adminstração pública brasileira -...

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Questões de Concursos – Tudo para você conquistar o seu cargo público www.qconcursos.com 1 Administração Pública Brasileira Professor Denis França 1- Prova: FCC - 2010 - DPE-SP - Agente de Defensoria - Administrador (questão nº 45) Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Atos administrativos; Decreto nº 1.171-94 - Código de ética profissional do servidor público civil do poder executivo federal; Princípios da Administração Pública; Agentes públicos e Lei 8.112 de 1990; Regime jurídico administrativo; O servidor público quando instado pela legislação a atuar de forma ética, não tem que decidir somente entre o que é legal e ilegal, mas, acima de tudo entre o que é a) oportuno e inoportuno. b) conveniente e inconveniente. c) honesto e desonesto. d) público e privado. e) bom e ruim. 2- Prova: FUNIVERSA - 2009 - PC-DF - Agente de Polícia (questão nº 48) Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Princípios da Administração Pública; Regime jurídico administrativo; Sendo a Administração Pública o braço operacionalizador das políticas públicas, no que se distingue, pois, da função de governo, posto esta estar no nível de sua formulação, assinale a alternativa correta. a) No bojo da constitucionalização da Administração Pública, tem-se que a legalidade, a moralidade, a publicidade, a impessoalidade e a eficiência, este trazido com a edição da Emenda Constitucional n.º 19, de 1998, são os princípios exclusivos da Administração Pública. b) A doutrina administrativista tem exigido a explicitação dos motivos ensejadores mesmo dos atos administrativos discricionários. c) Caracteriza a administração direta a centralização das atividades nas entidades públicas.

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Questões de Concursos – Tudo para você conquistar o seu cargo público www.qconcursos.com

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Administração Pública Brasileira

Professor Denis França

1- Prova: FCC - 2010 - DPE-SP - Agente de Defensoria - Administrador (questão nº 45)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Atos administrativos; Decreto nº 1.171-94 - Código de ética

profissional do servidor público civil do poder executivo federal; Princípios da Administração Pública; Agentes

públicos e Lei 8.112 de 1990; Regime jurídico administrativo;

O servidor público quando instado pela legislação a atuar de forma ética, não tem que decidir somente entre o

que é legal e ilegal, mas, acima de tudo entre o que é

a) oportuno e inoportuno.

b) conveniente e inconveniente.

c) honesto e desonesto.

d) público e privado.

e) bom e ruim.

2- Prova: FUNIVERSA - 2009 - PC-DF - Agente de Polícia (questão nº 48)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Princípios da Administração Pública; Regime jurídico

administrativo;

Sendo a Administração Pública o braço operacionalizador das políticas públicas, no que se distingue, pois, da

função de governo, posto esta estar no nível de sua formulação, assinale a alternativa correta.

a) No bojo da constitucionalização da Administração Pública, tem-se que a legalidade, a moralidade, a

publicidade, a impessoalidade e a eficiência, este trazido com a edição da Emenda Constitucional n.º 19, de 1998,

são os princípios exclusivos da Administração Pública.

b) A doutrina administrativista tem exigido a explicitação dos motivos ensejadores mesmo dos atos

administrativos discricionários.

c) Caracteriza a administração direta a centralização das atividades nas entidades públicas.

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d) Em face de suas prerrogativas de Estado, o foro exclusivo para julgamento de causas em face de autarquias

e fundações públicas é a justiça comum, federal ou estadual, conforme a natureza de seu ente criador.

e) Depende de lei específica a criação das fundações de direito público.

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3- Prova: CESPE - 2012 - TJ-RO - Técnico Judiciário (questão nº 24)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Poderes da Administração;

Com relação aos poderes administrativos, assinale a opção correta.

a) O abuso de poder é conduta comissiva, que afronta, entre outros, o princípio da legalidade e o da moralidade,

e se sujeita, portanto, ao controle judicial, que se sobrepõe ao controle administrativo.

b) A nomeação para cargo de provimento em comissão é exemplo de exercício do poder hierárquico pela

administração pública.

c) Não se distinguem quanto ao alcance o poder disciplinar da administração pública e o poder punitivo do

estado exercido pelo Poder Judiciário.

d) A administração pública exerce seu poder disciplinar ao aplicar sanção de suspensão a servidor público e seu

poder discricionário ao determinar a suspensão como sanção a ser aplicada.

e) Servidor da vigilância sanitária que apreende, em estabelecimento comercial, produtos alimentícios fora

do prazo de validade exerce poder de polícia.

4- Prova: CESPE - 2012 - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária (questão nº 12)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Regime jurídico administrativo; Poderes da Administração;

No que se refere ao poder de polícia e às polícias administrativas e judiciárias, assinale a opção correta.

a) Tratando-se do exercício do poder de polícia, prescreve em cinco anos, contados da data da prática do ato, a

pretensão punitiva da administração pública para apurar infração permanente.

b) O conceito de poder de polícia tem sede doutrinária e jurisprudencial, mas não está positivado no ordenamento

jurídico brasileiro.

