ações afirmativas: negros* e indígenas na universidade...

Ações Afirmativas: negros* e indígenas na Universidade Federal de Santa Catarina

Marcelo H. R. Tragtenberg (FSC/UFSC)

Bento Gonçalves, 8 de novembro de 2012

Comissão de Ação Afirmativa/UFSC

“O carrasco mata sempre duas vezes, a segunda pelo silêncio.”

Elie Wiesel (Ellwanger)

“...Qual a paz que eu não quero conservar para tentar ser feliz...”

O Rappa

“Miséria é miséria em qualquer canto, riquezas são diferentes…”

Titãs

INCT- Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa

Equipe INCTI- SC

Pesquisadores Titulares

Ilse Scherer-Warren (UFSC)Marcelo Henrique Romano Tragtenberg (UFSC)Marco Aurélio de Anselmo Peres (UFSC)Alexandra Crispim Boing (UFSC)Kabengele Munanga (USP)Liliana de Mendonça Porto (UFPR)Celi Regina Jardim Pinto (UFRGS)José Carlos dos Anjos (UFRGS)

Pesquisadores Associados

Karine Pereira Goss (IF-SC)João Luiz Dornelles Bastos (UFSC)Antonio Fernando Boing (UFSC)Joana Célia dos Passos (UNISUL)

Mestrando

Alessandro Theodoro Cassoli (UFSC)

BolsistasMarina Reche Felipe (UFSC)Paula Batistela (UFSC)Vera Belo (UFSC)Anna Carolina do E. Santo (UFSC)


Comissão de Ação Afirmativa

Antonella Tassinari (Antropologia/CFH)Corina Espíndola (Col. Aplicação/CED)Jean-Marie Farines (Eng. Automação/CTC)Marcelo H. R. Tragtenberg (Física/CFM)Milton Divino Muniz (aposentado/CCB)Vania Beatriz Monteiro da Silva (aposentada/CED)Viviane Heberle (Inglês/CCE)

O que são Ações Afirmativas?“consistem em políticas públicas (e também privadas) voltadas à concretização do princípio constitucional da igualdade material e à neutralização dos efeitos da discriminação racial, de gênero, de idade, de origem nacional e de compleição física (e socioeconômica – adição nossa). Impostas ou sugeridas pelo Estado, por seus entes vinculados e até mesmo por entidades puramente privadas, elas visam a combater não somente as manifestações flagrantes de discriminação, mas também a discriminação de fundo cultural, estrutural, enraizada na sociedade.

De cunho pedagógico e não raramente impregnadas de um caráter de exemplaridade, tem como meta, também, o engendramento de transformações culturais e sociais relevantes, inculcando nos atores sociais a utilidade e a necessidade da observância dos princípios do pluralismo e da diversidade nas mais diversas esferas do convívio humano.”.[1]

[1] GOMES, Joaquim Benedito Barbosa. Ação Afirmativa & Princípio Constitucional da Igualdade: o direito como instrumento de transformação social. A experiência dos EUA. Rio de Janeiro: Renovar, 2001, p. 6-7.

Breve histórico das ações afirmativas no Brasil

-Cotas: surgiram na Índia (1949), hoje são ilegais nos EUA (1978 –Regents x Bakke)

- Bônus: ilegais nos EUA (2003 – Gratz x Bollinger)

- Cotas/Ação Afirmativa no Brasil: a) 1999 (cotas para negros na UnB)b) 2000 (Estatuto da Igualdade Racial, aprov. 2010)b) 2001 (Durban/Mov. Social Negro)c) 1999 – 2003 -Projeto 73/99 … – depois Lei 12.711/2012d) 2004 (PROUNI) e) 2012 (STF – constituc. cotas para negros e esc. Públicas –

Ellwanger – Negros x Afrodescendentes – negros e pardos)


Contextualização: Desigualdades

- Desigualdade social no Brasil:

- Renda: 1% mais rico detém 12,7% da renda nacional50% mais pobres detém 15,5%

- Salários de 26 milhões/ano x mínimo de 8 mil/ano (~3200x)

- Cursos universitários sem alunos de escola pública: a) Cinema e Jornalismo (UFSC/2006)b) Artes Cênicas/USP 2009 com INCLUSP

- Ações afirmativas de recorte socioeconômico são necessárias

E a desigualdade racial no ensino superior?

