adriana varejão

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    ADRIANA VAREJO: metforas da memria

    Copyright:Instituto Arte na EscolaAutor deste material: Luciano Buchmann

    Reviso de textos:Soletra Assessoria em Lngua Portuguesa

    Diagramao e arte final: Jorge Monge

    Autorizao de imagens:Ludmila Picosque Baltazar

    Fotolito, impresso e acabamento:Indusplan Express

    Tiragem: 200 exemplares

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    (William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

    INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

    Adriana Varejo: metforas da memria / Instituto Arte na Escola ; autoria de

    Luciano Buchmann ; coordenao de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque.

    So Paulo : Instituto Arte na Escola, 2005.

    (DVDteca Arte na Escola Material educativo para professor-propositor ; 6)

    Foco: LA-14/2005 Linguagens Artsticas

    Contm: 1 DVD ; Glossrio ; Bibliografia

    ISBN 85-98009-07-5

    1. Artes - Estudo e ensino 2. Artes - Tcnicas 3. Arte e Memria 4. Varejo,

    Adriana I. Buchmann, Luciano II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa

    IV. Ttulo V. Srie

    CDD-700.7

    CrditosMATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

    Organizao:Instituto Arte na Escola

    Coordenao: Mirian Celeste Martins

    Gisa Picosque

    Projeto grfico e direo de arte: Oliva Teles Comunicao

    MAPA RIZOMTICO

    Copyright: Instituto Arte na Escola

    Concepo: Mirian Celeste Martins

    Gisa Picosque

    Concepo grfica:Bia Fioretti

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    DVD

    ADRIANA VAREJO: metforas da memria

    Ficha tcnica

    Gnero:Documentrio a partir de depoimento da artistaem seu ateli.

    Palavras-chave:Linguagens hbridas; apropriao de imagens;

    contaminao de linguagens; citao; memria; arte barrocabrasileira.

    Foco:Linguagens Artsticas.

    Tema:A potica da artista focalizada atravs de suas obras,do trabalho no ateli e de seu depoimento.

    Artistas abordados:Adriana Varejo, Almeida Jnior, Pedro

    Alexandrino, Franz Post, alm da esttica barroca.Indicao:7ae 8asries do Ensino Fundamental e Ensino Mdio.

    Direo:Amilcar Monteiro Claro.

    Realizao/Produo: Rede SescSenac de Televiso, So Paulo.

    Ano de produo: 2001.

    Durao:23.

    Coleo:O mundo da arte.

    SinopseComposto por trs blocos separados por vinhetas, o docu-mentrio alinhava as falas e imagens da artista plstica cario-ca Adriana Varejo e de suas obras. No primeiro bloco, Varejo

    conta sobre o seu interesse pela arte e esttica barroca, o ele-mento esttico da carne e vsceras por detrs do azulejo. Nosegundo, vemos o recurso fotogrfico utilizado no estudo, cri-ao e processo de produo. A artista vista no ateli traba-lhando em obras para sua mostra Parede(Portugal, 2001), ecomenta tambm sobre a racionalidade, os experimentos, astcnicas. No ltimo segmento, gravado em sua exposio no

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    Centro Cultural Banco do Brasil/RJ e em seu ateli, a artistafala do processo de criao utilizando a fotografia, do carter

    de objeto que as pinturas assumem e de sua formao.

    Trama inventiva

    Falar sem palavras. Falar a si mesmo, ao outro. Arte, lingua-gem no-verbal de fora estranha que ousa, se aventura a to-car assuntos que podem ser muitos, vrios, infinitos, do mundo

    das coisas e das gentes. So invenes do persistente ato cri-ador que elabora e experimenta cdigos imantados na articula-o de significados. Sua riqueza: ultrapassar limites processu-ais, tcnicos, formais, temticos, poticos. Sua ressonncia:provocar, incomodar, abrir fissuras na percepo, arranhar asensibilidade. A obra, o artista, a poca geram linguagens oucruzamentos e hibridismo entre elas. Na cartografia, este

    documentrio impulsionado para o territrio dasLinguagensArtsticascom o intuito de desvendar como elas se produzem.

    O passeio da cmera

    O documentrio apresenta as obras de Adriana Varejo, seuprocesso de criao, seu modo de pesquisar e produzir usandoo recurso fotogrfico seja de azulejos em Portugal e da Igrejada Glria no Rio de Janeiro, seja de imagens das obras de ou-tros artistas da histria da arte. visvel sua inteno e inqui-etao com o aspecto histrico e poltico da arte: as imagensda histria da arte, histria do conhecimento, histria das tro-cas culturais e da histria do corpo so a matria a ser fundidacom tintas, poliuretano, madeira, alumnio. O que era esqueci-mento na histria das imagens torna-se visvel em sua obra.

    O olho da cmera vai nos aproximando de Varejo e suas obras,nos deixando ver para alm da superfcie, em metforas que des-velam um corpo catico, vivo e quente sob a superfcie fria eassptica do azulejo, revelando a memria brasileira atravs dealgumas figuras histricas como Tiradentes e artistas como AlmeidaJnior, Pedro Alexandrino e Franz Post, alm da esttica barroca.

