advocacy, inovação e empreendedorismo ecossistema de...

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Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação v. 13, n. esp. CBBD 2017 Página2469 Eixo 8 Advocacy, Inovação e Empreendedorismo ECOSSISTEMA DE STARTUPS EM FLORIANÓPOLIS: possibilidades para profissionais da Biblioteconomia RESUMO Florianópolis é uma capital que tem se destacado em aspectos relacionados à inovação e empreendedorismo no Brasil, por exemplo,o investimento no Sapiens Parque. Contexto que suscita questionamentos quanto às possibilidades de atuação para profissionais da Biblioteconomia, bem como sobre as habilidades, competências e atitudes pertinentes para o Ecossistema de Startups em Florianópolis. O objetivo do estudo visa indicar possibilidades de atuação profissional da área de Biblioteconomia no Ecossistema de Startups de Florianópolis, e delinear as competências, habilidades e atitudes fundamentais para esse ambiente, à luz das Competências para Profissionais da Informação da Special Libraries Association (SLA). Foi realizada uma pesquisa exploratória-descritiva para caracterização de um Ecossistema de Startups, relacionando-o com as Competências para Profissionais da Informação da SLA, por meio de uma abordagem qualitativa. A análise realizada torna perceptível e necessária a participação do profissional da Biblioteconomia no contexto do Ecossistema de Startups de Florianópolis. Ao comparar as competências para Profissionais da Informação da Special Library Association com as características de um Ecossistema de Startups, verificou-se que estas são pertinentes, em virtude dessas comunidades se constituírem baseadas na multiplicidade de conhecimentos de distintos atores no fluxo da informação. Recomenda-se aprofundar estudos acerca das diferentes competências, habilidades e atitudes necessárias, com vistas a fortalecer a base teórica e práticas da área. Palavras-chave: Ecossistema de Startups. Biblioteconomia. Special Libraries Association. Startups. Biblioteconomia e Startups. Priscila Machado Borges Sena Doutoranda em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail: [email protected] UrsulaBlattmann Pós-doutorado pela Universidade Federal de Pernambuco no Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação. Professora da Universidade Federal de Santa Catarina nas áreas de Biblioteconomia, Arquivologia e Ciência da Informação. E-mail: [email protected] Clarissa Stefani Teixeira Pós-doutorado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora adjunta do Departamento de Engenharia do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail: [email protected]

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Eixo 8 – Advocacy, Inovação e Empreendedorismo

ECOSSISTEMA DE STARTUPS EM

FLORIANÓPOLIS: possibilidades para profissionais

da Biblioteconomia

RESUMO Florianópolis é uma capital que tem se destacado em aspectos relacionados à inovação e empreendedorismo no Brasil, por exemplo,o investimento no Sapiens Parque. Contexto que suscita questionamentos quanto às possibilidades de atuação para profissionais da Biblioteconomia, bem como sobre as habilidades, competências e atitudes pertinentes para o Ecossistema de Startups em Florianópolis. O objetivo do estudo visa indicar possibilidades de atuação profissional da área de Biblioteconomia no Ecossistema de Startups de Florianópolis, e delinear as competências, habilidades e atitudes fundamentais para esse ambiente, à luz das Competências para Profissionais da Informação da Special Libraries Association (SLA). Foi realizada uma pesquisa exploratória-descritiva para caracterização de um Ecossistema de Startups, relacionando-o com as Competências para Profissionais da Informação da SLA, por meio de uma abordagem qualitativa. A análise realizada torna perceptível e necessária a participação do profissional da Biblioteconomia no contexto do Ecossistema de Startups de Florianópolis. Ao comparar as competências para Profissionais da Informação da Special Library Association com as características de um Ecossistema de Startups, verificou-se que estas são pertinentes, em virtude dessas comunidades se constituírem baseadas na multiplicidade de conhecimentos de distintos atores no fluxo da informação. Recomenda-se aprofundar estudos acerca das diferentes competências, habilidades e atitudes necessárias, com vistas a fortalecer a base teórica e práticas da área. Palavras-chave: Ecossistema de Startups. Biblioteconomia. Special Libraries Association. Startups. Biblioteconomia e Startups.