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c) A polícia administrativa atua sobre bens, direitos ou atividades, enquanto a polícia judiciária atua sobre pessoas.

d) A discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade são atributos do poder de polícia, que compete

exclusivamente ao Poder Executivo.

e) O poder de polícia não é exercido mediante atos administrativos normativos, mas apenas mediante atos

individuais de efeitos concretos.

5- Prova: CESPE - 2012 - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária (questão nº 13)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Regime jurídico administrativo; Poderes da Administração;

Assinale a opção correta com relação aos poderes hierárquico e disciplinar e suas manifestações.

a) As delegações administrativas emanam do poder hierárquico, não podendo, por isso, ser recusadas pelo

subordinado, que pode, contudo, subdelegá-las livremente a seu próprio subordinado.

b) Toda punição disciplinar por delito funcional acarreta condenação criminal.

c) No âmbito do Poder Legislativo, o poder hierárquico manifesta-se mediante a distribuição de competências

entre a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.

d) O poder disciplinar da administração pública autoriza-lhe a apurar infrações e a aplicar penalidades aos

servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, assim como aos invasores de terras

públicas.

e) A aplicação de pena disciplinar tem, para o superior hierárquico, o caráter de um poder-dever, uma vez que a

condescendência na punição é considerada crime contra a administração pública.

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6- Prova: FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - VIII - Primeira Fase (questão nº 32)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Regime jurídico administrativo; Poderes da Administração;

Com a finalidade de minimizar as consequências dos

problemas de trânsito na cidade “X”, o Prefeito estabeleceu, por meio de decreto de natureza genérica e

abstrata, restrições à circulação de veículos na região central, proibindo a circulação de

veículos e as operações de carga e descarga no período compreendido entre 6h e 22h, de segunda a sexta-

feira, em dias úteis, na área de abrangência especificada.Face a esse fato, a Associação Empresarial do

ramo de transporte de mercadorias procura um advogado para orientá-la na

proteção de seus interesses.

Com base na hipótese apresentada, assinale a alternativa que indica a linha de atuação mais apropriada

proposta pelo advogado.

a) Impetração de mandado de segurança contra o Decreto, ao argumento de que faltaria ao Município

competência normativa para estabelecer a referida restrição.

b) Ajuizamento de ação de conhecimento com pedido de antecipação dos efeitos da tutela

jurisdicional com a finalidade de suspender os efeitos do Decreto, ao

argumento de vício de razoabilidade/proporcionalidade.

c) Impetração de mandado de segurança contra o Decreto, ao argumento de vício de

razoabilidade/proporcionalidade.

d) Ajuizamento de ação de conhecimento com pedido de antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional

com a finalidade de suspender os efeitos do Decreto, ao argumento de que faltaria ao Município

competência normativa para estabelecer a referida restrição.

7- Prova: FCC - 2012 - MPE-PE - Técnico Ministerial - Área Administrativa (questão nº 38)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Regime jurídico administrativo; Poderes da Administração;

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No que concerne ao poder regulamentar, considere a seguinte situação hipotética: o Prefeito de Olinda

expediu decreto regulamentar cujo conteúdo contraria lei do mesmo Município, bem como impõe obrigações

que não estão previstas na mencionada lei. Sobre o tema, é correto afirmar que decreto regulamentar

a) não pode contrariar a lei, nem impor obrigações que nela não estejam previstas.

b) não pode contrariar a lei, porém pode impor obrigações que nela não estejam previstas.

c) pode contrariar a lei, bem como impor obrigações que nela não estejam previstas, tendo em vista a autonomia e

independência do Poder Executivo.

d) pode contrariar a lei, porém não pode impor obrigações que nela não estejam previstas.

e) não faz parte do poder normativo da Administração, vez que não é da competência do Chefe do Executivo.

8- Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário (questão nº 51)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Processo Administrativo - Lei 9.784/99;

A Lei no 9.784/99, que trata dos processos administrativos no âmbito da Administração Pública Federal, traz

princípios a serem obedecidos pela Administração Pública. A mesma lei também prevê os critérios que serão

observados nos processos administrativos, entre eles, a adequação entre meios e fins, vedada a imposição de

obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do

interesse público.Referido critério refere-se ao princípio da :

a) Ampla defesa

b) Eficiência

c) Segurança Jurídica.

d) Proporcionalidade.

e) Motivação.

9- Prova: FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - X - Primeira Fase (questão nº 30)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Processo Administrativo - Lei 9.784/99;

Um servidor público foi acusado de corrupção passiva e peculato. Respondeu a processo criminal e foi

absolvido por ausência de provas. Diante dessa situação, assinale a afirmativa correta.

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• a) A Administração Pública, no caso, permanece livre para punir o funcionário, desde que verifique

haver desvios na conduta funcional do servidor.

b) A decisão de absolvição do servidor sempre vincula a Administração Pública, que não poderá punir o seu

funcionário.

c) A autotutela administrativa permite desconsiderar decisões judiciais contrárias à lei ou às provas dos autos,

sendo possível a aplicação de sanções administrativas com cópias extraídas do processo criminal.

d) As decisões da justiça, que punem o servidor por qualquer crime, vinculam o Poder Público, embora as

decisões de absolvição nunca impeçam o poder punitivo da Administração.

