ad referendum n.5-2014 consepe - aprova projeto pedagógico de letras espanhol cameam

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Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC) UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (UERN) PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO (PROEG) CAMPUS AVANÇADO “PROFª . MARIA ELISA DE ALBUQUERQUE MAIA” (CAMEAM) DEPARTAMENTO DE LETRAS ESTRANGEIRAS (DLE) PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA DE LETRAS EM LÍNGUA ESPANHOLA E RESPECTIVAS LITERATURAS Pau dos Ferros 2013

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Projeto Pedagógico de Letras Espanhol CAMEAM

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  • Governo do Estado do Rio Grande do Norte

    Secretaria de Estado da Educao e da Cultura (SEEC)

    UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (UERN)

    PR-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAO (PROEG)

    CAMPUS AVANADO PROF. MARIA ELISA DE ALBUQUERQUE MAIA (CAMEAM)

    DEPARTAMENTO DE LETRAS ESTRANGEIRAS (DLE)

    PROJETO PEDAGGICO DO

    CURSO DE LICENCIATURA DE LETRAS EM

    LNGUA ESPANHOLA E RESPECTIVAS

    LITERATURAS

    Pau dos Ferros

    2013

  • UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (UERN)

    Reitor Prof. Pedro Fernandes Ribeiro Neto

    Vice-Reitor Prof. Aldo Gondim Fernandes

    CAMPUS AVANADO PROF. MARIA ELISA DE ALBUQUERQUE MAIA (CAMEAM)

    Diretor Prof. Gilton Sampaio de Souza

    Vice-Diretora Profa. Vanuza Maria Pontes Sena

    DEPARTAMENTO DE LETRAS ESTRANGEIRAS (DLE)

    Chefe Profa. Maria do Socorro Maia Fernandes Barbosa

    Subchefe Profa. Maria Eliete de Queiroz

    PROFESSORES

    Edilene Rodrigues Barbosa

    Gilton Sampaio de Souza

    Ivanaldo de Oliveira dos S. Filho

    Jos Cezinaldo Rocha Bessa

    Lidiane de Morais Digenes Bezerra

    Lucineudo Machado Irineu

    Maria do Socorro M. F. Barbosa

    Maria Eliete de Queiroz

    Maria Eliza Freitas do Nascimento

    Marta Jussara Frutuoso da Silva

    Orfa Noemi Gamboa Padilla

    Rosngela Alves dos Santos Bernardino

    Sebastio Marques Cardoso

    Tatiana Loureno de Carvalho

    Wellington Medeiros de Arajo

  • COMISSO GERAL DO PROJETO PEDAGGICO-PPC

    Edilene Rodrigues Barbosa

    Francisco Marcos de Oliveira Luiz

    Jailson Jos dos Santos

    Jos Cezinaldo Rocha Bessa

    Lidiane de Morais Digenes Bezerra

    Marcos Antonio da Silva

    Maria do Socorro Maia Fernandes Barbosa

    Rosngela Alves dos Santos Bernardino

    NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE

    Edilene Rodrigues Barbosa

    Lucineudo Machado Irineu

    Marta Jussara Frutuoso da Silva

    Tatiana Loureno de Carvalho

    Francisca Mariana Neta (discente)

    Maria Jackeline Rocha Bessa (discente)

    FUNCIONRIOS

    TNS Francisco Roberto da Silva Santos

    TNM Luiz Roberto Costa Fonseca

    TNM Ricardo Soares Abrantes

    TNS Marlia Cavalcante de Freitas

    REPRESENTAO DISCENTE

    Francisca Mariana Neta (Graduanda/Letras Lngua Espanhola/CAMEAM)

    Maria Jackeline Rocha Bessa (Graduanda/Letras Lngua Espanhola/CAMEAM)

  • SUMRIO

    1 APRESENTAO ...................................................................................................................... 05

    2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 07

    3 BASE REFERENCIAL ............................................................................................................... 10

    4 IDENTIFICAO DA INSTITUIO .................................................................................... 14

    4.1 Instituio mantenedora ......................................................................................................... 14

    4.2 Instituio mantida ................................................................................................................... 14

    4.3 Histrico da UERN.................................................................................................................... 14

    4.4 Histrico do CAMEAM ........................................................................................................... 17

    5 PERFIL DO CURSO ................................................................................................................... 20

    5.1 Identificao do Curso ............................................................................................................. 20

    5.1.1 Local de Funcionamento ....................................................................................................... 20

    5.1.2 Funcionamento do Curso ...................................................................................................... 20

    5.2 Objetivos do Curso ................................................................................................................... 20

    5.3 Perfil do formando .................................................................................................................... 21

    5.4 Competncias e habilidades ..................................................................................................... 22

    5.5 Pblico alvo e formas de ingresso ........................................................................................... 23

    5.6 Regime acadmico .................................................................................................................... 24

    5.7 Demanda do Curso ................................................................................................................... 24

    5.8 Princpios formativos ............................................................................................................... 24

    5.9 Operacionalizao da Organizao Curricular ..................................................................... 27

    5.9.1 Atividades Prticas como Componente Curricular ................................................................. 29

    5.9.2 Atividades complementares ..................................................................................................... 30

    5.9.3 Plano de estgio curricular ...................................................................................................... 33

    5.9.4 Trabalho de Concluso de Curso ............................................................................................. 33

    5.10 Matriz Curricular ................................................................................................................... 34

    5.10.1 Quadro resumo dos componentes curriculares necessrios integralizao da carga

    horria total .......................................................................................................................................

    37

    5.10.2 Componentes optativos do Curso de Letras em Lngua Espanhola e suas Respectivas

    Literaturas .........................................................................................................................................

    37

    5.10.3 Plano de Equivalncias de Componentes Curriculares ......................................................... 38

    5.10.4 Ementrio dos componentes curriculares de formao geral e bsica .................................. 42

    5.10.5 Ementrio dos componentes curriculares optativos e/ou complementar........................... 66

    6 AVALIAO ............................................................................................................................... 76

    7 POLTICAS PRIORITRIAS PARA O ENSINO DE GRADUAO ................................ 80

  • 8 POLTICA DE CAPACITAO, DE PESQUISA E DE PS-GRADUAO ................... 82

    8.1 Corpo docente e poltica de capacitao ................................................................................. 82

    8.2 Projetos de pesquisa institucionalizados ................................................................................. 86

    8.3 Grupos de pesquisa ................................................................................................................... 94

    8.4 Incentivo divulgao cientfica ............................................................................................. 98

    8.5 Cursos de ps-graduao ......................................................................................................... 99

    8.5.1 Cursos de Ps-Graduao Lato Sensu ..................................................................................... 100

    8.5.2 Curso de Ps-Graduao Stricto Sensu ................................................................................... 104

    8.6 Poltica de extenso ................................................................................................................... 108

    8.7 Estrutura fsica e equipamentos dos Cursos de Letras ......................................................... 113

    8.8 Corpo tcnico-administrativo .................................................................................................. 115

    8.9 Acervo bibliogrfico ................................................................................................................ 116

    9 RESULTADOS ESPERADOS E ACOMPANHAMENTO DE ALUNOS EGRESSOS ...... 116

    10 REFERNCIAS ........................................................................................................................ 118

    REGULAMENTO DA ORGANIZAO E DO FUNCIONAMENTO DO CURSO LETRAS LNGUA ESPANHOLA ...............................................................................................

    120

    ANEXOS .......................................................................................................................................... 143

  • 5 1 APRESENTAO

    Com o intuito de acompanhar as transformaes scio-poltico-culturais vivenciadas na

    sociedade moderna que se desenha ancorada nos princpios da globalizao, o Campus Avanado

    Profa. Maria Elisa de Albuquerque Maia (CAMEAM) oferece o Curso de Letras em Lngua

    Espanhola e Respectivas Literaturas.

    O Projeto Pedaggico do Curso (PPC) aqui apresentado ser o instrumento norteador das aes

    desenvolvidas no Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, expressando a

    prtica da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), a gesto e outras atividades

    educacionais.

    Sendo a universidade o vetor da produo, circulao e transmisso do conhecimento, na qual

    se encontram as posies de vanguarda na busca por uma educao de qualidade e uma sociedade mais

    igualitria, este documento busca servir de referncia para a melhoria da trplice abordagem acadmica

    de ensino, pesquisa e extenso, assumindo a compreenso de um projeto em contnuo processo, haja

    vista que pode ser permanentemente avaliado e, se necessrio, reconstrudo, em vista do atendimento

    s demandas impostas pelos atores. Portanto, o PPC, alm de atender s necessidades oriundas da

    operacionalizao, objetiva entender as particularidades dos contextos scio-histricos em que o curso

    desenvolvido, no Alto Oeste Potiguar e em parte dos estados circunvizinhos: Cear e Paraba.

    Desse modo, faz-se necessrio esclarecer que as discusses para todo Curso de Letras da

    UERN foram iniciadas em 1999, tendo passado por um processo de verticalizao em 2002, com base

    nas resolues CNE/CP1 e CNE/CP2.

    Para a construo inicial do Projeto Pedaggico do Curso de Letras, foi constituda uma

    comisso formada por professores, tcnico-administrativos e representao discente, o que significa

    dizer que esse construto terico-acadmico est em sintonia com as vrias vozes sociais. A comisso

    iniciou as atividades de elaborao do documento no semestre 2003.1, estendendo-se at 2004.2, sendo

    enviado Cmara de Ensino de Graduao/UERN em janeiro de 2005 para emisso de parecer, o qual

    s foi emitido em 01 de fevereiro de 2008. Naquela poca, o Departamento de Letras era formado

    pelos cursos de Letras com habilitao em Lngua Portuguesa e suas Respectivas Literaturas, Letras

    com Habilitao em Lngua Inglesa e suas Respectivas Literaturas e Letras com Habilitao em

    Lngua Espanhola e suas Respectivas Literaturas.