Priscila Machado Borges Sena Doutoranda em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail: [email protected]

UrsulaBlattmann Pós-doutorado pela Universidade Federal de Pernambuco no Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação. Professora da Universidade Federal de Santa Catarina nas áreas de Biblioteconomia, Arquivologia e Ciência da Informação. E-mail: [email protected]

Clarissa Stefani Teixeira Pós-doutorado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora adjunta do Departamento de Engenharia do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail: [email protected]

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STARTUPS ECOSYSTEM IN FLORIANÓPOLIS:

possibilities for professionals from Librarianship

ABSTRACT

Florianópolis is a capital that has been outstanding in aspects related to innovation and entrepreneurship in Brazil, one of the examples of this is the investment in science and technology Sapiens Park. This context raises questions about the possibilities of acting for library professionals, skills, competences and attitudes pertinent to the Startups Ecosystem in Florianópolis. The objective of this study was to indicate the possibilities of action for Library Science professionals in the Startups Ecosystem of Florianópolis, and the skills, abilities and attitudes fundamental to this environment, in the light of the Special Libraries Association's Information Skills. It can be classified as exploratory-descriptive, as it performed the characterization of a Startups Ecosystem, relating it to the SLA Information Professional Competencies, through a qualitative approach. The analysis made perceptible and necessary the participation of the Librarianship Professional in the context of the Startups Ecosystem of Florianópolis. By crossing the skills of Information Professionals from the Special Library Association with the characteristics of a Startups Ecosystem, they were found to be relevant because these communities are based on the multiplicity of knowledge of different actors in the information flow. It is recommended to deepen studies on the different competences, abilities and attitudes needed, with a view to strengthening the theoretical and practical basis of the area. Keywords: Startups Ecosystem. Librarianship. Special Libraries Association. Startups. Librarianshipand Startups.

1 INTRODUÇÃO

As crises econômicas dos últimos anos têm instigado o desenvolvimento de formas

diferenciadas de empreendedorismo. As startups, empresas com ideias inovadoras

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alicerçadas em tecnologias deinformação e comunicação nascem pequenas, geram novas

oportunidades de trabalho e são projetadas para crescerem rapidamente. Ganham

incentivo e visibilidade devido estimular a cultura empreendedora em todo o planeta.

Florianópolis, cidade no estado de Santa Catarina é uma capital que tem se destacado

nesse aspecto no Brasil, um dos exemplos disso é o investimento no Sapiens Parque

(SAPIENS PARQUE, 2016), e as indicações da Endeavor como sendo esta a segunda melhor

cidade brasileira para se empreender (ENDEAVOR, 2016). Nesse contexto, torna-se

pertinente indagar sobre as possibilidades de atuação para profissionais da

Biblioteconomia, bem como sobre as competências, habilidades e atitudes pertinentes para

o Ecossistema de Startups em Florianópolis, à luz das Competências para Profissionais da

Informação da Special Libraries Association (SLA).

Quanto a SLA, trata-se de uma organização global sem fins lucrativos para

profissionais de informação inovadores e seus parceiros estratégicos em negócios,

governos, instituições acadêmicas e outras configurações "especializadas" (SLA, 2016).

Diante disso, entende-se que as competências listadas pela a associação para profissionais

da informação, podem agregar aos profissionais da Biblioteconomia atuantes, ou aqueles

que pretendem atuar no Ecossistema de Startups de Florianópolis.

O objetivo deste estudo visa indicar as possibilidades de atuação para profissionais

da Biblioteconomia no Ecossistema de Startups de Florianópolis, e as competências,

habilidades e atitudes fundamentais para esse ambiente, à luz das Competências para

Profissionais da Informação da Special Libraries Association (SLA).

Para tanto, são apresentados tópicos relacionados aos procedimentos metodológicos

empregados, a abordagem teórica necessária para a reflexão sobre os dados e, os resultados

e discussão.

