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ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Professor: Fábio Maia 1) Orçamento: - Conceito: é um instrumento de planejamento e execução das Finanças Públicas. Atualmente, o conceito está ligado à previsão das Receitas e fixação das Despesas Públicas. O orçamento contém estimativa das receitas e autorização para realização de despesas da Administração Pública Direta e Indireta em determinado exercício. - Funções do Orçamento Público: - Princípios do Orçamento Público: Princípios do Orçamento Público Anualidade A previsão da receita e a fixação da despesa devem se referir sempre a um período limitado de tempo. Exclusividade O orçamento deve conter apenas matéria orçamentária e não cuidar de assuntos estranhos. Especificação Receitas e despesas devem aparecer no orçamento de maneira discriminada, para se saber a origem dos recursos e sua aplicação. Unidade O orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para cada exercício financeiro. Publicidade O conteúdo orçamentário deve ser divulgado por meio dos veículos oficiais de comunicação para conhecimento público e para a eficácia de sua validade. Exercício, no Brasil, coincide com o ano civil. Função Alocativa: coordenar o ajuste na alocação de recursos. Função Distributiva: ordenar a situação de equilíbrio da distribuição da riqueza e de renda. Função Estabilizadora: garantir estabilidade ao processo econômico.

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ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO

Professor: Fábio Maia

1) Orçamento:

- Conceito: é um instrumento de planejamento e execução das Finanças Públicas. Atualmente, o

conceito está ligado à previsão das Receitas e fixação das Despesas Públicas. O orçamento contém

estimativa das receitas e autorização para realização de despesas da Administração Pública Direta e

Indireta em determinado exercício.

- Funções do Orçamento Público:

- Princípios do Orçamento Público:

Princípios do Orçamento Público

Anualidade A previsão da receita e a fixação da despesa devem se referir sempre a um período

limitado de tempo.

Exclusividade O orçamento deve conter apenas matéria orçamentária e não cuidar de assuntos

estranhos.

Especificação Receitas e despesas devem aparecer no orçamento de maneira discriminada, para

se saber a origem dos recursos e sua aplicação.

Unidade O orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para cada

exercício financeiro.

Publicidade O conteúdo orçamentário deve ser divulgado por meio dos veículos oficiais de

comunicação para conhecimento público e para a eficácia de sua validade.

Exercício, no Brasil,

coincide com o ano

civil.

Função Alocativa: coordenar o ajuste na alocação de recursos.

Função Distributiva: ordenar a situação de equilíbrio da distribuição da riqueza e de renda.

Função Estabilizadora: garantir estabilidade ao processo econômico.

Page 2: ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E … · ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO Professor: Fábio Maia 1) Orçamento: - Conceito: é um instrumento

Universalidade O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da

União, seus fundos, órgãos e entidades da Admin. Direta e Indireta (art. 165, §, CF).

Equilíbrio Em cada exercício financeiro, o montante da despesa não deve ultrapassar a

receita prevista para o período. Serve para limitar o crescimento dos gastos

governamentais.

- Evolução do Orçamento:

Orçamento-Programa

- Combinação de atividade que produzem resultados característicos com a disponibilidade orçamentárria doGoverno.

- Pressupostos (esforço de modernização do planejamento): Cobrança de resultado e RealidadeProblematizada.

- O controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais.

Orçamento Desempenho

Ênfase em resultados e não apenas na execuçãolegal do orçamento.

Ações previstas desvinculadas do planejamento.

Orçamento Clássico ou Tradicional

Apenas instrumentaliza o controle de despesasComo: por unidades administrativas; e por objeto ouitem de despesa.

Não contempla um programa de trabalho e umconjunto de objetivos

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2) Orçamento Público:

- Lei nº 4.320/64: Discriminação da receita e despesa evidenciando a política financeira e o programa

de trabalho do governo; Introdução da ideia de metas visadas, custos das obras a realizar e dos serviços

a prestar; Obediência aos princípios da unidade, universalidade e anuidade; Abrangem todas as

receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei; (...)

- Decreto-Lei nº 200/67: Obrigatoriedade de um orçamento-programa anual; Atividade orçamentária

organizada sob a forma sistêmica; Supervisão ministerial por meio da aprovação do orçamento-

programa das entidades da administração indireta; Atualização das descentralizações normativas

constantes da Lei nº 4.320/64.