    Com base no parecer referido e em virtude da necessidade de registrar as mudanas ocorridas,

    dadas as exigncias de adequao aos ideais dos cursos, em especial, a incluso do curso de Lngua

    Espanhola, este documento apresenta uma verso revisada e ampliada do primeiro projeto, respeitando

    suas diretrizes iniciais e inserindo alteraes e acrscimos, conforme as observaes e recomendaes

    da Assessoria da PROEG. Para tanto, a Congregao do Curso de Letras retomou as discusses sobre a

    elaborao do PPC e definiu como estratgia de trabalho a execuo de atividades por Grupos de

  • 6 Trabalho (GTs). No total foram 04 (quatro) grupos, cada um sob a coordenao de um lder, adotando

    uma metodologia participativa. As tarefas tiveram o seguinte encaminhamento metodolgico:

    Leitura e discusso de documentos oficiais sobre Educao Superior (LDB 9394/96 e

    PDI da UERN);

    Pesquisa de textos de tericos da educao sobre a natureza de um projeto pedaggico,

    de textos informativos e documentos sobre a UERN, o CAMEAM e o Curso de Letras, entre outros

    estudiosos da contemporaneidade;

    Estudo sobre a realidade da UERN e das demandas locais para definio do perfil do

    aluno que se pretende formar, entre outros aspectos;

    Socializao das leituras e da coleta de informaes;

    Problematizao das especificidades de um currculo diferenciado daquele proposto

    pela Faculdade de Letras e Artes (FALA) do CAMPUS CENTRAL;

    Sistematizao de propostas preliminares pelos GT's, mediante debate e reformulao

    coletiva;

    Redao inicial do projeto com as atribuies pr-estabelecidas para cada GT;

    Apreciao preliminar do documento pelo Colegiado do Curso de Letras;

    Reviso do texto no sentido de atender s sugestes do Colegiado do Curso de Letras;

    Redao final do documento;

    Aprovao do Projeto Pedaggico do Curso (PPC) pelo respectivo Colegiado.

    Em 2013 foi dado incio ao processo de orientao para efeito de renovao de

    reconhecimento, com o Parecer n 01/2013 emitido pela assessora Mrcia Betnia. O retorno do PPC

    foi realizado em 25 de fevereiro de 2013. O referido projeto foi apreciado e recebeu Parecer, no dia 02

    de julho, pela Assessora Rosa Maria Rodrigues Lopes, que assumiu o acompanhamento do Curso na

    assessoria dos procedimentos referentes ao processo de renovao de reconhecimento.

    Desse amplo debate, resultou como produto final o Projeto Pedaggico do Curso de Letras em

    Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, o qual est estruturado da seguinte forma: Apresentao,

    com uma viso geral do que o PPC; Justificativa, na qual se expe o histrico do curso, reforando

    as razes para elaborao do documento e considerando sua adequao realidade local; Marco

    Referencial, no qual so explicitadas as concepes tericas que do embasamento elaborao deste

    documento; Desenho Histrico, constando o histrico da UERN e do CAMEAM; Perfil do Curso de

    Licenciatura em Letras do CAMEAM, no qual se esboa um perfil do Curso de Letras em Lngua

    Espanhola e Respectivas Literaturas, destacando a identificao, os objetivos, as competncias e

    habilidades, a clientela atendida, as formas de ingresso, o prazo de integralizao curricular, o regime

    acadmico, a demonstrao do grau de interesse pelo curso, a organizao curricular, a avaliao, a

  • 7 poltica de pesquisa e ps-graduao e a poltica de extenso; Estrutura fsica e equipamentos do

    Curso de Letras, em que se revela a estrutura fsica e de equipamentos disponveis para a realizao

    das atividades acadmico-pedaggicas; por fim, o Regulamento da organizao e do funcionamento

    do curso, em que se encontram as normas gerais de funcionamento do curso.

    2 JUSTIFICATIVA

    Pensar na elaborao de um Projeto Pedaggico de Curso de Graduao requer compreend-lo

    na sua dimenso administrativa e pedaggica, para que se constitua como um subsdio da prtica

    gestora e docente, em sintonia com as mudanas que envolvem a educao e que exigem constantes

    reflexes sobre as concepes de homem, universidade e conhecimento na conjuntura da sociedade

    atual.

    Nessa perspectiva, o PPC deve, com base nas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduao,

    abandonar as caractersticas de que muitas vezes se revestem, quais sejam as de atuarem como meros

    instrumentos de transmisso de conhecimento e informaes (PARECER CNE N 776/97, p.96), o

    que significa dizer que as Diretrizes Curriculares no devem se constituir como modelos de reproduo

    tcnica ou como simples regras para serem aplicadas ao aluno, sem levar em conta o perfil deste na

    sociedade atual. Em outras palavras, o PPC deve contemplar todas as dimenses do desenvolvimento

    humano indispensveis ao exerccio da cidadania, passando a orientar-se para oferecer uma slida

    formao bsica, preparando o futuro graduado para enfrentar os desafios das rpidas transformaes

    da sociedade, do mercado de trabalho e das condies de exerccio profissional (PARECER CNE N

    776/97, p.96-97).

    O aspecto mais importante a ser considerado no Projeto Pedaggico do Curso de Letras em

    Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas o seu papel social de formar profissionais qualificados e

    conscientes para atuarem no apenas como tcnicos especializados, prontos para atender s demandas

    do mercado de trabalho, mas como sujeitos capazes de intervir na sociedade de forma tica,

    consciente, reflexiva e crtica; e assim poderem agir no sentido de transform-la. Com efeito, faz-se

    necessria uma formao que atenda dimenso humana, nova configurao curricular, s

    exigncias do mundo do trabalho e, sobretudo, s demandas regionais e locais.

    Nesse contexto, a Congregao do Departamento de Letras Estrangeiras (DLE) do

    CAMEAM/UERN se props, com a elaborao deste projeto, que fruto de um longo processo de

    debates, reflexes e anlises, a assegurar maior flexibilidade na organizao do currculo, atendendo

    crescente heterogeneidade tanto da formao prvia como das expectativas e dos interesses dos

    alunos (PARECER CNE N 776/97, p. 96).

  • 8

    Em consonncia com o exposto e nos termos do Captulo IV do artigo 53 da LDB Lei 9.394/96,

    que dispe sobre a autonomia das universidades, a elaborao da Proposta Curricular do Curso de

    Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas visa a oferecer um currculo diferenciado

    daquele proposto pela Faculdade de Letras e Artes (FALA), do Campus Central desta Instituio. A

    nova proposta toma como referncia o perfil do profissional que se deseja formar, tendo como objetivo

    qualificar docentes para atuarem na regio do Alto-Oeste Potiguar e contribuir para a melhoria do

    ensino bsico no estado do Rio Grande do Norte.

    Para justificar a criao da matriz curricular, concebida para o Curso de Letras em Lngua

    Espanhola e Respectivas Literaturas do CAMEAM, faz-se necessrio resgatar a histria da criao do

    curso de Letras, sobretudo as transformaes que resultaram na sua ampliao, como forma de atender

    s necessidades nacional e local de formar profissionais licenciados nessa rea.

    A criao do Curso de Letras do CAMEAM, conforme os registros1 da poca, no consta no

    Decreto N 15/76 da Prefeitura de Mossor, que criou o Campus com os cursos de Pedagogia e

    Economia. O que se sabe que este curso foi recomendado pelos relatores do grupo de trabalho que

    estudou a viabilidade da expanso da UERN na regio e foi criado no Conselho Universitrio, em

    reunio de 27 de outubro de 1976, tendo sido oficialmente instalado em 19 de dezembro do mesmo

    ano. Em janeiro de 19772, foi realizado o primeiro vestibular, com aulas iniciadas em 1 de maro

    daquele ano, sendo oferecido o curso de Licenciatura com habilitao em Lngua Portuguesa e Lngua

    Inglesa e suas respectivas literaturas.

    Nesse nterim, novas propostas foram implementadas, o que resultou na definio de dois

    cursos de licenciatura no CAMEAM, quais sejam: Curso de Letras com Habilitao em Lngua

    Portuguesa e suas respectivas literaturas e Curso de Letras com Habilitao em Lngua Inglesa e suas

    respectivas literaturas, como forma de atender formao docente numa rea definida, objetivando

    uma maior qualidade no ensino e um investimento maior na formao especfica do aluno.

    No mbito da poltica de criao de novos cursos para o CAMEAM, o Departamento de Letras

    priorizou a oferta de vagas no turno matutino. Assim, conforme a Resoluo n 22/99 -

    CONSEPE/UERN, de 12 de agosto de 1999, expandiu o curso de Letras com habilitao em Lngua

    Portuguesa e suas respectivas literaturas, respondendo demanda do mercado de trabalho na

    conjuntura das polticas do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), o que resultou na criao do

    Curso de Letras com Habilitao em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, tendo sua primeira

    turma ingressada no semestre 2006.1. A partir de 2010, com base no Ofcio Circular 02/2010-

    1 As informaes referentes criao do Curso de Letras foram extradas da Monografia de concluso de Especializao da professora Maria Elisa de Albuquerque Maia, intitulada A Interiorizao da universidade brasileira: consideraes sobre a experincia no Campus Avanado de Pau dos Ferros. 2 Em arquivos da secretaria do CAMEAM, encontramos registros que informam a primeira turma de concluintes do Curso de Letras, datada do 2 semestre de 1980, argumento que comprova o incio do Curso no ano de 1977.

  • 9 CGDC/DESUP/SESu/MEC, passa a ser designado no mais como uma habilitao e sim como Curso

    de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas.

    Convm justificar a proposta pedaggica a partir de quatro argumentos que motivaram a

    implementao do currculo do Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, os

    quais, embora de natureza diversa, se complementam. Primeiro, o fato de que os docentes do Curso de

    Letras, luz das teorias lingusticas ps-estruturalistas, optaram por fazer modificaes (equivalncias,

    acrscimos, junes, substituies) no leque de Componentes Curriculares, assegurando uma viso

    mais ampla dos estudos da linguagem. Assim, os estudos da Lingustica, seja a estrutural, a

    pragmtica, a discursiva ou a enunciativa, configuram-se como teoria basilar na formao do educador

    que reconhece o papel formativo que essa rea propicia, tendo em vista que introduz na formao do

    professor de Letras um elemento de participao ativa na anlise da lngua, que o habilitar a reagir de

    maneira crtica s opinies correntes, e lhe permitir, em sua vida profissional, avaliar com

    independncia os recursos didticos disponveis e as observaes e dificuldades de seus alunos

    (ILARI, 1992, p. 16-17). Neste sentido, a interface entre as diversas teorias lingusticas propicia

    compreender a lngua em situao de uso, reconhecendo a multiplicidade de sentidos evocados atravs

    do constante apelo das diversas linguagens, com as quais convivemos na sociedade atual.

    O segundo argumento leva em conta a necessidade de reconhecer que as exigncias impostas

    atualmente a um profissional de Letras so muito maiores e mais prementes do que anos atrs, seja no

    campo da produo e recepo de textos ou no campo da transdisciplinaridade, das questes ticas,

    culturais e sociais. Alm disso, no se pode deixar de mencionar a esse respeito o impacto que o

    advento das novas tecnologias da informao e da comunicao tem trazido para a vida cotidiana em

    geral e para a vida universitria em particular.

    O terceiro argumento diz respeito ao incentivo participao do aluno, desde o incio do curso,

    em atividades prticas, o que justifica o nmero de componentes curriculares terico-prticos.

    propsito desta iniciativa instigar o aluno a pensar o seu papel de futuro educador, sua funo na

    sociedade e sua insero no mundo do trabalho. Isso s possvel a partir de uma concepo de curso

    que no valorize to somente a transmisso de contedos, mas que se fundamente na busca da

    transdisciplinaridade, incentivando a autonomia e a participao do aluno na construo do

    conhecimento, condio indispensvel para um agir profissional de qualidade, no mundo complexo e

    multifacetado em que vivemos.

