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Projeto Pedagógico Sala Heterogénea 1

“Os Amigos da Quinta”

“O Fantástico Mundo das Descobertas”

Ano Letivo 2018/2019

Educadora de Infância: Maria Ferreira

Creche

PROJETO PEDAGÓGICO “SALA 1 ANO” Mod.PC.04.1 INF ___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________ A.C.V.P.- Associação Comunitária de Vale da Pedra Página 2 de 22

Índice

Introdução………………………………………………………………………………………………………………………… 3 1. Princípios Educativos em Creche……….…………………………………………………………………….…… 4 2. Caracterização do Desenvolvimento dos 12 aos 24 meses………………………………….…..…… 6

2.1 Motor…………………………………………………………………………………………………................ 6

2.2 Cognitivo………………………………………………………………………………………….….……………. 7

2.3 Linguagem…………………………………………………………………………………………….…….…….. 8

2.4 Afetivo-Sociais……………………………………………………………………………………….….….…… 9 3. Caracterização do grupo de crianças …………………………………….…………………….……..,……… 10 4. Dados relativos às crianças e agregado familiar………………………………………….……..….….... 10 5. Fundamentação teórica do Projeto Pedagógico……………………………….………………..………. 13 6. Plano Anual de Atividades………………………………………………………………………..…….….…….. 14 7. Organização do Ambiente Educativo…………………………………………………………….….…….…. 17

7.1 Organização do grupo………………………………………………………………….………….….…….….17

7.2 Organização do Espaço e dos Materiais………………………………………………….……….…… 17

7.3 Organização das Rotinas……………………………………………………………………………..……….. 18

7.4 Organização da Equipa…………………………………………………………………………….….……….. 19 8. Objetivos gerais numa creche……………………………………………………………………….….…….….. 19 9. Objetivos gerais nas atividades sociopedagógicas…………………………………………..…..……… 20 10. Avaliação………………………………………………………………………………………………….…….….…… 22 13. Divulgação do Projeto Pedagógico …………………………………………………………….…….….…. 22 15. Dados bibliográficos………………………………………………………………………………….…...….…… 22



Introdução Hoje em dia, a creche é considerada um local calmo, afetivo e

devidamente organizado, que pretende transmitir não só aos pais mas

essencialmente a cada criança, a confiança necessária para que se possa

proceder a todo um processo de desenvolvimento por parte desta, quer

individualmente, quer em grupo. Aqui, vão ser consideradas todas as

necessidades de cada uma, tendo a educadora e a ajudante de ação

educativa, um papel extremamente importante no crescimento de cada

criança.

Assim, surge a necessidade de criar um projeto educativo cujo objetivo é

levar ao desenvolvimento mais aprofundado a nível motor, cognitivo,

linguístico e sócio-afetivo, bem como à introdução de rotinas, presentes

no dia-a-dia. Desta forma, a educadora irá planear diferentes atividades

curriculares, tendo em conta o grupo de crianças e os respetivos

interesses.

Neste projeto vão ainda ser abordados objetivos gerais e específicos

adequados às crianças e as estratégias mais apropriadas para conseguir

alcançar esses mesmos objetivos.



1. Princípios Educativos em Creche Quando falamos em creche, referimo-nos à junção de cuidados e educação, que levam

a criança a passar por diversas experiências que a ajudam e facilitam na aprendizagem

através do mundo físico e social. Não nos referimos tanto às atividades planeadas do

dia-a-dia, mas sim às rotinas e às atividades livres. Uma criança pequena, precisa da

devida atenção às suas necessidades quer sejam físicas ou psicológicas, bem como

alguém em quem confiar, que lhe transmita calma e segurança; de um ambiente calmo

e organizado, adequado ao seu desenvolvimento; oportunidades para interagirem

umas com as outras e ainda, liberdade que lhes permita a exploração utilizando todos

os seus sentidos.

Assim surgem 10 princípios educativos fulcrais na educação em creche:

Princípio 1: Envolver as crianças nas coisas que lhes dizem respeito.

Tanto a criança como adulto devem estar completamente presentes e envolvidos

numa determinada tarefa - cabe à educadora levar a que a criança se mantenha

envolvida durante a interação, quer seja na muda da fralda ou na realização de

atividades pedagógicas.

Principio 2: Investir em tempos de qualidade procurando-se estar

completamente disponível para as crianças.