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2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este estudo pode ser classificado como exploratório-descritivo, pois realiza o

mapeamento das competências, habilidades e atitudes indicadas para profissionais da

Biblioteconomia inseridos no Ecossistema de Startups. O mapeamento ocorre a partir da

caracterização de um Ecossistema de Startups, e à luz das Competências para Profissionais

da Informação da SLA.

Com base na exploração e descrição realizadas, aplicou-se uma abordagem

qualitativa para o entrecruzamento dos dados obtidos, com vistas a subsidiar uma

discussão pertinente e relevante para o alcance do objetivo proposto.

3 ECOSSISTEMA, STARTUPS E FLORIANÓPOLIS

Startup é um termo utilizado para empresas novas, até mesmo embrionárias ou

ainda em fase de constituição, que contam com projetos promissores, ligados à pesquisa,

investigação e desenvolvimento de ideias inovadoras com baixos custos iniciais, sendo

altamente escaláveis, ou seja, possuindo expectativa de crescimento quando dão certo.

Steve Blank, pesquisador responsável por um dos conceitos de startup, aborda

startup como empresa em busca um modelo de negócios viável, repetível e escalável

(BLANK, 2007). Por viável, entende-se um modelo de negócios possível de aplicar, por

repetível que pode ser reproduzido, e por escalável que tem prospecção de crescimento

incrementando nos produtos e serviços gerados ou gerando outros novos.

Embora muito próximo do conceito de pequenas empresas, as startups apresentam

estrutura diferenciada, principalmente no que tange a sua base se fixar essencialmente em

inovações tecnológicas. Nesse sentido, essas empresas acabam por penetrar em quase todas

as áreas da sociedade. (STARTUP GENOME, 2017).

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No Brasil a popularização das startups, embora recente tem se destacado como fonte

de inspiração para diversas iniciativas de criação e desenvolvimento desse tipo de empresa

em várias cidades. Fato verificável pela existência, por exemplo, de uma associação

específica, a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), fundada em 2011 com o

objetivo de “promover e representar as startups brasileiras”, e com a missão de “[...] tornar

o Brasil uma das cinco maiores potências em inovação e empreendedorismo tecnológico”

(ABSTARTUPS, 2017).

Somada a criação da ABStartups em 2011, em 2016 o Congresso Nacional aprovou o

novo marco legal da inovação por meio do decreto e sanção da Lei nº 13.243, de 11 de

janeiro de 2016, que dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à

capacitação científica e tecnológica e à inovação. Conhecida como Código da Ciência,

Tecnologia e Inovação (C.T&I), a lei é resultante de cinco anos de discussões entre os atores

do Sistema Nacional de Inovação (SNI), nas esferas das Comissões de Ciência e Tecnologia

da Câmara e do Senado (RAUEN, 2016).

O decreto e sanção da Lei nº 13.243 permite que os estados e municípios brasileiros

impulsionem suas ações de promoção da inovação, como no caso de Santa Catarina, por

exemplo, em que já existia o Decreto nº 2.372, de 9 de junho de 2009, que regulamenta a Lei

no 14.328, de 15 de janeiro de 2008, que dispõe sobre incentivos à pesquisa científica e

tecnológica e à inovação no ambiente produtivo no Estado de Santa Catarina e estabelece

outras providências.

Tais incentivos legais federais e estaduais podem direta e indiretamente influenciar

no fato de Florianópolis em Santa Catariana ocupar posições de destaque no cenário

nacional, e até mundial. Conforme verifica-se em Espíndola (2016) e Rodrigues (2017).

Nessa perspectiva, a Secretaria da Casa Civil Municipal de Florianópolis divulgou o

Decreto nº 17.097, de 27 de janeiro de 2017, que regulamenta a lei complementar nº432, de

2012, que dispõe sobre sistemas, mecanismos e incentivos à atividade tecnológica e

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inovativa, visando o desenvolvimento sustentável do munícipio de Florianópolis e

estabelece outras providências.