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    Proposies pedaggicas podem focalizar: Conexes Trans-disciplinares a histria do Brasil, Tiradentes, a iconografia

    religiosa, a histria da arte, o barroco brasileiro, o repensar sobrealguns mitos construdos na histria; Forma-Contedo espes-sura, superfcie, temticas contemporneas; Materialidadeprocedimentos tcnicos inventivos, pesquisa de materiais, etc.O Processo de Criaotendo a razo como elemento dinmicoe criador da obra um outro foco interessante, pois nos colocafrente previsibilidade e a obras em processo. Pouco, muito

    pouco ou quase nada ao acaso, a artista mostra isso ao pin-tar, ao falar de seus projetos, de seus recursos. Tudo medidoe resultado de pesquisa.

    O documentrio foi alocado, entretanto, no foco das Lingua-gens Artsticas,pois impulsiona para pensar a pintura e as suasressonncias na criao de uma linguagem hbrida, que, almda prpria pintura, utiliza-se da construo de objetos, instala-

    es, da fotografia como recurso da criao, recorrendo a cita-es de obras do patrimnio cultural e artstico.

    Sobre Adriana Varejo(Rio de Janeiro, 1964)

    Quando abro a tela e disseco este corpo tela no sentido de

    introduzir uma espessura. O que eu fao uma dissecao, quaseum processo de dissecao da histria. Mas, no no sentido derevelar um corpo morto, no no sentido relacionado morte, aomartrio. Nada disso, ao contrrio, relacionado vida, visceralidade, a esta matria catica, pulsante. (...) Quando estoume referindo carne, visceralidade, estou me referindo hist-ria da arte e no carne em si.

    Adriana Varejo

    Podemos pensar em grandes metforas com as imagens dahistria e da arte brasileira ao ver as obras de Adriana Varejo.Uma artista jovem que traduz, em sua potica, a linguagem daarte de modo hbrido, mesclando, enlaando, liquefazendo oscontornos da pintura, da escultura, da instalao.

    Varejo conta que seu primeiro contato com a arte foi mediado

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    pela imagem das reprodues de pinturas em fascculos daantiga coleo Gnios da Pintura. Sua formao artstica, ao

    contrrio de muitos outros artistas de sua gerao, no se dem escolas de arte, mas no ateli livre do Parque Laje no Riode Janeiro, em 83/84. Em 85, com colegas dessa poca, mon-ta um ateli e inicia sua carreira, sua primeira exposio acon-tece em 1986. No documentrio, Varejo salienta o fato deter experimentado sua obra em exposies, ainda

    inexperiente, muitas delas no tinham maturidade. Mas,

    finaliza o documentrio afirmando que o ponto mais altodo trabalho sempre o prximo.

    Suas obras so extremamente vigorosas e impactantes. Parao crtico de arte Paulo Herkenhoff1 , sua obra tambm umaoperao iconolgica com imagens extradas da histria da arte,onde eram esculturas, monumentos, loua, gravuras, mapas,ex-votos impressos em livro, passando condio de pintura,

    seu filtro e denominador. Segundo o crtico, ela estaria ope-rando aquilo que Giulio Carlo Argan denominou de uma culturadas imagens pois, para esse historiador e crtico de arte italia-no, na iconologia a histria da arte a histria da cultura ela-borada, no pela via dos conceitos, mas por meio das imagens.

    A marca da esttica barroca, da teatralizao, do exage-

    ro, do excesso presente em suas obras adquire um carter

    poltico que serve para rever criticamente a histria que

    molda e moldada pela arte.

    Se olharmos a arte barroca brasileira, percebemos a pintura ea escultura ligadas arquitetura e f catlica, como a afir-mao da casa de Deus, nas palavras de Varejo. O templocatlico barroco tem a virtude do recolhimento necessrio almacrist simbolizada na riqueza da decorao interior. Sedutor econtrrio iconoclastia pregada pela reforma protestante, ogosto pelo luxo e pelo fausto, no templo, era tambm um modode propaganda da igreja. O barroco uma arte a servio da fcrist, trata de ensinar e catequizar.

    No texto que apresenta a obra da artista na exposio Pintura /Sutura em 1996, em So Paulo, Paulo Herkenhoff2 diz que

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    Varejo opera uma migrao de imagens. o caso das imagensque ocupam seus azulejos e, segundo o autor, assumem o ca-

    rter de tatuagem sobre a pele do edifcio corpo. Essas ima-gens so apropriadas pela artista e tm sua origem em igrejas,museus, obras de arte, esses templos da histria.

