adit2 - pragas sistemas cd s02-03 -...

58
Sistemas de plantio direto e pacotes tecnológicos para as cultivares de algodão da COODETEC e demais no Mato Grosso Aditivo 2- Pragas e entomopatógenos do algodoeiro e demais culturas nos sistemas de cultivo Relatório final Pierre Silvie (Agosto/2003)

Upload: phamdiep

Post on 30-Dec-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Sistemas de plantio direto e pacotes tecnológicos para as cultivares de algodão da COODETEC e demais no Mato

Grosso

Aditivo 2- Pragas e entomopatógenos do algodoeiro e demais culturas nos sistemas de cultivo

Relatório final

Pierre Silvie (Agosto/2003)

1

Sumário 1. RESUMO........................................................................................2 2. INTRODUÇÃO...............................................................................3 3. REVISÃO DE LITERATURA........................................................4 4. MATERIAL E METODOS............................................................10 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................14 6. ANÁLISE ECONÔMICA..............................................................23 7. CONCLUSÃO................................................................................23 8. BIBLIOGRAFIA............................................................................24

2

1. Resumo

O aditivo de entomologia tem como objetivo de responder a uma série de perguntas:

- Qual é a influência dos sistemas empregados (plantio direto integral, uso de palhadas)

sobre as pragas, em particular quais são os riscos de transferências da fauna de um

cultivo a outro?

- Qual é a influência dos sistemas de cultivos sobre o controle biológico natural das

pragas, em particular dos fungos entomopatógenos?

- Qual é o complexo de pragas encontrado nos cultivos da safrinha e qual é a influência

desse modo de cultivo sobre a multiplicação das pragas na entressafra?

- Qual é a composição da fauna secundária, em particular os percevejos, que poderia se

desenvolver em pragas importantes no caso de uma redução do uso de inseticidas, por

exemplo, no caso do plantio de cultivares resistentes à doença azul ou de cultivares

geneticamente modificadas resistentes aos lepidópteros?

As observações foram feitas no dispositivo matricial colocado na fazenda Mourão.

As metodologias de observações foram as seguintes: observação visual e catação de

insetos, criação de hospedeiros (avaliação do parasitismo), rede de Noyes e pano-de-batida

(caso da soja).

Os principais resultados são os seguintes: inventário qualitativo e quantitativo das

principais pragas encontradas na soja, no algodão de safra e safrinha, avaliação preliminar dos

riscos na safrinha, inventário dos insetos presentes nas plantas de cobertura, participação no

dia de campo do dia sábado 17 de maio. Uma lista de identificações é fornecida e até o

momento, 3 (três) caixas entomológicas foram montadas, localizadas na Coodetec em

Primavera do Leste-MT, disponibilizadas para os técnicos ou assessores das fazendas do MT.

Mais de 500 amostras foram mandadas para as identificações dos especialistas em taxonomia.

Para valorização, esta previsto no futuro um Manual de identificação.

Ao nível dos recursos humanos, foram capacitados três alunos provenientes de várias

instituições: dois graduandos das Universidades de Várzea Grande (Univag) e Universidade

Federal do Mato Grosso (UFMT), um técnico do Centro Federal de Educação Tecnológica de

Cuiabá (CEFET).

3

2. Introdução

As técnicas do plantio semi direto (com palha de milheto) ou direto integral adotadas

no Mato Grosso geraram vários sistemas de cultivo em função das rotações, das plantas de

cobertura ou outros parâmetros.

O manejo das pragas, em particular daquelas que tem uma alimentação polífaga tem

que ser planificado pensando no sistema em si e não como cultivos independentes. A

introdução de cultivos de safrinha, em particular de algodão com um plantio a partir do 15 de

janeiro, poderia gerar outros tipos de problemas de pragas na entressafra (a recém chegada do

bicudo é um problema preocupante).

Algumas perguntas não foram esclarecidas tais como a influência dos sistemas sobre a

evolução da entomofauna ou das doenças. Asserções são emitidas sobre a evolução negativa

do percevejo castanho, devido aos cultivos, ou sobre a evolução positiva dos fungos

entomopatogênicos contra as pragas, ou as transferências de fauna de um cultivo a outro.

No caso do algodão, a redução do uso de inseticidas esperada com o desenvolvimento

de cultivares resistentes à virose do mosaico das nervuras forma Ribeirão Bonito (“Doença

Azul”), ou aos principais lepidópteros (Heliothis virescens, Pectinophora gossypiella,

Spodoptera frugiperda, Alabama argillacea, S. frugiperda no caso do milho, Anticarsia

gemmatalis no caso da soja) com as cultivares geneticamente modificadas, poderia favorecer

outras pragas potenciais. No algodão o complexo de percevejos das famílias dos

Pentatomidae e sobre tudo dos Miridae é pouco conhecido.

Outras formas de gestão das pragas realizadas em outros países consistem em plantio

de plantas - trampas em faixas, para atrair algumas pragas do algodão. No caso do manejo da

mosca branca no Brasil, é uma recomendação da pesquisa (Araujo et al., 2000). Isso não é

ainda aplicado no Mato Grosso, como também o uso de atrativos alimentícios pelos inimigos

naturais (Slosser et al., 2000).

O presente trabalho visou realizar observações qualitativas e quantitativas sobre os

complexos de pragas do algodão, outros cultivos dos sistemas inclusive as plantas de

cobertura, a fim de responder as seguintes perguntas específicas:

• Os sistemas de cultivo em plantio direto integral favorecem ou não o controle biológico

natural das pragas?

4

• Quais são os riscos de transferência da fauna de um cultivo a outro?

• Será que o algodão de safrinha favorece a multiplicação das pragas na entre safra?

Este trabalho pode ser considerado como complemento do aditivo 1 (estudo da

macrofauna do solo e dos nematodos pela UNIVAG) e dos aspetos entomológicos de um

outro projeto Facual (estudo da fauna das palhadas, realizada por Cristina Bastos, da Embrapa

Algodão).

3. Revisão de Literatura

Os estudos de comparação com o sistema de plantio chamado de convencional foram

feitos sobre temas agronômicos variáveis, por exemplo, as plantas de cobertura

(BOLONHEZI & OLIVEIRA, 2001) muito mais raramente sobre os componentes limitantes

de origem biológica, como pragas e doenças, mais complicadas de analisar em forma global

no sistema de cultivo. Da mesma forma, pelo menos no Mato Grosso, temos muitas poucas

informações sobre os inimigos naturais presentes e o comportamento deles nos diferentes

sistemas de cultivo. A presença no campo de plantas no período da entressafra é outra fonte

de questionamento em relação às pragas (e seus inimigos naturais). Enfim, com a pressão

crescente dos ambientalistas, o pedido geral da sociedade é o uso razoável dos inseticidas,

inclusive do mercado internacional de alimentos, e também a necessidade de baixar os custos

de produção na lavoura, uma evolução lógica dos sistemas de cultivo será para uma

diminuição do uso dos agrotóxicos. Como conseqüência previsível disso, uma modificação da

fauna prejudicial poderia acontecer, como no caso do algodão transgênico resistente aos

5

lepidópteros. Nos Estados Unidos, as pragas secundárias estão agora orientando o processo de

manejo de pragas (LEONARD & EMFINGER, 2002).

1. Influência dos sistemas empregados sobre a evolução das pragas

As principais pragas de cada cultivo são bem conhecidas no Brasil. A influência dos

sistemas empregados sobre a evolução daquelas é pouco conhecida, muito menos pelo fato da

especialização dos entomologistas que da própria especialização dos centros de pesquisas.

Fora do país, a influência dos tipos de sistemas pode ser apresentada de uma maneira

globalizada, falando de efeito positivo ou não (LEONARD & EMFINGER, 2002).

Em forma geral e teórica, podem ser distinguidos os efeitos diretos sobre a fauna dos

insetos que vivem no solo ou na superfície da terra dos efeitos indiretos através do aumento

da umidade relativa, um vigor ou uma precocidade maior das plantinhas, uma densidade

menos favorável (ou ao contrário, mais favorável) às pragas, ou, mais difícil de medir, uma

proteção melhor dos inimigos naturais do tipo predadores ou parasitos.

SOLO

Os sistemas de plantio direto foram desenvolvidos inicialmente nos estados do sul do

Brasil, com o cultivo de trigo. Numerosos dados são conhecidos sobre as pragas desse cultivo,

sobretudo os insetos do solo. Os maiores trabalhos são aqueles de Dirceu Gassen, ex-

pesquisador da Embrapa Trigo (GASSEN, 1989, 1999a, 1999b, 2002).

Trabalhos anteriores também são mencionados tais como a análise faunística de

SILVEIRO NETO et al. (1976) reportada pelos PRUETT & GUAMÁN (1999).

A biologia particular dos insetos do solo, cujas larvas podem construir galerias até 80

cm de profundidade, não facilita a sua observação direta. Um efeito de « isca » sobre os

insetos do solo (como o percevejo Scaptocoris castanea) é mencionado pelo SÉGUY et al.

(1998) que observam 40 até 60% de plantas de algodoeiros atacadas pelo percevejo em

monocultivo depois de uma gradagem e quase nenhuma ataque em plantio direto. Ao

contrário, falando dos percevejos castanhos, dos SANTOS (2000) menciona que “o sistema

de plantio direto ou na palha aumentará as possibilidades de ocorrência da praga no

algodoeiro”.

6

Uma boa apresentação foi feita pelo GASSEN (1999a). No caso da soja, por exemplo,

ele informa que sob plantio direto, as principais espécies que ocorrem diferentemente das

pragas convencionais são o Curculionidae Sternechus subsignatus, os percevejos do gênero

Dichelops e as formigas dos gêneros Atta e Acromyrmex.

PARTES AÉREAS

Geralmente, os trabalhos apresentados consistem em listas de pragas por cultivo: sobre

soja, milho e trigo (PRUETT & GUAMÁN, 1998), algodão na Bolívia (PRUETT &

GUAMÁN, 1999), com seus inimigos naturais respectivos.

