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3 Acessibilidade arquitetônica e inclusão de pessoa portadora de deficiência nas empresas Bruno Paixão Viana 1 [email protected] Flaviano Gonçalves Lopes de Souza² Pós-graduação em Fisioterapia do trabalho Faculdade Faserra Resumo Pessoas portadoras de deficiência física enfrentam diariamente diversas barreiras, físicas, sociais e de comunicação. O conceito de acessibilidade arquitetônica remete ao rompimento das barreiras físicas, permitindo ao deficiente maior autonomia, conforto e inclusão. A norma NBR 9050/15 estabelece requisitos mínimos de adaptação de acessibilidade para edificações. O artigo trata-se de uma revisão bibliográfica que buscou reunir os critérios mínimos necessários à adaptação arquitetônica e inclusão de pessoa portadora de deficiência física no mercado de trabalho, usando como base os critérios estabelecidos na norma e de autores da área. Foi possível perceber que a acessibilidade arquitetônica ainda é considerada um investimento longo e custoso, levando muitos empregadores a evitar a contratação de deficientes físicos, atendo-se a procurar trabalhadores com mobilidade preservada e menores necessidades. Apesar de obrigatório, muito ainda deve ser feito para melhorar a inclusão de deficientes físicos no mercado de trabalho com total acessibilidade e autonomia. Palavras-chave: Acessibilidade, inclusão de deficientes, pessoa portadora de deficiência, barreiras arquitetônicas, deficiência física. 1. Introdução A visão da sociedade sobre o homem-padrão foi aos poucos se modificando. O conhecimento da diversidade leva os profissionais das áreas técnicas a modificarem conceitualmente a concepção dos espaços edificados e objetos produzidos, apontando para um projeto mais responsável e compromissado; ou seja, passam a trabalhar no sentido de atender a uma gama cada vez maior de usuários, a fim de criar ambientes sem barreiras 1 . A presença de uma deficiência implica na existência de determinados níveis de limitação para a realização de atividades. No entanto o grau de dificuldade existente em cada situação pode ser minimizado por soluções de acessibilidade e desenho universal 2 . Da 1 Pós-graduando em Fisioterapia do Trabalho ² Orientador: Especialista

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Acessibilidade arquitetônica e inclusão de pessoa portadora de deficiência nas

empresas

Bruno Paixão Viana1

[email protected]

Flaviano Gonçalves Lopes de Souza²

Pós-graduação em Fisioterapia do trabalho – Faculdade Faserra

Resumo

Pessoas portadoras de deficiência física enfrentam diariamente diversas barreiras,

físicas, sociais e de comunicação. O conceito de acessibilidade arquitetônica remete ao

rompimento das barreiras físicas, permitindo ao deficiente maior autonomia, conforto e

inclusão. A norma NBR 9050/15 estabelece requisitos mínimos de adaptação de

acessibilidade para edificações. O artigo trata-se de uma revisão bibliográfica que

buscou reunir os critérios mínimos necessários à adaptação arquitetônica e inclusão de

pessoa portadora de deficiência física no mercado de trabalho, usando como base os

critérios estabelecidos na norma e de autores da área. Foi possível perceber que a

acessibilidade arquitetônica ainda é considerada um investimento longo e custoso,

levando muitos empregadores a evitar a contratação de deficientes físicos, atendo-se a

procurar trabalhadores com mobilidade preservada e menores necessidades. Apesar de

obrigatório, muito ainda deve ser feito para melhorar a inclusão de deficientes físicos no

mercado de trabalho com total acessibilidade e autonomia.

Palavras-chave: Acessibilidade, inclusão de deficientes, pessoa portadora de deficiência,

barreiras arquitetônicas, deficiência física.

1. Introdução

A visão da sociedade sobre o homem-padrão foi aos poucos se modificando. O

conhecimento da diversidade leva os profissionais das áreas técnicas a modificarem

conceitualmente a concepção dos espaços edificados e objetos produzidos, apontando

para um projeto mais responsável e compromissado; ou seja, passam a trabalhar no

sentido de atender a uma gama cada vez maior de usuários, a fim de criar ambientes sem

barreiras1.