    Assim, se sucedem as camadas de imagens e de metforas, e o queela faz a dissecao da histria pela contaminao dos cdi-gos de signos e smbolos de cada poca ou cultura. Aparece apele azulejo ferida, a carne subcutnea, a colonizao, o sangue, a

    violncia simblica, as vsceras, os cones de nossa histria. Nesseprocesso de dissecao, pginas e pginas da histria brasileira sorevolvidas e atualizadas. Ao mesmo tempo, suas obras adquiremforte contemporaneidade em decorrncia do acmulo excessivo demateriais, camadas de tinta e informaes visuais.

    Os olhos da arteEu lido com pintura, com figurao, com uma esttica barroca, quetem a presena do grotesco, da carne, do escatolgico. (...) Os tra-balhos esto cada vez mais hbridos. No existe pintura, instalao,escultura. E penso at na importncia de classificar os trabalhos as-sim. Ser que importante?

    Adriana Varejo

    Os anos 90 foram extremamente importantes: a arte brasileirase projetou no cenrio internacional, pela sua linguagem con-tempornea, pela fora de sua mensagem e pelo pioneirismode sua proposta esttica e conceitual. Vrios artistas comea-ram a se destacar nesta poca, dentre eles, Adriana Varejo.

    Atualizadora de tramas densas da histria, a artista no men-ciona os fatos apenas. Ela produz crticas ao processo coloni-

    zador, a violncias da expanso do descobrimento, aos conesda histria e da histria da arte no Brasil. Investiga tambm autilizao do corpo humano, da visceralidade e da representa-o da carne como elemento esttico. Para isso, a artista arris-ca na tcnica e cria sua prpria potica, inventando uma lin-guagem hbrida, na qual os contornos e limites se perdem. In-teressa-a o que rompe e sangra.

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    Pinturas, na tradio, so bidimensionais, tm altura e lar-

    gura. A obra de Varejo, porm, atravessa o meio conven-

    cional da pintura, no apenas pela criao fsica e metaf-

    rica da espessura, mas pelo espao que as obras assumem

    e pela reunio de fatos relacionados. O passado presente

    em carne viva. A artista pinta com tintas experimentais, es-culpe em poliuretanos, alumnio e madeira, produz instalaes.

    Assume o sistema de uma linguagem presente nos azulejos por-tugueses e os recria em cem peas de um metro quadrado cadauma3 . E afirma: pintura - ela uma pintura - mas com camadasquase de objeto, no sentido de que ela no pinta um azulejo. Elarecria fisicamente um azulejo com espessura, com o brilho, comtoda a sugesto da materialidade que o azulejo tem. A rachadu-ra, o craquelado, que tornam visvel a densidade, exigiu pesquisana produo de uma espessa camada de gesso, alm da buscapelos azulejos da pequena Igreja da Glria no Rio de Janeiro.

    No Brasil, os painis de azulejo aparecem, principalmente, nasparedes das igrejas das cidades litorneas. No interior, eracomum uma adaptao do silhar de azulejo, posto que no che-gavam inteiros ao seu destino, no resistindo viagem dePortugal e ao transporte em carro de boi4 . Em Minas Gerais,Mestre Atade5 imita o painel de azulejos sobre placas de ma-deira. Este um exemplo do porqu de o barroco brasileiro tor-

    Adriana Varejo

    Azulejaria branca em carne viva, 2002(viso geral e detalhe)

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    nar-se diferente de outros, precisando adaptar-se para existir.Com o tempo, as adaptaes do a ele legitimidade.

    Varejo se aproxima dessa idia de Atade. Contudo, a artistaressalta que o azulejo, em sua obra, recorrente por ser a peledo edifcio, do palcio, da igreja, mas no um tema. Ao pen-sar em pele, Varejo pensa este edifcio como um corpo, falade introduzir uma espessura na obra. Esse corpo Brasil, o corpo vivo, pulsante, irrompendo a superfcie fria, organizadae assptica dos azulejos. Metforas da memria...

    O corpo/histria da arte no apenas o edifcio. Na paisagemoriginria da pintura de Franz Post, um dos muitos artistas vi-ajantes, Varejo introduz nacos da carne do pas, servidos empratos (Carne moda Franz Post, 1996). H um certo ritual ca-nibal comer com os olhos, que a metfora da artista delata.Nas obras Varejo acadmico herise Varejo acadmico musas, a artista emprega, alm das imagens, duplos significa-dos ao corpo, carne e palavra varejo:

    ...o nome Varejo de famlia e eu brinquei com o significado nosvarejes acadmicos pois pareciam que os retalhos de corpos-qua-dros acadmicos, que copiei de vrios pintores acadmicos (AlmeidaJr., Amoedo, etc) no museu de belas artes no Rio, estavam pendura-dos em exposio para venda a varejo como num aougue. Foi umaironia com o significado do meu prprio nome.6

    O conceito de antropofagia dos artistas modernistas brasilei-ros toma, na obra de Varejo, um outro estatuto: est na obrae a obra, se mostra devorador e devorado. Varejo assume aantropofagia e cita tanto as imagens produzidas por Theodorde Bry, que muito alimentaram a fantasia do europeu sobre ri-tuais de ndios antropfagos do Brasil, como tambm O ltimoTamoiode Rodolfo Amoedo e O derrubador brasileirode AlmeidaJnior, entre outras que vemos no documentrio.

