acumulação flexível: repercussões na educação

19
TRABALHO, EDUCAÇÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Mestrado MINTER Mestrado MINTER 5° GT: Adalgisa S. 5° GT: Adalgisa S. Rodrigues Rodrigues Luís Cláudio Luís Cláudio da Silva da Silva Maria Angela Maria Angela Garcia Garcia

Upload: joao-luiz

Post on 21-Dec-2015

226 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Análise da acumulação flexível e a repercussão na educação

TRANSCRIPT

TRABALHO, EDUCAÇÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Mestrado MINTERMestrado MINTER

5° GT: Adalgisa S. Rodrigues5° GT: Adalgisa S. Rodrigues Luís Cláudio da SilvaLuís Cláudio da Silva

Maria Angela GarciaMaria Angela Garcia

Segunda Feira, 29 Out. 2007Segunda Feira, 29 Out. 2007

CONDIÇÃO PÓS-MODERNA – Do Fordismo à Acumulação Flexível

DAVID HARVEY

1935 – GILLINGHAM – KENT - INGLATERRA

Graduou-se em Geografia pela Universidade de Cambridge. Ensinou nas universidades de Cambridge, Bristol e Johns

Hopkins – Baltimore - (EUA). Publicações: 1969 Explanação na Geografia; 1973-Justiça Social e a Cidade;

1982 - Limites do Capital; 1985- A Urbanização do Capital; 1989 - CONDIÇÃO PÓS MODERNA; De 2000 a 2005: Espaços de Esperança; Paris, Capital da

Modernidade; Novo Imperialismo; Justiça, Natureza e Geografia da Diferença; Uma Breve História do Neoliberalismo, entre outras.

CONDIÇÃO PÓS MODERNA – Do Fordismo à Acumulação Flexível

A partir de 1960 – Japão e Europa Ocidental desafiam a hegemonia norte americana ao entrar na competição internacional, buscando novos mercados para seus excedentes de produção.

Política de substituição de importações dos países emergentes face à instalação de multinacionais nesses países (a baixo custo).

DECLÍNIO DO FORDISMO

Rigidez de investimentos c/ capital fixo e a longo prazo.

Rigidez e racionalização forçam deslocamento de trabalhadores da manufatura.

Enfraquecimento da demanda gera excesso de produtos e trabalhadores.

Redução do crescimento gera problemas para o Estado do bem-estar social e do salário social;

Queda na produtividade e lucratividade.

DECLÍNIO DO FORDISMO

Estado se obriga a desenvolver programas de assistência para manter sua legitimidade.

Emite moeda sem lastro, gerando inflação. Ruptura do acordo de Bretton Woods em 1971.

Estados Unidos perdem o controle da política fiscal e monetária mundial.

1968-1972 – Ondas de greve e problemas trabalhistas

1973- Tentativa de frear a inflação provoca reflexos negativos nos mercados internacionais.

DECLÍNIO DO FORDISMO

OPEP sobretaxa o petróleo e embarga as exportações p/ Ocidente. Indústrias com excedente de produção se obrigam a buscar alternativas nas tecnologias e nas ciências. 1970 – 1980 Período de reestruturação econômica e reajuste sócio-político.

DO FORDISMO À ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL

A ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL apóia-se na flexibilidade, volatilidade e flutuação de processos de empregos, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo, criando conjuntos industriais em países recém industrializados e emergentes, setor de serviços, subemprego, desemprego em massa, subcontratação de serviços, desvalorização salarial e retrocesso do poder sindical.

POSIÇÃO DO TRABALHADOR DA ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL

Grupo central

Trabalho primário,

flexibilidade funcionalContrato de

curto prazo

Treinamento com

subsídio público

Trabalho

tempo parcial

Trabalho secundário e flexibilidade numérica

Recrutamento adiado

Partilha de trabalho

Subcontratação

Agê

n. te

mpo

rário

s

Autônomos

Deslocamento >

I

DO FORDISMO À ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL

“As economias de escala buscadas na produção fordista de massa foram substituídas por uma crescente capacidade de manufatura de uma variedade de bens e preços baixos em pequenos lotes.”

“...o acesso privilegiado a informações de qualquer espécie(tais como conhecimentos científicos e técnicos, políticas de governo e mudanças políticas) passa a ser um aspecto essencial das decisões bem-sucedidas e lucrativas.”

DO FORDISMO À ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL

“O próprio saber se torna uma mercadoria-chave, a ser produzida e vendida.”

“Algumas mudanças de poder da economia política global do capitalismo...foram notáveis...houve um incremento do poder financeiro japonês, que transformou Tóquio num dos mais importantes centros financeiros mundiais...os quatro maiores bancos do mundo (em termos de ativo) são japoneses.”

DO FORDISMO À ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL

“Há muitos sinais de continuidade...com a era fordista...Hoje o Estado está numa posição muito mais problemática. É chamado a regular as atividades do capital corporativo no interesse da nação e é forçado, ao mesmo tempo, também no interesse nacional, a criar um ‘bom clima de negócios’, para atrair o capital financeiro transnacional...”

DO FORDISMO À ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL

“...o movimento mais flexível do capital acentua a novo, o fugidio, o efêmero, o fugaz e o contingente da vida moderna, em vez de valores mais sólidos implantados na vigência do fordismo...o individualismo exacerbado se encaixa no quadro geral como condição necessária, embora não suficiente, da transição do fordismo para a acumulação flexível.”

DO FORDISMO À ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL

Destruição e construção de novas habilidades pelo trabalhador;

Supervalorização do conhecimento técnico e científico;

Fusões entre empresas, dispersão em países diversos;

Revalorização de instituições básicas: família, religião e Estado;

FMI e Banco Mundial ditam normas sobre negociações financeiras internacionais dos países devedores.

O ESPÍRITO TOYOTA

Presidente-fundador da fábrica Toyota Kiichiro Toyoda

•Taichiro OhnoKiichiro Toyoda

EXCELÊNCIA OPERACIONAL TOYOTA Os dois pilares

Just in Time Autonomação

Pequenos lotes de produção

Otimização da

demanda

Fluxo de produção

Busca de qualidade

Integração homem e máquina

Visualização de

desperdício

Visualização de anormalidade

Satisfação da

necessidade

Redução de custo Desenvolvimento de relações

EXCELÊNCIA OPERACIONAL TOYOTA

Sistema ANDON

EXCELÊNCIA OPERACIONAL TOYOTA

Cartão Kanban

EXCELÊNCIA OPERACIONAL TOYOTAPoka Yoké -troca rápida de peças