Cada tempo de qualidade é construído através da rotina diária entre a educadora e a

criança. A educadora deve estar totalmente presente e atenta ao que se passa, dando

valor ao tempo que é passado com cada criança.

Principio 3: Aprender a não subestimar as formas de comunicação únicas de

cada criança e ensinar-lhes as suas.

Durante a interação, a educadora deve articular atos com palavras.

Principio 4: Investir tempo e energia para construir uma pessoa “total”.

Deve trabalhar-se simultaneamente o desenvolvimento físico, emocional, social e

cognitivo. São o dia-a-dia, as relações, as experiências, as mudas de fraldas, as

refeições, o treino do controlo dos esfíncteres, o jogo, que contribuem para o

desenvolvimento intelectual.



Principio 5: Respeitar as crianças enquanto pessoas de valor e ajudá-las a

reconhecer e a lidar com os seus sentimentos.

A educadora deve saber respeitar cada criança, bem como os seus sentimentos e o

direito de estas se expressarem. A educadora deve dar apoio, sem exagero e estar

disponível, sempre que a criança necessitar.

Principio 6: Ser verdadeiro nos sentimentos relativamente às crianças.

A educadora deve verbalizar os seus sentimentos e ligá-los claramente com a situação,

impedindo a criança de continuar a fazer o que despoletou esses mesmos

sentimentos. Não se deve culpabilizar a criança por certos comportamentos, devemos

tentar orientá-la da melhor forma.

Principio 7: Modelar os comportamentos que se pretende ensinar.

Cabe à Educadora ser um modelo de comportamentos aceitáveis, quer para as

crianças, quer para os adultos, dando exemplos de cooperação, respeito,

autenticidade e comunicação.

Principio 8: Reconhecer os problemas como oportunidades de aprendizagem e

deixar as crianças tentarem resolver as suas próprias dificuldades.

A Educadora deve permitir que os bebés e crianças lidem com os diversos problemas

que vão surgindo, na medida das suas possibilidades. É fundamental dar tempo e

liberdade para resolver problemas.

Principio 9: Construir segurança ensinando a confiança.

Para que a criança aprenda a confiar, necessita de poder contar com adultos de

confiança. Necessita de saber que as suas necessidades serão satisfeitas dentro de um

período de tempo razoável.

Principio 10: Procurar promover a qualidade do desenvolvimento em cada

fase etária, mas não apressar a criança para atingir determinados níveis de

desenvolvimento.

É essencial respeitar o ritmo de desenvolvimento de cada criança. Cada uma tem um

relógio interno que determina o momento de gatinhar, sentar, andar, falar,… é mais

importante aperfeiçoar as competências adquiridas do que desenvolver novas

competências. As novas competências surgirão naturalmente quando a criança já

praticou suficientemente as antigas.



2. Caracterização do desenvolvimento dos 12 aos 24

meses 2.1 Motor

A criança de 1 a 2 anos de idade vai adquirindo capacidades que a levarão a executar

movimentos cada vez mais complexos. Assim, vamos estar perante uma criança com

grande potencial motor, que vai querer andar cada vez mais, correr, gatinhar, subir e

descer sem descanso. Todas as experiências adquiridas com a prática, vão ajudá-la a

progredir na sua independência e a aumentar o conhecimento do seu esquema

corporal.

12-15 Meses 16-18 Meses 19-21 Meses 22-24 Meses

Mo

tor

Mantém-se em pé com mais estabilidade;

Tem um maior equilíbrio;

Insiste em caminhar sem ajuda;

Tenta subir escadas;

Caminha a arrastar um brinquedo;

Agarra as coisas com força e raramente as deixa cair.

Anda sozinha mas insegura;

Senta-se e levanta-se com agilidade;

Sobe escadas de gatas ou a arrastar-se;

Senta-se sozinha numa cadeira baixa;

Trepa;

Segura em três objetos ao mesmo tempo;

Lança uma bola de pé ou sentada;

Faz rabiscos;

Indica parte do corpo.

Coordena diferentes movimentos;

Sobe e desce escadas agarrada ao corrimão ou a um adulto;

Mantém-se de pé durante alguns segundos;

Anda sozinha e com segurança;

Lança objetos, embora de forma desajeitada e sem força.

Corre;

Salta com os dois pés;

Monta em triciclo;

Dá pontapés na bola com confiança;

Imita traços verticais e horizontais.



