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1ADMINISTRAÇÃO DO DISTRITO ESTADUAL DE FERNANDO DE NORONHA-ADEFN: EDRISE AIRES FRAGOSO Administrador Geral JOSÉ LUCIANO CORREA DE OLIVEIRA Diretor de Articulação e Infra-estrutura GLÓRIA RUTH DE ARAÚJO Coordenadora de Meio Ambiente e Ecoturismo MARCOS SERENO BEZERRA Gestor de Ecoturismo EQUIPE TÉCNICA: Marcos Sereno Gestor de Ecoturismo da ADEFN Flávia Pandolfi Bacharel em Turismo da ADEFN ESTAGIÁRIAS: Claudiene Patrício - Estagiária de Turismo da FACHO - Faculdade de Ciências Humanas de Olinda Juliana Chaves - Estagiária de Turismo da UNIVERSO - Universidade Salgado de Oliveira APOIO TÉCNICO: Leila Holsbach - Chefe da Divisão de Análise de Mercado da EMBRATUR- Instituto Brasileiro de Turismo COLABORAÇÃO ESPECIAL: Fátima Cabral - FACHO - Faculdade de Ciências Humanas de Olinda Gilce Zelinda Battistuz - Estatística da Secretaria de Estado do Turismo do Paraná Ione Dantas – EMPETUR - Empresa de Turismo de Pernambuco Michelle Lima- Bacharel em Turismo da ADEFN Ângela Tribuzi-Bacharel em Turismo da ADEFN Roberta Cunha- Programadora Visual da ADEFN Mírian Lúcia Pereira-Supervisão Geral de Informática da ADEFN Renata Victor e Cecília de Sá Pereira- Fotógrafas

Fernando de Noronha, Maio de 2004.

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SUMÁRIO

I – Apresentação 3 II – Metodologia 4 III – Conhecendo o Destino 5 IV – Análise dos principais resultados 6 1 – Perfil do Turista 6

2 – Características da Viagem 9

3 – Avaliação da Infra-estrutura Urbana 12

4 – Avaliação da Infra-estrutura Ecoturística 13

5 – Avaliação dos Atrativos Ecoturísticos 14 V – Avaliação dos Aspectos Positivos e Negativos segundo os visitantes 19 VI – Evolução do Movimento de Turistas em Vôos Domésticos no Distrito Estadual de Fernando de Noronha 21 VII – Crescimento do número de mergulhos no Arquipélago de Fernando de Noronha 22 VIII – Resumo Executivo 23

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I – APRESENTAÇÃO Com a finalidade de contribuir para que operadores turísticos, investidores, analistas de mercado, consultores, pesquisadores, autoridades e público em geral tenham informação atualizada e completa sobre a evolução de um dos principais destinos de ecoturismo do País, a Administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha coloca à disposição da sociedade o Comparativo do Perfil do Turista de Fernando de Noronha – 2001 / 2002 / 2003. Este estudo tem a pretensão de contribuir como ferramenta de análise que busca apontar elementos norteadores das estratégias de investimentos públicos e privados, visando potencializar as alocações de recursos, na motivação, captação, satisfação e fidelidade dos turistas ao produto turístico ofertado pelo Arquipélago, e mais do que isso, a conscientização pela preservação deste santuário ecológico. Tendo estas premissas em mente a pesquisa buscou identificar o perfil sócio-econômico dos turistas, suas principais motivações e interesses, além das características de sua viagem, tais como: gasto, permanência e a avaliação quanto à infra-estrutura urbana e turística. O estudo aponta ainda resultados que permitem medir e avaliar os níveis de satisfação dos turistas que compram os produtos e serviços turísticos comercializados no Arquipélago.

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II - METODOLOGIA

1. Universo da pesquisa: O universo da investigação foi composto pelos turistas no momento que deixavam o Arquipélago de Fernando de Noronha, no aeroporto, durante todos os meses dos anos de 2001 a 2003.

2. Objetivos da pesquisa: Identificar o perfil sócio-econômico dos turistas, suas principais motivações e interesses, os aspectos referentes à viagem e a sua avaliação quanto à infra-estrutura urbana e ecoturística.

Entre as variáveis pesquisadas temos:

a. Perfil do turista: nacionalidade, país e estado de residência, sexo e idade. b. Perfil sócio-econômico: ramo de atividade, grau de instrução e renda mensal. c. Aspectos referentes à viagem: motivo da viagem, fator estimulador, permanência, gasto,

intenção de voltar, primeira visita e avaliação dos atrativos, infra-estrutura urbana e ecoturística.

3. Aspectos metodológicos: O modelo foi da amostra aleatória simples, onde cada indivíduo da população de turistas tem a mesma probabilidade de ser pesquisado e de ser incluído na amostra, tendo como variável dimensionante o número de turistas nacionais e estrangeiros.

A investigação foi do tipo primário. Utilizou-se questionários diretos e estruturados que foram preenchidos pelos próprios turistas.

