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1. Professor da FCH/UFGD, e-mail:[email protected] ACERVO DOCUMENTAL DA EMPRESA A. MOURA ANDRADE PASTORIL E AGRÍCOLA José Carlos Ziliani 1 Este texto é um relato e uma pequena reflexão resultante de trabalho desenvolvido a partir do manuseio de documentos de empresa e parte de uma pesquisa que tratou de uma abordagem, por um lado, específica, qual seja a adoção de normas e técnicas que nortearam a seleção, higienização, classificação e sistematização de um conjunto de documentos que comporão o acervo documental histórico da Companhia Moura Andrade Pastoril e Agrícola S.A. na cidade de Nova Andradina, em Mato Grosso do Sul. De outro lado o conhecimento de parte do processo histórico de colonização ocorrida naquela região, durante o século XX. O projeto viabilizou-se pelo apoio financeiro da FUNDECT/MS, sem o qual não teria sido possível sua execução pois dependeu de deslocamentos e permanência durante longos períodos na cidade de Nova Andradina e Batayporã/MS. Os trabalhos da pesquisa fundamentaram-se na recuperação e organização da massa documental relativa aos processos de desenvolvimento e gerenciamento e demais atividades da Companhia Moura Andrade Pastoril e Agrícola S.A., além de parte da documentação relativa às sociabilidades dos membros da família Moura Andrade, sediados na cidade de Nova Andradina, em Mato Grosso do Sul, abarcando documentação oriunda de outras localidades onde os personagens residiram e também desenvolveram atividades. A referida documentação objeto desta pesquisa se encontrava em posse de descendentes da família/proprietária, em especial na pessoa de Antônio Fernando Prado Andrade, neto do fundador da empresa, guardados na Fazenda Baile em Nova Andradina/MS. Quanto ao tipo do arquivo, ou às características da documentação que foi objeto de tratamento arquivístico, eles compõem-se de: documentos de terras; documentos administrativos;

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1. Professor da FCH/UFGD, e-mail:[email protected]

ACERVO DOCUMENTAL DA EMPRESA A. MOURA ANDRADE PASTORIL E

AGRÍCOLA

José Carlos Ziliani1

Este texto é um relato e uma pequena reflexão resultante de trabalho desenvolvido a partir

do manuseio de documentos de empresa e parte de uma pesquisa que tratou de uma abordagem,

por um lado, específica, qual seja a adoção de normas e técnicas que nortearam a seleção,

higienização, classificação e sistematização de um conjunto de documentos que comporão o

acervo documental histórico da Companhia Moura Andrade Pastoril e Agrícola S.A. na cidade de

Nova Andradina, em Mato Grosso do Sul. De outro lado o conhecimento de parte do processo

histórico de colonização ocorrida naquela região, durante o século XX. O projeto viabilizou-se

pelo apoio financeiro da FUNDECT/MS, sem o qual não teria sido possível sua execução pois

dependeu de deslocamentos e permanência durante longos períodos na cidade de Nova Andradina

e Batayporã/MS.

Os trabalhos da pesquisa fundamentaram-se na recuperação e organização da massa

documental relativa aos processos de desenvolvimento e gerenciamento e demais atividades da

Companhia Moura Andrade Pastoril e Agrícola S.A., além de parte da documentação relativa às

sociabilidades dos membros da família Moura Andrade, sediados na cidade de Nova Andradina,

em Mato Grosso do Sul, abarcando documentação oriunda de outras localidades onde os

personagens residiram e também desenvolveram atividades. A referida documentação objeto desta

pesquisa se encontrava em posse de descendentes da família/proprietária, em especial na pessoa

de Antônio Fernando Prado Andrade, neto do fundador da empresa, guardados na Fazenda Baile

em Nova Andradina/MS.