2.2 Cognitiva

A conquista de aprender a andar permite-lhe um sem número de novas possibilidades

de explorar e descobrir o que a rodeia. A exploração através do movimento é um dos

seus maiores prazeres.

No primeiro semestre (12-18 meses) a atitude da criança é a de explorar o seu meio

ambiente e tudo o que nele existe.

Porém, é no segundo semestre (18-24 meses) que a criança começará a desenvolver a

chamada função simbólica. Aí já vai conseguir encontrar soluções para os problemas

com que se deparará, de forma mental sem levar a cabo a ação motora.


Co

gnit

ivo

Consegue fazer uma torre de dois ou três andares;

Concentra-se durante mais tempo;

As suas ações são intencionais;

Gosta de explorar.

Mete e tira encaixes;

Completa uma tarefa simples, mas demorada, se for estimulada;

Ouve atenta, histórias curtas, rimas e canções simples;

Vira um recipiente para esvaziar o seu conteúdo.

Põe em prática a técnica de testar e errar;

Coloca cubos em fila;

Presta atenção durante cinco minutos se estiver interessada;

Constrói torres de três ou quatro cubos.

Faz puzzles com duas peças;

Classifica objetos com base num critério;

Coloca as figuras num tabuleiro de formas;

Entende a permanência do objeto.



2.3 Linguagem

Depois de conseguir aprender a andar sozinha, segue-se a utilização da linguagem oral

para comunicar. A criança continuará a utilizar os gestos para demonstrar o que

pretende, bem como as suas necessidades. Aponta para objetos, animais, pessoas

conhecidas e partes do seu corpo de forma a tentar aumentar o seu vocabulário.


Lin

guís

tico

Reconhece o seu nome mas tem dificuldades em pronunciá-lo;

Indica imagens de objetos;

Diz cinco ou seis palavras no contexto adequado;

Executa ordens básicas;

As suas vocalizações têm a cadência da fala adulta.

Usa palavras e gestos para se expressar;

Sabe os nomes dos objetos conhecidos;

Olha atentamente para as ilustrações de um livro;

Indica o desenho que lhe é solicitado.

Associa duas palavras para se expressar;

Responde a perguntas simples;

Indica várias partes do corpo;

Vocaliza dez palavras;

Utiliza o seu nome para se referir a si mesma.

Memoriza canções e lengalengas curtas;

Aumenta o seu vocabulário;

Melhora a sua pronúncia;

Compreende e executa duas ordens diferentes.



2.4 Afetivo-Sociais

No que diz respeito às características afetivo-sociais, as crianças desta faixa etária

começam aos poucos a ter um maior controlo em relação às ações dirigidas aos outros

e aos objetos. Começa a ter um consciência de si mesma e do que a rodeia, deixando

assim o seu meio familiar de se centrar apenas na mãe, prestando também atenção

quer a outros membros da família, quer a pessoas que partilham a sua vida quotidiana.


Afe

tivo

e S

oci

al

Demonstra o desejo de ser independente;

Brinca ao lado de outras crianças, mas não com elas;

É mais confiante;

Tem maior sentido da identidade;

Faz birras quando não consegue o que quer;

Cumprimenta e despede-se.

Brinca com outras crianças durante alguns minutos;

Colabora em rotinas quotidianas;

Participa em atividades coletivas;

Aumenta a sua resistência face a pequenas frustrações.

Reconhece os adultos e os amigos;

Come sozinha;

Identifica o reflexo da sua imagem num espelho;

Despe e veste peças de vestir simples;

Começa a avisar quando está suja.

Participa na limpeza do seu corpo;

Progride na independência da alimentação;

Respeita normas básicas de convivência.



3. Caracterização do grupo de crianças

O grupo da Sala “Os Amigos da Quinta” é constituído, inicialmente, por 11 crianças, 7

meninos e 4 meninas, com idades compreendidas entre os 14 e os 20 meses de idade.

Destas 11 crianças, 7 já ingressaram na instituição no ano letivo anterior.

Atualmente, todas as crianças do grupo usam fralda ao longo do dia. Durante a sesta

apenas duas não usam chucha para dormir, sendo que durante o dia, quase nenhuma

sente necessidade de usar chucha, salvo algumas situações excecionais.

No que diz respeito ao nível motor, quase todas as crianças andam, sem qualquer tipo

de auxílio, sendo que duas deslocam-se ainda com a ajuda do adulto.