?


Contexto: desigualdade racial no Ens. Sup.

% COM ENSINO SUPERIOR COMPLETO (25 anos+)

0

2

4

6

8

10

12

14

16

1998 2008

9,7

14,7

2,2

4,7

Brancos Pretos/Pardos

%

1999 2009

Dif. B - N 7,5 10



0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

1998 2008

33,0

60,3

7,1

28,7

Brancos Pretos/Pardos

% NO ENSINO SUPERIOR (18 a 24 anos)

%

1999 2009

Dif B – N 25,9 31,6

0% 20% 40% 60% 80% 100%

preta/parda/indígena

branca/amarela


branca/amarela


branca/amarela


branca/amarela


branca/amarela

20%

m

ais

po

bre

s2

34

20%

m

ais

rico

s

Porcentagem da população

Qu

inti

s d

a p

op

ula

ção

Até o Ensino

FundamentalEnsino Médio

Ensino Superior


Fonte: Rafael Neves, a partir dos dados da PNAD, para o boletim PREAL/Fundação Lemann/2009 (B-N 2 ->20%).

Contexto: desigualdade racial no Ens. Sup.IBGE

CENSO 2000

RS - SC

ENS. MÉDIO COMPLETO (2:1, 1,5:1)

GRADUAÇÃO

COMPLETA (3:1, 4:1)

Mestrado/Doutorado

(4:1, 5:1)

BRANCOS 16,8%

15,4%

6,2%

7,5%

0,35%

0,4%

NEGROS 9,3%

10,9%

1,9%

1,9%

0,09%

0,08%

(Mapa da Cor no Ens. Sup. Brasileiro-2000/ J. L. Petruccelli)

Contexto: desigualdade racial na Ed. Bás.

0

20

40

60

80

100

120

6a 7a 8a 9a 3a EM

% m

atri

cula

sem

rel.

à 1

a sé

rie

Evasão por raça – PNAD 2011 – RM FloripaFonte: Censo Escolar – Relatorio CERES/COPPIR/PMF

Brancos

Negros

Desempenho por classe e raça no SAEB (Soares/Alves)

Fatores que melhoram ou pioram a equidade

• Melhora ou piora a equidade para negros ou pardos?• Professor com Licenciatura• Salário do Professor• Equipamentos• Envolvimento do diretor• Gostar de estudar• Lição de casa• Existência de livros na casa

• TEORIA DA EQUIDADE INVERSA (VICTORA ET AL.)

Atraso escolar em filhos de cores diferentes

“Discriminação” como explicação para diferença de renda (CERES/COPPIR/PMF)

- SC: 42,5%

- RM Floripa: 49,8%

- RS: 45,3%

- RM POA: 50,5%

Indígenas

-Dados do IBGE para Ensino Superior de Indígenas nãosão confiáveis, de forma geral

- IDH do Brasil/2004: 0,79 (62o lugar) , sendo 0,8 correspondente a alto desenvolvimento humano)- IDH dos brancos: 0,838 (51o - Cuba)

- IDH dos negros: 0,753 (104o - Paraguai)- IDH dos indígenas: 0,683 (114o - Bolívia).

- Dificuldade de tirar RG, CPF- Provas em outra língua

Programa de Ações Afirmativas da UFSC I

- Elaboração baseada em simulações:a) 17 cursos de maior ou menor prestígio socialb) Duplicação de vagas não produz diversidade

socioeconômica nem étnico-racial na UFSCc) Reserva de 50% das vagas para estudantes de ensino

médio público não aumenta o percentual de estudantesnegros na UFSC

Cadernos de Pesquisa, no. 128/2006 (Qualis A Internacional/CAPES)

- UNICAMP (PAAIS) precisou conceder bônus para negros para evitarsua diminuição pelo bônus de escolas púbicas

Programa de Ações Afirmativas da UFSC -A) Preparação do Acesso: divulgação do PAA (PROEXT 2011-2013), pré-vestibular

B) Acesso:a) 20% EF/EM públicob) 10% negros preferencialmente EF/EM público (verificação)c) 5(10) vagas para indígenas em 2008 (2013) (verificação)d) optantes concorrem pela classificação geral