Quanto ao tipo do arquivo, ou às características da documentação que foi objeto de

tratamento arquivístico, eles compõem-se de: documentos de terras; documentos administrativos;

cartas comerciais; correspondências pessoais; coleções de recortes de jornais que denotam os

interesses que identificam a personalidade e as posições políticas do colecionador em relação ao

mundo; agendas, calendários e blocos de anotações; coleções de revistas e periódicos; além de

uma biblioteca considerável de interesse diverso. O acervo compõe-se ainda de um número

expressivo de fotografias. Na parte final deste artigo, visualiza-se algumas Ilustrações do trabalho

de parte do acervo inventariado.

A Construção do Arquivo

O trabalho inicial consistiu em juntar a massa documental dispersa e acondicionada

aleatoriamente em caixas guardadas, seguido de uma primeira identificação da natureza e tipo de

cada documento, que passaram a partir de então por um processo básico de higienização: retirada

de poeira e fragmentos; retirada de objetos metálicos (boa parte deles já enferrujados, o que

provoca damos irreparáveis nos papéis); desdobras; alisamento de partes corrugadas, etc. Na

sequência procedeu-se à sua separação, por tipos de documentos e minimamente ordenados

cronologicamente. Todos os documentos passaram por uma listagem descritiva sistemática,

separados, primeiro por papel almaço sem pauta, na sequencia em envelopes pardos devidamente

identificados e acondicionados em caixas tipo poliondas, na perspectiva da lógica da classificação,

organização e preparação de inventário, de modo a ser rapidamente disponibilizados para consultas

e pesquisas. Tendo em vista que, nos arquivos, os documentos devem estar dispostos de maneira

que a busca de qualquer informação possa ocorrer com a maior rapidez e eficiência possível, optou-

se, no que diz respeito à recuperação de um ou de um conjunto de documentos, pelo método tido

como o mais ágil e simples, que é a utilização do critério de tipologia documental e lógica de

conjuntos originários o que evita a dispersão, garantindo assim o fluxo racional de guarda, consulta

e retorno dos documentos em locais e posições muito bem definidas.

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos legalmente recomendados para o tratamento

dispensado a documentos históricos, a massa documental ainda deverá passar pelo processo de

tombamento, o que implicará em procedimentos jurídicos específicos, o que ocorrerá quando da

finalização dos trabalhos, que se prolongará para além dessa pesquisa, por aproximadamente mais

dois anos, quando o acervo será integrado como “Fundo documental” ao acervo do Arquivo

Histórico do Centro de Memória Jindrich Trachta, da cidade de Batayporã, também em Mato

Grosso do Sul, cidade vizinha, distante 08 quilômetros de Nova Andradina. Tais características,

no que se refere ao destino da documentação, foi explicitada e estrategicamente planejada e

negociada pelos detentores do acervo, quando da formulação desta pesquisa, e estava contemplada

no projeto de pesquisa. Ressalta-se que o processo de trabalho contou com o apoio da Fundação

de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul

(FUNDECT), que subsidia o projeto de pesquisa.

No que se refere ao acervo fotográfico, todo ele originalmente se encontra com muito pouca

identificação, deficiência que durante o trabalho foi parcialmente resolvido por meio de conversa

com o detentor do acervo, que concedeu informações sobre as pessoas fotografadas, locais e

cenários, e data da realização das fotografias, anotadas à lápis preto (específico para este fim) no

verso das fotografias. Em relação a elas procedeu-se ao arranjo a partir da análise do seu conteúdo

enquanto representação informativa, sendo agrupadas em função do que o documento fotográfico

refletia em termos de evento ou missão fotográfica, como por exemplo: transportes; navegação;

cerimônias de casamento; eventos políticos; festejos populares; atividades econômicas; retratos

individuais e coletivos; etc. Dentro de uma série (transportes) definiu-se, por exemplo, uma série

temática (ex: transporte fluvial, ou cenas de família), e outra de retratos individuais. A partir daí

foram formadas subséries (ex: transporte fluvial no Rio Ivinhema e/ou Porto Primavera) em

decorrência do seu conteúdo, até mesmo pela impossibilidade de um critério único, outros grupos

foram simplesmente nominados como “diversos”. Em seguida as fotografias foram catalogadas e

acondicionadas com separação individual por papel almaço sem pauta, em envelopes devidamente

enumerados e descritos ao modo de inventário, e por fim acondicionados em caixa arquivo tipo

poliondas. Vale ressaltar que, em função da grande quantidade de fotografias e da consequente

dificuldade de identificação da maior parte delas, somente cerca de 30% do total foram submetidas

aos procedimentos de identificação.

