acomp criancas tecnicas animacao

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Índice ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS Técnicas de Animação Vivemos numa sociedade que continua a transformar-se com uma profundidade e a um ritmo nunca visto, graças a acções realizadas por vários agentes (sociais, económicos, políticos, culturais…). Os empregos são cada vez mais absorventes, visto que existe uma maior competitividade, bem como um alargamento da carga horária, o que origina uma redução do tempo passado em família e, por consequência, um afastamento das crianças do seio familiar desde uma idade muito precoce. As crianças da actualidade nascem em hospitais (instituição). Ainda na idade latente, vão para o infantário (instituição), na infância continuam a frequentar o infantário e o ensino básico (instituições). Podemos concluir que, na sociedade actual, as crianças tem uma vivência em permanente afastamento de laços e afectos e, desde muito cedo, passam por sistemas agressivos de grande competitividade, tendo que provar que são detentoras de diversas competências, pois, socialmente, são-lhe impostas exigências. Neste contexto torna-se premente não só encarar a educação como algo mais que um meio de proporcionar/transmitir conhecimentos, mas também e acima de tudo como um meio de ligação do indivíduo à comunidade, um meio para comunicar, para promover a expressividade, a criatividade e a confiança. A concepção de educação limitada no tempo está condenada, pois na realidade o ser humano está em constante aprendizagem, tal como é referido por Lopes (2008) ao parafrasear Cardeira: ninguém é suficientemente culto que não tenha nada para aprender, por outro lado, ninguém é tão ignorante que não tenha nada para ensinar. Formadora: Liliana Brandão 1/55

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Page 1: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Índice

ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS

Técnicas de Animação

Vivemos numa sociedade que continua a transformar-se com uma

profundidade e a um ritmo nunca visto, graças a acções realizadas por

vários agentes (sociais, económicos, políticos, culturais…).

Os empregos são cada vez mais absorventes, visto que existe uma

maior competitividade, bem como um alargamento da carga horária, o

que origina uma redução do tempo passado em família e, por

consequência, um afastamento das crianças do seio familiar desde

uma idade muito precoce.

As crianças da actualidade nascem em hospitais (instituição).

Ainda na idade latente, vão para o infantário (instituição), na infância

continuam a frequentar o infantário e o ensino básico (instituições).

Podemos concluir que, na sociedade actual, as crianças tem uma

vivência em permanente afastamento de laços e afectos e, desde

muito cedo, passam por sistemas agressivos de grande

competitividade, tendo que provar que são detentoras de diversas

competências, pois, socialmente, são-lhe impostas exigências.

Neste contexto torna-se premente não só encarar a educação

como algo mais que um meio de proporcionar/transmitir

conhecimentos, mas também e acima de tudo como um meio de

ligação do indivíduo à comunidade, um meio para comunicar, para

promover a expressividade, a criatividade e a confiança. A concepção

de educação limitada no tempo está condenada, pois na realidade o

ser humano está em constante aprendizagem, tal como é referido por

Lopes (2008) ao parafrasear Cardeira: ninguém é suficientemente culto

que não tenha nada para aprender, por outro lado, ninguém é tão

ignorante que não tenha nada para ensinar.

Formadora: Liliana Brandão 1/55

Page 2: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Na actual sociedade, onde a educação deve ser permanente e

comunitária, o processo educativo rejeita o modelo de

escola/armazém, valorizando a partilha de saberes entre os diferentes

contextos de aprendizagem, assim como a interacção com o meio

envolvente. Deve existir uma íntima relação entre o plano educativo e

o plano social, uma vez que e educação é condicionada e condiciona a

sociedade. É nesta interacção entre sociedade e educação que o acto

de animar deve assumir um papel de participação/acção, o que vai

também ao encontro do defendido por Ander-Egg (2000), que afirma

que a educação permanente, para construir uma acção válida, deve

ser complementada por acções de animação.

Ser animador é ser Educador e há que estar consciente

desta acção educativa. Há que querer ajudar no crescimento

de uma pessoa de uma maneira criativa.

Animação

Breve História da Animação

A animação Sócio Cultural, evidencia-se na Europa em meados dos

anos 60 do século XX e, em particular em Portugal, a partir da segunda

metade dos anos 70. Tentativa de resposta à anomia social e às

desigualdades de oportunidades sociais, consequência das

transformações sociais da época.

A Animação contempla duas vertentes: a Sócio cultural e a Sócio

educativa, embora não existam grandes diferenças de conceitos e

metodologias, porque “cultura” também é “educação”. A animação

Sócio cultural é uma modalidade de intervenção no âmbito da

educação social e pessoal, e assenta principalmente numa pedagogia

participativa, procurando estimular os sujeitos a desenvolver as suas

capacidades e competências, visando o seu bem-estar e o

desenvolvimento integral. É um método de intervenção natural porque

Formadora: Liliana Brandão 2/55

Page 3: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

respeita sempre todo o contexto envolvente, incutindo a integração,

comunicação e participação do indivíduo, incutindo a autonomia

necessária à construção do seu futuro, adaptando-o à sociedade em

que está inserido, desenvolvendo competências, capacidades e auto-

estima, que indubitavelmente levarão à mudança e à transformação

social.

Todas as acções de animação têm uma intenção educativa,

direccionada para a necessidade do desenvolvimento pessoal e social

do indivíduo. Este é o centro de tudo, é a sua participação, socialização

e auto-estima que estão a ser incentivadas, pretendendo-se acima de

tudo elevar o indivíduo ou a criança. Todas as pessoas podem ser

potenciais destinatários de acções da animação, mas estas também

pode ser dirigidas a alguns grupos específicos, como é o caso das

crianças, dos idosos ou pessoas com necessidades especiais, tendo em

conta o facto de poderem ser desenvolvidas nas mais variadíssimas

formas, modalidades ou infra-estruturas.

Animar é:

Motivar para uma acção/actividade

Dar ânimo, dar vida

Aceitar uma iniciativa

Respeitar o projecto individual definido por cada um

Ajudar a pessoa a afirmar-se

Apoiar não substituir

Dar movimento a uma situação onde reina a imobilidade, o

aborrecimento

“ A Animação Sociocultural é um conjunto de práticas sociais que

têm como finalidade estimular a iniciativa, bem como a participação

das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento e na

dinâmica global da vida sociopolítica em que estão integrados”. Para

José Herrerias (2002), referido em Lopes (2008): “ A Animação

Formadora: Liliana Brandão 3/55

Page 4: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

sociocultural é uma metodologia para desenvolver a educação.

Metodologia essa que assenta nas palavras que a descrevem: animar,

potenciar, desenvolver a sociocultura como meio de optimizar o

potencial das pessoas”, “ (…) a Animação sociocultural não é

manipulação, é um trabalho directo com as pessoas a partir da acção e

não de discursos em abstracto.

Animação é acção, é vida…

Animação na Infância

Nunca houve melhor tempo para ser crianças como agora, pois as

crianças têm oportunidades, direitos e uma posição como nunca

tiveram na comunidade. Em contrapartida, ser-se criança actualmente,

pode trazer mais pressões e decisões que nunca. O facto dos pais

trabalharem e o acesso a maior variedade de informação através dos

mass-media e da internet obrigam muitas crianças a amadurecem

mais rapidamente. Brincar, assim como as oportunidades de lazer têm

um papel fundamental no desenvolvimento deste processo. É muito

importante proporcionar à criança oportunidades de vida que lhes

permita proceder à exploração de si, dos outros e dos contextos em

que se incluem, para progressivamente procederem à descentração de

si, de tal forma que estejam aptos para se situarem como seres únicos

no meio dos outros. Poder-se-á dizer que o brincar é um meio que

permite fomentar o desenvolvimento da criança e dos sujeitos em

geral.

A participação dos pais nas brincadeiras dos filhos também é

fundamental, sempre que solicitados para tal. É claro que podem

também tomar a iniciativa, no entanto, não devem exagerar e por

exemplo, fazerem eles a actividade quando a criança só pediu uma

pequena colaboração.

Toda a criança tem direito a brincar. Ela deve escolher aquilo que

lhe dá mais prazer. Cada criança tem os seus gostos próprios e que

Formadora: Liliana Brandão 4/55

Page 5: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

devem ser respeitados. Normalmente, há uma tendência dos adultos

em imporem as suas regras às crianças, não lhes dando oportunidade

de escolha.

As actividades de animação são, assim de extrema importância

para a criança, estimulando o seu desenvolvimento quer físico, quer

emocional. O brincar, em todos os aspectos, contribui para o

desenvolvimento integral das crianças, tornando-as felizes e alegres,

sensações que as acompanham durante todas as etapas da vida.

Através das actividades de animação desenvolvem a criatividade o que

lhes permite resolver os seus problemas, exploram o mundo físico,

preparando-se para no futuro serem adultos competentes,

responsáveis, sociáveis e tolerantes, contribuindo assim para a

solidariedade com os outros como pedras essenciais na construção de

um mundo mais feliz e justo para todos. É neste contexto que a

animação infantil deve desempenhar um papel primordial.

Segundo Lopes (2008) o desenvolvimento da Animação infantil

surgiu com o Portugal democrático, ganhando expressão como forma

de Animação socioeducativa. Teve como objectivo central

complementar as funções atribuídas tradicionalmente à escola, pela

via da Educação Não Formal.

A acção da Animação na Infância foi traduzida na execução de

actividades de carácter lúdico, destinadas a crianças entre os 8 e os 13

anos de idade, as quais se podem desenvolver independentemente ou

em articulação com a Educação Formal.

Num primeiro momento (anos 70), a Animação Infantil era

encarada como um conjunto de actividades que aconteciam no espaço

exterior á escola – Educação Não Formal. Estas actividades consistiam

em colónias de férias, passeios e visitas de estudo, permitindo às

crianças visitarem e conhecerem lugares e regiões diferentes dos seus

locais de residência. Deste tipo de actividades resultavam a partilha e

a interacção das crianças entre si e com os seus monitores, criando-se

assim uma dimensão intergeracional.

Formadora: Liliana Brandão 5/55

Page 6: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Em concordância com esta opinião está Jaume Trilla (1998) quando

refere que a Animação Infantil tem como primeiro objectivo permitir à

criança que possa brincar, mas sobretudo que o faça em condições que

lhe permitam o seu desenvolvimento pessoal e em grupo.

Actualmente, a escola não é o único agente educativo, pois,

também se educa a partir de muitas outras instituições, meios e

âmbitos nem sempre reconhecidos como especificamente educativos.

Desta forma, a Animação Infantil é vista não só como um conjunto de

actividades escolares (Educação Formal), como também um conjunto

de actividades que se podem desenvolver independentemente ou em

articulação com a escola (Educação Informal e Educação Não Formal).

Estas últimas actividades consistem na realização de acções de

expressão dramática, plástica, musical, jogo dramático e jogo

simbólico.

Anos 70

Actividades exteriores à

escola:

Colónias de férias;

Passeios;

Visitas de estudo.

Actualidade

Actividades escolares:

Interdisciplinaridade;

Actividades extracurriculares

(Clubes);

Biblioteca.

Actividades que se podem

desenvolver

independentemente ou em

articulação com as escolas

recorrendo a variadas

técnicas:

Expressão dramática

Expressão plástica;

Expressão musical;

Jogo dramático;

Educação Não FormalEducação Formal + Não

Formal

Formadora: Liliana Brandão 6/55

Page 7: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Importa salientar que é na interacção desta variedade de técnicas

que a Animação Socioeducativa pode contribuir para o sucesso da

educação formal, pois é nesta pluralidade/diversidade que encontra

espaços de acção, participação, motivação e envolvência para o estudo

de matérias consideradas pouco atractivas pois, são óptimos recursos

e técnicas de incentivo.