Em 10 de julho de 2017, a cidade aderiu oficialmente uma iniciativa do Serviço

Brasileiro de Apoio às Micro Pequenas Empresas (SEBRAE) em parceria com as prefeituras

municipais do Estado de Santa Catarina, o programa Cidade Empreendedora

(ECONOMIASC, 2017).

Todo esse contexto de ações emergentes da legislação, associação, instituições,

empreendedores e investidores favorecem de alguma forma o fomento dos ecossistemas

favoráveis às startups.Estruturas que assim podem ser nomeadas, por se constituírem

nasperspectivas de Moore (2006) e Lemos (2012), de organizações, indivíduos e outros

grupos de interesse, que realizam atividades de negócios e econômicos.

Desse modo, o conceito de ecossistema, originário da biologia, embora com

integrantes diferentes permanece com seu sentido de reunião de organismos bióticos ou

abióticos que se relacionam em um processo de mútua interação, nos limites do ambiente

que integram (LEMOS, 2012; MOORE, 2006). Adequando ao Ecossistema de Startups, é

possível defini-lo como um ambiente favorável a interação mútua entre distintos atores,

com vistas ao desenvolvimento de startups.

Feld (2012) corrobora com o conceito ao abordar que, essas comunidades consistem

de muitos outros atores, além de empresários. Governo, universidades, investidores,

mentores, prestadores de serviços e grandes empresas desempenham papéis fundamentais

no desenvolvimento de Ecossistema de Startups.

Nesse sentido, cada ator integrante do Ecossistema de Startups possuí relevante

papel no desenvolvimento de ações que aumentem o desempenho desse ambiente

(TEIXEIRA; TRZECIAK; VARVAKIS, 2017). Por exemplo: universidades, importantes por

serem formadores de talentos, primordiais para a constituição de equipes qualificadas

dentro das startups; investidores, por disponibilizarem capital; governo, por criar um

ambiente regulatório adequado, com legislação e incentivos que proporcionam o

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desenvolvimento das startups e sua interação com os demais atores do ecossistema

(FONTE, 2016).

Florianópolis em Santa Catarina pode ser considerada uma cidade que fomenta a

estrutura de um Ecossistema de Startups. O Sapiens Parque, para exemplificar, é a

materialização de uma parceria entre Governo do Estado de Santa Catarina e a Fundação de

Centros de Referência em Tecnologia Inovadoras (CERTI), para o desenvolvimento

econômico, social, tecnológico e ambiental de Florianópolis. Uma vez que, baseia-se no

conceito de Parque de Inovação, no sentido de propor a criação de uma infraestrutura

necessária para proporcional a convergência de conhecimentos, ideias e projetos (SAPIENS

PARQUE, 2017).

Posto isso, torna-se pertinente indicar as possibilidades de atuação para

profissionais da Biblioteconomia no Ecossistema de Startups de Florianópolis, e as

competências, habilidades e atitudes importantes para esse ambiente.

4 BIBLIOTECONOMIA EM FLORIANÓPOLIS E A SLA

Em Florianópolis existem dois cursos de graduação em Biblioteconomia, um na

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), outro na Universidade do Estado de Santa

Catarina (UDESC). Com mais de 40 anos de existência, esses cursos apresentam

credibilidade e são referências, tanto em relação a seus docentes, pesquisadores atuantes

nas áreas de Ciência da Informação e especificamente na Biblioteconomia, bem como em

relação a seus egressos, profissionais presentes em organizações públicas e privadas no

estado de Santa Catarina e no Brasil.

Além disso, é perceptível pelos objetivos de ambos os cursos (UDESC, 2007; UFSC,

2015) a preocupação com o carácter interdisciplinar de atuação, a fim de garantir a seus

egressos mais possibilidades de inserção no mercado de trabalho e na sociedade como um

todo.

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O objetivo do Curso de Biblioteconomia – Habilitação Gestão da Informação UDESC é

o de “Formar bibliotecários aptos para produzir e utilizar conhecimentos técnicocientíficos

na gestão da informação para suprir às necessidades informacionais da sociedade.” (UDESC,

2007).