A presença de uma deficiência implica na existência de determinados níveis de limitação

para a realização de atividades. No entanto o grau de dificuldade existente em cada

situação pode ser minimizado por soluções de acessibilidade e desenho universal2. Da

1 Pós-graduando em Fisioterapia do Trabalho

² Orientador: Especialista

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mesma forma, as características ambientais podem agravar estas limitações. Assim,

elementos físicos que representam apenas desconforto – tais como poucos degraus ou

passeio em aclive revestido com pedras irregulares – para pessoas em plenas condições

físicas, podem constituir barreiras graves ou mesmo intransponíveis para pessoas com

deficiências físicas e com mobilidade reduzida2.

A acessibilidade arquitetônica é um direito básico das pessoas com deficiência,

possibilitando a essas pessoas condições reais de movimentação corporal e o

deslocamento espacial, autonomia e mobilidade. O objetivo deste trabalho foi verificar,

através de uma revisão bibliográfica, a situação da acessibilidade arquitetônica no Brasil,

as modificações e investimentos que dificultam a inclusão de deficientes no mercado de

trabalho por barreiras físicas.

2. Fundamentação Teórica

2.1 Deficiência

A definição para deficiência, seja no contexto internacional ou na esfera nacional,

converge para o enfoque das diferentes capacidades. A classificação internacional de

deficiências, incapacidades e desvantagens conceitua a deficiência como a perda ou

anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou

permanente que gera incapacidade para o desempenho de alguma atividade considerada

normal para o ser humano3.

O Decreto 3.298/99 em seu art. 3º define deficiência como "toda perda ou anormalidade

de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade

para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser

humano"4.

Tal definição nos remete ao conceito de incapacidade, como “uma redução efetiva e

acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos,

adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa

receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem estar pessoal e ao desempenho

de função ou atividade a ser exercida”4.

No art. 4º do Decreto nº 3.298/99 foi ainda definido em detalhes cada deficiência4;

posteriormente, este Decreto foi alterado pelo Decreto n° 5.296/04, considerando uma

pessoa portadora de deficiência física aquela que apresenta alteração completa ou parcial

de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função

física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia,

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tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia,

amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com

deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não

produzam dificuldades para o desempenho de funções5.

Os indivíduos portadores de deficiência física motora podem ser separados em três

grupos, de acordo com a natureza e alcance da incapacidade física apresentada. O

primeiro grupo refere-se àqueles cuja capacidade de locomoção e movimentação não está

grandemente afetada e que podem deslocar-se sem ajuda externa; um segundo grupo de

pessoas é definido quando a capacidade de locomoção é limitada, sendo necessário

auxílio externo (como auxílio de muletas, andadores e outros) para garantir os

deslocamentos; e finalmente há o terceiro grupo formado por aqueles que têm sua

capacidade de locomoção limitada incapacitando-os quase ou totalmente para andar ou

manter-se em pé. É neste terceiro grupo de pessoas que se encontra o cadeirante6.

Conforme o Censo mais recente, de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística – IBGE, considerando a população residente no país, 23,9% possuíam pelo

menos uma das deficiências investigadas: visual, auditiva, motora e mental ou intelectual.

A prevalência da deficiência variou de acordo com a natureza delas. A deficiência motora

ocupou o segundo lugar, ocorrendo em 7% da população7.

2.2 Acessibilidade, usabilidade e desenho universal

A lei de nº 10.098, sancionada em 19 de dezembro de 2000, estabelece normas e critérios

básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com

mobilidade reduzida. Em seu art. 2º a referida lei define acessibilidade como

“possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos

espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos

sistemas e meios de comunicação, bem como outros serviços e instalações abertos ao

público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural,

por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida”8,9.

A acessibilidade se fundamentou como uma das mais antigas e legítimas reivindicações

das pessoas com deficiência, entretanto, de acordo com esses autores, ela não pode ser

analisada apenas como uma minimização das barreiras arquitetônicas, mas como forma

de possibilitar igualdade de oportunidades e superação de preconceitos e estigmas10.