Para definir o tamanho da amostra foram determinados alguns critérios estatísticos. O cálculo do dimensionamento da amostra baseou-se em dados sobre o fluxo de entrada de turistas no Arquipélago. Para assegurar representatividade e a confiabilidade obteve-se um nível de confiança de 95%, adotando-se o seguinte erro relativo:

2001 (erro amostral 3%)

2002 (erro amostral 2%)

2003 (erro amostral 2,5%)

Amostra mínima

Amostra utilizada

Amostra mínima

Amostra utilizada

Amostra mínima

Amostra utilizada

1.048 1.390 2.313 3.925 1.031 1.995 Os questionários uma vez codificados, foram processados no Programa Sphinx.

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5III - Conhecendo o Destino

Localização: O Arquipélago de Fernando de Noronha está localizado no Atlântico Equatorial, ao largo da costa do Nordeste brasileiro, entre as coordenadas geográficas 03º 45’ e 03° 57’ S de latitude; 032° 19’ e 032° 41’ W de longitude. Área: 26 km², tendo a ilha principal a extensão de 17 km². Dimensionamento:Ilha de Fernando de Noronha- 1.634,84ha; PARNAMAR – 885,47ha; APA – 749,37ha; Zona Urbana – 326,90ha; Zona de Turismo Ecológico – 137,12ha; Zona Agropecuária-46,85ha; Setor de Conservação da Vida Silvestre- 56,69ha; Setor de Restauração Ecológica- 181,50ha. Descrição: O Arquipélago foi formado a partir de uma série de erupções vulcânicas numa cadeia de montanhas submersas, integrante de uma ramificação da Dorsal Meso-Atlântica, cuja base está localizada acerca de 4.000m de profundidade. Distância do Continente: Aproximadamente 360 Km de Natal - RN; 545 Km de Recife – PE e 710 Km de Fortaleza – CE. Está a 2.600 Km da costa do Continente Africano e a 136 Km do Atol das Rocas. Vias de acesso: Aérea: duas opções diárias de Recife (Nordeste/Varig e Trip Linhas Aéreas); duas opções diárias de Natal, sendo que em três dias da semana a aeronave parte de Fortaleza, com escala em Natal (Trip Linhas Aéreas). Marítima: de dezembro a fevereiro são oferecidos cruzeiros marítimos. Clima: tropical com duas estações bem definidas, uma seca (de setembro a março) e outra chuvosa (de abril a agosto), sendo que o período chuvoso é caracterizado por chuvas esporádicas, intercaladas por sol intenso. População: 2.050 habitantes (fonte IBGE ano 2000) Nº de hospedarias domiciliares: 105 O símbolo de classificação das Hospedarias Domiciliares são os Golfinhos, ao invés das estrelas tradicionais, podendo uma Hospedaria Domiciliar atingir no máximo "Três Golfinhos". Nº de leitos: 1.152 Nº de Unidades Habitacionais: 475 (130 Triplos e 345 duplos) Nº de lojas de artesanato e souvenir: 18 Nº de restaurantes: 17 Nº de bares: 14 Nº de locadoras de veículos: 61 Mergulho: Existem 17 pontos principais para a prática de mergulho e 3 operadoras de mergulho autônomo. Rede Bancária: Existe uma agência do Banco Real com três caixas eletrônicos; um caixa eletrônico no Aeroporto interligado à rede Banco 24:00 h; um caixa eletrônico da Caixa Econômica Federal e um Banco Postal do Bradesco. Câmbio: Serviço não disponível na Ilha Comunicação: Sistema Golfinho de Rádio e TV. Sistema de Eletricidade: Usina termoelétrica da CELPE e uma torre de capitação de energia eólica, fornecendo energia de 220 volts. Abastecimento de água: A Ilha é abastecida por um açude(açude do Xaréu), dois poços e um dessalinizador que produzem em média 600 mil litros/dia. Esgotamento sanitário: Cerca de 70% da Ilha é atendida por rede coletora de esgoto. Informações Turísticas: - Site: www.noronha.pe.gov.br - Gerência de Ecoturismo - Fones: Noronha: 0xx81 3619-1378/Fax: 0xx81 3619-1352 Recife: 0xx81 3498-9600/Fax: 0xx81 3498-2502

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6 IV - ANÁLISE DOS PRINCIPAIS RESULTADOS 1. Perfil do Turista

1.1. Nacionalidade O grupo mais numeroso entre os turistas que visitaram Fernando de Noronha são os brasileiros, 84,97%, em 2003. Ressalta-se que São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são os estados que mais emitem turistas, responsáveis por 63,4% do total de brasileiros. Em relação aos turistas estrangeiros destaca-se o aumento dos turistas europeus originários de Portugal, Itália e Espanha e a diminuição considerável dos turistas argentinos e uruguaios em virtude da crise econômica atravessada pelos países do Mercosul. Observa-se, contudo, o crescimento expressivo da participação de estrangeiros no arquipélago, de 6,9% em 2001 para 15,03% em 2003. Nacionalidade (%) 2001 2002 2003 Brasileiros 93,1 91,1 84,97 Estrangeiros 6,9 8,9 15,03

