a uma pena de três a cinco anos em prisãoestadual, anunciou o procurador do condado de BristoilThomas M. Quinn III. Brett Lourenço, 22 anos, declarou-se culpado no Tribunal Superior de Fall River.

As acusações de perjúrio referem-se ao testemunho deLourenço durante uma audiência pré-julgamento e ojulgamento de Marco Shane Ramos pelo assassinato deAlex Silva, 22 anos, em julho de 2014, na Ro-Art Liquors,em New Bedford. Lourenço e outros indivíduos estavampresentes e figuram num vídeo do sistema de segurançado estabelecimento. Nas suas primeiras declarações,Lourenço identificou os outros presentes, incluindo oindivíduo que prestou a primeira assistência à vítima. Con-tudo, em outubro de 2015, Lourenço resolveu dizer quenunca estivera no Ro-Art Liquors. Apesar dos esforços deLourenço, Ramos foi condenado a prisão perpétua.

O inverno vai ser mais frioe o aquecimento mais caro

Os preços da energia devem aumentar pelo menos 7%nos meses de inverno, embora Massachusetts continue aser o estado mais eficiente em termos energéticos pelosétimo ano consecutivo. O porta-voz da empresa Ever-source, Michael Durant, disse que os consumidores podemesperar um aumento médio de $11 nas contas mensais.Isso trará a conta média de $153 para $164.

Reconhecendo o inevitável aumento de 7%, as autori-dades dizem que existem maneiras pelas quais os mora-dores podem mitigar esses custos através do programaestatal Mass Save.

Manuel Rogers& Sons Funeral Home

Kenneth R. MachadoPlanos funerários pré-combinados

1521 North Main St., Fall River, MA

Tel. (508) 672-3101

Concerto de Ana Vinagreno Zeiterion

O teatro Zeiterion, de New Bedford, inaugura a sua sériede concertos Stage Door Live 2017-2018 com AnaVinagre, uma das fadistas mais populares nos EUA, ondeestá radicada, na quinta-feira, 12 de outubro, às 7:30 p.m.

Nascida em Buarcos, Portugal, Vinagre mudou-se paraNew Bedford com o marido e também fadista José. Ambosforam membros do famoso grupo folclórico Sete Saias,em Portugal. Ana começou a realizar o circuito dos restau-rantes e clubes sociais portugueses dos EUA e Canadá evem atuando cada vez mais em eventos comunitários,festivais e concertos em todo o país.

A série Zeiterion’s Stage DoorLive transforma o teatro numclube de concertos com membrosda audiência sentados no palcocom o artista. Alguns lugaresreservados em mesas premiumestão disponíveis para compra eos lugares restantes são deadmissão geral.

Os bilhetes começam em $20e podem ser comprados telefo-nando para (508) 994-2900, ouna bilheteira do Zeiterion, 684Purchase St., New Bedford.

Horário de outubro para exames e vacinas na SouthcoastWellness Van

NOTA AOSASSINANTES

Chamamos à atençãodos nossos leitores e

assinantes de queAVISOS DE

MUDANÇA DEENDEREÇO devem

ser otificados àsecretaria e

departamento deassinaturas do PT

com TRÊS SEMANASDE ANTECEDÊNCIA.

A Southcoast Wellness Van, um serviço comunitário daSouthcoast Health, anuncia o seu calendário de outubropara serviços móveis e gratuitos de consultas e vacinações.

Os serviços gratuitos de saúde móvel disponíveisincluem exames de cancro, pressão arterial, colesterol,glicose (diabetes) e educação nutricional.

Para mais informações e agendar exames, contatar SusanOliveira, telefone 508-973-8740 ou envie email [email protected].

NEW BEDFORDQuarta, Outubro 18Crestview Apartments27 Tabitha Lane10a.m./2p.m.

WAREHAMQuinta, Outubro 19Good Shepherd Church74 High St.3p.m./5:45p.m.

DARTMOUTHDomingo, Outubro 22Dartmouth High School555 Bakerville Rd10 a.m./3 p.m.

SEEKONKTerça, Outubro 24Seekonk COA540 Arcade Ave.9 a.m./12 p.m.

NEW BEDFORDQuinta, Outubro 26Presidential HeightsFilmore Street10 a.m./4 p.m.

CALENDÁRIONEW BEDFORDQuinta, Outubro 5Ben Rose Gardens662 South First St.11a.m./3p.m.

WAREHAMSábado e domingoOutubro 7 e 8Cranberry HarvestCelebration158 Tihonet Rd.10a.m./5p.m.MATTAPOISETTQuinta, Outubro 12Bowlmor Lanes22 County Road9a.m./3p.m.

NEW BEDFORDDomingo, Outubro 15Boys And Girls Club166 Jenny Street11a.m./3p.m.

NEW BEDFORDTerça, Outubro 17Kyler’s Seafood2 Washburn Street11a.m./5p.m.

NEW BEDFORDQuarta, Outubro 18YMCA25 South Water St.9a.m./1p.m.

FALLRIVERSábado, Outubro 28Holy Spirit Church160 Rock St.9 a.m./12 p.m.

NEW BEDFORDSegunda, Outubro 30New Bedford City Hall133 Williams St.9 a.m./3 p.m.


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Clube Social Português em festa

100 anos menos 1• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

O Clube Social Portu-guês nasceu a 5 de Outubrode 1918. Tem 99 anos. Oumatematicamente são 100menos 1. O 1 desapareceem 2018 para festejar os100 anos daquela presençalusa em Pawtucket.

Está integrado no pode-rio associativo de umacidade em que a chefe daPolícia, Tina Gonçalves élusodescendente, suce-dendo a Paul King e quepor sua vez sucedeu a seupai Ted King. Mais doisluso-americanos que co-mandaram o departamenoda Polícia de Pawtucket.

Os 99 anos vão serfestejados a 7 de outubro.Somente dois dias fora dadata oficial da efeméride.Vai haver jantar de festa.Vão-se dizer coisas lindas.Vão-se dar elogios. Haveráconvidados. Vai-se falar nocentenário.

As sucessivas direçõestêm apostado forte napreservação e projeção dacomunidade lusa dePawtucket, que sendo osegundo grupo maisnumeroso, tem ativo e forterelacionamento com todo opoder associativo que orodeia.

União Portuguesa Bene-ficente, Amigos da Terceirae União Portuguesa Con-tinental são mais três pila-res do sustento da preser-vação dos nossos costumes,tradições e língua portu-guesa.

Ali mantém-se a línguaportuguesa através de umaescola. Mantém-se atradição através de umrancho folclórico. Mantém-se o associativismo atravésde jogos de salão, cartas,dominó e bilhar. E umprograma de festas sociais.Festa de aniversário, passa-gem de ano e piqueniquecom o folclore a encher de

cor e tradição o recinto dasfestas.

É uma organização salu-tar no campo financeiro,graças às diretrizes e poderadministrativo do atualpresidente Rui Spranger,que em sucessivos man-datos superou todas asdívidas e está a caminho defestejar os 100 anos em2018, somente com osencargos inerentes a umacasa com porta aberta.

Rui Spranger vai fazerhistória ao virar a página100 de um historial de umadas mais dignas presençaslusas em Rhode Island.Mas se até aqui o trabalhofoi frutífero, é por direito aquem cabe apagar a chamado bolo com 100 velas quevai brilhar na mesa deaniversário.

A sua “história” foi re-duzida a cinzas quando umincêndio destruiu a sede seerguia imponente na Plea-

sant Street. Ao lado, paracompletar o ramo, estavamas mercearias do Jack e daTia Ana.

Era um Portugal peque-nino em Pawtucket. Depoisda destruicão e de andaremcom as “malas às costas”por espaços alugados,finalmente inauguraram anova sede no 131 SchoolStreet, onde hoje ainda seencontram.

Mas o local onde hoje seencontra começou a ficarpequeno e foi necessário oaumento do salão e oaparecimento das salas deaulas graças a uma placa decimento.

Como se pode ver, em-

bora com limitações deespaço dado que o clubeestá situado entre duasruas, nunca se baixaram osbraços e aos poucos vão-sesatisfazendo as exigênciasdos sócios.

Mas parece que paira noar um gradioso projeto,

arrojado sem dúvida, mascapaz de concretização.Seria o melhor presente dos100 anos. Somos gente datêmpera do ferro. Antesquebrar que torcer. Dosfracos não reza a história.Mas a história faz-se degrandes concretizações.

Do ClubeRepublicanoPortuguês aoClube SocialPortuguês

Fundado a 5 de Outubrode 1918 em Pawtucket, RI(Blackstonne Valley) foibaptizado por Clube Repu-

blicano Português e maistarde mudado para o atualnome.

- O Clube Social Portu-guês teve a sua primeirasede na Pleasant Street emPawtucket do outro lado dorio onde se encontra atual-mente.

- Foi fundado por portu-gueses oriundo da BeiraAlta que minados pelasaudade precisavam de umlugar de encontro para sereverem e poder falar alíngua de Camões.

- A cultura, língua e cos-tumes portugueses foramsempre o objetivo destaorganização, que semprelevou a bom termo as suasiniciativas.

- Rancho folclórico,grupo dramático, escolaportuguesa, secção des-portiva constituiram asatividades nas velhasinstalações da PleasantStreet.

- Em 1971 um incêndioreduz a cinzas aquele pilarde sustento da presençalusa em Pawtucket levandoconsigo todos os arquivosdeixando só as memóriasdos que f icaram paracontar.

- Houve que construir umnovo edifício para darcontinuidade à missão quecada um de nós trouxeconsigo para os EUA.

- Em 1974 foraminauguradas as atuaisinstalações que gradual-mente foram sendo alvo desucessivos aumentos e

melhoramentos.- Em 1981 e já nas novas

instalações é fundada aescola portuguesa.

- Em 1985 o clube alteraos estatutos e surge aassembleia geral e a juntafiscal.

- Em 1992 foi fundado orancho folclórico porjovens recrutados na escolaportuguesa e rapidamentese eleva a um dos melhoresno meio comunitário.

- A 2 de novembro de1994, Bill Clinton, Presi-dente dos EUA, fez históriaao ter sido o primeiro pre-sidente americano a visitaruma organização portu-guesa. O Clube SocialPortuguês, então presididopor Daniel Cardoso, rece-beu Bill Clinton em RI emcampanha pelo Congres-sista Patrick Kennedy.

- O Clube Social Portu-guês tem as suas modernasinstalações no 131 SchoolStreet e continua a ser palcodas mais diversas ativi-dades tendentes a mantervivos os costumes, as tra-dições e a língua de Ca-mões nos EUA.

Rui Spranger, presidente do Clube Social Português, na passagem dos 85 anos destaorganização, durante o simbólico corte do bolo, acompanhado pela esposa e porRogério Medina, sócio honorário desta presença portuguesa de Pawtucket. RuiSpranger volta a fazer história ao presidir ao clube na passagem dos 100 anos.

A saudosa Natércia da Conceição fez parte do programade fados na passagem dos 85 anos do CSP.

Desde a velha sede na Pleasant Street, o Clube SocialPortuguês continua a ter escola de português.

O rancho folclórico do Clube Social Português continuaa ser uma presença habitual na Parada do 4 de Julho emBristol.


Os drs. Steven Santos e LeonelLemos têm o prazer de informar

que continuam a servir acomunidade portuguesa nestes

dois locais:

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ATENÇÃO!Informa-se todos os empregados do RI Hospitalque o dr. Lemos e o dr. Santos oferecem o novo

plano “Davis Vision Eye Care”

Luso American Financial elegeu novos diretores em agostona reunião anual em Sacramento, CaliforniaA Luso American Financial (LAF), a maior organizaçãofraternal portuguesa nos EUA, elegeu novos corposdiretivos em reunião anual levada a efeito a 8 de agostode 2017 em Sacramento, Califórnia.A reunião anual acontece de três em três anos paraanalisar propostas submetidas para alteração das leis emvigor, rever relatórios, analisar e discutir estratégias daorganização, condições financeiras e eleger no corpo dediretores.

Da reunião resultaram os seguintes diretores eleitos.

Gerard Batista, sucursal 21, Norco-Corona, CA.Tanya Guadalupe, sucursal 56, Providence, RIJoe F. Machado , sucursal 21B, Los Banos, Ca.Patricia Romano Larsen, sucursal 10, Peabody,Ma.Aires Pavão, sucursal 5, Hudson, Ma.José Soares, sucursal 15, Newark, NJ

Diretores que se mantêm no ativo e cujo termo expiraem agosto de 2020

Edward Eusébio, sucursal 5C San Pablo, Ca.John Perdigão, sucursal 5C San Pablo, Ca.Cecilia Souza, sucursal 34B, Manteca, CaJoe M. Machado, sucursal 19B, Newark,Ca.Tony Sozinho, sucursal 6L Tulare, CaJoseph Vieira, sucursal 4L, San José, Ca.Linda Vieira, sucursal 20B-44C-68, Mountain View-Santa Clara, CA.

Por sua vez o Luso American Financial Board elegeu osseuintes elementos

Presidente, José F. MachadoChair of the Board of Directors, Linda M. VieiraChair of the Board of Directors, Tony Sozinho

A Luso-American Financial - A Sociedade FraternalBeneficente foi fundada em 1868 em São Francisco,Califórnia. E a única organização fraternal portuguesa,

licenciada na Califórnia, Connecticut, Idaho,Massachusetts, Nevada, New Jersey, Pennsylvania eRhode Island.Tem duas sedes principais, uma em Dublin, Califórnia eoutra em New Bedford, Ma.A Luso American Finance é a primeira a facultarseguros de vida e serviços fraternais, para a comunidadeportuguesa. Oferece produtos competitivos paramembros, amigos e familias. Para mais informação osinteressados poderão contatar 877 525 5876 ou entãoaceder ao site www.luso-american.org

Novos diretores da Luso American Financial

Paulo Salgueiro éluso-americanocandidato a CityCouncil em Attleboro

Paulo Salgueiro quer enriquecer o númerodos luso eleitos. E sendo assim está acandidatar-se a City Council em Attleboro. Éfilho de mãe de São Miguel e pai da ilhaTerceira.

Estudou português no High School e BristolCommunity College. Adora Portugal Conti-nental e os Açores.

Concluiu recentemente a formatura emJustiça Criminal e Sociologia.

Vai prosseguir os seus estudos no Anna MariaCollege para tirar o master em Justiça Criminale Business Administration.

Concluiu o High School em 2013 com espe-cialidade em Medical Assisting Certificate.

Foi um dos 20 alunos, a concluir o curso noBristol Community College com distinção deMagna Cum Laude.

Cinemaportuguêsno RhodeIslandCollege

Quem não se recorda, nosmeios pequenos de interior,da frase “Vamos ao cine-ma”. Pouco ou nada maishavia para fazer. Recorda-mos a passagem das re-vistas. Foi no cine teatro deMangualde que vimos RaúlSolnado subir ao palconuma revista.

Pois no dia 12 de outubrode 2017 pelas 7:00. Vai ser.Noite de Cinema Português.Terá lugar no Rhode IslandCollege, Gaige Hall Audi-torium no 600 Mt. PleasantAvenue, Providence.

O filme será “A GaiolaDourada”, uma comédiapara dispor bem.

A entrada é gratuita masos lugares deverão serreservados contactandoMarie Fraley 401 456 8496.

Nota aosassinantes

Chamamos à atençãodos nossos leitorese assinantes de que

AVISOS DEMUDANÇA DE

ENDEREÇOdevem ser

notificados àsecretaria e

departamento deassinaturas do PT

com TRÊS SEMANASDE ANTECEDÊNCIA.


Este sábado em Hudson

Convívio dos naturais de Santo Espírito promete sermais um êxito a juntar aos anteriores• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

“Santa Maria ilha bela, nome que os lábios adoça, por ser o nome daquela, mãe de Cristo e mãe nossa”

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Silvino Cabral, a deputada estadual Kate Hogan e o empresário António Frias.

Aura Cabral, presidente do convívio de Santo Espíritodeste ano, com Juvenália Chaves, do grupo NossaSenhora das Candeias.

Os naturais e amigos dafreguesia de Santo Espírito,Ilha de Santa Maria, reúnem-se em convívio este sábadoem Hudson.

Não sendo uma comuni-dade muito numerosa, preza-se e orgulha-se de podermostrar ao mundo comuni-tário dos EUA o mais mo-derno e funcional espaçofísico, o incomparável,Hudson Portuguese Club.

Fizeram-nos comparações,no decorrer de um trabalho,

que fomos fazer fora destaárea comunitária.

Dizia-nos uma importantefigura ao entrar no ClubePortuguês de Hudson: “estaentrada, mais parece aentrada para um hotel”.

E é este hotel que já rece-beu o então presidente daRepública de Portugal,Cavaco Silva, o então presi-dente do Governo Regionaldos Açores, Carlos César.Todos os embaixadores dePortugal em Washington. Esem poder esquecer Eusébio,ali recebido e homenageadomais do que uma vez.E também já recebeu a Galada Palcus com a presença deembaixadores, inclusivéamericano, presidente daRTP e mais altos dignatários.

Mas também é este Hu-dson Portuguese Club queabre as portas ao convíviosdos naturais de Santo Espí-rito, ou não seja a maioria, ali

residente, natural daquelafreguesia da ilha de SantaMaria.

Os Amigos de Santo Espí-rito da freguesia da ilha deSanta Maria é uma organi-zação fundada em 2005 pelodinâmico José Figueiredo,pilar de preservação e proje-ção da língua portuguesa,professor universitário egrande entusiasta dos costu-mes e tradições portuguesas.

Após o seu falecimento éAntónio Chaves, também

natural daquela freguesiamariense, que substituiu JoséFigueiredo nas funções demestre de cerimónias, o queaté nem lhe foi difícil, dadofazer parte da organizaçãoresponsável pelo convívio.

O objetivo primordialdesta associação é promoverum evento sócio-cultural eque acontece no f im desemana prolongado deColombo, para facilitar adeslocação de marienses devárias cidades e vilas de Mas-sachusetts. Ali vamosencontrar, ainda, mariensesradicados pela Califórnia,Flórida, Canadá e claro doestado de Rhode Island.

O entusiasmo que temrodeado esta iniciativa temconseguido canalizar fundospara o Hudson PortugueseClub, assim como parabolsas de estudo para alunos,que prosseguem a sua for-mação académica.

Em ambiente mariense,num espaço de eleição, numdos mais modernos clubesportugueses nos EUA, vaiservir-se um jantar típico adispor bem as centenas depessoas, que ali se vão reunirpara reviver Santa Maria.

Como curiosidade histó-rica e é aqui que o PortugueseTimes faz a diferença,podemos acrescentar que foiprecisamente D. António deSousa Braga bispo eméritusde Angra, que inaugurou onovo Hudson PortugueseClub, a mais relevante pre-sença da comunidade açoria-na nos EUA e neste casoespecífico, oriunda de SantaMaria.

São reconhecidos os dotesoratórios de D. António deSousa Braga, que vamosbuscar.

“Quero compartilhar con-vosco os meus sentimentosreferentes a Santo Espírito,que chama logo à mente adevoção ao Espírito Santo.Acreditando-se no EspíritoSanto é acreditar também emNossa Senhora. Daí que aminha intervenção, baseadana Terceira Pessoa daSantíssima Trindade, estavacorreta. Este relacionamentoentre o Espírito Santo eNossa Senhora podemosencontrar na freguesia deSanto Espírito cuja paróquiaé Nossa Senhora das Can-deias ou Senhora da Puri-ficação. Diz Gaspar Frutuosoque os povoadores celebra-ram neste local a missa doEspírito Santo. Num localonde se diz existir um moi-nho e onde mais tarde seriaconstruída uma ermida. Diz-

se mesmo que os azulejos dacúpula do campário da nossaigreja de Santo Espíritoseriam provenientes dessamesma ermida. Seja comofor, f icou a devoção aoEspírito Santo, se bem que aigreja, a construir mais tarde,seria dedicada a NossaSenhora. Eu considero umprivilégio ser natural deSanto Espírito e ter vividodesde criança as festas doEspírito Santo, sob a formade Império. Estes Impériospoderão ser dos mais rudi-

mentares nos Açores, massão os mais genuínos, poisevidenciam os valores dapartilha e da solidariedade.Valores que não se deveriamviver somente junto dosimpérios, mas ao longo doano. Os impérios do EspíritoSanto são a expressão da fécristã. Esta tradição nãonasceu nos Açores, foram ospovoadores que a trouxeram.

Nos Açores conservou-semais, dado o isolamento etambém porque não houveintervenções dos bispos,

porque viram ser umaexpressão cultural da fé. Ouentão viram que era umaexpressão popular tãoarreigada que não tiveram acoragem de tentar alterar. Omesmo não aconteceu peloContinente, onde devido aabusos obrigou à intervençãodos bispos. Resta a festa dostabuleiros em Tomar, dentrodo âmbito do Espírito San-to”, disse D. António de Sou-sa Braga, que tem sido home-nageado pelos conterrâneosreunidos nos EUA.

Os convívios regionais têmsempre a música comoidentidade de uma região, deuma vila, de uma freguesia.O lindo salão do HudsonPortuguese Club vai enchercom os acordes das guitarrase dos sons do acordeão.

Mas os convívios são algomuito trabalhoso, que obrigaà dedicação de muita genteque voluntariamente dão oseu trabalho e dedicação parao êxito destes encontrosregionais.

Hudson Portuguese Club


Convívio vilafranquense em novembro no Venus de Milo

“Deixo aqui um repto para que osvilafranquenses estejam connosco a partilhara alegria de estarmos todos juntos”— Ricardo Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo

• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

Ricardo Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, com os seis elementosda comissão organizadora do 24.º convívio vilafranquense, em novembro de 2016.

Um grupo de bem sucedidos empresários, chama a sieste ano a responsabilidade do Convívio dos naturais deVila Franca do Campo, que anualmente se realiza nestaregião dos EUA. O convívio está agendado para 21 deoutubro no Venus de Milo em Swansea,Ma.

John Sardinha (413 575 3036), John Salema (413 2376472), John Batista (774 696 2492), Joe Salema (603 7705399), Eddie Ribeiro (774 526 4632), todos empresáriosde Dunkin Donuts e ainda Eddie Ribeiro, empresário noramo da construção e remodelação de Dunkin Donuts,todos naturais de Vila Franca do Campo e John Feitor 617224 8880 reuniram para os preparativos deste encontroregional.

Do programa que se encontra publicado em páginainteira nesta edição consta que o Convívio Vilafranquense,que terá lugar sábado, 21 de outubro, entre as 5:00 e as12:00, no Venus de Milo Restaurant, em Swansea, Ma.