É fato que as condições de acessibilidade oferecidas no local de trabalho tanto podem

reforçar a limitação causada por uma deficiência, quanto podem minimizá-la, ou mesmo

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neutralizá-la. A acessibilidade pode ser percebida através de seis dimensões, descritas

abaixo11:

- Acessibilidade Arquitetônica: ausência de barreiras ambientais físicas, no interior e no

entorno dos escritórios e fábricas e nos meios de transporte coletivo utilizados pelas

empresas para seus funcionários11.

- Acessibilidade Comunicacional: sem barreiras na comunicação interpessoal (face a face,

língua de sinais, linguagem corporal, linguagem gestual etc.), na comunicação escrita

(jornal, revista, livro, carta, apostila, etc., incluindo textos em braile, textos com letras

ampliadas para quem tem baixa visão, notebook e outras tecnologias assistivas para

comunicar) e na comunicação virtual (acessibilidade digital) 11.

- Acessibilidade Metodológica: livre de barreiras nos métodos e técnicas de trabalho

(treinamento e desenvolvimento de recursos humanos, execução de tarefas, ergonomia,

novo conceito de fluxograma, emponderamento etc.) 11.

- Acessibilidade Instrumental: sem barreiras nos instrumentos e utensílios de trabalho

(ferramentas, máquinas, equipamentos, lápis, caneta, teclado de computador etc.).

- Acessibilidade Programática: sem barreiras invisíveis embutidas em políticas (leis,

decretos, portarias, resoluções, ordens de serviço, regulamentos etc.) 11.

- Acessibilidade Atitudinal: sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações,

como resultado de programas e práticas de sensibilização e de conscientização dos

trabalhadores em geral e da convivência na diversidade humana nos locais de trabalho11.

Para garantir a acessibilidade é necessário identificar os elementos que impedem ou

restringem a percepção, compreensão, circulação ou apropriação por parte dos usuários

dos espaços e atividades, bem como obstáculos de ordem social e psicológica que

impedem seu uso efetivo12. Assim, para que uma empresa seja acessível e cumpra com o

compromisso de melhorar a qualidade vida de todas as pessoas, é necessário que ela

atenda as seis dimensões da acessibilidade11.

A acessibilidade do espaço construído não deve ser compreendida como um conjunto de

medidas que favoreceriam apenas às pessoas com deficiência, mas sim medidas técnico-

sociais destinadas a acolher todos os usuários em potencial. Para isso, é necessário

garantir total acesso aos mais variados locais e atividades, eliminando as diversas

barreiras existentes que comprometem a participação de todos13.

A eliminação de todas essas barreiras aumenta a integração, melhora a produtividade e o

desempenho das funções em uma empresa, traduzindo uma visão empresarial e uma

cultura de inclusão que se expressa naquele ambiente14.

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Já a usabilidade, palavra frequentemente utilizada em paralelo com acessibilidade, remete

à capacidade de usar o ambiente de forma igualitária aos demais cidadãos. As condições

arquitetônicas devem permitir que qualquer indivíduo, independentemente de qualquer

incapacidade, seja capaz de realizar suas atividades diárias15.

O conceito do Desenho Universal surgiu em Washington, EUA, no ano de 1963, com o

objetivo de democratizar os espaços, oferecendo as mesmas condições de uso aos mais

diversos tipos de pessoas, ou seja, diferenças antropométricas e sensoriais. Ele segue os

seguintes princípios para promover igualdade de oportunidades: uso equitativo, flexível,

simples e intuitivo, de fácil percepção e linguagem, mínima tolerância ao erro, baixo

esforço físico e de dimensões e espaço para aproximação e uso suficientes ao uso

independente 8,9. Este conceito propõe uma arquitetura e um design mais centrados no ser

humano e na sua diversidade. Estabelece critérios para que edificações, ambientes

internos, urbanos e produtos atendam a um maior número de usuários,

independentemente de suas características físicas, habilidades e faixa etária, favorecendo

a biodiversidade humana e proporcionando uma melhor ergonomia para todos8, 9,16.