Local de Residência Permanente

Brasileiros (%) Estrangeiros (%) Estado 2001 2002 2003

SP 37,6 37,8 33,2 RJ 18,1 17,7 20,8 RS 8,2 10,4 9,4 MG 6,0 5,7 6,3 PR 7,0 6,0 5,8 PE 5,8 4,4 4,8 DF 4,1 3,0 4,5

Outros 13,2 15,0 15,2

Países 2001 2002 2003 Portugal 17,9 16,9 22,1

Itália 10,5 13,7 11,5 Espanha 5,3 7,6 11,0 Argentina 22,1 10,2 8,3 Alemanha - 8,1 7,8 Uruguai 11,6 8,4 7,8 França 6,3 6,4 6,5 Suíça - 6,7 6,3 USA 13,7 10,5 6,0

Outros 12,6 11,5 12,8

93,1%

6,9%

91,1%

8,9%

85,0%

15,0%

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

2001 2002 2003

Nacionalidade

Brasileiros Estrangeiros

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1.2. Sexo

A ilha foi visitada praticamente pela mesma quantidade de homens e mulheres, 46,5% e 53,5% respectivamente, em 2003, não apresentando grandes alterações nos últimos três anos. Ou seja, a cada 10 (dez) turistas, 6 (seis) são mulheres e 4 (quatro) homens. Sexo (%)

2001 2002 2003

Feminino 57,1 54,1 53,5 Masculino 42,9 45,9 46,5

1.3. Faixa etária Em torno de 73% dos turistas, em 2003, possuíam entre 21 e 50 anos. A faixa de 31 a 40 anos responde por 28% desse contingente e manteve taxa de crescimento positiva desde 2001. Tendência de crescimento das faixas de 51 a 60 anos e acima de 60 anos. Faixa etária (%) 2001 2002 2003

Abaixo de 20 anos 5,1 4,8 3,8

21 a 30 anos 30,7 27,9 24,4

31 a 40 anos 25,2 26,9 28,0

41 a 50 anos 21,4 21,9 21,7

51 a 60 anos 12,1 13,0 15,1

Acima de 60 anos 5,5 5,5 6,9

57,1%

42,9%

54,1%45,9%

53,5%46,5%

0102030405060

2001 2002 2003

Sexo

Feminino Masculino

Faixa etária

21,7%

28,0%

24,4%

3,8%6,9%15,1%

Abaixo de 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 60 anos Acima de 60 anos

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1.4. Grau de Instrução Em torno de 78% dos turistas que vieram a Fernando de Noronha de 2001 à 2003, declararam possuir nível superior completo. Grau de Instrução (%) 2001 2002 2003 Fundamental 3,0 2,4 2,2 Médio 9,3 7,7 11,2 Superior incompleto 12,5 10,7 8,8 Superior completo 75,2 79,2 77,7

1.5. Ramo de Atividade Entre os ramos de atividades, destacam-se de 2001 à 2003, os turistas que trabalham respectivamente em órgãos públicos, no setor de serviços e os autônomos. Ramo de Atividade (%) 2001 2002 2003 Órgão Público 20,9 19,8 21,0 Serviço 18,1 20,4 18,9 Autônomo 16,5 17,1 17,4 Indústria 11,8 12,4 12,1 Comércio 10,2 8,6 8,9 Aposentado 6,2 6,3 7,0 Outros 16,3 15,4 14,7

1.6 Faixa de Renda A renda média mensal individual dos turistas não apresentou variações relevantes entre os anos de 2001 a 2003. Este resultado vem confirmar que o destino Fernando de Noronha, por ser um destino caro, é mais visitado por turistas com renda superior a 10 salários mínimos, ou seja, o público alvo do produto turístico do arquipélago não é superior a 2,74 % da população nacional, segundo dados do IBGE. Faixa de Renda (%) 2001 2002 2003 01 a 05 salários mínimos 11,2 8,7 8,0 06 a 10 salários mínimos 16,5 18,6 18,1 11 a 20 salários mínimos 26,0 28,2 26,6 21 a 30 salários mínimos 17,7 15,2 16,8 31 a 40 salários mínimos 10,6 11,7 12,9 Acima de 40 salários mínimos 18,0 17,6 17,6

11,2% 16,5% 26,0% 17,7% 10,6% 18,0%

8,7% 18,6% 28,2% 15,2% ,11,7% 17,6%

8,0% 18,1% 26,6% 16,8% 12,9% 17,6%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

2001

2002

2003

Faixa de Renda

01 a 05 salários mínimos06 a 10 salários mínimos11 a 20 salários mínimos21 a 30 salários mínimos31 a 40 salários mínimosAcima de 40 salários mínimos