Qualquer acção a levar a cabo no domínio da Animação Infantil

deve obedecer a princípios que contemplem:

A criatividade (envolvimento em áreas expressivas, que

considerem formas inovadoras e processos de aprendizagem

estimulando a improvisação e a espontaneidade);

A componente lúdica (prazer na acção, alegria na participação

num clima de confiança);

A actividade (geradora de dinâmica, fruto de uma interacção

resultante da acção);

A socialização (envolvência com os outros);

A liberdade (fruto de acções sem constrangimento e repressões

na procura permanente da liberdade);

A participação (todos são actores protagonistas de papéis

principais). Jaume Trilla (1998) é da opinião que seria um erro

pensar que a Animação Sociocultural no meio Infantil tenta dar

resposta unicamente ao reconhecimento alargado do tempo livre

Infantil com o espaço educativo, apesar de a maior parte das

actividades desenvolvidas serem de carácter educativo possuindo

um leque de acções muito distintas.

Em suma, a animação sociocultural nesta faixa etária deve assumir

um carácter lúdico, tendo como objectivos principais:

Dar prazer/satisfação à criança;

Dar espaço à imaginação;

Dar espaço à criatividade;

Estimular a participação efectiva e real;

Promover a sociabilização;

Formadora: Liliana Brandão 7/55

Page 8: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Fomentar a dimensão intergeracional;

Valorizar a educação nos seus três âmbitos (Formal, Não Formal e

Informal).

Papel do animador e os diferentes tipos de animação

O animador sócio – cultural é o agente que põe em funcionamento,

que facilita e dá continuidade à aplicação dos processos de animação.

O seu trabalho técnico apoia-se na relação pessoal com os

destinatários, o seu papel no seio do grupo é o de facilitar nele os

processos de coesão, vivências ou experiências e tomar posições

activas sobre o meio em que se realiza a animação.

O animador é também um membro do grupo, e tem como função

não só procurar a autonomia do mesmo, como também fomentar o

enriquecimento das actividades, tomando-as de qualidade e

enquadrando-as em função das necessidades e aspirações de todos, de

modo a que o conjunto de indivíduos envolvidos possa beneficiar da

criatividade de cada um.

O animador é um ser animado, corajoso, esperançado e que

possui animação e esta revela-se pela sua vivacidade e entusiasmo.

Resumindo, podemos dizer que é o que estimula espiritualmente,

socialmente…

O Animador tem como função promover e desenvolver, fora do

quadro escolar, actividades com finalidades educativas (recreativas,

culturais ou desportivas). Estas actividades têm como objectivo uma

educação global e permanente, podem dirigir-se a grupos específicos

ou serem abertas a toda a comunidade. Animador é aquele que

assume a responsabilidade de coordenar as tarefas e actividades de

um grupo. Este tem que ser capaz de estimular a participação activa

de todos levando-os a adquirirem um maior dinamismo e

desenvolvimento possível.

Perfil do Animador

Formadora: Liliana Brandão 8/55

Page 9: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Pessoa Profissional Perante o

Trabalho

Perante os

SujeitosSimplicidade: livre

de preconceitos;

Auto – consciente;

Confiante: Firmeza e

entusiasmo;

Alegre: Alegria de

viver contagiante;

Corajoso: Enfrentar

os desafios;

Sensato: Lidar com

as perdas e erros;

Humilde: Não é

detentor de todo o

saber;

Paz de Espírito:

Harmonia;

Simpatia:

Sentido de humor;

Exemplar: Ético de

se comportar na

sociedade;

Solidário:

Compartilhar e valor

pelo ser humano;

Dignidade, razão e

afecto;

Equilíbrio pessoal:

intelectual, afectivo,

social;

Realista:

Exequibilidade;

Dialogante:

clareza nos

propósitos;

Interactivo;

Flexível: Adaptar-

se a qualquer

situação;

Mediador e

catalisador:

Deve ter a

capacidade de

intervir; antecipar,

tomar iniciativa,

improvisar,

inventar; evoluir;

estimular as forças

colectivas;

Problematizador:

Ter sentido crítico

e reflexivo;

despertador de

consciências;

Negociador:

Empatia relacional;

Líder

Democrático:

grupos ou

comunidades;

Interventor

social e cultural:

Agente de

Persistente:

Não deve recuar

ao primeiro

problema;

Prudente: Evitar

atitudes

precipitadas;

Facilitador:

Mobilizador e

optimizador de

recursos,

potencialidades e

iniciador de

processos sociais

Formação

Adequada: Deve

dominar as

técnicas

necessárias a

todas as fases

que compõem o

projecto:

diagnóstico,

planificação,

execução e

avaliação.

Atento: Bom

observador da

realidade, saber

diagnósticar as

situações

Promover a

participação

activa cívica e

democrática de

pessoas e grupos

rumo ao

desenvolvimento

pessoal e das

comunidades;

Conhecer os

sujeitos e a sua

realidade;

Criar e

descobrir

valores nos

sujeitos;

Estimulador do

grupo que

conduza à sua

autonomia e

maturidade;

O seu estilo deve

basear-se na

cooperação e

na igualdade,

em que o

animador e os

membros do

grupo decidem

em conjunto o

que pretendem

Formadora: Liliana Brandão 9/55

Page 10: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Ágil: Habilidade para

executar alguma

actividade com

rapidez e destreza;

Ter ordem e

método;

Paciente e

compreensivo;

desenvolvimento

inicial

Inter – relação

entre saber, saber-

ser e saber-estar;

Dinâmico:

Sempre em

movimento e com

variedade na

intervenções;

Sociável,

Responsável,

Cumpridor e

Empenhado;

Formação ao

longo da vida;

Saber trabalhar

em equipa;

Crente e

motivado:

Trabalhar em

projectos que se

acredita;

Abertura:

Inovação e

criatividade;

individuais,

familiares,

grupais, sociais,

comunitárias e

institucionais.

Perspectiva

comunitária;

Função de

relações públicas

dentro e fora do

grupo;

Gerir

colectivamente

os conflitos;

Capacidade de

organizar e

gerir;

Imparcial: Boa

capacidade de

abstracção;

Filosofia:

Reconhecer a

responsabilidade

de estar ao

serviço dos

outros;

empreender;

Respeitar o

grupo;

Ser tolerante

com as formas de

pensar sentir e

agir;

Impulsionar à

criatividade e à

curiosidade

Levar o grupo à

auto-

aprendizagem;

Estar próximo

das pessoas e

integra-las;

Conscientizar o

grupo de seu

valor e

potencialidades;

Tornar o grupo:

lúcido, criativo,

objectivo, crítico,

tolerante, activo,

aberto.

No seu dia-a-dia deve:

- Desempenhar papéis diferenciados;

- Designar quem realiza as tarefas e as actividades;

- Actuar como catalisador que desencadeia e anima processos;

- Saber gerir os recursos humanos e materiais necessários e geri-los

de acordo com as necessidades;

Formadora: Liliana Brandão 10/55

Page 11: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

- Proporcionar momentos de alegria, tem que intervir, respeitar,

acarinhar, ser bom comunicador, etc;

- Ter a capacidade de se modificar conforme as situações que lhe

vão aparecendo;

O animador trabalha em e para o grupo, a ele compete criar

movimento, vida, actividades, apresentar propostas e sugestões,

imaginar, despertar, influenciar, sem exercer qualquer tipo de

obrigação ou criar um sentimento de obrigatoriedade. O animador

deve ser activo, comunicador, alegre, destemido, entusiasta, optimista

e ter espírito de adaptação. Deve também ter:

Entusiasmo - para motivar as crianças;

Empatia - para compreender as crianças, colocar-se no lugar

delas;

Atitude construtiva – ser positivo, demonstrar seriedade,

comentários positivos;

Capacidade de organização do espaço;

Uma grande variedade de actividades/jogos;

Competências para planificar e preparar os jogos /actividades

com antecedência;

A figura do animador desempenha um papel central no método da

animação. É ele quem assume a responsabilidade de promover a vida

do grupo ou da criança. Para que desempenhe eficazmente as suas

funções, existem três áreas de competências fundamentais, que o

animador deve ter em conta:

O saber-saber

O saber ser

O saber-fazer

- O saber-saber, refere-se aos conhecimentos que deve possuir para

desempenhar convenientemente a sua tarefa. Além disso, um

animador, conforme a área específica do seu desempenho, deverá uma

formação adequada.

Formadora: Liliana Brandão 11/55

Page 12: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

- O saber-ser, é constituído pela identidade pessoal, pelas nossas

características próprias, ou seja, saber ser e saber estar, diante das

mais diferentes situações. É reagir de forma assertiva e com uma

postura exemplar às situações difíceis.

- O saber-fazer, reporta-se à metodologia que usa para dar vida ao

grupo que anima, a qual é sempre o reflexo do seu ser e do seu saber.

Ao animador, compete dar tempo e espaço para que a vida

desabroche nos animados. Através das suas atitudes, o animador

promove a liberdade, a responsabilidade e o crescimento do

destinatário. Tendo em conta que a animação

socioeducativa/sociocultural abrange várias áreas de intervenção, o

animador tem também ele mesmo várias áreas de intervenção, logo a

sua definição vai ser também muito vaga. Seguindo este fio condutor,

ligado à acção cultural, temos o animador que se dedica

essencialmente aos acontecimentos e actividades culturais; o

animador que abarca as suas actividades ao extra-escolar, está ligado

à actividade de formação, por fim o animador que tem como objectivos

as causas sociais, está presente na animação/acção social.

Em suma, podemos dizer que o animador é o pilar central de toda

a actividade da animação, uma vez que é ele quem assume a

responsabilidade de promover a vida do grupo, dinamizando deste

modo as vidas dos “animados”.

Para que o animador possa desempenhar da melhor maneira as

funções que lhes estão determinadas devem ter em conta os

conhecimentos que possui, que pode e deve partilhar e, claro, ter em

atenção os métodos que irá utilizar para atingir os seus objectivos

através das actividades predefinidas. O animador é o indivíduo que

deve promover da melhor forma o bem-estar, o conhecimento, a

responsabilidade, a autonomia, o sentido crítico da vida e de tudo o

que a envolve.

O animador é muitas vezes o confidente, o conselheiro, o amigo, e

com o decorrer do tempo, torna-se em alguém muito próximo (isto é

Formadora: Liliana Brandão 12/55

Page 13: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

mais notório, especialmente quando se trata de pessoas mais carentes

ou com alguma limitação física ou psicológica). É necessário que o

animador tenha muita estabilidade afectiva e emocional, para poder

desempenhar este papel de disponibilidade e presença, atenção e

afecto, que lhe é exigida. Embora o trabalho de grupo seja muito

importante, na animação a criança enquanto ser único e distinto é

também muito importante. Se houver uma única que goste muito de

fazer uma determinada coisa, o que fazemos? É preciso apoiar e

facilitar essa opção. É preciso o animador estar disponível e propor

actividades adaptadas ao gosto e desejos dos participantes.

Perfil do Animador Sociocultural Infantil

Em Portugal, os animadores distribuem-se por uma tipologia muito

diversificada e o seu perfil é difícil de definir, visto tratar-se de uma

figura abrangente e ambígua. Deste modo, existem diferentes perfis de

Animadores Socioculturais, dependendo dos vários âmbitos de

intervenção de cada Animador (teatro, música, cinema, actividades

interculturais, …).