Em relação à linguagem, a maioria das crianças ainda não fala, porém duas ou três já

conseguem produzir a palavra “olá”, conhecem os nomes de alguns animais e imitam

os seus sons. Grande parte do grupo compreende o que lhes é dito, bem como seguir

algumas diretrizes que lhes são dadas, como ir buscar algo, arrumar os brinquedos,

etc.

Por fim, relativamente à alimentação, algumas crianças conseguem comer a sopa sem

ajuda do adulto, bem como o segundo prato, porém ainda existem crianças no grupo

que necessitam da ajuda do adulto durante toda a refeição.

4. Dados Relativos às Crianças e Agregado Familiar

Criança Data de

Nascimento Idade em Setembro

Nacionalidade Área de Residência

A 04/01/2017 20 meses Portuguesa Vale da Pedra

B 11/03/2017 18 meses Portuguesa Pontével

C 16/03/2017 18 meses Portuguesa Cartaxo

D 18/03/2017 18 meses Portuguesa Cartaxo

E 12/04/2017 17 meses Portuguesa Vale da Pedra

F 29/04/2017 17 meses Portuguesa Casais Lagartos



G 14/06/2017 14 meses Portuguesa Pontével

H 18/06/2017 14 meses Portuguesa Vale da Pedra

I 21/10/2016 23 meses Portuguesa Vale da Pedra

J 31/8/2017 13 meses Portuguesa Vale da Pedra

L 18/9/2017 12 meses Portuguesa Vale da Pedra

Criança Nº de Irmãos Nº de irmãos que

frequentam a creche Nº de irmãos que

frequentaram a creche

A 1 0 0

B 1 0 1

C 1 0 0

D 1 0 1

E 0 0 0

F 1 0 1

G 0 0 0

H 1 0 0

I 2 0 2

J 1 0 0

L 0 0 0



Criança Idade Mãe/Pai Profissão Mãe/Pai Estado Civil

A 33 37 Empregada de

Balcão Inspetor de Qualidade

Casado

B 37 38 Informática Informático Casado

C 30 36 Operadora de

Armazém Escriturário

Especializado Casado

D 34 37 Assistente Técnica Motorista de

Pesados Casado

E 27 29 Desempregada Motorista de

Pesados Solteiro

F 34 34 Administrativa Motorista de

Pesados União de Facto

G 28 ------ Conta Própria ---------------- Solteiro

H 22 23 Desempregada Operador de

Armazém União de Facto

I 34 43 Networker Diretor

Pedagógico União de Facto

J 29 29 Operador de

Armazém Engarrafador Solteiro

L 35 37 Chefe de Equipa Operador de

Armazém Casado

Criança Quem vem entregar à Creche? Quem vem buscar à creche?

A Mãe Mãe

B Mãe Mãe

C Pai Mãe

D Mãe/Pai Pai



E Mãe Mãe/Pai

F Mãe Mãe

G Mãe/Avó Mãe/Avó

H Mãe Mãe

I Mãe Mãe

J Mãe Mãe/Avô

L Mãe/Pai Mãe/Pai

5. Fundamentação teórica do Projeto Pedagógico Ao pensar no Projeto Pedagógico, a minha maior preocupação foi encontrar

estratégias que promovessem um desenvolvimento harmonioso e cuidado de cada

criança, tentando assim, respeitar os interesses e curiosidades de cada uma, propondo

um crescimento quer individual, quer em grupo num ambiente calmo e seguro.

Como se sabe, o trabalho em creche não parte exclusivamente das atividades

pedagógicas realizadas na sala de atividades, mas sim, na aquisição de regras, de

rotinas, das relações não só com os adultos mas essencialmente com as outras

crianças, no aprender a brincar e a respeitar. Desta forma, “as relações e as interações

que a criança estabelece com adultos e com outras crianças, assim como as

experiências que lhe são proporcionadas pelos contextos sociais e físicos em que vive

constituem oportunidades de aprendizagem, que vão contribuir para o seu

desenvolvimento” ocepe pag.8.

Relativamente ao nome do Projeto Pedagógico “O Fantástico Mundo das Descobertas”

está relacionado com a minha intenção de proporcionar às crianças, a oportunidade de

contactar com diferentes formas de aprendizagem, diversas técnicas, materiais e

atividades, proporcionando uma forma de desenvolvimento lúdica e diversificada, indo

ao encontro das necessidades e interesses de cada uma.



