administração de enfermagem parte 1

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ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM Enfº Eduardo Gomes da Silva – COREN 001790 Enfª Juliana Lopes Figueiredo – COREN 99792

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Page 1: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

Enfº Eduardo Gomes da Silva – COREN 001790

Enfª Juliana Lopes Figueiredo – COREN 99792

Page 2: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Teorias

• Teoria científica

• Teoria clássica

• Teoria das relações humanas

• Teoria burocrática

• Teoria comportamentalista

• Teoria dos sistemas

• Teoria contingencial

Page 3: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Teoria Científica

• Frederick Taylor, 1865-1915

• Tem como proposta básica: aumento de produção pela eficiência do nível operacional

• Fundamentada na divisão do trabalho

• Na especialização do operário

• Padronização das atividades e tarefas

Page 4: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Críticas

• Pode-se dizer que é mecanicista

• O homem é uma peça de engrenagem

• Preocupa-se em como fazer; padronização de escalas

• Fragmentação da assistência de enfermagem

Page 5: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Teoria Clássica

• Henry Fayol, 1841-1925

• Visa a eficiência da organização pela adoção de uma estrutura adequada e um funcionamento compatível com essa estrutura

• Homem econômico

Page 6: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Funções Empresariais

• Técnica: produção, prestação de serviços

• Comercial: compra e venda de produtos e serviços

• Segurança: proteção de bens e pessoas

Page 7: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Funções Empresariais

• Financeira: captação e gerenciamento de capitais

• Contabilidade: balanço, custos e inventários

• Adminisatrativa - POCCC

Page 8: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Para atingir resultados...

• Planejamento: prever, traçar o programa de ação

• Organização: material e social da empresa

• Coordenação: ligar, unir, harmonizar atos e esforços

• Comando: dirigir as pessoas• Controlar: velar, cuidar para que tudo saia

como planejado

Page 9: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Então...

• A teoria clássica está fundamentada em:• Divisão do trabalho, • Na autoridade e responsabilidade• Disciplina• Unidade de comando• Unidade de direção• Subordinação do interesse particular ao geral• Remuneração de pessoal• Centralização e hierarquia

Page 10: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Crítica

• Possui caráter prescritivo e normativo

• Admite apenas a estrutura formal da organização

• Estrutura rígida e hierarquizada

• Estática e limitada

Page 11: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Teoria das Relações Humanas

• A partir de 1930 (em 1924 por Elton Mayo)

• Enfatizar variável de pessoas em lugar da variável estrutura

• Preocupações são com aspecto psicológico do homem, aspecto sociológico deixando de lado os métodos, normas e regras

Page 12: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Teoria das Relações Humanas

• Fundamentada pelas necessidades de humanização e democratização na administração de pessoal

• Elton concluiu que o nível de produção não era determinado pela condição física do trabalhador mas pela integração do indivíduo no grupo social

Page 13: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Crítica

• Houveram abusos em decorrência da forma paternalista de administrar

• A busca pela harmonia, os conflitos eram abafados e os confrontos Patrão x Empregado ignorados

Page 14: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Teoria Burocrática

• Max Weber 1864-1920

• Tem enfoque na racionalidade (adequação dos meios utilizados segundo os resultados almejados)

• Visa eficiência organizacional como objetivo básico (detalhar tudo)

Page 15: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Teoria Burocrática

• Caráter racional e divisão sistemática do trabalho

• Impessoalidade nas relações humanas (considera indivíduos em função dos cargos e funções que exercem na administração)

Page 16: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Crítica

• Exagero apego às normas, regras, regularidades

• Valorizam mais as normas e regras que o contingente humano

• Enfoque que mais influencia na prática da enfermagem

• Impessoalidade no relacionamento• Necessidade de exibir símbolos que

evidenciam poder

Page 17: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Teoria Comportamentalista

• Behaviorismo • Preocupação com a estrutura transferiu-se

para o processo e para dinâmica organizacional

• Ênfase ao homem administrativo• Visa a maneira satisfatória na realização

do trabalho e não a melhor maneira• Baseou-se no comportamento das

pessoas e na motivação humana

Page 18: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Maslow e a Teoria da Motivação

• Está fundamentada nas necessidades humanas básicas de forma hierárquica:

• Primária: fisiológicas e de segurança

• Secundária: sociais, estima e auto-realização

Page 19: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Likert

• Também seguidos da teoria de Maslow, são 4 os sistemas administrativos:

• Autoritário coercivo

• Autoritário benevolente

• Consultivo

• Participativo

Page 20: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Crítica

• Relatividade da motivação humana

• Mesmas necessidades nos indivíduos

• Hierarquização das necessidades

Page 21: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Teoria dos Sistemas

• Década de 60

• 3 premissas básicas:

• Os sistemas existem dentro de sistemas

• Os sistemas são abertos

• As funções de um sistema dependem da sua estrutura

Page 22: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Podem ser:

• Abertos: intercambiam matéria e energia com o meio ambiente, restaurando assim suas perdas de energia. Caracterizam por estímulos – respostas

• Fechados: não intercambiam com o meio ambiente, ou seja, não interferem e nem recebem interferência deles

Page 23: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Crítica

• As organizações são aceitas como um subsistema maior

• ex: Sistema de Saúde aceita apenas o que for compatível com suas políticas de saúde

Page 24: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Teoria Contingencial

• Surgiu a partir de estudos que investigam como uma mesma empresa funcionava de diferentes formas e em diferentes condições

• Existe uma relação funcional entre as variáveis ambientais (independentes) e as variáveis técnico-administrativas (dependentes)

Page 25: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Teoria Contingencial

• Diferenciação: divisão da organização em partes competentes (departamentos e serviços)

• Integração: esforço convergentes da organização em unir esforços das partes divididas para consecução dos projetos organizacionais

• Ressaltar a influência da tecnologia

Page 26: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Crítica

• Teoria recente e pouco estudada

• Dependente do sistema econômico e de propostas sociais, regimes políticos, planos e programas educacionais

Page 27: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Metodologia do Planejamento

• Introdução

• Conceito

• Fases do planejamento

• Instrumentos utilizados

• Regulamento X Regimento

Page 28: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Introdução

• 1ª das funções administrativas

• Uma das mais importantes, pois serve de base para as demais

Page 29: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Conceito de Planejamento

• Função administrativa que determina antecipadamente o que se deve fazer e quais os objetivos que devem ser atingidos

• Modelo teórico para ação futura

Page 30: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Dificuldade

• Impressão que o plano não sai do papel

• Teórico e inaplicável

• Encontrar maneiras de torná-lo parte integrante do processo ou seja, torná-lo produtivo

Page 31: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Fases do Planejamento

• Conhecimento do sistema como um todo

• Determinação dos objetivos

• Estabelecimento das prioridades

• Seleção dos recursos disponíveis

• Estabelecimento do plano operacional

• Desenvolvimento

• Aperfeiçoamento

Page 32: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Conhecimento do Planejamento com um Todo

• Técnico: compreende as demandas das tarefas, implantação física e os equipamentos existentes. Responsável pela eficiência potencial em eficiência real

• Social: compreende as relações dos elementos responsáveis pela execução das tarefas que transformam a eficiência real

Page 33: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Conhecimento do Planejamento com um Todo

• Conhecer o sistema social: procedendo um levantamento das necessidades de saúde da comunidade onde o serviço será inserido (hábitos, crenças, valores)

• Caracterizar os recursos humanos disponíveis na região para planejar o programa de desenvolvimento pessoal a ser adotado pelo Serviço de Enfermagem

Page 34: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Conhecimento do Planejamento com um Todo

• Conhecer o sistema técnico: com informações precisas a respeito dos recursos financeiros e materiais disponíveis para o serviço de enfermagem, para melhor aproveitamento conforme as necessidades da clientela

• Conhecer o sistema como um todo, para que possa formular objetivos adequadamente e não seja apenas um plano teórico

Page 35: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Determinação dos Objetivos

• Objetivos são resultados futuros, que se pretendem atingir

• São as funções primordiais da organização (rentabilidade, pesquisa, prestação de serviços)

• Uma vez definidos, passam a dirigir e orientar as atividades desenvolvidas

Page 36: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Princípios para Fixação dos Objetivos

• Princípio da comunicação total

• Princípio de coerência vertical

• Princípio da coerência horizontal

Page 37: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Princípio da Comunicação Total

• Todos os objetivos devem ser comunicados a todos os níveis hierárquicos, para conheçam e participem

Page 38: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Princípio da Coerência Vertical

• Os objetivos de um determinado nível organizacional devem ser discutidos com o nível acima e o nível abaixo, para que haja coerência na sua execução

Page 39: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Princípio da Coerência Horizontal

• Deve haver harmonia e coerência entre os órgãos para evitar conflitos e incompatibilidades

• A partir dos objetivos mais amplos, é que uma instituição passa definir políticas, diretrizes, metas, programas, procedimentos, normas.