10- Prova: CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase (questão nº 54)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Improbidade administrativa - Lei 8.429/92;

Assinale a opção correta conforme a Lei de Improbidade (Lei n.º 8.429/1992).

a) É cabível a indisponibilidade dos bens do indiciado quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio

público ou ensejar enriquecimento ilícito.

b) Se houver fundados indícios de responsabilidade, será cabível o arresto dos bens do agente ou terceiro que

tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

c) Proposta a ação de improbidade, é permitido o acordo, a transação ou a conciliação.

d) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou enriquecer ilicitamente está sujeito às

cominações da lei além do limite do valor da herança.

11- Prova: CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado - I - Primeira Fase (questão nº 49)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Lei nº 8.112-1990 - Regime jurídico dos servidores públicos

federais; Agentes públicos e Lei 8.112 de 1990;

Com relação ao regime disciplinar dos servidores públicos federais, previsto na Lei n.º 8.112/1990, assinale a

opção correta.

a) Em caso de processo administrativo disciplinar contra servidor público, a lei autoriza, como medida cautelar, que

a autoridade instauradora do processo determine o seu afastamento do cargo, pelo prazo de até sessenta dias,

sem prejuízo da remuneração, para evitar que esse servidor possa influir na apuração do fato a ele imputado.

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b) Servidor aposentado não pode ser punido em razão de infração administrativa praticada na ativa e cuja

penalidade prevista seja a de demissão.

c) A penalidade de demissão não impede, em nenhuma hipótese, que o servidor venha a ocupar outro cargo

público.

d) As penalidades de suspensão aplicadas aos servidores públicos não poderão ter seus registros cancelados.

12- Prova: FGV - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado - II - Primeira Fase (questão nº 12)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Lei nº 8.112-1990 - Regime jurídico dos servidores públicos

federais; Processo Administrativo - Lei 9.784/99; Agentes públicos e Lei 8.112 de 1990;

Em determinado procedimento administrativo disciplinar, a Administração federal impôs, ao servidor, a pena

de advertência, tendo em vista a comprovação de ato de improbidade. Inconformado, o servidor recorre, vindo

a Administração, após lhe conferir o direito de manifestação, a lhe impor a pena de demissão, nos termos da

Lei nº 8112/90 e da Lei 9784/98.

Com base no fragmento acima, é correto afirrmar que a Administração Federal

• a) agiu em desrespeito aos princípios da eficiência e da instrumentalidade, autorizativos da reforma em

prejuízo do recorrente, desde que não imponha pena grave.

• b) agiu em respeito aos princípios da legalidade e autotutela, autorizativos da reforma em prejuízo do

recorrente.

• c) não observou o princípio da dignidade da pessoa humana, trazendo equivocada reforma em prejuízo

do recorrente.

• d) não observou o princípio do devido processo legal, trazendo equivocada reforma em prejuízo do

recorrente.

13- Prova: FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - III - Primeira Fase (questão nº 6)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Atos administrativos; Lei nº 8.112-1990 - Regime jurídico dos

servidores públicos federais; Processo Administrativo - Lei 9.784/99; Agentes públicos e Lei 8.112 de 1990;

Determinado servidor público foi acusado de ter recebido vantagens indevidas valendo-se de seu cargo

público, sendo denunciado à justiça criminal e instaurado, no âmbito administrativo, processo administrativo

disciplinar por ter infringindo seu estatuto funcional pela mesma conduta. Ocorre que o servidor foi absolvido

pelo Poder Judiciário em razão de ter ficado provada a inexistência do ato ilícito que lhe fora atribuído.

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Nessa situação, é correto afirmar que

• a) a decisão absolutória não influirá na decisão administrativa do processo administrativo disciplinar, por

serem independentes.

b) haverá repercussão no âmbito do processo administrativo disciplinar, não podendo a administração

pública punir o servidor pelo fato decidido na esfera penal.

• c) em nenhuma hipótese a decisão penal surtirá efeito na esfera administrativa, mesmo que a conduta

praticada pelo servidor seja prevista como ilícito penal e ilícito administrativo.

• d) a punição na instância administrativa nunca poderá ser anulada, caso tenha sido aplicada.

14- Prova: FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - VI - Primeira Fase (questão nº 27)

Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Lei nº 8.112-1990 - Regime jurídico dos servidores públicos

federais; Agentes públicos e Lei 8.112 de 1990;

Luiz Fernando, servidor público estável pertencente aos quadros de uma fundação pública federal,

inconformado com a pena de demissão que lhe foi aplicada, ajuizou ação judicial visando à invalidação da

decisão administrativa que determinou a perda do seu cargo público. A decisão judicial acolheu a pretensão de

Luiz Fernando e invalidou a penalidade disciplinar de demissão. Diante da situação hipotética narrada, Luiz

Fernando deverá ser

a) reintegrado ao cargo anteriormente ocupado, ou no resultante de sua transformação, com ressarcimento

de todas as vantagens.

b) aproveitado no cargo anteriormente ocupado ou em outro cargo de vencimentos e responsabilidades

compatíveis com o anterior, sem ressarcimento das vantagens pecuniárias.

c) readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis, com ressarcimento de todas as

vantagens.

d) reconduzido ao cargo anteriormente ocupado ou em outro de vencimentos e responsabilidades

compatíveis com o anterior, com ressarcimento de todas as vantagens pecuniárias.