6. Plano Anual de Atividades

Mês Festividade Atividades a realizar

Setembro

Início do Ano Letivo

Integração de novas crianças;

Adaptação a novas rotinas;

Estação do ano “o Outono”

Integração e reintegração das crianças;

Conversa e jogos com as crianças;

Brincadeiras livres;

Histórias e canções

Outubro

Comemoração da Estação do Ano “o Outono”;

Comemoração do Dia Mundial da Música (dia 1);

Comemoração do Dia do Animal (dia 4);

Reunião de Pais (Dia a definir);

Comemoração do Dia da Alimentação (dia 16);

Comemoração do Dia das Bruxas.

Exploração de folhas secas de diferentes tamanhos e formas;

Histórias e canções;

Exploração de instrumentos musicais;

Estampagem da mão para realização de um animal da quinta;

Divulgação do Projeto Pedagógico;

Elaboração de uma salada de frutas;

Estampagem das mãos ou pés para a realização de trabalho alusivo ao dia das bruxas.



Novembro

Comemoração do Dia de São Martinho (11);

Dia Nacional do Pijama (20).

Exploração de castanhas;

Elaboração de uma castanha;

Realização de biscoitos de castanhas

Dia de vir de pijama para a creche.

Dezembro

Natal;

Realização do presépio;

Festa de Natal.

Elaboração de trabalhos alusivos à época natalícia com estampagem de mãos e pés;

Preparação do Presépio bem como das decorações da Creche;

Exploração de histórias e canções de Natal;

Preparação da festa de Natal.

Janeiro

Estação do ano “O Inverno”;

Dia de Reis.

Elaboração de uma árvore de inverno com a forma da mão de cada criança e neve feita com cotonetes;

Canções, histórias e poemas alusivos ao Inverno;

Estampagem das mãos e pés para a elaboração de bonecos alusivos ao Inverno;

Elaboração de um bolo-rei, decorado pelas crianças;

Estampagem das mãos para a elaboração dos três reis magos.

Fevereiro

Dia de São Valentim (14).

Elaboração de uma árvore dos afetos, com carimbagem de corações feitos com rolos de papel higiénico.



Março

Carnaval (5);

Dia do Pai (19);

Chegada da Primavera.

Realização de um palhaço com a estampagem das mãos;

Realização de outros trabalhos de Expressão Plástica alusivos ao carnaval;

Elaboração da prenda do pai;

Elaboração de trabalhos alusivos à estação do ano Primavera;

Abril

Dia Internacional do livro Infantil (2);

Páscoa (21).

Histórias e canções referentes à Páscoa;

Elaboração de trabalhos alusivos à Páscoa, com algumas técnicas de Expressão Plástica;

Realização de uma prenda da Páscoa.

Maio

Dia da Mãe (5);

Dia Mundial da Família (15);

Elaboração da prenda da mãe;

Realização de uma atividade em conjunto com os pais.

Junho

Dia da criança (1);

Estação do Ano “O Verão”

Santos Populares;

Festa de final de ano.

Elaboração da prenda do dia da criança;

Trabalhos alusivos à Estação do ano “Verão”, com estampagens das mãos e pés, bem como utilização de outras técnicas de Expressão Plástica;

Decoração de uma sardinha;

Realização de um manjerico;

Preparação da festa de final de ano.



7. Organização do Ambiente Educativo 7.1 Organização do Grupo

Este trata-se de um grupo heterogéneo, uma vez que temos crianças que completaram

1 ano de idade há relativamente pouco tempo, e outras que já têm perto de dois anos.

O trabalho aqui realizado vai estar principalmente ligado aos estímulos, ao carinho e à

aquisição de autonomia. Em relação aos momentos do dia, vamos ter atividades

realizadas em grupo, como é o caso de ouvir uma história, cantar canções, etc,

sentados no tapete, mas também atividades individuais e em pequenos grupos, já que

nestas idades, o tempo que cada criança consegue estar concentrada e sossegada é

ainda muito reduzido.

7.2 Organização do Espaço e Materiais

A sala de atividades é um espaço amplo e devidamente iluminado, onde as crianças se

podem movimentar à vontade e realizar as suas brincadeiras e atividades pedagógicas.