A ementa é constituída por sopa, salada, baked scrod ebife à portuguesa com vegetais. Serão servidas duasgarrafas de vinho por mesa. Os donativos serão de 45 porpessoa.

“É com muito prazer que aqui venho, porque em VilaFranca nunca tenho um jantar com tanto vilafranquense”,assim o dizia Ricardo Rodrigues, presidente da CâmaraMunicipal de Vila Franca do Campo, justificando a grandeadesão que estes convívios vilafraquenses têm registadoao longo dos anos.

A comissão responsável, está esperançada em esgotar alotação, razão pelo que já estão a ser contactadas as pessoasque anualmente chamam a si a responsabilidade da vendados bilhetes. Estes encontros são sempre esperados comansiedade pelos naturais das diversas regiões, neste casoos de Vila Franca do Campo, pelo que a aderência é sempreuma realidade.

John Salema chamou a si a coordenação do encontroque se antevê de mais um grandioso êxito.

Os naturais de Vila Franca do Campo, ilha de SãoMiguel, vão reunir em convívio. Encontro que vai contarcom a presença de Ricardo Rodrigues, presidente daquelemunicípio. Sabemos também que se deslocam de VilaFranca, os presidentes das juntas de freguesias do concelho,que vai ser motivo para a presença dos naturais daquelafreguesias, aqui radicados.

Os naturais de Vila Franca têm feito deslocar a terrasdos EUA personalidades dos mais diversos quadrantescomo forma de estreitamento dos laços à origem, nas suasmais diversas vertentes, que vão desde o desporto, à áreada ciência. De aqui se depreende que estes encontrosregionais são muito mais que um simples convivio, sãouma amostra dos valores existentes quer lá, quer cá.

Aqui ninguém se preocupa se o presidente do municípioé PSD ou PS, aqui vê-se a pessoa pelo que faz e não peloque é, tal como nos dizia António Frias durante os 50 anosda companhia. “As obras e as ações falam por si,identificam o homem”. É precisamente isto que se deveter em conta. As obras feitas em prol de uma melhorqualidade de vida dos seus residentes.

E aqui entra uma vez mais o Portuguese Times, não só adedicar desenvolvidas reportagens, como a colocar toda aedição na internet, para ser visionada em todo o mundo,inclusivé na região Açores.

Há sempre alguém disposto a dar continuidade aoconvívio vilafraquense, que tem conhecido várias fases.

Uma que nos recordamos era quando o convívioorganizado por Eduardo Ribeiro tinha lugar no CentroCultural em Fall River. Mas o mais curioso é que cada umlevava uma ou mais travessas de comida. Era um tipo buffet

mas muito mais variado do que num restaurante. Ali haviatodas as qualidades de comida. Mas havia mais, que hojejá é história. Ali pelo East Providence havia um tal Rodrigo,profundo conhecedor de folclore. Na altura era respon-sável por um agrupamento folclórico que quando chegavaao Centro Cultural em Fall River juntava ao grupo EduardoRibeiro.

Era um convívio diferente.Hoje está mais evoluído, procurou lugar de excelência e

continua a sua realização anual. Uns anos com mais gente,outros com menos, só perde quem prima pela ausência.As guerrinhas não vão a lado nenhum, e uma vez maisisto não depende da cor partidária do presidente mas doque faz para o bem da vila e seus residentes.

Ricardo Rodrigues é o atual presidente da câmara deVila Franca do Campo.

Em entrevista ao PT no ano passado diria:“É sempre um prazer e uma honra estar aqui nos EUA

rodeado de tanto vilafranquense. Estes convívios são muitooportunos, para não só juntar os vilafranquenses que seencontram aqui radicados, como estabelecer contactos comrepresentantes eleitos do concelho. A minha presençasignifica também a unidade que quero transmitir a todosos vilafranquenses”, começou por dizer Ricardo Rodri-gues, cujo espirito que o acompanha, este ano, serásemelhante, dado que vem encontrar, o mesmo ambiente,o mesmo entusiasmo, a mesma força de ser vilafranquense.

O espirito vila franquense está no coração na alma navida dos vilafranquenses. Transmite-se e revive-se cadavez que se juntam, cada vez que podem trocar impressõesuns com os outros, e o presidente da câmara o que pretende

é sempre, personif icar a união entre todos osvilafranquenses onde quer que eles estejam, quer seja nosEstados Unidos, ou Canadá, Bermuda, ou mesmo em VilaFranca do Campo.

E de Vila Franca do Campo vem uma mensagem. “Envioum repto para que mais vilafranquenses estejam connoscoa partilhar a alegria de estarmos todos juntos. E tambémtermos em comum as características próprias de quem évilafranquense”.

E Ricardo Rodrigues vai ao passado para justificar opresente e o futuro.

“Vila Franca do Campo é uma vila que se orgulha doseu passado como primeira capital da ilha de São Miguel.E uma vila que se pretende seja orgulhosa do presente eque perspetiva um bom futuro para os seus concidadãos etodos aqueles que decidam viver em Vila Franca doCampo. Isto é um serviço público que tenho o dever deorganizar no sentido de todos nos sentirmos bem”.

John Sardinha, Joe Salema, Eddie Ribeiro, John Salema e John Baptista, a comissão organizadora do25.º convívio de naturais de Vila Franca do Campo, ao que se juntou também João Feitor.

166 Central St., P.O. Box 427, Hudson, MA 01749 (978) 562-3495

13.º CONVÍVIO DOS AMIGOSDE SANTO ESPÍRITO, SANTA MARIA

SÁBADO, 07 DE OUTUBRO de 2017

Santo Espírito, a freguesia que “veste” de verdeo seu património natural, edificado e cultural

fotos Susana Carvalho

Sala Riverview - Clube Portuguêsde Hudson

13 Port Street, Hudson, MA

Hora social: 6:00 PMJantar e entertenimento: 6:30 PM - 12 AM

Contactar: 978-502-2863 / [email protected]

Quarta-feira, 04 de outubro de 2017 PORTUGUESE TIMES Publicidade 11


Alexandre Gaudêncio, presidente da câmara da Ribeira Grande é o convidado de honra da 25.ª Confraternização Ribeiragrandense

“Se alguém é responsável pelas celebrações dos 25 anosé a magnífica comissão que está comigo e que tem feitoum trabalho extraordinário”

— Salvador Couto, presidente da comissão organizadora

• FOTOS E ENTREVISTA DE AUGUSTO PESSOA

Salvador Couto, presidente da comissão organizadorado 25.º convívio ribeiragrandense.

Os convívios regionais têm sido ao longo dos anos umadas formas mais salutares de aproximação dos naturaisdas mais diversas regiões dos Açores e PortugalContinental. Desde os naturais de uma freguesia, aldeia, aum concelho, vão de dezenas a centenas ou mesmomilhares de pessoas que se reúnem em torno de um idealque é o reviver as origens em terras da diáspora. Os naturaisda Ribeira Grande são disto um exemplo.

Fomos ouvir o bem sucedido empresário SalvadorCouto, fundador do convívo e presidente das grandiosascelebrações dos 25 anos de convívios ribeigrandenses.

“No decorrer do 23.º Convívio dos Ribeigrandenses acomissão em exercício resolveu convidar-me para presidirao 25.º encontro. O convite foi efetuado perante opresidente da câmara, Alexandre Gaudêncio, sendo doconhecimento geral os fortes laços que me ligam àsorigens, assim como o apoio que tenho dado a esteconvívio, que, modéstia à parte, partiu de uma ideia minha.Não me restava outra alternativa que não fosse aceitar. Aoassumir tão grande responsabilidade, havia que encarar oprojeto, transformando-o numa grandiosa gala, quehonrasse o quarto de século de uma organização que setem mantido ativa, sem interrupções e direcionada àcontinuidade”.

“Como candeia que vai à frente ilumina duas vezesarrisquei assumir a ideia, fui indigitado para

presidente”

“Recordo que este convívio, como muitos outrossurgidos por essas alturas, surgem como que por contágiocom os naturais da então vila, hoje cidade de Mangualde,que este ano já celebram o 40º aniversário e como talconsiderados os pioneiros. Eu, que na altura iniciava aminha carreira empresarial, entre o muito atarefado queisso implica, alertei Liberal Batista em Cambridge, JoãoPacheco em East Providence e José Faria, de Fall River.Mas precisava-se mais gente, para se arrancar com umprojeto, que como se diz na gíria futebolística, ganhador,precisávamos de mais elementos. Decidimos marcar aprimeira reunião que teve lugar na Tabacaria Açoriana emFall River. Levei de Cambridge o Liberal Baptista, o AlvároPacheco. Apresentei o projeto. Vamos ao convívio. Comocandeia que vai à frente ilumina duas vezes, arrisqueiassumir a ideia, fui indigitado para presidente. Mas haviaque dar continuidade. Dado a minha vida profissional nosanos que se seguiram, nem sempre podia estar presentenas reuniões. Mas uma coisa tinha a certeza era a de umaequipa magnífica que apostava na continuidade. E sealguém é responsável pelas celebrações dos 25 anos é amagnífica comissão que está comigo e que tem feito umtrabalho extraordinário.

“Sinto-me feliz ao ver uma iniciativa que arrisqueiconsegue reunir os naturais da cidade e concelho da

Ribeira Grande”

Sem dúvida que me sinto feliz ao ver que a minhainiciativa, atingiu 25 anos de atividade e sempre recheadade êxitos sucessivos. Sinto-me feliz ao ver uma iniciativaque eu arrisquei consegue reunir os naturais da cidade econcelho da Ribeira Grande. Conseguir estreitar os laçosque nos separam das origens é algo que nos cai bem fundono coração de um ribeigrandense. Vivemos aqui no que seconsidera um prolongamento dos Açores. Mas como háquem lá não se desloque com muita assiduidade estesencontros são uma foma salutar e real daquela reuniãoamigável e familiar”, salienta Salvador Couto, queacrescenta:

“Estamos a ultimar os preparativos para que a Gala dos25 anos do encontro ribeiragrandense seja um êxito, sejahistórico, seja a forma mais grandiosa da identidade dosnaturais da Ribeira Grande e seu concelho em terrasamericanas. Vai ser uma noite em que só teremos osdiscursos imprescindíveis. Vai ser uma noite em que nos

vamos servir das modernas tecnologias. A Ribeira Grandevai desfilar pelo que se antevê de olhares extasiados domuito próximo do milhar de pessoas, ou mesmo milharque vai encher o espaço reservado do Venus de Milo”.

Vêm 100 pessoas do Canadáe 44 da Ribeira Grande

Se bem que todas as datas sejam para festejar, dado quenão se sabe se vamos chegar à próxima, os homensestabeleceram certos pilares que se vão respeitando. E oque vamos festejar é o 25.º, para alegria de todos nós. Epara dignificar esta efeméride teremos uma númerosacomitiva ribeiragrandense que vem das origens, assimcomo do Canadá e da Califórnia.

Da Ribeira Grande teremos as dignas presenças de:Alexandre Gaudêncio, presidente da Câmara Municipal

da Ribeira Grande;José António Garcia, presidente da Assembleia Muni-

cipal da Ribeira Grande;Norberto Gaudêncio, presidente da direção da

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários daRibeira Grande;

Paulo Jorge Garcia, presidente da Sociedade FilarmónicaTriunfo da Ribeira Grande;

Albano Melo Garcia, presidente da Casa do Povo daRibeira Grande;

Ildeberto Garcia, mestre dos Romeiros da Matriz daRibeira Grande/Director do Grupo Coral da Matriz daRibeira Grande;

Lúcia Garcia, representante da Conferência Vicentinada Ribeira Grande;

Nelson Correia, Provedor da Santa Casa Da Misericórdiada Ribeira Grande;

Eduardo Vieira, advogado e convidado de honra doprimeiro convívio;

Manuel Costa, advogado e convidado para o convívio;Judite Teodoro, advogada e convidada para o encontro;Manuel Galvão, pároco de Nossa Senhora da Estrela da

Matriz da Ribeira Grande;Maria Manuela Borges Castanho, secretária da Direção

da Casa do Povo da Maia;Luísa Couto, repórter da TVI e colaboradora da Rádio

Nova Cidade da Ribeira Grande, jornalista natural doconcelho da Ribeira Grande.

A Rádio Nova Cidade estará em direto a partir doconvívio para levar o som da festa a todos os ribeiragran-denses. O seu proprietário, Abílio Baptista, foi tambémconvidado de honra do primeiro convívio.

Do Canadá viráLuís Pacheco, organizador da excursão de Toronto.

Membro e fundador da comissão do convivio emBrampton, Canadá. Tráz consigo um grupo de 50 pessoas.

Manuel Puga, organizador da excursão de Montreal,membro do Lions Club, Blainville, Quebec. Tráz consigoum grupo de 50 pessoas.

“Somos uma porta aberta a todos quantos sedesejarem associar a esta grande iniciativa”

“Vamos fazer um convívio organizado porribeigrandenses, para ribeigrandenses e não só. Somos umaporta aberta a todos quantos se desejarem associar a estagrande iniciativa. Toda a pessoa é um amigo. Vamos fazeralgo de que todos vamos ficar orgulhosos, quer os aquiradicados, quer os que nos visitam. Vai ser uma noitememorável. Vai ser uma noite inesquecível. Para diversãoapostamos no conjunto Starlight, do Canadá, que considerouma banda fabulosa.

Temos um livro/programa de 200 páginase discursos gravados na origem

Os discursos e cerimónias oficiais na sua totalidade vãoser limitados a 30 minutos. As restantes intervenções forampreviamente gravadas na Ribeira Grande e para evitar amonotonia da imagem de salão terão por fundo as belezasnaturais da origem. Vamos ter a Ribeira Grande num “slideshow” durante toda a noite. Vamos ver desfilar no écrantodas as fotos e recortes do jornal Portuguese Times, quenos tem acompanhado desde o primeiro convívio.

Tenho que sublinhar o trabalho magnífico do nossohistoriador Alfredo da Ponte, que fez um trabalho meritóriono livro/programa de 200 páginas.

Para mestre de cerimónias temos o impagável DinisPaiva. Aqui além do reconhecido profissionalismo e poderde improviso, temos uma dose de humorismo, que vaidispor bem aquele mar de ribeigrandenses que vai enchero Venus de Milo”, sublinha Salvador Couto.

“Se o futuro a Deus pertence sem querer entrar emfuturologismo, acredito que temos ribeigrandensescapacitados para avançar com o projecto. Para 2018 apresidência vai ser para Alfredo da Ponte, ribeigrandensecapacitado para dar continuidade a um trabalho que eletem ilustrado anualmente em livro”, refere ainda SalvadorCouto, que acrescenta:

“No momento em que falo para o Portuguese Times játemos mais de 650 bilhetes vendidos. A sala tem umalotação para 1.000 pessoas. Não estamos a contabilizar osbilhetes que estão distribuídos por fora. Temos deconsiderar que estamos a caminho do êxito”, concluiu obem sucedido empresário Salvador Couto, presidente do25.º Convivio Ribeigrandense.

Onde adquirir os bilhetesSegundo informou Alfredo da Ponte, da comissão

organizadora do convívio, os bilhetes para o evento, aocusto de $45.00 para adultos e $20.00 para crianças atéaos 12 anos poderão ser adquiridos nos locais habituais:

NEW BEDFORDNorth End Stereo (1200 Acushnet Ave, tel. 508-990-3703),Pacheco Insurance (1847 Acushnet Ave, tel. 508 999-4941)FALL RIVERPacheco Insurance (411 Columbia st, tel. 508-675-2361)CAMBRIDGEPiques Travel (1158 Cambridge st, tel. 617-876-7217)Álvaro Pacheco (Inman Square Hardware, 1337 Cambridge St.)Tel. 617-491-3405EAST PROVIDENCEAna’s Bridal Boutique (456 Warren Ave, tel. 401-483-5932)Gaipo’s Meat Market (1075 S. Broadway tel. 401-438-3545)Também podem ser adquiridos através de qualquer membro daorganização. Para + informações ligar para 508-567-3563, ouconsultar a página dos Amigos da Ribeira Grande no Facebook.


COUTO MANAGEMENT GROUPStoneham, MAEscritórios principais

Tel.781-279-0290 Sal Couto, CEO proprietário

Salvi Couto, presidente

ONDE ADQUIRIR OS BILHETESNEW BEDFORDNorth End Stereo (1200 Acushnet Ave, tel. 508-990-3703)Pacheco Insurance (1847 Acushnet Ave, tel. 508 999-4941)FALL RIVERPacheco Insurance (411 Columbia st, tel. 508-675-2361)CAMBRIDGEPiques Travel (1158 Cambridge st, tel. 617-876-7217).EAST PROVIDENCEAna’s Bridal Boutique (456 Warren Ave, tel. 401-483-5932)


Portuguese Times nas festas de Nossa Senhora dos Milagres, Califórnia

“Não deixem acabar a festa, mantenham vivasas raízes, os costumes e as tradições”

— Padre Júlio Rocha, durante a missa de coroção das festas de Nossa Senhora dos Milagres em Gustine

• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA EM GUSTINE, CALIFÓRNIA

Com saída do modernoaeroporto de Providence,passados seis horas de voocom escala em Chicago,aterrámos em Las Vegas.

Mas o mundo dos casinose dos grandiosos shows eramais uma escala para onosso destino final: Cali-fórnia.

Pela frente mais oito ho-ras e desta vez num con-frontal meio de transporterodoviário a facilitar asvistas deslumbrantes dasgrandes plantações, dosmais variados tipos, atéentrar no Vale de São Joa-quim. Chegamos já ao anoi-tecer, pelo que as festas deNossa Senhora dos Mila-gres em Gustine ficarampara o próximo dia.

Exatamente iamos pre-senciar o desenrolar dasfamosas festas que os por-tugueses dizem de “Gus-tine”, nome proveniente dacidade onde se realizam. Adesignação oficial é Festasde Nossa Senhora dosMilagres. Festas que forampresididas na componentereligiosa pelo padre Julio daRocha, que veio de PortoMartins, ilha Terceira e queconcelebrou a solene euca-ristia com o padre LeonardF. Trindade, pastor da igrejaem festa.

A igreja de linhas moder-nas acolhe toda a parteeclesiástica, desde a missade coroação à missa queantecede a procissão develas e ao início da pro-cissão de domingo.

Por sua vez, a compo-nente popular desenrola-senum campo adjacente aoGPS Hall, cujo espaçoverde recebe o folclore, ascantorias, as bandas e ofinal do cortejo etnográficodo bodo de Leite.

Cortejoetnográfico,uma notóriaadesão dasnovas gerações

O cortejo etnográfico foia primeira manifestação decunho popular que pode-mos presenciar nas popu-lares festas das “Gustine”.O indicativo que traziamosde familiares, residentes emLas Vegas, mas assíduaspresenças nas festas po-pulares pela Califórnia, erade um cortejo etnográficode grandes proporções,recheado dos mais diversosmotivos, tendo isto a vercom a origem do presi-dente. Convém salientarque os terceirenses sãomaioritários, espelhados emenormes leitarias. Aquivisitamos os Martins, quenos impressionou com todaa sua potencialidade empre-sarial.

No cortejo etnográficoera visível a adesão da ju-ventude, onde curiosamenteeram simpáticas jovens àfrente de bonitos exem-plares bovinos que orgulho-samente mostravam a quempresenciava o cortejoetnográfico.

Esta componente deuvida ao cortejo, que, sendoa primeira vez a que assis-tiamos, nos deu excelenteimpressão.

Se bem que estivessemosà espera de mais, pelo localde realização e potencia-lidade empresarial dasleitarias, demos a viagempor bem empregue e atécom possibilidade de re-gresso e então, quem sabe,poder desfrutar de umcortejo etnográfico com apotencialidade de anospassados.

Bonitas e bem tratadasjuntas de bois puxavam oscarros pelas ruas de Gus-tine, num quadro que trans-portava os presentes, àsfreguesias da ilha Terceira,terra de origem daquelesdestemidos homens, quedeixaram o acolhedor ehumilde local de origem,para enfrentar a grandio-sidade da Califórnia.

Muitos deles possuidoresna Terra Chã, nos Regatos,Porto Judeu, São Bartolo-meu de uma junta de vacas,viu o sol californiano bri-lhar no firmamento empre-sarial do êxito traduzido emmilhares de vacas leiteiras,que até sabem assumir aposição de ordenha emcurrais estrategicamentedesenhados, onde o auto-matismo completa o tra-balho.

Podemos constatar pes-soalmente todo este poten-cial empresarial que semanifestava no cortejoetnográfico e na procissãodo dia seguinte que aborda-remos a seu tempo. Masvoltando ao bodo de leite,tendo por fundo altaspalmeiras, ponto identifi-cativo do local dos disparosfotográficos, que se dife-renciavam em cem porcento de fotos captadas emFall River, Ma. ouvimoscantorias. E lá vinhamestrada fora, não no ca-minho da Serrete ou dosRaminhos, mas numa largaartéria de Gustine, Califór-nia. António Isidro Cardosode São Jorge, José Estevesda Terceira, Manuel dosSantos de Artisia, AdelinoToledo de Hilmar, AntónioAzevedo de Hilmar, JoséRibeiro, Modesto; LenioParreira, Hilmar. “É home...aquilo era de arrebente”. Efoi mesmo.

“Temos lá quatro impérios.Que fazem festas e bodosE quanto a cemitérios.Tem só um, mas dá p’ra todos”

Que nos perdoem o “rou-bo” mas precisávamos deuma passagem poética parailustrar o trabalho. Haviauma banda. Não vimos ostão desejados carros alegó-ricos. Diziam-nos que sãoo espelho de grandes ini-ciativas.

“Não deixem acabar afesta. Mantenham vivas asraízes, os costumes e astradições”, sublinhava opadre Júlio Rocha, durantea missa que antecedeu aprocissão de velas.

Por estas palavras sededuzia que algo não seteria passado como odesejado. Mas os homens eas mulheres estão lá. Se jáfoi grandioso pode e devevoltar a sê-lo. A obra estáviva. Para nós, gostamos, aoser a primeira vez a queassistimos. Para os jáhabituais visitantes,esperavam mais. Não serápor acaso que se fazem oitohoras de caminho. É simpelo facto de que as festasde “Gustine” são gran-diosas. E é assim que de-verão continuar a ser.