O sistema de plantio direto é reconhecido como favorável ao desenvolvimento dos

auxiliares, mais poucos dados quantitativos e comparativos com o sistema convencional são

apresentados.

DERPSCH et al. (1991) falam do trabalho de Ferreira (publicado em 1994) na soja no

sul do Brasil. Um aumento de algumas pragas importantes como Epinotia aporema e os tripes

é notado em três anos, mais sem diminuição da produção.

PRUETT & GUAMÁN (1999) sinalam menos danos de Spodoptera frugiperda no

milho com o plantio direto, devido a níveis altos de predação pelos percevejos da família dos

Reduviidae, o Forficulidae Doru lineare e Carabidae do gênero Calosoma.

Os estudos de CARVALHO & SILVA (1981) citadas também por DERPSCH et al.

(1991) demonstram uma redução dos ataques dos pulgões do trigo, Metopolophium e

Sitobion, e das lagartas de Elasmopalpus, com o plantio direto, e também dos danos das

lagartas de Spodoptera no milho.

Com um sistema de vários cultivos vizinhos, podem ser analisados os movimentos

locais das pragas polífagas de um cultivo a outro, em função do ciclo das plantas. O estudo

das migrações dos lepidópteros é importante a tomar em consideração, sobretudo no caso da

gestão de problemas de resistência à inseticidas ou toxinas em relação com os fluxos de genes

de resistência, nas populações das pragas. Esse tipo de estudo implica uma metodologia de

7

marcação e capturas bastante complicada a implementar a nível regional (REYNOLDS et

al.,1997).

2. O controle biológico natural das pragas

Numerosos inimigos naturais das pragas do algodão são conhecidos (SILVIE et al.,

2001). Poucas informações existem na literatura sobre o efeito dos sistemas de plantio sobre

eles.

Na Austrália, o plantio direto sobre uma cobertura de trigo permite reduzir o número

de aplicações contra Heliothis punctigera no inicio da safra agrícola, e também de contar com

a presença de três vezes mais aranhas (WHYTE, 2000).

E possível encontrar no cultivo de algodão uma série de fungos (da SILVA, 2000).

O aumento da umidade ao nível do solo é geralmente reconhecido como um fator favorável

pelo desenvolvimento dos fungos entomopatogênicos, que tem uma fase saprofítica sobre os

restos culturais (PRUETT & GUAMÁN, 1999).

Na soja, o Deuteromycete Nomuraea rileyi é conhecido faz tempo como um patógeno

importante da lagarta praga Anticarsia gemmatalis. Alguns anos, pode até complicar a

produção do baculovirus Baculovirus anticarsia feita no campo sobre as lagartas vivas a fim

de comercialização desse produto de controle biológico. N. rileyi também é um patógeno do

curuquerê Alabama argillacea. Esse fungo aparece mais importante com o sistema de plantio

direto (SÉGUY et al., 1998).

Coleopteros freqüentes na soja, como aqueles do gênero Colapsis, podem ser

infectados pelo fungo branco Beauveria.

Com a forma de atuar dos fungos, tem que considerar que as lagartas que aparecem

com boa sanidade no campo, o dia D, podem ser infectadas e desenvolver a micose dois ou

três dias depois do levantamento. A medida da porcentagem de insetos mortos pelos fungos

deve ser feita após um levantamento no campo e uma pequena criação em sala dos insetos

aparentemente vivos.

8

3. O complexo de pragas encontrado nos cultivos da safrinha

A safrinha de algodão aparece como uma alternativa de produção de menor risco

econômico (SEGUY et al., 2001b). Os dados recém apresentados mencionam que depois de

três anos de experimentação, o número médio de aplicações de controle de pragas foi de 4 a 6

(SÉGUY et al., 2001a e 2001b).

Muita pouca literatura é disponível sobre o assunto das pragas encontradas nas

lavouras nessa época. Mais o plantio de cultivos na safrinha pode (ou poderia) permitir o

desenvolvimento (multiplicação) ou ajudar a manter a presença de algumas pragas na

entressafra (SANTOS, 2000). Com a presença do bicudo no Mato Grosso, poderia ser uma

modalidade de favorecer esse inseto.

Outro cultivo fonte potencial de multiplicação de pragas é o milho para a espécie

Spodoptera frugiperda.

Uma série de trabalhos de identificação das plantas hospedeiras nos Cerrados, de todos

os grupos de pragas, poderia ser iniciada, com a idéia de manejar o meio ambiente para

reduzir a pressão dos insetos. Temos poucas informações sobre os lugares de sobrevivência

das pragas durante a entressafra.

4. A fauna secundária e os percevejos, potenciais pragas no futuro?

Com o plantio de cultivares transgênicas resistentes aos lepidópteros nos Estados-

Unidos, pragas consideradas como secundárias como pulgões ou mosca branca como

Trialeurodes abutilonea, tornam-se como principais (GREENE & CAPPS, 2002). O exemplo

dos percevejos é ainda mais chamativo. Naquele país, que tem uma produção mecanizada de

alto nível tecnológico como os maiores produtores do Mato Grosso, o problema potencial dos

percevejos é conhecido faz tempo (PACK & TUGWELL, 1976; TUGWELL et al., 1976).

Dois grupos importantes de percevejos são conhecidos: os da família dos

Pentatomidae, bem conhecidos no cultivo da soja, com espécies tais como Nezara viridula,

Euschistus heros, Piezodorus guildinii, e os da família dos Miridae, tais como Horciasoides

9

nobillelus, e outras espécies de biologia pouco conhecida como Taedia stigmosa, Creontiades

rubrinervis, Garganus gracilentus, Horciasinus signoreti (SILVIE et al. 2001a).

O primeiro grupo é geralmente bem estudado no sistema de plantio soja-algodão

(CORRÊA-FERREIRA & PANIZZi, 1999, BUNDY & MCPHERSON, 2000). Nos Estados

Unidos, com o uso dos cultivos transgênicos, maiores danos de N. viridula, Acrosternum

hilare e Euschistus servus são mencionados (TURNIPSEED et al., 2002). Vários níveis de

controle existem (GREENE & TURNIPSEED, 1996; LAYTON, 2000; GREENE et al.,

2001). Na Argentina também, o uso de material transgênico parece provocar uma maior

importância de um percevejo do gênero Coryzus (Rhopalidae) (VIDELA, com..pess.). Outros

percevejos foram recém identificados aparentemente sem preferência por uma cultivar ou

outra (POPICH & VIDELA, 2001).

No caso do arroz, o Pentatomidae Tibraca limbativentris aparece como uma praga

importante (FERREIRA et al., 1997) com os percevejos mais conhecidos do gênero Oebalus.

O grupo dos Miridae é mais complicado a estudar. Esses insetos podem ter regimes

alimentares mistos associando a predação com uma alimentação de tipo fitófaga, como por

exemplo, Lygus lineoralis (LAYTON, 2000). A fonte de alimento preferida é o botão floral

(“squares”). Por isso, com o plantio de cultivares resistentes à doença azul e a redução

consecutiva esperada de inseticidas destinados ao controle dos pulgões no inicio do ciclo

cultural, esses insetos poderiam ter um papel mais importante. Em relação com a biologia

particular desses insetos, é preciso usar vários métodos de amostragem (STEWART et al.,

2001).

10

4. Material e Métodos

Dois tipos de parcelas, implantadas pelos colegas agrônomos, foram usados pelas

observações:

- As parcelas do sistema de matrizes de sistemas de cultivo (cf. Descrição no Projeto

« Sistemas de plantio direto e pacotes tecnológicos para as cultivares de algodão da

Coodetec e demais no Mato Grosso » ) com faixas de 40 linhas de 100 m de

comprimento,

- As demais parcelas, chamadas de satélites, presentes no lado do dispositivo (A, B, C,

D, E, F). Na parcela F, localizada no fundo do dispositivo, foram deixadas não

tratadas parcelas pequenas de 20 m de comprimento como fonte de alimento de pragas

e insetos benéficos.

Para entender melhor os movimentos de pragas, e conhecer as outras plantas hospedeiras

no meio ambiente, foram realizadas observações também nas plantas vizinhas, numa esquina

(perto dos tecos) e nas tigüeras da soja na frente do dispositivo.

Por falta de transporte na fazenda, foi difícil visitar as parcelas comerciais da mesma.

Uma pequena sala (veja Anexo 1, foto 1) foi disponibilizada pelo gerente da Fazenda, José

Ney Lazarini, que agradecemos pelas facilidades que nos foi proporcionada. Nesta sala foram

efetuados todos os trabalhos de triagem dos insetos, com a ajuda de uma pequena lupa de

campo (Anexo 1, foto 2), de preparação pela conservação, e as pequenas criações para obter

adulto (a partir das larvas coletadas) ou parasitoides (a partir dos hospedeiros). Foram

encontrados problemas de formigas atraídas pelos bichos mortos, e, sobretudo de fungos nas

capas de algodão. Uma geladeira é necessária para conservação do material e em particular

dos insetos mortos pela ação dos fungos entomopatogênicos.

Na parte das observações de campo, três alunos de origem diferentes ajudaram: Rosemeri

Maria Gruber, graduanda da Universidade de Várzea Grande (Univag), presente do dia 9 de

janeiro até o dia 20 de fevereiro, Fábio José das Dores, graduando da Universidade Federal

do Mato Grosso (UFMT), do dia 11 de março até o dia 10 de maio, e Itamar Luciano

Vitorassi, técnico de ultimo ano do Centro Federal de Educação Tecnológica de Cuiabá

(CEFET), que trabalhou do dia 24 de junho até o dia 31 de agosto. Os três estudantes

realizaram um estágio de natureza curricular.

11

A frequência das observações foi teoricamente cotidiana ou semanal, mas teve dias com

chuvas pesadas. Geralmente, as visitas das parcelas são efetuadas de manhã para evitar as

chuvas da tarde e o material analisado durante a tarde.