    Em sua maneira de fazer arte, Adriana Varejo trama e tece

    sua prpria linguagem, expandindo e problematizando o cam-

    po da pintura. Na superfcie pictrica, sua intrincada carto-

    grafia de imagens vai ganhando relevos com cortes que

    expem grande quantidade de massa pictrica. Uma exa-

    cerbao ttil que nos d a ver a teatralizao da pintura.

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    O passeio dos olhos do professor

    Por que no iniciar com um dirio de bordo?Essa idia se apro-xima dos cadernos de anotao dos artistas que so um modode arquivo de idias, memrias, escritas e/ou visuais. Soanotaes que sugerem, definem e servem para repensar. Pormeio de suas anotaes no dirio de bordo, voc perceber ascoisas que lhe marcaram. o espao para o desvelamento desua subjetividade, ao importante, j que estamos tratando

    de arte. Assim, tome nota do que lhe chama mais ateno e,depois, assista novamente ao documentrio apurando o seuolhar/pensar, percebendo o estranhamento e a recepo sobras apresentadas.

    Uma pauta do olhar pode ajud-lo nesse processo.

    O que o documentrio desperta em voc?Como voc v a carne e as entranhas? O que lhe causa? Porque a artista recorre a estes elementos?

    O que o documentrio mostra sobre metfora e histria dasimagens na obra de Varejo?

    Sobre o documentrio: o que o carter de depoimento des-

    perta em voc? Como voc poderia tirar proveito destasqualidades do material?

    O documentrio lhe faz perguntas? Quais?

    O que voc imagina que os alunos gostariam de ver nodocumentrio? O que causaria atrao ou estranhamento?

    Para voc, qual o foco de trabalho em sala de aula que podeser desencadeado pelo documentrio?

    Suas anotaes, as hipteses de resposta a essas questesimpulsionadoras, podem revelar o modo singular de sua per-cepo e anlise. A partir delas e da escolha do foco de traba-lho, quais questes voc incluiria numa pauta do olhar para opasseio dos olhos dos seus alunos pelo documentrio?

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    Uma outra idia apresentar este documentrio a colegas epropor um trabalho interdisciplinar. O seu casamento com a

    disciplina de histria poderia envolver duplamente os alunos ealunas. A arte entraria neste projeto contribuindo com a cons-truo da crtica, fortalecendo a presena das subjetividades ea histria traria a discusso dos fatos.

    Percursos com desafios estticos

    No mapa voc pode visualizar as diferentes trilhas para o focoLinguagens Artsticas. Pelas brechas do documentrio, consi-deramos esse um enfoque de relevncia. Considerando a sensi-bilidade, o interesse e a motivao que o documentrio pode ge-rar apresentamos possveis modos de percursos de trabalhoimpulsionadores de projetos para o aprender-ensinar arte.

    O passeio dos olhos dos alunosExpomos diferentes possibilidades para sua escolha, com a certezade que voc as transformar, sintonizando-as com sua realidade.

    O caminho dos azulejos

    A criao de um museu do azulejo a partir da coleta de so-bras e at mesmo de cacos de azulejo junto s famlias dos

    alunos, lojas e at fbricas, poderia ser o ponto de partida. possvel perceber padres e marcas do modismo, dosavanos tecnolgicos? Quais as marcas da cultura expres-sas nos azulejos que trouxeram? Os azulejos da escola tam-bm podem entrar na anlise. A diviso por padres e corespode ser o incio deste trabalho. Depois de reunido e anali-sado, especulando ano da compra dos azulejos com as fa-

    mlias, poderiam ser levantadas hipteses. Um exemplo: nosanos 70, foi moda a cor forte e temas florais para a cozinha,enquanto banheiros eram recobertos com azulejoschanfrados e de cores claras. Essas anlises poderiam serrelacionadas com a arte, o perodo scio-poltico, alm deoutros aspectos. Exibir o documentrio de Adriana Varejo,neste momento, abriria potenciais projetos, como partir para

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    qual FOCO?

    qual CONTEDO?

    o que PESQUISAR?

    Zarp

    potica da materialidade

    procedimentos

    vitalidade da matria,pesquisa de materiais:poliuretano, madeira,alumnio, gesso,pigmentos,materialidade/carnalidade,cor/miscigenao,tinta/corpo

    procedimentos tcnicosinventivos, informtica

    Materialidade

    bens simblicos

    azulejaria portuguesa no Brasil PatrimnioCultural

    ConexesTransdisciplinares

    arte e cinciashumanas

    histria do Brasil,histria das trocas culturais,histria do corpo,iconografia religiosa,iconologia

    ando

    Forma - Contedo

    elementos davisualidade

    relaes da visua

    te

    SaberesEstticos eCulturais

    histria da arte

    aaa

    sistema simblic

    esttica e

    LinguagensArtsticas

    meiosnovos

    meiostradicionais

    linguagens hbridas,apropriao de imagens,contaminao de linguagenspintura, escultura, objeto,instalao, fotografia

    azulejaria, tapearia

    artesvisuais

    Processo deCriao

    ao criadora potica pessoal,estudos fotogrficos

    ateli

    artiinveinvehist

    produtor-artista-pesquisador

    ambincia do trabalho

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    a criao de padres crticos, saindo dos florais tradicionais,tocando a obra de Varejo e suas metforas.