2.3. A pessoa com deficiência e o mercado de trabalho

A Lei 8213, a chamada “Lei de cotas para deficientes” foi instituída no ano de 1991. Ela

prevê a obrigatoriedade das empresas em cumprirem uma porcentagem como cota de

pessoas com deficiência em relação ao total de trabalhadores que possui. Desta forma

empresas com 100 ou mais colaboradores tornam-se obrigadas a inserir pessoas com

algum tipo de deficiência em seu efetivo, cumprindo cota mínima de: Até 200

empregados: 2%, de 201 a 500: 3%, de 501 a 1.000: 4% e de 1.001 em diante: 5%17.

Esta lei é de 1991, porém só começou a ter realmente eficácia no ano de 1999, quando foi

publicado o Decreto nº 3298. As políticas públicas inclusionistas surgiram em função das

necessidades das pessoas com deficiência exercerem plenamente sua cidadania, devido a

séculos de segregação e exclusão, desenvolvidas historicamente através de paradigmas

que foram se instituindo no imaginário das pessoas18.

Apesar da exigência legal de cotas para trabalhadores com deficiência, a participação

deles no mercado de trabalho, em 2010, ainda era baixa quando comparada à das pessoas

sem deficiência. Do total de 86,4 milhões de pessoas, de 10 anos ou mais, ocupadas, 20,4

milhões eram pessoas com deficiência, 23,6% do total. Em 2010, 23,7 milhões de

deficientes em idade ativa não estavam ocupados7.

A deficiência motora foi a segunda mais restritiva, de acordo com a pesquisa, com taxas

de 41,3% para os homens e 27,4% para mulheres7.

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Segundo os dados da RAIS de 2013, foram criados 27,5 mil empregos para pessoas com

deficiência. Com o resultado, chegou a 357,8 mil o número vagas ocupadas. Os homens

representam 64,84% dos empregados e as mulheres ocupam 35,16% das vagas. Em

comparação, em 2011 foram declarados 325,3 mil vínculos19.

A legislação só é colocada em prática, pelas empresas, quando as mesmas se vêem

ameaçadas por uma possibilidade de fiscalização, além do que a contratação dessas

pessoas prevê anteriormente uma revisão da filosofia da empresa quanto ao processo de

recrutamento, seleção, integração, treinamento, remuneração, assim como conhecimento

das leis que amparam as pessoas com deficiência20.

De igual amplitude, a inclusão das pessoas com deficiência nas empresas demanda

reestruturação no ambiente de trabalho para recebê-las, pressupõe acessibilidade em

todos os níveis11.

Existem grandes diferenças em termos dos níveis de independência dos deficientes

quando comparados aos dos indivíduos não portadores de deficiência. Essas diferenças

ocorrem porque as barreiras enfrentadas pelas pessoas saudáveis são sociais e éticas

enquanto, por outro lado, as pessoas com deficiência encaram também as barreiras

físicas21.

Um dos pontos cruciais para a não contratação da pessoa com deficiência alegada pelas

empresas é a falta de qualificação profissional e baixa ou nenhuma escolaridade. Este

ponto é ainda mais complexo, pois se o preconceito ainda existe por pura falta de

conhecimento e interesse, a inexistência de qualificação profissional está diretamente

ligada à falta de um conjunto de ações integradas, por parte dos órgãos governamentais,

que deveria iniciar-se ainda na infância22.

As empresas também alegam a dificuldade de adequação do candidato ao perfil da

empresa. Dificuldade esta que pode ser sanada com treinamento adequado dos

funcionários, desenvolvendo habilidades para o trabalho em conformidade com o que a

empresa necessita22.

A inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho traz muitos benefícios. Em

primeiro lugar, para a própria pessoa com deficiência, que tem a oportunidade de

desenvolver sua independência e autonomia, melhorar sua autoestima e sua qualidade de

vida, aumentar seu ciclo de amizades e de ser valorizado pela família, tendo suas

potencialidades reconhecidas. Em segundo lugar, para as empresas, pois há o relato de

que algumas tiveram o trabalho em equipe renovado e com resultados otimizados, uma

vez que a superação diária da pessoa com deficiência estimulou os demais membros da

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equipe e incentivou o trabalho cooperativo. Além disso, ter pessoas com deficiência em

seu quadro de colaboradores contribui para uma imagem positiva da empresa junto ao

mercado e a sociedade22.