15- Prova: FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - X - Primeira Fase (questão nº 33)

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Disciplina: Direito Administrativo | Assuntos: Lei nº 8.112-1990 - Regime jurídico dos servidores públicos

federais; Agentes públicos e Lei 8.112 de 1990;

As alternativas a seguir apresentam condições que geram vacância de cargo público, à exceção de uma.

Assinale-a.

a) Falecimento.

b) Promoção.

c) Aposentadoria.

d) Licença para trato de interesse particular.

Gabarito:

1- C- Nos termos do inciso II do Código de Ética do servidor civil federal, “II - O servidor público não poderá jamais

desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o

injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o

desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal”. Portanto, a resposta

correta é a letra C.

2- B- Vejamos alternativa por alternativa:

- Alternativa A:realmente, esses são princípios administrativos expressos. Mas não são exclusivos, pois há

muitos outros princípios. Alternativa errada.

- Alternativa B:isso não é verdade. Embora seja uma constante busca a fundamentação dos atos, o que amplia

o controle sobre a administração pública, a doutrina tende a entender que os atos discricionários, como

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dependem de uma avaliação do administrador, não demandam motivação. Vale anotar que esse pensamento é

majoritário, mas existem vozes em contrário. E, ainda que a motivação nesses atos não seja uma obrigação, caso

ela estiver presente, deve ser verdadeira, consubstanciando-se a chamada teoria dos motivos determinantes. Essa,

portanto, é a alternativa correta.

- Alternativa C:a administração direta não necessariamente se caracteriza por uma centralização de atividades,

afinal ela pode passar pelo processo de desconcentração administrativa. Mais ainda: o que ela presta

centralizadamente, presta em si mesma, na pessoa jurídica de direito público, e não em entidades outras.

Portanto, essa alternativa está completamente equivocada.

- Alternativa D:as causas em que sejam parte ou interessada a União, suas autarquias e empresas públicas

serão processadas e julgadas na justiça comum federal, na forma do art. 109 da CF/88. Mas as causas relativas às

sociedades de economia mista federais serão processadas e julgadas na justiça comum estadual. Portanto, é

errado dizer que a competência da justiça federal ou estadual será determinada pela natureza do ente instituidor,

já que mesmo sociedades de economia mista federais terão suas causas julgadas na justiça federal.

- Alternativa E:essa alternativa com certeza é polêmica e passível de anulação. O que ela pretendia fazer era

testar o conhecimento do candidato no sentido de que as fundações públicas de direito público são verdadeiras

autarquias, sendo, assim, criadas diretamente por lei, e não apenas autorizadas, como é a regra geral das

fundações públicas. Porém, a palavra “depende” é ampla, e depender pode ser tanto ser criado quanto ser

autorizado. Por isso, apesar de essa alternativa ser dada como errada, há nela coerência que possibilita afirmarmos

que é verdadeira. A questão merecia ser anulada, mas deve-se enfatizar que isso não aconteceu.

3- E- - Alternativa A: há ao menos dois erros nessa opção; Primeiro, o abuso de poder pode perfeitamente ser cometido de maneira omissiva, não devendo ser necessariamente comissivo. Segundo, obviamente sujeita-se a análise sobre a existência ou não de abuso ao controle judicial. Opção errada.

- Alternativa B: na realidade a mera nomeação para um cargo não representa a prática de poder algum. É exercício discricionário para a prática de um ato administrativo (poder discricionário não é um tipo de poder, mas um modo de seu exercício). Ademais, veja que não se poderia pensar em poder hierárquico nesse caso, pois só passaria a existir hierarquia após a nomeação.

- Alternativa C: como não se distinguem? É claro que se distinguem! O poder disciplinar é mera decorrência do poder hierárquico e depende de uma vinculação prévia entre o administrado e a administração, o que naturalmente é desnecessário quando o Poder Judiciário aplica alguma sanção.

- Alternativa D: de fato a administração exerce poder disciplinar ao aplicar a sanção. Contudo, não há discricionariedade na escolha da sanção, devendo ser observada a sanção determinada pela lei, até em atendimento ao atributo da tipicidade que, segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro deve caracterizar atos desse tipo. Portanto, alternativa errada!

- Alternativa E: enfim, uma ideia correta! De fato, quando a vigilância sanitária apreende mercadorias, está a exercer o poder de polícia, consagrado no art. 78 do CTN, devendo estar respaldada em previsão legal. Alternativa correta!