Levantamentos de insetos

Fora às observações visuais e da catação manual foi usado os seguintes métodos:

- Na soja, o pano-de-batida é o melhor instrumento para ajudar no deslocamento das lagartas

ou jovens larvas de percevejos (Anexo 1, foto 3). Foram escolhidas 10 lugares por entre

linhas observadas. Observações foram feitas nos dias 9 de janeiro (parcela 10) e 18 de janeiro

(parcela 6).

- No arroz (parcela F, um tiro de plantadeira, 5 linhas), o uso da rede triangular de Noyes foi o

instrumento de predileção (Anexo 1, foto 4). Este tipo de rede foi muito utilizado também nas

plantas de cobertura tais como as gramíneas Brachiaria ruziziensis, Cynodon dactylon

(« tifton”), Eleusine coracana, ou a associação Cajanus cajan/Eleusine coracana (Anexo 1,

foto 5). Na Crotalaria juncea (cortina de separação das faixas E e F), a rede foi usada

somente como “recipiente” para recuperação dos insetos presentes nas frutas.

- No algodão, o uso da rede Noyes foi feito as vezes sobre duas linhas juntas entre as

cultivares de cada tiro de plantadeira.

O que nós chamamos uma “redada” é um movimento ida e volta da rede na parte

superior das plantas. Então, quando se fala de 50 redadas, para outros entomologistas, trata-se

de 100. A contagem das redadas é uma forma de quantificar as capturas.

A tabela seguinte indica todas as redadas que foram efetuadas até o final do mês de

junho. Quando o objetivo é somente recuperar insetos, o número de redadas fica

indeterminado.

12

Planta ou lavoura Parcela Datas Numero de redadas

Consorcium a dominante E. coracana Soja Soja Soja Soja Soja Soja (na frente do dispositivo) Algodão Algodão Algodão Algodão Algodão Algodão Algodão Algodão Algodão Algodão Algodão safrinha Algodão safrinha Arroz Crotalaria juncea (sem flores) Cynodon “tifton” Brachiaria ruziziensis B. ruziziensis Consortium Sorghum + B. ruziziensis Consortium Sorghum + B. ruziziensis Consortium Sorghum + B. ruziziensis Consortium Sorghum + B. ruziziensis Consortium C. cajan + E. coracana Consortium C. cajan + E. coracana Consortium C. cajan + E. coracana Consortium C. cajan + E. coracana Consortium C. cajan + E. coracana Eleusine coracana Atrás tecos Beira da BR70

AA 3 3 6 10 F (st) F (st) F (st) 1 1 2 2 7 8 27 28 4 18 F cortina A C C 12 26 10 24 5 19 5 5 19 3

7.01 7.01 18.01 9.01 18.01 10.01 3.04 6.02 12.03 6.02 13.03 6.02 13.03 5.02 5.02 13.03 13.03 19.03 19.03 2.04 9.01 3.04 8.04 16.04 14.04 14.04 14.04 14.04 15.04 15.04 25.04 30.04 28.04 8.04 25.04 11.04

Indeterminado 25 25 25 25 Indeterminado Indeterminado 25 30 50 25 50 25 25 25 25 25 25 25 6 Indeterminado Indeterminado Indeterminado 50 50 50 50 50 50 50 Indeterminado 50 50 Indeterminado Indeterminado Indeterminado

(st) = parcela sem tratamento

13

Nas plantas hospedeiras vizinhas, observações visuais e catações foram às técnicas

usadas.

Analises de órgãos das plantas

No algodão, foram coletados ao caso de 50 até 100 botões florais e maçãs verdes por

parcela, com uma repartição entre as linhas L5 e L6, L15 e L 16 das parcelas com 20 linhas,

ou as linhas L5, L6 e L35, L36 das parcelas com 40 linhas. Uma exceção aconteceu nos dias

marcados de uma estréia na tabela de resultados (neste caso, as coletas foram realizadas nas

linhas L1-L2 e L39-L40).

No caso dos botões, foram aplicadas duas técnicas:

1/ levantamento de botões “verdes” (antes dos ataques do bicudo);

2/ levantamento de botões nas plantas inteiras, quando os ataques do bicudo deixam botões

dessecados na planta. Uma triagem entre tipo de botões (verdes ou dessecados por várias

razões) acontece depois.

Observações sobre os rebrotes (folhas, com pulgões mumificados, ou botões com

presença do bicudo) complementaram as outras observações.

No milho (parcela B), algumas espigas foram coletadas.

Todos as espigas, colmos de arroz, botões ou maçãs de algodão foram analisados na

salinha de observação (Anexo 1, foto 6).

Pequenas criações

As larvas de percevejos, lagartas (larvas de lepidópteros), larvas de joaninhas

aparentemente parasitadas, pupas, foram criadas pelo reconhecimento das espécies (ou a

obtenção de parasitoides).

Movimentos de insetos

A marcação dos percevejos com um pó especial (proveniente dos EUA) foi efetuada

no campo com a ajuda de um pequeno pulverizador (Anexo 2, foto 1). Os insetos numerosos

foram escolhidos, em particular os Nezara viridula e Thyanta perditor presentes na planta

hospedeira Senna occidentalis (Fabacae) (Anexo 2, foto 2).

14

Observações sobre o controle biológico natural das pragas e caso particular dos fungos

A medida do parasitismo natural e a presença dos entomopatôgenos foram estimadas

através das observações visuais no campo e as criações. Por falta de geladeira na sala,

conservamos os insetos mortos por causa de fungos no álcool 70°. Isso foi prejudicial para

envio por correio.

Outros métodos clássicos de entomologia

Os insetos foram mortos com acetato etílico e conservados em frasco no álcool 70%

(larvas e lagartas) ou a seco em capa ou minicapa de algodão até a preparação e a

identificação. A escolha deste modo de conservação (a seco) permitiu uma melhor

conservação das cores naturais dos insetos.

Identificações

Os taxonomistas que foram consultados são os seguintes: Cirad (laboratório de

faunistica, Dr. Gérard Delvare, H.P. Aberlenc e J.M. Maldes), UniOeste, Cascavel (Dr. L.

Alves, fungos entomopatogênicos), UFV (Dr. Paulo Fiuza Ferreira, Miridae) UEL (Dr. Ayres

Menezzes Jr., himenópteros parasitoides) UNESP, Jaboticabal (Dr. Sérgio de Freitas,

Chrysopidae, Hemerobiidae), EMBRAPA-Soja (Dra Beatriz S. Corrêa-Ferreira,

Chrysomelidae), Bolivar Garcete (Museu Paraguai, Vespidae), Alexandre Specht

(Universidade de Caxias do Sul, Noctuidae). Outros especialistas foram consultados, a través

do CIRAD ou do Dr. Ayres Menezzes Jr.

5. Resultados e Discussão

O material entomológico (insetos coletados) é muito numeroso (hyperparasitoides de

joaninhas, por exemplo) e está ainda em fase de identificação, na sua grande parte. As fotos

feitas deveriam permitir, num futuro próximo (ano 2 do projeto) estabelecer uma guia de

identificação. A listagem estabelecida (veja Anexo 3) tem que ser complementada no decorrer

do tempo com as chegadas dos nomes científicos.

Pragas principais, percevejos e inimigos naturais são apresentados em três caixas

entomológicas, conservadas pela manutenção em Primavera do Leste (na Coodetec, veja

Anexo 4) e nos seguintes Museus:

15

- FCAV/UNESP, Dep. De Fitossanidade, via de acesso Prof. Paulo Donato Castellane

s/n, 14.884-900 Jaboticabal, SP

- Museu de Entomologia (UFVB) do Departamento de Biologia Animal, Universidade

Federal de Viçosa, MG

Uma doação especial será efetuada ao Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo

(Alexandre Aguiar) após algumas outras identificações pela conservação nacional dos

especímenes.

1/ Influência dos sistemas de cultivos sobre as pragas e as transferências de fauna de um

cultivo a outro.

A maioria das informações sobre os manejos das faixas se encontram no relatório do

projeto geral (Temos que recordar aqui a eliminação do arroz dos sistemas e do algodão das

safrinhas plantadas no inicio de março). A protecção química aplicada nas diferentes lavouras

(soja, algodão) esta apresentada nos Anexos 5. Com esta proteção, não foi possível achar

muitas pragas principais nas lavouras, tanto na soja como no algodão. Maiores capturas

aconteceram nas parcelinhas sem tratamento da faixa F.

Na soja, o plantio foi efetuado no dia 14 de outubro (2002) com o replantio no dia 25

de outubro pela cultivar CD 211, e a colheita no dia 28 de fevereiro (2003).

É interessante anotar a presença de um grupo de 4 Chrysomelidae (Lâmina I), que são

mais especificas da folhagem da soja, mais podem se alimentar de outras plantas. Uma

espécie, do gênero Megascelis, pode apresentar variações de cor, verde com uma linha de cor

violeta até coloração completamente violeta (Lâmina I, fotos 1 e 2). Apesar de ser a mais

numerosa, ela não é ainda identificada (foi mandada pela Universidade Federal do Paraná sem

resultados por falta de exemplares identificados). Ela come várias plantas, tais como a corda-

de-viola (Lâmina I, foto 3), a Crotalaria juncea. Na soja (não tratada) que cresceu após a

colheita, a partir das sementes caídas, frente ao dispositivo matricial (Lâmina II, foto 1), foi

possível achar várias Chrysomelidae do gênero Cerotoma, assim como a lagarta chamada de

“enroladeira” (Omiodes indicata), que conseguem eliminar esta soja.

A tabela seguinte apresenta os resultados das contagens.

