administração e direito colonial marcelo caetano

243

Click here to load reader

Upload: cristiane

Post on 13-Feb-2016

438 views

Category:

Documents


85 download

DESCRIPTION

Obra de grande importância para o estudo da administração colonial portuguesa

TRANSCRIPT

Page 1: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

COLONIAL

4

Apontamentos das l ~ q d e a do Snr, Prof, Doutor MaroeYl.) 4

Caetclno :LO 3Q an0 de 1949-50,, co l ig idos por ~ r a ind rz V i l n r o s

Cepeda e A, 5 . Visnn Rodrigues,

~ u b l i o a q g o da ~ s s o o i a q g o ~ c a d 6 n l o a da Faouldsds de D i r e i t o - mo

de Lisboa, oom a revisgo do Ex. Profesuor da cadeira,

Page 2: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

A D M I N I S T R A ~ ~ ~ O E DIREITO COLONIAL

I- ~ o r r f t b r i o s ngo met , ropo l i t anos ou c o l 6 n i a s em s o n t i d o lato, .s

a ) ~ o l 6 n i a s s t r i c t 0 sensu ;

b - ) p r o t c r t h r a d o s pr6pr iarnente d i t o s ;

c ) ~ s r r i t 6 r i o o t u t e l a d o s ; ./

3- Gonoemto J de ~ d l h & u ~ i s t r a q g o C o l o n i a l .

4 - Conoe i to d o D f r e i t o C o l o n i a l ,

5- T J I S ~ O ~ O de es tudo .

FONTSS DO DIREITO COLONIAL PORTUGUES

ACTOS INTERNACIOWAI d S

6 - Diversas cr,pi':ci,;s c',: a c t 0 8 i n t e r n a o i o n a i s que se inf8gram no

a ) T f t u l o s d u posse ;

b) * ~ o n v e n q z o u de l i r n i t e a ;

8 - 0s - a n t c c c d e n t s s - da? Gonfar6ncia de Berl im,

8- A c o n f o r g n c i a de R o r l i r n . 0 Acto g e r a l de 1885,

9 - 0 Aoto g c r o l do 18>33 ( r o n t . ) A ~ a o l a r a y g o r e l a t i v a b ocupa-

qzo: a n t e c e d o n t s s , ( l i r e i t o c o n s t i t u i d o , inovapgo. -

10- 0 i i c t o e,tral clc: 1 8 ., ( a o n t . ) A extenpgo dos p r i n c i p i o s s o b r e

o l ' ec t iv idado e p u b l i c i d a d c da ooupaqGo a o i n t e r i o r do o o n t i -

n i ; n t ~ af r f cano .

Page 3: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

- 11- ~ o v i s g o do Acto gora l de Berlirn pola ~onvenqgo de S t , Ger-

12- 0 Acto gora l de Bruxelas do 1890, I d e i a s gerais, ~ e v i r r k de

13- ~onvenggo corn a d s s o c i a ~ ~ o International do Congo de 14 de

Foveroiro do 1885.

14 - convenqzo luso-franoesa de 13 de Maio de 1886, 0 s prob lems

a ) a quostgo dos l i m i t o s da ~ u i n 6 ;

b ) a quostgo dos l i m l t o s do Cabinda,

A primoira - .afirmaqgo da e s f o r a de in f lu6na ia portuguesa na

Afr ica Contral , 0 rnapa Cor de Rosa.

15- ~onvenqgo luso-alerng do 30 do Dazombro de 1886. 0 s lirnites ., .,

do Angola com o Sudoestc Africano ~lomiio. A o s f e r a de i n f l u -

6noia portuguosa e m mapa Cor do Roda.

16- Tratado l u s o - b r i t h i o o dc 1891, Antocedentes: o u l t imatua:

o t r a t a d o do 1890. d

17- Tratado l u s o - b r i t s n i c o de 1891 (qont , ) ~ n 6 1 i s e do oeu conte-

18- A r z l i n q a pnglesa o as col6nias portuguesas, 0 Tsatado de

19- convonqzo sobre bebidas o s p i r i t u o s a s o arms de S t , Germin-

20- ~onvenqgo sobre oscravatura (1926).

21- 0 p rob lem do t r a b a l h o obr iga t8 r io : posiqgo portuguosa om

face da ~onvenqgo de 1930. .,

22- Qs Roordos do Cabo (1926) on t re Portugal e a u ~ ~ Z O Sul Afri- d

cana sobro a f r o n t e i r a do Cunene. Y 4

23- ~ e l a q z e s cop a ~ n i g o Sul Af'riuanar o carninho de f e r r o de Lou-

renqo Marques e a omigraqgo para o Rand. t

Page 4: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

24- A Qoncordata entl3e Fo r tuga l e a S a n t u ~6 e as suas dioposi-

( 1 5 ~ s sobre a a c t ivi[.iado rnionion&ria, 0 E s t a t u t o ~ i s s i o n & i o , - Sobre e z t c c a p i t u l o I n , v ide o l i - ~ r o do Sr . Prof , Xarcolo

C a o t a n o B i r c f t o Co lon ia l

Page 5: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

CAP. I1

LEIS INTERNAS

25- As l e i s oonat i tuc ionaia , Antocodontes no D i r e i t o Const i tu-

c iona l portuguAos quanto i s disposiq8es r e l a t i v a s ao U l t r a -

26- A ~ o n s t i t u i q g o do 1933 c o Act0 Colonial ,

Varnos faeer o estudo das l e i s i n t e r n a s que sgo fonto do D,

Colonial PortuguCs,

Respoitando tarnbjm a q u i a h i o r a r q u i a das l o i s , com~qaromoo

pela ank l i so das l e i s - cons t i tuo iona i s ,

- . A s l e i s c o n s t i t u c i o n a i s t6m tonado posic,&s dtbforontos rc- r r b p

l a t ivarnonts ao Ultramar. - Desdc 1822, n6s podemos d i s t i g u i r , - quahto a esse aspacto,

t 1 6 3 grupos de l e i s cons t i tuc ionaio : - 19) Leis c o n s t i t u c i o n a i s que ngo __-_- estabeleoem - rogras

<

a s p c c i a i s para a s col&nfas, Intogram-so nosto &

grupo- a ~ o n s t i t u i q g o do 1822 e a Car ta Consti- - - t uo iona l dc 1826, -.*-

S ~ O l c i s q u c s c b a s ~ i a a em i d o i a s assirniladoras

sogundo as qua i s o U l t r a m r deve so r , para t o -

dos os o f o i t o s , cquiparado g ~ o t r 6 ~ o l e . - 2 ~ ) Lois c o n s t i t u a i o n a i s - que, enbora contonham pro-

a e i t o s ? spoc ia i s para o Ultramar, contudo, con-

t e r r i t 6 r i o nacional googr&f icaaonte d i s t i n t o ,

mas om i d o n t i c a s condiqzes p o l f t i c a s e adminis- __,___,"__-_ _._ ,- --.. - .---------

t r a t i v a s . d

fi o que - aoonteco - oom a ~ o n s t i t u i g g o do 1838,

c m o Aato dd ia iona l & Carta Const i tuoional de

1852 o uom a ~ o n s t i t u i p g o de 1911 ( a r t , 6 7 ) .

Page 6: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

P o r t a . ~ t ~ e s t a s l e i s const!.tcc~.ei1$.1s elnbora se r e fe - ., r issem j6 &.; ool6nias , faziam-no para a s c~ns!.derar

" " 4

meras c-.rcu;~scriqi;es adrni- . is t ra t ivns do t e r r l t s x - l c na- * -

L e i s oons t i tuc iona i s que -oriarn um regime j z r i d i c o es - " '

p e o i a l para e a s col&nias , w

Aqui encor?tramos: A l e i nQ 10C5 do 7 / 8 / 0 2 0 o o Acto 4 _-_-. ,

Colonia21. que, ernbora publicado p e l u p r l m o i r a vez. c:m J

v e i o :L s o r depois eworporndo ria C c n s t l r a ! ~ a ~ --L.*-L-L -^ ,. -r,rrarr--rU---.-I "-'- ---- -

V

de 1933,

A l e i nC 1005 v e i o t r n z e r omn importante a l torap&? c;sPrlPr..

1920 o Congrlesso da ~ e p 6 b l i ~ , a s u b s t i t u i o rtrt.67 deasa

~ o n s t i t i j i ; . g c p e l s d i t a l e i que se convertou 3 m uns tan- - - t o s a r t i g o s a c r e s c e n ~ a d o s , postertormente,ao a r t , '67 oom o aditaamnto dc l e t r a g (3.pt , 6 7 a r n r t . 67b, e t a . 2 integrancio-se e l a dsst,e modo no t o x t o dn Const i tuiqao de 1911; +

AparGce-nss d6pois 0 4 a c t o Cplcnial a u s se podo cocs i - d e r a r o6mo lira aoto adi'cional a ~ o n s z , l t i i q ~ o de 1933.

De f a c t 0 o art , 133 da ~ o n s t i t u i q g o considora-o como sua p n r t c irltzg-

d

" ~ r t , 133 ago c onshdersdas r n n t g s . conrt j t u c i o ~ a L as llis ~ & ? ~ e s do-~~ZG'X.'.' - dsvendo o Governo pu- d o novamentc corn a s alberapi;es uxigidas p o l n p r c . sente ~ o : ~ s t i t u i q ~ o " . '

- Vejarnos slguma, co i sa do conto6do do Acto Colonial , w " - w

diploma que a r iou todo o regime juridico-constitutional

0 A o t o Colonial divide-se om aunbro t i t u l o s : T i t . I - " ~ z s g a r a n t i a s gorais" T i t , 2 - "Dos indigonas" T i t . 3 - "no rogirno p o l i t i c o c 6dminietrat ivo" %it, - 4 - "3ss g a r a n t i a s u aconbrn: C,:LS 9 f innnccirns"

En quo condipo"-s vigorn o A c t 9 Ccloni.ai nns c o l 6 n m s ?

Page 7: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

l?, o a r t , 1' (30 n,:::mo diploina que nos eiucldit:

' ' ~ r t , lo: X C t nst . : tu ig~o p o l i t : c s (1% ~ a n f i ~ l l c a ? o n tcdas as

d i s p o s i ~ ~ c s quc , p i x E~I;: n a t ' ~ r c z i l , sr3 nno rofirmLiqn c x c l c . s l . v n ~ o n t o

h ~ o t r 6 p o l 0 , 6 a p l i c i l v , l &s aol6nias, ey.attrdr,c:os os :;c;cc,i+os do:,

- turoza, nao :: 1.r,ap.l3.?&r :i ?.i ~ o l ; ~ i s s ,

Quando ec fnla nredi, da"natu~oznV da d i : . p o s i g ~ o quor-so SIR- 4

n i f i c a r a sua, rodacqzo, c2I.aanct: c obloctivo. q fr prrr sua

corn0 0x0 nplo t i ~ ) i c o (AC dzsposlp32:; d~ O W P ~ i.t.u$q;ia B .at,- roza, nzo podom bcr ~q3.loadas 5s ~ o l ? a ; a u +mas a do art, fP5

quo dispGc:

No A c t o Colmlaf 116s onoontramo:~ os p r l . n c i ~ i o e fundanzontaS.5

os trutura admini;:sr*ativa e . r toa org5os do guvorno, Inas nlnd;t, cop- .. t o s p r i n a i p k - a dout rinais quo t6n d? s o r 0 ' 3 sd~v tdos nas l o i s co-

l o n i a i s , qao tarn d-o Sciq acatados po lo8 orgGos da s o b 9 r a q i a o q u o

c b n s t i t u o m a dofoza 1a intogridado dc noceo clotntr,io a o i o n i a l o

d o o q u i l f b r i o da :.~drnl.ni straqzo,

digonas; - as que r q u 7 :*rr. o s c i i ro i t o s d e v o r ,a dop . + i + ~ ~ r t t ~ ~ ~ ~ f ~ ~ ~ ~ , * , .a-

_,^ .. - f .i' .*. . nas oo16nins;j as ndr n:-.t quc rcgulam,i!t.im ;I ;:z::~ia!.s; ns ffnnnpns

L . . c n administra$zc p<tblll ca go~a3. das :o ~ u : I ~ . L = ~ ,

--C--. -- -. - .- -, -

Page 8: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Todas osta:: mntdrias so oncontrarlz d ~ a c n . v o l v i d a s nos 47 p r o -

c o i t o s do Aoto C o l o n i a l ,

27- L t : i s orgf infcas da admin i s t r aggo c o l o n i a l :

3 a l t u r a dz 7assa-mos a o ~ s t u d o d a s lois o r d i n h r i a s , Nosr,a - - d

t r a n s i q g o , cornoq?,rernos p o l o oxamc do diploma cornplemontar do Ao- r .Ilr -_111_

t o C o l o n i a l que 6 - A S a r t a ~ r g h n i c a do 1mp6rio C o l o n i a l P o r t u -

A tradiqzo (1% no?" a d ~ i n i s t r a q ~ o dosdo 6 a da o x i s t c n - - - ..

c i a d o uma l c i i tdmin1:trat iva nspoci:al para as c o l b n i a s .

Aponas o Don. nQ 23 do 16 do Maio dd foi p o s t 0 om vi- - . - gor , pura o simplcsinrgte, t n n t o na ~ ~ t r 6 3 o l a r o m n a s ~ o l 6 n i n s . - ~amh6m nassa a l t u r a f o i c x t i n t o o M i n i s t G r i o do Ul t rumar , coma d

Viu-so, ontgo, coal ov idSna ia , o m u r o s u l t a d o duma oqulpa-

rag50 d a 1oglslaq;o a d m i n i s t r a t i v a mtroplbtana a u l t r a m ~ i n a ,

F o i , na vordndc, )]ma experi8noia desastro8a. No entarrtoy~

por mais o s t r a n h o que 5suo pareqa , a i n d a h& hoje quom aprosenqe d - -

a s u g c s t Z o do acnhar corn o ~ i n i s t 6 r i o das c o l 6 n i a s , de u n i f i s a r

a legislaq~o, - c t c ,

Ora nunoa 6 do ITKL:LS i n s i s t i r en quo as a o l 6 n i a s t6m a sua "

oconomia 2 f i n a n p a s p r 6 p r i a s , quo sgo m i o s d i f e r e n t e s do da Me-

t r O p o l c e quo n e c ~ ~ s s i t a n , - por aonsequencin,

Uma 6 a tond6nc id para consfdcrnr quo as o o l 6 n i s s ago alpas

o s e r t z o , corn urn vo&otapgo t r o p i c a l imponet r&val , p a l h o t a s , sc l -

vag\?ns, a n i m i s f e r o z ~ s arromotondo do 8bdos os lados .

Out ra 6 a d3 9cnsPdcrar que ngo h8. jii reego Dara se ~ A ~ R P

Page 9: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

"

do problems '~ccu1iaro;j &a aol6nias, p ,is ostos se encontram

no moamo n i v o l do o l d n dn ~ o t r b p o l t ; , podando Bcr todcs os pro-

blorntzs rosolvfd03 *)cia m e s m medida, apliofzndo os mosrllos qua-

droa do funcion6rfos , > t c , 4

+ - iifinal, qualr!uor ?as tondanoiaa 6 oxagaradrt, o o quo dovomos -

t r l s das da ~(ot rbpol : , caraooni o, por isso, duns logfslaqIo aspe- " ./ - .- - - --

22- - -- - %___- - -

0 Xsl,

A rostauraqrio 2 0 b i i n i s t 6 r i o da Mayinha o do Bltramar fez-so - om 1036 o a n 7 da Dcacntbro do mosmo ano foi publiaado urn DocPo-

to roforndado por ~nt~61-d.o V io i r a do Sastro, rninistro da J u s t i ~ s

do govorno sctcrnbriut,a (urn padro qus 3s d e ~ t a a a r a no eartido de

Esto doaroto e o n s t i t u i a - a "Cartn 0rgsniaa do ~ l t r s m r ~ ,

modcst a Carta o r g z n i a a , porquo aposarde provor uma admia$atmi% - " --- .

o u ~ ~ c i a l , ostavd od?ui.cln d~ idoiaa asairhiladoras e Z l ~ i t a v a - a o - o c ~ r t o s p r c c o i t o s c s p : c i a i s quo tornass.31 possfvol a apliaaggo

do ~ 6 d . Adrnin is t ra ivo w t r o p & l i t n n o , is solQnias, d .

. -

Este cadigo Ar 'vI in:~strot ivo ara o do 18.76,quo resu l tnra da - - Lof do 25 do Abril Zko 1835 G do Daoroto do 18 da Julho do nos-

mo ano.

~cbO10 da S i l v a , publi~nvn urn qovn Barta ~ r g a n i a a quo proaurava

T a n t o a Car tn O ~ p 5 n j . o ~ ~ do 18.76 coao a do 1869 oriavam om -

d 80 - .I

rogimo 1 borrcl, tr*;id,qEo r,p:uas quabrada pola apliaaqgo do Doe, % , Q S - 3% +

no 23 ao TJl*,ramar, d r l t z o c h o f i a v a n. e o ~ b n f a urn nprcfoi ton vLs-

to quc as nossr~s !,ossc-:&s ultramarinas eram considaradas ver-

Page 10: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

., "

O gcver~:ac.Lar do >;ol&ni:x era, no c:~+u,.t!~to, ~ ~ I a d o COTI baso no u

governador c i v i l .:cs d i s t r i t o t i n h a n s i d o cbi.ados pein Lei, ds 25 u

do A b r i l dc 18.75, G m a u b s t i t u i q g o das provinaias, ins-:l.tuidas 4

p o l 9 doc, r.8 23 mas s 3 ~ 1 A t r u f ~ i q i i o n.5 l o g i s l x ~ g o p o r t u g u o s a ) . -

o i v l l , ampllcidz I-fc c e r t o n6rncro de pod or,!^, quo constltulam, p o r "

assim d i z o r , urn supl.r,:zcr!f o dessa ., c c\rpeC,$cciz,

Cantudo, a su:: ct1mpct6ncla ., e r t ~ uindrz rod~zjda, Po; i s s ~ ,

c s t a quo 6 c vdrc nc.(>, nas c o l 6 n i n 3 , duranse G s ~ c c l l o I I Y v l \ l o u - - - s e sob o s l g n c 52, ilognliil:;do. - # -

Corn o s tr:vspor+,os o se comuniaaq~os t g o r e d u z i d a s como o- 4

r a m ont,?o, tor l rnv;~- : c n c a o s s ~ r i o , n i r ~ d a nais quo ho jo , dar ampia 4

autorlomia c s n u t , , r i - n i c s dnn c o l & n i n s , Como nzo a tir;r;arn p3? - d

101, conseguicn.-r z d(: f a c t o , d - "

0 Aato &,&LC.! onal h.-~, de 1952, procurou ir ac encont ro

d o a s a necessidndc pe l2 disposiqEo (10 ar t , 159, que af!-~al rrgo

f n z i n rnnis quo re7ct1r o art. 137 i.n ~ o n s t i t u i ~ & o do 18.78.

P o r estr ts d j s p o ~ i q 5 e s pc rmi t i a -YO - no (30v6r~o o aos govarna-

dares do co l6n ; a " 3 m aasos do nccessidads urgonto" l o g i s l a r pa-

E s c u s d o s o d dizor quc o s govarnadoros s o considoravam eem- J

p r e em s l . t u t l ~ ~ o w de u r g o n c i a extroma,

regimc a d m i n i s t -- ad ti v , do Ultrrmar. ~ n t 6 n i o Enos, no sou ro l a t6 - " +

rio sobro Yoqatxbiqu~ ... $3 n suz cscola do - a d n i n i s t r a q G o - o o l o n i a l . - ~ o s t o rogiat+ s: 7iveu at6 1913, C G ~ o x c e p q i ; ~ d da eo16n ia do

Moqambicue, one?,. su.*g1u urn novo ptnsnmcnto o o l o n i a l , a nova go-

Moqamnbiqu ?, c ): 2 vfmos ncl - estudo do D i r o i t o I n t e r n a c i o n r t l d

C o l ~ n - E a l , oato-rc, dtlii-;n"u (2 :sl:culo X I X , mui to aaoaqadn pelt co-

Page 11: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

zcr a dolimitaqiio cla o~l&nia, .# -

Para is33 f o r ~ m cnviados comiss6rioa i n g i ~ s o s L I ~ comiss6-

r i o rjgio p o r t u g u ? , ~ - ~ n t 6 n i o Enos , quo f o r a Mini v t r o da Marinha

~ l d m d t s so , ~ n t 6 n i o Encs ia con o u t r n niss~o,

Vfmos, no D f r e i t o Int,ari?auional, oomo o x i s t i a no. opinigo " 4

publiaa portuguosa u r n correato favor6vol & a l inoaggo das nosaas "

J& quando de di8c l1sa~o p a r l a m o n t a r d a ~ o n v 8 n g i h Luso-Ccr- <

d n i o a r o f ~ r ~ n t u s o s Llmitos do Angola oorn a coi2nia do Sudoes-

kc A f r j . o ~ n o alollt?o, urn dogutado - ~ o s 6 do kaovedo Caste lo Rran- r - ao - s o mostra~r:, u o n t r ~ i r i a do vcnda das c ~ l 6 n i t t s .

0 mesmo fol. def cn.-lldo por homons dc L o t r a s aono O l i v o i r a

MaPt ins , no aeu ' i v ro "o Braz i l o as colinias" o polo dsputado

F c r r o i r a do Al?r~?ic.l? q173 zprssentou c m prgjocto de Xoi nes so S T ~ ~ J J

t ido , Apcaor do tlclo, por tntPia o s t ~ a n h o quo i s t o paroGa, nlguns

nnos mais t apdo , o mosno dopotado era norlooado :linist,ro da IrIari-

nha c do Ultramar! - Por tudo ista, ~ n t b n i o Encs 901 (mcarPog40 da v o r i f i c a r s o

dav i a ou ngo mnnter-sc a nossa 0016nia do Mogambiquc, so c s t a ti-

varno e pouco ou nada rondiam. >

So hojo nzc: 6 c ~ r . o t a s opinigo a de quo a ~ e t r 6 p o l e explora

as a c i ~ 5 n i a s ~ muito n-x-os os4ct .a era ont$o, d -

t r 6 p o l c . A s anor.ileu d\ : c ;p~xas que cLas acarrittavanr ao Estadao 36

se rofer i ra a V i s C O ~ l d o do Pniva, Manslo (DP. Lovy Maria ~ o r d g o )

quando da dofcs :~ d . ~ . possc por tuguesa da bafa do Louranqo Marques.

Page 12: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

~ t 6 1929 podo dizor-so qua a l c s s6 t rouxaraa daspeaas o Po-

ram, por veecs, causa Go nosso d ~ s o q u i l ~ b r ~ ~ o f inan-oi ro ,

Na al tura em q u c I-nt6nio Enos foi onviado a Moqambiquo, e r n - ainda cst::. ool6mia muit.0 ml conhecida dos portuguescs, .A bcrn

d i z e r , ningu;m i a para 16, A Bcira u s t a v ~ ~ dosorta. 0 scu povo-

amonto ngo tom m:is do 50 anos,

Na ~arnb6zia havia uma oor ta ocup:zp~o, sssento n u m ospooio

do organizapzo fe1~dn1, ando dornina@am B s donasw cujo podor oro.

fnorcnto & possse da2 t,,rras o so t r a n s a i t i a de tias para sobr i -

nhas ,

gr,via m i s l1r118 ou outm f o i t o r i s nns sobretudo o d o d n i o

Eota, lobe no s6culo XVI, Poi pro teg id :~ corn s f o r t a l e z a be

S, ~c:obastlso o do7oj.3 povoada.

0 grardo oentro pubtuguS~, n a oosta o r i e n t a l , era a i l h s do - ?dor;ambiquo, Esta tinl?a oxaolontes cor?dipijas do dofeaa, corn o

fosso na tu ra l do mar. Era urn por to .do osaala para a s f r o t a s quo

segufam p a n a Indl:" e quo noho esperavam monggo favorLvo1,

ahoia do rouordaqi;cs, cndo s o nota ainda ti passagem do CarnEes, -. 4 w

S , Franaisco Xavior o outros grandes vultov h i s t 6 r i c o s , - Tal o p r o s t i s i o dn oidade do Mo$arll1.?iquo quo deu o none

0

Vemos assim cqui?o ~*cduzfdo ora o n2sso domfnio e f e c t i v o na <

~ n t b n i o g n e s 6 a s s l m enviado o n 1891 & c o ~ b n i a , oom o du-

p lo fim clo proccc;er crla d o l i m i t a q k e ao eatudo das condip&s

or(! que dcvia roalizar-so a s u a adrninistrag;?~, - Dostc oatuilb r~n3f .o o SGO l Q ~ e l a t 6 r l o - n?40q~mbiquow que

"

portugu b sa,

Page 13: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

E s t a o r a a ~ ~ l r t ( ' i r ' ~ 73:'. q u e u m h01~3rn cia x ~ t ? i ' i ~ , dq- ida an en-

a n t i g o minis t r ro -f e o t i v z r a m a s cot?. poGg z-5: r , ~ ? i t c , n s i s r c d a s l -

dos o s o n dczxar traqo G z SUZ, pass;xgrtTi, 'Li ) r ~ s * , ~ ; \ , :lPi'i?,?S 0 5 I-

f f o i a i s do ~ x d r c s - t o o t.;: ~ rmada t l n h z n pous~5 i l i i i adz d . ~ c ? s t u d : ~ r

" ~ r r t b n i o ? < 1 3 0 ~ n t o .>ra, o quo 50 o ~ d o ch::*aar. a m ' ' G C : ' I : ~ ~ ~ , I . ? " ,

E r a urn l i t o r c + , o , c s j ; r , ~ ~ l i s G & ads u n h u ~ t 3 n c r l l t o , osrsncl f l~ nu -

Em 1891 6 ?ll'~rnado para o : l i , n i u i , : r j - ~ dz: ::;~r*i:iha o dcs Ultra-

mr. Era a s u n :n t r s<-n no ~ o v $ r n o o , 30gi?iild0 o P J S ~ U ~ ~ O , f a z i a -

-a p c l o ~ i n i s t 6 n l o da larinha,,

A razzo dosia i r , ~ , - i a g G o n a s l i d ? s govor*nat:v:rs, tltravdr - do

~ i n i u t 6 r i o da Elnrlnh t c' do U l t r a m a r , e n ~ , ~ n t r : x ~ ' a - s e n(3 f a ~ t o tia

n o s s a mrinha scr e.3.g~ dc i n s i g n i f l c : ~ n t o , cJrn mol n d u z ~ n do af-I.- -

mcris para quo se Ihc c I c . 6 ~ ~ i&por+,&nc-La, de, wz.ior. A%& 1911 30

E m O u t u b r o cGs 191( era M i n i s t r o da Marinha o P r o f , n!arnooo u

Q Sousa da P a o u l d r ~ d ~ : dc: D i r o i t o de C s l d r r r , Kau, oaizo, j6 ha- ,"

via urn- a e r t a rnzCLo, p 3 : i s sc t r a t a v n , do p r i ~ e i r o p ro fe s so r de

~ n t bnxo Enas do(:.i?avn-sc aos p r ~ b l o w s c o l n n i a i s oomo jor-

seguicla 6 cnviado a hrlc.q tmblqne.

Alndra 3 9 j c .:::Ls$, j '7a ; , , n t o d m c . ,o ;h i t~a , o proconco? t o da

quo quom ngo P ~ S S O ~ , l.6 . T A I . I ~ ~ ; O S a ~ o s ni'lr;. t ~ m ttutoridadc para f a l a ? ,

Page 14: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Podo havor possor..; h& rnuitos anos 2i?sid3ni;c:: m a &ma1 auo

sentcs dos sous prf,pri:~s p r o b l c m s n o u t r n s os t rcn>as quo, ocrn

qualidades de obscmaq:;o o propara~~qr , adcquada os vcjarn p r o n t a -

Do tudo o quc v i u , ~ n t 5 n j . o E m s , a iaborou ur i ax tonso Rc;:L-

t h o ''?dopombiqu~" quc 6 urna poqa vo rdado i r aacn~ , a mor~unont al. "

Mais tards, om 1 ~ 3 5 volta a Moqanbique, agora norno a o n i s -

s d r i o ~ 6 ~ i 0 , d o t ~ d o dl: p o d c r o s M i n i s t o r i a i s ,

T r a t a v a - s e tii c a ~ ~ p ~ ~ r ~ h a do uunguohann, Ern precise damin:b.-

Bate podcrosiss~mo r&gulo constitoia urna anoaga p a r a a so- - bcran i s portuguom pcrs, sondo co~tojado p(:lc Ing la te r ra o c a t u -

quiszdo polos sous mjss ion6 r io s e nzo ostaacrl:, ainda o 1 ~ ~ 6 r 5 . o

v6tua Intogrado na novea saborania, reoonvn-so q u o aoabnsso p o r

roaonhooer o p r o t e c t o r : do f n g l c s , - ~ 1 6 m disso, olo mostrava-so rr aada passo insolento para corn

o soborania portuguesn, - i? sob o aomnndo d~ ~ n t 6 n i o E,nes q u o deco r r e a campanha qzo .,

atravhs dos combcztcz dc hlnrracucnc, ' J a g u l e Coolola alcangou a

dorrota t o t a l doc v.'Ltuc,s o pormi t iu a poStorior prisgo do Gungu-

E s t a aampanh#z vom narrada na sue obra: " ~ u o r r a de Africa"

- 11\95. Sela tomsu p a r t c Niatsinho - do A l b u q u s r q u c 3 quo em 1896

Poi nonaado ~oinie: :&rio ~ 6 g i . 0 , sucod-ondo a ~ n t 6 n i o Enos. M6u si-

nho f o l , al6m de urn r n f l ~ t a r de grand0 dnvorgndura, urn g?v?rA??30?

Muito oe tom ditv i: osorlto sobre o c o n f l i t 3 qty o Povou *

ref a f & c i l . -. -

Page 15: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0 quc s c nzo pode negsr 6 quo Mousinho, coroado do g16ria,

Amhicionava p a r a c c o l c n i a urn gov6rno sem p e i a s , u r n autonomia *

i f i r n i t a d a quo o poCcr c e n t r a l , como 5 bbvio, ngo lho q u i s con-

coder ,

Na sua obra "~oparnblquo" Mousinho f n z a o r f t i c a d o ~ o v 6 r -

no dci ~ o l 6 n i a .. o p~?opGc c c r t a s r c f o r n a s , . 0 ohefa d o Estodo-Maior do Mousinho foi A i m s do Orno las - 7

quo j6 f o r a n j u d s n t e do Cnmpo do ~ n t 6 n i . o Enos.

d

- A i m -A O m o l n s , ;Pduardo da Costs, F r e i r o do Andrade e z a -- - -

C o u c c i r o , soguintla no ~ ~ n t 6 z i 0 ?uao t r a g a d Enos, s z o o s ho- '-Y

/

mons a quom se d.we a reforma das &d;iaa em rnrrt6rj.a do Adminis-

t r q z o C o l o n i a l . Conatituorn, gor sssim d l z o r , a " ~ s c o l a de An-

Falam a l g u n s d.a c e c o l a de Mousinho. ~ 6 - l o - & no ponto do

v i s t a militar. - Mousinho tr3i.x.: t:-.lvcz inovaqzoa t n t i c a s n a s asnzpanhas ao- -

l o m f a i s , tnas oomo eovo .nador , r ' ~ P.)'. rr.sq.8 quo urn c o n t i n u a d o r ,

ernbora b r f l h a n t o , de ~ i t t b n i o Snos.

Qge d i z e r d o s d i s c i p u l o s d o s t o ? F r a i r e do wndrade v e i o a

s c r govornador G o r a i dc Moparnbique a pub l i cou " ~ e l a t b r i o s do d Ad-

rn in is t ragzo" , j& :,en a l s r g u e a a do v i s t a do sou rnestre , mas corn

n o t & v c l soma da f n f crm:xq6es,

Eduardo do cost,^ e P a i v a Couoei ro foram governadores d e An-

gola. - d

- Num congrosso oo1:)n ia l em 1901, - Eduardo da Cos ta a ~ r e s e n t a

urn c . ?~s tudo s o b r e ~ d r n i n b s t r apgo + a i v i l n a s p r o v i n c i a s u l t r a r n e r i -

P a i v a C o a c e i r o f o S , p o r duas v e z e s , Govornador de Angola,

onde cxorceu u w acqzo not&vol , sendo p o r mui tos - c o n s i d e r a d o o L. --- -. --

o maior g o v e r n a d ~ r i d ~ 1 6 n i a no t 3 6 ~ . ~ 1 0 XIX. ~nnb6a publ ioou do1Q

r ' c l n t 6 r i o u .. s0bi.o ' I ~ i l g ~ ? d' , corn as masW 8 i d o i a s .

Page 16: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

2 9 c ) Frutas tias nuvas i d e i a s da a s c o l a do ~n t6 : l i . o Enss: es- - p e c i a l i d a d e da l e g i s l a g g o c o l o n i a l o p a r t i c u l a ? i s r : c d o regitno do

Orno las ) .

Em 1907, A i r o s do Ornolas , c a p i t a 5 do Eattido Maior, f o i d

chamado ao ~ i n i s t j r l o 3a Marinha o do Ul t ram12 , - ~ i s p P s - s o on tzc ; L l o g i s l a r , 610 n r 6 p r i 0 , os ~rincipios 60

s ~ s t o m a dc ~ n t 6 n i ~ Ene3, t E o b r i lhan tamonto dofsnd idos par t c d a 1 a sua ouoola.

A i r o s de Ornolas ngo faz uma Carta ~ r g f i n i o a p a r a todo o d U1-

tramr, p o i s j& v i n h a do ~ n t 6 n i o Ens8 a j d e i a de u r n o s p e c i a -

1 izagZo l e g i s l a t i v n d o c o l b n i n p a r s s s l b n i a ,

0 M i n i s t r o do USt,rarnar i n i c i a , d e s t o rnodo, uma. nova o r i o n -

t a q g o no oampo l o g i r l a t i v o . ~ t b o n t g o o x i s t i a urn Carta or&- - d

n i o n 6niaa, oom a "~of'o;.mx a d m l n i s t r a t i v a da ~opamblque" eons tan- - t a do Doc, dc 23 do Malo de 1907, f i rma-so a d u p l a i d o i a do urn - Carta 0rg6nFcn p a r n caca o o l b n i a o durn r o g i q o o s p o c i a l p a r a o

U l t raimr.

a a o r t o qua LCC war t i n h a o ~ 6 d . Administrative do 1896 mas

~6 C O ~ O diploma eubs id i .$r io . - Nas o u t r a s c ,l6ni:Ls ainda v i g o r a v a o c6digo da 1842.

*

i i s t n reforrm c o l ~ t ~ -R jb p r i n c i p h ~ s comnletamcnto novos. -,

~ c s i ~ n h d a n ~ n t , o f o p & idoia do d i v i d i r o t o r r i t 6 r i o daa co-

Cono 3.6 sc : p i c : v o c6d igo A d a n l s t r a t i v o Motropol i tnno,

a d i v i s z o do tor~*~:<jr :o ?azBa-so segundo c c r i t . 6 r i o no lo f ixado .

Mas, pod@ - p . ~ r g u n t o r - s o , as coldnias estavam in togra l .mcnto

d iv id fdas om o o n c c l h c , ~ ?

Nzo. ~6 h a v m c ~ n c ; ~ l h o s nos l o o s i s ofea t ivnnonpe ocupados 4

Page 17: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

- N a s ou t r ss , onde 0s:::~ o ~ f i ~ ~ ~ g ~ era. T G ~ O S j r t s n s ~ l ~ a d i v i ~ g o

u

fazia-se por cap5 tanxas-mores, 0). 3f iarlrzs por mf l i t a r e s .

Vo om maior e x t e n s s o zncon t r a - s e no f a c t o da sc t o r u t i l i z e - ', -

do o sistema de ocup:~gGo m i l i t a r (om c o n ~ i q s ~ s soaelnan+,os

Como d i z i a Mousir~ho, no prof6,aio do seu re la t l t r io sobyo .,

MoQ~mbiquo, a administraqgo a o l o n i a l ontilo nzo paszava do c m " *

oonjunto do convcnqEes e ficq"osu.

Corn o f o i t , ~ , nzo tinharnos urn ocupaqno o f o c t i v a , o r a ~ d f s

A r ~ f o r m a do 12C7 oria uma adainis t raqgo t i n i o a para 110-

A d iv i szo fnz -::c., por concelhos, a p ~ n a s nos l o c a i s onde

ex i s to uma populscEo, na sua mior in , c i v i l i z ada , 2 -

j& rcalizada p o r A, , nos o a n t e s pss ta em pr&t i ca polos i n -

g l o s o s , Eatos drvidxram as suas ~ o l 6 n i a s am d ~ s t r i t o s , ; fren- t o doa quais so c n c o ~ ~ t r a v a urn autoridade aom todas as a t r i b u i - - "

qzos admin is t ra t ivas o jud io ia i s , 2 irnita$o do a n t i g o chofo

0 q u o s c oxigia dessos chofss ctra sobrotudo q u o tivossern

Corn a Reforma d ~ : Aires do O r n o l a s aparocm, portanto, os - 'chefcs do c i r t u n s c r ~ q ~ o " , mis tarde "adm.tnIstradore8 de c i r - d

cunac r iq~o" tnrn176rn con amplos podcros. - 6 quc, n o sist.,rn:~ d e ocupaqgo milltar, como vimos, os -

os capitzis-mores ficwam corn todoaos pod2ros da " rcnd i t i c" , * .,

E l como tn l , nso e r a convanionto t r a n s i t a r de oaupsqzo 4

m i l i t a r para uaa ocu!>ag~o c i v i l purs o s inplcs ,

Page 18: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

- d .,

Passava rr haver sgc r~ to s c i v i s ma tor. poderos c! .v is e icdhoi-

Rosumindo a ori\:ntaqgo do A i r 0 8 do Ornoias: - 1s) Cri:.i-so - urn rogirno para cada colonla

w

2 Q ) Cria-sc para as aol6nias ca regirno d i f c ron t e dc

'I' 30d) r i u n f o cornnloto dn oscola:

S i s t c m d , bosos orp&nio .~s gorrtis do uma Cnrtn O r - . - - - b

Ern bora todos concordasscm om a p l i c s r a nova oriantaqgo

do Aires do Ornolas :,a ou t r a s colbnins , n ocasizo ngo s o pro-

poraionava.

0 moncnto o r a m~l i to ag i t sdo , sob o ponto do v i s t a poll-

t i co . D&-se a qucas da monarquia,

s6 doppis de astabilizada a nova f o r m d9 gov6rno so .4

aonsoguc v o l t a r ao estudo dn qucstgo,

Em 1913 o r 3 1,linistro dns coi6ni.a~ o d i a t i h t o magistrado - oom larga o a r r o i r a no Ultrarnar A F t u r Rodrigucs do Almoida R1,-

bciro , tondo por chof'c do gabinoto o comandants Ernes to do V i e

lhona, Eilho do antigo minis t ro roganorador - ~ 6 l i o do Vilho-

na, 0 quo f o r n govcrn :~dor de d i s t r i t o om Mogsmbique.

A jungzo no mssmo minfs thr io , do urn mngistrndo corn urn

r n i l i t z r o adminixtrr!.dor c o l o n i a l p;.traitl.u que Alwida Riboiro

apre sontrtssc ao Congr(:sso d.a ~ 0 p 6 b l i o i l duas propostas do l ~ i

- urna s6bre "~dm: n l s t l?aqgo Civil dns of 6nias" e ou t r a s6bro

Page 19: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

E s t a s propos:as d e l e i s cont8m nt~s3s ~ r f i f i n ~ ~ ~ a s d o A d m i - ---. -- -- ---- n i s t r ac ;go C o l o n i a l p Lra sororn g l o s ' t d . ~ s p 3 ~ Leri o m ~ e n t e , o q r e -

l a q 5 o a aada cml6nia , \

Consagravaa-so ~ i o s t e modo, as i d o i c ~ s do ~ n t 6 n i o Enos o - dos seu s d i s o i p ~ t l o s .

.,

Congrosso d a ~ a p 6 b l b c a aprovqu ae duns p r o p o s t a s ,

~ 1 6 m das p r o p o s t a s ern sf , qu 3 col :s t i5i l i~rf i aigo do no td - d .,

voJ, hb que destacar 0 r e l a t b r i o cornum i i3 duas, uma cornpl-

laqc<o monumontnl d e - t u d o q u a n t o 83 disso, a n t o r l o r n e n f e , do

impor t an to sobro cads urn d o s problornrts c o l o n i a i s , Y -

C r i t f g a os r o g ~ r ! o s a n t i g o s o proconizn novas ido ias .

Rouno, tcmb6m, j mportanto m a t o r i a l do D i r c l t o cornparado

( 1 ) .

A s p r o p o s t a s , t l c p ? i s d o aprovr+dns, derarn lugnr As l o i s

nQ 277 e 278 dc 15 dc Agosto do 1914, r3spect ivnmonto: ' ' ~ c j "

OrgBnlca d& Adminls t raqgo C i v i l das Prominc ias ~ 1 t r n m a r i n ; r s " d

, c "Loi do ~ d m i n i : ~ t r n c ; g o F i n a n o e i r a do u l t r~mr" . - . A l o i o r g g n l c a dc Adrninistraqgo C i v i l o o n t i n h a nponas

50 basos , Lini tavam-so ostcts aos p r i n a i p i o s func'wnontnis a "

quo dovin obodoacr n ~ d r n i n i s t r a q ~ o C o l o n i a l , p o i s s o prov ia 4 ., .,

a sun, a p l i u a q z o a oada c o l 6 n i a , por mcio do uma C a r t a 0rg3- 4

n i a a p r i v n t i v a .

310) A guerra do 14-18 o sous o f e i t o s p o r t u r b a d o r o s , L - - - I

AS r c fo rmas d o a ~ & - ~ u o r r a : a l t c ruqGo d o a r t . 67 da

A l e i nQ 1022 do 20 dc ~ g o s t o d8 1920; novas b a s e s -- -W_

As l o i s nQ 277 c 278 nunca ahogarnrn a o n t r a r em vigor ,

(1) Nn " ~ n t 0 1 0 g i ; ~ . C o l o n i n i ~ o r t u g u s s a " - -Fubl icoqzo $a Agoncin Goral d a s ~ o l 6 n i a s - pbdcm v c r - s o c x o ~ r l o s d o s ro1 : t t o r io s do Bncs, M a i n h o c Almoida Riboiro,

Page 20: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

~ p d s a sua pub i ioagI io r e b e n t o c a guerye: nio f o i Fees ive&

oxeaut6-las e c c ~ p r o 3nds -so porqu$,

Tivoram dd sJr c cvxadas oxpcdjg6os ailitaros p a x Ango-j-a

o ?ilopambiquo,

Para Angola fof , p r i m i i r a m c r ? t t ~ , a oxgodiqe<c, 3~ Alvas Ro-

qadaso, dopois? % de P e r o i r n d '~qn, ' ~ s t a r c ~ n Z u o n t a o 38 C W - - - - gas do comndantc chc fa s Governador do ~ n g o l a , 0 mssmo ncoc-

4

tcocru, om Moqambiquo, com Alvczro d3 Gastro.

Cotno so v8, t ~ v , : do r e g r c s s a r - Y O , pcla f-jrqa das ciz 'czns- - . . t & n c i a 8 , n urn sistc?m. do ~drninlstraq&o lvliL&tar, q v o r,ac p2rcrn-i-

t i n n aplicaqgc. do t:iis lois,

NO ontanto , 3 9 9 ~ ~ 3 l o i s ainda foram rotocadas p e l a Zoi nQ

552-D do 29 do Maio d~ 1916.

Pols loi nQ 1005 6 mcdSficado o ar t . 67 dn ~ o n s t i f u i q Z o

do 1911, Em v i r tudc dns d i s p o s i q G ~ s novas in t roduzidas polo <

Congrosso da ~ u p 6 b l i c a 6 publfondn a l e i nQ 1022 de 20 de A-

gosto do 1920.

E s t a loi a r f o u ~ z s m i o r o s co l6n ias govarnos do podcrbe

amplissirnos 1 f r o r ~ t e d o s quais ao oncont~tlvctrr. os al tos-ooals- 4

s6 r io s , aorn p o d c r e s da Ministros.

Jun to d o l o s f u n c i o n a v a r Consalhos Logis lat ivos e qua oram,

a bcm dizur, poyueno: parlamcntos, e Consolhos Exoc'3+,ivos9 quo

lonbravam - i g u a l ~ ~ o n t e , pcquonos r n ~ n i s t 6r ios ,

6 oom buec nest:^ loi quo sc publicnm a s sogundas bases * -

orghnicas de ~dminlatraqzo C o l o n i a l , aontondo as an"u?,gas-

as a l t o r a q 5 c s pos te r2 ormonto f c i t n s . a

Constam do Dco, 7008 do 9 dc 2uDub:*o do 1920,

S ~ O a s t a s - as pri ,noirs .s bnsos org$nioas clua t6m ex*,cuqi;o

i n t e g r a l nas o o l & n i n s ,

Page 21: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Copact a r i z im -s i : - . p o r uo~q a m p x i a s i m ; ~ d e s s o n t ? n l i z a p g ~ . s s i m , - na Szse 11% , df spunhk-ze :

'Ains P ~ O ~ l d a c l c s do Yodor Exocut ivo , n r s o o i ~ n i n s g*u

j u lga r aonvon icn tc submater t c m p o r $ r i n r r ~ n t ~ - no rcgirno do ark

t o s comis sa r indos scr'<o oxorofdos pop 8119s-eon3 ss6.rios quo P

l h c p r o s t a r g o c o n t a s o p o r csso c x : . p ~ ~c :,, f i c a r g o roapcnsavo i s

nos tormos das l c i s dc rcsponnabilidada,,,,"

)1 . . . 0 s di~) lomas oxpodidos p c l o ~ l t o ~omlas&ri3, n>2st:t

q u a l i d a d c , sEo pnrn 1,odos o s c f o i t o s c q u i ~ ? r c . d o s a d l? i omns .,

Corn s o v6, o GovErno p o d i a dologar todas as suns facu l - - dados, dos igncdna~n . t ,~ : , do f azc r d o a r 2 t o s , nomnq&s, o t c , nos

"

~ l 6 m d i s s o , o m ;odas as ool6r , ins , m:tsmo nnnuolns ondo .,

n-o o x i s t i s s o r n os n i t o s o o m l a s ~ r i o s , c r l t i s a - so urn Consclho

C0nat i tus .n llan , s p & a i e do p q u o n o p i r lamento local com - - as n t r ibu igGos q ~ c cram aonacdidns p o l n bnso 28%: - .,

"Compctc, :;n gcra l , no C o n ~ o l h o Log:s lc t ivo - do cadn 00-

16ni.a d i s c . . t i r 3 v o t - ~ r o s d ip lomas Iog ie1n t i ; l o s c o l o n i n i s quo "

Junto do ('.ovcrnc:dor funcfonada aincla urn Consolho o x s a u ~ d .,

t i vo . N ~ S - c o l 6 n i a s w c,om rcgima do a l t o s cornissArios, e s t e s pe-

diam cscolhcr ~ o c r , + , 6 r l o s 4 do I n t o r i o r , da Fazonda, do Co- d

m6rcf0,. . ) quc arain como quc minfs t r?os l o a s i s .

32f) ~ l t o r ~ , p z ~ s h;, bnscs or&nigns 30 1920 ( ~ o i s nQ 1511 . - * . . . . O l b l Y p .E.M ...C.-.-.. " -- -.- -- \

- 0 scu grarid., 6bieo: o r c ~ i n o do5 n l t s s c o m i s s ~ ~ r i a d o s , -.---. .

Page 22: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

- A rcfcrm rlc ~ o c o Rcfo ( D ~ c , 12.1211 do 2 de cu tub ro do .LI

- 0 u t r u s tont r,tiva,a dc aporfciqoamonto ( D o o , 15241 do 24

Esta dcsocntralizaq~o quo ohogavn u sor umn a b d i c a ~ ~ o d o .,

podur o o n t r a l om rolzqL?o & sua compot3noln, t rouxt3 uma profun-

Y $ o o r t o quo om Moqambiquo ossa roacqzo nGo foi t g o f o r t e .

como n o u t r a e oo16nins; mas moamo ai, ngo doixou do t r a z e r i n e i n -

vonicn tos , .,

vonggo do 1909 corn a ~ n i k S u l AfrFoana, por i n i o i a t i v n do a l t o u .d 4

aomissdrio . da a o l 6 n i n - B r i t o Camaaho, E s t e governador foz d l -

l i g 6 n c i c a v 6 r i a s j u n t c do govSrpo portuguSa s f i m do conaogui r

r o u n i r o Consolho d c x i n i s t r o s e o u v i r u sun o p i n i z o quanto - 4

p o l i t i o n o o l o n i a l r o f c r o n t c & colbnia do ~ o p m b i q u o , Rae tobaa

donunoicl om 1922 a Cor.vonqzo numrr a l t u r n quo estavs longe do

snr propioia. . Donunaiada n ~ o n v s n ~ z o , soguirnn-so soto nnos de o r i a e nas

+

rolagGoa oom a ~ n i z o , o r i s o quo a6 v e i o a ser deboluda por no- " - Em Angola o r c g i m do a l t o s o2missnriudos teve consoquen-

aics rnais gravcc, " -

Lovau cro choque d ~ ~ s i n t c r o v s c s l o c ~ i s corn os intorusso8

dz ~ o t r 6 p o l o o trouxc: uma importrtntc: - o r i s o f i nanoo i r a , - Do t udo i s t o , r c s u l t o u urn c o r r o n t o advorsn a m a l t o s - c o -

mi,ssarindos, w c o v 3 i o t r a d u z l r na 1 0 ~ I s l a q ~ 0 ~ o i o n i a l

(1). V. as 13. pzcs sobro 8 ~ ~ r t u g n l o o D i r e i t o I n t o r n a a l o -

Page 23: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Dopa i s 6-.. 28 do . 'd;~io, scndo M i n i . s t r o d a s ~ o l h i a s J O ~ Bo-

l o , s z o publ ioad: ,~ no.Jao bases quo t l inda prev8m os altos-oornis- d

s$r iod9s , no o n t a r t o , ji oom f u n g z o s l imitadas e s u j a i t o s a mi-

B o i ostn rt:for*rnn impoata po lo D.?c. 12.421 do 2 de Outubro .4 "

de 1926 o scguf(!a dc vhrins c n r t a s ~ r g g n i c c s par3 todtzs as oo- -- 16ntaa.

Mas o r c g i a o do s a l t o s - c o m i s s 6 r i o a o s t ava aondonadq.

Polo Doo. 15.241 do 24 do Margr3 do 1928 saom n w a s bases *

quo ccminhan: ncssa ( r lontnqzo. .. 0 rogime v o i o f.ir+nlmcnto, a scr q x t i n t o polo Aato C o l o n i a l

$ o quo so c a a c l ~ ~ o do art, 59 dosso diploma: - "AS c o l ~ n i n s s6 ::or5<3 govarnadns pur gavornndores gerais - -

ou g o v ~ r n a d o r c s do oo.&nin, nzo podondo a uns o o u t r o s -sor Ban-

fiadas, par qualquor f orna, a t r f b u i q 5 o s quo pelo ~ c t o C o l o n i a l

por tonqam 6 Asombloin Nnc ionn l , a o m v 8 r n o ou ao Ministro das

~ o l h i a s , s a l v o :is quo r o s t r i t a m c n t s l h c s yajaa outorgsdas, p o r - - "

quom do cq , i ro i t c , par?. doterminadoa a s s u n t o s ou o i s c u n s t 6 n a i s s ..

D C S ~ O modo, 9& cqrtas a t r i b u i q 8 e s do G ~ v e r n ~ que sgo con-

f u t u r o o apurooini.onto dos a l t o a - c c n j ss6 ,r~as .

c o n s t i t c c i 3 n n l l znqzo das bnses f u n d a ~ o n t n i s do re- - - gimc ju r f$ . i co d3 adnlinistr :~q&o dns a o l 5 n i n s b ~ . o t o --

Page 24: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

n i a a p ~ , r 3 3 1 .n lp6r i~ C o l o n i a l ~ o ~ f u g u 6 s (15 d3 N~nem- - b r o do 1933) .

Chogamos ass2.m ao p o r i o d o de 1930-33 quo 6 , na verdado, o

da grandc r e f o r m da i ~ d r n i n i s t r a g ~ o C o l o n i a l do Estado Nmo.

Em pr imoi ro l u g a r , - as b a s o s g o r a i s do r o g i n o .d j u r i d i c 3 da

a d m i n i s t r a q z o dus c o l b n i a s , quc f ornavam as chsmadas " b a s e s o r - - - - gfiniansu, s s o e o n s t , i t ~ ~ a i o n r z l i z a d a s num diploaa - a A o t ~ Cola-

-# d

n i a l . - $ publ iando em 1930 jb corn uqa d i s p o e i g g o em que se .

p r o s o r o v i a f o s s o i n t c g r a d o na f u t u r a ~ o n s t i t u l ~ g o , oomo do f a c -

t o f o i . - Dopois, ontondcc . so oscusado elabfwcrr uma o a r t s o rg8n ioo "

p a r a c a m a o ~ 6 n i n .

Dado que as b a s o s fundamenta is oontinhurn p r e c o i t o s gorar s <

quo na s u ~ . a p l i c o q g ~ ;,s 0916nias sof&iam, aponas, loves a d a p t a -

~ 5 0 s de pormenor, ou, polo monos, n L k i rnpodim a rogulamonta- "

qgo duma l o 1 comum, ontendou-so oonvonionto s u b s i t u i r o s i s t e -

ma dss Cartas 0rg6nidns m61t ip lns pel0 da Carter ~rgftnioa do Im-

p 6 r i o C o l o n i a l ~ o r t u g u 6 s quc f o i prmulgada polo d e o r o t o 23W8

do 15 do Novembro f o 1933. s

Do 1930 a LG33 radios-so, como nunca, a i d o i a de que o

D. C o l o n i a l tom do s c r ospea ia l . 0 D i r o i t o M e t m p o l i t n n o nzo

so ppde a p l i a r r r "no v n r i e t u r n ao ., Ultmmar, E s t o t e m do regor -

-so p o r p r i n c i p i s s o l o i s o s p e c i a i s , - mas no e n t a n t o , + j6 - nzo se

mantom n i d o i a duma o n r t o o r g d n i c a p r i v a t i v a de coda oolbnia .

$ quc, e n t r o as p n s n n e n t o s quo se firmm n e s t o por iodo u

dc r e f ~ r m , s u r g e o PUG o p h no oxa t?ss ivo p a r t i c u l a r r s m o dtls ao-

l b n i a s a n o r m do qu;: C ~ C uma d0183 6 mombro dun con jun to ao - a o qua1 sc acha l i g c d n pDr v i n c u l o s de sol idarlcdtado,

HA urna uniGaL--c i rpor ia .1 por tuguesa , oom i r ~ t o r s s o s comuns,

Page 25: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

a quo t o d n s as ci.i . ;ni;~s dovom a tendor , c o t d e v o r . 3 ~ quc todns - "

dcvom cumprir cam?. c s s i s t 8 n c i a e nu% ontendimento quo mrirquenl - hem quo as o i t o cal&!lias corn a motr6pl7le, forrtlaa umn p j t r i n

A l sg i s lag&~ do ~ 9 2 0 d o i x a r a - s o insp: rar nnu i c i c i a s b2-5.- - t & n i o n s do n u t o n , ~ m i a , cvoluqgo p r l v a t i v n do cnda c o l & n i c ,

Esso individuc-diorno q u c podo s e r wYlutar no povo b r i t h l - a

Con ofoito? o ciG'lad&i i n g l 6 s tom o gosto da sua rztltonorn3.n

c, p o l o menos zjltau cl? rogfmo t r a b a l t l i s t a , t i n h a om a l t o grnc

o scn t imonto dn r o s p o n s n b i l i d n d o , ngo pormi t indo quo o s E s t a d o

i n t o r f o r i s s o n e SUEL v i d a p r ivada ,

E so i s t o 6 assim nn v i d a p r ivada , o tnos?ro so d& nrr, vida

0s i n g l e s c s t t " m r. o r e n p a - do quo cad2 t e r r i t 6 r l o que lhes 4 d -

por tonco possuo um,l t l*a joo tor in , p r h p r i a a p o r c o r r e r 0 urn d o s t i - "

Mas, rop~tim:~s, - , sto.rogim a n& 6 p r o v e i t o s o e n t r o n6s. d

Vimos oomo OF a l t o s c o m i s s ~ r i o s o o n s t i t u i r a m uma f o r g a cen- 4 " *

t r i f u g a om oada c,ol&nd.a, t r a t a n d o oada d urna dos s e u s problomas,

A s consoquencins form a dosordom - moral e rzdministrat ivrr e

l a a quo a Motr6pole :eve do por o ~ b r o . d

P o r tudo i s f , ~ , cm 1930-33, p r o e u r n ~ s o c o n s t r ~ i r urna nova " 4 - d

c o n s c i 6 n c i a n m psrtuglaosca, a aonsci6nc.4.a de q ~ ? o s m o s t o d o s . soliddrfos num .msrtl'- ~ c j ~ c t ~ . v o , -

Para v i n c n r . s c; 0nid:idc surgiu a fdrrwla " ~ r n ~ Q r i o Cainnial - -4 - . - Portugu8s1l, oxprccsGo quo oinda hojs 6 oriticnda pqr rrlgucs qoo

Page 26: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

p r o f e r i m a Go "1np6rlo ~ortuguSs" , u i s t ~ a 6 o s t a corrosponda" - h u n i b d e , om que ;:st~~ri,zrn intogradas a n ~ t r 6 ~ - 1 l o CI as co l6n i -

89,

A "Carta Orggnio:~ do 1 m ~ 6 r i o ~ c ~ l o n i : ~ ~ ~ o r t u g u 8 s " tove o -

tdno io dossa unidndo. - - D o i x a do h n v o r uma o o n s t i t u i q ~ ~ a ou " o a r t a org&nionn pr6-

p r i n para 6ada col6ni;1..

34h) A CARTA OSGANICA do I M F ~ ~ P L ~ T O - C050NIAL PoRTUO@S

I- ~ o n t e 6 d o o s i s t s m a - A Carta .. Orgsnica do 1 m ~ 6 r i o c o l o n i a l ~ r > r ~ : l s d i v i d o - s e

om o i t o o a p i t u l o s :

C-ap. I " ~ i v i s ~ ~ ~ Admin i s t ra t ivn do I npSr3.o ~ o l o n i a l " ,

Cap. 2 "Dos orgzos o o n t r a i s ., d3 govGrno d o 1mp6ri.o Colonialn

Cap. 3 " ~ o s govcrnos - ao lon in i s" ,

Nests a a p i t u l o so disp&m as funqses do Governador

o do Consolho do ~oo8rno qua apareoe 38, apenas, "

oom func;;;os c m s u l t a t i v a s ,

Cap. 4 "DZ d a ~ m i n i s t r a q g o g o r a l n

Aqui i n s a r o v ea-sr os p r i n o i p i o s gorais da administ raqgo .#

a o l o n i a l .

Dontro d o a t e s dentaonmos os quo constam d3s a r t i g o s nQ 85,

86, 87. - A r t . 85 " ~ o d s s as c o l j n i a s d que formnm o 1mp6rio Colonial -

szo sc4id&rias o n t r c s i e corn a ~otr6pole, Noste principio fun-

d a m n t a l se devo i n s p i r a r - toda d a sua d acti7~5dade o s p i r i t u a l , ad-

m i n i a t r a t i v a , f i n s n o a i r a e ooon6mioan,

A r t . 86 "A solic?nriodado do 1mp6rio Colonial rzbrange ospe- .. 4

oia lmente a obrignqzo do c o n t r i b u i r poin P w m a adoquada para que

Page 27: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

A r t , 8& "AS c o l d ~ i a s aonst i tuo7: peasoas morais, fi-lhes gn-

t i v a e a etutonomie finanaeira oompativeis corn s ~ o n s t t + , u i q g ~ e o

o A a t o Colonial, o sou oa t ado de das:nvolvimonto o os recuraos

prbprioern, - - - Permite-se, - aomo vemos, oerta dosben t r a l i zaqzo mas dontr.0

durn todo un i f i aado - o 1rnp6rio Colonia l ~ ~ r t u g u g s .

Pap. 5 " ~ a odm~niatraq;~ f i nnnco i r a - das colbnins" .

A orientaq5o dc Estodo .. Navo foL eomegar a r e f o r m adminis-

t r a t i v a - polc r e f o r m f im,noeira , ~ s t o que s o f e z no. l l o t r d ~ o l e

aplioou-so tambbm no Ultramar, .)

Esaa reform au vc it ou u r n vivs roacggo, pr incipalmento, nas w

eo~bn iaa , onde so cn t cnd ia quo &o se d e v i a p a r a r corn as d o s p -

zas do fomento . 0 quo so impunha era dosemvolvor as riquaza8 - -

tss v i r i a m depois . . . . 4

O r a corn a rofgrrnc. - f i ~ a n o o i r a ossaa dospezas foram oercea-

A aontrrbil idado era urn aaod, Nzo se f eohavam as aontaa ha-

muito tempo. - HoJe a s i tuaqbo f i n a n c o i r a das nossas co ldn ia s 6 , para n6s,

, Quem pmmcornparar a a i tuagQo f inanoo i r a de Angola de 1930 " 4

corn n do hoje n o t a un: contrasts p o r f e i t o . ~ n t a o - gns'.aoa-se rnui-

t o ma8 ngo se v iam rodul tados , a df*iida c r e s o i a 8 as obrns fi- - ., oavam por acabar.

"

Foi nocossArio l n t o r v i r nos orgarhontos.

Page 28: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Daata ., a o t u a ~ ~ ~ , ~ ; s s u l t o u , aomo : un: dos rnaiorus b o n e f i c i o a

quo as o o l 6 n i c s f i c a m dovondo - 6, M o t ~ 6 ~ o l e , a soluqzo d o s prom

blomas dns " t r n n s f erSi;cia8,

Cap, 6 " ~ r r z d m i n i . s t r a p ~ o - - d a j u s t l q n " .

Cap. 7 " ~ a crdem coon6mioa o ~ ~ c i c ~ i n a s c o l 6 n i n s U .

Todos a s s e o t o r o s dn vida a o l u n i a l ., anoontrararn, assim, a

d n rogulamentaqBo . na Carta ., 0 r g G n i ~ o . 0s p r e c e i t o s sgo, reg?&

gcral, conwns a t o d a s ss co l6n ins . Qualid:, se t r o t n d e c n s o s

p r i v a t i v o s de unlc ou ~ u t r o c o l 6 n i a , a pr&pri .a C n r t a o s r o g i s -

ta. ~ojom-se - p a r exemplo, o s art. 53 o 54 e n i n d a 58 5 1~ 80-

bro a aompasiqzo d o s Conselhos d do ~ o v 6 r n o . - - Em rosumo, < podcmos, c o n s f d o r a r - a C n r t a ~ r g b n i o a como urn

diploma ~ o m p l e r n o n t a ~ - do Acto C o l o n i a l , w S u b s t i t u i as a n t i g a s

c a r t o s orgt in leos pnrn 3 s v 6 r 1 . a ~ c o 1 5 ~ i a s r por r ~ u n i r em s i o s

p r i n c i p i o s - g o r n i s !id O- d a i n i s t r a q g o 4 c o l o n i n l . E x i s t am, d o p o i s ,

oomplemsntos dn Cr.rta 0 rgSn ioa pnrn ondn c916nia d ip lomas que . - " -

oont6m- a d i v i s z a n d m i l ~ i s t r n t i v a e os s s r v i q o s oor respondon tos

0s p r i n c b i o s gorais d a admin i s t r apgo o i v i l , f i n n n a e i r a e - - j u d i o i a l c a t g o c ~ m p o n e i n d o s n e s t o i n p o r t n n t e d ip lova . -

I1 - ~ 1 t e r a q E o s ou d i v i s 5 o s de quo f o i ~ b j o o t o :

A C a r t n 0 r g 6 n i c ~ ., f o i ~ r i ~ i n b r i e m e n t e pub l i cadn om 1933, a-

provada polo Dec, La. nQ 23 229 do 15 ds Nqv lbro doese ano,

para o n t r n r om v'gor G r n 1 do J a n o i r o do 1934, s im~ltAoerrmente

Page 29: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Em 1935, Zno s n ci.1:: s o rcunc p o l a yri.acirL: voz a ~ s s o m S i e i a - National, o s t a pro(.cdc & r o u i s z o ds ~ o n s t i t u i q ; ~ , qua f o r a p l e e

b i s o i t a d n , da Actc Col mia1 e tnmb6n dtr Cu:*ta ~ r g B q i ~ t t ,

No en tnn to , c ; se fsz nova publ ic+~g: io da msv.a, p j r utna

p o r t a r i a de 1937, conts3ndo o t c x t o prLfi:.~ti~ro ?o 193.7 q a l s as 31-

f o r a ~ z o a i n t r o d u z i C a s 1:s 1935 a L937 ~ O ' ~ : L discussgo par lanr :ntar , - a o n s t a n t e s do3 l o i s nQQ00 o 1948 (rcspootlvnrnontc, do 21 do

Maio do 1935 o do 13 d a Favoroiro-do 1937).

Em 1945 sgo novan,onto p roson tos & Asue?lbleia Enciona l a:- - torac;%a e o n s t c n t e s d, uma propoa ta do l o j quo d i s c u t i d a o vu-

t a b dou lugar & lei ~ I Q 2016 do 29 do Maio do 1946, ( " ) - Aaontoaeu, ~ o r & n i , quo n c s t a publioag~o f oram omit ides, p o r

Bns t t ava pnro preonehe.? ilssa lnounn urna d a c l a r a p i ; ~ no & r i o do - G O Q ~ ~ ~ O como corronso~nonto ao P ~ Z P8rR 8 5 r o o t i f i c a q g e s 60s di-

plomas,

Mas, por mais sur?roondonto o i n ~ x p l i , : ? i v o l quo i sso paroqs,

ordonou-so p o r u r n p o r t a r i a do 1 9 do A b r i l do 1947, nova p u b l i - - oaqgo i n t e g r a l 2.a Carta.

a 111 - Sod valor; compct6noia pnrn altorar.

A s altercqsss C n r t a o r g & n i s s do 1mp6rio Colon ia l Porta-

@as s6 podem s c r f c i t a s p o l a Assernbleitt W ~ ~ a i o h a l . u

Voremos mais a d i a n t o quo a Assomblaia Naoional tom u r n uom- d " r)

p o t h c i a muito - r c s t r i t c cm rnctdria o o l o n i a l mas n e l a + aabo, oom

oxolus ivo , prooisamcnto, n dc n l t o r a r a Cnrta 0rg8niaa.

Corn s f s i t o , - d i sp5c ., o mt. 27 - do ~ c t o Co lon ia l : - " S ~ O da exclusiva cornpot6noia da Assomb7 i a Naoional, me-

d i a n t o p r o p o s t c s do !\!linistra daa c 01 hias, ~ p r G s 0 n t a d a s nos t o r -

mos do art: 113 dn ~ o f i a t i t u i q g o : ., "

( " 1 E, exacatament.0, como em 1937, se fa.2 uma publiaa$~o corn o tex- t o i n t e g r a l da Carta, p o l a p o r t a r i a nu 11380 de 11 de JWh0 de 1946,

Page 30: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

lQ 0 s diplomas a u e cstaboloqam ou a l t e r e m a f o r m do gc--

v8rno i l . : ~ o ~ l b n i a : ~ . , , '' O r a nos to s d ~ p l o m s s o Cove c m s i d o r s r i n t o g r a d a a C n ~ 4 u ; r

" - - 0rgEnica: d mosmo o 6.1ico quo parooo compraandido na f ~ r r n ~ l a - - oonst i t u c i o n a l ,

"

E, na vordzzdo, a 3 r e v i s z e s do 1937 o do 1945 f ornm d o c ~ c t a -

dns pola Assomblein N2aional, - Por t an to , h& quo r c p u t a r i n o o n s t i t u c i o n s i s todas as a l t e -

raq%a Cartn quo ngo rov i s t am a form do lei. ;e ' "

IV - ~ l t e r x q & s i n c o n s t i t u o i o n a l ~ e n t e f o i t s s C a r t a pe lo " -

Doo. Loi nQ 37542 do 2 do Setembro de 1949.

No d i n 2 do Sotombro do 1949 f 3 i publicado o Dee. L e i nQ - - .d

3 F 4 2 quo devo - s o r c l o s s i f i cado do i n a o n s t i t u o i o n a l . - *. Es to dod rc to fsz t r a n s i t a r para a dopondQncia do Miqia t ro .,

da Guorra 08 so rv iqos militares do ~ x 6 r o i t o nas co l6n iaa . - Dovema p r o p d s i t o s a b e r so so j u e t i f i a n urn ~ i n i s t 6 r i . o das

colbnias por ondo corram todos o s problomns a e s t a s r e l n t i v a s

ou so bastam os rncsmos m i n i s t 6 r i o s quo ostudarn as asaun tos da

Vimos que, por duns vezes , f o i c x t i n t o o ~ i n i s t 6 r i o do M l -

t ram?r (cm 1820 o 1834) m s do qua lquer d o l n s corn r o s u l t a d o s ca- -

Nonhum dos paf se s c o l o n i n i s se cons ide r8 c t i sponsad ,de t e r

~ i n i s t 6 r i o .- dns a ~ o l j a i n s .

0s' o u t r o s Min i s th r ioa desoonbeaom as condiq%s p e c u l i a r e d

do Ult ramar , ~ l i m d-isso n sua tond6noia 6 pa ra t r a t a r pr imel-

r o dos i n t o r o s s e s s i t u z d o s a na ~ e t r $ p 3 l a p o i s d s i n t o r o s s a d o s -

c s t g o mis pr5xinas o oxerccm p re s sgo junta dns o s t 6 n c i a s supe-

rioros.

Page 31: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Por o u t r o Indo, i um pr ina$pi f - , fun$amontr.l da administrs- - - q<?o c a l o n i a l quc, s(3 3stn devo ser 3oacqncontrnda ou duscon+,ra-

d - - . l i z s d a , em cadc f;rau tLe h i o r a r q u i a devo hr.ver uma conoontran,,<o

dn au to r idadc .

Nossas reg i&a d c p a i s o s novos, oom uma populapzo ouropc ia

t o r i d a d e dosdo o ohofc da p o s t o at6 ao M i n i a t r o d das ~ o l 6 n i a s .

O m tom havido u r n ccrta a t i t u d s do o i h o doc o u t r o s M i -

n i s t 6 r i o s em rolaqgc. r,o ~ i n i s t 6 r i o ilas ~ o l < $ n i a s , por e s t e se o- " "

cupa r do obras p\;bl! c ~ s , " cducaqgo, o tc ,

nador 6 a suprema nut o r idado r o p r o s e n t a t l v a da soborania da Mo- w -

t i v a , na ordem c i v i l , f i n a n o e i r n o n i l i t a r , -,

~6 h& urn ordarn (1-0 funqzos independ-ontes, a1 abmo om toda

a, par te : a clos j u i z c s

P o r t a n t o , o govollnndor ora a autoridado s u p o r i o r da admi-

ver nador,

~ i s p ? o o a r t . 34 da C. 0. I.

. * a * . . * d . l . . . . .

...a.-r~...c...

$ 6nico . - AS atribui~Scs m i l i t n r o s dos gsvornadoros podom - scr oxercidaa po r l n t c rmid io 20 con;lndnntcs m i l i t a r e s 20 - oolb-

nin , sam p r c j u i z o LG c.i:uporintonCbnoin q u o sornpro por toncc &quo-

lcs, c corn rcsorvz do cornpotancia roforida nos NQ 2Q a 3 ~ ' .

Page 32: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

. Polo Dea. Loi 3'?542, art , 20, passam a oxis+, ir a par dos

d

govornadoros dc a 316nia, govcrnadorcs mi i t t a ro s lndo pendent os

do8 p r i ~ i r o s c apenas subordinados ao Ministro da Guorra, *

Bo o govornndor n t l i t a r resa lve diseordar do Gxerhador do - 4 - d

co l6n ia podsm ~ ~ I o u ~ ~ P - s o as aonsoqu6ncias funostas q u ~ daf ad- .,

virgo - forfna$Zo c?e pa r t idos no funaionaiismo, uma possivol ro - d "

81BtonOh das forpas armadas ao Governador, eto ,

" ~ l 6 m d i s s o o nQ IQ do art, 2 p dr, ~ c t o Colonial d ispse qua

aompete ao Minfstro das co16nias ostabelccer a organizaqzo mi- - 4 4

l i t a r oolonia l , a o mosmo dooreto lei r e t i r a - l h e essa aornpot6n- 3

b) Espouinlid?do da hiorarqu ia d,os diplomas - *

0 regimo (fa 1cgis1aqi;o oolonia l 6 urn r e g i n e espouial. - Asaim, - dinpGo o art, 25 Bo Acto ~ o l o n l a l ~ - "AS ool&nios roeam-so por diplomas espeoia is , nos tormos

desto t ~ t u l o n ,

Como 0s pr ino ip ios do Aoto Colonial se aaham regulamont~dov Y

na Cartrr u Org$nlbn u pod~mos v e r no art, 89 da mesma, a reprodupPo

do prooel to, aom o devldo desonvolvlnento, ., .4 - E om quo cons i s to a ospsc ia l idade CI da l o 8 i s l a ~ g o oolonia l ?

Em primoiro lugar mi oxist6na3.s de orggoe espoclbis para

olaborar eaatr logis laqzo; om sogunda lugar, na h i e r a r q u i a doe r. a

diploma oo lon ia i s que rcvos to asgarjtos dAvorso8 drr hierctrquirr

das l o i a metropolitanns,

Page 33: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

HB mat6r ias co fc r . in i s sobro as q u a i s a ~ s s e m b l o l a Nacionta * .,

o - 86 e l a tom ., a o r ~ p e t 6 n a i s p a r a l e g i s l a r . $ o quo se disp5c no

art, 27 do Acto.-Colonial; + " a

" S ~ O do exolusivr . compct6noia da Assemblola Naaional, me-

d i a n t e p ropos tas do M5nistro das ~ o l b n i a a , aprosentadaa nos t o r -

mos do art, 113 da ~ o n s t i t u i p ~ a t ( I )

1Q - 0s d i p l o m a quo estabeloqam oo a l t e rom a fomna de go- 4

verno dos ooldnins ; C - ~ R '(4 ) L

2Q - 0 s d i p l o m ~ a que nbrangorem: d d 4

a) ~ p r o v a q z o d do t r a t a d o s , aonvenq5es ou acordoa oorn

naugzas e s t r a n g o i r a s ; .. b ) ~ u t or:zaqi!io .de omprdst imos ou outros 4 oont ratos

qua oxijam oaupgo ou g a r a n t i a s e s p o c i a l s ~ " "

o ) ~eflniqzo da aompot8neirr q do ~ o v 8 r n o d a ~ o t r 6 ~ o l o

e dos govornos c o l o n i a i s qunnto & &ros e a o tem- ., ., p o clas - a o n c e a s ~ c s de t o r r e n o s ou o u t r o s que envol-

1

vam excluaivo ou p r i v l 1 6 g i o espeainln. d

Vemos aorno a sprovapgo de t r a t a t d o s f o l resorvada & Assem-

b l e l a Naaional e, muito born, p a s j& sabernos que 6 p d p r i o d o * 4 -

regime o o l o n i a l , as relap5os i n t e r n a a i o n a l s das c o l 6 n i a s serem

Fora dos - oasos p r o v i s t o s no art , 27 do Aato Colon ia l , d a a As-

sernblsia Nrrciona7. tambjrn podo l e g i s l a r , mns a aua corlrpet6nclcr 4 "

j& ngo 6 exc~usrbva. Vojs-so n p r o p 6 s i t o o art. 28 do Aato Oo-

0 citerdo art, 27 vom rogulamontado no art. 4Q da Carta O r - 4

gbniaa. P

(1) i s t o 6 , p a r intorm6dio do Prosidanto do Coulsolho,

Page 34: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

- - b) Suprim017t~) da Assomblela Nn~i.ora ' l on: aasos dc urgen-

rl -Y- -..-- --

" o i a e x t r c m , no i n t o r v a l o das soss3os l ~ i s l a t i v a a , - 4

No aaso de o s t a r enaerrada rr Assombloia Nachonai e havor e

urg8noia em l e g i s l a r sobro qualquor dos a s s u ~ t o s r e f e r i d o s no " - -

art, 27 (podorirr considerar-so nestas uondig&a o Dec. 37542) - o Aobo Colonial dispce no § 6nioo do rnosmo a r t igo :

" a 4

n ~ m oaso do urg8noia o x t r o m o Qov6rn0, corn voto afirmatl-

vo do Conselho do 1mp;rio Colonial , em sossgo prosidIda pe l3 M i -

n i s t r o das ~ o l b n i a s , podor; l o g i s l n r sobro as matbrias a quo s e

f o r a do8 poriodos das soas&s da frsaombloio, NacIonaln,

4 E s t e procoi th 6 corroborado pe lo art. 5 Q da Carta Orggni-

ca, * - u

Corno oxomplo dc a p l i u a q ~ o dee te $ rjniao do art, 27 do Aato 4

Colonial podemos apontar o do DOC, L, 35668 de 28 do Maio de 1946 " --

no qua1 so autor izava o G O V ~ ~ I I Q , em represontapgo eapeoia l da rl - d

ao lbn ia do Angola, - a ce lebra r urn etqr6st imo corn a Compsnhla do8

Diamantes dcssa c o l 6 n ~ n , dont ro durn plano g e r a l de fomento. w 4 4

Dostas d i s p o s i g g c ; ~ pdemos oonclu l r pola roduaidn eompet8n- u J d

a i a exolusiva da Assembleia Naeional, E i s t o porquo ae tern v i s - *

to , em todos os pa isos aolonia is , v que os parlamontos motropoll-

tanos ngo sgo a s ont idades mis aconselhadaa para l e g i s l a r eobre "

mat6rirrs aolonia is , + Y

Para o .domonstrar-mos bastam as cita$?ha de alguns coloni-

nos seua ' ~ s t u d o s co lon ia i sn de 1907, Vol.1 " ~ e g i s l a q ~ o C010ni- e

a1" oaarovo a pag, 107: " 4 4

'dsta hojo rcaonhocido~por ., todoe 0 8 pmos d co lon ia l s e p e l s

grnndo maloria dos p u b l i c i s t a s que s o tern oaupado do adminlstra-

Page 35: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

" *

$go ao lon ia l , quo os parlamontos metropolitanoa ago inaompeten- .#

t e s para a formqgo do l e g i s l a q ~ o colonial ," - Marnoao a Sousa, o primeiro profeaeor da oademra de Admi-

"

n i s t r e p b Colonialr o r i a d a e m 1901, d i z nos auas'lipo'osn de 1906

que "6 por puro doo6ro quo de vez e n qunndo so d& a esmola ee ,urn

sesszo aos mndiBos d o Ultramar n(pag. 191) Y

Eduardo da Costa, quo f o i , ooao vimos, Chefo do Estado Mai- c)

or do Eduardo Galhardo na ompanha do 1895 o depois Governador

Geral de Angola, no seu ., a ~ s t u d o sobro a ~ d m i n i s t r a q i ; ~ c i v i l das

nossas poaesases africanasH aprosentado ao Congresso ColonaUNa- 4 "

c iona l de 1902, osurcve a phg. 118

"~arnb6m so n&o djrma, w o quo a e r i a anaenaata proposipgo, U

quo no Parlsmento so ngo oncontskm t a l en t08 e habilidaites oapa- " c)

zea do eonheeerern e disaut i rom todas as ~ l t l p l i c e 8 quatGea que " M

80 prendem aom as col6niaa, ma8 o que se detende 6 quo easa as- - ., setnbleia hi do ser neceasdriamente ddminads por CI t end8noias as-

t r g r i a e ao bem c ao dcsonvolvdmonto + das oolbnias*, "

Toda e s t a dou t r ina s o oncontrs oonsagrada, como 3& vimos,

no Aot o Colonial , " a

~ b - s o aom os parlamentols o mesmo que se d& oom os minist&

r i o e mstropolitanos.

Oa parlamntorr, r eg ra ge ra l , nzo arbem ha&doa problemas, .a /' Y

aolon ia i s , 0s doputados drra ao l6n ia s ago m i t o pouc :u, Oa ow- .#

t r o s apenas ae preoauparn aom s a t i s f a z e r oa i n t o r e s s e s doe seus

e l o i t o r e e , 4 w

Hoje, 6 o e r t o no nosso, e s t e eatado de oolsa8 j b 8% apre-

son ta bas tan to modi f icdo: h& i n t e r s s s o , deavelo - e at6 entusiaa-

mo na Aesembleia Naoional polas questo'ss colon is i s .