    Tiradentes s em abril?

    Adriana Varejo produziu a instalaoEstudo sobreTiradentes,apresentada na 24 Bienal de So Paulo toman-do como princpio a pintura de Pedro Amrico, Tiradentesesquartejado7 . No documentrio, contado o processo daproduo desta obra, como um intrincado jogo de espe-lhamentos, fotografias e pinturas. Antes de exibir odocumentrio, seria interessante mostrar a obra de PedroAmrico e, tambm, a obra de outro artista sobre o tema,Cildo Meireles e seu Tiradentes: totem-monumento ao pre-so poltico 8 , de 1970.Problematize a leitura das duas obrase observe o que os alunos sabem sobre Tiradentes. Depois,exiba o fragmento do documentrio que mostra esta produ-o, no final do primeiro bloco.

    Com a desconstruo do problema histrico, poderia se pro-por a reconstruo do corpo: com um retroprojetor, as trans-parncias da pintura de Pedro Amrico e dos fragmentosda obra de Varejo e um mapa de anatomia humana, pode-riam se reconstruir o condenado, transformando OsTiradentes em Joaquim da Silva Xavier, um outro corpo.

    Muitas pernas, deformidades, outra anatomia? Nesta pro-posio, estaria se construindo conhecimento sobre hist-ria, arte, e despertando a curiosidade para ver o docu-mentrio completo.

    Para mover a curiosidade

    Que pauta para o olhar poderia preparar os alunos para vero documentrio? possvel tambm abrir espao para que

    levantem outras perguntas que gostariam de fazer para me-lhor conhecer uma jovem artista. Sugerimos estas questes:

    O que Adriana Varejo diz sobre iniciar sua carreira pro-fissionalmente?

    Por que Varejo diz que o barroco em seu trabalho assu-me um carter poltico?

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    O que voc compreende do conceito da artista de intro-duo de espessura na pintura?

    Por que e como Adriana Varejo emprega a fotografiacomo uma ferramenta de trabalho?

    A discusso em subgrupos com a apresentao das idiaspara a classe pode gerar uma boa problematizao sobre alinguagem da arte. Que outros encaminhamentos saem da?

    Desvelando a potica pessoalO desafio pode ser a criao a partir da histria brasileira, ins-tigando o apuramento do trabalho do prprio aluno, na percep-o de seu modo singular, de suas escolhas, de sua poticapessoal: uma atitude investigativa de seu prprio modo de ex-presso na linguagem visual.

    Esta proposta no se resume na realizao de um nico traba-lho, mas na criao de uma srie que possa depois ser apreciadae discutida sob a perspectiva da pesquisa pessoal de linguagem.

    Cada aluno escolhe obras que aprecie, retiradas da histria daarte ou da cultura visual, incluindo a mdia, a tv, os quadrinhos,etc. Procedendo como Adriana Varejo, os alunos podem tra-balhar com silhuetas, com cpias em transparncias (plstico,

    celofane) para ampliao de fragmentos em retroprojetor, etc,criando pinturas, desenhos, esculturas, colagens ou recrian-do-as numa linguagem hbrida. Provoque a experimentao demuitos trabalhos, afinando e apurando a criao pessoal.

    Ampliando o olhar

    Partindo das histrias individuais, e das marcas do corpo,propor aos alunos um levantamento histrico das cicatrizesno corpo de cada um: como foi, quando ocorreu, de quemodo? Quais as lembranas que vm desse fato? Commarcador para retroprojetor, propor a elaborao e criaode tatuagens sobre as tatuagens.Fotografar o processo, acicatriz, a tatuagem.

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    Varejo se apropria da pintura Arrufos, de Almeida Jnior,representando-a como um naco de carne em sua obra

    Varejo acadmico. Apresente-as e problematize o compor-tamento feminino e a dominao masculina ao longo da his-tria.Tomando as medidas de azulejos, proponha que osalunos busquem em revistas, imagens de relaes entrehomens e mulheres: relaes de trabalho, afetivas, de lazer,de compras, na cidade, no campo, etc. Com elas, amplia-das em xerox ou no, os alunos podem compor um painel

    aderido a um silhar de azulejos.Visitar igrejas e edifcios que utilizem azulejos, pastilhas ououtros elementos em sua pele. Que projetos os alunoscriariam a partir deles?