C) Permanência (assist. Estudantil, pedagógica, form. Política)

D) Banco de dados de egressos (s/ avaliação)E) Comissão Institucional de AcompanhamentoF) 2008-2012, com reavaliação em 2012, reeditado até 2017 (unanimidade do Cons. Univ) H) Adaptação à Lei de Cotas 12.711/2012 em 16out

A) Pré-Vestibular Gratuito da UFSC: pessoas atendidas

- Critério de seleção socioeconômico

- Presença em 29 cidades de SC (2012)

750

15342152

2548

3624

6532

9850

12100

200 350 450 450 700

15002000

3000

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Inscritos Atendidos

No

. de

pe

sso

as a

ten

did

as

Pré-Vestibular: % de aprovação em Ensino Superior Público (UFSC/Udesc)

1820 20

27

30

38

54

45 5 5 5

6

10

0

10

20

30

40

50

60

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

UFSC UDESC

% d

e ap

rova

ção

%


Resultados

Figura 1: Perfil dos alunos classificados no vestibular, segundo raça(Pretos, Pardos, e Pretos+Pardos) Florianópolis, 2004-2011.

%

1,1

0,9

6,3

4,0

3,1

5,2

6,67,9

9,69,1

8,3

8,17,7

8,8

15,9

13,1

11,4

13,3

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Pretos Pardos Pretos + Pardos


Resultados

Figura 2: Razão entre brancos e pretos (A) classificados no vestibular da UFSC.Florianópolis, 2004-2011.

82,2

98,6

13,021,3 16,3

28,5

26,99

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Razão Razão pela Composição Racial - SC

Raz

ão e

ntr

e b

ran

cos

e p

reto

s /U

FSC


Resultados

Figura 3: Razão entre brancos e pretos + pardos, classificados no vestibular daUFSC. Florianópolis, 2004-2011.

11,7

10,1

5,2

6,5

7,6

6,4

7,6

5,1

0

2

4

6

8

10

12

14

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Razão Razão pela Composição Racial - SCRaz

ão e

ntr

e b

ran

cos

e p

reto

s e

par

do

s/U

FSC

É necessária AA para negro que não é de Escola Pública?

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

2008 2009 2010 2011

57,354,9

53,4

65,0

42,745,1 46,6

35,0

Negros de Escola Pública Negros de outro Percurso

% d

e n

egr

os

po

r o

rige

m e

sco

lar


Resultados

Figura 4: Perfil dos alunos classificados no vestibular da UFSC, segundo EF/EMem escola pública (Sim ou Não). Florianópolis, 2004-2012.

80,783,1 81,8 82,0

70,5 72,1 72,5

67,465,0

19,3 16,9 18,2 18,0

29,5 27,9 27,532,6

38,7

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Não Sim


Resultados

Figura 4’: Perfil dos alunos classificados no vestibular da UFSC, segundo EM emescola pública ou outro percurso escolar. Florianópolis, 2004-2011.

26,924,9 24,1 24,2

35,3 34,0 33,0

39,041,3

61,264,1 64,6 65,0

55,0 55,958,2

53,050,6

6,1 5,3 5,4 4,9 5,1 5,2 5,0 4,4 4,5

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Escola publica Escola particular Maior parte pública

Maior parte particular Escola comunitária


Resultados

Figura 5: Razão entre os classificados no vestibular da UFSC de outro percursoescolar e ensino público, classificados no vestibular da UFSC.Florianópolis, 2004-2011

4,24,6

2,4 2,6 2,6

2,1

0

1

2

3

4

5

6

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Raz

ãoen

tre

ou

tro

per

curs

oes

cola

re

ensi

no

pú

blic

o/U

FSC

Programa de Ações Afirmativas da UFSC

Figura 5’: Seletividade de classificados no vestibular da UFSC, segundo tipo de ensino e ano, de 2004 a 2011.


Resultados

Figura 5’’: Perfil dos alunos classificados no vestibular da UFSC, segundo rendafamiliar, de 2004 a 2012.