Page 40: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Estabelecimento de Prioridades

• Para definir ações a serem realizadas é preciso estabelecer e selecionar quais as mais propicias

• Racionalidade (adequação dos meios utilizados em relação aos resultados almejados)

Page 41: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Seleção dos Recursos Disponíveis

• Baseado nas ações consideradas prioritárias

• Primordial proceder um levantamento dos recursos necessários para implementar ações

• Ter claro quais recursos disponíveis (humanos, físicos e materiais)

• Estratégias para utilizá-los (redistribuir, agrupar, dividir)

Page 42: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Estabelecimento do Plano Operacional

• Planejamento estratégico

• Planejamento operacional

• Plano estratégico

• Plano tático

• Plano operacional

Page 43: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Planejamento Estratégico

• Planos de longo alcance, estabelecido a nível global, por serem abrangentes, não sendo detalhados. Devido ser de longo alcance, devem ser flexíveis

• “O que deve ser feito?”

Page 44: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Planejamento Operacional

• Planos de curto alcance; são ações atuais da Instituição

• “Quem vai fazer o que, quando e onde.”

Page 45: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Planos

• Estratégico: abrange a Instituição

• Tático: abrange determinadas áreas de trabalho

• Operacional: específico de uma unidade

Page 46: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Desenvolvimento

• Engloba o desenvolvimento do programa, sua aprovação e execução

• Envolve ação e coordenação

• Tempo e espaço disponíveis ocupam parte importante

• Colocar em prática as questões o que, quem, como e quando são traduzidas em ação

Page 47: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Desenvolvimento

• Essencial a coordenação: minimizar atritos, definir responsabilidades

• Ajustes necessários em função das limitações que possam surgir

• Aprovação do programa pelos níveis superiores – aval de implementação

Page 48: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Aperfeiçoamento

• Avaliação

• Replanejamento

Page 49: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Avaliação

• Processo permanente e contínuo

• Visa medir resultados em relação ao cumprimento dos objetivos

• Realizada sistematicamente, durante todo o processo, permitindo localizar e corrigir falhas

Page 50: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Replanejamento

• Baseada em critérios, que devem checar as seguintes características de um plano adequado

Page 51: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Replanejamento

• Deve ser baseado em objetivos claramente definidos, para todos os envolvidos na implantação

• Além de claro, deve ser simples, porém flexível, capaz de adaptar-se as situações prioritárias, de emergência, de mudanças

Page 52: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Replanejamento

• Plano deve ser econômico e realista, em termos de recursos necessários para implementá-lo e aproveitados ao máximo

• Deve proporcionar a possibilidade de análise completa das atividades em cada fase para facilitar a avaliação

Page 53: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Fases

• Sequência das atividades é realista e coerente• Prioridades estabelecidas são pertinentes• Datas e prazos estabelecidos são viáveis• Planos voltados para o futuro, prever variáveis

econômicas, físicas, humanas, necessidades de expansão, mudanças políticas

• Plano deve reconhecer o ambiente organizacional, do ponto de vista socioeconômico e cultural

Page 54: AdministraçãO De Enfermagem Parte 1

Instrumentos Utilizados

• Cronograma: deve relacionar atividades em função do tempo disponível e desejável

• Gráfico de Grant: variável do cronograma, é bastante utilizado por ser simples e de fácil elaboração

• Pert: indicado para planejamento e controle, em situações com múltiplas atividades e eventos.

• CPM: aplicado em diversas áreas do planejamento, onde provêem princípio, meio e fim

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Conclusão

• O planejamento de todas as atividades desenvolvidas no Serviço de Enfermagem é de fundamental importância para consecução de uma assistência melhor qualidade, bem como para obterem melhores condições de trabalho