Podemos, no entanto, afirmar que um animador é um Educador

Social que trabalha nos campos: Social, Cultural e Educativo. Este,

deve centrar-se não no produto mas sim no processo, que passa pela

envolvência no sentido de levar as pessoas a: participar, interagir,

sociabilizar, vencer medos e inibições, de forma a estimular as pessoas

para o SER e não para o TER. Como referido em Lopes (2008) “ (…)

Que se projecte um sistema educativo de acordo com os quatro pilares

da educação criados e defendidos pela UNESCO no séc. XX que

preconizam para o séc. XXI o Ser, o Sabre Fazer e o Aprender a viver

juntos (…) Queremos uma animação (…) que valorize o Ser pessoa e

que o Ser seja sempre mais importante que o ter (…).”

O trabalho do animador sociocultural visa a animação dos tempos

livres – ATL – e não a ocupação dos tempos livres – OTL. Podemos

assim dizer que o Animador não faz “Para”, mas sim “Com”.

Formadora: Liliana Brandão 13/55

Page 14: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Lopes (2008) refere que em 1979 – Ano Internacional da Criança –

a Revista “Intervenção nº9” demonstra preocupações constantes sobre

o rumo a dar à preparação de Animadores para intervirem junto da

Infância. O referido documento manifesta, ainda, que nos processos de

aprendizagem e de formação dos Animadores Infantis se deve ter

presente a especificidade deste escalão etário.

Considerava-se que esta formação deveria incidir no apelo

constante à criatividade, à imaginação e à capacidade expressiva dos

animadores. Nesta faixa etária o animador deve ter uma formação

voltada para o âmbito socioeducativo, em que utiliza como meios para

a sua actuação suportes de índole recreativo e cultural voltados,

fundamentalmente, para o estímulo da criatividade. Os seus objectivos

devem estar direccionados para o desenvolvimento integral da

personalidade, da capacidade expressiva e da vivência colectiva da

criança.

Principais actividades do Animador

As actividades principais a desempenhar por este técnico são:

- Diagnosticar e analisar, em equipas técnicas multidisciplinares,

situações de risco e áreas de intervenção sob as quais actuar, relativas

ao grupo alvo e ao seu meio envolvente;

- Planear e implementar em conjunto com a equipa técnica

multidisciplinar, projectos de intervenção sócio-educativa;

- Planear, organizar, promover e avaliar actividades de carácter

educativo, cultural, desportivo, social, lúdico, turístico e recreativo, em

contexto institucional ou na comunidade, tendo em conta o serviço em

que está integrado e as necessidades do grupo e dos indivíduos, com

vista a melhorar o seu desenvolvimento integral.

- Elaborar relatórios de actividades desenvolvidas.

Compete ao animador motivar as crianças:

Formadora: Liliana Brandão 14/55

Page 15: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Criando condições que orientem a sua vontade para a

participação nas actividades propostas;

Conhecendo-as muito bem, propondo actividades adaptadas aos

desejos delas, às necessidades de desenvolvimento assim como

aos objectivos por ele delineados;

Estabelecer um clima de confiança, ajudando-as a vencer os

medos ou inseguranças;

Quebrar hábitos errados das crianças, favorecendo o dinamismo,

ajudando-as a melhorar a sua confiança e valorização;

Percebendo que a recusa de uma criança revela muitas vezes

medo ou insegurança;

Utilizando um vocabulário adaptado e apresentando os seus

projectos e explorando os seus conteúdos e objectivos;

Actividades de animação

A primeira questão que devemos formular, é acerca do porquê das

actividades nos programas de animação. Do que se trata é de tentar

alternativas contra a passividade e o individualismo, favorecer os

contactos humanos e, na medida do possível, espicaçar para que as

crianças “aumentem” o seu esforço, as suas capacidades e o seu

entusiasmo para realizar tarefas de interesse comum.

Normalmente o que faz uma criança se não brincar? Até aos 6

anos, a criança viverá uma das mais complexas fases do

desenvolvimento humano, nos aspectos intelectual, emocional, social e

motor, que será tanto mais rica quanto mais qualificadas forem as

condições oferecidas pelo ambiente e pelos adultos que a cercam.

Para isso, uma criança necessita de ser estimulada através de um

quotidiano rico e diversificado de situações de aprendizagem,

planeadas para desenvolver as linguagens e as emoções e estabelecer

os pilares para o pensamento autónomo.

Formadora: Liliana Brandão 15/55

Page 16: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

A animação apresenta actividades diversificadas que podem servir

como complemento para a educação e desenvolvimento de uma

criança. Para tal, é fundamental:

Criar lugares e ocasiões de encontro (creche, jardim, escola, mas

também com outras crianças)

Constituir um ponto de partida para depois empreender tarefas de

maior amplitude

Criar espaços e lugares para a participação intergeracional, familiar

e social.

Erikson baseia-se na teoria psicossocial do desenvolvimento, que

defende, que cada indivíduo molda a sua vida de acordo com as suas

experiências. Para este autor, todas as pessoas atravessam oito

momentos, que levam a que o indivíduo, consecutivamente, vá

acumulando experiências, e isso pode ser um ponto a seu favor, se o

indivíduo, continuadamente, for fazendo a actualização dos seus

conhecimentos. Nunca nos devemos contentar apenas com o que

adquirimos anteriormente, é importante saber e constatar que temos

necessidade de adquirir novos conhecimentos. E as crianças também

são assim, com a fase dos porquês e sempre a quererem saber tudo…

Todo o desenvolvimento psicológico ocorre sempre num contexto

sociocultural, o que nos leva a perceber que nos desenvolvemos em

conjunto com o contexto onde nos encontramos inseridos e que o que

pode ser importante para uma dada cultura, pode não o ser para outra.

Para o mesmo problema, os adultos ou as crianças reagem de maneira

diferente, de acordo com as marcas e os conhecimentos que

adquiriram ao longo da vida. Como tal, a animação deve ser

intergeracional e não sectária, ou seja, a maior parte das dinâmicas

que se utilizam na animação de crianças ou idosos, podem ser

adaptadas a todas as faixas etárias. É evidente, que ao trabalhar com

crianças ou com idosos, ou grupos específicos, temos que ter em

consideração o seu grau de autonomia, idade, etc, adaptando os

exercícios, sempre que necessário.

Formadora: Liliana Brandão 16/55

Page 17: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

A animação pode actuar em todos os campos, quer seja mental,

física ou afectiva, incitando a uma melhor participação e inserção na

comunidade ou no grupo.

A animação deve centrar-se sempre, sobre as necessidades, os

desejos e os problemas vividos por cada membro do grupo, ninguém

pode ficar de fora ou estamos a contrariar precisamente aquilo que

serve de base à animação. Ao propor qualquer actividade, (o que é

preciso ter em conta, para começar) o animador tem primeiro que

avaliar as condições físicas e psicológicas dos animados e perceber as

suas capacidades e motivações.

Animação Lúdica

A criança precisa ter tempo e espaço para brincar. É importante

proporcionar um ambiente rico para a brincadeira e estimular a

actividade lúdica no ambiente familiar e escolar, lembrando que rico

não quer dizer ter brinquedos caros, mas fazer com que elas explorem

as diferentes linguagens que a brincadeira possibilita (musical,

corporal, gestual, escrita), fazendo com que desenvolvam a sua

criatividade e imaginação. É a brincar que aprende o que mais

ninguém lhe pode ensinar. É dessa forma que ela se estrutura e

conhece a realidade. Além de estar a conhecer o mundo, está-se a

conhecer a si mesma. Ela descobre, compreende o papel dos adultos,

aprende a comportar-se e a sentir-se como eles.

O acto de brincar pode incorporar valores morais e culturais, em

que as actividades podem promover a auto-imagem, a auto-estima, a

cooperação, já que o lúdico conduz à imaginação, fantasia, criatividade

e à aquisição dum sentido crítico, entre outros aspectos que ajudam a

moldar as suas vidas, como crianças e, futuramente, como adultos.

É através da actividade lúdica que a criança se prepara para a

vida, assimilando a cultura do meio em que vive, integrando-se nele,

adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a

Formadora: Liliana Brandão 17/55

Page 18: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

competir, cooperar com os seus semelhantes: a conviver como um ser

social.

Materiais lúdicos e brinquedos

Às vezes, no jogo utilizam-se alguns elementos que o completam,

enriquecem e estimulam o desenvolvimento da criança. De facto,

existe uma relação entre o jogo e o material que se vai usar. Estes

elementos podem ser:

-Materiais de natureza tais como a água, a terra, barro, folhas, pedras,

ossos, entre outros.

-Objectos e materiais variados destinados a ser usados como objectos

lúdicos, tais como cortiças, caixas, cordéis, trapos, entre outros.

-Objectos quotidianos que se transformam automaticamente em

brinquedos com a ajuda da imaginação e criatividade da criança: um

desses exemplos pode ser o facto de uma vassoura se converter num

cavalo, entre muitos outros exemplos.

-Criações artesanais ou industriais especialmente desenhados e

confeccionados para um fim. Estes elementos são os brinquedos.

Para que servem os brinquedos?

O primeiro objectivo dos brinquedos é conseguir que a criança

jogue; é fazer com que o brinquedo seja visto pela criança como um

objecto de jogo. O brinquedo faz com que a criança se entretenha, se

divirta, de maneira a que esta não perca a imaginação e não a impeça

de se expressar.

Nem todos os brinquedos cumprem os seus objectivos nem

apresentam as mesmas possibilidades lúdicas e educativas. Entre

outros aspectos, os adultos julgam que no geral, quanto menos

estruturado e complexo é um brinquedo, maiores são as probabilidades

de interacção.

Formadora: Liliana Brandão 18/55

Page 19: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

A evolução dos brinquedos através do tempo

Os brinquedos estão directamente ligados ao universo infantil,

estão presentes desde os tempos remotos através da sua estética e

dos valores da sociedade. Os brinquedos acompanham não só as

crianças e adolescentes, como também os adultos, e oferece a cada

idade o elemento que mais se ajusta aos interesses e capacidades das

pessoas.

-Existiu um período em que o brinquedo era fabricado em casa e

manualmente, a partir de materiais quotidianos.

Este sistema predomina desde a Antiguidade até à Idade Média.

Assim, na cultura Persa, encontram-se pequenas figuras de pedra ou

de barro; no Egipto, bonecas de trapo e esferas de papiro; na Grécia,

jogos de pratos de barro e mármores; em Roma, bonecas de marfim e

jogos de mesa. Jogos como damas e xadrez foram introduzidos em

Espanha pela civilização árabe e da Idade Média chegaram-nos os

cavalos e cavaleiros feitos de argila.

-O segundo período de fabricação artesanal e manufactura, são os

brinquedos que são elaborados para vender. Aparecem soldados de

ligação do séc. XIII, também surgem bonecas de madeira e

posteriormente de porcelana, cavalos e bonecas de cartão, etc. Mais à

frente, aparecem brinquedos de lata e em muitos casos com

mecanismos incorporados que deram lugar aos autómatos, chamados

agora, os brinquedos tecnológicos.

-Com a fabricação industrial dos brinquedos, incorpora-se um terceiro

período e o actual. É na metade do séc. XX quando se generaliza o

acesso aos brinquedos por parte das crianças nas sociedades

industrializadas, comportando uma fabricação industrial de grande

escala. Espanha é um dos países pioneiros na indústria de brinquedos

com uma larga tradição de indústrias concentradas em Alicante e

Valência, a metade das quais são pequenas empresas com menos de

Formadora: Liliana Brandão 19/55

Page 20: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

dez trabalhadores. O acesso generalizado aos brinquedos traduz-se no

desenvolvimento da fabricação industrial.