    Como quarto argumento, h que se acrescentar que a universidade, e a UERN em particular,

    enquanto instituio responsvel pela formao e profissionalizao no campo das lnguas, nesse caso,

    a Lngua Espanhola, justamente um dos espaos sociais mais adequados reflexo crtica sobre esse

    aspecto da formao integral do indivduo e da realidade contempornea, como explicitado no PDI-

    UERN:

  • 10

    [...] formao profissional a incorporao de uma dimenso cidad, isto , a aquisio de uma sensibilidade social que resulte em indivduos capazes de compreender o funcionamento de sua sociedade e de se comprometer com a resoluo dos problemas que esta enfrenta. Condio para a efetividade desse processo o domnio da linguagem, a capacidade de compreender e de emitir mensagens complexas (PDI-UERN, 2008, p. 44).

    Nesta proposta, esto ainda contempladas atividades que reforam o trip Ensino, Pesquisa e

    Extenso desenvolvidas pelo Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas. Na

    vertente do Ensino, alm do prprio Curso de Letras em Lngua Espanhola, temos o Programa

    Emergencial de Segunda Licenciatura em Lngua Espanhola pelo Plano Nacional de Formao de

    Professores da Educao Bsica (PARFOR) e a oferta de cursos pelo Ncleo de Estudos Culturais,

    Lingusticos e Literrios de Espanhol (NECLE), que atrela atividades extensivas a atividades de

    prtica de ensino.

    Sob a vertente da Pesquisa, contamos com atividades de iniciao cientfica, que englobam a

    participao de bolsistas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica (PIBIC/CNPq e

    PIBIC/UERN), no Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia (PIBID/UERN) e

    tambm nos Grupos de Pesquisa cadastrados no CNPq e certificados pela Instituio, tais como: Grupo

    de Estudos da Traduo (GET); Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto (GPET); Grupo de

    Estudos Crticos da Literatura (GECLIT); Grupo de Estudos do Discurso (GRED).

    No tocante Extenso Universitria, so oferecidos cursos para a comunidade interna e

    externa, nas modalidades de cursos de lnguas ofertados pelo NECLE e pelo Cursinho Pr-vestibular,

    que atende a alunos de comunidades carentes da regio.

    Dessa forma, o Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas destaca-se

    como um espao promissor para a disseminao e construo do conhecimento na regio, visto que

    busca atender, de forma significativa, s demandas locais, respaldado pelo interesse da Congregao

    de Letras em atualizar este projeto.

    3 BASE REFERENCIAL

    A sociedade contempornea convive com mudanas em escalas imprevisveis em todos os

    setores, inclusive no que diz respeito ao conhecimento e sua excessiva fragmentao. No rastro das

    mudanas e tendncias propostas pelo paradigma ps-industrial, conceitos como famlia, educao e

    trabalho esto sendo revistos, quando no totalmente reformulados. O mundo digital modificou as

    relaes e as produes humanas, em decorrncia do contexto histrico da ps-modernidade, o que

    Bauman (2005) chama de modernidade lquida, justamente pelas caractersticas da fluidez,

    descontinuidade, rupturas, incertezas e inseguranas do perodo e pelo reflexo que a globalizao,

    como uma forma de mudana radical e irreversvel, provoca na sociedade.

  • 11

    fato notrio que o desequilbrio decorrente do processo de globalizao impulsiona a

    concentrao de renda e promove ainda mais a excluso social. A imensa maioria da populao,

    privada dos recursos mnimos para sobreviver em um mundo to complexo, se v diante de um abismo

    que separa cidados e trabalhadores educacionalmente preparados e digitalmente includos, daqueles

    sem escola, sem qualificao e digitalmente analfabetos.

    Nesse cenrio, a sociedade e o mundo do trabalho demandam um profissional flexvel,

    motivado, criativo, tico, autnomo, apto a participar e interagir com seus pares, capaz de solucionar

    problemas do cotidiano. A sociedade exige, assim, um ser humano capaz de inovar, e que esteja

    permanentemente comprometido com valores como cidadania e responsabilidade social.

    O homem precisa, portanto, ser visto como sujeito integral, que respeite as individualidades e

    diversidades, como as valorize. Um sujeito com condies de inserir-se socialmente, responsvel pela

    construo de sua prpria histria e da sociedade em que vive.

    Este projeto fundamenta-se nessa reflexo terico-conceitual que orienta as discusses sobre

    sujeito, linguagem, sociedade, educao e universidade nos dias atuais, bem como nos instrumentos

    legais, Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 9.394/96 e tambm nas Diretrizes Curriculares dos Cursos de

    Graduao (PARECER CNE N 776/97), que acolhem esses ideais e os transformam em diretrizes

    norteadoras para a formao do profissional de Letras, sem perder de vista os princpios que enfatizam

    o papel da educao como elemento de desenvolvimento social.

    Nesse contexto, o profissional da rea de Letras deve compreender a concepo de linguagem

    considerada na perspectiva dialgica, inserida num processo de interao entre sujeitos, no qual os

    sentidos so mltiplos e variados, compartilhados de acordo com as necessidades e experincias da

    vida em sociedade.

    essa concepo bakhtiniana de linguagem que nos revela alguns pressupostos para que se

    pensem prticas com e sob as lnguas no contexto social, visto que todo signo ideolgico. Para

    Bakhtin (1998), a palavra fenmeno ideolgico por excelncia, que se apresenta como uma arena em

    miniatura onde se entrecruzam e lutam os valores sociais de interao contraditria. A palavra revela-

    se, no momento de sua expresso, como o produto de interao viva das foras sociais e est sempre

    carregada de um contedo ou sentido ideolgico ou vivencial. Dessa forma, a principal razo de

    qualquer ato de linguagem a produo de sentido.

    Nas cincias que envolvem os estudos lingusticos, importa ressaltar o entendimento de que a

    linguagem dinmica, com implicaes de carter histrico, sociolgico e antropolgico que esto na

    base das prticas sociais. Para Berger e Luckmann (1985, p. 61), a linguagem constri, ento,

    imensos edifcios de representao simblica que parecem elevar-se sobre a realidade da vida

    cotidiana como gigantescas presenas de um outro mundo. Em outras palavras, a produo

  • 12 contempornea essencialmente simblica e o convvio social requer o domnio das linguagens como

    instrumento de comunicao e negociaes de sentidos.

    Pode-se dizer que o profissional de Letras precisa estar consciente de que o mundo

    contemporneo est marcado por um apelo informativo imediato. Assim, a reflexo sobre a linguagem

    e seus sistemas, que se mostram articulados por mltiplos cdigos e sobre os processos e

    procedimentos comunicativos, , mais do que uma necessidade, uma garantia de participao ativa na

    vida social e a cidadania desejada (BRASIL, 2001).

    Em consonncia com o exposto, e perseguindo o objetivo de uma educao pblica, enquanto

    um direito poltico-social e livre do atrelamento condio de mercadoria e de paternalismo,

    prioritrio partir do pressuposto de que, nas Instituies de Ensino Superior (IES), as manifestaes

    culturais, as heterogeneidades tnicas, a tica tenham um espao assegurado, conforme pontua o

    documento do Sistema Nacional de Avaliao do Ensino Superior (SINAES),

    Educao um direito social e dever do Estado. Este princpio o fundamento da responsabilidade social das instituies educativas. As IES, mediante o poder de regulao e de direo poltica do Estado, tm a responsabilidade de um mandato pblico para proporcionar aos indivduos o exerccio de um direito social. Dado seu carter social, uma instituio educativa deve prestar contas sociedade, mediada pelo Estado, do cumprimento de suas responsabilidades, especialmente no que se refere formao acadmico-cientfica, profissional, tica e poltica dos cidados, produo de conhecimentos e promoo do avano da cincia e da cultura (2004, p. 83).

    Dessa forma, ao elaborar este Projeto Pedaggico, o Curso de Letras em Lngua Espanhola e

    Respectivas Literaturas, do CAMEAM/UERN, orientado nessa percepo, busca realizar uma prtica

    baseada na ideia de educao que se estabelece em nossa sociedade atual.

    No podemos esquecer que vivemos hoje em um mundo em que a nova ordem mundial trouxe

    profundas mudanas nos campos social, poltico, econmico, cultural, tecnolgico e educacional. Esse

    fenmeno deve-se basicamente profuso de novas linguagens sobre o conhecimento e a

    aprendizagem em contextos mltiplos e diferenciados.

    Nesse processo de transformao, papel das instituies de ensino investir em prticas que

    contemplem a criatividade, a viso e a transformao do mundo do trabalho, os conhecimentos

    cientficos e a crescente necessidade de humanizao. preciso trilhar caminhos novos, vinculando de

    forma cada vez mais intensa a educao, o trabalho e a sociedade. Tal concepo nos faz lembrar as

    teorias postuladas por Freire (1979) que v a educao como transformao, mudana e possibilidade

    de colocar o homem como ser histrico capaz de ser sujeito do e no mundo.

    A educao deve ser compreendida, portanto, como um meio de superao da dualidade social,

    que gera desigualdades cada vez maiores. Nesse sentido, a educao superior, como nos diz a LDB

    9.394/96, deve estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os

  • 13 nacionais e os regionais, prestar servios especializados comunidade e estabelecer com esta uma

    relao de reciprocidade.

    Entre as principais transformaes em curso est o deslocamento da nfase no ensino para a

    nfase na aprendizagem. Esta passou a ser vista como um processo no qual o aluno est envolvido

    ativamente e no qual as diferenas de aprender devem ser consideradas e respeitadas. O ensino precisa

    estar a servio da aprendizagem, devendo ser constantemente concebido, repensado e avaliado em

    funo dela, oportunizando ao discente um constante aprender a aprender.

    Educar uma ao intencional e poltica. Possibilita ao indivduo aprender a viver, conviver,

    agir e transformar a sociedade. Assim, desejamos uma educao participativa e de qualidade, capaz de

    gerar junto comunidade ferramentas para a interferncia e participao nas polticas e na vida

    pblica, qualificao para o trabalho, ampliao da viso crtica do mundo e conscientizao sobre a

    responsabilidade social.

    Desse modo, cabe s Universidades formar profissionais capazes de analisar criticamente os

    contextos e transformar as relaes e condies de trabalho em uma perspectiva de melhoria da

    qualidade de vida e de justia social.