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9 2 - CARACTERÍSTICAS DA VIAGEM

2.1. Motivo / Objetivo da viagem No ano de 2003, a motivação “Ecoturismo” manteve-se como principal razão da viagem, somando-se as opções de “Mergulho” e “Surf”, mais de 90% das citações entre os turistas. Ademais, chama a atenção o segmento de mergulho que demonstra um crescimento de 111% em relação ao ano de 2001. Afirma-se, assim, a importância dos recursos naturais e das atividades a eles associadas como fator de atração da Ilha. Motivo / Objetivo da viagem (%) 2001 2002 2003 Ecoturismo 88,0 83,3 71,3 Mergulho 9,2 12,0 19,5 Reportagem 0,3 0,2 3,5 Pesquisa - 0,1 1,7 Negócio 0,2 0,5 1,6 Surf 0,4 1,0 1,0 Outros 1,9 2,9 1,4

88,0% 9,2% 2,5%

83,3% 12,0% 4,5%

71,3% 19,5% 5,7%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

2001

2002

2003

Motivo / Objetivo da Viagem

Ecoturismo em Geral Ecoturismo visando mergulho Outros

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2.2. Fator Estimulador da viagem Quando questionados sobre qual fator que os estimulou a visitar Fernando de Noronha, aproximadamente 50% apontou a “informação de amigos” e “televisão” como os principais fatores que influenciaram na escolha do destino nos anos de 2001 à 2003. Deve-se observar, contudo que em 2003, a soma dos veículos de comunicação de massa alavancaram mais de 50% das citações, com destaque para 27,2% elencados para a televisão. Isto mostra a força deste veículo e a sua importância como instrumento de divulgação do destino, em especial pelo fato de que por serem matérias editoriais o investimento é baixo e o retorno é alto em termos de resultado e de formação e manutenção da imagem. Fator Estimulador (%) 2001 2002 2003 Amigos 40,4 36,7 27,3 Televisão 11,0 11,3 27,2 Jornal 2,9 1,2 13,2 Revista 18,5 23,5 11,4 Parentes 2,5 8,2 9,7 Internet 10,6 2,1 6,4 Folders 1,1 0,8 4,2 Rádio 0,6 0,1 - Cinema 2,6 - - Outros - 16,3 -

2.3. Meio de Transporte utilizado O meio de transporte “aéreo” é o mais utilizado pelos turistas que visitam o arquipélago nos últimos três anos. Transporte (%) 2001 2002 2003 Aéreo 99,6 99,6 99,5 Aéreo / Marítimo 0,1 0,3 0,3 Marítimo 0,2 0,1 0,2

2.4. Gasto Médio e Permanência Média por viagem

A permanência média apurada entre os visitantes, motivados por ecoturismo, foi de 4,5 dias de 2001 à 2003.Os turistas que visitaram a Ilha com o motivo principal de mergulho, são os que apresentam maior gasto (R$ 1.509,92) e permanência (5,54 dias) nos últimos três anos.

Gasto (R$) Permanência Motivo da Viagem

2001 2002 2003 2001 2002 2003 Ecoturismo em Geral 794,66 1.097,42 1.370,00 4,15 4,46 4,84 Ecoturismo visando mergulho 1.190,16 1.680,61 1.659,00 5,29 5,66 5,67 Média Total 846,29 1.176,19 1.442,00 4,32 4,64 5,02

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2.5. Intenção de voltar ao Arquipélago Mantendo-se a tendência verificada nos anos anteriores, quase a totalidade dos turistas entrevistados em 2003 (85,6)% manifestou sua intenção de voltar. Intenção de voltar ao arquipélago (%) 2001 2002 2003 Sim 86,5 85,8 85,6 Não 13,5 14,2 14,4

2.6. Já esteve na Ilha? Cerca de 85% dos entrevistados nunca haviam visitado o arquipélago anteriormente. Esta é uma variável que mantém certa estabilidade através dos anos. O percentual relativamente baixo de retorno a Ilha associado à intenção de voltar ao Arquipélago abre espaço para trabalhos de fidelização ao destino. Já esteve na Ilha? (%) 2001 2002 2003 Não 86,5 85,8 87,8 Sim 13,5 14,2 12,2

86,5%

13,5%

85,8%

14,2%

85,6%

14,4%

0

20

40

60

80

100

2001 2002 2003

Intenção de Voltar

SimNão

86,5%

13,5%

85,8%

14,2%

85,6%

14,4%

0

20

40

60

80

100

2001 2002 2003

Se já esteve na Ilha

NãoSim

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3 - AVALIAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA URBANA A avaliação dos turistas em relação aos principais serviços de infra-estrutura urbana de Fernando de Noronha foi positiva. Vale ressaltar que houve uma diminuição considerável quanto a crítica dos turistas no período de 2001 a 2003. O que os turistas criticaram (%) Itens avaliados 2001 2002 2003 Vias de acesso 10,6 4,6 4,7 Transporte interno 13,1 6,5 2,7 Abastecimento D’água 5,3 4,4 2,7 Telefonia 6,3 3,4 2,4 Limpeza Urbana 4,2 4,5 1,5 Abastecimento de Energia - 1,2 0,6

