administraÇÃo – 2013 – revista dos alunos

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  • 1

  • 2

    Revista dos Alunos de Administrao

    Faculdades Network Revista da Faculdade de Administrao

    ISSN

    Publicao anual das Faculdades

    Network

    A Revista Network Technologies uma

    publicao de divulgao cientfica na

    rea de informtica, aberta a

    contribuies de pesquisadores de todo

    o Brasil e do exterior.

    Mantenedores

    Alexandre Jos Ceclio

    Profa. Mestra Tnia Cristina Bassani

    Ceclio

    Maria Jos Giatti Ceclio

    Diretora Geral das Faculdades

    Network

    Profa. Mestra Tnia Cristina Bassani

    Ceclio

    Secretria Geral

    rica Biazon

    Coord. do Curso de Administrao

    Prof. Dr. Reinaldo Gomes da Silva

    Consu

    Prof. Dr. Pedro Roberto Grosso

    Prof. Dr. Reinaldo Gomes da Silva

    Prof. Dra. Angela Harumi Tamaru

    Prof. Me. Mrio Ferreira Sarraipa

    Prof. Me. Renato Francisco dos Santos

    Jnior

    Prof. Me. Joo Roberto Grahl

    Profa. Claudia Fabiana rfo Gaiola

    Profa. Ma. Tnia Cristina Bassani

    Ceclio

    Profa. Dra. Maria Regina Peres

    Consep

    Prof. Dr. Pedro Roberto Grosso

    Prof. Dr. Reinaldo Gomes da Silva

    Prof. Dra. Angela Harumi Tamaru

    Prof. Me. Mrio Ferreira Sarraipa

    Prof. Me. Renato Francisco dos Santos

    Jnior

    Prof. Me. Joo Roberto Grahl

    Profa. Claudia Fabiana rfo Gaiola

    Profa. Ma. Tnia Cristina Bassani

    Ceclio

    Profa. Dra. Maria Regina Peres

    Editores Responsveis

    Profa. Ma. Tnia Cristina Bassani

    Ceclio

    Prof. Dr. Pedro Roberto Grosso

    Editora Executiva

    Regina Clia Bassani (Network CRB-

    8/7321)

    Assessoria de Comunicao

    Alzeni Maria Silva Duda Gambeta

    (MTB 37218)

    Editorao Grfica e Eletrnica

    Nathlia Ruiz Leal

    Wellinton Fernandes

    Central de Atendimento ao Assinante

    (19) 347-7676 Ramal 213

    [email protected]

  • 3

    Revista dos Alunos de Administrao

    Faculdades Network Revista da Faculdade de Administrao

    ISSN

    Revista dos Alunos de Administrao / Tnia Cristina

    Bassani Ceclio (org) v. 1, n.1 (2013) Nova Odessa,

    SP: Faculdades Network, 2014-

    Anual

    Editada pelas Faculdades Network

    ISSN

    1. Administrao de empresas - Peridicos.

    I. Faculdades Network (Nova Odessa, SP).

    CDD 21 658.05

  • 4

    SUMRIO

    EDITORIAL..................................................................................................................09

    CRDITO CONSIGNADO

    der Santana Lima, Adalberto Abel..........................................................................................10

    MELHOR IDADE VOLTA AO MERCADO DE TRABALHO

    Dieny dos Reis da Silva , Adalberto Aparecido Abel .................................................................25

    PROCESSOS E OBRIGAES FISCAIS DO SIMPLES NACIONAL

    Giane Ap. Pavani, Adalberto Aparecido Abel.......................................................................34

    AVALIAO DE DESEMPENHO NUMA EMPRESA DO SETOR QUIMICO DE

    SUMAR-SP

    Vagner Lus de Miranda................................................................................................................44

    AVALIAO DO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEO DO RAMO DE

    ENGENHARIA: CASO DA EMPRESA CADES ENGENHARIA

    Andria de Ftima Piconi Vasconcellos, Marshal Orlando Raffa .........................................51

    VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E

    SELEO INTERNO PARA OS GESTORES DA TRANSPORTADORA

    TRANSLOVATO CAMPINAS

    Elias Pereira Ferreira, Marshal Raffa .....................................................................................70

    GESTO PELA QUALIDADE DO ATENDIMENTO NO SETOR BANCRIO

    Gleice Kelly Suet de Souza, Leonardo Richelli Garcia.............................................................82

    ASSDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

    Ana Caroline Bittu do Carmo, Rodrigo Mollon Moraes.........................................................93

    OS REFLEXOS DO CLIMA ORGANIZACIONAL NA PRODUTIVIDADE. ANLISE

    DE UMA INSTITUIO FINANCEIRA PBLICA DE GRANDE PORTE DA RMC

    Ludenilda Siqueira, Marshal Raffa...........................................................................................101

    UM ESTUDO DE CASO NA AGENCIA RK8 SOBRE OS BENEFCIOS GERADOS

    COM A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

    Carolina Aparecida de Miranda, Marshal Raffa......................................................................112

    ESTUDO DE SATISFAO DOS CLIENTES DE UMA EMPRESA DO SETOR DE

    MARMORIA DA CIDADE DE SUMAR

    Maurcio da Silva Leandro, Pedro Grosso...............................................................................141

    IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO NA CIDADE DE NOVA ODESSA Adolfo Neuburger, Arthur Antonio Rocha Ferreira......................................................154

  • 5

    PUBLICIDADE TELEVISIVA DE ALIMENTOS PARA O CONSUMIDOR

    INFANTIL

    Carolina Larissa L. R. Ferreira, Maria A. Belintane Fermiano...........................................162

    ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA AUTOMOBILSTICA: MELHORIA NO

    PROCESSO DE ANTI - RESPINGO DE SOLDA

    Anselmo Lus De Nadai, Leonardo Richeli Garcia..............................................................172

    CONTROLE DE MATERIAIS PARADOS OU SEGREGADOS EM ESTOQUE

    Adriana de Freitas Barbosa De Laporta, Rodrigo Fabiano Lopes..........................................192

    A UTILIZAO DA LOGISTICA REVERSA EM UMA EMPRESA

    BENEFICIADORA DE TECIDOS NA RMC

    Angela de Freitas Barbosa de Laporta, Rodrigo Lopes...........................................................204

    ATRAVS DA

    MDIA SOCIAL

    Jssica Silva, Marshal Raffa.......................................................................................................213

    ASSDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

    Ana Caroline Bittu do Carmo, Rodrigo Mollon Moraes...........................................................224

    PURO TALENTO TRABALHO SOBRE APROVEITAMENTO DE ESTAGIRIOS

    NA BOSCH CAMPINAS

    Ana Cludia Borges Bufarah, Marshal Raffa.............................................................................231

    A ESSNCIA DE UM LDER DENTRO DA ORGANIZAO

    Alex Thiago Ferreira, Marshal Orlando Raffa......................................................................241

    A RECICLAGEM DOS RESDUOS TXTEIS NAS INDSTRIAS DE

    CONFECES

    Patrcia Santa Rosa da Silva, Arthur Antnio Rocha Ferreira..............................................258

    TERCEIRIZAO DO PROCESSO DE FABRICAO

    Willian Augusto Vieira,Valdeir Manoel da Silva..................................................................269

    O JOVEM UNIVERSITRIO E O MERCADO DE TRABALHO

    Odair Danilo Thomazin, Leonardo Richeli Garcia....................................................................281

    ESTUDO DA VIABILIDADE DE ADEQUAO DO ESTOQUE A DEMANDA

    ATRAVS DO MTODO LEC, EM UMA EMPRESA DE GRANDE PORTE DA

    REGIO METROPOLITANA DE CAMPINAS

    Ana Paula Zancheta, Renato F. dos Santos Junior...............................................................289

    ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA AUTOMOBILSTICA: MELHORIA NO

    PROCESSO DE ANTI - RESPINGO DE SOLDA

    Anselmo Lus De Nadai, Leonardo Richeli Garcia.............................................................298

    IMPORTNCIA DA LOGSTICA PARA AGREGAR VALOR AO CLIENTE

    Giovanna Bellinatti, Rodrigo Lopes.........................................................................................316

  • 6

    O PERFIL EMPREENDEDOR DE MULHERES QUE ADMINISTRAMSEU

    PRPRIO NEGCIO

    Elisngela Paula Kanashiro.......................................................................................................326

    UM ESTUDO DE CASO NA AGENCIA RK8 SOBRE OS BENEFCIOS GERADOS

    COM A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

    Carolina Aparecida de Miranda, Marshal Raffa........................................................................339

    MELHOR DESEMPENHO DO COLABORADOR ATRAVS DA IMPLANTAO

    DA REMUNERAO POR HABILIDADE E COMPETNCIA Michelli da Penha Pereira, Marshal Raffa...........................................................................367

    ESTUDO DE CASO: METODOLOGIAS PARA IMPLANTAO DE GESTO DE

    ESTOQUES NA ADMINISTRAO PBLICA

    Jackson Giovani Candian, Rodrigo Lopes..........................................................................389

    DIFICULDADES DE INCLUSO DE PESSOAS COM DEFICINCIA NA

    SOCIEDADE E NAS ORGANIZAES

    Simone Soares Pereira, Joo Roberto Grahl..........................................................................403

    DESENVOLVIMENTO NOS ESTOQUES

    Amanda Quintino, Rodrigo Lopes..........................................................................................415

    GESTO DE ESTOQUE E ALTERAO DE LAYOUT NO WAREHOUSE

    Andressa Mara de Godoy Salgado, Rodrigo Lopes...............................................................425

    EMPRESA FAMILIAR: SEUS DESAFIOS E CONFLITOS QUE AMEAAM SUA

    SOBREVIVNCIA

    Sabrina Silva Barbosa, Joo Roberto Grahl..........................................................................436

    A POSSIBILIDADE DA IMPLANTAO DE UM PLANO DE NEGCIO

    ELABORADO A PARTIR DE PESQUISA REALIZADA COM OS CONSUMIDORES

    Marilu O. Nascimento, Joo Roberto Grahl..............................................................................445

    GESTO DE PROCESSOS DE CONTAS A PAGAR: ESTUDO DE CASO DE UMA

    EMPRESA DO SEGMENTO ALIMENTCIO

    Marlon Guilherme Pereira, Gislaine Donizeti Fagnani Da Costa...........................................455