Page 36: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

koordou-se, na ~ o t r 6 p o l e , a o o n s ~ i 6 n c i a oo lon ia l e 08 pro- d .#

blemas r o l a t i v o s ao ultramar sgo j& aaompanhados corn grande boa d

vontade, o que est6 muito longo, por6m, Be s i g n i f i c a r que possam "

s o r r e so lv idos corn oompot8noia. &* ,2 car\h-&* I d

0 ) Compet8noia da Assembloia Naoional Q do ~ o v f i r n o nas - mat6rlos oomuns h b ~ o t r b ~ o l e e a todas ou nlgumaa ao-

Antes da rovisiio c o n s t l t u a i o n a l do 1945, o a r t . 28 do ~ c t o

Colonia l e s t a v a rod ig ido de moldo a l e v a n t a r ddvidas aobre a quee- ..I

t g o do so saber se se podorla p u b l i a a r uma l e i ou urn Dee-Lei, d

l o g i s l a n d o simult8nenmento pa ra a ~ o t r 6 p o l o o ool6nias,

Corn e f e i t o , era asta a redoaqzo do art, 28: "

tooedonto sgo da o o r n p d n a i a do Wlnis t ro daa co ldn ins ou do go-

vorno da oolbnia , c o n f o r m for rogulndo nos c'liplornaa a qua s o *

rofere o nQ 1 9 do a r t i g o a n t e r i o r , Fioa, por6m, o s t a t u f d o o se-

Porante o s t a d ispos iqco, podor-80-ia i n t e r p r o t a r o art. 27 e " - .,

aomo a t r i b u i n d o 8 hesombloia Naaional urn compet8nai.a ngo s6 ex- 3 * 4 "

olus ivn aomo bnioa, 1, Assembloia Naeional t e r i a apenas a oom-

ps t8na ia que n w u o l e a r t i g o lho om f i x d a , d

Por o u t r o lado, d Carta ~ r g f i n i a s , no t e x t 0 tamb&m a n t e r i m * 4

k rovisgo do 1946, dispunha quo oa doerotos l e i s publicadoa pe-

l o ~ o v 8 r n 0 , nos ., termos do art , 109 da C o n s t l t u i ~ ~ o , ngo tinham

funqgo nas aol&nias , 4 r.

Em 1945 altoraram-sc o A 6 t 0 Colonial o a Carta Org&nica o * .

f ioou assen to quc as mt6rias aomuns A ~ e t r 6 p o l e ., o co l6n ias po-

doriam scr objocto do l o i s , Doo-tola ou doorotoa, f o i t o s simul-

Page 37: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

.Iatb reprosentavn, porbm, urn darrognqZo ao p r i n c f p l o da u

ospeeialidado Ctos oregos da logislagiip oolonial, U

Como so - ressalvou o ssa ospcoinl idado 1 "

Pols doclnraqiio, nposta ncsses diplomas, do terem de ser 4 Y "

pblioados nos Bolot in8 O f i o i a i s dns col6nios on& hajam de 0x0-

autar-8e , .I

Noases termos, 01spGe o art, 28 l& parte do Aoto Colonialr "

" "08 diploms n;to aompreendidos na dispoeiqgo do actigo an- -

teoedonte, que regularem matgrias de in torease oomum da motr6w

polo e de todas ou alguma o o h i a , r o v i s t i r ~ o a forma de let, .I w

deemto-lei SOU doaroto simples, nos tormos da ~onstituiq~o o de- - - r a m ssmre a o n W - a declarapgo de que t a m de eer publioadaa no s - - Bolgtiba Of i o i s i s d m col8nirts onde hajam de exeautar-s~i , a - - I

Ora a 6nioa autorlidsdo canpotonto para a iaser 888a b o l a -

#aq& 6 o Mlnistro dc.s ~o l$n ias , . Corn efeito dls$o o art, 91 dn Carta 0rgfZnica

II p u b l ~ o a ~ b o dns notes l o g l s l s t ~ . v . ~ s que hafa* de i e @ sp%L .I -

oados &I ool6niae - $ dir oompotOno1a do Mini.stro d w f#cdG;nw a

dos govor~adores coloniois, oonfora~ so t r ~ t e Pe ~ $ Q D & B ~ 6-

1Qt k publioaqzo no Boletim O f l u i a l daa aoldniae ds p ~ o - Y V

rid6noias leg is lat ivas publicadae V no ~ igr3 .0 do ., Oov8rno depende

da menqbo aposta nns l o i s , d o o r e t o s - l e i s , decrstoe ou portariast d u

'para sor publidado no Boletim O f iuial do , . ." &sea W ~ C ~ O eer6 * -

esorita no o r i g i n a l do k o t o l eg i s l a t i vo e aeelnada pelo Mlnistro

Vom oats fixac?a rza 2s pcrrte do art, - 28 dp A ~ t o Colonial e

dosenvolvida no art, 3.0 da Carta 0rggnioa.

Page 38: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

"krt, 28.. . 03 (diplomas) quo regulom materia8 de exalus i - Y w -

vo in tereesedas ao16nias, ago da oollpetSnain do Miniatro Aaa Co- r. " d

~dnias ou do govern0 da oolbnia, oonforme f o r es tabelee ido nos

diplomas a que so refcre o nQ l Q do a r t f g o an te r io r . w

IQ Compete ao Miniatro d a s coldnias es tabolecor a organiza- - u u

qk m i l i t r u ? oo lonia l em harmonia oom os p r i a l p i o s da de- * w

f'ezn nncipnal e som proju lzo doa eapealal idndes neaossd-

Pias; ". 4 u I

A Carta Org&nioa, no Cap, 11, Y seaggo .4 11 art, 9 presosme:

"AO Minis tro u daa v co16niaa3 o o m pr inoipnl or ien tador .I w a di-

rsgento da poli t iun. ao lonio l , u d oompetern as fungGe8 de aa r6o te r w

l o g i s l a t i v o e do oardoter oxoautivo que na c o n s t i t u i p i o , no no- r)

t o Colonial 0 na Presente Carta OrgfLniaa lhe sgo ntr ibuidao,

u Salvaguardadns as mater ias .I que .. oonstituom + a oonrpet8noia ex-

a l u s i v a da Asserabloict Naoional, rr aonrpetQnoia l e g i s l a t f v a do M i - * ., "

n i s t r o das col6ni .n~ oxoroo-so, fora dos aasos de urg8naia e dos 4 -

mis indiaados no. l e i , dopois do voto oonsultiao do Conselho " d u

do 1rn~6rio Colonial ou da aonforbnaia dos govornadores aoloniaia;

em rolaqgo a todas as materia8 que representem in to r s s sea s u ~ e - - - - - rioros Cb - p o l f t i a a oo lon ia l ~ o r t u ~ u e s a ou sejam oomuns rr maie

d ip loma am vigor, . . . . n

Enumeram-so, ern saguida, 3s w mat6riaa que representam in-

t e r e s s e s sups r io res de pa l f t foa oo lon ia l por t uguesa,

Page 39: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

2 3 - p n r t c C, 0. a r t , - 4 3 ) . - Resta-110s v e r qr~c,l 3 cornpot8ncia 1 . o ~ i s l : ~ t i v a clos governs- .,

l$ o a r t , 43 d:5 C n r t a ~ r g ~ l ~ i a n qut: LI,IS irlforma: " "

"A o o r n p c t 6 n ~ i ~ ~ l e g i s l : \ t i v a d m g o v c r a a d ~ r e s ubrailgo t o - d d

fino as rnnt6r ins u qut: r c s p o i t u m s x c l u s i v : ~ a ~ . ; r ~ t u t'i c o l b r l i i ~ - o G o

o s t s jam t:spocinlmont,c: L ~ T ~ I J U I C I Q B Assombloia A V ~ L C ~ J ~ ~ ; L ~ ' ' , +

P o r t a n t o, q.o i; ,vorllnclor c ornpoto l e g i s l , ~ r par:: t0Aa8 81s .d -

mn th r i ns r e f o r o l l t c : ~ TPC~I;LS & c u l j ~ ~ i t t q u ~ d i r i g o , oxcoptundnu

nu q u o dizcm r o s p e l t a aoa i n t a r o a s o s s u p u r i o r o s do politics w

oolonf a1 p ~ r t u g u o s n , n t r i b u i d n s no M i n l s t r o w nos ~ o l 6 f l i n s ( a r t .

bl,ai:z ~Jaciol ' l r i l ( a r t , 27 Acts ~ d l 3 ~ 1 i n l ) . 42

- L

0 a r t , dn C n r t a ~ r g ? i l l i c u d i s p r ~ s :

f i s c a l i z n q ? ~ do Miilistro dns c o l 8 ~ l i n s o , por v i a dc rog rn , con-

formc o v o t o do C011sc:lho CQ f+ovor l . l~~ '~ , d d

-

onco l? tm-ae , nssirn, rcpczr t idnr 4 d *

- Cnrnpot$nci:. o x c l u s i v n 8- ~rss~;r : l l i lc iu % , c i o l l n l ( a r t . 27 "

c9 PLcto Colonial) e

- C ~ m ~ u t R l ~ c i : ~ fi I G o v ~ r n o ( l a o n r t o r l j : ~ r t . 20 i c t o ~ o l o f i i r r 3 U

C n r t a 0 r ~ : f i ~ ~ i ~ : ~ ) d

- c ~ m p ~ t ~ n ~ i ~ c.0 Govcrlhr?or ~ o l : ~ ~ i s ~ ( a r t . . 13 C:~r tn O r - "

r 5 ~ i c a ) . I> d u

Page 40: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

m.13, ctgora, p a r q u c f ~ r r n n c crn clcc terrnoa e s t e s o rg ' ?~s l ) L ~ d o m

l c g i s l a r ,

a) l c i s c d o c , l c f s ( a r t , 91 -- ('LL C , O ). .d

T r n t a r e m a s , em p r i m o i r g lugrzr; da i ~ a s o r n b l o i n ~ J a c i o f l n l ,

que l32.e i ' ~ " : ~ z o r -- leis o r c s r ~ l u q ~ o s , ., u

Revestom f ormn CC r e s 3 1 ~ ~ ; I as .7rut l~riz-~q<?t: s c ) l I ~ e c I i -

\ dzs n g ~ v o r n ~ s c s t r n n j c i r a s p n r n : ~ c l q u i r i r o m t o r r i t ; r i o s nas d

c 3 l ' j ' l ~ : ~ s . <

Qunnto hs l c i s , n p o s a r dn Assdrnbloia ' 'aciollal t,cr un:~ 4 u ,. ." c ~ r n ~ > o t $ ~ l c i a l e g i s l c t i v ~ ~ Fr6pria pa, ra izs c , l ; ~ l i n s , 11.i ;:st:tr~

isull tas c1.a obripoq:[o gc r , l a l i m p a s t a p e l 0 a r t . 9 1 ( 1 , ~ C n r b s O r - - - gailicr: - c ~ l l t c r o m ,z nc-11~,'1-, a p 3 s t z c rubriczct:t pc:lo M i f i i s t r o -

!t i lns ~ o & & l l i a s : ' ' ~ n r ~ n s e r publicac ' , ;, ll(j B j l c t i m Of i c i n l c:.o . . . . d

C 3 r n c f c i t n , p rGscrcve o art, 9 1 c1.a Ctzrta 0 r g S l l i c : ~ : <

l l n p u b l i c n q ~ o C! IS a c t 3s l c g i s l : z t , i v o s quo Fa jam d o s e r - a -

p l i c ~ c l o s $us cg1.6ili:~s ; de compctGl~c ia * d I M i l l i v t r s cqtts C 11;llias

ou 12as g ~ v c r ~ l n c ? ~ r c s ~01311iais, c 1ilf3rrno sf: t r x t e cle rna t6 r ind d

11 t :~rifts: " p a r a s c r ?ubl icnc?o 130 B > l c : t i m O f i u i n l c!c: . . . . E s s a 4 d

Page 41: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

r, f n z c r css?" i t l c ~ ~ ~ : l , m,ts I quc, n"L hh;, C ~ ~ V I C ? ~ 6 q u ~ : se o l a f n l - d

t n s s c 2 I c i llso p ~ c ' ~ r i : l ~ sor r c p r ~ ~ l u z i c l r z p lr B 9 1 s t i l l s )f ici:iis

c nz;) c n t r s r i a ;>L)rt:~,flt.> ~ : r n vig?;_7r.

P:2sscrnos a0 G3vo1-n ). "

Compctcm-lhc, cam] j k v i r n , ~ s , :LS m n t & r i n s clc? i l l t ~ : r ~ ? s s c c q - "

Inurn A ~ c t r 6 ~ a l c c :s ~ o l 6 i l i a s c r c v o s t e m n s f 3rr11as c!o c1 : c r c t , > s - ., - .. -lois o clccrct3s s i m p l e s , que curoccm i ~ u l z l r n o l l t e cls jrc'om d n

" - -publicftqC?3 c?o Millistr~ (Ins ~ o l 6 i l i ~ ~ s . ( ~ r t , 28 c7 3 Actso C .~ l Wiai

u

cucqLiS~lc in p r6v l , z (?as ,rgC< 1s c 111sult i v 2 s q u : t l i f i-

c ; ~ L ? ~ s ; s a l v o o c n s g ' e ur,-,$ilc . (l,. 2 , "urt, 28

$ $ 2Q c! 3Q. C , O . : ~ , r t , 10 c $20-2 9 1 $ 5 0 ).

6 a l . t u r ~ , cYe . ~ b s c r v n r m ~ ~ s , C ~ ( L p ,rrnell ,r, que f >rm:ts n t ~ d o r o -

v o s t i r rt l c g i s 1 2 . q ~ > ~?im:~nni?a ( 1 ~ Mi~listr -, das C ( , l :l1iL:s, e

" E s s n s form::s 8 ' : ~ : 17 ~ ' ~ c r ( , t ( ? - s 1 ' 7 1 ? 1 ( ? ~ c 't 73 ) r t . ~ r i ' ~ mi l l i s te -

t .13 au ~ 3 r t a r i : ~ s , f ~ r r n n s clos dinl?mas ?.a Miflistr? ?'is C G -

... E r~ $ 50- c?~, so.rt, 91 ('.a C a r t n 0 r~ ; : " l i l i c :~ ~ l i s l ) ) ~ 2 :

Page 42: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

... s i n p l c s c ano sernprl: a,ssi12nd.?s p 3 1 3 P r ~ s i r ' e ~ l t e (") c ~ ~ 1 s ~ ~ l h o " . -

Estc n r t i ~ f r i s n quc 3 s 2 e c r o t ~ ~ s r3.evom s o r nss i~ ln?.os po-

l o P r*es i c l cn tc C'.J Cal l se lha , T T o j i : t n l r e n l a c ll;,, tcsln rzz,;,, de

s c r , u

0 :zrt, 28 $ 20 , ~ c t o C o l o a i ~ l t l . isl~?e quc o1c .s clcvem *

C::~~sc lho , P J P ~ ~ , n l l t o s rla ref ~rrnt~ ~ ( ~ ~ 1 s t i t u d i o 1 1 a l ?.c 19.75 isso J u

11; 1 a c o n t c o i n , 1: r c f e r e n r l a p e r t - 3 ~ l c i s , s;acLlto, :t,) P.lilli.strr, ou d

Q u a i s :LS f o r r n n l i d a d e s a q u e clevc ohcf1ocer a c l n b a r a q g o 2

Tcmos quo cy-i:sti;1guir o c x c r c i c l ~ 11-)rmal (?a c 3 m ~ c t 6 n c i n d

-1:; l e i , c;cpois ('-9 v o t o c o n s u l t i v 4 2 d . ~ C o ~ I s o l h > fl.,> l m p < r i o C Q - - - 4

c i a f.9 C'.>nselho c?? 1mp6rio C o l . ~ n i , ~ l )u tln C ) f l f c r < l I ~ i , z c?ds GJV

P s r a g o r a 2 i rurn9s q u e s e t r r z t r t rlum vorrlzt ' iuiri_, C 3 ~ 1 s e l h o d~ d " + _I

Estng-o par? c o l 6 n i z s , rvx :clIs~l%o '.'*c . Z a t ~ ~ d ~ ; ) t : ~ ~ f ~ ) i ' r : : ' f n % ~ ~ e - "

sa e ngo com simyles c a r d c t e r

Page 43: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

M

T > l n imp ? r t $ n c i a d ~ s t o 13r;lr~ ), q u e f ?i cqns=1grnfl:l calls- - t i t u c i ~ ~ ~ n l m e ~ t c :: sun ckist8llci; .r , ( 2 , (I.L tnosrn:l f Jrlna, :1~etermi~12-

n i n s s c r A c x c r c i c ' ~ , )uvic?a o C ~ D s ' f 1 . h j ' 1q?Sr i3 C ~ l 9 f l i a 1 , s n l - 4

~ U ~ I Q Z C S (l.3 ; up rc rn~ T r i b u n a l ~ d r n i l ~ k s t r :~ t i v o ern r c l t ~ q 5 o a3

nl, - Qunnto h C o n f e r z n i a i n r13s c >verL1:~cI~)ri:s 031 ~ n i c ~ i s , 8, Car-

t n 0rt-5,1?iaa cl-otermina q u c clc 3 c n 3 : L U X sc reullnm, ern L i s b ~ : , d

rcs o . > l o n i a i s p*:r:l., I rn ~ i l j u n t i ) , 7~3s;1,rorn r e v i s t a a a s p r o b l o - ..

i n s t n l l t c s c'. 2 govcrna c: nclministrsqc"l1~ gt.r:-tl gas c o l ; n i s s . -

corn ccrtoza, bcm v i v o s e p r c s e n t e s os pr5blcrn:~s :L o l a s r o s p o i -

t , a l ~ t c s , xstK:> p a i s c m cJnclic;5cs de clar opifl i ;cs s ~ b r e as p r 1- "

1 i c l , i ~ t t ~ n s ' i o g i s l a t i v n s , c srn;,rao~~tic -se quo ~ U V ir!,-~ ;t c 113fcr611- * d

c i a 2 2s ) v ~ r l I a c l a r ~ s C J ~ 31li~tis so 3 % (10p )is L ~ C C C S S ~ ~ ~ ~ . a .,

c ~ J s u l t a do C >nsolh: cl.o 1mp6ri.o. =

Page 44: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

qui: s 6 m u i t > cxccpai7l1~~lrnc~1tc foi ,uvic..a o C ~ r l u c l h o 2.1 1rnpd- + 4

i i . - L l o 3fif c r G n o i n dos k ; ~ v ~ r i l : ~ i \ , r c s c~1 : )n in l . s clcixou - (.b r c u n i r CLurnntc c i C u e r r n c acnbacln cs tn , ainda LI<.) v ? l t o u a

0 mcsrn) so p?r:-r: c l i zcn d I Gcv 3 r r 1 0 , n 1 r o ~ i m c , i l l t c r i o r F.LO

g u i r - s e :u::s fnses o m rn3tErj.n c o l ~ n i : ~ 1 : t tn tcs c!a I c i f l ~ 1005,

c dc7ois d c s t n samo j& i,i;elaos ooauico de ver .

4

;~rcscrcvondo quo, 13,~o ,st:~ndo r c u ~ l i d n s z:: Cartes o sen? , nzso d 4 "

mas ( l e v i : ~ quan2.9 d-n r c n b c r t u r n dnu C ? r t o s , ~ u b m ~ t c r - l h ~ ? ~ 3s *

l o t ; i s l a r tur la q u G n t 3 til3h?* n l c g i s l a r pf,rqu:: sabia q u c , c? i f i - d

c ? 7 - m ~ ~ 3 t c , l ? f ~ i l o r i . ~ l o v n r n r l i :~n t c 3s s;;u s :rr:.l j e c t o s at-ls C,?;rtcs, ..

Page 45: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

1\19 c n t a f l t d , n C n r t a C f ~ l l s t i t u o i )llnl c :xir in que .2s decri:-

c c r t n s n l t c r n q E c s n z C 9 1 s t i t u i g g o ~ Dopois c.11 a r t , 1 9 c s p e c i f i - d ., 4 - - car as m z t / r i t L s c?n compctGl1cia e x q l u s i v n do Cqnprcsso dn Rcpu- - " d

b l i c n . - cm r n t t t ~ r i n c L ) l > n i a l ( p r e s e i t a Gs te q u c pode d i z c r - s c - r. f m t c pr$ximr; (lo a r t , 27 do , l o t , ) i=,,l >f l i a l ) , : t t , r i b u i , n ~ ~ r t .

d

30-, t d a s as ~ u t r r t s m a t 6 r i n s n o P,rJ.~tr e x o c u t i v ~ ou r ~ o s gover - " .2

d c i x a v a dc c s t a r cxclusivnmcl1tc llas rn: 2s do Parlrzrrlefltf~. *

t c r r i t j t i d c L , l o u i n l ( n , ~ , a r t . 28 $ 20 " i f l f f l lc"

c C, 0 , n r t , 1 0 5 4 s ) 4

c i c i o ?..: f u n g ~ c s , a 3lelI i tucJc CLa sun c ,mnot?flcin, - f , : c u l ( ? . ~ ~ c couf c r i 7 2 p o l ) Doc, -Lei ,72057 cq.e

~ h v i ? - n s s a b r c a s u a c orlst i t u c i n ~ ~ : ~ l i c l a c i ~ c r e s o -

3 u q k d.clas 11a r c v i s z o c ~ . > ~ l s t i t u c i i , l l ~ - ~ l (In 1945. - 0 Mr.8 a l E m c ? ~ s c n s 3 s d c u r g c l ~ c i n , h 5 ~ u t r o s e a quc o Fdiflis-

t r o clas ~ o l 6 n i a s pgc?c r l i s?o l l s :~r a au? i6~10i : t (13 2311selho d3 Im-

p c l o M i l l i s t r o qua1XIt1, 110 o x c r c i c i ~ de ful lqzcs o a t e r r i t 6 r i o .,

Page 46: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

L Vcjnmos n:: (?i~;> 13iq3 ;s quc! ~ 7 1 - l f j imp" !n:

0 $ 2 ' i' , ,.rt,, 28 cl I iict, .I C 31 ) r l i t ~ l c l o ~ ~ i s (It. c:ctsrmiJnr

quc? os i f i p l o ~ n ~ , i i r?irn::nnF.f>s i : ~ h l i l l i s t r~ , dnc i; ,l ; - l i .~s r i i v a s t i r k

n i a s scr5. cxcrc ic : , , ~ u v i c : ~ :, c >Usclhr , (I-, 1rn:~jri I ~ o l f - ) n i : ~ l , s a l -

compot:~lcln quc: sc c x c r c c cm t c r r i t A r i o .clr:tr\~p > l i t ~ f i o .

P w fim, 5 40- cl3 art. 10 la C a r t n 0 r g % n i c : ~ f i x n n sa-

em c x o r c i c i o rlc f u n q ? c s , podcr6. usar (!,L su:t e ~ r n p c t $ l l c i t ~ lot-is-

c2c Millistr9:: 9u s c v l : r i f i cc t rcm c i r c u i l s t ~ ~ l c i n s tais q u o impnr i - .#

l n t i v z cm rsln~zo a o u t r n a c o l ; n i a s , fixzOclo a o s t e ens-A :IS 7ro-

Qunl r?. h i s t 5 r i : ~ C : C A ~ : I S f ~ , c u l d ~ t d ~ s ?

,i 3rirnc;j.r-L vi.ni:cm f c i t n p o r UTI I i ~ ~ i s t r a das ~ ~ 1 ; ~ l i : t s

Ultr~~rnar f a i ern 1907 a c'.c r i i r c s r?,; Orl lc lns , acompa~lha~l~ lo 0 pPfn- a - -

. a i p c rr::ll, D. L u i z F i l i p e . -

0 r::i D. Cnr l : ' s t o v e somprc A r ) re :cu:,e.(::~-, 3i-t oiluczr r, fi- d .,

Page 47: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

c q . z s ; 3 ~ r t : ~ r ern D. Luie F i l f p c a c u r i ~ ~ s i c i a d c p c l 3 U l t r : x m W . ..

A 2? v i n , ;T f 1% ('LO b d i n f s t r ? pQcl:l -&r F' :bi :ll 1, c.3m 3 f i m -

sido c o f l ~ c 6 i c ' ~ s c t ~ l 1 9 0 1 , a urn i n q l b s S i r R ~ b b P t W i l l i c t - n s , .,e-

3,) Millistr~ i:il ?iInr2.L~lhr: ,: ('-3 U l t p a a u r Tc: i x ~ i r ~ ~ d ~ S'3u S:L, ;),IF in-

f'1~;llcf:: 23 i\.l::rquh : (:(' S ~ v c r a l ,

S i r R . ~ b c r t \ i : ~ . l l f ~ ~ a s t i a h a , c )mi) p r i l l c i p a l 3 h j c c t i v 1 c'n

S U ~ cmprcsa, ru rlr~11.: .ern a t & ; c o s t a r\:ls r i q u e z a s o x i s t i : l l t c s u -

llns rninns dc. s?brc: c'c: C ;t&~lg::, 11, Crja,;2 B u l ~ : r . Es32 c I ~ I O C S S ~ O

f o i no t c r n ~ i , ts:v>rzln(;nto r ' i s c u t i r l n , C O L ~ ~ U ~ ; , >3r?c c ! ~ z ~ ~ - s c ,

scm h o s i t a q s 3 , clue I 1 ,: tt:vc: m z i s ia :3 ~ r t ' l r ~ c i a Farn a v.tl :riz?,-

$2 , cl.ns r i g f z c s 1 ~ l a ~ l : l t i c : ~ : : c l ~ p ~ , ~ n b o o cl.3 E3i6 ,'3 qu;: t - ; d s s -

Nsta o2l1cessSo tinhc; no f u l l d ~ urn ria p 9 l i t i a o . fi q u o ) 4 - .,

c : r l t rn :L Inp.latcrra o a nlsflnllha, (3% quc: nquola [laqgo P C C ~ ~ ] ) ~ C ~ - u

c i ; ~ : c ~ c a t 3 urn:) " i?sfcra Cl: i i l f l u 6 ~ 1 c i a " ~1,) s u 1 de ,,llGoltxr c~1t t ) l l -

Page 48: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

r?ou q u c i a t c r c s s n r 7s ? r $ 2 r i l ~ ~ ill , . I . ,:> ;S LI ,S t rritiiri ,s quu

t il1h:~a s i d o n t r i b u i c ' o s 6 ~ r f l , ~ z 311~ 2e i l l f l u 6 n c i : ~ :u kl?"1,~~lht'u, O r 3

n f i u l a r em grnfidc p n r t c JS c f c i t o s cln c J L I V I \ I ~ E < ~ .

-4

1Vn mesm:l o r i ~ f l l . r ~ q n , ~ , 31: : 'OU i i ~ c r c : n c ~ l t J, 11 I s u l r7i: t~Ll,ru- "

l a , Gs missscs s ~ a i n i l n s (?.3 ~s? l r i t : ; ) , _ ; ; i P l t .I. ., *

mo R s b o r t V J i 1 l i : t m s n c t u o u , a c o n c n s s Z l ~ c h c t . x ~ n , h t i r n o s r e s u l -

ens. Cdm cf sit\>, :-" Gompnnhia, sc bcm q u o L I ~ J ) ~ l t ~ c i ~ i 7 a l i z a ? a

113 sau cn.l. i tn1, c~is?;c d c ume o p q i l ~ i z : t q Z - , :'̂ e vor$nf io i r ( , o s q i - d

C:jm.,::~'lhi.-. ( s o 1 q u c .l-incl:~ h:: 9 9 r IL : I ~ ~ * u L I S ) .

Quarlda sc t , , r r n f i l ~ u o of~rnfn). 3 de f o r r o dc Rcflgut:l,x n fdi

l i t ~ n c l o ?LS 1 )u t rns rC\' : s A f r i c ~ ; ; o h t r t l l o O r i . , l 3 t : ~ 1 , 3 "lillis- d

tro F ' ~ c o l n r R ~ b i w 1 J f f>i ill:bu, u%:! -1.1 ern r s - ~ r c s o n t n q & ) 6.3 g.nvcr-

~ C V C - S C dc l c g i s l c r , d d

~crn vini;cm ,>f i c i n l ;,s c ~ ~ l 6 n i z s . .d

0 ; ? l r~b lemn cla c , ~ r n , ~ t ; t $ l l c i ; ~ l e g i s l a t i v a c!o Il i~listr~, om

Viu-sc q u c 2rn f i c c s s s & r i o a l t o r a r e s i t u a g & inc f2npruen-

t c cnl yuc v i v i n $3 l l i - l i s t r - , (Ins ~ ~ ~ 1 ' ~ l l i a s o.1 t - ; . r r i t ; r i o Col31li-

Page 49: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0 Ii171str3, c4, no s u ? i . r i % ~ r h i o r i ~ r q u i c , - , (lo goverf lndnr , t i - -

nha, c l lqunn t9 sc r i l r ~ n t r z s s o 13:; ~ ~ t r ~ , ) o l ~ ~ C C ) ~ ~ C ~ ? ~ I C I ' Z .>ara l c - +

i : i s ln r s ~ b r c c c r t n s ?1:i~t6rins e p : ~ r - - ~ r ~ v . 1 ~ itr 7 s c l i ~ l s n n t i cio GO- .. " vori~; tc?*>r, p 3 r q ~ l ~ rtlz:7,0 sc I ~ O r lL,:vi .~ pjthp&p o s s a c ~ r n ~ ~ ~ t G ~ ~ c i a r ; ~

r quafli:o crn t c r r i t : r i - > c o l o i l i n l ?

4

E s s n fn.culGncl.c c o n s t i t u i n urrl:~ i r n n c r i ~ s a a e c o s s i c ? : ~ ~ ' ~ ,

t o 2 a r z r~ o u t r ~ eavo lv i i l -n 133 0 3 n f l i t 1, G 'slil~istrq f )r:t nnra

t i r l h a c?c ir munido clc nddoros quo lh? pe rmi t i s s em l c g i ~ l . ~ r ,la- +

assim urn mot iv :, q u c p,x'.c ~3 l l s i c ' c r t t r - so (1,: ury8llcirz o i l cc s s s i - - -

da(?c '-,filslici;, qut: 'lev >u c,>ilr,o ss:"l 1 ( l ~ s - ; y . d s f , l . c u l d a ~ ~ ~ w s m ? i n - ..

A s p o r t a r i a s p u b l i o a d w l o ; b i n i s t r o das ~ o l 6 n i a s no lT1- Z

t , r :~a ,~r t6m, ctssiq, a msm;: f o r q a des l e i s , decre tos- l t : iL; e di:-

o r c t o d - s i m p l e s da : lo t rbpo iu ,

I ) cm q n t h r i a da sua cornpet3ncia pr6pri:u, n o r via -- dc rcgr:: corn i - h ~ d i $ n c i s pr5vi:A d o s Son:; . l h o s dc -- II---- ---

I ejovarno (A.c. a r t , 30: C.@. 4 1 c 4 9 )

--..

lYn h 1 c r : ~ r q u i u dos a c t o u l c s g i l a t i v o s o o l o n i a i s vt?rctrltos a-

j o r a 0s quo u Czr4t,:i ~ r , ; h i c a dcoign;), po r -"diplom:~s I cg f s l r t i -

Page 50: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

VOS" , d i m n a d o s dos g o v c r n a d o r c s d o co1;nia". d

0 Aoto c o l o n i a i fixa no a r t . 2 8 , 2 F p a r a t e , a c o n p c t ~ n c i a ..

l eg i s1 , z t fva . dos govc rnadore:; c o l o n i a l s e no a r t , 3 0 o s t a t u i : *

11 14s funq?ics l _ ~ ~ ~ ~ i s l , z t i v t x s dos g o v c r n ~ t d o r o s c o l o n i a i s , na, - l : ~ f o r a da s u u coi!n:~t,Gncin, sgo :; :nprc , ? x l > r c l d a ~ sob :b f i s c a l f -

zilqzo d : ~ . ' ~ ; t r 6 ~ o l c c , p o r v i :~ , de r : g r , ~ , ? O n o v o t o 8-0s conse - "

l h o s d - gavi:rn-I, ondc hnvcr; r o p r . ? u c . : n t a ~ g o ud3quads 5 ; c o n d i -

lCt , 44 " 0 s ~ o v c : r n a d o r c s d a s col;ni;:.; oxorpc:m ;L s u ; ~ coy-

p o t 6 n c i a 1 c g i s l n t i v : t po r m,:io cl:~ p u h l i r ~ z q ~ o a 2 d i p l o n L L - l o p i s -

l n t i v o s no " ~ ~ o l > t i n of l c ~ : ~ l " .

II

1 . i ~ , , d i p l ~ w s 1 ~ g 1 ~ 1 r : t i . ~ ~ ~ . , L;~?P:>.O, e n rcgrr:, prf?cc:-

ol?ri(;a+ bri;.:mentfi nod d i p l o m : ~ ~ l-:?gi 31;.~t i v a s qu:3 3 S onsiflho

do Govcrno : . p r m a u EL,? sucs d i s ~ o s i q ? : 3 I t ( . - CI---

do o v a t 9 do Consc lho d o ~ o v ~ r n o , cotn o qu, , l - sr: n0nf3rrll0".

Eslt rcsurno, o Govorn:zdor di, n ~ l ' n i u , podt: n u b l i c a r l l ~ i s

t I d c s i g n a d a s p o r d ip l ana3 1 c g i s l : ; t i v 3 ~ " , p ,r v i a d:: r c g r u porn

:,inplo:, c f n ~ u l t , : : , u n p,br=rcp, 0 0 r - r ~ ) n(3 n ; ~ a ~ 3 do 3dno : l h 3 d o Ia-

pdrio c 3 l o n z : ~ l . -:xlh;c -sa u m v o t o :tfir%t i v a . r)

11) p o r d..lt-!E~qso f l j ' d l n i s t r 2 d:zs ~ o l ; n i : l s . ( c . 0 .

10 , 6 : 0 c: 4 7 ) .

Page 51: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

d a r t . ., 7 Y.if.sr.:-so durn:? malq 3j.r:~ n:: iL; &cr::l IL , SL:L c f ~ % -

., o :t Tnci:; p J r c l c l . ; , ~ : : . q ; ~ ~ :

"L) rnl. . ~ : ; t , r , ~ dzt. ~ 3 l ; n i ; L s p,3(1: d o 1 ,g;cr 1 7 . 1 ~ g : ~ v ~ : r n ; . r l . ~ r o s d "

g o r n i s ; . , c l ' r i ::<,:rclcia n : r n ; ~ n c n t , < : JU t:!?p ,r : \ri .) , tc3-

Page 52: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

C w

.7 - R :v 7gnqn J ?u ; ~ n u l : i q a J df: d-lpl 9n . l ; 1 :p;isla-

t l v ~ , , (,i,C. n r t . 3 0 , S. 0. art. 12 ; 1:s ) . 4 -

Comc, psdc 9 M ~ n i s t r o das ~ o l ; n i u s i n t . c r v l r n ; ;x : r c l c i 1 "

dn c, ,mpetsnoi:: ligi~lnt i v n (1.1; p, )v :rn;~c '~ )r ; s ?

: : C i r m t l v . ) 6 3 $ ~ n s , : l h 3 (1.2 O)v. , rn3 , Orn, sf: h o u v c r d i - - .d vorgEnai:: c n t r c 33 d3i3 .3rg: ' , : la, p r o s c r c v ~ i) .:rt. 45

4

L

l u ~ z i , do3 C ; L S ~ S o m qucl sl: nno c a n f ~ r a t l r c ~ n z o v o t o dl $onso-

i 3 . (J i~113istr J s u p r i r c, v ~t , d~ S m s r : l h k , d o G ~ v c r -

1 , s c r & obrignt;rinrn,:ntc: f n c 3rld;i 'L n u t 2riz:~q; I ? l i n i s t o r i i i l

P ~ r t , : ~ n t 1 , ,,,., ~ J U V - r d i v o r g C n = i n ~:nt , r ; I:, G ~ v ~ : r n : : d ~ ) r (, o < -

C a n ~ , : l h d r\.cGrp : c?;: pu1,liczqZc) dua d i p l o n ~ l c g i ~ l : ~ t i v 3 , 3 G o - -

nnd >r c c-?i~lmr: 1: p ~ h l i ~ : ~ d ~ :,c? CI v 2 t cl ) S m s d l h 3 n n s c r > n

Page 53: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

I I M * 0 Govornr:c!lrn? n , p 3C.c dct orn- in ;r, s ,TI C L U t j r i s n c ; ; ~ , ~ : s p :-

c1,:1 rl J W i n l s t r J (I:;:, S ' J ~ ~~II',S: a

w

1" ii c n r u s c :-, i nut:jn I ~ L : : ~ ~ d n i n i u t r , ~ t i v r ~ , ~ n ' m i n a

( " f i n n n o c : ~ r n " , *it 11,' .-,;:) a quz, lqr l r* ~ : r v i $ , ~ p 6 1 > l i ~ s ;

Y

Zc: : .i ~v: :~ Iz : :~ :L! , C?O amprAst i n I: ;.n c , . ~ i ~ t . ~ a . , r r ' : n t o T o -

*)

d c n t e cli:. clr:spuz:..s , ~ r q a a ~ z n t ? ~ ~ a '.,u ~?rirzq: l . . , d: r c ~ ~ i t : ~ n)vc:. - .

f; 10-: 0 s prT3r?css js s u b m c t i c > s 2 d d ~ i ; ; z ~ j d o i'4fni:;tr > dns B

C , l ? n ~ ? s ~ : : r ,~ ,> i n , : t , r u i Z o s o..,n raol ~t :ri j u s t i f i p . i t ~ T J j , :LS i n -

Y

nn ~ s f c r ? rln sun c ~ r n p d t > ~ i n i ,, 3 2 -) :~cnpre e x t ? r ~ i d ; ? s

* s ,b r= fis?::liz::c; L J d.7, r n t 3 t r j r ) -1 :".

" Sst:ls . f ~ s c - , l i ~ ~ ~ ~ r - ~ t r r ,c7uz-s i : 113 s u n c : r i i ~ t ~ : n r l 6 n c i - ~ nal . , rclf ,*n

1c;:lsl .tiv:: quc: P.,Cr\> ) n d u z i r t n \ l lnc ;X~ ~u rrtv ) t ; zqz ) (12s d i -

Page 54: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

,-, S : v t n OrgZnic?. rovcltz :: 6 i f e r c n c l : : q E I o n t ri: rov ,~g , t q x : )

, , ., t i .

I r lz ir ? m t r r , l , , l s c?.2s su? i ; . r l ... rss qu. : 21 s r ; j n n npliqac:ns. :.Ins

Page 55: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

" tl.) G \ v , : r n 3 " . Or?. cL;t \> n ' . . ) lrt,crcss:~ par:., :x p u b l ~ c ~ q ' L t ) di: C!fa - r>l. ,n::s n-,:: c 3l;r:in,s, i%ln pad3 c 31 ;nit; p u b l i c t ~ - s c , u.n "F' _ l , : t i n

"

~ 7 f i 0 i ~ ~ l ~ ~ ~ U C c ~ ~ r r ~ : s p ~ n d o :?.J " ~ i A r i ~ do G-morn ," ? l ? t r , > n ) l i t , i n 3

LL c l e s o r c f r : r , ,:rt. 92 r"?. :.;rt:~ ~rg :? ,n ic r ! , : ..

i!i.r>l :).n::s q u s u;: c 316ni;~" c.lov.-;m ser 913 ss rvcd 2s . l b r ~ g . ~ t ; r l :~ncn? , C .

f ir.:nont:> c: 1 -:go r ~ 9 r icluzid,2 n.3 F >l;tt in.

<>- ~ \ 7 1 (3 . , -. -. .,st::: ric~c:ssid~~dc T;G p u l ~ l f c a ~ ~ > n-j F . t l r j t i 71 O f i -

Page 56: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

t l 6 2" ;is l o i s s; cntrnin a m v i t Ir 11-LL, P >1')171 L - , i n r ' ( 0 : n -

v n d x 3s p r c c ~ l t 3s (-3s :rlt i g ~ u Zrf? c 2t3@ ri I L L c t ) 2 ) I > n i : ~ l , nc -

1 ~ " s sc: Adc ln rn r qu : sc ::pllc 1.m :I t ~ j > t zrrit Sri? [''L R ~ ~ 6 b l i -

,.. L p r l q r : > n 3 E 2 l L ~ t , 1 r , ., ~ x c c p p : ~ > out : , , n 3 clinlqn,l ; n t r v c.n vi-

e;-r ~ n ? ~ ~ p z n c o ' ; t b ic;~-jtc CL?la.

w

1) ~ r t ? , n t 3 , pu pi1113 1s , q . . > ' - s d i p 1 ,ma; f'jrii c l ~ P )lctirlz Ofi-

4 1 pE::l n a b l n t , c r c s s2 , C >stumnm p u l ~ l i z : , r - d o ;I )r , ,x:npl Orr:>tn ?L

I! f r-q. , t?.rm;~,t1-n ( q u o c2r r , ; sp~n( :c : "~rclcrlt r' I 3 x : r o ~ t jS) c n XI- .,

t r )3 l u t ; ~ , r c s nas 3? 3 p u l ? l i c a q ~ ~ n I P > l a t i n + :m v ~ L 3 r j u r i ~ 7 l . c j,

Page 57: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

5 1" lii w b l i c a q < o no R o l e t f m 3 f i c i a l d : ~ s c o l b n i a s dc n r o - 4 4

v i d 6 n c i n s l e ~ i s l a t i v a s p u b l i ~ a d n s no ~ i A r i o $.o ., Governo denenda

dn rnonqgo a p o s t a + n:xs leis, d c n r c t o s - l e i s , a d e c r e t o s ou ~ 2 o r t ~ a r i a . s :

I1 11 CI

P a r a s o r p u b l i c n d o no Eo'Lctim O f i c i a l de . . . . , E s s : ~ nengao .,

!.'IinXotro das das ~ o l 6 n l . : s!'

0 5 2 @ d i s p z c : .d

"A a p l i c n q a o As c u l 6 n i . a ~ dc ua a o t o l o g i s l c t i v o j;: vi6::n-

t o n,z m c t r 6 p o l c iiupdndi: do p o r t a r i a d o Y i n i s t r o d a s ~ 0 1 6 n i : z s ,

17:~ q u c ~ 1 podcrz : , s c r I ' c i t n s a l t o r n q & ? s o a d i t a d a s a s n o r m s esrlu- . ~ i , ; l - ~ n c n t o o x i g i d a s p,:l L ordcm juridica ou p o l n s c o n d i q z ? s n:Lr -

* 4

t i c u l n r c s clas co l ;n f a s a quit o a c t 3 tl1,vu s o r pub l . i c :~do" .

D c s t c modo, o ' I i n i s t r o dau ~ o l 6 n i n s pod@ a l t c r a r , '7or tnoio

d c umz p o r t a r i a , ulna l 2 i da i isscmbl:it l Maciona l p a r a a a d n p t n r

As c o l 6 n f n s . , , n t t i ~ . : ~ r n i : ~ t c , O S ~ : L ult 3 r a q h c ra scrllpre f o i t a corn

Lc n p u b l i c : ~ q c o no F o l c t i a O f i c i a l nzo obodcccr uos t c r a o a

39 - i3ntr:;dn crn v i g ~ r d o s a c t o s l o g i u l s t t l v o s n:zs c o l 6 -

n i a s .

'1) D:',tz d 3 ~ ; c t j s 1 e g i s l : ~ t l v a s (5 .0 . , r t . 24 ) d

b ) " ~ n c % t i 9 1 ~ g l s " ( S ,L ~ r t . 95 ) "

" R c s t n c l i z c r a l p - n . ; c o i s a crn r o l ~c;,:o :t ~ n t r : , c l . , I L ~ v i g o r nns

a

co l6n ia s (10s a c t ~ s I c , i s l n t i v o s , -.

'211p~rt c7.nt:l, d o 3 diplornns c!is31 19, : J art. 94 : a

" 0 s d i p l o m a s cu$n r > r i m i r n pub1ic:iqGo f o r f 3 i t - L n o F~olel i im 4 *

~ f i ~ i , , l (I;?:; ~01I;ni ;Ls t c r 5 3 :I c ~ : l , t : ~ rZ3 n;?~::ro om (jut: f3r1.n i n s t t r -

Page 58: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

~ ~ q u e l c s quc prxln p r i a , : i r r : vl:e t i v c r s n s i d o p u b l ~ c : : c 2 ~ s no- ~ i < . r i o

Uns c o u t r o v acr:o ae npre r o f c r i d a s , t n n t 3 em c l i p l 2 r . ~ s ~f l c i 6 % i S d

g i s l a t i v o s n,: t r a p ~ ~ l i t . : i n : ~ s . > . . -

lli,s 1 , y j . a C: tn:~Ls c?.iplon:-~s corn o.:: 1;st':;r 1 21. ..1 ( sc;ri':. .nl:l.hor:

.-. s u l v ~ r l~cl .n , rnqn: , c s p o c i : t l , n o s p r s l z ? s ~ q : t . i ~ i n t ~ s , contzd-1s dat

p u l ~ l l . c ~ L q ? o no r c s p e c t i v o Aol t j t i rn O t i c l ~ ~ l ,

a) Z ~ ~ C C J Cics i~',:, c a l ; n i : ~ n d n Guin:, '~Izcau c: T i m o r , n;Ls

i1bl::s C!C L n n t i a ~ o c S . T ~ m j , nos d i ~ t r i t 0 3 ou D r 3 ~ l n r ) i ~ : 3 d:1s ".a-

- c x c c p t o n o s L i s t r i t o s d,., D3&3 c D I ~ , c)ncl,: e s t o s Dpnzos s,lr:.o

r i : s p c o t i v n ; n c n t e dc it^^ (3 q u i n z c c1i:ts;

Is) T r i n t c d i n s nos r o s t ~ x n t o s t e r r i t j r i a s d n s c o l j n i a s clc

Til1 resumo, I ! ? r a z j (1c c i n a ~ d i : ~ ~ 5 :st;tbelccic13 p n r n as oo-

~5 p r n z 2 s , : z j e a i : ~ i s c?c o i t o c q u i n z o c l in s Darn ~ n a s o o D i o d

,:, C i n ~ : l n o r ~ t . o , urn p r n z ~ ('-13 t r l i n t ; ~ d i a s p a r a -1s i l h n s (7ci: ~ r f n c i - .d "

# I

,i:, ( c u j n comuniq~*qzr> ~-:rtl S, !llorll~: $3 r l lui to ~ 1 : f i c i l ) c C?O a r q u i -

l a c ~ q n n b i q u ~ ~ nnis n f ~ s t a d n s 69s g r a n d o s c e n t r ~ s . 4

C, n c l n r o q u e sc a s m~didzs l ~ g i a l k t i v a s s c ? u r g c n t a s , d o v o a

:,or t r : ~ n s m i t i c l r . s t o l J k r A f i c c m c n t c L 13 p ~ n t 3s m i i s d i o t a n t c s p a r a

Page 59: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

f mcdfn tnnonta om v i g o r . u a

E x c c p c i ~ n n l ? l ( n t e , $3xistc afnda urn p r n z a tie 50 din:, a a p l f - 4

c a r , 173s t e r x l ~ ~3 9 ? L do a r t , 95 quando , s,>b prt2p=t:t dos res- - - - n 6 2 c t i v 3 s govcrnadoros , fundanc1~-so otn C i i f i c i $ n c i n s C?C moios do 4

c J n ~ ~ n ~ c a q ? ; 9 Llinfs t r : , das ~ o l $ n i a s , $71 tIi ,cr3t?, o l c v a r at& n i

c: pr:Lzo cl.a a l i n c s b ) p a r s 7 o n t ~ s c'n,ter?iln:td,>s de ;ingc>lrt e Mo-

q a n!, i q u c .

Page 60: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

'd

A0 - 111p? r t ?~nc i :~ (I3 D i r e i t o c7ns I? , ;)ulnc; ,.,s n a t i v : i s n 9

d i r c i t s c o l ~ n i n 3 , ..-.I__ c-

E n t r n m o s n;;ora nn t , c r l?o i r : i p ; ? r t e do O S ~ U ~ ) do D i r e i t ? 30--

l o n i n l ~ r a t u & u G s , ;2;1a c o a p r ~ c n d ~ ; o D i r o i t o dns p ~ p l ~ l - i < ? e s ni;t i-

d e i r r i ( l ) , abrsng,.: 't;ocnn:; 3 s n o r m z s q u e r t>gl lan : L L r:l.l~?c.:s ~ n t r o

a ! l o t r 6 p s l o n s aol617l .a~ JU an q u c r.:( u l a ~ :L v i d ; ~ r l , ~ ~ r ( > l ; n i a s a

mns ern t c r n o s t n i s quc? n i so zfirnf: uqul:l.r d o p o n d 5 n ~ i : ~ c:zrtlotc-

0 D i r o f t o das p o p u l a q 6 c s n a t i v z s s+.;rk , > b j , > p t o p r 5 p r i o d.s

( ; t no&rd ' i a , , ncsno dd os tue r , e a p o c ~ n l i z a d o d-, D i r o i t * ~ lnc i f t c:na,

n a s $50 do D i r c l t d S 3 l ~ n i a l .

P ~ ~ r t n n t o , 2 quc vaaos ostud:- . r n < < ~ I. -, T ) i r ~ i t c ~ 1n?ie!3na ,

quo Xsso levr,r-113s-ln m u i t 2 l o n ~ o.

:j nn ~ u l n 6 ( ;x is t f .m nndn mnis nnda rilenos q u , ? c?csan?va sis-

..7Cn d i s s o , -, r,:colh:i ( i n s nllrrlzns q u d 2 ) n s t i t u i ~ q :st:: nriltri?lic.i-

d:2(1c dc: sistcmas 6 t n r o f n nsst:z rilfj~ll, 2n173r2 0 3 qul: S : lns-

7 i r z - n n a r ~ 1 i ~ i . G d c ?dnoa6 o s , t c j a m fundna+3ntn l%:3nto o o n t i d o s nc, < -

L

' J9 rn2 , a,srno q u a n t a n 23es h b usos e c.)stunes p n r t i ~ u l r ~ r ~ s a c a -

(7.:: t r l b u c q u e t s ~ ~ C:l: s3r ~ ~ n s ~ d o r : t d ~ s . - O q u c tcm - ~ J . ? i n c n t 3 n o s t 3 d j . s c , i p l i n n do D i r o i t ! ? S o l o n i n 1

p ? r t u ~ u 6 s 6 snl?ur :TI que nodidn & q u e u s 1s.i.s . c l i t idzs p e l 3 Zs-

)-'~d - "P 3rtugi:nl e :, q i r c i t o S o l 3 n i : ~ l I n t ~ r n t ~ c i ~ n a l " P r q f . nr . ' I . t r c o l l o :act ..no.

Page 61: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

hl~'~), t 11er:xclo 3u nt;, p ? r vc?z,:s, i n p )s t0 no 13s nu t 2rld:zdos c?o

E s t ;;cia s ~l?,:r:;n3.

.., 0 dlr . : i ta c'..ns , ) . ? > u l a q ~ s n ~ t i v : i s qur3 so r ~ c e b , n , < ~ 6 scn-

4

prc: > n s u o t ~ d l n - ~ r i 3 . - ,s sin, urn 3 ' ~ t r ; ~ , f~1,1.1.'7139 n 3 D i r e f t o

n , ? r t a clc !43q,o..nIli??i::, (3.3 Indi:?. d

a-:::a3 t o n ? ? , J s o u ~ ' > t , f \ : r;:lici~so, P 2r iss? o c?ir.;.it > rl,.;: 7,)-

" >-1111?(i 2 : 3 nrm,:t: ,nzs cst;" ilnl,uii7 -) dun 0zr;ot.cr r c l i p iqs -I. 0 7 -

r r ,

r n - o, 2157 (lo urn l l v r I ~ 3 1 1 ~ 1 3 ~ 3 , u n v e r d : x c i ~ i r 3 c S + I ~ ?. " 2 z t c

# ." 9017t3 c ' . s Y G ~ ( ~ ~ ~ ~ L - s ~ zo L n t l g ~ T c s t r = n : n t I q u c \ ? ni: 1 s' ~li:? ,sit;-

LI

r:LF,n, :, s ~ : ~ u l . n r , adnptafns :: uma ~ ~ 3 r t . i t n o n t : ~ l . i d a d e , rt, uan n;:rt:; 4

Page 62: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

" V;! si: i ;n\)~rS,nvzln ncsn3 di: r o c ~ l h e r n o D l r o f t o R?-orbn> f l o r t n s

r)r;&t1"?,3 d3s inc i i r CnCis. ~ n i c i n l m o n t 2 , hr3uvt3 qu i t a s pidndos i n - *

d i < c n : ~ s , q u 3 n?,? ornrn r?1316niT:; nom r n ~ q i ~ i n i . 0 8 c q u o s : r u g i n n

" tist:: 6 urnrlU, oer3tl:z,7d :: q u c s d c h o g ~ u o :L qua.! :;; II.LCJ parlr, f u -

" a r : - neqao oCu0, ; t lv ., c . . ~ a ~ f i m cia r! ~ l ~ n l z a - z g z ~ , nns s o n vi3-

1.6nc i :~r ; JU l?lposig;ds ncis r o g i m o s j u r i d ~ c o s claa p 3 p u l zqsss n n -

., 41. - D i c t i n c , :i < n t r i : P > P I J I L F ~ ~ : : : n ~ t i v "a in l i t ;cn-.s o

C

nyu 2 ~ n c i i ~ o n x s .

;,) - 0 ) r i n r . i ? i ~ ?.a r , n t j w ~ o s l q - 1 '?I s t r ~ ( ; i 3 (!o

." o v ~ l u g : ~ ~ c l -~a p , ~ v ~ s n ~ t i v j d ( . L . 3 . , r t . ? 2 o S.O.

,:rt, 24G).

4 _,;?rout n t L n o s a3 Lclctias i , o p n i s a ) b r ~ o d i r e i t 3 clns 11 )>?ul i=-

d

q6as n :~ t iv :as , S-smq$-,ronas ngora s sou o s t u d o $ i s t < : r A t l c i .

d39 p ~ 3 : ; ~:: t l v 2 3 , hnu~ind3 dstatut ,a OSP. ,~ . lriiu ti 1s i n d f i ?n?3

q u c ,stzl;l:loqrzrn p:trr, q s t c s , s?b 3 i n f l u 8 n o ~ : t d~ c i i r c i t J p 6 b l i a o d

ILI

,-I . n.:j"l'n i n c s n , ? . ~ t % v d i o porn :.. .ndr : t l c c 1% 1s c?itnlnl:s r ? q ~ ~ U T ? -

Page 63: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

qu:..l s i 7 - n i f l p n - o n n t . u r n l do $ c t , e r ~ i n - l c l ~ ; t o r r t z . "as ~a l n d o -

?!: no :idrt,, 2 ~ - c:-c, ' :5trbtut ,3 ! l i t l c 3 , S i v i l :: S r i m i n ; i l 8 3 s I n -

" "~r': 35 cfcit 1s c'.d ?r8>sc:ntc: 3 s t ~ 1 , t u t 3 , S ~ O p o n ~ i r 1 ~ 3 r , ~ r ? ~ ~ i n -

, I S g3vcrn3s $.z3 c jl ; Y I ~ . : Y 0 3rn?ete ctof inir, (:TI c?,Pnlom:l l oc i s - d

#"

1 !t,iv ,, .::: p . ~ n d i q ILS G S ) ~ c i : ~ i s :uo d u v e a s .rr . :cter iz;zr 3s i n d i v f -

Page 64: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

w

:st,-: 8 . i ~ ; ) 3 s l p h i ?-.3ntpw, " ,ni v o n , s , r1. ,is r r i t ;ri?s ~u i n d i - .,

.., 02s 7. c ' . ~ f o r s n o i a ~ n ~ c n t r c : lnc'it:i:n'ls c n;) i n d i ; n n * t s - a

rnqn, c n - 1 ~ 1 t u r ;. 0 ~ n c ? ~ i , .;n ', : - , ~ s ~ n , t ~ c l , : o i n d ~ v l c l u J d i ~ r n q : ~ n c - p r . ~ ou do-

" #

I:., ? >sp t>nc lcn tc , P u j : ~ c u l t u r - , nzo c rlc a116r: :L C i e s t : ~ e . ~ - l 2 dl :ntro

r'. 1s i i ~ S U ~ L rt:qt:.

..l,:m - c l ~ n s o , h; GTI PIC.:.:= c 3 l j n l n c 7 . i p l ~ ; n : ~ s que r :gul,l ,al-:nt*~m

, t,, p r c c .,lt ., quc 2 i z ~ r n 3 quc: clr:vc fionsj.de r sr-se ~ 3 7 2 ~ '1v:~nq0

C

[:I; r ? t . ~ l t u r a n.33 2lornon-L ~s cla r:lq;L nzdr:L (p:tr:t n n a scr ,?n r c n u t n -

,? -, 0 ' . . - I , , 117c?~igonns ) .

:;a icr;:l, C X L ~ ~ ~ - C , ~ q u 3 ; - : i?>;~in t r~lc~r, 'lz2r ct c s p r e v o r :I, l i n -

i;urt ,ir_)rt,l~i U,?SZ, q1.13 t xorq?.m 2r;lfissZ I dc q u o , > . u f i r a a r o n d i ~ o n t ~ s ,

G qu, , tl:m3nstrom tctr , ;m-s; : , j < d ~ s z r r i ? i p n d , ~ i!:t " u l t u r a o c1:r a o n t a -

lir?.-,do p r 6 ? r f : ~ s ~1.1s n l ; o l s > s s o p i n i s n. q u 3 w r t e n o i n n - ( v , : r n s t u

<>-n 11 , . , I , P3rtu: . t . . l G o D f r o i t : , S o l o n i > ~ l ~ n t ~ : r n i l c i o n n l " n. 2 1 9 \

d

0 D c o r ~ t o ,554C1 clz 22 de J n n c i r ~ dr: 1 9 6 q u c p3s em cx :cu- w

7 0 p;>.m ' r s csl5ni::s n n~tEri:; c'? : ~ n c i r L n & n . porn ,I :-:ntCr t6 r a - - 1 ~ t 5 . v : ~ -,o r . : ~ s z ~ n t o , r 2 5 l o (1.0 a r t . 2 c : I n r , , d r e n t ; ~ n l < $ ~ do novo:

11 . . . Pnr:? os i>f , : i tos do p r o s c n t ~ d i p 1 ~rhz s;*t.? p ~ns l c ' o rac13s

i n d f , o n a s j s i n ~ l i v i ? - u .I., ~ I I ~ S n;bs C O ~ ; Y I ~ : L S dc, L:fr i~c~ C: T i n ~ r

C

dstc2jnm c ~ n - ) r ~ c n c l l d o s nou r t o f l n l q a o d-, a r t . 2 O ( ' J cJ > c . nQ 16473

LIC 6 6.c Fcvcra&ri, 6 3 1320 ( J s t ~ ~ t u t 3 1 ' 3 l i t i c 3 , Z l v i l , T r i n f n : ~ l

dog 1nc7.f. dnc>:o), ( : 1s c 1 t i ? l >n:l.s q u c :n C : L ~ ; L c > l $ n i n o rcgn1::ncn-

t,:r(:a" . D::qui ., : : p l ~ ~ - : r - s : , , " r i t s r i ~ i n d i " : ~ i t , n 3 F s t n t u t o ; iar2 i\

L # 6

, j z f l n l q Z ~ Go 1 n d ' l l . s n . . , n n ? s . ~ as cs l6n fn : : n J r n l c f iont :cn~>lzr lns

r , ~ ~ . c t,:nbbrn :: T i m 3 r . l i s , j; (3 - . v a r - : n ) s -,fii:int.d, (>st? "71$ni;l

d p ? n s i d , > r n d n ? o l a Cc.rtn 0 r$8n icn I ~ J SIJ jt3it;t n? reci"flr: c?o i n -

Page 65: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

D : s t l : a;c:3 n \ :-: Int'ln, ;;I:~c.nu r: ,2:~h.) Vt:piii: c s t z I f . ~ r : ~ ~ ' ~ 3 r e -

isilnc: r?.o incll,:on:~,.l;,.>, p r ~ r t i n r l ~ . , d , ~ coq?cit;, 1og;:l dc incl.it:onn quo

-, 9osdc sornpre 3c n:L.j p?(?.e c?.cixnr 60 rrtp ) n k o ? e r q u 3 n 1s O n -

" noi r : : c ' ~ ) v i v c r , Inostnr, n s u n c r v i l i z I G < I ,: :L suz p u l t u r : ~ , r l u ~ na')

4

Page 66: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

- t,r~:i;:~,~ de .3 S ~ n p r ~ n h i ~ s ,In, ~ : s t A t ~ c s s ds I ~ q ; ~ , n b l q u c s do l\Tlassa.

C Ddn. 1.7G:" C?O :;O (;-I> ; I rs ia dc 19::7 t j rn ~u c x t c n s i v 3 i z q u c l a

> s t ; ~ . t u t J ? o s i n d i , o n z s drz ~,uln; c: (11s tl:rrit ;ri 1s C ~ C I ) q * t T I b i q u ~

u

st)l? nu a ~ l - n i i 7 1 s t r Z ~ I O - J ('.::s 2311p2nh1:~s.

F:~ss;~(' ' .)s n , 1 7 ~ ~ , .lr xur IU i:1?.13(jr~r-~~ un : s t ~ , t u t 3 ,- 3n basc

no cis 1926 pc:ra as ~ 1 ; n l . x ~ d L ~ u r n j , ,,ni;.al:~ 3 11 ~ q z n h i q u o .

JI: n s s f r 2 2 s t n t u t m p d l i t l c 3 , S i v i l o 2 r i n i n : t l d s a

11 1 n d i ; e n ~ ~ s . p r ~ ~ n d c , 3 2 1 0 Dcc. l b 4 7 . s do b 0.: F 3 v o r ~ i r 3 i r : 1929,

qu,: : : t~n< .? n c t u n l n ~ n t e J ~ i l ) l , l n : ~ v i , , r r l n t t j n , s t . . .nC,t<ri.t.

P ~ r t .nt J , 0 ;i:st?t ~t , no \nt rnv-?-sc; j 6 ern v l , )r q u in?? ( 7 3 - d

- lul? l ln?"q<" > c1.1 ,L?t 3 11 ,Pi ~ 1 ,

0 rolr : t , ; r l r , c7 DGO, 1647-' ~ 1 . 1 ~ - n ,s q u t t i s :)j q r i n . l i 3 1 3 s f u n -

n o s L

n j l i s cl 3s ~ n i l i , o n 2 s cu j r t u t c : ~ . : c s t : ~ i > ~ ~ f i n r ~ ; ~ , t! q~ 3 8 2 3 i e u i h i s *

L

,.JL r' :S G U ~ ~ ; ) I : U S , C. 1 % ~ 3.4t; f l x n i : n n t I,.:, islL:;qn 3 c 2 l : ) n ~ a l po r -

Page 67: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

o s a d i a n t a 4 n e n t o s d e s e j X v e f s d e n t , r o rlos p r 6 p r i o s qul tdros da s u e .,

c i v i l i z a q ~ o r u d i n o n t l.r, de form& q u e se faqa gradua l . r l en t e e corll

su t lv idade a t r ; t l ~ s f o r ~;.LQ~?o do8 scus us03 e C O S ~ U ' I ~ C S , n v a l o r i z a - .,

?go da s u u n o t l v i ~ i a d o o a s u n tn t e t ; r ac ;2o n o o r ; . a n i s q o r? n s v i d a -

Um tsl sisteaa, j u s t o , p r l~ t i ?s e o f l i a z , o n v o l v s o r e u p e i -

to ~ C S S O S M C B ~ O S usos e aos tu lnos , c n t u d o o q u e n z o r o l i d u com

o s d i r e i t o s i n d i v i ( ~ u n i s : d e l ibc?rdadc c de ex3ts tgr rn in , peril o s

p r i n r . i p i o s d : ~ huannidsc lc c coln n suber r in ia , dc P o r t u g a l . Daqui

r e ~ u l f ~ r a l & E : i c : ~ n o n t c , i m p o r t a n t e s c o n s e q u 8 n c i s s , que r , :o rosentam

Enoontran-st: ., a q u i d o i s p r i n c f o i o s fund tzncn t : t i s : o r ) r i ~ z i -

r o 6 o r s o o n h c l n e n t o de quo o s i n d i c o n c ~ s a o q o h o n c n s quo

rc:; r ~ z o ~ a l s c l e g ~ , i s d.2 tra1;lalho o de uperfo iqou?lev l to ; J s,:, u n - - do, :, o do d c v o r quc t c m a p o t 6 n c i t ~ c o l o n i z a d o r a dc f n ~ i l f t ~ ~ r

~10:: i n d i r 3n::3, c l cn t ro d o s a c u s ~ r 6 n r f 4 o s qu :~droo , unn, c?vo luq~o

dc lnnncl ra a i n t u C r & - 1 o s numa c i v i l i z a q z o quc n6s s n t o n d : a o s

superior. ',!as diz-sc w ~ i s - o s s a (?vo'luc;$o ciov,; fnzo r - sc , p c l o 4

r o s p c i t o dos s c u s \ison (3 c o s t u n c s s o n d ~ s t r u i r o r o s p c i t o q u a s o

: lne i :o t rn l quo os ~ n d i ~ * c n a s nr~ntSm a n r n corn c c r t n s n o r n n s f u n -

S o n t i n u n o ~ c l . : t t 6 r i o :

"i\!zo si: ntril:u:r:.n n o s indii:i:nt~3 p o r f a l t a do signif ic : tdo 2

i?~:&tico, o s c l i r , : i t o s rol . : .a ionados corn su n Q s s n s ~ n s t i t ~ u i q ? x s .,

c o n s t i t u a i o n a , i s , >lt"lo oub~n&cr;log a r;u:t v f d : ~ i n d i v f t l u : . ~ l , c10.n~~ s-

t , i c : ~ o p ; l ~ l i ~ a , sc a s s i n p o r q i t i d , diz,:r, ?is noss:-s l . ; i s - po -

Page 68: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

I c p c n a i s , .;* r l cssu orgnnlza,q:o jud ic16 , r i a , ( ~ 2 p c l o - s e 0 p r i n c l -

para ~ l c s u l w u o r d c a . j u r f d i c a pr6pri:i d o , ? s t a d o d a s suas f d c u l -

d a d c o , da, sua ,nontt.,llclndz dc: pr l i rn l t fvos , d o s seus s83ntir l lontos,

da surz vida, so,n p14u. c i n d i r n o u dc 3s ir r h a m ~ n d o p o r t3d :~S aS 4

foi)mas c o n v ~ ! n i o n t c : s ?L cli:vaqZCa, c:~?:i v e z n a i o r , d o serl n i v c l d

do c x i s t h n q l , ~ " .

, ~ s c n l s o f i n l c ~ :>or oncl,: 33 acq:za t,udo (3 todos. .,

1 ~ 1 : ; a d l a n t c , mnndn-sc p r o c c d o r ?, c o d i f i o a g , ; ~ dos us08 e

CoStUrllcs do:; indict -as, E a prop6slt,, diz -3~: ;

11 7 7 C

~513, nno podc s c r uma s6 p : ~ r : ~ C : L ~ , L ~o l :1n i : , , D O P scrt?m n l n s u

M

d i f , : r c n t :s om grand(: o:zrt,c, conforn, : as r : ;g ig :s , :L i"itF:i, :t t r i - - d - 4

b u , :LS ~qflujncias L: c o n t n , o t o porn 1s ouropcu; : o u t r a s c i r c u n s -

t $,no ins,

~ : L V :r6, p $ r - LTXC), t n n t a s c o c i i f i ~ : ~ q ~ ~ ~ s quunt , t s for(:? p r c -

g r a n d o v a l o r . 0 Z o n t r o d c E s t u d o s cltt ~ u i l i ; p u b l i c o u v & r i n s - nlo-

n o g r a f ias dc algtlanas tlas 13 t r i l ? o s d:t n o l b n i a , n o n o F ; r r ~ f i 2 , s ., *

chs ias d,: l n - 0 2 c s : ; s o a q u c s~ ;2odo v o r coao 3s usos c costumes d - d

:is c o n ~ c p q & s j u r i d i c a s , v u r i n m d d': , - rupo p:tr;z C. rupo .

~ i n c l n :L rc::p;:lto dc c o d i f i c : i q % ~ d~:. u s o s ? . o s t u n 2 s n o t a

paril r d g u l : ~ r , d ? urn mod0 g c r n l , a s r o l n g E o s d c d i r o i t o c i v i l

1:ntrc u u i r ~ c l i ~ u n n s . f o s t n forrna, - izt1:ni i~-s ;, p o r u a l a d o ,

Page 69: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

c d l 6 n l n , o , p o r t a n t o , a o i n c o n v c n l ~ n t ~ ? q u o r c s u l t u r i a de s e

i n p o d i r - 2" n c ~ t u r a l ovo luqzo :il.o d i r 3 i t o p p i - ~ a d o dos i n d i p e n a s ,

c r i s t r t l i z a n d o crn rcgr22s dc ctl,rhr.t(:r i n p . s r n t l v ~ " . . - *

P o r t a n t o , n e s t n s n o d l f i r n < 6 u n n;o sa d e v o \ o r a n reopupn-

$50 di: ir at6 n o s C X ~ F L ' X J S l i r n i t c s , q u : ~ n d o o q u c so p r c t o n d c 6

a x a o t : ~ a c n t c t o r n s r f l u i d o o d i r l c i t o d o s i n d i g e n a s para q u 2 l h e *

quc d$ m i s o c s p i r l t ~ do q u c o, rnat;riai, do sou dir1: i to .

c) 0 Dcc, clc 1~-XI-1896 que c s t :nd,: o 2Sdit70 C i v i l

;S ? r o v i v c i a s u l t r r ~ m n r i n : t s , ,~spc~ialmont:: .):irt. 40

J$ vim03 q u ~ ngo d dc 1 9 2 6 ou at& do 1914 que da t a ,z 1-oris-

la$<& quc &nand: r 3 s p e i t a r a s l o i s . 1oc:tis. ~nl6,rnos d o Dl:r.. do 18

dc: M~vcmbro di: 1869 qua' tmrnn, o c ;dl[ o 2 f ~ l i l ox t : n s i v o j s Dro-

2 oonhc ' l idn n po3-;mioa q u c , n;x . d o t r ; f ~ o l ~ , l e v n n t o u a p : ~ r t e

clo ~;cl i ; ,o C l v i l r e l r . t i v r , a o o 9 s s n d n t a . +, sol,uq<<o rz qy : ac: C ~ U -

I.'

i: c a s 2 m n t o c i v i l - pzra o s n a , ~ e r - ~ t . ; l i x s , . -

\'in ,,,,, c r i s t o cil:> h:: 1 , l s t r 6 ~ ~ l o . nT,i,s 2 o l h n i a s , s a , . u n d ~ s q u o l n dl;-;-

Page 70: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

"

a f e i t o s c i v i s ,

0 a r t . c3 do w s n o diplom:: r c f? r : : - sc I I ~ )s ( 3 costr iacs

dos p o v o ~ n r ~ t i v i s :

" ~ c s d c qui: pr1ncipi ; : r v i ~ o r , ~ r o 7 A c l i i i , d S i v i l , f i m r & r e -

voi:~c?:l, t o d n :: 1 c p ~ s l n q ~ Z o n n t c r i o r , qu\ ; r-;ci~ir ncLs n : ~ t d r i t ~ s c i -

: \) V\~c7. Incli.>,, is u s o s e o ~ s t u m 3 s d:zs n a v n s C ~ ~ ~ U I L S ~ : I . S 1: 0s ., *

dc ~:vn<<o c (12 D h , ~ o l i y i c l o s nos r 3 s p c c t l v o s c < d i g 9 s a no quo .a

sc: nao o p u s c r a,jr,zl ou ?I a r d c a p ;b l lq t~ ' ' . a

E s t c s u s ~ s c: c)sturni .s dn I n d i a ,350 do oonsid1:rnr n o r q u e -

r 1 ~ ' s t : ~ n o s s n co1;nin przclorninn p a p u l a q ; , ~ n . ; s nrist:.

: I ~ t ~ ; - s c como nr:st,c a r t l g ~ s o f . ~ z j 4 lla:~ r ~ s t r i q E o n u s d n - - <

I1 f lontrAa3s e n dlnl ,;na:i r c o o n t c s - n.n q u : 2 : n g > opuscr .L ~ l o r a l

o n t r c ales.

c l ) Ma urn-:, 3s u s o s o c o s t u n o s d?s gi3nti'lB d c n i a i n n ~ J ~ s .*

" i . r l ~ n : t ::;'I ( ~ r z a g. , r l : ; tn~s) n a s q u :st 30s o n t r o 010s.

1 . ) ZTI , i l - ~ q ~ : ~ ~ ' ~ i c ~ u o , o s u s o s o ~ a s t u ~ c s dos l ~ ~ u c a n r t s , b . ~ t i ? ~ s ,

'1,~r:: s, ( r a e l l p - i z ~ clc Z ~ r o a s t r o ) m j u r JS, ~ e n t i o s c inbl ikon: ts nzs Y

q u U u t ~ o s c n t r ~ "1,s. Y $ 28 113s fl:~bos o n qu,: ::s p n r t o s , ,us q u : a i s . p r \ v o i t r i r :L

.,

cxnrj3pzo d~ $ 1'2, opt2rl;rn de c s n u z a c o r d , n.,l.;l .3,:3111 LF;? c(:-

?iii o C ~ v i l , SOP; i ~ t ~ : A ? ~ ~ C C , C ~ O .

3 s . 0 s g ~ ~ ( ; r ~ i s d 3 ~ ~ ~ clns ?r 2v inc i : ~ s l i l t , r3~1: t r1nzs ' ~ l n r l r l ' ~ r %

i m : d i n t n q n n t o p e r p sr n , i o 20 D R S S O ~ ~ S r- -)nni?t,ontt?s h ~ s f l i -

Page 71: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

d Ja nqu i s c ; ~rd::n::v:s :-L cgCilfic:lqz.) d o s usos (3 c o s t u l l e s .

b ) f n d l , : : O Dsc. clc -- l b - Y I I - 1 8 8 0 r c l n t i v o aos u s o v (: L -

~ 3 3 t u r n s s ____._ dos hlnd6s - : '19s d :nn i s p , r ~ p 3 s p3p1~1:iciq-

Fa p o p u l s ( ; < ~ da f n d i n p ~ r t u p u , , s : t os d a i s p r i n q i p n i s pru-

Gctrc..lmontc confunc'dm-si: h f n d 6 s T o r n i n c ' i n n o s , o quc nr<o u

o s t & + o r t o , 41n(ll;s, s n 0 3s q u e p r 3 f : s s a m 'L r c l i g i q 3 h l n d 6 ; in-

i, ~ o n c i l l n q ~ ~ , ) dn v i i ; 6 n c i n do ~ j d l ~ ~ Civil e dos c o s t u ~ ~ o s

c'c D,,zcml3ro di: ISNO, c l . ~ p l o m ~ L:stc n n o n t a d , ~ n a i obra do Dr. S u -

qut? :IS l o i s d o r c i n o r a c 2 0 n h ~ c c m n2 o n s a ~ i : n t o c n t j l i c o c no uso <

c r i t o .

Page 72: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

l i t c n o s .

t, 2 r l o r lsito 30 :no,, ?xnpl i : tos ; o t :nda r n , : r ~ ~ r id:td?, nass:zdos

ctez n n 3 s dcp ,is (1: Gltlm-L ,;o:;t:,qZ~". u

Z s t c s prnzs:: p x ' b n parl=c,r l n u i t o q u r t 1s n a s n? 1 9 s : ~ o - so a

p o n s n r a x ( I U : J p:vc, 1 , n t o nn f n ( ' i 2 L, r :nl~z;? nu it^ c ~ d o , pc rca

(:3~ t r c z ~ 'n IS,

L .*

(16s , k r i t i ~ s 1'0 q u , ~ l q u 3 r cast:\ t o m z r urn n,ctzmtlv:, earn? c o a as d

r I:, " 6 ?or311 cr:-.dn prlr.t t 1d53 J S ; f t : i t ~ s j : l d i r , i r i i s 3 4

v i , 3 i or : i i r 1nd6 s

; - c ; n t l o s (:a uin c , , u t r o 3 ~ x 2 , q u o h .~b i t , s rn ;I nt3ca.t *,LS ,; v i v c ~ m

Page 73: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

,- a l n s n o ~ Q U sc.::tc:, ~ 2 - 3 c.n , x c l u s l v n a ~ a p e t 6 n c i : ~ do r e s ~ i ? c t l v n p r o -

$ 6 n l a o : 0s p3i- flds P; l , l lc 3s i n t o r v i ~ : ? ? g , e n t n i s a c t a s ,

v i s ou rc.llgiosc:s &,:ht,ro C ~ I . V O ~ S : ~ S c : ~ s ~ ( L s .

II w

0 ar t . 29 r c f c m - L O . j X :L t?ut,rcns , p u p ,:: n8l3 c r l s t , ~ ~ ,s, , I :..n

.. - (:nti:)s, po~tcr?~: , ol :s~=rvr~r o l h c s sz I ,L , I i-!bvois (5s C ~ ~ S ~ \ > S ~ C Z ~ : S

LI r o l i p i 3 s : ) s o i g u ~ ~ l n ,,-I,(: Ih,:s S : ~ O P ;SS:L'~V:I . ( '~S 3 s SOUS U S ~ S n r i -

v a t i v 3 s n3 q u e SO n z o o p u s o r :, rncril ail A arC?.,>?l n 6 b l i n : ~ " . *

R c s p c i t n n - a ( , t : :nl?dn :-L ~ s t c s g r u p ~ s 3 ; S G U S U L I S (3 c j s t u -

Doc, clo l ( i - > ' ~ - 1 : ; ( , p ,

Page 74: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

d0.S U S O S 6 costumes dos o h ~ n s r e s i d o n t e s e n \!annu. Respsit:i,- - v:."rn-sc a i n d : ~ , n o nesmo d i p l o m a , u s o s e d o s t u n s s de 3 h i n s n a t b -

no t o s t a m e n t o , ao nasaachto, a t e . "

0 a r t , 29 dava ~ f 9 i t 0 8 c i v i s ao n ; ~ s a n e n t o c e l ~ b r s d o s n t r ' :

a ? i n s , ~ e g u n d o r i t o da s u n r e l i g i g o . *

CIIS p o ~ i q 5 e s d c s t e dor?reto ngo se a p l icav;lm, por:n, :z d

c h i n s c : t t , 6 l i coo , d e s d o quc: c o n t r : i r i s s 5 s l o i s do nal;an<;nto "::-

Mas, desd,.? 1909, [ ; r :~ndcs acon t e c i n o n t o s y e deram na Z h i n a , -

passou a g o z n r dos mesrnos d i r o i t o s q u o o hornurn.

Todcl c s t a altcrrzqzo do n n l ~ ~ c n t c d i ~ C h i n a , tonou o b s o l c t o *

c s t o d o c r o t o riuc y r c s c r c v i u o r c s p o i t o ., p o l o s a n t l g o s u s o s o c o s -

tumos. ~ s s i m :L SSmnrn Chinosa dc 'lacczu p c d i u o r ~ v ~ ~ a ~ ~ o clo d i -

ploma, podido n q u ~ foi dada ~ ~ t i s f n q z o o o l o Doc,. T,. : ~ L ? Q ~ d::

24 do J u l h a dc 1948 4112 78s dc; pc~r t t : o D(:p. iii3 1909. 4

Ustc d o c r c t o d i s p 6 c q u c o s rc7inosf .u n : t t u r : ~ i s dr: ":larnu, o u c d

rig0 forcm po r tu i ; uc sc s :lo n a c i o n a l i d n d o , ( r t s t ; ? s c:;t:zo su j , , i t a s

&S l c i s c i v i s yort,ugut::sas) c 131,'n , ~ u s i r n o:, i n d i v i d u o s c12 n n c i o - -

nslidadc e h l n c s : , , f l c z l n s u j o l t o s is leis r i v i s r h i v c s a s r jn? t u -

d o o y u c sc r o f d r c ., no - d i r ~ i t o d~ tnailia o suficss6os (:~rt. 1 ~ ~ 2 ) .

" t c o l 6 n i a do p o ~ u l n $ g o nat i v n n:i.i, ind1pon: l . .