E já agora parabéns com

o cuidado e delicadezaatribuídas à entrada docortejo das rainhas na igrejade Nossa Senhora dosMilagres em direção aoaltar. Foi lindo. Foi majes-toso. Parabéns pelo uso dalíngua portuguesa, princi-palmente os mais novos. Sea festa é uma forma demanter as segundas e ter-ceiras gerações a falarportuguês, já temos aquiuma grande vitória.

As capas datradição realçandoa beleza de quemas transporta naprocissão dedomingo

Ninguém pode f icarindiferente à beleza dascapas das rainhas, que nãoobstante as altas tempe-raturas (mais de 90) desfi-lam pelas ruas de Gustine,começando na igreja eterminando junto ao GPSHall. São capas a custar,diremos, uns direirinhosacrescentados. Não vamosarriscar previsões numéri-cas para não errar.

Mas independentementedo custo, da sua beleza, nosvalores religiosos e dire-

mos, sentimentais que en-cerram, vêem-se a desfilarautênticas obras de arte.

A coroa e a cruz são osmotivos que sobressaembordados em relevo, nasmais diversas cores suavesonde também surge um vivoe brilhante vermelho.

Forma-se um todo dignode ser visto e a merecer umelogio, como forma deincentivo além de umasimples foto, que se bemque valha por mil palavras,se levar algumas são semprebem aceites.

Irmandades e clubes alongas horas de distânciaorgulhosamente fazemdesfilar as suas rainhas. Umpouco de vaidade, não ficanada mal. Com dizia obispo de Viseu. “A religiãodeve ser como o sal nacomida. Nem de mais, nemde menos.” E a vaidade co-medida assenta como umaluva. As meninas desfilamfelizes. Sorriso nos lábios,Brilho nos olhos. Comodizia o padre Júlio Rocha:“Não deixem acabar afesta”.

Haja Saúde e até umapróxima oportunidade. Umabraço da Costa Leste. Masquando regressarmos que afesta tenha toda a suapotencialidade.

O presidente da festa, John Morris com a esposa, Nicole Morris, com o padre Júlio Rocha, vindode Porto Martins, Terceira, tendo presidido às cerimónias religiosas das festividades.


25º

CONVÍVIO VILAFRANQUENSE

Sábado, 21 de outubro5 pm – 12 am

Venus de Milo Restaurant75 Grand Army Highway(Route6)

Swansea, MA 02777

Aperitivos, Queijos & Frutas

Ementa:Sopa, Salada, Baked Scrod & Portuguese Steak com VegetaisSobremesa, Café 2 Garrafas de Vinho por mesa

Donativo: $45.00John Sardinha, Joe Salema, Eddie Ribeiro, John Salema, John Batista

John Sardinha 413-575-3036John Salema 413-237-6472John Baptista 774-696-2492Joe Salema 603-770-5399Eddie Ribeiro 774-526-4632John Feitor 617-224-8880

Dunkin DonutsWestfield, MA

João Sardinha


As maravilhosas capas que desfilaram nas festas em honrade Nossa Senhora dos Milagres em Gustine, Califórnia• Fotos Portuguese Times/Augusto Pessoa


Fall River:211 South Main Street

New Bedford:128 Union Street

Califórnia1396 E. Santa Clara Street

San JoséTel. 1-800-762-9995

O bodo da tradição em Gustine, Califórnia

Avery Terra, Kate Oliveira e Annaliese Dobbins, três jovens rainhasdas festas de Nossa Senhora dos Milagres. As fotos foram captadaspelo nosso repórter Augusto Pessoa, que pela primeira vez esteve

naquela área da Califórnia com promessa de voltar, dada acuriosidade com que as festas ali se realizam.


Xanana Gusmão em Central FallsXanana Gusmão foi alvo de receção no Clube Sport UniãoMadeirense, em Central Falls, numa iniciativa do Rhode IslandCollege reunindo elementos da comunidade e dirigentesassociativos. A visita do antigo primeiro-ministro de TimorLeste inseriu-se no âmbito de uma conferência nas NaçõesUnidas em Nova Iorque e na qual Xanana tomou parte. Refira-se ainda e tal como PT noticiou na última edição, XananaGusmão foi convidado de honra na 21.ª gala anual da PALCUS,que teve lugar em Yonkers, New York.

Câmara daGraciosareconheceuIldebetoMedinaO Município de SantaCruz da Graciosa,reunido a 10 de agosto de2017, emitiu um voto decongratulação doseguinte teor.“A Câmara Municipal deSanta Cruz da Graciosacongratula-se pelo factodo cidadão graciosenceIldeberto Medina ter sidovencedor do TroféuPortugueses de Valor em2017 como forma dereconhecimento pelotrabalho desenvolvidonos EUA, projetandopara o Mundo, destemodo, os nomes da IlhaGraciosa, dos Açores ede Portugal”.A Gala “Portugueses deValor”, realizadaanualmente pela empresade comunicação socialLusopress, sediada emFrança, tem comoobjetivo reconhecerportugueses que nas suasvidas profissionais epessoais elevam eprojetam o nome dePortugal no mundo e quevivem em França,Inglaterra, Bélgica,Estados Unidos da

América, Canadá eAfrica do Sul e mesmoPortugal, mas quedesenvolvem atividadesrelevantes na diáspora.

Este ano, em Boticas, ograciosense IldebertoMedina foi um dos 10portugueses distinguidos,entre os 100 nomeados,

com o TroféuPortugueses de Valor,que até, este momento sóabrangeu 6 açorianos.

Ildeberto Medina faz entrega de um livro em que estão mencionadosos 10 portugueses de valor, ao presidente da Câmara Municipal deSanta Cruz da Graciosa, Manuel Avelar, vendo-se ainda na foto ConnieFurtado.

Xanana Gusmão com o casal Renato Agrela no Clube Sport UniãoMadeirense em Central Falls.

Xanana Gusmão dirigindo-se aos presentes durante a sessão soleneque teve lugar no Clube Sport União Madeirense em Central Falls.

Xanana Gusmão com João Pacheco

Ildeberto Medina entrega um livro a Xanana Gusmão


Tel. 401-438-8771

Ildeberto Medina, proprietárioda Medina Constructionand Maintenance saúda

a comunidade portuguesada Califórnia pela forma

como mantém vivaas tradições lusas

Os nossos trabalhos espelham-se nas sofisticadas moradiasda área do East Side em Providence

40.º Convívio Mangualdense acontece a 22 de outubrono Clube Juventude Lusitana em Cumberland

• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

Os mangualdenses, pioneiros nos encontros regionais,ultrapassam este ano os 40 anos de existência.

A confraternização acontece a 22 de outubro, domingo,no Clube Juventude Lusitana em Cumberland, precisa-mente a mesma organização em que se realizou em 1976,um baile de onde surgia a ideia para a realização dosencontros regionais.

A 40.º edição vai contar entre outras entidades, com apresença de João Azevedo, presidente da câmara municipalde Mangualde. A presidência do convívio está entregue aJosé Silva, que pode ser contactado pelo telefone 401-699-1665 para aquisição de bilhetes e mais informaçõesrelativas àquele encontro regional.

Os bilhetes serão ao custo de 40 dólares por pessoa e 15para crianças dos 3 aos 12 anos de idade.

Os ingressos podem ainda ser adquiridos através deAlbano Saraiva, 401 724-8230.

Tal como já vem sendo apanágio dos encontros mangual-denses, haverá uma grande e sortida mesa de aperitivos,almoço e “merenda” pelo meio da tarde, uma vez maiscom mesa repleta. Queijo da Serra, leitão e etc.

A “catedral erguida em nome de Portugal” tem sidoberço das mais diversas e significativas iniciativas, entreas quais, o início dos convívios regionais, que hojepreenchem os dias frios de inverno.

Tal como em outras iniciativas, há encontros que ficamconfinados ao local de realização, pela pouca eficácia dosseus organizadores, limitando a iniciativa a um almoçodos muitos que se realizam pelo seio comunitário. Quemf ica desfraldado são os convidados que esperamvisibilidade na comunicação social e nada vêm e nãopodem comprovar no regesso à autarquia que vieram aterras americanas, tomar parte no convivio dos conterranêoaqui radicados.

De um baile a uma iniciativa quemovimenta a comunidademangualdense

Longe estaria da ideia do grupo dos mangualdenses que,no ano de 1976, se lembraram de organizar um baile, que

tinha por finalidade reunir os naturais do concelho daquelavila beirã, que acabaria por ser o arranque para ospopulares convívios regionais.

O histórico local escolhido foi o salão do Clube Juven-tude Lusitana, cujas paredes são testemunho das maisdiversas e honrosas actividades da “catedral erguida emnome de Portugal”, sublinhadas por visitas ao mais altonível.

Foi ali que nasceria a “febre” saudável dos encontrosregionais que hoje movimentam os naturais das maisdiversas regiões de Portugal.

Tudo começou já lá vão 40 anosJoão Marques, Lino Madeira, Armando Costa, Paulo

Matos, José Matos, Jerónimo Ferreira, Manuel Almeida,Celestino Gomes Fernandes, Joaquim Almeida e aindaAmadeu, foi o grupo que passou à história como impul-sionador dos convívios regionais, que hoje são uma dasprincipais atividades da comunidade.

Em tempos mais recentes surgiu Albano Saraiva aencabeçar a responsabilidade destes encontros,canalizando a totalidade dos fundos para os bombeirosvoluntários, atitude aceite por uns, criticada por outrosque defendiam a divisão por mais instituições mangual-denses.

Uma idade de 40 anos representa a flor da vida e deonde são esperados grandes empreendimentos como temsido o apoio aos bombeiros voluntários, que já ultrapassouos 100 mil dólares, e que em retribuição baptizaram umveículo todo o terreno com o nome de “Rhode Island”.

O então presidente da câmara, Soares Marques teve afeliz ideia de reconhecer e enaltecer a comunidade dandoo nome do estado de Rhode Island a uma rua emMangualde. Coisas pequenas mas que muito dizem.

Depois do simples baile ser transformado em convíviocom jantar e muita confraternização, o então velhinho salão(hoje moderno e funcional) do Clube Juventude Lusitanaficou ultrapassado, em termos de lotação, a obrigar àprocura de salões maiores que albergassem o númerocrescente dos que gostariam de estar presente.

Os salões da igreja de Santo António em Pawtucket, oCranston Portuguese Club e o salão da igreja de NossaSenhora de Fátima, em Cumberland, foram locais queacolheram os mangualdenses.

O regresso ao Clube Juventude Lusitana acontece em1994, conseguindo reunir 700 pessoas, o que hoje se tornaimpossível, por motivos de segurança.

Este convívio consegue o encontro de mangualdensesespalhados pelas mais diversas partes dos EUA. DesdeWashington a Pennsylvania, de Milford a Hartford, háconterrâneos que só se encontram uma vez por ano graçasa iniciativas deste género.

São estes encontros, confraternizações e aniversários ospilares de sustento dos nossos costumes e tradições.

É por isso que Portuguese Times retrata esta e, comotodas as semanas, outras iniciativas comunitárias, de formaa que os organizadores se sintam apoiados e tentem fazersempre mais e melhor.

João Azevedo, presidente da Câmara Municipal deMangualde, com o último presidente do convívio man-gualdense.

João Azevedo, presidente da Câmara Municipal deMangualde, com elementos da comissão organizadorado convívio mangualdense em 2014.

20 Portugal PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 04 de outubro de 2017

Sete anos de prisão para homem queviolou jovem em festa em Braga

O Tribunal Judicial de Braga condenou na passada sexta-feira a sete anos de prisão um homem que agrediu e violouuma jovem durante uma festa académica promovida naquelacidade pela tuna da Universidade do Minho, em setembrode 2016.

O arguido, de 25 anos, foi condenado pelos crimes deviolação, ofensas à integridade física e coação. O tribunalaplicou-lhe ainda a pena acessória de expulsão do país, porse encontrar em situação irregular em Portugal. Terá tambémde pagar uma indemnização superior a 20 mil euros à vítima,por danos patrimoniais e não patrimoniais.

Os factos decorreram durante o chamado “arraial azei-teiro”, uma festa promovida pela tuna da Universidade doMinho para promover a integração dos caloiros. O arguidoterá levado a vítima, então com 19 anos, até um local ermo,para a violar.

Perante a resistência da vítima, agrediu-a com murros ebofetadas, acabando por conseguir consumar os abusossexuais. A vítima terá estado “nas mãos” do arguido durantequatro horas, tendo sofrido lesões um pouco por todo o corpo.

Na altura dos factos, e segundo o acórdão, tanto o arguidocomo a vítima estavam embriagados. O arguido veio paraPortugal no ano letivo 2009-2010, para estudar, mas acaboupor abandonar os estudos logo no primeiro ano, passando adedicar-se a um “quotidiano ocioso”, marcado por consumode álcool e de droga.

Em tribunal, acabou por confessar a prática dos factos emostrou-se arrependido.

A juíza presidente do coletivo sublinhou a “elevadíssimailicitude” dos factos e as “prementes” necessidades deprevenção geral, lembrando que a Comissão Europeia e aONU já classificaram a violência contra mulheres e criançascomo “um problema de saúde pública e grave violação dosdireitos humanos”.

Fábrica Portuguesa de pizzasrefrigeradas cria 70 postos deemprego em Samora Correia

A Brieftime, primeira fábrica portuguesa de pizzas refrige-radas, inaugurada sexta-feira, em Samora Correia, resultade um investimento de 5,5 milhões de euros, que permitiu acriação de 70 postos de trabalho.

A inauguração contou com a presença do ministro daEconomia, Caldeira Cabral, que destacou que o crescimentoverificado na economia portuguesa, não resulta apenas dosgrandes investimentos internacionais, mas também no nas-cimento de negócios de pequena e média dimensão.

“O sucesso que está a acontecer na economia portuguesa,corresponde não só aos grandes investimentos interna-cionais, que estão a voltar a Portugal, mas também a estesinvestimentos de média e pequena dimensão”, disse.Questionado sobre o potencial de exportação dos produtosda Brieftime, Caldeira Cabral destacou o aumento das expor-tações no sector agroalimentar e o facto de serem produtostransformados, destinados às grandes cadeias de dis-tribuição.

GNR deteve em Seia três suspeitosde roubo por esticão

O Comando Territorial da GNR da Guarda anunciou adetenção, em Seia, após perseguição policial, de três indiví-duos, com idades entre 25 e 35 anos, pela prática do crimede roubo por esticão.

Segundo a GNR, os suspeitos foram detidos na quinta-feira, na vila de São Romão, por elementos do Núcleo deInvestigação Criminal, do Núcleo de Proteção Ambiental edo posto territorial da GNR de Gouveia.

Fonte da GNR adiantou que momentos antes da detençãoos suspeitos tinham roubado, pelo método de esticão, doisfios de ouro a uma mulher de 69 anos, na localidade deMuro, aldeia pertencente à freguesia de Vide, Seia, que foramrecuperados.

PJ deteve vários suspeitos detentativa de homicídio em Guimarães

A Polícia Judiciária de Braga deteve “várias” pessoas numbairro em Guimarães, pelo alegado envolvimento numatentativa de homicídio de uma família que seguia de carro,em julho de 2016, informou fonte policial. A fonte disse queas detenções ocorreram no cumprimento de seis mandados.Não adiantou o número exato de detidos, dizendo apenasque serão “à volta de seis”.

Foram efetuadas seis buscas domiciliárias e não domi-ciliárias. A fonte adiantou que os factos remontam a 31 dejulho de 2016, quando cerca de 20 indivíduos dispararamsobre um automóvel em que seguiam um casal e dois filhos.

Os disparos terão tido origem em “desentendimentos entrefamílias”.

Os detidos vão ser apresentados em tribunal, para primeirointerrogatório judicial e aplicação das respetivas medidasde coação.

Homem morre atropelado na MaiaUm homem morreu sexta-feira atropelado na Via Diagonal,

no Castelo da Maia, distrito do Porto, disse à Lusa fonte doComando Distrital de Operações de Socorro do Porto(CDOS).

De acordo com a mesma fonte, o alerta do atropelamentomortal foi dado às 06:50.

Contactada pela Lusa, fonte dos Bombeiros Voluntáriosda Maia afirmou desconhecer a idade da vítima e oscontornos do acidente. No local estiveram dois veículos dosVoluntários da Maia.

Pedrógão GrandeEntregues mais de 5ME através de fundo solidárioe indemnizações de seguradoras

Eleições autárquicas

PS reforça domínioPSD e PCP perdem câmaras

O PS reforçou o seu domínio autárquico ao conquistarno domingo pelo menos 158 câmaras, numas eleiçõesem que os comunistas perderam nove municípios, o CDS-PP ascendeu a segundo partido em Lisboa e o PSD perdeuautarquias.

Em 2013, o PSD conquistou 85 câmaras sozinho evenceu em 78 este ano. No passado domingo, o partidode Passos Coelho conquistou um total de 98 câmaras.

Além de ter menos câmaras do que em 2013, o PSDcaiu para terceira força política em Lisboa, atrás do CDS-PP de Assunção Cristas, e no Porto.

Na capital, o socialista Fernando Medina ganhou, masperdeu a maioria absoluta. Já no Porto, o independenteRui Moreira foi eleito para um segundo mandato, mas,desta vez, com maioria absoluta.

O PS tinha assegou, a vitória em 158 câmaras, mais11 do que em 2013, um aumento feito, em boa parte, àcusta de municípios conquistados à CDU (PCP-PEV).

A CDU perdeu dez câmaras, entre elas, bastiõescomunistas no Alentejo (como Beja) e no distrito deSetúbal, como Alcochete, Barreiro ou Almada.

O BE voltou a não conseguir qualquer câmara, comoaconteceu em 2013, e o CDS-PP aumentou para seis onúmero de municípios que vai liderar.

As candidaturas independentes ganharam pelo menos17 câmaras, mais quatro do que em 2013.

Dos 303 presidentes de câmara já eleitos, há ainda umdo JPP e um do Nós, Cidadãos!. As coligações PSD/CDS-PP conquistaram 15 câmaras e dois presidentesforam eleitos por coligações PSD/CDS-PP/PPM, um por

uma coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM e um por umaaliança Livre/PS.

Dos mais de nove milhões de eleitores inscritos, cercade 44% abstiveram-se nas eleições de domingo.

No Funchal, porém, Paulo Cafôfo, atual presidente dacâmara e candidato a novo mandato numa coligaçãoliderada pelo PS, já reivindicou vitória, mas desconhece-se se conseguiu maioria absoluta.

O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou nodomingo que o resultado das eleições autárquicas“reforça” politicamente a maioria parlamentar quesuporta o Governo e apontou o PSD como o grandederrotado da noite eleitoral.

A situação foi desdramatizada pelo líder comunista,Jerónimo de Sousa: “Quero, com uma grande since-ridade, afirmar que, apesar da dureza desta campanha,em termos físicos, anímicos, posso garantir que estoupronto para outra”, afirmou.

Alguns ex-dirigentes do PSD puseram a hipótese de olíder do partido, Pedro Passos Coelho, se demitir apósos resultados das eleições de domingo.

“Não me demito nem esta noite, nem amanhã nemdepois de amanhã, o que eu disse é que iria avaliar se fazsentido ou não propor-me a um novo mandato”, dissePassos Coelho, admitindo porém que estes foram “umdos piores resultados de sempre” do partido e pro-metendo que vai fazer uma reflexão pessoal.

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou-se como líder da oposição na capital, apontando que quertrabalhar para estender essa liderança ao país.

Imigrantes nos EUA distribuem 180 mil eurospor vítimas e bombeiros

A Associação Portuguesa de Seguradores informou estara concluir a atribuição do seu fundo solidário para apoiarvítimas do incêndio de Pedrógão Grande, tendo já sidoentregues mais de cinco milhões de euros através destefundo e de indemnizações.

Em comunicado, a associação (APS) precisou que ascompensações já atribuídas e pagas no âmbito deste fundosolidário (que totaliza 2,5 milhões de euros e se destina aapoiar os familiares das vítimas mortais e os feridosgraves) ascendem até agora aos 2,096 milhões.

No âmbito deste fundo das seguradoras, foramanalisados processos relativos a 65 mortos, assim comoos relacionados com 13 dos 14 feridos graves.

A lista de vítimas mortais da Procuradoria-Geral daRepública contempla 64 nomes, tendo sido remetida paraoutro inquérito a morte de uma mulher que morreuatropelada quando fugia do fogo. Em julho, a Procuradoriainformou que iria apurar ainda as circunstâncias de umaoutra morte que não estava diretamente relacionada com

o incêndio.Segundo a APS, foram pagas ou atribuídas compensa-

ções em 62 casos de mortes e nos restantes três “aguarda-se ainda informação complementar”.

Em relação aos feridos foram já pagas e/ou atribuídascompensações em 13 dos 14 casos, “ainda que, nalgumassituações, o pagamento da respetiva compensação ao feridoesteja dependente da evolução da sua situação clínica”.

A nível de seguros de bens e património foram já pagasindemnizações superiores a 2,6 milhões de euros parareparação de danos sofridos em 320 habitações, estandopendente o pagamento de mais cerca de um milhão deeuros.

O incêndio que deflagrou em 17 de junho em PedrógãoGrande, no distrito de Leiria, e se alastrou a outros con-celhos só foi dado como extinto uma semana depois,depois de ter feito mais de 200 feridos, além dos mais de60 mortos.

Imigrantes portugueses nos Estados Unidos recolheramsolidariamente 200 mil dólares (178 mil euros) nasequência do incêndio que começou em junho em Pedró-gão Grande, anunciou um dos responsáveis pela iniciativa.

A quantia foi distribuída sábado em Pedrógão Grande,Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.

A ideia da campanha solidária “Todos Juntos porPortugal” partiu de Jack Costa, à qual se juntaram outrosimigrantes portugueses, como José Carlos Brito.

“O Jack Costa contactou-me a contar a tragédia que setinha passado. Começámos a trabalhar para a angariaçãode fundos logo no dia 24 de junho. No primeiro eventoque realizámos, reunimos 1.400 pessoas e conseguimosjuntar 55 mil dólares”, explicou José Carlos Brito.

A partir desta primeira iniciativa, seguiram-se outros

seis eventos cujos donativos angariados vão ser entreguesno sábado, em cheque. O valor médio ronda os dois mildólares [1.700 euros] para pessoas que perderam a primeirahabitação. Além disso, os promotoros da campanha soli-dária entregaram às corporações de bombeiros deCastanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e PedrógãoGrande um valor mínimo de cinco mil dólares.