0

5

10

15

20

25

30

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Até 1 SM 1-3 SM 3-5 SM 5-7 SM 7-10 SM 10-20 SM 20-30 SM Acima 30 SM

PAA/UFSC: escolaridade dos pais

1,20,9

1,31,5

18,5 15,6 17,920,7

26,223,8

26,928,2

54,159,8

54,049,7

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Não frequentou escola Fundamental Médio Superior

0,83,2 4,1 3,0

19,0 15,1

24,128,0

21,3 27,031,5 31,6

58,9

54,7

40,437,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011


BRANCOS

PARDOS

PAA/UFSC: escolaridade dos pais

PRETOS

4,92,7

5,4 7,7

26,8

46,0

36,437,4

32,4

33,0

34,334,2

18,9

25,2

20,5

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011



Resultados

Figura 6: Percentual de preenchimentos das vagas do Programa de AçõesAfirmativas nos vestibulares da Universidade Federal de Santa Catarina de 2008a 2011. Florianópolis, Brasil.

%

78,0

60,0

33,8

57,3

100,096,9

87,4

98,5

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

2008 2009 2010 2011

Negros Escola Pública

Programa de Ações Afirmativas da UFSC

CTC

CED

Validação de autodeclaraçãoa) Negros com autodeclaração não validada (UEMS , 4 processos):

- 2008 (3% de 300)

- 2009 (5% de 250)

- 2010 (5% de 204)

- 2011 (5% de 270)

- 2012 ( 5 % de 280)

b) Indígena com autodeclaração não validada:

- 2009 (1) em 2 classificados- 2012 (1) em 3 classificados


Resultados

Figura 7: Percentual de oriundos do EF/EM público ingressantes pelo PAA (azul)e nos casos de haver somente cotas de 30% para EF/EM/P (roxo), 20% paraEF/EM/P (verde) e no caso de não haver nenhuma cota (vermelho).

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

2008 2009 2010 2011 2012

% d

e o

riu

nd

os

de

esco

la p

úb

lica

ingr

essa

nte

s n

a U

FSC

Com a PAA existente Sem qualquer PAA

Com apenas cota 20% EP Com apenas cota 30%


Resultados

Figura 8: Percentual de pretos e pardos ingressantes pelo PAA (azul), e semcotas para negros mas 30% de cotas para EF/EM/P (roxo), 20% de cotas paraEF/EM/P (verde), e não tivesse cota alguma (vermelho).

0

2

4

6

8

10

12

14

16

2008 2009 2010 2011 2012

% d

e n

egro

s in

gres

san

tes

na

UFS

C

Com a PAA existente Sem qualquer PAA

Com apenas cota 20% EP Com apenas cota 30%

Permanência

- Principais perguntas:

- Qual a reprovação por categoria em 2008.1/2011.2?

- Qual a evasão por categoria em 2008.1/2011.2?

- Qual o apoio socioeconômico recebido pelos alunos

de ações afirmativas (cotistas e vagas sup.)?

- Qual o apoio pedagógico recebido pelos alunos de AA?


Resultados: Reprovação

17,1

29,1

17,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

Classificação Geral PAA Negros PAA Escola Pública

%

Proporção de reprovação em disciplinas cursadas. UFSC, 2008/1 a 2011-2.


Resultados: reprovação por centro

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

CCA CCB CCE CCJ CCS CDS CED CFH CFM CSE CTC

%


Proporção de reprovação em disciplinas cursadas. Centros de ensino da UFSC, 2008/1 a 2011-2.


Resultados

0

10

20

30

40

50

60

ARQUITETURA E URBANISMO

ENGENHARIA CIVIL ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

%


Proporção de reprovação em disciplinas cursadas. Seleção de cursos com maior seletividade da UFSC, 2008/1 a 2011-2. 11-2.


Resultados

0

2

4

6

8

10

12

DIREITO JORNALISMO MEDICINA NUTRIÇÃO PSICOLOGIA

%


Proporção de reprovação em disciplinas cursadas. Seleção de cursos com maiorseletividade da UFSC, 2008/1 a 2011-2.


Resultados

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

FÍSICA - Licenciatura (noturno)

MATEMÁTICA -Licenciatura (noturno)

QUÍMICA - Licenciatura FILOSOFIA (noturno) ENGENHARIA DE AQUICULTURA

%


Proporção de reprovação em disciplinas cursadas. Seleção de cursos com menor seletividade da UFSC, 2008/1 a 2011-2.