Page 75: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Em Cabo 7Jerbe n<?o se pEe t tctualr?~;:nte problertlcl, a l g u ~ qunnto 8

Usos e c o s t u n e s l o c a i s ,

A n t o s de 1945 punha-se e a d6vidn sr; vzo dqver ia se r - lpe 29li-

cad0 o Z n t a t u t o d o s fndigenas,

Tlas a Tar tn ~ ' r g s n i c z v e i o . s s t ~ b o l . s c s r qr,r l .~t6ri%?rtnte , .l6 0 vLnos, quc :t c o l h n i a de pnbo Vcrde sc rcge apentts p e l t i s lnis a e b ~ e - politannc, sem regirnc do indigsnato c aom r c s p c i t o p o r usoh 2 cos- turns loca,is ,

Dissemos qu? o conco i to dc ind feeno . do art , 2 Q d o E a t a t u t o

c r a par& so n p l i c a r 5s c o l h n i a s dc i r ld igcnnto : Angola, 7iIoc;:~rtlbi-

q u o c ~ u i n 5 , !:.stcndondo-so a suix d o u t r i n a a Tinor. Vns e o s a c x -

t o n 8 5 0 dcvz -sc f a z c r t a m b j m a 5. ~ o r n d , ngo porquct r~ sun p o p u l ~ g g o

r lz t iva u o j n c o n s i c i c r s d a ,&stado dc i n d l g o n r z t o , rrltts porqu t . n z ~ ,

col6nias por tugu5sa3 do h f r ~ c a c ~ U C do a n c o n t r u a nn s i t u n q z o l o -

g a l dc i n d f g o n a s : om r c l aqzo n z s t o s , POLS, o ' T s t n t u t o t e n ris s:: a-

a ) 0 p r i n c i p i o do auc o - i n d i p o n a , COTO h371r?m, n o s s u i

o s C i r o i t o s n s t u r n i : ; corn o s c o r r o l a t i v o s dcv-- : rcs

do Solidariddado social,

b ) 0 p r i n c i p i o do quo d c v o n r c s p + ? i t , : ~ r - s c 0:; q u ~ ~ d r o s

morzis - e s o c l ~ i s o x l ~ t z v t c s - - nss p o p u l a q ~ : ~ ~ f n c l i -

ponas, e v l t a n a o unn d o s t r i b n l i z n ~ ~ o r s p :nt i n n .

~ ~ r i n c f p i o do q u o sc dovom, por t a , p t s , : ; p c i t z r

05 Usos c c o s t u a c s i r d i v i d u a l s , d o n , ; s t l ~ o e c so -

o o n c o i t o s do moral n a t u r a l o d o '-I; I . l i i ; : : - * ~con

o ox~rcicio da s o b c r n n i u por tuguosa .

d ) 0 p r i n c i p i o Go quc sc d c v o p r - r~~ ; - - . r f e ~ . z . y r --- : ~ ~ o l u i r

Page 76: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

b l l c c c p ~ i v 2 ~ d o por't,uKi~&.

0 E s t a t u t o oCupa-si: fundni1t:ntnl a ? , ? t c : (lo; d f r , : i t o o (s clc l.':r.:s

d b s inc? igcnas Srn Cc,r,-l, d o s d l r o l t 3s c i v i s c po l f t l c ~ I: do d i r t : i -

t o c r i a i n a l .

0 l c g i v l a d o r c n t o n C , ~ u quo ; > 2 r i a ridicule, 3onGo n . : r T L p , 3 s o , d f f

n o s i n d i g c n a s os ;flcsrnos C - i r c i t o u o u t o r g i ~ d o s , ~ o s cidiid$<od .,

da " n e t r 6 p o ~ c , nas ontL?ndzu t:.~rrzb;rn qut: nno so n o d i a c l f : i x ; ~ r d o r cco -

n h o o c r o s d i r c i t o s n a t u m i s i n o r c n t , c s ;i, condigc<o huaan: .~. 6 o quc

s c v6 n a l c i t u r a d o c r t . 7:;

"A ~ c p 6 l s l i c a P o r t u g u c s n g a r u n t c .L todos o s i n d i g 3 n a s o s di-

r c i t o s c o n c o r r c n t c s l lbord,;dc, s c g u r r t n q a i n d l v l d u t ~ l :3 p r o p r l t : - ddi ; , :. d~fz$n dns ~ ~ 8 , s p 3 s s 0 s ~ c p r o p r i o d a d c s , s i ~ b ; , u l u r l 2 s ou c o b

l ~ c t i v c s , :u a s s i s t $ n c l a p c b l i o n c l i b e r d a d c do s>>u t , r nba lho . . , )I

. .

.:as c u m u l c t i v a l c n t c c o n c s t a afirmc;Xo d o d i r b i t o s , e n u n c i : ~ -

as\: o p r i n c T p i o dc quo os i n d i g c n a s t6-n clevor . is s o c i a i s pnr:i. c o n

a comunida6c nacionc.1 e ct6 para corn a i n t a r n : ~ c i o n : a l .

P r o s o c g u c o ~ r t , +:s:

", , . O ~ ~ o m o v c , p o r t o d o s os rncios, o c u ~ ~ r l n o n t o s (30s s l > u u

d c v o r c s con6.u ccr? tco 3.0 ~ o l h o r n n z ~ n t o dns c o n d i q 6 c s wtoriais '12 .no-

r n i s dn s u n v i d a , s o c l e s i snvo lv i~nen to das s u a s : a p t i d z c s o f acu ' ld :~d

..# d c s n a t u r n i s c , (30 u?ln !nano i ru g e r n l , k :,u:: 1ns t ruc ; r io a p r j e : r t ? s s o ,

para a t r a n s f o r n ~ g z o g r a d u a l d o s s c u s u s o s c co~,tu-rl..:s p r i v - ~ t i v o g d v n l o r i z a q ~ o dn s u z c c t i v i d a d c c s u s i n t o g r - ~ q t i , o nn v i d n dn co l ;n in ,

dc modo c c o n s t i t u l r o n u a o1cat :nto cssanci : ; l . ?!a :sun n d m i n i s t r n q ~ o " ,

Yo c c p i t u l o 60s d l r c i t o s politicos, d i z o art. G o :

" 0 2s tado c s s c g u r a o bom f u n c i o n : i - n a n t ~ :: progr l : s s ivo %&&el.-

q , x r n e n t o Gas i n a t i t u i q b c s p o l i t i c a s d , ~ s i n d i g o n a s c n : ~ n t 5-n a s nu-

t oric'.:;;'.~ :; gc: : t i l i c : i , s , con0 ta.1 r c c o n h . > c i d n s p ~ l a s 3ricl:iclis ;14-

:ni:ii st r~!t iv;;sl ' .

Page 77: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

I s t o d&-nos azo c f o r m u l n r m c \ i s tc88 p r i n c i p i o s f u n d n n e n t n i s :

P o r un. l a d o , o s q u n d r o s rrlornis o b o c ~ t ~ i s o x i s t c n t o s n:-t co-

munid3do incliel;nn, d ~ v o a s o r m 2 n t i d 3 s , J G ~ o q u a 1 ,3183 sc s ~ n t l r i -

0 s quc. c o n h c c ~ ~ n bcm o s nrobl .~?l- :~e s o c i a l s d:is c o l 6 n i a s a f r i -

c a n a s ; sabcrn quo n s i t u i zqzo 60 i n d i g c n ( ~ c los loc :~do do seu m i o

t r ~ ~ d i c i o n a l , s inc!.iggen d o s t r i b ; i l i z a d o , 6 t n l que c.-1 q u & s l a n - - p r s nu d l - ; l inquSncin ou nn l aucu r - : , c pS1;3sa u s c r m o t i v ~ dc v i g i -

l i i n c i : ~ p a l i c i a l . 0 s q u r d r o s s o c i a i s D r 6 P r i o ~ dns popu lapdos ind.f -

g c n s s d -von s c r asn t iC .os , o c o s e l 0 3 - ( 2 ~ p r i n c i P i a ) - r e s p t > i t a -

doc os usos c C O L ~ U ~ C S ~ ~ n c c s t r i ~ i s , c n q u u n t o n5o t r a n s p u z c r s r n as

f r o n t o i r n s i a p o s t n s p ~ i o a n o s s o s p r l n c i p i o s c ~ n c z i t o : ; o r i e n t % -

d o r e s d a a o r z l o do Cilroit ,o n n t u r : ~ l , = n,<o o b s t i w s n :LO f :xc:rc ic io

da s o b c r n n i a p o r t u g u o s , t ,

P o r o u t r o l a d o , c d i - l o o a r t , f Q , 0 E ~ u t a d 2 s s s z g u r z o p r o -

g r o s s i v o z p c r f ~ 1 q o a r n : n t o d n s i n s t i t u i p j ( : s i ~ ~ i ~ s n : ~ s : p r o c u r 1, : l u z dos q r i n c i p i o ~ i ~ : f o r n ? ~ d w : : s do n o s s o B i r o l t , , u n l c n t o n p c r -

f21poa.nent0, urn d c s o ~ - l v o l v i ~ c n t o ncczso6 , r l u~non to dernorcdo mas cons -

44 - 3 s t n t i l t o p o l i t i c o d o s indigt:n,! .s , - a) 0 s i n d i ~ - . n n s nao t$m d i r a i t , o : j P o l f t l c o u .-- ri:l ~ t i v o s -

a i n c t i t u i $ g o do c n r & c t J c r - _ - curop82u st. z r t . 7~ ) .

b ) :Iatlt$n-;,: a3 1 n ~ t i t u i q ; e s p ~ l i t l c n s - t r i b i t i s (3 as

n u t o r i d n d c s g o n t i l i c r t s . ( t . - a r t . 6 Q 1. I V l m x j$ q u ~ p c l o a r t , G Q d o E s t n t u t o o s i n d l g c n n s devcm per-

rn:l,n%;c-r i n t o g r a d o u n o s s z u s q u a d r o s c ~ n s u c t u d i n : ~ r i o s , ~ f ; n d o n n n t i -

dz.3 ?.:> :;uc'l:; i n s t i t u i q g c s p o l i t i c c s ; rn2s h& q u s n o t : ~ r ;:indt?v, q u a ,

p - r f':)rq::. do a r t , 7 3 o s s c u s d i r ~ i t o s p o l i t l o o s <;st:> 1 . in i t ndou . U L

A l e i nao o s conccc?c c n v i s t a As i n s t i t , u i q o e u po l . i t i cn : ; n n s c i d n s

do nado dc: vidt: ou ropcu . I s t o po rquc . j , r : r i~~ i r r i u h r i o d . n r - l h z s , p o r

Page 78: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

cxcaplo , o r i i r c i t o de v o t o , c o n s l d o r ~ , - l ~ ; t l t u l a r o s de u na sobe-

,.8 r a n 1 2 ncclonl.21 quf: nod$-> roinprecndon, n?o : i , : r ~ t ~ n , n o n ;tprr;cl?n. 5

o quo r c s u l t : ~ do n r t . 7 9 :

,w

" N ~ D scrizo c o n c c d i d o s n o s i n d i @ e T ~ n s dirr:-Lto:i p o l . i t i c ~ s ("1 .

r l o l n q g o a l n s t i t u i ~ c c s de c a r a c t o r c u r ~ p o u " ,

0') A s u t o r i d a d c ~ g c l ~ t i l i c j s s;o -- i ~ t ~ ~ i t d i ~ ~ --.--- n a h i u r a r -

q u i n Cia , z d m i n f s t r , z q ~ o c i v i l ~ r t u , i J , ? s ~ L --------- n u % sistem:r

dc"p;ovcrno d i r e c t o " ( R , A , U, a r t . 9 1 c s c q u i n t c s , e s - , - C - -*-1--- ----

pec la l -men tc o a r t , 95 ) . -

4) W e s p e i t o d o s u s o s ii cos tumes nes ta . ~ 8 t j r i . a ( R . A ~ ~ %

::rt, 94 $ Gnico , 96, 98, lo?-,- 1.04, $ 2 0 , 110, 13,Z)-.

P a r a o probl.cm::~ qus s o l c v n n t n q u a n t a ? ~ s r 5 l a q z o s do povo c3-

lon iznc io corn o c o l o n i z a d o r no t ~ c a n t c contluc;,<o dou indfeon!as,

a p a r o c c n - n o s fundnmcnta1:qcnte du:ts s o l u q 6 i . : ~ d i v e r s a s , D c ua lnd:,

o s i s t omn b r L t i i n l c o dc: : tdminis t rar ; ,?o i n d l r o c t . :~ , do o u t P O , c, s i s t :>-

m:~, de a d r n i n i s t r n q g o d i r e c t a , - A s o l u q a o i n g l o s s a s s o n t n , n a szp:~rnp:"to r i a c i a 2 , p o l s , r l izen

c l ~ ; s , nb o n c o n t r o dc ( ~ R S c u l t u r ; : ~ t o t : t l . n s n t . : d ifercntn, : . s6 h6 a

l,ial;:r.r yuc essas clua:: cul-tur:?,s 3c3 m a r t 3 n h a n d i s t l n t n s c s e j : ~ . r l vi-

z in l i r s s , bi:n ro lnc ion : ,das mas som n u n c : ~ so i n t c r p o n e t r n r i . , n . Ve.n o

t:urr,psu em A f r i c a tom a130 s l u c r i ~ r con a :~dopq'<q da u s o s l o v n i s

i ; n b o r ~ ~ u u c a c o n h c c c r L g c n t c corn qucm i i t i n , nai 3 p r o i b i q g o , s e q -

p y c : mora l e ? o r v c z c s l o q n l , d.as : ~ l i t ? ~ n r ; . i s ;::ntr-: a s dutzs r a q n s . A

cr.11tur:~ a f r i c c n n nEo clcv-. s o r abnladn r o p o n t i n t t n e n t i : p o l o c o n t a c t o

Con ;I cUT9p02, mas sirn l c n t a c c u i d n c l i t p u l i d a , pp2r f l? lqon-

C;L, p a r a quc: (1G urns c u l t u r n a f r i c n a dopur:~c-l:t. T,;:va-se : ~ ~ s i ' l l ;LS p?-

p u l n q o c s n n t i v a v c c r i a r , p o l o sou .?r6?~5.o ~ ~ s P o r q s , a p ~ ~ n n s njvdado,

u q a c i v i l i z a q z o vcre-sdcirs!nent o c f r f caqa .

Y!usta concepqgo P ~ t ' l ~ t i : - s ~ hem o i n d i v i d u n l i s q ~ ! , r j . t & n i c ~ ;

> 1n61Ss c o n t i n u a r A ,:m A f r i c a , cane sc nprt ; , -j :y:~?7-?.o o SOU T e n n i s ,

Page 79: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

bebondo o sou ch;, p r : ~ t l c a n d : , o s scus l ? ; ( zh~ tos r: olhr-tndo coma i :s-

? e c t n d o r o d c c o r r e r ?a v l d a dos n a t i v j s . P ; ~ r n r i ; s p : ; i t n r 1 1 t iu to-

n o x i z don povoa, o ing lc . . ; nzo d& . > r ? c n ~ d i r a c t n n 3 n t e 2 3 s i n d f g c ; -

nits ~ I Z S s i m c o s : ~ O U S c~;~; . 'c?s, :'.CIS r E g u 1 3 s . E S ~ C S 6 C J U 8 s;,> ' \ c~UC;Z-

dos e c n t c q u f z z d o s ~ 2 c l c 1 c u r o p e u , 1r5,o pnr:L a i n g l n t c r r a at,;, e s t u -

d a r c n c 0 1 6 ~ i . o ~ 9 r j p r i o s c d c p o i s v o l t n r j o ,pilr:l, n o suas t r i b u s e

tl::ntnr,:.j l c v a r , 2 pouco c pouco o s s e u v subc i l tos a a d o p t a r 3 ca-

ninho p o r e l o s ap rcnd ids ,

fi uina c o n c c p r ; ; ~ quo o .~i . lgl$s troux:-: dn f n d i ! ~ ~ n d d v i u UQI po- e v o om a d i a n t a d o cstado do c i v i l i z a q n o , sobcrrznos c o n u r n c u l t u r n

r n i l c n A ~ i a , ondc c l c s s c c s t a b c l c c c r a m n a i s cono num p r o t ; = c t o r , z d o

q u c nutnn c o l 6 n i n . I s s o mcsmo q u i s c r n n o s b r i t g n i c o s ' I cvnr p a r a

- , A f r i c a .

?Tn Africa p o r t u g u e s z V O ~ ~ ~ L C : \ B O S qui:: no per iqc to da ocup:sqZo

f -?-,:I o s g r n n d e s r;,gulos q u s sc r 2 v o l t , ~ r n ? l c o n t r ' t njs. 37 40qn~t-

b i q u c t i v c m o s onormss l u t n s corn o s p o t : 2 n t , : ~ d ~ ~ inc?fpcn:-to. h r o s po-

V ~ C ; l f V & t , U L 2 u ~ l ~ cxi st ia u\n:a vcrdadcira org:znizaqzo f ;.:~:3:tl c ~ a 1 ~ ~ 3 s

dc, vlzusalagorn o urn 1 :npa r : l . d~ : o Oungunher~a , s e n h o r c?~: i l - i i n i t n d o

poclorio. 0 sou poc3.or or?, tal qu3 c o n t : ~ ~ n t j n f o :2n::s no seu ri:la-

~ ' ; P L O " - i ~ ( i : : n b i q u c ' ~ , quc , c n c o n t r n n d o - s c o l 2 1173 l n t c r i o r dtz c o l 6 n l r t

i? q u c r ~ n d o f 3 t o g r : ~ f " ~ r urn r 6 p l o i n d i g o n a , <?st e s a n a u i t o c u s t o

sc ~ P C S ~ O U 3 t a l , tc3mzn63 que o Gungunhans, n i l h a r e s d,? 10guns no

S u l , l h e l o v a s s c a m n l tnl 2f irmnqEo ds ~ c r s t ~ n a l i d a d e !

Qur~ndo as aerws o o r t u g u c s a s vonco, ran O S Y ~ S p a t e n t : t d o s , h m v c

a prcacup :~qko d c d , : > s t r u f r s s u ~ , i n f l u G n c i a , s u b s t i t u i n c l o os rA- u

gula:, por p o r t u g u c s c . ~ q u c n f i r :nasscm As p , ~ p u t a i ; 3 e s , quo, c n none

d o Rci d;: P o r t u g a l , f i D r 2 v a n t ~ crnrn 913s qu.2 .ntl,r :vaa, t i n h a n n p l c -

' 3 i t u i 0 d o p a d c r , n c gul-;rrz c o ~ . n ~ nn jiudtlqtt .

0 3 ocquenos chofcs r u n c a f 2 r a m t r .~ t :~d '2s sitnzo c o a o s i q p l o s

, ~ o i - i t c s d n v ~ n t adz psc\tu;,l.~s s:=, '1,-:is t a r d o p r o c u r h n ~ s n p r o v e i t a r

Page 80: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

a a c t i v i d a d c dos chc:?,:js i n d i g e n a s , c dai ro su l tou q u o , p o l a Rofo?-

i n t 3gr;:dc s nos qur:c!??>s c )mo a u x l l ~ ~ ~ r c s d n : , ,d~i~lnis t rzq~"L cclvil n 7 t s ---- -----

dor , do grandc chore 1nCiFcna n qucln 3s r & j z u l ~ s os tavan llgados

p J r l s g o s dc vasualagorn. 0 Re1 do Congo, p a r i:xc37~?10, que n 3 V a -

t i c a n ~ f o i r o c c b i c ~ corn honras Gc r o i , q u a n d o e s t : ~ n > " ~ n g o v a l a. - t, ;jnlv;zdsr roccbcr orC.ons do sdu ad rn i : i i s t r ; r d~ r de c i r c u n s c r i q ~ ~ . . ,

Wa cauC!~i cl-tl h i ~ r : r ~ j ~ ~ i a :.,dninlstr:zt i v : ~ v n n po l s :~3 w t ~ ) r i d n d ~ ~

r )

- :!?ttlicas - rogcdora t i r 1 ~ i ~ 2 r r n ; , c1?ufss clo jPUpoS d(> pz~v~t lqc~os e .d

chores d o povoclq6cs, - m:.s q u o sao sinplos : ~ u x i l i t : r c s c?as adn in i s -

t r a ? - a r ~ s px?tugucsos q u o dlrcctarnontr: o r l e n t c ~ n , df rig271, gz~vcrnnm

as p ~ p u l ~ q ~ c s nnt i v a s .

R.R.U. : ~ r t . 91,

" ~ ~ . r a e f o i t o s dc n d a i n i s t r a q s o c do p o l l c i a nns c i r c u n s c r f -

q " s c nn p:trte nC<o urlSa?-a dos c ~ n c o l h ~ 3 c?..cvr? a p o p u l n ~ , < o ii-Idfpc,-

o o r conscntiBn a dosignaq<o quc o usoa r3gion: l ~ s t : t b e l s c = r ( soba-

u

0 s n r t i g o s segu in t :s doscnvo lvcm r3stn (;LSD , l q a a , Cev~ jn63

mgst,;*ar-YO como irn?ort~.ntrj o a r t , 95 o scu par6.ail::f J, q u e lizerll:

1 1 "0s cl?cfcu d o gru?os ou i'lc p 3 v x ~ g , < o r)st,<g dxrectanonte subor -

S l n n d ~ s aos rcgodarcs 1n3f {:cn-s, c a t cs f iac,m r!n (lepsn$$rqiq, do 7,d-

Page 81: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

n i n i s t r a d o r dn c i r c u n s c r i ~ ~ o : dcsc~npoqhnrgo o s s e u s r , l ? g ) ~ enqllnn- s e r v l r e m

t o i:r:? v 9s i i1tcres: ;es p o r t u & u ~ s c s n c ~ n t e n f . o do C ~ ; . J ; : ~ I ? ,.

r i d n d e s g c n t i l i c ~ . : , g u c r dircctarnentc: 9 , : l u s : , ~ U O : ~ e - -_-._ --- -- ---. ----- 10s c17cf0s dos p 3 s t > s om c u j s i r c a res i&.rc t i1 ' .

P o l n l c i t h r a d e s t n s u b - s c c q z ~ dn S.A.IJ. v$-so ni t iC!atn~nt~3 o

t u n e s l o c a i s , nnntcn6-0-0s c n,<o a l t c r n n d o p o l s abruphrtnonte os q J n -

I d r b s t r ~ ~ C i c i o n a i s (13 v i d n i n d i g e n % , a d e n t r ~ ~ d o s p r i n c l p i o s f u n -

d a m n t a i s j & n n t e r l o r m c n t e f i~ r lnu lac los . V e j a ~ o s , v. g. o art . 94

e seu p a r j g r n f o:

" 2ln cndu r u g e d o r i a incl.igcaa dxorco rtutoridncle s , ~ b r o ::s p o ~ u - l n p j ~ s , ? . : n t i l i c i t ~ urn r,:y,::rlor ini'.$c.;na. Ern c:rda grupo d r t plvoaqdos

Y

ou p3vo~xEno s c r j c:ssr: n u t o r i d n d c c o n f i t ~ d a a uln cht:fe dc: g runos de

d ~ u o v s n p ~ e s ou povoapzo. 0 t.x,:rcici.r, d a s funq&s r',c au to r ida f io

gent i l i c n 6 n o r m l a e n t c r cnu nernclo.

§ d n l c s . 0s r e g c d o r e s c c h o r e s .I? ,:rup, ou do p ~ v x q i l o 8 0 s - --- ,nponhnm cs funqzos que o u s ~ l o c a l l h e s i t t r i b u i no que n t h f 9 ~ -- .--- -.- ---- - - . -- - - c s n t r i l r i i , d o b c r n n ~ ; ~ ni c i . ~ n ; ~ l . A oba f i idnci i t q u ~ as pop11log;eu - -- -- 1hc3 dcvcin 6 LL q u ~ ? r e s u l t ~ dn t r e d i q n o ; SOP; n a n t i h enquan to r o s -

i t o s p r i n c i p i o s o i n t c r c s a o s 6-a t r l n i n i s t r c ~ q ; ~ p o r t u g u c s a a

U

" 0 s r c g c d o r e s i n d i g e n a s sa3 dc s u c e s s a a he rcd . i tAr in , d i r o c t a

ou c o l u t ~ r a l , scgundo c.5 u u a s c costumes 1 0 c ; ~ i ~ ; por;m o Govorno

tern o C i r e i t o do c : ~ c o l h a e n t r c o s p n r o n t s s rlznis pr ;~irn:~s, quando

o h c r d c i r o nz3 convcnhn 5 izdf l inis t rnq,<7.

Page 82: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

rr C O ~ S 117''1;..:nC1.,3 rs l-acionarlo: : corn a c3~co lh .1 d3s c h c f 3 s t: 3 '~loC10 d o -

? ' ~ s t ~ pa rAgr :~f9 ~ :s t& bcn c l - a r ~ ~ o, aceitag;~: , d.nu t . r a d l g ? s s l o -

c a i s mas d c n t r o :?.-:s 1 ~ m i t a c ; ; e s v i s t a s ,

" 0 s c h o f c s g u n t i l i c o s t $n os p r l v i l 6 & o s q u s o s u s o a s cou- m# t u m c s inrlc;:;c!?z:; l h i : ~ c 3 n f c r i r i 3 n . C o r t u d ~ p s d o r a o s o r - l h o s r c c u s a -

fie3 slguns dclcs, ~j1:171prr: q u 3 i s s o c o n v i s r ;L : . ~ d a i n i s t r r s c ; ~ ~ c p!~li-

q u e l h c s incunbc.n, rcsp::; i t : : . ,n~.3 tanti6 quanta p 3 s s i v o l 09 U S O S , C O S -

t u n c s i t r a d i p 6 c s inc,.ig;;n:rs quo n;o c g n t r a r i o n as l i i s p ~ s i q ~ ~ s 1 c -

p n i s o:n v i g o r ; . . . , , II

kind; c o n t 6 , n c;iso~;l.qEcu rnanr?anC 3 ~ l h s r a o s u s o s c: c ~ ~ s t u ~ e s ,

os z r t i g o s 104 c $ 2"; 119 c 112.

a) ~ r i r i c e p i o f u n f n n c n t a l : Z s t , a r t , 8Q.

Vo ' : s t r~t ,uto ~ ~ l i t i c r ) , Y v i l c p r i n i n n l eos ~ n c ' i ~ c n n s , 3 c a p i -

tulo rcfcrm' t - : 29s c ' i r u i t o u c i v i a i n i c l l - s r : co?l o a r t , o r :

" J J ~ S r c l a q & > s j u r i d l c a s c n t r c ~ n d i ~ e n n s o s ~ ? i r C i t ~ s c13 f a d - .. -

l i : x , x u c o s s o ~ s o r c g i n o Lo p r o p r i c d n c ' o :::A> ra;yulacl3s sogun lo QS

Page 83: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

... Faln-se portant:! ac;;: , n a c a c l l f l c ~ q ; ~ o c?')3 \ 1 3 ' 3 > r (3 c o C C I : ~ I : ~ ,

p roblcmn q u c V C ~ :: ~ , 3 r b - ~ s t a n t c +112111"1(1r~do p 3 i s tit--i :"1')~; ' .'l-

p2rque s c espzlharn o s i . ~ , r i g e r , l s n f r i c Ln3s,

I c'il s In('.lgcnas <,a ? a l 6 n l a " , t r z b a l h o d~ quo ffoi 2nc;;rrcg:tdo o D r .

II x t o ~ n 6 ~ i c a JQ:~; Gonqalvcs Cota , c h c f e c?a -1iissnd ' cln "9l ;nia d c :loSam-

0 n r 9 j ~ c t o f o i aprc;;cn:zc?o crn 1946 , j u n t a n c p t e cot8 3 u t r l (10

u!n " " ~ C ~ L ~ O P c n a l 6-43 ~ n r ' ~ ~ e n : s s c!,c~ ~ o l ~ n l n " .

~ O U co dr: h:7,rrn3ni:~ c ; ~ m :: r c a l i d t l ( l 2 , p o l s o -. ~ n t l i p ; ? n n d*: - n b q n n b l ~ u o ,

6 uma ; lbs t rc ,cc ;~o ,

b l q u c z n c 3 n t r a a o s D a d ~ m n o s Co 12 g17,zndos g r u p o s d i f ~ r ~ n c I n c 1 . o s ,

i kJ&-unru5s , s z n a s , - s u z v i l i e AjmaS. -- 3 d c n t r o d o s t t ~ ~L6zi.i~ du g r a n d ~ ~ grupo:' t o r e n o s , p o l a n43n3s,

?:5 t r i b u s aonores! . .... .

C!uo dif 'crcnqi: oni;rc o ' l a b i t a n t o d~ Sul d o S L V ~ , h : ~ b i t ~ : t l f r c -

o11.!1?tnd'3r d n s a n i n a s 20 T'.nd, j& a g r l c u i t o r 2 Dr~r)ri~tfCLrl~, corn

c c r t o s & b i t a s :Ic c i v i l i z n q Z 3 c o p o b r c , i g n o r n n t u e d d b i l --- 1 0 ~ 6 - Go .A l to ? d o l o c d ~ j!

K . ~ p ~ t f n o : ; : nEo h& J ..----- i n d i g c n a d c -.. 'A~~naSiq,i;~_,-:-. .-. . ,;' ? - c'iri:i&.qh,.q$= ..-.

v i l in(?-i~;i.nn, h6, ~ i : n t :n:os t i p o s dl: ind<gen;e o t u n t o s D i r o i t o s

q u a n t o s o s g r u p o s L t n j ~ - ~ : q u c h z b i t n m -I c o l j n i a .

Page 84: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

,., fi n osses U ~ O S i: C ~ L . ~ U ? L L : S prlv:zZ;iv3:: de c:2d:: r ~ g i ~ o ~ U O 0

E s t a t u t g n o Y ~ U a r t i k o $ [? nnanlln ~ l h i z r qartt st: r :gulnri=n as P > 1 i ~ -

qGoa j u r i d i cas c n t r o 1nc cgonns, q u a n t 3 ,L i 1 i r c : i t oo Ae f n d l i n , ::u- L.

p , (, . b l d ~ , : s ,-< c- , '3 r o g f nc: c : ~ p rup r l i cc l sdo ,

Is) Torno .m apurax o s cos turnos ;apl ic ;v, : is ::mcada r ~ ~ i g o :

-7 .,st, ,:rt. 15 $ 2Q: A q u c s t < o cln c 3 d l f i c : ~ q ? o do3 Begs

e cos turnos j . n c ~ i ~ c n s s : b y t , a ~ t , 4 e .: scu c n t c n d i a o n t o .

F i x n d o 3 p r i n c f p i o f u n d a m n t n l n.1 c , l r p o d~ a r t . 8Q Co ~ s t a t u -

t o , cs tnbcl-cco o s G n i c 3 : 3

' " tnqunnto nzo f o r o m r o d u z i d a u n 3 s c r l t o os u v o s I: c a s t u n . : s L)

dos inclfgonas da cad:: r e g l j o , s c r ~ ~ o cl?s 3 s t :;be1 3ci.d 3s, p i ~ r z c:~t!a

caoo ou j it o n j u l c , , m o n t o , p z l n s ~1oc l :z rczq~~:s (!9. dois n c i : s s o r o s

a quo Y O r c f c r o o t . 15Q o sou $ 2Q 'I . . Y?te n r t f g o 15Q: ~ i s p z c sobrc o s t r 1 b u n : z f a p r i v a t i v o s dos i n -

c!fP;,>nns, pc ran t r : os ~ U : ~ I C docorrcm o s "~zil:-~racl~~s~' *3u q u c ~ t ; i : s gc;n-

t i l i ~ ; 7 ~ s ,

"F,m c:~cI:: c i r c u n c c r ~ c 5 o n r I i z l n l s t r : t t i v a , do r,;Fim:: c i v i l ai-

W t a r , h?,vcr& 11 n t,raibunr21 p r i v n t l v o c ' >a i n t i ip , ,nzc; cob3 j u r i ~ ~ i c ; : ~

om t3d:1 ;:. 333, A r e a , c o n ~ t l t u i d o p c l o a c ? n f n i u t r a d o r , i n t anc l~ :n t r : ou

ch,:fc { L , : c i r c u n s c r i q E t s , quo s o r v i r ; rle p r ~ s i 2 o n t ~ 3, p - ~ r 6 3 1 s v t ) g n i s

corn v o t o d e l i b c r a t f v o c clois ncos so re s -co rn funq5,os c'o - wri.t i n f o r - - maqzo, s c r v i n d l , c?c ( : s c r iv ,<o , do p r c f c r 5 n c i : ~ o s o c r e t ; ; r i o .

$ 1Q: 0s vogn in sr:r,:o n~,noc?d-os pt21:, p ros ic icn t : , ;)~1ra 3 julg2-

o n t o do crzcla c a u s a , sen20 crzdu uru c?,clos inc1~ca?s p c l . : s ~ u r t r:s r ja

o c:scolhi(.o ^ ~ b r l ~ a t : ) r i a n : n t c cntrr ; 9s chi:fcs ini l iycn:zu c71a

ou r?outraa l i m f t r o f c , r o v c r t o n 2 o 9:~r-a o nroa ic ' \ ;n to c~

escolhr: qu: nc'a :IS p ~ , r t o u d a l x z r c F n 22 41.s i n d i c a r ".

Page 85: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

" $ ' 2 2 : 0 s ~ C C S S , ~ ~ ~ S serl<o l l v r e m 7 ; n t c c s c o l h i d . ? ~ , p s h p r o s i -

Acnto , !?.? c n t r c os chsfo;; ou ( 2 u t r o s i,7dic.:,, ,nss d e rcconheci6-; .(I n r e s -

t i g i i ; ct c o n ~ ; 3 c i ? l e n t o (?as tradiq6es j u r i d ~ c a s ~ Q C L Z ~ S ' ' .

11 COTO vernal;, os ::.ccss3rcs szo 601s r : n t i g o s " , Cl.3is ' ' ~ ? l h ~ ~ "

q u o c ~ n h c c c r n as t r a d i q g o s l o c z l : ; i: q u o t6rn n:>r f u n q h - d i z e r , n o

f ~ n - ~ l c!o julg; \ rncnto, n?, c ! c l i b c r n C ; . ~ . , , qu : l i s CIS U L ~ J S :: c ~ s t u r n e s a-

; ? l i c i i ve i8 & guostzo. ~ p h s c s t a inforn: . iqsop o pres ic7!cntc om Go-

l n ! J o r a q ~ o con 0s v ~ g n i u , c ! o t c r r n i n a r ~ c , ;I so luqXo a drir, r 7 ~ h:7 . r7 tn3~ ia

Con Q S U S O S C C O S ~ U T ~ C S dos i n c ' i g e n n s , t o n p t j r : l d ~ s p e l 9 o : ; p i r i t o (?B

j u : , t i S a c humnnidadc.

Aosiln SI= ci.ctcrninrsn as u s o s c c o o t u n c s : tT,lic;vois, .:nqu,!,nt o -

ngo C S ~ ~ V O ~ G ~ coc i f ic:;r 'os, Elabornc?r:. ,.I surL cac:lf i c a q ~ " 3 , c h i -

X s t a c o C i l f i ~ r , C ; . ~ ~ ~ ( 7, quc ue r s f e r : 0 art . 4 e ) clevc, m n t ~ r n -

pcn,rs os costurn2s a c d i t $"vcis 3 C S ~ C : ~ , ~ i n ( l ; ~ , c 3 n 9s t o n p o r n n l n t b s

(1% j u s t l e a , (1% humnic':~C,e o Br: s o l s c r a n i a n o r l t u g u c s a .

0 a r t . 239, A p r o p r i c - c ) 0 i l . ireit ,o c' proprl3c2ac?o: (@,-, - 6aC.c fm ~ b i l - : \ r i z c as popul aq?cs i n $ i g c n , ~ s , e n 1 3 s D 0 -

cl::'L a proprioc1:~do rur::l , @ s i 3 t e . n : ~ c?:ls r e s l r v a s i n -

, C . ~ ~ g ~ : n a s ( ~ e c . 5.047-', ( ' 3 31 clo Y a i o dc: 1.319, a r t . 148)

3; quo fazsr n g a r s o d c s o n v o l v i a o n t o d~ n r t . 8, q u a n t o ao:;

., d r 3 s o . ~ 6 - l o - c m o s n s 2 n a s n n s r,>l::qxs o q t r c i ~ c ' i i ~ o n a s , p o i s , as

* e

r2 lL~q5 i : s o n t r i : i mc:li cn:.:, c nno l n d i g ~ n ( L s s:,rSr ~ s t . u d n d t i s m ~ , i s a3i -

"A 'Lci gn.-::ntc n o s indf .gcnns , n o s ta:r?zc~:; p ) r s l a ?. i .eclnr i tdo~,

Page 86: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

.* o f L Z ~ , l i z a r l ~ n r i g a r o ~ a a . rite 3 3 u a : zp l l cc~( i i lo ,

6n l co . proprlcc:adc ~ n d i ~ , c n a colS;71rzs c:s A f r i c a T i -

.-, r~lor 1'1x1 p 3~!orA ser a 1 i c n , ~ d t ~ , no% pop q u a l q u c r f orrn ,~ 04rigazc;L:, c o n -

" LI 8 i d c r n l 1 t ' . s - ~ c 1713105 tdfi3. '_ .)j z ,c tos do t r a n s n l s s a 3 qul: nc.il, ,,j j : ~ n a6.-

mitido:: vclo uso c o r ~ s u Q t ~ c ~ ~ m ; r i o g c n t t l l c ~ o n t r c 3 s nan9ros res-

p,>ct i v n f ~ , n i l i a .

T:tnOz a q u i , n;v::ndntc?, urn r : f l r l n : ~ q ~ < ~ do n r l n c i ~ i o do rcsi33i-

n u n c n - p a r o f ; corn o c s r 6 c t o r q u ? t d m rn is t 3 3 p u l ~ q i 35 c l v L l i z ~ d a s .

5 ~ifdl l f iz r t o o r i z g o r o r s zobre ;, qu : 5 p r l o r i o d 9 d o nos

-: l n o x z b t o , p o r o x e m p l ~ , d i z e r qu-: 3 i n i i i cnn, n;) c>nh.>c6 n

prL;?rl.cc?n6.: ~ n r ! i v i d u z l , quc cia 6 sornprt: c ,~ l i : c t i va 3u s snpr . : f : ~ n i -

l i a r .

-tfric8,, nzo f.l.ltt: turr3; o qur) f n l t ' i 6 t r . : thalhl> p u r : ~ nela. "

i n c 3 r p o r : ~ r , C~.G f ~ r m n q u c n z o s c s c n t c n e c o s s i d a d c (1; t i x a q n ~ c!,~

-- - int o r e sscintc, f nzorl- sc urn o s + ucl9 ~ i > ~ n n : - ? r a t i v > ( l i ~ n r 1'7rI.o -

. . ~ . l i s W i n 6 - f e z - s o u n cstur2o ~ ' t 1 7 3 ~ r ; f i c o bu:stnnt,f: 9r1funfi.o

En lingol:: - VIA :L ? . :~s~ :AcW o t r : ~ L . a l h > rie T.'orrc:ir:.~ Diniz; co :? tu&~, , l - .

Is,zucac!o num ir1clqu6:ita ?::it;>, j c I n v n ~ ? O !:~n2s.

Page 87: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

P : X o u t r o lrl,clo, -13 c i r ~ u r q s t , ? ~ n c i ~ s v j r l L t ~ quo t o r n a . n 0 n ~ i o L

h f ; 8 t i l ?i vfd-:'. hu71:~!7:2, 3h;1165r:n il. u,n% o s t p o i t a cao-no d33 i n ~ l i ~ i d ~ ~ ~ .

L

.,is p c r ? u l : ~ g o ~ s n r , t l v n s dc Africa v ivom c ~ : ~ s : ~ s U I I ~ iliscipl- in:^ r i a l - "

i7.a. ~ B r n :i sonsnpnc 0.0 ~ r ~ i : , se sc < c s l i g : L r t > n , t u d ~ c;~ir;, 0:)P ~ G ~ I ' R

mui.t:;;i V O Z O S , nr.t'i t r i h u c : !liv::,;::;nt,.:s ., t u d si: rqriuz n u ?I;), id la in do

r r : izos p z r n 2% o o b i l i z ~ , r o sol^) c f i c : ~ c o n :, t-err , n o . a n t ? Tn ro-

F.I:rz 23 r i m fie 5 ou 6 n n 3 s rll.c:;tn c u l t u r : : rl : , r r r? p:;rcieu :!" f c r -

Page 88: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

E o f n c t o t w n n - s c t s n t o m i ; @;Y:XVC q u a n t g 6 cort.1 q u s as t e r -

rac n2v::s s o n ; ~ c n c m t r n n nin3.a r ' i t ~ I L S d '? 112135 d ~ ! d c f ~ s a c o n - ...

tr: :J : ro sao .

rzL:nLi: 6 n r r a s t n d o para o lnar p c l a s c h u v ~ s , p ~ l ~ s r i ~ s e cttk pol ,>

t k : r r . : , n ~ mnls ad l~sn t i : ~nc1.e n s s c n t , , : : r r , l in lu para n3v:~s c u l t u r n s

t ics ' tco c-ss 6 ov lc l cn tc quo exist(: urn ; ~ q p l c s = o n t l d ~ d c q3s-

sc , possc qu i : nEo h v e s c r v ~ ~ l : , d t l p u r t ~ r c * ? i r , , s .

* G!u :ncl-o n t r i b h ou c~rnunic!.i?xll: famili: ) r s e c a t : ~ b i l i z n r , on t :lo,

t . n3s ,. ~ r ~ p r i c c l n f l c , p o r t e n q n Go c h 3 f : ( I , , t r i b ; IOU fanill,, nn-

tr i : ,rc: . l . D F * ~ c r c f o r s n c i a d3 $ G n l c ) d9 z r t . 2?9 d i "?rtc2 o rah -

n f c s quc p r 2 i b c cd c l i c n c q 3 e s da p r o p r ~ c c t u d c inc?fgcn:i , s n l v ? z n t r s

2s n o n h r q s ?-a mcsmn f c n i l i a , nos t c r m ~ s do C ? L Y ~ J Y ~ Q n fJs U ~ J L s ~ 3 s -

V i w s quo 3 :;rt. 2.73 p r c c c i t u a v r . J r c s p c i t ~ p c l t. !7r mriedtrdc

c p 3 s s o f n ~ i ~ z m a , n n s c 3 l - 1 c c s s ~ o s c ? ~ E s t a d , .

7 .

I \ IJ ncsrn2 r s s p c i t o dcvcm s c r 2 n v ~ l v i d . j ~ 19 t e r r a n 7 s que so c \ m -

sicl.cr::l;1 c3na cspaqo v i t a l c?::s p o p u l a q ? s s n n t i v a s - izs r e s 9 r v a s i n -

.*

0 p r ~ b l c a n ~ n c x ~ t r , n . - s , : f )c ,o ,LI~ n a s l o i s 3;: czJncessnr, c7c + ~ r r a s ,

w 6 , ~ s n r n n t 2 n o "~ogul .~ , - f lcn t 3 p n r a a cr>nco ssn -, c7.o t Q 3 r r s n 3 s (1 3 Es-

+,.,<J n-L p r ~ v i n c i a . r'.e ~ n g ? l a " a p r >v: .C> ~,:l.,> Doc. ,91347 f l - 31 de '[aio c'c 1'319.

6 (J a r t , 148 q u c s ~ r o f o r o G S r c s ~ ? r v n s i d ; , enns" .

Page 89: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

, : s t n b u l . : c c r d m ~7.~1 c o s c r v a , C o p i s i 3 Q U V L ~ L L S as c s t a q c ) ? ~ corn-

itinerant ,? q u c ?,c:~b::n~s c'o c l ~ s c r ~ v c r ,

" - 3 c - l h ~ m n i s 4 0 hcct :rcs, 3 q u u l h ~ s p3 r1~1 i . t~ : L r,t,;q::> r ' ,,L c r ~ l t u -

ra3 :'.c wY?? a S!I t l j r c l n r?.,) Y ! ~ ~ ~ O S S : L ~ 2 , n & , 2 n ; ~ q u o l ; ~ : i l tuy, . ; a;? ?nc In-

P a s u : ~ n d I >- :2r )y)rlcr!.nd.,.r: ~ n d i v i C u : ~ l n g ~ at: p 360 7,f irncr, j; >

A c ~ l l t u r a t3crw-tncntc tondc: q u i t s o 3 e q p r ~ a i n c ~ i v i d ~ ~ a l i z ~ r a

l~r,>orlc~'.:::'.~, vista quc ~ s t ~ b i l i z : , q u c n :t f : ~ z , o p r c n d e t o r r n o

o Idv;: i d v c l ~ r l Z ~ , r 1 s;f , r q 7 ,

En? ; n t r ( q ~ > a jA., corn f r o q u e n c i n , 772s r :gi;r, c'c: c u l t u r , ~ c'c: cn-

f:, crn : i n g a l c , 3 p r )3rl~c;cdc; i n C 1 v l i u tl, 1-1 C U ~ ~ U L I ' L r j?r-nr;n-,nt3

prddndc 2 ~ ~ ~ - i ~ o n a ?J. t o r r a .

Page 90: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Out ro cuso t i p i c o , d o da p l a n t a ~ g o dos c o q u c i r o s , om Tdoqan-

biquc:, Qunse t o d o o indi?;ena n a zamb6zia c o n s t r o i a 3uu c a s a r o -

d.enda d s c o q u e l r o s , 2 q u e a l6m de s e r uaa c u l t u r a p c r a a n e n t o , a

h r v o r e 6 u t ~ l i s s i m a p a r a o indigor ia a quen d& quase t u d o o q u ~ : o l c

nec t2ss i t a , 0 mcsmo ;e d& corn a, p a l m e i r a d o a z ~ i t ~ 3 .

160 q u c r i s t o d i z e r , quc nzo s c 3ncontro-n p a l a a r e s c o l e c t i -

V O S .

d ) 0 c o n t r a t o de t r a b a l h o : r e n a s s a 2itr:i as relizqzo:: j u -

0 r i d i c a s e n t r c indip,cna,s 2 ngo i n d l g o n s s ,

? r o i b i q z o da c s c r a v a t u r a ~ e n t r c i n d < z c n a s , st, a r t .

9; " . Q . a r t . 244; I ~ U , :~rt , . 103). "

Tcm tamb6m muit:, i rnport i incla n a s r2'l:zpoos c l v i s , o contr :z to do

D.sixemos d e p a r t 3 o a s s a l a r i r z n c n t o ou c o n t r a t o dc indigena:.5 L

p o r p a t r o e s niio indlgcna:' , . E S S ~ a ~ t / r i a f i c a P C S S ~ I V ~ ~ ~ p z r a a s 1-o-

9 d o Z s t n t u t o :

"AOS i n d i g e n a s 6 gnr:ant ida a l i b e r d a d e nos c o n t r a t o s do p r c s -

t a ~ z o dc s e r v i q o s . A u u t o r i d a d c asscgur izr6 u v ' t l idade s s ox3cuc;zo

d c 3 t 3s c o n t r a t o s .

$ 6 n i c o . 0 t r u b a l h o compolido s6 p ~ r n i t i d o quando , ~ ' o s o i u t b -

monte i n d i s p e n s 6 v c 1 , s n s o r v i q o s dct int,\:ressi: p 6 b l i c 0 , d o urg>nci ;~ ,

d c t r a b a l k o s c r v i l d c n t r o da t r i b ; , urn d o s print - 3 i o s f u n d a n e n t u i s

da~ ordcin p 6 b l i c a p o r t u g u c s u qul: Portugczl > s t 6 obrigtl i 'o a r c s p o l t a r

rnoano p o l a a convonqzo;: i n t e r n a c i o n a i s d3 coaba to ~ s c r a v : i t u r n .

Page 91: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0 art. 244 da %rta, 0 r g , ? n l c q h e f e r c - s e , p o r a = n o r i z i d d , n : n t e , a o

ri:g.ln,: d o contr::to d o trr?.i>nlho d o s ~ n d $ . , q o r I , ~ ~ l .

" 0 roglno do contr ,bt ,o d o t r a b a l h o d o s 1 n d 1 ~ 3 n t - i ~ assovi ta nu, l'i-

bcrrdadc i n d i v i d u a l c no d l r e i t o d j u s t o ; ( L l ~ r i o e a s s i s t f : n c i n , i n -

t c r v i n d o a a u t o r i d : ~ d c p6h'li.cn sbm3nt a n n r a f ~ E C : L ! . ~ Z : Z ~ ~ O .

5 ~ ~ I L C O . + a s s ~ g u r ' t d L ~ I E i n d i g e r a s naz c o l 6 n i u s p o r t u g u o s ~ s

l i b s r d a d o de c s co lha d o t r n l s z l h o 4ui: m2lhor e n t s n d ; r ? % , q u c r do con-

t n pr6pr i5 , q u e r do c o n t ~ a l h ~ l t ~ , n s s s u z s t e r r a s ou n n s q u o p a r a

cssc c f ' c i t o ~ s t , : o do: ; t incdas nos t L r r i t 6 r i o s d o 1mpSrio. ResT:rva-

-sc oorL:a o d s t a d o o d i r c l t o d~ o s tut13l .ar , p r o c u r a n d o snc ' ininhA-

-1o i p l ~ r n mstodoa d(: t r c ~ b n l h o pop c o n t a p r 6 p r i z q u o a e l h o r e m s s u a

cc)ndiq,:o i n d i v i d u a l c s o c i a l " .

13 :..I t;dform;: A d a i n i s t r a t i v a U1 t rn rn :~ r ina quando t r a t ; ~ 6.0s d l r o i -

t o s d a s r 6 G u ~ ~ 0 incllq:nuL; ti:m o c u i d a d o d3 d o f i n i r C L S condlq6t:s om

~ U C ~ 1 c . s podc,tT , - x l & l r t rc+ls&lho a03 S C U J ~ 6 b d l t 0 ~ .

Nas p o p u l a g 6 z s t , r i b a i s , crn r u e r n , o s c h e f c s t i n h a a c s c r a v o s :

Eoi at5 z s s c f z c t o qucl o r i g i n o u o tr5,ft7go. p o r t l ~ g u o s e s na a l t u - Y

r;t dos d c s c o b r i a ~ n t o s e n c o n t r a r a m e s c r a v o u , nno f i z c r n n o s c r o v o s .

fi n c 3 F t , 102 q u c a R c f o r m i i d m i n i s t r a t i v a T J l t r n a a r i n a t o m

p ~ o i " , o no p r o b l ~ ~ .

" 3 s r c g ~ j d o r c s t h n o d i r c i t o dc r c u n l r od i n d i g e n a s d6ix s u n s

t o r r a s , obrig,indo-0:; a l i n p a r ou a b r i r c inin'-os : v s l ~ ~ s da i r r i g n -

:Eo, a c :vL7,r ~ O G Q ~ , (1 r i c o n s t r u i r P ~ ~ ~ : ~ p ; j i ; s r; ' t e ~ r i c u t ~ ~ r q u n l s a u e r

t r :b.;lbo;: ( 1 ~ intr_ros::c: coiwm P'xrx <,s p00u1 L ~ z ~ s i n d i g e n a s coao t a l

rL?cor~l1 :cldo;: pc1:zs -,ut o r ldz ,dcs ,:drninlst r a ~ t i v , , s ; o s t e s t r ; ~ b : ~ l h a s S C -

i : qu i tn t ivnmontc , w

r 3 ' d i s t r i l s u i d o s p ~ l o d ~ n d i ~ c n z s v L l l d o s do ~ 2 x 0 niiscu-

1 - lo 15,. <ri n d-, rl;., tdo r l :~ , ::en qnc ni;nhu'll s e p o s s a r.:cll s a r " .

Pa r t : , n to , urn c h d f ~ i n d i g o n % t e n d i r : l t o u3 o x i g l r t r ~ S t l h o

do; sr;bc'it os , cotno a u t o r i d z d o p ;b l l c :, p: l rn f i n s do 117t~r:ss3 comum

l o c ~1.

Page 92: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

F i c n , css ia , p r o i b i d 9 o tr:i,b,zlho obr ip : i t 6ri.o .:n p r o v 2 i t o i n d l - viclurzl d o s c h c f o s c , p o r f 6 : 1 ~ r l a dc ~ c , z ~ o , %:TI D ~ O V ~ : I - ~ O d3 qu : t i squcr

o w t r o s i n d i g e n a s , -

2 ) D i r ~ i t o dc f , :n i l i z : 0 c z s 1n.3nto. "us ,~ .non to nno c;:t6-

l i c 0 (v. Dcc. d.,: 113-XI-lt 6 3 ) . p n s n ' n t ~ n t o

( ~ c c . 35.461 d-o 22-1-1946, art, 2 g $ 2 ~ : c a r t . 23 o

E C ,,. :" ) , Tombntc: k p o l . ~ g z n i : ~ ( c i t . d;:c* a r t ; 2 Q $ 2 6 ,

1110s COIIIO CO~S:::; ( a r t . 4?). -

Sobru o rnmo d o d i r a i t o %a ft~rni1i.a h ; ~ v i : ~ ' n u i t o quc d i z e r ans

t o m ds ;so ovi t : : r o p ~ r i g o dc c a i r , 172st2 3 s t u d o d o D. " ~ l o n i , ~ l , n u m

t r n b a l h o ~ t n o ~ r ~ f ' i c o . 0 3. f'oloni:xl, j c i o v i n o s , i n t c r o s s a - o s ~ p c -

I ? , L ; ;),:lo d i r ~ i t o clue i'::gulu, u u t i t u d o do c o l o n f z a d o r per,*-----n d i -

r o i t o dos povos n c ~ t i v o s .

Vc j :anos, cm ~ u ~ > c i : - , l , :-L ma,t;ria do cu:;nml;nto,

i ;ntrc indigon:zs , dc h::.rrnonin corn o s sc 1s ulo:: 2 cos tumos ou sogun&

0 sou r i t o r c l i g i o h o . A s s i m , p r o d u z ,:fi:ito; c i v i s tal corllo c : . ~ -

snal(2nto c fvf 1 ou cnn6n ico .

T s t a doutrinn ~:ncontr? .vnZsc no Doc. d(3 13-X1-18ti9 o f o i r o a -

fip~.:-,da no 'j :jr: d o r,r't, 2 Q d o Dcc. 35 ,461 ,

"0 d l s p o s t o no p r e s e n t 2 d o c r c t o n<o p r d j ~ d i c a , atn r,>l;zc;<o : ~ o s

~ : I ~ ~ ; ~ . ; K I : - , Y n,;o c n t 6 l l c o s , o d i s p o s t o nas li:is ;obr<: abservi$,nci;?,

I I 4 0 s sc ;u i j usos $2 costunc;: . . . . . . :.ins, como s c vG d c s t c ncsmo n r t i g o , 0 s i ldigsn:as ~ : . > q > r n t:Lnh;5111

cc-tear ctl,r.lhnic:i,rilt;~tc. Is30 d i z r . ; s p c t o , rto;.: 1ndigr:nns sduca<?.oe nn..;

Page 93: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

niss3cs c a t 6 1 i c c a s , d,sdc: quz ~ r o f c s : s c m L r z l ~ ~ i t l o q l ~ ; l h u s f o i I -

1nxl-1 ~ ~ t r t ~ d a .

0 c i t n d o d c c r ~ t o rcgulc. , cm pormcnor, n o s a r t . 23 c sog. o c n -

s s n : n t o czn6n lco ~ n t r c ~ n d f c > n n s .

0 s i n i ~ s i o n ~ ~ r i c s n z o i l o v a v ~ fzvor~s ,c :r o ctts,zncnto c r~n ;n i co dos

i n d i g o n a s porquc: est \ :s , militas v c z c s , p ; % r c c ~ a o s t u r i n t c g r a d o s do

nlmn ,! cornqZo n s I g r u j n c n t 6 l i c n m:~s s3, urn dice, s n o a da i n f l u j n -

ci . : d o n i s s i o n & r i o , r e g r c s s n m As p r k t i c a s s e l v n g o n s ,

D ~ V O n o t n r - s c quc , r c l n t ivnmcntc no oas ibne~ i to d ~ : i n d f g o n a s n;io

c a ~ b l i c o s , ,L l o i cs t ipu l : : cojbttxs r ~ s t r i q G e s . V i m o s como o ~ o c . d?

16 ds Do:d21nbro dc 1880 c o n d i c i o n n v , ~ a go1ig:zaitz s imultf in , la . O u t r n

: L r i r n ? r q t ? ~ do cobnb :~ to ;, : ~ o l i g i n l : i o n c o n t r a - s e n:z p , " r t s f in,:l cl? fi 2 O

do ,rt. 2" do Dcc. 75.461.

", . . dcvundo t o d n v i ; , c o n t r a r i n r - s c J p o l i g ~ q i ~ c o u t r o e usos

L;,X d 2 s c ~ c o r d o corn o d i l . ~ i t o p 6 b l l c o p o r t u g u $ s t ' ,

.I qui; n p o l i & a r n i , ~ podo s o r umn fornzz 6 i s f : - ~ r q u d ~ , d-. .rc, ,h,; l+,---

, ~ i ~ n u l h ~ r d considor: id: , urn v a l o r ocon6mico c , p o r i s s o , o v]i;+wro dc,

r n ~ ~ l ? ~ r o s p o s s u l d : ~ ~ POT- urll hornon 6 urn ir ldlc: da ouz r i q u .z L.

13t; prov::do dc r c s t o , q u c a p o l l ~ ~ l n i i . 1-120 t :ndo v - ~ n t dons d,: "

orG; n n o r n l nno :~,s ten, i gun l rncn tc , do o r d a n d 3 n o g r G f i c a . "on c -

f ' , ~ t a , p o d l a d i z c r - s c q u , u l a r G p r c s c n t u unn n2c . ? s s idadc i m p o r i o s n ;

dado o :;ul~-povoalnonto d o c o n t f n o n t c rz f r icano . Urn d o s grnnd:s p r o -

bl,,m-LS d, , p o l i t i c n s f r i c a n : ~ 6 , n s vcrd;zdo, a d o d o s o n v o l v i m ~ n t o d n

p o p u l : ~ ~ o nativn. 0 n6nzcro dc ~ n u l h o r o s 6 superior a o d o s hoaons e ,

p o r t a n t o , n $olug?b cx tn r ia n a p o l i g a m i , ~ . %IS .;st& provndo q u c as

m i ~ l h ~ r c s cXo mll i to rmnos f 'ccundas om rogimo p o l i e $ n i c o . Po r ccnso - q \ ~ $ n c i n , ncm por u s t r v l - ~ BC r o c o n h c c c n v n n t n j o n s o o l i p ? n i n .

?>lo quo r c 3 p ~ i t ~ ; a0 c a s .?zonto c s n 6 n ~ c o eh t r .9 i n d i z ~ n z s tun-

bE 11 h:. r c f or6nci.n ?, pol i ; :~mia .

Page 94: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

6 o a r t . 4 1 d o Dcc. .75.461 q u ~ : disp6c?: w

"A c o l c > b r n q n o c -nbn icn d o ens:, c n t o , q o s n o c o n d l ~ ~ ? n s z d o im-

p,din.?nt,o d~ l o I , ud ~ ~ S D Z P I L ~ : ~ ~ 3 d o C U ~ t O, i n p o r t lr; POP

su . n u t u r c z a r c n i n c l n Q d r p n r t c Zc,: nlnlsos o s n u b : n t d ~ : p b l i g a q i u

,: ,>.OL; ULO.. 3 C O S ~ U ~ I G S c o n t r < r i o s 50 c a s r n a n t o c a n 6 n i ~ 0 " .

N:)s d i . ; p o s l q ~ o s l c g ; i s quc ,:zt :bcl :csm r - > s t r i q t j o s izos u:;os 9

co:>tun.:s d o s ~ n d i ~ c ~ ~ n ; c'n m,LtErlu dc c : r j ~ a o n t o n p ' l r e c - n o s ~ i n d n o

a r t . 4? d o Dcc. ;;5.461, ~ , g l l c { ~ v c l t a n t ~ lo c a d n n ; n t o c u t 6 l i c o COmO

n z o c : ~ t 6 l i c o .

" A rnulh*:r ; l 7 d i g i n s d b $ o m & b l ~ v r o n:l o s c o l h n de s ~ u w a r i -

do. PTKO sq.0 r c c o n ~ ~ ~ c i d o : , quc t i squor covtumcs ou o u t r a s r e F r s s s 3 -

gur:do L;I q u , : i . > 1 m u l h c r ou s~u:: f i l h o s d3~:~rn ou poss:t?l c o n s i d o r n r -

- s o o : r t d n q a dc: p n r ~ n t c s 6 0 rn. ,rldo quando .?st(:. f , ~ l , c . : r " .

;st3 , ~ r t i g o f a z s n u n c l a ~ , " L o dc: d o i s cos tunt : s quo f i c : t n b317d0

c o n t r L r i o s & ord2ln p 6 b l l c a n o r t u g u o s a ,

0 p r i m c i r o d o cos tunc : qu; i .npce rnulhor ua c z r t o rtlarldo, Q u c

p r v6 o c ~ s - n c n t o s c ~ conaen t inc?n i \, da n u l h o r ,

ivl;~; t r a t n - s c dn sirnp?cs d 3 f i n i q ; o dc u n p r l n c i p i o , dc uan n s -

p i r :qICo. ~ , 3 fo rmos ;e p r d t i c n do; ~ o ~ ~ u . L , z ~ ~ c Y , h f r i c s n . ? u u v , r i f i c n r o -

nos qu2 o cnsamcn to nindc. sc: c ? l , b r z p 3 r <%cord0 dntr .3 nu f ~ " l i l i a s

d o s n u b o n t c s ,

~ :spcrurnos , c o n t u d o , ? u > n acq?io d a s a u t o r i d n d o s a n i s s i o n ~ r i o s

, d dr l8 :n t e no s2n t l . do dc c o n f c r i r a o casaac jn to e n t r e indigenas a -

nai , twrsza de v c r d ~ d o l r o c o n t r * n t o .

D3-facto, o s m i s s l o n & r i o s v6cm con s s p o c i n l i n t o r 3 ~ s c o p r o -

b l .,m n'zo 56 ~porquc o casa ~ l c n t o corno c ~ n t r i i t ~ o ,:st& ds harmonirz C O ~

o c o n c o i t o quc: t o d o s n 6 s dL21b t.cmos, c da p r j p r i i d e i a do c a s A o n ~

t o , mas tnbnbEm p o r q u c o c o n c ? i t , o c o n t r A r i o r c p r : s o n t n u q o b s t j c u l o "

gr:'.nd.: :u r l . : , l i z n q a o do; L C u s o b j c c t ~ v o s . P o r voa:s, .l 6nictx a n n e i -

Page 95: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

rn do f azc r c r i s t a n d a d c c f l c a z 6 d o r c c o l h o r a s b c r i n n q a a i n d i g o -

mcgc~dn n cducanda :~i p o r v o l t a dos 14 anos, 6 r o i v i n d i c n d s p c l ; ~

f ? , d l i n par:: l h c n c g o c i n r o c a a a a o n t o , - o cusamonto c a f r c a l , con

l o b o l o c t u d o , n p o s a r da v o n t s d o d ~ l a no s e n t i d o dc: se ctzs::r scgun-

A rc..gr:t do a r t , 4 2 tsrn n vsntagom d3, num c a s o d c s t c s , 3 nuto-

r i d n d c podcr i n t c r v i r para s a l v u r a mulhor i n d i g a n n d a v i o l 6 n c i n

q u o l h c q u c i r a n impor, som scu c o n s c n t i n 3 n t o . Go & l a c o n s o n t i r ,

i s s o q u o r dizor q u c n d o p t z as c o n c ~ p q z e s d;l s u t ~ r::c;s o nndn h6 u

0 o u t r o u s o 6 o s o g u i n t c :

A c o n t c c ~ , m u i t n s v c z c s , quc I= m u l t r ~ r o os f i l h o s d o d o f u n t o ,

f i c ~ m scndo o b j o c t o do s u c ~ s s , ; o d c um d o s p n r , , n t c s dsstc. 5 no f u n -

d o t r n t l - l o 3 como c o i s c s c p o r i s s o t a ~ b 6 r n f i c o ~ l cxprcssan:nt t-? proi-

b i d o .

0 p r o c c i t o d o a r t , 4 2 6 g o r a l p n r a todr ts n s s o c i a d a d c s i n d l -

gcn*zs.

0 a r t . 40 6 mnis r c s t r i t o .

"Ec:o i s c n t a s da nplicagt:o d o s e u d i r ( ? i t o t r n d i c i o n n l , e n aatk-

ria do r 3 i r ~ ~ t o 8 d c f : i ,mi l ia c s u c c s s ~ o s , o s indl?onns q u s , p c r n n t o

a cu to r ld ixds a d m i n i s t r n t i v a compe tcn tc p r r a i n t c r v i r n a s rclagBes

j u r i d l c a s c n t r o c l c s , a lognrcm i= p r o v c r e n que p r n t i c a m r ~ ~ l l g a c ? o ir

c o m p a t i v o l , pclos s c u s p r i n c i p i o s n o r a i s , coa o s u s o s o cos tumes

$ 6n ico . Dt;~t:i ?.l~j::(l50 c p r o v a 1nvr: lr-so-6 t a rmo, do quo se- as

60 pixssndas c 6 p i a s n u t 6 n t i c a s q u c f o r s n p c d l d a s " .

Assim, sc urn i n d i G c n - c : : , t6 l ico , muqulnano ou do q u n l q u c r o u t r n

Page 96: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

r c l i g i g o o s t i v e r i n t o g m n c o n u n 3 t r i b 6 c u j o s usos 3 COS~U-1.0s

sgo c o n t r j r i o s a o s p r ? r c i p i o s dn r c l i g i z o q u o ~ r o f a s s n , pods d c l c s

i s c n t a r -sc nos termor 4cs ;o a r t i g o .

b) ~ n f l u ~ n c i t ? ~ (30 - cstndo o c i v i l i z . ~ g ~ o dos i n d f g c n z s n a dstsr-

c ) 1nf lu6nc in do d l - c i t o consuc tud in&r io dos i n d i g o n a s na ---- q u n l i f i c ~ ~ q ? , ~ . .-.- dos f n c t o s corno c r i n a s .

. . r I - Fac tos quo, -.- ::ondo c o n s i d c r i d o s c r i n i n o s o s p o l a l o i po- -

n a l pcr tugu(:sa , o nzo podqn ser qunnto : ~ o s indfFcnns. - I1 - F a c t o s q u o , ~~(nbora nco c o n s i d c r , ~ d o s :,el0 d i r e i t o i n d f - - - . ---- --

gcnn, -- o ~ S O - ~ ~ l a l e i portuguosri rs.?licadn ~ o s lndfsonns ,

o r scrorn ab-angidos p o l a s r o s t r i q G o s ao r o s p o i t o dos P - - - - --- - . . - - -----

d l 1cf lu8nc ia do d i l f c i t o consuctudit?:*lrio. es t ado c c iv i l i zcz-

qgo dos ind<p;onzj ; --- na grsduzqzo das ponns.

y 0 B s t n t u t o Criminal cios 1ndfg,>nas 5 as sun to dos a r t . 12 c ssg,

do sou diploma p r i v n t i v o . Mas o p r i n c i p i o fundnaonta l van consigna-

"3nquanto nEo f w o a p u b l i c n d ~ s cm csda c o l 6 n i a o s r o s p e c t i v o s

c6digos dc ~ n d i g s n c t o , as 9cnns a n p l i c a r po los t r i b u n n i s sorzo r o -

gu lndas p e l o ~ 6 d i g o Pena l ~ o r t u g u G s , t endo nn dev ida a t cnqzo o es-

t a d o e c i v i l i z a q z o <.cs inc~!~c ; las c scus usos e cos tuncs p r ivn t ivoa . "

~6vzrnont0 , so f::z I v o o c a g ~ o dos u sos o costuflos dos ind igenas .

A quo p r o p 6 s i t o ou im,ra quc o f o i t o ?

EL q u c t c r em conta 3 9 usos o c o s t ~ n c s ~ s 3 i n con0 o , s t ado c

c i v i l i z a q ~ o dos i n d i g ( EL,: )?rrs d 4 i s o f a i t o s :

l a ) Para e f e i t o ,?.,I a? l i cnqgo dc ponns.

Page 97: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

2 9 ) P a r a e f o i t o dn q u n l i f i ~ n q < ~ dos f a c t c s cono c r i n e s .

Vcjamos o p r i m ~ i r o nspoc to .

o 5 1 9 d o c l t a d o a r t . 13 ~ r o v ; a s u b s t l t u ~ . q ? o do c o r t n s p e n a s

oorninadas p e l 0 ~ 6 d i ~ o P c n c l .

It AS p c n a s c o r r c c c i o n n i s podom scr s u b s t j t u l d : ~ ~ p o r t r z b a l h o

C ~ P P e c C i ~ n s l e a s m a i o r e s p o r t r s b n l h o s p 6 b l i c o s " .

A s s i m o t r n b a l h o p e n a l a p a r c c c no l u g a r de pcnn de ~ r i 3 z o ou

dc mul tn ,

E porqu6 s s t n s u b s t i t u i q g o f

l? ¶Uc 0 n o s s o c6digo p e n a l comina, sobro"Jdo, penns d o p P i s E 0

para 08 d c l i t o s . O r 3 a p5na d c p r i s z o parrl urn c i v i l i z a d o 6 ex t rcma-

mcnto ponosn porquo o p r i v a dn l i b o r d a d o . :dais s- s u fosse n p l i c b -

-1:: z o s i n d i , o n n s , oxocutando-a como st; 17; pouco se executr tva,

qunl o panorama quc so :nos o f e r c c o r i a ? Em t o d o o t o r r i t 6 r i o p o r -

t u g u 6 ~ , na n T i o r p a r t c dc,s c n d o i a s nzo s o t r a b a l h a v n , e a penn r i r ~ h a

a r c d u n d a r a n t o s d m prdmio d o quo ern c a s t i g o do c r iminoso .

Porquo n6s j6. vimos como 6 urn f l a g s l o para o ~ n d i g e n a o t ra -

b c l h o inlpoet o p o l o ouropcu.

Orc, t o m s r um i ~ d i ~ c r ~ n , ~ u b t r n i ~ l o a t o d o s 03 r i s c o s d o treba-

lho ( v o l u n t j r i o ou compc l~ .do) , a t o d a s s s d i f i b u l d n d c s nn a n g a r i n -

~ z o d o sou s u s t c n t o , p n r n o m e t c r nn c - i d o i a , smbr r s , corn c o n i d n

g n r > n t i d a , nao iistzri n u i t o l o n g c , p a r s u i ~ c ? ' , e n n , dn. conc(:ssgo d e

urn pr6mi.o.

Dopois 6 p r c c i s o v c r quo n6a ihmos l i d a r corn p o s s o a s quo t i n h a m

c o r t : ~ incntalidado so3rc o crime. 0s n o s s o s c o i o n l . z l i s t n s , como ?dou-

s i ~ , F , o dc I ; l buquc rquo c c p"6pr io ~ n t b n i r , E n c s , por e x ~ ~ a p l o , n z o d o i -

x?,r :~il dc: n c o n s o l h n r c pc:yn, dc mor tc par'^ o b ~ t r a n a r , v i s t o que 8,

pona n16m dc umn fung:o o x ~ i a t 6 r i . n d c v f j t e r umi. funq50 i n t i a i d n t i -

V:L ou p r c v c n t i v a . Urn.: f u n l L < o o x p i n t 6 r ia baso r d : ~ nn i d e i s do que

p c l o s o f r l n c n t o sa rcuirnc o ma1 cauuado; un:; fvnqiio p r e v q n t i v a ,

Page 98: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

p o i s so protondo, mostrando as ponosns consequ6ncias do c r 5 n::, f azar

oom quo o u t r n s possoss , nn i71in6ncia do d o l i n q u i r , so nbstenllrzm do

a c t o mcl6f ico.0 prsaol?l. qllo a d v i r i a do d e l i t o 6 c o n t r a r i a d o po los

i n c o n v ~ n i o n t o s quo a possoa am quostgo t e r i a de s u p o r t n r s a o p r a -

t i c a s a o .

E, entzo, & c l n r o quo, sc a pena nplioadn nEo f o r considornda

como oxpla(j?io s u f u c i o n t o, n&o i n t f midh ninKujm.

5s o ~ n d i g e n n p r a t i c n om fac fo qua, aagundo a aun t r i b 6 6 ccn-

sidcr'ado grav i s s imo cr ime, punldo corn n u t i l a q ~ o , t o r t k ~ r a ou n o r t e

c r u ~ l , o o Juropeu, conaidorando tarnb6fl o orirno grave se l i r n i t a n

p6-lo num8 Oasn, corn comidn o babida & doscr iqgo , 0 8 o u t r o s passam

n julgnr quo t u d a sc podo fazer aos olhos do nuropeu son r i s c o do

maior, a at6 corn vantagom: n c r i r n i n 3 l i d ~ d o aunsn ta .

$ prcciso p o i s quc a p , > n s s o j n cons idorada a u f i c i o n t a r3xpinqijb

c t cnha urn papol i n t i r n i d ~ t i v o para n menta l idado indfgenn .

Yoje a pcnn p p r c s ~ n t ; , - s o rzindn cQn u r n t o r c o i r a funpc5c : 9 * - .

r o c t i v a , oducn t iva ou rogcnndora. Proours-ao f n z o r corn o l n a r e -

c u p e r % ~ ~ o do ind ivcduo p a r a n socicdado. E, jus tamante , p e l o t r a b a -

l h o quo sc t o n t n consogui r 21 rocuperaq$o do cr iminoso. o f c i t o ,

ngo 6 ,w6 nizs co l6ni t t s quo oa do l iquontov trab:zlhan, tnmb6m na8 p r i -

szcs ~ n e t r o p o l i t a n a s aconteco o rnosmo.

P o r t s n t o , born o a t & quo a3 ponus Be prisKo s o j n m s u b s t i t u i d a s

por t r a b a l h o s fo rqados ,

Passa&oa agora no 29 nspocto.

pjo 6 so'cm rclnp.?o ap l i capZo dns ponas que s e deve a t endor

nos u s o s c costumos dos i n d i g o n n s ,

36 f 'nctos quo s<o cons idorados c r i n i n o s o s p 3 0 "6digo Pena l a

quo podom o s t a r do ncordo corn o s usos o cos tunes l o c n i s .

Qusl B posiqEo a t o m r ?

Page 99: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

So o s s o s costumes f o ~ o m c o n t r 6 r i o s nos p r i n c f p i o s dn ordoa p6-

b l i c r t portuguosn, nKo poadm s o p r o s p a f t idos ou to1cr: tdos pu la a u t o -

ridade portuguosn, u os f n c t o s quo o l a s aprovan t 6 3 d e s 3 r cons ido- %

r a d o s crirninosov ellborn t l d o s oomo n o r m s p o l o s ind igonas .

A s s i m , 0 s s a c r i f i c i o s humnnos poden s o r i f lpos tos pa?-n t r n d i -

FEO ou p o l 8 r c l i g i U o m~a , porquc c o n t r h i o s b nossn conconq,?o de

rllorsll n:?o sc rcspci tnrn. A a u t o r i d a d o considor&-10s-6 cono honlici-

d i o s o , como t z i s , o s puni rh .

?Ins h& cnsos om quo a pos iqzo 6 div3rsn:

Urn cxcmplo c a r n c t o r i ~ t l c o 6 o dn ?glignmi:l., consid.3radn Como

c r i m ~ , grnvcmonto punido, p c l o "6digo ~ s n t t l . No s n t a n t o , a o s i n -

d fgonas nKo s o a p l i c s n l o i pcnnl po r tuguesa , p o i s n nosaa l?i, j&

o vimos, diz aponas quo sc devc ir l c n t a a o n t e oontrnriando n p o l i -

gctni:t.

23 quo so t r n t a dns basos dx fnmilis indfgonn qus nzo sa ~ o d o m

d o s t r u i r durn momonto parn a o u t r o ,

Em rosuno, so urn u so ou costumo loc ! i l nGo v a i c o n t r a oa p r i n -

c i p l o s do d i r o i t o n s t u r n b ou indo , no e n t a n t o , 4 d n q u e l ~ s quo niio

dovern dcsdo j& s o r corr.oczdos, a p l i c a - s s .

Mas so o f a c t o 6 d o t x l ordorn quo c o n t r a r i a 08 p r i n c f n i o s fun-

dnmcntnis do d i r o i t o n :~ turq t l e d,~ humg.nid%do, mssmo quo o d i r o i t o

consuo tud in&r io o :idmit::, t o m do s o r coqs lde rndo como c r iae .

Aindn, urn h l t i m o nspcc to , tior& do s e r adaptado aos masnos usoe

c costumes o ~o ostcdo o c i v i l i z n $ z o dm i n d i g e n a s , a grnduaqgo d a ~

F a c t o s que, para t c i v l l i z n d o s , s,". punidos oorn psna a n l o r po-

do sor quo tonham do scr ,?unidos corn ponrr, c o r r ~ c c i o n a l nnanns: f ac-

t o s quc o n t r o nbs szo m s s i v e i s do penir c o r r o c c i o n n l , t e r z o de s o r

?unidos c n t r o o s in dig en,^^ aom pcnx mnis gr2ve, d ~ d o o a:zlor osccn-

!a10 produzldo n o s s a s p o p u ~ ~ . ~ ~ c s o para quo se c v i t o a dssngrognqiio

Page 100: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

.. 47 ~e:i%:':: ' . ) c s j tole;-.cnc??.a 2 c ~ ; ~ s L \ s 8 c . G : ; + ~ ; ~ ~ ~ B s ,

, . - -..,. .- ,.?& ,,...,--, .,--,.- .-.-_. . - ., - , .. ,-.. -- .......- -------...- a. .) 4 T'C;?T~ :-a nQ 2 iL2 base LC. i 2 (\2-.-ie.L-22yL . -.-..- . -_-.---.-P-.- -.,--. .. - -...

' - oac Zc, ,---- ~~'1- A__ cxc do -- D o 3 --- 34.4;? a r t , 4 2 65 - t. ....-- 141.; . ,.

tas p > r ca r t a s f b r n u l a s ?.egnis qLe nos i4parec3m diferentenentcl r o -

digidaa nos s)(ccnsivos d!plom;rs quo teem rap:l:lilr o o s s u n t o ~

-. usos o costumes ~ ' I : ~ ~ ~ . J v c ~ s , -..-- om t,l:do ---. c C U P --..- r r , ? t @ r cc~t~,-'-~-~c_s_

d i r e i t o s fundc rmcn t s i s d;l vida o cta l iherPo.9e humpnil at - -- - -- . L , - .. . .- . - - . . . , ,-.- -*.- -!GG.

0 E s t n t u t o dcs ~ n d i , : i . n a s , no art, 47, p r e c e l t ~ a cue 06 eer&6 " de a p l i a a p 09 usos c! cgs.~.umes "quo nsc;, of'opd;,.m oil ti'.re . ?cjs cie S q - - . - - . \-- , ..---- ..--.- ---. - . --" - C-...-..- -..-

bcr 4 a - y ~ nzo r q ;LC;<.~ ;>rn uespnl n e b i os d o hu ~ - ? ~ - ~ ~ . ~ r ~ , ' 1

12 c s t a u r n fbrn:u;n nais vaga do q ~ e a nr:te~!.or, a qti31 so r e -

fo re concretamentc ;L .,..-- v! d:~. . o -. libcrdnde i u r c a ~ a , cc :~C p , t ' x : r l ~ , C:)? to--

iia a claroza, pc r cxor:zpl ., os sacrificz:~ h.a~;~-nns e - oscrnv t l tu ra ,

0 Acto C c l o n i a l no ,;t, 22 fala dos costuf les "~qg-n_$~~&e..in~

~ n c o ' n ~ s t i v o ' i : : e2l. a moral c corn c a 6l-tarnea dc: hl;aanr._dpdt?''. r .--- - .-.-- ---- _.. --_- .--- --_ _ _ -- -_...----I -. -.- .

A (?art& ~ i # , ~ , k ~ ~ c a r - .a'i't. 246 o m p r t E s urn^ f & r r , , ~ l a q u ~ conjuga

do msral. ---

Page 101: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Ora e s t a oxpress~o nao 6 muito convonionto. ?Aoral: mas t r a -

t a - s o da, nossa moral ?

SRsso i m p l i c a r i a , ~o r i rn , a noga~So do r e s p e i t o p ~ l o s usos e

~ 0 8 t ~ t T l u s privativos. E, no on t an to , nbe sabeqos, por exenplo,

a pa l igamia niio P o i a x t i r p a d a pela nossa 1-ei, A i n s t i t u i q E 0 nzo

eBt& de aoordo corn a nossa moral mas as%& de acordo con a dos i n -

Em conoituaiio - n f6rmula quo r e n e t e pare os p r i n c i p i o a da mo-

ral pod0 apontar-nos u[n s e n t i d o , u r n orianttr$o, nag ngo um mi te -

r i o imcdinto de dis t ingzo o n t r o cos tunos t o l o r 6 v e i a e costumes in-

t o l o r & v c i s .

no a r t , 51 a compet6ncin dos adminis t radoros be c i r ~ l l n s ~ r i ~ ~ o

om mt&ria do p o l i t i o a indigona, d i spze no seu nQ 1 0 que "a sua

acgzo aponas s o f a r 6 sontir sevoramonte o a n t r a os usos e costumes

que ropreaontarorn urn a taquo & sobcrania portuguesn ou aos w i n d -

p i o s do humanida801'.

fi u r n f6rmula i d 6 n t i c e do a r t , 4Q do d s t a t u t o .