    MOTIVOS QUE LEVAM UMA INDSTRIA TEXTIL A UM ELEVADO NDICE DE

    ABSENTESMO

    Jssica Daielen Ferreira Bomfim, Marshal Raffa...................................................................467

    ESTUDO DE SATISFAO DOS CLIENTES DE UMA EMPRESA DO SETOR DE

    MARMORIA DA CIDADE DE SUMAR

    Maurcio da Silva Leandro, Pedro Grosso................................................................................480

    GERENCIAMENTO DE OPORTUNIDADES LOGISTICAS NO TRANSPORTE

    FERROVIRIO DE CARGAS

    Marco Alexandre Antonio, Rodrigo Fabiano Lopes...............................................................49

  • 7

    O PLANEJAMENTO DA EMPRESA SCARDOVELLI CORRETORA DE SEGUROS

    LTDA PARA O SEU CRESCIMENTO NOS PROXIMOS ANOS Mariane Dias Guimaraes, Marshal Raffa...................................................................................506

    MELHOR IDADE VOLTA AO MERCADO DE TRABALHO

    Dieny dos Reis da Silva, Adalberto Aparecido Abel....................................................................519

    TRABALHO EM EQUIPE NAS ORGANIZAES

    Sarila Aguiar de Souza, Joo Roberto Grahl............................................................................530

    QUALIDADE, COMPETNCIA E DESAFIOS DE UM GESTOR EM UMA

    INSTITUIO FINANCEIRA DA RMC

    Priscila Damico Fantini, Marshal Raffa...................................................................................542

    LIDERANA: COMO MOTIVAR UMA EQUIPE

    Gabriela Pinheiro Teixeira, Joo Roberto Grahl...................................................................557

    PROCESSOS E OBRIGAES FISCAIS DO SIMPLES NACIONAL

    Giane Pavani, Adalberto Aparecido Abel................................................................................565

    A IMPORTNCIA DA ORGANIZAO DE ESTOQUE, ESTUDO DE CASO EM

    UMA EMPRESA DE CONSTRUO CIVIL

    Rosemeire Aparecida de Godoy Sampaio, Leonardo Richeli Garcia..................................575

    ABERTURA DE NOVOS CLIENTES DE UMA EMPRESA QUE OFERECE OS

    SERVIOS DE TERCERIZAO NO RAMO DE LIMPEZA INDUSTRIAL

    Dayara Cristina Soares, Rodrigo Lopes....................................................................................588

    A IMPORTNCIA DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA AREA PRODUTIVA

    DE UMA EMPRESA

    Anderson Lus de Moura, Leonardo Richeli Garcia...................................................................600

    GERENCIAMENTO DE RECURSOS

    Anderson Duarte Mariano, Rodrigo Fabiano Lopes.............................................................610

    ASPECTOS MOTIVACIONAIS DENTRO DA ORGANIZAO

    Cleber Cristiano, Marshall Raffa...........................................................................................620

    BENEFCIOS PARA UM PAS SEDIAR A COPA DO MUNDO

    Everton Beliinati.........................................................................................................................634

    AZER DE SEUS FUNCIONARIOS, PARCEIROS DA SUA EMPRESA ESTUDO DE

    CASO NA EMPRESA LABORATORIO LAB-CLIN

    Gizelly Trindada, Marshal Raffa...........................................................................................643

    EU NO, NS! O SUCESSO DE UMA ORGANIZAO EST NO TRABALHO DE

    UMA GRANDE EQUIPE

    Juliana R. Subires, Marshal Raffa...............................................................................................657

  • 8

    GESTO PELA QUALIDADE DO ATENDIMENTO NO SETOR BANCRIO

    Gleice Kelly Suet de Souza, Leonardo Richelli Garcia.......................................................671

    ESTUDO DE CASO: VIABILIDADE E IMPLANTAO DE MODELO DE

    FRANQUIA DE UMA LANCHONETE DE HOT DOG EM SHOPPING

    Sven Goerigk, Adalberto A. Abel..................................................................................................684

  • 9

    EDITORIAL

    Tenho a satisfao de apresentar os artigos dos alunos do curso de Administrao da

    Faculdade Network. Esses artigos representam o resultado do Trabalho de Concluso de

    Curso do nosso curso. Trata-se de um esforo conjunto dos docentes e discentes na busca da

    melhoria da aprendizagem manifestada em temas abrangentes e diversificados que compem

    o universo das organizaes e seus desafios frente ao futuro. O Trabalho de Concluso de

    Curso representa para o formando em Administrao a sua capacidade de interpretar

    metodologicamente o conhecimento adquirido ao longo dos quatro anos de ensino que

    compe o bacharelado e parte integrante do Projeto Pedaggico do curso.

    Parabenizo a todos: professores, alunos e pareceristas pelo excelente trabalho

    desenvolvido o que pode ser observado na leitura dos Artigos versando sobre uma gama

    ampla de assuntos relacionados ao campo do conhecimento empresarial, pblico, privado,

    ONGs entre outros aqui descritos na Revista.

    Boa leitura

    .

    Prof. Dr. Reinaldo Gomes da Silva

  • 10

    CRDITO CONSIGNADO

    der Santana Lima

    Adalberto Abel

    Resumo

    Esta pesquisa bibliogrfica tem como objetivo entender a atuao do Banco Central do Brasil

    na regulamentao das instituies financeiras no que concerne ao emprstimo consignado

    atravs da aplicao da jurisprudncia sobre o assunto. Os emprstimos consignados tem sido

    uma modalidade de aquisio de crdito pelos consumidores cada vez mais crescente tendo

    em vista a prtica de juros ao consumidor mais baixos do que as outras modalidades de

    crdito e, por parte das instituies financeiras um investimento mais seguro, tendo em vista o

    desconto do prprio salrio do consumidor. A jurisprudncia pertinente ao assunto tem sido

    vigilante desde 1950 quando surgiu a primeira lei sobre emprstimos consignados em folha de

    pagamento no governo do ento Presidente Juscelino Kubitschek. De l para c, foram

    editadas novas leis, decretos e emendas para garantir os direitos do cidado que opta por esse

    tipo de transao financeira. No entanto, necessrio atender s recomendaes de

    precaues ditadas pelo Banco Central do Brasil e pelo Instituto Nacional de Seguridade

    Social, INSS, para que pessoas de m-f no causem prejuzos financeiros ao consumidor.

    Para tanto a CUT (Central nica dos Trabalhadores) auxilia na simulao de emprstimos e o

    INSS divulga as entidades financeiras que mantm convnio com o rgo para esse tipo de

    crdito. Este trabalho fala sobre emprstimo consignado, a sua importncia econmica e

    social, os aspectos econmicos e jurdicos sobre o assunto, bem como a posio do Banco

    Central do Brasil e do Instituto Nacional de Seguridade Social sobre o tema, alertando

    tambm a populao sobre problemas possveis na aquisio dos emprstimos, como faz-lo

    com segurana e quais os juros praticados pelas diversas instituies financeiras autorizadas

    para esse tipo de comrcio.

    Palavras-chave: Legislao; Economia; Crdito consignado.

    Abstract

    This literature review aims to understand the workings of the Central Bank of Brazil in the

    regulation of financial institutions regarding the payroll loan through the application of case

    law on the subject. Payroll loans has been a mode of acquisition of credit by consumers

    increasingly common practice in view of lower consumer interest rates than other types of

    credit, and financial institutions a more secure investment with a view discount consumer's

    own salary. The case law concerning this matter has been vigilant since 1950 when the first

    law on loans charged through payroll in the government of then President Kubitschek. Since

    then, new laws were issued, decrees and amendments to ensure the rights of the citizen who

    chooses this type of financial transaction. However, it is necessary to meet the

    recommendations of precautions dictated by the Central Bank of Brazil and the National

    Social Security Institute, INSS, so that people of bad faith does not cause financial harm to

    the consumer. For both the CUT (Central Union of Workers) assists in the simulation of loans

    and financial institutions INSS publishes and maintains agreements with the agency for this

    type of credit. This work talks about payroll loan, its important economic and social,

    economic and legal aspects on the subject, and the position of the Central Bank of Brazil and

  • 11

    the National Social Security Institute on the subject, also alerting the public about problems

    possible the acquisition of loans, how to do it safely and that interest rates charged by various

    financial institutions authorized for this type of trade.

    Keywords: Law, Economics, payroll credit.

    INTRODUO

    Este artigo pretendeabordar a questo do crdito consignado para aposentados,

    pensionistas no Brasil.

    Segundo o ordenamento brasileiro, atravs da lei 10.820/2003 o crdito consignado

    um contratomtuo com autorizao de desconto das prestaes na folha de pagamento

    onerando, no mximo em 30% o salrio do aposentado, pensionista ou servidor pblico.

    A economia brasileira pratica juros altos e por isso, dificulta a vida de pessoas que

    necessitam de emprstimos pessoais para quitao de dvidas e outros problemas e acabam

    trazendo transtorno sinstituies financeiras, causados pelo alto ndice de inadimplncia. No

    entanto o governo adotou medidas atenuantescom o advento do crdito consignado, o qual

    beneficia os consumidores com juros mais acessveis e permite aos bancos oferecer crditos

    com mais segurana de recebimento das prestaes.

    Neste trabalho sero analisados os aspectos econmicos e jurdicos dos emprstimos

    consignados e os cuidados na hora de contrat-lo para evitar ser vtima defraudes que so

    muito comuns nesse tipo de negcio.

    1.1 O SISTEMA ECONMICO BRASILEIRO

    Conforme Sampaio (2008) com o advento do Plano Real em 1994 e o sucesso das

    medidas de combate Inflao, em dezembro de 2006 o Conselho Monetrio Nacional

    finalmentedefiniu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) - usada nos financiamentos

    doBNDES - para o primeiro trimestre de 2007 em 6,5% ao ano. Monetrio Nacional

    finalmente definiu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) - usada nos financiamentos do

    BNDES - para o primeiro trimestre de 2007 em 6,5% ao ano.

    Segundo o autor, trata-se de um processo de extrema importncia levando-seem

    considerao que a queda dos juros proveniente de um ambiente de inflao baixa e

    estabilidade na contabilidade das relaes entre oBrasil e o resto do mundo.