O desenvolvimento dos trabalhos que objetivaram a organização do acervo documental e

fotográfico da companhia Moura Andrade Pastoril e Agrícola S.A. possibilitaram, no seu bojo,

uma ampliação dos horizontes de conhecimento da memória e da história da colonização e

ocupação de parte da região sul do Estado de Mato Grosso do Sul e de parte do Oeste do Estado

de São Paulo, além de contribuir para o entendimento dos processos históricos vivenciados por

sujeitos singulares, que tiveram alguma importância, não podendo ser esquecidos pelo tempo ou

pela falta de registros que possibilitem esse entendimento.

Tal ampliação do universo empírico viabilizado pelo desenvolvimento desta pesquisa,

abarcando a região Oeste do Estado de São Paulo, que não estava no plano inicial, visto que tal

ampliação só se vislumbrou a partir dos contatos com a massa documental e com os personagens

envolvidos direta ou indiretamente nos trabalhos, o que nos levou a entender que os

empreendimentos da Companhia Moura Andrade Pastoril e Agrícola S.A. estiveram

permanentemente articulados com cidades paulistas, em especial a cidade de Andradina em São

Paulo, e de outro lado com as cidades sul-matogrossenses como Nova Andradina e Batayporã.

Os processos históricos dessas duas regiões, registrados sob a forma de documentos e

fotografias, partes constitutivas do acervo documental em voga, e durante o processo de sua

organização e sistematização evidenciou as dimensões de processo histórico e seus significados.

Conforme o Manual de Arranjo e Descrição de Arquivos:

o arquivo é um conjunto de documentos escritos, desenhos, material impresso, mapas,

fotografias, etc,. Na sua organização está implícito o fato de documentar e comprovar todas

as informações emitidas, materializadas sob a forma de registro documental. Isto significa

a guarda dos documentos de forma tal que os registros possam ser conferidos, comprovados

em sua autenticidade, e consequentemente acessíveis à consulta quando as situações assim

o exijam. (1973, pp. 13-14)

Ainda segundo o Manual, todos os documentos devem estar dispostos nos arquivos de

maneira que a busca de qualquer informação possa ocorrer com maior rapidez e eficiência possível.

De acordo com Feijó (1988), o ato de buscar e utilizar um documento ou um conjunto de

documentos arquivados denomina-se recuperação. As formas de recuperação de uma determinada

informação, contida em documentos arquivados, são extremamente importantes; quanto mais ágeis

forem os recursos para encontrar o documento procurado tanto mais eficiente será considerado o

sistema de recuperação adotado. Por essa razão, os documentos devem ser sistematicamente

dispostos nos arquivos e de tal forma ordenados e descritos, que permitam o uso de indicadores

para facilitar as buscas. Tais indicadores de localização foram observados nos trabalhos que

desenvolvemos no arquivo em referência, os quais foram testados, mesmo tendo em conta o

volume ainda mediano do acervo organizado.

Ainda segundo Feijó (1988), os arquivos jamais devem ser organizados de maneira pessoal,

para que em qualquer época, outras pessoas possam ter condições de entende-los e manuseá-los.

Ao trabalhar com essas definições, foram feitas análises prévias da composição e formação do

arquivo da Companhia Moura Andrade Pastoril e Agrícola, tratando os documentos como um todo

orgânico, que assim possui suas próprias diretrizes passíveis de transformações, porém a partir de

princípios norteadores ou regras fixas.