0 pr incdp io dn t o l o r 6 n c i a dos costumoa dove l ignr-so corn o

~ r i n c i ~ i o do sou prog ros s ivo apor fo iqoansn to sob n i n f l u 8 n c i s d o

d i r a i t o p6b l i co e privado portugu6s.

J& a l e i nQ 277 r e f l o c t l a o s t a proocupaqzo a o refor&*-so a

' a l t o r a ~ & 3 s n i n t rmduz i r nos usos o c o s t u m s corn o f i m do 0s me-

l h o r a r , mas gradualmento c do forma a semq caba lnen te c o m ~ ~ e e n d i -

das c a s s i n i l a d a s " (baso 1f3Q nQ 2) .

0 a r t , 3s do d s t a t u t o disp6o:

cumprimonto dos seus d zvsros conducontes ao melhoramento das con-

dig508 m a t o r i a i s o rnorc-is da sua v ida , a o dosanvolvimonto das suas

a p t i d z c s e facu ldados n z t u r a i s o, do urn rnaneira g e r s l , & sua i n s -

Page 102: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

t r u g g o o p r o g r c s s o , 1 r : L :r t i -ansfo~m:~q:; , rnci:a'; dc+? .: 1 ~ : : l ~ s ~ s c E ,,.,-,,,,,,,_-- -3,..* --...-- - .- ------ --- - c o s t u a o s p r i ~ a t , ~ ~ o s , , , , I f -

E a Carta Org&nica no art. 246 p r o c o n i z a a ox i s t Gncia det 'os-

t a t u t o s c spec ia . i s c c s i n i i g e n a s qua astabal3;um p c r a c:stos, sob a

i n f l u t i n c i a d o d i r o ~ 1 . 0 -- p i 3 l i c o c privnd~pox~?t~~Li, 1 ef;l nos j u p i -

d l o o s do con tompor ize .q~o corn os s c u s cues o cos', : w s , . . . &or:

p rocurando o scu l o s t o apcrfoic;onm?nto",

A R o f o r m Adrni .nistrat ivn U l t r a m a r i n a no a r t l g o j& c i t a d 0 0s-

t s b c l e c c q u e cube nos ad:-r l . inistradores de c i r c u n s c r i ~ ~ < o " f a z o r evo-

l u i r , p e l s p e r s u n s l o , ---- 9: - cos.;umcs o usas d.;s r ~ ~ t u r z i s , p r o c u r a n d o u - - - -

adapt&-10s p roa rcus iva ru .n to - A nossn civ!i.i,z-a&".

Corn0 oxcmplo d::. aapli.cagzo d o s t e p r i n c f p i o do l e n t o a p r o f e i g o a -

rnonto dos u s o s c c o s t u i . ~ o t dos i n d i g o n a s podem c i t c r - s o a l g u m s dls--

nprovada p o l o Dec. nQ 3 , 4 1 7 do 2i do Fe7ero;ro do 1945.

0 a r t , 42 disprle:

''3 d o v e r dc t o d o s o s rn6dicos dos sorviqos de sa6do l u t a r con-

t r a a m o r t a l i d a d o i n f a n t 1 . 1 , p rocurando c o n t r j . b u i r para a educaggo

dss &is, s u p r i m i r - . - - . -*. .. h 6 b i t o s -- ..,..- ---*.. b 6 r b a r o s ---- -. -. e zor,ora? l z a r prhticas d e pU-

I 9 c r i c u l t u r n . . . . . 0 a r t , 6 1 dopois d o , no corpo do a r t i g o , a c o n s o l h a r o " e s p i -

r i t o do m i o r t o l o r 2 n c i a p o l a rnentalidn.de, us08 o costumes do8 i n -

d igen i s : na a s s i s t 6 n c i . a n6dica s e s t e s , p r o s c r s v o no $ IQ:

''0 m6dico dos j o r . l i ~ 3 3 do s d d o nzo esquoccr; nunca a sua m i s -

sgo c i v i l i z a d o r s , d o irldclo ornlnontoqer t e c?:~ c a t i v n o p o c u r a r h

combatcr , corn cnor?jritz q:,s sc? v i o 1 8 n c ~ , ~ , 2 ~ ~ p ~ ~ t t ~ ~ Z ~ , S ~ s ~ u ~ p e r p ~ i i ~ i ~ - . . ..- " --------- ---- - . - - - - . . - - .

sns c dc ----. fo i t l&ri ; s _- q u c __. -.-. n i . e n t o ~ c o n t r a a s d d o -?ohu?t-e-dd_os in-

df&nns ou cont,rib':;tm pa-'? o d c f i n h a n f s n t o dn :jua ?,zpn". . .- ---r -.-x ----a - ----*--.-.-- .--.----. - -..-- T;: o a r t . 5 1, rc . , fc~in . i t - -. ,o c7,c)3 cl?. 2:: do IiIacn!?, f a z ulna r e s s a l -

Page 103: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

tondo don do i.3 c"-r-;7st;$ncirxs ~ ~ p ~ , : . - , l ; 2 0 : V ~ ~ ~ < ; Z I : , r:i7tr3 ;! PC-.

pulapzo chincsa i ccl51, I ., podor& scr p c l . z , t ~ J c .;, t . x ~ . ~ c ! ~ L ' J , .)sr

m6todos 0 r i cn t :~ i . s ql;,: r c n c i , z nEo ccnjop.: ( ! t i a:lt 3 11 c , ~ , v * ~ - % c

domais profiss6on : ~ ~ r o l n i ; i . c - s cnumerari i s n ; ,~t i, c:,lp't,u20. a c s 1-la.-

b i t a n t o s chin s da 1ncsma col6nj.a quo ph2a ttt: f i V r L sf; , ~ r s t ? ~ o r t ~ ~ C L - ;f bilitndos por o s c c l a ~ cu institutes qcc a i3cpa~t!c;&o Cen t ~ a ; dou

Sorvigos do ~ n 6 d o ropc tn r como s u f i c i o r t o a . ~ n + , o qus i i f ? ( . ados" .

tomporizagZo corn c s L:RC ,C o 'L:: .~CR;OS dl- L i ~ d ! ~ 3 n n 3 revcl.,zds o,.. c o r -

"0s indigonas 36 so sontom a vontsda, e at6 aornlqonto con- ,., for tndos , quando 1h0s r~,<o frzlto c c r t o arnbicnto :t q u e ostEo acostu.-

mados. ldclhor, p- o r d? q u o o n r s s o ?

30 h& quo t rnns fc ra , i - lo , !.sso 6 cbra ds l e n t a persuns60 o a*-

daptagzo; ngo do i n p o s i l ; ? ~ nos momcntas nnornais da vida:' .

48 - 0 c o r f l l i o colonia l . - - 1 -- .. r*II-...-.I--

dieonas d 3 -- divcrsas -- rctqn_%, t ? . = b ~ ~ c u ~ l ~ pi-?psTm+7

b) Conf l i t o l o c s t a t u t o a ~ u r f d i ~ c ~ ~ ? ~ s , 9 0 , ' ~ i s o n t r o &..= -*- -. -- -* -ye.-_

.Estudado, nn:; suas linhas gora i s , o e s tnu to dos indigenas,

vamos agora ocupar .nos dos chanados ''conflitcs coloni ta is" .

0 probloma do confl- i to co lon ia l n5o s o p6e tapenas devido ao

f a c t o da colonizaqzo. C c e r t o quo o s t z ( e jt'~. n i s s o fiz6rnos re- - f o rgnc i a ) s u s c i t a rolaq6es o n t r c indigonas s nao :n21genas, p c r -

t adorcs uns o ou t r c s dc ::eu cs:-atvta jt;*'id:'.~c p r 6 ; i ~ ~ g . So so l o

v s n t a uma quest20 entr; ~ l e o , c ~ n o ro~p~;-,rS .IF. ?

Page 104: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

N ~ O hi dGvida, por6n, quc o c o n f l i t o c o l o n i a l podo s u r g i r

rnesrno o n t r e indigonas , i? quo 6 prcc i ao qua nos convenqaqos ( v o l -

tam08 a d i z 6 - l o ) quo nzo h i urn"indfecna". .. Falrrr do "indfgena" 6 urn abstrncqno.

WA tanto8 i nd igenas qunntos o s grupos i t n i c o s . Em AlUgolrz,

pop oxomplo, 0 i n d i g e m do Qongo 6 muito d i f e r o n t o do ba i lundo OW

do cunnham.

D o d o modo, so urn lomu6 de FtIoqanbique oncontrxr' nn ~ o d i s i a

um cunnham do 3 u l do ~ n g o l d o oolobrnrem e n t r e s i un con t r a to ,

qua1 o d i r a i t o a p l l c & v c l ?

Na Vordada, o p r o b l c m d a c o l i s E o do o s t a t u t o s e s p o c i a i s nho

su rge 36 o n t r e i nd igenas o ngo indigonas , Aquele 6 urn exompl0

t l p i c o do o o n f l i t o do l e i s o n t r c indigonas . E s o o le8 s e apresen-

tarom ?i au to r idado por tuguosa pnra que o s t o r e s o l v a o l i t f g i o ? 0

j u i z davar6 r o s o l v e r "ex aequo e t bono", ist o 6 , sogundo a oqui -

dado, proourando a soluq5o mis justa, quer d i z e r , rnopos chocnnta

para a concopqGo de j u s t i q a do smbos o s contendoroa. o f s i t 0 ,

o f u i z ngo dove procfirar a solupgo mis justa, pnra ei -8 a SO-

luqEo quo, niio sondo c o n t r & r i a ; sua c o n c o p ~ z o de j u s t i ~ n , se a -

d a p t ~ , uontudo, & concopgiio do j u s t i g a dos l i t i g a n t e s .

Do t u d o i s t o so podc: c o n c l u i r que o quo c r t r ac t e r i za o c o n f l i -

t o c o l o n i a l , ( s o b qua lquor das sum duas f o r m s ) on rolnpgo aoa

o u t r o s c o n f l i t o s de leis, (1) 6 (I c i rouns t"anc i :~ do niio s e t r a t a r

do c o l i s g o de o s t a t u t o s forbnados om ordens j ~ ~ r i d i c a s sobernhaa d l s -

. t i n t a s . 60 h& c o l i s g o entro duas l e g i s l a q 6 o s do Estadoa d i f e r e n -

t o g , Como acontece no D i r e i t o I n t e r n n c i o n a l Privado. A c o l i s z o

d&-so on t ro s s t n t u t o s quo so firmam nuna ordca j u r i d i c a assonte

na n c s m soborahin.

0 o o n f l l t o c o l o n i a l surge em t o r r i t 6 r i o po r tugu i s , o n t r o sub- -. n) A a a t u d a r no D l r e i t o ~ n t o r n a c i o ~ ~ ~ l v a d o .

Page 105: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

d i t o s p o r t u g u o s o s , ao a b r i g o dc loi pcr tuguos2 .

Aseim, so olharcitos Dara o c o n f l i t o c o l c n i a l 2 n t r o i n d i g e n a s ,

c n a o n t r a a o s d o i s n a t i v o s d e umn ncsmz c o l 6 n i a ou do dvas c o l 6 n i a s

port ,uguosaa quo, t o d a v i a , t6rn u a o s e c o s t u n a s ou ral ig i50s (neste

c a s o , o s c c k l i t o s d i s o a - s o " c o n f o s s l o n a i s " ) d i f c r e n t o s .

Por oxomplo, urn i n d f g o n a mugu1m:~no o n t r ~ c4n ro1:rc;zo con urn

ind ige l l a png50 da m o s m c o l b n i s ou d o u t r a col6ni L portuguosa, ou

uln i n d i g a n a do dopgo c o l c b r n um c m t r a t o corn urn v;tun do Uoqaa-

biquo.

Estamos poranbo i n d i v i d u o s p o r t e n c o n t o e ?i rnesma 14apc<o cujos

u s o s c costumes v i g o r a m porquo n l o i por tuguosn o consents. fi a

s o b o r n n i a p o r t u g u o s a a base d o d i r o i t o consuotu:: indrio indigonn.

Xns 03 c o n f l i t o s r a c i a i s , o n t r o i n d i g o n a s o ngo i n d i g o n a s , 6

quo vGo sor, n o s t o n l t u r n , s b j c c t o d o n o s s o e s t u d o .

- .19 - ~ o l a ~ & s o n t r c i n d i g o n a s e n ~ ~ - i n d & e - n g _ ~ n f ~ $ ~

t o c o l o n i a l p rLpr i smonto d i t 01.

a ) 0 p r i n c i p i o da porso~alidado do dl-ctJto n a s r&n=

350s o n t r c i n d i p o n a s o nzo i n d f a o n a s ,

Eatos c o n f l i t o a rosu l ta rn do v i g o r s r a i n d a no t o r r i t 6 r i o c o l o -

n i a l o p r i n c i p i o da p e r s o n a l i d a d o das lo i s .

J& no o s t u d o dr?. ~ i s t bria d o D i r s i t o PortuguSs t i v o n o s ocaaigo

dc o n c o n t r a r a p l i c a q z o s do aosmo p r i n c i p i o . N o D i r a i t o lhoderno o

p r i n c i p i o dominant0 6 o da t o r r i t o r i a l i d c t d o d:ls i o i s , Sagundo ss-

t o , 6 o ospaq; t c r r i t o r i n : quo d o t o r a i n n o Gnbi to de u p l i c a q ~ o das

l o is.

Xas, no t o r r i t b r i o c o l o n i a l , cono ai s e oncontram i n d i g a n a s

e nzo i n d f g o n a s tom do :l.dmitir-sc o p r l n c C p i o da po:-sonnlidade.

do, i n d i v i d u o 6 p o r t n d o r da sun ordom jui??l?ica, t c n o sou os ts tu to

Page 106: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

pr6pri0, psssoal , EJZO uma l e i 6 n i c a apiiciive'i e~ todo o t e r -

r i t 6e io . 0 ngo indigen* 6 portador da l e i metropolitans; o indf-

gens 6 portador da lai da sua raqa, da sua t r i b o ,

Quando a Europa f o i s u j e i t a c o ~ o n i z a ~ i o e Rom dominava a

~ e n f n s u l a , 03 indigenas 36 de pois de uma assimilaqgo dos costu-

me8 se tornavarn cidudgos l a t i n o s ou roaanos, ~ t 6 d ' reg iam-se pe-

l o d i r e i t o da sua cidade. 0 rnosmo sucedeu mais t a rde quando 03

visigodos se estabeleceram e submetera~i os romnos.

Aqueles regiam-se p e l 0 d i r e i t o garm&nico; e s t e s pel0 d i r e i t o

Has desde que vigb13a o p r inc ip io da personalidade e cada um

(colonlzador e c o l o n i z ~ d o ) 6 portador do seu d i r e i t o , qua1 a lei

aplicAvel ks re lnqzss cn t r e elos ?

Podia dizor-ao quo 11Eo se concebern r e l a ~ g e s en t re indfgenas

e ngo indigonas porquo para que ostas se eatabeleqan 6 ncc&sskrio

que haja uma comunidade de d i r e i t o , Na f a l t a de s t a urn dos sujei-

to8 julga-8e corn d i r e i t o s que o ou t ro nzo rospo i ta e as rolaq6es

szo impossivois,

Mas essas relaq6oa sempre sa estabeloceraa e ui e s t 6 a t 6 a

pmva, racional do quc existe urn B i r e i t o Nat t~ra l porque ki 3QqPre

possibi l idado de os hornaqs oncontrarem urn fundamnto para a s suas

rola~160s.

b) - ~ o l a q ~ c s (:spocialmonte p r e v i s t s s .. - ----..- na -- 1 e g i s l m ~ - - - t u ~ u o s a ,

1- Cpn t r a to de t rabalho? "n6diKo do Frabalho do3 In-

d i ~ o n a , s " - ~ r n particular a r t . lQ,qQ, 8Q, 12Q, 24Q1

95Q 3. lzg, -- 2- Prcpr ic2ade: .. ---- C.0, a r t , 239, f; dec. ,28_47-T de

31 dl: Ir4alu .3e L d i 9 , art, 157 o 155: dec. 33727 do - ----

Page 107: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

f!c ,Tu.,Io dq-.;-?44 ( s \~sgongo) :.tr:#.226 e s - . -- pecialme?te a r t , 232,

3- -- D i r e i t o - te famfl ia : cnsanonto co26nico ont ro i n d i -

ona G nzo indi~cns, cquipanados ao cassrnonto do A - - - ~ A

nio iodf~enas: z. 35.461, a r t . 7Q; nns P G ~ C ~ F ~ ~ S 7--"

dc f ami l i a bascadns ncssa casnnonto, prevalscor6

somprc o o s t a t u t o possoc~l do ngo indiaeno, (ci t .dec.

a r t , 4 1 c rclQ do Dcc. i6.474 1,

Antos de abordarmo~ o ostudo da t o o r i a da resolupzo dos con-

f l i t o s do l o i s , vamos vltr os casos on quo o c o n f l i t o @st& prev i s -

t o o regulado no. l o i , casos, po r t an to , em quo o c o n f l i t o nzo ch8-

ga n dar-so por quo a i o i roguinmentou 8s roloq6cs en t ro indfgenaa

o nzo indigonas.

Asaim, as r o l a q & > s do t r a b a l h o os tgo p r o v i s t a s no + 6 d i ~ 0 do

Trobalho dos lndiponas 2provndo polo Doc. 16,199 de 6 de Lezern-

bro dc 1928 (1 1.

E s t o d i p l o m d o s t i r a - s c a r e g u l a r a prestaggo de t rnba lho dos

indigonas aos ngo icd igenaa . fi quo 6 e s t a urn dns mat6rias ondo

nps aparoce corn mis r o a l c e a d i f e rcnpa de posiqzos dos su jo i tos .

0 colonieador r cp roson t s a f o r ~ a , o n r b i t r i o . Ora so s e deQxasse

o indfgona s 6 z i n h o na p r o s t a ~ g o do sorv iqos , i i c i l a o n t o s o r i a nr-

r a s t a d o para a oscravat L ra ou ostados somelhantos. Podoria havor

nlguns patrEos nortoadox p c l a s r c g r a s da mosnl mas a tend6ncia nn-

t u r a l s o r i a pa ra a oprossgo do indigens.

Para quo s e possam ostnbolccor e a t a s rolnpEes a l e i regula

minucibssmonto a t u t e l o ao indigono o inp6e rosponsnbilidndea aa

nzo indf

-7 1 . ~ a i - s o f r c q u o n t o ~ o l ; ' t l O T ~ = T T ~ - ~ ~ r ^ ' ; ; L e s t e u i ~ ~ o - m ~ CO-

dig0 do Trabolho --. ~ n d f ~ c n % . ----. 11 .--.- Oro o t rnbn lho nao 6 indfgsnn n e r d e i - xa do sor.

Page 108: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0 Sap. V do c i t c d o l ip loma tern p c r ~ ~ ! . ~ r l a f e "DCS con t ra to de

prostaqgo de t rabnloo" e r c p s r t e - s e For 3 soccZos fundamnta i s ;

l a ) ~ i s n o s l ~ E e s gcr i i s

2 s ) Dos contrat os d3 prostaqgo do t ~ a o a i h o celobrados corn i n -

tcrvenqEo dc autoridado

3 a ) Do3 con t ra t c s do p r e s t ~ q g o de t r a b a l h o colobrndos sen i n -

fi o a r t , 95 qua abr)o e s t c c a p f t l ~ l c :

"0 govern0 n:"lLl i ~ t i l ~ v c r n nos con t ra tos do t r aba lho a ngo s e r

para a s scgura r nos i n d i , o n s s a libardadc de con t ra t a rea 0s SoUS

scrv$gos corn qucm cnlh5dorcm o para f i s c a l i z n r o cumprimento dos r

* r

con t ra tos , 'oxorcondo a t u t o r i a dc que os indigonas carecoa".

Par tc -sc do p r - ncin -0 q u c o i n d f S c v ; ~ nzo t e n condiqzes de ma-

n i f o s t a < a o l i v r e de vnn4::3e para c o b t r a t a r corn o ngo indfeena e

dcd a t u t e l a ,

0 a r t , 96 acrescontn:

" 0 s con t ra t a s podcm se r f c i t o s cea ou s ~ r n intervonpiio da su-

t o r idadc.

$ Gn.ic0. A s I jnica,s xutoridados ooi;tpeten*Jos para i n t e r v i r na

roal izaqEo dos contro."t'os sgo o curador o 08 sous agontos",

Estabcleccm-so, om seguida, as c o ~ d i q & s do c e l o b r a ~ g o do8

O u t r a s ro laqzcs cs9ecialmcntc p r e v i s t n s na l e i szo as r e s -

p c i t a n t o s posse das t o r r n s .

~ i s p E o o a r t , 239 C:!, % r t n O r g h i c a no 5 6nico:

"A propricdn52 '.nd.16cnn n a s ool6nirzs ds Afr ica e Tiaor ngo

podcr;" e c r a l ionadz f ncv ;lc?r qxnlqucr t ,,xm. o ' ~ r gada, considoran-

do-sc nulos todos L,? n;s3s 6 e t2ansml ssgo quo nGo so jaa os admiti-

dos polo uso consuc*;cdn.ri6.rlo ge;?*~$lic;, rjrtt,re os rnornbros da r e s -

Page 109: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

PU o J . V ~ ~ x m l liali . 1mp;o-3e a o i n d i g ~ n a a incapac idado p a r n cc l sb rk~r c o n t r n t o s

do a l i c n a q g o d n s sung t c r r a s m3 i s t o corn o f i m do o p r o t c g a r , co-

mo a c o n t e c s n a in t lordiqzo por p r o d i g a l i d a d s ,

Reconhoco-so q u s o i n d i g m a ngo tern a s condiq6os de indopon-

dsncia ocon6mica 0 d c s i t u a q i o s o c i a l q u e l h e pornibam r o a i s t i r

i s p r o s s h s d o s nzo ind igonas no s o n t i d o do o l o v a r a cedor a t o r -

r a e 6 p a r a o v i t a r , procisamonto, c s s e s a c t o s , p o r vezos , r e v e s t i -

dos d o t o d o s os r o q u o s i t o s l o g a i s mas e x t o r q u i d o s por c o a c q ~ o , quo

so d o c r c t a a inalienab:'.:.?.ddie dos t e r r a n o s p e r t e n c o n t o s a ind igo-

nas.

N a mosmo o r i e n t a p g o s o f i l i o m c e r t t r s d i s p o s i g 8 e s s 6 b r e concos-

s&s do terra8, A l o g i s l a q ~ o a o s t o r c s p ~ i t o sncontrava-so n u i t o

8 i s p o r s a . D E L ~ a nocoss idade do s o u n i f o r m i z n r a l w l t i p l i c i d a d o do I

l o i s o x i s t o n t o s , o b r a l e v a d a a oabo p g l o Dec. 33.727 do 22 do Ju-

nho de 1944 quo aprovou o " ~ e g u l a r n o n t o para :r concessgo do t o r r e -

nos do d s t a d o n a s c o I 6 n i s s c o n t i n m t a i s da Afr ica t ' .

~i s c rogulam as d i v e r a a s f o r m s por quo o Es tndo podo d i s p 0 r

dos t c r r o n o s do seu .-- d o d n i o ~ 6 b l i c o - . . - _ I - _ e o l o n i a l ( a s chamdaa ' t e r r a s

vagnsl' p a r a c o l o n i z n g ~ o 1 om f a v o r dos que protendam dosbrnvd- lns

v n l o r i z j - l n a , Essaa f ormas SEO: o arrandnmehLp,o af o ranon to ou

c n f i t o u s o a a vond:t ( e s t a Gltim muito r a r u ) , P o l o rsrrendaTlonto

ou onf i t o u s a , o concossion6,r io f i c a obr igado a o uprovei tamento da

t c r r a o a t r a n s f o r m q h o d a c o n c e s a ~ o em propr iedade s6 se v e r i f i -

c a r 5 quando n t e r r a t c n h n i n c o r p o r d o uma quan t idado de c a p i t a l e

t r n b n l h o quo garpwntc a cont inuaqgo d o sou e n r i q u e s i n o n t o o s e poa-

sn d i z o r que houvc urn. a c e s s g o mis valiosa qol o aolo. A terra,

om A f r i c a , s d por a i nYc vvlo . P r o c i s n d e c a p i t u l s t r n b s l h o , se-

n ; ~ , d o n t r o dc d o i s ano?, cobre-so ds n%eo o p a r a nada sorvo.

Page 110: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

!,!as h& t s n t a 'c<>:.r:, :z c:-lta-'.var o sco t z o poucos o s brsqos pa-

rr, a t r a b a l h z r qu3 : ,YPJ - n c o r p o r a g ~ o 6 sanpro d i f i c i l .

0 mosmo d i . p l o v r c f o r c - ~ s c ainda is rese rvas , terronos que nEo

podom sor conccdlrlos por 30 oncontrnrom reservadoa para o s r to s

fins.

Entro o las avultnrn as " rcse rvas para indigenas" que, oomo j6

t ivonos ocas izo dc vc r , corrospondom ao qu in tup lo das t o r r a s ne-

cossbr ias i s cul tunas d r m ano.

alias o art , 2% c SL 7 , do Docroto c i t d o , correspondentea cr

urn c a p i t u l o sobro ; ~ o r ~ v ~ s b s n indif lsnaaW, ostaboleco-so o r eg i -

mo da u t i l i z a 9 5 0 p c l o s i l~d igonas dos t o r r snos quo lho sEo oonce-

didos.

Aasim, o a r t . 3 2 d:tcrrnina:

'I& oxprossclrncntc proibido lzo indigena a l i e n n r , t r o c a r , hipo-

t e c a r ou a r rendar as t e - .I;nos ocupados nos termos des t e olrpitulo

a i n d n quo os mesmos t c r 7 - 3 n o s aejarn t i t u l a d o a confortno dispsa o

art. 228.

$ 6nioo. S ~ O :-31 OE do d i r e i t o todos os cont rn tos celebrados

por indfgonas om cont rav ,>nggo do d i spos to nes to a r t i g o ; oa conser-

vadoros do r e g i s t o 9 odS 11 rocusnr6o o r s g i a t o aos t f t u l o s de on-

do constam essos c o n z r n t o s " .

E s t o docre to acha-s~3, porhrn, suspenso por so ter julsndo in-

convonionto para o E s t a i o dovido a c o r t a s disposiq6ea aobre explo-

rtlq,<o f l o r o s t a l . Crdchcv-so n a u a rev i sgo nesse cnof tulo; logo

om 1945, mas 08 serviGqCl do X i n i s t 6 r i ~ daa "ol6nias encarregados

desse scrviGo ngo c 2' 3-:enhram nt6 40~'e.

VO cn tan to , cs sc:.s Jisposip~es sobre conceas~ea a indigonas

sgo mais ou mccos ns ~ 2 ~ ; 1 1 ' ' ~ - ? n s po lo Doc. 5847-p, nos arts, 148

e sogs, ,

Page 111: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

C s?t. 155 d i s p z c , c m e s p e c i a l :

" ~ u a n d o q u n i s q u e r i n d i v f d u o s ou sociedades roqueiram e o b t e -

nham a concossgo de t e r r w n o s ocupados p o r i n d i g e n e s nos termos d o s

a r t s , 152 o 153 ( is50 6 , f o r a das roservas) 6 e a r a n t i d 3 a o s i n d f -

gonas podorom conscrvar - so nos t o r r o n ~ s por a l e s ocupados ou OD-

t a rom p o l a s u a oxpropr iaqgo , i n c l u i n d o a das cubaens o dns benfei-

t o r i a s r o a l i z n d a s , dovondo n o s t o c a s o sor-1hes p o r n i t i d o ocupar

t o r r o n o s do i g u a l v a l o r nas r c s e r v a s " .

0 ar t , 157 contcm r mosma d o u t r i n n do a r t . 232 do D O C . 33727.

NO d i r e i t o dn famir.ia, o casanon to oan6nico e n t r o i n d i g e n a s

c nzo i n d i g e n a s 6 o q u i p a r a d o na co lobraqgo e nos o f e i t o s ao c e l e -

b r a d o o n t r e nzo ind igenas .

A s s i m d i s p 6 o o a r t , 7s d o Doc, 35,461,

" 0 cnsamonto c e l o b ~ a d o nos t o r a o s daa Lois cnnhn icas e n t r e

i n d i d d u o s nzo indSvgonas I-r.- --." ou o n t r o indfaona o ngo i n d i R o n a produ-

z i r j t o d o s oa o f c i t o g c i v i s so o r o s p e c t i v o a s s e n t o f o r t r a n s c r i - no r o g i s t o

t ok&o o s t a d o civil".

Nos r o s t a n t a s a s p c c t o s d o d i r o i t o de f a d l i n 6 tanb6m a l o i

do ngo i n d i g o n a quc dove p rova locor .

I s s o r o s u l t a do art, 4 1 do mcsmo d o c r o t o , q u e , como j6 sahe-

mos, do tarrnina quo ';a cc lcbraqEo c a n h i c a do cnssrnento i m ~ o r t a r i

por s u a n a t u r o z a a r c n 6 n c i s por parte do alnboa o s nubontos po-

l ignrnic~ c a o s u s o s o costurnos c o n t r 6 r I . o ~ ao casa~nontv c:rn6nico",

t o p r i v a d o o n t r o i u d i @ ; t ~ ~ a s , c o r r o b o r s a mesmn idc ia , nsstpl passagem:

i' . , , , . continc:-born 3ut oi+,as a o s t r i b u n a i s o r d i n b i o s , noa li-

mi tos das l e i s cxiaLcr,CJi:s, t o d a s as quost6es cujos d h r e i t o s e o-

b r i g a ~ 5 o s resu7LonL i l ~ ?. t26cl de peasoas , t a i a como as scpGos do L

Inves!iigaqno dc p:lbtlg. r : , ~ . ~ i ~ ~ d o 011 ~ n t c r n + d ; 2 3 0 i l e g i t i a a s , a i n t o r d i -

Page 112: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

qzo por dcm6nc :z P.; ?:'(,;;L; c~;.1C3d3r 0s divbr? : 08, a s suces s8es e ou-

t ras qucs t 50s dc na?.: ~ c : , n anilogrr".

50 - ~_klto+~?-- 0ntr .o i n d i ~ o n a s e r i o indf .geni~s - - ( 0 0 n t . 1.

~ r i n s i n i c s gerai.s p a r a a s o l u p ~ o do c o n f l i t o ~ ~ l o - -- -<-. --- nic1.1 ? -.--

a) A --.-.. dou t . r i~ tn , -a ~ o l u q i i e s p ropos t a s :

I- - a p l i c n q ; ~ --- drr l o i indfUcl=

2- ----- aplic:iqS'i, -- da l c l n i o t r o p o l i t a n ~

3 + ~ ' 1 . c : ~ ~ ~ _ _ _ _ _ I + . ̂: -_____ d3 l e i motropoLltnna --- n a q u i l o quo sela

f : ~ o r ; ~ * :l %o n,<o indfgontt. - --- 4.- Lu.5~0 :L oquidnde,

?ilas como r o s c l v e ? c c o n f l i t o cm m t 6 r i n do d i r e i t o s r e a i s ,

al6m cia propr iodade , o do d i r o i t o s d e cr6dito ?

A d o u t r i n a t , ~ m propos5o v b i a s s ~ l u g & s .

Aquoles quc silo m y .s f n v o r j v c i s 20 p r i n c i p i o dn adqinistrnqgo

i n d i r c c t a , os a c i o r o g advoys&rfos da c o l o n i z a g ~ o p o r n cons ide ra -

rom po r tu rbadora d a socf odado n n t i v a , ossoa ontendom que devo a-

p l i c a r - s e o D i r e i t g o - - - - d o , . , . . indf~onn -.. -.C p o i s s e p e r t o do p r i n c i p i o de que

6 ossc o d i r c i t o mais f a v o r j v o l p n r t o mi8 f r acn .

Sinplosmontc a o s t n c o r r o n t c podo l e v a n t a r - s e uma o b j e c ~ ~ o :

So o colono sc c n c ~ q t r n no t e r r i t b r i o c o l o n i a l para melhorar

c f a z o r p r o g r c d f r :I manclra d o v i v o r do indigona e aprofeiqoa~ os

scus conco i to s mar?.::. o 1 ~ d i v i d u n i s , h& d e ostabelocer como p a d 6 0

o b r i g a t d r i o o d i rc3 . to co.??oal hd-do " c a f r o a l i z a r - s o " o ngo i n d i -

gcnn ?

P o r t a n t o , c f :, --;.-, ,, (>.;La ~ o l u q z o n::o 8 ad( t n d a ombora so ba- u

s c i o numa i d o i a dc. p r o , ? :;an i h p o r t 0 ~z1.9 f r f i c a ( O quo nem sonpre

aoontoco v i s t c 05 GROL ~3e<gt7733 darsln gernl lnents pnoteoqgoao rllaia

Page 113: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Outra so luq5n o r r t r ~ ~ n a d a q u e previ; s e q p r e ;: , ;tr\.,: --. - - ~'1950d.3 lei rnotropolitnnfl. -

N ~ S , co lon izndcros , sornos p o r t a d o r e s de un,~ nonL;?gom de c i v i -

l i z a q ~ o , temos a con??L6ncia da s u p e r i o r i d s d o dcis novsns concep-

qzes , b a nossa l e i , p o r t a n t o quo dcvo p$mnlocer.

E s t a d o u t r i n n a s s o h t a no p r i n c i p i o da a s s i r n i l a g ~ o , 0 d i r o i -

t o dos p n i x ~ a c i v i l i z n d o s 6 urn d i r c i t o apor fe iqoado p c l n r a z z 0 u,

p o r i s s o , mais pr6ximo 6.0 D i r e i t o "atural, mais or6ximo dnquules

p r i n c i p i o s cornuns 3 tc3do:i 08 hotncns "que nascon i l v r o s o i g u a t s

om d i r o i t o s t ' . ~ s i o prcLt.md.nio dn l e i n o t r o ~ o l i t a n r z ,

Dontro dos p n r t i d d r f o s destn c o r r e n t o h& a i n d a un s e c t o r maia

avangstdo, d c f o n s o r de uma p o l i t i c a r a c i a l , q u p r o c o n i z a a a p l i -

c a p j o da lei rnetropoli5ana na rnedida em quo fBr f a v o r & v e l ao nzo

i n d i g m a ,

Mas cont ra es ta d o u ~ r i n a s u r g e tarnb6m urn g r r v o o b j c c p ~ o . &

que ela ludibr 'a a boa f,: db ind igen&, i n c a p a z do compreender o

d i r o i t o d o c i v i l i ~ ~ d ~ , ~ q u o l c v o r - s e - i a e s p c l i a d o e s u j e i t o cr nor -

mns quo nfio soriam para 310 rnais qpo umi viol.aqGo da j r rs t iqa . 0

ltsu~nmum i u s " l o v c ~ r i n nosto caso 6 "surnrna i u j u r i a " .

Por i s s o , nu i t >e a u s o r o s optam p e l u exclus;';c, do um s l a t o m ..

r i g i d 0 o pcln. cdop;:~o d o c r i t 6 r i o da - o ~ u i d n d o . .-&-.-

b) 0 D i r c 5 - 5 0 ~ o r t u g u a s : doc, nQ 16. A 7 4 (le 6 de Fevere l --..t* - . . .*. .. . -w ..,.......... ...Clr....IL..--- ..."W.. -,.- -..- 6.- %. . -.. -* ,- < .

1-~rincf $ 5 c fundamental: j u l = n t o ox aoquo o t bono .. .---. - * \-. -. . - * ( ---.---I- - * - ----.-

[ a r t 3 0 ) - . - .- -- .- - 2-*3 3e~ , r~c+ ,c vi.scr ospec ia l .non te o f o r m d ~ ~ r o c e s s o -- ̂..* -._. .._ ~, . _ ___ . ... ..-* .. .. -.., ... -, .._ *... -.-.. .. .. -- .I. .... . . .. ,.L. .4

Foi $ ~ , r r . ~ , ' ~ . n e s ~ s . o r . , o r t s ~ z o auo sc3 r n a n i f ~ s t o v o CireiSuo por-

Page 114: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

ploim rcguln as reln;oes de d i r c i t o pr:vado ~ n t r o i nd igems 3 nzo

indigonas mas 6 sokrc;t~;fo urn diploma de fndole p r , c o s s u : ~ l . Dcscro-

ve as f o r m s do p l t o ~ c s s o n e n t o o ju lganan to dos p l e i t o s o n t r e i n -

d igehas c nzo i n c S g ~ n a s nos t r i b s n n i s d a s co l t r i i a s

0 cnr&cto r essoncizlrnonto p r o c o s s ~ a l d c s t o d i p l o r n encont ra-

-SO j u s t i f i c ~ d o no Relzf ~ r i o . ' I . . . P o r s i s t i r om dcixar o indfgenn entrgguc :s .umplieadas r e -

g r a s do procosso c l v i l d ~ s c i v i l i z a d ~ s - a q u e l h o 6 d i f i c i l r e -

c o r r c r , pe los moti-ros ndlizidos - 6 doixnr 80 nbandono a dofozn dos

scus d i r o i t o s o p o r t a n t i p r i v a - l o da s s s i s t G n c i a do que caracc nad

ofonsns quo porvcnturo. .:cjam f o i t a s a oeses d i r o i t o s , quer nn o r -

don moral, que r na m t c r i a l . fi a16m d i s s o apoucar o d o d n i o moral

da f6 o ConfianQa q\:e f:l( p r c c i s a t e r por n6s c quo R a u t h r i d o d ~

a d m i n i s t r a t iva , corn? ropllesontanto do d s t a d o soborano, t e n de %an-

t o r , ern todos o s i n s t a n t o s o om t o d a s as c i r c u n s t 6 n c l a s , nos moios

indigonas".

Es tabc lec ido quxl o 6rggo cornpeteqte para roso lvor e a . f o r -

ma do procosso, f o i n e c ; c ~ s & r i o dotorrninar qua1 a lof r - ~ i c ! . , ~ l

l i t i g i o .

E assim o a r t . 3 9 , clisposiq6o f u n d a m n t a l n e s t e dec ro to , e s -

t ipulou:

"AS questzos do na tu roza c i v i l o c ~ m e r c i a l o n t r o indigonas e

ngo indigonas s j o ju ig l .?*rs "ex -- aecgo e t -- bonm" polos j u i e e s de di-

r o i t o e processados nos tormos do p rosen te d i p l o n a w ,

Por t an to :

dPgGo compotente: . j u i z do d i r ( 3 f t o

r r i t F r i o de 2111 ,clmentc; - a oquidade

Page 115: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

" ~ x c c ~ L u , ~ ~ 33 LS Q J C Z ~ ? C S s013re c3st,adc Ue posscu:: r+ as r e s u l -

tantos do con:rsb,c.s dc: ~~i"ca t i lqL?; d~ S ( ~ T - J L ~ O S q u e c o r - . i i 7 ~ n a re -

11 g u l a r - s o p o l a s :-;?e 3n t vigoil . d s t o docre ; r . , r,ardm., s o d ~ x muitc, n&o c i ~ e cudo, ?:oa po r re-

solver o p r o b l o w 3nzvk:s ino de s a b e r o qua vea a se? n equ5dado.

- t . . I* .----.-, s n30 i n d z ~ n ~ i - - -.---.-"--. l e s o b indfiTo,"c, .'.- ou.*

xle nn to . a. 39s s o u s p r c c o n c o i t o s o s t c cn'701vrz aye.,-, *---..-.- .-r-.----.- . .. .-1.-- - 3 - 1 .

2-Formn de-<i-zt,in,$ir: se o nC<o ind,&@na c o n C r a t a r corn

o !n:<=n.~ submetondo-so nos upos d e s t e n r o c u r a r uma II --...I - - -a .^. .-. -. *.--- ' - * . - - --2- ------ ..v-.- ---

Ifia,S

9 o l d n i o ?uo f n q n j u s t i q a dc acordo corn t a i s usos , e- X r . - -1-_1

onter~-35 no s o n t i d o dz ---- -.--' vo1.c \-~LO --.- s c ~ f l u i j n c j - a , 'do d i r e i t o p6b_l_co o pr ivr t -

%ortt$uSs; -- -.. s c o n j o i n d b e n a ngo fez n 3 n q h de a-

c e i t v ----, 2s c s o s i n d i K o m s o se 3 _ i d R c n a s o prosumo. - oonh->ccr a, p r ; t i c a s d o s c i v i l t z a d o s ~ o c u r n r uma - r- w - - C__

aolu(&&tpirada no d i r c i t , o po?tugu$z m s t e n p o r a d a

de mod3 a r.co ofondor os d i r o i t g s do indigonn e n t o n - - didos o ( 2 z d o a s u a rncntz l idado o mano_ir:t do s o r . --

0 quo 4 r e s o l v e r 'ILK aoquo o t bona"? Qua1 o s i g n i f i c a d o de8-

t o invocapCo ? P c y m i t o 3 a fn s t amen tq dn l o i oxpreaso , p o r m l t l r 6

sob ropo r o s c n t i m i u t o .LO j u i z & l o i a x p r c s s o 4

$60 v m o s v o ~ o p r o b l a m corn o s t a s n p i i t u d e m s apenas no ca-

s o p a r t i c u l a r q u c c'lrc-+>mentc :.3s i n t o r c s s n - o dns r o l s p d o s en-

t r e i n ~ f ~ c l l a s o n? , i n d i g L - ~ z n , Aqui, como dove ontc;ndcr-so a e -

q u idadc ?

Para o s s o o f k i t 0 C. ;m p~azmeir; , ~ a b o r o que quis R lei ao

impor ta1 c r i t 6 r i 2 .

Page 116: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0 qlio se pr ($ t c~ : l e a rea l izaqgo da j u s t i q a com.<ta%iva - que

nem o ngo i n d i g e m p ( ? s s ~ ~ l e s a r o indfgena nea e s t e , a t i t u ' o de

que 6 ignorante, pcssa oon t ra r i a r todos os plsnos do ngo indCgona,

ludibriando-o corn a conhecida manha dos t o l o s f ingidos.

Ora, como poderomos obter e s sa j u s t i q a conutat iva no contrato?

Noste ponto s o dobatom os t r a t a d i s t a s em longaa controv6r-

sias sem consoguirom uma soluqiio c l a r a e fbrme. Trr l i ncor t eza e

hos i t apso 86 podo 3xplicar-so por urn f a l t a do contact0 corn aa

roa l idados do moio.

Sogundo a opinigo possoal do Sr. Prof. Dr. Yarcello paetano

o prob lem tom do s o r posto conforme a s c i rcuns tbncias de cada

caso (cbmo 6 da oss6nc-.a Ba oquidado) e do ecguinto qodo:

So o nso indigena cstaboloce a rolagzo corn o i n d i g m a no melo

d c s t c e dando mostras dc conhocimonto o acoi taqzo dos uaos e 00s-

tumos nat ivos, o l i t i g i o tom de rosolvor-so pe la apl icagzo dossee

usos o costumes ol;lbo:-a corn as r e s t r i q z e s quo lhe szo f e i t a s pe la

l o i ,

Exoaplif'lcando: 0 lndigona quo v ive na aanzala, ern r o g i m tri-

bal, Poi procurado por urn ~:uropou quo babi tualaonto negocoia corn

indigonas. Penctra na a l d o i a o p m t i c a co r tos a c t o s quo segundo

09 usos indigonas t 8 m dctorminado s igni f icudo, por exqmplo: onbrc-

ga ~ M s o n t c s ( toc idos , ssl, bobidas) ao chefo da t r i b o para s e l a r

c n t r c ambos a amizadc o G alianqa. Xais tardo vcm a f i r w r quo s e

L l n i t o u n conf i a r ossos objoctoa en dep6ai to no cheto da t r i b o ou

qcc f3.sou convoncido quc os t i n h a vendido,

Se o j u T z v e l t z f i o a q u o o europou entrou na uldoia, ag iu se- t-t f

gun.lc .s u r a s e e c ~ t u r r o s dos indigenas, b r ~ t i c c > d a s cort%onias po r

c l o s jmp,ost$ps o , pcH cc-;-o lado, o chefe de t r i b o ost; convoncido

do quo r e c d a u urn djvrns do ouropeu, quer d i z o r - e s t & de boo f 6

Page 117: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

dovo rosolver sogundo esscs usos c c ~ s t u n o s . se

Inversamcnte, Y O v c ~ i f i c a quo o i n d i g m a t e n p r & t i c n de CO-

incrciar con ouropous poio so ellcontra d o s t r i b a l i z a d o ou, polo men

nos, tom t rabalhado bastcanto corn nc<o indigonas, indo froquontcmon-

to' soda do pas to ou, o!z ljltima s n Q l i s o , porquc na sua rogigo ae

conhoco a inanoira coma actuam os ouropeus, ontgo dove ap l l ca r - so

a l c i motropolitana.

Em c o n c l u s ~ o , dovo procurar-so aquela s o l u q ~ o quo so prosumo

mais do acordo com a s c i rcuns t&ncias e do harmonia corn a vontado

das partoa,

r a l das ~01.6nias , XXVI , paR, 101 ),

0 p r i n c i p i o da t c r r i t o r i a l i d a d o dns l o i s 6 , na 'dotrbpole, t z o

dominante quo urn i .ndigann chegado das col6nias doixa do 32r indf -

gona, sendo-lhe apl io&vois todas as l e i s metropolitanas, s o n an-

bargo, porim, dc rucebor quanto aos neg6cios em que a sua vontado

s o ngo tenha ~ m n i f c s t a d o l i v r o o osclarecidamonto u r n c e r t a p ~ o -

tccggo da l e i ,

Fof e s t a dou t r ina flxada num parecer s o l i c i t a d o pels Inspeo-

qzo Superior dos ~ e ~ 6 c i . o ~ ~ n d i g e n a s k ~ e p a r t l p g o de Jus$ iga da Dl -

recpgo Geral be ~ d m i n i s t r a p i o ~ o l i t ~ b a e c i v i l do ~ i n i s t 6 r i o das

~ o l 6 n i a s , a f i rop6si to de urn queixa apresentada naquele lQ organis-

mo . Diz a c e r t a a l t u r a o c i t a d o parecer:

Page 118: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

p a r e c e impor-se a r e s p o s t a de que f i c a m s u j e i t o s a o r c g i n e j u r f d i - a

co comum.

U m a t a l conclus50, por6m, t o r n a - s e chocunte p e l 0 c o n t r a - s e n -

s o que , apnren temente , o r i g i n a ; o de urn native nn sua c o l 6 n i a e s -

, t a r s u j e i t o ao r e s p o c t i v o z s t a t u t o p o l i t i c o , ' l i v i l e p r i m i n a l ,

buando p o l a s l e i s l o c a i s s e j a c o n s i d e r a d o urn indigarm, e d o i x n r de

e s t a r s u j e i t o a t a l regime , j u r i d i c 0 p e l u s6 c i r r u n s t & n c i a de s o an-

a o s i n d i g o n a s s e j u s t l f l q a p o l a prcsunqiio do que c s t e s , ern v i r t m -

de da s u a a t r a s a d a mcnta l idsdo o r u d i q o n t a r c i v i l i z a ~ z o , nzo Se

scham crn c i r c u n s t & n c i a s r ie s o r cons fdorndos no .nestno p l a n 0 s o c i a l

dos i n d i v i d u o s c i v i l i z s d o s , nom dc s e oriant::rcrn p c r s i mesqos na

d c f o s a do8 sou8 i n t c r e s s o s ou d i r e i t o s .

Ora, c o n s t i t u i n d o c s t a p r o s u n g ~ o a causa, d e t c r m i n s n t e do r e -

gime j u r i d i c 0 e s p e c i a l e s t a b c l o c i d o p a r a os ind . igcnas nas n o s s a s

c o l & n i a s , regime quo g a r a n t c a s u a p r o t o c q g o o d e f e s a , nzo rnanter

t a l g a r a n t i a , q u a n t o a o s i n d i g e n a s quo s o encontrem na : ~ & r 6 p o l e ,

6 v i o l a r urn p r i n c i p i o b a s i l a r da n o s s a politics colonialists.

F o r o u t r o l a d o , a f i g u r a - s c - n o s i n c o n t r o v e r s o qme as d i s p o s i -

qzcs do E s t a t u t o ~ o l i t i c o , C i v i l o Cr imina l dos l n d i g e n n s sgo de

compct6ncia l o c a l i z a d a , i s t o 6 , s6 s e ap! icam exc lus ivamento n a s

c o l 6 n i n s r a s p e c t i v a s .

Somo concilisr,ooi s -,-_ se-melhanto si,tuagho--?. , -.- ---- 71)

- . ~ ...--. - Afi rmara - se o , n ~ ~ : . i < ~ ~ i ~ > n t ~ c , corn b a s e no 9 u n i s o do t z r t , . 2 4 i j T . .

C. O . r l no st . d o s 1 1 l r : i g \ n a s , - que e s t e s e a p l i c a a p c n a s nns ~01.6- n f a s r o f o r i d a s .

Page 119: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Na f a l t a dc urn c r i t 6 r i o l e g a l inp'de-se -- a nos33 ve? - ,J.na

s o l u q ~ o fundada n a c;uidade.

Corn e f e f t o , 1m1 sc zompreende qus r s l a t ! v a ~ e n t c u j ndividuos

num e s t a d o dc c i v i l i z a q g o m n i f estamente a t r a s a d a e , p c r c o n s c ~ u i n d

t o , ern c i r c u n s t % n c l a s de ngo podercm i n t o g r a r - s 2 inediatarnente nurn

nuio s o c i a l dc c i v f l i z a d o s , EL l e l quo, p rec i sanen to , l h e s g a r a n t i 0

protccqEo c dcfesa no 3eu p r b p r i o moio l h e s r e t i r e agora t a l pro-

tecqzo polo s i a p l c s rnotlvo de t c r va r indo o n s i o anhiento geogr j -

f ico.

Su j o i t o a , ornbors, a o r eg iao j u r i d l c o nonum quando permanecen-

do nn ~ e t r & ~ o l c , af igurt t -se-nos quo os n a t i v o s de qualquer das nos-

s a s co l6n ias da ~ u i n 6 , Angola c Moganbique nc%o podcrzo d e i x a r de

o s t n r s u j c i t o s a urn rcgi:nc dc p r o t e c ~ u o .

{Iss quc regime ?

Umn d i s t i n q z o se imp50 desdc j6:

Sc: s o t r a t a do urn n s t f v o que v c l o p a r a a ' 1 c t r 6 ~ o l e j & depois

do t c r ob t ido na colhnia, da sua o r i g z a o reconhecimento da sua qua.

l i d a d c de assirni lado c 12gc~lmonto coaprova osse f a c t o , 6 ev iden te

quc cm tsl 1 . l i ~ 6 t e s c nenhums d6vida so s u s c i t a . 0 sou r eg ine j u r i -

d i c o 6 o mosmo 1ii c c j .

J a s s c s o t r s ta dc u m ind igena no s e n t i d o t 6 c n i c o - j u r i d i c 0

da exprcssiio ?

Aindc aqu i o u t r a d isp inqzo so nos a f i g u r a impor-se. 6 a se -

gu in tc :

Sc , sob o a spcc to c v o l u t i v o o i r d f g e n a d j a o s t r a s do s e ter

clcvado no plano s o c i a l o de e s t a r ca condigEsa, p e l a sua aenta-

l i d a d c , p e l o s scus conhecinontos e p3 la sua p r o f i s s ~ o de s e r con-

siderczdo assirni lado, a s l ~ a capacidado j u r i d i c a ser; p l ~ n a ,

3 quc, na roa1idr.d 2 , af igurn-se -nos quase inposs fve l , sengo

Page 120: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

i l nposs ive l , v e r i f i c a r a c x i s t 6 n c l a do uma r e l a 2 5 0 j u r i d i c a coa-

p l c x a e n t r e u m i n d i g e m ern c s t a d o s e l v 6 t l c o ou a t r a s n d o e urn i n d l -

v i d u o de u m rnoio c i v i l i z a d o , j; q u e o p ~ h p r i o n s i o quo e x c l u i

t a l p o s s i b i l l d a d e ,

C ~ n s e q u c n t e ~ m e n t c , d c s d e o moment o quc o i n d i g e n n d6 g a r a n t i a s ,

p o l o modo corn0 ac a p r c s e n t a , de t c r e v o l u i d o em c i v i l i z u ~ ~ o , p a r o -

cc-nos i n j u s t i f i c j v c l urnn p r o t e c g g o 4s quo n l i 5 s ngo ca rcce .

Dc r e s t o , s e t a l r e l a p g o v i c s s c 2 s t a b e l z c o r - s e .nix 7ds t r6po le ,

essa c i r c u n s t $ n c f a , s6 p o r ~ i , j j ~ m p l l c a v a que o ind ieena o s t a v a

ern condiq8cs do sc c o n s i d e p a r i n t c g r a d o no n e i o s o c i a l a e t r o p o l i -

t %no.

: las admi t indo , em t c s o , quc 30 t rn t rz do urn a n t i v o s m a t r a a n -

d o grau dc c i v i l i z n q z o ?

8T.rcsta h iph tcse , o t ondo p r c s c n t e a s u p e r i o r r a z z 0 quo lovou

o E s t a d o n s s t n b c l c c c r para as c o l 6 n i a s ua r o g i n c e s p e c i a l de p r o -

t c c g g o nos i n d i g e n a s , p z r e c c q u c a mosna razEo imp& que p o r i g u d

e na ;.!otr6polc s c l h c s d i s p e n s e t rxmb,$n umn p r o t c c q , ; ~ ec?uivnlonte.

:das como?

~6 r c c o r r c n d o nos p r l n c i p i o s dc a n a l o g l a , coao f n c u l t a . o a r t .

16 do ?6dlgo q i v i l , s c nos a f i g u r n p o s u f v e l dar umn r c s p o a t n : e s s a

p r o t o c q z o podo t n l v c z r c n l i z a r - s o pc7.a a p l i c ~ q z o s n a l 6 g i c a , c o n f o r -

mc as c i r c u n s t 5 n c i . a ~ do case, d a s ~ ~ S D O S ~ ~ & S q u o c o n s i g n a a c o g r a s

dc protccqi io r ~ l ? ~ t i v a s a ncnores , surdo-mudos, d c n s n t e s p r 6 d i g o s

ou oqu lpa rados ; ou sc JQ, p c l a f n t c r v e n q ~ o do !dngistrada d o ?Binis-

t 6 r i o ~ C b l i c o , a qucm i n c u n b i r i a v e l a r p o l o s i n t o r o s s e s ou d i r c i -

t o s dos i n d i g e n a s quc em t a l grau dc c i v i l i z a q g o ?er?mnacesscn na

Chcgados a o s t o pon to , cumprc t o d a v i a n c o n t u a r que a c i r c u n s -

t%nci:id do o regime j u r i d i c o comum s e r o n p l i c & v e l nos i n d i g e n a s

Page 121: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

qunndo sc encontrcm na 1lctr6po1.c~ t c * l nzo envolve quc, por essa

s b c i r cuns t$nc i a , passeR 2 ca t cgo r in dc a s s i a i l a d o s .

fi quo e s t a S U J C ~ ~ ~ O ELO regime j u r i d l c o comurn ngo produz o f e i -

t os ~ x t r a - ~ c t r 6 p o l o ,

E, assim, so um n a t i v o da ~ u i n 6 , ~ n g 0 l r t c :do<nmbique v o l t a r

j sua c016ni.a~ depois dc um e s t 5 d i o nn, ~ l c t r 6 p o l c , cont inuark s u -

j z i t o no scu E s t a t u t o p r i v n t i v o dcsdo quc: r e g r c s s e no p r i m i t i v f s -

mo dos 3ous usos e costumes, em coqdiq6es de nzo s o d i s t i n g u i r do

c-)mum da s u n raqc,

Por i s s o , logo no f n i c i o , afirrnnnos quo o c o n f l i t o de l o i de

d i r c i t o i n t e r n o quc sa suscit,zv:l o r a s6 :2pGr,n4 ,. I

2 quc t a l c o n f l i t o nEo choga a e x i s t i r p e l n s imples rnzgo de

quc o $;nbito dc a p l i c a q s o dos S s t a t u t o s esp;>cia is de contompori-

znqzo corn o s usos c casturncs ind igcnns ost; l i n i t n d o k s r c s p e c t i -

v a s c ~ l 6 n b . s .

Page 122: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Cap. IV

C . ?ROELEU -- da - ---- I l \ T 1 . ----- !OETSTITU~IOITALI~ADE das

LEIS (:CLOVIAI S -we--.-.-

5 1 - - 0 art , 199 da C,O. - A qarta O r ~ 5 n I . c a ~~gnoidorada

coma d i p l o n a i n t c r p r o t n t i v o da ~ o n s t i t u i q ~ o . pons- -.-

t i t u c i o n a l i d a d o dosso ~ r o c e i t o .

Para torminarnos o os tudo das f o n t o a do D i r o i t o p o l o n i a l POP- ,. tugus8 ros t a -nos fazcr r c f c r o n c i n so p r o b l e m da inconut8 tuc ionn-

P

lidrrde das lois o o l o n i a i s ,

A materia oncon tm-so rogulnda nas ~ o l 6 n i n a do m n o i r a d i f o -

hbomos quo, para o s t a , o rogimo 6 o do art , 123 da "one t i -

tuiqiio.

"NOS f c i t o s submot!dos a ju lgamsnto ngo podurn os t r i b u n a l s

a p l i c a r l o i s , d o c r c t ~ s ou qua i squor o u t r o s d i p l o m s que infrinjam

o d i s p o s t o n o s t a donsti :,uf qzo ou o f ~ n d n m as p r i n c f p i o s n o l n con-

s ignados.

$ b n i c o , A i n c o s s t i t u c i o n a l i d a d o o r g h i c a ou f o r n a l d~ 7 : - era do d i r c i t o constante do d i p l o m s prornulgados polo P ~ n s i d o n t o

da ~ o $ b l i c a s6 podcr6 s o r a p r c c i a d a p o l a ~ssernblo ia Nacional e

por sua i n i c i a t i v a ou do Govorno, dotarminando a n c a m Assornbloin

os c f o i t o s da i n c o s n t i t c c i o n a l i d a d o , so? ofensa, por6a, d a s s i t u a -

q5;s c r i a d a s p e l o s c a s o : ~ julgt~dos'~,

Distinguom-sc a q u i t r 6 s formas p o s s i v e i s de i n c o n s t i t u c i o n a -

l i dado : a ) -- mtor5--al - -- - -. ( c . ~ ; ) ~ d o uma l c i ofsnde p o l o sou conto6do u r n

rogra d o u t r i n k r i n uu p - - ~ n ~ ! ~ l o da f ' o r l s t i t u i q ~ o ) . b) - Orygn3.cn f o i

(quando a l o i p u b l i ca?.~, por orsgo incoqpot ento sogundo a O o n s t i -

t u i g i i o ) ,

Page 123: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

c ) formal (quando a It 1 so ngo rovostiu du f o r m indicdda na

<onst i tu iq&).

Q s i s t o m da nossa Consti tuiggo 6 o ds que todos as tribunal^

podom conhocer a inconst i tucional idrrde material a da orggnica ou

f0rmk 40 diplomas ngo promulgados p o l o mefo do Estado, Quando

B Inaon3f i tucional idado orggnica ou f o r m 1 so rsfira a diploma

pro~nulgndos polo mofa do Xstado, s6 a Asaombleia Waaional 6 coq-

patonto para dola conhoccr.

Isto na :t1otr6pola. E nas co lbn ias , qua1 o s i a t o m P

Antos do nade conv6m chamar a crbonqgo para o (S 1 4 do art,

23 do Acto Colonial,

3stc a r t i g o rogulc*, j& o sabolnos, a oompst,$noia logislativa

pcra GS col6nia8, oxccptuada a cornpotanoin axolusiva da ~88ofTIbloia

Nlrcion~l ,

0 ra o sou $ lQ dispzo:

"NEO podo sor contostada, can fundam~nto na violaggo da 16 par-

t o da s to artigo, a logit irnidado oanatituaitmak do8 p r o r ~ h t u *-* t idoa nos rospoct ivos diplomas",

I s t o q u o r dizor quo nzo so podo discuf ir a ino~nstitu@A@nali-

dado orRiinica(E ovidsnto quo s6 a o s t a se r e f o ~ o o $ 1Q v l s t o a

l e p a r t c do a r t i g o dofinir a campot6ncia Isgislatlva) doa diplo-

ms dimnndos sogurldo a prirncira p a r t e do art. 28.

3 s t a disposiq;.~ 6 , no cntnnto , particular.

A quo regula o assunto duma manoira gorol 6 o art. 199 da

Carts 0rggnica.

Vcronos quo c s t c a r t i g o nzo tern s i d o aoordado oon as nodi f i -

capbos in t roduzidav no a r t . 123 dn ~ o n s t i t u l g i \ o . Existon ntd cer-

tas discord?incias cntrc os do ia procoi tos .

~ i s p G o o citaclo o r t i go :

Page 124: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

"NOS f c i t o s s u b ~ m c t i d o s a ?ulga7tl:2to nzc pcd<:a (1s t r i b b n s i s

d a s c o l 6 n i a s s p l ? 1:ar lo: s, d c c r o t o s ou q u a i s q c c r out:ao3 dip:otnas

quo i ln j am o d i s p o s t o na O o n s t i t u i ~ i i o e no ~ c t o Solonia'L !ngo

o r a n o c c s s & r i o d i s t i n g u i e p o i s o Acto " o l o n s s l ost; Fntegrado nn

C o n s t i t u i q z o ) ou of~mdarn os p r i n c i p i o s n e l ~ t cons.i.gnados,-~a~_-c_:^o~q

np,~*nonte Carts O r g E n j "a d o 1mp6rio sgo i n t e r p r o t ados" . -- -. 0.

A Car t a OrgEnica d c c l a r a - s o a s i p r b p r i a lei. i n t e r p r o t a t i v a

do3 p r c c o i t o s consJ; i tu c i o n a i s .

0 p r i m i r o problomn. quo s o podo l o v n n t a r 6 o do sittsor qua1 rr

l e g i t i n i d a d o d c s t o prccc l t o , at6 quo ponto a %rta ~ r g g n i c a , l e i

o r d i n j r i a , so podc n r r o g a r o c a r h c t o r do l e i i n t e r p r a t a t i v a da

~ o n s t i t u i ~ g o ,

A s l o i s i n t o r p r o t lt .-vas, p o r dof :rl qzo, dovea t o r f o r p a i,qv*-~l

k do diplomn in to rp ro t ando . Logo, a S n r t n ~ r p g n i c a , d i p l o r n o r d i -

nArio, n$o s o pode c o n s ? d e r n r l c i i n t o r p r o t n t i v n bn o o n s t i t u i g ~ o .

P o r t a n t o , a p a r t o f i n a l do co rpo do art. 199 6 p r c t o n c i o s a ,

inopcrnnto . A Carta 0 rg$n ica podo dar urn c r i t 6 r i . o do o r i o n t a q z o

no i n t 6 r p r o t o m s o v o r d ~ d o 5 q u c s o o t r l b u n a l chognr c o n c l u s ~ o

do quc a intorprotagc:o oxnota 80, ~ o n s t i t u i q z o nzo condiz corn a f o r -

m0la da Csrta Org$nica, isso d o impodi r5 o t r i b u n a l do r o s o l v e r

p c l n f o r m quc c n t ~ n d a molhor,

52 - DcsconTormlrlado -_ . _.. _._- -.._ e n t r o , ._- o $- --_- lQ do . a r t . .- . Y99_.da ". o., ,,.

a c t u a l rc6zcqZo do art, 123 da n o n s t i t u i ~ d o . -----. -- - - ., L --- 0 $ l Q do ar t , 1 9 9 c,crosconta:

"A o o n s t i t u c i onalrd,zdo da r e g r a do d i r o i 4 , o cont idn nos d l p l o -

mas cxz rados d c s orgjcf do, s o b c r a n i a da s i g n n d o ~ nn ons st i tu iqGo,

no quo r o s p e i t a ocmpotG,-~cla da en: ." !ado do quc dimnnn ou & f o r -

m do olaboraqgo, s6 podor6 s o r nprociado. p o l a Assel lblc jn Nacioncsl

Page 125: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

o poi? Sus i r ? r n i , ; t i v ? ou do Govcrno, dstorminando a rncs%lr ABSeZ.-

b l o i a 03 e f o i t o s dn i n ~ ~ o n s t i t u c i o n n l i d n d o , aorn o f o n s ~ por6m das

s i t u a ~ c c s c r i a d a s pc los cnsos ju lgados , nos t c r n o s do a?t, 7.23 e

sou 6 par6graf os da Const i t u i q ; ~ ' ~ ,

Ora 6 prccisamontc e s t o 5 IQ que nGo *st$ oa conPornidado

coa o art. 12r" da pons t i tu iqzo .

Xste p r o c o i t o f o i ,~ l tdrado pol3 & e l 196.Y9 na F O V ~ B ~ O c o n s t i -

t u c i o n a l do 1937. Anto:: &a r av i sgo o n r t , 12.7 comportav;l. dois pa-

r&grafos quo continham c!.~utrina i d s n t i c a ; do actilal $ lQ do ar t ,

199. ?11,1ns, depois r ~ a r ~ . ~ r i & " o ~ os dois pc~ri;grcrfos f oram roduzidos

a urn 6n ico 0 , ;rl6!n d i s s o , om voz do ss f s l a r du "rogrs do d i r e i t o

contidrz o n diplomas d imrmdos dos orggos da sobernnia" passou a

f d a r - s o om "rogrn 10 d i ~ d i t 0 con t ida c?l diplomay pronulgados po-

l o Chofc do Estado" asc.irn como so adoptou a torrninologia do icc3n"

t i t u c i o n a l i d a d o "o;g&nica ou formal" p a r a a quo " r o s p o i t o ,; corn-

pot6ncia da cntidadc quo d i m n a (a r o g r a d e d i r o i t o ) ou ; f o r m dc

0 $ IQ do art . 199, no a n t a n t o , nxo soguiu o s t n s a l t o r a p k s

c , por isse, c l o r e m o t e a inda p a r a o a r t , 12.' ; seus - " . . pa.r&@".~fp~ .- Na r o v i s g o da C w t a 0rgSnica f n l t o u fnzor por lapso n coor-

dcncq'<o do 5 1Q do a r t , 199 corn a nova redncgxo do a r t . 123.

podor6 p a r c c o r pr&rneira v i s t a que a d ivorggncia 6 a p m a s de

ro~ncq?io o quo EL d a ~ % ~ i r ! a 6 a mosm, ~ i r - s o - & corn ef'eito: quer 80

f a l o dc - diplomas d: rmnnuos --. dos . - o r e o s I-.-.-. da soberanip . ..... . a*- -1- J 7 dfpl-o-

~nas promulgndos Q C ~ O 9 c f c do Es tndo ficitm serllprc de fo ra oo d i - -...-.- --.*.-------. --.-*--- t-

pt,tr~a,s dimanados C I G ~ govjrnadoros o o l o n i a i s c orn i s s o o quc so \

pretand; a.

>Ins n divcygt':r;la ngo 6 cponas nparonto, 6 r e a l . E so nco ve-

j amos :

Page 126: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

So o 3 I i n i s t r o d - s ''cl16ni.a~ p u b l i o a uma p e r t n r i a em t o r r i t 6 -

r i o co lon i a l , I > ~ L S C Cln a x r t , 123, oasn p o r t a r i a escilpa a0 Pogime

do scu $ 6nicc. T P ~ ~ c - s ~ dc urn d ip lona nGo promulgado pol0 mefe

do Estado o , portnnto, a sun i n c o ~ s t i t u c i o n a l i d a d e orggnica ou

forwd podo s e r conhocida polos t r i b u n a l s ,

h facc do 10 do a r t , 199 36 nzo 6 assim, ~ q u i f a l a - s e doa

"diplornaa dimanados dos orggos da sobsranin" . Oru o 'd inis t ro das

co l6n ias quor como mcvnbro do ~ovGrno , quer como 6rgt?o pr imordia l

da l og i s lnq ' ?~ colonic1 ( a r t , 28 do ~ c t o "o lon i a l ) , 6 un orgzo da

soborania. Fcs tos t e r m s , todos 08 diplomas de l e dimncldos, i n -

cluindo n s p o r t a r l : ~ ~ , ostgo, polo $ 1Q do a r t . 199, sub t r a idas a08

t r i b u n a i s no quo r*ospoita nprocraqEo da sun const i tucional idnda.

Tomos aqui unla vc-rdadoira opos iq ,?~ de do i s prooeitoa (nom

rncsmo s c podo d i zo r qco o $ IQ do ar t , 199 6 subs id i&r io do a r t ,

123 da C o n s t i t u i q k ) .

Por qua1 nos hnvcrnos do d o c i d i r ?

A par to f i n a l do ccrpo do a r t , 199 fioderia dar-nos urn so lu-

qzo. Sogundo o l a , a Carta 0rgSnica t o r i u o ca rhc to r do diploma

i n t o r p r c t a t i v o da ~ o n s t i t u i q ~ o , o 5 1 Q e s t a r i a R i n t e r p r e t & - l a o

nzo hruvcrin l u g r r para m z i s d6vido.s.

%las j& vimos q u ~ > a Csr ta Org$nioa 6 UW'J l o i o rd in&r i a o nGo

podc, conlo t a l , ar rog~zr-so o c a r & c t o r de l e i i n t c r p r o t a t i v s da

r o n s t f t u i qzo.

Por outyo lado, a 10t1-a do $ 6niao do art. 123 6 c l a r a -"di-

p l o m s promulgadoa polo Pras idonte da ~op6blioa". N ~ O h& d6vida

quc, n o s i s oxprnssEo, a p o r t a r i a do id inis t ro das "ol6nias nEo 6

inc!.uzda,

P o r t a n t o , o f ~ t ! i ~ L-o a r t , 199, 5 1Q oonter ou t r a dou t r i na ngc

podc p s r ~ 2 ~ l c c c r sob-e a lctra c l a r a o exprossa da Ponst i tu iqgo.

Page 127: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Tom do ontcndor-so q1:c > s s a rcminisoSncin drr rr:d,z~:q=?o rrntlga da

c O D ~ ~ ~ ~ U I ~ ~ O nzo tom f$3?qn pa ra a l torar o nrt. 123, t n i Con0 h 0 j e

80 apro sont a,

0 inc idon to da i n c o n s t i t u c i o n a l i d a d o dos nc tos le- - - - .-

~ i s l a t i v o s naa c o l 6 n i a s t n . 0. art. 199 $ $ 2Q a 4 Q :

o Rcairncnto do Conselho do 1np6ri.o f io lon ia l , doc,

nQ 32.539 do 18-XII-1942, a r t , 4Q nQ 2 ) , ~ a z g o do

sor da - oxist6ncio. de un t r i b u n a l c o n s t i t u c l o n a ~ pa-

rrr as co;onirta,

Qua1 o processo quo soguo o i n c i d e n t 6 da i n c o n s t i t u c i o n a l i -

dado nas col6nias ?

Na ~ o t r b p o l o j$ vLaos quo o p r 6 p r i o j u i z tom conpet8ncia pa-

rn sproeiar o doclarnr z i n c o n s t i t u c i o n a l i d a d e (a m a t e r i a l e a or-

ggnioo ou fonnal '10s dip .om8 nLo pronulgsdoa po lo mefo do ifs tado)

Nas colbnias, ngo 6 assim, poi-se para u r n s o l u g ~ o somelhan-

t o & adopatada polos Estndoa fedorais.

Na vordndo, no D i r o i t o S o n s t i t u c i o n s l pornparado vorificb-se

qua 850 rarissimos os Ea5adoa quo adnitom quo s o possa a d u z i r a

oxoop$~o Bo inconstitucionalidade nos t r i b u n a i s . S& so adnlte

oasa c x c c p ~ z o nos Estados fodorais, A s s i m , om Franqa, na 1t&lia,

na ~ & l g i c a , o c idcdzo nzo podc invocar que c e r t a l e i quo l h e pre-

tondam Bplicar 6 incons t i tuc iona l . . 0 problem da tnconst l t u c i o n a -

lidnda 6 , nosses PCL&ICS, e s c l u s i v ~ m t e e a sua F O S O ~ U Q ~ O

portonco is Aasombloias, roproson ton tes da soboran ia popular e

Gnioas gunrdiiis do ponsamont~ c o n s t i t u c ~ onal.

Nos Es tndos fodorais j& nga 6 assirn, 36 r ies um p r o b l e m

quo lhos 6 peculiar, - o dos l i m i t o s ds cornpotincia entre o Estado

f o d o r a l o os Zstados fcdcrados, kt6 quo ponto podom i r no oxer-

Page 128: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

c i c i o do SOU podbr ! ! c l f ~ s o os orgzos da fodornph o os orgL?os

dos ~ s t n d o s fodoradt?s ? 6 a ~ o n s t i t u i q z o do S s t a d o Federal ( e x i s -

tom, n16m clcsta, as :onstituiqbas dos Estados fadorados) quo de-

tc rmina "a colnpct6ncic: dzs cornpot6ncias", i s t o X , d i z at6 quo pon-

t o podom i r os orgzos da ~odornqgo o at6 q u o ponto podn,m ir os or-

gzos dos ostados f cderad-0s.

O m coao 6 indispcns6vol quc orgzos, fodornis o fodorudoa, ee

mantonham nos sous l i m i t - m , admite-so nf quo os cidadgos susoitem

o ino idon to du i n c o n s t i t ~ i c i o n n l i d a d o das l o i s que dosrospoitaram

ossos limitos, 0 i n c i d c n t o 6 s u a c i t a d o n o s t r i b u n a i e oomuns ou

porrrnto urn tribunal c o n s t i t u c i o n a l .

Ngs Xstados Unidos cxisto o Suprsno Tr ibuna l Fodoral, o or-

CEO m z i s rospoitado don+,ro dn ~ c d o r a g ~ o . ponsoguo pnrc\liear oa

diplomas l o g i s l a t i v o s 2 :LS i n i c i a t i v n s do Prosidonto.

Corn vordizdc diost : ~,i.gudm, n r c s p s i t o da ~ o n s t i t u l ~ ~ o N w t a

~mor icana , quo no vcrdadu i ro govorno do8 Eetados Unidos ora o go-

vorno dos JU~ZOS".

fi c o r t o quo, h o j c , p r o s t i g i o o n forqn do Supromo Tr ibuna l

Fcdornl so oncontram b a s t a n t o atonuados. 0 f ac to dove-so aobretu-

do & p o l i t i c a do Roosovo?t, Qunndo o Proaidonto, om 1929, subiu

no podor, adoptou, pn-a h z o r face & grande a r i s o ocon6aica do

p a l s , v k r i n s modidns int~:rvoncionistos ou corporativistas e* oba-

di8nci.a a urn plano novo 'I1'now deal" ) . porno v 6 r i o s cidrrc?zos rooor-

rossom para o Suprono .l.I~gando quo as r e f o r i d a s nodidas ~fondiam

os d i r o i t o s ind iv i i11:~ i s conforidos pnla donst i tu ig i io , quo ora n i -

t ir'.:i:n - n t o l j -born1 o Tr i b u n n l anulou nilit os d i p l o w s provindos

q u o r Lo Sonqrosso q ~ . ;r ~c Pr(:sidcnto 3 a a s i q aonsoguiu drtlrora~ a

o x o c u q ~ o dos sous piam,,::, ?ias Roosovolt, que oxorcou urn vorbrrdei-

ro poclcr possoal clvrL?,rt: 12 anos, pouco tlr pouco consoguiu s u b s t i -

Page 129: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

t u i r o s J u i z o s por outros d a sua c o n f i n n ~ a ;

0 Supromo T r i b u n a l pnssou a s o r , do c e r t o qodo, y m " i n s t i -

t u i ~ z o r o o s c v o l t Lana" c d~ixou do f a z e r uma i n t o rpro tnqgo oatrita

$.a Const i t u i q z o .

Na A u s t r i a , quando, dopois &a g u o r r a do 1914-10, s o l h o deu

u m organizaqgo f odorn l , f o i tamb6m i v s t i t u i d o urn t r i b u n a l cona-

t i t u c i o n a l . quo h o j o ro surgiu.

0 F r a s i l r op roson tc tamb6m urn 2uproao T r i b u n a l Fodornl c o a

f u n g 3 a s do f i s c ~ l i z a q 6 0 da c o n s t i t u c i o n a l i d a d o .

N ~ O f o i por c s p f r i t o dc s i s toma quo para us c o l 6 n i a s sa c r i o u ,

igunlmont o, urn t r i b u n a l cons t i t u c i o n a l .

3 q u c nas r013~603 a n t r o a 2 ~ a t r 6 p o l o o as "o l6nias surge-nos

urn compct6noi.a l o g i s l z t i v a n n i s ampla a oonoorrcr con compot6n-

cias l o g i s l a t i v a a socundbrins, do ~ovGrno, o s governadoros

c o l o n i a i s t6n, d c n t r o dos l i m i t o s impostos po lo ~ c t o p o l o n i a l o

p a l n "n r t a ~ r g h n i c a , compotGncln l c g i s l a t i v s ,

Tra ta - so , como so v6, duma. s i t u a q z o lnuito s o a o l h m t o & do8

c s t z d o s f o d o r a i a , Gov8rno o govornadoros corr13spondsn no o rgzo

f e d o r a l o aos orgzos fodsrudos.

x x l s t o , a s s i a , uma co.npot6ncia l s g i s l a t i v n conploxa, om v&-

rios graus , quc 6 in6.ispcnsLvol r o s p o i t a r o f a z e r r o s p o i t n r , Esta,

ulm das rr?lz;os da or inq6o do urn t r i b u n a l constitutional para, ae

col6nins .

Por o u t r o l ado , o t r i b u n a l const i t u a i o n a l imp&-se como no lo

do o v f t c r , ne s c o l 6 n i a s , u r n s i t u a q z o do c o n f l i t o pernanonto. $

quo s o SG f o s s o d ~ r a o s j u l z ~ s a compot$ncia p a r a n p r o c i a r a cone-

t i t u c i o n n l i d a d c dos d i p l o w s dos gcvr>rnadoros , i s s o podor i a d a r

lugar a c o n f l i t o s m l i n d r o a o s , A s c o l h i s s szo ainda ma108 So-

a i a i s oxtrom~rnonto o l c n o n t a r c s , A o r g a n i z e 9 ~ o sdministrativa W r O -

Page 130: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

s o n t a a r o s t a s muito vivas .

0 p r o a t i g i o do govcrnador tom d3 sor salvaguardndo p o i s r a -

prosonta a sobornnia portuguesn. $ o r l a inoanvoniento utna orgn-

niznqiio quo f n c l l i t a s s o o aparccimonto do c o n f l l t o s e n t r o o j u i e

o o govornndor. D I L ~ ao pr imci ro pods res do f i s c n l i % ~ ~ o do8

a c t os l o g i s l a t ivos do scgundo t rapia coao r e s u l t n d o un governador

d o s P r o s t i g i a d o o i n i b i d o do p r o s s o g u i r na aua or ion taqzo govorna-

t i v n szrnprc quo o podor j u d i c i a l roaolvoaae c o n t r a r i 6 - l o .

Esso t r i b u n a l constitutional os tava ind icado quo Passo o or-

($9, quo j& vimos scr urn vordadoiro p o n s l h ~ do Estado pa ra 8s co-

l j n i a s , - o Conslho do 1np6rio Tolonia l ,

0 procosso a q u o a s t j suBoi to o inc idonto da i n c o n s t i t u c i o -

nal idndo vom rogulndo nos $$ 2 2 a 4Q do art, 199 o a inda no a r t .

49 nQ 2 do Rogimonto do Copsolho do 1rnp6rio "o lon ia l , aprovndo po-

l o docro to 32.539 do 18 do D c ~ o ~ n b r o do 1942.

A o q o n ~ o l h ~ do 1np6rio Colonial caber6 j u l g n r Be i n o o n s t i t u o

cfonnl idado org<%nicn ou form1 das p o r t n r i a s dos q i n i s t r o s o dos

Gip loms l o g i a l a t i v o o dos governadores a da i n c o n a t i t u c i o n n l i d a d s

m t ~ r i a l dc quaisquor l o i s a a p b i c a r nns co l6p ias .

0 j u i a do t r i b u n a l ondo so s u s c i t o o i n a i d o n t o l i a i t r r - s o rr

faz6- lo s u b i r om soparado ao Consclho do 1mp6rio f lo lonia l o e s t o ,

funcionando om S ~ S S ~ O plons j u l g a r & da i n a o n a t i t u c i o n ~ l i d a d o r man-

ciando a p l i c w a diploma duvidoso ou lnnndando quo ngo s o apl iquo.