- CF/88: Ênfase na integração planejamento-orçamento; Existência de três documentos de

Planejamento/Orçamento: PPA, LDO e LOA; Plano estabelecendo diretrizes, objetivos e metas da

Orçamento Base Zero ou Estratégico

É um orçamento por programas, que se utiliza de todo o processo operacional de planejamento eorçamento, fundamentado na preparação de pacotes de decisão, para escolha do nível de objetivo ditadopela ponderação da equação de custos e benefícios.

Orçamento Participativo

Participação direta e efetiva das comunidades na elaboração da proposta orçamentária.

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Administração Pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas

aos programas de duração continuada; Plano regionalizado; Diretrizes orçamentárias compreendendo

as metas e prioridades da Administração Pública federal, incluindo as despesas de capital para o

exercício financeiro subsequente, orientando a elaboração da lei orçamentária anual, dispondo sobre as

alterações na legislação tributária e estabelecendo a política de aplicação das agências financeiras

oficiais de fomento; (...)

3) Ciclo orçamentário: = PPA + LDO + LOA

O Orçamento Público atravessa diversas etapas, compostas pela elaboração do projeto de lei

orçamentário, onde o mesmo é verificado, votado, sancionado e publicado. Com isso, vem a execução

da lei orçamentária, sempre com acompanhamento e avaliação.

- Plano Plurianual – PPA: Plano de médio prazo, através do qual se procura ordenar as ações do

governo que levem ao atingimento dos objetivos e metas fixados para um período de quatro anos, tanto

a nível federal, quanto a nível estadual e municipal. Terá vigência de 4 anos (até o final do 1º

exercício financeiro do mandato subsequente), será entregue ao Poder Legislativo até quatro meses

antes do encerramento do 1º exercício financeiro e o Poder Legislativo deverá devolver o PPA ao Poder

Executivo até o término do 2º período legislativo.

PP

A

De forma regionalizada: aplicação de recursos públicos para diminuir as desigualdades entre as regiões brasileiras.

Diretrizes: princípios que nortearão a captação e o gasto público com vistas a alcançar osobjetivos.

Objetivos: discriminação dos resultados que se quer alcançar com a execução de açõesgovernamentais.

Metas: quantificação, física ou financeira, dos objetivos.

As despesas de capital: realizadas para formar e/ou adquirir um bem de capital.

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- Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO: Instrumento de planejamento. Compreenderá as metas e

prioridades da Adm. Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro

subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na

legislação tributária, e estabelecerá a política de aplicações das agências financeiras oficias de fomento.

A LDO deverá conter os seguintes anexos:

-Lei Orçamentária Anual – LOA: Objeto de programação para conseguir a concretização de ações

planejadas no PPA, obedecidos a LDO. Procura elaborar, se expressar e executar o cumprimento de

quase todos os programas de governo, para cada período orçamentário.

Importante saber os prazos de envio e de devolução:

Projetos de Lei Envio ao CN Devolução p/ sanção

Lei orçamentária – Anual 31/08 22/12

Lei de Diretrizes Orçamentárias – Anual 15/04 17/07

Plano Plurianual – 4 anos 31/08 22/12

Anexo 1

• Adm. Pública informará as metas

anuais para receitas e despesas,

justificando os resultados que se

quer obter, com quadro

comparativo das metas dos 3

exercícios anteriores, evidenciando

a importância delas para os

objetivos da política nacional.

Anexo 2

• Adm. Pública informará os riscos

fiscais, descrevendo quais são

capazes de afetar as contas,

informando as providências a

serem tomadas caso se

concretizem.

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4) TI aplicada ao Orçamento Público:

5) Receita Pública:

- Conceito: Em sentido amplo, compreende todos os ingressos financeiros ao patrimônio público.

Portanto, abrange o fluxo de recebimentos auferidos pelo Estado. Em sentido estrito, a Receita Pública

equivale a todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidos pelo Poder Público, compreendendo

qualquer ente da Federação ou suas entidades, para atender as despesas públicas.

- Classificação:

• Receitas correntes (destinadas a financiar as despesas correntes) – Subclassificação:

• Receitas Tributárias: provenientes da cobrança de impostos, taxas e contribuições de

melhoria.