    Segundo o site Investpedia, SELIC a sigla de Sistema Especial de Liquidao e

    Custdia, que o sistema responsvel pela negociao dos ttulos pblicos. Atravs

    destesistema so feitas todas as operaes de liquidao financeira e tambm de custdia dos

    ttulos, tudo de forma eletrnica. O sistema SELIC foi criado pelo Banco Central e pela ex-

    Andima, atual ANBIMA (Associao Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de

    Capitais) em 1979. Os bancos e instituies financeiras utilizam o SELIC para efetuar suas

    transaes lastreadas apenas em ttulos pblicos e com prazo de um dia til.

    A taxa SELIC a mdia ponderada das transaes efetuadas pelo Sistema. Segundo o

    site A definio da Taxa Selic Meta se d por meio das reunies do Copom (Comit de

    Poltica Monetria), que rene seu colegiado para decidir a taxa pelo perodo vigente at sua

    prxima reunio.

    Sendo assim, essa taxa influencia em nossas vidas monetrias porque quando o banco

  • 12

    toma dinheiro emprestado do governo lastreado atravs de ttulos pblicos com taxas mais

    altas para recomposio de suas reservas monetriasele ir cobrar de seus clientes taxas

    maiores,ao contrrio,se os bancos tomarem emprstimos a juros menores,repassaro os

    emprstimos aos seus clientes a juros menores, tudo em funo da taxa Selic praticada

    naquele ms.

    Segundo Sampaio(2008) a reputao de austeridade construda pelo Banco Central do

    Brasil, foi construda por meios severos para boa parte da populao devido poltica

    inflacionria que no condiz com a situao econmica atual no pas. Isto se deve ao fato que

    o Banco Central sempre focou a administrao das taxas de jurosnosfluxos de crditos

    econmicos, bem como na defesa de guardioda moeda nacional. No passado o nvel de renda

    era a palavra chave para o planejamento da expanso do financiamento, do crdito e

    dapoupana, a qualidade da informao tornou-se o insumo bsico para o sistema financeiro,

    para o mercado de capitais e para a formao dapoupana. A renda deve continuar

    aumentando, segundo o autor, contudo o risco pas, das empresas e dos brasileirosestar

    condicionado qualidade dos investidores, tomadores e poupadores. O Anexo 1 deste

    trabalho mostra a evoluo da Taxa SELIC a partir do plano Real

    1.2 O BANCO CENTRAL DO BRASIL

    Segundo a Wikipdia (2013), o papel de autoridade monetria no Brasil era

    desempenhado pelo SUMOC, Superintendncia de Moeda e Crdito, pelo Banco do Brasil e

    pelo Tesouro Nacional.

    A principal competncia do SUMOC era exercer o controle monetrio bem como

    preparara a organizao centralizada dos bancos com a responsabilidade de fixar os

    percentuais de reservas obrigatrias dos bancos comerciais, as taxas de redesconto, a

    assistncia financeira de liquidez e os juros sobre depsitos bancrios. O SUMOC

    supervisionava tambm a atuao dos bancos comerciais e era responsvel pela orientao da

    poltica cambial do pas, representado oBrasil junto aos organismos internacionais. A funo

    do banco do governo era representada pelo Banco do Brasil, atravs do controle das operaes

    de comrcio exterior, do recebimento de depsitos compulsrios e voluntrios dos bancos

    comerciais e pela execuo de operaes de cmbio em nome de empresas pblicas e do

    Tesouro Nacional, conforme as normas estabelecidas pelo SUMOC e pelo Banco de Crdito

    Agrcola, Comercial e Industrial. Ao Tesouro Nacional cabia o papel de rgo emissor de

    papel-moeda.

    O Banco Central foi criado em 31 de dezembro de 1964, com a promulgao da Lei n

    4.595. Coma criao do Banco Central do Brasil foram adotados pelo governo, mecanismos

    voltados para o desempenho de papel de"banco dos bancos". No ano de 1985 o governo

    promoveu um reordenamento financeiro, separando as contas e as funes do Banco Central,

    do Banco do Brasil e do Tesouro Nacional. Em 1986 o governo extinguiu a conta movimento

    e o fornecimento de recursos do Banco Central para o Banco do Brasil eliminando os

    suprimentos automticos que prejudicavam a atuao do Banco Central e isso passou a ser

    claramente identificado nas duas contas.

    Esse processo de reordenamento financeiro durou at 1988, transferindo de maneira

    gradativa as funes de autoridade monetria do Banco do Brasil para o Banco Central. As

    atividades atpicas do Banco Central, e as relacionadas ao desenvolvimento e administrao

    da dvida pblica do governo federal foram transferidas para o Tesouro Nacional.

    A Constituio de 1988, no seu artigo 192 previu a elaborao da Lei Complementar do

    Sistema Financeiro Nacional, substituindo a Lei 4.595/64 e redefinindo as atribuies e

  • 13

    estrutura do Banco Central do Brasil.

    A instituio do Banco Central guarda relevante valor na organizao financeira do

    pas,sendo assim, atravs de toda sua organizao para o intuito de melhor aplicabilidade das

    normas e funes econmicas.

    1.2.1 Competncias

    de competncia exclusiva do Banco Central do Brasil:

    Emitir papel moeda e moeda metlica

    Executar servios de meio circulante

    Receber os recolhimentos compulsrios dos bancos comerciais

    Realizar operaes de redesconto e emprstimos de assistncia liquidez s

    instituies financeiras

    Regular a execuo dos servios de compensao de cheques e outros papeis

    Autorizar, normatizar, fiscalizar e intervir nas instituies financeiras

    Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do

    mercado cambial

    1.3 O CRDITO CONSIGNADO NO BRASIL - ASPECTOS ECONMICOS

    Os dados divulgados pelo Banco Central do Brasil em abril de 2011 apontam para um

    crescimento significativo nos emprstimos pessoais, e, principalmente no que se refere ao

    crdito consignado em folha de pagamento. A Tabela 1 demonstra os valores em bilhes de

    reais do saldo de operaes financeiras de crdito para pessoas fsicas no perodo de janeiro

    de 2004 a janeiro de 2011.

    Tabela 1 Saldo de operaes contratadas com pessoas fsicas

    PEROD

    O CRDIT

    O CRDITO AQUISI

    O LEASIN

    G CARTO

    DE CHEQUE TOTAL

    DO

    PESSOA

    L CONSIGNAD

    O DE BENS CRDITO ESPECIA

    L PEROD

    O

    2004 30,8 9,7 36 1,7 6,7 9,4 94,3

    2005 44,8 18,6 46,2 4,7 8,7 10,6 133,6

    2006 65 33,1 62,2 8,9 11,9 12,2 193,3

    2007 81,4 49,6 75,3 14,6 14,1 13,3 248,3

  • 14

    2008 103,2 65,9 95,5 31,1 17,7 14,1 327,5

    2009 134,2 80 92,7 57,3 23 17,1 404,3

    2010 167,1 109,8 105 63,1 26,8 16,6 488,4

    2011 208,7 139,7 152,9 46,2 30,4 18,2 596,1 TOTAL

    DO 835,2 506,4 665,8 227,6 139,3 111,5 2485,8 PEROD

    O Fonte: Adaptado de Banco Central do Brasil

    Podemos observar na Tabela 1 que a trajetria dos estoques das operaes nas

    principais modalidades de crdito para pessoas fsicas ressalta o crescimento maior do credito

    consignado em relao aos das modalidades carto de crdito e cheque especial, que

    incorporam, tradicionalmente, taxas de juros mais elevadas. Os saldos das operaes de

    crdito consignado e das demais operaes para pessoas fsicas totalizaram R$139,7 bilhes e

    R$456,4 bilhes, respectivamente, em janeiro de 2011, registrando, na ordem, aumentos reais

    de 760% e 199% em relao a janeiro de 2004, conforme nota do Banco Central do Brasil.

    Conforme definio dada pelo Banco Central do Brasil (2008), emprstimo consignado

    um tipo de emprstimo descontado em parcelas conforme acordo da instituio financeira e

    feito diretamente na folha de pagamento do beneficirio, como contratante ou tomador de

    emprstimo. O cliente concede instituio financeira uma autorizao expressada

    previamente, por escrito, atravs de contrato entre as partes e na qual permite a consignao

    das prestaes em folha de pagamento, no necessitando de uma especificao para o destino

    do emprstimo, pelo seu tomador. As instituies financeiras firmam um convnio com as

    empresas ou rgos para que os descontos sejam efetuados, enquanto a empresa promove ao

    repasse descontado no salrio dos servidores.

    1.3.1 1.4 Custos do Crdito Bancrio

    O custo do crdito bancrio determinado pelo spread do banco, ou seja, a diferena

    entre a taxa que renumera o depositante e a que define o custo para o tomador de

    emprstimos. O custo de captao baseado na taxa SELIC e composto por fatores de

    margem e de custo, como se segue:

    Os fatores de custos so os custos operacionais que esto vinculados atividade

    bancria e os custos regulatrios so os de intermediao da instituio financeira, conforme

    SAMPAIO (2008)

    Custos operacionais e administrativos: segundo o autor atividade bancria sofisticada

    e exige mo de obra altamente qualificada e tecnologia avanada e complexa, alm de grandes

    investimentos;

    Custo do compulsrio: So os recolhimentos compulsrios sobre os depsitos vista,

    prazo e caderneta de poupana que afetam o spread bancrio e podem restringir o volume

    total dos recursos disponveis para emprstimos

    Subsdios cruzados: Conforme Sampaio (2008) so crditos com taxas subsidiadas

    (como o crdito rural e o habitacional) que faz com que o spread bancrio tenha uma

    compensao por essas transaes;

    Custo do Fundo Garantidor de Crdito (FGC): trata-se de um fundo criado pelas

    instituies financeiras com o objetivo de proteger o investidor, correntistas e poupadores no

    caso de interveno, liquidao extrajudicial, falncia ou insolvncia da instituio financeira,

  • 15

    atravs de uma alquota de 0,0125% sobre os depsitos cobertos pela garantia at o limite de

    2 dessas contas e afeta o custo de intermediao bancria diminuindo o volume dos recursos

    disponveis para a contratao de emprstimos.