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4- Alternativa A:errada. De fato, há previsão na lei 9.879/99 de que prescreve em 5 anos o prazo para a administração apurar infração no exercício do poder de polícia. Mas no caso das infrações permanentes esse tempo não se conta da prática do ato, mas do dia em que tiver cessado. É o teor do art. 1º da mencionada lei: “Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do

poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no

caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado”. - Alternativa B:errado, porque é muito conhecido o conceito de poder de polícia dado pelo Código Tributário Nacional, em seu art. 78. Confira: "Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,

limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão

de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do

mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à

tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. - Alternativa C:está é a alternativa verdadeira. Veja que do próprio conceito de poder de polícia visto acima é possível perceber que as restrições do mesmo se estabelecem sobre o direito de propriedade atividades do indivíduo, mas não recaem propriamente sobre o indivíduo, afetando sua liberdade pessoal. Já nos casos em que haverá atuação do Direito Penal, é papel da polícia judiciária atuar na investigação e prevenção de crimes. Desempenham a função de polícia judiciária as polícias civil e federal, embora as mesmas tenham, também, atribuições de polícia administrativa. - Alternativa D:de fato os três atributos citados são atributos do poder de polícia. Mas é errado dizer que o mesmo seja exclusivo do Poder Executivo. Afinal, a função de administrar, embora seja a atividade precípua do Executivo, é também uma atividade exercida pelos outros Poderes, até mesmo pela necessidade de que os mesmos se autoadministrem de modo a preservarem sua autonomia. Portanto, os poderes legislativo e judiciário também podem exercer o poder de polícia administrativa, desempenhando sua função atípica administrativa. Essa a razão de a alternativa estar errada. - Alternativa E:alternativa errada, porque é perfeitamente possível que um ato administrativo normativo, determinante de implicações genéricas e abstratas, veicule restrições, dentro dos limites da lei, que consubstanciam o próprio poder de polícia. Imagine-se, por exemplo, a restrição para que estabelecimentos comerciais de um certo município coloquem mesas e cadeiras nas calçadas. É um ato normativo, genérico, mas que veicula determinações decorrentes do poder de polícia, capazes de restringir o uso da propriedade e/ou uma atividade qualquer do particular.

5- - Alternativa A:de fato a delegação de competências é admitida em nosso ordenamento, inclusive pela lei 9.784/99, que trata do tema nos arts. 11 a 17. E, de fato, a delegação é uma decorrência do poder hierárquico. Contudo, a delegação se submete a algumas regras como, por exemplo, ser autorizada somente quanto à parte da competência da autoridade delegante. E outra dessas regras que restringem a delegação, segundo doutrina e jurisprudência, é justamente a vedação de subdelegação, exceto se houver expressa autorização da autoridade que primeiro delegou a competência. Por isso, a alternativa está errada. - Alternativa B:está errado, porque as instâncias são independentes e é plenamente possível que certas infrações disciplinares não sejam consideradas crimes. Um bom exemplo é a conduta do servidor desidioso, aquele que não cumpre a contento as suas funções. Para tal servidor, há previsão de infração administrativa (Lei 8.112/90, art. 117, XV). No entanto, isso não constitui crime na nossa legislação. E isso é até lógico, pois faz sentido demitir um servidor “incompetente”, mas mandar “pra cadeia” (sanção criminal) já seria demais. - Alternativa C:o poder hierárquico é um poder de administração interna, que pressupõe a subordinação. É um poder administrativo, voltado para a adequada organização das atividades de um órgão ou entidade. A divisão de atribuições entre as casas do Legislativo Federal não têm nada a ver com o poder hierárquico. Afinal, na atividade legiferante dessas casas sequer temos atividade administrativa, e é a própria Constituição que define, em razão do equilíbrio entre os poderes, as atribuições das casas do Congresso, bem como dos demais poderes. Portanto, a alternativa está errada, até porque não se poderia pensar em hierarquia entre as casas do Congresso, pois ambas retiram o fundamento de suas atribuições da própria Constituição. - Alternativa D:o poder disciplinar é uma decorrência do poder hierárquico. Por ele, a administração pode

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aplicar sanções administrativas pela incidência em faltas. Contudo, é pressuposto da aplicação do poder disciplinar exatamente a existência de alguma vinculação, da qual decorra essa hierarquia. Por isso, podemos pensar no poder disciplinar em relação aos servidores ou até mesmo em relação a concessionárias de serviços públicos, que também estão sujeitas a um vínculo prévio que autoriza a aplicação da disciplina administrativa. Mas se não houver essa vinculação prévia não há que se pensar em poder disciplinar, pois não há hierarquia. Portanto, a alternativa está errada, ao dizer que o poder hierárquico poderia ser aplicado a invasores de terras públicas. Contra estes, apenas o desforço possessório normal ou as medidas judiciais cabíveis poderiam ser aplicadas. - Alternativa E:sem dúvida, os poderes da administração, instrumentais que são, não podem ser utilizados da maneira como quiserem os administradores, pois sua utilização é verdadeiro dever sempre que a medida se mostrar necessária ou prevista em lei. A ideia de poder-dever, assim, é moderna e atualmente é defendida com ênfase pela doutrina. Portanto, é verdadeiro dizer que o superior hierárquico não tem escolha se o caso for o de aplicação de pena disciplinar. Resta saber, então, se a não aplicação da punição constituiria, de fato, a condescendência criminosa, e mais uma vez esta prova trouxe conhecimentos de outra área jurídica, no caso o Direito Penal, integrados ao Direito Administrativo. E, de fato, a hipótese narrada na questão constituiria o crime de condescendência criminosa, previsto no art. 320 do Código Penal, razão porque está é a alternativa correta. Confira, então, o referido dispositivo: “Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que

cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da

autoridade competente: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.”