O Curso de Graduação em Biblioteconomia UFSC tem por objetivo:

Formar bibliotecários com uma visão crítica da sociedade, imbuídos do compromisso com a gestão e a disseminação da informação, com consciência do seu papel científico e social na facilitação do acesso à informação seja de natureza política, tecnológica, econômica, educacional, social, cultural ou recreativa. (UFSC, 2015)

Verifica-se que esse contexto educacional vai ao encontrodas Competências para

Profissionais de Informação indicadas pela SLA, uma organização global sem fins lucrativos,

voltada para profissionais da informação inovadores e seus parceiros estratégicos em

negócios, governo, academias, entre outros (SLA, 2016).

Essa organização tem por missão promover e fortalecer seus membros por meio de

iniciativas de aprendizados, advocacia e redes. Seus valores fundamentais envolvem:

Liderança –Fortalecendo nossos papéis como líderes de informação em nossas organizações e em nossas comunidades, incluindo a formulação de políticas de informação. Serviço –Respondendo às necessidades de nossos clientes, agregando valor qualitativo e quantitativo aos serviços e produtos de informação. Inovação e Aprendizagem Contínua– Abraçando soluções inovadoras para o aprimoramento de serviços e o avanço intelectual na profissão. Resultados e Responsabilidade – Fornecendo resultados mensuráveis na economia da informação e em nossas organizações. Espera-se que a Associação e seus membros operem com o mais alto nível de ética e honestidade. Colaboração e Parcerias – Fornecendo oportunidades para se reunir, comunicar, colaborar e se associar no setor de informação e na comunidade empresarial. Política Antiassédio– Empenhando-se em proporcionar um espaço seguro e igual para participação profissional para todos os nossos membros,

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parceiros e participantes do evento. Acreditamos que todos têm direito à interação profissional sem medo, intimidação ou inadimplência e que todos têm direito a uma participação e tratamento justos e iguais. (SLA, 2016, tradução e grifos nossos)

Dessa forma, na indicação de Competências para Profissionais de Informação, a SLA

aborda que os dados, informação e conhecimento são essenciais para as organizações

modernas da sociedade contemporânea. E ainda destaca a importância do gerenciamento

efetivo e o uso de informações para o crescimento e prosperidade dos indivíduos e das

organizações (SLA, 2016).

Por conseguinte, como resultados do que foi abordado até aqui, realiza-se na

próxima seção o entrecruzamento da lista de Competências para Profissionais de

Informação da SLA com as características de um Ecossistema de Startups, a fim de cumprir

o objetivo estabelecido para este artigo.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A SLA (2016), por meio do documento sobre as Competências para Profissionais da

Informação apresenta seis competências básicas, com suas características e elementos,

conforme Quadro 1.

Essa relação de competências é produto de uma força tarefa intitulada “SLA

CompetenciesTask Force”, que começou seu trabalho em junho de 2015. Esta iniciou a

coleta de dados com aproximadamente 50 membros, no café do conhecimento na

Conferência Anual SLA 2015, e a posteriori conseguiu a participação de 270 profissionais.

Os dados foram analisados quantitativamente e os comentários foram marcados usando o

software de análise de texto atlas.ti. Ademais, a força-tarefa revisou uma grande

diversidade de documentação existente relacionada às competências dos profissionais de

informação e bibliotecários, incluindo o trabalho anterior do SLA (versões de 1997, 2003 e

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2014), bem como as declarações de competências de outras associações e organizações de

bibliotecários e profissionais da informação (SLA, 2016).

Quadro 1–Competências básicas, características e elementos para Profissionais da Informação Competências Características Elementos

1 Serviços de

Informação e

Conhecimento

Atender às necessidades de

informação e conhecimento das

organizações e comunidades,

fornecendo uma diversidade de

serviços baseados em uma

compreensão do comportamento

da informação humana e uma

avaliação holística da comunidade

ou organização.