Classificação dos brinquedos

Existem várias formas de classificar os brinquedos. Existem

classificações concentradas no brinquedo, outras baseadas no tipo de

jogo que proporcionam, outras que se apoiam na etapa evolutiva,

outras segundo o seu valor educativo, também segundo os aspectos da

personalidade que desenvolvem, entre outros. Em seguida, classificam-

se algumas delas:

Segundo a idade

A maioria dos catálogos de brinquedos baseia a sua classificação

na idade de quem o usa. Todos os fabricantes são obrigados a indicar

de forma visível em etiquetas, a idade mínima de referência a que o

seu produto se destina, com a seguinte frase: “Brinquedo

recomendado a partir de… anos”

Segundo o âmbito de desenvolvimento que fomentam

A variável em que se baseia esta classificação é: sensorial,

motricidade, cognitiva social ou emocional.

- Sensorial ou de desenvolvimento da criatividade

Este tipo de brinquedos facilita o conhecimento e domínio do

próprio corpo e ajuda a criança desde a primeira infância a entrar em

contacto com o que a rodeia a partir da estimulação dos sentidos,

favorecendo o descobrimento e o prazer de novas sensações. Jogos

tais como: moldar plasticina, os jogos de pinturas, criações de moda,

bijutaria, maquilhagem ou até mesmo os jogos de disfarce.

- Motricidade ou de desenvolvimento da mesma

A experiência, diz que a prática melhora qualquer habilidade de

maneira a que haja uma forma estupenda de dominar o próprio corpo,

ganhando destreza, coordenação, equilíbrio, exercitada através dos

jogos. Este âmbito pode dividir-se em motricidade global

Formadora: Liliana Brandão 20/55

Page 21: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

(coordenação de movimentos de todo o corpo) e motricidade fina

(exercitação precisa das mãos e dedos).

-Motricidade global: bicicletas, triciclos, patins, cordas,

malabares, bolas, entre outros.

-Motricidade fina e habilidade manual: yo-yos, construções,

miniaturas, fantoches, entre outros. Assim como os brinquedos de

coser, recortar, tecer e tricotar ou vestir os vestidos às bonecas.

Cognitivos ou de desenvolvimento da inteligência

Estes brinquedos ajudam no desenvolvimento intelectual, no raciocínio,

na lógica, na atenção, no domínio da linguagem, etc.

Brinquedos de construção, como puzzles, associações, jogos de

cartas, dominós, montar e desmontar, jogos de perguntas e respostas,

jogos de linguagem, etc., são alguns exemplos de jogos relacionados

com a cognição e de desenvolvimento da inteligência.

Relação social ou de desenvolvimento da sociabilidade

São brinquedos que favorecem as relações entre as pessoas. A

participação de mais do que um jogador, ajuda a criança a relacionar-

se com os outros e a comunicar, favorecendo o intercâmbio de ideias,

materiais ou experiências. Também os brinquedos que requerem

acordos entre diferentes jogadores ajudam na assimilação de normas

sociais, no respeito pelos outros e na aceitação de regras, conceitos

que integram todos os aspectos básicos das relações interpessoais.

Formam parte desta tipologia todos os brinquedos que colaboram

com jogo simbólico: bonecas e bonecos, veículos, garagens, cozinhas,

hospitais, escolas, disfarces, etc. também os jogos desportivos, de

mesa entre outros.

Desenvolvimento afectivo e emocional

O jogo é uma actividade que deve proporcionar prazer, alegria e

satisfação, permita à criança que se expresse livremente e a

descarregar tensões, garantido um equilíbrio emocional e afectivo são:

- Os disfarces e as representações em miniaturas de elementos do

mundo real (carros, lojas, cozinhas…), permitem representar e

Formadora: Liliana Brandão 21/55

Page 22: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

imaginar diversas situações do mundo adulto, experimentando

diferentes papéis que ajudam a configurar a própria personalidade.

- Outro tipo de jogos como os de peluche, as bonecas ou as figuras

de acção, promovem a expressão e manifestação de sentimentos,

desejos, medos e emoções.

Por outro lado, as crianças gostam de se colocar sobre aprovação. Os

desafios que lhes propõem jogos como quebra-cabeças, jogos de

habilidade ou de mesa, favorecem a experimentação do êxito pessoal

e social, que é a base da auto-estima.

O brinquedo como transmissor de valores

Os brinquedos são representações em miniatura do mundo real,

que brindam as crianças com a possibilidade de imitar, reproduzir e

representar as actividades de desenvolvimento dos adultos que as

rodeiam. No entanto, deve-se ter em conta que as crianças jogam e

reproduzem aquilo que vêm, não aquilo que lhes é dito que está bem

ou não, e assim, vão construindo a sua identidade de acordo com a

cultura que lhes é transmitida. Normalmente levam a cabo esta

construção a partir da imitação dos modelos que têm por perto (a mãe,

o pai, as amizades, o/a educador/a e também através da televisão).

É dever dos adultos facilitar às crianças brinquedos que

transmitam, através da sua forma e do jogo que compõem, atitudes de

respeito para com os outros, evitando todos aqueles que transmitam

valores não recomendáveis para a sua formação. As mensagens

sexistas e violentas, ou as que são pouco respeitosas, podem ser

representadas através de objectos que estão destinados ao jogo, e

portanto, à educação das crianças.

O Jogo Sexista

Podem-se afirmar que não existem brinquedos sexistas, sendo que

Formadora: Liliana Brandão 22/55

Page 23: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

o adulto é que pode converter o brinquedo em algo sexista, ao dizer

que as bonecas são para as meninas e os bonecos para os meninos.

Porquê fomentar que as capacidades como a audácia, a valentia e

a iniciativa, são estimulados nos jogos dirigidos a rapazes? Eles são

também património das meninas, se elas assim o desejarem. Porque

não permitir que os meninos ensaiem e exercitem atitudes como a

sensibilidade, o sentido da estética ou mesmo a ternura, através de

jogos considerados tradicionalmente de meninas?

Não se trata de impor nada, nem forçar nada a ninguém, nem tão

pouco proibir; de facto, o que interessa é considerar espontâneo e

inato algo que é aprendido, educado e cultural. Se aprenderem isso

naturalmente, se não lhe for dito que isso é das meninas ou vice-versa,

a criança desenvolver-se-á sem ideias de sexismo.

As crianças imitam vias de conduta através dos adultos, assumem

as suas vivências nas suas próprias casas, nas escolas, nas ruas e

reproduzem-nas fielmente. Do mesmo modo, interiorizam a valorização

que estes ensinamentos adquirem na sua sociedade.

O importante é oferecer-lhes padrões e modelos novos de relação

entre géneros, onde a igualdade de direitos e oportunidades seja

ensinada e estimulada. É igualmente importante que os brinquedos

sejam jogados por ambos os géneros, ou seja, os meninos podem

brincar com bonecas e as meninas com carros, e deixar a dualidade

tradicional «isto é das meninas e isto dos meninos», de parte. Seria

convincente fomentar o desejo nos pequenos, de romper barreiras,

assim como a curiosidade pelo desconhecido, o novo, experimentar e

comprovar vivencialmente o quão atractivas podem resultar estas

novas actividades.

Os jogos sexistas não existem: é a forma como se usam e o papel

que o adulto lhes atribui convertendo-os em sexistas.

Os brinquedos e os jogos violentos

Existem argumentos científicos que defendem a ideia de que o

Formadora: Liliana Brandão 23/55

Page 24: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

jogo e o brinquedo canalizam a violência e a agressividade,

proporcionando uma eficaz válvula de escape a essa energia interior,

servindo para se libertar da agressividade natural.

É indiscutível que todas as crianças têm uma carga de

agressividade que é necessária exteriorizar e canalizar. Existem muitas

maneiras de faze-lo sem que isso implique participar num jogo

violento. Com recurso a este tipo de jogo, corre-se o risco de que esta

seja a única estratégia que a criança tem para resolver conflitos em

situações reais. Não há dúvida que as brincadeiras violentas servem de

meio para uma conduta violenta.

Por outro lado, é conveniente reflectir sobre os brinquedos que

suscitam estes jogos. Assim, é certo, que quando uma criança não tem

armas para jogar, inventa-as convertendo por exemplo, o cabo de uma

vassoura numa espada, ou até mesmo o próprio dedo numa pistola.

Também é de referir que é preferível a criança criar as suas armas com

objectos quotidianos, que brincar com armas que mesmo sendo de

brincar, são influenciáveis na sua conduta. Também temos que tomar

consciência que muitas das imagens violentas a que as crianças

assistem também se devem ao faço dos jogos de consola, por

exemplo, que os próprios pais compram, e que por vezes nem sabem o

que nele contém.

Apesar destes argumentos, é importante evitar por parte dos

adultos uma rejeição radical pelo brinquedo, e tentar evitar as

proibições severas, que podem alimentar caprichos e curiosidades

maliciosas (o fruto proibido).

Existem peritos que recomendam oferecer às crianças, jogos que

tenham modelos pacíficos de brincadeira saudável, para que as

mesmas o depreendam dessa forma.

O consumo sustentável

Nem sempre os melhores brinquedos são adquiridos em lojas.

A grande quantidade de brinquedos elaborados pela nossa sociedade

Formadora: Liliana Brandão 24/55

Page 25: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

de consumo supõe um impacto meio-ambiental importante, e uma

grande parte desses materiais é feito de plástico. É necessário

transmitir aos pais das crianças hábitos de consumo sustentável em

pró de uma consciência de respeito em torno dele mesmo, segundo a

regra dos três R’s:

-Reciclar os brinquedos, para que possam ser feitos outros novos

através de material já usado;

-Reutilizar os brinquedos dando a familiares e amigos,

oferecendo-os a quem lhe dê utilidade;

-Reduzir o consumo de brinquedos desnecessários;

O consumo solidário

As condições de trabalho que existe nalguns dos países onde se

fabricam muitos brinquedos, levam alguns consumidores responsáveis

a preocuparem-se pela forma como estes são fabricados, mantendo

assim uma atitude solidária.

Os brinquedos e a publicidade

O bombardeamento publicitário que liga o mundo infantil e familiar

através dos meios de comunicação de massas, provoca nas crianças

uma manipulação que em muitos casos, o desejo de se ter aquilo que

se anuncia, por vezes não corresponde às necessidades que de facto a

criança pode ter.

Assim, os brinquedos que só servem para observar, brinquedos de

funcionamento complicado, brinquedos delicados que restringem a

acção, brinquedos não adequados à sua idade, brinquedos que

alimentam e exercitam valores não desejados, são requeridos pelas

crianças e comprados pelos adultos.

O excesso de brinquedos provoca a indiferença da criança. É

exagerada a obtenção de brinquedos em grande quantidade como

Formadora: Liliana Brandão 25/55

Page 26: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

ocorre em festas de aniversário, e no Natal. Por isso, convém espaçar a

oferta de brinquedos durante o ano todo.

Tão pouco é conveniente comprar todos os brinquedos que as

crianças pedem sem selecciona-los, é necessário que pais e

professores se unam e se informem, e juntos possam avaliar que

existem muitos outros jogos que normalmente não aparecem nas

televisões ou revistas, e que são muito úteis. Dar-se-ão também conta

de que a publicidade pode ser enganosa.