16

Data da observação Parcela Megascelis sp. Maecolaspis joliveti

Cerotoma arcuata

Diabrotica speciosa

7.01 (consorcium) 7.01 (soja) 18.01 (soja) 9.01 (soja) 18.01 (soja) 10.01 (soja) 3.04 (na frente) 6.02 (algodão) 12.03 (algodão) 15.01 (algodão) 6.02 (algodão) 13.03 (algodão) 22.01 (algodão) 6.02 (algodão) 13.03 (algodão) 22.01 (algodão) 5.02 (algodão) 5.02 (algodão) 13.03 (algodão) 13.03 (algodão) 19.03 (alg. safrinha) 19.03 (alg. safrinha) 8.04 (E. coracana) 9.01 (Crotalaria) 5.02 (Crotalaria) 16.04 (Brachiaria) 14.04 (Sorgo/Brach) 14.04 “ 14.04 “ 14.04 “ 15.04 (Caj./Eleus.) 15.04 (Caj./Eleus.) 25.04 (Caj./Eleus.) 30.04 (Caj./Eleus.) 28.04 (Caj./Eleus.)

AA 3 3 6 10 F (st) F (st) F (st) 1 1 1 2 2 2 7 7 8 27 28 4 18 3 cortina cortina C 12 26 10 24 5 19 5 5 19

2 41 66 14 96 23 155 6 45 9 13 55 5 9 62 3 41 29 28 48 6 7 2 26 24 89 32 38 35 3 106 92 4 67 -

2 6 5 1 6 5 15 1 126 3 4 4 1 1 8 1 1 4 5 9 1 1 2 4 2 - - - - - - 3 1 - -

- - - - 1 - 77 - - - - 1 - - - - - - - - - - - - - 1 - - - 2 5 + 10 20 4 22 -

13 + 2 ?(*)

1 + 5 ? - 1 - 1 + 1 3 2 11 2 1 5 2 3 5 4 1 6 5 1 6 5 - 13 +3 1 5 + 1 1 1 - 1 4 + 1 4 32 39 24

(*) Chrysomelidae marrons parecidas a Diabrotica (manchas apenas visíveis) st = sem tratamento

17

Tentamos visualizar (demostrar fisicamente) eventuais “migrações” de pragas a partir

de um exemplo: os percevejos das espécies Nezara viridula e Thyanta perditor, encontrados

em numero alto na planta hospedeira Senna occidentalis L. (Fabacae), que ficou perto da

esquina dos tecos (Lâmina II, fotos 3 e 4). Uma mistura entre um pó amarelo fluorescente e a

agua foi aplicada o dia 3 de abril com um pequeno pulverizador (Anexo 2) sobre as plantas

para marcar os adultos. Infelizmente, apôs a dessecação natural e destruição (limpeza) dessas

plantas, não foi possível achar adultos marcados em outras plantas. E possível que as chuvas

pesadas limpem a marcação que tem que ser melhorada (mistura com óleo ?).

Poucas plantas hospedeiras secundárias foram observadas, no fim do ciclo do algodão,

com presença de larvas de Nezara e Thyanta, tais como Acanthospermum hispidum

(Asteracaea) (Lâmina II, foto 2). Alguns Sorghum da coleção da fazenda foram bem afetados

pelas mesmas espécies de percevejos, dominantes este fim de safra.

Danos de insetos tais como Scaptocoris castanea (percevejo castanho) ou

Elasmopalpus lignosellus (lagarta “elasmo”) não foram observados no dispositivo matricial.

2/ Influência dos sistemas de cultivos sobre o controle biológico natural das pragas (caso

particular dos fungos).

Por causa do inicio tardio das observações (dezembro de 2002), não foi possível olhar

de perto as palhadas dos diferentes sistemas. Porém, um levantamento foi feito sobre os

inimigos naturais presentes nas lavouras e sobre as plantas hospedeiras vizinhas.

Predadores

Os grupos importantes quantitativamente são os predadores de pulgões (joaninhas,

Syrphidae) e os percevejos da família Reduviidae, bem visíveis (Zelus longipes é a espécie

dominante) Orius, mais raro e de tamanho tão pequeno que é fácil de esquecer na rede,

Podisus nigrispinus, Pentatomidae Asopinae bem comum, em várias épocas.

Parasitoides

Poucos parasitoides de lagartas da soja (Pseudoplusia includens ou Trichoplusia ni, a

verificar) foram encontrados, devido à pressão débil das pragas nas lavouras.

Também, um parasitoide do grupo dos Ichneumonidae (Campoletis ?) foi encontrado em

varias lagartas, tais como Spodoptera frugiperda ou Alabama argillacea. Hyperparasitoides

18

saídos do casulo branco e preto foram observados em alguns casos. A quantidade de lagartas

criadas não da para avaliar em forma certa a porcentagem de parasitismo.

Os parasitoides mais abundantes são os Braconidae Lysiphlebus do pulgão Aphis

gossypii. Na safrinha, é possível achar pulgões em varias plantas, sobre Eleusine coracana, o

milho de safrinha, ou os rebrotes de algodão da safra. A porcentagem de parasitismo desses

pulgões é de quase 100%. Em certos casos, outros microhimenopteros saíram das múmias

(hyperparasitoides ?). Este grupo é muito importante a considerar do ponto de vista pratico,

por que ele contribui à redução das populações de pulgões na entressafra.

No milheto de entressafra foram observadas joaninhas, com parasitoides e

hyperparasitoides.

Nota bene: o complexo de parasitos existente em outras regiões do Brasil não parece

muito presente na fazenda Mourão. Mas temos que pensar ao nível da proteção química usada

para resolver os problemas.

Patógenos

O primeiro fungo observado foi o Nomuraea rileyi (Lâmina III, 1, foto 1), geralmente

comum sobre lagartas de Alabama argillacea, nas parcelinhas sem tratamento (Parcela F).

Curiosamente, apesar de uma densidade muito baixa das populações, uma lagarta foi

encontrada morta com o mesmo patógeno no algodão de safrinha numa parcela comercial da

fazenda (Lâmina III, 1, foto 2). Na parcela sem tratamento, foram efetuadas algumas análises

a partir de lagartas ou ninfas desta praga. O dia 18 de março, 2 ninfas estavam parasitadas

sobre 30 coletadas. No mesmo dia, 10 lagartas estavam infectadas pelo fungo sobre 23

criadas.

No decorrer do tempo, e no fim das chuvas, vários indivíduos foram observados

mortos por causa de fungos (Lâmina III, 1 e 2). O grupo dos Deuteromycetes (Beauveria

bassiana, Metarrhizium, Nomuraea rileyi) é geralmente citado. Achamos alguns Coleópteros,

sempre de forma isolada, das espécies Diabrotica speciosa, no milho da safrinha (Lâmina III,

2, foto 11) ou no solo (Lâmina III, 2, foto 2), ou Maecolaspis joliveti (no algodão, Lâmina III,

2, foto 12) atacados por tais fungos. Também, no arroz da coleção foi encontrado um

Coleóptero morto (Lâmina II, 2, foto 1).

Isso quer dizer que a chance de encontrar estes fungos nas palhadas é grande.

19

O grupo dos Entomophthorales, mais difícil de manejar pelas identificações, também foi

detectado. Infelizmente, por razões já mencionadas, não foi possível conseguir uma boa

manutenção deles. Mas, em função da esporulação conseguida sobre alguns cadáveres

frescos, é provável que varias espécies sejam presentes sobre percevejos da família Cydnidae,

presente no Commelina perto dos tecos (Lâmina, III, 1, foto 3), Dolichopopidae, importantes

predadores de pulgões e moscas brancas (Lâmina III, 1, fotos 5 e 6) e o Coleóptero Lagria

villosa (Lâmina III, 2, fotos 9 e 10). Insetos da família Staphyliondae também foram

infectados no milho (Entomophthorales ?)

Apesar de uma forte presença do Cercopidae Deois flavopicta em plantas hospedeiras

vizinhas, não foi encontrado o Entomophthorale já observada no Mato Grosso, em 1999, na

zona de Cáceres (Lâmina III, 1, foto 4). Nenhum nematodos parasitos foi conseguido após

criação das lagartas.

3/ Estudo do complexo de pragas encontrado na safrinha.

Na verdade, considerando que a data limite para falar de “safrinha” é (ou seria) o dia

15 de janeiro, poderíamos considerar que todo o trabalho de observações foi feito durante a

safrinha.

O algodão foi o único cultivo observado. As primeiras observações aconteceram sobre

as plantas de cobertura plantadas na safrinha e que entram nas rotações. No algodão, a

preocupação maior foi o desenvolvimento do bicudo e da lagarta rosada (Pectinophora

gossypiella). A presença de uma pequena parcela sem tratamento no inicio ajudou

provavelmente na multiplicação do bicudo e permitiu assim avaliar os riscos com este inseto

nas outras parcelas do dispositivo.

Para avaliar os riscos, precisamos de critérios objetivos (se for possível). Podemos

considerar a presença de uma espécie ao longo do ciclo e sua abundância, a relacionar com o

nível critico definido, a mais dos danos ocasionados. Os danos foram avaliados a partir de

análises dos órgãos, botões florais e maçãs verdes. Uma classificação dos danos foi adotada.

No caso dos botões florais, é possível distinguir os botões “sadios” (Lâmina IV, foto

1), os botões secos (supostamente por causa fisiológica) (Lâmina IV, foto 2), os botões

“picados” que apresentam pequenas manchas de cor marrons nos estames, os botões atacados

pelo bicudo (classicamente ainda “verde” com orifício de postura típico, na planta ou no

chão). Em fim de ciclo, aqueles foram encontrados nas partes superiores das plantas, com as

brácteas dessecadas (Lâmina IV, fotos 2 e 3), com presença dos insetos no interior: larva,

20

ninfa (Lâmina IV, foto 5) ou adulto antes da saída que deixa um botão dessecado na planta

com o buraco bem visível (Lâmina IV, foto 6).

No caso das maçãs, fizemos a classificação seguinte:

- Maçã sadia;

- Maçã picada (por percevejo), mas sem desenvolvimento interno de podridão, com

presença de calosidade interna (reacção da capsula verde) (Lâmina V, foto 1);

- Maçã picada com podridão interna de pelo menos uma loja (Lâmina V, foto 2);

- Maçã com presença de lagarta rosada (de cor branca nos primeiros instars) (Lâmina V,

fotos 3e 4);

- Maçã com presença de larva ou ninfa do bicudo (Lâmina V, fotos 5 e 6).