1 Reconhecer e articular das necessidades de

informação e conhecimento;

2 Analisar fluxos de informação e

conhecimento relevantes para o contexto de

características da comunidade e objetivos

organizacionais;

3 Permitir e compartilhar conhecimentos

através de contatos e relações interpessoais,

bem como através de sistemas e processos

digitais ou electrónicos;

4 Priorizar serviços de informação para

atender às necessidades operacionais ou

estratégicas mais críticas da organização;

5 Advogar para o uso efetivo e gerenciamento

de sistemas e processos de informação;

6 Ensinar, capacitar e desenvolvera

alfabetização em informações e habilidades

associadas para as partes interessadas;

7 Usar habilidades de gerenciamento de

informações para aprender sobre um

domínio, disciplina ou indústria;

8 Aplicar conhecimentos de domínio de

assunto ao ambiente de trabalho para apoiar

a missão organizacional; e,

9 Compreender os diversos aspectos do

comportamento da informação humana.

2 Sistemas e

Tecnologia de

Informação e

Conhecimento

Utilizar as tecnologias de

informação e comunicação de

forma eficaz para atender às

necessidades de informação e

conhecimento de suas

comunidades e organizações.

1 Envolver múltiplos atores para recomendar

a arquitetura de informação necessária para

toda a organização;

2 Selecionar e implementar sistemas de

informação e conhecimento;

3 Selecionar e utilizar ferramentas de

gerenciamento de informações;

4 Identificar sistemas e ferramentas para

atender aos requisitos de comunidades

específicas;

5 Projetar interfaces para uma experiência de

usuário intuitiva;

6 Codificar usando scripts apropriados e

outras ferramentas;

Continua...

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7 Curar, publicar e / ou informações sobre

embalagens em formatos utilizáveis; e,

8 Avaliar de forma contínua os sistemas e

tecnologias de informação e conhecimento.

3 Recursos de

Informação e

Conhecimento

Manter um profundo

conhecimento dos recursos de

conteúdo disponíveis para atender

às necessidades das comunidades

que servem, com conhecimento

de todos os tipos de fontes e

mídia. Avaliando

sistematicamente recursos de

potencial valor e priorizando a

aquisição de recursos com base no

julgamento do valor de cada

recurso para a comunidade.

Monitorando o mercado de

informações e negociando

efetivamente com fornecedores de

informações e fornecedores de

conteúdo.

1 Estabelecer um orçamento para recursos e

defender a alocação de fundos;

2 Alinhar a estratégia para gerenciar recursos

de informação para apoiar os objetivos

estratégicos das necessidades da

organização-mãe e da comunidade;

3 Avaliar sistematicamente recursos novos ou

desconhecidos através da aplicação de

estruturas e métodos analíticos;

4 Fornecer recursos de informação autorizada

para atender às necessidades de um público

em particular, cobrir um determinado

tópico, campo ou disciplina, ou servir um

propósito específico;

5 Gerenciar e entregar recursos relevantes de

todos os tipos, mídias e formatos, inclusive

publicados e não publicados, internos à

organização, bem como externos, digitais,

textuais, numéricos e visuais;

6 Negociar preços adequados e termos e

condições para o licenciamento ou aquisição

de recursos de informação;

7 Analisar continuamente a eficácia do

portfólio de recursos sob gerenciamento,

fazendo ajustes conforme necessário para

garantir a relevância e fornecer aos usuários

o melhor conteúdo de suporte à decisão;

8 Identificar especialistas e fontes de

conhecimento e facilitando o

compartilhamento de conhecimento nas

organizações;

9 Auditar e mapear recursos de informações e

conhecimentos disponíveis na organização,

a fim de informar os usuários sobre recursos

relevantes para várias atividades comerciais;

e,

10 Ensinar os outros a avaliarem criticamente

informações e fontes de informação.

4 Recuperação e

Análise de Dados

e Dados

Descobrir e obter informações

efetivamente, conforme

necessário, por indivíduos e

grupos dentro de suas

comunidades, a partir de um

profundo conhecimento das

1 Entrevistar e consultar os membros da

comunidade para identificar e esclarecer as

necessidades de informação e

conhecimento;

2 Desenvolver sofisticadas estratégias de

continuação

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funções do mecanismo de busca e

recuperação que permitem

realizar tarefas de recuperação de

informações complexas e difíceis.