As transformações específicas que o todo orgânico sofreu pela intervenção do

pesquisador/arquivista, se pautaram pelo critério da organização sistemática norteada pela

separação dos materiais, em função das características personalizadas de cada documento, como:

contas, recibos, escrituras de terras e terrenos urbanos, documentos fiscais, cartas, manuscritos,

fotos, etc. Essas especificações se sustentaram em bibliografias específicas sobre o assunto, como

no já referenciado Manual de Arranjo e Descrição, que sugere:

O arquivo, portanto, não é criado arbitrariamente, à maneira das coleções de manuscritos,

embora, por vezes, também estas recebam tal designação, como, exemplo, os Arquivos de

História Militar. O Arquivo é, ao contrário, um todo orgânico, um organismo vivo, que

cresce, se forma e sofre transformações segundo regras fixas. Se se modificam as funções

de entidade, modifica-se, concomitantemente, a natureza do arquivo. O arquivista, pois,

não pode estabelecer a priori as normas relativas à composição, arranjo e formação do

arquivo, mas somente estudar o organismo e fixar regras, consoante as quais este foi criado.

Cada arquivo possui, por assim dizer, personalidade própria, individualidade peculiar, com

a qual é mister se familiarize o arquivista antes de proceder à sua ordenação. Daí o cuidado

com que se evitou dar, nas regras subsequentes, um esquema para arranjo e agrupamento

do arquivo.(MANUAL DE ARRANJO E DESCRIÇÃO DE ARQUIVOS, 1973, p.

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Desse modo, essa pesquisa, cujo objeto foi a organização de fontes documentais, para além

da arquivística ou ciência da informação, possibilitou e potencializou uma melhor compreensão

do processo histórico de parte da região sul do Estado de Mato Grosso do Sul, a qual, do ponto de

vista histórico apresenta-se com uma conotação fortemente inédita.

O significado do documento

Ao longo do tempo, quando os documentos já cumpriram suas finalidades, vão sendo

acumulados. É nesse momento que a administração e a história encontram-se. Os documentos que

passam a fazer parte de um arquivo permanente podem valer como fonte de pesquisa para

historiadores pelo fato de recolherem importantes informações sobre um determinado período.

Nesse sentido:

O arquivo de uma unidade administrativa armazena tudo o que ela produz –

normas, objetivos, documentos decorrentes de suas funções-, servindo à

informação e à gestão. Mas, para o processo decisório, a administração necessita

mais do que ela própria produz: requer legislação, dados econômicos, sociais,

políticos etc. (Bellotto,1991 p.25).

A construção de um arquivo permanente é resultado de muitas variantes. Os documentos

não foram feitos já com intuito de serem históricos, tornam-se devido a sua importância como

fonte histórica, ganham este estatuto pela ação, pelas mãos dos pesquisadores e dos historiadores.

Documentos como papéis cotidianos e fontes não governamentais formam a história, mas:

O documento de arquivo só tem sentido se relacionado ao meio que o produziu.

Seu conjunto tem de retratar a infraestrutura e as funções do órgão gerador.

Reflete, em outras palavras, suas atividades-meio e suas atividades-fim. Esta é a

base da teoria de fundos. Ela que preside a organização dos arquivos

permanentes. (Bellotto,1991 p.28).

Desse modo, todos os documentos gerados por uma instituição, como os da sua criação,

balanços econômicos e controle de suas funcionalidades, documentos correntes do cotidiano,

correspondências, sejam eles públicos ou privados constituem um fundo de arquivo. Sendo assim

não se pode separá-los para organizar, pois os mesmos formam e foram produzidos organicamente,

e assim devem ser guardados, e foi pautado nesse princípio de uma concepção sobre o documento

que esse trabalho se fundamentou e foi realizado.

Conclusão

A documentação histórica organizada e sistematizada, objeto dessa pesquisa, encontra-se

em processo de continuidade, como todo e qualquer acervo histórico, não poderá ser tomado como

um “arquivo morto”. Todo acervo/arquivo é “vivo”, ou seja histórico.