Os resultados das análises efetuadas no algodão de safra ou safrinha (parcelas 4,11, 25)

são apresentados nas duas tabelas seguintes.

Resultados das analises de botões florais Parcela Data N° botões N° de botões

analisados Com larva Sadios Picados Bicudo

Parcela F (ST) 12/3/03 96 73 23 0 Parcela F (ST) 19/3/03 100 67 32 1

Parcela F 30/4/03 100 16 40 44 11 (safrinha) 24/4/03 100 75 25 0 25 (safrinha) 24/4/03 99 95 3 0 11 (safrinha) 8/5/03 100 77 11 12 25 (safrinha) 8/5/03 100 81 14 5 11 (safrinha) 13/5/03 100 90 1 0

É preciso notar a importância dos danos supostamente ocasionados pelos percevejos

neste quadro (botões picados), sobretudo na parcela F, que não recebeu tratamentos no inicio

do ciclo cultural. Na parcela F vizinha da pequena parcela sem tratamento (st), a porcentagem

de botões atacados pelo bicudo foi muito importante (até 44%) no final de março, com 47

larvas de bicudos, ou seja, 3 botões com presença de 2 larvas em cada um. Será importante

relacionar este risco elevado com a produção, para tentar de quantificar o efeito. Na parcelas

da safrinha, é interessante anotar que a presença do bicudo é mais detectada na parcela 11, em

cima do dispositivo e fisicamente longe da parcela F. O nível de 12% de botões atacados foi

atingido (= nível de controle mencionado na literatura).

21

Resultados das analises de maçãs verdes Parcela Data N° maçãs N°de maçãs

analisadas Picadas com Com dano de Sadias Picadas podridão interna lagarta rosada bicudo

Parcela F 03/04/03 100 41 30 25 0 4 Parcela F 05/04/03 50 22 5 17 0 6

Parcela F (ST) 05/04/03 50 2 4 41 1 2 1(*) 23/04/03 103 63 25 11 3 1 2 23/04/03 97 66 18 4 7 2

4(*) 16/04/03 100 93 4 2 0 1 7 26/04/03 100 61 25 8 4 2 8 25/04/03 100 85 11 1 0 3 9 24/04/03 100 85 13 1 1 0

15(*) 22/04/03 100 88 6 3 0 3 16 25/04/03 100 70 13 13 3 1

18(*) 16/04/03 100 86 9 5 0 0 21 25/04/03 100 85 11 3 0 1 22 25/04/03 100 89 10 1 0 0 23 24/04/03 100 91 5 4 0 0 27 24/04/03 100 82 10 5 0 3 28 24/04/03 100 87 9 1 0 3

Parcela F (ST) 29/04/03 100 33 27 25 4 10 4 (safrinha) 13/05/03 100 87 1 0 1 11 11 (safrinha) 14/05/03 100 91 0 0 0 9 25 (safrinha) 16/05/03 100 96 0 1 1 2 11 (safrinha) 30/05/03 100 77 15 7 1 0 25 (safrinha) 30/05/03 100 92 4 3 1 0

(*) coletas sobre linhas 1-2 e 39-40

Como no caso dos botões parcela F aparece mais infestada, em percevejos (datas dos dias 5 e

29 de abril) e bicudo. Os níveis de 10% de Maçãs atacadas aconteceram somente nesta

parcela e a parcela 4 (safrinha), acima do dispositivo. Infelizmente, não foi possível marcar

bicudos adultos na parcela F para verificar se são eles que infestaram as parcelas de cima (4 e

11, mais atacadas pelo bicudo do que as equivalentes de baixa fertilização 18 e 25).

22

As últimas observações serão relacionadas aos rebrotes de soqueiras de algodão

(folhas ou botões florais) ou, antes do inicio da próxima safra, às tigüeras. No dia 30 de maio,

foram detectados 4 adultos de bicudo em 29 botões provenientes dos rebrotes. Temos que

continuar este tipo de observações e analisar a disposição das fêmeas pela postura (dissecção

para olhar si tem ovos no abdómen).

4/ Estudo sobre a fauna secundária (percevejos).

Os Miridae capturados foram identificados pelo Dr. Fiuza Paulo Ferreira da

Universidade Federal de Viçosa (veja Anexos 3). As espécies as mais comuns são

Creontiades rubrinervis, larvas e adultos (Lâmina VI, 1, fotos 1 e 2) e Garganus gracilentus

(Lâmina VI, 1, foto 3). Não foi encontrada a espécie Horciasoides nobilellus, muito mais

numerosa na região sul (Paraná, Paraguai). C. rubrinervis é presente em várias plantas

hospedeiras fora das lavouras, inclusive o pê de galinha (E. coracana). Nas mesmas plantas

de cobertura é possível achar outros percevejos da família Pentatomidae, que poderiam tornar-

se um problema no arroz, tais como Mormidea maculata (Lâmina VI, 1, foto 4) Oebalus

yspsilon-griseus o Oebalus grisescens (Lâmina VI,1, fotos 5 e 6). No arroz, as pragas que

foram observadas foram: o lepidóptero Diatraea saccharalis, que provocou o sintoma típico

de colmos brancos e o percevejo Tibraca lembatriventris. Alguns hymenopteros parasitoides

prováveis das lagartas estão em fase de identificação.

Uma boa forma de avaliar os riscos potenciais com os percevejos mencionados é o

monitoramento anual das populações, através de uma técnica de coletas com uma rede, e

contagem das espécies após identificações. Cada ano é diferente, e é possível que as fortes

populações de Nezara e Thyanta observadas este fim de ciclo da safra não sejam tão fortes a

próxima safra.

As larvas de percevejos mais fácil de observar (pelo tamanho maior) são aquelas da

família Pentatomidae: Edessa metidabunda (Lâmina VI, 2, foto 1) espécie frequente, Nezara

viridula (Lâmina VI, 2, fotos 5 e 6), Euschistus heros (Lâmina VI, 2, foto 4) principal

percevejo encontrado na soja, Piezodorus guildinii (Lâmina VI, 2, foto 2) e Dichelop sp.

(Lâmina VI, 2, foto 3). A espécie Proxys albopunctata foi observada principalmente nas

plantas vizinhas das lavouras.

23

6. Análise econômica

Uma análise econômica do custo da proteção é possível, teoricamente, pelo menos

com os custos dos insumos e as dosagens aplicadas conhecidas (produtos da fazenda

Mourão). No contexto de manejo das faixas deste ano, não vai ter diferenças entre os sistemas

(para uma mesma data de plantio), por causa da homogeneidade da gestão das aplicações.

Para dar um enfoque melhor sobre este aspecto, seria mais oportuno conduzir uma gestão

fitossanitária diferenciada em cada faixa, com aplicações de níveis de controle.

Aprendemos muito sobre a forma operacional de manejar este tipo de dispositivo ao

nível. Mas pode ser melhorada.

7. Conclusões

A avaliação de sistemas de cultivo ao nível da gestão fitossanitária das pragas pode ser

feita considerando dois aspectos: 1/ as pragas principais e seus inimigos naturais presentes,

sobre as lavouras comerciais, mas também nas plantas de cobertura da rotação ou 2/ a

biodiversidade induzida pelos sistemas, forma de análise mais globalizada,. Neste último

caso, precisamos definir melhor a medida desta biodiversidade, fator de equilíbrio do meio

ambiente, através de índices, por exemplo, e assim de ter um critério de comparação dos

sistemas.

Neste primeiro ano de observação, não foi possível diferenciar o manejo do algodão

por faixa (sistema). As diferenças evidenciadas provem mais dos insetos presentes nas plantas

da rotação, plantas de cobertura semeadas na safrinha. As Gramíneas aparecem interessantes

como suporte de pulgões e logo, dos parasitoides deles. Então seria a partir da análise das

coberturas que uma avaliação mais fina poderia ser feita.

A avaliação do interesso de uma planta hospedeira fora dos sistemas de cultivo é

difícil, pois aloja da mesma forma as pragas potenciais e inimigos naturais (por exemplo,

moscas parasitoides da família Tachinidae no caso de Nezara viridula em Senna occidentalis).

Porém, é indispensável entender melhor o funcionamento do agro-ecossistema.

24

8. Bibliografia ABERLENC, H .P. Les Insectes du cotonnier au Paraguay et au Brésil (25/11/2002), Doc.

CIRAD, 15 p. 2002. ALVES, S.B. (Ed.) Controle microbiano de insetos. FEALQ, Piracicaba, 1163 p., 1998. ARAUJO, L. H. A.; BLEICHER, E.; SOUSA, S. L. de; QUEIROZ, J. C. de. Manejo da

mosca branca Bemisia argentifolii Bellows & Perring no algodoeiro. Embrapa, Circular técnica, N°40, 34 p., 2000.

BOLONHESI, A. C.; OLIVEIRA, R.C. Algodão em rotação com diversas plantas de

cobertura, no sistema de plantio direto. In: Anais do III Congresso brasileiro de algodão, 27-31/08/2001, Campo Grande, MS, Volume 1, 599-601, 2001.

BUNDY, C.S.; McPHERSON, R.M. Dynamics and seasonal abundance of stink bugs

(Heteroptera: Pentatomidae) in a cotton-soybean ecosystem. Journal of Economic entomology, 93 (3), 697-706. 2000.

CORRÊA-FERREIRA, B.S.; PANIZZI, A.R. Percevejos da soja e seu manejo. Londrina,

Embrapa-CNPSo, Circular Técnica N°24, 45 p., 1999. CRUZ, I.; VALICENTE, F.H.; SANTOS, J.P. dos; WAQUIL, J.M. & VIANA, P.A. Manual

de identificação de pragas da cultura do milho. EMBRAPA-CNPMS, 67 p., 1997. DEGRANDE, P. E. Manejo de pragas: realidade e desafios. In: Anais do V seminário

estadual da cultura do algodão, “Negócios e tecnologias para melhorar a vida”, 31/08-2/09/2000, Cuiabá, Mato Grosso, 229-244, 2000.