O Papel dos Adultos

O adulto pode (e deve) estimular a imaginação das crianças,

despertando ideias, questionando-as para que elas próprias

procurem soluções para os problemas que surjam. Além disso,

brincar com elas, procurando estimular as crianças e servir de

modelo, ajuda-as a crescer.

O brincar com alguém reforça os laços afectivos. Um adulto, ao

brincar com uma criança, está-lhe a fazer uma demonstração do seu

amor. A participação do adulto na brincadeira eleva o nível de

interesse, enriquece e estimula a imaginação das crianças.

A importância da motivação no desenvolvimento de actividades

A motivação é o processo que se desenvolve no interior do

indivíduo e que o impulsiona a agir mental e fisicamente. O sujeito

motivado está disposto a dispensar esforços para alcançar os seus

objectivos. Motivar será o processo de incentivar, desencadeador de

impulsos internos da criança, de forma de levá-la a interessar-se pela

participação nas actividades de animação propostas pelo animador.

As novas perspectivas sintetizam uma série de princípios

psicopedagógicos comuns a todas as tarefas de ensino-aprendizagem e

Formadora: Liliana Brandão 26/55

Page 27: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

chamam a atenção para a existência de diferentes tipos de

aprendizagem consoante a natureza da tarefa a aprender.

Estes princípios básicos são um esforço de conciliação entre as

várias teorias, funcionando também como estratégias de motivação:

• Estabelecer a ideia de conjunto da tarefa a aprender;

• Relacionar os conhecimentos e as habilidades a adquirir com os

já adquiridos;

• Orientar a atenção das crianças para os elementos novos da

tarefa a aprender;

• Fomentar a participação das crianças;

• Nos primeiros momentos da aprendizagem orientar as crianças,

mas retirar progressivamente essa orientação, a fim de permitir

que se responsabilizem pela sua própria aprendizagem;

• Criar condições que desenvolvam a capacidade de transferência

de conhecimentos e habilidades para novas situações;

• Dar feedback desenvolvendo nas crianças a capacidade de se

auto-avaliarem;

• Criar um clima afectivo conducente à aprendizagem;

• Avaliar as aprendizagens das crianças e a eficácia do

desempenho do educador/animador.

TÉCNICAS E ACTIVIDADES

Critérios Para a Selecção das Técnicas

SEGUNDO OS OBJECTIVOS

Existem técnicas para:

• Promover a participação;

• Estimular as atitudes positivas;

• Desenvolver a criatividade;

• Tomada de decisões;

• Facilitar a compreensão vivencial de uma situação;

SEGUNDO A MATURIDADE DO GRUPO

Formadora: Liliana Brandão 27/55

Page 28: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Quanto menos maturidade tiver o grupo, será necessário utilizar

técnicas que exijam menor atenção e implicação pessoal.

SEGUNDO O TAMANHO DO GRUPO

Existem actividades mais adequadas para grupos pequenos e outras

para grupos maiores.

SEGUNDO AS CARACTERISTICAS DOS MEMBROS DO GRUPO

- Sexo- Idade- Interesses- Necessidades

SEGUNDO A CAPACIDADE DO ANIMADORAs técnicas exigem conhecimento teórico e experiência.

- Personalidade- Qualidades Humanas- Criatividade- Adaptação ao grupo

Técnicas de animação de grupos

Segundo estudos, o comportamento do indivíduo é diferente

quando está sozinho e quando está acompanhado. Nas crianças isto é

ainda mais notório. A dinâmica de grupos estuda o funcionamento do

grupo, que não é só um conjunto de pessoas, mas sim estas e os seus

objectivos, as finalidades, os interessses, etc.

As dinâmicas de grupo são uma ferramenta de estudo de grupos

e também um termo geral para processos de grupo. Em psicologia e

sociologia, um grupo são duas ou mais pessoas que estão mutuamente

conectadas por relacionamentos sociais. Por interagirem e se

influenciarem mutuamente, os grupos desenvolvem vários processos

dinâmicos que os separam de um conjunto aleatório de indivíduos.

Estes processos incluem normas, papéis sociais, relações,

desenvolvimento, necessidade de pertencer, influência social e efeitos

sobre o comportamento. O campo da dinâmica de grupo preocupa-se

Formadora: Liliana Brandão 28/55

Page 29: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

fundamentalmente com o comportamento de pequenos grupos e um

conjunto de outros indivíduos. Membros e grupos são indissociáveis

e não existem dois grupos iguais. Os membros de um grupo têm

objectivos comuns, reconhecem quem pertence ou não ao grupo, têm

o seu estilo próprio de comunicação, desaprovam quem desrespeite as

suas regras e desenvolvem sistemas de hierarquização.

Todas as pessoas pertencem a grupos, e estes são usados para

nos definirmos. Ser membro de um grupo é uma relação de influência

recíproca entre um indivíduo e o grupo. As pessoas passam a maior

parte do tempo em grupo, nascemos e vivemos em pequenos grupos

mas a educação e a socialização normalmente ocorre em grupos

maiores, como as escolas, clubes, instituições sociais e até o trabalho.

A maioria das nossas actividades são realizadas em grupo, exigindo

uma grande interdependência.

No entanto, por vezes a integração não acontece de forma

perfeita, devido a problemas de relacionamento, que acontecem onde

existe mais de uma pessoa. O Homem é um ser social, a coexistência é

a estrutura das relações humanas, mas poucas vezes paramos para

observar o que está a acontecer num grupo e reconhecer qual é o

nosso comportamento grupal.

A dinâmica de grupos pretende criar um clima de relações

verdadeiramente humanas do indivíduo com o grupo e vice-versa, dos

indivíduos entre si, e também do grupo com outros grupos. OS Grupos

podem ser classificados como sendo de REFERÊNCIA E DE PERTENÇA.

Grupo de pertença: Pertence-se a um grupo, não só por o dizermos,

mas sim se a globalidade dos membros desse grupo nos reconhecer

como um dos seus, o que acontece quando respeitamos todas as

normas e regras desse grupo.

Devemos ter sempre presente que somos um SER para os demais, um

SER em relação, que depende dos demais e que está feito para os

demais. Disto temos muito pouca consciência, mas podemos adquiri-la

através da vivência e da convivência.

Formadora: Liliana Brandão 29/55

Page 30: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Grupo de referência: O sujeito não pertence ao grupo, mas este

influencia as suas atitudes. “Eu uso este estilo porque o tipo dos

Morangos também usa”. “Aquele grupo é uma referência para mim,

quero ser como eles…”

Em suma um grupo é um conjunto de indivíduos que partilham os

mesmos valores, que têm objectivos comuns e em que todos

interactuam para alcançar esses objectivos.

Técnicas de animação

Existem diferentes técnicas que permitem animar os grupos, de

acordo com os objectivos que se pretendam alcançar. Estas são

instrumentos de ajuda para conseguir o que nos propomos, mas não

existem técnicas infalíveis que resolvam todos os problemas.

Técnicas de sensibilização e integração grupal

Destinada a todas as pessoas que se integram como novos

membros na vida de um grupo. Na primeira vez há sempre nervosismo,

ansiedade e insegurança. O clima afectivo-social que se cria nas

primeiras sessões é fundamental e definitivo na futura marcha do

grupo. Estas técnicas permitem a integração no seio do grupo, assim

como sensibilizam os membros para os valores de cada membro.

Técnicas grupais de dinamização e comunicação

Todos nós nos movemos motivadas por algo, porém esse algo nem

sempre aparece claro nas nossas actuações, necessitando da ajuda

dos demais. Dinamizar uma comunidade exige um grande esforço

criativo por parte do animador. Sem comunicação não é possível fazer

qualquer avanço, por isso estas actividades para além da dinamização

têm que apostar na comunicação, utilizando áudio-visuais, posters,

colagens, teatro, música, etc.

Formadora: Liliana Brandão 30/55

Page 31: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Técnicas grupais de participação/cooperação

Implica maturidade nas relações humanas no grupo, para que

sejam capazes de colaborar em assuntos comuns mesmo que as

opiniões sejam diferentes. Participar com os demais é sempre uma

renúncia à opinião pessoal em favor do bem do grupo, sendo por isso

necessário, desprender-nos do individualismo que tem minado as

relações humanas.

Técnicas grupais para o desenvolvimento da criatividade

A criatividade exige abertura à novidade. O animador deve ser

uma pessoa criativa, imaginativa e capaz de improvisar. O temor do

ridículo, a insegurança pessoal, inibe muitas vezes. Deve-se lutar

contra o conformismo, a passividade e a comodidade, buscando novas

alternativas para o grupo. É o papel desta técnicas desenvolver a

criatividade e a imaginação.

Técnicas grupais de avaliação de aprendizagens e da vida

intra-grupal

A avaliação do grupo, da sua integração, da participação dos

membros, das atitudes e dos interesses demonstrados em todas as

actividades que se executaram, ou seja, avaliar o clima social do

grupo. A avaliação da vida do grupo e de cada um dos seus membros,

é o melhor termómetro para indicar como temos caminhado, que tipo

de dificuldades surgiram e como é que se resolveram. Podem avaliar-

se os conhecimentos apreendidos e também o clima social na vida

interna do grupo.

Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)

O que é o PDI?

É um instrumento que visa os serviços prestados ao cliente, que

promovam a sua autonomia e qualidade de vida, respeitando o seu

projecto de vida, hábitos, gostos, confidencialidade e privacidade. No

Formadora: Liliana Brandão 31/55

Page 32: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

caso das crianças, este poderá ser realizado como forma de construir

um projecto de desenvolvimento para cada uma das crianças.

Elaboração do PDI

A elaboração do PDI deve ser adequada às necessidades, hábitos,

interesses e expectativas, na medida em que este é um ser único e

individual.

Objectivos

Conhecer o utente e definir áreas de intervenção a desenvolver de

acordo com as suas necessidades e vivências.

Actividade – É a estratégia escolhida para expor ou vivificar um

determinado tema, para concretizar um ou vários objectivos, para

ocupar positivamente um determinado período de tempo. Esta poderá

ser a leitura de uma história, uma dramatização, a participação num

jogo, a visualização de um filme, a realização de uma pintura, etc. As

actividades não são mais do que estratégias para se trabalhar /ensinar

um assunto. Devem ser sempre escolhidas em função das pessoas e

não do educador, pelo que se deve ter em conta:

• A idade do grupo a quem se destina;

• Os interesses desse grupo;

• Os objectivos a que nos propomos;

• O material que a actividade exige;

• O tempo disponível para a sua execução;

• Onde vão decorrer os trabalhos;

• Todos os recursos exigidos e disponíveis;

Material – Para a realização de qualquer actividade é necessário

material para a executar. Logo devemos ter em conta:

O tipo de material;

A idade de quem o vai usar;

O grau de perigosidade;

Formadora: Liliana Brandão 32/55

Page 33: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

A sua manipulação;

O seu desgaste;

E o número suficiente de material face ao grupo;

Tempo – A duração das actividades deve ser prevista

antecipadamente de modo a que se ajuste às necessidades do grupo,

às suas capacidades, ao trabalho e aos conteúdos, ao material a usar e

à idade dos membros do grupo.

A planificação de actividades deve ser flexível de modo a

proporcionar reestruturações ou até reorientação sempre que

necessário, mediante os obstáculos ou dificuldades encontradas,

aquando do momento de reflexão que o grupo deve fazer

periodicamente.