• Receitas de Contribuições: provenientes da arrecadação de contribuições sociais e

econômicas; por exemplo: contribuições para o PIS/PASEP, contribuições para fundo de saúde

de servidores públicos, etc.

• Receita Patrimonial: proveniente do resultado financeiro da fruição do patrimônio,

decorrente da propriedade de bens mobiliários ou imobiliários; por exemplo: Aluguéis,

dividendos, receita oriunda de aplicação financeira, etc.

- SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal: instrumento de

administração da execução orçamentária e financeira da União.

De responsabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional.

- SIDOR – Sistema Integrado de Dados Orçamentários: sistema responsável pelo controle e

acompanhamento das etapas e aprovação do Orçamento da União.

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• Receita Agropecuária: decorre da exploração das atividades agropecuárias; por exemplo:

receita da produção vegetal, receita da produção animal e derivados.

• Receita Industrial: obtida com atividades ligadas à indústria de transformação. Exemplos:

indústria editorial e gráfica, reciclagem de lixo, etc.

• Receitas de Serviços: provenientes de atividades caracterizadas pela prestação se

serviços por órgãos do o Estado; por exemplo: serviços comerciais (compra e venda de

mercadorias), etc.

• Transferências Correntes: são recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou

privado, destinados ao atendimento de despesas correntes.

• Outras Receitas Correntes: grupo que compreende as Receitas de Multas e Juros de Mora,

Indenizações e Restituições, Receita da Dívida Ativa, etc.

• Receitas de capital (destinadas a atender despesas de capital). Classificam-se em:

• Operações de Crédito: financiamentos obtidos dentro e fora do País; trata-se de recursos

captados de terceiros para obras e serviços públicos. Exemplos: colocação de títulos públicos,

contratação de empréstimos e financiamentos, etc.;

• Alienação de Bens: receitas provenientes da venda de bens móveis e imóveis;

• Amortização de Empréstimos: são receitas provenientes do recebimento do principal mais

correção monetária, de empréstimos efetuados a terceiros;

• Transferências de Capital: são recursos recebidos de outras entidades; a aplicação desses

recursos deverá ser em despesas de capital. O recebimento desses recursos não gera nenhuma

contraprestação direta em bens e serviços;

• Outras Receitas de Capital: envolvem as receitas de capital não classificáveis nas

anteriores.

➢ Receitas ordinárias: que representam certa regularidade na arrecadação. Exemplos:

Arrecadação de Impostos (Federais, Estaduais ou Municipais), Transferências do Fundo de

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Participação dos Estados e do Distrito Federal, do Fundo de Participação dos Municípios, Cota-

Parte do ICMS destinado aos Municípios, etc.; e

• Receitas extraordinárias são aquelas que representam ingressos acidentais, transitórios e, às

vezes, até de caráter excepcional, como os impostos por motivo de guerras, heranças, etc.

- Estágios da Receita: A receita orçamentária passa por quatro fases denominadas estágios, que

são:

➢ Previsão: é a estimativa do que se espera arrecadar, durante o exercício.

➢ Lançamento: é a identificação do devedor ou da pessoa do contribuinte. A Lei 4.320/64 e

o Código Tributário Nacional definem lançamento como sendo o ato de pessoa competente que

verifica a procedência do crédito fiscal, a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.

A partir do lançamento surge o crédito tributário.

➢ Arrecadação: a arrecadação da receita é o momento em que o contribuinte recolhe ao

agente financeiro (arrecadador), o débito devido à Fazenda Pública.

➢ Recolhimento: o recolhimento da receita é o momento em que o agente financeiro

(arrecadador) repassa o valor arrecadado ao Tesouro Nacional, Estadual, Distrital ou Municipal.

6) Despesa Pública

- Conceito: Definida como dispêndios do Estado ou de outra pessoa de direito público para

funcionamento dos serviços públicos, constituindo-se parte do orçamento que viabilizará a realização

dos gastos públicos.

- Classificação:

Classificação

Institucional

Reflete a estrutura organizacional de alocação dos créditos orçamentários. Está

estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.

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Classificação

Funcional

Segrega as dotações orçamentárias em funções ou subfunções, buscando responder

basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será

realizada. Função é o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor

público (se relaciona com a missão institucional do órgão). Subfunção é um nível de

agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação

governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas

e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções.