    Custos Tributrios: So os tributos diretos e indiretos da intermediao financeira, tais

    como: PIS, COFINS, IOF, IR e CSLL;

    Custos de inadimplncia: so os custos vinculados ao risco de crdito: ataxa de

    inadimplnciadeduzida da taxa de emprstimo define a taxa efetivamente recebida pelo

    banco. Deacordo com a metodologia de clculo do Banco Central do Brasil, em 2006 a

    inadimplncia foi o maiorcomponente do spread bancrio no Brasil.

    Risco Jurdico: refere-se morosidade do sistema judicirio brasileiro agravando mais

    ainda os custos com os inadimplentes:

    Fator de margem: so os ganhosobtidos na atividade de intermediao, deduzidos os

    custos inerentes sua prtica.

    Concorrncia: apesar das fuses ocorridas no Brasil de instituies financeiras que

    diminuiu o nmero de bancos entre 1994 a 2003 de 246 para 164, segundo dados do Banco

    Central do Brasil;

    Custo de oportunidade. Bancos podem aplicar seus recursos em ttulos pblicos

    cujaremunerao real nos ltimos anos tem sido bastante elevada;

    Custo de Transferncia: so as modalidades de crdito relacionadas com a manuteno

    de contas bancrias, tais como cheque especial para pessoas fsicas e conta garantia para

    pessoas jurdicas, so tipicamente situaes em que os clientes esto presos aos bancos,

    devido dificuldade de transferir a instituies competidoras seu histrico cadastral e

    reputao.

    Tabela 2 - Decomposio do Spread Bancrio no Brasil

    Fonte: BACEN. Relatrio de Economia Bancria e Crdito, 2011.

    Figura 1Proporo

    do spread bancrio

    em 2011

    Discriminao 2007 2008 2009 2010 2011

    1. Spread bancrio 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

    2.Inadimplncia 49,25 12,54 53,89 35,41 22,50

    3. Compulsrio - Subsdio cruzado 16,22 21,30 22,13 11,24 11,81

    Imp indiretos e custos FGC

    4. Margem bruta e omisses (1-2-3) 34,53 66,16 23,98 53,35 65,69

    5.Impostos indiretos 13,81 26,46 9,59 21,34 26,27

    6. Margem lquida ,erros e omisses (4-5) 20,72 39,70 14,39 32,01 39,42

    0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

    41%

    21%

    19%

    2%

    17%

    Spread Bancrio

    Inadimplncia Compulsrio - Subsdio cruzado

    Margem bruta e omisses Impostos indiretos

    . Margem lquida ,erros e omisses

  • 16

    Fonte: BACEN. Relatrio de Economia Bancria e Crdito, 2008.

    O Conselho Monetrio Nacional e o Banco central do Brasil no possuem normas

    especficas para a concesso deemprstimos consignados. Existe uma norma especfica para

    emprstimos concedidos a aposentados e pensionistas do INSS, Instituto Nacional de

    Seguridade Social, em virtude de problemas ocorridos quanto concesso de emprstimo, nas

    quais os beneficirios eram lesados.Com isso o Banco Central do Brasil colocou um link em

    seu site na internet prestando informaes e esclarecimento sobre os cuidados que devem ser

    tomados na contratao de um emprstimo consignado.

    imprescindvel que a instituiofinanceira divulgue previamente as seguintes

    informaes:

    Valor financiado;

    Taxas efetivas, mensais e anuais;

    Valor, numero e periodicidade das prestaes;

    Total a pagar pelo emprstimo;

    Os acrscimos remuneratrios, moratrios e tributrios que porventura

    incidam sobre o valor a ser financiado.

    No caso de aposentados e pensionistas do INSS o Banco Central do Brasil informa que

    os emprstimos consignados no necessitam ser tomados diretamente na instituio financeira

    onde recebem os seus salrios, e sim onde melhor lhe convierem e ofeream melhores

    condies.

    No entanto informam algumas precaues que devem ser tomados pelos aposentados e

    pensionistas na hora da contratao do emprstimo consignado:

    No se deve nunca fornecer o carto magntico ou senha do banco a terceiros.

    No prudente contratar emprstimos sem pesquisar as taxas de juros e condies oferecidas por outras instituies.

    fundamental saber se a instituio financeira est autorizada a funcionar pelo Banco Central e, no caso dos emprstimos

    consignados para aposentados e pensionistas do INSS, se a instituio

    est conveniada com o INSS.

    No se deve aceitar a intermediao de pessoas com promessas de acelerar o crdito.

    O interessado em contratar um emprstimo consignado deve lembrar-se que esse tipo de operao representa dvidas que podero

    afetar a administrao da renda pessoal e familiar futura, em razo do

    comprometimento mensal dos benefcios com o pagamento do

    emprstimo.

    1.4 CRDITO CONSIGNADO - PRINCIPAIS ERROS E FRAUDES

    Segundo estatstica informada pela Pagadoria Pessoal da Marinha do Brasil as

    principais fraudes que se apresentam em emprstimos consignados so:

  • 17

    a) Implantar parcelas em um valor superior ao acordado;

    b) Enviar numerrio para conta corrente diferente da listadana empresa ou no INSS;

    c) Implantar pequenos valores de forma a tornar difcila verificao por parte do

    Aposentado ou Pensionista;

    d) Informar taxa de juros em percentual inferior ao praticadoefetivamente (no informar

    o CET- Custo Efetivo Total);

    e) Aumentar o valor da mensalidade social, reduzindo o valorda parcela de emprstimo,

    para maquiar a taxa de jurosexcedendo o limite da margem consignvel;

    f) Exigir que o tomador de emprstimo se associe entidade, faa seguro ou peclio

    para efetivar o emprstimo (vendacasada);

    g) Exigir pagamento de taxa de corretagem fora do contrato;

    h) Falsificar a identidade do Aposentado ou Pensionista;

    i) Implantar emprstimo sem autorizao, atraso na liberaode dinheiro, renegociao

    ou antecipao de pagamentos;

    j) Calcular o saldo devedor de forma diferente ao pactuado nocontrato;

    k) Manter desconto em folha, aps a quitao do emprstimo.

    1.5 TAXAS DE JUROS PRATICADAS NOS EMPRSTIMOS CONSIGNADOS

    O Banco Central do Brasil (2008) salienta que o Custo Efetivo Total (CET)

    o custo total de uma operao de emprstimo ou financiamento.

    Tabela 3 - Condies do acordo estabelecido entre a CUT e 33 instituies financeiras

    Fonte: www.cut.org.br

    Definio da Taxa Efetiva de Juros ou CET

    Representa o custo total de uma operao de emprstimo ou de financiamento. O CET

    deve ser expresso na forma de taxa percentual anual, incluindo todos os encargos e despesas

    das operaes.

    O Anexo I mostra as taxas de juros mensais praticadas pelos bancos conveniados com o

    INSS para emprstimos consignados. A tabela tem como fonte o site da previdncia social

    (www.mpas.gov.br) consultada em novembro de 2.011.

    A tabela 1 mostra o acordo estabelecido entre a CUT (Central nica dos

    CONDIES DO ACORDO ESTABELECIDO ENTRE A CUT E 33 INSTITUIES FINANCEIRAS

    SINDICALIZAO CONSIGNAO Prazos (meses) e taxas de juros (% ao ms) TAC mxima

    DE VERBAS at 6 meses 7 a 12 13 a 24 25 a 36 (R$)

    RESCISRIAS meses meses meses

    TRABALHADORES SIM 1,75% 2,00% 2,30% 2,60% 10,00

    SINDICALIZADOS NO 1,85% 2,10% 2,40% 2,80%

    NO SINDICALIZADOS 2,3% A 3,3% 20,00

  • 18

    Trabalhadores), rgo sindical que agrega vrios sindicatos brasileiros e as taxas praticadas

    em acordo com 33 instituies bancrias brasileiras, conforme consulta no site da entidade

    (www.cut.org.br).

    A planilha 1 do Excel pode ser encontrada no site da CUT e demonstra o

    clculo de um emprstimo consignado para uma pessoa que recebe o salrio mensal bruto de

    R$ 1.500,00 contratando um emprstimo de

  • 19

    R$1.000,00 em doze prestaes mensais.

    Informe

    Valores

    1.500,00

    INSS 100,00

    IRRF 50,00

    Peno Alimentcia Judicial

    Outras Decises Judiciais ou Administrativas

    Mensalidade/Contribuies Entidades Sindicais

    Outros Descontos Compulsrios

    Subtotal 150,00

    Contribuio a Partidos Polticos, Entidades, Clubes e Associaes

    de Carter Recreativo ou Cultural

    Contribuio a Cooperativas

    Plano de Sade, Peclio, Seguros e Previdncia Complementar 300,00

    Prestao Compra Imvel em Favor de Entidade Financeira

    Amortizao de Emprstimos Concedidos por Entidade de

    Previdncia Privada ou Financeira

    Outros Descontos Voluntrios Autorizado

    Subtotal 300,00

    Renda Disponvel 1.350,00

    Prestao Mensal Mxima 240,00

    1.000,00

    2,00%

    12

    0,125%

    20,00

    980,00

    2,47%

    (1) Valor Aproximado incluindo IOF

    Obs: Taxa Efetiva considera a TAC, IOF e outras taxas

    Elaborao: Subseo DIEESE - CUT Nacional

    Calcule sua Prestao Mxima para o Crdito Consignado

    Valor Financiado - R$

    Taxa de Juros Efetiva - %

    Valor Prestao (1)

    - R$

    Outras Taxas Cobradas - R$

    Montante Lquido Liberado - R$

    Prencha os campos abaixo e veja aqui o Resultados do Plano Contratado

    95,36

    Salrio Base:

    Descontos Compulsrios

    Descontos Voluntrios

    Taxa Contratada - %

    Prazo em Meses

    IOF Embutido % ao ms

    Taxa Abertura Crdito - TAC - R$ Info

    rme V

    alo

    res

    Observaes:1. A prestao mxima deve ser o menor valor entre:30% do Salrio Base menos Descontos Obrigatrios, ou40% do Salrio Base menos Total de Descontos

    2. O valor do Salrio Base no pode considerar:DiriasAjudas de CustoAdicional Hora ExtraGratificao NatalinaAuxlio-MaternidadeAuxlio-FuneralAdicional de FriasAuxlio-Alimentao, mesmo pago em dinheiroAuxlio-Transporte, mesmo pago em dinheiroParcelas referentes a antecipaes de remunerao futura ou de carter retroativo

  • 20

    1.6 TIPOS DE CRDITOS

    Crdito Pessoal

    um produto flexvel em taxas e juros. Possui juros mais baixos e se apresenta como

    alternativa para pagamento de dvidas mais caras como as do cheque especial.