Várias técnicas de animação

Existem várias técnicas de animação capazes de proporcionar o

desenvolvimento integral das crianças, umas têm maior incidência no

desenvolvimento fisco/motor, nomeadamente as técnicas de expressão

corporal, outras incidem mais no desenvolvimento sensitivo como é o

caso das actividade de expressão plástica e outras poderão

desenvolver a criança a nível físico/motor, sensorial, mental e social,

como é exemplo a expressão dramática.

Desenvolvimento físico e movimento – Expressão corporal

Neste âmbito de experiência a acção educativa estimulará a

criança a que vá conhecendo o seu corpo, identificando

progressivamente as suas qualidades (género, cor do cabelo, altura,

etc.) e formando uma imagem positiva do seu corpo. Desde o princípio

deve ir aprendendo que as pessoas são diferentes, mas que todas

devem ser respeitadas e aceites por igual (o educador deve vigiar para

que em nenhum momento apareçam indícios de discriminação). Por

Formadora: Liliana Brandão 33/55

Page 34: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

outro lado, é importante que vá adquirindo consciência das

potencialidades motoras que lhe oferece o seu corpo, bem como das

limitações que ele mesmo tem.

O objectivo é experimentar os sentidos, distribuir e canalizar a

energia para actividades que exercitam e mexem com o corpo:

ginástica, dança, jogos rítmicos, mímica, etc.

Dado que o jogo é a actividade por excelência nesta fase, será

através dele e do movimento que, com mais facilidade, a criança irá

adquirindo tanto o conhecimento e o controlo do seu corpo como os

restantes aspectos da sua personalidade que se incluem nos diferentes

âmbitos de experiência destas fases e que, evidentemente, se

trabalham através de actividades de animação.

Exemplos de actividades que podem ser dinamizadas:

Dançar - Pôr às crianças música de diferentes ritmos do folclore

popular, para que, imitando o educador, dancem livremente. Dar as

mãos às mais inibidas e ajudá-las a movimentarem-se ao ritmo da

música.

Dar passos com ajuda - Dar a mão à criança para a auxiliar nos

primeiros passos descontrolados que der e estimulá-la a apoiar cada pé

devagar no chão.

Andar transportando objectos - Enquanto a criança está de pé,

entregar-lhe um pequeno objecto e pedir que lho leve até um local

próximo (de uma cadeira para outra, da cadeira para

a mesa, etc.).

Andar arrastando um brinquedo - Em posição de

pé, oferecer à criança um brinquedo atado a uma

corda, que ela deve agarrar com a mão. O educador

ajudará a arrastá-lo, enquanto a criança anda.

Lançar bolas - Em posição de pé, oferecer à criança uma pequena

bola para que a lance para a frente, imitando o educador.

Subir as escadas a gatinhar ou em pé com apoio – Colocar a

criança junto da escada e, em posição de gatinhar ou em pé, pedir-lhe

Formadora: Liliana Brandão 34/55

Page 35: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

que suba os degraus para ir conseguindo chegar aos diversos objectos

que antes foram colocados no 1º, 2º, 3º……. degraus.

Descer escadas - Descer escadas exige maior equilíbrio postural. O

educador dará a mão à criança para que esta, sempre a imitar, coloque

um pé no degrau inferior mais próximo. Em seguida, realizará a mesma

acção com o outro pé. Repetindo, ambos descerão a escada degrau a

degrau.

Fazer garatujas (rabiscos) - Estender papel contínuo no chão e, com

um instrumento suave (marcador grosso, lápis de cera, giz), mostrar às

crianças como fazer garatujas. Pedir que as façam sozinhas, ajudando

e segurando na mão daquelas que não se decidam. Pouco a pouco,

diminuir as ajudas. Noutros momentos, utilizar um tipo de suporte

diferente (encerado, cartolinas, papel de jornal, etc).

Rasgar e colar - Entregar às crianças pedaços de papel de seda para

que, imitando o educador, os rasguem fazendo pedaços pequenos, que

depositarão num cesto. Usando o indicador e o polegar em jeito de

pinça, ensiná-las a apanhar os pedacinhos de papel que estão no cesto

e a colá-los num suporte impregnado de cola, criando assim uma obra

vistosa.

Amarrotar – Entregar às crianças pedaços de papel, para que,

imitando o educador, os amarrotem formando grandes bolas que serão

guardadas num cesto.

Enroscar – Oferecer às crianças parafusos gigantes de plástico ou

garrafas de água vazias. Observando o educador, aprenderão a

enroscar com uma mão enquanto com a outra seguram no parafuso ou

a garrafa. No início, as crianças devem ser ajudadas, guiando-lhes a

mão nas voltas.

Abrir e fechar recipientes – Pôr à disposição das crianças caixas e

recipientes de cartão, madeira, plástico, etc. Ensinar-lhes como se

abrem e estimulá-las a que sejam elas a fazê-lo e a meter objectos nos

recipientes, prestando as ajudas necessárias.

Encaixar figuras – Oferecer à criança placas perfuradas nas quais

possa encaixar duas figuras ou formas geométricas. Mostrar-lhe como

Formadora: Liliana Brandão 35/55

Page 36: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

se encaixam e pedir que seja ela a fazê-lo, prestando-lhe muita ajuda

de início. Após repetidos ensaios sem que receba ajuda, aumentar o

número de encaixes em cada placa.

Passar folhas – Oferecer às crianças histórias pequenas com folhas

grossas de cartão. Ensinar-lhes como devem passar as folhas para ver

as imagens. Progressivamente, diminuir a grossura das folhas.

Visitas à comunidade (verem alguma actividade que não seja

comum para a maioria das crianças - ver a fazer pão, por exemplo).

Vários: Passeios temáticos, ciência divertida (magia, experiências com

utensílios do quotidianos), culinária (confecção do bolo de aniversário

sempre que uma das crianças faça anos), actividades na mesa

(construção com legos, montagem de puzzles), realização de jogos

populares (saltar à corda, furar balões, etc), Jardinagem – Permitir às

crianças explorar a terra e em simultâneo compreenderem como as

plantas vivem, “obrigando-as” as cuidar cada uma da sua planta, por

exemplo.

(…)

Desenvolvimento sensorial e exploração do mundo – Expressão

plástica

As crianças irão estabelecer contacto com diferentes materiais e

texturas (gesso, papel, cartão, cartolina, algodão, tecido, etc), cujas

aplicações tão distintas serão convertidas em objectos divertidos e

úteis, tais como molduras, ímanes, máscaras, fantoches, álbuns,

quadros, e muito mais.

Exemplos de actividades que podem ser dinamizadas:

Realizar pequenas obras plásticas - Colocar no chão ou na parede,

à altura das crianças, papel contínuo de cor branca, para que

destaquem melhor os traços.

- Oferecer às crianças diversos instrumentos grossos e de cores: ceras

macias, marcadores, giz, «tinta de dedos».

Formadora: Liliana Brandão 36/55

Page 37: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

- De início, pedir que imitem o educador e façam garatujas ou linhas

verticais. Guiar a mão das que não queiram fazê-lo espontaneamente.

Elogiar as criações e deixar os frisos a adornar a sala.

- Estampagem (com batatas, rolhas de cortiça, esponjas...) – dar às

crianças vários tipos de estampagem e ajuda-las a fazerem criações

em várias folhar ou numa de tamanho gigante.

- Modelagem: barro, pasta de papel, madeira, moldar, plasticina,

massas de cor, entre outras.

Desenvolvimento emocional e representação mental –

Expressão dramática/musical

As crianças são chamadas a participar em todas as fases de uma

peça de teatro: a criação de um argumento, a construção do cenário, a

exploração das personagens, a elaboração do guarda-roupa, a

distribuição dos papeis, os gestos, a fala, a mímica, etc. O esforço em

manter a criança intelectualmente activa e corporalmente passiva

implica uma atenção especial. A necessidade de actividade física e

jogo espontâneo nesta fase de desenvolvimento [na infância] é crucial,

se não mesmo decisiva na delimitação de hábitos saudáveis para uma

vida activa.

Partindo da ideia de que através das actividades artísticas se

proporciona a comunicação e a expressão, o corpo assume um papel

preponderante como principal instrumento dessa expressão. A

educação artística exige não só a cabeça, mas o corpo no seu todo,

contribuindo desta forma para o desenvolvimento integral do indivíduo.

O trabalho criativo realizado pela criança, revela o seu

desenvolvimento físico, através da sua capacidade de coordenação

visual e motriz, pela forma como controla o seu corpo, guia o seu

grafismo e executa certos trabalhos.

Estimulação sensorial do ouvido

- Gravar vozes de pessoas próximas da criança (mãe, pai, auxiliar de

educação , etc.), com um conteúdo positivo para ela. Accionar o

Formadora: Liliana Brandão 37/55

Page 38: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

gravador e comprovar se manifesta alguma reacção ao ouvir as vozes

e se as identifica.

- Mostrar livros com imagens de animais (cão, gato, vaca). Enquanto a

criança contempla as imagens, o adulto emite a onomatopeia

correspondente.

Estimulação sensorial do gosto

- A partir dos 2 anos, as crianças já ingerem todo o tipo de alimentos.

Portanto, a estimulação do gosto consistirá e proporcionar-lhes sabores

muito diferenciados, a diferentes temperaturas e com distintas

consistências. Por exemplo: dar-lhes uma colherzinha de algum

alimento conhecido da criança e pedir-lhe que identifiquem o sabor,

como doce, amargo, etc.

- As frutas são-lhes dadas em pedacinhos, para evitar que se

engasguem. Para além de serem necessárias e saudáveis nesta idade,

são poderosos estimulantes graças a seus variadíssimos sabores doces

(banana, pêra) ou ácidos (laranja, morango).

Estimulação sensorial do olfacto

- As crianças reagem a cheiros conhecidos (a comida, os pais, produtos

de higiene, médicos, etc.), com agrado ou com rejeição. Devemos

habituá-las a uma grande gama de cheiros, evitando os demasiado

fortes, que possam produzir alguma irritação na pituitária.

- Preparar, em frascos, produtos que tenham cheiros peculiares:

vinagre, limão, colónia, sumo de laranja, etc. Ajudar a que, pouco a

pouco, os vão identificando

Estimulação sensorial do tacto

- Nos jogos e actividades que as crianças diariamente realizam, deve

ter-se a preocupação de lhes oferecer materiais variados de diferentes

texturas: macios (balões pouco cheios algodão, plasticina), duros

(blocos de madeira, tijolo de plástico), lisos (papéis de todo o tipo),

rugosos (cartões canelados, tecido de serapilheira). Não se trata de

saberem a qualidade táctil dos materiais, mas sim de se irem

apercebendo das diferentes texturas.

Estimulação sensorial da visão

Formadora: Liliana Brandão 38/55

Page 39: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

- Pendurar, com uma corda, objectos a uma certa altura. Fazer com

que oscilem como um pêndulo (bolas brilhantes), ou em forma circular

(avião com motor), para que sigam os movimentos desses objectos

com o olhar.

- Lançar feixes de luz breves e intermitentes com uma lanterna, para

que as crianças procurem o reflexo na parede.

- Apresentar desenhos de objectos de uso habitual realizados em

cartolina (bola, boneca, mesa, chupeta) e «fotos» desses mesmos

objectos, para que os emparelhem.

- Imitar canções (Expressão musical) - As crianças gostam muito das

canções ou lenga-lengas acompanhadas de gestos e movimentos

simples, que o educador, no início, lhes cantará ou recitará; pouco a

pouco, irão tentar imitar os gestos e, posteriormente, a pronúncia dos

sons finais das palavras e da palavra final de cada verso

- Aproveitar os momentos de descontracção, depois das refeições, após

a realização de uma actividade motora e sempre que o educador

julgue oportuno, para pôr fragmentos de música clássica, se possível

calma, pois é a que mais costuma agradar às crianças.