- Etapas da Despesa Orçamentária: Para melhor compreensão do processo orçamentário, pode-se

classificar a despesa orçamentária em duas etapas:

Natureza da Despesa Orçamentária

Despesa orçamentária: depende de autorização legislativa para serrealizada e não pode ser efetivada sem a existência de créditoorçamentário que a corresponda suficientemente.

Despesa extra-orçamentária: não dependem de autorizaçãolegislativa e não integram o orçamento público. São devoluções devalores arrecados sob título de receitas extra-orçamentárias.

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7) Restos a pagar: Despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro (Lei Federal nº

4.320/64, artigo 36). Seguem rito próprio, previsto no decreto nº 93.872/86.

PLANEJAMENTO

•Abrange: fixação da despesa orçamentária + descentralização/movimentação de créditos + programação orçamentária e financeira + processo de licitação e contratação.

•Fixação da despesa: insere-se no processo deplanejamento e compreende a adoção demedidas em direção a uma situação idealizada,tendo em vista os recursos disponíveis eobservando as diretrizes e prioridades traçadaspelo governo. = fixada pela Lei OrçamentáriaAnual.

•Orçado inicial: valor do orçamento inicial fixadopela Lei Orçamentária, distribuído no âmbito daUnidade Orçamentária por FuncionalProgramática, Elemento da Despesa e Fonte deRecursos.

•Orçado atualizado: valor inicial acrescido e/oureduzido pelos créditos e/ou alteraçõesaprovados.

EXECUÇÃO

•Os estágios da despesa orçamentária públicana forma prevista na Lei nº 4.320/1964 são:

•EMPENHO: o primeiro estágio. É o atoemanado da autoridade competente que criapara o Estado a obrigação de pagamento,pendente ou não, de implemento de condição. Éato de autoridade, legalmente autorizada paratal fim. As modalidades de Empenho são:Ordinário – Modalidade para atender adespesa, com montante previamente conhecidoe cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;Estimativo – por estimativa, quando não sepuder determinar o montante da despesa; eGlobal – emitido para atender as despesascontratuais, cujo montante é conhecido, todaviaa sua liquidação e pagamento está sujeita aparcelamento.

•LIQUIDAÇÃO: é o segundo estágio. Consistena verificação do direito adquirido pelo credor,tendo por base os títulos e documentoscomprobatórios do respectivo crédito, ou seja, éa comprovação de que o credor cumpriu todasas obrigações constantes do empenho.

• PAGAMENTO: Constitui o último estágio dadespesa e consiste na entrega do numerário aocredor do Estado, extinguindo-se o débito ouobrigação.

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8) Despesas de Exercícios Anteriores:

Despesa orçamentária normal, só que se refere a uma situação em que o fato gerador aconteceu

no passado, em exercício anterior. Previstas no artigo 37, da Lei Federal nº 4.320/64:

a) Despesas de exercícios encerrados, ou seja, são as despesas cujo empenho tenha sido

considerado insuficiente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que dentro

do prazo estabelecido o credor tenha cumprido sua obrigação.

b) Restos a pagar com prescrição interrompida, isto é, cuja inscrição com restos a pagar tenha

sido cancelada, mas ainda existe o direito do credor.

c) Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente.

9) Conta Única do Tesouro Nacional: A Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco

Central do Brasil, é utilizada para registrar a movimentação dos recursos financeiros de

responsabilidade dos Órgãos e Entidades da Administração Pública e das pessoas jurídicas de

direito privado que façam uso do SIAFI por meio de termo de cooperação técnica firmado com o

STN. A operacionalização é efetuada por meio de documentos registrados no SIAFI.

10) Suprimento de Fundos: é intransferível.

• Forma alternativa de pagamento de despesas orçamentárias;

• Adiantamento de numerário a servidor à conta de empenho com dotação própria;

• Atender a casos excepcionais não sujeitos ao processo normal de aplicação;

• Há controle da responsabilidade do suprido de comprovar os gastos (prestação de contas).

• Em relação ao prazo de aplicação inicialmente fixado, quando este for inferior a 90 (noventa) dias,

será admitida a prorrogação do mesmo, até aquele limite. Neste caso, a UG deverá fazer constar

observação específica no Relatório Mensal de Prestação de Contas.

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