    Interpretaes e anlises crticas ampliam nosso olhar paraver mais, com mais profundidade, por ngulos diversos.Assim, sugerimos que voc leia para os alunos este textoescrito por Luciano Buchmann:

    A obra de Adriana Varejo parece uma ferida aberta. Uma erupograve na pele, na pele de um edifcio sem endereo, mas pode-sesuspeitar a origem. Esse corpo ferido no se localiza em uma cida-de, no se mostra em guias tursticos, mas possvel, pelas suges-tes e associaes de quem os v azulejos antigos, cidades hist-ricas, Minas Gerais, Tiradentes pensar em um tempo distante, umBrasil Colnia, um Portugal Coroa. A ferida aberta na parede criada

    mostra carne, entranhas, sangue de um corpo vivo. Haver sofri-mento, agonia, dor, uma peste ou doena grave? Todas as alterna-tivas apontam vida, circulao e no a morte, como a artista enfatiza.H uma estranha operao, riqussima! A ferida liga passado e pre-sente, doida mquina do tempo! Se o renascimento fez do quadrouma janela por onde se via o mundo, com o advento da perspectiva,Adriana o faz de outra forma. pela ferida que se v sob a pele, soba pele h um Brasil simbolizado.

    Ser necessrio rever o documentrio para conversar sobre

    esse texto? Sugerimos que voc pergunte aos alunos. Revero documentrio pode ser muito bom, pois cada exibio re-vela aspectos antes no vistos. O que provoca o documentriodepois dos trabalhos j realizados e da leitura do texto? Apercepo inicial foi transformada? Concordam com o texto?O que discordam? O que no compreendem do texto?

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    O caminho dos azulejosfoi a primeira proposio sugerida epoder assumir o carter da demarcao da escola por uma

    turma. O painel pode ser ao mesmo tempo, marca, memria edesejo: a marca da turma que o realizou, a lembrana na me-mria de quem o fez, e o desejo da turma que no ano seguintefar, marcar sua passagem. Um exerccio de aproximaes ecriao de significados. No necessrio que o painel imite aobra da artista Adriana Varejo. No seria por um maneirismoque ele seria importante, mas pode-se pensar em pinturas sobre

    os azulejos que tragam o pensamento dos alunos.

    Conhecendo pela pesquisaQuais so as linguagens das artes plsticas? Lance estapergunta para os alunos, pedindo para que montem uma es-pcie de lbum de figurinhas, relembrando, talvez, uma ma-

    nia do passado. Perceber os meios convencionais, os meiosnovos e os meios que convergem para o campo da arte. Comoa publicidade, o design, a moda podem ampliar o conheci-mento e as oportunidades profissionais da rea de artes?

    Quais as linguagens da arte? Alm das artes plsticas, osalunos podem levantar obras, artistas, estilos, movimentosde outras linguagens artsticas como o teatro, a dana, a

    msica, o cinema, a literatura, etc.No primeiro bloco do documentrio, a obra Proposta parauma catequese - parte Iaparece rapidamente. Nela, Varejoinsere imagens de gravuras de Theodor de Bry sobre a ima-ginria europia dos rituais de ndios antropfagos do Bra-sil. O que os alunos sabem sobre os ndios Tupinambs eAimors, sobre as imagens de Theodor de Bry e o conceito

    de antropofagia da arte moderna brasileira? Conhecem oManifesto antropofgicode Oswald de Andrade? Um de-bate crtico sobre os ideais modernos de brasilidade na artepode instigar para uma antropofagia das obras de AdrianaVarejo. Com jornal, fita crepe e papelo, pode-se modelarimitando carne, dando acabamento em papelagem, colando

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    pedaos de jornal com cola. Com guache e pigmentovermelho estas formas podem ser pintadas. A imitao da

    carne na pintura pode ser vista no 1o

    segmento do docu-mentrio. O que seus alunos poderiam criar?

    Outros artistas tambm utilizaram a memria, a histria? Hexperincias interessantes de artistas nesta rea, so mui-tas vezes incurses, como o caso proposto pela exposio:O Brasil de hoje no espelho do sculo 21. Artistas brasileiros

    e alemes refazem a expedio Langsdorff realizada, em

    1996, na Casa Frana Brasil/RJ9 . uma rica possibilidade:ver o que foi feito no passado e pensar o presente. A propo-sio trabalhar com o patrimnio edificado, buscando ima-gens da igreja matriz, da praa, de um edifcio marcante aolongo da histria da cidade, revendo as alteraes (reformaou restauro), repensando o edifcio para as funes atuais.

    A pesquisa sobre materiais alternativos pode envolver os alu-nos. O que se poderia fazer com massa corrida? Em quantotempo esse material racharia, perderia aderncia? Varejo dizque fazia misria misturando espumas e cores, refora o quantoarrisca na tcnica. O que tcnica em seu trabalho? O que seriatcnica inventiva? Como se processa o conhecimento tcnico?

    Dissecar a pintura - dissecar a histria. Olhar e no ver

    comum. preciso observar a obra para a dissecao. Comoexemplo, uma obra que aparece no documentrio rapida-mente, Quadro ferido,de 1992. Ao olharem-na os alunospodem dizer, um quadro oriental, japons, chins. Aoobserv-la podero ver cana-de-acar, dois ndios, umapalmeira, um negro cercado por dois chineses, um pintor deporcelana, um carrinho cheio de vasos. O que h por detrsdas escolhas destes elementos? Outras obras so comoestas? A flora chinesa? H ndios na China?

