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1 Acne: o demónio da adolescência O flagelo da acne é um fenómeno conhecido de todos, sobretudo dos adolescentes. O tratamento da acne varia de caso para caso e pode ser um processo moroso, variando consoante os tipos de pele e a agressividade da acne. Basicamente há quatro vectores que modulam a acne: - O aumento da produção de sebo pelas glândulas sebáceas; - O aumento e algumas alterações da composição da flora microbiana; - A formação de rolhões de queratina (proteína da pele) nos poros; - A inflamação local das glândulas sebáceas. Para saber mais sobre a acne e os tratamentos disponíveis, contacte-nos pelo telefone +351 213 714 116 ou pelo endereço de e-mail [email protected]. Os princípios de tratamento baseiam-se em várias premissas das quais salientaria o tipo de acne em questão, a sua gravidade, a afectação psicológica que gera, o tipo de pele, o sexo, a idade, os antecedentes e o tipo de recursos económicos do paciente. A acne ligeira ou moderada pode ser tratada com recurso a medicamentos tópicos, como cremes, loções, exfoliantes ou diversos tipos de gel, tópicos tradicionalmente adaptados a peles oleosas e não-oclusivos (oil-free). O recurso a cosméticos de camuflagem também é frequente para combater a acne moderada, nomeadamente porque estes produtos foram concebidos para minimizar a aparência das lesões e controlar a oleosidade cutânea. Nos casos de acne grave, os cosméticos e os cremes não conseguem, por si só, controlar a acne. Neste tipo de acne, é necessário recorrer a outros métodos, como os antibióticos, que ajudam a controlar sobretudo a vertente inflamatória da acne e podem ser tópicos ou orais. Na acne moderada a grave, assim como em formas particulares, como seja a acne escoriada ou cicatricial, o recurso a retinoides (derivados da vitamina A ácida – retinol) é imperativo para o controlo do quadro clínico e, sobretudo, para evitar o efeito ricochete das outras terapêuticas que consiste no reagravamento das lesões após suspensão do tratamento.

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Acne: o demónio da adolescência

O flagelo da acne é um fenómeno conhecido de todos, sobretudo dos adolescentes. O tratamento da acne varia de caso para caso e pode ser um processo moroso, variando consoante os tipos de pele e a agressividade da acne.

Basicamente há quatro vectores que modulam a acne:

- O aumento da produção de sebo pelas glândulas sebáceas; - O aumento e algumas alterações da composição da flora microbiana; - A formação de rolhões de queratina (proteína da pele) nos poros; - A inflamação local das glândulas sebáceas.

Para saber mais sobre a acne e os tratamentos disponíveis, contacte-nos pelo telefone +351 213 714 116 ou pelo endereço de e-mail [email protected].

Os princípios de tratamento baseiam-se em várias premissas das quais salientaria o tipo de acne em questão, a sua gravidade, a afectação psicológica que gera, o tipo de pele, o sexo, a idade, os antecedentes e o tipo de recursos económicos do paciente.

A acne ligeira ou moderada pode ser tratada com recurso a medicamentos tópicos, como cremes, loções, exfoliantes ou diversos tipos de gel, tópicos tradicionalmente adaptados a peles oleosas e não-oclusivos (oil-free).

O recurso a cosméticos de camuflagem também é frequente para combater a acne moderada, nomeadamente porque estes produtos foram concebidos para minimizar a aparência das lesões e controlar a oleosidade cutânea.

Nos casos de acne grave, os cosméticos e os cremes não conseguem, por si só, controlar a acne. Neste tipo de acne, é necessário recorrer a outros métodos, como os antibióticos, que ajudam a controlar sobretudo a vertente inflamatória da acne e podem ser tópicos ou orais.

Na acne moderada a grave, assim como em formas particulares, como seja a acne escoriada ou cicatricial, o recurso a retinoides (derivados da vitamina A ácida – retinol) é imperativo para o controlo do quadro clínico e, sobretudo, para evitar o efeito ricochete das outras terapêuticas que consiste no reagravamento das lesões após suspensão do tratamento.

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Em formas muito inflamatórias podem ser realizados ciclos curtos de corticoterapia oral no início do tratamento para desinflamar mais rapidamente as lesões.

Os tratamentos hormonais são também muito utilizados para combater a acne agressiva, particularmente na mulher, através do recurso a contraceptivos orais, assim com algumas moléculas de actividade anti-androgénica.

Muito frequentemente, deve ser feita uma abordagem inicial através do desbloqueio dos poros para drenagem livre do material sebáceo retido, o que é conseguido através da abertura das lesões com Laser de CO2 superpulsado seguida da aplicação de uma solução de ácido salicílico a 30% (Salipeel®).

Assim se consegue, não só o desbloqueio dos ditos poros, como também a redução da espessura da camada córnea (a mais superficial e impermeável da epiderme) por forma a facilitar a penetração dos princípios activos a colocar localmente depois.

A fototerapia ou terapia da luz é outro dos tratamentos recorrentes. Controlada de forma electrónica, este método de exposição à luz promove a oxigenação das glândulas sebáceas, responsáveis pela produção excessiva de sebo. Com recurso a uma luz de elevada potência, a fototerapia elimina as bactérias que são a componente mais importante da acne inflamatória

O laser pulsado de contraste actua de forma profunda na pele, ao nível das glândulas sebáceas, e vai provocar a diminuição da sua actividade, através do aquecimento, constituindo assim outro método eficaz para combater a acne agressiva. Vai ainda reduzir a produção de sebo e estimular a cicatrização e regeneração da pele.

Outros métodos estão disponíveis, como as manipulações locais (drenagens, infiltrações intra-lesionais,…), peelings variados conforme estamos a tratar lesões activas ou cicatriciais, ou uso de terapêutica por laser de CO2 fraccionado (essencialmente numa fase de correcção das cicatrizes).

Ainda tem dúvidas sobre a acne? Contacte-nos já e marque uma consulta, através do número +351 213 714 116 ou do endereço de correio electrónico [email protected].

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A acne é uma patologia relativamente complexa de tratar e a duração deste tratamento, embora variável, é regra geral medianamente prolongado dado que o período de manutenção da terapêutica é importante para evitar a recidiva desta patologia que pode deixar marcas indeléveis e confrangedoras para uma vida social normal no futuro.

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