6- Comentários: analisemos as alternativas, discutindo o que cada uma propõe: - Alternativa A:de cara podemos descartar a impetração de Mandado de Segurança, porque está ação não pode ser manejada contra atos abstratos e genéricos, como as leis e os decretos, já que se presta apenas a combater atos ilegais. Tais atos devem ser de efeitos concretos. É esse o sentido da súmula 266 do STF que assim preconiza: “Não cabe Mandado de Segurança contra lei em tese”. Portanto, alternativa errada. - Alternativa B:o ajuizamento de ação de conhecimento certamente é cabível, pois não há nenhuma restrição nesse sentido. E, igualmente, é cabível o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, por meio do qual se busca a concretização precária do provimento jurisdicional que se pretende ao fim do processo. Também parece cabível apontar como argumento o possível vício à razoabilidade, sendo necessário demonstrar isso no caso concreto. Afinal, trata-se de um ato discricionário do Prefeito, e tais atos podem ser combatidos no que possuírem de ilegais, e quando há ofensa a princípios do Direito Administrativo, há ilegalidades. Portanto, esta é a afirmativa correta. - Alternativa C:errada, pois como vimos não se poderia utilizar o Mandado de Segurança. Alternativa D: errada, porque pertence ao município a competência para estabeecer esse tipo de norma de circulação, não havendo, nesse ponto, vício que pudesse ensejar a nulidade do decreto a ser combatido.

7- A- O que é o poder normativo? Poder normativo é o poder de editar normas gerais e abstratas, dentro dos limites da lei. Isso ocorre porque a lei não é capaz – e nem precisaria ser – de especificar todas as peculiaridades de sua aplicação. Por isso, muitas vezes é necessário que a administração edite atos que são verdadeiras normas, parecem-se com as leis, mas que, contudo, não podem criar direitos ou obrigações além do previsto legalmente, tampouco restringir o

exercício dos direitos conferidos pela lei. É comum que a própria lei faça previsão de que sua especificação se dará por regulamento. Isso ocorre, por exemplo, com o art. 52 da lei 8.112/90, regulamentado pelo Decreto 3.148/99. Confira! Os principais atos que expressam o poder normativo são os regulamentos (formalizados por meio de

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decretos), privativos do Chefe do Executivo. Por isso, não é muito preciso dizer que o poder regulamentar é sinônimo de poder normativo, pois aquele está contido dentro deste. Ou seja: poder regulamentar seria o poder normativo exercido pelo chefe do poder executivo. Agora ficou mais fácil responder a questão. Vejamos, então, cada alternativa: - Alternativa A: é a correta! Afinal, o ato decorrente do poder normativo não pode contrariar a lei e muito menos impor outras obrigações ao particular. - Alternativa B:errada, pois não se pode admitir a imposição de obrigações ao particular não previstas na lei. - Alternativa C: erradíssima! Se assim fosse o Poder Executivo teria muito mais do que autonomia, pois estaria acima dos demais. A ideia é que o Poder Executivo também deve sofrer a limitação da lei, pois estamos numa democracia. Se o poder Executivo tudo pudesse, estaríamos numa ditadura. - Alternativa D:claro que está errada, o ato normativo não pode contrariar a lei. - Alternativa E:errado, pois, como vimos, o Poder Executivo tem sim o poder normativo, que assume até um nome próprio, de “poder regulamentar”.

8- D- Vejamos as alternativas:

- Alternativa A: ampla defesa não é o princípio descrito no enunciado, mas, sim, a possibilidade de os interessados

poderem se defender, no âmbito dos processos administrativos (no caso), previamente, tecnicamente, recorrer

etc. Alternativa errada.

- Alternativa B: a eficiência está relacionada ao dever da administração de ser eficaz, ou seja, alcançar os objetivos

propostos, mas de fazê-lo da melhor maneira possível, menos onerosa etc. Portanto, também não é o princípio

descrito.

- Alternativa C: a segurança jurídica está relacionada à estabilidade das relações jurídicas, servindo de

fundamento, por exemplo, para a convalidação de certos atos, após o decurso de prazo. Não guarda, como se vê,

nenhuma relação com a descrição do enunciado.

- Alternativa D: sem dúvidas, a adequação entre os fins e os meios empregados é o conteúdo principal do

princípio da proporcionalidade. Por ele, as medidas só podem ser tomadas pela administração quando se

mostrarem necessárias, adequadas e revelarem essa estrita relação de adequação. Portanto, esta é a alternativa

correta.