    A Universidade que queremos deve contemplar a formao de professores e pesquisadores para

    a produo do conhecimento, contribuindo para o processo de interao com os saberes, percebendo-

    os num contexto transdisciplinar. Deve assegurar ao educando o desenvolvimento de suas

    potencialidades, em suas dimenses e necessidades; deve, ainda, ter como valores e princpios a tica,

    a solidariedade e o respeito diversidade.

    Todos esses aspectos delineiam um cenrio educacional marcado por desafios, da decorre a

    necessidade de questionar e redefinir, permanentemente, o fazer acadmico. Para tanto, so necessrias

    propostas como essa, que expressa rupturas com o presente e promessas para o futuro, para lembrar

    Gadotti (1995, p. 579).

    O Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, neste projeto, assume este

    desafio, concordando com Veiga (1997, p. 13), que define o projeto poltico pedaggico como "um

    processo permanente de reflexo e discusso [...], na busca de alternativas viveis efetivao de sua

    intencionalidade, que no descritiva ou constatativa, mas constitutiva". Assim, mediados por essa

    compreenso, objetivamos implementar, no cotidiano das prticas educativas do Curso de Letras em

    Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, do CAMEAM/UERN, uma postura tica e justa em

    conformidade com os princpios norteadores deste Projeto.

  • 14 4 IDENTIFICAO DA INSTITUIO

    4.1 Instituio mantenedora

    Fundao Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FUERN)

    Rua Almino Afonso, 478, Centro

    CEP: 59.610-210, Mossor, RN

    Fone: (84) 3315-2148 Fax: (84) 3315-2108

    E-mail: [email protected]

    Presidente: Prof. Dr. Pedro Fernandes Ribeiro Neto

    Espcie Societria: No Lucrativa

    Carto de inscrio no CNPJ: 08.258.295/0001-02

    4.2 Instituio mantida

    Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

    CNPJ: 08.258.295/0001

    Campus Universitrio

    BR 110, Km 46, Av. Prof. Antnio Campos s/n

    Bairro Presidente Costa e Silva

    Fone: (84) 3315-2175 Fax: (84) 3315-2175

    Home Page: www.uern.br e-mail: [email protected]

    Dirigente: Prof. Esp. Milton Marques de Medeiros (Reitor)

    4.3 Histrico da UERN

    A histria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), denominao atual que

    data de 15 de dezembro de 1999, teve incio em 1968 atravs da Lei Municipal n. 20/68, de 28/09/68,

    que a criou, como Fundao Universidade Regional do Rio Grande do Norte (FURRN). Localizada no

    municpio de Mossor-RN, nasce da aglutinao de quatro faculdades isoladas, criadas a partir de

    1943, a saber: Faculdade de Cincias Econmicas, Faculdade de Servio Social, Faculdade de

    Filosofia, Cincias e Letras e a Escola Superior de Enfermagem.

    Em 1987, a FURRN estadualizada e passa a ser denominada Universidade Regional do Rio

    Grande do Norte (URRN). A estadualizao mudou o perfil desta Instituio. A realizao de concurso

    pblico para docentes, a elaborao de planos de carreira para docentes e tcnicos administrativos e a

    institucionalizao de um plano de capacitao docente, configuraram, a partir de ento, um novo

    cenrio acadmico e profissional na URRN.

  • 15

    No incio dos anos de 1990, na forma do Parecer n. 277/93 do Conselho Federal de Educao, a

    IES obteve o ato de reconhecimento como Universidade pblica de direito, outro marco importante na

    sua trajetria acadmica. Em 1997, passa a se chamar Universidade Estadual do Rio Grande do Norte,

    mantendo a sigla URRN e, em 1999, adotou o nome de Universidade do Estado do Rio Grande do

    Norte (UERN).

    Essas mudanas se deram em funo dos contextos polticos que marcaram o seu percurso

    histrico. A princpio, mantida pelo poder municipal local, destituda da autonomia desejada, no

    conseguiu manter-se gratuita e cobrava mensalidade dos alunos. Os professores trabalhavam em

    regime de hora-aula, sem a devida profissionalizao para o nvel superior. A emisso de diplomas

    dependia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a criao de cursos, do Conselho

    Federal de Educao (CFE).

    A expanso da UERN, no Rio Grande do Norte, resulta da consolidao da infraestrutura do

    Campus Central em Mossor (1974), da criao do Campus de Assu (1974), seguido do Campus de

    Pau dos Ferros (1977) e do Campus de Patu (1980). Passadas duas dcadas de expanso geogrfica, a

    UERN chega tambm capital do Estado e cidade de Caic, com a estrutura de Campus, quando foi

    criado, em 2002, o Campus de Natal e, em 2006, o Campus de Caic.

    At o reconhecimento pelo Conselho Federal de Educao, em 1993, a UERN ofertava os

    cursos de Pedagogia, Letras, Histria, Geografia, Matemtica, Cincias Econmicas, Cincias

    Contbeis, Servio Social, Educao Fsica, Direito e Enfermagem. Aps o reconhecimento, novos

    cursos foram criados, a exemplo de Fsica, Qumica, Biologia e, mais tarde, Cincia da Computao.

    Em sua trajetria histrica, a UERN, objetivando consolidar-se como Instituio de Ensino

    Superior, tem concentrado esforos no sentido de estruturar-se administrativa e academicamente, de

    forma que, sensvel s demandas advindas do acelerado avano tecnolgico e das transformaes

    econmico-sociais em curso na sociedade contempornea, possa viabilizar sua misso institucional,

    comprometendo-se com o desenvolvimento do homem, da cincia, da tecnologia e do Estado do Rio

    Grande do Norte, atravs do fortalecimento das suas atividades de ensino, pesquisa e extenso.

    Assim, impulsionada pelos desafios postos pela sociedade e, especialmente, pela reforma

    educacional em vigor, com a implementao da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a UERN tem

    concretizado iniciativas que permitem avanar no aprimoramento da qualidade das atividades de

    ensino, pesquisa e extenso.

    A partir de 2002, novas reas do conhecimento e novos cursos foram criados e outros j

    existentes foram interiorizados. A rea da Sade criou os cursos de Medicina e de Odontologia; a rea

    de Cincias Sociais Aplicadas passou a ofertar os cursos de Turismo e de Gesto Ambiental; a de

    Cincias Sociais, os cursos de Cincias da Religio e Comunicao Social; a de Cincias Humanas,

    Filosofia, Msica e uma habilitao em Lngua Espanhola no curso de Letras. Recentemente, foi

  • 16 aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso (CONSEPE) o curso de Cincia e Tecnologia

    para o Campus de Natal. A UERN, durante os anos de 2007, 2008 e 2009, obteve ndice Geral de

    Cursos (IGC) na faixa trs, passando para a faixa quatro no ano de 2010.

    A expanso geogrfica da UERN acompanhada pelo incremento na oferta de cursos e, em

    2011, aps 43 anos de existncia, essa IES ofertou 31 cursos de graduao diferentes, entre

    licenciaturas e bacharelados. Considerando que alguns deles so ministrados em mais de uma unidade

    acadmica, contabilizam-se 79 opes distribudas no Campus Central, Campi Avanados e Ncleos

    de Educao Superior. Majoritariamente, os cursos so voltados para a formao de professores da

    educao bsica. De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Instituio, em

    2008, a UERN contava com quase 12.000 alunos de graduao e ps-graduao.

    Em 2011, a UERN conta com um quadro de 801 (oitocentos e um) docentes efetivos. Destes,

    162 (cento e sessenta e dois) so doutores, 378 (trezentos e setenta e oito) so mestres, 225 (duzentos e

    vinte e cinco) especialistas e 36 (trinta e seis) graduados. Na Ps-graduao, em 2011 conta com 5

    (cinco) cursos de mestrados institucionais e 22 (vinte e dois) cursos de especializao, os quais so

    constitudos com base nos 68 (sessenta e oito) grupos de pesquisa, destacando o investimento em

    iniciao cientfica, em projetos de pesquisas e em publicaes de livros, por meio das Edies UERN

    ou captando recursos de rgos como a Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel

    Superior (CAPES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPQ),

    Fundao de Amparo Pesquisa no Rio Grande do Norte (FAPERN), dentre outros. Em 2010, foi

    contemplado com o Programa Cincia sem Fronteiras, o qual viabiliza, atravs de cotas de bolsa para

    graduao-sanduche, a ida de estudantes das reas prioritrias do programa para excelentes

    universidades no exterior.

    No que se refere extenso, desenvolve 84 (oitenta e quatro) projetos e programas que

    envolvem a instituio e a comunidade, por meio dos quais so realizadas aes classificadas em

    programas, projetos, cursos, assessorias, programas radiofnicos, produes acadmicas e eventos,

    dentre outros. Considerando a necessidade de insero da UERN no seu entorno social, atravs de

    aes que se avaliam como mais carentes para um impacto significativo, a Pr Reitoria de Extenso

    (PROEX), com aprovao do Conselho de Ensino e Pesquisa (CONSEPE), atravs da Resoluo n

    001/2000, instituiu eixos temticos norteadores de suas aes, dentre eles: Educao Bsica;

    Desenvolvimento da cultura; Capacitao e qualificao de recursos humanos e de gestores de

    polticas pblicas.

    Quanto ao ensino de graduao, a UERN oferta 32 (trinta e dois) tipos de cursos, dentre eles

    Pedagogia (na modalidade Licenciatura), com nfase nos processos de formao de professores para a

    Educao Bsica, aos quais tem dedicado uma ateno especial, por entend-los como rea estratgica

    e de fundamental importncia para o progresso da sociedade local e regional. Nessa perspectiva, com o

  • 17 propsito de atender demanda da formao inicial de professores em exerccio, tem desenvolvido

    programas especiais de formao como o Programa Especial de Formao Profissional para a

    Educao Bsica (PROFORMAO), o PEDAGOGIA DA TERRA e o Plano Nacional de Formao

    de Professores da Educao Bsica (PARFOR).

    O PROFORMAO foi ofertado nas cidades de Mossor, Assu, Caic e Currais Novos, entre

    os anos de 1999 e 2009. O PEDAGOGIA DA TERRA foi ofertado entre 2007 e 2010, a partir de

    convnios firmados entre a UERN e o INCRA, os quais contriburam na formao de mdia de 180

    trabalhadores e trabalhadoras rurais, nas reas da educao e da sade. O PARFOR, proposto pelo

    MEC/CAPES em regime de colaborao com as Instituies de Ensino Superior (IES) e Secretarias de

    Educao dos Estados e Municpios, est sendo ofertado desde 2009.2 e atualmente encontra-se com a

    oferta de seis cursos (Histria, Educao fsica, Geografia, Letras/Espanhol, Cincias Biolgicas e

    Pedagogia), em 23 turmas implantadas nos Campus de Assu, Pau dos Ferros, Mossor, Patu,

    totalizando cerca de 727 alunos matriculados.