    Crdito Direto ao Consumidor

    Trata-se de um emprstimo flexvel nos prazos, mas no nos juros, no entanto, com

    taxas bancrias menores que as do Crdito Pessoal e aprovado pelo sistema de creditscoring

    e behaviorscoring (sistemas de anlise de risco na concesso de crdito).

    Cheque Especial

    O cheque especial um crdito pr-aprovado que os bancos colocam disposio

    docliente. ideal para cobrir eventuais dficitsde durante o ms, quandoh um dbito na

    conta corrente, cujo limite recomposto de acordo como saldo do devedor. Deste tipo de

    emprstimo conveniente quando utilizado por poucos dias, nomximo por uma semana,

    mais do que issodeve ser pensado como ltima alternativa para emprstimo.

    Leasing

    Trata-se de um arrendamento mercantil onde cedido um bem por uma pessoa fsica ou

    jurdica (arrendador), para outra pessoa fsica ou jurdica (arrendatrio), para uso prprio.

    Penhor

    Trata-se de um emprstimo mediante uma garantia que pode serum bem (jias, pedras,

    preciosas, metais nobres , etc.)

    Consrcio

    um grupo fechado de pessoas fsicas ou jurdicaspromovido por uma administradora

    com a finalidade de proporcionar a aquisio de um bem.

    Tabela 2: Tabela da mdia de juros praticados pelos bancos

    Taxa

    Mensal

  • 21

    Crdito Pessoal 3,87% CDC 2,30% Cheque Especial 5,37 Leasing 1,33 Penhor* 1,50% Consrcio 1,54% *emprstimo com prazo

    de 3 a 6 meses

    Fonte: G1.com.br

    1.7 CARACTERSTICAS E DIFERENCIAO ENTRE OS DOIS TIPOS DE

    CRDITO MAIS UTILIZADOS.

    Crdito Pessoal direto pelo Banco Crdito Consignado em Folha Pagamento direto pela instituio

    financeira;

    Desconto em folha;

    Taxa de juros entre 3,5 e 6,5% a.m (Depende do relacionamento com o

    Banco);

    Taxa de juros entre 1,5 e 3,5 % a.m.;

    No libera para clientes com restries;

    Sem consulta SPC e Serasa;

    Crdito liberado no ato da contratao sem burocracia.

    Sujeito a aprovao da empresa, rgo pblico ou INSS.

    CONCLUSO

    Podemos concluir que a aplicao do crdito consignado para aposentados e

    pensionistas trouxe um grande alentopara pessoas que no possuam uma linha de crdito

    especfica e a juros mais praticveis.

    O crdito consignado passvel de legislao prpria e por isso traz maior segurana a

    pessoas, geralmente idosas, tendo em vista que j cumpriram o seu tempo de servio e

    necessitam de um amparo maior para adquirir bens ou mesmo quitar dvidas, onde traz grande

    benefcio para toda a sociedade, pois em um pas onde praticado altos juros, uma linha de

    credito com taxas reduzidas traz grande benefcio para a populao em geral, principalmente

    aquelas de classe baixa e mais carentes que encontram nesta linha de credito uma facilidade.

    Porm, de saber que muitas instituies financeiras, principalmente as de pequeno

    porte, praticam medidas fraudulentas, trazendo grande prejuzo e preocupao para a

  • 22

    populao em geral. Com isso, o Banco Central procurou adotar medidas de fiscalizao para

    que esses contribuintes no caiam em golpes e consigam quitar os seus dbitos de forma

    tranqila.

    Por outro lado, as instituies financeiras, observando a grande demanda desse tipo de

    transao financeira procurou, para vencer a concorrncia, praticar e ofertar juros menores

    para com isso obter um ganho maior de aplicao desse mercado.

    Ganha de um lado a instituio financeira que pratica um volume maior de operaes, e

    o contribuinte ganha muito mais com a concorrncia acirrada das instituies financeiras

    consegue obter emprstimos a juros menores.

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    Wanderley, M. B. (2006). Reflexes acerca do conceito de excluso.In B. Sawaia (Org.), As

    artimanhas da excluso (pp. 16-26).Petrpolis, RJ: Vozes.

    www.cut.org.br - acesso agosto 2013

    www.mpas.gov.br - acesso em agosto 2013

    http://www.pucrs.br/direito/graduacao/tc/tccII/trabalhos2008_

  • 25

    MELHOR IDADE VOLTA AO MERCADO DE TRABALHO

    Dieny dos Reis da Silva (1)

    Adalberto Aparecido Abel (2)

    Resumo Com o aumento da expectativa de vida no Brasil, devido aos avanos na rea da sade

    ocorreram vrias mudanas e uma delas foi o crescimento da procura de emprego por

    profissionais que j haviam se aposentado. Em alguns ambientes de trabalho, essa busca gera

    uma grande competitividade entre aposentados e jovens. Em contrapartida, tambm existem

    casos em que a resistncia de contratao mantida, e ainda queles em que a harmonia

    prevalece entre as diferentes geraes profissionais. Por isso, a inteno deste estudo

    mostrar algumas faces dessa conjuntura mercadolgica e analisar as diferentes variveis que

    justificam o aumento da procura por emprego por profissionais da melhor idade, alm,

    claro, da anlise quanto aos motivos que justificam o retorno de aposentados ao mercado.

    Para a concretizao da pesquisa ser realizada pesquisa bibliogrfica sobre a nova conjuntura

    mercadolgica brasileira, destacando a regio de Americana, cidade localizada no interior de

    So Paulo, alm da aplicao de pesquisas quantitativa e qualitativa, possibilitando a

    mensurao das variveis analisadas.

    Palavras-Chave:Melhor idade, mercado de trabalho, demanda.

    Abstract

    With the increase in life expectancy in Brazil, due to advances in health, occurred several

    changes and one of them was growing job search for professionals who have already retired.

    In some work environments, this search generates a large competition between retirees and

    young people. In contrast, there are also cases in which the resistance of engagement is

    maintained, and even those on which the balance prevails between different generations

    professionals. Therefore, the intention of this study is to show some sides of this situation and

    analyze the different variables to justify the increased demand for labor of professionals at

    the best age, and, of course, the analysis as to the reasons for the retirees return to the

    market. To achieve the results will be used bibliographic research on the new marketing

    environment in Brazil, highlighting the Americana's region , located in the state of So Paulo,

    and the application of quantitative and qualitative research , enabling the measurement of the

    variables.

    Key Words: Best age, labor market, demand.

    (1) Graduando em Administrao de Empresas, 4. Ano, Faculdades Network Av. Amplio Gazzetta, 2445, 13460-000, Nova Odessa, SP, Brasil; (e-mail: [email protected]).

    (2) Graduado em Cincias Econmicas Ps - Graduado em Administrao Financeira e Oramentrio Mestre em Administrao. (e-mail: [email protected]).

    mailto:[email protected]:[email protected]

  • 26

    1. INTRODUO

    Devido aos avanos na rea da sade, a expectativa de vida ao nascer est atualmente

    em torno de 71,3 anos para os homens e 78,5 anos para as mulheres. Pode-se chegar at aos

    80 anos para ambos os sexos em 2041. Atravs dessa alterao na estrutura etria da

    populao, resultou em mudanas, sendo uma delas a crescente procura por emprego no

    mercado de trabalho aps a aposentadoria. Antigamente, profissionais que j haviam se

    aposentado no retornavam ao mercado, deixando assim maior espao para o profissional

    jovem. Entretanto, constatou-se nos ltimos anos, que esse aumento de procura por um espao

    nas empresas uma realidade que abre diferentes discusses.

    Uma delas, por exemplo, so as intenes do mercado. Afinal, as empresas buscam

    por essa mo-de-obra? E os aposentados, como so estimulados a abrir mo do benefcio da

    tranquilidade da aposentadoria para retornar ao mercado? Segundo S (2006), citado por

    SANTOS (2007), o Brasil um pas que vem atravessando uma srie de mudanas

    demogrficas, culturais e econmicas. Um acontecimento importante o envelhecimento da

    populao, o que est fazendo com que a sociedade repense vrios aspectos, como

    aposentadoria e o que fazer aps a mesma.

    A autora tambm afirma que com o aumento da expectativa de vida, muitos quando

    chegam aposentadoria, repensam sobre alguns sonhos que no foram realizados, ou pensam

    em exercer alguma atividade que os agradem, sendo assim que de alguma forma precisam se

    sentir teis, compartilhar seus conhecimentos, estarem bem consigo mesmas, e no serem

    acusados de estarem incapacitados para voltar ao trabalho.

    Frente s ponderaes da autora, as questes emocionais que motivam a retomada

    desses profissionais ao mercado tambm servir como varivel de anlise nesse trabalho

    atravs da compilao de dados e anlise de contedo passvel de ser efetuada atravs de

    pesquisas qualitativa e quantitativa.

    Mas afinal, o profissional da melhor idade encarado como possuidor de maior

    habilidade para o mercado de trabalho do que os jovens? Existe maior rentabilidade

    empresarial com a contratao de mo-de-obra da melhor idade?

    Para responder s perguntas inseridas na introduo do presente trabalho, tomaremos

    como objeto de estudo trs empresas de recrutamento de currculos, localizadas na cidade de

    Americana, interior do Estado de So Paulo, alm de uma empresa que se disps a participar

    da pesquisa acadmica aqui produzida e funcionrios.

    2. REVISO BIBLIOGRFICA

    A aposentadoria no Brasil um direito assegurado a todos os trabalhadores formais.