3. Metodologia

Trata-se de uma revisão bibliográfica com abordagem qualitativa, buscando elucidar as

dificuldades físicas de inclusão dos portadores de deficiência física no mercado de

trabalho, levando em conta especificamente a acessibilidade arquitetônica.

A preocupação com a adaptação dos espaços para acessibilidade e inclusão de pessoas

portadoras de deficiências ou mobilidade reduzida é uma preocupação antiga. Portanto

alguns artigos utilizados datam dos anos 90, quando as legislações começaram a surgir.

Foram utilizados para a revisão artigos datados de 1993 a 2015, nas línguas portuguesa,

inglesa e espanhola.

O estudo bibliográfico foi realizado através da base de dados MEDLINE, Scielo,

LILACS, Revistas científicas da área, utilizando as palavras-chave: Acessibilidade,

inclusão de deficientes, pessoa portadora de deficiência, usabilidade, deficiência física.

Fora encontradas 55 literaturas em forma de leis, normas e estudos científicos, das quais

37 foram utilizadas para compor a fundamentação e resultados deste artigo.

4. Resultados e discussão

Os estudos sobre a inserção das pessoas com deficiência incluem-se no campo de

investigações sobre a diversidade que, nos últimos anos, vem se caracterizando como um

tema relevante dos estudos organizacionais23.

A acessibilidade arquitetônica é um direito básico das pessoas com deficiência. Ela

possibilita àquelas pessoas condições reais de movimentação corporal e o deslocamento

espacial. É também necessário que o local permita ao usuário compreender sua função,

sua organização e relações espaciais, assim como participar das atividades que ali

ocorrem, permitindo ganho de autonomia com segurança, conforto e independência24,25.

Consequentemente, para realizar as modificações necessárias à garantia da acessibilidade

dos edifícios já existentes assim como criar novos espaços acessíveis, é necessário

compreender, em primeiro lugar, as necessidades oriundas das diferentes deficiências

para a realização de atividades. Em segundo lugar, saber identificar quais as possíveis

barreiras na realização de atividades advindas das características dos espaços e

equipamentos existentes25.

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Outro aspecto a ser considerado é a análise do sujeito, que deve avaliar as capacidades

residuais do portador de deficiência, ou seja, capacidades físicas e mentais; as

características sensório perceptivas e musculoesqueléticas; o estado geral de saúde;

características comportamentais e uma análise específica, onde é necessário o

conhecimento da deficiência e da incapacidade por ela gerada, déficit, sequelas, estado

atual, prognóstico26.

As providências a serem tomadas devem ser físicas, educacionais e sociais. Isso pode

incluir modificações arquitetônicas, incorporação de novos equipamentos, planejamento

para emergências, implantação de sistemas flexíveis para cumprimento de horários e

treinamento dos chefes e colegas27.

Quando considerada a diversidade de indivíduos que compõem o grupo de cadeirantes e

suas diversas habilidades e necessidades, é fato que existe grande variabilidade implicada

na caracterização dos indivíduos cadeirantes28.

Devem ser levadas em conta as limitações específicas causadas pela deficiência física;

membros ou partes do corpo afetadas; amplitude da paralisia; grau de disfunção muscular;

e efeito cumulativo na mobilidade geral das extremidades, em função da dependência da

cadeira de rodas28.

A ergonomia é de extrema importância em projetos de acessibilidade, analisando

requisitos das condições físicas do ambiente e do mobiliário e também considerando os

elementos relativos à segurança e acessibilidade em diferentes situações, à facilidade de

fluxo do trabalho, à cooperação e interação entre trabalhadores e usuários, à

correspondência entre a estrutura organizacional e o contexto físico do espaço de trabalho

e à necessidade de privacidade29.

O termo barreira refere-se a qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso,

a liberdade de movimento e a circulação com segurança das pessoas. Elas podem ser

urbanísticas, em edificações, nos transportes e nas comunicações8.