- Visualização de filmes

- Realização de Karaoke para crianças com musicas que elas conheçam

e adoram.

ATELIERS

A programação dos ateliers procura a integração e o

desenvolvimento das crianças em diferentes áreas:

Ateliers e actividades grupais:

Histórias Enfeitadas (teatro de fantoches, contos através de

objectos e através de imagens)

Atelier de Artes Plásticas (decoração de objectos com

colagens e pinturas em relevo)

Formadora: Liliana Brandão 39/55

Page 40: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Atelier de Esponjas Mágicas (construções com colagem de

esponjas mágicas e coloridas)

Jogo Humano (jogo de equipas onde as crianças são os próprios

peões, tendo de realizar diferentes tarefas para alcançar a meta)

Danças com coreografias diversas

Pinturas Faciais

Caça ao tesouro as crianças adoram revirar o parque ou o

jardim à procura de pequenos tesouros em forma de guloseimas.

Princesas e Piratas (as crianças são caracterizadas de

princesas e piratas através de pinturas, adereços e vestuário)

Escultura de Balões (cães, flores e espadas são um sucesso

garantido junto de todas as crianças)

Festa temáticas (caracterização dos participantes através de

pinturas faciais, modelação de cabelos e adereços)

Aprendizes de culinária: as crianças poderão ter oportunidade

de aprender como utilizar alguns utensílios de cozinha, a

reconhecer os alimentos e as suas propriedades, e a realizarem e

criarem algumas receitas (bolachas artesanais, super-

sandwiches, bebidas coloridas, saladas, sobremesas deliciosas,

decoração de bolos)

Educação ambiental: conhecer os recursos da terra, a sua

importância e aproveitamento. Técnicas de reciclagem e bons

hábitos de defesa do ambiente.

Os animais nossos amigos: aprender sobre as características e

hábitos dos animais domésticos e selvagens, o seu tratamento,

higiene e cuidados de saúde.

Riscos e rabiscos: um momento criativo, no qual se estimula a

elaboração de desenho e pintura livre ou orientada para

determinado tema.

Conto um conto: o gosto pela leitura surge muitas vezes através

da arte de saber contar uma história seja ela fantasia ou

realidade. Cada criança terá oportunidade de ouvir e contar, de

Formadora: Liliana Brandão 40/55

Page 41: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

reinventar as histórias, de reflectir sobre os significados, o

enredo e as características das personagens.

Os filmes: altura para o visionamento de um filme

cuidadosamente escolhido em função do seu conteúdo lúdico-

didáctico e das preferências das crianças.

Jardinagem: as diferentes espécies, o calendário, a plantação, as

ferramentas e muito mais curiosidades sobre este tema.

Corpo Humano: mostrar como se constitui a pele, o esqueleto,

os órgãos e como funcionam os diferentes sistemas que o

compõem. Os cuidados de higiene e alimentação.

Momentos musicais: aprender os sons. Os diferentes géneros

musicais. Os nossos instrumentos (sons que fazem as mãos, a

boca, os pés). Construção de instrumentos com diferentes

materiais.

Hora do faz-de-conta: aqui as crianças podem ser o que

quiserem. Entre monstros e fadas, reis e rainhas, criam-se trajes

e adereços, faz-se maquilhagem e pinturas, penteados radicais,

trancinhas e totós e enfeitam-se as unhas das meninas.

Foto-mania: contar uma história por meio de imagens. Recolher

fotografias sobre um tema será um desafio para as crianças.

Construção de Bijutaria: para usar ou oferecer. Massa de

moldar, missangas e outros materiais irão ser convertidos em

pulseiras, colares, anéis, porta-chaves, cintos, alfinetes, etc.

Poesia: aprender a fazer poesia, rimas, lengas-lengas de

pequenas coisas.

Países do mundo: abordar de uma forma divertida as

características de cada país, os seus povos e raças, o seu clima e

os seus costumes.

As profissões: conhecer os diferentes ofícios, o que fazem os

familiares, as profissões de antigamente e as de hoje.

Jornalinho: em grupo poderemos criar um jornalinho interno com

histórias, notícias locais, técnicas de ilustração, curiosidades,

receitas, anedotas e adivinhas e muito mais.

Formadora: Liliana Brandão 41/55

Page 42: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Actividades ao ar livre: Ao longo do ano poderão ser

organizadas algumas visitas, passeios ou actividades ao ar livre,

como por exemplo visitas a monumentos.

As actividades propostas pelo animador, a nível físico, devem

estimular a motricidade. As actividades cognitivas ou mentais visam

desenvolver o cérebro e o sistema nervoso activo. As expressivas, são

actividades manuais e artísticas onde dão largas à imaginação. As

lúdicas, pode ser divertimento puro e simples, o que não quer dizer que

não sejam também educativas; que seja ao gosto dos participantes,

dança, teatro ou outras. E as actividades comunitárias são aquelas que

criam e dinamizam as relações interpessoais e sociais dos mais

pequenos com a comunidade.

Plano de Actividades (PA)

Elaboração de um Plano de Actividade (PA)

Plano: conjunto de programas. O programa operacionaliza um

plano mediante a realização de acções orientadas para alcançar as

metas e os objectivos propostos num determinado período.

Planear – É usar procedimentos para introduzir uma organização e

racionalização a acção com vista a alcançar determinadas metas e

objectivos.

Quando pretendemos realizar actividades com crianças sejam elas

de estimulação cognitiva ou física estas têm sempre, ou deveriam ter,

um objectivo, por conseguinte, essas actividades e esses objectivos

têm de ser pensados, trabalhados ou planeados atempadamente. Uma

forma de preparar as actividades de uma forma utilitária passa pela

elaboração de um plano de actividades. Este plano poderá ser diário,

semanal, mensal ou anual e deverá conter os dados mais importantes –

a data, o tipo de actividade, o local, os objectivos, os recursos –

Formadora: Liliana Brandão 42/55

Page 43: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

humanos, materiais, financeiros, a responsabilidade de cada

interveniente e por fim a avaliação da sua aplicabilidade. O plano anual

é o plano que está mais sujeito a alterações por diversos factores,

nomeadamente imprevistos temporais, institucionais e mesmo

pessoais. No entanto é importante que haja um plano anual ainda que

se saiba que poderá sofrer constantes alterações, pois só este

permitirá uma estruturação do trabalho que se pretende realizar com o

público-alvo, neste caso as crianças. O plano semana só deverá ser um

complemento do plano anual e não como a única planificação.

Elementos da planificação

Um Plano poderá ser um instrumento muito útil quer no domínio

da organização do tempo quer na definição dos objectivos das

actividades. Deve conter uma série de elementos de fácil interpretação

para quem lê e para quem o utiliza. Um plano poderá ser anual,

semestral, trimestral, mensal, semanal e diário.

Elaboração de um plano de actividades

Objectivos: Para Quê…?

Quando planeamos executar qualquer tarefa ou actividade, ainda

que inconscientemente, temos sempre um objectivo, como tal, não

seria adequado construirmos um plano sem termos em conta este

dado.

Os objectivos podem ser divididos em gerais – mais abrangentes e

pouco prático e específicos – mais direccionados para a acção e

práticos. Isto é, os objectivos gerais descrevem grandes orientações

para as acções (…), descrevendo as grandes linhas de trabalho a

seguir, os objectivos específicos exprimem os resultados que se espera

atingir e que detalham os objectivos gerais, funcionando como a sua

operacionalização, estes distinguem-se dos gerais pois não indicam

uma direcção a seguir, mas as etapas a alcançar.

Formadora: Liliana Brandão 43/55

Page 44: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

O objectivo deve ser o mais específico possível de modo a que

qualquer pessoa perceba o que se pretende. Os objectivos gerais

devem ser acompanhados pelos objectivos específicos. O objectivo é

uma intenção em relação à modificação que se pretende que a pessoa

tenha, é a descrição de um conjunto de comportamentos que a pessoa

deverá manifestar depois da actividade.

Os Objectivos devem ser definidos em função do/s destinatário/s e

não do Educador .

Local: Onde…?

Este dado é importante e terá de ser definido com alguma

antecipação, pois nem sempre o espaço está disponível ou adaptado

Se por outro lado for um espaço público a visitar, como por exemplo

um museu ou outra instituição essa necessidade será, ainda mais,

evidente.

Metodologia: Como…?

De que forma irá ser realizada. Que métodos vão ser usados para a

realização ou planificação da actividades/das actividades.

Actividades e Tarefas: o que se pretende desenvolver.

Neste dado deverá constar o nome da actividade, e uma breve

descrição da mesma, pois por vezes o nome da actividade nem sempre

é suficiente para a descrição da mesma. Exemplo: Comemoração do

dia da Mãe – realização de um ramo de flores com papelão e de um

postal para juntar ao ramo.

Calendarização

Este dado é imprescindível na construção do plano, ele deverá

indicar o mês ou o dia em que irá ser realizada a actividade. Exemplo:

5 de Março – terça-feira de tarde e a duração de cada actividade.

Recursos

Formadora: Liliana Brandão 44/55

Page 45: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Outro dado imprescindível na construção de um plano e na

execução do mesmo são os recursos. Estes podem dividir-se em:

Recursos humanos – referem-se às pessoas intervenientes quer

na elaboração do plano, quer na execução do mesmo. Podem

desempenhar tarefas muito distintas, tendo todas um papel

imprescindível.

Recursos materiais (logísticos) – são todos os materiais

necessários para a execução das actividades: equipamentos, infra-

estrutura físicas, instrumentos, obejctos, etc...

Recursos financeiros – serão as verbas disponíveis para a

execução das actividades planeadas.

Os recursos têm de ser suficientes para todos os participantes, e

atempadamente requisitados e adquiridos. (Se for um passeio ao

exterior, é necessário requisitar um autocarro e motorista). Muito

importante também, é saber qual a disponibilidade da instituição,

relativamente a este assunto.

Para actividades de maior envergadura, algumas perguntas se

impõem:

- Existem recursos necessários?

- É preciso recorrer a parceiros externos?

- Quais os recursos disponíveis na comunidade, próxima e alargada?

- Quais os recursos disponibilizados pelos parceiros, formais e

informais?

Avaliação

A avaliação é uma componente do processo de planeamento.

Todos os projectos contêm necessariamente um “plano de avaliação”

que é acompanhado de mecanismos de auto controle que permitem,

de forma rigorosa, ir conhecendo os resultados e os efeitos de

intervenção e corrigir as trajectórias caso sejam desejáveis. A

avaliação é algo de extrema importância para a compreensão do

sucesso ou insucesso das actividades planeadas.

Formadora: Liliana Brandão 45/55

Page 46: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Critérios de avaliação:Eficácia – perceber em que medida os objectivos foram atingidos e as

acções/ actividades foram realizadas;

Eficiência – relacionada com a avaliação do rendimento técnico da

acção, resultados obtidos relativamente aos recursos utilizados;

Adequabilidade – avalia em que medida a acção/actividade foi

adequada face ao contexto e à situação na qual se pretendia intervir;

Equidade – destina-se a avaliar em que medida existiu igualdade de

oportunidades de participação de todos os intervenientes na acção/

actividade;

Impacto – utilizado numa perspectiva de médio ou longo prazo,

destina-se a avaliar em que medida a acção/actividade contribuiu para

a melhoria da situação, numa perspectiva de mudança.