    A pintura de Varejo tem a figurao como uma necessida-de. Reconhecimento ou imitao? Ela est imitando outrasobras ou h um convite a outra leitura destas imagens pelareunio e disposio delas na obra de Adriana? Busque maisinformaes nos sites.

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    Amarraes de sentidos: portflio

    A pesquisa sempre um caminho muito rico e o portflio po-deria ser o documento das descobertas. Ele tem essa virtude,pois faz o aluno assumir um posicionamento e buscar aquiloque lhe interessa.

    Fatos da atualidade poderiam ser abordados, conectados com aidia de corpo vivo e ferido de Adriana Varejo. Problemas eco-nmicos, polticos, sociais, estticos da atualidade seriam intro-

    duzidos com a participao de outros professores? A terra ocio-sa, o movimento dos sem terra e as fotos de Sebastio Salgado- verdade ou publicidade? As informaes so manipuladas pelamdia? H uma histria oficial e no oficial dos fatos?

    A arte contempornea lida com o presente e possvel cons-truir as pginas da histria plasticamente. A arte aqui no seriarecurso didtico para ensinar outra disciplina, mas parceira nacrtica, na compreenso da vida.O portflio de cada aluno poderia ser construdo como ummostrurio de azulejos. Em cada um seria colocado um aspec-to que foi importante para o aluno no processo vivido, ressal-tando o que estudou, conheceu e o que o inquietou.

    Valorizando processualidadesEntre tudo o que pode ser pensado sobre avaliao em arte, umadas mais valiosas permitir aos alunos que se percebam comosujeitos, como seres diferentes ao verem e produzirem coisasdiferentes. O melhor modo de promover isso expondo o traba-lho dos alunos aos alunos: mostrar o que se produziu neste pro-jeto entre histria e arte, a partir da obra de Adriana Varejo.

    Os portflios podem ser expostos facilmente e podem contartudo o que ocorreu. Os azulejos da escola tambm podem ser-vir de suporte exposio, que pode inovar, sendo diferente,conectada arte contempornea.

    O importante que o resultado seja mostrado comunidade,no apenas interna, mas aos pais e vizinhana. Chame-os! Dei-

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    xe o documentrio disposio durante o evento. D aos alunosa fala, eles sabem o que fizeram e, no momento de mediarem os

    olhares da comunidade sobre os trabalhos, vero o quanto deconhecimento cada um construiu! Que outras idias nascero da?

    GlossrioAntropofagia tomada como metfora, refere-se atitude esttico-cul-tural de devorao e assimilao crtica dos valores transplantados aoBrasil pela colonizao, alm de realar valores interculturais. Fonte:

    .Azulejaria a idia de azulejos recobrindo as paredes dos edifcios bra-sileiros vem de Portugal, e herdeira da artesania mourisca. As paredesdos palcios portugueses eram recobertas por tapearias produzidas nonorte da Europa, em Flandres e na Holanda. O azulejo valorizado entoem Portugal, como substituto tapearia, durante o bloqueio navega-o mercante na guerra entre Frana e Espanha no sculo 15. Especialis-tas chamam o silhar de azulejo de tapearias cermicas. Na arquitetura

    brasileira, o azulejo ganhar o exterior dos edifcios. Fonte: TOLEDO, Be-nedito Lima de. Do sculo XVI ao incio do sculo XIX: maneirismo, barro-co e rococ. In: ZANINI, Walter (org.) Histria geral da arte no Brasil.SoPaulo: Instituto Walther Moreira Salles, 1983, v.I, p. 165.

    Barroco Em geral, compreende-se como barroca a arte desenvolvida nosculo XVII. (...) O homem barroco compreendia a natureza como infinita emsua diversidade e dinamismo e para expressar tal sentimento utilizou recursosformais tais como contrastes abruptos de luz e sombra, manchas difusas de

    cores, passagens sbitas entre primeiro e segundo planos, diagonais impetuo-sas, ausncia de simetria, entre outros. Fonte: .

    Craquelado fendas de pintura que obedece tanto s tenses do supor-te, como a tcnicas defeituosas, como o emprego de aglutinantes inade-quados, como a alteraes do meio fsico. Pode ser, no entanto, um efeitoprocurado pelo artista em pintura e na decorao cermica. Fonte:.

    Escatolgico como adjetivo, designa o emprego de temas ou de expres-

    ses imundas e asquerosas no terreno literrio, bem como a utilizao deexcrementos ou de partes mortas de animais ou de seres humanos em obrasconsideradas artsticas (instalaes de artes plsticas, filmes, peas tea-trais etc.) Fonte: .