0 Consolho do 1mp6rio Colonia l e n i t i u j& v 6 r i o s acordgos

sobro c s t n flzlt6rh. ,.

Aqui torminamos o ostudo d a s f o n t e s do D i r e i t o m o l b n i a l Por-

tugu6s.

Page 131: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

OHGANPZ h . S ~ O -- .93iTI?TI STRATIVA COLONIAL - Cap, v.

~ d m i n f s t r a q z o S u p e r i o r do 1rn~6ri .o

'74 - 0 ' I i n i s t r o d a s ~ o l 6 n i a s e o r,overno

:x)flompet,6nci;~ d o ? l i n i s t r o dao ~ o l 6 n i a a -- I - Const, - a r t , , 109 -

Vamos agora d n r i n i c i o 2 s e g u n d : ~ p : ~ r t e do nosso e s t u d o , r e f e -

" 0 r g a n i z a q g o A d m i n i s t r a t i v a

3 p r i m e i r a s n a t 6 r i a s r c p o r t n r - s e - x o " O r g a n i z a q ~ o Adnf n l c -

t r n t J.v:i : , u y e r i o r d o l b n p & r i o " , o q u e , r e 1 ; l t i v u m e n t e ?L ordem j u r i d i -

ca m c t r o p o l f tans, se c1.a;naFia - " ~ d m i n f a t r s q s o % n t r a l t ' .

A compct6nci:t p r b p r i a do Govorno o u u u s nembros, vern d e f i n f -

t E n c l 2 cm n z t 6 r i n l c g i s l a t i v a e p o l i t i c n , i i competffncia e q r u t ; -

r i a a d n i n i s t r a t i v a , q u e a g o r a nos i n t e r e s s n e s p e c l a l n e n t e .

0 a r t . 109 c s t n h o l c c e , e f o c t i v n n t ? n t s , no nO 4 que c o i n ~ e t c : 30

govorno " s u p e r i n t e n d e r no c o n j u n t o d s t ~ d r n i n i s t r : ~ q i o p 6 b l i c s " . I?

esta . a f u n ~ z o de cnbcqa. suprcrnr~ cia h i o r u r q u i a ~ dos s c r v i q o s ndnti-

0 3 l i n i s t r o das ~ol6nicc: ; tetn, em p r i n c i p i o , := compat6nci.a q u e ., %

vern d e f i n i d a no a r t , 109, mas em rc lu4 : io :I S U i i f unqgo e s p e c f f i c a

n i s p 5 c o art, 9:

Page 132: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

"AO :linf o t r b dau ~ol6nizs, corn0 ~ r i n c i p a l o r i e n t a d o r e diri-

;:znt(r: dn p o l f t i c a . co lon~ . t z l , compctcm :IS ' ~ U I - I Q ~ ~ : ~ d c c a r a c t c r

1 z g i s l : i t i v o c dc c a r r i c t r r e x c c u t i v o q u e nu " o n s t i t u i q G o ( n o art.

- 1 0 7 ) , P J i i c to S o l o n i ~ l e na, p c r s , n t c "i.rt,a Orgfinicn 1'7,: S:LO ztri-

ba ldas" .

O 1,rt. 10 dnsi?nvolvc: a coqpc tGnc i :~ . lf:gi:21cct iv:r atribuida a o

b l in i : , t ro n c l o A c t o Colonial.

0 art. 11 ncrt:occnt,z a, c o a p c t E n c i a do - ! i n i s t r o .:nl mat;r in sxo-

c r c v o ,,lr os d1plo1nc; 1 ~ g i s l a t i v o s ou ~ o r t r , r i . - t n don gov : r n , ~ d o r c s Y c o l o n f , ~ i s . : s t a s d l s p o s i q o , : ~ s z o rc:fl(: ~ ( 3 do 120- 4 do a r t . 109 :

e 0 0 "supcr in tc l?dc j r no c o n j u n t o dn, cdrnin~str :~q;o ~l?b l ic : : . . . , , , f i s c n l i -

l ~ ) q ; ~ : j ~ s :m quc: 0 . I i n l s t r o t a m t -

n i u t r o s ( C. 0. art. 7 O c A. ". art, 10 ne 1 9 ) .

0 I l i n i s t r o podc a g l r f n d i v l d u s 1 n : n t c ou ,,-I "on.) ; lho d: I l i n i s -

ijn p o r loi, dm c c r t n s d i s p o s i ~ & s , jissi.1, G .ic,t,o f l o l o n i n l 3 o t i p u -

l a uo mt. 10 nQ 1:

"Yns Arcas d c s t i n n d a s a povoaq6 ,s nLr1t in: ts d ; ~ s col6r i i ; l s , ou ." N

,': sun, n a t i ~ r z l oxpa,nsc"to, 7,s C O ~ C C S S O , : ~ 011 ~ ~ ~ b - c o v l c ~ : ~ SO^ b dl; t e r r c -

nos ficnm si~j2it: :s ?LL : - , g u i n t c s rcgra; :

1Q '$50 p o d ~ r g o a c r f ~ : f t n s a c s t r n n , j d i r o s , som uprovaqgo o n

Con:;c'J.ho do ; d f n l s t r o s ; " .

E o a r t . 7 Q da 0rg5nicta c o n n l o t a :

Page 133: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

"no Consc lho d c ik1fnistros p c r t c n c c :

lQ h nomcaqzo, rcconduqzo c n c;:ronor;~q%o n n t u s dc dotarmhna-

d o o n ; r<odo nor,?nl do scu m n d z t o , sob p r o p o s t n do M i n i s t r o dns

"o1A1 L " : ~ , clos g o v c r n a d o r o s g o r a i s c d o s govl :rn, idorss d.: c o l 6 n i a ;

2"- ocxcr*cicio 6nb a t r f b u i q z o s r e f o r i d a s n a s a 1 i n c : ~ s h ) e C )

do l6nico oo a r t . 9 c no nc 1 do ar t , 10 do k c t o P o l o n ~ : t l , bem

cono o u t r a s q u c , po r d $ ~ p o s i c ; ~ < o ~ o ~ ~ ~ t i t u u c i o ~ s 1 , l h ~ pcrt,:nga*n1'.

C) 0 ? , u l ~ - ~ r ; c r c t j r l o C-: ; : s t i ~ d o (33s f l o16n l s s ( D C : ~ . 26180

dc 7 dz J n n e i r o dc 133C, a r t . 3" ).

P : ~ r n a u x i l i a r o Y i n i s t r o d a s ~ o l ; n i a s , coao suct3dt: n o u t r o s

? i n i s t ; r i o s , 3 x i s t c urn ~ u b - ~ c c r c t j r f o d c E s t a d o d~zs co1.6niss.

Pi i:le so r e f c r c o d c c r u t o quc rsf ornou PI, orggnica . d o ::!inint;-

r i o ds:; C!ol&ni:Ls c l'r81: dcu a, s u a e s t r u t u r n : ~ c t u n l - not. 2G180 dc

7 d2 2 ' ~ n o i r o dc 19565 ( a r t . 3 ~ ) .

Y

PL3 f u n q o c s dos ~ u l ~ - ~ c c r c t X r i o s do 3 s t : ~ d o n<o s z o azmprc as

n ~ s m s . P o r v o z 2 s , o : : ~ l ~ b - : ; c c r o t ~ r i o t e n compot6ncia i g u a l & d o

- 1 i r l f s t r o , c9bor:: oxc luc ivrzncnto ern mt~~r . ; :~ , ; ~ d n i i ? i s t r n t i v a ( n o fun- U

qoa.:s c!o nQ 4 do a r t . 10.1 - C o n s t i t , ), 0 2 u b - s e c r 1 : t ~ r i o ngo terll " .-,

~ L I Y - ~ Q ~ C S p o l i t i c : z s , 11a.o l.hc compcte ~ = , j u i z a r ~ ( 3 ,5 o p o r t u n o 01.1 n::o

G z i p n c h s r , sc :;c d1:vc ou n z o l cg i s l r i r s o b r u c z r t o : t s sunto . ":is 4

:;1': q u ? n s s o g u r a o s x p o d f o n t c d o ? l i n i s t . $ r i o p a r s p 3 r ~ l i t i . r :LO :'#Ii-

n i s t r o nc f lod iquo d f r o c q z o p o l i t i c n &a p s s t s q u e ge ro .

~6 o u t r b s s u b - ~ c c r c t i i r i o s , po r6 n, cujt: conp: , tGnci :~ :5 nu tbno-

aa. -?, o c z s o d o s ! I ~ - : c c r c t i h ? i o d ~ ? E s t : t d o dtis p ~ r p ~ r r ~ ~ ~ 3 ~ I: P r c v i -

d 6 n c i a S o c i a l quc t r a b r i l h a jun t r , dn P r o s i d f i n c l s do f lonoclho ;: nzo

n s s e g u r a o c x p c d i o n t c dc q u n l q u e r m i n i s t 6 r i o . 0 quo podz r& s e r 6

o gc rnon (I,: urn novo m i n i s t 6 r i o c , f s t o , i n d c p ~ n d c n t a ~ o i q t : dr: r o v i -

L

s a o c o n s t f t u c i o n a l p o i s o n6ne ro c n o n e n c l s t u r n d o s a i n i s t 6 r i o s nZo

Page 134: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

v'n ? L E ' . ~ o : ~ na ~ o n s t i t u i g ~ o ,

Quanto :LO sub-5,ccrct ;r io dc E s t : ~ d o dnn ~ o l 6 n i a s 5 o a r t . 4'

lo DOC. 26180 quc, <$:fine a 3ua compctGncia.

"i?stnntlo p rov ido o ca rgo dc: ~ u b - $ ~ c r z t & r i o de Ts tndo d a s

l 6 n i a s n i:stc compt;tc, d e n t r o dos t c r n o s da t l ~ l c ~ a ~ ~ o quo Ihc, f0fr

1) h c i d i r , dc ; ,cord0 corn n o r i t ~ n t ~ q Z o do Y'Iinistro, t o d o s 03

a s s u n t o s da cornputcncia d u s t c quc dcvam s o p r c s o l v i d o s por maio

d,: d o s p a c h o , 2 ) E x ~ r c e r a conpo t cnc i a d i s c i p 1 i n : t r a t r i b u i d n ao ' h i n i s t r o

da s ~ o l 6 n i a s p c l a Rcf o r m Administ r a t i v a U l t r n n a r i n n o p e l o regu-

l ~ ~ i n c ; l ? t ~ dc d l o c i p l i n a n i l i t n r c ~ l o n f : ~ l , (hoj , ; e s t . ~ , cornpetfincia 6

c x c r c i d a DC'LO L U ~ ? - ~ ' G C F O ~ ~ ~ ~ O do d s t a d o da f luorpa ou mosao ps10 Mi-

n i s t r o r o u p o c t i v o ) corn cxccpgzo dos c a s o s p r o v i s t o s no : ~ r t . 161

d c s t c + c g u l ~ m c n t o c clns d c c i s 6 c s r e f e r q n t c s j r c v i s z o de p roces3os

c l l o c l p l i n a r o s 0 (:, nplic:?qzo de pcncts de f n a c t i v i d a d e rt o f f c i a i s .

6 l.5171 C O . Da r c g r a d a compct6ncl I, c s t r ~ b ( I c c i d 1, n s s t o ~ r t i g o

cii: n c r t a r i n s d o s governos c o l o n i a i s ( , ~ c t o s dl: c n r d c t c r politico)

Qualsqucr o u t r o s a s a u n t o s que o r h i ~ ~ i s t r o o n t o n d : ~ d ( : v o r r c -

:; 2rv::r pLra sua dac iuzo" . porno ::c v 6 , msmo i i cn t ro dn comoet$ncin dolcgada p 2 l o . I i n i s -

Sub - tro bo ~ ~ c r c : t ! ~ r l o , (lcvor6, C B ~ O subrn0t3r-lhc t o d o s 0s a s s u n t o s quc

.., cnvolvam uma a p r o c i a g z o p o l i t i c a para q u e n s a 1lnjtz. e n t r o urn i: ou-

t r o d i v e r g S n c i a do c r i t 6 r i . o .

I t 0 ,=crnpre qui2 a l c i ss rcfirn & conyet6nci.a do ? h i n i s t r o d a s Po-

Page 135: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

l tSnibs s~bcntcndcr-s t : - , : c i t a d a , ta&b& do s u b - ; :cr , t ; r ~ o do 38-

t a d o , i ~ c n t r o do:: l i m i t o s W ~ C ~ ~ O S n r t i g o a n t e c e d o n t c . Dn d=ci.- *

s n o d c s t c podc ln t ,u roor - sc d i p c c t a m o n t ~ 0 r e c u r s o ~ 0 n t o n C 1 0 s O P r e -

v f ~ t o nt 1 1".

t; 2' ~ . r ; r t c des tc n r t i g o C r r L ~ ~ s ~ ~ ~ c ~ : ~ ~ ~ ~ ~ L z , d c p o i s da p r f m - i -

rr,, ~ 1 2 3 c lu i s -$3 v i n c n r b,:a quc: a ~ u b ~ , c p c t : : r l o t c n c o a p z t c n c i : ~ 1-

g u a l do ' I i n l s t r o , n m mtErias quc lh: S ; O r2z : rv ;~daS.

0 s a c t o s do ~ u b s c c ~ c t & r i o s z o , tCzl curno o s do ; \ l i n i s t r o , dcfi-

n i t i v o s c c x : c u t 6 r i o s e , conscquon tc ncnte , s u s c e ~ t i v - 3 is da impug- Y

n~~q:.o C o p t , :ncior;n, no p r a z o dc 20 d i t t s ( ~ , : ~ u l . in . p e l 3 nee. C /

f o r \ : ' . ( i - Ici nQ 13?4:j), P o d o r 1 . ,1,.17 : tr-s, . qu : .L comnct6ncl ' t do

S u b s c c r , t < r i o c r s ~ u b a l t c r n a em r o l n q x o A do - 4 i n i s t r 0 , o quo xi-

p l r i a pz rn o s a c t o s do p r i a : i r o \ nppovagzo do s tbundo.

J~\ virnos quo n50 6 a s s i m , Dontpo dn <sfera d,?s:nh ldl, p e l 0

; d i n l s t r o , o ~ u b s r 3 c r i ) t h r i o POSSUC conpet6ncI.n I ; d $ n t l c s .

t r o d n s ~ o l 6 n i . n ~ quc c n b ~ o p a p a l dc o r i o n t ; ~ q z o p o l i t n c n . Essa

0 Sonsc lho d o 1mp;rio Colonial vizi e n c o n t r n r t t s suas o r i g e n s

mis rcrnotas no " ? 0 ? ? 3 ~ l h o d:.~ Fazcnda" i n s t i t u i d o p o r F i l i p e I1

N ~ l c sc d o s c o b r i a m d u a s s c c q & s d o d i c n d n s o s " ~ o a f n i o s 111-

t r a m a r i n o s " . Em b r e v e , urn d a s s c c q % s n u t ~ n o n i z z - s e pa ra dar l u -

gar ao "Consc lho d a s 1 n d i . a ~ " (1604) quc t o i o x t i n t o em 1614 e

Page 136: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

s u b s t i t u i c l o , rtp5s a Rcs tauraq50 , p c l o "Col;sc1.ho . _ -__.-~_ l~ll;:~nw.tri.~?". -_ I _.

0 seu rcgimi;nto foL p u b l i c a d o e?l 14. ds J u l h o d c 1642 n;zs s 6

d n t r o u c n funq&:s no a n o s c g u i n t c . ( 1 4 dc J U S . ~ ~ ; .

0 Consclho cr2" c o n s t i t u i d o p o r urn p r c s l l c n t : e t rcs c o n s o l h o i -

r o s , a s s i s t f d o s dc o s c r i v z i s i i i d i ~ ; p o n 3 ~ v ~ i ; p s r a s e s c r i t a , dos d l -

A s s u n s funqGcs o r a n dc t r 8 s t i n a s : c o n . u l t i v n ~ , e x c c u t i v a s

r i o dc:: p o 1 6 n l a s r u d i b n o n t a r . Vcrcrnov a d l a n t c quo nos : ~ n t o p a s s a -

dos d o 1 l i n l s t 6 r i o dcs ~ o l 6 n i n s nzo cncont,ramou z p e n a s o p o n s o l h o

TJ l t r lnn i r lno . A funqEo g o v o r n a t i v a ern rol:zl;zo t ) 7 Ul t ra tna r c r z o -

.-4

x c r c i d a n i n d a p o r o u t r o s org::os. idss o f lonse lho u l t .:L;na,rlno e r a ,

!?no grando cr:i o m u p r c s t i g i o q u e , c r l : ~ d a , p o r f l ~ u r t a de L e i

dc 28 dc J u l h o clc 1756, a " S o c r o t n r i a do Sd t . tdo da ' I a r inhn c d o s

, Dominios i j l t r n m r i n o s ' I , o Conselho U l t r a n n r i n o ~ u b s i s t i u c corn \

tL:l p r ~ p o n d c r ~ c ^ : ~ n c i a q u c o ~ 2 c r c t ; . r i o dc E s t n d o s e p o d i : ~ d i z e r ua

aubmctcr a dcspacho d o R r : i o s a o s u n t o s ,:atudndos o d s c i d f d o s p e l 0

f-'onsclho.

Quando :I Sccr , t f o i rcnodclzdn e r n lt321 (28 do ~\~uva:mbro)

nk\la Cgnst i t , u i n t c , d o s n p ~ ~ r c condo a s a c q g o dos nomin los U l t r n n a r i -

nos , o S o n s c l h o Ult r : i , lnnrfno nc?srno nssia se :n:intovt:.

Em 182Z (1;-sc a rc:volt:z ch Vilafrancnc?.cl, comzndadn por 8. l4i-

g u o l , a quc n d c r i u o p r j p r i o 3. J O ~ O V L ; p o r l o i dc 30 d c Outu-

b r o d o rnosmo 2no rcnprlrocc? s socqgo U l t r , z ~ - a . r j nn n:z S c c r e t n r i a do

E s t n d o da ;iInrinha.

0 Consclho mntc,~? - :3 : a i n d n ncst,as y r i c . " ss ' t r c l s : r . .

Page 137: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

S& quhndo d s e n t r n d a em Lisbon dos l i b c r : r i s , po r dec . dc 30

dc Agos to d c 1833, vcm f ina lmonte d c s a p n r c c e r c s t c p r s ~ t i g i 0 ~ 0

orgZo dc ~ ~ i m i n i s t r s ~ 5 o c o l o n i a l quc v i v e r n t r l n n q ~ ~ i l n m e n t o d u r a n t e

q u s s o 200 a n o s ( 1643 -1;3;:3 ) . A s s g u n d , ? f ~ s e do Conselho data dc 1851. Tcndo v..ncido a r c -

vo1.t.r. , n i l i t % r , "A rogencra$$o" (quo v e i o a r c n l i z n r U ~ : Z obrit ijxtrit-

o r d i n ~ ~ u r i : ~ du f o a c n t o p o r o b r a do 2 J l n i s t r o Font!:s P o r c i r a d c Y o l o ) ,

pop Dzc. dc; 23 (.I,.: fJctc;at!ro d c s s c ano d rsstaurrzdo o p o n s c l h o U 1 -

t r n m n r ino.

Dr:tinha ribs mGsmas f u n q z c s d o s c u t ~ n t ~ p : ~ s ~ a d o %as ; ~ p r 3 ~ 1 3 n t a v a -

-so j A d i v i d l d o om s e c q c o s .

ITcstc 2 s p c r i o d o 6n sua vidn yuc v n i d e ( J n 5 1 a. I ~ ~ G E ) ) , p u b l i -

cou urll " ~ o l c t i r n " c: "p,nais" muit;, cornplotos q u c n t o s t a m b(:q r i sun

LI

zcqno n o s ncgbc ioo u l t r a r n a r f nos.

A grzndc: : :ct ividadu do Consalho r o s t , ; ~ fitsc v i o a v a , a147 de

o u t r o s f i n s , r c b n t c r 3 i d c i a ~ U G d ~ 1 0 sc f i z e r a (:a II?.?, c o n s i d o -

r ando-o um"orgso i n G t f 1".

"'lzs h a v i n U?I:.L tL:niiEnr.ia p o l i t i c . : , p n r n ncnbar coq 0 3 "onselhos

I I (t;nb&rn chamsdos t r i b u n : ~ f s ou "mosas" ) do :tnt i g o rogi? lc , q u c d c -

tinh.t:n ;l,m$las funqzcs ox. . !cut ivas c c o n t c n c i o s a s , coao a i n i s t 6 r i o s

r u d i m c n t a r o s . Zsscs Qonuclhos - dizis-st: - p o r t , o n ~ i i t f n :-L. ua po-

ril;do crn q u o n:"zo hnvi:.: s c c r e t ~ r i ? ~ ~ do 2st : tdo n,,a rn in i s JLGr ios c!

" nno f c z l r . ~ s c n t i d o quc se m ~ n t i v c s s c m :LO ladu d a q u c l o ~ organistnos.

1Jo s t 2 0 r l i : n t a ~ ~ o sc v c i o r~? rno i l c l a r o ponsclh o Ult r s n a r i n o ,

D 1 > r DCC. dr: 2'; dc: ?r,tcTl:3ro dc 1866. Fopatn-lho r c t i p z d C l s iL3 f u n - " 11 r : o ~ s c ~ ~ - ; c t ~ t i v s s e c o n t c n c i o s a s o passou s chnnz r -sa J u n t a "onsu l -

t i v n do ~ l t r a a ? ~ r " . A s s i m v a i v i v c r a t 4 1.811.

F o r Dcc. uc 27-5-1911 n J u n t z C a n 3 u l t l v a 6 s y ~ l s s t i t u i d n pr:lo

Page 138: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

rant . ; c S t c p c r i o d o q u o fie c s t e n d o ,,t- 1926, rtoll;c\ -7'9 'i':c.qz,-

P o l o Ddc. 18110 de 13 do j i gos to db 1926 o '"onsoiho ' ' ~ 1 l ~ n i c . l

-' .f 3r or.do, passcnrlo a s e r d d s i g n s d o par " ~ o n s o l h o . _ 2 - . - - - Cupl=r l O Y ( 1 ~ ~ s

1 * ~ l o n i : ~ s " . ~ o E o Belo , n u t o r d::. r ~ , f o r qrt, t c v o ori-1 v i s t a , s o b r c t u d o ,

; I ? Y C U ~ F P ~ ~ ~ Z Z Q ~ C ) p31iti~o,. T o r i s s o d ~ a v o g n i s nates

clr:it.(>s, 8 p o r cndc ~ n ? . ~ i n i n (1-10 Consclho flolo17i:il cadr. col6ni:i s6

pod in c l c g c r ua). P r c t c n d i a - s c corn r o p r u s c n t a q ; ~ d o v h i o s p n r -

t i d o s n c u t r - , l i z a r p o l l t l c a n e n t c o ~ot- ,s ,~l .ho, r q r ~ l o t o - l o a o r g z o con-

s u l t i v o p u r o dn 1'idrn~uli3trr~q;o q c n t r a l .

l o n i a l p o r t u g u o a a v c i o 3 p r o s i d i r pouco t c n p o d c p o i s .L Rsformn das

<st,> o s t a d o do c o i s z s nnntcvc-sc a t 6 1935. (1).

b) ~ r g n n i z : x g E o a c t u a l ( ~ c c , Lei nQ _ _ _ - _ - - - - 32269 d ~ 19-IX-42 c

Rcr.gi~3i~to n n r o v ~ . d o p m D C C . * 2 5 r , " 3 ds 18-XII-42.-

~ o r n p o n i q ~ o . F U ~ I ~ & S ( 1 ~ ~ l s l : t t i ~ : , j u r i s d i < ; o c o n s t i -

t u c i o n n l , c o n s u l t fva, di? 3upiqi3 n~ t r i b u n : ~ l . ~ d r i i ~ i s t P a -

t i v o , t.,du:~,n : i r o o dc c o i ~ t n s ) . 0 Su!I~c;l~19 S u p c r l o r , ~ n d i c i ; ; r ~ . ; ) dns p o 1 6 v i a ~ s ( l a s a c - - ,.#

<?do.

0 Consolho d o - 1np6r io S o l o n i n l , - f o i cri:zdo p c l n l e i nQ 191.";

d c 23 d c Zt~Iaio d o 197)5. A s bases d c s t : t l2i f o r p dcsonvolv- idns no

(1) S o l ~ r c c s t c a s s u n t o ve j a - sc o o s t u d o d o P r o f , ' ? ; i rcel lo qaetr0,no: d o Consc lho U l t r a i n ~ ~ r i i ? ~ ~ o.0 Consclho do 1 ~ 5 r i z 1 rolo:?ial c3 . 6 s !.. - - - - - - 9

g e n c i a Gcrn l d n s ~ a l 6 u l n : ,

Page 139: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

7. i ( > C . 261h0 do 27 do J ~ ~ n c i r o dc 1936 (Lei opg5nlc3 ds . , q l n i s t ; r ~ o

dcts ~ o ~ 6 n f a s ) o o 3 , c , 28066 de 1 dc Outubrc dc: 19.17 nprovou o s o u

Rogirnonto.

:das a organlzaqso do Cons~1170 d o 1mp6ria floloni,zl f o i p g s t c -

ri,orrncntc : ~ l t c r a d a nc1-o Doc, Lei l ~ e 23269 do 1 9 dc Scterllbro de

1242, qilc; pod(? cons idc rn r - so cox0 :L n.ct \ l :ml l o i o r g z n i c n (1) do

r18~n331.ho. 0 r o g i w n t o a n t o r i o r f o i s ! ~ b o t i t u i d o por o u t r o , h ~ j c

c;n v i g ~ r , nprovzdo p c l o Dc;c. ri25Z9 dt3 IH de 9ozonbro CIS 7 942.

0 Connclho 5 i3rc:s:idido p o l o : , iI inistro d:ts " l h n i n s , quc d e l c -

;_:--r'Lnum-l v ice-prcnid , ;n tc , por e l c nornead~, o ~ x t ; r c i c i o nor-nal das

L

sun& "unqocr, (art, do ~cgi r izcnto) .

,d

.:, composiqao dostc: 9rga&o von rogulndrt nos : ~ r t s , 2s ;: ? Q do

ZOC. 1,. 32259.

~ i s p s c o a r t , 2Q:

" 0 Sonsclho 6 cortlposto p c l o o s c g u i n i , : ~ v 3 g u i s 3 f o c t i v o s :

; L ) V3gcli.s n z t o s

b ) 4 j u i z c s d3 2P. i n s t s n c i a dos ~ I I ; J , c ~ . ~ ~ . I S da n : - ~ g i 3 t r a t u r a tno-

t r o p o l i t ~ n a ou c o l o n i a l , nom,>ados p ~ l o " l i n i s t r ~ d : ~ s ~ 0 1 6 -

n i a s , om C O ~ I S S ~ O de sc rv iqo 1 7 0 3 t e r a o s do $ 20

c ) 9 v n g a i s nom,~,zdo:: p c l o l d i n i s t r o das "ol&nias , ouvido o fon-

sc lhg dc ;,,lini st r os,

d) :: vogn ls ngmcndos p e l f ) 5 f 1 7 ~ s t r ~ d3s f1316nias sob p r o p o s t u

v >tad?, pcl? rlonsc:lho do 1rnp6rio f131 l ~ v l l . : l ( 2 % o s c r u t i n i 9 sc - c r o t 0 ,

1 : ) Urn voga l nomcs!tis l fvrcmonto p c l o ~ , I I in is t ro dns r o l 6 n i a s de

o n t r c o s D i r~ :c t oros C-crnis do ~ l i n i s t 6 r i o das no16ni a s .

Y

$ 10- Sno vqgt r i s nato:s: --- - - - -

1 ) L2i: : orgl?nf cas di zcm-sc, os t cxt 0s-logf s l a i i v o s q u c org.inizam o List,riliuL2rn zrn pormcnor D S n t r i b u i q a c ~ u C U F . P O ~ ~ ~ ~ C ~ R durn srg& da A d n i n i s t r ? q ~ ~ o p c n t r a l i n s t i t u i d o p o r l(ji.

Page 140: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

IQ 0 s g o v c r n n d ~ r c s g c r a i s c d c cil16nin _ q l ~ n v d o -----I-..---- so cncon '?e ; l - nn r i [ ~ t r & ~ o l c ;

2 G 0 ~ u I J - c ~ ~ ~ c d o Xotado-:/lnior u:,vul e o sub-chefc d o Estndo-

-;2:~ior d o dx;r c i t o, - 0 a r t . 3.; r c f c r c - s o r,os vog::ls substitutes, 2 p:trr~ a SOCFnO

ngmcadgs, c f c c t i v o s ; 6 v o g a i s nomcad32, s u b s t i t u t 3s.

Cono f u n c i o n n o q o n s c l h o ?

L

0 Consolho f u n c l o n a em s c a s o c s nlsnns ou c n rouniG2s d c s c c - L L

Q'I.3. ~ a v o r r ? ? U*nn socqno do c o n t c n c i o a o c d u n s sccQ:es c o n s u l t i v a s

( a r t . 4".

Mn orgnn iz2qk , - ~ n t r 7 1 lr ( L e i n? 131.3) o c o n s e l h a d i v i d i n - s e L

i 1 7 o ? c r ; ~ c s , u m ~ do c z ~ ! i t c r ~ c i o s o c 6 c o n s u l t f v n s , e s p o c i a l i z a d a s

t&cnlc:~.nor7te, Em b rcv~ : s c v e r i f i c o u , oor,:n, qur, ;I d l s t r i b u i q g r ,

w . spc;ci:;l lzada d a 3 n a t d r i a ~ par t n n t n s ,3ecqoci: t r n z i : ~ c u m r c s u l -

II tar10 utn t r z b p ~ l h ~ mui to d c s i g u a l n;rs v , i p i ; i 3 S I , C ~ J ; S .

u o j c, a x i s t e r n npcnns d u a s sccqijcs c a n a u l t ~ V : L S corn c o ~ p ( , t $ n c i i z "

conlum nns m:-,t6rias n < 2 c o n t o n c ~ o s ~ s , ' z s t , t s ~ S ~ : L O 't c a r g o da sac -

qzo d o c o n t c n c i o s o qu\: f u n c i o n a como S u p r c a o rL7ribun*~l Adninistra-

t b v o c Aduanrjiro, como :;ul.>rorno T r i b u n : ~ l dc " o n t a s c coao ponse lho

Z u p e r i o r ~ u d l c f ~ ~ r i o d a s ~ o l 6 n i , i s (L3t,.?s d ,is 6 l t i n o s o rgZos sgo,

yln :!btrGp jlc, 2.u t ;nornos), Ao suu fu; ,ciai~:-~monto como Pons=lho SU-

p..rior ~ u d i c i j r i o d a s C'ol6ni.a~ r c f o r o - s o o a r t . 59 d o Ddc . L. nQ

,5226 9,

"A sccc;zo do c o n t c n c i o s o 6 c o n s t i t u i d n p 2 l o s q u n t r o j u i z e s

dc 28 i n s t s n c i a c funcion:~,rA como C!onsolho Supo: ar ~ u d i c i i i r i o d a s

~ o l 6 n i s n " .

Como vimos j& p c l o d i s p o s t o no a r t . 4 9 , o "onsc iho do 1mp6rio

Page 141: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

So1c~n:C :7 f u n c i n r ~ ~ n':, ) , 3 F o r S C C ~ E C ~ nas t;~.n13;ln e n s o s s z o p l 2 n n ,

coino t r l l ~ u n n l dc: 6 l t 1 . s ~ . i n s t g n c l n .

C u a i s a s f u n q 5 c s do p o n s e l h o ?

~ 6 m d ~ s ~ r f n i n ~ ~ d ~ ~ s no scu Ecglnento, d i s t i n g u i n d o - s c tr5.9 t i -

p 3 n : f u n q h s de nntuz7cza politics, c ~ - ~ s u l t i v a s j u d i c i a l .

A f u n g z o dc n ; ~ t , ; l r c z n p21i t ic :1 , 6 r c g u l ; t d , ~ no z r t . 4 6 d3 R c g i -

''Coma o r g h s u p e r i o r dc: c o l o n i i ~ l , conpctc a3 "3nsC-

l , ? g l s l . : ~ . t i v a , conformc o d i s p o s t s nos $ $ Gnicos dc~s arts,

27 o 2 0 (1) do A c t o C o l o n i a l ;

2 0 ) J u l g z r o i n c i d ~ n t c d c i n c o n s t i t u c i o n ~ ~ l l d ~ d e do q u h l q u e r

d i p l o m : ~ ou r o g r c do c ? i r o i t o 1 i : v ~ n t : ~ d . nos t r i b u n z i s das

c ~ l ; n i l s , nos ct),sos p r o v i s t o s no $ 2 9 do 2rt. 1 9 9 d? %r-

t n O r g s n i c a do 1mp6rio C o l o n i a l ~ ~ r t u g u 8 s ;

.?Q) E l : ~ b o r ~ * r p r o j c c t , o s dc: d l , l lo7~a .s l e g i s l z t i v o s s o b r o assun-

t os q u c i n t o ros som j g3vernr tqz I c ~ l ~ n i : z l , qunndo 1-3 coba

f ncuinb9ncla :sr?t_ ci:.,l d o iir i s t r o .

1 ~ ) R c p r o d , , i ~ t n r o Y i n i s t r o sabra a s s u n t a s dc, p o l i t i c L ad-

a i n i s t r c q z o c o l o n i a l " .

A f u n q z o d o n n t u r c z * : ~ o l i t i c a r ? v ~ s t ~ nssim a t r i p l i c ; f o r -

s u g e r i n d o - l h c quo a l t , e r c a l c g i s l a q , ? 3 v i g o n t c ou n o d i f i q u e p o r q c i o

dc c f r c u l ? , r c s ou o r d c n s dc: s c r v f 20 a p o l i t i c ; l . s c g u i d n .

3~ Consclho , - quc c x c r c c s ~ b a, fo rmn dc p : i r e c c r e s " s ~ b r c todas as - ( 1 ) ~ ~ o j c o 9 u n i c o do ;:rL. 28 do AcXo " ~ l o n i n l c o r r e s p ~ ~ n d c a3 3Q

d o mcsmo n r t i g o ,

Page 142: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

n-.,ttrins de p o l i t i c n e dc r ~ d m f n i s t r : ~ c & c o l ~ n i d sobrc quc o Ti-

n i s t r o das ~ 3 1 6 n i a s o bnande o u v l r u .

Ffnalmentc v6q as ~ U ~ Q & S de n a t u r e z a j u d i a i u l : de SupYeaO

Tr ibuna l Admin i s t rn t ivo o Aduanelro ~u F i s c n l ( s r t . 6 ~ ) ; do Supre -

mo Tr ibuna l dc: C ~ . n t a s ( r . r t , 7 0 ) ; dc n ~ n s e l h o Sup1:rl~r ~ u d i c i b i o

( p a r t . 8 ~ ) .

0 ar t . 111 do Regi~rlcnto r c f c r c - s e no d l r e i t o s u h s i d i k r i o ;I

ap1ic::r pc ln sccqzo can tcnc iosa , quc o d i r c i t o a e t r o p ~ l i t ? ~ n o ro -

gul7dr:r d n s m t d r i a s : juj . : i tas n ju lgnncnt o.

~ i s p z o - s c n i :

"NOS cnsos o a i s s o s n 3 p r c s e n t c c n p i t r ~ l o ("Do D r o c c s s o " ) des-

doterminado nas l e i s v i g c n t c s p z r n a ilctr6p1ln cln mtdria dc con-

t c n c i o s o administrative, f i s c a l e aduane i ro , o x o r c i c i o da j u r i s -

d iqzo do 9 r i b u n a l de Contas e Consolho Supor ior ~ u d l c i a r i o , 3 so-

b r c ordcm c f,ortnz do a c r v i ~ o nos t r i b u n a l s c g l e c t i v ~ s , ssgundo o

r c s p c c t i v ~ ~ E s t n t u t o c as l e i s g c r a i s de processo".

56 - 0 ~ . ! 1 i n i ~ $ 6 r i d das Co1611~a;a~:

a) A s o r i ~ e n s : no Conselho dn Fazenda; a S e c r e t a - L

r i a da Ind ia ; o Tonselho U l t r a a n r i n o ; a Secre-

t s r i a de E s t ~ d o dos ~ e g 6 c i o s da !,labinha e do

Ultramar.

0 antepassado do : , , l in i s t&r io das no l6n ias 6 o Tonselho Qltrs-

mirino.

?:la:: j6 a n t e s do Consolho U l t rnmnr ino , c r i a d o por D. J O ~ O I V ,

exi::tiam na monarquia por tuguesa desde as descober tas , orggos p r i -

v a t i v o s para as questGes c o l o n i a i s ,

Page 143: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Sebemos q..e fof . o ' n r ~ n t 2 D, I T ~ . ~ ~ ~ T ; I Lt q.lern 5 5 5 - 2 a x.r.,r,c s

empress da nsvogaqZo e 3econ:7ecfrr,cntc 238 3-aas i j o~~ . -as . o I n f a n -

t e f o p s nomcado "grrio-rncstre" ds Order. CLe f l r : s t~ , all'*;iga araem dcS

~ e ~ p l 6 r i o s (a quc D, D i n i s modiff cars 0 ncmn), xas f! zera ~ 0 5 2 de

pobreza o q u i s charnar-sc npenas "regedor" da 0rde.n de S r i s t o . Em

x e r c f a a s funqijes do q u e h o j e sc podc&, des:.e,nsr por " a d m i n i s t r a -

dor".

Como p z o - m c s t r c dn Ordcm dc C r l v t o f o L as p o s s o a l d c s t n i n s -

t i t u i q < < o quc o I n f a n t o m c o r r e u p a r a p o c r u t t ~ r os olornontou indis-

p e n s h c l s ih cxpodiq6cc d a s doscober t ,as . D X ~ qut3 n ? s c a r a v o l a s

se s p u s o s s c sorn$ro a ci-uz ds Ordom.

A s s i m a Ordcm do C r i s t o apa rccc -nos como o p r i lno i ro o r ~ a n i s -

mo, cmborn nKo o f i c i a l , quo t e v c h SCL C ~ L P ~ O CL d c s c o b c r t a , conquis-

t n e comdrbio das novas t c r r a s .

Mais t a r d c , corn D. J O ~ O 111, f o i c r i a d a a "lhesa dzi ponsci6n-

c i a " (1532 1, d c p o i s , " ~ n s a dn c o n s c i 6 n c i a r, dsts o r d c n s " ( 1 ) . 3 s t e

orgnni::mo t i n h n , como o p r 6 p r i o nomc i n d i c a , j d ~ i s d i q z o s o b r e .as

o r d c n s m i l i t a r c s o , por i s s o , s u p c r i n f o n d i n nos nog6c ios d a Ordom

do C r i s t o . D c s t c modo L Mesa d a ~ o n s c i 6 n c i a chnao . a s i n compo-

t G n c i s crn m a t h r i a colon!.al.

Mas no reinnd.0 de I). J O ~ O 1x1 6 aindlz c r i n d o out ,ro impor-

t a n t c orgzo para 03 n c g 6 c i o s u l t r n m a r i n o u - a. ~c,q<~ar_i~-dda-InLg,

conf iada a. Pudro do AlczSova b n r n c i r o . ( 2 )

" ~ l 6 m d o s t c ~ o rgnos sgo do s a l i e n t a r o u t r o s - n "%sn d n ~ i n a " ,

c a, " ~ a s n da 1 n d i a " qui: ~lescnvo lvc ra*n u n:L l . z r g : ~ ac~:o no c o a h r c i o

c o l o n i a l . A +vsr7. da IncZia e r a urn c n t r o p o s t o corn:rci~~l_ q u c , r e c o - *..- ..- +-. -- - ..- * - - * hy-- -------- -

71 j "~ . Ios : I s " , ' ~ r l " ; ~ u n n l . l ' , , . ~ o n s c n % % ~ ( or:i!n 2 3~.~p,nnQocs v o r i n s d o s o r zos c o n s u l t i v o 3 cia ~~c?nini:: . tr ,zqzo >nt,rn.l . (27 A criap;o d e s t e o!>i;rnismo c o n s t s do urn ddcuolcnt .~ rocel-tt;montc d i s c o l ? o r t o p c l o P ~ o i . E v 2 , 64nrc,?llo f'nc?tano.

Page 144: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

l ~ s n d o a3 mcrc ;~c lo r ln s c'i:~. I n d i a , as d l s t r i b u i ; t p c l a s cj.dad.:s da EU-

rOp:? Om quc t i n h a s u c u r a n i s . Urns dns suss d 0 1 3 ~ : t ~ & s mais impor-

t a n t o s ern s F c f t o r i ~ ~ p o r t u g u o s n cm li v e r s j ~ n t u 6 r p i n ) . A mcsmn i d o i a d o oatn1;lclccfmcnto do f o i t o r i t z s , o n p a f s e s c s -

* t r n n j ~ l r 0 3 , p a r a o com;rcio d o s p r o d u t o s oriont .3i .s f o r a j; r c a l i -

~ a d a p c l n c 6 r l n v ~ n o z i c n a , VL,ni?za r:nt;o s o n h o r a d o rnonopAlio do

O r i e n t o , c o l o c n v u , j u n t o d o s govc rnoa du F r : ~ n q ? o da. ~ c n i n s u l n re-

p r a ~ o n t a n t o s s c u s - o s " c o r ~ s u l o s ' ~ , a qucm compot ia a s s i : g u r a r as

r o l a g 6 c s c o m c r c i a i s o n t r e o s Bst ,zdos. (1) Mas dm,; d i z s r - 9 2 em

s b o n o b~ vordadc? q u e clcs o x r c c i c m ni i?d :~ o u t r n fun<Go, n dc c ~ p i -

So3 da Rzp6171 i c : ~ j u n t o d o s d s t n d o s por tugu:?s c ~ s p m - ~ h o l , a-f im-do

::c n n t c c i p s r o m u ~ s t o s no g r a n d c p l a n 9 dos dosf ' ~ b r i m o n t o s .

Em rcsurnra, n o f i n c l d n d i n n n t i a do ~ v i z EL nd .n in is t rn l ;?o ccn-

t ral corn r c s p ~ ~ i t o i s co l6n i r , s i tnc0ntr:~vc-t-YO r o p n r t i d n n o r 3 o r - "

gnos : n "?~!cun dz ~ o n s c i ? n c r . ~ ~7 tias ordona" , q u ~ , Cbtri~vds ds Ordon

d o C r i s t o s u p c r i n t o a d i a ;m t u d o o quo r, :sp::l t i lvz c; j u r i s d i c ; ; ~ o s -

~ i r i t u a l , :I. " 7 . ~ ~ 7 , d~ 1ndinl1 quc o r g n n i z I,V J, t , : L ~ o ~ ~ o c ~ : L V : ~ . ~ P o ~ & s , . Y : c r u t a v z as gu:lrhiqz,:s, ombnrcnvn, os chrt igos d c s t i n ~ ~ , d o s n permu-

t a G r r o ~ : b i a as osp~:cic~ri :xs , c , f i n n l ~ n ~ l ~ t c ; , r~ ' l ~ d c r 3 t 2 r i z dtt I n -

dia" p a r a o d c s p s c h o do Sobcrnno.

A p r i m c i r n gr:..ndc ref ormn dn ~ d 1 n i n i s t r : ~ ~ : " t o " o n t r a l P o r t u g u e -

,;?", rb l :~ t iv : . rmcn tc (LO ! J l t r n m ~ r , s 6 vcnl ,Z t o r l u g a r a n:z d o m i n n ~ ~ o f i-

l i p i n > .

l i ' i 1 . i ~ ~ I1 d c i3spnnhn (1 d c P o r t u g a l ) oxc:rceu s c a p r c u a podor

c c ; n t r : ~ l i z a d o r . C;"n:~nrtlvn :LS s f o cxcm3 dda t o d o s o s d i p l o m a s r e s p e i -

t n n t o s a0 nog6c ios d o d s t n d o ondc apunha , n u s q n t G r 3 a s corn que nzo

c?ncord :~va , n i n t c r j of (260 " o j o " que s i g n i f icttvn l' cuicindo" !

Page 145: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Es ta l so lcc 'do cm 1.530 a u n i z o p c s s o n l c ngo p o l i t i c a ( p o i s o s

X s t a d o s pcrmanecinm indt p c n d c n t c s ) d3 P o r t u g a l cr! & s p ~ n h n , l o g o ,

om 1581, p o r ? I t u r n d n s C 6 r t c s dc T o m r , c p o r s u g c s t ~ o d c s t n s ,

se i n s t i t u i u u n ' 'ponsel 'r o dc ~ o r t u g a l " qut: dovoricz acornpanhrzr o

monarca qunndo 2 u ~ o n t c d o n o s s o p a i s , (1) 0 e x p e d i c n t o do Conse-

l h o e r n , a p r i n c i p i o , a s s c g u r a d o p o r q u n t r o o s c r i v n n i a s . Mnis t a r -

do u s t n s fo ram tr::nsforrnndns cm t r e s b e c r o t a r i a s de E a t n d o , a t e r -

c c l r n s das q u a i s s o dcnotninava " ~ c c r e t n r i a do 's tado da I n d i a o

0 Consolho dc P o r t ~ g z l , nfio v e i o s u b s t i t u i r o s v h r i o s "conse-

l h o s " o "moscs" c r i n d n s p o r D. Manuel e D, JO<<O 111. Eril 1 5 9 1 a-

c r c s c c n t c ~ u - 3 c - l h c s o " 7 o n s c l h o d a ~ n z o n d a " .

0 Consclho d:~ " a z c n h t i n h n q u n t r o c s c r i v , z n i n s ocupando-so

duns d c l n s d o s p:dftoq3 d a s c o l j n i n s da A f r i c a c da Asia.

bIas F i l i p e I1 nxo s c d6 p o r s a t i s f o i t o . Em 1604, somolhsn-

qc do"~?on: ;c jo Suprcmo d~ Las 1 n d i a s f 1 , corn s c d s em Madrid, i n s t i -

t u i d o c m 1542 p o r C a r l o s V , 6 c r i a d o ern L i s b ~ a - o " n o n s c l h o d a s

~ n d i ? ~ s " , Pouco tcmpo t c v c do v i d n , p o i s v o i o u s o r o x t i n t o , p o r

: : t r i t o s com o dn $asondo, t:m 1616.

Ucpo i s da ~ c s t ~ ~ ~ r n q z o vcm a r a z o r - s c nova rc fo rmn nn ndminis-

t r a q g o , q u a n t o h s c o l 6 n i a s . Em 14 do ~ u l h ( 1 dc 1642, J O ~ O I V

d6, r eg fmonto a o " ~ . > n s c l h o U l t r a m r i n o l ' q u e u n t r a n v i g o r : r r no mos-

mo d i a d o nno s c g u i n t e , EsLc Consclho ors, no fundo , umn c 6 l u l a

d c s t z c n d n d o v c l h o Consclho da Fazonda.

A q u i t c v c i n i c i o urn; ss6rio dc c o n f l i t o s e n t r o a ";Vksa da Cons-

c i a n c i a c d n s 0 r d c n s " c o qonso lho Ul t ramar inow p o i s ; p r i m ~ i r a - .. --- ----

~ I ) n ~ o l c q ~ o CLL? L: is: c suJ3'9ldios p a r a o D i r c i t o p o n s t i t u l i o - n z l ~ o r t u g u j s " - ~ o p c s P:-aqa v o l e I pag. 208.

Page 146: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

compct i a a p r c r n r a c r o ~':,s c x p o d i q c c s o no scgundo a c o n t r n l i z a -

qgo d o qunsc t o d n s cs q~. ostGl:s colonicz is .

Em 17.76 D. ~ o ~ h o V roforrnn, dc-novo, a : ldn in i s t rnq ,?o c c n t r n l

p o r t u g u c s n c r i z n d o A S t l a Z s S c c r e t , n r i a s de b;stado: d o s i t eg6c ios I n -

t ~ ? ? i o P c s d o Rc ino , d o s 1lcg6cios E s t r a n g o i r 2s o dn Guor ra , dz Phari-

nhL c d o s Dominies U!-tr:~mrinoa.

A a d m i n i s t r a $ $ o c o l o n i a l a p s r c cc-nos n ~ j s t a f o s o profundamon-

t c 3 i m p l i f i c a d s .

E x f s t f a m npcn'. ' : : p o r urn l z d o , o ? o n s c l h o U l t r n a s r i n o , corn h

t o d n n s u ~ , l n r g n c o a p e t o n c i n ; p o r o u t r o , a S c c r c t a r i n de E s t a d o

dz: i a r i n h n , c d o Ultrmna,r ,

& s t : ~ d o o r n um simples 1ntcrrncdi6,rio o n t r o o nonso lho e e o r o s

mas pouco n pouco f o i - s o d c s e n h ~ ~ n d o a a b s o r p q z o p c l o ~ d c r C t 6 r i 0

dz E s t n d o das f u n q z c s d o C ~ n a c l h o .

Em 1820 d5-sc :; r o v o l t a d o s l i b a r n i s c h c f i n d n p o r Fornnndcs

~orn6"s o , n J ::no s o g u i n t c , em horncncgsln no p r f n c i p i o da : x s s i m i l c t -

< s o q u o , n J n s p e c t o p o l l t i co , os l i b o r n i s do fond inm, 6 o x t i n t a a

sccqko dos Dominies l J l t r : ~ n a r i n o s , nn Socrct : t r i ia d o % t 3 d o d a Zdari-

nha ( ~ o i do 8 d~ N o v ~ m l s r ~ do 1821).

Em 1022 r o g r c ~ s n - s c monarquia t r n d i c i o n a l corn :r v i t 6 r i n do

n~fivimcnto a b s o l u t i o t n d:l. V i l a f r a n c a d n o p 2 r l e i d c 3 dd Outubro do

rncsmo ano 6 n b v ~ ~ m c n t o c r inda r c s t n u r n d a a g e c r a t n r i a d o Xs tado da

E ln r inh :~ c d o s iYcg6cios IT; trnrclnrinos.

Em \034, t c n d c vone- (:lo d c f f n i t f v n n s n t e o s l i b c r r t i s , 6 c x t i n t a

m:;in ulna v c z a sceqxo c,, U l t r n m n r , p 3 r d\:c, do 2 8 de J u l h o .

I l?s c s t c docr d t o ; c!ico tcrnpo 70 nnntotn ern v i g ~ r . Log] om 25

d c A b r i l d c 1835 d p ~ l b l ~ c n d n umn l e i que dcturrn ina quo os p r o b l a -

Page 147: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

m s p o l i t i ~ o s q a d m f n i s t r a t i v o s das C o l 6 n i a s passem a corror pela

" S o c r c t n r i s de ldstndo d o s ~ c ~ 6 c i o s do ~ l t r a a a r " ,

Asvim s e quebr:: n t r a d i q z o q u e v i n h a j& de 17.76 durna sacqgo

do Ultramar i n t o g r a d a n:; S c c r e t a r i u dc Estado ds Hnrinha.

Mas e s t n i n d 0 ~ c n d 6 n c i . a 6 rnoment$nca.

Apcnns a l e u n s d i n s d c p o i s ( 2 do 'dnio) d o c r o t a v : ~ - s e a anoxhpzo

da S c c r e t a r i a d o E s t c d o d o U l t r n m z r k S o c r e t a r i n do E s t a d o da Ma-

r i n h n , ondc deu origcrn ;" " s c c g z o d o l ~ l t r s ~ n r " ( D ~ c . do 25 de Maio) .

b) ~ r i ~ ~ q g o do l ib .n i s t6 r io dns ~ o l 6 n i r t s (Dec, 23-

-8-1311). 0 s d o i s c r i t 6 r i d s p o s s f v c i s do o r -

ganizzpzo do ~ i n i ~ t 6 r i o : o t E c n i c o o o n ~ o n r 6 -

f i c o . Vant?,gcns 1: i n c o n v c n i e n t o s d3 cadn urll

d e l e s,

130r *oc, do 8 ilc Outubro do 1 9 1 0 a " b o c r c t a r i a do g s t n d o da

1 , l~~r inF .a c7 do ul t rarnr?rU p a s s 3 tz dcnominar - so - " ~ i n i s t 6 r i o d a 847.1-i-

nha c dns ~ o l 6 n i , o , s ' ~ , omborn na ~ o n s t i t u i q $ o s e c o n t i n u c 3 f a l u

das " ' r o v i n c i a s ~ l t r a m ~ r i n n s " , cxpross$o que s e r v e do o p i @ ; r n f e no

T i t . V.

S A corn 3 1 0 1 nP 1005 vcm n s c r s u b s t i t u i d a .

fi f f n n l m c n t c , p o r h c , dc 2:3 dc n g o s t o dc 1911 q u o u socq<<o

c o n s t i t u i r

dns ~ o l 6 n i n s .

0 ~ i n i a t d r i a d n s ~ o l 6 n i n s podc obcdcccr nn d i s t r i b u i g g o dos

SCU S

quando o s a s s u n t o s n d l o o s t c jam d i s t r i b u i d o a po r r o p a r t i q b s espo-

c i n l i z ~ ~ , d z s p o r i n n t 6 r i . n ~ .

Page 148: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

D c n t r o duv. c r i t j r : exclus ivnmcntc> t 6 c n i c o oncontrr?remos uma

r o y n r t i q z o dc j u s t i q o , o u t r a d c s d d e , a t c , cxdn u n ~ corn j u r i s d i -

f i c o quando cndn repnr t iq , ' l o tcn11:~ a scu c a r g o c s t u d r ~ r , ncompanhar f azerl

c d c s p n c h a r t o d o s o s n e g 6 c i o s r ? l a t i v 3 s a u r n c o l j n i a ou a u q a s6

r o g i x o g c o g r d f i c n . Es tnr3mos d o n t r o d o s t e c r i t 6 r i 3 sc o n c o n t r a r -

!nos u r n D. G. dzs ~ 0 1 6 n 1 n s d o u c i d e n t e 0 outr; : D. G, da3 " o l 6 n i a s

do Ol . lonto , c s t n , p o r ~xcrnn'l,>, corn rr:pnrtiq;os p a r a I n d i a , p a r a

Macnu, par?, Moqnmbiquc c p n r n Tirnor.

Em 1911, a d o t ou-sL> 3 c r i t 6 r i o .go l g r & f i c o t?mpcr,zda, cr i : indo

no ~ i n i s t 6 r i o d n s ~ o l ; ~ ~ i , ~ s t r 6 s ~ i r c c g i o s ~ c r : ~ i s : umn l3. G. d2s Ssr-

v i q a s C c n t r : ~ f s c i h i l i t a r o s , uma D. G. d:ls pk,16nins do O c i d e n t o o

u r n D. G. dau ~ o l 6 n ~ a s d o O r ~ c n t c . P o r um lndo, c r l t t r i o t 6 c n i -

co; p ? r o u t r o , c r i t 6 r i o googr$uf ico , q u o p r q i n n .

A a c t u a l lci org?iunica do ~ d i n i s t & r i o , o Doc. 26180 dc 7 dct

j n n o i r o d c 1936 s e g u i u p e l o regime QLL O S ~ C ~ C I S ~ ~ Z S ~ ~ O t 6 c n i c n do8

o r g ~ ~ n f smos,

~ c s d i : quc o 1mp6ri.0 c o n s t i t u i un t o d o u n i t j r i o quo nc5g dis-

t i n g u c d n t r c as v & f z s c o l 6 n i n s , n nz:3 s o r p c l n p r 6 p r i a n a t u r c z a

.do3 c s s u n t o s , dcvc p r c f c r i r - s c 2 c r i t j r i o t 6 c n i c o a JVI c r i t 6 r i o .

k;cogr&f i c o (quc, :,"l&rn do i n c a n v c n i c n t o , 6 ~ i n d n rnuito nais d i s p o n -

d i o s o p c l o g rzndc n6mcro dc orgt?.os quo ox igo ) c rnearno n u ln c r i t s -

r i o de t f p o m i x t ~ .

C ) L i n h a ~ _ p ~ ~ & i s d;t ~rp~a&..aq~o actual d o Minia-

t i r ; . o das ~ o l 6 n i a s . -- - 1 ) ~ o n d i d e r a g c e s - - -.--.- . p r e l i m i n a r e a : n e c o s s i d n d e de

c v i J ; a r -- ---- a e x c e s s i v a -- c e n t r a l i z a $ g o e b u r o c r a t i -

Page 149: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

zapgo da a d i n l n i s t r a ~ g o u l t r a m a r i n a e de u m con-

t a c t o f r e q u e n t e , e n t r e os orggos s u p e r i o r e s do -- - 1lnp6ri.o c a s co l ;n ias , pa ra inf'ormaq<o dsque-

l e s e esc larec i rnonto d e s t n s . -- 11) AS ~ i r e c ~ i i e s Gera i s como org<os de espedien-

t e ; os I n a p e c t o r s s 2wpt:riores colno orC;,ios de

c o n t a c t o e n t r e o d in i s t , ro s as col6nins . Ten- -7

d2nc ia p a r a nume~t t l r o rilinero e a i n p o r t 5 n c i n --

r e D e ha rnon ia corn o c r i t 6 s i o t 6 c n i c o f o i organizado o ~ i n i s t 6 -

P i 0 d a s ~ o l b n i a s , p e l o Dec, 26.180 de 7 de ~ ~ t _ ~ ~ , : i r ~ do 19.76, pas-

t e r i o r m e n t o a l t e r a d o p o r v h i o s d i p l o n a s ,

J u n t o do M i n i s t r o funciona o 3eu "gabinote ' l privative, Zxis-

cm n6mero do qua t ro : ~ i r e c q G o Goral dEL ~ d n . i n i s t r n q ~ o ~ o l i t i c a e

C i v i l , ~ i r e c p z o Gornl do Pomcnto Coloni i~T, Direcqgo G o r n l de Fa-

zc:ndn dn,s ~ o l 6 n i a s c ~ l i - o c g g o Geral do En s i n o . A s d i r c c < ~ o a go-

r a i s rcprcsentam as caboq:ie 30 vArias h i d r a r q u i a s f a n c i o n a i s o

dt?scm-oonham u m papul fundamental em toda a u d n i n i s t r a q z o c e n t r a l

J u n t o das ~ i r c c g E e s g c r a i s funcionntn ou I n s p o c t o r c s Suporio-

r o s cu j a funq io 6 i nd i spensgvc l numa adrninistraqc<o c o l o n i a l mo-

clernu, p o i s s c o elcmcptos dc c o n t a c t o ontr. : o 111inlot;rio CJ as co-

l j n i a s , impodindo quo os s c r v i p o s c o n t r a i s estagnclrn no a b ~ t r a ~ -

Ego o ssc t r ans fo rmc~n om s implcs c s t a n c i o s ' b u r o c r n t i c a s , .ac'm co-

nhhcciaonto do8 problemas r c a i s o das c i r c u n s t a n c i a s p n r t i c u l a r ~ s

das co l6n ias .

Page 150: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0 f n s p e c t o b S u p e r i o r 6 urn agcntd - m & ~ , : l q u ~ : devo froqucntemen-

t o d c s l o c s r - s e is c o l 6 n i a s p a r a desernponhar o seu d u p l o papel :

n a s c o l 6 n i n s e l e 6 o i n t c r p r o t c a c t u a l d o yonsamonto do l i n i s t e -

ri0, l cvando as d i r e c t f v a s do M i n i s t P o o t o rnsndo-so ass in fiol

d c p o s i t j r i o d o sou pensamento. E n t r o t a n t o v a i obscrvando e , dc

Pogrosso , t o r n a - s c o in fo rmador d o s s o r v i q o s , dando c o n t s do quan-

t u Viu G ouviu , das c i r c u n s t a n c i a s ern quo d o c o r r e a a d m i n i s t r a p ~ o

c das p r i n c i p a l s n e c o s s i d a d o s d o quo u r g o o c o r r o r .

Psesontemente as d i r e c q z e s g e r : t i s szo q u a t r o rllas uw deve

afnda d e s a p a r a c e r , na, o p i n i g o do S r . P r o f . ?ha rco l lo Oaetano, p o r

ser urn orgzo in6ti.1, - a D, G, do Ensino.

57 - A D. G, d s ~ d m i n f s t r s q ~ o ~ o l i t i c a e T i v i l .

a ) Suns f u n q 5 e s e o o r v i q o s ,

Vamos a g o r a r e p a r t i r o nosso e s t u d o da or,g$nics do ~ i n i s t 6 -

r i o d s s c o l 6 n i . a ~ p e l a s s u n s v&ria ,s ~ i r c c q % s Gernis . Soaeqaremos

p c l a D. G. do Admin i s t r aqzo ~ o l f t i c n e S i v i l .

i? 0 z r t . 18 do Doc. 26.180 q u c fundsmenta lmente 0 s t i p u l a as

funq6cc d e s t a ~ i r o c ~ z o G e r n l . ~ i s p & - s c ai:

" ~ e l a ~ i r c c q ~ ? o G e r a l do ~ d m i n i s t ~ a g g o p o l f t i c n s S i v i l s@PA

dado e x p c d i e n t e n t o d a s as q u c s t z o s r d l a t i v a s a: gov8rno o p o l l -

t i c 3 d o 1mp;rio; a d m i n i s t r a q z o c i v i l g o r n l , p r o v i n c i a l e local;

p o l ~ t i c a i n d i g e n s ; c o l o n i z a q ~ o ; sa6do c: h i g i 6 n o ; j u s t iga; i n s t r u -

250; m i s s ~ e s c c u l t os ; imprcnsa; a a s i o t ~ n c ~ n ; l u g ~ s l ~ ~ q g o gora l " .

Como so v6, o s t a ~ f r o u q g o Geral chnmn a s1 grnndo n6aero d e Q

a s s u n t o s c s p e c i a l i z a d o s segundo urn o r i t t r i o t 6 c n i c o .

0 D i r c c t o r G e r a l d s ~ d r n i n i s t r a q z o p o l i t i c n a S i v i l 6 tarnb6rn

o ~ z c r e t j r i o G e r a l d o ~ i n f s t & r i o .

Page 151: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

fi jj do t r a d i q g o ,z Soc ro t a r f a , Q o r a l o s t a r o n t r ~ 6 ; ' l o rt uin B i -

r e c t o r Gera l . ~6 no l : i n ~ c t 6 r i o d o s l log6cios E s t r s n j e i r o s o l u g a r

do s e c r e t Aria Gora l 6 fndopondcnte .

0 ~ c c r o t 6 r i o G c r a l d o grau mais a l t o dn h i o r a r q u f a do M i -

n i s t 6 r i 0 , s l t u a n d o - s e imodintnment e zbnixo do " i n i s t r o corn p r o -

codenc i a s o b r c o s govo rnado re s g e r n i s na : ~ ~ k ; t ~ ~ 6 p o l e , Despacha jun-

tamenkc corn o l e e nao s u s s f a l t a s , p12de supr i -13 . P r o p a r a 9s d i -

plomas do posse 13 os r c c u r s o s d i r i g i d o s ao Y i n i s t r a .

Mas as funpzos n t r i b u i d n s :b D. G. do l idrninis t rapffs ~ o l f t i c n

e Civil p o l o a r t . 18 LJ Doc. 26.180 j b nZ8> 30 - ~ ; n t & n in tegra l ruon-

& ~ i r c c q E o G e r a l do ;Zm::fno, c r i a d a pi319 Doc. T,. 33 .541 do 2 1 de

~arnb6m mt6ria d c p o l f t i c n i n d f a c n a transitou p a r a a Ins- S u p e r i o r

pccqg:, d o s r\rcg6cios I n d i g e n a s , i n s t i t u i d a p o l o Doc. 5. 35.962

do 20 de Novembro dc 1346.

N:-t D. G. do ~ d r n i n i s t r a p g o ~ o l i t i c n i: r ' iv i l . ~ O S ~ ~ C : L ~ L - S O qua-

t r o r o p a r t i q z e s : ~ e p e r ; , i ~ g o d o P c s s ~ l , l %ail. T ' o l o n i a l ; i3cpazrtiqEo

dds Sorv i$os do ~ a 6 d e c Higiena ; ~ e p n r t i g z o do J u s t i q a ; R e p a r t i -

qzo d 3 ~ ~ e ~ 6 c i o s ~ o l i t i c o s o dc .Admir.istrrzqz~ - , iv i l (a r t . 1 9 do

Doc. 26.180).

~ l 6 m d c s t a s y u s t r o r o p n r t i q z e s funcidnczrn j u n t a d a ~ i r e c q g o

Gora l de ~ d r n i n i s t ~ n p r " L o ~ o l f t f c n , o Giv1.l t r 6 s 1nspccq3es e utna j u n -

ta .

," b ) h .. - 1 . n . s o -A. I - r - - c c r . :r . o -* S - u . p2~~-&2r;l$..-& . mi ~,t~~~a;) .~~&3~1~~-~ip_1

7, 2 ,- 26180 a r t 97 e - R k 1 ' a n t O 2 * (2- 2 >A ---.., .J -.-. !L-., ??.G,%~-.:.-~.-%-~-A&.A

I l cc . I,, 35962. ar t , 4 2 . - --1- - PM-- , W N

Page 152: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

qga C o l ~ n i n l d e f i n i d a p e l o a r t , 27 dd Dec. 26180:

# ~ 4 r? unto d 3 ~ i r 3 c q z o G e r a l d c ~dmin i s t r aCjGo P o l l o ~ d ~ ~ 0 q i - ~ i j - ,

LO ~ f n i s t d r i o das ~ o l ~ n f s s , f u n c i o n a a f n s p e c p h s u p o r i ~ do Admi- L

nistraq:cdo C o l o n i a l como orgao central d a f i s c a l i z a d o r a

30 M i n i s t r o d a s ~ o l . j n i : ~ s cornjotc sbbrc a, : ~ d m i n i s t r a & o c i v i l coo

l o n f a l , n9s tc rmos rla S a r t n 0 r g 3 n i c s do 1 n P ; r ~ i > e da Reform. Ad-

m i n i s t r a t i v a ~ l t r a r n n r i n a " ,

As suss 2onp;ios que v im enurnoradas no ar t . 28 t ipham j b

s i d o g e n 5 r i c a u o n t o d e l i n c r t d s s no a r t . 22 d a Ref Irma, a d m i n i s t r a t i -

va. ~ i s p c o - s o at:

11 0s i n s p c c t o r e s g c r a i s da admin i s t r aqGo c o l o n i a l . . . . proco-

dcm c m name c r o p r o s ~ n t ~ a g ~ a d o M i n i s t r o d a s ~ o 1 6 n i n s , dando co-

nhccimonto ads g o v e r ~ ~ ~ d o r e s g o r a i s ou de c o l 6 n i a do tudo c, quo

f i z c r e m , m n t c n d o sompro corn o s t o s urm o s t r c i b n colnboreqgo, som

contudo excrcc rcm sobri: c l c s q u a l q u o r a u t rida ado",

0 ar t , 20 d o Dec, 26180 dosonvalveu do s u g u i n t o modo c s t o

p r o c o i t o :

"A compct6ncia da ~ n s p o c q j c ~ nbrnngo:

l a - A f i s c a l f z a q ~ o do t o d o s o s s e r v i q o s do a d m i n i s t r a p g o c i -

v i l de cada u r n d a s c o l 6 n i n s c dc q u s i s q u e r o u t r a s s e r v i q o s d e

n a t u r o z a c i v i l , na p a r t e a d m i n i s t r a t i v a , o x c e p t u a d ~ s o s d e j u s t i -

qa, f omonto e f szonda ,

2 - A f f s c n l i z a q ~ o d o s s c r v i q o s d a s c u r a d o r i a s dos in?.igonas,

s i n s ~ o c ~ g o o f i s c s l f za$o s u p e r i o r d o t r a b a l h o ; da omigraqgo o

da t ~ s s i s t 6 n c i a e p r o t c c q g o d o s i n d f g e n a s ;

3~ - A olnbor:~g,Zo do r c l n t b t 9 i o s , prti*occres J p r o p o s t a s s6bro

i n s p c c q & s c domais : c rv iQos dn sua c o n p o t ~ n c i a ;

Page 153: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

q s - A i n i c i a t i v a d e q u a i s q u a r modidas ou reformas t o n d o n t e s

h melhor o r g n n i ~ a q ~ h d o s s o r v i q o s d o f i s c a l i z n ggo;

5 s - A r e a l i z a q z o do i n q u 6 r i t o s d e 9rdcm ocon6n ica , admin i s -

t r n t i v a c p o l i t f c a , conf ormc f o r o rdsnndo p o l 3 ?,! inist46rio das Oo-

l b n i a s ;

60-0 0 desemponho d o o u t r a s a t r i b u i q s e s c a n f o r i d a s p 3 r 1 3 i ' l r

Yoje e s t a c-)mpet;ncia c n c o n t r a - s o p x u a l a d o a l a r g a d a , p o r

o u t r o r e s t r i n g i d n ,

P o l 0 a r t . 4 Q do Doc, 35962 f oram-lho a t r i b u i d a s novas f u n -

(3533.

11 Passam p a r a a lnspecq i io S u p c r i x - d e ~ d r n i n i s t r a q < q p o l o n i a l :

1 9 - Todos o s assuntos q u c r e s p c i t a r o m $ f i s c a l i z n ~ g a s r e p r o -

s c n t a q z o do E s t a d o em omprosas c o l o n i a i s ;

2 e - 0 examo d c t s d o s o s diplomas e o u t r n s do to rminuq3es pu-

b l f c a d a s nos ' l ~ o l e t i n a O f i c i a i a " d n s co1;nias e nas a r d c n s das

pYovir30ia3, a f f m do s u s c i t a r o e x o r c i c i o dns p p e r r o g a t i ~ a s r e s e r -

v a d a s p a r a o M i n i s t r o das ~ o l j n i a s n9s n r t i g o s 1 2 Q o 13" da " a r m

t a 0 r g g n i c a d o 1mp6riot1,

F o r s u a v c z , o a r t . 29 d o rncsm) d s c r o t o charnqu p a r a n compe-

t c n c i a da ~ n s p e c ~ ~ o S u p e r i o r d o s ~ o ~ ; c i o s l n d i g e n a s a a a t 6 r i a d o

nQ 2 Q d o a r t , 28 do Dcc, 26180 r c g u l a d a nos nQ IQ c 2Q dp 5 hi-

co d o a r t , 30 do mesmo d c c r e t o ,

c ) A 1 n s ~ e c ~ g 3 S u p e r i s r dss N ~ R ~ C I O S ~ n d i a o n a s

( D O C , L c i nQ 35962 de 20 de NQV. de 1946 1.

Sua r a z z 9 d e s e r : $, 0. a r t . 245. S u a s a t r i -

b u i ~ ; c s . Wecesidado & s ~ l u t a da d a r a o s t e

orgunismo a i m p ~ r t g n c i a o a v i d a quo deve tez A I n s p e c q z o S u p e r i o r dm ~ e ~ 6 c i > s foi, como j6 srrbem<?a, i n s -

Page 154: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

t i t u i d a p e l 0 Dec. L e i nO- 35962 d e 20 de Navembrr~ de 1946 em 9x8-

c u ~ z o do art. 245 da Par$.: OrgGnica que d i spunha :

¶I ~ o r j o r g a n i z a d o urn reg ime d o i n s p e c ~ g o no t r a b a l h o dos i n -

d i g e n a s , d i r e c tament e dependen t o d o X i n i s t 6 r i o das c b l 6 n i a s " .

0 s s o r v i q o s dc q x p c d f e n t e dcsta i n s p e c q g o e s t g o a c a r g 9 da

s e c r e t a r i a da 1nspeoq& S u p e r i o r d e ~ d m i n i s t r a ~ ~ o das P ) l 6 n i a s

( a r t , 50- $ 4 0 - ) ,

6 0 ar t , 2Q d o Dec. 35962 quo d o t e r m i n a g e n > r i c a n e n t e a s u a

cornpot6ncia.

I1 A ~ n s p e c q i i o S u p o r i o r d o s ~ c ~ 6 c i ~ s l n d i g s n n s f ic : i d i r e c t a m e n -

t o d c p e n d e n t e do M i n i s t r o das ~o1 .6n ins o porbenco- lhc 13 o s t u d o de

t o d a s as q u c s t S c s r c s p e i t a n t e s a m i n t e r e s s e s p o l i t i c a s s ocon6-

micos d o s i n d i g e n a s d a s c o l 6 n i n s p o r t u g u c s a s e a f i s c n l i z n ~ & da

f o r d p o r que s z o c x e c u t a d a s as l c i s e d i r e c t i v s s s ~ b r e o scu es-

t a t u t o p o l i t i c o , c i v i l e c r i m i n a l , a s s i s t 6 n c i : ~ e regime dc t r a b a -

l h o , - p a s s a n d o p a r a a s u a competGncia o s p o d ~ r e 3 e d o v o r e s n t r i b u i -

do= no a r t , 30e do d c c r c t o ne 26180, d o 7 d e J a n e i r o do 1336, 5

1nopocq;o S u p e r i o r clc! , i d r n i n i s t r a q g o ~ o l o n i a l " .

Como s c v;, a t r i b u i d - s o a e s t n i n s p e c q g o t o d ~ ua c o n j u n t o

d e m t 6 r i n s r e l a t i v a s ?t v i d a s o c i a l i n d i g e n a , 0 prob leaa , do t r a - --

b a l b f ~ , o prgblema dn c ~ v i l i z a q ~ o dos i n d i g e n a s e t : ~ n t o s o u t r o s d e

i n d i s c u t i v o l a c u i d a d e dsvcm ser c s t u d a d o s e r e s o l v i d o s p o r a s t e

organismo.

A i m p o r t % n c f a d e s t a i n s p e c g ~ o 6 v e r d a d o i r n m e n t e e x t r a o r d i -

n b r i a v i s t o c s t n r - l h e c o n f i a d a a p o l i t i c a i n d i g e n a , f u l c r o , p o r

assirn d i z c r , do t o d a a a c ~ g o c ~ l o n i z a d ~ r a .

P J r t u d o i s t o 6 a b s o l u t a m e n t e n e c e s s j r i o , numa f u t u r a r e f o r -

m, a m p l i a r - o e dcvidamonto a s u a c o n p e t s n c i a , ~ o t 6 - l a d e q u s d r o s

Page 155: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

capazcs a dos meios f i n a n c o i r o s indispons&vois, p a r a quo possa

dar c x c c u q ~ o i n t e g r a l As d i s p o o i q ~ e s c o n s t a n t o s d o Tit. 11 do

R c t o C o l o n i t ~ l o do Cap. VIII ds Carta 0rg6nica r o s p o i t a n t e s aos

i n d i g e n a s .

Corn a sua c r i a g z o p rocurou-so s u p r i r a grundc deficfoncia

quo sc s e n t i s no ~ i n i s t 6 r i o das ~ o l j n i a s do urn organ i sm0 q u e es-

pccialmente e s t u d a s s e , centralizasso e o r i e n t a v s o tudo o q u e roam

p a i t o ?i p o l f t i c a lndf j ionae Dove d i z u r - s o quo a pr6 , t ioa ngo cor-

rcapondcu a o s i n t r j l i t o s cln s u n cria$!io. Dado o m u s o s t r o p o r t u -

gu8s dc dcsfazcr om tuclo o quo ngo h s j a s i d o f c i t o por quem haja

do c x c c u t a r , o f a c t 0 Cc o ?ilinistro que croou n ~ n s p o c c , z o S u p o r i 2 r

t e r s i d o pouco d e p ~ i s oxoncrado f e z corn quo nzo sc q u i a c s s a s a b e r

mais do novo organisrno, quo se tern l i m i t a d o ct v o g c t a r , E no an-

t a n t o , o s p r o b l c m s relatives a o s indigcnas, t8m i m p o r t g n c i a p r i -

macial, j& por scr p r i a e i r o d c v e r dos c o l o n i z a d o r o s cuidai* d o s

homons que vlvern nas c o l 6 n i a s em cond iq5os do i n f c r i a r i d a d o , j&

p o r s o r a p ~ p u l a ~ % ~ indigem a m i o r r i quoza du economia c o l o n i a l .

Mas n a z d r n i n l s t r ~ q ~ o p o r t u g u o s a p r e f e r o - s o d o i x a r t u d o i s so ao

improvise d o Dsua darb,

Como o a t a i n s p c c p z o tom c t r i b u i q j o s 9rn aat6r ia de t rabalho

d o s i n d i g o n a s , o i n s p e c t a r g o r a l 6 vdgal natc da J u n t a rentral do

Trabs lho e ~ r n i ~ r n q z o ( $ Gnico, a r t , 5 Q d2 Doc. 3 5 9 6 2 )

d) A ~ n s p o c q ~ o Supor io r do ~ s 6 d e das p o l 6 n i a s

( ~ c c , nu44417 dc 21-11-1945, art, 11).

Scguc-so a 1nopocg&0 S u p c r i o r do ~ a 6 d e das ? o l ; n i a s criada

pelo Dcc, 34417 do 2 1 de F e v c r c i r o d e 1945 ( a r t l l ) ,

A orgsnizapc<o dos o o r v i q o s do srtfidc? nas co1r;nia.s data, do Dec.

Page 156: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

nQ 5572 do 10 do Maio do 1919 quo reorganj-aou o :dinj zf & r l ~ das

co16nias, dotando-o dc uma ~ i r e c ~ j o d o s Servl.pos do ~a6dc.

0 Dcc, 26180 s u b s t i t u i u e s t a d i r e c q z o por u r n ~ o p a r t i p g o dss

Sorv ipos do snddc o Higieno, i n t e g r n r t l na D. G. do kdqin is t raq i%

p o l i t f c a o Civil,

P e l o Dcc. 34417 mtlntevo-sc o s t a r o p n r t i g g o mas corn p u r a s fun-

q j o s b u r u c r & t i c a u , a t r i b u i n d o - s a - l h o o oxpodien to da ~ n s p e c ~ E o

. S u p e r i o r do ~ a 6 d n d a s ~ o l 6 n i a s , e n t z o c r i a d a ( a r t . 1 2 ) .

~ G d a a r o m o d e l a ~ ~ o dos LorviGos do ~ a 6 d e oporada por e s t e

d o c r c t o obedecou como 30 1 6 no r o l a t 6 r i 0 , fundamentalmento a dois

objectives: p r ime i ro , nmparnr, do fendor c aunon ta r a populaqgo

i n d i g e n a onde EL haja , melhorando o ssu o s t u d o s a n i t j r i o e o sou

n i v e l de v ida ; scgundo, f a c i l i t n r a adaptapgo dos b rancos nas

r e g i & s t r o p i c a i s , q u e ~ a s s i s t i n d o p r e v o n t i v a e curativarrlonto as

p c s s o a s q u e r ac tuando p a r a a t r a n s f 2 r m ~ ~ p s o do neio".

P a r a a c o n a o c u p ~ o d e s t e s dup lo f i m , tarnaram-so o s s e r v i g o s

do saGde, p o r urn l a d o , h l s r a r a u i c a m o n t ~ indepenCentes em rolagGo

nos o u t r o s s e r v i q o s de a d r n i n i s t r n p g ~ c i v i l (art. 4 ~ ) , por o u t r o

corn o c a r j c t e r f rzncarncnte d e s c 3 n t r a l i z n d o r .

Dfz o ~ c l a t 6 r i . o :

"A r8de, quc cada c o l 6 n i a de l ianar ; , deve obedecer a um p r i n -

cfpi,o la rnamente do s o o n t r a l i z n d o r , om quo cada os toboloc imonto

s i r v a do npoio aos de g r a u i n f o r i o r o do p o n t o de i r r a d i a q g o de

a s o i s t 6 n c i a volanzo.

P ro t ende - se d o s L u r o c r a t i z a r quan to p o s s f v e l a h i o r a r q u i a dos ----- v

scrv iQos e po r i s s o n<o se forgsz a co:lncici$ncia dn d i v i s z o t o r r i -

t o r i a l s a n i t 6 r i a corn '1 a d m i n i s t r a t i v ! l nem se c h a m ao d i r i g o n t e

t 6 c n i c o de uma prc~~ir1::3.s chcfc do r e p a r t l p z o ou cousa q u e o valha" .

Page 157: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Tod0 0 d e c r e t o se acha impregnado d e s t a i d e i a de desburocrabi -

z a ~ g o .

J A a t r & s vimos, a p r o p 6 s i t o dos indfgenas , como s o aconselha

aos medicos no mesmo d e c r e t o , o combateis p r i t i c a s de f e i t i q a r i a

q u e levam h o r t a l i d a d e i n f a n t i l mas oornbate que dove s e r f e i t o oOm

prudGncia, sern v io lgnc ias .