- Alternativa E: o princípio da motivação indica tão somente que os atos administrativos devem ser

fundamentados, sendo explicitadas as razões de sua edição. Não corresponde, portanto, ao conteúdo descrito no

enunciado.

9- Em regra, as instâncias judiciais e administrativas de apuração das faltas dos servidores são independentes.

Assim, é perfeitamente possível uma condenação administrativa e uma absolvição penal e vice-versa. Porém, há

uma importantíssima exceção: quando houver absolvição na esfera penal por negativa de autoria (conclui o

judiciário que aquele fato não foi praticado por aquela pessoa) ou por inexistência do fato, a conclusão

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administrativa fica vinculada, ou seja, deverá obrigatoriamente também absolver o servidor. Vamos, então, às

alternativas:

- Alternativa A: de fato, como a conclusão penal se deu por mera insuficiência de provas, a administração fica

livre para tirar suas conclusões no processo administrativo, não havendo que se falar em vinculação, prevalecendo,

portanto, a regra da independência de instâncias. Resposta correta.

- Alternativa B: isso está errado, pois, como vimos, apenas excepcionalmente a decisão penal vincula a decisão

administrativa.

- Alternativa C: naturalmente a autotutela administrativa não poderia ser sobreposta à jurisdição, não se

podendo pensar em desconsideração de decisões judiciais. Além disso, ainda que seja possível a utilização de

provas emprestadas dos autos de processo judicial, tais não são suficientes para uma condenação administrativa,

sendo inarredável a realização de um processo administrativo próprio, com contraditório e ampla defesa.

Alternativa errada.

- Alternativa D: como já vimos, não há tamanha vinculação entre as instâncias. Além disso, é perfeitamente

possível que a punição por crimes não gere consequências para o servidor, por exemplo, quando não tiver ocorrido

nenhuma transgressão administrativa. Alternativa errada.

10- A - Vamos verificar cada alternativa:

- Alternativa A: correta! É exatamente isso que prevê o art. 7º da Lei em questão, cumprindo o que determinou a

própria Constituição Federal.

- Alternativa B: errada, porque a lei não fala em arresto, mas em sequestro de bens nesses casos.

- Alternativa C: errada, porque é sempre impossível qualquer tipo de acordo ou transação nesse tipo de ação,

consoante prevê o §1º do art. 17 da lei.

- Alternativa D: errada, porque nos termos do art. 8º essa responsabilidade só pode alcançar os sucessores até o

limite do valor da herança, e não além dele.

11- A- vejamos as alternativas:

- Alternativa A:pode parecer estranho que um servidor seja afastado cautelarmente, ou seja, como uma

medida de cautela que objetiva garantir o resultado útil do processo, e continue recebendo seus vencimentos! Mas

isso é o correto, em atenção ao princípio do contraditório e da ampla defesa. Afinal, para garantir o interesse da

administração o servidor é afastado, para que não influa no processo administrativo disciplinar, se assim entender

a autoridade responsável. Mas não pode ser o servidor privado dos seus rendimentos por força de decisão

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administrativa não sujeita ao contraditório e à ampla defesa. Portanto, esta é a alternativa correta, consoante a

expressa previsão do art. 147 da Lei 8.112/90: “Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir

na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu

afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração. Parágrafo

único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não

concluído o processo".

- Alternativa B:errada, tanto que existe uma punição específica para esses casos, que é a cassação de

aposentadoria ou disponibilidade, inserta no art. 127, IV, da Lei 8.112/90, aplicável nos mesmos casos em que se

daria a demissão, quando a apuração se der apenas após a aposentadoria ou disponibilidade do servidor efetivo.

- Alternativa C:errada, porque na forma do art. 137, se a demissão do servidor se der nas hipóteses dos incisos

IX e XI do art. 117 o servidor ficará incompatibilizado por cinco anos para nova investidura em cargo público

federal. As hipóteses são a de o servidor ter cometido uma das seguintes condutas: “IX - valer-se do cargo para

lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; XI - atuar, como procurador

ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais

de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro”.

- Alternativa D: errada, pois há expressa previsão, no art. 131 da Lei 8.112/90, no sentido do cancelamento do

registro da aplicação da pena de suspensão: “As penalidades de advertência ede suspensão terão seus registros

cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não

houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar”.

12- B- em primeiro lugar, vamos traduzir melhor o caso apresentado, porque a redação da questão é um pouco

truncada: um servidor federal foi punido com a pena de suspensão num Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

Em seguida, o mesmo recorreu, e a sanção foi agravada, se tornando demissão.

A resposta a essa questão se resume a indagar: poderia a administração agravar a sanção aplicada em PAD

quando da análise de um recurso administrativo interposto pelo servidor? E a resposta só pode ser positiva. Afinal,

entra em cena a autotutela da administração, que deve zelar pelos seus atos e pode anulá-los ou revisá-los, desde

que não tenham se tornado imutáveis, sempre que constatar que outra solução é melhor do que a já conferida no

caso.