    H cinco maneiras para se adquirir a aposentadoria, a primeira por tempo de contribuio,

    onde os homens de qualquer idade podem se aposentar desde que comprovem atravs de

    registro em carteira profissional ou pagamento em carn que pagaram durante 35 anos ou

    mais a Previdncia Social, no caso das mulheres, a exigncia mnima de 30 anos de

    contribuio. A segunda maneira a aposentadoria por idade, permitida a todo homem com

    65 anos ou mais e mulher com 60 anos ou mais. Todos devem ter contribudo um mnimo de

    180 meses. A terceira a aposentadoria proporcional, que s pode se aposentar nessa

    modalidade quem j contribua para a Previdncia quando a nova lei entrou em vigor, antes de

    15 de dezembro de 1998. Na aposentadoria proporcional, o segurado recebe um valor menor

    do que receberia se completasse o tempo exigido na aposentadoria integral. Se j tinha direito

  • 27

    a aposentadoria proporcional em 15 de Dezembro de 1998, quando entrou em vigor a nova lei

    da Previdncia, pode ento se aposentar, sem problemas, desde que tenha contribudo 30 anos

    no caso dos homens e 25 anos para as mulheres, independente de sua idade. O quarto

    aposentadoria especial, quem tm direito o trabalhador que exerce sua atividade exposto aos

    agentes nocivos sade, como qumicos, fsicos ou biolgicos. O INSS exige um mnimo de

    25 anos de contribuio para o homem e para a mulher. No existe limite de idade. O quinto e

    ltimo a aposentadoria por invalidez, esse tipo de aposentadoria normalmente concedido

    depois que o mdico do INSS chegar concluso de que o segurado no tem mais condio

    de voltar ao trabalho.

    Quando o indivduo chega a essa idade, automaticamente ocorre o fato da

    aposentadoria, que quando ele no participar mais do mercado de trabalho, e ir descansar

    de todos esses anos de atividade. Muitos nessa idade, mesmo aposentados decidem por

    continuar ativos no mercado de trabalho. No Brasil a aposentadoria, ou seja, a posse de um

    benefcio social, no significa necessariamente que um indivduo deixe o mercado de

    trabalho, pois a legislao brasileira permite a volta do aposentado para a atividade econmica

    sem nenhuma penalidade. (CAMARANO, 2004).

    O IPEA revela atravs de pesquisas que o ndice da populao economicamente ativa

    (PEA) no Brasil, alto de aposentados, pois a grande maioria das famlias brasileiras tem

    como base a sua renda, mesmo que queiram parar de trabalhar, no podem, pois o salrio da

    aposentadoria no o suficiente para o seu sustento.

    De acordo com MDA (1995), citado por LANGUER (2004), o trabalho estrutura no

    somente a nossa relao com o mundo, mas tambm nossas relaes sociais. Ele a relao

    social fundamental.

    Ou seja, o indivduo da melhor idade, ainda permanece no mercado de trabalho, para

    no perder sua ligao com o mundo, no perder a sua relao com as pessoas, se sentem

    melhor fazendo aquilo que gostam. A ideia de que o indivduo da melhor idade s fica em

    casa, e no gosta de conviver com as outras pessoas, j passado. LLOYD-SHERLOCK

    (2002), diz que, os idosos no vivem isolados e o seu bem-estar est intimamente ligado ao da

    sociedade como um todo.

    Os motivos ao qual o aposentado retorna ao mercado de trabalho podem ser muitos,

    como necessidade, por vontade prpria, ou por no conseguir mais ficar sem aquela rotina de

    trabalho, entre outros motivos. Mesmo essa vontade de voltar ativa, talvez para o

    profissional da melhor idade pode no ser to fcil assim, principalmente na sociedade em

    que vivemos. Para SCHIRRMACHER (2005), os mais velhos so constantemente caados at

    a exausto depois que perdem o prestgio, isso acontece por meio de esteretipos sobre a

    velhice, de insinuaes e ataques de todos os lados [...] Talvez seja de interesse de uma

    sociedade demograficamente jovem roubar a autoconfiana do idoso no processo de trabalho.

    Alguns podem at preferir sair do mercado de trabalho, devido a essas dificuldades. E

    mesmo aqueles que ainda tentam achar o seu lugar em meio ao mercado competitivo,

    enfrentam tais preconceitos sua idade. Ainda de acordo com SCHIRRMACHER (2005), a

    razo para isso est na codificao biolgica de nossa sociedade, como tambm no simples

    fato de que os mais idosos sempre foram a minoria. Onde a minoria na sociedade atual

    excluda.

    Tem-se do profissional da melhor idade, uma imagem denegrida e cansada. No caso

    do Brasil, muitos os julgam como incapaz, pois h uma grande desvalorizao do sujeito

    depois de certa idade, que passa a ser visto como improdutivo. A idade um peso tambm nas

    contrataes.

    Como no so todos que pensam dessa maneira, ainda h algumas empresas que

    surgem com iniciativas de incluso do profissional aposentado no mercado de trabalho, como

  • 28

    por exemplo, um percentual (x) no seu quadro de funcionrios. Segundo o IBGE (2002) nos

    ltimos anos os idosos tm retornado ao mercado de trabalho por opo ou necessidades. O

    fato que h muitas pessoas no mercado, para poucas vagas. Como as empresas buscam

    profissionais qualificados, muitas vezes preferem empregar pessoas mais experientes. A falta

    de jovens qualificados est dando lugar aos aposentados experientes.

    3. METODOLOGIA

    Ser utilizada como metodologia para o presente trabalho a pesquisa bibliogrfica,

    segundo as diretrizes de VERGARA (2004), a pesquisa bibliogrfica o estudo sistematizado

    desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrnicas,

    isto , material acessvel ao pblico em geral. Fornece como instrumental analtico para

    qualquer outro tipo de pesquisa, mas tambm pode esgotar-se em si mesma.

    Vale salientar que o estudo ser embasado na pesquisa bibliogrfica de fonte

    secundria e de pesquisas publicadas na rede eletrnica, sendo que a pesquisa de campo

    tambm ser utilizada, uma vez que sero aplicados questionrios com o intuito de revelar as

    diferentes variveis do empregado e do empregador dentro dessa nova conjuntura

    mercadolgica. De acordo com VERGARA (2004), a pesquisa de campo investigao

    emprica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenmeno ou que dispe de elementos

    para explic-lo. Pode incluir entrevistas, aplicao de questionrios, testes e observao

    participante ou no.

    A pesquisa de campo realizada com as trs empresas de recrutamento de currculos

    profissionais da cidade de Americana ser realizada com data e hora agendadas anteriormente,

    a fim de facilitar a legitimidade dos dados recolhidos. Estas empresas so especializadas em

    Recursos Humanos e prestam servio para diversas empresas de vrios segmentos, podendo

    ser de pequeno, mdio ou grande porte. Recrutamento e Seleo, trabalho Temporrio,

    Terceirizado e Estgios; Treinamentos; Avaliao Psicolgica so apenas algumas das

    principais atividades das empresas. Para a compilao e anlise dos dados contidos nos

    questionrios, utilizaremos a tcnica de anlise de contedo. Para tanto, tomaremos como

    base as consideraes de BARDIN (1977), a anlise de contedo um conjunto de tcnicas

    de anlise das comunicaes visando obter, por procedimentos, sistemticos e objetivos de

    descrio de contedo das mensagens, indicadores (quantitativos ou no) que permitam a

    inferncia de conhecimentos relativos s condies de produo/recepo (variveis inferidas)

    destas mensagens.

    Quanto ao meio empresarial, a pesquisa ser pautada pelo envio do questionrio a uma

    empresa selecionada. Vale ressaltar que para evitar a resistncia de participao, no se far

    necessria a explicitao do nome da empresa, apenas ramo de atuao e sua localidade.

    A pesquisa foi realizada atravs de um questionrio com 05 perguntas, entregue

    impresso direto ao profissional de recrutamento e seleo (RH). Foram coletados os dados no

    perodo de 10 a 30 de agosto do ano de 2013.

    Outra fonte de dados ocorreu em uma empresa de pequeno porte, no seguimento de

    ferramentas e manuteno, localizada no centro da cidade de Americana. Baseia-se em uma

    entrevista, dividida em duas partes, um destinado ao empregador, a outra ao colaborador igual

    ou acima de 60 anos. No intuito de comparar dados de relao entre o empregador e o

    contratado. A experincia ocorreu no dia 04 de outubro de 2013.

    4. RESULTADOS E DISCUSSES

  • 29

    Na sequncia, so apresentados os resultados do questionrio destinado s empresas de

    Recrutamento e Seleo.cNo grfico 1, apresenta o resultado da procura por emprego de

    profissionais com idade ou superior a 60 anos. Observa-se que 80% das agncias

    entrevistadas responderam que sim, e os 20% que no. Entende-se que a procura de emprego

    por esses profissionais assdua. Isto devido a uma tentativa de recolocao no mercado de

    trabalho.

    Grfico 1. Vocs recebem a procura por empregos de profissionais com idade ou superior a 60 anos?

    Fonte: Dados da pesquisa.

    No grfico 2, diz a respeito das empresas que procuram especificamente esses

    profissionais, onde 100% afirmam no haver interesse. Oriundo de prejulgamento de algumas

    empresas em acreditar que esse profissional no tem potencial para continuar no mercado de

    trabalho.

    Grfico 2. Empresas procuram especificamente por esses profissionais?

    SIM 80%

    NO 20%

    1.

    SIM 0%

    NO 100%

    2. EMPRESAS PROCURAM ESPECIFICAMENTE POR ESSES PROFISSIONAIS?

  • 30

    Fonte: Dados da pesquisa.

    No grfico 3, aborda sobre as dificuldades de contratar profissionais da melhor idade

    qualificados. Identifica-se que 60% depende da rea de atuao, 20% no e 20% dizem que

    sim. Justificado por dois agentes, o primeiro a dificuldade em um trabalho que exija esforo

    fsico e segundo em acompanhar o avano da tecnologia.

    Grfico 3. Quando a empresa prefere contratar o profissional da melhor idade, vocs encontram

    dificuldades para encontrar candidatos qualificados?

    Fonte: Dados da pesquisa.

    No grfico 4, exibe o nvel de aceitao do profissional de melhor idade, no mercado

    de trabalho. Declararam 60% no e 40% alegaram sim. H sim uma dificuldade em

    contratao por diversos motivos, tais como o preconceito, mas aps a contratao os

    profissionais da melhor idade apresentam caractersticas admirveis como, maior

    responsabilidade e compromisso.