A desburocra t izaqgo dos se rv ipos de sa6de imp&-so de f a o t o ,

j& po la na tu reza dos sc rv ipos , j& porque ngo h a v e r i a o u t r o ~ e i o de

a t i n g i r os f i n s em v i s t a , ern c o l b n i a s tZo ex tensas e corn t Z o gran-

de dif iculdado de comunicaq~es ,

So o m6dfco t i v e s s e de s e r puramente um buroc ra t a , p doente

morroria porquo ngo ohegaria a au to r i zaqzo , porquo se lhe ngo pas-

Sara urn diploma.. . ~ l 6 m d e s t a s t r 6 s inspec26es perf o i t a m e n t , ~ organizadas e x i s t e

a inda 1 I n s p e c t o r Super io r dos Serv iqos Jud i c i & r i 3 s , e s t a b e l e c i d o

p e l 0 Dcc. Lei nQ 37089 de 7 de Outubro de 1948, funcionando oom o

Consclho Super io r Jud ic iAr io das ~ o l h n i a s , Diz-se no a r t . 2Q deste

dcc rc to , que "o cargo dc inspeo to r s u p e r i o r dos Scrv iQoS ~ u d i c i 6 -

r i o s s e r & d e s c r i t o e n t r e o peaaoal d a D. G. de ~ d m i n i s t r a q g o ~ o l i -

t i c a e Civ i l " mas i s s o qucr aponas d i z c r que serA pago p e l a vorba

d c s t a ~ i r e c g g o .

e ) A J u n t a Contra1 do Trabalho e ~ m i a r a ~ g o ( ~ o d . dc Trab, dos Indig . a r t , 307 e sea , e dec. 35962, ar t , nQ 50-1.

POP 6 l t fmo encontramos n a D. G. de ~drn in i s t r aq i io ~ o l f t i o a e p i -

v i l - a. J u n t a Cent ra l do Trabalho e ~rlzigraqso" (1) ( ~ e c . 35962, art.

Esta j un ta f o i c r inda p e l o Dec, 16199 de G de Dezembro de 1928 a t;cnica_da Adrninistrapao Cent ra l Portuguesa as " j u n t a s t E m ca-

Page 158: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

que a p r ) v a o c6digo do Trabalho dos Indigenas, ( a r t . ,707). +

AS suas a t r i b u i q z e s vgm enumeradas no a r t , 311 do mesmo ducre- < ,

"AS a t r ibu iq6es da J u n t a c e n t r a l sgo:

19: Dar psrccer sobre todas as quest5os de t r aba lho indfgena

e Wnigra~Z0 das dol6nias portuguosas quo pel0 Minis t ro fororn presen-

Z n : Nomoar d o i s vogais u fec t ivos 0 do i s suplontes para cad&

uma das juntas l o c a i s ;

39: Propor ao Minis t ro todas as medidas que entondor convenien-

t e s , r c l a t i v a s a t r a b a l h o indsgenn;

49 : Autoriznr a s a i d a o d a r ap l i c sqgo L s quan t i a s quo hajam

dc s e r r c t i r a d a s dos cof res de t r a b a l h o e r cps t r i aq$o , q u e o x i s t a d

om qualqucr colhnia , para a s par a render na ~ e t r 6 p o l e " .

0 Dee. 26180 m~ntevc a J u n t a , c o ~ po,quonns a l t o r n q z e s n a s u a

o r g h i c a ( a r t . 185 c 187 ).

Actualmsnte a Jun ta Contra1 do Trnbalho o ~ r n i ~ r n p g o funciona

dc t a l modo quo, oonlo ji tivemos ocas i$o de v a r , o I n s p a c t o r Supe-

r i o r 6 vogal nato da Jun ta Central ( a r t , 5 Q o $ 6nico do ~ o c . 3 5 9 6 2 ) .

58 - A ~ i r e c g g o Goral do Fomonto Colonial ,

a ) Suns funqgos o sorvfgoo.

A D. G. do Fomento Colonial f o i i n s t i t u i d a p e l 0 Dec, 26180

(ar t . 2 ~ ) .

A sua compct6ncia vcm d e f i n i d a no a r t , 33 do mosrno decre to ,

"A ~ i r e c g i i o Geral do Fomonto Colonial cabe a missgo de o r i e n t a r

e f i s c a l i z a r supcriormente todos os sorv iqos e nct iv idades l igados

Page 159: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

- # e ao desenvoL~7~ mo>:"I-, LC, r -5cezcl 3' 5.m ?.AS co, clr,-.rl.s. a c ? ~ ' a ~ 1 d , ~ u- r mr-r,.. - - - .nsr-r , - A wr.-- ouw-n-rr-- -- - - --u r a . 1 - .- -,-

nidndo ec.sn6a:.~~-~ -.----. ---- m,c:(-* -.. -- .1 - (1) e no ~ ~ e ~ r a 2 . r n i r . c ~ ~ ~ e r r 3 , ~ S ? h r ~ ~ ~ ~ 2 .

,z progress iva ,v~L~.pYlj_z,?~~." dss re$~so~-~~~;.f_j3_;:l_lda?es n a t a r ~ ~ l s

do3 t e r r i t 8 6 r i o s clr, 1m&;gf1.

Es tn ~ i r e c q g o 3 c r a l compreende 4 r e p a r t i g o o s :

la - ~ e p a r t i q c o dos Serviqos ~ e o ~ r & f i c o s , ~ o o l 6 ~ i c o s e Cadas-

t r n i s ;

2" Repartiq<<o (10s Serviqou ~ c o n & a i c o s ;

38 - Repnrtic;50 c c: ';bras ~ 6 b l i c s s , Portv"2se ~ i i t q g o ;

48 - ~ ~ t p n r t i c i ~ ~ 1332, Corref 08, ~ e l $ ~ r n f os e Rlect,ricit l :~de. ( art.

34 do Dsc, 26it30).

J u n t o d e s t s ~ i r o c q g o Ger,,l, como j u n t o da a n t o r i o r , funcionnm

org<?oa f nspect ivos o c relioa do covoult a.

39, Dec, L e i nQ 23628 de 2 g ~ 1 1 9 3 9 o DOC. Le i a]-t. - .. - -.--- nQ 3708s dc: 7~10/19/18,,~a~rt, ';e,)-.- ----er--.VI..CII-.-- -

A 1nspocqEo Lcyorio* do Fomento Co lon i a l 6 o or&o do f i s c a l i -

znqEo om m a t ;ria do . 'o~r~c to co lon ia l .

E s t a ~ n s p e c q z o , torn a sua, h i s t6 r i . n .

0 art . 39 do Doc, 24180 c r iou jun+o dn D, G. do Fomonto Polo-

nial, mas directamcli tc s a b o r d i nado ao ?d in i s t ro das col;nias, urn f n s -

pec to r superior do f orrento oolontal.

Seguidnrnonta c Dc :. 1;. nO- 23628 do 24 de n,laio de 1939 aurnentou

para cI.)is o nrjnwro do 2: ~ ~ c c ~ o ~ ~ s ,

FinnlmJntc, o ;\i!om 195. no 3'iC,$3 dl3 '7 do Ou%irb?o clo 1948 C ? ? ~ O U

aindn U M 30- e u m 4 9 L Y P ? C C : O ? ~ ~ ,

Page 160: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

i n s p e c t o r e s s u p o r i o r o s , sem urn% o rgan i sapgo a d r n i n i s t r a t i v a p r & p r i a ,

p o i s o e x p o d i a n t e r e l a t i v o a o s s e r v i p q s do quc c s t g o incumbidos o s

i n s p e c t o r o s c o r r c r i p e l a r o p a r t i q z o q u o q u p o r i n t e n d s r nos s e r v i q o s

i n spocc ionados ou f i s c a l i z a d o s ou, s o r e s p o i t a r o m a mais do u rn ,

p e l n quo o d i r e c t o r g e r a l de fomento c o l o n i a l d e s i g n a r ( ~ e c . 26180,

a r t , 39 $ Gnico) ,

A s f unqces dn ~ n s p e c q i i o S u p o r i o r do Fomonto f'olonial sgo des-

c r i t a s no ar t , 39 do Dec, 26180. Competo-lhe:

"1s - A in spccggo o f i s c a l i z a g $ o dos caminhos d e f e r r o , p o r t o s

2 o u t r a s o b r a s p6b l icas no u l t r a m a r , q u e r c a n s t r u i ~ ~ s ou a d m i n i s t r a -

d o s d i r c c h a t w n t e p e l a s c o l 6 n i a s , o rgan ismos aut6nomos ou corpos ad-

m i n i s t r a t i v o s l o c a i s , que r em regime do concessgo;

2~ - A inspccqZo o f i s c a l i z a ~ z o dos s e r v i q o s p o s t a i s , to logrA-

f i c o s o r a d i o t c l c g r 6 , f i c o s n a s c o l & n i a s , incibuindo o s e x p l o r a d o s por

cmprosas c o n o o s s i o n & r i a s ; ( 1 )

3Q - A inspecpgo e f i s c a l i z a g $ o s u p e r i o r de c u t r a s o b r a s o sa? - v i q o a de fomento nas co16niasn .

C ) 0 Gabinote do ~ r b a n i z a ~ g ~ S o l o n i a l (Doc. 34173 de

6/~11/1944 ) . J u n t o d o s t a ~ i r e c q g o Gera l , mas corn a u t o n o a i a , f u n c i o n a o Ga-

b i n e t e de ~ r b a n i z a g g o Co lon ia l , c r i a d o p o l o Doc, 34173 de 6 do De-

zernbro de 1944.

No ~ o l a t 6 r j . o do d o c r e t o se d& a r a z g o d a i n s t i t u i ~ g o d e s t e or-

g a n i s m ~ ,

"Na verdado, t o r n a - s @ s r g e n t e e s t , uda r B aconpanhar a formaqgo

e o d e s ~ n v o l v i m e n t o dos aglomerados popu1ncionai . i n a s c o l 6 n i n s de

mod0 a a p r o v e i t a r o s ens inamentos da u r b a n l s t i c a , evitando 08 or-

o r vezos i r r e m e d i j v e i s , de urn nreeoim~nto ao acaso". I n s p e c t o r e s o s p e c i a i s p a r a as cT? c o n f o r a e o d i s p o s t o no doe,,

nQ34076 de 2 de Nwembro de 1944, a r t . 137

Page 161: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

A urban i s t i ca 6 , por assim d i ze r , uaa t6cnica ou uma a r t e que

Conjuga elementos muito variados de a rqu i tec tura , de higiene,de de-

mografia, de p o l i t i c a e at6 de ps icologia ,

Ora e s t e s procei tos andavam muito esquecidos no dcsenvolvimen-

t o dos agregados populacionais, As povoag8es surgiarn, quantas ve-

z e s , por simples i n to re s se de um pequeno n6mero do p ropr ie t&r ios ,

sem quaisquer p rsocupaq~es de beleza ou salubridade,

~ a i a necessidade imperiosa de un organism0 que cen t ra l i zasse

o or ien tasse e s t e s problemas quanto &s coI6nias.

Criou-se pois urn Gabinete do ~ r b a n i z a ~ g o qolonial , corn sede em

Lisboa, dest inado a:

l a - Estudar os p rob lems da urbanizaqgo colonia l e promover

a c l a b o r a ~ $ o do planos do a r r an jo 0 oxpansgo das cidades e v i l a s

das col6nias af r icanas;

2Q - Promover os levantamontos topogr i f i cos dos aglomerados po-

pulacionais de acordo corn urn program de ostudos;

38 - Elaborar ins t ruq&?s para as autoridades e corpos adthinis-

t r a t i v o s sobre ordonamento e crescimonto das povoa~&3s,

$ o quo SO disp6e no art. lQ do Dec. 34173. E o 5 6nico acres-

conta:

" ~ r a n s i t 6 r i a m e nto , onquanto ngo e x i s t irsm orggoa e sneoiais , cornpetir& ainda ao Gabinete d s ~ r b a n i z s q g o Solonial :

lQ Egtudar e promover a elaborapgo do projectos dos t i pos de

hsbitaqgo mais convoni6ntes aos europoas nas diversas reg izes das

c o l b n i a s ;

2 n - Superintender nos estudos do plano de c o n s t r u g ~ e s hospi-

t a l a r o s naa colbnias" ,

Como a or&aqgo do Gabinete f o i ferir in te ressee , levantou gran-

Page 162: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

de reacpzo, Mas a sua obra tem-se impost0 e nos poucos anos da sua

e x i s t s n c i a e laborou numerosos planos de urbanizaqgo e resolvou inu-

moros p r o b l e m s pa ra t o d a s as oolbnias ,

I? urn orgGo de e s tudo e de a c ~ g o , e nzo urn organism0 b u r o c r & t i -

co como as d i r ecq6es g e r a i s ,

d ) Conselho ~ 6 c n i c o do Fonento Colonia l ( b c . 26180L

a r t , 181 o sea , 1,

J u n t o da D. G. do Fomento Colon ia l funciona o Conselho ~ 6 c n l -

co do Fomento Colonia l , i n s t i t u i d o p e l o Dec, 26180 em s u b s t i t u i q g o

do a n t e r i o r Conselho Supe r io r de Obras ~ 6 b l i c n s a Minas ( a r t . 181),

Sogundo deterrnina o ar t , 183 do o i t a d o d e c r e t o compete ao ?on-

s e l h o ~ 6 c n i c o do Fomento Colon ia l :

lQ - Examinar c v e r i f i o a r o s p r o j o c t o s , orqarnentos e cadernos

do oncargos relatives a obras ou planos de obras p6bl icaz sobre o s

q u a i s o Min i s t ro d a s ~ o l 6 n i a s t enha do pronunciar-se, nos t e rn08 do

a r t , llQ, $ Gnico, ne 10s e do art, 37Q, nQ15 da Carta 0rgSnIca do

1rnp6rj.0, cumppindo-lhe e m i t i r pa rece r sobre a sua exac t idgo c i6n t f -

f i c a e v i a b i l i d a d o tdonica ;

20- - Examinar e a p r o c i a r t6cnicamente os pedidoa do c o n o e u a ~ o

e p r o j c c t o s ou p ropos t a s de e x p l o r a ~ g o de cabos subrnarinos, comuni-

caqzes t c l o g r 6 f i c a s , r a d i o t c l a g r & f i c a s ou t c l e f 6 n i c a 8 , c a r r o i r a s a6-

r ca s , v i a 9 f 6 r r e a s dc i n t c r e s s c g e r a l ou grand03 obras p6b l f ca s que

so Mini s t ro das ~ o l 6 n i a s compita n u t o r i z a r , nos termos do a r t . IlQ,

5 Gnico, nQ 9, da Carta ~ r g k n i c a do 1n~6ri .o ;

3 Q - Dar parocer tEcn ico sobrc o u t r o s a ~ s u n t o s r o l a t i v o s ao f o -

monto das co l6n ias , ern quc f o r mandado ouv i r po lo Min is t ro ou polo

d i r e c t o r g e r a l do f omsnto co lon ia l " .

Page 163: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0 scu expcd ion tc m r r c p c l a Hopa r t i qzo do Obras ~ l ; b l i c a s , Por -

t o s o ~ i a q g o ( s r t . 1 8 4 ) .

Qunndo o Consclho r c u n a p a r a a pp rcc i aqgo de p r o j e c t a s do cons-

t r u q f j c s de q u a l q u e r csp6ci.o p?dcr& convz~var o d i r e c t o r , a d j u n t g s c

c o n s u l t o r do Gabina to de ~ r b a n i z a q g o q 3 l ~ n i a l ( ~ o c , 34173, art, 8) .

59 - A ~ i r c c q g o G c r a l da Fazenda d a s 7316nias .

a) FunqGcs c s c r v i q ~ a ,

6 o art. 4 1 do Dcc, 26180 quc d c f i n o a c ~ m p o t 6 n c i a da D. G.

da Fazcnda da3 ~ o l 6 n i . a ~ .

~ i s p z e o x r t f g o :

" ~ c l a ~ i r c c q z o Gcra l do Fazcnda das r o l 6 n i a s ser& c x c r c i d a s

s u p o r i n t c n d s n c f a quo a o > ~ I i n i s t r o dao ? ~ l ; n i a s compctc. s . ~ b r o toda a

a c i m i n i s t r a q ~ o f i n a n c e i r a c o l o n i a l , cumprindo-lhc atrclb6m c o n t r s l i z a r

o s c l cmcn tos n c c c s s & r i o s p a r a a f i c a l i z a q z o d c s t n , promovor a r c a -

l i z a ~ g o dc i n s p c c ~ 5 e s p c r i 6 d i c a s aos sous s o r v i q o s o propor as i n s -

~ ~ u Q ~ C S quo devnm s c r dadns aoa i n spac t (3 ros delas incumbidos".

0 art. 42 p r o v i n n o s t n ~ i r c c q z o Gcral apunav duas r o p a r t i q z e s :

a ~ o ~ a r t i q ' < o dos b o r v i q o s do Fazcnda o lrlf&ndcgas e :L ~ c p a r t l g g o do

C o n t a b i l i d a d o das ~ o l & n i a a , Mas a6 a, j u n t a r C S ~ C L S , como vorornos

a ~ c ~ n r t i q g o d a s ~ 1 f ; n d e g a s C o l o n i n i s q u o f o i dcsdobrada du p r imc i -

Pa.

Vojamos q u a i s o s o rgzos que funcionam j u n t o da D. G. d a Fazon-

dn das ~ o l 6 n i n s .

b ) A ~ n s p o c ~ ~ o S u p e r i o r dc Fazendn das ~ o l j n i a s (Doc,

26180, a r t . 45 1.

A ~ n s p c c q ~ o S u p e r i o r d a Fnzcnda d a s ~ o l 6 n i a s 6 urn orggo dc al-

Page 164: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

t a irnport&ncia d e n t r o do ~ i n i s t d r i o s6 e n c ~ n t r a n d o p n r s l o l o na I n s -

pccqzo S u p e r i o r d o ~ d m i n i s t r a q g o Colonis l .

A d c l i c a d e z a dos s e u s s c r v i q o s 6 onor71c p a i s e l n dovc a c t u a r

ngo como s u p e r i o r h i e r j r q u i c o rnzs corn2 org?o do coordcn:~qzo c n t r e

n orgsn iznqzo f i n n n c c i r a d a ~ c t r 6 ~ o l o e dns ~ o l 6 n i s s . S o a s co l6-

n i b s fvrmarn corn n ~ h c t r 6 ~ o l c urn t odo sq l id6 , r io mas t8q , s i a u l t c n o n -

rnentc, urn nu to no mi:^ f i n a n c c i r a , impZ?-so urn s o r v i q o do coordcna-

$go n z l c ~ v e l , A l n s p o c ~ ~ o S u p e r i o r da Fnzcndn dns ~ o l 6 n i n s pro-

cur?", corn c f o i t o , nssogrlrar cs3a c o o r d e n ~ ~ q ~ ~ ~ o f i s o ; ~ 1 i z a ~ ~ o .

Dc tc rn inc o a r t , 45:

unto da ~ i r c c q z o Gernl da Fazcnd:.~ das ~ o l j n i a s mas d i r c c t a -

mcnte s u b ~ r d i n a d o s a o M i n i s t r o d n s ~ o l 6 n i u s hnvcrg d o i s i n s p c s t o -

r c s s u p c r i o r c s a o s q u j i s conpcte:

lQ - In spocc iona r t odos o s s c r v i q o s do Fazondn, c a n t a b i l i d a d c

e alffindogns nns c o l 6 n i a s ;

2 Q - Exzminnr o s l i v r o s o documcntos de cont r ib i l idadc , p roces-

30s e m a i s p ap6 i s e m todos o s s c r v i ~ o s quo arrcc:tdern r c c o i t a s , pro-

cesscm, l i qu idcm ou pnguem dcspcsas , i n c l u i d s s a s i n s t i t u i q z o s quc

faqnrn opcrnc;zcs dc: c r 6 d i t o sob a f i s c n 1 i z : ~ q ~ o do Xst,ndo nns co lb-

ninu;

32 - Dnr ba lanqo nos c o f r c s ondo sc sr rocadcm r o c c i t n s , vn lo -

r e s ou fundos do Es tado , i n c l u i n d o os dos s c r v i q o s nut6nomos;

4 Q - Exorce r a s ncsmas at r i b u i q c c s i qd i cadns nos n U n t o r i o r e s

ern r c l a ~ z o aos c s t abc l cc imon tos ou orgnnismos quo nn ~ ~ t ~ 6 ~ ~ l ~ ad-

min is t ram fundos d a s c o l 6 n i n s ou scjnm por c l a s su s t en tndos ;

5 Q - Elnbora r r c l n t 6 r i o s d a s i n spoc$zes r e n l i z n d n s , contondo

as o b s c r v a ~ z c s , p r o p o s t a s c p a r c c c r e s quo ontondercm a born do s o r -

v iqo ;

Page 165: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

60- - F i s c n l i z n r s c r n c t o curnprirnor.to das l e i s porquo s e regem

n cohrnnQ:i d n s r o c c i t n s , a C X C C U F & d3s orqrtrtlantos o n c o n t n b i l i d a -

dc p < l ~ l i c n das col&n'.ns;

7 Q - P r o p o r q u a i s q u o r modidas ou ro fo rmas t o n d e n t e s ?i a o l h o r

o r g a n i z a ~ $ o d o s s c r v i q o s dc fiscalizsqgo;

P)O- - E x c r c e r o u t r n s n t r i b u i q z o s quo p o r l o i l has fo rc rn c o n f c r i -

das.

9 6 n i c o - 0 cxpedientc r c 1 2 t i v ~ aos ~ c r v i q o s incumbidas a o s -

t c s i n s p c c t o r o s c o r r c r 6 p c l a R o p a r t i g Z o dos Borv iqos d e Fazcndu e

~ l f 6ndogas".

P c l a l a t i t u d e dzs z t r i b u i q 6 c s da 1 n u p o c q ~ o so pode c a l c u l n r o

sou v a l o r .

:indogas Co lon in8s c ) A ~nsp,c.cqZo S u p c r l o r d t ~ s ~ l f "

( ~ c c . L(: i 31104 de 15 /1 /1941) e n 3~ ~ e p , z r t i ~ ? i o dn ---. -- D. ---me G. (idcm, n r t . 3s ). -

A ~ n s p c c g ~ o S u p c r i o r dcs A l f 8 n d c g s s % l o n i a i s tern rt seu c s r g o

o x o r c c r n a d m i n i s t r n q z o s l l p c r i o r a d u z n c i r a daa c o l 6 n i n a , como se

U

dispoo no Doc. L. 31104 do 15 do J n n e i r o do 1 9 4 1 quo EL c r i o u , (1)

0 art, 2Q f i x ? " n s s u n s a t r i b u i g z o s :

11 A ~ n s p e c < z o S u p e r i o r das ~lfsndegns q o l o n i s i s ficn d i r o c t a -

mcnto dopondcn tc do ? d i n i s t r o das ~ o l ; n i n s , incumbindo- lho :

19 - ~ i s c n i i z n r ; ; ~ s , j b r c t odoo o s s e r v i q o s depondon te s da admi-

n i s t r a g z o n d u a n e i r a c!o 1m.,6rio C o l o n i a l P o r t u g u 6 s ;

252 - E s t u d o o i n fo r r r ,~ ; :~ r o s p o i t s n t o s n o s n s u u n t o s , S O ~ V ~ Q O S

c o p c r n g ~ c s r c f o r i d ~ ~ ~ nn*; ~ l i n c a s s e g u i n t o a ( n z o s a t r n n s c r o v e m po- - -c .* IU. . , - -Y-ry*- . . - -C. - . ---

;fr/ I,r,-;e uec.:3c-uo-Ici -rcrn p r e c e m < r i % ' - < r c l n t b r i o , corn mn- p c s c?cxos, quc: si: C ( ~ : S I I ~ - ; , I , ~ ! provcTtosams-nto.

Page 166: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

1 n c x t o n s z o o c n r & c t o r prornonorizndo d s s h 1 t 6 r i n s )

3Q - E x p c d i c n t c d o s processes c ass unto^ a t r n t a r p o l o ?onso-

Iho ~ I c n i c o d n s ~lf?indog::s C o l ~ n i ~ ~ s G polix Rvn i s szo R e v i s o r s d n s

P n u t n s Ad-uancirns C o l q n i - i s ;

40- - R o g i s t o dr* c o r r e s p o n d 6 n c i a cn t rnda , o s n i d a da I n s p c c q ~ o

SupcrLor dzs Alf5ndcgns p o l o n i s i s ;

50 - CumprimcnLo dc q u n i s q u c r o b r i g a q z o s bmpoStns p a l a s l e i s

o r e g u l a m o n t o s ou p o r dczpncho do M i n i s t r o dnu po16nins".

0 c x p c d i c n t c d n ~ n s p c c g s o d s t b :, cargo do unn ~ c p a r t i ~ z o dns

~ l f $ n d c g a s C o l o n i n i s quo n s s i m c o n s t i t u o a 3% d n D. Cr. da, F:~zr:ndn

d a s ~ o l ~ : n f n s ( a r t , n o ) ,

d) Consclho S u p c r i o r ~ S c n i c o d n s ~ l f $ n d o g n s C o l o n i n i s

c C'o~niss:"?~ R e v f s o r n dns P a u t : ~ s , i d u : ~ n a i r n s p o l o n i -

?,is (JGC, 51104, a r t , 4 ~ ) .

J u n t o d s I ~ S ~ G C Q ~ O S u p c r i o r dns n1fRndogo.s p o l o n i n i s f u n c i o -

nnm d o i s orgcqoa da c o s r d c n s p z o , dc c o n s u l t n o i n f ~ r m n ~ a o t 6 c n i c n s .

$SO o Consolho S u p o r i o r ~ S c n i c o dns ~ 1 f S n d c g a s d o l o n i n i s c n "omis-

s g o Rcvf s o r a d n s P?,utns Aduanc i rns , i n s t i t u i d n s p c l o Dcc, L. 31104,

'Wt, 40.

0 purt, 5"dctcrrninn c: compotGncin do p o n ~ c l h o S u p o r i ~ r , Incum-

be-lho f ~ n d a m c n t ~ ~ l m c n t c :

l a - R c s o l v c r r:m 6lt imq. i n ~ t ~ n c i a , corno t r i b u n a l t 6 c n i c 0 , t o -

d o s o s p r o a o s s o s d c c o n t c s t ~ . Q g o c d c d i v o r g G n c i n quc sub i rom om r o -

c u r s o das d c c i s 6 c s rlos Consc lhos d~ S o r v i q o ~ E c n i c o Adunnci ro das

~ o l 6 n i n s ;

20- - Resolvcrern :;s cl6vid?,s quo se s u u c i t ~ z r e t n n7-L r z p l i ~ a q ~ o d a s

n n u t a s c c o n f i r m r ou a l - t c r n r n s c l r . s s i f i c a ~ q ~ 0 3 p r 6 v i n s dcts rncrcn-

Page 167: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

d o r f n s quo s o prctondom i m p o r t a r ou c x p o r t a r , dc hnrmonin corn 03

p?"rcoorcs e i n f orrnaq6cs d n s ~ i r c c q z c s ou ~ o ~ a r t i ~ z :s S c n t r n i s d o s

S o r v i q o s A d u n n ~ > i r o s n d o s Consc lhos d o S c r v i q q ~ E c n i c o Adunnoiro

dns ~ o l 6 n i n s ;

3 9 - Rovcr n s d e c i s z c s d o Conselbo do S c r v i q ~ ~ 6 c n i c o Aduanoi-

r o de cad:: c o l 6 n i n c p r o p o r no M i n l s t r o rz modificr iggo d:xs q u o pop-

v c n t u r : ~ ngo e s t i v o r c r n d c hnrmonia, corn a loi o corn a h o r a o n 8 u t i c a

pnu t 71'' ,

Enurncram-so n i n d n o u t r n s a , t r i b u i q ? c s ,

0 ar t , 12 d o rnosmo d e c r o t o d c f i n c :I co~npet6nci:1, dn T m i s s 5 0

R c v i s o r n d n s P n u t n s A d u - n c i r s s C o l o n i n i s , D c s t i n z - Y C a c s t u d n r :

1" A rrcformn g c r z l dns p n u t a s c o l o n i n i s no s e n t i d o do doson-

v o l v i m o n t o c n n c i o n n l i z n q $ o d a ~ c o n o m i ~ c o l o n i a l ;

2Q - Todas as s l t o r a q 6 o s dc d i r c i t o s n c c o s s 6 r i n s p a r a a p r o -

grcssiv:: i n t c g r n q g o da c c o n f ~ m i n dc urnas c o l 6 n i n s p o r t u g u c s n s nn d a s

o u t r a s c na dn ~ c t r 6 p o l c ;

5" - A d o f o u s ~ i l u a n c i r a dn oconoafa colonial p o r t u g u o s a ;

4 0 - A p r o g r e s s i v : ~ o c o n v c n i e n t ~ t r n n 3 f o r n a q ~ o dqs d i r o f t o s

a d u a n c i r o a ":id vnlorcm" om d i r o i t o s o a p c c f f i c o s , crll hnrrllonitz corn o s

i n t c r c s s c s c p o s s i b i l i d n d c s d n s o o l 6 n i n s ;

5" A s p c t i ~ 3 c s c r cc lamag&a quc fo rom d i r i g i d s s a o M i n i s t r o

dns ~ o l 6 n i ~ s 3obro cs p a u t n s 2 d u a n c i r : ~ a c o l o n i t ~ i s " .

Cornproondo-sc quo o s s o r v i ~ o s d a s ~ l f g n d o g a a c o r r a a p o l a D, G.

da Fazcndn d a s ~ o l 6 n i a s p o i s 6 p c l n s alf<:ndogas quo s c cabrn a maior

p z r t c d n s r e c c i t n s c o l o n i a i s ,

II

60 - A Dirccq?.o G c r n l d o Ens ino .

a ) ~ u n q g c s o S o r v i q o s (DOC. 33541 do 21/11/1944).

Page 168: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

P c l o Doc. 33541 do 2 1 dc Fovcrc fpo clo 1944 o s s o r v i g o s dc i n s -

~ F u $ o , miss&s o c u l t 0 8 a cargo da D. G. do ~ d q i n i s t r n ~ z o ~ o l f t i -

ca e C i v i l t r a n s i t a r a m p a r s a D, G. do S n s i n o , cnt i io c r i a d a ,

0 Dcc, 26180 p r ~ ~ v i s , d o - f a c t o , n3 a r t , 1 9 , como 353 r o p a r t i g i i o

(in D, G.. da ~ d m i n i s t r a q g o p o l i t i c s c T i v i l , o. ~ o p a r t i q ; ~ dc J u s t i -

qa, 1nstru2iio o ~ i s s z c s quc passou n d c s i g n a r - s o corn o Doc. 33541,

simplcs;.icntc, -%partiqZo dc J u s t i q a ( a r t , 1 4 ) .

0 o x p c d i c n t c da D, G. do Epsino 6 nssogur :~do p o r uma 6 n i c a

r c p a r t iqgo ( a r t . 12 ) . fi o a r t , 2 Q do Dc;c, 33541 quo d c s c r i m i n s a compot6nciu da D.

G, d o Ensino, I n c u m b e ~ l h e :

"1.9- O r i c n t a r suporiormentc: 03 s o r v i g o s de i n s t r u q z o nas coli;-

n i a s . . . . 29 - E s t u d a r c i n f o r w r o s a s s u n t o s quo dovnm ser f i r c son tea a - -

dcspacho ministerial, r c f c r o n t c s h 0 r g , a n i z i t ~ ~ 0 dc i n s t i t u t o s do on-

s i n o , i n c l u i n d o o confide i s miss6os , b i b l i o t o c a s , muscua c q u a i s -

q u c r o u t r o s i n s t i t u t o s , dc a c t i v i G a d c c u l t u ~ r a l o u inda s o u x c r c i c i o

d o s c u l t o s n a s c o l 6 n i a s , r c s p c i t n d o s o s t c rmos d o Acordo ~issionLrio

c domais t r a t a d o s i n t c r n n c i o n n i s cm v i g o r ;

3Q - Propor a0 ? d i n i s t r o as p r o v i d z n c i a a n o c o s s 6 r i a s p a r a t o r -

na r o x t c n s i v a s h s c o l 6 n i a s ou a p a r t o d o s t a s , corn ss convcn ion tos

a d a p t a ~ 6 e s , a l c g i s l z g ~ o prornulgsd:~ no. ~ o t r 6 ~ o l o p a r a o ons ino ;

4Q - ff lantcr r c l c q & s corn o ~ i n i s t 6 r i o dn ~ d u c n q z o % c i o n a l pro-

pondo u adopqzo de p r o v i d 8 n c i a s no p l a n o ou n > s o s t s b o l c c i m c n t o s do

c n s i n o da ~ i 1 c t r 6 ~ l e q u o dovam i n t e r c s s r z r ao rllolhor conhcoirncnto do

1mp6r io Co lon in l ;

50 - Promovcr a c e q ; ~ o d u c a t i v : ~ da Orgnniznc;i"lc, Nncionnl da Mo-

c i d d c P o r t u g u e s a ni7,s ~ o l h n i a s dc acordo corn o r o s p e c t i v o Comissn-

Page 169: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

r i a d o Nc~cionnl ;

68 - Promovcr a ndap tnqso d o s l i v r o s de l e i t u r s o co?lpGnbioa

o f i c i n l m o n t o ~ ~ d o p t ~ ~ d o s , , , ,

7" - S u j o i t n r c dcspacho d o M i n i s t r o com o sou p n r c c c r os d i -

p l o q a s l e g i s l a t i v o s c u j n promul .gsq~o dopondo dn snngc<o r n i n i s t o r i r ~ l

o quc r o s p o i t c m no ono ino c ::ctiviclados c u l t u r a i s ;

80- - Exnrnincx a l c g i s l n $ g o pub1icnd:t p o l o Governador e propor

no M i n i s t r o as c o n v c n i c n t c s d c l i b o r n q z o s qunndo nquo lx sc n[<o njua-

t o a o p l a n o g c r a l d o c n s i n o nna c o l 6 n i z s :

9 e - P r o p o r ::a Ministro i n i c i n t i v n s n t i n c n t c s ; cxpnnsgo e p r o -

e r o o s o d s c d u c : ~ ~ 6 0 c d o o n s i n o o dos i n s t r u m c n t o s d o c u l t u r a c i n -

v c s t i g n p ~ o c i c n t i f i c n no u l t r a m a r ;

10Q - S u p c r i n t c n d c r nos c s t u d o s do M i n i s t r o d a s ~ o l 6 n i a s abrsn-

gidos nn s u n j u r i s d i q s o ;

lle - Dnr c x p c d i c n t c nos p r o c c s s o a n n t o s quo sojnm onv iados po-

l o M i n i s t r o no Consolho do 1mp6r io C o l o n i a l p o r scu in t c rm6d io ;

129 - C o l i g i r c n p r e c i z r o s r c l a t j r i ~ s s o b r o o s rondimontos do8

n c r v i q o s c u j a i n s p c c g h o f i s c a l i z n q & o f i c a n sou cargo. , , 130- - Func ionnr corns in tormccl iAr io n:Ls r e ~ ~ q ; c s 3n t ro o Minis -

t r o c ?:3 c o r p o ~ n ~ ~ e s m i s s i o n ~ r i n s r c c ~ n h c c i d a s ;

140 - R c p r c s o n t n r nn J u n t c Nncionnl do ~ d u c a p z o o s institutes

d e c n s i n o d c p c n d c n t c s d o M i n i s t r o d n s n o l 6 n i n s o o s s o r v i q o s dc ins-

t r u q z o do Ul t romar ;

1 5 9 - E x c r c c r i n spocpzo c f f ~ c a l i z : ~ q i ? o s o b r c t o d o s 9s s c r v i q o s

quo l h c f i czm C-cpondcntcs, . , 1GG - S u p c r i n t c n d o r nn b i b l i o t c c : ~ d~ ~ i n i s t d r i o ;

1 - I n t e r v i r scgundo a s i n s t r u q 7 c s dg r d i n i s t r o nns i n i c i a t i -

vzs d c s t i n ~ ~ d n s n f h m c n t ~ - r o con3oc inon to das co16nias c c s t u d a r os

Page 170: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

s c u 3 p rob lcmas p o r p c r t c da populnQL<o n o t ropo l i t :~n ia . , . 1Oe P E l z b o r n r 0s c s t u d o s e pro jcc t l2s do l c g i s l a q , < o dc quo f o r

cncnrregad:) p c l o ~ i n i s t r o " ,

Ern rcsumo, as n t r i b u i g ' h s dc D. G. d o E n s i n o conccntrarn-se nn

i n s p c c g c o 7.0s o c r v i q o s do i n s t r u q<<o n a s co l6n i : l s c sua coorrlcnaqilo

corn 1) ~ d i n i s t d r i ~ cl:: ~c~uc::pKo,

~ l 6 m I l i s s 0 , corn0 se v8 na cnumoraggo d : ~ a funpGcs, & D. G. do

E n s i n o ccbe v i g i n r p c l n c x c c u ~ z o d n s d i s p o s i q 5 c 3 do E s t n t u t o F h i s s i o -

n b i o c i s t o porquc n s a i s s G c s dcscmpcnhnm urn p n p o l crnincntomonte

ci lucnt i v o ,

13) ~ u n q 6 c s do ~ n s p c c q g o S u p e r i o r c. ,mot idas a9 D i r o c -

tor Gerzl; os i n s p c c t , ~ r c s do ons ino .

Vimos como 5 D, G. do E n s i n o cabem ~ U ~ Q ~ C S do ~ n s p i , c q $ o . Pm?

scu t u r n o , tambdm no D i r e c t o r Gcral sz!> c o n f c r i d s s : : t r ibuiQ?cs dc

c a r 6 c t c r i n s p e c t i v o ,

l7isp;c o a r t , 59 c7-o D O C , 33541:

"Cr)mpctc -o D i r c c t o r G c r z l d o E n s i n o c x t t r c e r a s n . t r i b u i g ? o s

quc :b l c i c s t n b c l c c e p a r n o s d i r c c t o r g s g c r n i s do ~ i n i s t 6 r i o d a s f

~ o l 6 n i n s c crn c s p c c i ~ ~ l :

lo- - P r o c c d c r n i n s p c c q h ou dcsomponhnr o u t r n s missGcs d o q u o

s c j a c n c a r r c g a d o p o l o M i n i s t r o , na ~ o t r 6 ~ o l 0 , ntts ~ 0 1 ; n i a s ou f o r a

d o t c r r i t 6 r i . o n n c i o n n l , a p r c s c n t a n d o 33 r o s p c c t i v o s r e l a t ; r i o s " ,

Mas p a r a a e x o c u g ~ o d ~ s s o r v i q o s dc inspocq?h r o l n t i v o s ao on-

s i n o cx i s t c rn a i n d a dd i s i n s p c c t o r o s ( a r t , 7 ~ ) . E s t o s i n s p c c t o -

r c s tern, p o i s , uma compct8nc ia gcogr&f ica . l i m i t n d a , mas @;cn6r ica

sob o p o n t o dc v i s t n t 6 c n i c o . A s s u a s f u n q z c s v 6 a d e s c r i m i n a d a s

no art . 9 do c i t n d ~ d c c r c t o ,

Page 171: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

c ) Fnl t? , dc -.. :2und:;rncnto p l ~ u s i ~ o i - pnrn, no qundro dos

s c r v i q o s do ~ i n i s t $ r i 3 . e x i s t i r uma D. C7. do E n s i -

m. no q u o d i ; v o r i a npcnns s e r ua~z Inspccqao Superior.

I$ - urn o r g h d i s p c n d i : ~ s o i n f i t l l ,

n c p o i s d c s t c oxamo d.n organizaqgo c ~ U ~ Q ~ O S da D. G. d3 E n s i -

no podomos c o n c l u i r quc nzo s e o n c o n t r a um fundnrnont5 p z r n n s u a

o x i s t 8 n c i a . Sc n c3mpctGncin quc l h o 6 a t r i b u i d n sc rcduz afinnl

n s o r v i q o s dc i n S p c c ~ $ o , o s t a r i n bcm n b uaa ~ i r e c q h Gcrn l mas uma

l n s p o c q h S u p c r l o r do Ennino. E s t a func ionrzr ia j u n t o d z D. G, do

k d m i n i s t r z ~ z o ~ o l f t i c n e C i v i l p o r ondo, d o - r c s t o , j& sntor iorrnon-

t c corrir ,m o s s c r v i q o s cl-c i n s t r u p s o , rnissijos o r. 11t 3 s ,

Mas, a l 6 m do s o r urn o r g k i n 6 t i 1 , 6 uindn urn ore:o d i s p c n d i o -

s o dado o scu c n r 6 c t o r rniato dc ~ i r o c q z c , Bern1 c l n s p o c q ~ o Suporio2'.

- R J u n t a dc ~ n v c s t i ~ n p z e s C o l o n i a i a .

0rffnniz?.$z3 c funqzcs ( ~ o c , L e i 35395 do 26/~11/45)

b ) A -- i m o o r t ? n c i c da i n v o s t i g n ~ G o cientc::icn na o b r n ,

Rout?.-nos d i z a r ~.lgumn c o i s l durn arggo quo f u n c i o n a j u n t o da

~ d r n i n i s t r n $ o S u p c r i d r d~ ~ m p d r i o - n J u n t n d a s 184iss500 ~ o o ~ r 6 f i c a s

o d o ~ n v c s t i g a p ~ c s C o l o n i n i s , nbrovindnmentc J u n t n do ~ n v c s t i g a q ~ o s

C o l o n i a i s ;

E s t n J u n t a , n?, f o r m 4 z c t u a l quo lho f o i dnda p c l o Doc. L e i

35395 de 26 dc Dczcmbro de 1945, c n c 3 n t r n o scu nn topassndo na "Co-

missgo do ~ a r t o g r n f i n " , i n s t i t u i d a p o r Dcc. do 1 9 de A b r i l do 1883.

Snbomos j h do c s t u d o do D:.rcito T o l o n l ~ l I n t o r n a c i o n a l como,

f iu rnn tc o a 6 c u l o XIX, as o x p l ~ r r ~ g 5 c : s ac,,gr&fic:ta c , s n s t i t u i r a m a ca-

Page 172: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

pa corn q u c s e oou l tz rnm cs t o n d d n c i a s p o l i t i c a s d f ~ s v 6 r i o s Es tndos

curopcus . ,'I c l a b o r r ? g ~ ~ clns c e r t a s g c 3 g r A f i c ~ t s c m s t i t u i u d?nt?o

cm pouco u r n nocossicladc pc,ra a p o i ~ r o dcnonsi - r n 2 a ocupng$o c f o c -

t ivpV d o s t ~ r r i t 6 r i o s .

h C O ~ ~ S S ~ O dc C a r t o g r n f i a f o i c x t i n t a p o l o Doc. 26180 dc 7 do

J a n c f r o dc 1936 c s u b s t i t u i d a p c l n J u n t a das ~ h i s s ~ o s ~ c o ~ r h f i c n s c

dc ~ n v c a t i g ? ~ ~ & s Co lon in i s .

fi o ~ c l ? , t 6 r i o (lo Doc, L, 35995 quo nos o x p l i c n o s t o ali-zrgamon-

t o ~c funqgcs :

v ~ r o c u r o u - s o zssim a m p l i a r o o s f o r q o f o i t o no s c n t i d o d o roco-

n h c c i n c n t o g o o g r d f i c o d e s n o s a s s p o s s c s s ~ o a u l t r a ~ s r i n a s a novos

t r a b a l h o s dc mis coinplotn o c u p a ~ ~ o c i e n t if i c n , s i s t e w t i z ando c

o r gan i zando o quc no camp9 dz g c o l o g i s , da b,2t$nica, da zoo log in ,

da a n t r o p o l o g i z c dn d t n o g r n f i a sc v in+a fizzendo pDr i n i c i a t i v a de

orgnnismos d i v c r s o s ou d a s co16nins t ' ,

Mas a o r g a n i z n q b da J u n t a t a l c m o for t% d ~ s c n h n d a p c l o Doc.

26180 impodia c, p c r f c i t n c o n s c c u q ~ ~ ~ dos f i n s ,;n v i s t a .

0 s qrg:'n%srnosc cluc, no s 6 c u l o psssndo , so crinrr?m com ob j cc -

t i v o s , p c l o monos npn rcn to s , dc orclcm c i c n t i f i c a , corn3 a ,\suolai;~qG

I n t c r n a c i o n n l A f r i ~ ? ~ n n , (auccss iverncn te , " ~ o a i s s G o dc Es tudos do

Socfcdodo dc Geograf in , ~ ~ p r e a c n t a r a m - s c soap ro c m o 3 r g a n i s a o s pa r -

t i c u l ? . r o s .

? ~ ~ n s t o - c l ~ ~ h s r n ~ E o d n s c n r t n s g o q g r h f i c n s - quo o x i g i n grduss

oxplor?p;os no . ~ c r t z c ~ , dcm-.rclp?o do t r o n t o i r a s c c ~ u l c u l o s a o l i n -

drc13~3s d o g c ~ g r ~ f f z f i s i c a - o conhcc inon to da Naturuza nqs p n f s o s

novos f o i f i c c r ~ d o c o s p c r t i c u l n r u s ou, qunndo m u ~ t o , ;is Univorsicla-

d c s M c t r o p o l i t n n ~ . ~ .

Page 173: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

D o n t r o om pouco, por6%, nn o p i n i z g i n t o r n a c i o n n l j& nx3 bas-

t s~ -* o conhcc imcn to cl,: g o o g r n f i c f i s i c n p a r a s o c o n s i d o r a r n ~ o t 8 n -

c i a c o l o n i a l q u i t e d o s s c u s d c v o r o s dc rovo1:zc;iio dj>s t e r r i t h . o s

t r o p i c z i s . Urn colonizaq<<o f c i t n corn c r i t 6 r i 9 , dcvo a s s o n t n r no 4 -

conhcc imcn to s i s t c r d V t i c o cia n n t r o p ~ ~ l o i r , i n o o t n o l o g i a , d o s povov i n -

d i g c n n s , dr? goologi?, , d?, fzun?", d n f l ~ r n , do clirnn.. . . 0 s p o r t u g u c s o s ~ K J s<<o d o s i n d i v i d u o s d c m a i s d c s p e r t a c u r i o -

s i d a d o c i c n t i f ic?" , Tcmos do r c c o n h c c o r quc n i n d z h6 poucos nnos o

n 3 s s o c~ ,nhcc imon to g e r ~ ~ l ckUs c o l b n i ~ s e r n dcf i c i o n t e corn o pri? j u i -

z o d a s z c t i v i d ~ ~ d c s p o l i t i c a s c ccon6micns quo a 6 c a n fundnmcnto nos-

a c conhocimcnto podcrn s o r c o n d u z i d ~ s s s c l a r o c i d n n c n t c .

fi p o l o conhocimcnto d c s i n t c r c s s n d ~ da n r i t u roza c do hornom d a s

r c g i S c s a c o l o n i z a r quo h o j o s c dcvc crjrnoq:lr U ~ I I ~ : co13nizn( i~r3 ,

Ern 1936 9 Govcrna v i u quc s o t a r n a v n i n d i s p o n s A v c l ch::mar no

E s t n d a o o n c z r g o do n c u l c r a r o f omonta,r a invost igagc<o c i c n t i f i c a

d n s c o l 6 n i n s .

h c d n q g o dc J u n t a , p o r olsra d o Mjlinist*~' A:zs ~ o l h i a s Snr . r *

Dr. ~ o s 6 Boss,?,, Prcsultou i:n nC',ig20 z S ,rniss:o clc " a r t o g r n f i n do vo-

g a i s g o t ~ l o g o s , z o o l o g o s o botk in icos .

Em 1945 clcu-sc- lhc m:l,ior ?,mplitudi: c r i r tndo n o l n T c n t r o s dc Es-

t u d u s . ~ i s s s c s c i c n t i f i c z s p n r t c m t o d a s o s n n x p , n n t r a b n l h o s do

cc~npo nF,s co16n iz s , r o g r c s s z n d o com m z t c r i a l quo n s s m c x s c o r r e s -

pondontcts h q u i ,". cpoca d n s chuvzs nos t r $ p i c ~ s , 6 o l a b ~ r n d o o c l a s -

s i f i c n d o nos g n b i n c t c s .

V a j n m s s coma s c t r ad -uz iu c s t c ponsamcnto n a s d i s p o s i ~ a o s l o -

g c i s ,

0 n r t , l Q c3mcpr: p o r d c t c r m i n n r 1s ~ b j o c t i v ~ ~ d:: i n v c s t i g n g G o

c i c n t i f f cz:

Page 174: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

" 0 M i n i s t r o das ~ o l 6 n i . z ~ promovo 3 i n t o n s i f f c n :: o c u p a ~ g o c i -

c n t i f l . c n .do u l t r a m a r , o s p c c i a l m c n t o a f i m do :

a ) Mc lhorc r z s condiqGcs ccon6rnicts o f f s i c n s (12 v i d n d o s i n -

d i g c n n s o d o s co lqnos ;

b ) E x p l o r a r o f i c l 6 n t c m o n t c o s r e c u r s o s co10ni:xis;

c ) C o n t r i b u i r n?,ra mc lho rn r o c o n h o c i n c n t o do g lobo" ,

E o mt, 6" ? . t r i b u i ;d Junt:: a o b r n dc i n v c s t i g a q g o c i c n t i f l c a .

"A acq& d o M i n i s t r o d z s ~ o 1 6 n i a s r o l n t i v n r n o n t c ?L i n v c s t i g a ~ ~ o

c i o n t i f i c n n o s domin ios dzs c i 6 n c i a s g c d g r j f i c a s , goo16gicns , an -

t r 0 ~ 0 1 6 ~ i c ~ ~ s , o t n 0 l 6 ~ i c n s o d c z o o l o g i a o d o Bo tBn ica t ~ x o r c o - s o a-

t r n v d s cla J u n t n das M ~ S Y ~ C S ~ c o ~ r ~ f i c m o do 1 n v c a t i g s ~ z o s C o l o n i a i s

q u c r?brcvind:~montc podc s o r d ~ s i g n z d s p o r J u n t n do 1nvos t igaqo"os

~ o l o n i z l s " . A c o n p o s i q f o dc J u n t z vom r c g u l a & r - ~ no art , 8 Q :

"A Junt? . sor ; compost?, do urn n6moro i l i a i t n d o dc rncmbros no-

mcndos p c l o M i n i s t r o dns ~ o l 6 n i a a p o r p c r i o d o s d e q u a t r o nnos som-

p r o r c n ~ v ~ ~ v c i s , o d c modo :!. t c r c m n c l 2 r e p r o s u n t n q ~ o 0 3 v d r i o s ra-

mos clo ci8nci .n c1.c q u c s o cup^,, :l,s U n i v c r s i d n d c s r: o ~ i n i s t 6 r i o da

~ n r i n h c " . " . E s t c c t l r6 .c tc r n p r s r ~ n t ~ o m o n t c fluid^ quo n J u n t a crprcsontn sa-

bclnos j?, quc. lhe f o i c o n f c r i d o i n t c n c i ? n n l a c n t o , p a r a c v i t a r quo

homons do c i 6 n c i a s c t r a n s f o r m a s s c m om burocr ,z t : t s ,

!,!as a J u n t n al6m do urn o rgnn i smo t 6 c n i c o 6 urn orgnnismo admi-

n i s t r n t i v o ( n r t . 701, crnb~r?, nzo t c n h , ~ p o r m i s u h ' t s s o g u r n r a admi-