Assim, o recurso do servidor é um desdobramento natural da própria sequência do PAD e, se ele estava em

análise, certamente não havia decaído, ainda, o direito da administração de rever seus atos.

Portanto, a resposta correta é a letra B, que afirma a possibilidade de o julgamento do recurso resultar em

agravamento da sanção. Esteja atento, no entanto, para não confundir, no PAD, o recurso administrativo com a

revisão, pois nesta, que muito se assemelha à uma revisão criminal, e que só pode ser apresentada quando houver

fatos novos, não pode resultar em agravamento da sanção aplicada originalmente ao servidor. A esse respeito,

confira-se o que diz a Lei 8112, ao tratar da Revisão do PAD: “Art. 182. (...) Parágrafo único. Da revisão do

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processo não poderá resultar agravamento de penalidade”. Ao contrário, ao tratar do direito de petição, recursos

e pedido de reconsideração, diz a lei 8.112, do que se depreende que, ali, nãohá óbice à agravação da sanção: “Art.

114.A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade”.

13- B- Em regra vige o que se chama de independência ou incomunicabilidade das instâncias, no que se refere à

apuração das responsabilidade penal e administrativa dos servidores. Afinal, situações que talvez apresentem

elementos para uma punição administrativa podem não oferecer o suficiente para uma condenação criminal, por

exemplo, sendo cada instância apuratória livre para, observados os trâmites legais, apurar a responsabilidade do

servidor faltoso.

Há, porém, situações excepcionais indicadas pela lei nas quais o resultado da apuração na esfera criminal

necessariamente vinculará a esfera administrativa, que não pode decidir de modo diverso e, caso já o tenha feito,

terá anulada a sua decisão.

Tal conclusão está expressa no art. 126 da lei 8.112/90, que assim dispõe: “A responsabilidade

administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou

sua autoria”. E esse é o caso da questão, pois houve absolvição criminal cujo fundamento foi a inexistência do fato.

Ora, se o juízo criminal disse que aquele fato não aconteceu, não poderia subsistir a punição na esfera

administrativa. Portanto, é correta a letra B.

14- A- Essa questão é tranquila e trabalha os conceitos de provimento dos cargos públicos. Vejamos:

- Alternativa A:de fato, quando o servidor demitido tem o ato de sua demissão anulado, será determinada sua

reintegração ao serviço. Ou seja, alguém que estava fora, volta a ser integrado na atividade. E, obviamente, se

houve nulidade da pena aplicada, o servidor esteve fora do cargo sem nenhuma culpa, sendo absolutamente justo

que ele receba todas as vantagens a que teria direito se estivesse em serviço. Esta é a alternativa correta, no exato

teor do art. 28 da lei 8.112/90: “Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo

anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por

decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens”.

- Alternativa B:não é o caso de aproveitamento, porque este só ocorre se extinto o cargo antes ocupado. E,

como já vimos, será devido o ressarcimento das vantagens pecuniárias. Alternativa errada.

- Alternativa C:quem precisa se readaptar para um cargo diferente? Aquele que, por ter sofrido alguma

limitação física ou mental, não pode mais prosseguir desempenhando as funções originais. Não é o caso, pois o

servidor apenas teve sua demissão anulada, podendo voltar às velhas atribuições. Alternativa errada.

- Alternativa D: não é o caso da recondução, porque esta se dá em duas hipóteses, conforme o art. 30 da lei

8.112/90: (i) quando o servidor já estável é considerado inabilitado em estágio probatório de outro cargo, sendo

reconduzido ao cargo anterior; e quando aquele que fora demitido de um cargo é reintegrado, sendo o servidor

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que estava neste mesmo cargo reconduzido ao seu anterior, se for estável (afinal, sendo reintegrado o anterior

ocupante ficará, em tese, faltando cargo pra alguém, tendo preferência o anterior ocupante). Não é esse o caso da

questão, razão pela qual a alternativa está errada.

15- D- Vejamos diretamente as alternativas:

- Alternativa A: de fato o falecimento do servidor gera a vacância do cargo público, e não poderia ser de outro

modo. Portanto, alternativa errada.

- Alternativa B: a promoção, que ocorre dentro de uma mesma carreira, permite ao servidor ocupar um cargo

de natureza superior naquela carreira. Exemplo: professor substituto que se torna professor adjunto, em razão da

progressão na carreira. Note que a promoção depende da existência de cargo vago naquela categoria superior,

razão pela qual, quando há a promoção, o cargo de origem fica vago e o servidor passa para o cargo da categoria

seguinte. Alternativa errada.

- Alternativa C: quando um servidor se aposenta, naturalmente o seu cargo – conjunto de atribuições – fica

vago, ocorrendo a vacância. Resposta errada.

- Alternativa D: não é difícil intuir que na hipótese de o servidor se licenciar não ocorre a vacância. Afinal, este

servidor pode voltar ao exercício de suas atribuições, e por essa razão seu cargo não pode estar disponível para

outros. Esta é a resposta correta.

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