DERPSCH, R.; ROTH, C.H.; SIDIRAS, N.; KÖPKE, U. Controle da erosão no Paraná,

Brasil: sistemas de cobertura do solo, plantio direto e preparo conservacionista do solo. GTZ, N°245, Eschborn, 272 p., 1991.

FERREIRA, E. Manual de identificação de pragas do arroz. EMBRAPA-CNPAF,

Documentos, 90, 110 p., 1998. FERREIRA, E.; ZIMMERMANN, F.J.P.; SANTOS, A. B. Dos; NEVES, B.P. das. O

percevejo-do-colmo na cultura do arroz. Goiânia, Embrapa-CNPAF, Documentos, 75, 43 p., 1997.

GALLO, D.(in memoriam) et al. Entomologia agrícola, Piracicaba, FEALQ, 920 p., 2002. GASSEN, D. N. Insetos subterrâneos prejudiciais às culturas no sul do Brasil. Passo Fundo,

EMBRAPA-CNPT, Documentos, 13, 72 p., 1989. GASSEN, D. O manejo de pragas sob plantio direto. In: Curso sobre siembra directa en

pequeñas propiedades, 12-14 de octubre de 1999, Bella Vista, Paraguay, 135-151, 1999a.

25

GASSEN, D. Amostragem de insetos de solo sob plantio direto. In: Curso sobre siembra directa en pequeñas propiedades, 12-14 de octubre de 1999, Bella Vista, Paraguay, 152-163, 1999b.

GASSEN, D. Recomendação para manejo e controle de percevejos. Revista Plantio Direto,

24-25, 2002. GAZZONI, D.L. & YORINORI, J.T. Manual de identificação de pragas e doenças da soja.

EMBRAPA-SPI, 128 p., 1995. GREENE, J.K.; TURNIPSEED, S.G. Stink bug thresholds in transgenic B.t. cotton. In:

Proceedings of Beltwide Cotton Conferences, 936-938, 1996. GREENE, J.K.; TURNIPSEED, S.G.; SULLIVAN, M.J.; MAY, O. L. Treatment thresholds

for stink bugs (Hemiptera: Pentatomidae) in cotton, Journal of Economic Entomology, 94 (2), 403-409, 2001.

GREENE, J.K.; CAPPS, C.D. Management of “secondary pests” in transgenic Bt cotton. In:

Proceedings of Beltwide Cotton Conferences, paginação ainda não determinada, 2002. HOFFMANN-CAMPO, C.B. et al. Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado.

EMBRAPA-Soja, Circular Técnica N° 30, 70 p., 2000. LAYTON, M.B. Biology and damage of the tarnished plant bug, Lygus lineolaris, in cotton.

Southwestern entomologist, 23, 7-20, 2000. LEONARD, B.R.; EMFINGER, K. Insects in low spray environments and modified cotton

ecosystems. In: Proceedings of Beltwide Cotton Conferences, paginação ainda não determinada, 2002.

MAUNEY, J.R.; HENNEBERRY, T.J. Identification of damage symptoms and patterns of

feeding of plant bugs in cotton. Journal of Economic Entomology, 72 (4) 496-501, 1979. MICHEL, B. Entomofauna de los algodonales paraguayos: Hemiptera Heteroptera.

MAG/PIEA (Paraguay) CIRAD-CA 5(France),132 p., 1994. PACK, T.M.; TUGWELL, P. Clouded and tarnished plant bugs on cotton: a comparison of

injury symptoms and damage fruit parts. Ark. Exp. Station, Report Series 226, 17 p. 1976 POPICH, S.B.; VIDELA, G.W. Hemipteros fitofagos observados en cultivos de algodón en la

republica argentina (campaña 2000-2001). In: Anais do III Congresso brasileiro de algodão, 27-31/08/2001, Campo Grande, MS, Volume 1, 300-302, 2001.

PRUETT, C. J.H.; GUAMÁN, I.A. Manejo integrado de artrópodos en siembra directa, con

énfasis en los cultivos de maíz, soja y trigo. In: III Encuentro nacional de productores en siembra directa, 24 al 28 de febrero de 1998, Obligado, Itapúa, Paraguay. 181-221, 1998.

PRUETT, C. J.H.; GUAMÁN, I. Manejo integrado de plagas y biocontrol en siembra directa

en Santa Cruz, Bolivia, 1999. In: Curso sobre siembra directa en pequeñas propiedades, 12-14 de octubre de 1999, Bella Vista, Paraguay, 107-134, 1999.

26

REYNOLDS, D.R.; RILEY, J.R.; ARMERS, N.J.; COOTER, R.J.; TUCKER, M.R.; COLVIN, J. Techniques for quantifying insect migration. In: Methods in ecological & agricultural entomology. Ed. D.R. Dent & M.P. Walton, CAB International, Chapter 5, 111-145, 1997.

SANTOS, W. J. dos. Manejo de pragas na cultura do algodão no cerrado: histórico e

perspectivas. In: Anais do V seminário estadual da cultura do algodão, “Negócios e tecnologias para melhorar a vida”, 31/08-2/09/2000, Fundação MT, Cuiabá, Mato Grosso, 161-170, 2000.

SEGUY, L.; BOUZINAC, S.; MAEDA, E. ; MAEDA, N. Semis direct du cotonnier en

grande culture motorisée au Brésil. ICAC recorder, 29-36, 1998. SEGUY, L. ; BOUZINAC, S. ; MARONEZZI, A.C., BELOT, J.L. & MARTIN, J. Plantio

direto de algodão: alternativa para safrinha nos trópicos úmidos. Revista Plantio Direto, Nov.Déc., 33-36, 2001a.

SEGUY, L. ; BOUZINAC, S. ; MARONEZZI, A.C., BELOT, J.L. & MARTIN, J. A safrinha

de algodão : opção de cultura arriscada ou alternativa lucrativa dos sistemas de plantio direto nos trópicos úmidos ? ). In: Anais do III Congresso brasileiro de algodão, 27-31/08/2001, Campo Grande, MS, Volume 1, 591-594, 2001b.

SILVA, C. A. D. da. Microorganismos entomopatogênicos associados a insetos e ácaros do

algodoeiro. Embrapa, Documentos, N°77, 40 p., 2000. SILVA, O.R.R.F. da ; VASCONSELOS, O. L.; SOARES, J.J.; CARVALHO, O. S.;

QUEIROZ, J.C.; PAULA, D.F. de. Avaliação de diferentes métodos de destruição de restos culturais do algodoeiro. In: Anais do I Congresso brasileiro de algodão, Algodão Irrigado, 30/09-3/10/1997, Fortaleza, Ceará, 387-390, 1997.

SILVIE, P.; LEROY, Th.; BELOT, J.L.; MICHEL, B. Manual de identificação das pragas e

seus danos no algodoeiro. COODETEC, Cascavel-PR, Boletim técnico n° 34, 1a edição, 100p., 2001a.

SILVIE, P. ; LEROY, Th. ; MICHEL, B. & BOURNIER, J.P. Manual de identificação dos

inimigos naturais no cultivo do algodão/Manual de identificación de los enemigos naturales en el cultivo del algodón. COODETEC, Cascavel-PR, Boletim técnico n°35, 1a edição, 74 p., 2001b.

SLOSSER, J.E.; PARAJULEE, M.N.; BORDOVSKY, D.G. Evaluation of food sprays and

relay strip crops for enhancing biological control of bollworms and cotton aphids in cotton. International Journal of Pest Management, 46, 4, 267-275, 2000.

STEWART, S.; SMITH, J.; REED, J.; LUTTRELL, R.; PARKER, C.D.; HARRIS, F.A.

Comparing drop cloth, sweep net and suction sampling methods for arthropods in cotton. . In: Proceedings of Beltwide Cotton Conferences, 951-954, 2001.

TUGWELL, P.; YOUNG, S.S.Jr.; DUMAS, B.A.; PHILLIPS, J.R. Plants bugs in cotton.

Importance of infestation time, types of cotton injury, and significance of wild hosts near cotton. Ark. Exp. Station, Report Series 227, 24 p. 1976.

27

TURNIPSEED, S.G.; SULLIVAN, M.J.; HAGERTY, A.M.; JENKINS, R.A.; RIDGE, R.

Predaceous arthropods and the stink bug/plant bug complex as factors that may limit the potential of B.t. cottons. In: Proceedings of Beltwide Cotton Conferences, paginação ainda não determinada, 2002.

WHYTE, S. Planting cotton into wheat stubble successful at Bourke. The Australian

cottongrower, May-June, 38-42, 2000.

28

ANEXOS

29

ANEXO 1 MATERIAL E METODOS

1

6 5

3

4

2

30

ANEXO 2 OUTROS MÉTODOS

2

1

31

ANEXO 3 LISTA DOS INSETOS (Parte aérea) DOS SISTEMAS DE

CULTIVO NO MATO GROSSO (BRASIL)

Estado da lista no dia 30 de junho de 2003 Fontes das coletas: Coletas de Rosemeri Gruber (Graduanda Univag), Fabio José das Dores (Graduando UFMT), Pierre Silvie (Ird/Cirad)

As amostras de insetos foram identificadas por :

H.-P. Aberlenc (CIRAD), G. Delvare (CIRAD), Bolivar Garcete (Museu Paraguai), J.-M. Maldès (CIRAD), M. Martinez (INRA), B. Michel (CIRAD), D. Morin (CIRAD), RAD), P. Silvie (IRD/CIRAD), Ayres Menezzes Junior (UEL), Paulo Fiuza Ferreira (UFV), Alexandre Specht (UCS), Beatriz S. Corrêa-Ferreira (EMBRAPA-Soja), Sérgio de Freitas (UNESP, Jaboticabal).

Nota Bene: esta lista esta completa com as informações extraídas da lista estabelecida por Henri-Pierre Aberlenc (2002).

LISTA DAS PRAGAS OU INSETOS FITOFAGOS

HEMIPTERA

CERCOPIDAE

Dois flavopicta Mahanarva fimbriolata Zulia entreriana (Berg, 1879) .