    Ainda tratando da formao de professores, a UERN tem feito grandes conquistas quanto

    aprovao de programas institucionais junto CAPES, como o Programa Institucional de Bolsas de

    Iniciao Docncia (PIBID) e o Programa de Consolidao das Licenciaturas (PRODOCNCIA), os

    quais propem articulaes entre a formao inicial superior do licenciado, as escolas e os sistemas

    estaduais e municipais de educao do entorno de abrangncia de seus cursos.

    4.4 Histrico do CAMEAM

    O Campus Avanado de Pau dos Ferros foi criado pelo Decreto N 15/76, de 26 de setembro de

    1976, sancionado pelo prefeito municipal de Mossor Jernimo Dix-Huit Rosado Maia, com o

    objetivo de instalar o Ensino Superior na regio do Alto Oeste Potiguar.

    Para concretizao deste objetivo, as primeiras iniciativas so efetivadas por expressivas

    lideranas da sociedade local, sendo reforado pelo apoio dos professores comprometidos com a

    expanso do ensino universitrio na regio.

    O primeiro grupo de trabalho para anlise das condies objetivas de desenvolvimento das

    atividades de ensino superior chega a Pau dos Ferros em 01 de maio de1976. Nessa visita, foram

    observados os prdios escolares e as bibliotecas, centralizando essas aes na Escola Estadual 31 de

    Maro (atual Escola Estadual Dr. Jos Fernandes de Melo). Esse grupo de trabalho, em suas

    concluses, considera a cidade de Pau dos Ferros um plo de desenvolvimento, em funo do seu

    espao geogrfico, econmico e cultural se constituir num indicador de tendncias e perspectivas de

    crescimento. Dadas essas caractersticas, esse grupo prope Universidade a criao de cursos nessa

    cidade, como forma de dinamizar o desenvolvimento da regio do Alto Oeste Potiguar.

  • 18

    A luta pela implantao da Universidade nesta regio atende aos anseios da sociedade

    pauferrense e tambm ao projeto poltico-social de expanso da URRN. Assim, em 19 de dezembro de

    1976, foi oficialmente instalado o Campus Avanado de Pau dos Ferros, com os cursos de Letras,

    Pedagogia e Cincias Econmicas.

    O primeiro vestibular ocorrido em janeiro de 1977, contava com 234 (duzentos e trinta e

    quatro) candidatos que preencheram 135 (cento e trinta e cinco) vagas distribudas na ordem de 45

    (quarenta e cinco) por curso.

    O espao fsico para o funcionamento esteve disperso em vrias escolas da cidade at o incio

    do segundo semestre de 1983, quando foi inaugurada a sua sede prpria, contando com uma instalao

    inicial de 13 (treze) salas de aula, alm das dependncias administrativas. A Biblioteca foi construda

    em 1986, na administrao de Pe. Stiro Cavalcanti Dantas, recebendo, inclusive, o seu nome. A

    ampliao da estrutura fsica do Campus ocorreu na gesto do Prof. Antonio de Farias Capistrano,

    quando foram construdas 03 (trs) salas para funcionamento das administraes acadmicas dos

    cursos, 01 (uma) sala para as habilitaes de Pedagogia e 01 (um) auditrio com capacidade para 200

    (duzentas) pessoas.

    Estava assim consolidada a presena fsica do Campus de Pau dos Ferros, embora com uma

    estrutura administrativa bem dependente, respaldada numa centralizao financeira e pedaggica que,

    aliada ao quantitativo de cursos oferecidos e de professores, justifica uma ausncia durante vrios

    anos, de uma vida departamental de fato.

    A sua estrutura organizacional s veio a ser regulamentada atravs da reformulao do Estatuto

    e do Regimento Geral da UERN, que passara a referir-se em parte especial aos Campi Avanados.

    As lutas que se seguiram para legitimao de suas aes tiveram um espao significativo

    quando o Campus vivenciou juntamente com a FURRN e seus segmentos acadmicos o processo de

    estadualizao consolidado em 1987, atravs da Lei N 5.546, de 08 de janeiro de 1987, e o

    reconhecimento dessa instituio pelo Conselho Federal de Educao, em 15 de agosto de 1993.

    O Campus Avanado de Pau dos Ferros, atravs da Portaria N 1.912/95 GR FURRN, de 22

    de dezembro de 1995, passou a ter a denominao de Campus Avanado Prof. Maria Elisa de

    Albuquerque Maia (CAMEAM), em homenagem a sua primeira coordenadora.

    Na sua vida acadmica, o CAMEAM procura nortear-se pelo propsito de desenvolver um

    ensino de boa qualidade. Esse propsito reflete aes pedaggicas para o desenvolvimento do ensino,

    da pesquisa e da extenso, como tambm o investimento na capacitao docente. Isto se reflete

    tambm na oferta de vrios cursos de Ps-Graduao Lato Sensu, tais como Especializao em

    Desenvolvimento Regional e Planejamento Territorial, e Especializao em Polticas Pblicas e

    Desenvolvimento, vinculadas ao Departamento de Economia (DEC); Especializao em Formao do

    Educador, Educao de Jovens e Adultos e Educao e Linguagens para a Multiculturalidade, ligadas

  • 19 ao Departamento de Educao (DE); a Especializao em Gerenciamento de Servios de Sade,

    vinculada ao Curso de Enfermagem (CEN); as Especializaes em Lngua Inglesa, Lingustica

    Aplicada, Ensino e Aprendizagem de Lngua Espanhola, vinculadas ao Departamento de Letras

    Estrangeiras (DLE); Especializao em Literatura e Estudos Culturais e em Literatura Infanto-juvenil,

    vinculadas ao Departamento de Letras Vernculas (DLV). Ao Departamento de Letras Estrangeiras

    (DLE), est tambm vinculada a oferta de um curso de Ps-graduao Stricto Sensu, o mestrado

    acadmico em Letras e, ao Departamento de Letras Vernculas, est vinculado o Curso de Mestrado

    Profissional em Letras.

    Ainda na dimenso da pesquisa, o CAMEAM conta com a atuao de vrios grupos e ncleos,

    a saber:

    i. Ncleo de Estudos Organizacionais do Alto Oeste Potiguar (NEOP), do Curso de

    Administrao (CAD);

    ii. Ncleo de Estudos em Desenvolvimento Sustentvel da Microrregio do Alto Oeste Potiguar

    (NUDESP) e Ncleo de Estudos em Economia Poltica do Desenvolvimento (NEEPOD), do

    Departamento de economia (DEC);

    iii. Grupo de Pesquisa Educao Fsica, Sociedade e Sade (GREFS), do Curso de Educao

    Fsica (CEF);

    iv. Grupo de Pesquisa Enfermagem e Sade das Populaes (GRUPESCES), do Curso de

    Enfermagem (CEN);

    v. Ncleo de Estudos de Geografia Agrria e Regional (NUGAR), Grupo de Pesquisa em Espao,

    Ensino e Cincias Humanas (GEPEECH) e Ncleo de Estudos Geoambientais e Cartogrficos

    (NEGECART), do Curso de Geografia (CGE);

    vi. Grupo de Estudos Crticos da Literatura (GECLIT), Grupo de Estudos do Discurso (GRED),

    Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Textos (GPET), Literaturas Estrangeiras e

    Comparadas (LEC), Grupo de Estudos da Traduo (GET), Grupo de Pesquisa em Literaturas

    de Lngua Portuguesa (GPORT) e Estudos Aplicados em Lnguas Estrangeiras (EALE), do

    Departamento de Letras Estrangeiras (DLE);

    vii. Grupo de Pesquisa em Estudos Funcionalistas (GPEF), Grupo de Pesquisa em Produo e

    Ensino de Textos (GPET) e Grupo de Pesquisa em Literaturas de Lngua Portuguesa (GPORT),

    do Departamento de Letras Vernculas (DLV).

    Na dimenso da extenso, este Campus Avanado sempre foi marcado pelo empenho de

    atender s necessidades sociais e culturais da regio do Alto Oeste Potiguar. Para tanto, dispe de

    vrios projetos disposio da comunidade, vinculados a Programas de Extenso. O Departamento de

    Educao desenvolve o Programa Biblioteca Ambulante e Literatura na Escola (BALE) e o Programa

    Educao Interpessoal e Trabalho Colaborativo. H, tambm, os seguintes Ncleos de extenso:

  • 20 Ncleo de Ensino de Cultura, Literatura e Lngua Inglesa (NECLLI) e Ncleo de Ensino de Cultura,

    Literatura e Lngua Espanhola (NECLE), do Departamento de Letras Estrangeiras; Ncleo de Ensino

    de Cultura, Literatura e Lngua Portuguesa (NECLEP), do Departamento de Letras Vernculas; e

    Ncleo de Educao em Direitos Humanos (NUEDH), do Departamento de Educao.

    5 PERFIL DO CURSO

    5.1 Identificao do Curso Denominao: Curso de Letras em Lngua Espanhola e respectivas Literaturas

    Tipo: Graduao

    Modalidade: Licenciatura

    rea de Conhecimento: Cincias Humanas, Letras e Artes.

    Ato de Autorizao/Criao: Decreto n. 71.406/72, de 21 de novembro de 1972 e Resoluo n

    066/2005 CONSEPE, de 16 de dezembro de 2005.

    Data de incio de funcionamento: 11 de outubro de 2006.

    Resultados da Avaliao do Exame Nacional de Curso (ENC) - CAMEAM: no avaliado

    Nmero de vagas ofertadas no vestibular: 26 vagas

    Regime de matrcula/ingresso: Anual

    5.1.1 Local de Funcionamento

    Endereo: BR 405, Km 153, Bairro Arizona, CEP 59900-000, Pau dos Ferros, RN

    Campus Avanado de Pau dos Ferros

    5.1.2 Funcionamento do Curso

    Turno de funcionamento: Matutino

    Nmeros de alunos por turmas: 26 alunos

    Carga horria total para integralizao do currculo: 3.680 horas

    Tempo de Integralizao: 04 anos (Tempo mdio); 06 anos (Tempo mximo)

    5.2 Objetivos do Curso

    Geral

    Formar profissionais na rea de linguagem, atravs de discusses tericas e vivncias prticas

    em atividades de ensino, pesquisa e extenso, proporcionando ao graduando oportunidades

    para refletir, compreender, criticar e aplicar diferentes teorias e abordagens de ensino, de modo

  • 21

    que possa atuar conscientemente na construo de conhecimentos sobre lngua espanhola e

    respectivas literaturas, com vistas a uma pedagogia culturalmente sensvel.

    Especficos

    Construir conscincia lingustica e conscincia crtica dos usos que se fazem da lngua

    estrangeira, de modo a desenvolver a capacidade de analisar criticamente os diferentes

    discursos, incluindo o prprio, identificando e representando juzos de valor scio-ideolgicos

    e histrico-culturais associados s linguagens e s lnguas.