10,6%

4,6%4,7%

13,1%

6,5%

2,7%

5,3%4,4%

2,7%

6,3%

3,4%2,4%

4,2% 4,5%

1,5%1,2% 0,6%

0

2

4

6

8

10

12

14

Vias de acesso Transporteinterno

AbastecimentoD’água

Telefonia Limpeza Urbana Abastecimentode Energia

Avaliação da Infra-estrutura Urbana 2001 / 2003

2001 2002 2003

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13 4 - AVALIAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA ECOTURÍSTICA No caso da infra-estrutura ecoturística, constatou-se uma melhoria significativa na avaliação da qualidade dos serviços oferecidos como um todo. O item que não obteve uma boa avaliação de uma forma geral foi “Informações e Orientações”. O que os turistas mais criticaram (%) Itens avaliados 2001 2002 2003 Informações e Orientações 9,1 7,7 4,4 Restaurante 8,2 6,2 3,4 Hospedagem 7,0 6,7 2,8 Bugreiro 3,5 4,3 2,2 Agência receptiva 5,5 8,3 2,0 Condutor de Ecoturismo 4,7 3,6 1,7 Barco de Passeio 3,5 2,5 1,3 Empresa de Mergulho 2,9 2,4 0,9 Empresa de Mergulho a reboque - - 0,6 Condutor eqüestre - - -

9,1%

7,7%

4,4%

8,2%

6,2%

3,4%

7,0%6,7%

2,8%

3,5%

4,3%

2,2%

5,5%

8,3%

2,0%

4,7%

3,6%

1,7%

3,5%

2,5%

1,3%

2,9%2,4%

0,9%

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Informações eOrientações

Restaurante Hospedagem Bugreiro Agênciareceptiva

Condutor deEcoturismo

Barco dePasseio

Empresa deMergulho

Avaliação da Infra-estrutura Ecoturística 2001 / 2003

2001 2002 2003

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145 - AVALIAÇÃO DOS ATRATIVOS ECOTURÍSTICOS - O que os turistas mais criticaram 5.1. Praias Em relação às praias, as melhores avaliações foram verificadas para o nível de satisfação, limpeza e número de visitantes, ficando a infra-estrutura com a maior crítica, mesmo assim, vale ressaltar a melhoria no índice de avaliação no período de 2001 à 2003. Praias (%) 2001 2002 2003 Infra-estrutura 8,5 7,1 4,4 Sinalização 2,2 3,2 1,8 Número de visitantes 2,2 1,3 0,2 Limpeza 2,1 1,2 0,2 Nível de Satisfação - 0,2 0,1

5.2. Trilhas Os índices apurados para a avaliação das trilhas demonstram uma necessidade de realização de trabalhos junto as mesmas. Constata-se uma variação crescente para o conceito ruim para o item “Sinalização”. Trilhas (%) 2001 2002 2003 Sinalização 4,3 6,8 6,8 Nº de visitantes - 1,2 3,3 Infra-estrutura 4,3 7,6 2,9 Limpeza 2,2 2,7 1,4 Nível de Satisfação 2,9 3,0 0,4

8,5%7,1%

4,4%

2,2%3,2%

1,8% 2,2%1,3%

0,2%

2,1%1,2%

0,2% 0,2% 0,1%

0123456789

Infra-estrutura Sinalização Nº de visitantes Limpeza Nível deSatisfação

Avaliação das Praias

2001 2002 2003

4,3%

6,8% 6,8%

1,2%

3,3%4,3%

7,6%

2,9%2,2%

2,7%

1,4%

2,9% 3,0%

0,4%

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Sinalização Nº de visitantes Infra-estrutura Limpeza Nível de Satisfação

Avaliação das Trilhas

2001 2002 2003

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5.3. Mergulho com equipamento (autônomo) Sem dúvida alguma, nos casos dos mergulhos com equipamento e de apnéia, praticamente os turistas não tem do que reclamar, ficando a “Sinalização” como merecedora de maior atenção. Mergulho com equipamento (%)

2001 2002 2003

Sinalização 3,4 2,5 2,0 Infra-estrutura 3,0 1,4 0,8 Nº de visitantes 3,2 1,6 0,7 Nível de Satisfação 2,9 1,0 0,6 Limpeza 3,1 0,3 0,3

5.4. Mergulho de Apnéia Apnéia (%) 2001 2002 2003 Sinalização - 5,7 2,9 Infra-estrutura - 2,1 0,7 Nº de visitantes - 1,7 0,4 Nível de Satisfação - 0,6 0,3 Limpeza - 0,8 0,1