“Em média, são dois mil dólares por pessoa que entre-gamos, sendo abrangidas cerca de 100 vítimas. A lista [daspessoas] foi-nos fornecida pelos bombeiros e cada corpo-ração teve um donativo mínimo”, frisou.

O dinheiro angariado foi entregue às pessoas em cadauma das três corporações de bombeiros, sendo que ospromotores da iniciativa fizeram questão de entregar oscheques pessoalmente às vítimas.

Açores eleitos, pela segunda vez,como Destino Quality Coast de Platina

O arquipélago dos Açores foi eleito, este ano e pelasegunda vez consecutiva, 'Destino Quality Coast de Platina',sendo o primeiro e o único destino costeiro e de ilhas a rece-ber até hoje o mais importante galardão Quality Coast, consi-derado o maior programa de certificação internacional dedestinos sustentáveis.

O secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologiasalientou o "grande desafio” que o prémio representa para osAçores, na medida em que este reconhecimento “não temapenas a ver com as políticas implementadas para melhorara sustentabilidade das atividades no mar, incluindo o turismoe as atividades costeiras, mas também porque temos desaber planear políticas sustentáveis para o futuro”.

“A diversidade da vida marinha, a singularidade da paisa-gem, a pureza das águas e a qualidade das zonas balneares,assim como a própria identidade cultural do Povo Açoriano,são elementos que distinguem os Açores de outras regiõesda Europa”, frisou Gui Menezes.

“Devemos continuar a promover a sustentabilidade emtodas as atividades que realizamos no nosso mar e nasnossas áreas costeiras”, afirmou o Secretário Regional, de-fendendo que “a experiência turística nos Açores deve estarvez mais ligada à cultura local”.

Nesse sentido, apontou a Pesca Turismo, que permiteaos turistas acompanhar os pescadores num dia defaina, frisando que esta modalidade de recreio, para alémde sensibilizar os turistas e os visitantes para o trabalho nomar, “permite-lhes o contacto íntimo com uma arte antiga etão dependente da natureza, concedendo-lhes a possibili-dade de usufruírem do mar dos Açores e das magníficaspaisagens das costas das nossas ilhas”.

Segundo Gui Menezes, neste contexto, “os turistas têm apossibilidade de pescar o seu próprio peixe, que poderátambém ser consumido num restaurante local”.

O Quality Coast, um programa do Coastal & Marine Un-ion, da União Europeia, que atualmente é operacionalizadopela organização internacional de turismo sustentável GreenDestinations, integrando o seu programa de certificação ede prémios, foi especialmente criado para distinguir não sóparâmetros como a qualidade da vida marinha, da natureza,da zona costeira, mas também parâmetros relacionados coma identidade, cultura e sociedade que poderão afetar aexperiência turística dos visitantes de uma região.

Este ano, em 100 critérios, os Açores obtiveram pontuaçãomáxima em 96, com base na avaliação por um júri interna-cional de indicadores de sustentabilidade, tais como 'Natu-reza', 'Ambiente', 'Identidade', 'Turismo e Negócios' e'Comunidade Anfitriã e Segurança'.

Exposição no Museu Carlos Machadojunta peças para contar histórias

Uma escultura de António Rossetti, obras ligadas à etno-grafia africana e peças regionais vão integrar uma exposiçãono Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, durante estemês de outubro, propondo explorar o “Interior/Exterior”através dos conceitos corpo, casa e ilha.

“É uma grande exposição no âmbito de uma seleção depeças a partir das diferentes coleções do museu e de outrascoleções privadas e públicas”, afirmou o diretor da instituição,Duarte Melo, acrescentando que a mostra “Interior/Exterior”vai estar patente entre 27 de outubro e 28 de março de 2018no Núcleo de Arte Sacra com curadoria de Luísa Cardoso eNuno Silva. Entre as peças da exposição que poderão serapreciadas está uma do século XIX do escultor AntónioRossetti, simbolizando uma criança a desfazer uma trança,oferta da Condessa de Cuba e que estava patente no Paláciodo Rato, em Lisboa.

“Há ainda obras ligadas à etnografia regional com grandecarga emocional, afetiva e histórica”, salientou Duarte Melo,destacando haver “um conceito muito filosófico de grandepertinência contemporânea”. Este conceito vai ajudar opúblico “a perceber a dimensão do corpo enquanto lingua-gem, ilha e casa”, estas as “duas vertentes interior e exterior”,frisou. O responsável sublinhou que a programação doMuseu Carlos Machado emerge “sempre de uma realidadeconcreta”, os seus espólios e as suas coleções, numa pers-petiva de aproximação da instituição ao público.

O Museu Carlos Machado dispõe de várias coleções,desde etnografia, à arte, passando pelo brinquedo, traje, artesacra, escultura, pintura e numismática.

O museu, localizado no centro de Ponta Delgada, em SãoMiguel, é o mais antigo da região e a sua sede, no Núcleode Santo André, reabriu há um ano após uma décadaencerrado devido a obras de requalificação.

“Há um novo paradigma de museu. Já não somos um mu-seu de secção, mas um museu de coleções”, realçou DuarteMelo, admitindo que com a reabertura da sede, onde fun-cionam dois circuitos, um para valorizar a memória do con-vento e outro de história natural, o público tem aumentado.Duarte Melo adiantou que já estão a ser trabalhadas asquestões da museografia com vista à abertura da árearelacionada com as vivências insulares e a alma açoriana.

Atividade sísmica normalizadaO Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos

Açores (SRPCBA) informou sábado que, segundo o Centrode Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores(CIVISA), a atividade sísmica que se vem registando na ilhade São Miguel, desde a tarde do dia 29, diminuiu ao longodo dia seguinte, aproximando-se dos níveis de referência.

Todos os eventos registados nas últimas 24 horas foramde baixa magnitude e localizaram-se na faixa que sedesenvolve entre Furnas e Água Retorta, no concelho daPovoação, não havendo qualquer notícia de terem sidosentidos pela população.

Eleições autárquicas

PS continua a dominar mas PontaDelgada mantém-se fiel ao PSDCâmara da Vila do Nordeste tem novo presidente

António Miguel Soares,natural da Lomba daFazenda, eleito presi-dente da Câmara Muni-cipal do Nordeste, ilha deSão Miguel.

O PS continua a dominar nos Açores, ao conquistar12 das 19 câmaras da região, mas sai do ato eleitoral dedomingo com menos um município, Nordeste, e semconseguir, mais uma vez, conquistar Ponta Delgada.

Os socialistas perderam Nordeste (São Miguel, o novopresidente é agora António Miguel Soares, natural daLomba da Fazenda), mas nesta ilha continuam a lideraros municípios de Vila Franca do Campo, Lagoa ePovoação.

No Pico, os municípios das Lajes e São Roquemantêm-se do PS, assim como Santa Cruz das Flores eLajes das Flores, Corvo e Santa Cruz da Graciosa.

Os socialistas garantiram também as câmaras de Angrado Heroísmo e Praia da Vitória (Terceira), e Horta (Faial).

Já o PSD juntou com estas eleições Nordeste àscâmaras que já detinha há quatro anos: Ponta Delgada eRibeira Grande (São Miguel), Madalena (Pico) e Vilado Porto (Santa Maria).

Luís Silveira segurou para o CDS-PP a Câmara dasVelas, na ilha de São Jorge, e na Calheta, na mesmailha, ganhou de novo o movimento de independentes“Dar Vida ao Concelho”, liderado por Décio Pereira,que tinha o apoio do PS.

De acordo com estes resultados, o PS mantém apresidência da Associação de Municípios da RegiãoAutónoma dos Açores, cujo atual presidente, Roberto

Monteiro, também autarca da Praia da Vitória, não sepôde recandidatar devido à limitação de mandatos.

Porém, os socialistas continuam sem conseguir vencerem Ponta Delgada, o maiorconcelho do arquipélago,que só governaram duranteum mandato e em coli-gação com o CDS-PP, pre-cisamente entre 1989-1993.

No domingo, em que oresultado do duelo PSD-PSem Ponta Delgada era omais aguardado, o presi-dente da Câmara de PontaDelgada, José ManuelBolieiro, derrotou o ex-secretário regional dosTransportes e Obras Pú-blicas Vítor Fraga, doexecutivo açoriano lideradopor Vasco Cordeiro.

Há quatro anos, JoséManuel Boleiro, que se

candidatou pela primeira vez, derrotou José Contente,ex-secretário regional de governos de Carlos César.

Aumento de 6% das verbas para as pescas dos Açoresé pouco, segundo a Federação das Pescas

A Federação das Pescas dos Açores considerou “pouco”o aumento de seis por cento previsto na anteproposta doPlano de Investimento para 2018 para o setor que está a“atravessar um problema gravíssimo em algumas ilhas”.

“Tivemos uma subida no Plano de seis por cento.Esperávamos mais, de facto, porque as pescas estão a atra-vessar um problema gravíssimo em algumas ilhas”, afir-mou o vice-presidente da Federação das Pescas dos Açores,António Laureano. O dirigente falava aos jornalistas apósa reunião, em Ponta Delgada, São Miguel, do Conselho

Regional de Concertação Estratégica para analisar asantepropostas de Plano e Orçamento para 2018.

“A subida de 6% no Plano achamos pouco, achamoscurto para aquilo que a pesca está a precisar, não em todasas ilhas, mas em algumas temos problemas gravíssimos”,referiu António Laureano.

Segundo o responsável, a federação gostaria de verresolvidos os problemas neste seu mandato, mas comaquele aumento de verbas previsto “não vai ser possívelalcançar”.

Anteproposta de Plano de Investimentopara 2018 dos Açores é de 752 ME

O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro,anunciou sexta-feira que a anteproposta do Plano deInvestimentos para 2018 é de 752 milhões de euros, sendoque metade da verba está destinada ao emprego ecrescimento económico.

“Estamos a falar de um investimento total à volta dos752 milhões de euros. Esse investimento total visa darcondições para que se concretizem três objetivosfundamentais que o Governo pretende prosseguir”,afirmou Vasco Cordeiro.

O chefe do executivo regional falava aos jornalistas emPonta Delgada, na ilha de São Miguel, após uma reuniãodo Conselho Regional de Concertação Estratégica paraanalisar as antepropostas de Plano e Orçamento para 2018.

Segundo Vasco Cordeiro, o primeiro objetivo está ligado“ao emprego e ao crescimento económico baseado noconhecimento e na inovação”, sendo esta a área quecongrega “uma maior percentagem destas verbas”, naordem dos 52%.

Aqui estão incluídas a competitividade empresarial,agricultura e desenvolvimento rural, pescas e turismo,explicou o presidente do Governo dos Açores.

O segundo objetivo prende-se com a qualificação equalidade de vida, contemplando a educação, cultura,solidariedade social, política de habitação e aoinvestimento relativo à política de saúde, declarou,concretizando que estas têm “mais de 20%” das verbasdo documento.

De acordo com Vasco Cordeiro, uma terceiracomponente é relativa à sustentabilidade dodesenvolvimento da região, com “26% das verbas do totaldo investimento público”, onde estão os setores doambiente, transportes e à política do mar.

“É um plano que, simultaneamente, dá resposta àquelaque é uma situação nova, um novo ciclo na nossaeconomia e que pretende continuar na construção dosalicerces para que esse novo ciclo tenha sustentabilidade,tenha um crescimento consolidado em benefício dasaçorianas e dos açorianos”, afirmou.

Questionado sobre a diminuição das verbas do Planode Investimentos para 2018 face ao do corrente ano, queé de 775 milhões de euros, Vasco Cordeiro reconheceu aexistência de “um ligeiro decréscimo”.

“(…) Entre aquilo que é o montante de utilização defundos [comunitários] e aquilo que é o montante quetem a ver com a alteração de valores de investimento, ovalor que hoje temos na proposta de Plano para 2018não repercute exatamente essa diminuição, porque há,do ponto de vista das receitas próprias da região, essereforço que é dirigido para o investimento publico”,referiu.

Segundo Vasco Cordeiro, “as receitas próprias -retirando a componente de fundos comunitários -significavam à volta de 59% no Plano de investimentospara este ano”, sendo que “essa capacidade é reforçadano Plano para 2018, atingindo um valor à volta dos 70%”.

Quarta-feira, 04 de outubro de 2017 PORTUGUESE TIMES Açores 21

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Eurico Mendes

22 Portuguese Beat PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 04 de outubro de 2017

Banho de sangue em Las Vegas e o silêncio de TrumpDomingo à noite, em Las Vegas, pouco depois das

22h locais. Da janela de um quarto no 32.º andardo Mandalay Bay Hotel and Casino, que fica naavenida central Las Vegas Strip, um homem abriufogo sobre as mais de 22.000 pessoas que assistiamà terceira e última noite do Route 91 HarvestFestival, um festival de música country. O tiroteioterá durado cinco minutos e provocou 59 mortos e527 feridos.

O atirador foi identificado como Stephen CraigPaddock, nascido a 9 de abril de 1953 (64 anos) evivia em Mesquite, Nevada, a 145 quilómetros deLas Vegas. Tinha-se divorciado há anos e vivia comuma companheira, Marilou Daney, 62 anos, que nãoé participante no ataque, pois as autoridades creemque Paddock agiu sozinho. Segundo o xerife de Las

Vegas, Joe Lombardo, agiu como “lobo solitário” –como são chamados os ataques planeados eexecutados individualmente.

O atirador fez check-in no hotel Mandalay napassada quinta-feira (28 de setembro). Os políciasusaram explosivos para derrubar a porta do quartoonde Paddock estava. Quando a polícia invadiu oquarto, o atirador suicidou-se.

Paddock tinha com ele 23 armas de fogo, pistolase carabinas, em dez malas. E em casa foram en-contradas mais 19 armas. Como explicar este arse-nal num tipo que não fez sequer a tropa?

Não tinha antecedentes criminais, nem sequerinfrações de trânsito. Era um tipo tranquilo. Vivianuma casa de meio milhão de dólares e possuiaoutras propriedades de rendimento, podendo serconsiderado rico. Trabalhou na Lockheed Martin eestava aposentado. Possuia uma licença datada de2010 para caçar e pescar no Alaska, o que lhe davapermissão para comprar armas legalmente, deacordo com a legislação nos EUA. Tinha tambémlicença de piloto e já tinha possuido dois aviões.

O irmão do atirador, Eric Paddock, que vive naFlorida, disse à imprensa que Stephen era “normal”e jamais apresentara tendência extremista “religiosaou política”. O único vício conhecido era o poquer.

O único criminoso da família foi o pai, que chegoua ter o nome na lista dos mais procurados do FBI.De acordo com o boletim do FBI de 1969, PatrickBenjamin Paddock foi “diagnosticado como umpsicopata, responsável por transportar armas defogo em roubos a bancos” e “teria tendências sui-cidas e pode ser considerado muito perigoso quan-do armado”.

Para Eric, Stephen Paddock não fazia mal a umamosca, mas no dia 1 de outubro de 2017 matou 59pessoas e feriu 515, e tornou-se autor do tiroteiomais sangrento da história moderna dos EUA. Atédomingo, o pior tiroteio tinha sido o da boite gayPulse, em Orlando, Florida, a 12 de junho de 2016,quando Omar Saddiqui Mateen, 29 anos, abriu fogomatando 49 pessoas e ferindo mais de 50. Into-lerante homofóbico, Mateen declarou fidelidade aoEstado Islâmico antes do ataque.

A seguir vinha o que passou a ser agora o terceirotiroteio mais sangrento. Ocorreu em 16 de abril de2007, na Virginia Tech. Morreram 33 pessoas,incluindo o atirador, e 21 ficaram feridas. O crimefoi cometido pelo jovem sul-coreano Cho Seung-hui, 23 anos, que tinha problemas psicológicos.

Até ao momento, as autoridades ainda não reve-laram as motivações do ataque de Las Vegas e o FBIgarante que não há indícios de ligações ao terroris-mo internacional. Apesar disso, o grupo EstadoIslâmico reivindicou o ataque através da sua agênciaAmaq, dizendo que Paddock se converteu ao Islão“há alguns meses” e era um “soldado” do califado.Fontes do FBI garantem que “não há indícios” deligação do EI com o ataque, e que essa pode serapenas uma estratégia da organização terrorista para

ganhar projeção.Quem também se esperava que falasse mais do

ataque de Las Vegas era Donald Trump, que sempregostou de especular sobre a violência noutros paises,mas ficou em conspícuo silêncio. O presidente, con-tudo, não foi tão cuidadoso ao comentar ataquesrecentes em outros países. No início de junho, quandoterroristas atropelaram e esfaquearam sete pessoasem Londres, Trump gerou uma enxurrada de críticasao condenar o discurso “politicamente correto” dosbritânicos e sugerir que uma legislação mais rígidasobre o porte de armas não é a resposta para combateratentados.

“Vocês percebem que não estamos discutindoarmas neste momento? É porque usaram facas e umcaminhão!”, escreveu Trump na sua conta no Twitter,em 6 de junho.

Em abril, quando quatro pessoas foram atropeladaspor um terrorista islâmico em Estocolmo e maisrecentemente quando de uma explosão no metro deLondres, Trump usou estes ataques para justificar asua polémica decisão de proibir cidadãos de setepaíses de maioria muçulmana de entrar nos EUA:Iraque, Iémen, Irão, Síria, Líbia, Somália e Sudão.

Mas agora, perante a tragédia horrível de Las Vegas,limitou-se a apresentar condolências. Escrevendo nasua conta no Facebook, Trump disse apenas: “Ex-presso as minhas profundíssimas condolências esimpatias às vítimas e famílias no meio do terríveltiroteio em Las Vegas! Deus vos abençoe!”

Dois dos seus antecessores, Barack Obama e BillClinton, cujas administrações foram marcadas porpolíticas (ou tentativas) de controlo na venda dearmas, também usaram a plataforma para expressaro seu pesar. Clinton, que ocupou a presidência entre1993 e 2001, escreveu que “isso (o tiroteio) deveriaser algo inimaginável nos EUA”.

Obama, em cuja administração ocorreram diversostiroteios em massa, classificou o incidente em LasVegas como uma “tragédia sem sentido”.

Mais tarde, num pronunciamento na TV, DonaldTrump chamou o ataque de “ato de pura maldade”,disse que visitaria Las Vegas para falar com as famíliasdas vítimas e com a polícia local, a quem agradeceupela “velocidade milagrosa” com que agiu e voltou aoferecer as suas orações: “Melania e eu estamos rezan-do por cada americano que foi ferido. Rezamos paraque toda a nação encontre unidade e paz e oramospelo dia em que o mal seja banido e os inocentesestejam a salvo do ódio e do medo”.

Sobre a facilidade com que se compra arma de fogonos EUA e o problema da violência armada no país,nem uma palavra e, segundo o site Gun Violence, jáse registaram este ano 272 grandes tiroteios no país,sem considerar o de domingo.

O ano mais recente de que temos dados completosé 2015: foram mortas a tiro nos EUA 13.286 pessoase 26.819 ficaram feridas (estes números não incluemsuicídios). Tiroteios em massa foram 372 em 2015,matando 475 pessoas e ferindo 1.870, de acordo como Mass Shooting Tracker, que cataloga tais incidentes.Tiroteio em massa é definido como um único inci-dente de tiroteio que mata ou fere quatro ou maispessoas, incluindo o agressor. Tiroteio numa escolahouve um único, mas ninguém ficou ferido.

Em 2012, o número de assassinatos com arma defogo nos EUA foi, per capita, 30 vezes superior ao doReino Unido com 2,9 por 100.000 nos EUA, emcomparação com apenas 0,1 no Reino Unido. Detodos os assassinatos nos EUA em 2012, 60% foramcom armas de fogo, em comparação com 31% noCanadá, 18,2% na Austrália e apenas 10% no ReinoUnido.

Durante os seus dois mandatos, o ex-presidenteBarack Obama procurou alertar os seus concidadãospara a dimensão do problema e tentou endurecer asleis de porte de arma como fizeram o Reino Unido eAustrália. As medidas propostas por Obama preten-diam apenas verificar os antecedentes dos compra-dores de armas de fogo e proibir a venda a indivíduoscondenados por crimes graves, de violência domés-tica, toxicodependentes e pessoas com problemasmentais. O objetivo era impedir que as armas“caíssem nas mãos erradas”.

Mas o lóbi das armas é um dos mais poderosos nosEUA. O seu principal representante é a AssociaçãoNacional do Rifle (NRA, em inglês), uma entidadecom mais de quatro milhões de membros. A NRA

tem influência (financiamento) sobre congressistastanto do Partido Democrático como Republicano evem conseguindo barrar qualquer medida quedificulte a venda de armas aos americanos, agar-rando-se sobretudo à famosa Segunda Emenda daConstituição, aprovada em 1791 e que dá a qualquercidadão o direito de possuir arma de fogo. Desde1791 muito mudou nos EUA, o país já deixou paratrás os tempos em que o seu exército eram volun-tários que usavam as suas próprias armas, masmesmo assim ainda metade da população defendeo direito de possuir armas e 63% dos americanosacreditam estar mais seguros com um revólver emcasa.

No seu último discurso sobre o Estado da União,Barack Obama falou contra a violência armada ecom uma cadeira vazia ao lado da primeira-dama,Michelle Obama, para representar as vítimas daviolência armada. O gesto de Obama mostra quãodelicado é o tema e quão polarizados são os pontosde vista no país. Desde que anunciou medidas paraintensificar o controlo de armas, driblando umintransigente Congresso de maioria republicana,políticos e grupos pró-armamento fizeram-lhe avida negra acusando-o de querer tirar as armas aopovo. O pré-candidato republicano à presidênciasenador Ted Cruz chegou a criar uma página onlinecom uma foto do presidente em roupa militar aolado da frase “Obama quer as suas armas”.

Mas não. Obama pensava sobretudo em AdamLanza, um jovem de 20 anos com diversos dis-túrbios, incluindo síndroma de Asperger e trans-torno obsessivo compulsivo que, em 2012, matoua mãe em casa, dirigiu-se depois à Sandy Hook,em Newtown, Connecticut e assassinou 20 alunose seis funcionários antes de cometer suicídio. Nessaaltura, Obama conseguiu instituir uma norma queimpedia 75 mil pessoas com problemas mentais deadquirir armas de fogo.

Em 2012, após o massacre de Sandy Hook, Trump,que era apenas um empresário e celebridade de TV,apoiou as declarações do então presidente Obamade que era preciso mudar a legislação. “Nenhumalei – ou conjunto de leis – pode eliminar o mal domundo, ou prevenir todo o ato de violência na nossasociedade. Mas isso não pode ser uma desculpapara não agir. Certamente, podemos fazer mais doque isso”, disse Obama, na altura. Na sua conta noTwitter, Trump escreveu: “O presidente Obamafalou por mim e por todos os americanos”.