Aplicando ferramentas e métodos

de análise de informações para

extrair significado e insights

acionáveis das informações

recuperadas.

busca e recuperação para descobrir e

recuperar informações de sistemas e

repositórios variados;

3 Compreender os mecanismos de busca e os

sistemas de recuperação de informações,

incluindo as funcionalidades únicas

fornecidas por diferentes sistemas, e aplicar

esse entendimento aos projetos de pesquisa

e recuperação de informações;

4 Avaliar a veracidade ou qualidade das

informações e suas fontes subjacentes nos

mecanismos de busca e pesquisa de

informações;

5 Utilizar a análise de dados apropriada,

análise de texto, visualização e ferramentas

similares para analisar informações para

extrair informações e significado;

6 Comunicar os resultados dos projetos de

recuperação e análise de informações de

forma que seja utilizável e acionável pelo

público-alvo; e,

7 Ensinar todas as competências em uma

variedade de configurações formais e

informais.

5 Organização de

Dados,

Informação e

Recursos de

Conhecimento

Organizar e gerenciar recursos de

dados, informações e

conhecimento, de modo que

sejam consideráveis, utilizáveis e

acessíveis ao longo da vida

definida. Estabelecer políticas

para a organização, preservação e

retenção desses ativos, levando

em consideração a missão e as

necessidades operacionais de sua

instituição. Estabelecer requisitos

e procedimentos para metadados e

avaliam e adaptam os padrões da

indústria para sistemas de

classificação e categorização,

armazenamento e preservação,

localização e conectividade para

garantir que os ativos sejam

devidamente gerenciados.

1 Aplicar práticas profissionais padrão para

metadados descritivos e sujeitos a ativos de

informações;

2 Desenvolver esquemas de metadados

personalizados;

3 Desenvolver taxonomias e ontologias

personalizadas, conforme as circunstâncias

locais o justifiquem;

4 Desenvolver políticas e procedimentos de

retenção e destruição com base em

requisitos legais e necessidades operacionais

organizacionais;

5 Treinar outros em práticas efetivas para

organização e gerenciamento de

informações;

6 Aplicar práticas de controle de qualidade

para assegurar a aplicação apropriada de

políticas e práticas para organização e

gerenciamento de informações; e,

7 Coordenar o desenvolvimento e a

implementação de sistemas e processos

arquivísticos personalizados para suportar as

necessidades organizacionais.

6 Ética da Combinar um forte fundamento 1 Reconhecer questões éticas relativas à

Continua...

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Informação moral e ético com um alerta para

questões que comumente

emergem no trabalho relacionado

à informação e ao conhecimento.

Conhecer e aderir aos padrões de

conduta profissionais formulados

pela Associação de Bibliotecas

Especiais e outras organizações

profissionais aplicáveis. Conhecer

e aderir ao código de ética de seu

empregador.

manipulação de informações, incluindo,

entre outras, a privacidade e

confidencialidade, segurança da informação,

propriedade intelectual e direitos autorais e

liberdade intelectual;

2 Modelar comportamento de informação

ética;

3 Ensinar, influenciar e treinar outros;

4 Contribuir para políticas organizacionais,

procedimentos e outras iniciativas; e,

5 Avaliar e auditando a implementação

organizacional da ética da informação.

Fonte:Elaborado pelas Autoras, baseado nas informações da SLA (2016).

No documento aborda-se ainda uma lista de habilidades pertinentes para a

concretização dessas competências, a saber:

1 Pensamento crítico, incluindo o raciocínio qualitativo e quantitativo;

2 Iniciativa, adaptabilidade, flexibilidade, criatividade, inovação e resolução de

problemas;

3 Comunicação oral e escrita eficaz, incluindo habilidades de influência;

4 Construção de relacionamentos, redes e colaboração, incluindo a capacidade de

promover o respeito, a inclusão e a comunicação entre indivíduos diversos;

5 Marketing;

6 Liderança, gerenciamento e gerenciamento de projetos;

7 Aprendizagem ao longo da vida;

8 Desenho e desenvolvimento instrucional, ensino e orientação; e

9 Ética de negócios.