3,4%

2,5%2,0%

3,0%

1,4%

0,8%

3,2%

1,6%

0,7%

2,9%

1,0%0,6%

3,1%

0,3%0,3%

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

Sinalização Infra-estrutura Nº de visitantes Nível deSatisfação

Limpeza

Avaliação dos Mergulhos

2001 2002 2003

5,7%

2,9%

2,1%

0,7%

1,7%

0,4% 0,6% 0,3%0,8%

0,1%0

1

2

3

4

5

6

Sinalização Infra-estrutura Nº de visitantes Nível de Satisfação Limpeza

Avaliação de Apnéia

2002 2003

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5.5. Forte do Boldró O aspecto “limpeza” no Forte do Boldró é o item que mais surpreende quanto à melhoria apresentada passando no conceito ruim de uma avaliação de 16,7% em 2001, para 1,7% em 2003. O segundo item que se constata melhoria é a “infra-estrutura”. Forte do Boldró (%) 2001 2002 2003 Infra-estrutura 10,3 7,0 5,2 Sinalização 6,7 5,4 3,4 Nível de Satisfação 5,7 2,7 1,8 Limpeza 16,7 3,6 1,7 Nº de visitantes 3,7 2,6 0,5

5.6. Forte dos Remédios No aspecto infra-estrutura, o Forte dos Remédios, recebeu as maiores críticas, em 2003, 4,6%. Ressalta-se que o trabalho realizado na edificação no período de 2001 a 2003, nos aspectos “limpeza” e “sinalização” surtiu efeito segundo as avaliações dos turistas. Forte dos Remédios (%) 2001 2002 2003 Infra-estrutura 5,4 8,6 4,6 Sinalização 15,8 5,8 2,6 Nível de Satisfação 2,4 2,1 1,8 Limpeza 13,2 3,3 1,4 Nº de visitantes - 1,7 0,5

10,3%

7,0%5,2%

6,7%5,4%

3,4%5,7%

2,7%1,8%

16,7%

3,6%1,7%

3,7%2,6%0,5%

0

5

10

15

20

Infra-estrutura Sinalização Nível deSatisfação

Limpeza Nº de visitantes

Avaliação do Forte do Boldró

2001 2002 2003

5,4%

8,6%

4,6%

15,8%

5,8%

2,6% 2,4%2,1% 1,8%

13,2%

3,3%1,4% 1,7%

0,5%02468

10121416

Infra-estrutura Sinalização Nível de Satisfação Limpeza Nº de visitantes

Avaliação do Forte dos Remédios

2001 2002 2003

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5.7. Air France De acordo com os dados apurados no ano de 2003, a avaliação do Air France, de forma geral foi muito boa. Destaca-se a avaliação do item “limpeza”, no período de 2001 a 2003, com um índice de 9,1% em 2001 para 1,6% em 2003. Air France (%) 2001 2002 2003 Sinalização - 5,7 4,6 Infra-estrutura - 5,2 3,1 Limpeza 9,1 2,3 1,6 Nível de Satisfação 4,2 2,9 1,4 Nº de visitantes - 2,5 0,8

5.8. Quixaba De uma forma geral a Vila da Quixaba teve uma avaliação positiva em todos os seus aspectos, inclusive no item sinalização. Quixaba (%) 2001 2002 2003 Infra-estrutura - 5,5 3,4 Sinalização 12,5 4,6 3,1 Limpeza - 3,9 2,4 Nível de Satisfação - 2,5 1,1 Nº de visitantes - 3,1 0,2

5,5%

3,4%

4,6%

3,1%3,9%

2,4% 2,5%

1,1%

3,1%

0,2%

0

1

2

3

4

5

6

Infra-estrutura Sinalização Limpeza Nível deSatisfação

Nº de visitantes

Avaliação da Quixaba

2002 2003

5,7%

4,6%5,2%

3,1%2,3%

1,6%

2,9%

1,4%

2,5%

0,8%

0

1

2

3

4

5

6

Sinalização Infra-estrutura Limpeza Nível de Satisfação Nº de visitantes

Avaliação do Air France

2002 2003

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5.9. Memorial Noronhense Nota-se uma discreta melhoria em todos os itens de avaliação das críticas ao Memorial. Memorial (%) 2001 2002 2003 Sinalização - 4,9 3,6 Infra-estrutura - 5,3 3,4 Limpeza - 2,3 1,9 Nível de Satisfação 4,8 2,1 1,8 Nº de visitantes - 2,5 1,3

4,9%

3,6%

5,3%

3,4%

2,3% 1,9% 2,1% 1,8%2,5%

1,3%

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Sinalização Infra-estrutura Limpeza Nível de Satisfação Nº de visitantes