Entretanto, como resultados, podem ser apontados, além da organização e sistematização

de parte de uma documentação até então inédita para a maior parte dos interessados na memória e

na pesquisa histórica sobre o sul de Mato Grosso do Sul e algumas localidades do Estado de São

Paulo, a percepção de que a colonização e ocupação da região hoje compreendida pelos municípios

de Nova Andradina, Batayporã, Taquarussu, revelou-se significativamente singular para a

formação histórica de Mato Grosso do Sul.

Durante a execução do projeto a percepção teórica ampliou-se, a ponto de tornar claro que

a colonização daquelas regiões de Mato Grosso do Sul configuram-se como parte de um processo

histórico intensamente articulado com a expansão da região Oeste do Estado de São Paulo, e de

outro modo, a confirmação da tese relativa à profunda articulação econômica de ambas as regiões,

num movimento capitaneado pela economia paulista em franca expansão, e que por isso

fortemente interessada em articular a economia do sul de Mato Grosso do Sul aos seus interesses

estratégicos.

Como decorrência, abre-se também um campo especialmente interessante para a

exploração e pesquisa do gênero história biográfica, mormente no que se refere ao personagem

Antônio Joaquim Moura Andrade, proprietário da fazenda Primavera, fazenda Baile e Gleba

Xavante, parte das propriedades da empresa Moura Andrade Pastoril e Agrícola S.A., personagem

cuja trajetória é ainda pouco conhecida no cenário da memória e da história de Mato Grosso do

Sul, tendo em vista os registros materializados nos documentos do arquivo, os quais evidenciam

sua forte expressão, tanto no cenário regional como nacional. Nesse sentido pode-se destacar a sua

atuação no processo de colonização da região de Nova Andradina no Mato Grosso do Sul,

Andradina, dentre outras cidades no Estado de São Paulo. E ainda, o seu papel de liderança

empresarial e política no setor agropecuário e industrial na primeira metade do século XX.

Ilustração do trabalho: fragmentos da descrição realizada.

As descrições abaixo referem-se a uma parte da documentação alusiva a um período

específico, a década de 1980, período em que a Fazenda Baile, Gleba Xavante e Fazenda Primavera

foram desmembradas, no sentido de que as áreas foram vendidas a pequenos, médios e grandes

proprietários. São parte de uma listagem de 40 páginas.

CAIXA FAZENDA BAILE E GLEBA XAVANTE

Manoel Viana da Rocha (10,00 alq. – 25 há) [lote n. 06] BAILE 6337

- mapa (croqui) de parte da fazenda Baile – 06.07.1985.

- escritura de compra e venda – 24.09.1985.

- croqui fazenda Baile e gleba Xavante.

- contrato particular de compromisso de venda e compra – 05.07.1985.

- memorial descritivo – 06.07.1985.

- A.R.T. n. 150486- 26.08.1985.

Nagib Mohana Oliveira (12,06 alq. – 29,1852 há) BAILE 6322

- mapa (croqui) fazenda Baile e Gleba Xavante

- contrato particular de compromisso de venda e compra – 23.07.1985 (4 folhas)

- solicitação de escritura definitiva – 22.11.1985.

- A.R.T. – 05.05.1985.

- memorial descritivo – 23.07.1985 (02 folhas).

- mapa de parte da fazenda Baile (varjão) – 17.05.1985.

- escritura de venda e compra – 09.12.1985.

Sérgio Frederico Gerlack (200 alq. – 484 ha.) BAILE

6322

- mapa (croqui) da fazenda Baile e Gleba Xavante (02 vias).

- procuração (03 vias).

- memorial descritivo 12.09.1985 – (02 vias).

- croqui.

- escritura de venda – 17.09.1984.

- contrato particular de compra e venda (02 vias).

- bilhete manuscrito.