    Desencadear processos de produo de conhecimento acerca do ensinar-aprender lnguas e

    literaturas, utilizando diferentes referenciais tericos necessrios investigao de diversas

    questes de uso da linguagem.

    Formar professores para o ensino de Lngua Espanhola e respectivas literaturas, na Educao

    Bsica, especialmente nos nveis de Ensino Fundamental e Mdio;

    Assegurar ao graduando do Curso de Letras em Lngua Espanhola e suas Respectivas

    Literaturas a integrao entre teoria e prtica, atravs dos componentes curriculares;

    Proporcionar condies necessrias formao do graduando do Curso de Letras em Lngua

    Espanhola e suas Respectivas Literaturas, enquanto futuro professor de Lngua e Literatura

    Estrangeira;

    Possibilitar ao graduando do Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas a

    construo e ampliao do conhecimento atravs da iniciao cientfica.

    5.3 Perfil do formando

    Devido diversidade de atuao social e profissional do graduando em Letras Lngua

    Espanhola, numa sociedade complexa, este dever demonstrar capacidade de articular a expresso

    lingustica e literria, nos diversos contextos significativos de uso da linguagem. Dessa forma, o

    graduando dever no apenas saber fazer uso da linguagem oral e escrita, como tambm ser capaz de

    desempenhar o papel de multiplicador, capacitando outras pessoas para a mesma proficincia

    lingustica.

    Desse modo, o PPC da graduao em Letras Lngua Espanhola possibilitar ao graduando:

    a) Capacidade de interagir em diferentes situaes de uso da linguagem, bem como refletir

    criticamente sobre a linguagem como um fenmeno social, histrico, cultural e poltico;

    b) Domnio do uso da lngua objeto e respectivas literaturas, em diferentes manifestaes

    lingusticas, para atuar como professor, investigador, crtico literrio, intrprete, produtor e

    consultor, fornecendo, assim, o processo contnuo de construo do conhecimento da rea e a

    utilizao de novas tecnologias;

  • 22

    c) Domnio crtico de um repertrio representativo das literaturas hispano-americana e espanhola;

    d) Domnio de diferentes noes de gramtica e (re) conhecimento das variedades lingusticas

    existentes, bem como dos vrios nveis e registros de linguagem, nas suas manifestaes orais e

    escritas;

    e) Capacidade de analisar, descrever e explicar diacrnica e sincronicamente, a estrutura e o

    funcionamento da lngua objeto de sua graduao;

    f) Domnio terico e descritivo dos componentes fonolgicos, morfossintticos, lexicais,

    semnticos, pragmticos da lngua.

    Assim concebido, o perfil do formando do curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas

    Literaturas mostra-se alinhado s Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Licenciatura em

    Letras, conforme Parecer CNE/CES n 492 de 03 de abril de 2011, quando afirmam que:

    O objetivo do Curso de Letras formar profissionais interculturalmente competentes, capazes de lidar, de forma crtica, com as linguagens, especialmente a verbal, nos contextos oral e escrito, e conscientes de sua insero na sociedade e das relaes com o outro. Independentemente da modalidade escolhida, o profissional em Letras deve ter domnio do uso da lngua ou das lnguas que sejam objeto de seus estudos, em termos de sua estrutura, funcionamento e manifestaes culturais, alm de ter conscincia das variedades lingsticas e culturais. Deve ser capaz de refletir teoricamente sobre a linguagem, de fazer uso de novas tecnologias e de compreender sua formao profissional como processo contnuo, autnomo e permanente. A pesquisa e a extenso, alm do ensino, devem articular-se neste processo. O profissional deve, ainda, ter capacidade de reflexo crtica sobre temas e questes relativas aos conhecimentos lingsticos e literrios. (CNE, 2011, p. 30).

    5.4 Competncias e habilidades

    De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Licenciatura em Letras, o

    graduado em Letras, tanto em lngua materna quanto em lngua estrangeira clssica ou moderna, nas

    modalidades de bacharelado e de licenciatura, dever ser identificado por mltiplas competncias e

    habilidades adquiridas durante sua formao acadmica convencional, terica e prtica, ou fora dela

    (CNE, 2011, p. 30). Desse modo, em consonncia com essas diretrizes, o graduando em Letras Lngua

    Espanhola dever ser identificado por um leque de habilidades e competncias que o tornem preparado

    academicamente como estudioso de lngua estrangeira. So elas:

    a) Compreenso da realidade educacional em que a escola est inserida a ponto de perceber os

    problemas nela existentes e intervir decisivamente sobre eles, operando assim as

    transformaes educacionais necessrias;

    b) Compreenso da linguagem como fator de interao social atravs do qual o sujeito instaura o

    outro no processo dialgico que a constitui;

  • 23

    c) Capacidade de perceber o ensino como a principal forma de desenvolver a competncia

    comunicativa dos sujeitos de lngua, tornando-os capazes de utilizar e adequar os recursos

    lingusticos s diferentes situaes comunicativas;

    d) Formao profissional slida (interdisciplinar e multidisciplinar) com base na tica social e

    educacional comprometida com os fatos sociais;

    e) Domnio do uso da lngua, objeto de suas investigaes e reflexes, como instrumento de

    construo dos diversos saberes e manifestaes lingusticas e literrias.

    5.5 Pblico alvo e formas de ingresso

    O Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas do CAMEAM vem atender

    a uma crescente demanda por profissionais especializados no ensino de lngua, de modo a promover o

    desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem que se realiza nas 113 (cento e treze) escolas do

    Ensino Fundamental e Mdio que funcionam nas 31 (trinta e uma) cidades situadas na regio de

    abrangncia deste Campus. A UERN vem procedendo a mudanas nas formas de acesso a seus cursos

    de graduao, o que permite a flexibilizao de critrios de seleo e admisso, objetivando ampliar e,

    ao mesmo tempo, democratizar este acesso de maneira justa e equitativa. Assim, a partir do ano de

    1999, o ingresso de estudantes, na condio de aluno regular dos cursos de graduao da UERN,

    ocorre mediante processo seletivo de vagas iniciais e de vagas no iniciais, conforme preceitua o RCG

    05/2010 Art. 83, Seo I e II, respectivamente. Podem ingressar no Curso:

    a) Discentes, com Ensino Mdio completo, interessados em ingressar na rea de ensino da

    comunicao e expresso, aps serem submetidos ao Processo Seletivo Vocacionado (PSV) ou

    outro que vier a lhe substituir, de acordo com as normas especficas estabelecidas pela

    comisso permanente de Vestibular (COMPERVE), ou rgo que lhe venha substituir, da

    Universidade do Estado do Rio Grande Norte (UERN);

    a) Discentes sem necessidades de seleo por concurso vocacionado, enquadrados nos seguintes

    itens: transferncia interna (destinada a aluno regular da UERN que pretenda o remanejamento

    de campus, ncleo, turno ou curso pertencente mesma rea de conhecimento), transferncia

    externa (destinada a aluno proveniente de outra IES de origem nacional que pretenda dar

    sequncia aos estudos no mesmo curso ou em curso da mesma rea de conhecimento), retorno

    (destinado a portador de diploma de curso de graduao reconhecido pelo conselho

    competente, para obteno de novo ttulo em curso afim ou nova habilitao de curso

    concludo), e transferncia compulsria (por resoluo prpria do CONSEPE), em

    conformidade com o Regulamento dos Cursos de Graduao 05/2010-CONSEPE, d-se

    mediante a ocupao de Vagas No Iniciais Disponveis (VNID).

  • 24 5.6 Regime acadmico

    O regime de matrcula semestral, e o regime do curso se d por crdito. O curso funciona com

    entrada especfica para o turno matutino (segundo semestre), com um mximo de 26 (vinte e seis)

    alunos por turma nos perodos iniciais e no menos de 10 (dez) alunos nos perodos subsequentes,

    salvo excees admitidas pelos respectivos Conselhos Acadmico-Administrativo do Campus.

    Considerando-se 01 (um) crdito = 15 (quinze) horas-aula, o Curso de Letras em Lngua

    Espanhola e Respectivas Literaturas compreende uma carga horria de, no mnimo, 224 (duzentos e

    vinte e quatro) crditos obrigatrios em componentes curriculares de formao geral e bsica, 08 (oito)

    crditos em componentes curriculares optativos e 200 horas de atividades complementares.

    5.7 Demanda do Curso

    O interesse pelo Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas do CAMEAM

    revela-se satisfatrio, conforme podemos constatar observando a relao candidatos-vaga nos ltimos

    seis anos:

    ANO CURSO CONCORRNCIA

    2012 Lngua Espanhola 4,38

    2011 Lngua Espanhola 5,07

    2010 Lngua Espanhola 7,84

    2009 Lngua Espanhola 7,84

    2008 Lngua Espanhola 5,53

    2007 Lngua Espanhola 1,15

    Fonte: COMPERVE

    5.8 Princpios formativos

    O mundo globalizado tem exigido, cada vez mais, a atuao de instncias privadas, o que

    suscita como decorrncia o estreitamento da esfera pblica e o delineamento de uma nova tica em que

    a valorizao do humano perde lugar para o atendimento aos interesses do mundo econmico.

    Essas rpidas, profundas e constantes mudanas de comportamento e de atividades da

    sociedade globalizada impem universidade a convivncia, at certo ponto conflituosa, com os seus

    mltiplos papeis: participar do desenvolvimento tecnolgico e orientar parte significativa de sua

    produo do saber em funo de interesses sociais mais amplos, ou seja, cabe universidade a busca

    do equilbrio entre vocao tcnica-cientfica e vocao humanstica. Tal atividade contribuir para a

    formao acadmica capaz de articular competncia cientfica e tcnica, insero poltica e postura

  • 25 tica, buscando, nessa formao profissional, o compromisso com a produo de novos conhecimentos

    e o desenvolvimento da capacidade do profissional para no s se adaptar s mudanas, mas,

    principalmente, intervir de modo consciente e responsvel no processo de construo dessas

    mudanas.

    O curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas visa implementao de

    uma proposta pedaggica que atenda ao desenvolvimento de competncias e de habilidades especficas

    da formao dos licenciandos. Tais competncias e habilidades so corroboradas pelo Art. 9 do

    Regulamento dos Cursos de Graduao de 05/2010 CONSEPE, que delimita os princpios

    formativos dos cursos de graduao, como a interdisciplinaridade, a articulao teoria e prtica, a

    flexibilizao, a contextualizao, a democratizao, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e

    extenso, bem como outras formas de organizao do conhecimento. Em outras palavras, os princpios

    formativos visam ao desenvolvimento da formao especfica, definida nos Parmetros Curriculares

    Nacionais (2000), tais como: o desenvolvimento de capacidades de pesquisar, buscar informaes,

    analis-las e selecion-las; a capacidade de aprender, criar, formular, ao invs do simples exerccio de

    memorizao. Essas competncias so enfatizadas para formao do professor de Lngua Espanhola,

    de modo a qualific-lo para atuar de forma coerente dentro dos novos paradigmas educacionais.