As características, elementos e habilidades inerentes às competências elencadas pela

SLA (2016), levam a percepção da amplitude da atuação dos Profissionais da Informação, e

especificamente do profissional da Biblioteconomia, uma vez que compõe esse grupo.

continuação

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É possível inferir que essas competências são pertinentes ao Ecossistema de

Startups, conforme suas características e elementos. Já que, de acordo com Feld (2012) um

Ecossistema de Startups possuí diversos atores interagentes em torno de um negócio. E

segundo Teixeira; Trzeciak e Varvakis (2017), cada um desses atores possuí um papel

primordial no desenvolvimento de ações que impulsionem o desempenho desse ambiente.

Deste modo, os conhecimentos advindos desses atores geram fluxos de informações

que podem ser trabalhados de inúmeras maneiras por profissionais da área de

Biblioteconomia, com vistas a potencializar o processo inovador presente em um

Ecossistema de Startups, por meio de uma avaliação holística constante das necessidades

informacionais existentes.

Identifica-se assim mais especificamente, possibilidades de atuação referentes a

gestão da documentação, gestão da informação, análise de informação, gestão do

conhecimento, curadoria, consultoria no que concerne a elaboração de projetos,

mapeamento de fontes de informação pertinentes, disseminação seletiva da informação,

entre outras e, destaca-se por último a inserção como empreendedor de novas tecnologias.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo torna perceptível e necessária a participação do profissional da

Biblioteconomia no contexto do Ecossistema de Startups de Florianópolis. Ao cruzar as

Competências para Profissionais da Informação da Special Library Associationcom as

características de um Ecossistema de Startups, verificou-se que estas são pertinentes, em

virtude dessas comunidades se constituírem baseadas na multiplicidade de conhecimentos

de distintos atores no fluxo da informação.

Portanto, ao compreender a indicação de possibilidades de atuação para os

profissionais da Biblioteconomia no Ecossistema de Startups, possibilita-se mostrar o que e

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como interagir nesse ambiente, no qual o mais importante é saber organizar e acessar a

informação conforme a necessidade do público.

Ao observar tendências internacionais e nacionais sobre os impactos dos parques

tecnológicos no crescimento da inovação,identifica-se o estudo de Lamperti, Mavilia e

Castellini (2017).

Sobre a educação de competências, habilidades e atitudes necessárias, com vistas a

fortalecer a base teórica e práticas na área de inovação e startups,Bischoff, Volkmann

eAudretsch (2017, p. 14) revelam a colaboração ativa com incubadoras e / ou aceleradores

no fornecimento de educação para empreendedorismo. As formas de colaboração são desde

palestrantes convidados por representantes de incubadoras ou aceleradores, intercâmbio

extensivo de conhecimentos e ligação em rede entre acadêmicos e profissionais,

organização conjunta de seminários, projetos, workshops, conferências e outros eventos. De

longe, a forma mais comum de envolvimento das partes interessadas está o incentivo e

apoio de criação inovadora por meio da provisão de financiamento, coaching, consultoria

empresarial, expertise e infraestrutura ou espaço de escritório.

Wright, Siegel, Mustar (2017) apresentam um diagrama sobre o ecossistema do

ambiente universitário, no intuito de favorecer o desenvolvimento de startups pelos

estudantes. Quanto ao ciclo de vida de cada elemento dos ecossistemas, há a necessidadede

mais estudos, e principalmente no que concerne ao contexto envolvendo universidades,

empresas e pessoas que fortaleçam as estruturas mais adequadas.

Diante do exposto, verifica-se que a inovação nos diferentes ambientes da

informação apresenta distintas nuances. A criatividade existe no cotidiano do ser perante o

que fazer e como aproveitar os momentos para a melhoria contínua em produtos, serviços,

tarefas e atividades. Destaforma, o fundamental é manter uma atitude aberta ao novo,

preparando-se para mudanças constantes e rápidas nessa aldeia global.

REFERÊNCIAS

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