A responsabilidade

É importante uma definição do papel de cada elemento

interveniente no plano, desta forma será indispensável atribuir a cada

elemento a sua responsabilidade nas actividades a desenvolver.

Planificação

É usar procedimentos para introduzir a organização e

racionalidade à acção, com vista a alcançar determinadas metas e

objectivos. A execução das diferentes técnicas devem ser aproveitadas

para trabalhar alguns temas básicos:

Trabalhar os hábitos de higiene e limpeza;

Utilizar diferentes materiais e técnicas;

Estimular a actividade cognitiva através da observação directa,

manipulação e experimentação;

Reforçar a autonomia;

Motivar, explicar o que vão fazer e porquê;

Criar um ambiente sereno, descontraído e aberto às experiências;

Despertar a curiosidade e a vontade;

Dar importância aos interesses, motivações dos participantes.

Formadora: Liliana Brandão 46/55

Page 47: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

(…)

Formadora: Liliana Brandão 47/55

Page 48: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

EXEMPLO: Plano anual de actividades – Jardim de Infância

ACTIVIDADES OBJECTIVOS INTERVENIENTES DINAMIZADORES CALENDÁRIO

Reunião de Pais e Encarregados de Educação

Apresentação aos encarregados de educação: da docente, da auxiliar de educação, dos diferentes espaços do jardim de infância, dos horários e pausas lectivas do jardim, do funcionamento e tabela de preços do apoio à família e por fim, dos objectivos a desenvolver no jardim de infância.

Encarregados de Educação, Educadores de Infância e Auxiliares de Acção Educativa dos diferentes Jardins.

Educadores dos diferentes Jardins de Infância.

5 ou 6 de Setembro

Início do ano lectivo Promover a integração dos alunos na comunidade escolar, no espaço físico e no espaço social.

Encarregados de Educação, Educadores, Auxiliares e crianças.

Educadores e Auxiliares de Educação.

11 de Setembro

Dia Mundial da Água História da menina gotinha de água.Consciencializar os alunos para a importância da água.Hábitos de higiene.

Educadores, Auxiliares e grupos de crianças.

Educadores de Infância

1 Outubro

Desfolhada Tradicional A realizar na comunidade local. (*)

Preservar o património cultural.Promover a Socialização.Contribuir para o alargamento de saberes globais.

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças e comunidade local.

Educadores e Auxiliares.

Outubro (data sujeita a marcação)

Dia Mundial da Alimentação (semana da alimentação) – fabrico de pão, confecção de um doce com frutos da época.

Promover uma alimentação racional.A roda dos alimentosSensibilização para regras de higiene alimentar.

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças, Encarregados de Educação

Educadores de Infância e Auxiliares de Educação.

16 Outubro

Visita ao CastanheiroApanha de castanhas

Conhecer a árvore.Como nascem as castanhas.Sensibilização para as regras de andar no exterior em grupo.Promover a amizade e a convivência entre o grupo

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças.

Educadores de Infância

? Outubro (data sujeita a marcação)

Formadora: Liliana Brandão 48/55

Page 49: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Magusto (*) Manter as tradições populares: História de S. Martinho, canções, lenga-lengas Levantamento e registo. Jogos tradicionais. Adquirir vocabulário relacionado.Promover valores e relações humanas: amizade, partilha, solidariedade.

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças.

Educadores e Auxiliares de Educação.

11 Novembro

Festival de pequenos artistas "Corpo Mágico"

Desenvolver as capacidades preceptivas, coordenativas, físicas, intelectuais, da sociabilidade e afectividade.

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças do Jardim-de-infância de Aldeia Nova, Animadoras

Animadoras do Centro de Recursos

12/11 19/1126/11

Comemoração do NatalVisita do Pai NatalFesta de Natal (*)

Conhecer os costumes e tradições da época natalícia.Histórias, canções e lenga lengas alusivas á época - Levantamento e registo.Promover o convívio e a confraternização.Promover a criatividade

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças, Encarregados de Educação e Animadores da Câmara.

Educadores, Auxiliares de Educação e Animadores da Câmara.

DezembroFesta de Natal-18/12Visita do Pai Natal em data a combinar.

Festival de pequenos artistas "Corpo Mágico"

Desenvolver as capacidades preceptivas, coordenativas, físicas, intelectuais, da sociabilidade e afectividade.

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças do Jardim de Infância de Aldeia Nova , Animadoras

Animadoras do Centro de Recursos

7/Janeiro14/ Janeiro21/Fevereiro

Festa das FogaçasConfecção de fogaças

Promover valores tradicionais da região.Promover o convívio e a confraternizaçãoContribuir para o alargamento de saberes globais

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças, Encarregados de Educação

Educadores e Auxiliares de Educação.

17 de Janeiro

Festival de pequenos artistas "Corpo Mágico".

Desenvolver as capacidades preceptivas, coordenativas, físicas, intelectuais, da sociabilidade e afectividade.

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças do Jardim de Infância de Igreja nº1,Animadoras do Centro de recursos

Animadoras do Centro de Recursos

19/2 26/219/3

Dia do Livro Promover o gosto e respeito pelos livros.Construção de histórias tradicionais ou inventadas, em livros.

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças.

Educadores de Infância.

15 de Março

Dia do Pai Fomentar e fortalecer laços familiares.Valorizar a figura paterna. Promover a interacção escola/família; Visita do Pai à escola.

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças e pais.

Educadores de Infância.

19 de Março

Formadora: Liliana Brandão 49/55

Page 50: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Dia Mundial da Árvore

Sensibilizar a criança para a importância da árvore na Natureza; Motivar a criança para a preservação e protecção da Natureza.

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças.

Educadores de Infância.

21 Março

Festival de pequenos artistas "Corpo Mágico"

Desenvolver as capacidades preceptivas, coordenativas, físicas, intelectuais, da sociabilidade e afectividade.

Educadores, Auxiliares, grupos de crianças do Jardim de Infância de Igreja nº1,Animadoras do Centro de recursos

Animadoras do Centro de Recursos

2/4

9/4

Festa da Páscoa:História do coelhinho da Páscoa.Lanche convívio (*)

Reviver as tradições da Páscoa.Proporcionar à criança momentos de alegria e diversão.Promover a socialização.Desenvolver capacidades de expressão oral: canções, quadras, rimas etc. relativas à ocasião.

Educadores, Auxiliares de Educação, Pais e grupos de crianças

Educadores de Infância

11 de Abril

Dia da Mãe Fomentar e fortalecer laços familiares; Valorizar a figura materna; Promover a interacção escola/família: visita da mãe à escola.

Educadores, Auxiliares de Educação, Pais e grupos de crianças

Educadores de Infância e Auxiliares de Educação

2 Maio

Passeio à Quinta Pedagógica de Aveiro - Projecto da Câmara de Stª Mª da Feira

Proporcionar novas situações de aprendizagem.Aquisição de novos conhecimentosPromover o convívio e a confraternização entre Jardins.

Educadores, Auxiliares de Educação, e grupos de crianças, Câmara de Stª Mª da Feira

Educadores de Infância

Maio (data a combinar).

Dia Mundial da Criança ( actividade a desenvolver em parceria com a Câmara e/ou Agrupamento da Corga) (*)

Sensibilizar a comunidade escolar para a importância dos direitos da criançaPromover o convívio entre crianças de outras escolasProporcionar momentos de alegria e diversão

Educadores, Auxiliares de Educação, e grupos de crianças, Câmara de Stª Mª da Feira e/ou Agrupamento da Corga

Educadores de Infância Câmara e/ou Agrupamento da Corga.

1 de Junho

Dia Mundial do Ambiente (actividade a desenvolver em parceria com a Câmara) (*)

Sensibilizar a comunidade escolar para a defesa e conservação do ambiente

Educadores, Auxiliares de Educação, e grupos de crianças, Câmara de Stª Mª da Feira

Educadores de Infância e Câmara

5 de Junho

Passeio de Final de Ano BRACALÂNDIA

Promover o convívio entre crianças de outras escolasProporcionar momentos de alegria e diversão

Educadores, Auxiliares de Educação, e grupos de crianças

Educadores de Infância

Junho (em data a combinar)

Formadora: Liliana Brandão 50/55

Page 51: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Feira Medieval (*) Vivênciar épocas ancestrais (costumes hábitos, trajes etc.)Contribuir para o alargamento de saberes globais

Educadores, Auxiliares de Educação, e grupos de crianças, Câmara de Stª Mª da Feira

Câmara de Stª Mª da Feira

Junho (?)

Festa Final de Ano (*) Promover a relação escola/famíliaPromover momentos de diversão e alegria

Educadores, Auxiliares de Educação, grupos de crianças Pais

Educadores Auxiliares de Educação

Junho (em data a combinar)

Retirado do site: http://infancia.no.sapo.pt/plano_de_actividades.htm

Formadora: Liliana Brandão 51/55

Page 52: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

Conclusão

Brincar tem moldado as normas, valores e costumes de todas as

culturas; é uma força maior na qual todas as culturas participam, é

como que uma auto-expressão para o próprio prazer da criança, é um

comportamento auto-motivado, pois ninguém pode forçar uma criança

a brincar; contudo, para a criança, brincar, pode ser um assunto sério.

Brincar é fundamental, pois permite à criança enfrentar desafios,

resolver problemas, aperfeiçoar o pensamento e desenvolver

potencialidades, é um comportamento muito habitual em períodos de

desenvolvimento do conhecimento de si próprio, do mundo físico e

social e dos sistemas de comunicação. As crianças brincam e isso

constitui para elas uma actividade normal, fundamental. É através das

actividades de animação que a criança explora o mundo e se conhece

a si mesma. Longe de serem meros passatempo, as actividades de

animação são, simultaneamente, reflexo e estímulo do seu

desenvolvimento motor, cognitivo e afectivo, constituindo a base das

suas actividades futuras. A criança ao realizar actividades específicas

para a sua idade, para além de explorar o mundo ao seu redor,

também comunica sentimentos, ideias, fantasias, revelando-se nas

suas futuras actividades culturais. O facto de os pais trabalharem fora

de casa deixando os filhos entregues a amas ou instituições, o uso

excessivo da televisão, a falta de espaços na rua e as casas demasiado

pequenas, são factores que diminuem as oportunidades de brincar,

indispensáveis ao desenvolvimento integral da criança.

É cada vez maior a importância que se atribui ao “brincar” e é

relevante o papel pedagógico desta acção que se reflecte na

aprendizagem da criança em todos os seus níveis de desenvolvimento,

desde a afectividade, a criatividade, a partilha, a socialização, a

inexistência de egoísmo, a construção da sua personalidade.

Defender a importância da educação ao longo da vida é pensar no

futuro e pensar no futuro, qualquer que seja a dimensão considerada,

obriga a pensar na criança, obriga sobretudo a reflectir se o que hoje

Formadora: Liliana Brandão 52/55

Page 53: Acomp Criancas Tecnicas Animacao

investimos na criança é suficiente para garantir o melhor do seu

desenvolvimento.

Desta forma é importante transmitir às minhas crianças

conhecimento, mas mais que isso, comportamentos, destrezas,

atitudes, valores e um grande sorriso. Porque o poder do sorriso é

grande, e saber sorrir é algo muito importante. Antoine Exupéry diz:

“No momento em que sorrimos para alguém, descobrimo-lo como

pessoa, e a resposta do seu sorriso quer dizer que nós também somos

pessoa para ele”.

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