    SIM 20%

    NO 20%

    DEPENDE DA REA DE

    ATUAO 60%

    3. QUANDO A EMPRESA PREFERE CONTRATAR O PROFISSIONAL DA MELHOR IDADE, VOCS

    ENCONTRAM DIFICULDADES PARA ENCONTRAR CANDIDATOS QUALIFICADOS?

    SIM 40%

    NO 60%

    4.

  • 31

    Grfico 4. O profissional da melhor idade bem aceito pelo mercado de trabalho?

    Fonte: Dados da pesquisa.

    No grfico 5, foi apresentado a seguinte pergunta: A empresa tem algum tipo de

    projeto que se refere a incluso de pessoas com 60 anos ou mais? Nota-se que 100%

    respondem que no. Por no haver procura das empresas por esses profissionais, devido a

    falta de interesse das empresas em contratar pessoas desta faixa etria.

    Grfico 5. A empresa tem algum tipo de projeto que se refere incluso de pessoas com 60 anos ou

    mais?

    Fonte: Dados da pesquisa.

    A respeito da entrevista com o empregado, refere-se contratao, benefcios,

    desvantagens e expectativas. A contratao ocorre quando h uma recolocao no mercado

    de trabalho, os benefcios so provenientes da responsabilidade e compromisso. Um contra

    so as restries em tipos de seguimentos como exigncia de esforo fsico, tecnolgica e por

    fim o profissional tem que se sentir bem na funo sem prejudicar sua sade e com certeza a

    empresa ter grandes benefcios.

    As perguntas direcionadas ao colaborador foram sobre dificuldade, autoestima e

    expectativas, resultaram em preconceito da sociedade com pessoas acima de 60 anos, pois no

    querem saber seu carter e possibilidade de acrescentar. Continuar ativo no mercado de

    trabalho favorece a autoestima de muitas pessoas, no ser til nessa idade difcil de

    administrar. Passar adiante experincia aos mais jovens uma expectativa de findar esses

    preconceitos.

    5. CONSIDERAES FINAIS

    A expectativa populacional no Brasil para os prximos anos o envelhecimento da

    populao no pas. Devido aos avanos na rea da sade as pessoas esto vivendo mais e

    melhor, e natural tambm que busquem uma vida ativa, portanto h uma necessidade maior

    de ateno a essa faixa etria. O mercado de trabalho um dos fatores principais dessa

    integrao.

    SIM 0%

    NO 100%

    5.

  • 32

    Com base nos resultados e na literatura estudada, foi constatado na pesquisa, que nos

    dias atuais h uma grande procura por emprego pelas pessoas da melhor idade. Muitos esto

    tendo que repensar e escolher o melhor momento para se aposentar isso em razo por vrios

    motivos, como manter a autoestima, as amizades, se sente melhor fazendo aquilo que gostam,

    mas o principal que encaminha o aposentado a voltar a trabalhar a necessidade de

    complementar o que ganham na aposentadoria, pois para muitos no o suficiente para

    sustent-los. Se para alguns aposentados trabalhar uma opo, para um nmero cada vez

    maior uma necessidade. A tendncia chegar entre os 60, 70 anos e continuar trabalhando.

    Mas devido falta de oportunidade das empresas, os profissionais encontram-se em uma

    situao de grande dificuldade para continuar ativos no mercado de trabalho, pois na hora da

    contratao as pessoas mostram-se preconceituosas, pois infelizmente a idade ainda um

    fator negativo e impede muita das vezes o retorno do aposentado em determinadas reas. De

    fato que com o aumento da qualidade de vida, h muitas pessoas aposentadas em boas

    condies de sade, em condies intelectuais excelentes, com o conhecimento atualizado e

    tem a experincia, e a competncia de retornar ao mercado de trabalho.

    Um meio de solucionar esse problema mudar um pouco a nossa cultura para a

    valorizao dessas pessoas que passaram a vida tendo uma carreira profissional. Tambm h

    uma necessidade de trabalhar com uma incluso para esse segmento, pois o mercado de

    trabalho est bem limitado para as pessoas da melhor idade, somente algumas empresas tem

    se preocupado com essas circunstncias. As empresas precisam dar mais ateno a essa idade,

    j que a populao brasileira est envelhecendo, e pela Reviso em 2004 da projeo de

    populao do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, em 2062, o nmero de

    brasileiros vai parar de aumentar. Ento necessrio proporcionar melhor qualidade de vida,

    exerccios fsicos, cursos, para que mantenham a vida ativa. As empresas tambm precisam se

    adaptar a essas condies proporcionando um melhor ambiente de trabalho aos idosos.

    O resultado obtido na pesquisa preocupante, pois nenhuma das empresas

    entrevistadas apresentou planos de integrao do profissional da melhor idade, mas os

    preconceitos aos poucos esto sendo subjugados, pois aps a contratao dos mesmos

    constatou que h um maior comprometimento, experincia e potencial, com capacidade para

    fazer uma empresa crescer.

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus por ter concludo uma fase to importante em minha vida. Agradeo

    a todos que com perseverana e pacincia, me acompanharam nesta longa caminhada. Sou

    grata principalmente aos meus pais, Rogrio e Hosana, e minha irm Diana, que me deram

    toda a estrutura para que me tornasse a pessoa que sou. Aos meus amigos e colegas: Amanda,

    Giane, Sabrina, Dayara, Ana, Danilo, Gleice, William, Reciel, Guilherme, Rafael, e em

    especial Anderson, por ter vivenciado comigo passo a passo todos os detalhes deste trabalho,

    por ter me ajudado durante toda a coleta, e por ter me dado todo o apoio que necessitava.

    Ao meu namorado Everson, ofereo um agradecimento sincero por toda ajuda que me

    forneceu nesses quatros anos, pelo carinho, respeito, por ter me aturado nos momentos de

    estresse, e por tornar minha vida cada dia mais feliz.

    Ao corpo docente, principalmente meu professor Abel, que me orientou, e a todos que

    contriburam para a elaborao do trabalho.

    Por ltimo agradeo novamente a Deus por me abenoar e por ser minha rocha

    inabalvel.

  • 33

    REFERNCIAS

    [1]S, 2006, citado por SANTOS, C. O idoso no mercado de trabalho. Belo Horizonte.

    MG. 2007. Disponvel em Acesso em 15 jul. 2013.

    [2] Tipos de Aposentadorias. S. Paulo, 2013. Disponvel em

    [3] CAMARANO, A. A. (Org.) Os novos idosos brasileiros muito alm dos 60. IPEA. Rio

    de Janeiro, 2004. Disponvel em: Acesso em 14 mai. 2013

    [4] MDA, 1995, citado por LANGUER, A. 2004. O conceito de trabalho. Disponvel em:

    < http://vinculando.org/brasil/> Acesso em 14 mai. 2013

    [5] LLOYD-SHERLOCK, P. Envelhecimento, desenvolvimento e proteo social: uma

    agenda de pesquisa. Trad. UNRISD Madri, 2002.

    [6] SCHIRRMACHER, F. A revoluo dos idosos: o que muda no mundo com o aumento

    da populao mais velha. Trad. Maria do Carmo V. Wollny. Rio de Janeiro : Elsevier,

    2005. Pg. 73; 80; 83.

    [7] Assessoria previdenciria. Rio de Janeiro Disponvel em:

    Acesso em 13 mai. 2013

    [8] VERGARA, S. Projetos e relatrios de pesquisa em administrao. 4. ed. So Paulo:

    Atlas, 2003.

    [9] BARDIN, L. Anlise de contedo. Edies 70. Lisboa, 1977.

    [10] SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cientfico. Revista de acordo com a ABNT

    - 22. ed. So Paulo: Cortez, 2002.

  • 34

    PROCESSOS E OBRIGAES FISCAIS DO SIMPLES NACIONAL

    Giane Ap. Pavani(1)

    Adalberto Aparecido Abel (2)

    Resumo

    Nos ltimos anos o fisco brasileiro investe pesado em tecnologia, criando mecanismos de

    cruzamento de informaes com intuito de combater a sonegao e agilizar a troca de

    informaes entre o fisco. Assim, os profissionais de contabilidade, elo dos contribuintes com

    o fisco, vem sofrendo constantes alteraes em sua rotina: trabalhos manuais cada vez mais

    automatizados, mas em contrapartida a consultoria se faz cada vez mais necessria. O Simples

    Nacional uma tributao aplicada nas Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte

    (EPP). Abrange alguns tributos e tem participao de impostos federais e uma vez optantes

    pelo Simples Nacional as empresas devem entregar obrigatoriamente a declarao anual nica

    com informaes fiscais do ano-calendrio, mas quando h inatividade, entregue uma

    declarao nica e simplificada. Empresas em situao irregular (ultrapassando a Receita

    Bruta Anual ou no pagando o DAS Simples Nacional corretamente) devem ser excludas

    mas possvel verificar que empresas na mesma situao podem ou no ser excludas. Este

    trabalho abordou a rotina fiscal de empresas Optantes do Simples Nacional em relao a todas

    as exigncias do fisco, alm de responder a questo de quais so os critrios aceitos para a

    excluso de uma empresa do Simples Nacional.

    Palavras-chave: Fiscal; Simples Nacional; Microempresas.

    Abstract

    In recent years the Brazilian tax authorities invests heavily in technology, creating

    mechanisms for cross-checks with a view to combating tax evasion and expedite the exchange

    of information between tax authorities. Thus, the accounting profession, link taxpayers with

    the IRS, has been undergoing constant changes in his routine: crafts increasingly automated,

    but in return the consultancy becomes increasingly necessary. The National Simple is a tax

    imposed on Microenterprise (ME) and Small Enterprises (EPP). It covers some taxes and has

    participation from federal taxes and once opting for Single National companies must

    necessarily deliver the annual tax information only with the calendar year, but when there is

    inactivity is a statement delivered unique and simplified. Business undocumented (surpassing

    the Annual Gross Revenue or not paying the DAS - National Simple correctly) should be

    excluded but you can verify that companies in the same situation may or may not be excluded.

    This study addressed the routine corporate tax choosers the National Simple for all the

    requirements of the tax authorities, in addition to answering the question of what criteria are

    accepted to the exclusion of a company from the National Simple.

    Key words: Fiscal, Simple National, Microenterprise.