Agora que é presidente, Trump foge de falar dearmas. Contudo, depois de ter tomado posse, assi-nou a suspensão da medida de Obama proibindo avenda de armas a indivíduos com problemasmentais. O Senado maioria republicana aprovou asuspensão da medida por 57 votos a favor e 43contra, alegadamente porque “infringia o direitoconstitucional dessas pessoas de portar armas”,segundo o senador republicano Charles Grassley,de Iowa. Trump assinou a proposta e foi o seuprimeiro favor à NRA, à qual disse que tem um“amigo” na Casa Branca, e prometeu que jamaisagirá contra o direito ao porte de armas.

“O ataque dos últimos oito anos contra os vossosdireitos protegidos pela Segunda Emenda chegouao fim. Vocês têm agora um amigo na Casa Branca”,garantiu Trump num discurso na convenção anualda NRA, na cidade de Atlanta. “Prometo-vos que,como presidente, jamais vou interferir no direitodas pessoas de possuirem e portar armas. Vocêsapoiaram-me, e eu vou apoiá-los agora”.

Portanto, já sabemos qual a posição do atual in-quilino da Casa Branca na questão do armamentoe não admira não se ter pronunciado sobre o massa-cre de Las Vegas e o problema das armas. Trumpdisse apenas que ia rezar por nós. Mas isso qualquerum pode fazer, não precisamos das orações presi-denciais.

Quarta-feira, 04 de outubro de 2017 PORTUGUESE TIMES Crónica 23

REGRESSO A CASAUm diário açoriano de

Joel Neto

Isso é um pecado botar fora

Lugar dos Dois Caminhos, 15 de SetembroReceber visitas ultramarinas continua a constituir um

bom pretexto para levarmos a cabo obras, reparações eaventuras que fomos deixando de lado ao longo do ano,e a vinda dos sogros – sogros meus, pais da Catarina –persiste o melhor de todos. Nisso não diferimos emnada de qualquer outro provinciano, das ilhas ou docontinente, pelo que lá andámos a pintar a casa duranteum mês, aliás com tal fervor e tensão que, nos últimosdias, as cores já nos pareciam todas iguais, da mesmamaneira que, ao entrarmos numa perfumaria e nospormos a borrifar perfumes para aquelas fitinhas decartolina, a certa altura já não distinguimos os aromasde Verão e os de Inverno, os desportivos e os clássicos,os de homem e os de mulher.

(Isto sem falar nas habituais sessões de Body Ikea, maso melhor é nem ir por aí, que já nem os manuais deinstruções batem certo como antigamente. Deve ser parase queimar mais calorias.)

Entretanto, concluído o suplício, olhei em volta e vitudo na mais rigorosa perfeição, menos a sobra daestrada. Não é bem minha, a sobra da estrada, porquetoda a gente passa lá e deita lixo para o chão. Mas inco-modava-me olhar para declives, soleiras e passeios ever tanta beata a ressequir ao sol. De maneira que pegueina vassoura e na pá, desci à estrada e pus-me a varrer.E, ao ver-me varrer, não houve um só vizinho, a pé oude carro, próximo ou distante, que não parasse paraum comentário, em poucos casos por ajuste de contase na maior parte deles para rir mesmo:

– Isto merecia uma fotografia, um escritor a varrer a

estrada.– Ah, pois é, menino, polivalência acima de tudo!– Assim é que é, que eu também pego na vassourinha...Houve um tempo em que isto talvez me indignasse,

enchendo-me de ímpetos de berrar aos sete ventos quevarrer é um trabalho tão digno como qualquer outro, queaté os ministros e os cirurgiões deviam varrer, nem quefosse para engrandecimento do carácter, e que, geralmentefalando, quanto mais as pessoas se pusessem a anatemizaro trabalho de varrer, mais me apeteceria fazê-lo, desdelogo porque me fundei nisso de ir ao contrário da maré eagora já estou um bocado velho para mudar. Mas o factoé que continuo a mudar e que, aliás, quando posso nãovarrer, também não varro. Simplesmente, abusei tantodo Chico ao longo do mês de pinturas que hoje não tivecoragem de não o dispensar para os seus afazeres, eportanto fui varrer eu.

Devagar. Tão meticulosamente quanto possível. Evendo de facto o trabalho avançar – o passeio bem varridoatrás de mim e, dali a pouco, bem varrido também o quese encontrava à frente, dantes imundo.

Na verdade, este arrazoado todo e pus-me a varrerporque gosto de varrer. Porque gosto do trabalho braçal.Tem sobre os demais trabalhos a virtude de efectivamentese ver progredir, e isso descansa-me.

O Garrido costuma contar uma parábola sobre Einsteine o seu jardineiro. Certa vez, e encontrando-se a cortar arelva ao jardim do mestre, o jardineiro apercebeu-se deque, ao canto, o patrão se pusera a podar uma planta.

– Então, senhor professor? A trabalhar?– Por acaso, não – respondeu-lhe Einstein. – A des-

cansar.Não se passaram muitas horas até que o patrão deu por

finda a jardinagem e se foi deitar de costas no relvado, osolhos fechados e as mãos unidas sob a nuca, cheirando arelva fresca e o silêncio.

– Ah, desta vez não me apanha – apressou-se o jardi-neiro. – O senhor professor está a descansar.

– Engana-se de novo. Estou a trabalhar.O que constitui trabalho, já se sabe, é diferente de

pessoa para pessoa. Mas, efectivamente, nada me des-cansa como o trabalho braçal. Tenso, stressante, é lutardias inteiros com frases que não existem, com perso-nagens cujos contornos se esbatem, com narrativas queperderam o seu destino. Esse é que é o trabalho quenunca acaba – esse é que é, para mim, o trabalho –, atéporque a sua concretização jamais passa de um com-promisso heurístico e frustrante em que acabamos poraceitar uma modesta forma, nunca concluída mas emtodo o caso final, caso contrário nem sequer poderemospassar às frases, às personagens e às narrativas seguintes.

Varrer não tem disto: varre-se e fica varrido. Se nãoestá perfeito, passa-se a vassoura mais uma vez e melhora.E, se mesmo assim não satisfaz totalmente, não pen-samos mais nisso, porque, enfim, é um chão, está tãolimpo quanto possível e amanhã a chuva leva o resto.

Com o trabalho braçal, uma pessoa chega ao fim dodia e sente que dominou o mundo. Ou que fez algumacoisa, o que, para um tipo que está no ramo dos moinhosde vento, vai dar ao mesmo. O único trabalho braçalque foge a esta regra é o trabalho de engomar, porquenada fica mesmo bem passado a ferro.

A vantagem do trabalho intelectual sobre tal privilégioé que, de contrário, lutar com frases, personagens enarrativas – “dar voltas às frases”, como dizia E. I. Lonoff,o génio que Roth fez refugiar na ruralidade –, lutar comelas, sim, seria descanso, e não trabalho. E, constituindotal coisa uma contradição de termos tão grande, otrabalhador braçal não teria como descansar senão nãofazendo nada.

Não posso imaginar stress maior do que não fazer nada.Antes escrever, apesar de tudo.

http://www.facebook.com/neto.joelhttp://www.joelneto.com/

* alguns destes textos são originalmente publicados no “Diário de Notícias”

Nevoeiro ao pé da porta

Está hoje um daqueles dias nevoentos, numa tardepachorrenta de calor asfixiante, em que a paisagemdescora e o corpo entorpece… A literatura açorianatem vários nomes para isto: azorean torpor, spleen,mormaço, morrinha, pasmaceira, mornaça… Háquem diga que o clima inconstante e imprevisíveldos Açores (as famigeradas “4 estações num só dia”)pode potenciar e favorecer a hipocondria, amelancolia, a neurastenia ou a depressão…

Luís da Silva Ribeiro (1882-1955) defendia mesmoa existência de uma relação entre ilha e inspiraçãopoética, entre mar e aptidão artística, entre humidadee indolência…

Aquele etnógrafo terceirense, pretendendocaracterizar a personalidade do homem açoriano,avançava com os seguintes traços identificadores: “Ovulcanismo, a presença constante do mar, a insularidadeou isolamento do resto do mundo, a humidade do ar, anebulosidade do céu, a temperatura oscilando entreestreitos limites, a pressão atmosférica, os vendavais etempestades, a diferença entre ilhas e continente peloque respeita às condições geográficas e da paisagem,qualidades morais comuns a todos os ilhéus, a sua

VictorVictorVictorVictorVictorRuiRuiRuiRuiRui

DoresDoresDoresDoresDores

religiosidade profunda, espírito de submissão, indolência,imaginação criadora, sentido de perfeição e de pormenor,espírito satírico, certo grau de saudosismo, etc.” (1)

Foi esta influência do meio geográfico no espíritodos açorianos que levou Vitorino Nemésio (1901-1978)a criar, em 1932, o conceito da “açorianidade” (pordecalque de hispanidad, criado por Miguel deUnamuno) e que, segundo ele, é “esse amor elementarque não conhece razões, mas impulsos”. Aliás, ficamosa dever ao autor de Mau Tempo no Canal a emblemáticafrase: “Para nós, açorianos, a Geografia vale outro tantocomo a História”. (2)

Somos excessivamente exigentes no que concerne asquestões climatéricas que assolam as ilhas. E, bem vistasas coisas, não há razão para tal. Temos um climatemperado marítimo com temperaturas amenas quevariam desde os 16ºC no Inverno aos 26ºC no Verão.As temperaturas do mar sofrem influências da Correntedo Golfo, sendo também elas amenas e entre os 14ºCe os 22ºC em média. É certo que no dia-a-dia sentimosna pele os microclimas e os elevados índices dehumidade no ar… E o pior é quando os densosnevoeiros se abatem sobre as ilhas e obrigam aoencerramento dos aeroportos ou condicionam aoperacionalidade dos mesmos. Todos sabemos que afalta de visibilidade nas pistas tem custos: vooscancelados, voos que divergem para outros aeroportos,atrasos nas partidas de voos programados e…passageiros à beira de um ataque de nervos… Estes,sim, são os “custos da insularidade”. Para compensar,temos, para exportação internacional, o “anticiclonedos Açores”…

É óbvio que estas ilhas são mais apetecíveis sem

nevoeiros a cobrir-lhes os cumes, as crateras e aslagoas…. Mas não deixa de haver beleza, mistério epoesia no nevoeiro. É preciso é saber apreciar. Noinverno deparamos com estrangeiros, nos seusimpermeáveis, a calcorrear alegremente as estradas dasnossas ilhas, à chuva e ao vento… E dá para ver queeles não estão propriamente interessados no postalturístico e a cores dos Açores… Há que saber aceitare explorar o nevoeiro como cosa nostra, tal como osturistas aceitam a bruma e a chuva de Londres durantetodo o ano. Acima de tudo, que não nos faltemundividência.

Victor Rui Dores

Post Scriptum: Do aeroporto das Lajes, tomo um táxipara Angra do Heroísmo. Diz-me, espertíssimo, o taxistaMiguel:

-Isto de andar de táxi, é um luxo! Veja lá: acabo detransportar um passageiro que, viajando em low cost,pagou 30 Euros para fazer Lisboa/Terceira, tendopercorrido uma distância de 800 milhas marítimas, oque dá 1. 500 Km. Pois bem, o meu amigo, para chegara Angra, vai fazer 25 km e vai pagar 25 Euros…

Pergunto: Mas que raio de desregulação vem a ser esta?

(1) RIBEIRO, Luis Silva, Obras, vol. II, EtnografiaAçoriana, Instituto Histórico da Iha Terceira, SREC,Angra do Heroísmo, 1982.

(2) NEMÉSIO, Vitorino, Corsário das Ilhas, LivrariaBertrand, Lisboa, 1956.

24 Crónica PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 04 de outubro de 2017

CRÓNICA

DO ATLÂNTICO

Osvaldo Cabral

A fadiga eleitoral

CRÓNICA DE

DANIEL BASTOS

Há um sinal eleitoral preocupante que deve ser reti-rado das eleições autárquicas de domingo: o desinteressedos eleitores nos Açores é maior do que no resto dopaís.

Há mesmo um contraciclo, que já vinha sendo notórionas eleições para a Assembleia da República e até naspresidenciais. Enquanto que a abstenção baixou em todoo país em quase 2%, nos Açores cresceu praticamente0,5%.

Em 2013 houve 104.053 eleitores que não foramvotar. Domingo, foram mais 2.318 que se juntaram aosabstencionistas.

Se juntarmos estes números aos votos brancos e nulos,o cenário é ainda mais cinzento.

Este desinteresse de quase metade da populaçãoeleitoral é revelador da pobreza mobilizadora que se vivena nossa Região e só assim se compreende que, nos indi-cadores da participação cívica a nível das regiões euro-peias, estejamos na cauda da tabela.

É verdade que a abstenção está distorcida, devido àdesactualização dos cadernos eleitorais, mas isto nãoexplica tudo, sobretudo em eleições autárquicas, em queo poder mobilizador é muito maior.

Parece haver aqui um fenómeno de fadiga eleitoral,fruto do domínio avassalador dos partidos políticos nasociedade. É por isso que os chamados pequenospartidos, mesmo com um conjunto de propostas maisinovadoras, não se conseguem impor no panoramapolítico regional, porque o raio de influência junto daspopulações, sobretudo nas zonas rurais, é praticamentenulo.

A rede aparelhística que se espalhou por estas ilhas,com Secções e Núcleos de partidos, associações, organis-mos, clubes, casas do povo e outras instituições públicascompletamente dominadas por interesses partidários,onde impera algum caciquismo nada recomendável, éuma das principais causas para o afastamento doscidadãos.

O triste espectáculo que foi a tentativa de domíniopartidário do Conselho de Ilha de S. Miguel ou, maisrecentemente, os episódios caciqueiros à volta daUnidade de Saúde da Ilha do Pico, são apenas exemplosdaquilo que há de pior na nossa política açoriana, pro-vocando a repulsa dos eleitores e o consequente desin-teresse pela actividade política. Se este cenário não foralterado, é a democracia que perde e o sistema apodrece.

Há que mudar rapidamente todo o sistema eleitoralnos Açores, porque os sinais de fadiga são cada vez mais

evidentes. Temos de criar outros mecanismos de maiorresponsabilização por parte dos eleitos, de modo a que oseleitores possam julgar directamente quem os representa.

As autárquicas de domingo, por exemplo, foram revela-doras para alguns deputados e membros do governo quelideraram listas às Juntas ou Câmaras Municipais e per-deram. Se não conseguem ser eleitos pela população dassuas comunidades, como é que seriam eleitos para o parla-mento se fossem escolhidos pelos eleitores?

Noutro âmbito desta análise, as autárquicas de domingodeixam também outros sinais de reflexão para os principaispartidos da Região.

Desde logo o PS, que foi, sem sombras de dúvidas, ogrande vencedor das eleições, mas perdeu, mais uma vez,parte da sua base eleitoral.

Vasco Cordeiro viu fugir nestas autárquicas mais de2.500 eleitores, menos do que nas regionais, mas o sufi-ciente para explicar que o desgaste da governação tambémterá reflexos junto das populações.

O PSD, ao contrário, reforçou a sua base de votaçãoem mais de 9 mil eleitores, mas isto também não é boanotícia para a liderança de Duarte Freitas, que tinhaperdido milhares de eleitores nas regionais do ano passado.

E porquê? Porque revela que os candidatos autárquicostêm mais valor do que os candidatos regionais do PSD.

As vitórias expressivas de José Manuel Bolieiro e deAlexandre Gaudêncio dão-lhes uma autoridade reforçadano interior do partido e deixam adivinhar uma disputa,certamente interessante, sobre a liderança do PSD, nodia em que os respectivos militantes entenderem quechegou ao fim o reinado de Duarte Freitas. ~

Do lado do PS, parece-me que Ricardo Rodrigues é omais bem posicionado, entre todos os autarcas socialistas,para ambicionar à substituição de Vasco Cordeiro em2024.

O autarca de Vila Franca, que reforçou também a suapopularidade, está dar o exemplo de como se pode rei-niciar uma carreira política, dispensando os lugares nagovernação ou na Assembleia da República, pese emboraa imagem pouco abonatória que deixou nas polémicasem que se envolveu e que o machucaram politicamente.

Em termos de balanço geral, Vasco Cordeiro é o vence-dor destas eleições porque conseguiu manter a maioriadas autarquias, embora estivesse à beira de um ataque denervos se também perdesse Horta e Santa Cruz da Gra-ciosa, que passaram a prova de fogo por uma unha negra.

Ao mesmo tempo é o responsável pelo fracasso da estra-tégia escolhida para Ponta Delgada, apostando de novonum membro do governo, que nem conseguiu melhoraro resultado obtido há quatro anos por José Contente.

Enquanto o PS não fixar os seus candidatos na Vereação,percorrendo um caminho de oposição construtiva einsistente, será difícil obter melhores resultados.

Esta história de, após a derrota, fugir aos compromissoscom os eleitores, para se refugiarem em lugares públicos

mais apetecíveis, só prejudica a imagem do PS e seráoutra das causas para o seu desgaste eleitoral nestesúltimos anos.

Ainda a nível partidário, Duarte Freitas é um dosderrotados da noite, porque coleciona mais uma derrotasob a sua liderança, apesar do PSD ter ganho Nordesteao PS.

E o facto de ter perdido muitas Juntas de Freguesia,no concelho de Ponta Delgada, para o PS, também ésinal de má estratégia na escolha dos candidatos e dotrabalho a nível de bases.

Os restantes partidos não têm expressão eleitoral,como já é costume, com destaque para o CDS, que évarrido em Ponta Delgada, acantonando-se, cada vezmais, na Terceira, sem visão regional.

Ainda em S. Miguel, saliente-se as vitórias expressivasdo PS na Povoação e na Lagoa, com mérito para osrespectivos candidatos, mas também muito deméritodo PSD na escolha das suas candidaturas, todas comperfil fraquíssimo.

O caso de Nordeste – que acabou por ser o caso danoite – é quase uma cópia do que aconteceu com aCâmara da Ribeira Grande em 2013.

A somar às dificuldades financeiras do município, agestão política arrogante e desastrada do seu Presidente,completamente afastado das populações, ditou aquiloque se suspeitava.

Ricardo Rodrigues, na noite eleitoral, deixou escaparuma confissão ao dizer que já havia em entendimentoanterior com os autarcas do PSD para o caso de empatede municípios em S. Miguel, com vista à eleição dapresidência da Associação de Municípios, o que sódemonstra que o PS já esperava a derrota em Nordeste.

E quanto à Associação de Municípios, naturalmenteque o PSD, tendo as Câmaras maiores de S. Miguel,com muito mais população, tem todo o direito emreivindicar a presidência.

Francisco César já percebeu isso e prontamente sugeriuque é o PSD que deve assumir esta presidência, peloque não faz sentido a proposta de Ricardo Rodriguesem dividir o mandato por dois anos entre os doispartidos.

Terminada a contenda, resta agora a todos os eleitosassumirem os anunciados compromissos com as suaspopulações, porque os desafios que vão enfrentar nãosão nada fáceis, sobretudo em muitos municípios ondese regista uma forte desertificação e uma enorme faltade recursos que promova a inovação, em todos ossectores, que se pretende nos dias de hoje.

Mesmo que para isso tenham a humildade de aceitaras boas propostas dos opositores, a começar por PontaDelgada, onde apareceu um conjunto de ideias ino-vadoras, de muitos quadrantes, que são de aproveitar.

Daqui a quatro anos os açorianos saberão, mais umavez, julgar.

Os soldados portugueses que se tornaram emigrantes em Françano final da Grande Guerra

A presença da comunidade portuguesa em França, amais numerosa das comunidades lusas na Europa e umadas principais comunidades estrangeiras estabelecidasno território gaulês, rondando um milhão de pessoas,está historicamente ligada ao processo de reconstruçãofrancês após o fim da segunda Guerra Mundial.Reconstrução, que em parte, foi suportada por umenorme contingente de mão-de-obra portuguesa quemotivada pela procura de melhores condições de vida,e nas décadas de 1960-70 pela fuga à Guerra Colonial eà repressão política do Estado Novo, encontrou nos

setores da construção civil e de obras públicas da regiãode Paris o seu principal sustento.

Mas originariamente, a emigração portuguesa paraFrança está ligada à participação do Corpo ExpedicionárioPortuguês (CEP) na frente europeia da Grande Guerra(1914-1918), acontecimento bélico que levou para Françaem 1917 cerca de 55 mil portugueses para lutar nastrincheiras dos aliados britânicos contra o inimigo alemão,e do qual milhares de soldados não regressaram, optandopor se tornarem emigrantes em terras gaulesas.

Ainda hoje, existem descendentes destes soldados eemigrantes lusos que preservam a sua memória e zelam ocemitério militar português de Richebourg, no norte deFrança, um cemitério militar exclusivamente português,que reúne um total de 1831 militares mortos na frenteeuropeia. É o caso da nonagenária Felicia AssunçãoPailleux, filha do soldado e depois emigrante João

Assunção, um minhoto de Ponte da Barca, que fez parteda 2ª Divisão do CEP e que como outros compatriotasque optaram no final do conflito bélico por não regressara Portugal, onde grassava uma profunda crise política,económica e social, fixou-se na zona onde combateu,no Norte-Pas de Calais, uma zona de minas de carvãoque absorveu muita mão-de-obra.

Ao longo das últimas quatro décadas, Felicia Paileuxtem sido a porta-estandarte da bandeira de Portugalnas cerimónias evocativas da Grande Guerra nocemitério de Richebourg e no monumento aos soldadoslusos em La Couture, no Norte-Pas de Calais, honrandoa memória do seu pai, soldado e emigrante portuguêsfalecido em 1975, que muito antes da emigração maciçados anos 60 escolheu como muitos outros antigoscompanheiros de armas a França para viver, trabalhar econstituir família.

NAS DUAS MARGENS

Vamberto Freitas

Quarta-feira, 04 de outubro de 2017 PORTUGUESE TIMES Crónica 25

Da grande narrativa e do nosso tempo

Abriram ambos um livro e, julgando lê-loestavam a ser lidos.