Silvano Torrezan (400 alq. 968 ha.) XAVANTE AGROPECUÁRIA 3783

- mapa (croqui) da Gleba Xavante (02 vias).

- esboço de croqui à grafite.

- autorização para escritura definitiva – 11.05.1989.

- recibo – 11.05.1989/

- contrato particular de compromisso de compra e venda – 21.03.1989 (02 vias).

- mapa (croqui) de parte da fazenda Xavante – 20.04.1989.

- memorial descritivo – 20.04.1989.

- A.R.T. 317779 – 12.05.1989.

- escritura de venda e compra – 12.05.1989.

Vicente Ribeiro Garcia (415 alq. – 1.006,5848 ha. E 652,63 ha.) BAILE 6322

- mapa (croqui) de parte da fazenda Baile – 01.03.1985.

- mapa (croqui) da fazenda Baile e Gleba Xavante.

- mapa (croqui) de parte da fazenda Baile e parte da Gleba Xavante – 13.04.1989.

- mapa (croqui) de parte da fazenda Baile – 03.07.1985.

- memorial descritivo – 04.07.1985.

- memorial descritivo (incompleto).

- memorial descritivo – 13.04.1989 (02 vias).

- A.R.T. 150740 – 25.06.1985 (02 vias).

- A.R.T. 150482 – 25.06.1985.

- Contrato particular de compromisso de venda e compra – 01.03.1985.

- contrato particular de compromisso de venda e compra – 22.06.1985.

- escritura de compra e venda – 30.06.1989 (02 vias).

- escritura de compra e venda – 12.03.1985 (02 vias).

- escritura de compra e venda -30.06.1989.

- documento manuscrito (01 folha) descrevendo áreas e valores.

- autorização para escritura definitiva – 30.06.1989.

- autorização para escritura definitiva – 30.06.1989.

- autorização para escritura definitiva – 12.11.1986.

- recibo – 06.07.1985.

CAIXA FAZENDA PRIMAVERA

Gregório Rovério Nascimento (2.657,63 ha. – 1.068,32 alq.) matr.6815/7212/7211/7213

- escritura de compra e venda (02 fl.)- 03.03.1989. Glebas: “C”; “I”: “T1”: “T2”.

- memorial descritivo (2 fl.) – 28.03.1988.

- contrato de compra e venda (5 fl.) – 03.10.1988 e 22.04.1988 (03 vias).

- re-ratificação de compromisso de compra e venda – 28.05.1988 (02fl.).

- distrato de compra e venda – 13.10.1988 (02 vias).

- manuscritos descrevendo valores.

- penhor do Banco do Estado de São Paulo - Capivari 22.09.1988 (02 vias).

- manuscritos contendo apontamentos de valores.

- autorização de escritura definitiva – 28.02.1989.

- contrato de compra e venda (5 fls.) – 13.10.1988.

- carta à Moura Andrade.

- A.R.T. 302104.

- memorial descritivo (2fls.) – 28.04.1988.

- carta ao proprietário sobre construção de cerca – 14.04.1989.

- carta ao cartório de Nova Andradina – 14.04.1989.

- mapa (croqui) de área desmembrada – 28.04.1988.

Francisco de Assis Alves Sobrinho (55,26 alq.) matr. 7065

- escritura de compra e venda (2 fls.) – 20.07.1988.

- memorial descritivo – 17.10.1987 (02 vias).

- mapa (croqui) da área desmembrada – 02.10. 1987.

- descrição manuscrita de localização de área.

- autorização de escritura definitiva – 21.10.1987 (02 vias).

- A.R.T. 216478 – 01.10.1987.

- contrato de compra e venda (4 fls.) – 03.10.1987.

- apontamentos topográficos manuscrito.

- recibo 21.09.1987 – (02 vias).

Escrituras de Compra e venda.

Abaixo outro exemplo da descrição, neste caso, trata-se de conjunto de correspondências

de caráter pessoal do proprietário, muito embora representem e atestem um conjunto de situações

do vivido, pois nas cartas, além de assuntos pessoais, a grande maioria dos assuntos apontam para

negócios realizados ou a realizar.