Segundo Bahia30, são exemplos usuais de barreiras arquitetônicas: escadas para acesso

aos prédios; portas e circulações estreitas; elevadores pequenos e sem sinalização em

Braille; inexistência de banheiros adaptados e balcões para atendimento.

A norma NBR 9050/20159 abrange parâmetros mínimos para adaptação acessível de

edifícios em construção ou em reformas. O item 6.2, que se refere aos acessos, determina

que todas as entradas devem ser acessíveis, o percurso entre o estacionamento de veículos

e os acessos deve possuir uma rota acessível e quando existirem dispositivos de segurança

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e para controle de acesso, do tipo catracas, cancelas, portas ou outros, pelo menos um

deles em cada conjunto deve ser acessível, garantindo autonomia.

Quanto à sinalização, item 5.3 da norma, regulamenta que a indicação de acessibilidade

nas edificações, no mobiliário, nos espaços e nos equipamentos urbanos deve ser feita por

meio do símbolo internacional de acesso – SAI (figura 1), em entradas, áreas e vagas de

estacionamento de veículos, áreas de embarque e desembarque de passageiros com

deficiência, sanitários, áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de

emergência, áreas reservadas para pessoas em cadeira de rodas, equipamentos e

mobiliários preferenciais para o uso de pessoas com deficiência9.

Em relação à acessibilidade em sanitários, a norma9 e o decreto 5.296/20045 estabelecem

as dimensões mínimas para esses locais, sendo no mínimo um banheiro adaptado por

pavimento.

Para adequar os ambientes aos usuários de cadeiras de rodas, deve-se considerar o

conjunto usuário-cadeira, como um módulo para o dimensionamento de circulações e

portas, devendo o projeto respeitar as dimensões mínimas recomendáveis para

deslocamento e manobras, além de propiciar menor esforço físico31. A norma 9050: 20159

considera o conjunto cadeira-homem com medidas de 1,20 de comprimento e 0,80 de

largura.

Em relação ao posto de trabalho, ele é considerado acessível quando é um plano

horizontal ou inclinado para desenvolvimento de tarefas manuais ou leitura9.

A figura 2 mostra as áreas de alcance em superfícies de trabalho, conforme o seguinte9:

a) A1 × A2 = 1,50 m × 0,50 m = alcance máximo para atividades eventuais;

b) B1 × B2 = 1,00 m × 0,40 m = alcance para atividades sem necessidade de precisão;

c) C1 × C2 = 0,35 m × 0,25 m = alcance para atividades por tempo prolongado.

As áreas de alcance em superfícies de trabalho, em vista lateral, devem atender ao

seguinte (Figura 2)9:

a) altura livre de no mínimo 0,73 m entre o piso e a superfície inferior;

b) altura entre 0,75 m a 0,85 m entre o piso e a sua superfície superior;

Figura 1: Símbolo internacional de acesso

Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 9050: 2015. Acessibilidade a

edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos/ Rio de Janeiro: ABNT, 2015.

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c) profundidade inferior livre mínima de 0,50 m para garantir a aproximação da pessoa

em cadeira de rodas.

A utilização de cadeira de rodas impõe limites à execução de tarefas, por dificultar a

aproximação aos objetos e o alcance dos elementos acima e abaixo do raio de ação de

uma pessoa sentada9. Em razão da limitação nos movimentos do cadeirante, são estudados

o conjunto da população e suas medidas antropométricas com a finalidade de definir as

dimensões recomendadas para que o cadeirante alcance objetos (Figuras 3A e 3B) e possa

usufruir o espaço construído com a garantia de acessibilidade e conforto9.

A ausência de qualquer um desses componentes interfere na boa acessibilidade, podendo

impedir o uso democrático de ambientes e equipamentos33.

O espaço de trabalho para a pessoa com deficiência é um conceito abrangente, pois deve

ser levado em conta o transporte até o local de trabalho, o estacionamento, se há área de

desembarque adequada tanto do ônibus como do automóvel, as calçadas e o trajeto até a

empresa, controles de acesso como catracas e portões, as vias de circulação no arranjo

Figura 3A: Alcance dos equipamentos Figura 3B: Raio de alcance de equipamentos

Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 9050: 2015. Acessibilidade a

edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos/ Rio de Janeiro: ABNT, 2015.