n i s t r n q , ? ~ .

~~~ss i rn d i s p 5 c do urn3 comisszo c x c c u t i v a , de t r 6 s aembros (art.10)

c c?um s c c r c t ~ r i c . . pnrr : o cxpcc l ionto r e g u l n d n nos n r t . 4 0 c. sogs .

A Juntc do ~ n v c s t i ~ z q z c s C o l o n i n i s f o i n l t o r n d a , ern pormonor,

Page 175: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

no quo r c s p o i t n 20s wus s c r v i q o n b u r , ~ c r & t i c o s ) ~ 0 1 0 9 Doc. L c i s

nQ 35456 de 18 clc J n n o i r c do 1946 o 95638 dc 13 do Mnlo do acsRo

ano.

Qunnto bs n t r i b u i p z c s pr&prinrncnto c i c n t f f i c n s :I J u n t o c x o r c c &

c sun r,cqno, na 1 b n t r 6 ~ o l o , a t r n v 6 s do i n s t i t u t o s c c c n t r o s c s p o c i n -

l i z n a o s ; nas ~ o 1 6 n i ~ s , z t r - v d s d b m i s s j c s c i c n t i f i c n s , v o l a n t o s ,

scm s c d c d c f i n i d a .

Page 176: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Cap. V I

62 - 0 s govornos c ~ l o n i z i s , A pos f$<o politics e s o c i a l d o Rover-

nndor n:: c o l 6 n l n . Govcrnndoros g o r n i s , govornndorc s clo ~ 0 1 6 -

n i a , a o v c r n a d o r o s s u b z l t c r n o s . Vncar rogndos d c govcrno. Uon-

ras c p r c c c d ~ n c i a s ,

? v imos j a / n d r n i n i s t r a q z o s u p c r i o r da 1mp6r io c o s s e r v i q o s p c l o s

qr~:l.is s c p r o c c s s n n nc t iv id - ,dc do govornt] c e n t r i z l , Tomos ngorn quo

v o r 2 org :?n iz :~qgon ~ , G m i n i s t r , : t i v s n n s p r ; p r i n s c ~ ) l d n i ~ t s , onclo s e " d i s t l nc{ucm t~rnl16rn :?a clu .s c s p 5 c i c s d c ~ d m i n i s t r a g : ~ ~ , c c n t r s l c l o -

c n l ,

Comocumos pel:?, c c n t r n , l ,

CVIF* c o l 5 n i l t \ , m urn gaorn : :d3r , q u o 6, d o n t r , ~ d o l n , a suproma

~ u t o r i d n c l o - , d m i n i s t r z t i v a .

Coino )-\X v;-ri?,s I: J p 6 ~ i ~ ~ d c govcrn ; ld3r?s irnpr)rt;: Cist i n g u i r 0s

g ~ v u r n n ~ o r ~ s , w r , x s , 3s f iovc rnzdoros dc c o l h n i n , o s p o v o r n a d o r o s do

p r o v i n c i n , o s g o v c r n n d o r o s do d i s t r i t 3 o o s o n c n r r o a a d o s d c Roverno,

V C j,,rnoa s u c i n t :mcnto, oln quu c o n s i s t o cnd:~ um d c s t r ~ s c:1rg(3s:

Em 3 d n s n o s s n s c o l 6 n i s s - l ~ n g o l n , fIoqnml3iquc F: E s t a d o da fn- &

d i a - o s g o v c r n n d o r e s s?"o chamdos l t g ~ v c r n a d ~ ~ r o u g c r a i s " , A s duas

p r i m o i r n s s z o c o l 6 n i - s d i v i d i d a s ern p r ~ v i n c i n u , ondo hA o u t r o s go-

v e r n n d o r e s , mns s u b z l t u r n o s , - o s dc ppovfncf,L.

Nn f n d i n h X 3 t c r r i t 6 r i o s o n c r n v a d o s na ~ o n i n s u l u ~ n d u s t h n i c n ,

a o g s v o r n o d u r dn f n r l i a tam, p J r t r a d i p z o , t i t u l o do ~ ~ v c r n : x d o r

a c r n l . vcm z p r o h $ s i t o r u l c m b r n r qua o p r i m c i r o g,)vornildor dn fn-

d i : ~ f o i D, F r a n c i s c o d c , , l a c iCa quc rcci jbcu o t ? t u l o di: p w c r n n d o r

Page 177: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

~ c r n l c Vfco-Rci d:: f n d i n ,

U m z s vi=z?s -.:~s gi'v .rnz?.doros da fnd in . o r n d : ~ d o 9 t i t u l o dr: V i c o -

Roi, r , u t r n s nzo, c o n s o ~ , n t c 2"s c o n v o n i 6 n c i n s , l f t i c r , s :)u o closc j o

d o r c i honrr.r o govcrnrxlor nomcado c o n a, sun roprosi:ntaq,<,r, p o s s s n l , L

0 g r a n d c i i foqao do ~ l b u q u o r q u c f o i 36 g ~ v c r n n d o r g o r a l , quo n:.m

Hoje urn d i n o t i t u l o dc govornnd(3r g o r n l mntom-so a t c n d o n d o

;*s t r r - d i ~ z c s c'd c?.rgo, Qunnto no dc v i c c - r a i , dosnpnrocou , corn o

rog imc monArquics mzn - . ind? no f i n d3 s h c u l o p a s s e d ? o I n f a n t o D.

:Ifonso f o i c n ~ f ~ ~ d c :e fnCi2, c o n o s s c t i t u l o .

N?s o u t r n s col6nin.s o govorn:r imor 6, s iqp los rnon to , p3vorn:sdor

dc col5ni .z .

s\~o c n s o c s p u c i n ~ . do . L n g : ~ l n c ~ o q , ~ r n ~ ~ i q u o , c ~ j l 6 n i : i s do vns ta , ox-

t o n s 5 0 t c r r i t o r i ? , l , om cadn p r o v i n c i n e x i s t u urn g 3 v e r n n d o r do pro-

v i n c i n s u b o r d i n n d o GO g ~ v c r n ~ ~ d o r g c r a l .

Em ..ngoln, FdoQ:~.m13iqui: c: no Zstr).do da f nclia o x i s t om d i s t r i t o s ,

c n o s c n s 9 s c.sp(:cfn,is dc d i s t r i t o s oncr : ivndos em t o r r i t 5ri.o a s t r n n - "

6::iro (~t:mno, Diu c CnbinGto) JS i n t c n d o n t o s n d r n i n i u t r : ~ t i v o s que sc

oncon t rnm ?" f r c n t c d c l u s , t 6 m o t i t u i i f 3 h o n o r f f i c o dc f i ~ v c r n : ~ d o r o s

c?c c ~ . i s t r i t o , om v i s t n . dns P G l n ~ z c ~ i n t c r n n c i o n : t i s f r o q u c n t o s corn

z u t ~ ~ r i d z ~ l c s e-os t c r r i t h i o s v i z i n h o s , ondo podc c s t n r om jogo n s o -

Finrslmcntc tcmos nintl:: nn.s ? .ussnc ins tlos g1v::rn:idorcs ou net

v ~ c - ~ t u r : ~ do g o v e r n 0 os " c n c ~ ~ r r c ~ : ~ d o s do govorno" que subs tu tue rn g-

qucl-cs , " o c t u n n d o como govorncdoros" , coao dizorn o s i n g l o s e s ( a c -

t i n o governors). -r

V o j n n o s o s g,~vorn~?,c'.orcs c o l o n i n i s :

l? oxtrom:~,montu irnp,)rt,-.nti: n d t n r m ~ s born qui: v:mos a g o r a tomnr

Page 178: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

c a n t n c t o corn f u n q z c s scm p ~ ~ r i d n c l o nn a d r n i n i s t r n ~ z o m o t r c p o l i t ~ n n n ,

ondc nZo , :utor idadc q u c s o p o s s a c 9 a p n r a r b~ do g ~ v o r n z d o r c o l c -

n i n l .

E s t c p o s s u i urn? posiq:o Gnicn, q u c r p o l f t i c , ~ quo? soci:zlmcnto.

P o l i t i c n m c n t c , porquc n<;o s6 o g ~ v c r n n d o r r e p r o s o n t n a sobc-

r z n i n po r tugucsn o p o r t a n t o o p r 6 p r i o cho fc d ~ E s t a d o , como con-

c c n t r z om s i o s pudures c c , t r ibu iq ; jcs df s p o r s n s na n'1ctr6pole p e l o s

v j r i o s m i n i s t z r i o s , s ~ l v o o s drt g u c r r * l , ~ C L ~ u s t i q a o d o s ~ e ~ s c i o s

E s t r a n g c i r o s . E l c 6, podo d i z c r - s c , a i n i s t r o do toctns n s p n s t z s ;

o g ~ v o r n n ? ~ o r g c r z l dcspachn todos o s w s u n t 1s: d3 i n t o r i 3 r , das o-

h r n s p6b l i c r , s , c l n cconomia, d n s f innnQczs, c t c ,

Em ..ngoln d Fhoqrlumbirlu;, h& ~ , i n d n u n ~ c c r e t : $ r i o g o r a l crn qucm o

g o v c r n ~ ~ d o r poclc ~ 1 c J c g a r ?s s u n s f u n ~ o " c s ( como c,'l 9 s s u b - s c c r c t & r i o s ).

Qunnto nos neg6c ios ~ s t r : ~ n g e i r o s d :z rnctr6polo q u o l h c mnrcn

o cr.rninho r, s c g u i r , pocl-cnclo o govc rnador pordrn f u n c i o n a r cnmo ngon-

t o 6 . i p l am~. t i co n z s rcl?.go"cs corn o s t c r r i t A r i o ~ v i z i n h o s , Dissemos

t:mb6m quc o govcrnnclor nZo tom ingor ;nc ia 170s nog6cios dn j u s t i q : t

p o i s o podor juCicir.1 6 indcpcnclcntc , e 6 do s : ~ l i o n t : z r quc z t 6 o

movimcnto d o s m L g i s t r n d o s 6 t lc tc rminnda p e l o S ~ ~ n s o l h o S u p o r i o r J u -

d ic i$ . r io , quc f u n c i o n c j u n t o do ~ i n i s t 6 r i o dns ~ o l ; n i n s .

Tcmos p o r t n n t o quo o gx ro rnndor gozn duma p ? s i p ? ~ p o l f t i c n , 6 n i -

cn, mas ?.inti?* h5 p o r v c z c s qucm dig?" que so d o v c r i e d o s c c n t r n l i z a r

m?do n a c l r n i n i s t r r ~ c ; ~ ~ c o l g n i n l , quo o s govornado?os t6m uma coapc-

t6ncF7, mu i t3 r c s t r i t n , I T ~ Q 6 nss im, 310s t6m, nz vordado, umn am-

p l a nutoriclncla, c aindr. bc n, porquc so n i o or:: i rnpassfvol , cb na

r n ~ . t r 6 ~ o l o , rcsolvororn-so :is qui l s t6us in6norns qgc surgom a cada pas-

s o dos v;,rfos $ - c p ~ , r t ~ m o n t o s dns 8 c o l 5 n i n s .

Page 179: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0 MinEstro d a s c o l 6 n i a s 6 - em linguagem ci119~153~r:;f - urn

s u p e r - v i s o r om r e l a q z o ?L p o l i t i c a co'lon!.al ; ev5.donteuictn:e ¶LIB nzo

se pode ocupar dos p r o b l e m s menores, a inda q Je j ixporfantes . 129

cabem aos governadores , ~6 quando nas c o l 6 n i a s f a l t e r . o s t s ~ n i o o s

ou qua i sque r a u t r o s mcios, ou s o j a p r e c i s o d a r unidade aos p rob le -

mas, 6 quc es tes devom v i r para a ~ e t r 6 ~ o l s , e mesmo n e a t e s casos ,

devidamekte i n s t r u i d o s ,

Dissemos & pouco que o governador tern uma proemincnte p o s i q i p

p o l f t i c a e s o c i a l . Sob c s t e 6l t i rno a s p e c t 0 n;o 6 p o s s i v e l imagi-

nnr , c6 na ~ e t r 6 p o l c a posiC$o do governador que 6 a nr i rne i ra pes-

soa d s c o l b i a , e n sun f a m i l i a n p r i a o i r a f a m f l i a da co l6n ia . ~ a i

a i n f l u 6 n c i a que eBo pod0 t o r no mcio, (Torno t i p o c a r a c t e r i s t i c o

d c s t a p o s i ~ g o Gnica, nas c o l 6 n i a s i n g l e s a s 6 o governador n 6 n i c a

pessoa quc a s s i n a o seu nome o despacha , com t i n t n encar'nada. 0

governador inglGs r e p r e s e n t a n d o n pesaon do R o i nn colAnia, nso d6

j i m a i s a d i r o i t a a qua lque r possoa - por muis impor tan te - porque

c s t d no Sugar do Soberano) ,

Do expoa to r c s u l t n q u o o governador , port;:3@ s imbolo dn ~ r b - -

p r i a s o b c r a n i a goza dc h o n r a s c s p e c i a i s . ~ i h r i a m e n t e 6 iqndn e ar-

r i n d a a b a n d e i r a n a c i o n a l no a n s t r o f r o n t o i r o ao p a l & c i o govorna-

mcntnl , e k p o r t a d e s t e h ' ~ umn gus rda permanonto.

D i z o a r t . 22 dn Cnrtn ~ r g f i n i c a :

"O governactor goza, em t o d o o t e r r i t 6 r i o d : ~ col6nit-t, d a s hon-

r::.s que colnpetcm 20s L l in i s t ro s do Governo dn ~ o ~ ; b l i c n , t endo n e l e

p r sccd8nc ia sobre t o d o s o s f u n c i o n 6 r i o s c i v i o c m i l i t a r e s que s i r -

vam, ou, por o u t r o s motivos, es tnc ionam n2 c o l t n i n ou p o r o l a %?an-

s i t em, oxc lu indo o P r c s i d e n t c dn ~ o p G b l i c a , o P rov idon te do Conse- A -

l h o o os Min i s t ro s " ,

Page 180: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

So o g o v o r n d o r f o r a i l i t n r usa o s t r o l n s como g e n e r a l , Se go-

ve rnndor g c r z l u s a 4 c s t re las om fila no onnh;io da annga,

r )

63 - i\Tomc?,,Sao, rcpondu qgo e cxoncrnc;. ;~ d o s govorn :~dores ,

Vejclmcs c;gtDra oomo d q u e o govorn;idor 6 nunoado, o corno a m -

ba r50 as SUSS f u n & ? s .

Diz o -.rt, 1 9 dn C, 0, quc 'In nono:tq,;o do govornrsdor 6 f e i t a

em Consclho de M i n i u t r o s , sob p r o p o s t z do M i n i s t r o das ~ o l 6 n i a s " , .. Quis - so m,wc?x bcm quo c l e nzo 6 s6mente urn r o p r o s e n t n n t o do Minis -

t r o , 6 n l g u ~ m quc tem q u c mantor n p o l f t i c n nnc ionn l . N o ~ e g i m o

d:: ~ o n s t i t u i q g o de 1911, o g ~ v c r n r ~ d o r or6L at;, dopo i s dc o s c o l h i d o

p c l o Govcmo, p r o p o s t o no Senado q u e aprovava ou nco :t sur. c sco lha .

Ezt : cr:>, tzmbbm a t r n d f q g o romvn?va

A nos sn l c i , nlEm dc o s t n b c l c c c r q u e o govornndor 6 d:; c o n f i -

an2z do qove rno i n t e i r o , t o m prccnuqzos p a r a g a r a n t i r n sun o s t a -

b i l i d r ~ d o . 0 p o r i o d o normal dz sun comiss% 6 ds 4 anos (c, O,art.20$

t r c d i c i o n n Z quo a e o m l s s ~ o s e j n tompor;ri:-L, de 3,lguns anos ,

p?"r:: g c r z n t i r no govcrn::dor urn c c r t o p e r i o d o de tempo om quo possn

d u r n r c mostrr,r quzn to v ~ ~ l c , mas s i m u l t a , n s : ~ r n c n t ~ nZo Gonv6m doix&-

- l o por l a r g o tempo longc dn ~ o t r 6 ~ o l e p o i s a s u c ~ pos iqxo 6 kgo n l -

tc quc p o r v e z c s podcr;" t c r " ~ c r t i g c n 3 ~ ~ . , Apoifido po ln o o n f i n n ~ a

do qovcrno, longe do c o n t i n o n t o , corn c o r t a s dificuldndes do corn-

nicnqgo, podc s o r 1ev::do n a b u s n r dos aous podercs ,

0 P r o f e s s o r D o u t ~ r Mnrcc l lo C:bctnno 6 da o p i n i g o quo n l o i nEo

dcvc r i a p o r m i t i r cut& z rcconduqdo d o s govornsdo re s nns poqucnns co-

l S n i a s am cr.sos o s p o c i a i s , porquo o l c v a i , f n tn lmcn to , scndo

. d-s o p i n i i c s 1 ~ c : ~ i s , d o s poquenos o i r c u l o s o p n r t i d o s con-

tr;,rios quo noocsshr izmcnt c aparoccm nos pcquonos meins, Urn poquo-

Page 181: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

U

n o p c r i o d o dc d c s c n n s o nz h 1 e t r 6 ~ o l c , no f im dn Tomissno, ondc as

s u a s r c % Q ~ n p t i d c o s fossom cxpor i rncntndas crn outros : ~ s s u n t o s o dan-

do tempo a u r n d c s i n t o x i c n q < o d o s p a r t i d n r i s m o s l a v a i s , s o r i n uma

rncdid?, p r u d c n t c c dc lsom c f c i t o ,

0 p r i n c i p i o gernl 5 port:-.nto, o do 4 cm 4 nnos r e v o r a p o s i -

qEo do govcrn:.dor,

So o M i n i s t r o n'qo q u i B c r p r o p o r :i roconduqc<o, n ~ d a mnis t o m

ru f n z c r quc: fic,:r q u i c t 0 , p o i 3 h6 Urn p e r i o d 0 d~ 30 d i n s ?,ntcs d o

fim da q ~ ? ~ d r i d n i u - z r t , 20 $ lo- - p 3 r ; ~ a d c c i d i r . Sc o M i n i s t r o

t n l nc<o f i z c r , o govcrnzdor c z i ,

Po r c o n s i d e r n q h p c s s o ~ ~ l o c o n v c n i 8 n c i n d o d i g n i d a d c , nuncn

s c dcvi! d e i x n r quo o governndor c n i a nz pr6pri:i col;nin, sonzo vo-

r i f i c a r - s o - i n mnis uaa v e z n vclhcz f<bul:-t do 1050 moribundo.. . 8 p o r i s s o h;.bito chamr>r-sc o g o v c r n ~ . d o r tActr6polo d i x s a n t o s do

m6s f n t r , l ,

0 M i n i s t r o d ~ s ~ o l 6 n i ~ ~ s , p o r s i s 6 , nao podo demit i r o govor -

m d o r durr..nto ,:, sup. c o m i s n ~ o , p o i s z q u c l u 6 d:t compot6ncia d o ?on-

s o l h o d c M i n i s t r o s ; c ~ o n c r ; ~ - l o d quo sim (q.0, a r t . 20 $ $ 28 o 3~).

P c l o ~ z t . 23 d : ~ C.0, o govcrnador nzo s o p3do a u s o n t a r dn co-

1 6 n i ~ ~ scm p r 6 v i r * liccnq:" do M i n i s t r o .

DL c n t r o as 6 ~ ~ r : % n t i : ~ s quc o govcrnndor goza, s o b r o s s a i , p e l n

su?" import$n$%a, P. d o art. 26, p c l z qunl nzc pod0 o l o sor d i s c u t i -

do nos t r i b u n n i s d:: p r 6 p r l l : ~ c o l 6 n i a . . Tom dc SOP dcrnnndsdo " n : ~ co-

rnnrcn Clc L ioboa , s ~ ~ l v o qunndo p n r a n c n u s a s c j n c o n p o t c n t c o u t r o

t r i b u n ~ J (1;: ~ h c t r 6 ~ o l c ou do. d i v c r s a cg>l6nis , ou quando h o v c r o

p r i v i l E g i o dc fore".

Page 182: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

64 . - ~ u n ~ 6 e s do Governador:

J& an te r io rmen te nos ocup&rnos da f u n ~ g o l o g i s l a t i v a do gover-

nador.

Vimos entgo como a sua compet63ncia 1 ~ ) g i s l a t i v a abranpe a s ma-

+,Arias que, ngo tocando nos in tor losses s u p e r i o r e s da politic:^ co16-

1 por tuguesa , respc i ta rn oxclusivarnentc a o t e r r i t 6 r i . o dn col6-

n i a qae governs.

ITS, assfm, durts coordenadas a d e f i n i r a cornpot6ncf;l. l o g i s l a -

t f v a do gobernador: em r a z z 0 de ma t6 r i a - a s s u p t o s q u e n<?o ~ n v o l -

a dcf i n i q g o do p r i n c i p i o s da p o l i t i c a c o l o n i a l por tuguesn; - em

r a z & do l u g a r - a s s u n t o s que se r e f i r a m apenas & c o l 6 n i a governn-

da.

Sabernos tamb6m q u o a compet6ncia 1 e t : i s l e t i v a d o gobernador so

exerce sob a forma de diplomas 3 c . g l ~ l n t l v o s ( co r r e sponden te s aos

d e c r o t o s - l e i s met ropol f tanoo ) e p o r t u r i a s .

0 3 diplomas l ~ ~ g i s l a t f v o a s z o pub l i cados p o r i n i c i a t i v a do go-

vcrnndor ou por d e l e g a ~ g o m i n i s t e r i a l . 0 s da sua coapet,Gncin p r 6 -

p r i a dependem, regra g e r a l , do v o t o a ~ r o v a t i v o do ?onsolho do Go-.

verno , quo pode ser sup r fdo por a p r o v a ~ ~ o do Thfniutro. ~ 1 6 r n d iuoo ,

s i n d a h& casos em quo o diploma ngo ?ode 3cr puTt1.icad0, rne3rno quo "

t e n h . ~ For si rz aprovaciao do Consslho do Gov9rno: sgo a;; h i n h t e s e s

em quo sr: ex ige um:s a u t o r i z a ~ g o m i n i u t e r f a l , .

A f u n ~ ~ z o l n g i s l a t i v a do goverpador vem r e g u l a d - ~ n o s zrt:., n;

42 :, 19 da Car ta ~ r g i i n i c a , 03 a r t s . 13 a 46 roferem-u, t compet6n-

c i a pr6pria e o a r t . 47 & compatdncia dolegodo ,010 Mini s t ro .

C s t c 2rt. 47 foi f n t r o d u z l d o n a % r t a Orggnics na r o v i o s o de

Page 183: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

A sua i nc lu sgo j& tern s i d o d i s c u t i d a , Vejnmos, p o r t a n t o , ~ r n

qilc: :3e fundarncntou o l e g i s l a d o r .

Sabernos quo na admi n i s t r a ~ g o c o l o n i a l , como na adrninist,rag&

urn g e r a l , se encontram, de um lado , 03 p a r t i d & r i o s da c o n t r a l i z a - N

G R O , do ou t ro , os p a r t i d & r i o s da d o s c e n t r s l i z a ~ ~ o ,

A Car ta ~ r g g n i c a f o f e l abo rada om 1.933 sob a impress50 dos ? re -

j u i z o s cnuszdos pe ln cxces s iva d c 3 c a n t r s l ~ z a ~ ~ o das l e i s a n t e r i o r o s ,

principnlrnente, no regime dos a l t o s - comis sa r i ados ,

Vimos j$ os inconvenion tes enormes que d a i resultnrarn, pop

urn l ado , e tcnd6ncl : t contr i fue;a do cada uma d a s co l6n i a s , pondo

cm r i s c o a unidade n a c i o n : ~ l ; p o r o u t r o , c: cox a spec tos de

rnuito mrbior gravidndc, o cnos f i n a n c e i r o das nossas co16nias. Ma

vdrilzdc, a s i t u a ~ z o f inance i r s t d a s c o l 6 n i a s chcgou a um e o t : ~ d o do-

p ~ . o r ~ v e l ,

:\lzo h a v i 2 orsamcntos ou h a v i a o r 3 a m n t o c quo s o nzo cumpriam,

or~;amontos def i c i t ~ ~ r l i o s , scmpr3 & c s p e r a de subsidies d a ~ e t r 6 p o l e .

Faziam-oe obrao por rnerns a u t o r i z a ~ z c : ; v u r b a i s , os crodores apre-

scntavam-se corn s imples vn los , as con tc~s h,<o 30 fechavam. E como

s c gasa tavo sem nern ~ $ 3 0 , nem mcdida, a3 c01.6nias vii~m-30 asso-

bcrbadas do d i v i d a s de t o d a a esp6cie . NGO eram s 6 iLE provenisn-

t e ; do empr60tinos da ~ o t r 6 ~ o l c , cram nesrno d i v i d a s a p a r t i c u l a r c s ,

a corncrcinntcs l o c s i s ,

E s t e s ou tfnham omprostado dinh.e i ro ou f c i t o fornetairnentos a

c r 6 d i t o,

Page 184: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Havia a i n d a as d iv l -das a funcion6, r ios c , vo? 6'btirnc, d i v i d a s

is o u t r a s co16nias.

E s t e p r o b l c n a s das d i v i d a o in to r -co lon iz , i s fo?. dos do d i f i c i l

r e s o l u $Go,

Como s u r g i a a d i v i d a duma col6nj-a p a r a c o i o v t r n ?

Passava-so o se$u in te : urn f u n c i o n h r i o , r e s i d e n t e em Lisboa ,

(,?a nomeado, por exernplo, p a r a a f n d i a .

zra <;s ta c o l b n i a que, em p r i n c i p i o , I ~ C iir:via pager a viagom.

Mas om Louron90 Marques o f u n c i o n 6 r i o t i n h n dt: nguardar , d u r a n t o

~ l g u m a sernanas e a t 6 rncses, embarqus p a r a n f n d i s . OFii como nzo

sc p o d i a c s t a r & c s p e r a dc quc c s s a col6ni.a e n v i a s s e o d i n h e i r o ne-

cass6ri.o a o pagarnento (10 f u n c i o n & r i o , MoEambiqrl ? ofoc tuava uma o-

p c r n ~ g o dc t c s s u r a r f a pagando dos seua cofnes , s o mcsmo tempo que

d c b i t a v n a impor t$ncia r e s p e c t i v a na con ta c o r r ~ n t e do seu Tesouro

corn o E s t a d o ds f n d i a . Actuava a s s i m corno cr , ixn d l ? s t a c o l 6 n i t ~ ,

a q u a l , t c n d o no s o u orqarnento v e r b a s p r c v i s t a s p a r a e s t c s casos ,

c n v f a r i a p o s t c r i o r m c n t e a s somas d c v i d a s & c o l 6 n ~ e d o Mo$ambique.

Mas a ma ix p z r t e d a s v e z e s e s t a s dospezas eram f e i t a s som a s

f o r m a l i d s d c s o as c ~ ~ u t e l x s i n d f s p c n s & v o i s o f icavnm por s a l d a r por

p a r t o das c o l b n i a s b o n e f i c i a d a s , o r i g i n a n d o ctm s i t u : ~ ~ " l o confusn

dc c r6d i tws c d 6 b i t o s r e c i p r o c o s .

Po r t u d o f u t o , o l c g i s l a d o r optou, em 1933, pop 1171 regime q u e

dessc cm M i n i s t r o u r n grandc intemron.i jo nil n d n i n i s t r a ~ g o das cold-

nias pcilmft indo-lhe, - por urn l a d o , o b s t a r a q u o cads gov=rnartor fi-

Page 185: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

r, 0

Z C 3 3 0 2 p o l i t i c - . , ~ c ' i o o govcrnnCor rmis n a 3 (2 coo o oxcoutc-1

duma p o l e t f c a d c f i n f d a ua Carta 0rg;nZca c q - ~ c t,o? coma f i c v ' l .n t ; r -

p r c t e o Min i s t ro d a y Co? h i a s ; por ou t ro , fisca7-'zai*, r o c t i f 5 car

c s u p r i r o s a c t o s dos govcrnadorcspnr:~ ovf tar a deeordem adm5.nis.-

'cr::~t i v a c f i nancc i r a .

A Carta 0 rggnica aprescntava-se do f a c t o con urn c a r 6 c t o r am-

p l tsvontc centr ;z l izndor ,

I Em 1945 entendcu-se quc s c r i a p r o j u d i c i a l modif icar n Carta

no s e n t i d o de conccdcr n6varnentc nos governadorcc3, p o d o ~ o s que em

I933 t inham s i d o c c n t r a l i z a d o s ,

Mas tamb6m s c cntendeu que havendo o i t o co lhn i a s t z o d i fo ren -

t c 3 nas suas c o n d i ~ 6 e s natmrafs , nas suus pos s ib i l i dadov ocon6mi- 0

cas, nos o s t a d i o s dn sua e v o l u ~ g o s o c i a l , na l eg i t im idade das a s -

p i r a ~ 6 e s a a s suas popu laQies , e r a inconveniente apo r t&- lns t odas

nurrla w s m f6rmu1.a rfgfda,

Por i s s o , dc acordo corn a opini5,o dc quo as l e i s a d m i n i s t r a t i -

v a s dcvem ? o r de molde a adcquarem-so fc:cilrnente i s r c c l i d a d c s ( p o r

quc, oxactamonte, s zo a s l e i s a d m i n i s t r a t i v a s a s que mais de pe r to

tomm contac to corn a vic?st s o c i a l ) ; e p o s s u i r a m t ~ l c ~ b i l 5 d a d o s u f i -

c i e n t c para quo so nzo tornem em i a p e c f l h o s dn a c ~ , ? o d ~ s governan-

t o s , aparcceran, no t e x t o r c v i s t o da Car ta ~ r g g n i c n , os p r c c c i t o s

quc pcrmftcm a d e l c g a ~ h dc podcros que,ndo o cnde o 1Jinj.stro j u l -

guc p o s s i v e l e nec( tss&rfo.

A fnco d c s t e s p r e c e i t o s , quando o Min i s t ro j u l g u e oportuno de-

Page 186: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

l o g a r os pode rcs i n d i c a d u s n a Carta 0rg;nf c:~, dolog?,-os cond ic io -

ncrndo a d c l e g a ~ g o c f n s t r u i n d o o govctrnudor sob re a forma do a u s a r ;

quar!do, :LO c o n t r & r l o , o M i n i s t r o entondtt q u e 6 p r o r e r i v e 1 r e s e r v a r

as r c s o l u ~ E o ; 20s scrvicios centr:?*fs independcntos dc m i o e d a p r e s -

s g o dos i n t o r e s s c s l o c a i s , on tgo nzo d o l a g a ,

b ) ~ u n ~ g o c x e c u t i = .-

I-como ?.g:;nt,o p o l i t i c o do Govcrnc " e n t r a l

11-como s u p e r l o r a u t o r i d a d @ c i v i l

111-como admfn i s t rndor s u p e r i o r dz Fazunda

IV-como o r i c n t a d o r da politics indigenn ,

A fun9zo c x c c u t f v a do Governador vcm roguladn, nos a r t s , 30 c

sega, da C a r t a o rggn icn ,

0 a r t , 32 fix?, a cornpet6ncia do Govarnador como r a p r e s e n t a n t e

" ~ o m p c t c a o govcrnador , cbmo a a o n t e o r o p r o s o n t a n t o do Govor-

1 s - R c p r c s c n t a r na c o l 6 n i a o Govern0 d a ~ o ~ f i b l i c a , s u s t o n t a r

o s d i r c i t o s d a s o b e r a n i a d a ~ a % g o o promovor o bom da co-

1 6 n i a , em hnrmonia corn o s p r i n c i p i o s do Acto " o l o n i a l e

d a p r e s e n t 8 C a r t a 0 rggn icn ;

29- E x c c u t a r o f a z e r e x c c u t a r as l e i 3 c regulamontos em v i g o r 1

.Yo- D a r cxccuqzo c s 3 r u p u l o s a J d i l i g e n t o 5s ordons c i n s t r u -

~ z e s do K ~ n f s t r o dss ~ o 1 6 n i a s o usar , p a r a os f i n s l ega i s

Page 187: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

c no i n t c r c a s c p 6 b l i c o , o s podoros quo p o r o l o l h o forem

delogndos;

40- Tcr o h l ip fo t ro d a s c o l 6 n i a s co r , s t an tenen te ao c o r r c n t e 60s

casos e z s s u n t o s que s e ro lac ionom corn a a d m i n i s t r n ~ ~ o d a e l a b o r n d o

col6nia , / t,rirnustraI.rnonte, p e l o mcnou, r o l a t os s u s c i n t o s e

conf i d e n c i a i s 71,cerca do e s t a d o dns ques.;;zos quo maio i n t o -

ressam & ndmi n i s t r a ~ ~ o " ,

DC r e a t o , e s t e n r t i g o 6 u m a g l o s a do a r t , 30 que dispEe:

" O govornador 6, cm t o d o o t e r r i t 6 r i o da co16nin, o mnis a l t o

a g c n t e a r e p r o s e n t a n t e do ~ o v 6 r n o d3 ~ e p 6 b l i c a . . . , " .

E como glosa a indn , s e pode c o n u i d e r a r , do p r i n c i p i o fundamon-

t n l f ixado no ar t , 33 do Acto C o l o n i a l ,

"I? supromo d e v c r dc h o n r a do g3vernador, em cada urn dos domi-

n i o s de P o r t u g a l , s u s t o n t n r o s d f r s i t ( 3 s d e s o h o r a n i a na ~ a ~ - ? o o pro-

mover o bem d a c o l b n i a , crn hnrmonia corn o s p r i n c i p i o s consignadus

no Acto Colon ia l " ,

D a d a c s t a n l t i s s i w ~ funqzo o l u g a r do Govornador 6 aompre de

grando i m p o r t ~ n o i a c dc grando r e s p o i t o .

JL em Roma o s governos d a s p r o v f n c i a s o r a m c o n f o r i d o s a o s su-

prornoo r m g i s t r a d o s d : ~ ~ o p 6 b l i c a , d e c o r r i d o urn ano d n t:xl:rcfcio do

consulado ou d:,, p r . : t i ~ r a . Seguinm entffo como "proconzul ;sf' ou "pro-

BJais t a r d e o s governadores das p r o v f n c i n s j& nzo cram a n t i g o s

consu los ou p r e t o r o s , o s i g n i f icndo do cnrgu i n c l u i a sempro a

c x t e n s z o dn rnag i s t rn tu ra suprema k s v j r i n s pmtes do lmp;rio.

Por t u d o i s t o , porque c l c rocebc o encargo gravivsirno de z e l n r

c?, honr:? o a s o b e r a n i a national, nunca so dove r e c u s n r urn governa-

d o r o d i r c i t o d e e x p l i c n r n, s u a s f t u a ~ ~ ~ : , p3rnnto o P ~ S , p r i n c i p a l -

Page 188: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

mcntc, sc tovc? dc governlzr crn condi$&s rnr:~_il~cl.nosas.

0 a r t , 33 dL;senvolvc seg$idrtmente z c o ~ r ~ o t , C n c i : ~ dl) g ~ ~ v , : r n a d o r

oomo s u p c r i o r autoridndc: c i v i l das col;n'.ns.

0 a r t , 34 a t r i b u i n ao g o v c r n a d ~ r a qua i idado de p r i m c i r a au-

t o r i d a d c m i l i t t l r da co lhn in mas f o i rovogado p e l o Doc-Lei 37,542,

j6, nosso conhecido.

0 a r t . 35 d e f i n r n compct6r c f a do govorl~:zdor curno a d m i n i s t r a -

do r oupc r io r da Fazenda ~ 6 b l i c n na, cu l6n i a .

ompa pa to ao governador , como. adrn in iv t r sdor slhperior da, Fazen-

la ~ h b l i c ~ na co l6n fa :

19- D i r f g i r super iormente a p repa raQgo d o p r o j e c t o do orQamen-

t o g e r n l da c o l 6 n i a , fazondo obse rva r 0s prazos l s g a i s " .

Vejamos a c s t e p r o p 6 s i t o corno se olabornm o s or3anentos colo-

n i a f s,

Antes de mais conv6rn lernbrar que cada co16ni.a 6 uma pesson

moral do t ada de a u t onomin admin i s t rat i v a e f i n a n c e i r a . P o r t an to ,

t e rn as s u a s r e c e i t a s p r l v a t i v a s , o r Q a as suas despezas e a g l i c a as

p r i n e i r n s i s segundas de aco rdo con um orr;amento pr6pri.o.

Ora o s orGanerton coloniais eram e l a b o r ~ d o s a t 6 ?i r e v i s g o de

l L J 4 5 da Carta o r g g n i c s de harmonfa corn o s i s t e m a se 'guinte.

A col6ni.a r o d i g f a urn p r o j e c t o de orgarnento que, d e p o i s de a-

p rc scn t ado a o Consclho de Govcrno, v i n h s pa ra Lisboa onde chegava

p o r a l t u r a n dc Sctcmbro. 0 M i n i s t r o das ~ o l 6 n i a . s f a z i a en tgo a

r e v i s s o , nuprimindo, p o r v e n t u r a , d e s p e s a s , fazendo nova c6mputo

dais r o ccjl tns e aprovando, f i na lmen te , c, p r o j c c t o com as ernandas que

e n t e n d l a n o c e s s & r i a s , 0 p r o j e c t o r e g r e s s a v a c o l b n i a onde era

publicado o orqarnento dof i n i t i v o .

Em 1945 o regime f o 2 a l t , e r a d o no s e n t i d o c' o r i n r ao l a d o do

Page 189: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

s is terna, j j c x ~ s t e n t c , de a p r o v a ~ G o , u m s i s t oma do a u t o r i z a ~ g o

(Csrta OrgGnica, a r t s . 156 e 161, $ 2 8 ) .

Cotno sc: passam as c o i s n s n e s t o segundo caso ?

0 M i n i s t r o das co l6n i a s , no p r i n c i p i o do ano, d o c l a r a que uma

c e r t n c o l 6 n i s e l a b o r a r & o seu o r Q n a e n t o em rogimo de au tor izaqgo .

0 governador p r c p a r a umas b a s e s ( co r r e sponden t03 h nossa " l e i de

mnios" ), a s q u a i s d e p o i s de aprovadas no Conselho de Governo v6m

p a r a a Metr6polc e , u r n vez cii, o l d i n i s t r o nprova-as pu ra o s imples -

rnente ou corn a l terap6ss . De aco rdo corn c s t a s ba se s a c o l 6 n i a e l a -

b o r a r i e n t z o l i v r emen te o 3eu orSamento quo f i c a i s e n t o de p o s t e r i o r

r c v i s g o ,

Procurpu -so tamb6m a q u i a b r i r cnminho h de s c e n t r n l i z a ~ g o que

sc irclpunha po ran to o t o x t o do 1933, f rancamento c o n t r a l i z a d o r .

l i t 6 a g o r a t6m gozado do regime dc n u t o r i z a ~ s o 3 s c o l 6 n i a s de

,Ingola, MoGambique c d s t a d o da f n d i a , mas a s b a s e s s&o bastamto i-

nexpres s ivns , quando dever iam am cada ano oxp r imi r o s d o s e j o s l o c a i s ,

fi tamb6m o Governador que, corn 08 s e r v i i o s da fazcnda , p r o s i -

dc <& exccu2go do orgarnunto.

IlispGc o nQ 2 do a r t , 35 q u c compote s o governador:

" ~ s n d : - r exocu ta r o orqarnento da co lAnin , vol.ando pe la manu-

t c n ~ g o do c q u i l f b r i o e n t r e as r e c c i t a s e as desps sa s o observando

:is i n o t r u ~ E c s quo ncs sc o c n t i d o 1.ho sojam t r a n s m i t i d a s po lo Minis-

t r o d a s ~ o l 6 n i a s . " 0 a r t , 38 fixa a compet6ncia do governador urn rnnt6rin do p o l i -

" ~ o m p o t c a0 Governador, como protector n n t o dos indiRenas q

p r i n c i p a l renpons6vc l p c l a d i , r e c ~ & ~ d a politics:

19- D i r i g i r supc~*ior rncn te as r o l s ~ s c s corn o s c h c f c s c agrupa-

Page 190: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

C) mentos g e n t i l i c o s dz coq.6nia, p--ncur.;r;l J a >. r, .:,.:r~.? s ;.LO c I .?te;r--n

$go na vida, da c o l 6 r i r t ? ,anto q\;a~,.to I=c.~si~:ol Dr>-r_l i,lci.c~s pa--<;'!cGa;

20- F i s c a l i z n r supc:rlormente c r,cl'.o cor-o S::C cl:r;nriCCs as Iris

e p r e c e f t o s t e n d o n t e s d c f c s a das pes soas , da. l-Loerdzde 5e *,ral;c,-

1h.0, d a s p r o p r i c d s d e s , s i m p l e s ou c o l e c t i v a s , e 2.0s u s o s c c o s t u -

mes dos i n d f g ~ n a s (r,ue n h ofcndam oS d i r L > i t , o s de, soheran ia national

ou ngo repugncm a03 p r i n c $ p i o s da hurnani.dade;

3Q- Promover o mzlboramonto dss cond~$zos m a t e r i a i s c mornis

d:i vfda dos indigonas, o ape r f c i$onmen to das m a s aptidzes e f ~ ~ c \ ~ l -

dadee r l a t u r a f s e , de umn mansi ra g s r a l , a s u a t:duc-tqzo, i r ~ o t r u q g o ,

4 9 - E s t n b c l o c e r , n l t e r a r ou s u p r i m i r t o d a s a q u a i s q u e r taxao

c impos tos que roca i am sobre i n d i g e n a s z r e g u l m 03 r e s p 3 c t i v o s s o r

v i S o s d e reconseamecto o ,cobran9a; (0 impos:,~ i n d i g o n : l ; urn i ~ n p o u -

t o de c a p i t a ~ ~ o , i s t , o 6 , d i s t r i b u l d o por cabL?3as. O i nd igona paga

pop si G , podc tamb6m paga r p o l a s s u a s m u l h ~ r o s ) ;

p o l i t i c o , c i v i l c c r i m i n a l d o s i n%igenas o das mais l e i s g c r n i s quo

l h e s rcspeitcm;

6 0 - Perdonr , rninorar ou comutsr as panae a p l i c a d a s a o s i n d i g e -

n a s p c l o s s e u s t r i b u n a i s p r i v a t i v o s " .

65- Conselho d e Govorno

E s t u d a d a s as f - - . ~ ~ s c ? ~ do g o v o r n a c ? ~ ~ 1oc:ocos c o n c l v l r rbur? 910 t

Page 191: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

na col6ui;: o m f n f s t r o do t o d a s as p a s t a s .

~ n l o d o v c r scr a s s i s t i d o d o orgcqos c o n s u l t i v o s que o ajudom

cm t,% d f f i c i l c conlplexa t a r c f a .

Totnos, om p r i m o i r o l u g a r , o Consolho de Govorno r e g u l a d o nos

a r t s . 50 o sogs , d n Carts o r g & n i c a .

Antes da public:z$zo da Carta e x i s t i a m l ado a ledo om cada co-

l6mia um "Conse lho ~ o g f s l s t i v o " pequono par1:trnttnto l o c a l - e urn

l lConsolho B x c c u t i v o l ' , - governo om n i n i n t u r a ,

Mas e m Id33 v o l t o u - s c s o l u ~ < o traditional f + o Consclho do Go

vSrno corn0 orgc<o moramente c o n s u l t i v o , embora s o j a i n d l s p e n s & v o l o

~ C U v o t o a f i r m a t i v o , p a r a a p u b l i c a $ g o do d i p l o m a s l e g i s l a t i v o s s a l -

v o nos c a s o s dc s u p r i m e n t o p o l o M i n i s t r o das % l 6 n i a s , como j4 v i -

mos.

D o - r c s t o 6 tambbrn o s s a a solu(;To : ~ d o p t n d s p e l n I n p l a t o r r a . A-

pc?snr d c s t a ~ a ~ s o t o r uma t o n d s n c i a uspocf:r l p a r a c o l o r i r as i n s t i -

t u i ~ z e s , dove d i z o r - s e que o Consolha L o g i s l a t i v o q u o o x i s t e n a s

co l6n ia s da Coroa ( n g o n a s de govurno r o p r e s o n t a t i v ~ ) c o r r e a p o n d e

ao n o s s o Consclho dc Governo.

Nao c o l 6 n i a s de govcrno r o p r o s e n t a t i v o j; o Ponse lho L e g i s l a -

t i v o 6 urn pcquono p a r l a m e n t o quo a s s o g u r a a sun c o n f i a n Q a ao g o v e r -

no,

Vejamos qua1 '1 c o m p o s i ~ ~ o d o Sonso lho de Govorno.

A s u a c o m p o s i ~ ; ~ v z r i c d c c o l 6 n i a p a r a c o l 6 n i a . E r a o v t o at6

o a r p m e n t o que se n p r c s e n t a v n p;ir:t j u s t i f i c a r n, n e c e s o i d a d o de

uma c a r t s o r g s n i c a p a r a c a d s c o l b n i a . Mcs, om v e r d a d o , e s s a s d i -

f e ronGns cabcm p e r f e i t a m o n t e num pequeno n 6 a e r o d o n r t i g o s da Car-

t a 0rg;nfca Gnina.

& o art . 52 quo f f x a a r e g r a g o r n l .

Page 192: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

"Nn c o m p o s i ~ ~ o d o s Consclhos do Govcrno o n t r n r h v r ~ g n i u o f i -

c i a i s , n n t o s oU d e s ~ g n a d o s L ~ c l o govornador , o v o g a i s ngo o f i c i a i s ,

nomcndos p o l o governador ou e l c i t o s " .

Podcmos, p o i s , e s t a b c l e c e r o s o g u f n t c q u a d ~ o :

( ( nrzt o s ( o f f c i a i s ) ( ( nomeados

Voga i s ) ( ( norncados ( nzo of i c i n i s ) ( ( e l o i t o u

Voremos a d i o n t e corno s o faz v n r i a r de c o l b n i a para c o l 6 n f u o

n6mcro de v o p , i s , d c a c o r d o corn o sou gr&u d3 desunvolv imonto e c i -

a i l i z s ~ g o c s c a l t e r a a dosagem d o s v j r i o s t i p o s i n d i c n d s s .

Ei c l a s s i f i c a $ ~ o ern v o g n i s o f f c i a i s o v o g a i s 60 o f i c i a i s c o r -

r e s p o n d ~ d i s t r i b u i q g o c n t r c f u n c i o p & r i o s a ngo f u n c f o n A r i o s (dc -

s i g n a ~ z o que s c r i a nt6 p r e f e r i v c l ) ,

Nos v o g a i s o f i c i a i s 17& 0s que o sc<o p o r f o r l i a das p r 6 p r i a s f u n -

~ S c s quc axcrccm, isto 6, p o r ine r i5nc ia ac c a r g o ( n a t o s ) e o u t r o s - -

o s c o l h i d o s p e l o g o v c r n a d o r d c n t r c o s r u s t a n t e s c h 3 f e s de scmriSos

( nomcados ) . 0 s v o g a i s o f i ~ i a f s s;? i m p o r t n n t o s na modida om qus podem o s -

c l s r e c o r o g o v o r n a d m s o b r c o a n d a m n t o dos s e r v i E o s mas p s l o que

r c s p c i t a a o v o t o , como o s t z o n a dopondGncin do e o v c r n a d o r , subms-

tca-so, r c g r a g e r e l , sua o r i c n t n < g o .

0s v a g a i s nzo o f Z c i n i s azo, como vimos, v o g n i s ngo funcionA-

r i o s e clcvcm r c p r e s e n t n r 03 i n t c r e s s e s do com6rci0, d:t i n d ; s t r i a ,

r l :~ , , zg r icu l : tu ra , d a s p o p u l a ~ & ? s n n t i vas .

D o n t r o dos tes h6 os nomcndos p e l o governador , e n t r o o s v u l -

t o s mais d c s t a c s d o s no meio p c l a sun c u l t u r a e i s e n ~ z o , o o s e l o i -

t 9s. -

Page 193: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0s v o g a i s ngo o t i c i a i s de nornen$:"to j u s t l f i c :~ . c l - s c onde o s inte-1

r e s s e s se aprescnt,am muito concentra,dos, P; e n t z o conveni$ncia, e m

d e i x n r l i b e r d s d c de o s c o l h a ao governador . o i nconven ien to e s t &

crn quc, dependcndo o seu l u g n r d o governador , o voga l nonoado i n -

clinch-3e >ara vo t :~ , r s i s t o & t i c a m o n t o corn e'ie, - cmbora tonha, h s v i - I

do voglzis n e s t ' r s condf l&s corn grande indcnr:nd6ncia e nutoridizde.

A c o m p o s i ~ ~ o do Consclho de ~ o v G r n o oat:, p o i s , cheia de me-

I . i i~dres .

0 a r t , 52 nd $ 1 9 p rocu ra r e s t r i n g i r o n r b l t r i o do governa-

,e tior n:L esco1h.z dos v o g a i s ngo o f i c i n i s dr: nomoniir*o.

~ i s p G c - s e a i :

as c o l d n i n s dc c u j o s Consclhos de Govorno faram p n r t a vogaAa

nzo o f f c i s f s du nomaa~yo, o s govcrnndores procunargo esco lhs-1 o s do

harrnonia corn as i n d f caq5os dos corpos a d m i n i s t r a t i v o s c dos orga-

nismos p e p r o s o n t n t i v5z cln a g r i c u l t u r a , do c o d r c i o , dn i n d 6 s t r i a o I

dos cmpregados e o p e r & r i o s " ,

0 $ 2 Q , ctcreocentado p e l n refaraa d e 1345, os tabe lece q u o nos

Conselhos do Govarno s e de rop roson t :~ t j zo d o s i n t o r e s s e s das popula- LI

Q,~cn n n t i v a s , sempre que p o s s i v e l po r elomont,oa p r6p r ios .

6 a l t u r : ~ die vcrmos co~no SO f a z o doseamonto destas v 6 r i a s os-

~ 6 c i c s d o voga i s , nos Consclhos de Govorno dns nQssaa co l6n ia s .

( ( n a t e s ( 4 ) ( o f i c i a i s ( 6 ) ) ( ( noaeados ( 2 ) (

Vogais (13)) (

Page 194: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0 s dois v o g a i s ngo o f i c i a f s noneados sC:a r G p r o s c n t a n t c s das

p o p u l n ~ z o o n a t i v a s , 03 g o v e r n a d o r e s ti$m g e n a l n~2nte, nomo:.tdo urn

n a t i v o c urn r n i ~ s i o n ~ ~ r i o ; p o i 3 s,:o o s t n i e s f o n ~ r i o s os quc mel:qor co-

nhecem a p o p u l n ~ ~ ? o f n d f e a n a o mnis capazmontc podem expor as s u a s

0 3 r e p r c s c n t a n t c s das popula9;es nativns s z o noneados porque,

coma 6 hbvfo, n,<o sc podia dar s popu lay6os t z o atrasadas o d i r o i -

t ,o d o o logerem 03 saus r e p r e s e n t n n t e s ,

Notc-so n e s t a s d u a ~ 3 c o l 6 n i a s o p r o d o a i n i o d o s vogais ngo o f t -

Nns r e s t a n t e s c o l 6 n i n s o s f s t n m a 6 o s e g u i n t ~ :

( n n t o s ( 3 )

( i (2 -noneadus (~ogais nzo o f f c f a is )Mncau ) ( ( ( 4 ) ( 2 - o l o i t o s

P e r n n t e c s t e q u a d r o 6 de realFar a p r a p o n d e r s n c i a do3 v o g a i s

nzo B B f c i a i s no Estado d : ~ fndia ( 8 c o n t r a 4 ) e om Cabo Verde ( 6 con-

t,ra 4) . N a f n d i a CSS? m a i o r i a ~ i g n i f i c a um:~ r p r e s e n t a 9 g o j d subs-

sc irnpunha p e l o a d i n n t a m o n t o da p o p u l n ~ z o , qie d s t h s u b t r a i d a a o

Page 195: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

rcgfmo do i n d i g c n a t o .

Como sgo e l c i t o s 0.; v d g s i s ?

~ i s p E c o a r t , 57:

" 0 s v o g a i s of i c f n i i ~ sxo f d n c i o n & r i o s p 6 b l i c o s ; o s v o g a i s ngo

o f l c i a i s serge c s c o l h i d o s ou e l c i t o s do o n t r o o s cidndgos r e s i d e n -

t c s na c o l 6 n i a , corn :L U X C ~ U S Z O iios f u n c i o n A r i o s p 6 b l i c o s , q u e r do

Es t?c lo , q u c r d o s corpos a d m i n i s t r a t i v o a , ern s c r v i Q o n c t i v o , e dos

fndivf.duos quc cxercc rem f u n ~ z e s c o n s u l n r o s uu em c o n s l ~ l n d o s ostrana

t j c i r o s l ' .

1Sstn i n c l i g i b i l i d ~ c i o d e s t i n a - s o a e v i t a r que a e l .3 i~ .*?o ou e s -

col-ha dos v o g n f s nzo o f i c i a i s r c c a i a m sobre f u n c i o n h r i o s , o quo t r a -

r i a como consequ6ncin urn Consolho do Govornd dopendcpta , p o r corn-

p l e t o , do governador ,

b ) ~ o m p c t 6 n c i a ( a r t , 50 o 51 , C, 0. ).

. -

0 Conoelho dc: ~ o v E r n o , j; o disoomos, 6 urn orgzo consultive.

A s s i m o c2 , rac tc r ixn o ar t . 50 d a Cartit 0:rggnicn.

"Em cadsu c o l 6 n i n , p r e o i d f d o pc lo Governador ou p o r quem suas

V C Z C : ~ f l z e r , f u n c i o n a r b , corn a t r i b u i ~ G e s c o n s u l t i v a s , um 'lonselho

0 Consclho d e Govorno clever6 s n i t i r o sou parocar sobro t o d o s

"0 C ~ n s c l h o de Governo a e r & ouvido p e l o govsrnad.or para o e x c r -

c i c i o da conpe t$nc iz l e g i s l c t i v a quo o Acto T o l o n i a l d a p r e s o n t o

q n r t n 0rg5nf cn l h c ntr ibuem".

E o § 6 n f c o a c r e s c e n t a :

"0 Conselho de Rovei-no c m i t i r t i p a r e c e r sobre todoa o s a s s u n t o s

r o o p e i t a n t e s a o govern0 2 a d m i n i a t r a 3 z o d:t c o l h n i a que , p a r a e s s e

Page 196: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

f fm, lhc f orom a p r e s o n t a d o s p c l o govornador" .

Como f u n c i o n n o Consclho ?

~ i s p z e 0 a r t , , 66 que o s Con;elhos dc Governo func ionam nns ca-

p i t a i s dns c o l & n i a s ,

0 a r t . 72 o s t n b e l c c c as f ormas de r e u n i z o .

I1 0 s Conf3clhos d c Governo roun+a- so om s o s s h o r d i n 6 r i n a n u n l

G c n s e s s 6 e s c ~ t r s o r d i n ~ r i z s ,

$ 1s- 0 Consolho dc Govcrno s e r & c ~ ~ n v o c : x d ~ ~ em cada ano, p o l 0

g d v ~ r n a d o r dn c a l 6 n i a r c s p e c t f v n , p a r a sesaZo o r d i n g r i a p e l 0 per&o-

do dc t r f n t n dias, o , p o r mot ivos i q p e r i o s o s , p a r a s c s s % ~ a x t r n o r -

d i n j r f z * , quando o gove rnador o j u l g a r n s c e s s ~ r i o l ' .

A sc3szo o r d l n & r i a do Conselho c o r r e s p o n d e de ~ ~ l g u m modo s e s -

s z o 1 . j g l s l a t i v a da Assomblcfa Nacionsl.

0 $ 2 P xrrnit(3 quo a s o s s z o ordfn6 , r in s u j s po r rogada por t r i n -

t n dias e s s s i m , sc houvor s e s s z o e x t r a o r d i n j r i a , o Tonselho pode

mntc r - se em func i3nnmento d u r a n t e t r e s rnoses.

As d i u p o s i < 6 e s s c g u i n t o s p r e c o i t u a m a s r o g r n s , ji', conhocidas ,

p r ;p r i a s dos orgZou c o l c g i a i s ,

0 art . 76 6 m u i t o i m p o r t a n t e poi8 r e g u l n n i n i c i n t i v a das p r o -

p o s t a s .

"A i n i c i a t i v a ds a p r e s o n t a ~ g o do p r a p o s t a s p a r a 8 disscxlssgo

cm Sopse lho de Governo p o r t e n c e ao gove rnador , que podor$ doleg&-

-la om urn dos v o g a i s o f i c f a f s ; q u a l q u e r d o s v o g a r s podo a p r e s e n t u r

s o govcrnador , d u r a n t o o p e r i o d o das scssGes , p r o p o s t a s qus ju lguo

dc i n t u r c s s e p a r a EL c o l o n i a . Podo o gove rnador a d m i t i - l a s h d i s - Y

cuanao, sr: nzo e n v o l v e r ~ m dirninuicizo do r e c e i t a s ou :zumont~ do dos -

pssss scm c o m p o n a a ~ ~ o cf c c t i v a " . "

Dns s e s s s e s do Conselho lnvrrzr-sa-a,- , 7 c? t3.s q u c s s r h p u b l l c a -

Page 197: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

das c m anoxo ao ' l ~ o l u t i m o f f v i a l " t n l como n:2 M o t r 6 p o l ~ se p u b l i -

dn o " ~ 1 6 , r i o dns 3 c s s ~ e s u d a Assonb lo ia Nacionnl.

6 6 - ~ c c ~ s o pcrmancnte do Consolho de Governo

Vimos como o s t r a b a l h o s do Conselho s o roduzem, ordin j r ia rncn-

t ,e, a urn scsago nnual do t r i n t , n diafi. O r 2 o govornador pod0 ne-

c e s s i t a r , f o r a d e s s e ~ e r i o d o , do consolho r ~ u t o r i z n d o durn orggo con-

s u l t f v o , em q u c sc apo ie no o x e r c i c i o d a funyzo 13xi;cutivn, ( p a r a a

p u b l i c n ~ g o do d ip lomas l c g i s l a t i v o s a solu3go ost; na c o n v o c a ~ g o

oxt raorc l i n i r f a do ~ o n o c l h o ) ,

Anter iormente 5 h r t a 0rg&nScn, ,j& o sabernos, e x i s t i a a o l a d o

do Conselho L e g f s l n t i v o - o Conselho Executive.

Hojc c r i o u - s e uma s c c & o perasnon to do Ponsclho do Govorno,

j u n t o d~ govornador e por e l e p r c s i d i d s . ( a r t . 80 dn $,Om ),

I s t o corrcspondc ao quo s e passou na f o r r n a ~ z o dos org$,ou au-

x f l i a r o s do R e i nas rnonarquias n o 0 - ~ 6 t i c , z s , cZpOn88

0 rei t i n h a a s u a & r i a s u e convocova/de longe ern longc p o i s

e r n nocosvdrio charnar o s grnndcs senhoros , o c l o s i i s t i c o s o l e i g o s ,

nobrcs, qus vivriam nos c : t s t s l o s d i o p o r s o s p e l o R e i n o , b i s p o s ss ta -

b e l e c i d o s ass s6s das s u a s d i o c e s e s , abades , c t c . . A s r o u n i z e s

plenbris : i d a ~ G r i a , nu, verdode, faziam-so do nnos a an3s. 1mp6s-

-sc:, nssfm, a c r i a ~ g o d e urn conse lho pcrmanenta ?;ria r o s t r i t a ou

Consclho Pr ivado (quc ~ ~ i n d n h o j e ex i s t@ na l n g l r z t e r r a ) , c o n s t i t u i -

do pelos "comitcs", o s cla sun corni t iva, o s quo o acompanhavurn som-

pre. Ainda h3je e m Roma s z o c s t c s c o n s c l h o i r o s ssmpre p r e s e n t e s

na, S a n t n 36 que formam a ~ 6 r i a p o n t i f f c i a .

~nrnb6rn corn o Conselho do Governo so dL urn pouco a mosrna c o i s a ,

Page 198: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

6 qu9, 5 3 o u vogc?.is o f i c f a f s , vivem n;z cctpr.ta.1, . j /~ o Inesrno nzo

acontecc, (ou n<o dev~: a c o n t e c a r ) corn o s voga ls d o o f j - a f n i s , prin-

cipial mente, 0s a l e i t o s .

Assfm, c m Angola, cadtt p r o v i n c i n c legs urn vogfil, A e l u i 9 g o

clo r c p r c s c n t a n t o d a :mila ou do ~ i 6 r e c a i , mui tas vezes , em possoas

r ~ s i t i c n t c s em Luanda mas i s s b 6 urn m a 1 porquc o s vogn i s o l e i t o s d e -

v i m v i v e r nas regises que represcntnm, p a r a a o l h o r podcrem, c a ca-

(1:~ ruunizo , oxpr imfr os f n t o r e s s c s l o c n i s ,

A r c u n i z o do Conselho do Governo onvolvi:, p o l s , di:sloc:a$&?s

quc podom s o r d o grandec d f s t $ n c i a s p e l d q u e s6 d convbcado, r e g r a

gcral, urn voz por ano, Fo ra d e s t a por iodo a c t u a a s e c ~ z o peraa-

nsntc.

Q U L I ~ n s l ln c o m p o s f ~ ~ o ?

N a s c o l 6 n l s s clc govcrno g c r a l temos:

1"- 0 v i c c - p r c s i d c n t e do Conselho do Govarno ( q u c om Angola c

MoSnlnb~que 6 o ~ o c r c t ~ r i o - ~ r t r : ~ l da c o l 6 n i a ) .

20- 0 Procurador dtx ~ e ~ f i h l i c a , (quo func ionn j u n t o d a r e l a 6 g o

o 6 o c o n s u l t o r j u r i d i c 0 do govornndor) .

3 9 - O d i r e c t o r dos oervEFos do Pazonda.

(10- ~ r a s vogu i s do Conselho de Govorno, urn dos q u a i s dove s o r

c s c o l h f d o p e l o governador d e e n t r o o s ngo oficiais,

~6 s e oxigc que s c j a urn n&o o f i c i a l , i s t o por ss pressup8r quo

o s v o g a i s ngo a f i c i a i s ras idcm nas p r o v l n c i : ~ ~ , qaso c o n t r j r i o ,

outros podorgo c deverr"to s o r c s c o l h i d o s ,

Temos, p o r t a n t o , n c s t n s c o l 6 n i a s : n voga i s n a t o s 8 3 v o g a i s de-

aignados, na s e c ~ g o permrtnonte do Sonsolho do Govorno,

Nas r e s t a n t e s co l6n fa s , a a e c i z o pernanont '; corriposta do d o i s

v o g a i s n a t o s - o dolegndo do P rocu rado r da ~ o ? . 1 6 b l i c a na comnrca da

Page 199: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

c a p i t a l dn col.6nin ( p o i s ngo e x i z t e ~ o l a g g o ) o o d i r o c t o r dos s e r -

vfSos do Fazenda - e um voga l c s c o l h i d o pe lo g-vornador,

A s s f r n dotormfna o a r t , 81.

A s e c ~ z o permancntc do Consclho de Governo r e u n i r j scmpro que

f o r convocada p c l o sou p r e s i d o n t e (3a e x o r c i c i o e pock f u n c i o n a r ,

afncla quo o Conselho de Gvvorno e s t o j a reunido. (art, 82).

Compet Gncia

Es tnbc loco o a r t . 81 :

"fi ds compot6nci:~ da sec$i?o perrnanonte do ponselho de Governo:

l c - Dnr pa rcc3 r s o b r e t o d a s a s ma t6 r i a s r o f e r i d a s r o a r t , 37

dcstn. Car tn 0rggnicrz. stas as mtb;rii,~ correspondem &

funqzo oxecu t ivn do gove rnador ) ,

2 Q - Pronuncia r - so m b r c t o d o s o s a s s u n t o s que lhe forem sub-

mct fdoa p e l 0 governador , orn harmonin corn o a r t , 38" .

0 s a s s u n t o s d c s t e nQ 2 s z o tnrrzb&rn da coapot6nc ia do qonselho

clc; Governo o r e spo i t am no govern0 o a d m i n i s t r n c i ? ~ da col6n ia .

67 - ~ c c r o t 6 r i . o Ge ra l da3 c o l d n i a s de Angola e Mociambique ( T . 0 art.

HA pouco f iz6mos r c f e r 6 n c i n ao S o c r o t i r i o Gcra l de ungo la e

No Sambique.

Agora, q u e vamos f a z e r o o s tudo dos s s rv iEos quo a u x i l i a m o

govornador na funqzo gove rnn t fva impor ta d i z o r algurna c o i s a desao

a l t o f u n c i o n & r i o ,

0 cargo de s c c r e t h r i o g c r a l f o i c r i 4 ~ c l o na r e v i s z o do 1345 mas

tom longas t r a d i ~ G e s h i s t 6 r i c a s . E x i s t i a n urn todns as c o l 6 n i a s

Page 200: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

at6 as " b s s c a o rg&niccs l ' de 1914, s e c r e t a r i n s g o r a t s n c u j n t e s t a

sc encontravam, como p r i n c i p a i s f u n c i o n & r i o u dns c o l 6 n i a s e a a i s

d i r c c t o s c o l a b o r n d o r e s d o s governadores , os s e c r c t $ r i o s g o r a i s .

Ncsocs tempos a a d m i n i s t r a $ z o d a rnrzior 9:~rt,13 ~ : L S c o l 6 n i a s a i n -

da ~ E Q e s t a v a s r g a n f z a d n corn a csmploxidado do s e r v i k o s quo d e p 0 i s

v o f o i t t c r , Dc modo quo u r n rcpnr t i$ ,yo cont,r:i1 - a s e c r e t a r i a - c:ra b a s t a n t c p a r a so ocupar do t u d o o quu nzu fouso mili tar .

Actuclmente , :L a d m i n i s t r a ~ ~ o , p r i n c i p n l m e n t e , crn Angola o Mo-

c2:zrnbiqu.: tom urn peso c u m g a d o r , Virnos como s,zo m 6 l t i p l a s as f u n - &

';i :,: c l o F: )vcrnaclor,

P o r urn lndo , tern d c d a r dospacho ngo s(, > L J L chofes de s e r v f ~ o s

como a o s organismos do coordcnf i~<<o econ;mica ( ~ o m i s s 5 e u Rsgu ladoras ,

,Tunt.zs de ~ x p o r t a q z o , c t c . ); p o r o u t r o , t o m do rnanter a sun r e p r c - .#

: ( , n t c ~ Q n o s o c i a l , G , asoirn, ngo podc d u i x a r do p e r c o r r o r a c o l & n i a ,

de o a t n r p r o s e n t e nos d f a s dl? f e s t a o nos d i u d e nmnrgura, mestno

pvrque o govcrnador tern de s e r o e s t i r n u l a d o r d a s i n i c i n t i v a s o o

f lsacl. das o rdcns ,

Como sc podc c o n c i l i a r cn tzo e s s c dospacho porrn:tncr?nte a duas

dezenas dc s e r v i q o s rc :prescntados p o l o s l t c h o f o s do s c r v i ~ o " ou oqu i -

pa rados , dcspacho quc nso podo n o l e s scr delogsdo scnGo em pequenos

3 s z u n t o s b u r o c r 6 , t i c o s sob pcna dc p o r d a (13 v i s & de c o n j u n t o pel-o

: vcrnzdor , como c o n c i l f z r , r c p e t i m o s , c s s n ava lanche d o cxpedion-

t . dom o s o u t r o s cnca rgos , tamb&m i n t ~ i s ~ o n s A v c ; i s , d., funkgo gover -

n2t ~ V C L ?

0s governadorcs qu(;fxsvarn-so das d i f i c u l d a d e s onormov con quo

1.ut:~vam para nbzrcar 03 m u l t i p l i c o s n s p c c t o s d n s suss f u n ~ s o s .

Pcnsou-so c n t z o quc da mesm forma p o r que nn ~ e t r 6 ~ o l e se c r i a -

ra, J u n t o ~103 M i n i s t , ros , os subsocrot&rl.o:i (-1 ? Zstado, tnmb6rn j u n t o

Page 201: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

do governador devoria, f i g u r a r algu&m q r ~ e d .es l>~.~hasar : corn oa d i r e o -

,t;ores de sc rv iEos , conscraando-so a unidnd: rli: ~ r i s t a s ~ p o i 3 urna pes -

sos s6 , f&ci lmente p o r i a o governador ao c o r r a n t c da marcha drls s e r -

A s s i m , ngo sc pordo a vantagem da coordena%zo e, a l i v i s - s e 0

t r a b a w o do governador.

Nestes termos, o S c c r o t j r i o Gcrnl 6 , p a r assim d i z e r , o1'vice-

-governador g c r a l " da c o l b n i a , des igna r5o e x i s t o n t o , po r oxemplo,

no Congo Belga,

Fornm o s $ $ lQ e 2 8 do a r t . 30 da C a r t a 0 rggn ica quo c r i a r am

c d c f i n i r a m o ~ e c r e t & r i o Gcral .

"$ l e - Em cada ur.a das c o l 6 n i a s do Angola e MoEnmbiquo have-

r h urn s t : c r c t j r i o g o r a l , corn a c u t e g ~ r i n de i n s p e c t o r s u p e r i o r de

a C r n i n i s t r a ~ g o c o l o n i a l , norneado p e l o MinPstro das qo l6n ia s , em

cdmiss6o amovivcl, sob re p ropos t a do rospd c t i v o goverpador gora l .

A no'noncrzo reo,z&r;'L om pessorz corn u m cu r so s u p e r i o r quo j& t enha cles-

ompcnhado cargo c o l o n i a l de c a t o g o r i a ngo i n f e r i o r :% de chefo de

sc rv f Go,

$ 2 Q - 0 s c c r o t j r i o gera l tern compot8ncia para doc id ir , de a-

cordo corn :; o r i e n t a ~ g o dada p o l o g ~ v o r n a d o r g o r a l , t odos o s assun-

t o s relatives 5 fun$Eo c x e c u t i v a doa to q u o lhe forom dosianados".

Ta1 como o s u b s c c r c t & i o dc Estado Jun to do Min i s t ro , o s e c r e -

t d r i o g e r a l ngo $ um ovlgXo mas tom compot6ncia admfn i s t r a -

t i v a i g u a l & do governndor dcsdo q u ~ oxurc ida sob a o r i e n t a l g o ge-

r a l por o l e dadn.

0 ~ e c r e t j r i o Goral 6 ainda o v i c e - p r e s i Z c n t e do ponseiho de

govdrno c tomn conta do ~ o v g r n o nas nus6nc ias f . impodimontos do go-

vernador .

Page 202: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Hmi8 r!u;1:; r l i n ~ : i r a s de concebor a fun$&r, (lo s o c r c t i r i o g e r a l .

Na p r o p o s t a d2 l o i a p r o s o n t a d a po lo M i n i s t r o h Assembloin

Nacional concobia-sc como urn funcign6, r io pcrrmnente d a kdrn in l s t rn -

$go, poPa jus tamonto o que sc q u c r i a e r a quo atr:xa&s v&r i : l s go-

r 6 n c i a s g o v e r n a t i v a s pcrrnaneccsse ua elemento de c o n t i n u i d a d c . D e -

V C 3 e r urn ve rc ladc i ro f u n c i o n j r i o q u e n<o t,dm de p n r t i l h a r dao p r o -

f c r 6 n c i a s p a r t f c u l a r c s do governadar e aponus s e proocupz corn Pen-

l i z a r o pensnmcnto do Governo e da. Lei . D C V ~ ser o l e a i n f o r m r

cada novo govcrlmdor d o e s t a d o e d a na rgha d a u d r n i n i s t r a 9 ~ 0 e das

c o n d i ~ G e a c a s p i r a 8 & s d n c o l 6 n i a .

Mcsmo no ~ i n i s t 6 r i o d n s ~ o l 6 n i a s d c v i a e r i s t i r um f a n c i o n & r l o

d o s t c t i p o . Dndo J molindre das q u e s t $ o s quc t z f s c concentram,

f l o . r l ~ n os problems t g o d i v e r s 0 3 s u s c i t n d o s n:za o i t o col6niizs d o

1 a p 6 r i o , s e 30 podc n d m f t i r urns o r i u n t a ~ g o politics d i v o r u a de M i -

n i s t r o p a r a M i n i s t r o , j$ n a s q u o s t 6 e s n d m i n i s t r a t i v a s s o t o r n a ab-

~ 0 1 1 l t : ~ ~ ~ ~ n t r : noccso&r io qui: a c o n t i n u i d a d o e s t c j ;L g a r a n t i d a p o r urn

~ u b - s ( ; c r e h & r i o d c Esta t io pcrrnanente,

Corn e f o i t o , o ~ l ~ b t - s ~ c r e t d r i o cie Est:tdo das ~ 0 1 ; n i a s d o v i a , na

o p i n i z o d~ Sr . P ro fh Dr, M a r c c l l o Taetano, t o r c a r 6 c t c r p e r m n e n t o .

fi e s t a n s o l u ~ ~ o adoptad:: p c l a I n g l a t e r r . ~ no " ~ o l o n i ? l 0 f f 1 c o M

( e n o u t r o s r n i n i s t & r i o s , c a r a c t o r i z t d o s p e l o rncl indre d a s ques tGes

rr:::pc:itnnf,cs ). ?3& a$ urn 3ubscc rc t6 . r io do Est zdo 0erm:tnente ao

ludo ile ~ u b s o c r o t , / . , r i o s dc E s t a d o pol !ti cos, o s t e s da conflunGa po-

lien don M f n f s t r o s para r e p r o s o n t a r e m o ~ i n i s t & r i o nas CGrnaras, a,-

quc?c qneo f u n c i o n h i o que f f c n qunndo o s govurnos passam.

For t u d o i s t o , quando o Sr. P ro f . D r . M a r c e l l o qae tano f o i

ch:~:nndo :t t o a m r c o n t a da p a s t a d a s ~ o l 6 n i a s conscvou o subsc3crot6,-

r i o do E s t a d o n n t c r i o r , que d e p o i s dc s l e s a i r contfnuou corn o ~ a u

s u c e s s o r .

Page 203: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

?has, quan to aoo s ec r e t6 , r i o s gorfiis dns oc ' , , ; u i n ~ a Assembleia

Nacional nso a c e i t o u a p ropos t a m i n i s t e r i a l cia peraanzncin .

~ 6 3 , nzo r e s t sm d6vidasnsomos mui to i n d i v i d u a l i s t a s . E, de

acordo corn b a l maneira do s e r , l ogo na Assembleia sc levantLwlam

pcrguntas como e s t a s :

- Se o govcrnador ngo se do r bem com o ~ o c r e t 5 r i o - g e r a l , co-

ca t ,abolecor r c l a ~ z e s e n t r e e l o s ? N&I podord o s e c r e t & 4 . 0 - ~ e r a l

f n z c r umn v fda negrn no governndor ?

Tudo i s s o 6 p o s s f v c l , mns ningu&rn pvdo nognr que sgo considc-

ra2;en demzsiado mosquinhas qusndo s o t r n t n de defondor os supremos

i n t e r e s s c s da ndrninistra9go colonf n l .

~ l d m d i s s o , n v e r i f i c a r - s c a i ncompa t ib i l i ?sde o n t r o govorna-

@L,r c m c r c t j r i o g o r c ~ l , podor in c s t e s e r colocn?o nou t ro pos to cop-

r \ ; spondcnte & sua c a t c g o r i n de i n s p e c t o r supt j r ior ,

Rcsultstdo : - o ss c r e t j r i o g e r a l t r a n s f ormou-so num supar-chef o

cla r c p a r t i g z o d o ~ n b i n c t e do govornador, como e l o , da sua conf ian-

6a ppesoa l ,

68 - S c r v i Q o s Ce : ,dmin i s t ra$~o Cen t r a l ( a r t , Sg), Excmplo: o Dec,

ne 35230 dc 8 do Dezcmbro d o 1 3 4 5 ( ~ s t n d o da f n d i a ) .

Vnrnos agora vr?r os s c r v i F o s quo codjuvna o govorno da co l6p i a

n9 dssempenho d a s ~ u n ~ g e s d s sua compet6ncia, o r n preparando os pro-

c m s o s qua o governndor ha do dospachar , o r a dnndo oxecuQc<o ; suns

~ f s ~ z c o ar t . 88 dn Carts 0rg&nion: rnant ida

" ~ r n cnda uma d a s co l6n i a s s e r i / s unidade do govcrno adminis-

tr L E ~ U 13cla ox i s tGnc i a do uma sb c : ~ p i t n l c de urn s6 governo gopal

, ,u tic co l6n i a , d i roc tamento subordinado no ~,l!.ni~q%;rlc 3 a ~ CO?~ ;~%SY.

Page 204: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

5 6 n ~ c o . L i sboa 6 a c a p i t n l do 1rnp6rio p q l o n i a l ~ o r t u ~ u 6 s .

As c a p i t a i s r'ns co l6r ) ias cont f nuam nns loc,i l idzc?es onde ac tua lmen-

t c fu~ciona a s.su govcrno, Invocxncl J-scr:~zo"os cfe granc?e convoni-

8nci.2, ,)or?cr % s c r mud ;7,(_as1',

P o r t n n t o , n7.s c s g f t z f s 2-2"s c o l 6 n i n s , est:o o govcrnndor c os

scrv iOos 7.c : d m i n x s t r a ~ ~ ? c c c n t r a l .

0 s <?rts , 36 n 107 5-: S?.rt;z 0rgznic: ; referom-st. aos " s c r v i . 9 0 ~

g c r ? i s n ~ - r n i n l ~ t r ? ~ l % ' ' e o s arts , 104 e segs . a o s " s e r v i ~ o s r n l l i -

tarcsl ' , DCVC c l i z c r - s c q u c c s t c s se rv igos mil l tarcs , corn o x c e p $ ~ o

~13s nnva i s , ,L car6;: dos dcp:rt a m c n t ~ s m8,r i t iaos , a d a s c n p i t a n i % s

SLOS p o r t o s , (IcrExnrzrn clc c s t a r , pel:, Dcc. L. 37542, sob 3 i aoc? i? tn

~ u ~ c r i n t c n d ~ n c i n dos g o v c r n n d o r c s ,

Dctrenl lnn o z r t , 36:

" 0 : : :7cg6ciN3s dc n ~ m i n i s t r a g Z o c e n t r a l nas c o l 6 n i n s G o t r a t a -

dos :

1 0 - P o r C ? ~ T ~ ~ J C $ ~ C S do serv. j$os ou p 3 r r ~ p a r t i ~ % s cen t r r t i s cle

s i : rv i<os ;

t' - y T - p r c p : t r t i ~ ; e s t E c n i c t l s de s e r v i ~ o s ;

'- ? l c~s orgnnionos ' m ~ l i t a r e s r e f c r i d o s no firt. 105. an- t ? n - a \ , , npcnas, j& o vimos, os departnrnantos mar t t imos e

c . * p i t n n i a s c!,3s p o r t o s ) ,

$ lo- .s c l i r c c ~ g c s dc s e r v i q o s dfvidem-se cm r e n n r t i i j z e s e e s -

N

t n s c n sccSocs.

$ 2 O - i s r 0 ? ~ ~ r t i ~ 6 c s y o r l e ~ ~ c s t r r r ow nzc, subord inadas F~ d i r e c -

qzcs do sc rv iGos , qunncil, n z o o s t l v chnmar-sc-<o r ~ ~ , x r t i 4 z o s

c(,ntr .ls.

3 3 0 - ,,s r : ~ r c . c ~ z e s dc scrtri ' ;os c as rep ' i r t i i i .%s c o n t r a i s ou

t 6 c n i c n a de s c r v i 2 o s t e r z 6 a, sua sedo na c r z ~ i t a l d : ~ c 3 l ; n l ~ ; - s e r z

Page 205: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

i'lx:l<L~~ S U C ~ S S ~ V ; L ~ ? C ~ ~ ~ : c I C ~ S ; ? ~ U d:t ~ u i n , ; \: _ _- c m Vovz J - i sboa ns

clc _,n,l;olaU.

., :ni l , . ct; , i ta!. <.a ~ u i n 6 OP'L ~ o l a r l l n . Prcscnte t i ten te j; t o -

?-as ns r c ? z r t i ~ ? c s c . , n t r , , l s c t < c n L c a s so encon t rnm e n F i s s n u , mas

cl~urc.,ntc! nlgum t c n p o I-ouv~: q u c c o n s o r v a r ;:lindn,num r e g i ~ a C!C t r a n - r )

s i t l go n l g ~ ? l a s em Bolann , p o r f a l t n dc i n s t a l n ~ ~ ~ . > ?a F ~ S S ~ U .

P c l o quc r o s p u i t n . :: I : n g o l ~ , v i n o s q ~ f : O S . L ~ ?.cterrnin,.?z .t t r a n s -

f c r c n c i ~ 2-0s s c r v ~ S o s c c n t r z i s para ~ o v u Lisbon quc s c r ; cle f u t u r o

:: c::pitnl, cm s u 1 3 s t i t u i ~ " o c?c Luanda.

0 ;)r31113m. dan c : : :~ i ta i s torn-sc p o s t o crn t o d o s o s p a f s c s 'de CO-

W

l o n i z a ( i : ~ ~ ,

Nos pria,:r?.ior clc coloniz:l,ciXo as p r i n c i ~ r ~ i s c c n t r ~ s de a c t i - "

vic'cGc Y C ~ O os p o r t o s ::, ~ n i , o s p r i m : i r o s c o n t r o s ~ d ~ n f n i s t r z t i v o s

a ( i.;m cic'_aclcs do lit3r:-1 ou a t6 c i d n d e a fnsuf::rcs como a con tcccu

,,a c : = ~ i t n i s , nzs c o s t 2 s , C i s p u n h n a dc r le lhoros rncios cle segu-

-. I.I~?.S d c p o i s f a z - s c . . s > c n c t r a ~ z o p a r a o i n t e r i o r e comecia 3 a-

c h a r - s c i n c o n v c n f o n t c a u i t u ? ~ k ~ o dn c a p i t a l .

0 rnzsrno s c tcm cl-ado no B r a z i l corn a capit,:xl c!e Rio de J a n c i r o

4 ( n n t e r i o r n c n t c c s t i v e r : : n:: E,zla) , 6 q u e ngo f a z sen t i f l o , nun pais

cnm t ? o c x t c n s n s r c g i z c s .;Jar cx ; ? lo r s r p r n o i n t e r i o r , quc n c a p i -

t;l sd rnantcnhz no l i t o r a l , Por i s s o hX h o j o urn aov imcn to p a r a

q u ~ > c n ~ f t n l t r z n s i t c ?ara o c ~ n t r o d o pais ondo t ~ r : urn? mz io r

3 ~ ~ 1 ~ ; i b i l i d : i d c ncccssicl .ndcs d o s v L r i o s E ~ t i \ d o s . A i~r6?ri,i pons-

t l t u i 9 z o Fzcl-crzl o d c t c r n i n a .

Xrn ..ngoln p a s s n - s e co isn , id;nti .cn. Voje Luanda e s t L numa po-

Y

s i q c o ;:::c3ntric::, 2 a b o r c a avizclso t e n h a fncj.lj.t:tclo as c o r l z u n i o ~ ~ & s

G.)M o r c s t o (',: c(716nf,:, !,16m d i s v o nzo t,nm u r b o y clima, nem uma,

Page 206: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

A : ~ . r ~ c q u n Q : r ~ ~ i d ~ ~ ~ l L3~r;li C) funclonnmcnto dos servigios.

F o i o , , l t o ~ a n i s s ; r f o Viccntc: F c r r e i r n qucrn c!ct,crminou quo a

c a ~ i t a l J<-,',SS;:~S~: f\Tava Lisbon . 0 f u t u r o dn, c o l o n i z a ~ E o eu ro -

p o i n cst;,, de f n c t l , , nos ;c?13n?ltos num dos q u a i s , o do Uunmbo f i -

c: s f t u a d a a q u o l g , a ld:~d-c , l l ~ ~ ? . L isbon gozs dc ua clirna t 3 m p c r ~ -

( ' a c c!isnCc C.c 4;xcc,lentcs conclig5ds -)-sr-L :L i n s t n l a l z o dos s c r v i g o s

p u l s l i c 1s. cl isso oncon t r a - sc no c c n t r d , cia, c o l 6 n i : ~ o 6 scr-

Y

~1;'~ , ;,or 6 p t ~ n ~ s colnunica'iao.

das 3 C S ~ Z i d c ~ a flzcrarn c o n t r a v~xpor t o d o s o s i n t c r c s s o s do

Luanda. fi quc a mud-nnqz s s c r i f f c a r i a convcni6ncic-LS r1,; funcionA- .,

r i o s , clc c o m ~ r c i n n t o s , ( lc: i n c l u s ' c r i ~ i s , da ncvoi;,LS..>, c t c , E, por Y

t u 6 o i s t o , n I ~,t.;r;rlinar:,c -:inda n.50 f o i o x ~ u t , s d a .

C X ~ ~ C S ~ Z . S ~ ~ J V ~ S ; O do I l i n i s t r o ~ l a s "o l6n ia s , n c ? i s t r i b u i $ g o c15s s c r -

v i q o s ~ c l o s 3 r k ; ~ n i s m o s r e f e r i d 0 3 no a r t , a n t e r i o r " .

' L Ilr \c. ; :cs clc s c r v i q o s s c r z o d i r i g i d a s po r f u n c i c ~ n & r i o s corn

n i c ~ ~ s c'., s c rv iEos c ",s r c , n r t i ? E b s c c n t r z i s ocr,?o d i r i g i c l a s po r

c h . : f ~ s cle s c r v i S o s ; as o u t r n s r c q n r t i ~ G e s po r c h z f c s de r e p a r t i -

* It 48::)

Por!tmos ngor?, d , s t r ~ b o l z c c r o csqucmn. (!ti o r g n n i z r t $ ~ o r iqs s c r v i -

Page 207: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

( ( ( L

) ~cpnrti~scs C ~ n t r n i s ) sccGoos ( ( c h c f 8 0 s clc su rv iGos ) ) ( ( ( ( ( ( ( ( ( l ? s l x r t i ~ ~ c ~ TZ c n i c a s ( f c':i?fus do z o r v i q a s ) (

,::: D i r c c Q g c s c l i LcrviGos cnbem os grandos servlcios de , ,dainis-

t r ' :~? 3 /!ivil, (:a Fazcnc:,~, >is ~o l ) - t r t i $z i=s q c n t , .is cornp?t(?rn os s e r -

v l q o o ~ L I J canbora clc c n r & c t c r c ~ L ? r r i i n i s t r n t i v o gcrrzl nGo t 6 m unverg3-

C l l r n . uara uma clircccigo dc scrviGo. Finalmonte, ;s R e ~ ~ t r t i ~ ~ c s ~ d c -

nic:ts c s t g o cn t rogues os scrviclos que rcquorcjtrl c )nl.ccimcntos cspe-

cinl iznC-QS coil0 as o b r m p ;b l i cm, 0 s c o r r c i o s , e t c ,

0 s ' i r c c t , ~ r - s c chcf c s f ie serviQf) desynchnrn d i r o c t ~ m c n t c : corn

o i*ovc?rn:r7.)r; 3 s c7-cf 'os 6~: r , , , ) : ; ~ ' t i $ < o s6 rlosp :c%~:~rn corn os OOUB di-

- l ?n to rcs clu s e rv iQos ,

;, or$pmizr rp jo 40:; 3 ( j , -v iG~3 muds wit^ de c o l ; n i c ~ I?:*r:i c o l 6 n i ~

c 6 Cificil cle ostn9elecor o esqut:an, ea c c ~ n c r z t o ;Dar:~ cada umn d o -

1.7,:: ? o r q u o os diplomas q u o EL r c g u l a q t z m $id0 nor diversas V O z O s

a l t ~ r ? , C 1 0 ~ , T J ~ s6 urn t c r r i t h r i o c u j o s s e r v i r o s foram 3lt ianrnente

r o n ~ ~ ~ c l ~ ~ d o s ,

Rcfcrimo-nos no E s t L ~ O d~ f n i l i t l que t e r n a s u a o r g r ~ n i z a ~ z o nd-

rn infs t ra t iv? , c e n t r a l regulada p c l o Dec. ng 35230 do 8 de Dezombro

c'o 7945.

E; p?irncirnncnte, q u n t r o ~ i r c c ~ G e s do Sei v i $ ~ s : a ) ~ i r c c ~ g o

Page 208: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

gc n e r n l .

pCLl tc ref o p i r 3 R c p n r t f (2%) c c G ~ b i n e t i ? , orgnnizndn nos termos

C.CI :?,rt. 101 dz C.O.

fi c o n s t i t u i d o , ~ l o chafe g:zbln(>tb3, : ~ j u d a n t c dc cango ofi-

Page 209: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Passamos a g o r a GO c ~ t u d o d o s se rv iGos dn ~ d m i n i s t r n ~ ~ o l o c a l

ma:; i)nrl::. i s s o 6 i ~ r c c i s o :studar n d i v i s g a ,zC?l inis t rnt iva, dos t e r r i -

L

n S ~ c G a o V , a r t , 136 a 148, ?L a d r n i n i s t r a ~ q o local mas d a R e f o r m

- . i . n in i ; t r a t i v , z U1trnm::rina q u e , pr&?rinrnentc , e s t : ~ b c l c c e a ct ivi s$

0 2rt. 2 s z s t a t u i a norma fundamental :

"Pcrs o f c i t o s admini s t r a t i v o s as c o l 6 n i n s ~ o r t u g u e s a s d-ividorn-

- S C CTI c i r c u n s c r i ~ 6 c s ou concc lhas ; e s t o s sub -d iv idea - sc ern g o s t o s

n d m i n i s t r a t i v o s ( a c r c s c e n t e - s c " e f r e g u e s i n s " ) o podcm s c r agrupa-

c ) 3 m c l i s t r i t o s e e n g r o v ~ n c i ; r s " .

A d f v i s ~ ~ o ndmin i s t r : t t i vn no l n p & r i o C o l o n i a l ~ o r t u g u $ $ podc,

n s s l n , rc0-uz i r - sc no csqucma s c g u i n t e :

( ( ( ( f r o g u e s i n s ( ( ( ( ~ o n c e l h o s ) (De govern0 g e r a l ) ~ r o v ~ n c i a s ) ~ i s t r i t o s ) ( p o s t o s ad- ( ( ( ( ( m i n i s t r a t i - i ( ( (

(.TIP#% . ., . . . 6 . ( P O +

c;ol6nics ) ( ( ( ( t o s ( ( ~ i s t r i t o s ) ~.c,~.~was.r , r ,~.~~e s ) a d m i - ( ( ( f nd i a ) ( qoncelhos ) ( ( f ~ g u e s i u s ( t r a t i - ( (

( (.v.?s. .

( ( f r e g u e s i a s ( (Conce lhos ) ( ~ e govo rno s imples ) ( p o s t o s a d q i n i s t r a t i v o s ( ( ( i ( c i r c u n s c r i ~ 6 c s jPcs tou administ ra t i v o s

( (

Page 210: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Digamos nlguma c o i s a do cnda um d o s elornentos d a d i v i s g o ad-

a i n i s t r a t i v a .

A p r o v i n c i a tern f r c n t c um Ilgovernador de p r o v i n c i a " que,

emhora n u b a l t e r n o ( p o i s e s t 6 submet ido :to governador g c r n l ) 6 urn

v c r d a d c i r o ~ o v c r n n d o r ,

0 d i s t r i t o 6 clqcfisdo po r urn " i n t e n d e n t e de d i s t r i t o " mas e s -

tc. j b 6 urn s i m p l c s t c ~ c i o n b r i o de c n r r e i r s , n,:o 6 governador.

0 concc lho 6 uma e n t i d a d e m c t r o p o l i t a n a c u j a h i s t6 r i a j6 co-

nhocemos, lmm como o seu reg ime j u r i d i c o - a d a i n i s t r s t i v o a c t u a l .

i? c v i d c n t o quc s c r i a d c s n s s i s a d o t r n n s p o r t ' n r s f 6 r n u l a para

as c o l 6 n i a s e chzmar o s p r e t o s n e l e g c r o conculho a u n i c i p h l , a t e r

urns c5mara munfc ipz l , a p a g a r o s f n 9 o s t o s . ~ s t a r i a m o s na p r c s e n -

$a dc uma das t a i s a s s i m i l a ~ & s i n s e n s n t n s ,

l.,Ias j h o rnceao nzo a c o n t e c c r d corn n6c leoo auropous q u e 12 s e

~ n c o n t r e r n ,

S c c; f az fam p a r t c cle urn rnunic ipfo , ngo faz s e n t i d o quc, s o

f o r p o s s i v c l defxom do o c o n s t i t u f r nas c o l 6 n i a s .