Caixa (01) 30/11/2012

Correspondências pessoais de Antônio Andrade

Envelope 1

Cartas de Monte Alto/SP:

- 9 e 10 de abril – Emygdio para Antonio (datilografada) (02 pág.).

- 17/jan./1915 – Discussões gramaticais (datilografada) , uso de máquina de escrever - Emygdio

para Antonio. (03 pág.).

- 23/set./1916- Emygdio para Antonio. (02 pág.), (datilografada).

- 10/julho/1914- Emygdio para Antonio. (02 pág.), (datilografada).

- 30/abril/1915. “ Questões gramaticais e poéticas”. Emygdio. (04 pág.) (datilografada).

- 01/jul/1914 – Emygdio para Antonio. (02 pág.), (datilografada).

-17/09/1915- Emygdio para Antonio. (01 pág.), (datilografada).

- S/D. Emygdio para Antonio. (02 pág.), (datilografada), (negócios).

- 02/02/1921, Emygdio para Antonio. (01 pág.), (datilografada), (negócios).

- 18/agosto/1919- Emygdio para Antonio. (03 pág.), (datilografada), (negócios).

- 14/out./1919 (familiar) Emygdio para Antonio. (01 pág.). (datilografada).

- 05/agosto/1913 Emygdio para Antonio. (02 pág.), (manuscrita), (negócios).

- 09/out./1913 Emygdio para Antônio. (02 pág.), (manuscrita), (negócios).

- S/D - Emygdio para Antônio. (01 pág.), (datilografada). (familiar).

- 01/out./1921 (negócio de café) ( 01 pág.) Jeremiaz para Antônio (manuscrita).

- 27/julho/1921 (01 pág.) (manuscrita) (negócio de café) de João, cunhado para Antonio

Andrade.

Envelope 2

- Carta de Barretos para Emygdio – 03/fev./1915 – (02 pág. incompleta) questões gramaticais,

(datilografadas).

- Carte de Monte Alto para Antonio Andrade- 08/nov./1915. (01 pág.) (religião e negócio)

(datilografada).

- Carta do Rio de Janeiro para Antonio Andrade (Antoninho) 28/agosto/1913 – (03 pág.),

(manuscrita).

- Carta de Brotas/SP, Eurico para Antonio Andrade (Antoninho) 26/março/1913, (02 pág.)

(manuscrita).

- Carta de São Paulo para Antonio Andrade (Eduardo- primo) 12/julho/1921, (familiar),

(manuscrita), ( 02 pág. ).

- Carta de Dois Córregos/SP para Antonio Andrade, 10/nov./1921 (manuscrita) (01 pág.).

- Carta a Antonio Andrade, 16/12/ 1921, (manuscrita), ( 01 pág.).

- Carta de Dois Córregos/SP, João Justiniano dos Santos para Antonio Andrade, (manuscrita), (01

pág.) (negócio de café).

- Carta a Antonio Andrade, Collina/SP, 20/julho/1920, (manuscrita) (negócio de café) de

Geraldo Lopes (01 pág.).

- Carta a Antonio Andrade, Barretos/SP , 30/set./1914, (manuscrita) (poemas) de José Vieira. (01

pág.).

- Carta a Antonio Andrade, Bebedouro/SP, 20/julho/1916, (manuscrita). ( negócios) (01 pág.).

- Carta a Antonio Andrade, Barretos/SP, 30/set./1914, (manuscrita). ( carta de um empregado) de

José Vieira do Espírito Santo, (01 pág.).

- Carta a Antonio Andrade, Bebedouro/SP, 20/jan./1915 (manuscrita) (carta de um empregado) o

Juca.

- Carta a Antonio Andrade, Itaquery da Serra, 30/?/1914, ( negócios) ( manuscrita), tio do Antonio.