    Desse modo, no PPC de Lngua Espanhola, os princpios formativos expostos pelo

    Regulamento dos Cursos de Graduao de 05/2010 CONSEPE dialogam com o Art. 2o da Resoluo

    do Conselho Nacional de Educao (CNE/Conselho Pleno CP) 01, de 18 de fevereiro de 2002, que

    recomenda que cada instituio em sua organizao curricular dever observar formas de orientao

    pertinentes formao para a atividade docente, sublinhando os seguintes aspectos: a) o

    aprimoramento em prticas investigativas; b) a elaborao e a execuo de projetos de

    desenvolvimentos dos contedos curriculares; c) o uso de tecnologias da informao e da comunicao

    e de metodologias, estratgias e materiais e de apoio inovadores; d) o desenvolvimento de hbitos de

    colaborao e de trabalho em equipe. Assim, os princpios formativos so os seguintes:

    - Princpio formativo de interdisciplinaridade a integrao de estudos e de componentes

    curriculares no Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas se d sob duas

    perspectivas: a primeira diz respeito aos componentes curriculares oriundos de outros departamentos,

    como os componentes Didtica Geral, Psicologia da Educao, Estrutura e Funcionamento do Ensino

    Bsico, provenientes do Departamento de Educao (DE), e os componentes Produo Textual,

    Metodologia do Trabalho Cientfico, Tpicos de Gramtica do Portugus, Literatura Luso-brasileira,

    Lngua Brasileira de Sinais I e Argumentao, provenientes do Departamento de Letras Vernculas

    (DLV); a segunda ocorre quando os estudos dialogam para formar uma base, como os componentes

    curriculares Produo Textual, Teoria da Literatura I, Lingustica I, Filosofia da Linguagem,

    Lingustica II, Teoria da Literatura II, Psicolingustica, Didtica Geral, Sociolingustica, Anlise do

    ClienteRealce

  • 26 Discurso, que do suporte terico-prtico para os componentes curriculares de lngua e literatura

    espanhola.

    - Princpio formativo de articulao teoria e prtica a articulao entre ensino, pesquisa e

    extenso propiciada mediante o desenvolvimento de crditos tericos e prticos (que se d a partir da

    realizao de trabalhos de pesquisa, documental ou de campo, cujos resultados so apesentados e

    discutidos em forma de relatrios ou artigos cientficos), j a partir do 2 perodo de graduao. Os

    componentes curriculares que tem o carter terico-prtico so: Lingustica II (espanhol), Tpicos de

    Gramtica do Portugus, Teoria da Literatura II, Didtica Geral, Psicolingustica (espanhol), Fontica

    e Fonologia do Espanhol I, Psicologia da Educao, Estrutura e Funcionamento do Ensino Bsico,

    Metodologia I (espanhol), Leitura e Produo de Texto I (espanhol), Psicolingustica, Sociolingustica,

    Metodologia II (espanhol), Lngua Espanhola IV, Leitura e Produo de Texto II (espanhol), Literatura

    Hispano-americana I, Anlise do Discurso (espanhol), Lngua Espanhola V, Literatura Espanhola II,

    Literatura Hispano-americana II, Lngua Brasileira de Sinais I, Lngua Espanhola VI, Literatura

    Espanhola III, Lngua Espanhola VII.

    Outro aspecto importante da articulao teoria e prtica so os componentes curriculares de

    Orientao e Estgio Supervisionado I e II, em que os discentes vivenciam a prtica pedaggica no

    ambiente escolar, e os componentes de Seminrio de Monografia I e II, cuja prtica pode ser extra sala

    de aula, a depender do cunho de investigao do discente. Alm desses componentes, o Programa

    Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia (PIBID/CAPES) e o Ncleo de Ensino de Cultura,

    Literatura e Lngua Espanhola (NECLE) estreitam as relaes terico-prticas do Curso de Letras em

    Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas.

    - Princpio formativo de flexibilizao - a flexibilizao entendida como a organizao dos

    componentes curriculares ao longo dos semestres, compreendendo dois vieses: a formao geral e a

    formao bsica.

    A formao geral composta pelos componentes curriculares cursados por todos os alunos de

    Letras, no importando se do curso de Lngua Portuguesa, Lngua Inglesa ou de Lngua Espanhola.

    Compem a formao geral os componentes: Produo Textual, Teoria da Literatura I, Lingustica I,

    Metodologia do Trabalho Cientfico, Filosofia da Linguagem, Lingustica II, Tpicos de Gramtica do

    Portugus, Teoria da Literatura II, Didtica Geral, Psicolingustica, Psicologia da Educao, Estrutura

    e Funcionamento do Ensino Bsico, Sociolingustica, Literatura Luso-brasileira, Lngua Brasileira de

    Sinais I, Anlise do Discurso e Argumentao.

    A formao bsica constituda pelos componentes curriculares direcionados,

    especificamente, para o curso e previstos na matriz curricular. Compem a formao bsica os

    componentes: Fundamentos da Lngua Espanhola, Lngua Espanhola I, Lngua Espanhola II, Fontica

    e Fonologia do Espanhol I, Metodologia I (espanhol), Lngua Espanhola III, Leitura e Produo de

  • 27 Texto I (espanhol), Metodologia II (espanhol), Lngua Espanhola IV, Leitura e Produo de Texto II

    (espanhol), Literatura Espanhola I, Orientao e Estgio Supervisionado I (espanhol), Literatura

    Hispano-americana I, Lngua Espanhola V, Literatura Espanhola II, Orientao e Estgio

    Supervisionado II (espanhol), Literatura Hispano-americana II, Lngua Espanhola VI, Literatura

    Espanhola III, Literatura Hispano-americana III, Seminrio de Monografia I (espanhol), Lngua

    Espanhola VII, Seminrio de Monografia II (espanhol).

    - Princpio formativo de contextualizao o Curso de Letras em Lngua Espanhola e

    Respectivas Literaturas insere-se na Grande rea da Faculdade de Letras e Artes (FALA). Tem por

    base terica os princpios da lingustica aplicada e da literatura, de um modo geral.

    - Princpio formativo de democratizao o Curso de Letras em Lngua Espanhola e

    Respectivas Literaturas, por meio dos cursos extensionistas (cursinho Pr-vestibular, cursos vinculados

    ao NECLE e PIBID), promove a democratizao do conhecimento de Lngua Espanhola, permitindo

    que a comunidade circunvizinha tenha acesso lngua, literatura e cultura espanhola. Os

    componentes curriculares Estgio Supervisionado I e II, na fase de regncia, tambm propiciam a

    democratizao da Lngua Espanhola.

    - Princpio formativo de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso um dos

    objetivos do Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas a elaborao e a

    execuo de projetos de desenvolvimento dos contedos curriculares para alm da sala de aula,

    criando as condies necessrias para o desenvolvimento da prtica reflexiva atravs do ensino, da

    pesquisa e da extenso. Projetos de pesquisa e de incentivo financeiro externo, vinculados a Programas

    como o PIBIC/UERN, PIBIC/CNPq, PIBIC/CAPES e o PIBID/CAPES, favorecem o trip ensino,

    pesquisa e extenso. Componentes curriculares como Seminrio de Monografia I e II favorecem o

    aprimoramento em prticas investigativas, estimulando a reflexo crtica e a pesquisa, com vistas ao

    desenvolvimento de um sujeito autnomo, independente.

    5.9 Operacionalizao da Organizao Curricular

    O Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas prope, em sua matriz,

    componentes curriculares e atividades acadmicas que viabilizem o eixo teoria x prtica, conforme a

    Resoluo CNE/CP 02, Art. 12o. A matriz curricular do Curso de Letras em Lngua Espanhola e

    Respectivas Literaturas, atendendo a RCG, Art. 22, expe um compndio de 35 (trinta e cinco)

    componentes curriculares de carter obrigatrio, 4 (quatro) componentes curriculares de carter

    optativo, 2 (dois) componentes de estgio supervisionado e 2 (dois) componentes de TCC. Atendendo

    s diretrizes, esses componentes esto agrupados em: disciplinas; atividades da prtica como

    componente curricular; estgio; trabalho de concluso de curso e atividades complementares. Vale

    lembrar que os princpios formativos de indissociabilidade, interdisciplinaridade e flexibilidade

  • 28 permitem que as unidades de estruturao se mesclem em alguns componentes curriculares, como

    podem ser percebidos no quadro sntese.

    Nas unidades de estruturao, as disciplinas so regidas pelas ementas apresentadas no PPC e

    contedos programticos apresentados nos PGCCs e aprovados pela plenria departamental. As

    atividades prticas so de cunho didtico-pedaggico e devem ser apresentadas pelo professor em

    forma de plano de atividade juntamente com o PGCC. Os estgios esto distribudos nos 5 e 6

    semestre nos componentes curriculares de Orientao e Estgio Supervisionado I e II. Os trabalhos de

    Concluso de Curso (TCCs) esto distribudos nos semestres 7 e 8, nos componentes curriculares

    Seminrio de Monografia I e II, onde no primeiro h a escrita do projeto monogrfico e no segundo o

    trabalho monogrfico. As atividades complementares permitem a articulao entre teoria e prtica e a

    complementao dos saberes e habilidades necessrios para a formao docente. Assim, na matriz de

    Lngua Espanhola, essas atividades esto contempladas nas aes extensionistas e de pesquisa que

    incentivam a participao em eventos acadmicos e auxiliam na produo de artigos cientficos,

    elaborao de aulas para estgio, projetos de pesquisa e TCCs.