Rodrigo Guedes de Carvalho, O Pianista de Hotel

O novo romance de Rodrigo Guedes de Carvalho, OPianista de Hotel, uma narrativa de grande fôlego eestrutura mista nas diversas visões e transfigurações danossa sociedade actual, sendo narrado na terceira pessoaé constituído pela polifonia das suas vozes agudas,conscientes da sua sorte, sobrevivendo em todos osestratos sócio-económicos e financeiros da sociedadeque é a nossa, mas a sua geografia precisa não impede auniversalidade do que habitualmente chamamos a con-dição humana nas suas mais diversas versões, ou seja,reconfirma aqui o famoso dito faulkneriano de que todaa grande literatura é feita ou tem como tema dominanteo “coração humano em conflito consigo próprio”. Nãogosto muito de comparações entre um escritor e outro,mas aqui vai outra: se Ernest Hemingway escreveu umromance de guerra sob o título de “Adeus às Armas”, éa busca do amor impossível num hospital que dominaa temática e impulso dominantes da sua obra prima,ou então um Albert Camus a propor ou a relembrar-nos que todo e qualquer ser humano está condenadoinfinitamente a carregar a pedra montanha acima mes-mo sabendo que a tarefa e o sofrimento serão intermi-náveis. É uma outra mostra da nossa capacidade denunca aceitar a derrota. A humanidade, na sua infinitaincapacidade de se aperceber do belo à sua volta, vivesubmergida, cada homem e mulher, na sua condição ecircunstâncias, sendo essa alusão repetida a Ortega yGasset em certas páginas como um refrão a uma tragédiagrega, às origens da nossa própria incapacidade de ultra-passarmos tudo o que nos estava guardado ou ditadopelos deuses.

Esta mais recente obra do autor aqui em foco, o seuquarto romance publicado recentemente, leva-nos aooutro lado do estado da nossa humanidade na sociedadedos nossos dias: o desamor perpétuo entre quase todosos seus personagens principais, sem nunca nunca delesdeixar de tentar dar uma nova direcção nas suas vidas,de recriar a cada passo os seus valores existenciais parasobreviverem por entre a indiferença generalizada numasociedade que anda sem olhar nem ver mais ninguém àsua volta, numa azáfama de vida rumo a nenhures, talcomo os vemos nas ruas de Lisboa aos encontrões, amultidão que nos parece acéfala e que se esconde depoisem apartamentos de onde apenas se avista, quando seavista, as caras sem sorrisos e se ouve os buzinões dosfrustrados ou raivosos. Praticamente toda a trama de OPianista de Hotel gira em volta da vida de um hospital,dos seus médicos, enfermeiros e doentes, o sofrimento

físico e psíquico o inevitável dia-a-dia de cada um, semnunca se dar ou permitir a entrega fácil à desesperança eà morte. O que mais impressiona nesta magnífica e com-plexa ficção é que o leitor nunca se sente deprimido, bempelo contrário, reencontra-se a si próprio, cada ser aquireinventado contendo um pouco de nós todos, o humor,ora leve ora a roçar a sátira (“os médicos não entendemporra nenhuma de medicina”), fazendo-nos tomar cons-ciência de que ninguém está só na sua pouca sorte, deque ninguém deixa de contrariar o que nós portuguesesrepetimos incessantemente como sendo o destino ou onosso fado. Lemos a transfiguração de personagens e“realidades” – mas, para além desse acto de encontros comos outros, lemo-nos a nós próprios. Escrevi-o noutra partequando comecei a ler estas páginas que a grande artepermanece sempre a grande arte, mas quando nos chegaem certos momentos das nossas vidas torna-se ainda maispoderosa e bela no nosso pensamento e emoção, o quefoi – não são chamadas para aqui as razões – o meu casoparticular no encontro com esta prosa. Aliás, a única re-denção para algumas destas vidas é o apego ou a apreciaçãoda própria arte, nas suas muitas formas e géneros, comose depreende do próprio título, mesmo que só reconhecidopor poucos entre todos eles, entre todos nós.

O Pianista de Hotel não tem um mas vários protagonistasque se encontram num entrelaçado de ocasionalidadesou coincidências, cada um deles e delas como que repre-sentando, como já referi, as mais diversas origens e sortesde vida: Maria Luísa, mulher de 27 anos de idade, criadade mesa num restaurante da classe abastada, vivendo sóapós abandono do pai e morte precoce da mãe, linda ecujo corpo é objecto de todos os olhares e desejos de ho-mens e mulheres. Menciono esta personagem porque elaé que movimenta boa parte da narrativa, e é com ela queo romance chega ao fim enquanto se passeia sem rumo eé seguida nesse momento pelo enfermeiro Luís Gustavo,também só, de origem provinciana algures no norte dopaís, e que perde a coragem nesse momento de abordardecisivamente a mulher que bem o poderia aceitar nasua vida, e dar início a nova esperança de alguma feli-cidade. Pelo meio temos médicos sofridos mas dedicados,um homossexual que acaba todo partido no hospital apósum espancamento numa rua da capital e que o leitorsuspeita, sem nunca ser dito pelo narrador, quem foramos seus carrascos, assim como duas psiquiatras de almaatribulada, uma também pela sua orientação sexual, aoutra, ela própria enquanto tenta ajudar os seus pacientes,em contínua psicanálise num combate aos seus própriosdemónios. Nenhum deles foge ao seu inferno, à infe-licidade quotidiana entre a casa e o seu lugar de trabalho.Edmund Wilson acreditava que um breve resumo de umapeça literária era em si próprio já uma “crítica” ou aprecia-ção do seu leitor ao mais que o comove na palavra ou naarte em geral, a humanização de cada ser inventado resideprecisamente nos pormenores mais inesperados das suasvidas, dos seus medos ou da superação ou não que osatormenta e afasta um mínimo de sentido das suas vidas,ou então na sua determinação de fazer a pedra às suascostas nunca o derrotar ou fazer temer o dia seguinte.

Um romance é quase sempre e essencialmente a orde-nação do caos entre os que compõem outros mundosou de ser e estar, é uma aproximação permitida por umdeus ex maquina ou por circunstâncias que os aproxi-mam, mesmo quando incomuns ou inevitáveis. Ofascínio de qualquer leitor mais atento vem desses en-contros e desencontros, como um doente com o seucuidador ou duas pessoas sentadas num bar a partilharo que os rodeia, o que ouvem. Numa narrativa que mui-tas vezes nos parece algo joyceana na sua estrutura epormenores quotidianos que quase sempre nos passa-riam despercebidos, com personagens e acontecimentosa serem descritos em simultâneo, o romance de RodrigoGuedes de Carvalho nunca deixa o leitor penduradoem meras insinuações ou alusões obscuras, a sua prosaé de uma clareza e viveza pouco comuns na nossa lite-ratura. Por certo que na chamada pós-modernidadeliterária a variedade de autores e obras forçam o leitor adefinir os seus gostos muito próprios, a optar por umgénero sobre outro, cada um trazendo à sua leitura, olharou ouvido, o que misteriosamente o faz ver e sobretudorever-se. O autor refere aqui, de quando em quando,que a palavra só por si não chega para espelhar no seutodo a nossa existência. É quase no fim do romanceque juntamos as peças todas, e percebemos por inteiroo seu título.

“Fascinado, porque constatou que o pianista – diz onarrador de uma visita ao hotel do enfermeiro na com-panhia de um médico de nome Pedro Gouveia, queestá também presente em todo o romance, e vão ouvira mestria de um pianista sem fama e que toca para quaseninguém – fazia alguns movimentos, algumas passagensentre teclas, alternava alguns acordes, iguais a algumasaulas que ele tem procurado na internet. Sendo que oConde Melo é um pianista exímio, só os hóspedes dohotel não percebiam, e ao fazer o que fazia tudo pareciamuito fácil, e Luís Gustavo espantou-se, feliz, a vercomo dois ou três corrupios de dedos enchiam a salanuma nuvem harmoniosa… E algo nele disse, eu querofazer isto”.

O Pianista de Hotel é essa peça de arte literária tambémexímia, e que deixa os seus leitores, uma vez mais,reverem as suas próprias circunstâncias nesta longa re-presentação, e a sociedade em que todos vivemos. Creioser o regresso de um certo existencialismo, e fica pelassugestões de que cada personagem vive no isolamentoda sua miséria ou dos seus sonhos, o passado assom-brando, sempre, o presente de cada um deles. “Os meusmortos visitam-me regularmente”, relembra o narradorsobre um deles em busca de si e de outra existência, em“Depois Do Fim”, numa afirmação da e pela vida, sejaela qual for ou nos tenha colocado no labirinto indife-rente do grande mundo que nos rodeia. A uma prosapor vezes crua junta-se a poesia pura de quem olha avida pelos dois lados do espelho de onde sobressai aalma humana, que para sempre sonha com essa “nuvemharmoniosa” ou aponta o dedo aos demónios que noshabitam.Rodrigo Guedes de Carvalho, O Pianista de Hotel, Lisboa D. Quixote/LeYa, 2017.

DESDE LISBOA

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Hélio Bernardo Lopes

Tudo é agora claro

A presença de Pedro Santos Guerreiro num noticiário daSIC veio tornar o caso do dito relatório de Tancos muitíssimoclaro. Tudo passou agora a ser claro, depois de ali mostrar otal conjunto de papeis – o dito relatório –, com um total desessenta e três páginas. O problema, que Pedro tambémacabou por explicar, é que aquele dito relatório nadarepresenta.

O diretor do Expresso explicou que o dito relatório não éum documento oficial. Ou antes, o documento oficial. Ereferiu que os relatórios oficiais das Forças Armadas sãosempre muito secos, curtos, procurando ser concisos.Significa isto, portanto, que o tal dito relatório não é o

relatório oficial. De facto, no plano oficial, não existerelatório algum. O que existe é o que alguns quisseramcolocar num qualquer conjunto de papeis. De resto, mesmoo conteúdo apontado é revelador de uma intenção político-partidária, e constitui-se, por isso, numa intervenção política.

Na próxima edição desta sexta-feira que vem, segundoPedro contou, irá surgir mais informação, só quecompletamente inútil, dado que nada do que uma meia dúziapossa dizer, ou escrever, motivados por causas político-partidárias, tem um ínfimo valor. O que irá ser dito será arealidade: oficialmente, nada existe. E, de facto, não existemesmo.

Infelizmente, nem o Expresso nem Miguel Sousa Tavares,nos expuseram, até agora, o que foi que se passou com aquelaoutra notícia, que envolvia a queda de um avião de combatea incêndios, nem nunca barafustaram com a notícia dossuicídios, ou tentativas para conseguir tal. O contrário, pois,do que se deu, por exemplo, com o caso de Carlos Borrego,ao tempo da governação de Aníbal Cavaco Silva.

Quem já trabalha no Estado, ou no setor privado, sabemuitíssimo bem que a linguagem que figura no tal ditorelatório nunca se usa. Basta olhar, por exemplo, para o que

teve lugar com o caso do Colégio Militar, com o caso doscomandos, com o caso Angoshe, com o de Wiriamu, etc.. Alinguagem deste dito relatório é claramente desbragada,tendo como objetivo o que já se havia tentado com a ditadeposição das espadas frontalmente ao Palácio de Belém, deque se veio a saber que só contaria com três oficiais, tendoterminado, naturalmente, em nada: pôr em causa o Ministroda Defesa Nacional e, por aqui, o Governo.

Enfim, foi excelente a presença de Pedro Santos Guerreirono noticiário da SIC, porque a mesma mostrou que, de facto,se trata de um “relatório”, mas que não é um documentooficial. Como seria de esperar, os autores deste dito relatórionão podem ser revelados, como nada pode ser revelado desdeque conduza aos supostos autores do dito relatório. Ou seja,este dito relatório, de facto, não existe.

Por fim, o quão interessante foi o tempo de intervençãodas associações de militares, que vão já numa de crítica aoPresidente Marcelo Rebelo de Sousa. E, de facto, tambémeste acabou por reconhecer a realidade absolutamenteconsabida: se o Chefe do Estado-Maior-General e as secretaslhe salientam nada existir, bom, é porque o que serve debase à notícia do Expresso vale…nada. E é tudo.

Se tiver algumas perguntas ou sugestões escreva para:[email protected]

ou ainda para:Portuguese Times — Haja Saúde — P.O. Box 61288

New Bedford, MA

HAJASAÚDE

José A. Afonso, MDLecturer da Harvard Medical School

Nesta secção responde-se a perguntas e esclarecem-se dúvidas sobre Segurança Social e outros serviçosdependentes, como Medicare, Seguro Suplementar,Reforma, Aposentação por Invalidez, Seguro Médico eHospitalar. Se tiver alguma dúvida ou precisar de algumesclarecimento, enviar as suas perguntas para:Portuguese Times — Segurança Social — P.O. Box61288, New Bedford, MA. As respostas são dadas porDélia M. DeMello, funcionária da Administração deSegurança Social, delegação de New Bedford.

Délia DeMello

SEGURANÇA SOCIAL ✞NECROLOGIASETEMBRO 2017✞

26 Informação Útil PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 04 de outubro de 2017

O advogado Gonçalo Rego apresenta esta coluna como um serviçopúblico para responder a perguntas legais e fornecer informações deinteresse geral. A resolução própria de questões depende de muitosfactores, incluindo variantes factuais e estaduais. Por esta razão, aintenção desta coluna não é prestar aconselhamento legal sobreassuntos específicos, mas sim proporcionar uma visão geral sobrequestões legais e jurídicas de interesse público. Se tiver algumapergunta sobre questões legais e jurídicas que gostaria de veresclarecida nesta coluna, escreva para Portuguese Times — O Leitore Lei — P.O. Box 61288, New Bedford, MA 02740-0288, ou telefone para(508) 678-3400 e fale, em português, com o advogado Gonçalo Rego.

OLEITOR

E ALEI

ADVOGADO GONÇALO REGO

Otimismo dá anosde vida!

Já dizia Collin Powel que “otimismo perpétuo é ummultiplicador da força”, no que se aplicava a unidadesmilitares, e todos nós sabemos de forma empírica queos otimistas têm melhor qualidade de vida, mas seráque vivem mais?

Finalmente veio a prova afirmativa. Um estudo de 70mil mulheres que incluiu informações obtidas peloNurses Health Study (Estudo de Saúde de Enfermeiras)provou que os otimistas têm muito menos probabilidadede morrer de cancro, doença cardíaca, acidentes vas-culares cerebrais, doenças respiratórias ou infeçõesnum mesmo período de tempo que os mais pessimistas.

O leitor pode pensar que esta conclusão tem a vercom hábitos de vida dos mais otimistas, com possi-velmente maior energia para exercício e menores vícioscomo o álcool ou drogas, mas o estudo “fez a contas”já corrigindo estas diferenças. O que pode ser um fatoré que uma doença pré-existente pode ser a causa dedepressão, e consequente pessimismo, ou que fatoressociais como desemprego ou situação debilitantetenham um papel na morbilidade e mortalidade nesteestudo.

Seja qual for a razão, fica o conselho que o leitor/a seempenhe em manter uma atitude positiva, mesmo emface aos problemas comuns da vida. Estudos anterioresprovaram que se pode aprender a ser otimista e que nãohá merito na resignação ao fadinho da tristeza. O seupensamento positivo é tão importante como tomar asua medicação. Trate-se com um terapeuta, arranjeamizades, veja filmes com conteúdo positivo e pratiqueencontrar o lado bom de qualquer situação.

Haja saúde!

Acidente de automóvelP. — Há dois anos e meio envolvi-me num acidente

automobilístico, tendo sofrido ferimentos graves e estiveem tratamento durante um ano, mas nunca recupereicompletamente. Retomei, recentemente, o tratamento efui informado, por um amigo, que todas as despesas, emrelação a este acidente de carro, são cobertas pela companhiade seguro automóvel. No entanto, qualquer tratamentoapós os primeiros dois anos a contar da data do acidente,não está coberto. Terá razão o meu amigo?

R. — A resposta à sua pergunta é sim. A lei diz,claramente, que a seguradora responsável pela coberturamédica só será responsável por todas as contas incorridasdurante os primeiros dois anos, a partir da data do acidente.Portanto, qualquer pessoa envolvida num acidente deautomóvel, que esteve em tratamento terá de estar cientedesta lei particular. Felizmente, alguns prestadores deserviços médicos não estão cientes dessa lei e poderá terque discutir isso com o seu médico, a fim de evitarquaisquer problemas no futuro.

Nesta coluna, a advogada Judite Teodoro responde a questõesjurídicas sobre direito português. Se pretender ser esclarecidosobre qualquer questão,envie a sua pergunta por email [email protected] ou remeta-a para o Portu-guese Times, PO Box 61288, New Bedford MA 02746-0288.

JUDITE TEODOROAdvogada em São Miguel, Açores

[email protected]

CON-SUL-

TÓRIOJURÍ-DICO

Qual a percentagem que osherdeiros têm nas partilhas?

A lei civil na secção de sucessões indica as várias classesde sucessíveis.

Desde logo encabeça a classe de sucessíveis os filhos ecônjuge sobrevivo.

Se há mais que um filho o cônjuge não pode recebermenos que 1/4 da herança, sendo os outros 3/4 divididospelos filhos.

Mas temos ainda que ter em consideração se o falecidodeixou testamento, se os bens também são pertença docônjuge sobrevivo, porque nestas circunstâncias metadedo valor dos bens é da esposa ou do esposo que também éherdeiro ou herdeira da outra metade com os filhos.

Se houver testamento a percentagem ainda será menorporque ter-se-à em conta a parte que o falecido ou falecidoterá testado, que como já tivemos oportunidade de referirnão pode ser superior a 1/3 do valor total da herança.

Relembramos que esta resposta não dispensa a consultada legislação aplicada ao caso concreto, e que versaexclusivamente sobre a lei portuguesa.

• [email protected]

P. — Estou reformado desde os 65 anos de idade mascontinuo a trabalhar. Agora tenho 68 anos de idade. Seo meu patrão me despedir por falta de trabalho será queposso coletar o dinheiro que descontei durante o tempoque trabalhei?

R. — O desconto para o FICA é obrigatório paraqualquer indivíduo empregado em trabalho cobertopelo o sistema. Quando um pensionista recebe benefíciosdo Seguro Social de reforma, e continua empregado, ossalários são declarados à administração. Quandorecebemos a informação efetuamos uma reavaliaçãodos benefícios para assim incluir o ano adicional desalários. Para o indivíduo ver um aumento no montanteque recebe, o salário tem de ser superior do que um anousado na avaliação original. Receberá correspondênciado Seguro Social que explicará qualquer mudança noseu benefício. Para informações sobre a sua elegibilidadepara benefícios do fundo de desemprego (“Unem-ployment Benefits”) terá que nos contactar diretamente.

P. — O meu marido faleceu no dia 9 de dezembro de2016. A minha pergunta é se tenho direito a receber apensão do meu marido do mês de dezembro. Quando elese reformou o primeiro mês ficou dentro. Será que tenhodireito a esse montante de dezembro?

R. — Sim, o recipiendário sobrevivente geralmentetem direito a benefícios efetivos com o mês dofalecimento, logo que possa cumprir com todos osrequisitos de elegibilidade. Quando nos contactar parasubmeter o seu requerimento para benefícios, um dosnossos representantes explicará o montante que terádireito a receber, conforme o seu caso. Além disso terádireito ao “lump sum death payment” de $255.

P. — Estou fora do trabalho há quase dois anos pormotivos de saúde. Não solicitei ajuda antes porque tinhaesperança de melhorar e voltar a trabalhar. Será que épossível receber benefícios por incapacidade por qual-quer dos meses antes de submeter o meu requerimento?

R. — Podemos pagar benefícios de Seguro Social por12 meses antes de ter submetido o seu requerimento,logo que for determinado que tinha uma incapacidadedurante aquele tempo e possa cumprir com todos osoutros requisitos.

P. — Qual o máximo atualmente de salários sujeitosa imposto de Seguro Social em 2017?

R. — Em 2017 o máximo montante em salários queum indivíduo tem que pagar imposto de Seguro Socialé de $127,200.00. Esse montante é aumentadoanualmente. Todavia, não há máximo nos saláriossujeitos a imposto para o Medicare. Terá que pagarimposto de Medicare em todos os seus salários.

P. — Estou a pensar em reformar-me e voltar aPortugal dentro de um ou dois anos. Podeinformar-mese é possível receber os meus cheques em Portugalatravés de depósito eletrónico em vez de me ser enviadopor correio?

R. — Sim, pode e deve utilizar o depósito eletrónico,pois é mais seguro e conveniente e além disso receberáo seu pagamento mais cedo do que se fosse por correio.Também pode evitar pagar uma taxa por trocar o cheque.

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Maria S. Reis, 65 anos, falecida dia 26 de setembro,em East Providence. Natural da ilha Terceira, era viúvade Manuel V. Reis. Deixa os filhos Nancy da Rocha,Elizabeth Reis, Mónica Reis, Denise Reis, Victoria C.Lima e cinco netos. Era irmã de David da Costa,Anabela da Costa, Filomena Cúrcio, Fernando da Costae do saudoso Antero da Costa.

Norbina Pacheco da Silva, 78 anos, falecida dia 28de setembro, em Fall River. Natural do Porto Formoso,S. Miguel, deixa viúvo José Alberto da Silva, doisfilhos: Joe da Silva e Paul da Silva; quatro filhas, GraceMedeiros, Mary Tavares, Teresa Gomes e Sandra daSilva. Sobrevivem-lhe ainda duas irmãs, Maria RosárioMota e Elvira Monte; três netos, dois bisnetos, váriossobrinhos e sobrinhas. Era irmã de Manuel, José,Nicolau e Sebastião do Monte, todos já falecidos.

Jorge F. Silva, 82 anos, falecido dia 30 de setembro,em Medford. Deixa viúva Maria Olga Machado Silvae os f ilhos George Silva, Victor Silva, ElizabethBaptista, Luís Silva e oito netos. Era irmão de Joe eJaime Silva e da falecida Maria José da Silva.Sobrevivem-lhe ainda vários sobrinhos e sobrinhas eoutros familiares.

Cristina de Melo, 86 anos, falecida dia 30 desetembro, em New Bedford. Natural de Santa Cruz,Lagoa, ilha de S. Miguel, era viúva de José Joaquim deMelo. Deixa os filhos John António de Mello, JosephPaul de Mello; cinco netos, três bisnetos, duas irmãs:Adriana Jorge e Maria do Rosário Almeida, assim comovários sobrinhos e sobrinhas.