- Carta a Antonio Andrade, Itaquery da Serra, 20/out./1914, (manuscrita),(terra) ( 01 pág.), Tio do

Antonio, José Luis Brandão.

- Carta a Antonio Andrade, Sacramento, 08/abril/1921, (manuscrita), José? (negócios).

- Carta a Antonio Andrade, Santos, 05/fev./1921, (datilografada) (negócios), Galvão + bilhete

anexo de cotação do preço do café da mesma data. (01 pág.).

- Carta a Antonio Andrade, Anhumas/SP, 26/maio/1921 (negócios) Tio Honório (01 pág.).

- Carta a Antonio Andrade, Barra Bonita/SP, 13/maio/1920 (negócios) ? (datilografada).

- Carta a Antonio Andrade, Varjão (02 pág.), 11/09/1917, (terras) (manuscrito) O padrinho

Chiquinho.

- Carta a Antonio Andrade, Ilha Secca (01 pág.), 19/agosto/1921 (terras+ negócios), (manuscrita),

Tio Chiquinho.

- Carta a Antonio Andrade, Faz. Guanabara, 03/abril/1920, (negócios) (02 pág.) (manuscrita),

Francisco Theodoro de Andrade.

- Carta a Antonio Andrade, Ilha Secca, Faz. Guanabara, (manuscrita), 24/agosto/1921, (01 pág.)

(negócios) Tio Chiquinho Theodoro.

- Carta a Antonio Andrade, Tayuva, 07/agosto/1920 (datilografada) (02 pág.) (1 folha) (negócios).

- Carta a Antonio Andrade, Monte Alto, 29/set./1916, (manuscrita).

- Carta a Antonio Andrade, São Paulo, 13/abril/1916, (manuscrita) (terras) (02 pág.) João Coelho

da Costa.

- Carta a Antonio Andrade, São Paulo, 25/junho/1916, (manuscrita) (terras) (02 pág.) João Coelho

da Costa.

- Carta a Antonio Andrade, Rio de Janeiro, 24/out./1914 (datilografada) (01 pág.), The Brazilian

Meat Co. LTDA, Frigorífico de Mendes.

- Carta a Antonio Andrade, Varjão, 25/agosto/1921 (manuscrita) (01 pág.), José Luiz (sobrinho).

- Carta a Antonio Andrade, Mattão, 12/junho/1921 (manuscrita) (01 pág.) ($) José Xavier de

Mendonça.

- Carta a Antonio Andrade, Mattão, 15/agosto/1921 (manuscrita) (01 pág.) ($) José Xavier de

Mendonça.

- Carta a Antonio Andrade, 28/out./1916 (manuscrita).

- Carta a Antonio Andrade, 15/julho/1920 (datilografada), (01 pág.) (negócios).

- Carta a Antonio Andrade, Tayuva, 09/agosto/1920 (negócios) (datilografada) (01 pág.)

- Carta a Antonio Andrade, S/D, sobre negócios (manuscrita) (02 pág.).

- Carta a Antonio Andrade, 30/07/1920 , (manuscrita) ( 02 pág.).

- Carta a Antonio Andrade, Tayuva, 07/maio/1920 (manuscrita) (02 pág.) ($).

- Carta a Antonio Andrade, A.N.R.D., (manuscrita) (01 pág.).

- Carta a Antonio Andrade, Tayuva, 07/maio/? (negócios) (01 pág) (datilografada).

- Carta a Antonio Andrade, 19/05/1921 (negócios) (datilografada) (01 pág.).

- Carta a Antonio Andrade, 19/05/1921, ($) (datilografada) (01 pág.).

- Carta a Antonio Andrade, Tayuva, 17/maio/1921 ($) (datilografada) ( 03 pág.).

- Carta a Antonio Andrade, Tayuva, 14/junho/1921 ($) (manuscrita) ( 02 pág.).

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BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Da administração à história: ciclo vital dos documentos e função

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CAMARGO, Ana Maria de Almeida (coord.). Diagnóstico dos arquivos da Faculdade de

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