Resultados

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA E

LITERATURAS

SERVIÇO SOCIAL (noturno)

EDUCAÇÃO FÍSICA LETRAS - LÍNGUA ESPANHOLA E LITERATURAS

PEDAGOGIA

%


Proporção de reprovação em disciplinas cursadas. Seleção de cursos com menor seletividade da UFSC, 2008/1 a 2011-2.


Resultados: evasão

28,8 (22,6)

22,5 (14,3) 22,5 (17,3)

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0


%

Proporção de evasão bruta e com reingresso. UFSC, 2008/1 a 2011-2.


Resultados

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

CCA CCB CCE CCJ CCS CDS CED CFH CFM CSE CTC

%


Proporção de evasão. Centros de ensino da UFSC, 2008/1 a 2011-2.


Resultados

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

ARQUITETURA E URBANISMO

ENGENHARIA CIVIL ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

%


Proporção de evasão. Seleção de cursos com maior seletividade da UFSC, 2008/1 a2011-2.


Resultados

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

DIREITO JORNALISMO MEDICINA NUTRIÇÃO PSICOLOGIA

%


Proporção de evasão. Seleção de cursos com maior seletividade da UFSC, 2008/1 a2011-2.


Resultados

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

FÍSICA - Licenciatura (noturno)

MATEMÁTICA -Licenciatura (noturno)

QUÍMICA - Licenciatura FILOSOFIA (noturno) ENGENHARIA DE AQUICULTURA

%


Proporção de evasão. Seleção de cursos com menor seletividade da UFSC, 2008/1 a2011-2.


Resultados

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA E

LITERATURAS

SERVIÇO SOCIAL (noturno)

EDUCAÇÃO FÍSICA LETRAS - LÍNGUA ESPANHOLA E LITERATURAS

PEDAGOGIA

%


Proporção de evasão. Seleção de cursos com menor seletividade da UFSC, 2008/1 a2011-2.

Cursos de Língua EstrangeiraExtra-Curriculares

- Material didático: kits odontologia

(PRAE/PREG/Coord. de Odonto), Arquitetura

(ainda em discussão)

- Apoio pedagógico (PRAE/PREG)

- Bolsistas REUNI/PG

PERÍODO

INSCRITOS

SELECIONADOS

NÃO ATENDIDOS

2008.1 23 23 0

2008.2 10 10 0

2009.1 94 94 0

2009.2 150 148 2

PAA – UFSC (2008)vagas destinadas a indígenas

Artigo 2º, inciso III, contempla estudantes que “pertençamaos povos indígenas”

Artigo 9º, prevê a criação de “cinco vagas suplementaresque serão preenchidas pelos candidatos melhorclassificados no vestibular”

§ 1º, estabelece o limite de 2 vagas por curso,

§ 2º, prevê a criação de uma vaga suplementar porano, até um total de 10 vagas em 2013

2008 2009 2010 2011 2012 Total

Vagas 5 6 7 8 9 35

Inscritos 7 14 7 3 13 44

Classificados 3 2 2 2 5* 14

Matriculados 2 1 2 2 21(rep)

8 (6 pr)

Inscrição e classificação dos candidatos autodeclarados indígenas - PAA

Fonte: Coperve UFSC* 3 candidatos aprovados em medicina, somente 2 vagas

Inscrições Vestibular UFSC – povos indígenas – 44 inscritos

Guarani

Kaingang

Xokleng

Outras Etnias *

25%11 inscritos

20%9 inscritos

16 inscritos36%

8 inscritos18%

* Ticuna (3), Tukano, Pankararé, Tupinambá, Xavante, Wapixana, Krenak

Cursos escolhidos

Medicina

Direito

Agronomia

Enfermagem

Pedagogia

Sistemas de InformaçãoOutros Cursos

32%14 inscritos

14%6 inscritos

11%5 inscritos

4 inscr.9 %

2 inscritos 5%

25%11 inscritos

2 inscritos 5%

Outros cursos com uma escolha cada: Engenharia Sanitária e Ambiental, Serviço Social, Artes Cênicas, Odontologia, Psicologia, História, Filosofia, Letras/Português, Arquitetura e Urbanismo, Antropologia e Educação Física

9 Matrículas – indígenas

Xokleng

Kaingang

Wapixana

Ticuna

65 % das matrículas:2 Direito Noturrno1 Direito Diurno1 Engenharia Sanitária e Ambiental2 Medicina