Avaliação do Memorial

2002 2003

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V – AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS SEGUNDO OS VISITANTES 6.1 Aspectos Positivos Os turistas qualificaram de forma espontânea e com suas próprias palavras os aspectos positivos e negativos gerais da Ilha. Esta avaliação é de suma importância, porque se consegue detectar as razões que levariam os mesmos a recomendar ou não o destino Fernando de Noronha. Nos aspectos positivos, os itens “beleza” e “preservação” são, sem dúvida, os que mais encantam os visitantes, como é observado no período de 2001 a 2003. Aspectos Positivos

2001 2002 2003

Beleza 28,7 35,3 28,2 Preservação 22,7 23,9 21,5 População 9,3 14,9 15,1 Turismo 9,8 0,9 12,4 Palestras IBAMA 8,7 7,1 8,0 Limpeza 16,7 12,6 7,3 Segurança 4,0 5,3 4,9 Outros 0,1 0,1 2,5

28,7

%22

,7%

9,3% 9,

8%8,

7%16

,7%

4,0%

0,1%

35,3

%

23,9

%14

,9%

0,9%

7,1%

12,6

%

5,3%

0,1%

28,2

%

21,5

%15

,1%

12,4

%8,

0%7,

3%4,

9%2,

5%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

2001 2002 2003

Beleza Preservação População Turismo

Palestras IBAMA Limpeza Segurança Outros

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6.2 Aspectos Negativos Os itens “infra-estrutura” e “preços elevados” são os aspectos mais criticados pelos visitantes. Em se tratando da infra-estrutura os itens mais reclamados referem-se: -Vias de acessos às praias, -Inexistência dos serviços de guarda-vidas nas praias, -Falta de acostamento na BR 363. No que se refere aos preços, a abordagem constante é sobre a relação Custo X Benefício. Aspectos Negativos

2001 2002 2003

Infra-estrutura 21,2 21,0 35,7 Preços elevados 21,5 19,3 23,5 Lixo 3,3 5,1 6,0 Pousadas 6,5 5,5 7,6 Restaurantes 6,2 5,2 9,7 Guias 2,0 0,6 2,4 Outros 39,2 42,4 15,1

21,2

%

21,5

%3,

3%6,

5%

6,2%

2,0%

39,2

%

21,0

%

19,3

%5,

1% 5,5%

5,2%

0,6%

42,4

%

35,7

%

23,5

%6,

0% 7,6% 9,

7%2,

4%15

,1%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

2001 2002 2003

Infra-estrutura Preços elevados Lixo Pousadas

Restaurantes Guias Outros

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VI - EVOLUÇÃO DO MOVIMENTO DE TURISTAS EM VÔOS DOMÉSTICOS NO DISTRITO ESTADUAL DE FERNANDO DE NORONHA – 1995/2003

21.3

15

15.7

58

22.2

89

28.8

17

49.5

12

47.4

50 57.5

68

62.5

51

51.4

360

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Fluxo de Turistas

FONTE: AEROPORTO/ADEFN

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VII - Relação entre o número de mergulhos e turistas no Arquipélago de Fernando de Noronha

5.51

0 15.7

58

11.5

5922

.289

14.8

8428

.817

20.7

5049

.512

20.2

2747

.450

25.5

5857

.568

35.6

5462

.551

32.7

7551

.463

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Nº de mergulhos Nº de turistas

FONTE: PARNAMAR-FN-IBAMA/ADEFN

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VIII - RESUMO EXECUTIVO A pesquisa foi realizada pela Gerência de Ecoturismo da Administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha, com 8.003 (oito mil e três) turistas de 2001 à 2003. Das análises das informações obtivemos os seguintes resultados: O fluxo de turistas em Fernando de Noronha apresenta uma trajetória ascendente desde 1996 a 2002, passando de 15.758 para 62.551 turistas/ano. Acredita-se que, além dos investimentos em marketing, esse crescimento pode guardar relação direta com o aumento da cotação do dólar frente ao real, conforme demonstra o gráfico abaixo. Em 2003, houve uma queda em relação a 2002, quando a ilha recebeu 51.463 turistas, podendo-se atribuir esse fato à retração da Economia Nacional.

Fluxo de Turistas X Cotação média do dólar

51.4

6362.5

51

57.5

68

47.4

50

49.5

12

28.8

17

22.2

89

15.7

58

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 20030

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

Fluxo de Turistas Cotação média do dólar

FONTE: Fluxo de Turista – Aeroporto/ADEFN Cotação Média do Dólar – Banco Central

Fazendo uma média aritmética entre os anos de 1999 a 2003, obteremos um número de 53.703 turistas/ano, número este que poderá permanecer até a conclusão do Plano de Manejo da APA-FN e a conseqüente implantação do Plano de Gestão Turística do Arquipélago.