Maria Plácido, 86 anos, falecida dia 29 de setembro,em Fall River. Natural do Porto Formoso, São Miguel,era viúva de Manuel F. Cabral. Deixa oito filhos: FátimaNogueira, Laudalina Teixeira, Manuel António Cabral,Maria José Martin, Ana Sousa, Rui Jorge Furtado,Catarina Arruda e Natércia Furtado. Sobrevivem-lheainda seis irmãos e irmãs: Manuel Plácido, RosáriaPlácido, Artur Plácido, Maria José Plácido, HortênciaPlácido e Mariano Plácido; 16 netos, 13 bisnetos, váriossobrinhos e sobrinhas. Era irmã de Natália Plácido ede António Plácido, ambos já falecidos.

Quarta-feira, 04 de outubro de 2017 PORTUGUESE TIMES Gazetilha 27

QUINTA-FEIRA, 05 DE OUTUBRO18:00 -TELEJORNAL 18:30 - A OUTRA 19:30 - ESPAÇO MUSICAL 20:00 - AÇORES NO PRATO20:30 - BABILÔNIA21:30 - BOA NOVA VIDA 22:00 - AGENDA 22:10 - TELEJORNAL (R)

SEXTA-FEIRA, 06 DE OUTUBRO18:00 - TELEJORNAL 18:30 - A OUTRA19:30 - VARIEDADES 20:30 - BABILÔNIA22:00 - AGENDA 22:10 - TELEJORNAL

SÁBADO, 07 DE OUTUBRO19:00 - FIM DE SEMANA 20:00 - TELEDISCO 21:00 - SMTV22:00 - VARIEDADES

DOMINGO, 08 DE OUTUBRO14:00 - BABILÔNIAOS EPISÓDIOS DA SEMANA 19:00 - MISSA DOMINICAL 20:00 - NÓS20:30 - DUELO DE IDEIAS21:00 - CONCERTO

SEGUNDA, 09 DE OUTUBRO18:00 - TELEJORNAL 18:30 - A OUTRA 20:00 - NOTÍCIAS SMTV 20:30 - BABILÔNIA 21:30 - AGENDA22:00 - TELEJORNAL (R)

TERÇA-FEIRA, 10 DE OUTUBRO18:00 - TELEJORNAL18:30 - A OUTRA 19:30 - TELEDISCO 20:30 - BABILÔNIA22:00 - AGENDA 22:05 - TELEJORNAL

QUARTA-FEIRA, 11 DE OUTUBRO18:00 - TELEJORNAL 18:30 - A OUTRA19:30 - VOCÊ E A LEI/ À CONVERSA C/ ONÉSIMO 20:00 - NÓS (magazine)20:30 - BABILÔNIA21:30 - BOA NOVA VIDA 22:00 - AGENDA 22:10- TELEJORNAL (R).

Toda a programação é repetida depois da meia-noite e na manhã

do dia seguinte.

Programação do Portuguese

Channel

Tenho um desejo profundo,Qu’ os fanáticos e os ateus,Tentam unir este mundo,Numa só Fé, um só Deus!

Um mundo cheio de Amor,Distribuído a rodosE que o nome do Senhor,Seja igual para nós todos!

Um mundo cheio de esperança,Em que o selvagem LeãoPossa brincar com a criança,Tudo seja uma união!

Um Paraíso capaz,Com muita Paz, Alegria.Sem faltas, sem Satanás,Ter o Pão de cada Dia!

Um mundo livre do mal,Sem fanáticos nem ateus,Com uma só Catedral,Só governada por Deus!

E isto está prometido,Mas Senhor, Depressa vem!O mundo está envolvido,Que não se entende ninguém!

Senhor, acode depressa,Há lume rente ao pavio.Por enquanto, é só conversa,Princípio dum desafio!

Mas pode que aconteça,Porque nalgumas nações,Andam Mulas sem CabeçaA fazer as decisões!

E, basta um pouco desvio,A bomba já não aguenta,Chega-se o lume ao pavio,E a bomba estoura, rebenta!

E, não é nada de novoDizer que o resultado,Quem morre, é sempre o povo,O governo está guardado!

Por isso, há que pensar,Procurem outros caminhos,Se eles querem brigar,Que briguem eles sozinhos!

Eu não conheço as LeisQue se usa atualmente,Mas, antigamente os Reis,Iam combater na frente!

Quando um Rei declaravaGuerra, com outra nação,Ele também lá estava,Com sua espada na mão!

Ele, não falava e fugia,Era do grupo da frente,Que lutava e se feria,Como qualquer combatente!

E como demonstração,Que na luta eram iguais,Temos, D. Sebastião,Que foi, já não voltou mais!

Mas vamos falar de unir,Os governos, as nações,Assim como reunirDiferentes religiões.

Ser uma Igreja comum,Todos juntos com bons modos,Lembrem que, Deus é só um,ELE, é o Deus de nós todos!

Não há mais que duvidar,É só um Deus, que nós temos,E, para quê mais falar?…Todos nós já bem sabemos!

Este é o meu desejoE quem não acreditarNão vendo como eu vejo,Venha aqui desabafar!

Eu não sou um sabichão,Somente eu desabafei,Lá se estou certo ou não,Confesso que eu não sei!

Mas, aqui não há mentira,Vejam-me certo eu errado,O MEU DEUS, ninguém me tira,Estou a ELE agarrado!

P. SEstá o Mundo alienado?!

O Mundo anda em devaneio,Onde irá isto parar,Como um cavalo sem freio,Nem rédeas para o aguentar!

Não há quem ponha a barbela,O fanatismo é tão forte,Quer seja Venezuela,Ou a Coreia do Norte!

Há mais e até demais,Que nem precisa falar,Sabemos que são iguais,Com mantas para abafar!

O mundo foi anexado,Por vícios de toda a ordemEndireitar o errado,Os mandões nunca concordem!

Porque ali é que domina,Todas as suas razões,A tal chamada propina,A causa dos seus milhões!

Por isso, eu vou-me calar,Senão, a coisa me toca,Não posso desabafarAgora… cala-te boca!

Povo que paga a propina,Paga, sofrendo em surdina!

Um mundo unido…Quando?!

GAZETILHAZÉ DA CHICA

Há 40 anos

Na sua edição 293, de 14 de outubro de 1976, Portuguese Times destacava em toda a largura na primeira página o auxílio económico norte-amer-icano a Portugal. O ministro dos Negócios Es-trangeiros de Portugal, Medeiros Ferreira, duran-te a sua estada em Nova Iorque, onde participou na 31. Assembleia geral das Nações Unidas, avis-tou-se com os responsáveis pela diplomacia de diversos países, entre os quais debateu as relações com Portugal e questões de política internacional de interesse mútuo.

PROCISSÃO e missa campal em Fall River. Milhares de pessoas participaram na procissão de velas que teve lugar em Fall River, dia 13 de out-ubro, na Catedral de Santa Maria até ao Kennedy Park, onde foi celebrada missa campal pelo Bispo D. Daniel Cronin e acolitado por dezenas de sac-erdotes.

ESPANHOL atirado ao mar em Ponta Delgada. Dois tripulantes de uma traineira espanhola atra-cada ao porto de Ponta Delgada envolveram-se em desordens violentas com um grupo de popu-lares que os perseguiu até à Avenida do Infante, acabando por atirar um deles ao mar. Ambos sof-reram ferimentos ligeiros.

DECLARAÇÕES do presidente norte-ameri-cano Gerald Ford foram criticadas em Portugal, ao afirmar que o sucesso da política externa dos Estados Unidos impediu os comunistas de assum-irem o poder em Portugal.

ALAN SILVA, natural de Fall River, era no-meado para prestar serviço no departamento de relações internacionais da Embaixada dos Esta-dos Unidos em Lisboa.

JOHN Medeiros, artistas de mérito na arte de gravar osso de baleia (Scrimshaw) exponha os seus trabalhos no Swansea Mall.

MEDEIROS Ferreira, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, afirmava que o Governo português apoia o ingresso de Angola nas Nações Unidas.

O RANCHO Folclórico do Clube Português de Hartford celebrava quatro anos de existência com uma festa muito concorrida.

PRESENÇA Portuguesa no Festival Bostonia-no através de uma exposição de pintura com vári-os artistas luso-americanos, exibição de folclore e costumes portugueses, fados e canções por ar-tistas lusos.

Auxílio económico norte-americano a Portugal

COZINHA PORTUGUESA“Roteiro Gastronómico de Portugal”

28 Telenovela/Horóscopos/Culinária PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 04 de outubro de 2017

Capítulo 016 - 09 de outubroInês disfarça e Beatriz não percebe que a

amiga ouviu a conversa do marido. Inês desabafa com Alice sobre o que ouviu na

casa de Beatriz. Diogo reclama da implicância de Dora com

sua profissão e Gabi escuta. Rafael conta para Teresa e Estela que jantará

com a família de Laís e as mães ficam entusias-madas.

Consuelo destrata Rafael. Aderbal e Consue-lo ficam incomodados com Rafael e as coisas que ele fala. Cris procura o ex-marido e Regina a encontra e fica furiosa. Vinícius vê que Regina estava lá e vai atrás da moça. Aderbal expulsa Rafael de sua casa e proíbe a filha de voltar a encontrar o rapaz, depois dele dizer que é ateu. Vinícius explica sua situação com Cris para Re-gina, ela fica comovida, mas vai embora. Muri-lo e Alice discutem e a moça se sente humilha-da, mesmo Murilo dizendo que está apaixonado por ela.

Paula não consegue contar para Tadeu que alugará um apartamento. Vinícius discute com Cris.

Capítulo 017 - 10 de outubroInês humilha Alice, xingando a filha, que fica

arrasada. Inês pede para Alice ajudá-la a se ar-rumar para a festa de Diogo, mas a filha respon-de de forma mal educada e deixa a mãe sozinha. Valeska ouve Paula conversar com Karen sobre o apartamento e fica intrigada. Rafael desabafa com Ivan sobre Laís, contando o quão estranho foi o jantar com os pais de Laís e o treinador dá suas opiniões sobre o assunto.

Cris fala de Regina para Olga, de forma es-nobe e ciumenta. Beatriz tenta seduzir Diogo em plena coletiva de imprensa, sob os olhares de todos, inclusive de Evandro. Diogo se inco-moda com a aproximação de Beatriz, mas não diz nada. Inês conversa com Evandro, tentando flertar com o empresário, que está claramente entediado. Regina reclama da presença de Inês no evento e Beatriz consegue manipulá-la, en-ganando a dona de barraca e despistando o as-sunto.

Luís Fernando aparece na coletiva, incomoda Regina e acaba convencendo Carlos Alberto a marcar um horário para conversar com ele so-bre assessoria de marketing. Beatriz é explícita em suas intenções e tenta envolver Diogo, mas Gabi se aproxima e interrompe. Dora e Regina encontram Cris e Olga na rua, e Dora constran-ge a filha, indo pedir satisfações à Cris.

Olga não gosta de Regina e despreza a atitude de Dora. Bento vê Olga e Cris conversando com Dora e Regina e fica intrigado. Beatriz pensa em Diogo. Valeska conta para Tadeu que Pau-la pediu para Karen encontrar um apartamento para ela, de propósito, e o rapaz fica confuso e irritado. Wolnei conta para Inês que Diogo é irmão de Regina.

Capítulo 018 - 11 de outubroTeresa pede que Inês lhe entregue a docu-

mentação sobre o patrocínio que a Souza Ran-gel dará à associação de esporte.

Bento conta que viu a mãe dele, a sogra, a Cris e a Regina conversando. Vinicius procura a mãe para esclarecer. Vinícius procura Regina e os dois se beijam. Inês questiona Beatriz sobre sua intenção com Diogo. Beatriz discute com Inês. Diogo conta para Ivan sobre o assédio de Beatriz.

Tadeu tira satisfações com Paula sobre seu desejo de se mudar.

Estela incentiva Rafael a procurar Laís. Pau-la e Tadeu vão ao restaurante de Olga. Aderbal acompanha o incêndio na rodoviária e Queiroz filma os salvamentos de Aderbal às supostas ví-timas do incêndio na rodoviária e o prefeito é ovacionado. Alice se apresenta para Helô.

Helô aconselha Alice a não entrar na vida da prostituição. Murilo provoca um encontro entre Alice e Evandro. Evandro fica interessado em

Lombo de Bacalhau• 1 embalagem de lombo de

bacalhau, sem pele e es-pinhas

• 1 cebolinha nova• 1 lata de grão cozido• 1 tomate maduro• 100 ml de azeite 0,4º• 2 dentes de alho• 1 ramo de tomilho• 1 ramo de salsa• pimenta preta a gostoConfecção:Descongele o bacalhau com an-

tecedência, de modo a não alterar a sua textura.

Refogue a parte branca da ce-bolinha nova e um dente de alho em azeite, e adicione o grão cozido mais a sua água, deixando ferver durante alguns minutos.

Passe com um passe-vite ou uma varinha mágica, de modo a ficar em puré bem fino.

Reserve.Coloque os lombos num tachin-

ho com tampa e tempere com o azeite, os dentes de alho, o tomilho e a folha de louro.

Leve ao lume muito brando, de modo a não ferver o bacalhau e co-zinhá-lo lentamente por um perío-do que variará de acordo com o tamanho das peças e a potência do fogão (aprox. 15-20 min.).

Corte a cebolinha verde em tir-inhas, assim como o tomate sem pele e sementes.

Salpique com salsa picada e tempere com azeite e pimenta do moinho. Emprate o puré de grão, dispondo as peças de bacalhau har-moniosamente e decorando com a pequena salada de cebolinha. Mol-he com o caldo de bacalhau resul-tante da cozedura, bem reduzido, de modo a ficar espesso e untuoso.

Borrego Assado com Abóbora

• 1,5 kg de borrego• 100 grs. de toucinho en-

tremeado• 2 cebolas• 1 ramo de salsa• sal• pimenta branca• pimentão doce• 60 grs. de banha• 4 dentes de alho• 2,5 dl de vinho branco• 1,5kg de abóboraConfecção:Faça uma massa com os alhos es-

magados e um pouco de sal.Junte a banha e o pimentão moí-

do. Barre o borrego com esta mas-sa, deixando-o a marinar durante uma hora. Ligue o forno a (180ºC).

Leve o borrego a assar, regan-do de vez em quando com 2 dl de vinho branco, para não queimar no fundo, assim como com o próprio molho do assado. O tempo de as-sadura não deverá ser inferior a 1 hora, dependendo da rijeza da carne. Sirva inteiro ou aos boca-dos, decore com salsa e acompan-he com a abóbora. Descasque a abóbora, limpe-a e corte-a em fa-tias de 1 cm de espessura. Tempere com sal e um pouco de pimentão moído ou colorau. Descasque as cebolas e corte-as em rodelas finas.Corte o toucinho também em fa-tias finas. Numa assadeira, coloque uma camada de cebola, a seguir umas fatias de toucinho, depois uma camada de fatias de abóbora.

Regue com 1/2 dl de vinho bran-co e um pouco da gordura do as-sado de borrego ou um pouco de azeite e leve a assar ao forno du-rante 40 minutos. Sirva na própria assadeira.

CARNEIRO - 21 MAR - 20 ABR

BALANÇA - 23 SET - 22 OUT

TOURO - 21 ABR - 20 MAI

ESCORPIÃO - 23 OUT - 21 NOV

GÉMEOS - 21 MAI - 20 JUN

SAGITÁRIO - 22 NOV - 21 DEZ

CARANGUEJO - 21 JUN - 22 JUL

CAPRICÓRNIO - 22 DEZ - 19 JAN

LEÃO - 23 MAR - 22 AGO

AQUÁRIO - 20 JAN - 18 FEV

VIRGEM - 23 AGO - 22 SET

PEIXES - 19 FEV - 20 MAR

Alice, mas a garota ainda não se sente segura. Diogo se encontra com Beatriz na constru-

tora.

Capítulo 019 - 12 de outubroDiogo teme perder seu patrocínio por ter

feito sexo com Beatriz, mas ela diz que ainda não conseguiu tudo que queria com ele. Celina aconselha Inês, mas a advogada não ouve e des-tila todo seu ódio por Beatriz, arquitetando seu plano de vingança. Chega o dia da inauguração do bar de Tadeu e o rapaz fica muito ansioso. Paula chega de surpresa e entrega um presen-te. Tadeu finge gostar da camisa que ganha de Paula e a advogada acredita. Mas, na hora da inauguração do bar ele decide não usar e a moça fica chateada. Rafael espera Laís na saída de sua escola, mas, Consuelo surpreende a neta e a leva para uma consulta médica e a menina deixa Rafael esperando, acreditando que levou um fora. Valeska provoca Regina, por inveja, na Praia. Regina responde à altura e Valeska sai.

Bento e Vinícius falam sobre Regina. Inês questiona Zélia sobre Marta, a primeira

esposa de Evandro, com a intenção de seduzir o marido de Beatriz. Luís Fernando convence Carlos Alberto a patrocinar um documentário sobre a associação e tira dinheiro do treinador, dizendo que comprará equipamentos. Teresa tem uma séria briga com o ex marido por tele-fone e rasga a carta que fez para Lauro. Estela pede para Rafael recuperar a carta que Teresa escreveu para Lauro e decide fazer uma surpre-sa para a companheira. Regina e Vinícius via-jam para uma pousada romântica e Julia incen-tiva o casal. O incêndio na rodoviária de Jatobá vira assunto na casa de Teresa e Beatriz pensa em conseguir uma licitação para construir a nova rodoviária. Inês pesquisa a vida de Mar-ta e deixa Alice perplexa. Diogo sente ciúmes de Gabi. Luís Fernando surpreende Karen. Laís chora ao perceber a desconfiança do pai. Ader-bal trata a filha com desdém e só se preocupa com sua situação política, ao ficar feliz por sa-ber que a menina ainda é virgem.

Regina e Vinícius se mostram apaixonados e passam uma noite romântica na pousada.

Capítulo 020 - 13 de outubroMurilo apresenta Alice a Guto, mas Alice de-

siste do programa, frustrando Guto e deixando Murilo aliviado. Paula vê Wolnei com a camisa que deu para Tadeu e fica chateada. Dora perce-be e a advogada desabafa com a vizinha.

Rafael entra em contato com Laís. Os dois conversam sobre o que houve na saída da es-cola, Laís explica o mal entendido e Rafael se mostra compreensível. O casal marca um encontro. Aderbal decide pedir perdão a Laís, mas ainda não aceita Rafael. A menina resolve não prolongar o assunto. Valeska e Paula bri-gam na inauguração do bar e Tadeu é obrigado pela polícia a fechar o estabelecimento. Tadeu fica frustrado e Paula, chateada. Na pousada, Vinícius conta para Regina como era sua vida com o irmão. Regina ouve Vinícius com aten-ção e o advogado se emociona. Alice pede a Murilo um tempo para pensar sobre fazer ou não programa com Evandro. Inês pergunta so-bre Evandro para Carla, que não estranha e pas-sa informações. Cris confessa para Bento que ainda gosta de Vinícius e o rapaz a aconselha a seguir sua vida longe do amigo.

Aderbal recebe o dinheiro da empresa que vai construir a rodoviária e comemora com Queiroz. Alice briga com Inês, que ofende e humilha a filha, e decide aceitar a proposta de Murilo para se tornar a nova garota de progra-ma de Evandro. Murilo se anima e não disfar-ça o quanto gostou da decisão da namorada. Diogo recebe uma ligação de Beatriz e mente para Gabi que precisa fazer um exame para a Associação. Evandro e Carlos Alberto conver-sam sobre Alice e ficam entediados quando Inês aparece no clube de golfe. Beatriz recebe Diogo em seu apartamento.

Amor: Saberá notícias at-ravés de um amigo. A sua vida social andará muito animada.

Saúde: Atenção com as noitadas e os ex-cessos, seja comedido.Dinheiro: Um amigo irá pedir-lhe ajuda financeira. Números da Sorte: 8, 17, 11, 4, 2, 3

Amor: Poderá sentir-se um pouco perdido e em busca de si próprio.

Saúde: Dedique-se a práticas de relax-amento como o yoga e a meditação.Dinheiro: Prepare o seu trabalho desen-volvendo novas ideias.Números da Sorte: 8, 1, 14, 11, 31, 22

Amor: Momento em que estará confiante e, por isso, encontrará um clima de equilíbrio nas suas relações.

Saúde: Possíveis problemas no sistema nervoso poderão surgir.Dinheiro: Aposte na projeção profis-sional.Números da Sorte: 8, 11, 6, 36, 22, 4

Amor: O amor acontece quan-do menos se espera. Que a sua alma seja bela e transparente!

Saúde: Durma o máximo de horas que puder.Dinheiro: O seu bom desempenho poderá ajudá-lo a subir para um cargo de chefia.Números da Sorte: 8, 17, 14, 10, 2, 3

Amor: É necessário que deixe de exigir tanto do seu par. Ago-ra é tempo para partilhar

Saúde: Retire da sua alimentação comi-das ricas em gorduras.Dinheiro: Organize as suas tarefas para poder evoluir na carreira.Números da Sorte: 9, 6, 5, 4, 7, 1

Amor: Resolva os desenten-dimentos através do diálogo. Saúde: Uma dor de garganta

poderá incomodá-lo e dar origem a uma constipação.Dinheiro: Tenha uma atitude mais confi-ante.Números da Sorte: 1, 8, 14, 10, 11, 6

Amor: Uma discussão com a pessoa amada poderá deixá-lo renitente.

Saúde : Dedique-se a atividades que lhe dêem prazer.Dinheiro: Desempenhe as suas tarefas profissionais o melhor possível.Números da Sorte: 18, 11, 14, 27, 47, 49

Amor: O seu estado de an-siedade poderá originar dis-cussões.

Saúde: Tendência para andar um pouco descontrolado.Dinheiro: Seja fiel a si mesmo e siga à risca os planos que traçou.Números da Sorte: 3, 36, 25, 14, 7, 8

Amor: Converse com o seu par para resolver divergên-cias conjugais. Fale sobre o

que é verdade, necessário e carinhoso.Saúde: Tente descansar mais.Dinheiro: Acredite mais na competência dos seus colaboradores.Números da Sorte: 9, 10, 20, 30, 4, 7

Amor: Passe mais tempo com os seus amigos. Estreite os seus laços de amizade.

Saúde: Lembre-se das sessões de trata-mento que tem que fazer.Dinheiro: Com empenho e dedicação, conseguirá alcançar os seus desejos.Números da Sorte: 6, 15, 23, 32, 40, 51

Amor: O seu par poderá estar demasiado exigente consigo. Saúde: Faça uma seleção dos

alimentos que mais beneficiam a sua saúde.Dinheiro: Aproveite a ajuda de um cole-ga para desenvolver um projeto.Números da Sorte: 2, 6, 19, 20, 27, 42

Amor: Uma mudança de pla-nos pode afetar a sua relação. É tempo de um novo recomeço!