Sistema de Informações Noturno

Agronomia

Medicina

Origem escolar

• Até 2010: escolas públicas e privadas de contextos urbanos

• Em 2011 e 2012, ingressaram duas estudantes oriundas da Escola Indígena Laklanõ, Terra Indígena Laklanõ, Município de José Boiteux

• O PAA está acolhendo principalmente indígenas com experiência de residência em contexto urbano

Permanência, evasão e trancamento2008 2009 2010 2011 2012 Total

Matriculados

2 1 2 2 2/1 9/8

Evasão 1* 1

Trancamento

1** 1

Permanência

1 1 1 2 2/1 6

* Necessidade de trabalho para sustento da família (dois filhos matriculados em Direito Noturno)** Problemas de adaptação e mudança da família para outra Terra Indígena: solicita transferência para UFRGS

Problemas elencados pelos indígenas

• Custos para inscrição• Burocracia para isenção da taxa de inscrição• Vestibular tradicional• Língua Portuguesa• Dificuldade de bolsa permanência (documentos)• Não garantia de bolsa da FUNAI• Dificuldade para vaga na moradia estudantil• Transporte• Pouca divulgação do PAA e dos cursos

disponíveis• Impossibilidade de realizar transferência• Falta da família e solidão

Avaliação – a implementar no PAA

• Necessidade de vestibular específico (sem taxa de inscrição, com oferta de transporte, alojamento e alimentação);

• Necessidade de curso pré-vestibular específico, com ênfase em Língua Portuguesa;

• Necessidade de divulgação do PAA nas Terras Indígenas de SC – (PROEXT/MEC);

• Programas especiais para apoiar a instalação e manutenção dos estudantes indígenas nas cidades;

• Ampliação das vagas suplementares

PAA/UFSC: desafios I - Silêncio: democracia racial, mas desconfiguração de negros, indígenas e oriundos de escolas públicas, politização (discriminação, desigualdade econômica) - e a classificação geral? Formação política

- Evasão dos negros no EF e EM

- Verificação de negros induz mais pretos que pardos?

- Divulgação das AAs: PROEXT-igualdade racial

- Pré-vestibular da UFSC: expandir

PAA/UFSC: desafios II - Acesso: escola pública com muita concorrência, negrosaumentaram em SC

- Apoio pedagógico: exatas, redação/interpretação, REUNI, relação com professores

- Acompanhamento da assistência estudantil: moradia, material didático, isenção do RU, bolsa permanência, cursosextracurriculares de língua estrangeira

- INDÍGENAS: vestibular separado, acompanhamento

- PROFOR-AA/professores, técnicos, estudantes?

Contexto da Lei de Cotas

- Universidades Federais:- 60% AA para escola pública (cotas e bônus)- 40% AA para negros (cotas e bônus)- 27% AA para indígenas -27% AA para deficientes

-IFETs- 70% AA para escolas públicas- 40% AA para deficientes- 25% AA para negros- 25% AA para indígenas

- Conclusão: pouca inclusão+STF (constit) levou à Lei de Cotas

Lei de Cotas e o IFRS

-Na UFSC (2013): -20% conforme a Lei de Cotas-10% para negros preferencialmente de escola pública (V)-10 vagas suplementares para indígenas (evoluir para vestibular espec.)- cotistas concorrem pela classificação geral-Vagas não preenchidas nos 10% vão para a Lei de Cotas

- Lei de cotas permite outras reservas percentuais e de vagassuplementares

-IF-SC: 50% para a Lei , 10% para negros com verif. (não cumprida)

- IFRS (2013) : 15% para a Lei , 15% para negros (16,1%), vestibular específico para vagas suplementares para indígenas

Lei de Cotas e o IFRS

Questões finais


- Melhorar escola pública pode não diminuir desigualdade racial (seletividade racial na educação básica)

- Cotas para negros/indígenas que não são de escola pública

- Verificação para negros e indígenas

- Indígenas: processo seletivo específico, apoio tutorial, financeiroe moradia

- Conhecer IFRS para propor AA


OBRIGADO !

E-mail de contato:

[email protected]

ações afirmativas: negros* e indígenas na universidade...

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