    Iconoclastia refere-se proibio do uso de imagens, causadas por moti-vos religiosos, tanto pelo Oriente, na Idade Mdia, como pelos princpiosprotestantes no sculo 16 e 17. Fonte: GOMBRICH, Ernest. Histria da artenos sculos. Rio de Janeiro: LTC, 1999.

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    Iconografia vocbulo usado para designar o significado simblico de ima-gens ou formas representadas em obras de arte. Tambm nomeia uma disci-

    plina da histria da arte, dedicada a identificar, descrever, classificar e inter-pretar a temtica das artes figurativas. At fins do sculo 16, a iconografiareferia-se especialmente ao significado simblico de imagens inseridas numcontexto religioso. Atualmente, o termo refere-se ao estudo da histria e dasignificao de qualquer grupo temtico. Fonte: .

    Iconologia cincia voltada ao estudo e interpretao, de forma ampla, dosignificado dos cones ou do simbolismo artstico de uma obra ou artista, emdiferentes contextos histricos e culturais. Tambm designa uma rea dasbelas-artes que estuda como um determinado tema tratado por diferentesartistas em diferentes pocas, resultando em representaes alegricas ouemblemticas de uma viso de mundo. Fonte: .

    Poliuretano o poliuretano um produto slido, com textura de espuma, e apa-rncia entre a cortia e o poliestireno expandido (isopor). obtido a partir da reaoqumica, que ocorre quase que instantaneamente, entre dois compostos qumi-cos lquidos (...) A espuma de poliuretano pode ser flexvel ou rgida. Fonte:.

    Silhar pedra toscamente aparelhada em forma geomtrica, usada em obrasde alvenaria; pedra que se estende da face at o meio da parede, materialde face triangular (p.ex., azulejo) que se usa como revestimento de pare-des, muros etc. Fonte: Dicionrio eletrnico Houaiss da lngua portuguesa.

    BibliografiaARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos con-

    temporneos.So Paulo: Companhia das Letras, 1993.

    BOSCHI, Caio. O barroco mineiro: artes e trabalho. So Paulo: Brasiliense, 1988.CALABRESE, Osmar. A linguagem da arte. Rio de Janeiro: Globo, 1987.

    FAUSTO, Boris. Histria do Brasil. So Paulo: Edusp,2003

    MARTINS, Mirian et al. Didtica do ensino de arte - A lngua do mundo:poetizar, fruir e conhecer arte.So Paulo: FTD, 1999 (captulo 1 e 2).

    MILLIET, Maria Alice. Tiradentes. O corpo do heri. So Paulo:MartinsFontes, 2001.

    PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. So Paulo: Perspectiva, 2002.PAREYSON, Luigi.Os problemas da esttica. So Paulo: Martins Fontes, 1984.

    SANTOS, Paulo R. S. Igreja e arte, em Salvador no sculo XVIII.Curitiba:Criar Edies, 2002.

    TOLEDO, Benedito Lima de. Do sculo XVI ao incio do sculo XIX: maneirismo,barroco e rococ. In: ZANINI, Walter (org.) Histria geral da arte no Brasil.So Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, 1983, v.I, p. 165.

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    ZANINI, Walter (org.) Histria geral da arte no Brasil.So Paulo: InstitutoWalther Moreira Salles, 1983, v.I, p. 88-319.

    Seleo de endereos sobre a artista e a arte na rede internetOs sites abaixo foram acessados em 12 jan. 2005.

    OUTEIRO DA GLORIA. Disponvel em: .

    VAREJO, Adriana. Disponvel em: .

    ___ Disponvel em:.

    ___ Disponvel em:.___ Disponvel em:.

    ENCICLOPDIA ITA CULTURAL DE ARTES VISUAIS. Disponvel em:.

    Notas1 HERKENHOFF, Paulo. Adriana Varejo. Catlogo da Representao

    Brasileira para a Africus Johannesburg Biennalle, frica, 1995, p. 23.2 HERKENHOFF, Paulo. Pintura/Sutura. Adriana Varejo. Catlogo paraa Galeria Camargo Vilaa, So Paulo, 1996, p. 9.3 Veja a obra Azulejes instalao de 2002, no CCBB-Centro Culturaldo Banco do Brasil/RJ disponvel em: .4 Benedito L. de TOLEDO, Do sculo XVI ao incio do sculo XIX:maneirismo, barroco e rococ, p. 166.5 Op. cit, Paulo HERKENHOFF, p. 9.6 Palavras de Adriana Varejo em entrevista a Luciano Buchmann em 16/12/2004.7 A obra de Adriana - Estudo sobre Tiradentes (Pedro Amrico) est dispo-nvel em: ea de Pedro Amrico, Tiradentes esquartejado em: .

    8 Obra de Cildo Meireles, disponvel em: .9 Participaram: Carlos Vergara e Jos Fujocka Neto, do Brasil; Olaf Nicolai,da Alemanha; Anatoli Juravlev, artista russo radicado na Alemanha; eMichael Fahres, compositor alemo radicado na Holanda que apresentouuma instalao e desenhos inspirados na Zoophoniade Hrcules Florence.