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O estudo identificou um aumento no número de estrangeiros em visita ao Arquipélago, passando de 6,9% em 2001, para 15,0% do total em 2003. Destacam-se Portugal, Itália e Espanha como os maiores mercados emissores. No que se refere aos brasileiros, os estados de SP, RJ e RS, somam 63,4% dos turistas recebidos por Noronha. Dos turistas que responderam os questionários, a concentração está na faixa etária entre 20 e 50 anos, ocorrendo um crescimento, durante o período de 2001/2003, na faixa acima de 50 anos, os chamados turistas da melhor idade. A pesquisa confirma o incremento no turismo durante o período avaliado, uma vez que 87,8% dos turistas manifestaram que era a primeira vez que visitavam a ilha. Este é um indicador interessante das perspectivas de crescimento do setor, já que o turismo é uma atividade produtiva cujo êxito depende, além da “fidelidade do consumidor”, do fluxo constante de novos turistas.

O universo de possíveis turistas brasileiros ainda é pequeno, podendo ser trabalhado o retorno daqueles que já visitaram a Ilha, pois 73,9% dos turistas tem rendimentos acima de 10 salários mínimos. Segundo o IBGE apenas 2,74% dos brasileiros recebem acima de 10 salários mínimos mensais. Cruzando algumas variáveis percebe-se que o universo de possíveis turistas diminui ainda mais, vindo a confirmar que Noronha é um destino caro. Isso ajuda na formalização da estratégia de comercialização deste produto turístico, especialmente na baixa estação, sem esquecer que a modalidade de turismo a ser explorada em Fernando de Noronha é o turismo ecológico ou ecoturismo. Fernando de Noronha vem se consolidando no segmento de mergulho como um dos melhores pontos do mundo. A procura do Arquipélago pelos praticantes deste esporte é constatada no estudo pelo aumento de 111%, comparando-se os dados de 9,2% em 2001 com 19,5%, em 2003. A permanência média, no período de 2001 a 2003, demonstra um leve crescimento de 4,3 dias, em 2001, para 5 dias em 2003. O mesmo ocorre com o gasto médio, por viagem, que passa de R$ 846,29, em 2001, para R$ 1.442,00, em 2003. Deve-se lembrar que os aumentos da permanência e do gasto médio por viagem influenciam diretamente na Receita gerada, fator este primordial como gerador de emprego e renda para a comunidade local, característica essencial do Turismo Sustentável. Avaliando-se, ainda, as variáveis gasto e permanência, tem-se novamente, o turista de mergulho como ponto focal já que ele gasta 21% a mais e permanece quase que um dia a mais que o ecoturista em geral.

Para estimular este crescimento, o esforço na participação em eventos nacionais e internacionais teve como foco as feiras e encontros comerciais especializados neste segmento, além de se contar com o apoio institucional e financeiro do Ministério do Turismo, Ministério do Meio Ambiente, EMBRATUR, EMPETUR, IBAMA, Administração de Fernando de Noronha e da Associação Noronhense das Empresas de Mergulho – ANEMA. As avaliações da infra-estrutura urbana e ecoturística no período de 2001 à 2003 foram positivas, demonstrando que todos os investimentos realizados pela Administração da Ilha e seus parceiros estão dando resultados.Neste período ocorreu também o maior volume de investimentos em cursos de qualidade nos setores de hospedagem, alimentação e de condutores junto ao Sebrae e outros, além do controle de qualidade das hospedarias domiciliares através da COMEIHOS(Comissão dos Meios de Hospedagem) e das ações em conjunto com as associações representativas de cada setor.

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Nas avaliações dos atrativos, todos foram em geral, bem avaliados. Deve-se destacar apenas alguns aspectos singulares, tais como: • Com relação às trilhas, ocorreu uma piora na avaliação dos turistas no aspecto “sinalização”, o que indica

uma necessidade de se desenvolver e implantar um projeto neste sentido. • Os Fortes do Boldró e dos Remédios tiveram uma excelente avaliação, detectando-se uma melhora

considerável no aspecto “limpeza”. Entretanto, deve-se ter maior atenção para a “infra-estrutura” e a “sinalização”.

É importante salientar que os investimentos realizados no Arquipélago de Fernando de Noronha, econômicos e técnicos, foram de grande valia, para os resultados alcançados, tendo em vista que tais ações ocorreram em conjunto com todos os órgãos comprometidos com a melhoria da infra-estrutura, dos serviços oferecidos, do próprio Parque Nacional Marinho, mas principalmente da população local, a comunidade Noronhense. Não fosse suficiente a evidência da exuberância natural do Arquipélago e da necessidade de sua preservação, por força da Lei Orgânica do Distrito e da existência das duas unidades de conservação- PARNAMAR e APA-FN, outra não seria a modalidade de turismo a ser explorada no seu território que não o ecoturismo, dentro da ótica de promoção sustentável do desenvolvimento. Por isso, considerando o diferencial ecológico do destino, é necessário que o turista, desde a opção por visitar Fernando de Noronha, relacione-o com experiências ambientalmente limpas e possa em cada momento de sua permanência comprovar a singularidade do cuidado preservacionista presentes nas atividades postas à sua disposição, na vida comunitária e nos atos de gestão governamental.