Fonte: IBDD – Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência.

Responsabilidade social e diversidade: deficiência, trabalho e exclusão. Rio de Janeiro: 2004.

Figura 2: Áreas de alcance em superfícies de trabalho para cadeirantes

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físico, o restaurante, o vestiário e o sanitário. Existindo área de lazer, ela também deverá

ser acessível34.

Normann35 estudou a questão da dificuldade de emprego das pessoas portadoras de

deficiências. O autor apontou como problemas prioritários para os deficientes físicos a

conservação das calçadas e a constante obstrução de rampas, transporte coletivo, acesso

aos prédios com largura de portas muito pequena e ausência de rampas.

Levando em conta as dificuldades externas dos portadores de deficiência, Dois autores36

analisaram as condições existentes de acessibilidade encontradas por trabalhadores com

deficiência, nas ruas ao redor a sede administrativa da empresa Furnas, localizada no Rio

de Janeiro. No levantamento de campo várias irregularidades foram encontradas com

relação à acessibilidade nas calçadas e ruas, o que prejudica o acesso dos portadores de

deficiência empregados na unidade.

Melo Neto37 afirma que a própria norma NBR 9050/2015 admite situações de

impraticabilidade, como adaptações rígidas a serem aplicadas em edifícios já construídos,

oferecendo alternativas. O autor acrescenta que para todo tipo de projeto de adaptação de

acessibilidade deve ser elaborado um diagnóstico baseado na norma e nos princípios de

desenho universal.

5. Conclusão

Após análise aprofundada do tema, foi possível perceber que algumas empresas têm

contratado trabalhadores com deficiência, apenas para cumprimento da lei, sem métodos

adequados, ou seja, análise prévia das condições de acessibilidade, das exigências de seus

postos de trabalho e da potencialidade dessas pessoas, tendo como resultado problemas

de adequação, acidentes e prejuízos tanto econômicos quanto à imagem e consciência

social da empresa, além de problemas psicossociais e constrangimento dos portadores de

necessidades especiais.

Faz-se necessário analisar previamente a atividade de trabalho na qual esse funcionário

pode se adequar, a segurança, a postura, os movimentos, os procedimentos de trabalho e

outros pontos relacionados à função. Através dessa análise, é possível se determinar quais

as adaptações que serão necessárias para permitir a total acessibilidade do trabalhador

deficiente, priorizando-as de acordo com a necessidade dele.

Apesar da obrigatoriedade da inclusão de trabalhadores portadores de deficiência nas

empresas públicas e privadas, a relutância ainda é alta em relação aos deficientes físicos,

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por serem necessárias várias alterações a fim de tornar o ambiente de trabalho e entorno

acessíveis e funcionais.

É necessário que haja primeiramente a sensibilização dos gestores quanto à importância

da inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, para que a acessibilidade

seja vista como um investimento rentável para ambos e não apenas cumprimento da lei.

6. Referências Bibliográficas

1. NADJA, G.S. DUTRA M.; SANTIAGO, Z. M. P. E SOUSA, V. C. de. Guia de

Acessibilidade: Espaço Público e Edificações. 1 ed./ SEINFRA-CE. Fortaleza, 2009.

2. DISCHINGER, M. Promovendo acessibilidade espacial nos edifícios públicos:

Programa de Acessibilidade às Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida nas

Edificações de Uso Público Florianópolis : MPSC, 2012.

3. NERI, M. Retratos da Deficiência no Brasil. Rio de Janeiro: FGV/IBRE, CPS, 2003.

4. BRASIL. Decreto-Lei nº 3298 de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei nº

7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da

Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção e dá outras

providências. Disponível em: http://www.soleis.adv.br/deficiente.htm.Acesso em: 06 de

abril de 2016.

5. BRASIL. Decreto-lei nº 5296, de 02 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos

10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que

especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios

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