    COMPONENTE CURRICULAR

    UNIDADES DE ESTRUTURAO CH Regncia (terica) CH Atividade prtica Estgio TCC

    1 PERIODO Produo Textual 60h - - - Teoria da Literatura I 60h - - - Fundamentos da Lngua Espanhola

    60h - - -

    Lingustica I 60h - - - Metodologia do Trabalho Cientfico

    60h - - -

    2 PERODO Lngua Espanhola I 60h - - - Filosofia da Linguagem 60h - - - Lingustica II 30h 60h - - Tpicos de Gramtica do Portugus

    60h 30h - -

    Teoria da Literatura II 60h 30h - - Didtica Geral 30h 30h - -

    3 PERODO Lngua Espanhola II 60h - - - Psicolingustica 30h 60h - - Fontica e Fonologia do Espanhol I

    60h 30h - -

    Psicologia da educao 60h 30h - - Estrutura e Funcionamento do Ensino Bsico

    30h 30h - -

    Metodologia I (Espanhol)

    60h 30h - -

  • 29

    4 PERODO Lngua Espanhola III 60h - - - Leitura e Produo de Textos I (Espanhol)

    60h 30h - -

    Sociolingustica 60h 60h - - Literatura Luso-Brasileira 60h - - - Metodologia II (Espanhol) 60h 30h - -

    5 PERODO Lngua Espanhola IV 60h 30h - - Leitura e Produo de textos II (Espanhol)

    60h 30h - -

    Literatura Espanhola I 60h - - - Orientao e Estgio Supervisionado I (Espanhol)

    30h - 210h -

    Literatura Hispano-Americana I

    60h - - -

    Anlise do Discurso (Espanhol)

    30h 30h - -

    6 PERODO Lngua Espanhola V 60h 30h - - Literatura Espanhola II 60h 30h - - Orientao e Estgio Supervisionado II (Espanhol)

    30h - 210h -

    Literatura Hispano-Americana II

    60h 30h - -

    Lngua Brasileira de Sinais I

    60h - - -

    Optativa I (dispostas no quadro xx e escolhidas pelo discente)

    30h - - -

    7 PERODO Lngua Espanhola VI 60h 30h - - Literatura Espanhola III 30h 30h - - Literatura Hispano-Americana III

    60h - - -

    Argumentao 30h 30h - - Seminrio de monografia I (Espanhol)

    60h - - 60h

    Optativa II 30h - - - Optativa III 30h - - -

    8 PERODO Lngua Espanhola VII 60h - - - Seminrio de Monografia II (Espanhol)

    30h - - 90h

    Optativa IV 30h - - -

    5.9.1 Atividades Prticas como Componente Curricular

    A Resoluo CNE/CP 02, de 18 de fevereiro de 2002, que legisla sobre a durao e carga

    horria dos cursos de licenciatura, de graduao plena, institui a atividade prtica como componente

  • 30 curricular obrigatrio para a formao de professores da educao bsica em nvel superior, devendo

    totalizar 400 horas vivenciadas ao longo do curso.

    Ainda como forma de caracterizar e definir a atividade prtica, o Artigo 13o da Resoluo

    CNE/CP 02 estabelece que em tempo e espao curricular especficos, a coordenao da dimenso

    prtica transcender o estgio e ter como finalidade promover a articulao das diferentes prticas,

    numa perspectiva interdisciplinar.

    O Departamento de Letras Estrangeiras (DLE) do CAMEAM, no contexto dessa legislao,

    tem implementado um trabalho acadmico de formao de um profissional comprometido com

    questes sociais, com a relao entre a teoria e a prtica, com a pesquisa cientfica e com um fazer

    pedaggico fundamentado nas teorias lingusticas, literrias e educacionais clssicas e modernas, com

    atuao direta no Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, do CAMEAM/Pau

    dos Ferros. Para que esses objetivos sejam alcanados, o Departamento de Letras Estrangeiras (DLE)

    estabelece que as atividades prticas sejam ofertadas a partir do segundo perodo, conforme proposta

    de trabalho prtico do componente curricular, a ser aprovado pelo departamento acadmico. Essa

    proposta dever ser entregue juntamente com o Programa Geral do Componente Curricular (PGCC).

    5.9.2 Atividades complementares

    As atividades complementares, de acordo com o Artigo II da Resoluo CNE/CP 01, de 18 de

    fevereiro de 2002, so definidas com base nas seguintes orientaes: a) o acolhimento e o trato da

    diversidade; b) o exerccio de atividades de enriquecimento cultural; c) o desenvolvimento de hbitos

    de colaborao e de trabalho em equipe.

    Conforme o artigo 7, que versa sobre a organizao institucional da formao de professores, a

    servio do desenvolvimento de competncias, destaca-se a articulao institucional na criao de

    espaos e possibilidades do exerccio das atividades complementares. De acordo com os incisos II e IV

    do referido artigo, ser mantida, quando couber, estreita articulao com institutos, departamentos e

    cursos de reas especficas [...]. As instituies de formao trabalharo em interao sistemtica com

    as escolas de educao bsica, desenvolvendo projetos de formao compartilhados.

    Assim sendo, o Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas do CAMEAM

    busca cumprir a orientao do inciso VII, Artigo 7, que diz: sero adotadas iniciativas que garantam

    parcerias para a promoo de atividades culturais destinadas aos formadores e futuros professores.

    Estas atividades esto tambm legalmente garantidas pela Resoluo CNE/CP 02, de 19 de fevereiro

    de 2002, que exige a obrigatoriedade de uma carga horria de 200 horas de atividades complementares

    para os cursos de licenciatura, de graduao plena, de formao de professores da educao bsica.

  • 31

    Neste sentido, as atividades complementares do Curso de Letras em Lngua Espanhola e

    Respectivas Literaturas referem-se participao do aluno, futuro profissional, em eventos acadmico-

    cientficos em Letras e reas afins, tais como: seminrios, congressos, semanas, simpsios, colquios,

    palestras e jornadas, de carter local, regional, estadual, nacional e internacional, bem como em outras

    atividades educativas condizentes com a formao do aluno, promovidas por instituies reconhecidas

    por rgos ligados educao. Essa carga horria pode ser tambm contabilizada mediante a

    participao do aluno em atividades acadmicas, tais como: Programa Institucional de Monitoria

    (PIM), Iniciao Cientfica, atividades em projetos de extenso, conselhos, centros acadmicos; e

    ainda mediante a participao e/ou promoo de minicursos e oficinas. Salienta-se que as atividades

    complementares do Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas no contemplam a

    carga horria desenvolvida pelo aluno nas atividades de Estgio Supervisionado. Salienta-se, tambm,

    que, ao certificado que no constar a carga horria referente atividade acadmica realizada, ser

    contabilizada uma carga horria de 15h/a. O quadro abaixo especifica a quantidade de horas

    corresponde a cada atividade complementar.

    ATIVIDADES QUANTIDADE CH DOCUMENTOS COMPROBATRIOS Participao como ouvinte em evento (congressos, seminrios, simpsios, colquios, feiras de cincias, semanas de estudos, ciclos de debates, exposies de artes, e outros congneres)

    At 07 De acordo com

    a carga horria da atividade

    Certificado ou declarao de participao

    Apresentao de trabalho em evento (congressos, seminrios, simpsios, colquios, semanas de estudos, ciclos de estudos, exposies de artes, e outros congneres)

    At 05 Aproveita-se

    15h/a

    Declarao de apresentao de trabalho

    Publicao de trabalho completo em anais de evento internacional

    At 03 Considera-se 20h/a

    Cpia da primeira e ltima pgina do artigo

    Publicao de trabalho completo em anais de evento nacional

    At 04 Considera-se 15/a

    Cpia da primeira e ltima pgina do artigo

    Publicao de trabalho completo em anais de evento regional

    At 05 Considera-se 10h/a

    Cpia da primeira e ltima pgina do artigo

    Publicao de trabalho completo em anais de evento local

    At 06 Considera-se 05/a

    Cpia da primeira e ltima pgina do artigo

    Publicao de resumo em anais de evento internacional

    At 03 Considera-se 10/a

    Cpia do resumo

    Publicao de resumo em anais de evento nacional

    At 04 Considera-se 8h/a

    Cpia do resumo

    Publicao de resumo em anais de evento regional

    At 05 Considera-se 6h/a

    Cpia do resumo

    Publicao de resumo em anais de evento local

    At 06 Considera-se 4h/a

    Cpia do resumo

    Publicao de trabalho em peridicos do qualis/CAPES

    At 02 Considera-se 50h/a

    Cpia da primeira e ltima pgina do artigo no perodico

    Publicao de trabalho em peridicos no qualificados pelas CAPES

    At 03 Considera-se 25/a

    Cpia da primeira e ltima pgina do artigo no perodico

  • 32 Publicao de trabalho/texto em jornais At 03 Considera-se 10/a

    Cpia do trabalho

    Publicao de livro At 02 Considera-se

    50h/a

    Cpia da folha de rosto, com ISBN. Primeira e ltima

    pgina do livro

    Publicao de captulo em livro At 03 Considera-se

    25/a

    Cpia da folha de rosto, com ISBN. Primeira e ltima

    pgina do capitulo do livro

    Participao em projetos de Iniciao Cientfica (IC)

    At 02 Segundo a declarao de

    participao do projeto

    Declarao de participao em projetos

    Participao em projetos do Programa Institucional de Monitoria (PIM)

    At 02 Segundo a declarao de

    monitoria PIM

    Declarao de monitoria PIM

    Participao em projetos de extenso At 02 Segundo a

    declarao de extenso

    Declarao de Extenso

    Participao como coordenador/mediador de Grupo de Trabalho, mesa-redonda, palestra e debate

    At 03 Aproveita-se

    15h/a

    Declarao coordenao de evento

    Ministrante de minicurso ou oficina em evento

    At 04 Aproveita-se 20/a

    Declarao de ministrante de minicurso

    Participao como ouvinte de minicurso ou oficina

    At 10

    De acordo com a carga horria da atividade

    Declarao de ouvinte em minicurso

    Ministrante de curso de extenso

    At 02 De acordo com a carga horria da atividade

    Declarao de ministrante de extenso

    Participao como ouvinte de curso de extenso ou de atividade de pesquisa

    At 03

    De acordo com a carga horria da atividade

    Declarao expedido pelo curso ou pesquisa

    Participao ativa em comisses departamentais, em conselhos e centro acadmico

    At 03 Aproveita-se 20/a

    Declarao emitida pelo departamento

    Participao como membro de equipe/conselho editorial de peridico

    Por ano Aproveita-se 25/a

    Declarao emitida pelo peridico

    Participao como membro de equipe/conselho cientfico de evento acadmico-cientfico

    At 03 Considera-se 25/a

    Declarao emitida pelo departamento

    Participao como revisor de livro, peridico, anais de evento, cartilha e outros congneres.

    At 03 Considera-se 25/a

    Cpia do contrato ou declarao do contrante

    Participao em atividade de editorao de livro, peridico, anais de evento, cartilha e outros congneres.

    At 03 Considera-se 25/a

    Cpia do contrato ou declarao do contrante

    Organizao de livro, anais de evento, nmero de peridico, cartilha e outros congneres.

    At 03 Considera-se 50/a

    Cpia do contrato ou declarao do contrante

    Participao em organizao de evento acadmico-cientfico

    At 03 Considera-se 30/a

    Declarao do evento

    Participao como monitor em comisso de evento acadmico-cientfico

    At 03 Considera-se 20/a

    Declarao como monitor

    Palestrante, conferencista e debatedor de evento acadmico-cientfico

    At 03 Considera-se 25/a

    Declarao do evento

  • 33 Criao e manuteno de pgina eletrnica ligada a atividades acadmico-cientficas e