Inicialmente, inclui um tapete onde vamos poder sentar de manhã para comer a

bolacha, beber água e ouvir histórias ou cantar canções; tem uma mesa onde iremos

realizar os nossos trabalhos e fazer diversos jogos; os jogos tais como puzzles, legos,

carros, bolas, entre outros, estão devidamente arrumados nos armários, sendo

retirados, cada vez que as crianças manifestarem interesse em brincar com eles. A um

canto da sala, encontra-se um móvel para mudar as fraldas, bem como diversas

prateleiras, devidamente identificadas, onde estão arrumados os produtos de higiene

de cada criança. Esta é uma sala que dadas as suas dimensões, servirá também como

dormitório, sendo que perto da hora de dormir, são retirados os catres dos armários e

devidamente colocados pela sala para que cada criança possa fazer a sesta; no fim são

novamente arrumados e a sala volta a funcionar como sala de atividades.



7.3 Organização das Rotinas

Em creche, a organização do tempo e das rotinas é um aspeto essencial, uma vez que

as crianças se encontram num ambiente calmo e acolhedor, tendo conhecimento do

que vai acontecer ao longo do dia. Assim sendo, no quadro abaixo vêm especificadas

todas as rotinas da sala de 1 ano.

Horas Rotina Local Funcionária

07h30-09h00 Acolhimento (Brincadeiras

livres, música, ver desenhos animados)

Sala de Acolhimento Ajudante de Ação

Educativa

09h00-09h30 Comer bolachinha ou pão Sala de 1 ano Educadora de Infância

09h30-10h00 Canções dos Bons Dias;

Canções temáticas, histórias

Sala de 1 ano Educadora de Infância

10h00-10h45 Atividades Orientadas Sala de 1 ano Educadora de Infância

Ajudante de Ação Educativa

10h45-11h00 Recreio (*) Pátio Educadora de Infância


11h00-11h30 Higiene

Colocar os Catres Fraldário

Sala de 1 ano

Educadora de Infância Ajudante de Ação

Educativa

11h30-12h00 Almoço Refeitório Educadora de Infância

Ajudante de Acão Educativa

12h00-12h30 Higiene

Deitar as crianças Fraldário

Sala de 1 ano Ajudante de Ação

Educativa

12h30-15h00 Repouso Sala de 1 ano Educadora de Infância

15h00-15h30 Levantar as crianças Arrumar os catres

Higiene

Sala de 1 ano Fraldário


Educativa

15h30-16h00 Lanche Refeitório Educadora de Infância




16h00-16h15 Higiene Fraldário Ajudante de Ação

Educativa

16h30-17h30/19h00 Saída/Atividades livres Sala de 1 ano

Sala de Acolhimento


Educativa

7.4 Organização da Equipa

Diariamente, são três as pessoas que lidam diretamente com as crianças da sala

heterogénea 1. De seguida, apresentarei uma tabela com o nome e horário de cada

uma.

Nome Função Desempenhada Horário

Maria Ferreira Educadora de Infância 9h00-12h30/14h00-17h30

Tatiana Costa Ajudante de Ação Educativa 10h00-14h00/15h30-19h00

8. Objetivos Gerais na Creche

A Creche organiza atividades adequadas ao bom desenvolvimento da criança nesta

faixa etária, das quais apresento alguns exemplos e as respetivas finalidades:

Canções – Memorização, linguagem, ritmo, gosto pela música, disciplina;

Lenga-lengas – Exploração dos sons e ritmos, expressão através da linguagem

oral, gestual e corporal;

Pintura com os dedos, mãos e pés – Exploração de diferentes materiais, cores,

formas e texturas, controlo da motricidade, gosto estético;

Jogos – Compreensão de regras, socialização;

Modelagem – Controlo da motricidade, capacidade de exploração;

Rasgagem e colagem – Motricidade, autonomia, iniciativa;

Histórias – Descoberta de si e do outro, linguagem verbal e não verbal,

imaginação;

Fantoches – Concentração, visualização;

Brincadeira livre e orientada – Socialização, autonomia, liberdade de escolha.



9. Objetivos Específicos nas Atividades Sociopedagógicas

Relativamente aos objetivos específicos, estes dizem respeito a um conjunto de metas

que a criança deve atingir através das diversas atividades sociopedagógicas,

previamente planeadas ao longo do ano letivo, de acordo com cada área de conteúdo.