CICADELLIDAE Agalliinae

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Agallia albidula Uhler, 1895 Paraguai. Agalliana sticticollis (Stål, 1859) Paraguai. Euragallia lata Oman, 1938

CICADELLIDAE Cicadellinae

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Bucephalogonia xanthophis (Berg, 1879) Paraguai.

32

Carneocephala sagittifera (Uhler, 1895) . Dechacona missionum (Berg, 1879) Diedrocephala variegata (Fabricius, 1775) Paraguai. Erythrogonia sexguttata (Fabricius, 1803) Paraguai. Ferratiana trivittata (Signoret, 1854) Paraguai. Hortensia similis (Walker, 1851) Paraguai. Macugonalia leucomelas (Walker, 1851) Paraguai. Molomea consolida Schröder, 1959 Paraguai. Sonesimia grossa (Signoret, 1854) Paraguai.

CICADELLIDAE Deltocephalinae Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Cicadulina tortilla Caldwell, 1952 Paraguai. Scaphytopius (Convelinus) marginelineatus (Stål, 1859) Paraguai. Spangbergiella sp. .

CICADELLIDAE Ledrinae Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Xerophloea viridis (Fabricius, 1794) Paraguai.

ALEURODIDAE

Bemisia tabaci Gennadius

APHIDAE

Aphis gossypii Glover, 1877 .

MIRIDAE

Creontiades rubrinervis (Stål, 1852) Paraguai. Muito comum Garganus gracilentus (Stål, 1860) Paraguai. Muito comum. Horsiasinus signoreti (Stål, 1859) Paraguai. Orthotylus sp. Rhinacloa sp. Taedia stigmosa (Berg, 1878) Paraguai. Comum Taylorilygus pallidulus (Blanchard, 1852) Trigonotylus dohertyi (Distant, 1904) Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Coccobaphes sp. . Garganus graciliventris Berg . Horcias sp. .

33

Horciasoides nobilellus (Berg, 1883) Paraguai. Laemocoridea dispersa (Carvalho, 1944) Paraguai. Proba spp. Psallus spp. Pycnoderes sp. Paraguai. Rhinacloa clavicornis (Reuter, 1905) .

TINGIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Campylotingis bondari (Drake, 1930) . Corythaica monacha (Stål, 1858) . Corythuca fuscomaculata (Stål, 1858) . Gargaphia lunulata Mayr, 1865 Paraguai. Gargaphia subpilosa Berg Paraguai. Gargaphia torresi Costa Lima, 1922 Paraguai. Monanthia monotropidia Stål .

ALYDIDAE

Neomegalotomus sp. Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Alydus pallescens Stål . Cydamus sp. . Megalotomus pallescens (Stål, 1860) . Megalotomus rufipes (Westwood, 1842) . Stenocoris (Oryzocoris) furcifera (Westwood, 1842) Paraguai.

CORIMELAENIDAE Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Galgupha (Euryscytus) corvina Horvath, 1919

COREIDAE

Chariesterus armatus (Thunberg, 1825) Paraguai. Crinocerus sanctus (Fabricius, 1775) Paraguai. Hypselonotus fulvus (De Geer, 1775) Paraguai. Leptoglossus sp. aff. zonatus (Dallas, 1852) . Zicca nigropunctata (De Geer, 1773) Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Athaumasthus haematicus (Stål, 1859) Paraguai (Chaco). Camptischium clavipes (Fabricius, 1803) Paraguai. Camptischium niger (Stål, 1870) Catorhintha guttula (Fabricius) Paraguai.

34

Cebrinus sp. Paraguai. Grammopoecilus angustus (Herrich-Schäffer, 1842) Hypselonotus concinnus Dallas, 1852 Hypselonotus interruptus Hahn, 1821 Paraguai. Leptoglossus gonagra (Fabricius, 1775) Paraguai. Phthia ornata Stål, 1865 Phthia picta (Drury, 1770) Paraguai. Sphictyrtus chryseis (Lichtenstein, 1797) Paraguai. Zicca sp. aff. nigropunctata (De Geer, 1773) Paraguai.

RHOPALIDAE

Corizus spp. . . Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Corizus hyalinus (Fabricius, 1775) Paraguai. Corizus pictipes (Stål, 1859) Corizus sidae (Fabricius, 1794) Harmostes prolixus Stål, 1860 Paraguai. Harmostes (H.) serratus (Fabricius, 1794) Paraguai. Harmostes sp. 1 Paraguai. Harmostes sp. 2 Harmostes spp.

LYGAEIDAE

Geocoris sp. . Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Geocoris ventralis (Fieber, 1861) . Lygaeus alboornatus Blanchard, 1852 Paraguai. Melanocoryphus bicrucis (Say, 1825) . Nysius californicus Stål, 1859 . Nysius simulans Stål, 1859 Paraguai Oedancala notata Stål, 1874 . Oncopeltus sp. Paraguai Oncopeltus unifasciatellus Slater, 1964 . Oxycarenus hyalinipennis (Costa, 1847) Paraguai. Ozophora concava (Distant, 1893) . Pachybrachius sp. aff. bilobatus (Say, 1831) Paraguai. Pachybrachis bilobatus (Say, 1831) Pachybrachius vinctus (Say, 1831)

LARGIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Largus humilis (Drury, 1782) Largus rufipennis (Laporte, 1832)

35

PYRRHOCORIDAE

Dysdercus chaquensis Freiberg, 1948 Paraguai.

? Dysdercus imitator Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Dysdercus albofasciatus Berg, 1878 Paraguai. Dysdercus fernaldi Ballou, 1906 Dysdercus honestus Blöte, 1931 Paraguai. Dysdercus longirostris Stål, 1861

Dysdercus maurus Distant, 1901

Dysdercus mimus (Say, 1832) Dysdercus peruvianus (Guérin-Méneville, 1831) Paraguai. Dysdercus ruficollis (Linné, 1764) Paraguai. Dysdercus suturelus (Herrich Schäffer, 1842)

CYDNIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Scaptocoris castanea Perty, 1830

PENTATOMIDAE Pentatominae

Nezara viridula (Linné, 1758) Paraguai. Dichelops furcatus (Fabricius, 1775) Dichelops melacanthus (Dallas) Paraguai. Edessa meditabunda (Fabricius, 1794) Euschistus heros (Fabricius, 1798) Paraguai. Mormidea maculata (a confirmar) Oebalus ypsilon-griseus (De Geer, 1773) Paraguai. Piezodorus guildinii (Westwood, 1837) Paraguai. Proxys albopunctatus (Palisot de Beauvois, 1805) . Thyanta perditor (Fabricius, 1794) Paraguai.

Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Nezara bipunctula Stål, 1872 Acrosternum impicticornis Stål, 1862

Agroecus griseus Dallas, 1851

Dichelops bicolor Distant, 1889

Dinocoris spp. Dinocoris gibbus (Dallas, 1851) Edessa spp. Paraguai. Edessa sp. af meditabunda (Fabricius, 1794) Paraguai.. Edessa rufomarginata (De Geer, 1773) Um exemplar somente. Loxa picticornis How. Macropygium reticulare (Fabricius, 1803) Mecistorhinus sepulchralis (Fabricius, 1803)

36

Mecistorhinus tripterus Fabricius, 1784 Mormidea hamulata Stål, 1858 Sibaria armata (Dallas, 1851) Solubea poecila (Dallas, 1851) Thyanta humilis Berg, 1891 Thyanta maculata (Fabricius, 1775) Neodyne macraspis (Perty)

SCUTELLERIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Chelysoma leucopterus (Germar, 1839) .

COLEOPTERA ELATERIDAE Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Conoderus malleatus (Germar, 1824) 1 Paraguai

MELYRIDAE Dasytinae Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Astylus variegatus (Germar, 1824) comum nas flores de algodão.

TENEBRIONIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Epitragus aurulentus Kirsch, 1866 ssp. sallaeoides Freude Brésil. Sur cotonnier

TENEBRIONIDAE Lagriinae

Lagria villosa (Fabricius, 1781) .

MELOIDAE

1 C. stigmosus Germar, 1839 é uma espécie muito diferente : nunca foi encontrada sobre o algodão no Brasil ou no Paraguai (Aberlenc, 2002).

37

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Epicauta nigropunctata Blanchard .

CHRYSOMELIDAE

Cerotoma arcuata (Olivier) Megascelis sp. Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Cerotoma sp. .

CHRYSOMELIDAE Galerucinae Diabrotica speciosa (Germar, 1824) Paraguai.

CHRYSOMELIDAE Eumolpinae

Maecolaspis joliveti Brésil. Très commune. Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Typophorus nigritus (Fabricius, 1801) Paraguai. Colaspis aff. auricollis Paraguai.

CHRYSOMELIDAE Alticinae Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Sistena sp. aff. testaceovittata Clark Paraguai.

CURCULIONIDAE

Anthonomus grandis Boheman, 1843 Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Chalcodermus ? aeneus Boheman Conotrachelus denieri Hustache Paraguai Eutinobothrus brasiliensis (Hambleton) Paraguai

LEPIDOPTERA

LYONETIIDAE

38

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Bucculatrix sp. .

GELECHIIDAE

Pectinophora gossypiella (Saunders, 1843) .

NOCTUIDAE

Alabama argillacea (Hübner, 1823) . Heliothis virescens (Fabricius, 1777) . Pseudoplusia includens (Walker) . Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) . Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Spodoptera cosmioides (Walker, 1858)

DIPTERA ULIDIIDAE Euxesta sp.

39

LISTA DOS PREDADORES

ORTHOPTERA ENSIFERA

OECANTHIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002)

Oecanthus sp. .