Saúde: Procure estar em paz espiritual-mente.Dinheiro: Não gaste mais do que o necessário.Números da Sorte: 9, 7, 1, 10, 20, 33

I LIGA – 8ª JORNADA

RESULTADOSDesportivo de Chaves – Tondela ...........1-1 (1-1 ao intervalo)Paços de Ferreira – Moreirense ....................................... 3-2 (2-1)Portimonense - Desportivo das Aves ............................ 2-2 (1-1)Boavista – Feirense ............................................................... 1-0 (1-0)Rio Ave - Vitória de Setúbal .............................................. 2-1 (0-0)Sporting de Braga - Estoril-Praia .................................... 6-0 (2-0)Sporting - FC Porto ......................................................................... 0-0Marítimo – Benfica ............................................................... 1-1 (0-1)Belenenses - Vitória de Guimarães ................................ 1-0 (1-0)

PROGRAMA DA 9ª JORNADASexta-feira, 20 outubro

Estoril-Praia – Boavista, 20:30 (Sport TV)Sábado, 21 outubro

Feirense - Rio Ave, 16:00 (Sport TV)Vitória de Setúbal – Marítimo, 18:15 (Sport TV)FC Porto - Paços de Ferreira, 20:30 (Sport TV)

Domingo, 22 outubroTondela – Belenenses, 16:00 (Sport TV)

Desportivo das Aves – Benfica, 18:00 (Sport TV)Sporting - Desportivo de Chaves, 20:15 (Sport TV)

Segunda-feira, 23 out:V. Guimarães – Portimonense, 19:00 (Sport TV)

Moreirense - Sporting de Braga, 21:00 (Sport TV)

CLASSIFICAÇÃO J V E D Gm-Gs P01 FC PORTO 08 07 01 00 19-03 2202 SPORTING 08 06 02 00 16-04 2003 BENFICA 08 05 02 01 16-06 1704 MARÍTIMO 08 05 01 02 09-06 1605 SPORTING BRAGA 08 05 00 03 15-09 1506 RIO AVE 08 04 02 02 09-06 1407 BELENENSES 08 04 01 03 10-11 1308 BOAVISTA 08 03 01 04 07-08 1009 VITÓRIA GUIMARÃES 08 03 01 04 07-14 1010 PAÇOS FERREIRA 08 02 03 03 09-11 0911 DESPORTIVO CHAVES 08 02 02 04 09-11 0812 FEIRENSE 08 02 02 04 09-12 0813 VITÓRIA SETUBAL 08 01 04 03 07-08 0714 PORTIMONENSE 08 02 01 05 11-17 0715 TONDELA 08 01 03 04 10-12 0616 DESPORTIVO AVES 08 01 03 04 07-12 0617 MOREIRENSE 08 01 03 04 06-14 0618 ESTORIL-PRAIA 08 02 00 06 08-20 06

II LIGA – 9ª JORNADA

RESULTADOSGil Vicente - Vitória de Guimarães B ........................................ 3-0Sporting da Covilhã – Arouca ..................................................... 1-0Real Massamá - Famalicão ........................................................... 1-1Cova da Piedade - Leixões ........................................................... 2-0Varzim - Oliveirense ........................................................................ 0-1União da Madeira - Penafiel ........................................................ 0-0Académico de Viseu - FC Porto B .............................................. 4-1Sporting B - Santa Clara ................................................................ 4-3Académica - Benfica B ................................................................... 1-2Sporting de Braga B – Nacional ................................................. 5-4

PROGRAMA DA 10ª JORNADASábado, 21 outubro

Penafiel - Sporting B, 11:15Nacional - Cova da Piedade, 16:00Oliveirense - Real Massamá, 16:00

Leixões - Académica, 16:00Famalicão - Académico de Viseu, 16:00

Sporting de Braga B - Sporting da Covilhã, 16:00Domingo, 22 outubro

Arouca - Gil Vicente, 11:15Benfica B - União da Madeira, 15:00

Santa Clara - Vitória de Guimarães B, 15:00 locais FC Porto B - Varzim, 16:00

CLASSIFICAÇÃO J V E D Gm-Gs P01 ACADÉMICO VISEU 08 06 01 01 14-06 1902 SANTA CLARA 09 06 00 03 17-12 1803 FC PORTO B 09 05 01 03 14-12 1604 NACIONAL 08 04 02 02 16-10 1405 GIL VICENTE 08 04 02 02 11-07 1406 FAMALICÃO 09 03 05 01 10-08 1407 SPORTING B 09 04 01 04 15-17 1308 LEIXÕES 08 04 01 03 10-13 1309 COVA PIEDADE 09 04 00 05 11-09 1210 BENFICA B 09 03 03 03 11-10 1211 VARZIM 09 03 02 04 12-10 1112 UNIÃO MADEIRA 09 02 04 03 10-09 1013 ACADÉMICA 08 03 01 04 13-13 1014 AROUCA 09 02 04 03 05-08 1015 SPORTING COVILHÃ 09 02 03 04 10-12 0916 OLIVEIRENSE 08 02 03 03 07-09 0917 PENAFIEL 08 02 03 03 07-12 0918 SPORTING BRAGA B 09 01 05 03 11-15 0819 V. GUIMARÃES B 09 02 02 05 08-17 0820 REAL 08 02 01 05 12-15 07

Campeonato de Portugal 5ª - Jornada

Serie ASão Martinho – Vizela .............0-1Vilaverdense – Arões ...............2-1Merelinense – Mirandela........2-1Oliveirense – Mondinense .....5-1Bragança – Fafe..........................0-2Atl. Arcos - U.Torcatense ........0-1M.Argozelo - Montalegre ......1-2P.Salgadas - C. Lobos ..............3-1

Classificação01 VILAVERDENSE .....................1102 VIZELA ......................................1103 FAFE ..........................................1104 PEDRAS SALGADAS ............0905 CÂMARA DE LOBOS ...........0906 UNIÃO TORCATENSE .........0907 ARÕES ......................................0808 MIRANDELA ...........................0709 MONTALEGRE .......................0710 MONDINENSE.......................0711 MERELINENSE .......................0612 SÃO MARTINHO ..................0613 OLIVEIRENSE .........................0414 BRAGANÇA ............................0315 ATLÉTICO DOS ARCOS .....0316 MINAS DE ARGOZELO .......00

06.ª Jornada (08 out)

Vizela – Pedras SalgadasArões - São Martinho

Mirandela - Vilaverdense Mondinense - Merelinense

Fafe – OliveirenseUnião Torcatense - Bragança

Montalegre - Atlético dos ArcosC. Lobos - Minas de Argozelo

Serie BCoimbrões - Pedras Rubras . 1-1Sp. Espinho – Sanjoanense ... 3-2Canelas – Amarante ................ 1-1Cinfães – Salgueiros ................ 1-1Felgueiras – Gondomar ......... 1-1Camacha – Sousense .............. 3-0Cesarense – Trofense .............. 3-0Gandra - Freamunde .............. 2-0

Classificação01 CESARENSE ............................1102 CINFÃES...................................1103 AMARANTE ............................0804 SPORTING ESPINHO ..........0805 FELGUEIRAS ...........................0806 CAMACHA .............................0807 TROFENSE ...............................0708 GANDRA..................................0709 FREAMUNDE .........................0710 COIMBRÕES ...........................0611 CANELAS .................................0612 GONDOMAR .........................0413 SANJOANENSE .....................0414 PEDRAS RUBRAS ..................0415 SALGUEIROS ..........................0316 SOUSENSE ..............................03

06.ª Jornada

(08 out)Pedras Rubras – Gandra

Sanjoanense - Coimbrões Amarante - Sporting de Espinho

Salgueiros - Canelas Gondomar – Cinfães

Sousense - FelgueirasTrofense - Camacha

Freamunde – Cesarense

Serie CFerreira das Aves – Oleiros ....2-4Nogueirense - F. Algodres ....3-1Ág. Moradal - Marítimo B ......0-3Vildemoinhos – B.C. Branco ..0-0Gafanha – Marinhense ............1-1Mortágua - Sourense ..............2-0Sertanense – Anadia ................3-1U.Leiria - R. Águeda .................3-1

Classificação01 UNIÃO DE LEIRIA ..............1502 SERTANENSE .........................1203 RECREIO DE ÁGUEDA ........1204 GAFANHA ...............................1005 L. VILDMOINHOS .................1006 BC BRANCO ..........................0805 NOGUEIRENSE ......................0706 OLEIROS ..................................0709 MORTÁGUA ...........................0710 MARÍTIMO B ..........................0611 ANADIA ...................................0612 ÁGUIAS MORADAL .............0613 MARINHENSE ........................0414 FERREIRA DAS AVES ...........0415 SOURENSE ..............................0016 FORNOS DE ALGODRES....00


Oleiros – União de LeiriaFornos Algodres - Ferreira Aves

Marítimo B - Nogueirense BC Branco - Águias do Moradal Marinhense – L. Vildemoinhos

Sourense - GafanhaAnadia - Mortágua

Recreio de Águeda - Sertanense

Serie DPêro Pinheiro – Guadalupe ...2-1Alcanenense – Coruchense ...2-1Praiense – Sintrense .................1-3Vilafranquen. – Sacavenen. ...2-11.º Dezembro – Fátima ...........1-0Caldas - Eléctrico .......................2-1Torreense – Mafra .....................2-3Loures - Lusitânia ......................1-0

Classificação01 1.º DEZEMBRO ......................1202 MAFRA .....................................1103 VILAFRANQUENSE ..............1104 LOURES ..................................1105 TORREENSE ............................1006 ALCANENENSE .....................0907 CALDAS ...................................0808 CORUCHENSE .......................0709 LUSITÂNIA ..............................0710 PRAIENSE ................................0611 SINTRENSE .............................0512 SACAVENENSE ......................0413 PÊRO PINHEIRO ...................0414 GUADALUPE ..........................0315 ELÉTRICO ................................0216 FÁTIMA ....................................01


Guadalupe – LouresCoruchense - Pêro Pinheiro

Sintrense - Alcanenense Sacavenense - Praiense Fátima – VilafranquenseEléctrico - 1.º Dezembro

Mafra - CaldasLusitânia – Torreense

Serie E

Lusitano de VRSA – Oriental .2-3Ideal – Castrense .......................3-1Vendas Novas – Farense ........0-2Casa Pia – Armacenenses.......0-0Pinhalnovense – O Montijo ...2-0Moncarapac. - Almancilen. ....1-2Moura – Louletano ................. 1-2Olhanense – Operário .............1-0

Classificação01 OLHANENSE .......................... 1302 FARENSE.................................. 1203 CASA PIA ................................. 1104 ORIENTAL ............................... 1105 PINHALNOVENSE ................ 0806 LOULETANO .......................... 0707 ALMANCILENSE.................... 0708 IDEAL ........................................ 0709 MONCARAPACHENSE ....... 0710 ARMACENENSES.................. 0511 OLÍMPICO MONTIJO .......... 0512 CASTRENSE ............................ 0413 OPERÁRIO .............................. 0414 LUSITANO DE VRSA ............ 0315 MOURA.................................... 0316 E. VENDAS NOVAS .............. 03


Lusitano de VRSA - OrientalIdeal - Castrense

E Vendas Novas - FarenseCasa Pia – Armacenenses

Pinhalnovense – O. MontijoMoncarapachen.- Almancilense

Moura - Louletano Olhanense – Operário

Quarta-feira, 04 de outubro de 2017 PORTUGUESE TIMES Desporto 29

Os sinais estavam lá

O Benfica fez mais uma fraca exibição e perdeu mais dois pontos na Madeira, mesmo depois de saber que os seus directos rivais tinham dividido a fatia entre si no estádio José Alvalade.

Até começou bem para o Benfica, com um golo madrugador do seu jogador talismã, e às tantas pensou-se que a coisa iria mudar até porque os primeiros 15-20 minutos só dava vermelho. Bem, não foi só vermelho porque o cinzento começou

a vir ao de cima, a mesma cor da tenebrosa quarta-feira anterior e de um momento para o outro começavam os passes falhados, as bolas perdidas e a falta de pernas de dois centrais mais lentos do que a carroça do tio grilo.

Tudo isto para agonia dos benfiquistas, acostumados que ficaram com quatro anos de consecutivas vitórias,

esquecendo-se que os sinais de enfraquecimento já há muito moravam na Luz e se a coisa foi passando despercebida foi porque o Divino (perdão) Nuno Espírito Santo demonstrou ser melhor orador do que treinador, perdendo por inúmeras vezes a oportunidade de ultrapassar o Benfica e arrancar definitivamente para o primeiro lugar.

O empate na Luz frente ao Boavista, depois de estar a perder por 3-0, a derrota frente a um Setúbal de consumo caseiro e outra frente a este Marítimo, em nenhum dos casos aproveitadas pelos dois rivais, deixavam perceber que nem tudo batia certo e apontava à necessidade de um recrutamento mais sério e mais condizente com as necessidades tão visíveis.

Repare-se que, na altura, o Benfica ainda contava com os três azes vendidos e já então demosntrava uma certa incapacidade no manter a bola ou passá-la jogável para o companheiro mais livre.

Outra lacuna, nunca colmatada depois das saídas de alguns carregadores de piano, vinha do tal meio campo careca, fosse a cabeça do vosso amigo Afonsinho a única pista de aterragem capaz de sustentar a invasão dos mosquitos da pacata vila de Westport.

Perante este cenário de incúria dos respon-sáveis encarnados, aliada à passvidade de um treinador menos esperto e com raios de sub-comando, nada de espantar por um início de época de tão fraco rendimento e com a vergonha de levar uma mão cheia de golos de uma equipa de terceira apanha europeia.

Enquanto isto, os dois parceirios de luta reforçaram os seus plantéis e estão muito melhor apetrechados. O FC Porto, por exemplo, não precisou de ir à feira do gado, bastando para isso ir aos pastos aonde estavam os seus excedentários, fruto da cabeça ilumidada do tal Espírito Diabo, dando ainda para vender o seu jogador chave e para ter no banco o avançado que o ano passado deu uma injecção de vitalidade à equipa – Tiquinho Soares, ou a prova inequívoca de que o Sérgio Conceição, maluquices à parte, é mesmo melhor treinador do que eu pensava.

Outra coisa que os meus estimadíssimos amigos benfiquistas não querem reconhecer é que o Benfica foi aqui e ali leavado ao colinho pelos “réferis” e se querem uma prova recente disso só digo que o lance do Sálvio na área do Marítimo dava penalidade o ano passado e este ano não deu.

Com o que não posso no entanto concordar é com a atitude dos mil e tal sócios do Benfica que foram à Assembleia Geral insultar tudo e todos, com cadeiras pelo ar e tudo, esquecendo-se que se trata da mesma gente que deu quatro títulos consecutivos ao clube, arrebatando a hegemonia ao rival do Norte que durou um quarto de século. Só por isso merecem palmas, muitas palmas.

30 Desporto PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 04 de outubro de 2017

“Palpites da Semana” tem o patrocínio de

PALPITES - 15ª EdiçãoI LIGA

Andorrax

Portugal

Hungriax

Suíça

0-2 0-1

0-3 1-2

0-3 1-1

0-4 1-1

0-2 1-0

0-3 1-0

0-3 0-1

36

36

34

32

34

31

29

29

28

25

Classi-fica-ção

DinaPires

Ag, Seguros

0-2 1-1

24 0-2

0-0

1-1

2-1

1-2

1-0

0-1

ÁustriaX

Sérvia

Irlanda N.x

Alemanha

0-3

0-2

1-2

1-2

0-2

0-11-0

2-1 1-2

FernandoBenevides

Industrial

1-2 0-1 3-1 1-1

0-2 1-2 1-1 1-3

0-3 1-1 3-0 1-2

0-2 1-0 1-0 0-2

1-21-327 0-21-1

24

CarlosFélix

Produtorde rádio

JoãoBarbosaEmpregadoComercial

ElísioCastro

Moses Brown

Leslie R.Vicente

Dir. pedagógica

CarlosGoulartReformado

MariaFernandaJornalista

ManuelLopes

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1. Olhanense - BenficaResultado final ...............................................................

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2. Lusitano de Évora - FC PortoResultado final ...............................................................

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3. Oleiros - SportingResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

4. Santa Clara - BelenensesResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

5. Vasco da Gama - V. GuimarãesResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

6. Farense - EstorilResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

7. São Martinho - Sp. BragaResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

8. Fátima - Desp. ChavesResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

9. Pinhalnovense - V. SetúbalResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

10. Sanjoanense - Rio AveResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

11. U. Torcatense - MarítimoResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

12. Leixões - TondelaResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

13. Académica - Paços FerreiraResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

14. Moura - PortimonenseResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

15. Académico Viseu - FeirenseResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

16. Vilaverdense - BoavistaResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

17. Vila Real - Desp. AvesResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

18. Canelas - MoreirenseResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

CONCURSO TOTOCHUTO - Nº 11TERCEIRA ELIMINATÓRIA DA TAÇA DE PORTUGAL

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Concurso “Palpites da Semana”

Carlos Goulart e JoãoBarbosa lideram com36 pontos cadaCarlos Goulart e João Barbosa lideramambos com 36 pontos cada, logo seguidospor Gonçalo Rego e Dina Pires, ambos com34 pontos, e Fernando Benevides, com 32pontos, numa luta que se prevê renhidapela liderança e até mesmo os outrosconcorrentes mais próximos têmpossibilidades de lá chegar.No que se refere ao prémio semanal, MariaFernanda e Lesley Vicente, que eramúltimas na tabela classificativa, foram asconcorrentes que melhor pontuaçãoobtiveram esta semana, com 5 pontos cada.Como só pode haver um vencedor semanal,teve de efetuar-se um sorteio, que premiou aconcorrente Maria Fernanda, que tem assimdireito a uma galinha grelhada, oferta daPortugalia Marketplace, em Fall River.

Concurso TotochutoPaulo de Jesus e António Justade mãos dadas no comando

Paulo de Jesus e António F. Justa lidera ambos nocomando, com 76 pontos, seguidos na terceira posiçãopor José Leandres e por Joseph Braga, no quarto posto,com 71 pontos.

Carlos M. Melo foi o concorrente com melhorpontuação esta jornada obtendo 14 pontos, o que lhevaleu, para além de uma considerável subida na tabelaclassificativa, o prémio semanal: uma refeição gratuita(bebidas não incluídas) no Inner Bay Restaurant, em1339 Cove Road, ao sul de New Bedford.

CLASSIFICAÇÃO

António F. Justa ......... 76Paulo de Jesus ............ 76José Leandres ............. 73Joseph Braga .............. 71John Terra .................. 69Nelson Cabral ............ 69Carlos M. Melo........... 69João Baptista .............. 68Antonino Caldeira ..... 66Amaro Alves .............. 66Daniel C. Peixoto ....... 66Mena Braga ................ 66Alex Quirino .............. 65José M. Rocha ............ 65António Miranda ....... 64António Oliveira ........ 64Pedro Almeida ........... 64Felisberto Pereira ...... 63Jason Moniz ............... 62Norberto Braga .......... 62Carlos Serôdeo ........... 62Manuel Cruz .............. 61Dennis Lima ............... 61Fernando Romano ..... 61António B. Cabral ...... 61Mariana Romano ....... 61

Hilário Fragata .......... 61Francisco Laureano ... 61Joseph Cordeiro ......... 60John Couto.................. 60José A. Lourenço ........ 59Maria L. Quirino........ 59Dália Moço ................. 57Ana Ferreira .............. 57Odilardo Ferreira ...... 57Alfredo Moniz ............ 57José C. Ferreira .......... 56John Câmara .............. 53Serafim Leandro ........ 53Guilherme Moço ........ 53Agostinho Costa ......... 52José Vasco ................... 52Virgílio Barbas ........... 50Emanuel Simões ........ 49Jason Miranda ........... 48Rui Maciel .................. 45Maria Moniz .............. 45Fernando Farinha...... 40Walter Araújo ............ 40Élio Raposo ................ 32Paul Ferreira .............. 21Fernando Silva .......... 18

Contas do Benfica aprovadaspor larga maioria em assembleiageral muito concorrida

Os sócios do Benfica aprovaram sexta-feira à noite,por larga maioria, o relatório e contas relativo à época2016/17, que apresentou lucros na ordem dos 35milhões de euros, representando um aumento de 19,4milhões face ao ano anterior.

Na reunião magna mais representada desde que LuísFilipe Vieira é presidente do Benfica - cerca de 1.200sócios estiveram presentes -, o documento obteve oparecer favorável de 61,38% dos votos (16.105 votos) eo ‘chumbo’ de 29,25% (7.673 votos). A abstenção cifrou-se nos 9,37% (2.459 votos).

Segundo o relatório e contas, o Benfica (clube)apresentou resultados líquidos positivos pelo oitavo anoconsecutivo, destacando-se o aumento das receitas, oaumento de número de sócios (agora com 196.672) euma diminuição do passivo em 1%, o que representauma baixa na despesa de 1,3 milhões de euros.

Assembleia Geral da SAD doSporting aprova contas e saláriode 10.500 euros ao presidente

A Assembleia Geral da SAD do Sporting aprovou porunanimidade o relatório e contas do exercício findo em30 de junho de 2017 e a atribuição de um salário de10.500 euros mensais ao presidente Bruno de Carvalho.

O relatório citado registou um resultado líquidopositivo de 30.537.122,64 milhões de euros.

Quanto à politica de remunerações, os demaismembros executivos do Conselho de Administraçãopassarão a auferir 7 mil euros mensais, sujeitos aosdescontos legais, salário que será pago 14 vezes por ano,tal como o do presidente.

Adicionalmente, os membros da SAD poderão auferirremuneração variável, em forma de prémiosprogressivos crescentes em função da dificuldade dosobjetivos e proporcionais aos resultados obtidos pelaequipa de futebol profissional, prémios esses que nãodeverão exceder os atribuídos a cada um dos jogadores,Direção do futebol e treinadores.

Os membros da Assembleia Geral e do Conselho Fis-cal não são remunerados e a sociedade de revisores decontas sê-lo-á de acordo com os níveis de honoráriosnormais para serviços similares.

A assembleia magna aprovou ainda por unanimidadeum voto de confiança na administração da SAD, a cadaum dos seus membros e ao Conselho Fiscal e àSociedade de Revisores de Oficiais de Contas.

32 Publicidade PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 04 de outubro de 2017

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