n c n t r o d c s t n o r f c n t n ~ g o , o n d , ??ja urn n 6 c l c o p o n u l a c i o n a l em

quo prcdomincm e l cmcn tos c i v i l i z a d o s , eu ropcus ou a s s i m i l a d o s , a

q u s c o r r e s p o n d a uma rnntdria, co lec t6 ,vc l p r e s a h t c r r a 2 q u e t e n h a

p o s s i b i l i d n d e s de s e a d m i n i s t r a r a s i ;3rGprio, deve c o n s t i t u i r - s e

urn concclho.

', c l n r o quc ngo pode d c i x a r de s e f a z c r u m a c l a s s i f i c s ~ ~ o em

c o n c d l h o s dc 16, 2 b e f a ordern. D i r - so -6 a n t c s : conce lhos pc r -

f o f t o s , i m p c r f e i t o s e r u d i m c n t a r e s , f azcndo d a r a o s concc lhos , nae

c o l j n i a s , 03 mesmos p a s s o s quc j5 deram nn. 1:1etr6pole. So r re spon-

dentcmentc a o s s c u s c o r p o s a d r n i n i s t r a t i v o s d c s i g n a r - s o - z o p o r "c&-

mras mun ic ipa i s " , ( n o s msis dcsonvolvi!ios ) " coflissGes mun ic ipa i s "

e " j u n t a s l o c n f s " .

Page 211: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Quando os c u r o p e u s s o j a m u:nn minorirk c s:; oncon t r sm disperses

no ~ ~ c i o da popu laugo i n d i g c n a , n : i d n i n i s t r : ~ < g o t cm d c s c r adqunda

a o s intc:rc:usc:: da m s i o r i s , Ora o s ntz t ivos e s t z o h n b i t u a d o s a v i -

v o r n a s a u a s : ;nnzs las s u j e i t o s n uaa n d r n i n i s t r a ~ z o t u t e l n r , n a t e r -

P o r i s s o , nz ' l c i r c u n s c r i ~ c ~ o " nzo h o r g z o s au t i i rquf cos. FA,

s implcs lnento , um a d m i n i s t r a d o r d e c i r c u n v c r i k G o qut: c o n c c n t r : ~ ~:rn

si ~ o , ; , L a a u t o r i d a d c , a u x i l i a d o p c l o s chefcs g c i . ~ t i l i c o s t r n d i o i o -

D c s t b modo podu h a v i r d l s t r i t o s s o n q u n l q u n r c o n c ~ l h o d e t i p 0

l n c t r o p o l i t a n o dbsdc. quc s o t r a t o d c urna r e g i g o d e e s c s s s a c o l o n i z a -

$zo ou em quc; 2 c o l o n i z a ~ z o 3e e n c o n t r l > dispr:rsn p e l a s fazcndas e

r o 3 a s . No S u l dc iLngo la , p o r cxcrnplo, nos d i s t r i t o s do r l u a n d ~ , ~ u - # 8 bango c d o q u n ~ n e , s o hn c i r c u n s c r i y ~ c s ( v c r o doc , n"75733 dc 4

dc J u l h o dc 1 ~ 4 6 ) .

0 s c o n c c l h u s c1ividcrn-se e n f r c g u c s i n s na p a r t o e m quc predomi-

ne p o p u l a ~ ? o c i v i l i z a d a nas nnci:-t i q p e d c quc nqles ~ : x i a t : ~ n tambdm

zonas ondc p r c d o r n i n ~ 2 popu laqzo i n d i g c n a c , n c : s s ( ~ ccso , aparccom-

nos al6m das f r o g u o s i a s o s "posBos a d m i n i s t r n t i v o s " ,

h?a f n d i a nL?o hb c i r c u n s c r i ~ d c s porquo n,<o hi i n d i g e n a s . 0

~ 3 m 0 a c o n t c c e corn Sabo v o r d c e Macnu onde a d i v i s g o a d m i n i o t r n t i -

v a t ~ t m por base o s c o n c c l h o s q u e s z d i v f d e n 2111 f r c g u o s i n s ,

c i r c u n s c r i ~ z o d c s t i n a - 3 s c x c l u s i v s m c n t o 3 i~dmin i s t r ak ,<o ge-

" r:il clov i n t c r c s s c s d o s i n d i g e n a s , Logo, ond,: n:Lo h& i n d i g e n a s ,

nzo c i r c u n s c r f ~ ~ c s .

R s t c s ~ r i n c i p i o s v 6 n f i x a d o s nos prfirnciros n r t i g o s d a Roforaa

A l c l m i n i s t r a t i v a U l t r a m a r i n a , L

Dlsl>oc o nrt, 4 ' :

Page 212: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

' I IL d i v i s ; ~ a d m f n i s t r a t i u n d o oada col6n4 a ncompanhnrc)l a a nc - ccsnidai los da s u c econ, m . a c popu ln .3~0" .

O ar t , 7 Q r c f e r c - s c 2"os c o n c c l ~ o s .

" ~ o n s t i t u i r z o concolhos as & r e a s quc ,~ssirn forc:rn c l a s s i f i c a -

das e m p o r t c r i n , por a b r a n ~ e r o m ? ~ a a k Z e s corn f o r t e ngI.omcri~kEo

dc p o p u l z ~ z o c i v f l i z a d a , a c t i v i d a d e m e r c a n t i l ou i n 6 u s t r i a l i n t e n -

c.1, I nurnerosos e d i f i c i o s corn boas condi i izzs ds u s p c c t o , d u r a ~ g o e

v i l a s ou dc cfdndcs:

5 Z O - A l e i n d m i n l s t r n t i v n l o c a l devor; p r e v o r a cxist3nc3.a

('2 t r c s clnsscs dc conccl-hos, eln harmonia coa c , i m p o r t h c i a quc

z $ v i ~ r d a c o c x i s t 6 n c i a d-os c lcmcntos i nd i cndos .

$ 30- Sonprc quc a o x t c n s z o da aalonurn.l<o urbann o r;xij.t , as

j,,3vo 251.:~ concclh1,zs podcrn s c r , p o r p o r t n r i a do govcrnzdor , c l iv l -

didas e x f r e g u c z i n s ; c s t a s podorgo s e r rzgruptidas ern b n i r r a s ,

$ 4 c - ;L u n r t e nzo urban?. dos conce lhos poderg s e r d i v i d i d n om

f r o g u o z i n s ou p o s t o s , c o n f o r m a e x i g 2 n c i a das nzces s idados l o c n i s " .

R o a r t , 8 d i z r e s p e i t o j s c i r c u n s c r i ~ ~ e s .

I 1 " 1,s c i r c u n s c r i ~ ~ o s os tnbc lcccr - sc - :LO n:zs r ~ i ; i Z o s pcrdominan-

t ~ : ~ i , , > t o h::bit.,dzs ;?or povos afnda nzo i n t e g r u l m e n t e adaptndos A ci-

v ~ l i z n ~ K o ou c u l t u r a p o r t u g u c s a s , c=n harmoni-t corn o s l i r n i t e s que

l h c s forern a s s i n a d o s ,

5 6nico . IT:# f l x z ~ z o d o s t c s l i m i t c s u t ~ n d c r - s e - 4 o s ~ c c i , ~ l r n o n t o w

-,o U ~ O c s t ~ b e l e c i d o , meio g c o f i s i c o , A cconomin dn r c ~ ; i : ~ o , &

~ t n o ~ ; r ? ~ f i n ind.f&cnz c f a c l l i d n d e do c o n u n i c n $ ~ o s " .

70 - h i ~ r n r q u i a da ~ ~ d r n i n f s t r a ~ ~ o c i v i l .

L+ : ~ c ? r n i n i s t r n ~ ~ o c o l o n i a l d f c i t a u t rnvd? duma h i c r n r q u i a do

Page 213: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

n u t o r i d n d c s n d m i n i s t r n t i v a s c u j o c i x o 6 :I, h i 1 3 r n r q u i n da n d m i n i u t r n -

c i v i l .

0 a r t . 15 dn Z.- , .U. a c c n t u a o c a r < c t e r c i v i l d e s t t . qu;tdro, d i s -

p ondo :

"A c n r r e i r a a d m i n i s t r a t i v a 6 do n n t u r o z u o . s scnc in lmentc c i v i l " .

F r i u s - s e c s t c c a r j c t c r p c l o f a c t 0 d o s p r i r n z i r o s q u a d r o s admi-

n i s t r n t i v o s das c o l 6 n i s s t c r c m s i d o q u a d r o s r n i l i t a r s d . F ? z i a - s o

a o c u p a ~ ~ o m i l t a r c o s t c r r f t 6 r i o s o c u p s d o s fionv:tm om rcp imc de

"ilccl it^^" , 2 n t g o , o f f c f n i s c s a r g o n t o s crnrn c o l o c a d o s >u f r u n t c :

.Ins c i r c u n s c r i 2 z c s c d m f n i s t r ? e t i v a s , o s prirnci r o s nzs "c:xpitr:ninu - - ! I I o P ~ ~ " , dcs rgnando- s~ ~ o r l ' c a @ i t ' % , s -morcsw ) o s segundos urn p o s t o s

d c o c u ; ~ : r ~ z o , I=ri;:r:~rfl-so n o s a a a l t u r a os q u a d r o s p r i v n t i v o s do

~ x 6 r c i t o d o Ultrnni?,r, urn ? a r a cnda y r o v f n c i n , r,:Lra O L q u a i 3 SL: d2-

vn p:=ssnt.jcm nos s a r g c n t o a do c x 6 r c i t o n l s t r o p o l i t a n o no no. t o d c al-

f c r c l ? . E n c s s c s q u a d r o s inm asccqdendo p s l o tempo d o s c r v i Q o , i n -

,lt,2dr~c; , t~ ' l ,~~r lont , : tic):: r o q u i s i t o s o x i 2 i d o s nos q u a d r o s m: t rcqo l i t , anos ,

:it:* ::o p o s t o do g e n e r a l de b r i g a d n , E s s e s o f i c i a i s fornrn grnnfi.cs

a12rt:iros d o 1mpEri.0, n

Cov:.ndnram t r o p n s r o g u l a r c s c i r r d g u l a r a s , f i z e r z m / o c u p a . r ~ o

~ d m i n i s t r n t i v a , r a sga rnm a s p r i m c f r n s c s t r : ~ d ? , c o n s t r u i r n m as p r i -

corn quom f o i p r ( c c i s o combator,

Xns, qunndo s O C U ~ ; I L ; ~ O sc e n c o n t r n v a j: s u f i c i ~ n t c m c n t i : a s s e -

gurada c sc t o r n o u dispens6,vcl n a d n i n i s t r a ~ ; ~ m i l i t n r , foz-se n

t r : ~ n s t o r 8 n c i a p a r a a a d m i n i s t r a ~ ~ ? ~ c i v i l , o s m i l i t a r c s fornm on t?o

: ; r ~ l ~ s . t i t u i c l o s por f u n c i o n 6 r i o s ,

Orn a h i c r c - ~ r q u i a d : ~ z.?.dministra<,<o c i v i l 5 n s e g u i n t o :

Page 214: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

I ~ q u i p r a ~ i o no Y f - n i s t e r i o d a s Polo- nias.

~ - , ; ~ c r c t X r i o Gcral do ~ i ~ i n i s t E r i o ilas c o l 6 n i us

?-Governadores Ge ra i s c de ~ o l b n i z - - - - - & - (I3ir l :ctoros ~ d r a i s ) r-'

3 - In spcc to r c s S u p e l i o r c s da ~ d m i n i s t ~ : r r ; o Colonia l r4

r Y ** J c;, O ; ,rLnzciro c lemcnto d o s t s F ~ e r z r ~ U i a , 6 0 Seorot:zrio Clera.1 do

~ i n i s t 6 r i o das c o l 6 n i a s c u j a f u n ~ z o , jA o ~:~br :mos, 6 i n o r c n t c no

0

d c;

cargo dc D i r e c t o r G e r n l (in -,dminEstrn Q<<O ~ o l i t i c a e C i v i l .

Dove c'iizcr-se que n preccdgnc ia do :;ecrot$.rio Gers l do Minis-

5 . I n a p e c t o r o s c d r n i n i s t r a t i v o s w

6- In tendcnbes do distrito----2--2----------(Ohcfos do S C C E ~ O ) C'-

ttric, nobrc o s governadores gcra i s ou d > co16nia 6 mer:~mentc hono-

r i f l c n . (~.~.-.!i., z r t , 12 $ 6 n f c o ) .

.#

dc c i r c u n s c r i y to--------------(I2 o f i c i a i s ) .* cr icunscr i$no-- - - - - - - - - - - - - - - - - ( 2 9 o f i c i a i s )

d-:h, . f~S dc: po~to------ '----------~--------- ( 3 ~ 0 f i ~ i ~ j . S )

5::pnb;m :: c n t ~ g o r i a cios govcrn:tdores 6 t o d a :t mesma, e s t z o no

3QoS'13 gD3.U hicr?,Pquf co, 0 s governadores gcr : r i s t $ m um:z s imples

l,rcr>;d6ncia h o a o r i f i c a aobrc o s govornadores dc co l6n ia .

T"s quadros do l d i n i s t 6 r i o c s t z o oqu i~x t rudos aos d i r e c t o r e s

;drc\,is ou , rnaf s pr ;pr iaacntf>, no D i r e c t o r Geral ds ~ d m i n i s t r n <go

p o ~ i t i c : L c p i v i l ,

~ o r E m , scgundo a op in iho do sr, prof. Dr. TIarceLlo ?nii.t:rno os

os govcrnadorcs nzo dcvoriarn s c r ~ q u i n n r n d o s 20s d i r c c t o r c s g e r a i s

cc , tcgor ia F3 - ('fo D C C , 26115, mas a n t e s 20s j u i z c s do S.T.A. ou 30s

cmbnixndores, c ~ t c ; g u r i s X - do c i t s d o d c c r e t o .

0 s govcrnadorcs de p r o v i n c i n corrospondcm nos chefcs d e Repar-

Page 215: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

t i i l " . o &a ~ i r c c % ? o G ~ r a l dc ~ ? d m f n i s t m < < o P o l l t i c n e " iv i l . ,

Quanto a o s i n s p d c t o r c s , q u c r o s s u p e r i o r o s q u c r o s ndminis -

t r : ' t ivos , n?o t,Sm c q u i p n r s ~ & no q u ~ i i r o d o ~ ~ i n i s t d r i o poraut? , co-

710 I : 1 ~ ~ ~ ~ ; o t o 3 2 3 l i gaqZo ~ n t r c a mstr6n 'o lo e n s c o l 6 n i n s 0r.L sc on-

contrnrn n2 . i ~ t r 6 ~ o l c , o r c a c cncorl t ram n a s c o l A n i a s , pert cncondo

t n n t o ao:: ~ i ~ ? r v i r o n c1.o c;' como n o s dc lj.

0s a d m i n i s t r a d o r c s clc c i r c u n s c r l r r L o quc , n a s c o l & n i a s , d i s -

,?Zcm. clo t c o l a r g o s podi:rcs, nn. ~ d o t r 6 ~ o l e vccm EL s u a c:ttt , j o r i a r o -

E s t a h f c r n r q u l a v o n L c f i n i d a no : ~ r t . 1 2 da R.A.U. c r o p a r t e -

- S C p c l o qu?,dro conurn i: 1 2 ~ 1 0 s quaciros ~ r i v a t i v o s .

o q u ~ - r l r o cornt~rz 1'0 ~ m ~ d r i o , c o n s t i t u iclo p: l o s int!;nc!i:nt,cs cie

C f s t r i t o c suporioro:: , u , n qur.di_.:, 6 n i c o c u j o s nclnbros s z o nomca-

d03, C O ~ O C P . ~ ? . ~ ~ , tr:i,:luf !:rid02 a p u n i d o s p c l o % n i s t r o das p o l 6 n i a s . " r r z t a - s o do p c s s o ~ ~ s corn mnior 2 r c ~ ~ a r n J u o ~3 c x n c r i S n c i n c o l o n i a l ,

, ~ o r t a h t o , u t i l f z A v c i s om q u n l q u c r c o l 6 n i a . uii at6 c o n v ? n i 6 n c i a

(.:I t r z n s f e r i - 1 3 s do u,na c o l 6 n i n para n o u t r n , a - f i n 4 . a tomnrem

c o n t a c t 0 corn :LG v 5 r i z s ; ~ n r c c l n s do ~ m n d r i o ,

0 s a d m i n i s t a r d o r e s dc c i r c u n s c r i ~ ~ ~ o e os s c u s s u b a l t e r n o s es-

t:o i n t e g r a d o s em q u a d r o s p r i v n t i v o s dns c o l 6 n i a s .

Nustcs qu?*d.ros o n n t u r n l !? q u e s o rnnntonh~~m o s s e u s lome men-

t o s . ~6 corn n a 3 w 6 n c i n clos g o v e r n n d o r e s 5 que podorzo t r z n s i t a r

m r n o q u a d r o dc o u t r s c o l 6 n i 2 . 'desmo 3 s c o l 6 n i n s rosgz:a 171stzn-

t c ;u c n t r n d n d c urn olitrnunto v i n d o d(: o u t r o q u a d r o p a r a o s s c u s

qlanc?rcs, po rquc v c n p r e c n c h c r v a p a s qud d o u t r o modo ap rov ?it n r i a m

,,n,: r iuc j A 16 c s t r " : ~ .

1 7 .,TI rc sumo, c n q u z n t o o q u a d r o comum 6 nnna ' ?do p o l o V i n i o t r o

cl-a;: ~ o l 6 n i n s , o q u a d r o 7 r l v z t i v o 6 qnne j a d o ~ c l o gove rn :do r .

Page 216: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Pn Rcf o r n a A d m l n i s t r n t l v a IJ l t rnmnrf nn o i n t s n d e n t c r . i n ? ' ~ fa-

zi:: ?:?rte d o s q u a d r o s p r i v a t i v o s r porque t inhr t nc?ssc: clinloma o cn-

rAcber cle s f m p l c s n d m i n i s t r ~ . C o r grzduado. Wzo a r a urn p o s t o d i s -

t i n t o . Mais tn r r l c ~ . c s t ~ . c o u - s c , 3 c r f e i t n m e n t e , d o n d m i n i s t r n d o r

p e l o quo ?assou no qun6-ro comuifl.

: , s tudnrcmos z g o r n cadti urn r:os e lo lnen tos r h hiernrquf: .

T'o:: g o v u r n ; ~ d o r s j < n t r z . s f :~l<.nos,

. .os i n s p c c t a r c c . tnmbEtn j6 f i z l r n o s r e f o r G v c i n no :ctudo cia o r -

;.3nizn$Zo do ~ ~ ~ i n i s t E r i o d n s ~ o l b n i ' x s . S < ~ O clernontos d c c o n t n c t o .,

. = n t r c n ~ c l r n i n i o t r a ~ ~ o T c n t r n l c o s govornos dss c o l 6 n i n s , Lovnrn,

p 3 r urn laclo, o s p o n t o s c l ~ v i s t a clo Gcvcrno " [ : n t r a l , o tr;zzr:m, p o r

o u t r o , as i n f o r n a ~ G c : : - . c t u n l ~ z : ~ c i ~ ~ s i: vivtzs do quc vir t~nz, ;?:?,rn t c -

rcrn a ,dninintrc,ci;o C e n t r a l sl:mprt: no c o r r c n t c drts n o c e s s i d n d c s l o -

C31S.

Ncnhum p a i s co1onf:l.l fLcixa h o j c (113 ti:r insr>, :c tores c o l o n i n i s

ta1 a s u a i n ~ o r t 5 n c i r . .

E y e s s z o , s i m u l t ~ n c z m n t e , o s intor.l:zdorcs d o Govcrno c o s

c s c l n r ~ c e d o r e s d o ~ :cu p c n s a m n t o , tznt._ts vezes d ~ t u r p n d a em of{-

c i o s c i n s t r u ~ z e s , j u n t o dns cn t id : idos l o c a i s .

Nn ~ a t c ~ o r i ? ~ des " i n s p c c t o r c s n d m i n i s t r : s t i v o s " devcrn c o l o c n r -

- , ' : os c u r a c l o r c ~ do indi$cnas,

0 s curad-ores sEo p r o v i s t o s nos : ~ c o r d o s f n t e r n a c i o n z i s s o b r e

cmig;rn6?o d e 6,0 dl> o b r c d e urn p a r a o u t r o t c r r i t A r i o , n s c i o n s l ou

r- st r ; , n & s i r o ,

iJos t c r r i t 6 r i o s p a r a ondc v z o t r n b a l h a r os i n d i g c n n s encon-

t ra in no c u r z c o r o s ~ u r o n s u l c o sou t u t o r . 2 e l c qllc r c c e b o p a r -

t c d o sa l6 . r io 60s o p c r 6 r i o s ( c l i n h e i r o quc f i c z ern d c p 6 s i t o a t 6

r c g r c s s o co1.6ni.n c ~ c a r i g e , n ) , fi 01t: qui: v i s i t a as rnin:is o o u t r o i

Page 217: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

l o c n i s de t r a b n l b o , que vel:: pel:?" sa6de c?os t r sba lhczdorcs , o t c .

Qunndo a a f l u 6 n o i a d o s inclfF:nns d [-rando, o cur t idor 6 auxi-

I i : ~ r I o p o r i n s p e c t o r e s , W A S t o a o s c u r a d o r c s om Jonnn, ,sburg, T,al is- i?ury i: 5. ~ o m l (;)*-.r. on1:- c q f ~ r n r n i n d i g o n a s do o u t r a s cml6n ia s ).

71 - ~ ' r o v i n c i a . Govt,rno ? a s ~ r o v i n c i i t s , ~ u n t - L n r o v $ n c i n l ,

Vimos j; quo o s g o v e r n a d o r e s dc p r o v i n c i a ~ sGo v c r d n d o i r o s

g o v e r n n d o r e s , cmborn s u b n l t c r n o s ,

C o a r t . 23 c':: ;r.:..U. quc? sc l h c s rr'fc:rr:.

''93 ~ovi : rnac lnrcs dr? p r o v < n d i ? r o ~ r e s c n t a m o g o v ~ i ~ n n d o r $2-

rctl, uxorcunclo p o r dclega$,?o d : s t r ) , n:t k r c n drt q r o v f n c i a , -L:> ; t r i m

b u i ~ l c 3 quc nn ordcm ~ x o c u t i v a Ihe partencorn, al'6rn d z s q u c p e l n "

p c c s c n t o r c f ornla l h c s s a o e s p e c i n l n c n t ~ conf o r i d a s " .

0 ar t , 24 f i x a as suss n b r i b u i $ ~ c s .

"*.s a t r i b u i 6 z e s d o s govorn~,c?orcs dns p r o v i n c i a s sr?o dc c i n -

c o orclcns crn r c l a ~ z o ao t o r r i t 6 r i o d c s t n :

a ) Dl2 z u t o r i d a d e ;

b ) De nil :ninis t rnEho c f i s c a l i z a ~ s o

0 s g o v c r n a d o r o s d c ~ r o v i n c i a e s t < h nuinn p o s i ~ G o i d 5 n t i . n : ~

t:os ~ o v c r n a d o r e s c i v i s cla 6 t r h p o l e , crnbor t corn mais n ~ ~ l o s qodc-

-- .,,,. -, c7 ( v o r :;s h o n r a s nos a r ts , 1 7 8 e s c g s , d n R,:!..LJ. ).

No c n t - n t o , G S S C S l a r g o s p o d o r c s t6n s i d o r c s t r i n g i d o c .

.= f d c i a cc:ntrnl quc p r u s f d i u k d e f i n i % Z o d i ~ conpo t$nc in d o s

, ~ v ~ r n n d o r e s dc provinci:: c r a a do quc os govern ad or^;^ de c o l 6 n i a

t r :znsrni t i&iarn a s s u a s o~ ' I c ; ' ~ s 20s g o v c r n : ~ d o r c s ' ? p r o v i n c i n quc ,

p o r sua v c z , c lcsnnchariam corn o s s e r v i G o s d o l e s d.epenrlcntcs. E r n

uln pouco o s i s t c m a f r ~ ~ n c i s ,

Page 218: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

c : x r ~ ~ t e r i s t i c - : . CnC.2 urn d c s s c s t e r r i t b r l o : : ,?, u m grupo d? ~ 0 1 6 -

ni:.s c o govc rnador gor:; l , quo c s t ; L sllii frcnt : , p i d c d i z o r - s o

urn : i ~ ~ ~ ~ . , r - g 0 3 c r n a c l o r , p o i s c a d a u w , dtzs c o l 6 n f : ~ s quc o c o a a t i t u c m

d c h s f i z d a p o r urn gove rnador d o co l6n i : t .

?orlSIn, n c nosssl o r t ~ ~ n i z a r l g o ndrninis t r :~t i v a , a s C O ~ S L ~ S 60

tomaram C S ~ C cnminho C , ds?, tz c l i f i cu l~ l .udc (1.: p o s i $ < o do:: govc rna -

d o r o s dt.: p r o v f n c i a re1:- . t iv?acntc: ' LOS , ;ovornrzdorcs g b r ,is.

O n o s s o c s p i r i t o 6, f r a n c n l n ~ n t : ? , u n i f i c a d o r e c e n t r n l i z n d o r .

A s s i t ? ? , a tondGnc in d o LQvcrno da c o l h n i a 6 para p n s s a r p o r

cimc clos govcrnaclorcs d: p r o v i n c i : ~ 9 t r z n s t n i t i r as o r d c n s e i n s -

t r u ciscs cl- i rcctnmcntc a o s f u n c i o n ~ r i o s n cl?s subordin,l ,cl9s, n t r a - , >

17;s :Ir,s r ~ s p c c t f v ~ : 5 : I l i r c , c ~ G , ; c l i : ; ~ r v i ~ o (.: r ap -7 r t f~ : c s c c n t r a i s .

<Tunto (Lo Govcrnzclor dc ~ r o v i n c i n func ionam o s s c r v i r l o s p r o -

v i n c i ~ i i s , a capgo r:ns r epa r t i qco : . , n r o v i n c i n i s ((?.a a d r n i n i s t r n r $ o

. , - ,o l i t lca o c i v i l , C:l. fa:zeneLn, d u a c o r r o i o s , t $ 1 6 g r n f o s c t c l c f o -

nus , d:: sa6rli;, c , tc , ) , 2 o quc se p s s s , ~ ?

0 i n s p c c t p r d o s s e r v i Q o s dc j r ~ l ; c ? r : n 3 p r o v i n c l a S p o r ;'x mplo,

r c c c b c ord.ctns d i r c c t n a e n t e C1a ~ i r e c 3 E o dos L e r v i i o s dc ~ n G d r , , q u o .A

n:l,o cst:. pnr,L cotnunicar corn o (;overnador d e q r o v i n c i a , n-, i c l e i a

nreconc~:bld:~ ( I t : quc c l e nKo c n t c n d e dc . x s s u n t o s t , ~ c n l c o s , o mcs-

nl; ;contt:cc corn a mnior p n r t c d o s s o r v i < o s .

H:~jc 'o govc rnador dc p r o v i n c i : ~ qu~:ix-1-sc do v c r r c d u z i d a s as

sua:: : ~ t r i b u i ~ z a s q u a s o :u aclrninis t ra . i<o p o l i t i c n c c i v i l ,

N t l s c d c d e cada provinc i r t , f u n c i o n n u n ~ a j u n t : ~ p r o v i n c i a l ( n r t .

46:) dn R.A.U. 1.

Page 219: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

"DOS acmbros das j u n t a s p r o v i n c i a i s A G ~ < O q u n t r o na tos , , t P ~ Y

:L;: no!naa'izo e o s r c s t a n t c s dc c l c i < g o .

$ 1 2 - S ~ O mcmbros n n t o s d : ~ s junt:ts p r o v i n c i n i s :

a10 governador dc p r o v i n c i n s , quc ~ c r v i r * ; : d2 p r c s i d c n t c ;

b ) 0 d i r ~ c t o r p r o v i n c i a l d ; ~ z d ) n i n i s t r n r h c i v i l q u o s c r v i r i i

d e v . ~ u o - p r ~ s f i o n t ~ 3 ;

c )O dclcp;?,n.do do P r o c u r a d o r d a ~ c p ; b l i c n nn com=?rca ec: sodo

il;~ p ~ r ~ ~ l n c i : ~ ;

d ) O d l r o c t o r p r o v i n c i a l cl.c Fnzcnda,

$ 2 ~ - SZO nomoados:

a ) ~ m '~lcmbro p c l o gove rnador g o r n l , ilc o n t r c o s r c s i d e n t o s na

prov$.ncin q u c anis c o n p o t c q t c s j u l p ' x r para o cnso;

b ) ~ o ~ s mornbros p c l o j - c i T T r n ' . d ~ r Cia i ? r o v i n c i n , n a s condi ' izos

da 0, l inca a n t e r i o r .

fj 7" s z o o 2 l ~ f t o s :

n ) r )o i s r;,?rc ~ c n t n n t c s d a s a s s o c i : ~ $Eos pro f i s s i o n a i s c y r o n r i c -

t s r i o s , q u c n? q rov inc in , t c ? n h n m : L u 4 L ,, :c3 :, p u r s u f r A g i o

c l i r - c t o (10s s t c i o s , 3 ~ s c o l h i d o s e n t r - ~ : l o s ; nti faltc?, dcs-

" t a s n s s o c i a ~ ~ c s s e r s o ost1:s d o i s r o p r ~ s ? h t n n t o s > l < : i t o s

;?3los v i n t e ' na io ros c o n t r i h u i n t :s;

11 );;n r ~ : p r c s o n t a n t c d6: cada c%?,L~ 'L IU C O ~ T I ~ L ; ; , ~ ~ mun ic ipa l .:xis- @

t d n t c nn p r o v i n c i a , cscolh ic lo 3a st:s3:ro dc c n t r c o s r o s i -

d c n t c s no munici:>io h& n z i s d o s : i u ne3(:3".

i: j u n t a ,3rovinci:;l 6 urn co rpo a d r n i n i ~ t ~ r n t i v o e urn org,<o con-

::ultivo.

"om0 or@o c ~ n ~ u l t i v o ( a r t . 478 C!.L R.,,.U. ) . 6 umn e3p;ci.c c ' r :

f lonse lho dc Governo do Govornndor do p r o v f n c i L.

" o ~ o co rpo d o l i b c r n t i v o tcrn z co?lpctSnci ' : quc 1 " ~ i: ; ~ t r i b u i -

(-7- 3010 ar t . $ 6 0 , nn q u : ? l a v u l t ~ x - r? l scuss& r: votai;?o rlo ~rEarnen-

Page 220: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

t o p r o v i n c i n l a a o r e s e n t ~ r a o covernad - r pc r3l.

T a t a wossil?ilidailr: L e =1s3;.orar u a o 3 q a ~ e ~ 4 J o n r 6 p r i o d e s t i n a -

-se a d a r aos g o v e r n ~ d n r ~ s aas ~ r o v i l , c i ~ s uva c e r t a l iberr lade de

acqao.

?To e n t a n t o , deve d l e e r - s e , ainda eir, 1946, na c o l b n i a de '%qa@-

b ique , se ngo t i n h a dndo execuqiio ao i m e r a t i v o da lei. p o i 96

nesse ano que, nor i ~ n o s i q g o do " i n i s t r o , F ~ T v i s i t a o f i c i a l co -

~ b n i a , se d e u c u m r i m e n t o Gs deterwinaq6es l o q a i s .

A e laboraggo e organizagiio dos o r ~ a v s n t o a vev r equ l ada nos

a r t s . 574 e seqs .

Em conclus60: o governador de o r o v i n c i b 6 m a a u t o r i d a d e qpe,

d e n t r o da o r o v f n c i a , co l abo ra C O T o governa lor q e r a l . Dever ia ,

s o i p , r e cebe r d e s t e a s o rdens e i n s t r u q 6 e s n a r a a s t r a n s v i t i r aos

seuv s e r v i q o s ,

firas o flue sc t e ~ obs?rvado 6 a u e o qov(3rnador dc q r o v i n c i a

d i s & de s e r v i q o s au? t endoa cada v e z vs!s a nscaoar - s ,>- lhe da s

79 - D i s t r i t o . I n t e n d c n t e s do d i s t r i t o . Casos e s q ~ c i a i s ds qover- ---- -- - --- - . -----.- -- __1- - -- 1- * ---- -- -- - noo dr d i s t r i t o . -- -

0s i n t e n d e n t s s de d i s t r i t o t \ ? m uva funcg3 r e l a t i v a v ~ ~ ? n b s ana-

gada (v. Rof. Adn. d l t . , a r t s . 37 R 4 1 ) '

Cono as n r o v i n c i a s ?go rnrlito q ra rd17s , o i n t ?ndan t i : de d i s t r i -

t o d e s t i n a - s e s f a z e r a ! ~ g a q g o e n t r e os q o T ~ ~ n , ~ o s da s c r o v i n c i a s

e a s c i rcunscr iq6( , s ou conce!.hc?.

l?, cv rcsumo, u~ a ~ a n t o d3 - : ~ ~ ' ; C G O ,

0s ln tond ? n t c s d~ d i q t r i t r t ( ? ~ a catc7:,01 011 d3sizn~.c i?o lie-

Page 221: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

n o r i f i c a do "governadoras", c o ~ o 1.6 sa1)e~os , vos d i s t r i t o s encra-

vados ca t c r r i t b ~ i o c s t , r ~ ~ n j a i r o . "50 o:: cnsos d3 Cabinda, 0a&0

o 3 i u .

fis f i ~ t e n d o n t e s t , 6 ~ , ent&o, uv qaoel d,? r s q r ? s ? n t a ~ & o dn so-

bc ran ia nacf onal j rlnt o d-Q,S qot5ncias v i z lnhas .

- ..- - - - - - - - - -

77 - ~ i r c u n s c r i q 6 ; ~ s . Adnin is t rador ds c i r cunsc r ig&o. Varisdade

e c o m l e x i d a d e das suas func5as e qrande i m o r t g n c i a aus rs- - - - - - -- ves tern. S e c r e t a r i a .

Chegawfos aqora aos quadros n r i v a t i v o s , 6 czboca dos qua i s yn-

contramos os a d ~ i n s i t r a d o r e s da c i r c u n s c r i c 5 0 , funcion6r ios q u e se

podoa d i z e r a chave de toda a ada in is t1~3q50 das co l6nias .

Nunca 6 d s a n i s o r c a l c e q u o s e l hes d&.

0 a d a i n i s t r ~ d o r de c i r cunsc r i c i io 6 urn apentc d? c i v i l i z a c 6 0 ,

urn dzlcgado dc Por tuqa l jun to das qo9ulac6es l o c y i s , o r i n c i q a l a s n -

t o , jun to dos indigelnas, quc nns c i r c u n s c r i c 6 ? s qredoqino,~.

A i d e i a auo o r o s i d i u dof in icgo dn sun caaqct6ncia f o i bss-

t a n t e 9 n t s r n a l i s t ~ .

0 odrninis'rador d~ circunscriq?io 6 o g u i n e o or i*?ntador dos

indfgi2naa para o, c i v i l j . z a ~ ~ o , POP i s s o d3v3 t r z d u z i r n u m condu-

ta cxcm?lar a c fv i l izaqL<o de q u e k qar tndor ,

Cot80 n6o 6 ua s i a q l c s f u n c i o n j r i o vas u a r ;o r?sen tan tc da so-

boranin , o ::stado qrocura c e r c i - l o do c 3 r t o ~ r a s t i g i o . 0s sous

so rv iqos sso i n s t a l a d o s nuy ~ d i f i c i o o69 l i c0 , ondo todas ns manhgs

6 iqada r, brzndeira naciono,l. T3ln hnvido 2'5 z 1.reocuq~q50 ds cons-

t ruir bons ? d i f f c i o s ?arz as a d ~ i n i s t r a q ; ? ~ , c: :m AJoganbioua, so-

bretudo c s t g o todas bcm i n s t a l a d n s , E s t e s ~ s d i f ~ c i o s , t a n t a s v ? -

zos no rnzto, cor~cs?ond?ln l o alqulr nodo, aos - . n t i qos ~a .1~z .s rs7is",

Page 222: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

q u e so uncontravam 9 0 1 ~ ~ s c idades d 3 vil;o da -? t r b q o ; o , T ~t ? s t n r

r. o:rvan6ncia durn roqros?n tan te do 9 c i d c l.lyqar d ~ . ?v3nC,ua: ~ ~ r - 2 -

d i a do Soborano.

"as a s ~ e s i d e n c i a s dos adqin! s t rauo * > s , a16m de os rodonrev

d o ~ r o s t i g i o , tt?v ou t rn funqEo v ~ u i t o imnor tants . 3 q u 3 S * : F V ~ T

de oousada &s autor idndos que ~ o r v a n t u r c z D r a v e s s 2 ~ o vnto a f r i c a -

no. 9 2 d i f i c i o do n d ~ i n i s t r a d o r 5 oonto do nzssageq o b r i a a t 6 r i o

OQI r.3giZos onde n6o h6 hot213 nsw oens6ss o onde o fjacho da c i v i -

l i z a c k o ostA ncs rnEos dzquol, f u n c i o n j r i o . .TA, os ra o 9 f q i t 0 ,

c s s c s oclif i c i o s dizozoa, gcrslm?ntr? , dos n oossntos naccss6r ios .

~ r o v i d c n c i a l , fi sua aaq6o cs t ande - s s a todoa os assuntos : Fazen- d e

do, a 3 r i c u l t u r a , at?\jdo a os demais s e r v i q o s t h / s n + l ? n d e r - s e corn

e l c .

5 urn eso6cie dol'faz tudo" , ?sand.?" -?r l lotcar os caaoos, d i s -

t r i b u i s ~ ~ a i ~ t e s , c o n s t ~ 6 i pontss , adrnfais t ra j u s t i q a , or$:sldindo

cos t r i b u n a i s dos indigocas , 6 o c o n c i 2 1 z d z ~ dos r15~l1los, d i r i a s

a mzo do olsra l o c a l , v o l ~ , o c l s s condiq6as s%nithr ic\s d3 rmlilr,c60,

proccdcndo, oar k:xe?mlo, 5 s u s vaZinnq60, 6 o 3gent.3 --: . - :om-

oct indo-lhe f a z a r o r e c r ~ tamcnto, r ~ c c b 3 ~ a ?g r :sentacgo dos r,?sqr-

v i s t a s e dos ~ i l i t a r c s ? ~ . t r & n 3 i t o , (:xiqc-so a t 6 nnra a sua nomca-

550 qu, : tcnha n rcs t ado s m v i q o l n i l i t a r l, h o j ? , qu.: s 3 j a msmo o-

f i c i a l m i l i c i a n o ) o dcseaosnha ainda mul t s s o u t r a s funq6es.

Porqu8 c s t a l a t i t u d e ds funq&?s, o,:rguntar-s2-5 9

7 6 quc o s indfgonns ?otc?o habi tucdos a : ~ ? r d t r i ~ i d o s Dor uln

chcfc todo ~ o d c r o s o . $2'3dmos COTO '? l u t n cor t r rn n natur?zr? hos-

ti1 d& t r i b u uwa grni-1d3 cocs i i o ( 5 .zr, c ' l , f : ~ 1 1 1 rl;lG7;o s s v c i r t l .

~ ' , s t ~ s t e r q o s , s o r6'~somos co locs r o icd i r ,?nz :?I fac-7. duvn

" aut.oridado d i v i d i d ~ " ~ s c l h o f 'bss~vcls ivoor- r-.I t , ~ : : : c c v nunt ro ou

Page 223: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

c inco nutor idadcs i r - s c - i a c o n t r a t r n d i c 6 s a d ? h6 a u i t o o r re i aadas .

~ l 6 m d i s s o , a szparay6o d2 pod:>ros t r a r i n n dt3sordwn 6 i ~ o q d i r i a

o orogrosso dos indigenas para a c i v i l i z a q 6 0 - a t a r s f a e ~ i n o n t e -

monte oducat iva da colonizac60.

Do f a c t o , 6 a ocdzqogia quc no- la ens ina , coa in f lu f tnc ia s

d i v c r s c s , quando nzo r i v z i s , a ~ x e r c o r s q - s e s o h r ~ o educmdo, e s -

t b fa lhnda a obrn d e educaqzo.

9 n rosumo: oor a o t i v o s do ~ c o n o a i a e s f i e i , 3nc ia , 2 , 3t45, ?a-

r a c o r r ~ 3 s ~ o n d o r ncccssid3do de s u b s t i t u i q ~ o duq ch?fe ood?roso,

foz-se uma concantra$60 d o p o d e r ~ s nas vzos do a d v i n i s t r a d o r .

As suas v 6 l t i p l a s a t r i b u i q 6 a s v8a esquomatizadas no a r t . Av

dh R. A. IT.

"AS z t r i b u i q 5 c s dos adrninis t radorcs ds c i r c u n s c r i p ~ o szo das

ordons sogu in tc s em rt21aq50 no t e r r i t b r i o da c i r cunsc r iqgo :

a ) 30 autor idado c i v i l ;

b ) Do au tor idado j u d i c i b r i a ;

c ) DG a d r n i n i s t r a q ~ o ;

d ) nc p o l f t i c a indfgcna;

c ) Do f 3 s c ~ l i z a q 6 , o ;

f 1 DO d o f \ ~ s s scon6aica ; - - - . . - - " - - - - - - - -

gf - D 3 i n f orn5c&on l

NOTA - 0 Doc. ?'.999 dd 15 dc Vovambro de 1913 aus aqrovou n R s -

form:. Adrninis t rat iva Ultramarina do t s ra inava n o c r t . 6 10 que

do 5 cm 5 anos o "Tin is t ro das co lbn iae orocndesse & sua r e v i s ~ o .

No s n t z n t o , 36 om l l p 5 a rov i sgo f o i ordcnada, encontrando-sg3 dos-

do on tzo cn ostudo.

A 3sozra da exccuq:,o dn ordem t $ a s i d o f< : i t aa novas sdiq69s

d c s t e i rnportant ,~ dinlow,.

Page 224: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0 a r t . ( '8 dcs:~nvolvc r, no.;lqn t"l?si2 d o adr; inlstr? ,dor coqo all-

t o r i d a d e c i v i l .

s i d o n t e da C6mrrl e , d u ~ a qnne i r a q e r n l , z todos os v a ~ i s t r r l d o s

a d a i n i s t r a t i v o s , e q c o l s 9 o r a q ~ o COT a s nutor idnd3s n o l i c i n i s ,

Assim, coaooto a o s d n i n i s t r n d o r : n a n t s r na & ? a do c i r c u n s -

c r i q g o a oPdza 2 a t r a n q u i l i d a d c o 6 b l i c a s , o r o t s q 3 r a l i h 9 r d a d e ,

pronr icdcdo c sq2gurznqa dos h z b i t a n t e s , d i r i g i r z ~ o l i c i z da c i r -

cunsc r iq50 , c a ~ t u r c ~ r os i .ndigsnas t r n n s g r e s s o r e s , f x ~ r c u q n r i r o

rogu laqon to do recrutaml,nt,o m i l i t n r , aorovar os qroj,:ctos d? cons-

t r uq&s p a r t i c u l n r o s (ontondn-se , dos c o l o n o s ) , r o ~ r i v i r o f a b r i -

co c vcnda dc bobidas n i c o b l i c 3 s ( o qus 21:~~lts a t t $ dr: c o v ~ r o ~ i s -

s o s in tornrsc i .onais) , o ~ ~ g z n i z a r o r s g i s t o civ!-i ( na r a cu roo?us 13

a s s i n i l a d o s o o i s , onra ind igcnna , h6 u ~ r e c 3 n s ? a m ~ ~ n t o ~ r 6 ~ r i 0 , co-

mo vcreaos a d i a n t c ) , e t c , c t c ,

0 a r t , 8 0 c s ~ o c i f i c ~ ~ a s suas f ~ n q c o s como c u t o r i d z d s j u d i c i & -

r i a .

T l e 6 , j b o s-bo~oa . o p r ? s i d 2 n t = uos t l l ibuna i s dos i n 7 i a ~ n - s

o dcc idc 3s qucs t6e s q o n k i l i c 3 s 3vbora d: colsboraqgo con o s vo-

g a i s , chc f e s i n d i n s r ~ n s , ~3 d ~ p o i s do ouvii* os a c o s s o r ? ~ .

\la, mag i s t r n tu r a j ~ d . ~ c i n l dcs t i p o ml?t roool i tano ccw--t--& ::

o r g a n i z a r corpos do d : l i t o , funcionando como j u i z i n s t r u t o r , j u l -

ga r crirnas a auc corr~gqondarn nqnas l e v e s , D r w z r a r os o rocessos

r c s p o i t a n t c s a c r i v o s m i s graves o rem3tQ-10s s o j u i z d: d i r s i t o ,

c t c .

0 admin ' s t r cdo r dc c i r c u n s c r i c Z o 6 : no v s s ~ o temoo, j u i z d s

Daz o j u i z dc j u l g r ?o vr11 i c f p a l ! n c r o x i ~ n n r l ~ - ~ ~ ~ ; 0a1v?z y -~ i s , do

segundo,

3omprs quc o j u i z Lr coTq,rca n5,o cc3sa sl:rm, n q 6 - l a , t d t n l r m n t c ,

Page 225: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

p c l n s u n oxtensgo, tern r facu ldnde dc 3:lagzr as s u ~ s funcoes no

adrninistr-zdor, a t rav/ :s d o urn aendnto , d, ;ntro do cu lo s l i l n i t ~ c s Qc-

t u a r 6 c a scu nome.

0 a r t . 50 r e g i s t a as a t r i b u i q 6 c s de d - n i n i s t r n q z o .

Comnctc ao a d n i n i s t r a d o r : o r g a n i z a r e , x . ~ c u t a r o o r c a m n t o

da c i r cunsc r i qEo ; d i r i g i r e f i s c s l i z a r o s e r v i q o do imoosto i n d i -

gene.

conv6m d i z ~ r nlel iaa c o i s a a o r o n b s i t o .

O i a o o s t o i nd igcna 6 , r e a r & g e r a l , um imqosto de cap i t aqgo ,

quer d i z e r , urn i a n o s t o lanqado nor cabeqa.

As vezos f a l a - s c do " imposto dc nn lho t a " o quo n a r s c s i n d i c n r

t n n t a r - s e de urn imoostc r e a l . '"3 nindn e n t z o o i n q o s t o 4 ds ca-

p i t aqEo poraue o i nd lgena , t e n TI r s g r a u m o a l h o t a Qa rz s i s ou-

tr2 ?or cadn q u l h e r , Neste h sqec to o im?osto 6 a t 6 uan f o r m ds

coqbnte pol igamia .

~ o r b a , em Fngols c ' loqanbiauo, o irnqosto a b r e s e n t a - s e h o j e

como n i t i d c a c n t c u c s s o a l q u c r e c a i s b s o b r e os honens v j l i d o a , u o i s

a obr igaqgo dc nagar w l a s mulhores l evan tou dos i nd igenas c lnvo-

r o s o s o r o t e s t o s .

E s t c imnoato p e s s o a l tcm v j r i a s fung6es.

la) fi uma a f i raaqzo dc sob3 ran i a - 0 indfg , jna e s t a v a habi t r iado a obsdccor a urn chefs. aus t i -

nha d e n t r o de urn poder dl? v i d a ou d3 ~ o r t e , o oodsr de e -

x i g i r d e l e ~ r e s t c q & s em t r a b a l h o ou e n bons. p o r . i s s o

f o l scmorc dc t r a d i q z o , Dor o n r t o do3 novos c h : f ? a colo-

n i zado re s , a ex ig6nc i a de c e r t a s .pm"estaqz3s aos i n d i a s n n s ,

p a r a l h c s f a z e r v c r q r ~ ~ l 3rn o s : ! ~ OTTO s ~ n h o r .

0 oagcwonto do i n y o a t o 6 u ~ a z f i r ~ z c z o dc v a s s n l s g s ~ , ds

Page 226: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Antigcacntc acsao, reconhacia-sd a vassalaq9m do inimiqo

a ~ a r t i r do aononto e n que nagzvz i w o s t o , q#?ralrnents s?

gbneros.

?l3s c s t ~ , f l ~ n q s o t c v s sobrotudo r c a l c e nos f i n s do 36-

culo oassado auando e r a rec ciao i aoo r a sob2rania ~ o r t u -

guosa &s oooulaq6os indigenas .

Hoje a fung?,o n a i s i m o r t a n t e 6 a sogu in t s ; I

Z a ) 0 i a ~ o s t o indigonn 4 UTI dos ~ o i o s i n d i r ~ c t o s d l f o r q a r

o indigcno ct c i v i l i z u - s e ,

~ 6 , t i v cvos oczs izo de d i z s r , no s s t u d z d? oues tzo do

t r nbn lho o b r i g a t 6 r i 0 , qus 0 ~rab l s ln? . lnais melindroso nas

ro laq6cs do n e t r o p o l i t a n o coy o indiqcnn 3 5 t h ~ c r i n r

a o s t o ncccss idados , n o i s , enqwsnto nzo as t i v e r , o t r n -

ba lho ser5 scnprc , pa ra 312, uqa oona,

Para n b s , c i v i l i z a d o s , o t r3b1alho tern, 5 c s r t o , uv

s c n t i d o oconbnico na vmdida +?T a u 2 3 o r q i t e a s a t i s f a q %

do noccss idsdcs .

Se o indfgsna nzo as tern, nzo t r aba lhn ,

Ora o imnosto, forc?.ndo o i r jdfqona a ' ?n t r sgar anua l -

.rnentc ao Estcdo u ~ a c e r t a ~ r c s t z q z o s m d inh~2i r0 , sob

Dcna d~ 13xocuq50 f i s c a l e cond+?naczo ao t r a b a l h o c o r r e -

c i o n a l , 6 ua a s t i a u l a n t ? ao t r ~ b ~ l h o , c o ~ o ~ ? i o ds q n -

nbar o d inho i ro ncccssbr io . E urn2 V ~ Z no t r a b a l h o , a y

c a n t a c t o corn o curoqeu, o indfgena coTsqa a s s n t i r as

nocossidades dos c i v i l i z a d & s .

3" 0 imoosto aindn tcm a vantagem dc hab i t un r o indfqsna

6 t r o c a a ~ n c t h r i a po i s l he f a z vender o oroduto do sou

t r a b a l h o parp o b t c r a quantia o n d i n h s i r o c o q que o hd-

-de oagar,

Page 227: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0 ada fn i s t r ado r 6 , nos te c a ~ i t u l o , nzo 36 o tosouroifio c o ~ o

Nas suas a t r i b b i q z e e do adq in i s t rnqgo cowmete-lhe ainda: f a -

z o r oxecutar a s obrns o t b l i c a s o r e v i s t a s no orqamento ou ordsnadas

pe l a s en t idades suocr io ros , a s soqura r a, conservaqEo e litnosza ds

todos os e d i f i c i o s ofibl icos, e t c , do

0 a r t , 51 dosc r i n ina a ooaoet6ncia o v q a t 6 r i a / n o l i t i c a indi-

g ma.

YToste catnpo, o adminis t rador funciona como sussrano das au to -

r idades g c n t f l i c a s , 6 o chcfo dos chqfes indfqcnss , or iontando o

f i s c a l i z a n d o a sua acqKo.

~ l 6 a d i s s o , covoet3-Bhe z o l n r bela ssfide dos indfq8?nas co l a -

borando, g r r n c s s o e f o i t o con os m6dicos, oroaov2r a i n s t r u q b dos

na t i vos , t a r o f a ho je conf ieda \,a ~ i s s 6 o s oa?lo qur: d.2vo lovar a s

crf.-.nc;as 0 f requont6- las , v i g i e r ~ 1 3 1 ~ l i ~ n a s a das a l d c i a s , f a z e r

prooagandb e n t r o a s a.:lha?os indigenas das born ~ r 6 t i c a s ds oue r i -

c u l t u r a , o rgan iza r o r - c ? n s o a ~ e n t o das oonulag6es indigenas , e t c .

0 apt. 57 dosonvolvo as iaoortantes ztrihuiq5-2s do adv in i s -

t r a d o r no f o a t n t o e c o n 6 ~ + c o da circunscricf io.

coqpcto-lhe s a t i ~ u l o r n orofluqgo, inc i tnndo 3s o o o u l a ~ 6 s s a

c u l t i v a r n t e r r a , i a n o d i r a d e s t r u i c z o daa f1 .ares tas 0910 c o ~ b ~ t e

&a quoinndas nocivns aue os indiggnas costuvnm fazo r , vandar qro-

ceder a ~ 1 a n t a q E e s do &rvorcs , d i r i g i r a abert t rra ds o s t r adas , e t c ,

o t c .

E de f a c t o o adv in i s t r ado r tern s i d o tudo i s t o CIUC a l e i o m -

v6 - o p r i n c i ~ a l ngonte da sobgrania e da c i v i l i z n ~ 6 o bortuquesas.

Ten-se e n c o n t r ~ d o funcionhr ios verdndeiran,ntc dsdicados a u e

roa l i za r? -a ulnrw o b r ~ , R t o d o s os t ,f . tulos not6,vel .

Em Angola oro%overP,n a construc?b dos seus 35.000 Km de estr*

Page 228: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

d h nEo s b d i r i g i n d o o t r q b a l h o dos indiqenns cov~o, v u i f n s vszes ,

dcsenhando a s n r 6 o r i a s q l a n t a s . Craqas a o s t e s s f o r q o q i s a n t e s -

co, o indfgena f o i a l i v i s d o do huv i lhnn t? t r a n s n o r t e ds czrqa e a

co lbn ia v i u f a c f l i t a d a s , duna vane i ra c x t r a o r d i n h r i a , a s suas co-

~ u n i c a q 5 o s .

Devca-se taqb6m aos a d m i n i s t r a d o r ? ~ os p r ~ $ ~ ? c t o s ? cons t ru -

~ z o d.e grandc nGasro de pontes e de o u t r a s - - - obrzs pf ibl icas , - . - - - - -

- - * J u n t o do ~ " d a i n i s ~ r c d o r t r abn lhn o s e c r s t 6 r i o ds c i r c u n s c r i -

qua 6 Um a u x i l i a r s s u b s t i t u t o do br imei ro .

lhos do c x ~ e d i e n t e , desanpanhar a s funq&s da chefe d? uos to da

scdo da c i r cunsc r iq60 e oxorcer ns funqzes d s c g t j r i o na assma 6 -

rca, quando s o encontro a f a s t a d o da s e d ~ dn conarcn.

Por tudo i s t o , o cu r so Cia Fsco la Suver ior Co lon ia l , onds so

vEo r c c r u t a r os o lonentos para ~ ? s t e s cargos , t i n h a de s e r essen-

c i a l a a n t e u a cu r so 9 r o P i s s i o n a l em a u e o es tudo do d i r e i t o f o s s e

f c i t o coa urn sentdido ~ r b t i c o . Vc verdadc, Dor UT l ado , 3'50 con-

f i a d c s ao s d a i n i s t r a d o r a s fung6es do j u i z e cons,?rvndor do r s a i s -

t o c i v i l ; Tor out ro , ao s < > c r c t 6 r i o , ss funq67s de n o t j r i o .

. - - - - - . . . - - - - - - . - - . - - - - - - - -

74 - Concolhos, Divorsas c l a s s e s e pesoect ivos ~ ~ r o o ~ adminis taa-

t i v o s ,

Snboaos que, ao l ado das c i r cunsc r iq6es , encontraqos na d i v i - . . - - -

3 5 0 a d m i n i s t r a t i v n das c n l b n i n s , os concelhos.

S ~ O c l a s a i f i c z d o s ea t r a s c l a s s e s a qus corresoonden coroos

Cs zr t s . 4 1 1 , @ 1 3 o $13 da I?, A,TJ, d i s t r i b u e v e s s c s t i n o s de

corpos sdmlnis t r r . t ivos nolas v j r f s a e s ~ h c i e s de concelhos.

Page 229: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

lo - Nos concelhos , qualquor q u e s e j z a s u s c l a s s e , que f o -

r c a c a p i t a l de c o l b n i c d2 govorno q q r n l ;

2 9 - Nos concelhos do l a c l a s s e a, qus o filtimo r c c s n s e a w n -

tq s t r i b u a a a i s - - - - - do 2000 h . ab i tnn t s8 suror)ous ou ~ ~ q u i ~ a r a d o s " ,

A r t . 412 " ~ a v o r 6 . comiss6os a u n i c i n a i s :

lo - Nos concclhos dc la c l n s a e a que , por s u s D O D U ~ ~ C ~ O ,

nZo per tonqa t o r c 6 ~ a r a r u n i c i o a l ;

2" - Nos concnlhos do ? a c l a s s e earn m i s d s 1500 h a b i t a n -

t e s ouropous ou o q u i ~ a r a d o s " , - .- - - -

A r t , d l 3 "Havox-& j u n t a s l o c a i s :

1" - Nos concclhos do 2a c l a s s 3 ngo covor,?ondidos no no 7

do a r t i g o a n t o r i o r ;

29 - Nos conc,?lhos do ,'?a c lasse" .

Aos concolhos o c r f e i t o s corr3sponde cgvnrz v u n i c i o a l - - -

11 11 11 i a o c r f o i t o s c o a i s s z o v u n i c i p a l - - - 11 11 r u d i v o n t a r c s 11 - junta l o c a l

Vos a r t s , 189 e sogs. fixav-sc? as r s q r n s sobre a orgnn:zn~; ,

f u n c i o n ~ ~ a c n t o o con9et6ncia d a s cfiaaras a u n i c i o a i s .

350 comoostas oo r un p r o s i d e n t e , n o v a d o m l o qovsrnndor a s -

r a l , c por q u a t r o vogais . o l c i t o s .

0 s a r t s , 511 o s o q s , ref.31- TI-s~ i s c o ~ i s s & s nunicioais. ST?O

coapoatas por u a o r o s i d e n t o , d o i s vogais n o ~ s a d o s e 36 d o i s 91ci-

t o s . Nota-so j & una r o s t , r i q z o s m r s l a ~ g o i s c f i ~ a r a s ~ u n i c i o a i s .

0s a r t s . 51;. e sogs. ve r snn sobre a s j u n t a s l o a a i s qus s? cov-

?&a do ua p r o s i d c n t o o d o i s v o g a i s , uv n o ~ e s d o o o u t r o s l o i t o . A s

f u n q z c s dc p r c s i d e n t o d?" j u n t z s z o ;3xarcidas p9lo a d a i n i s t r a d o r do

concolho.

Page 230: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

Ern t o d c a organizaqKo dos conco lhos , nas c o l 6 n i ~ s , s e d2sco-

b ro unc oss i rni laq$o corn z s corcssnondcntcts i n s t i t l ~ i q & s ~ s t ~ o n o l i -

t anas.

- - . . - . - - . - - . - - - - . - -

75 - Pos tos n d a i n i s t r n t i v o s . C h ~ f o de oos to . A s o i r s n t e s , --

Coao d i v i s z e s nnnoros d c n t r o da c i r c u n s c r i c ~ o encontra-os os - - . . . . - . - . - - - - - - - - poa tos a d n i n i s t , r a t i v o s , 5 f r o n t c dos o h a i s e s t h o coloczdos os - chs-

f e s do pos to ,

0 chcfo do p o s t o <$, oa 6 l t i v a a n i l i s o , uv aqz3nto s co l sbo ra -

dor do a d a i n i ~ t r n d ~ r do c i r c u n s c r i q z o .

D i z o a r t , (7 d a n . A. 71. :

"Em cada g o s t o a d m l n i s t r a t i v o havord uv ch : t o do nos to , no-

moado nos t c r v o s d s o r c s s n t c r.sforma e d i r sc ta lncn to subordinado ao

a d a i n i s t r a d o r de c i r c u n s c r i q ~ o " .

0 a r t . '€3 cnuncio n u n i s a3 auas f u n ~ z ? s :

"AS funq8es do chc fe dc o o s t o szo do d l ~ a s ordens:

a) Dc p o l i c i a .

b ) D c agcn t e do a d q i n i s t r a d o r de c i r c u n s c r i ~ ~ ~ o " .

Sozuidaaonto , nos n r t s . 69 3 70 v s n uva sxtonsn d s s c r i ~ i n a g i i o

do coda uaa d c s t a s ordons de funq??s , a? a s cc r5o X, consn4rnd3 a

e s t e s f u n c i o n 6 r i o s , t e r a i n a c o n o d i s 5 o s t o no a r t . 7 2 : "0s d i q l o v s -

dos corn o c u r s o dn ' s c o l a S u p ~ ? r i o r Co lon i a l , auando d?somv?nhnrwv

c s f u n q z c s dc che fc s da nos to , usa rzo a d3signaqEo dr? c h 3 t a s d? 00s-

t o e s t a g i h r i o s " .

Corn . f e i t o , t e r v i n a d c o cu r so , os d i n l o ~ a d u s n e l a Esco l a Su-

o c r i o r Co lon i a l , vEo c s t a g i a r durcnts uv ano Dara uq o o s t o a d ~ i -

n i s t r n t i v o ondc to+mr?,o c o n t a c t 0 coq n v i d n do m7t.0, norsnd3rZo a

conhscor os i n d i ~ o n a s , os s eus n rob loqas (3 cono r o s o l v 3 - l o s , 9 36

Page 231: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

o, t r a l ~ o l l ~ a r l i gados aos Adainis t r a d o r e s , l?, e s s e n c i a l ~ s n t 2 qnra

o cargo do admin is t rador que n sua orer>ar,scZo 6 " s i t ? , o evborn s e

c r i t i q u e o t c r o n dc s n t r a r i a e d i a t a a e n t s covo chefes da oos to ev

con tac t0 COT a v i d a c o l o l ~ i a l corn todos os sa1is oroblevns d i f i c o i s

do r c s o l v c r , o c o r t o 6 ouo e s sa ano de 3s tSq io l h c s d6 ~ r 6 t i c n o

conhocirnontos nccoss6,rios pa ra m i s t a r d s v i r e v a se r bons func io-

0s a s o i r c n t o s ~ ~ d a i n i s t r z t i v o s 950 toqbC6q ?,q?ntes do a d ~ i n i s -

t r c d o r mas t r abn lhza , r % 3 g r n g3rn1, nss s ? c r o t c r i a s zux i l i ando o

76 - Auxi l i a r e s da ~ v d ~ ~ i n i s t r a q ~ o civil:

a ) Cioa i s - - - - -

c ) Autoridzdas a12n t i l i c a s .

3s tudada a h i o r a r n u i a da a d m i n i s t r a ~ , 5 o c i v i l m s t a f a z s r r a - 0s

fo r6nc i a aos a u x i l i n r c s dassa h i e r a r q u i 3 : / c i o a i s , os int6rnrc2tcs

0s c i p a i s s zo i n d f 3 ~ n a s q u c q r e s t a r a a s e rv iqo ailit3r 2 m i s

tarclo 17611 n s?r nlorovcitzdos c o ~ o uva ?soicie3 d? n o l f c i z l o c a l de

qu\: ct ~ ~ d a i n i s t r n d o r d i sp6c par? ? n t r a r 2~ comunicaq50 corn os cho-

fos.

o se rv iqo a i l i t n r n u co l6n i z s nZo ~ o d : s : r o b r i a a t 6 r i o o o i s

o c u r t o e so~ ,qo d~ tomoo dz cnco r~oraqKo ( 3 s n o s ) nzo n ? r v i t i r i n

i n s t r u i r dovid./lrlzntc: w i o r qzrt.: dos i nd i a?nns .

i s s o , 071 P13g012, DO^ ?xevolo, ?x i s t1sq a w n a s l o comanh ia s

indfgcnos d2 i n f s n t c r i a 2 bat ? r i a 8 do n b ~ t i l h m , r i a o qu? t$ w n i -

Page 232: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

f o s t a a e n t c i n s u f i c i c n t o para n s n3c13ssidades dn col6nin .

pias o s e r v i q o r i l i t a r cq A f r i c a n5o Drocijrc nncnas f a z e r

bong so ldsdos , tom t aab6a uan funqf59 educat ivn , 0 indfqe3na l eva

consigo a mulhor o 03 f i l h o s , qu-3 f i o a r 6 o h:bitbndo junto do aua r -

t c l o , umn vcz a i , 6 au11notido a uma i n t e n s s n q s o c i v i l i z n d o r a ,

s3indo 30 f i m do t r 6 s anos a P a l a r correntawontc o oortuguEs e ,

por vezes, cornoletavonte transformado.

Como di3sEvos, Q fr t?qu6ncin do a e r v i ~ o ~ i l i t a r 6 r sduzida .

Disqondo cadc comncnhia dc ce rca de 50 hol-crns oodoq 0 1 1 ~ n t o v u i t o

aourar-ae o a cadn nno uns d o i s v i l .

?? dosso ocaucno con t ingsn te a u o s x i e q os c i o a i s . '(as e s t e s

i n d i g ~ n a s , una vcz inoqs f idoa ds autoridnd,? , ao l zdo do brrtndo,

c r i a n s6rics d i f i c u l d c d o s a uma dsvarcaqzo do l i n i t s s de " s f e r a s

dc acqzo.

Tornatn-so m , i s dosp6t icos j l ~ n t o do3 i r ~ z o s dl3 raqn do a u e os

colonos, :;et6-10s na orden 6 u.na das t a r o f a s n a i s d i f i c e i s n a r s

0s i n t 6 r q r c t e s 960, coao o nova i n d i c a , i n t * 2 r r a d i & r i o s nns

rolaq6os dos indiqcnas corn a s a u t o r i d a d ' ? ~ oor tuqussas , t r aduz in -

do r c c i ~ r o c a a 7 n t c a s suas - - l i nguns . -

Fina lasn to , v6a ns au to r idades g e n t i l i c a s 9\12 c o r r o s n o n d s ~

308 ant igos1 ' r6gulosn ou "sobns".

A R. A. U. c l a s s i f i c a - a s m:

J B L ~ ~ S ; a ) Rcgcdoros i n d i :

b ) Chcfos d o g runos dc novo~q?hs indiqcnas ;

c ) Chcfos dc oovoaqso indipsna ,

Nota-so a oroocugaq?,~ do l e g i s l a d o r ds i n t e g r a r os che f s s i n -

digenas ns h i c r a r q u i a z o r a l das nu to r idades a d n i n i s t r a t i v n s .

Dc f a c t o , o chefe nnrcsonta-sc 30s i n d i i o n a s corn u*na arf tor ida-

Page 233: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

'1-e quo l h e vem d-a s o 5 e r a n i a p o r t u g u e s a ,

'NZo pode*nos, p o i s , cov ~rerdetde, f s l a r , e n t r e n j s , t'io s f s -

t c a a i n g l 6 s 6-e adminis t raqGo i n d ~ r e c t a que , d e r c s t o , e l o s e s -

Cap, fJni.co

9 ;>robleva d a p o l i t i c a c o l o n i a l cost,\^^^ s c r + r a t a d o l o q o

.- . ..., .. - - ~ : - i ~ e i r a s a u l a s clos c i . ~ r s o s i!3 ? L c i r i n i s t r s q z o c o l o n i a l ,

. . a s o Ir, Prof, Dr, , t l a r c e l l o Cact,nno tern-sc nT3st,fdo de ns -

1; - .-z-ocoCzr ;,orclic: 6 313 07ii1ig0 q u 3 , sqndo os ~ r o ~ ? l ~ s l n r z s da po- L, L -

l i+ , ic : s a q u c l e s onfie s e vzo r o p c r c u f i r t o d a s 5,s p n r t i c ~ ~ l n r i c l a d e s s I

'.r ? , C : ~ i n i s t r a q c o c a l o n i a l , o s c lunos n5o podom covyrecnd? - l o s , w

. . - \ t ) d i ; ~ tomnr ;30330 c o i - 1 ~ 0 n i 0 n t 3 ~ ~ 3 n t e dos si;!~..; t ; r ~ o , 3 , nntt2s

'c tc l lc? urn3 v i s s o panord?ri.cn clo csyeci.;l..itlzcc I ii:: , : c o n o ~ i a , dn

~ , ~ n i n i s t r c r h o do d i r o i t o c o l o n i a l s .

36 dcpois do c o n t n c t o cov c s t a s qul:st ,7ss !!.r&t ic rbs s<? pocln - - 3ul:ir i s q110~1to23 dt.3 o r i \ ? n t ~ , q : ~ o g e r a l ,

0 ' ,;ro??lorc "z ; ~ o l i t i c ~ , c a l o n i -.l cons i:: t.o , f u ~ : ~ d s . m c n t ~ l v e n -

t 2 , dv sal?<;r nu -1 d 3 v ~ 30r o posiq50 r e l ~ t i v a d ~ " v e t r 6 p o l o i t

dns c o l - h i a s , o q u z l ?, funq?o q u o 2 yriv,:$ircb dcve d,::s::vvcnh~~r w \

c a r c l n q a o z s s c ~ r u n d ~ s , ? n c + u ~ n t o c o l o n i z a ,

Dis t ingui r i : f los c.)s cl-of s ,:spoctos.

Page 234: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

78 - 0 problems d a s r e l a q G e s o n t r e 2s v a t r 6 p o l e s e ns c o l b n i a s :

s u j a i q i i o ou r.ssocfaqi?o ? i m p e r i o s ou f e d

Ve,jnnos, e n pr i rnoi ro l u a z r , o p r o b l e m , d n p o s i q 3 o r e l a t i -

va d n ~~~~~~~~c C: d?s c o l b n i a s .

Scbcmos auo h6, no vord-,do, no f enbveno c o l o n i z l , uv n l e -

wznto d o s u j e i q g o ,

Contudo, v c r i f i c ~ , - s o h o i , om q u i t o s p2iaes a t3ndGncia

r n t r z n s f o r v a r o s i m p 6 r i o s c o l o n i ~ , i s , f 11ncl:dos n e s s n l3asa de "

s u j ~ i q 2 0 , 2~ f u d o r a q 6 a s au " c o n u n i d a d s s " do i n d o l o f a d s r 2 t i v 3 ,

ondc o s d o a i n i o s u l t r a n p d r i n o s nos 3 p a r o c e q na ~ o s i c z o de Xsta-

60s f e d e r a d o s corn o E s t a d o ~ c t r o p o l i t n n o .

~ n t z o , d o s c p a r c c ~ o alorzonto dt: suj : iq>o nsrz h z v e r urn f a c -

t o dt> n s s o c i c ~ ? i o quo ae t r a d u z n 1 J W ? " f s d + r z c z q " ou " u n i *

?or o u t r o .

$10 i ~ p 6 r i - o c o l o n i a l uv p i s d o v i n n o u t r o Fa rn des2mpenhar

n c l o uma f u n q z o c i v i l i z n d o r ~ , , i s t o ,;, ~ Z F G o b s n a f i c i n r .

P o i b c s e a d o nos t i : p o n s n ~ c n t o n u ? R y c k ~ n n s , q o v s r n a d o r p r a l

do Congo Bs lga , t s n d o o s c r i t o u a l i v r o s o b r e a f u n c z o c o l o n i z a -

d o r a d-7. ~ S l c i c a no Congo, o i n t i t u l o u s u q o s t i v z v c n t , "ao~iner

o u r s c r v i r " ,

dcdc por paete do p a i s d o s c o b r i d o r e c o l o n i z a d o r ,

R c s t a s a b e r 35 03 t c r r i t b r i o s ? f r & a n s s , j% ? s t z o nptos a

d i s p o n s a r e s s o d o d n i o o a c o n s i d c r s r - 8 s oowo 9 1 9 ~ 3 n t o s , eq13ora

Page 235: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano
Page 236: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

h

Yara a i n d c p c n d c n c i a ou 2xp?,ncL?o n s c i o n n l ?

0 s i s t o v z l ~ r i t t ~ n i c o u a suz, c r i s , ? ; o s i s t ~ w z ~ l z t i n o e 2s

y u a u .'.ifiCul\'adcs,

pole nos t i? r r i t6 r - j . c , s coloni . i s ,

l,~uc,s c o r r ,n+,so s o t 6 v dob::tifio no1 G l t i v o ~ 6 c t 1 l o a l - i r i nc i -

j i igs C ? C T , ~ C , m2s 110, j~; .?Tms s50 c r i t i c ~ d s s ?, l u s dos r c i s u l t n d o s

313ti~f~3s.

A p r i m a i ~ ~ , ~ p o s t c GT. ~ ? r $ ~ t i c a p u l o s i n q l e s + ? s , 5 n a u e COT-

" 3 o l t i n d i r > c t r u l e " , 3u s e j c q u c se

c i f r c t cm trSs p o n t o s f un?zv~ :n t ,~ , i s : ' t n u t o n o ~ i z " , "qov ~ r n o i n d i -

r e c t o " e " L d u c c c % - rdos povos ;,zrc 2 indopc2nd? , c i ~ " .

SegiinGo o s f s t ~ m i n ~ l 6 s d ~ v ~ w - s e cons : rvn r ?ci--v tudo

2"s o s t r u t u r n s socLrtPs t r ~ d i c i o n ~ i s dos POVOS n ? , t i v o s , 3 a u s s o

r t , lz cu l - tur? , , 1 x 1 ~ ~ s i n s t i t u i q s j ; s p o l i t icas dce i n d i z o n 3 s . As

c ~ , u t o r i ~ - ~ c l o s c o l o n i ? i s ~tovsm. a p c n a s t o r c o n t z c t o COT o s c h c f e s

7 r n ,,-, p-) T u l a q z o s n ~ t f v a a ,

iissia, mcsao qunndo n z o s c j a e s s ~ 2 deno*rlinaqzo, cstn*rlos

- r3a e-I prosen$?, ~r ;uwn. C S ; ~ ~ C ~ I ; de ~ ) r ~ t ~ c t o r a i I ~ .

0 gov$rno ink:18s 2 ~ i x a ?u(> o ch:fe indiq:,nn, n t r z v 6 s d o s

' 1309 a c ~ s t u ~ e s ~ 175 ~ ~ Z C L I G O J V O ~ U ~ P o aau z r u n o t r i ' ~< : l .

A s o c i ~ d ~ d s n a t i v ? " c o o t i n u a r 6 , e v o l u i n d o ;!,nundo r c p r a s n z -

t , u r c i s , s ~ g u n d o o s seus p r i n c i p i o s t r - d i ~ i o n ~ i s . N ~ D s e lhc

t , r n n s n i t a a l i n g u a G a c u l t u r r t ing l??s?+. P r o c u r n - s s a p 2 n a s a -

c - ~ l ~ ; > a n h a r a ~ v o l u c ~ o ctesso povo ct6 slt t r a n s f o r q a r nuln povo

in 1 ,:pc:ndcntc.

A funqiio d o povo co lon iz?c ;o r 8 , yor t . ln t ,o , z de t u t o r ,

Page 237: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

9af q u e as denof i inaqces - " ' t e r r : t6 r ios t r ~ t e l a d o s " , " r e n f ~ e

cle t ~ t e l a " ; o t c tenham v i n d o C~os i)ovos % I - , ~ - ~ O - S I X ~ ~ S ,

Do f a c t o , ~ a r a o s i n ~ l e s s s , a ~ e t r b ~ o l r nzo Q %=is do Clue

urn t u t o r que acoapanha as c o l 6 n i . a ~ a t 5 e l a s p+lcancareT a w i g -

r idadc e poderem s e g u f r o s e u d e s t i n o , "

P o r t a n t o , a oOucsqZo para. a i ndcpcn i lgnc i s c o n s i z t s n so s6

C T r c s p c i t 8 r o s ;-)rlnci;,ios t r a d i c i . o n n i s d53 ? o y u l n r ~ s 3 n n t i v a s

T-,S t a m b 8 ~ e v c o n c c d e r a o s gove rnos c o l o n a i s uva csdn v s z v n l s

2m,112. nu tonorEa , -

A T n c l a t c r r ? provove a , a r t i c , i , -,rr,o clos c o l o r ~ o s e n n V t i v o s

na ~ : l a l ? o r a q & ~ das lois e s p o c i z i s d.: csda col6ni .9 ;.nrn. ' L S S ~ T Sr:

i r c q t o r n a n d o a p t o s a g o v e r n s r - s e pop si ; 1 r 6 ~ r i o s . A nu tono-

7i.a t o q UT a ~ n t i d o p o l i t i c o , conlo y r j n l ~ i r o ;\as30 p r a a i n d z ? c n -

D o "1vp6rio R r i t B n i c o " vcti-sl> s z i n d o %\3rnu -, " ~ o ~ u n i d a d o das

'1 "

ncocs F , r i t & n i c ~ ~ s " c u j o s c l o r ~ n t o s s a nos a p r , ? s s n t n v nos ~ a i s

::ivorsos graus dc o r q c n i z a q z o , o l i t , ica,

$To p r i ~ e i r o granu e n c o n t r a r o s z s c o l 6 n i - s :I3 Coroa, p a d m i n i s -

.,.: 7 .. ,'1 I?.R ?o r u a Govornn.c?.or, ro ;pcsont?nt :? do R J - ; ~ , nuo 4 n s s i s t i d o

r'.u-n c o n s e l h o dc govc rno consultive.

S c g u c r - s c o s p r o t ~ ~ c t o r ~ , d o s . - i ~ - n t c r c o i r o luqcr, v8v 53 c o l b n j r i S i?-: , T O V - I : ~ ~ O s ~ * n i - r i : p r - > -

- ,;c;n+:ct ivg q u o a i n d c ,;s t n o num.2 c e r t a p o s i q ~ o dc do;-v>nd6ncia e q

r,;l-q5,c 30 C o l o n i n l O f f i c o , '

TJ9 c n t m t o , 2 x i s t e 56, UII 7 a r l z q 3 n t o l o c a l qu; l e s i s l a go13ro

Page 238: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

v z i o r --t- 4 - 3 yz,t, ,5rias o o G o v e r n ~ ~ d o r , no o x c r c i c i o d:?" f u n -

qi5o o x o c u t x T ~ c , 6 a s s l s t i d o d2 q i n i s t r o s q u 3 Veapondem p o r z n t c o

? n r l z ~ ? n t o ,

Por f i l t i ~ o , s h P S d o ~ i n l o s e~ O U ~ S O - , t inac a p l s n i t u d c

fi-o gov~:rno r e p c s o n t a t i v o , O G ~ v ~ ? r n ~ ~ d o r , r . ; 3 r ? s > n t ~ n t s d o R c i , P - jo nao i n f l u i n c mzrc5z d o gov : r n o ,

0s (1-oqinios o s t z o l i g n d o a 5. C o ~ u n i d a d s ;?or s i v ; ~ l = s l a q o s

: G f j d c l i d c , l c dc ao s o l > e r ~ . n o c o r m , 5 Coroa,

Finalmontc v 6 ~ o s 3 ~ t : ~ d o s i n d a p e n d = n t o s , : x - d o v i n i o s a u s

~,'cn>s ( ~ 3 ~ 0 3uc;cle cov o Inc Ius t50) vz t8 r rz lacGes da alianqa corn

?, ~ r z - ~ r c t s n h z ,

Or?, d u r a n t e ~ u l t o z a n o s 3 I n g l z t c r r n d o r o s i t o u uva c o n f i a n -

c a c e c a n o s t u s d t o d o s , c o a s f d a r c n d o o s:u s i s t e ~ a da " a u t o n o -

~ i - ," , a hltinna p a l ~ v r a e n r t o t j r f n colonl : . l .

'as h o j c o ~ s n s a a ~ n t o c o l o n i a l i n q l 5 s ? n t r o u e v c r i s e .

11- I I ~ , 1 - t e r r a v o r i f i c o u n s o 36 ~ U F : os FOVOS IULS t l i t e l ~ v a

., r I ' Y T , ? w r ~ t ~ ~ dc. t ~ v p o :, r o ~ ~ o l u c i o n ~ r i ? ~ ~ 3 1 ~ t - 3 , 2 t u t q l - , , C O ~ O

' 2 - .6-1 c u o ~ 3 _ i f i c 1 1 ~ e n t ~ S O c o n s 3 g u i r 5 y n n t ;r ?ssss -oT70s l i a z -

2s Tor l a q o s G? n,lizV!r;ca, ~111013;10 c l : s , 7 c o n t r 5 r i 0 , . rnni f13s-

t?,- v i v a k y O ~ t i l f c ~ - c l o o o p d . 9 p - ' os d o ~ i n o u ,

Isso Lroz COT ~ 1 2 : a l g u n s 80s c l ~ ~ e n t o s v n i s r e r r e s e n t z t i v o s

12 ; m l i t i c z c o l o n i z l i n g l e s c l s o p e r q u n t e v s i vesvos s e s 3 r 6 ,

nz v e r d a d e , o ~ 6 t o d o dz " a u t o n o ~ i ~ " , o & t o d o i d e z l , 2 , z o fzzc-

re? a c u t o - c r f t l . c n ds suo, n c c z o c o l o n i a l , p c r q u n t e v a inda se o

r ~ - n t c ~ s defendido n$o t e r i a s i d o a n t o s u r n Frova de ? a o f s v o , de

c . ~ n a c i ? n c i a a l t i v a dz p o s s e do uma c i v i l i z z q ~ o s u q ? r i o r , q u e se

4cvc eusrdar z v a r z ~ e n t s o n50 k 3 r t i q o d e e x y o r t z c z o .

? c e r t o q u c c s t ~ ~ r i n c i p i o p o l i t i c o v:i 2 n r z i z n r - s a ns pr6 -

p r i z r c l i g i d o dz v a i o r i a dos f n g l e s e s .

Page 239: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

0 p r o t c s t a n t i s ~ o I!$ 5 doutrina do F n i l i v i d ~ ~ ~ l i s ~ c . ?,.:gunclo 3 2

e l o , cad: i n d i v i . d u o k j u i z h n i c o d o s13nif ioado/r \ - l?yTrz di Deus, " - P c s d a wa d e v c i n t a r ; : r c t j - l a ?t l u z d a suz r a z z o , A s - J ~ v : ~ c : : ~ o o

obr a p u r a w n t e incl.iv i?.l~al.

com?re;:ndc-so quo os t7 .s Ldc i a s r c ; l i g i o s ~ s V ~ O i n f l u 6 n c i s r

p r o f u n d c n c n t e 2- s s t r u t u r n d o p v o quc 3 s pr .3conizn . H?, n e l e

urn I ~ ~ J C O c s t ? , i ~ l ~ 3 i ~ ~ : " ~ a d a u r t r a t , ? d o s i n , 9, n s s i - , o r a o

i n d i v l ( ' i u n 1 i s ~ o q u o d o ~ i n a v r . 1'1a r e s o l u c ~ o d,: t o d o s o s ; ? rob l s l r l~s

~ ~ 0 1 f . t i . c ~ ~ ,; e c o n < ~ v i c o s ,

Orn os povos l c t i n o s d i f ? ~ r c m , a t6 n a s concoyc5es r r s l i q f o -

7. * ? ,, _.. , dos ? . " , i l g l o - s ~ ~ x r ) ~ ~ .

CrEzm- nuyz zutoridar?c, r c p r e s s n t . 3 n t s d:; C r i s t o nr; terra,

P.-IC d c f i n s cs v i z s por ondc s o c n c o n t r - r < z s n l v z c k , 2 s t a 1 ~ . 2 1 0 -

-. -. marc1 a sc;:uir na v i d a t ! > r r o n z c r { = q u l z n v i d 3 d2 convivGn-

cic c n t r c 08 howens p a r a u e s a c u v p r s a L s i d2 %us.

-knircc?os ..)or 3 3 t 2 p6, n5.0 z d v i ~ ; ~ C J ~ I I ? 11133 t, ~ V ~ ' ? S S I ~ V O S l a n ~ a - . . . ~ c y 0-1 f ,:.,r~. 5 , ! . ~ s c o l ~ ~ f r t ~ . ".-.n novas t c r r z s , i?yuls ion-?cios ~ c l o

c.u,; joll3~os c h r . 7 ~ ~ 3 b n s i z ~ l i s s i 3 n & r & f i n s i n d-: conv . ! r t8 : r , de

t p as o r l t r o s Y Z c n v i n h o dc Vcrdnd?.

u.qa 26 - j c : - L C ' ,? 6 , ;?or 2 ~ o r Isls, a u ? s o devr? t r a n s -

:=irTzr o "bc,.-e- .7 , lhol ' n o " h o ~ ~ r novo", .o '??vr'7-:ro no c i v i l f zndo,

73nvor taC 6 , : ) rac isamonto , o ; ~ r a r nos o u t r o s uma ,n~~dnnpn ds v i -

-,, % z ~ m d o - l h o s s , su i r a c o n d u t n quc nGs j u l z a ~ o s boa,

11 ~ c u i ~ : n c o n t r a m o s j6 uaa prcocupacEa z o n s r b s s : ~ 6 s p 3 s s ~ i i -

+ 3 ?" Vcrd~.dc , 6 i ) r o c i s o d c - 1 % c conhccor f l .

7 s t ? , ?, ;>osiq:o dns povos l z t i n o s , c o n c r e t i z a d n , p r i n c i p a l -

~ e n t c , por p o r t u q u o s c s 0 c s ~ n n h z i s .

T r z t s - s c do 1:va p o l i t i c & dd a s s i v i l ? ~ ~ ~ , Quaravos t o r n a r

o s i n d i g a n a s s i . ~ ~ : l h a n t ~ : s o, fibs, so11.:lh3nt :o , y r i w ? i r * v ? n t e , no

Page 240: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

cnw?o c s ~ ? i r i t u a l ; 8#>;??is , j6, quo C r i s t E o ~ , f i . 1 1 1 0 ~ ; 1 ~ DOUS 2 ir-

mgos c o s s o s , uns c o u L r o s r a d i a i d o s p a l a Oraqa, s w a o c l ~ ? a c ~ o -

a ; ~ : : i ~ i l : - 7 z i mzis 1on:ro. I , C V ~ ~ - S ~ - ; O os o?nv t r t i 2 - :. T*-113-

t a r o nosno v c s t u 6 r i 0 , o s nossos h 6 ' ) i t o s , a nossn l i n c u a .

? , s s i m , z U Y ~ C Q S ~ ~ ~ L ? C , ~ , O r c l i q i o s ~ sm3guir-SO-& uvz a s s i - w

?.,I -,r 7,r3 cul t71rn 1, 1 i n g u i s t i c c , s g c i ~ l ,

~ 1 6 ~ :!isso, o s p r i n c i 7 i o s z s s i m i l z d o r :s do- inar50 a ~ o l i t i -

c ~ , a F, 1 c - i 3 1 " . C ~ O .

l ~ n t r r ? n6s , r , ;wsar dc hcvor t s n t o s :.:t,,+ut?o c013nii2is 0ur.n-

t o n 9s t , r r f t i r i o s coq W O V ~ : ~ : ~ O S c i k l f ~ r ; ; l 7 t :L;, coY;s :zt~iii-sr: r : un i r

numo Cz r t a ~ r - , ! i n i c n Cnica , '72s ;3 conluns 2 t . 0 ' 1~9 2s colbnf :~ .

? ? s s n o qu-nBo, a i , t o r i ~ r q > n t e , 17avia u ~ a c % r t n or,zhnic2 n ~ r ' cad2

c ~ l ~ l i i 7 , JS p r , cv l t o s (13 toc?ns olcls sr2.n nluito si:ml:lh;:;t~,;.

Tor o u t r o 1: lo , 2-:isto rlnl c l i r ; i t o c i v i l nul: tendc c ser

c ~ ~ ~ l i l r n w r a tod-os 9s 3 s s f ni13dos do U l t r 2 ~ n r .

rrrl res~1"10, 9 3 i s t 3 r ~ rle a s s i ~ i 1 2 ~ 5 o v i s 3 s 'YPre- ?stn. i d o i a : " - - " :I: i163 ~ ~ 1 1 s i G . ~ r - * n o s a nos sa c i v i 1 i z ~ ; r ~ o c r i no 3 m,:lFor, ??vc:-

t r 2 ~ s v i t i i l a o u t r o s " ,

' , n c s t o s i s t c ~ n , q u ? l o 6c:stino qu, , 3;: narc& 30s tlC3rriti)-

r 2 l o n i z i s ?

C l n r 3 ~ U C ngo ;)0i3 ho,ver ~ i s t ? * l a Ll: > J - n i n i ~ t r ' l c ? @ i n q i r c c t a "

rZruc ; jus t2vont>e oncontrnmos o r ,~nn izc ,cS ;s ~ 1 ~ t i v 2 3 n11; 320 O U -

t rz3 tan t? . s T o s i s t j 6 n c t a a , ; ~ G ~ O S S ~ U S U S ~ S o c o r t ~ ~ v a s , ii t,zrofo,

r r u Q n n L V ~ I . D + P Z O .

Pnr f s s o , z nossc t 2 n d & n c i ~ , f o i sF:mrr~> n z r l o - ~ s t a 1 2 e l e c i -

t-1 11-e tin ~ O V C P ~ O d f r e c t o , A s autor idadorr ~ o r t u z u : s a s ocu-

, 1 . - r l c c : i ; ;lor s i d.os pro77l,sm~.s l o c a i s que ;\rocr~ram r o s o l v 2 r . ~6

r F , r l : r z ~ " o s chof,,s n a t i v o s corno cq>?n t e s , c o ~ o nuxi l izrc3s da ad-

~ 1 1 1 ~ s t , r n q 5 0 , nzo ;2arz, q u o clos o f e r ? c l ~ z s ~ ? " a u t o r i d z d o 5 so13c-

Page 241: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

p;.nic po r tuguasa . AO c o n t r b r i o , 0 0 chef? i n d i s o n a rr.cal,,: d c s t n ,

a c u t ~ r i 6 a d e guc ainda ~ O S S U ~ . S? S ? SO s2rv i . r os i n t e r e s s , s nor -

t U g U ~ 9 ~ s , sc n z o co lz l ?o ra r , o s s a )sv'?sq?. 'tutoricixrl~3 ~ c p - l h ~ ~ ,; re -

t l r n t l a .

h c i i?. t o n d 8 u c i c c " ~ 3 tro.nsfoP~3'113r :f col6nio, nllvz rt-zpcr210. do

t L , r r ~ t 6 r i ~ nac ion31,

2 c v i k n t c c ~ o ngo podo lcvcr-:J'-sc 0 sist.:.rn no a l , so lu to pois

s 2 r l ~ , d o ~ c o n l ~ o c o r a d i f c r s n t e ~ c o n o n o v f n (10s p r o . 7 1 ~ ~ ~ ~ p ,3spc i tnn-

tcs js povincics v o t r o p o l i t a n a s 6 0 ( i ov in ios u l t r? rnar inos ,

3, TFwnifl~st:.ro17tc, c r r n d o e q u i r ' ~ ~ ' l r ? r , por ?xewrl0, 1309s2

c,, lbnia do ~ n q o l z h > r o v f n c i 3 do aKinya30. Pode An3oln sr,r

Ty3vi t7cic dc: y o r t u ; c l vas t ~ 7 1 h 9 SUAaJ.19 7 S c \ . ? ~ i a l i d a d o ~ .

--, j<,:js, Cr: ~ U O ~2612 U ~ C ~'--Bs*S ~ O S S ~ S cS 16nizs 6 uVn i>nr-

- I- , t 0 y r i t 6 ~ i o l ~ a c i o n ~ l , e s t j d d ? t 2 1 v t l n , i r a ra;liccdc no . ,sr,so cs;. iri to ~ U L , a S C ~ c 0 1 3 ~ ~ c i ~ ~ o ~ ~ U*rl vovi+nf3nto 17ro-ind : - ,nd&.,,

- - U 9 ( I U ~ ~ C I U C F Bc. 3 n o s s ~ . a P ~ ~ ~ e ~ 3 ~ Y i i t ? ~ ~ l t r - ~ a r i n ? ~ , o cage l e -

nd t tzj cl-aqorosoa l 7 r o t ~ s t o 3 j Go-0 2 3 0 AIAvarvr: , pop > X n m ,

1 :, -F-t~ni3 ssc ?. Y UP. 2utonoqi3 . Ysri? urns 1 A A - - 2 ,T5 cq ~ n g l c t ; r r z ? ~ , ~ c ~ r ; ~ ~ n d ~ i l c ~ ~ ~ ~ S ~ X L S c o l 6 n i z s 6 -ncz -

- F , c s 7 G r ~ ~ L c con c. nqior n 3 t u r 3 1 i d a d 7 ~ .

cue, no funclc ;.. t o d o s n j s , hA 0 d ~ ~ f $ j o clo v : r i c n<~saas

,, 1,n129 fie9env01 vi 129, t r a n s f 0r"T-G~~s em n r ~ ~ i n c i a s

I ;u21dade de c l i r c i t o s e c o n c i ~ h s conll as . ? r o v i n c i w T L , ~ ~ o ~ o -

T ",I'l29,

- v r , Q q u e r; 7ugnc 6 a iae ic t 82 sua 1n(1ordnLGncia.

- ;tc T I O S ~ O l ? n s z y r n t o f o i : ~ a r t i l h r . d o r.i:ltm Pr-,nca om 1945,

?in2.o a s z r c o n c r c t i z n d o n a "IJniEo Fr-uncesn'l,

Gurcntc a C u , r r c tinhaa-se v e r i f i c n d o $ raves i n s u p p e i c ~ e s

- lochin^ in^. o nol i t rns c o l b n i n s , nowziln.nonte, %=%daqFbs

Page 242: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

on60 s u r ~ i u un?, r c v o l t a e n t r o dogaul?&stas e r a r t i c l j r i o s do ~ 6 t n i n .

Pouvc, Tor i s s o , cue 6.ar s c t f s f a q g o a a s p i r a q 6 c s (I: v i r i n -

ordurn o , a s s i t n nos a p a r e c o r n n o s " ~ s t a d o s z s ~ o c i a d o s ' ~ , o s "dt3yar-

t ~ , v c n t o s u l t r ~ ~ v n r i n o s " I; us " t ~ r r i t b r i o s u l t r c . v z r i n o s " , : s t z s

f i l t i ~ o s a f n h nuno s i t \ 7 a q ~ o i n d o c i s a , cov y o v ~ r n ~ d o r c s c n l t o s -

- c o ~ f a s " r i ~ s .

0 s f r?uncosua t G m s i d o , da r e s t o , o s ~ ~ r f n c i ? z i s t : b r i c o s do "

s i s t s m dz ~ s s i q i l z q z o ,

Do l,o.clo (lLos ing l13sds ost-,vn, a Hol?ncl?,, n~rts h o j s ~ s t i ? i - i ~ i ~

fn,z c S r o COT 2, 1 1 1 ~ ' l a t ~ r r a n3s c r i t i c c s LO s i s t ~ - n a da 2utonomia,

ou,; l h c fez pcrc1;r z ~ ~ i o r ~7ztrt.c d o s s u ~ v ? . $ r i o C o l o n i 2 l - 3 I n -

7 # * 317 :s1.n - con qui:m S O : n c ~ n t r c , ~ r - , s o n t ~ ~ v c ? n t ,?ln gu : r r a ,

p c r w~ I -do , nas r c l c c 6 3 s ; n t r s :x -* t? t rbpolc+ - -3 c o l b n i ? s , ..,

vS.r!, r c z l l z ? , r - s $ ; o 1%;76rio ou 2" Fodsrncirr ?

2s l o i s sist, )wnds -'\:VC s ~ r s ;.;uido: - . u t o n o ~ i a , r t n t - 3 , p o l l - - t LC'. (350 sc t r c ~ t a 6.3 " n u t o n o r i n r , d v i n i s t r i t i v e " nu03 ' c o ' t l ~ ~ ~ t i -

" ~ r e l COT o a i s t ~ ~ ; l c ? da a s s i ~ i l ? c , ? ~ o , ~ o l n ~ : f a i t o , nbs , q u c :.r$:co-

t Y-,t i v a o f i n ~ n c z i r : : dTs n o s s n s c o l b n i n s , como nz " f l t j t r i ) :~o l? rrl?-

l i z c n o s a a u t o n o v i a clos p r o v i n c i z s , :.nborz :v w n o r g r a u ) ou

sistcw* de a s s i v i 1 . e ?

~ k o d s t c s o s 7ro'?lotnr.s rlue hoje i 'r:ocuP~rn O Y '=is33 c o l o -

n i - i s . Deve notq.7-s : 01-12 nzo h6 l i q a s 5 0 n l , c s s s i r i 2 :nt ,re i:l?s.

P o s s i ~ i l o q z o t o .a1 c c c b a Be d c s v a n a c e r o ~ m ~ S r i o , ~ > x ~ c t a ~ , n t n

Page 243: Administração e Direito Colonial Marcelo Caetano

I

coao a autonomic. p o l i t i c & ddasaqreqn. E a nssiflilrtqgo ?ode

c c n l u z l r t e n t o 30 ?st2 o u d t d r i o covo no Fs tzdo f e d e r a l ,

F c r . cs col6nics l a A ~ i c a T rop ica l n ~ 3 r a do 1vp6rio ninda ,4

na9 ; l x e ~ - u . A hip6teso f d c r a t i v a , como t e r n o p o l i t i c o da avo-

lu-:) pr13rial, G o p-tl-aco !o ~ x c l u i r , c w t o a u e os por tu -

;uL,r,>r, n?.3 -?ostri3.reln nuncn, (712 gr -ndc t c n d 6 n c i ~ r n r n os regimes

1 1 u : r - t ivos : -5s isso n6o s , q n i f i c a q u o coln o tc.n;-o nzo venhnq

c! cl>n, r ~ z n d ~ r a ZUO. :3r&ticc

0s ;)ro'3lb~z.s f i c m lin\nci?,dos. N ~ O nos -3rtt:nce TnorrL

.'-cr-lb3 s o l u q ? ~ c m c r o t a pah o nosso nafs .

1 0 t e rminzr a ~,ubl-ic~,q,?c i l d s t ~ s liqzc::, nu ~ i r e c q z o dz A s - -

s o c i c r r , ~ ~ c ? . : ~ : > ~ i c n :15o q u d r 0ix.r d!-: ? r o t ~ 3 t - y ~ o squ ~7rofundo

;_1~c013!-1 :cirncnto 20s 'xs' T-,nr, Prof . Doutor "zrc : l l o C2?t3no I-:

D r , I , I ~ - ~ ~ C ~ U O S GUCC s - ,rcTas:or c a s g i ~ t < 3 n t , ~ : da carl?irn, - i-1010

s Q n l \ r < p ron to y c c l h l n c n t o J n l i o s o T o x i l i o q u a ; . r ~ s t ~ r n m qos

o n c ~ r r c - ~ , l ? o s ck, ., u l ~ l i c n c ; ~ o . h

A suas Exccl j nc i a s , os l ~ s s o s zqr2ci>ci~.rctntos.