DERMAPTERA

FORFICULIDAE

Doru lineare (Eschscholtz, 1822)

HEMIPTERA

ANTHOCORIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Orius insidiosus (Say, 1832)

REDUVIIDAE

Repipta sp. . Zelus longipes (Linné, 1767) Paraguai Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Apiomerus lanipes (Fabricius, 1803) . Apiomerus flavipennis Herrich-Schäfer, 1848 Atrachelus cinereus crassicornis (Burmeister, 1835) Paraguai. Cosmoclopius sp. aff. annulosus Stål, 1872 Paraguai. Ricolla quadrispinosa (Linné, 1767) . Zelus leucogrammus (Perty, 1833) Paraguai. Zelus armillatus (Lepeletier & Serville, 1825) Paraguai. Zelus ruficeps Stål, 1862 . Zelus laticornis Herrich-Schäfer, 1858 .

MIRIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002)

40

Rhinacloa aricana Carvalho, 1948

LYGAEIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Geocoris ventralis (Fieber, 1861) Geocoris aff. ventralis (Fieber, 1861) .

PENTATOMIDAE Asopinae Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) Paraguai Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Alcaeorrhynchus grandis (Dallas, 1851) Paraguai, Sinónimo de Mutyca.

Alcaeorrhynchus sp. Um exemplar só

COLEOPTERA CARABIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Castrida alternans granulatum (Perty, 1830) Paraguai « Lebia » indeterminado Paraguai

LAMPYRIDAE Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Aspisoma sp. Paraguai

COCCINELLIDAE Cycloneda sanguinea (Linné, 1763) Paraguai. Naemia (Eriopis) connexa (Germar, 1824) Paraguai. Pullus spp. Paraguai. Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Cycloneda conjugata (Mulsant, 1842) Paraguai Delphastus argentinicus Nunenmacher, 1837 Paraguai Diomus sp. Paraguai Hyperaspis festiva Mulsant, 1850 Paraguai Hyperaspis (Tenuisvalva) notata Mulsant, 1850 Paraguai

41

Hippodamia convergens Guérin-Méneville, 1842 Paraguai Naemia (Coleomegilla) maculata (De Geer, 1775) Paraguai. Nephus sp. Paraguai Olla v-nigrum Mulsant, 1866 Paraguai Pullus gilae (Casey, 1899) Paraguai Pullus loewii Mulsant, 1850 Paraguai

NEUROPTERA

HEMEROBIIDAE Nusulala tesselata (Gerstaecker, 1888)

CHRYSOPIDAE Chrysoperla externa (Hagen, 1861) Ceraeochrysa cubana (Hagen, 1861)

HYMENOPTERA

VESPIDAE

Polybia (Trichinothorax) ignobilis (Haliday, 1836) Polybia (Polybia) striata (Fabricius, 1787) Polybia (Myrapetra) erythrothorax Richards, 1978 Polybia (Myrapetra )occidentalis occidentalis (Olivier, 1792) Polybia (Myrapetra) platycephala sylvestris Richards, 1978 Polybia (Myrapetra) ruficeps xanthops Richards, 1978 Pachymenes laeviventris (Fox, 1899) Outros insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Polybia atra Linné Predadores de lagartas de Spodoptera

frugiperda, Heliothis spp., Alabama argillacea e Pectinophora gossypiella

Polybia scutellaris (White) Predadores de lagartas de Spodoptera frugiperda, Alabama argillacea e Pectinophora gossypiella.

Polybia sericea (Olivier) Paraguai. Predadores de lagartas de Alabama argillacea et Pectinophora gossypiella.

42

DIPTERA

DOLICHOPODIDAE

Condylostyius sp.

SYRPHIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) ? Ocyptamus sp. Pseudodoros sp. Pseudodoros clavatus (Fabricius, 1794) Paraguai

43

LISTA DOS PARASITOIDES E HIPERPARASITOIDES

HYMENOPTERA

CHALCIDIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Conura sp. (groupe transitiva) Brachymeria annulata (Fabricius) Paraguai Parasitoide de Alabama

argillacea. Brachymeria mnestor (Walker) Parasitoide de Alabama argillacea. Brachymeria sp. Parasitoide de Alabama argillacea. PTEROMALIDAE Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Lyrcus sp. Parasitoide de Anthonomus grandis.

EUPELMIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Eupelmus cushmani Crawford Paraguai. Parasitoide de Anthonomus

grandis e lagartas de Alabama argillacea (e de Pectinophora gossypiella no Brasil).

EULOPHIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Euplectrus comstockii (Howard, 1880) Paraguai. Parasitoide de lagartas de

Alabama argillacea e Agrotis ipsilon. ICHNEUMONIDAE Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Campoletis sp. Parasitoide de Alabama argillacea. Diadegma sp. Parasitoide de Heliothis virescens & Alabama argillacea. Microcharops sp. Paraguai. Parasitoide de Alabama argillacea. Anomalon sp.

44

Eiphosoma sp. Paraguai. Ophionellus sp. Parasitoide de Heliothis virescens.

BRACONIDAE

Insetos do mesmo grupo já mencionados no algodão no Brasil (Aberlenc, 2002) Bracon sp. Parasitoide de Anthonomus grandis. Lysiphlebus sp. Paraguai. Parasitoide de Aphis gossypii. Lysiphlebus ? testaceipes (Cresson) Parasitoide de Aphis gossypii. Glyptapanteles sp. Parasitoide de Trichoplusia ni. Chelonus sp. Paraguai

DIPTERA

TACHINIDAE Eutrichopodopsis nitens Blanchard, 1866

45

ANEXO 4 CAIXAS ENTOMOLOGICAS

CAIXA 1 Inimigos naturais

CAIXA 2 Percevejos

46

CAIXA 3 Pragas

POSTER “BIODIVERSIDADE”

47

ANEXO 5 APLICAÇÕES INSETICIDAS REALIZADAS NAS FAIXAS

SOJA (Parcelas 3, 6, 10, 12 e 17, 20, 24, 26) N° aplicação Data Produto comercial Dosagem (l/ha) 1 2 3 4 5 6 7

26.10.2002 4.11.2002 21.11.2002 6.12.2002 5.01.2003 19.01.2003 28.01.2003

METAFOS METAFOS THIODAN METAFOS THIODAN AGROPHOS METAFOS

0,5 0,7 0,5 0,6 1,0 0,5 0,7

(N.B.: Assist = adjuvante 0,5%) MILHO (Parcela B)

Plantio do 2.12.2002 Plantio do 6.02.2003 (safrinha) Data Produto

comercial Dosagem (l/ha)

Data Produto comercial

Dosagem (l/ha)

22.12.2002 4.01.2003

MATCH MATCH

0,8 0,8

27.02.2003 14.03.2003

LANNATE + GALLAXY LANNATE + GALLAXY

1,0 0,12 0,6 0,10

ALGODÃO (tratamento de sementes) Grupo de plantio

Parcelas Data plantio Data tratamento

Produtos comerciais (litros/100 kg sementes)

1 1,2,7,8,9,13,14,15,16,21,22,23,27,28

Varias 21.11.2002 DEROSAL (0,25) FURADAN (2,0) VITAVAX-THIRAM (0,25)

2 4, 18 23.12.2002 23.12.2002 EUPAREN (0,15 kg) VITAVAX (0,25) MONCEREN (0,3 kg) FURADAN (2,5)

3 (safrinha) 11, 25 28.01.2003, replantio no dia 10.02.2003

4 (safrinha) 6, 20 1.03.2003

48

ALGODÃO (aplicações inseticidas aéreas)

Grupo de plantio 1 Grupo de plantio 2

Data Produtos Comerciais

Data Produtos Comerciais

10.12.2002 17.12 5.01.2003 8.01 17.01 24.01 10.02 14.02 24.02 3.03 12.03 28.03 2.04 10.04 23.04 25.04 29.04

MARSHAL METAFOS ACTARA AGROPHOS THIODAN CALYPSO MATCH SAURUS THIODAN CALYPSO MATCH SAURUS THIODAN MARSHAL MATCH SAURUS THIODAN CALYPSO GALLAXY THIODAN ACTARA THIODAN GALLAXY POLO THIODAN KARATE Zeon POLO TALSTAR THIODAN GALLAXY THIODAN KARATE Zeon GALLAXY KARATE Zeon MOSPILAN THIODAN KARATE Zeon METAFOS KARATE Zeon KARATE Zeon FURY FURY

7.01.2003 17.01 22.01 10.02 22.02 4.03 14.03 31.03 10.04 23.04 24.04

MARSHAL SAURUS CALYPSO MATCH SAURUS THIODAN CALYPSO MARSHAL THIODAN CALYPSO GALLAXY THIODAN CALYPSO GALLAXY MOSPILAN THIODAN GALLAXY SAURUS THIODAN GALLAXY THIODAN THIODAN KARATE Zeon POLO KARATE Zeon METAFOS KARATE Zeon FURY

Numero total 17 11

49

ALGODÃO (aplicações inseticidas aéreas)

Grupo de plantio 3

Grupo de plantio 4

Data Produtos Comerciais

Data Produtos Comerciais

13.02 22.02 4.03 14.03 31.03 16.04 23.04 25.04

ACTARA THIODAN CALYPSO MOSPILAN THIODAN GALLAXY SAURUS THIODAN GALLAXY MOSPILAN THIODAN MOSPILAN THIODAN GALLAXY GALLAXY SAURUS THIODAN KARATE Zeon SAURUS THIODAN NOMOLT

14.03 31.03 16.04 25.04

GALLAXY MOSPILAN THIODAN MOSPILAN THIODAN GALLAXY SAURUS THIODAN SAURUS THIODAN NOMO

Numero total 8 4

50

LÂMINA I CHRYSOMELIDAE

1

5 6

43

2

51

LÂMINA II PLANTAS HOSPEDEIRAS

1

4 3

2

52

LÂMINA III (1) FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS

3

1

4

2

6 5

53

LÂMINA III (2) FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS

1

3

5

4

6

54

LÂMINA IV ANALISE BOTÕES FLORAIS

1

3 4

2

5 6

55

LÂMINA V ANALISE MAÇAS VERDES

1

5

3

2

4

6

56

LÂMINA VI (1) PERCEVEJOS FITOFAGOS

1

5 6

3 4

2

57

LÂMINA VI (2) PERCEVEJOS FITÓFAGOS

5

4 3

6

2 1