É também importante referir uma vez mais que cada criança tem o seu ritmo de

desenvolvimento que é essencial respeitar. Assim, de seguida, irei falar um pouco de

cada uma.

Área da Formação Pessoal e Social:

- Reconhecer, nomear e apontar partes do seu próprio corpo;

- Reconhecer-se no espelho e em fotografias;

- Reconhecer e nomear pessoas que lhe são familiares;

- Reconhecer objetos pessoais;

- Demonstrar o que gosta e o que não gosta;

- Estimular os sentidos;

-Reconhecer e dizer o seu nome;

- Compreender pedidos simples;

-Reconhecer e nomear diversos objetos e pessoas;

- Ajudar a arrumar;

- Participar por iniciativa própria.

Área de Conhecimento do Mundo: - Reconhecer e nomear imagens;

- Reconhecer ilustrações num livro, imagens, fotografias;

- Realizar jogos lógico-matemáticos: encaixe, tamanhos;

- Estimular a capacidade de atenção, compreensão, raciocínio;

- Adquirir destreza na manipulação de brinquedos;

- Reconhecer alguns elementos próprios das estações do ano;



- Exploração de diferentes objetos;

- Observação da sala e do meio que o envolve de diferentes formas;

- Conhecer os diferentes sons de alguns animais;

- Provar diferentes tipos de alimentos de diversos sabores;

- Escutar e cantar músicas infantis, natalícias ou de outras épocas do ano.

Área de Expressão e Comunicação:

- Conhecimento do esquema corporal;

- Consolidar os movimentos: andar, correr, saltar;

- Baixar-se/levantar-se sem apoio;

- Desenvolver a motricidade fina;

- Iniciar a fase das garatujas;

- Desenvolver a compreensão de textos orais;

- Desenvolver o gosto pelas canções;

- Desenvolver o sentido de ritmo;

- Agarrar facilmente em objetos;

- Fazer desenhos em folhas de papel ou papel de cenário;

- Explorar os materiais para expressão plástica que forem fornecidos pelo

adulto (tintas, pincéis, canetas, lápis, plasticina, massa de modelar);

- Ouvir diferentes estilos de música e movimentar-se ao som dos mesmos;

- Realizar pequenas ações através da mímica.



10.Avaliação

A avaliação é um processo essencial para o desenvolvimento de cada criança. É através

da avaliação que vamos refletir acerca do trabalho desempenhado e perceber se as

atividades pensadas, são pertinentes no sentido de ajudar ao crescimento de cada

uma, tal como reforça Gabriela Portugal “a conceção do educador como gestor do

currículo reforça a importância da avaliação, na medida em que é através dela que o

educador consegue perceber qual o caminho que deve seguir.” Pág.21.

Assim, os métodos de avaliação por mim utilizados vão ser a observação direta, os

registos de todos os acontecimentos pertinentes, grelhas de observação, comentários

da Ajudante de Acão Educativa e conversa com os pais, de forma a poder atuar e ver

quais as melhores estratégias a seguir com cada criança.

11.Divulgação do Projeto Pedagógico

O presente projeto pedagógico encontra-se disponível a todas as pessoas da

comunidade educativa que se mostrem interessadas em lê-lo. O mesmo encontra-se

em formato escrito disponível na Instituição e em formato digital no sitio da

Instituição.

Para além do descrito, sendo a proximidade com as famílias uma das principais

características da nossa Instituição, diariamente serão transmitidas informações

importantes, em conversas informais, quer da parte dos familiares, quer da parte dos

intervenientes da sala.

12.Bibliografia/Webgrafia

Carvalho, C., Portugal, G. (2017). Avaliação em Creche. Porto: Porto Editora.

Equipa Pim e Tito (2011). Projeto Criativo para Creche. São Domingos de Rana:

Mundicultura Lda.

Silva, I., Marques, L., Mata, L., Rosa, M. (2016) Orientações Curriculares para o Pré-

Escolar. Lisboa: Ministério da Educação

http://missaoeducar.blogspot.com/2008/11/princpios-educativos-em-creche-

gabriela.html Projeto elaborado por:

Educadora: Maria Ferreira

http://missaoeducar.blogspot.com/2008/11/princpios-educativos-em-creche-gabriela.html

http://missaoeducar.blogspot.com/2008/11/princpios-educativos-em-creche-gabriela.html

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