    (1)Graduando em Administrao de Empresas, 4 Ano, Faculdades Network - Av. Amplio Gazzetta, 2445,

    13.460-000, Nova Odessa, SP, Brasil.( e-mail: [email protected])

    (2)Graduado em Cincias Econmicas - Ps-Graduado em Administrao Financeira e Oramentrio - Mestre

    em Administrao. (e-mail: [email protected])

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • 35

    1. INTRODUO

    Diante de novos panoramas tributrio brasileiro, o Sistema tributrio Nacional

    dever obedecer normas jurdicas, relacionadas a Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e

    aos Municpios, onde o contador dever seguir a legislao, exercendo corretamente suas

    obrigaes como: Apurao, registro, arrecadao dos tributos de vrias atividades e entrega

    de declaraes. Segundo artigo publicado por Oliveira (2006), a expresso "legislao

    tributria" compreende as leis, os tratados e as convenes internacionais, os decretos as

    normas complementares que servem , no todo ou em parte, sobre tributos e relaes jurdicas

    a eles pertinentes [1].O Estado permite a cobrana de alguns tributos, tais como:

    Taxas: que so cobradas por servios pblicos;

    Impostos: Ocorrem pelo pagamento efetuado ao Estado em favor do contribuinte;

    Contribuies de melhoria: So cobrado pelo benefcio que o contribuinte tem por obras

    pblicas. O Tributo relacionado a este trabalho, o Simples Nacional, que foi regulamentado

    pela Lei Complementar n 123/06 e uma tributao aplicada nas Microempresas (ME) e

    empresas de Pequeno Porte (EPP). Vai ser abordado a rotina do departamento fiscal, em

    relao a empresas Optantes do Simples Nacional, desde a NF-e, clculo dos impostos, seus

    prazos, enfim, todas as exigncias do fisco. A Resoluo CGSN 10/2007, nos mostra que as

    empresas optantes do Simples Nacional so obrigadas a entregar declarao anual nica com

    informaes fiscais do ano-calendrio subsequente ao de ocorrncia dos fatos geradores. O

    imposto DAS (Documento de Arrecadao do Simples) um tributo de fcil relacionamento,

    nele consta alguns impostos de acordo com cada ramo de atividade. Quando h a inatividade,

    entregue uma declarao nica e simplificada a partir de janeiro at dezembro e no so

    obrigadas a entregar por meios digitais, e sim pela internet. Nessa pesquisa foi visto que

    temos a excluso do Simples Nacional, onde h empresas que vivenciam as mesmas

    situaes, mas algumas foram excludas e outras no teve esta excluso.

    A questo : Qual o critrio utilizado para esse tipo de excluso? Porque

    algumas empresas que se encontram na mesma situao so excludas e outras no?

    Conforme a Resoluo do Comit Gestor do Simples Nacional (CGSN) n 15/07, a excluso

    do simples ocorrem devidos a vrios fatores e novas regras levaram algumas empresas a essa

    situao, travs de pesquisas, veremos esses novos conceitos .

    2. REVISO BIBLIOGRFICA

    O segmento fiscal se mantm em constante evoluo, para acompanhar as

    novidades da legislao brasileira que muda diariamente e se adaptar aos novos recursos e

    exigncias lanadas pelos rgos do governo. Para melhor informao sobre isso, vamos

    utilizar as seguintes ferramentas:

    Manual de contabilidade tributria Simples - Controle Contbil e Fiscal das Micro e Pequenas Empresas Receita Federal Conselho Regional de Contabilidade de So Paulo Portal Fator Brasil Portal Tributrio O Simples Nacional entrou em vigor a partir de 1 de Julho de 2007, unificando o

    pagamento de vrios impostos, para serem pagos em uma nica vez, em uma nica data e em

    um nico recolhimento.

    http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocgsn10_2007.htm

  • 36

    Para Ferrero, (2002), o conceito do Simples apenas uma nova forma de

    tributao das pessoas jurdicas o qual se adiciona as trs formas de tributao tradicionais

    existentes para as empresas: lucro real, lucro presumido e lucro arbitrado [2]. Os tributos

    unificados no Simples so:

    IRPJ :Imposto de Renda de Pessoa Jurdica um tributo federal, onde cada empresa obrigada a ter uma certa porcentagem para calcular este imposto, que

    varia de acordo com a renda dos ltimos 12 meses;

    CSLL: Contribuio Social sobre o Lucro Lquido incide sobre empresas de Pessoa Jurdica e sua alquota varia de acordo com o faturamento dos ltimos 12

    meses;

    PIS: Contribuio para os Programas de Interao Social, so contribuintes Pessoa Jurdica, equiparadas pela legislao do Imposto de Renda e sua alquota

    de acordo com o faturamento dos ltimos 12 meses;

    COFINS: Contribuio para Financiamentos da Seguridade Social, de direito privado e so compradas as empresas pblicas, as sociedades de economia mista e

    imposto de renda. Sua alquota de acordo com o faturamento dos ltimos 12

    meses;

    IPI - Imposto sobre produtos Industrializados, so sujeitas as receitas recebidas a tabela prevista, que inclui a alquota de 0,5%, independente do valor da receita.

    CPP: Contribuio Previdenciria Patronal so pagamentos a parte no Simples Nacional

    ICMS: Imposto sobre Operaes Relativas a Circulao de Mercadorias , aplicado uma alquota conforme sua receita bruta.

    ISS: Imposto Sobre Servio de Qualquer Natureza aplica a uma nica alquota sobre a sua receita bruta.

    Para calcular o faturamento dos ltimos 12 meses, e chegarmos as alquotas dos

    determinados impostos citado acima, utilizamos os anexos de acordo com cada atividade.

    Essa informao se encontra no site da Receita Federal, conforme citado abaixo.

    ANEXO I - Planilha do Simples Nacional Comrcio

    ANEXO II - Planilha do Simples Nacional Indstria

    ANEXO III - Planilha do Simples Nacional Servios e Locao de

    Bens Mveis

    ANEXO IV - Planilha do Simples Nacional Servios

    ANEXO V - (Redao dada pela Lei Complementar n 139, de 2011 - produo

    de efeitos a partir de 1 de janeiro de 2012).

    Ser apurada a relao (r):

    (r) = Folha de Salrios includos encargos (em 12 meses)

    Todos os anexos possuem o limite de at R$ 3.600.000,00.

  • 37

    A Receita bruta a soma de bens e servios decorrente das atividades da

    organizao. O limite da Receita Bruta diferencia de Estado para Estado, apenas para

    recolhimento de ICMS (de acordo para cada territrio) e ISS (para cada municpio

    localizado). A Receita Bruta funciona da seguinte forma:

    Receita Bruta (=)

    (+) Receita da venda de bens nas operaes de conta prpria

    (+) Receita de venda de servios nas operaes de conta prpria

    (+) Receita da prestao de servios

    (+) Resulta nas operaes em conta alheia

    (-) Receita das vendas canceladas

    (-) Valor dos descontos incondicionais concedidos

    Se a empresa possui filial, feito a soma da receita bruta de todos os

    estabelecimentos.

    3. METODOLOGIA

    Este trabalho apresenta um estudo de caso qualitativo, onde a pesquisa cientfica

    mostrar suas diretrizes, determinao e proporcionar uma resposta para o problema.

    Segundo Severino (2004, p. 183) o trabalho cientfico assume a forma dissertativa, pois seu

    objetivo demonstrar, mediante argumentos, uma tese, que uma soluo proposta para um

    problema, relativo a determinado tema" [3].

    Conforme Fluck, nesta parte do trabalho a pesquisa qualitativa consiste na escolha

    correta dos mtodos e teorias oportunos, no reconhecimento e na anlise de diferentes

    perspectivas, nas reflexes dos pesquisadores a respeito de sua pesquisa como parte do

    processo de produo, e na variedade de abordagens e mtodos [4].

    3.1 Critrios Utilizados para excluso

    A excluso de ofcio no depende de comunicao ou solicitao da ME ou EPP

    optante pelo Simples Nacional e, a partir de janeiro de 2012, produzir efeitos [5].

    Segue abaixo critrios utilizados na excluso:

    for constatado que, quando do ingresso no Simples Nacional, a ME ou EPP incorria em alguma hiptese de vedao;

    for constatada declarao inverdica prestada nas hipteses do 4 do art. 6 e do inciso II do 3 do art. 8 da Resoluo CGSN n 94, de 2011.

    a partir do prprio ms em que incorridas as seguintes hipteses, impedindo-se nova opo pelo Simples Nacional pelos 3 (trs) anos-calendrios subsequentes, perodo

    que poder ser elevado para 10 (dez) anos-calendrios no caso do 1 do art. 76

    da Resoluo CGSN n 94, de 2011, quando:

    for oferecido embarao fiscalizao, caracterizado pela negativa no justificada de exibio de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo no

    fornecimento de informaes sobre bens, movimentao financeira, negcio ou

    atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipteses que autorizam

    a requisio de auxlio da fora pblica;

    http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Resolucao/2011/CGSN/Resol94.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm

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    for oferecida resistncia fiscalizao, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domiclio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam

    suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;

    a ME ou EPP for constituda por interpostas pessoas; tiver sido constatada prtica reiterada de infrao ao disposto na Lei Complementar

    n 123, de 2006;

    a ME ou EPP for declarada inapta, na forma da Lei n 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e alteraes posteriores;

    a ME ou EPP comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho; houver falta de escriturao do livro-caixa ou no permitir a identificao da

    movimentao financeira, inclusive bancria;

    for constatado que durante o ano-calendrio o valor das despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo perodo, excludo o

    ano de incio de atividade;

    for constatado que durante o ano-calendrio o valor das aquisies de mercadorias para comercializao ou industrializao, ressalvadas hipteses justificadas de

    aumento de estoque, foi superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos

    no mesmo perodo, excludo o ano de incio de atividade;

    a ME ou EPP no emitir documento fiscal de venda ou prestao de servio, de forma reiterada, ressalvadas as prerrogativas do MEI, nos termos da alnea a do

    inciso II do art. 97 da Resoluo CGSN n 94, de 2011;

    a ME ou EPP omitir da folha de pagamento da empresa ou de documento de informaes previsto pela legislao previdenciria, trabalhista ou tributria,

    segurado empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste

    servio, de forma reiterada;

    a partir do ano-calendrio subsequente ao da cincia do termo de excluso, quando: a ME ou EPP no possuir inscrio